DIARIO NAS RUAS 8 DE MARÇO DE 2022

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DIÁRIO DA MANHÃ - PASSO FUNDO E CARAZINHO, terça e QUARTa, 08 E 09 DE março DE 2022 | ANO 86 - nº 27 - Distribuição Gratuita

CARAZINHO

UTI Osvaldo Biolchi é inaugurada Nova unidade tem 10 leitos e aproximadamente 500m². Segundo o presidente do HCC Jocélio Cunha, outros dois projetos de modernização do hospital que devem demandar cerca R$ 10 milhões estão em andamento. | Pág. 4

EXPODIRETO

Movimento no Aeroclube de Carazinho praticamente dobra Com o fechamento temporário do Aeroporto de Passo Fundo, pousos e decolagens têm sido uma opção. | Pág. 31

HSVP está entre os melhores hospitais do Brasil Ranking de 2022 foi divulgado pela revista americana Newsweek. | Pág. 36

8 de março

Dia de celebração e luta No Dia Internacional da Mulher o Diário da Manhã conta histórias de mulheres que são lideranças nos segmentos em que atuam. | Pág. Pág 07 a 22


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DIÁRIO DA MANHÃ - PASSO FUNDO E CARAZINHO, terça e QUARTa, 08 E 09 DE março DE 2022

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Edgar Oliveira Garcia Advogado edgar_garcia1@hotmail.com

BRASIL E A SUA GUERRA O País está em guerra. Desde a eleição do atual presidente a esquerda brasileira não se conforma com a derrota. Esquece que a sociedade brasileira cansou de tanta corrupção e roubalheira dos governos anteriores. Para quebrar o sistema não poderia ser eleito um político tradicional. Era necessário ser grosso mesmo. O jeitinho brasileiro é o que transformou o Brasil na República das Bananas. Tinha que chutar o pau da barraca como e diz. Para atingir a corrupção era preciso atacar a mídia e os políticos tradicionais. Aqueles que viveram às custas do erário sem trabalhar. E distribuíram bilhões para a grande mídia, como confessou o presidiário Lula. Antes mesmo da eleição alguém da esquerda tentou matar o então candidato, agora Presidente. As verbas públicas encolheram e deixaram a grande mídia praticamente falida. Veio a pandemia. Começou na China, saindo de um laboratório chinês. Médicos chineses que denunciaram a disseminação acabaram mortos. E os chineses enriqueceram sua economia vendendo insumos e vacinas para todo o planeta. No Brasil o Supremo Tribunal Federal, um tribunal aliado assumido da esquerda, proibiu o Governo Federal de fazer a gestão dos recursos da pandemia. Prefeitos e Governadores se tornaram as autoridades gestoras dos recursos federais. Além disso, decretaram o isolamento social, para evitar a disseminação do vírus. No Rio Grande do Sul mais de 3000 empresas fecharam definitivamente. E o nosso governador faz campanha para ser Presidente. Vale lembrar que mais de um trilhão de reais do governo federal foram destinados aos municípios e Estados. Muita verba da pandemia foi desviada. O Fundo Eleitoral representa tudo o que é de mais podre e corrupto na política, com o aval do STF. Veio a CPI da pandemia, o maior circo político da história do Brasil. Foram lavados do piche da sujeira da corrupção de um dia para o outro. As novas cepas da Covid aumentaram os casos de Covid. Agora Prefeitos e Governadores não fecham a economia, porque sabem que cometeram crimes e erraram na primeira onda. A guerra Rússia Ucrânia foi transportada para o Brasil para atribuir culpa ao governo federal. Desde o mês de janeiro 41 Chefes de Estado estiveram com Putin para tentar evitar a guerra. As mesmas mentiras ele está aplicando. Será que ainda assim a sociedade brasileira acredita?

Nova diretoria do Sindilojas de Carazinho é empossada Gestão será até 2026

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Sindicato do Comércio Varejista (Sindilojas) de Carazinho realizou na quinta-feira (3), a cerimonia de posse da nova diretoria para a gestão 2022/2026. O evento foi realizado no Palácio do Comércio e contou com a presença de autoridades, entre eles o presidente da Fecomércio/RS Luiz Carlos Bohn, empresários e convidados que prestigiaram a posse de Ádel Tamimi. Em entrevista à Rádio Diário 780, Tamimi destacou os desafios e os serviços que podem ser disponibilizados aos associados. “Estamos analisando um novo modelo de atendimento junto com a federação e estamos tentando repassar ao nosso associado, além de vendas virtuais e outras necessidades. O atendimento presencial não vai terminar, mas será necessário o atendimento virtual. Nos próximos meses vamos implantar serviços adicionais, atualmente temos consultoria trabalhista, tributária e diversos outros serviços”, salienta Ádel. Outro ponto destacado pelo presidente do Sindilojas é a falta de mão de obra e capacitação. “Essa é uma dificuldade enorme. Diversos lojistas não conseguiram completar o seu quadro de funcionários durante o fim de ano. A capacitação é uma das prioridades. Vamos direcionar para capacitar os candidatos a empregos. Muitas pessoas estão desempregadas e poucas possuem a capacitação necessária para suprir as vagas”, enfatiza Tamimi. Os desafios para o quadriênio Embora os casos de Covid-19 tenham aumentado no município, Ádel percebeu uma normalização no cotidiano. “De outubro para cá, estamos observando uma normalidade no cotidiano. Percebemos que no comércio lojista, estamos nos encaminhando para a normalidade, apesar de que a maioria dos ramos ainda estão enfrentando dificuldades”, destaca o empresário. O Brasil pode sofrer com os danos causados pelo conflito entre Rússia e Ucrânia. Para Tamimi a inflação pode aumentar ainda mais, assim como o valor de compra, há alguns meses sentimos esse impacto com a

Fundador Jornalista Túlio Fontoura (1935 1979)

alta do combustível e uma série de itens já inflacionou. Além disso, Tamimi também cita a árdua luta para diminuir a carga tributária. “Nosso problema são os tributos e lutamos para diminui-los assim como a burocracia. Em alguns aspectos percebemos que evoluiu. Localmente, com a Lei de Liberdade Econômica, percebemos que para instituir uma pequena empresa ficou mais fácil e as taxas foram reduzidas”, finaliza Ádel. A nova diretoria Presidente: Ádel Tamimi (Tamimi Magazine) Vice-presidente – Fabricio Metzdorf (Gota d Orvalho) Vice-presidente – Liryo Barzotto (Augustin Veículos) Vice-presidente – Evandro Carlos Zanolla (Varejão Paulista) Vice-presidente de Finanças e Patrimônio – Ivandro Bertolini (Don Juan) Diretor de Finanças e Patrimônio – Olavo Protásio Wobido (Pulse Moda Arte) Vice-presidente Administrativo – Hermes Danieli (Fenosul) Diretor Administrativo – Arsildo Anders (Naturshop) Diretor do Conselho de Relações de Trabalho – Eduardo Scheibe (Carazinho Veículos) Vice-diretor do Conselho de Relações de Trabalho – Olimar Antonio Braganholo (Loja Grenal) Diretor do Conselho de Desenvolvimento de Produtos e Serviços – Luiz Coletto (Brilhante Joalheria) Diretor do Conselho de Formação Empresarial – Leandro Jacson Walber (W Store) Diretor do Conselho de Eventos e Promoções – Fabricio Tomé (Água e Luz) Diretor – Adriano Suss (Renato Joalheiro) Diretor – Alexandre Linck (Lincal) Conselho Fiscal – Rodolpho Walter Kreutzer (Ouriversaria Kreutzer) Conselho Fiscal – Jaison Alessi Lamonatto (Marina Veículos) Conselho Fiscal – Darci Antonio Vedana (Andrioli)

Presidente

Janesca Maria Martins Pinto

Vice-Presidente PresidenteS-EméritoS Dyógenes Auildo Martins Pinto (1972 1998) Vinícius Martins Pinto (1997 2003)

Ilânia Pretto Martins Pinto

DIRETOR EXECUTIVO

Túlio Pretto Martins Pinto

Diretora Comercial: Eliane Maria De Bortoli Editor: Alessandro Tavares DIAGRAMAÇÃO E ARTE FINAL: Alessandra Studzinski EDITORA GERAL: Nadja Hartmann www.diariodamanha.com


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POLÍTICA

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Executivo de Carazinho entrega Comenda O Bombeador Foram agraciados com o título os empresários Cassiano Vailatti, Jocélio Cunha e Henrique Leonhardt

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a noite de sexta-feira (05), a Prefeitura de Carazinho realizou a cerimônia de entrega do Título Honorífico Comenda O Bombeador. O ato deveria ter ocorrido no mês janeiro no aniversário do Município, porém o alto número de casos positivos de Covid-19 na época não permitiu que a programação fosse realizada na ocasião sendo reagendada. Foram homenageados os empresários Cassiano Vailatti, presidente da Associação Comercial e Industrial de Carazinho – ACIC e diretor da Carazinho Veículos; Jocélio Cunha presidente do HCC e sócio proprietário do escritório Contalex e Henrique Leonhardt, diretor da rede Boa Vista de postos e supermercados. A homenagem anual é realizada por meio de Lei Municipal que concede os títulos a personalidades carazinhenses que possuem atuação de destaque nas áreas em que atuam e que, contribuem para o engrandecimento de Carazinho.

Em sua fala o prefeito Milton Schmitz destacou que aquela não era uma homenagem apenas aos indivíduos, mas as suas famílias, empresas e as entidades nas quais eles se envolvem. O prefei-

to ainda destacou o engajamento das entidades empresariais nas causas de Carazinho. O deputado federal Márcio Biolchi também acompanhou a entrega.

Todos os homenageados se pronunciaram. Em sua fala Henrique Leonhardt lembrou que trabalha no Boa Vista desde os 12 anos de idade, e dedicou a homenagem a sua mãe, e ao falecido irmão, Werno já que ambos iniciaram a empresa. Com a voz embargada, Henrique citou que seu irmão provavelmente estaria orgulhoso com a homenagem que recebia uma vez que citava que a empresa deveria retribuir a cidade o seu avanço. Jocélio Cunha citou estar honrado de estar compartilhando a homenagem com os outros dois agraciados e disse que a entrega do título lhe faz sentir de que as coisas estão sendo conduzidas por caminhos certos, mas que com este também a responsabilidade de trabalhar pela cidade, e sociedade aumenta. Cassiano Vailatti também compartilhou a premiação com a família e aos colegas de empresa e de entidades e associações das quais faz parte.

Passo Fundo é destaque entre as Melhores Cidades para Fazer Negócios As ações do programa Acelera Passo Fundo, apresentado pela Prefeitura em janeiro de 2021, continuam repercutindo positivamente em todo o cenário econômico, fomentando a retomada e a atração de novos investimentos e estimulando a geração de emprego e renda. É o que aponta um dos maiores estudos desenvolvidos no país por uma empresa especializada em consultoria e inteligência de mercado, colocando Passo Fundo em destaque como uma das Melhores Cidades para Fazer Negócios. Elaborado desde 2014, o ranking feito pela Urban System com exclusividade para a revista Exame, avalia diversos indicadores para construir a posição ocupada pelas maiores cidades brasileiras. “Ficamos satisfeitos com a notícia, porque trabalhamos muito para fomentar a retomada da economia neste cenário em que ainda enfrentamos as consequências da pandemia. Desde o início do nosso governo defendemos o equilíbrio entre a proteção da saúde e o retorno seguro às atividades produtivas. Os resultados do Ace-

lera Passo Fundo começam a aparecer, mostrando que foi uma ação acertada da nossa gestão”, avaliou o prefeito de Passo Fundo, Pedro Almeida. De acordo com o levantamento nacional, Passo Fundo ocupa a 63ª posição entre as Melhores Cidades para Fazer Negócios no setor de serviços. Na mesma categoria estão as cidades gaúchas de Porto Alegre, Rio Grande, Santa Maria, Bagé e Pelotas. “O ranking analisa indicadores em seis áreas econômicas. Ocupamos um lugar de destaque no setor de Serviços, estando muito próximos de outras grandes cidades, como Pelotas, por exemplo”, explicou Pedro, destacando que a cidade não foi incluída no levantamento feito em 2020. “Isso demonstra o quanto nossos esforços estão surtindo efeitos positivos”.

Cobertura vacinal

Além dos critérios macroeconômicos, o estudo passou a considerar ainda o índice de cobertura vacinal da população como um importante indicador. “Cidades que

Foto: Michel Sanderi

Estudo nacional elaborado por empresa de consultoria e inteligência de mercado avalia a capacidade de retomada dos investimentos, programas de incentivo ao empreendedorismo e a geração de emprego e renda e os índices de cobertura vacinal da população

Projetos como o Café com Emprego contribuem para inserir os trabalhadores no mercado formal de trabalho, qualificando ainda mais estes setores apostaram na vacinação, como nós fizemos em Passo Fundo, estão demonstrando terem maior capacidade de retomada da economia. O reflexo disso é, para além desta inclusão

em um importante ranking nacional, a segurança com que tomamos nossas decisões focadas na recuperação econômica”, ponderou o chefe do Executivo.

Para o secretário de Desenvolvimento Econômico, Diorges Oliveira, o setor de Serviços é um dos pilares da economia local e a inclusão no ranking das Melhores Cidades para Fazer Negócio reforça isto. “Passo Fundo vem se destacando como um polo de serviços para uma mesorregião de quase dois milhões de habitantes. Um dos destaques deste setor é a Saúde, que oferece serviços de média e alta complexidade. Nosso município tem mais de 70% da sua economia voltada para este segmento, o que gera oportunidades de novos negócios e serviços à disposição das pessoas”, refletiu Oliveira. Ainda conforme o secretário, projetos como o Café com Emprego contribuem para inserir os trabalhadores no mercado formal de trabalho, qualificando ainda mais estes setores. “Em duas edições, mais de 500 pessoas conquistaram um espaço no mercado de trabalho. Agora, em março, estamos preparando a terceira edição e acreditamos que será mais uma importante iniciativa para consolidar nossa posição de destaque neste cenário”, antecipou Oliveira.


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CARAZINHO

UTI Osvaldo Biolchi é inaugurada

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Segundo Jocélio Cunha, presidente do HCC, dois projetos estão em andamento para os próximos meses

Hospital de Caridade de Carazinho inaugurou na tarde desta sexta-feira (4), a nova Unidade de Terapia Intensiva – UTI Osvaldo Biolchi. A solenidade foi realizada no Salão Nobre e contou com a presença de autoridades locais e estaduais. Durante a solenidade, o prefeito Milton Schmitz destacou o empenho da atual diretoria do HCC em proporcionar um atendimento

mais qualificado e humanizado. “Inauguramos um espaço que continuará salvando vidas dos nossos munícipes. A UTI é o resultado de um trabalho que está acontecendo nos últimos 10 anos. Com uma diretoria e pessoas competentes que ajudaram a construir um hospital com mais qualidade, com humanização e melhores equipamentos”, salienta o prefeito.

Para o presidente da Câmara de Vereadores, Daniel Weber, a homenagem a Osvaldo Biolchi é uma demonstração de reconhecimento ao trabalho feito. “Quando vi o nome de seu Osvaldo estampado nesta UTI me representou. Estava faltando lembrar e reconhecer todo o trabalho que fez pela nossa cidade e país”, destaca o vereador. Tecnologia e modernização Com um investimento de, aproximadamente, R$ 4 milhões, a nova UTI oferece 43% a mais da capacidade atual em leitos de internação. Além de ser uma das mais modernas do Rio Grande do Sul, com equipamentos adquiridos de empresas líderes no mercado mundial. Toda a tecnologia investida, atualmente encontrada principalmente em instituições privadas, será destinada também para os pacientes internados pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Para o diretor técnico, Darlan Lara, além da modernização dos equipamentos, os pacientes terão um ambiente de cuidado e de assistência mais qualificado. “Cada um de nossos pacientes ficará individualizado, permitindo uma tranquilidade maior. Progressivamente vamos implementar horários estendidos de visitas e permanência dos acompanhantes. Tudo isso fará parte da nova dinâmica da UTI do hospital”, destaca Lara. Com aproximadamente 500m², ela tem capacidade para 10 leitos individualizados – 43% a mais que a unidade atual – sendo dois

de isolamento, equipados com ventilação e pressurização, isto é, o ar que circula dentro do ambiente é tratado antes de ser devolvido à atmosfera, para evitar contaminações. Segundo o presidente do HCC, Jocélio Cunha, ressaltou que a nova UTI é uma obra construída há várias mãos, juntamente com a equipe administrativa, planejando e efetivando a obra, levando várias empresas, entidades de classe, instituições, organizações e pessoas da comunidade. “A nova UTI disponibilizará equipamentos de última geração, garantindo o monitoramento constante dos pacientes e a realização de diversas intervenções, inclusive de alta complexidade. Com certeza todos ganharão muito com essas novas instalações, as quais terão um alto padrão de excelência”, diz Jocélio. Novos recursos para a UTI O HCC está encaminhando dois novos projetos para os próximos meses. Um dos projetos contará com a articulação do presidente da Cotrijal, Nei Mânica, que por meio seu conhecimento político está contatando parlamentares para que os recursos sejam viabilizados. “O Jocélio é uma pessoa que conheci e passei a admirar pela sua persistência, empreendedorismo e a sua palavra de decisão em busca de agregação de valores comunitários. Gostaria de deixar registrado que Carazinho é o nosso polo”, destaca Mânica.


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Legislativo de Carazinho realiza Sessão Solene do aniversário do município Foram entregues títulos honoríficos a cidadãos carazinhenses que se destacam em diversas áreas A Câmara de Vereadores de Carazinho realizou na noite de sábado (05), a Sessão Solene em comemoração ao aniversário de 91 anos de emancipação político-administrativa de Carazinho. O evento não pode ser realizado em janeiro dado a condição de pandemia no período. Foram entregues 12 títulos honoríficos a cidadãos carazinhenses que se destacam em diversas áreas. O ato ocorreu no Salão de Eventos do Recanto São Vicente de Paulo e, além dos legisladores, contou a presença do prefeito, Milton Schmitz, e do deputado estadual, Ernani Polo, que foram convidados a formar a mesa. Os homenageados com a comenda Leonel de Moura Brizola foram: Dagma Dahmer Damian Laufer, indicada pelo vereador Alcindo Quadros. Daniel de Mello recebeu a indicação do presidente do Legislativo, Daniel Weber. Fabiano Verdi Jung indicado pelo vereador Alécio Sella. Hélio Selbach da Rocha foi indicado por Bruno Berté. Jari da Rocha indicado pelo vereador Fabio Zanetti. Juliana Biolchi indicada por Deninson Costa. Odilon de Oliveira Ribas indicado pela vereadora Janete Ross de Oliveira e Wilian Marlon Schimidt indicado por Marcio Hoppen. Darci Antônio de Guimarães recebeu o título Voluntário Social Destaque e na noite deste sábado recebeu o título das

mãos do vereador Adriano Strack. Gertrud Bauermann Padilha foi agraciada com o título Cidadã Emérita, sendo uma indicação do vereador Adriel Machado. Gilberto José Citolin recebeu a Comenda O Bombeador entregue pelo vereador Vanderlei Lopes. Terezinha Alves Camargo receberá o título Destaque Jornalís-

tico, sendo indicada pelo vereador Valdoir Lima. A profissional não pode comparecer ao evento de sábado (05) e receberá seu prêmio em outra ocasião, na sede no Legislativo. Vinicius Magalhães da Silva recebeu o título de Eleitor Presente indicado pelo vereador João Hartmann. Após a entrega da premiação os vereadores líderes de bancada se pronunciaram.

Escola Criança Feliz é inaugurada e amplia vagas na Educação Infantil Dentro da programação da Semana Municipal de Educação, a Prefeitura de Passo Fundo inaugurou na segunda-feira (07) a Escola Municipal de Educação Infantil (EMEI) Criança Feliz, na Rua Manoel Portela, entre os bairros Petrópolis e Annes. A antiga escola, última do Município com estrutura de madeira, foi substituída por um prédio totalmente novo, projetado para ser um espaço acolhedor e seguro para crianças e professores. A obra havia iniciado na gestão do ex-prefeito Luciano Azevedo e a conclusão dos trabalhos foi um compromisso assumido pelo governo de Pedro Almeida. “Esse é mais um investimento importante na área de Educação que estamos entregando à comunidade. Essa escola foi pensada e planejada na gestão do prefeito Luciano e temos a alegria de continuar o trabalho e entregar esse compromisso assumido com a cidade. Agora, as crianças do bairro e arredores contam com uma escola à altura do que necessitam e esperam”, afirmou o prefeito Pedro. O secretário de Educação, Adriano Canabarro Teixeira, enfatizou que para além da ampliação de vagas na educação infantil, esta etapa de ensino terá uma atenção adicional em 2022 por conta do processo de retomada no pós-pandemia, mas, sobretudo, para a qualificação do serviço prestado. “Dentre

Foto: Michel Sanderi

A nova estrutura cria mais vagas para crianças de 3 anos - etapa creche - e de 4 e 5 anos, da obrigatoriedade de ensino

Nova estrutura, rua Manoel Portela, entre os bairros Petrópolis e annes, possui salas de recursos e de atividades múltiplas, refeitório, playground e pátio coberto as ações que terão desdobramentos positivos na Educação infantil, está o aumento da capacidade de atendimento, em especial na etapa creche, a modernização e qualificação dos recursos pedagógicos disponibilizados para os professores e o Centro Pós-Covid de Combate à Desigualdade Educacional, projeto pioneiro no Brasil que atenderá também as crianças da Educação Infantil”, explicou.

Além de contar com salas convencionais para os alunos, professores e direção, a escola, com área de 862 metros quadrados, possui salas de recursos e de atividades múltiplas, refeitório, playground e pátio coberto. A área de apoio compreende cozinha, copa, lavanderia, sanitários e vestiário para funcionários. “A inauguração da Criança Feliz é um marco para a comunidade, que aguardou

muito tempo por uma estrutura adequada. Agora a escola conta com ambientes muito mais amplos, coloridos, seguros, realmente planejados para a Educação Infantil. Toda a questão estrutural ajuda no processo de ensino e de aprendizado das crianças, fortalece as experiências e cria muitas oportunidades para que as crianças se desenvolvam de uma forma plena”, afirmou a diretora Janusia Guedes Fontes. O vice-prefeito João Pedro Nunes destacou a qualidade da rede municipal de Educação e o trabalho desenvolvido pelos professores. O presidente da Câmara Municipal, vereador Evandro Meireles, e a vereadora Regina Costa dos Santos valorizaram a nova estrutura construída pelo Município. “Acompanhei desde o início a reivindicação pela nova escola. Lembro que o prefeito Luciano prometeu que teríamos um novo espaço e valeu a pena esperar. A entrega hoje pela gestão do prefeito Pedro é uma conquista da comunidade”, afirmou a vereadora Regina. O novo prédio possibilitou a ampliação do número de vagas da instituição, de 50 para aproximadamente 150 crianças. Além de atender a comunidade dos bairros Annes e Petrópolis, a instituição recebe alunos de outros bairros, como Núcleo Ferroviário e Centro.


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dia da mulher

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“Superar a hegemonia masculina é necessário para avançarmos socialmente”

“Não podemos ser meras espectadoras, mas sim indivíduos ativos na sociedade”

“Carrego uma força muito grande dentro de mim e gostaria que todas as mulheres tivessem isso consigo”.

“A dança sempre me inspirou e me realizou como pessoa, profissional e mulher”

“Para a mulher não basta ser, é preciso provar que é”, destaca Valéska Walber

“Em qualquer ramo que atuamos, precisamos entender sobre ele e administrar como se fosse nosso” “Atingir a capacidade do equilíbrio é a melhor proposta” “É difícil conciliar todas as funções ao mesmo tempo, mas as experiências que vivenciamos servem para nos fortalecer”

“Que possamos servir de exemplo e incentivo para que tantas outras mulheres tenham a coragem de buscar os seus espaços”

“Se desejamos um cenário diferenciado na política, precisamos nos habilitar ao pleito eleitoral e mostrar que somos pessoas compromissadas” “Ocupar um lugar dentro do empreendedorismo é ter a oportunidade de mostrar a excentricidade feminina”

“Ser a autora da nossa própria vida significa controlar o que fazemos com as circunstâncias que nos são dadas”

“O espaço em uma diretoria é também um lugar para nós mulheres”

“Quero deixar esse legado as minhas filhas, que sigam cuidando do próximo com todo o amor e respeito”

“Só teremos uma sociedade justa quando as mulheres ocuparem os espaços com igualdade de condições e de direitos”

“Fui conquistando meu espaço, sempre com muito trabalho, dedicação e humildade” “Temos que pensar em sucessão no sentido de dar continuidade ao negócio e também em evolução”

“Sou a prova que é possível uma mulher, mãe, professora, trabalhadora, estar ocupando uma cadeira no legislativo Municipal”.

“O preconceito passa muito pelo lugar de privilégio ou não que a mulher se encontra na sociedade”

“Procuro celebrar a vida todos os dias, viver com otimismo, ânimo e confiança”

“A essência da mulher é fantástica. Só ela consegue realizar tudo e ter multifunções”


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“A essência da mulher é fantástica. Só ela consegue realizar tudo e ter multifunções” Foto: Arquivo Pessoal

Com muita determinação, Bariba, como é conhecida, realizou seu sonho de inaugurar a loja B&B Moda Mulher ISADORA VILANOVA isadora@diariodamanha.com por Leticia Schneider redacao@diariodamanha.com

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aria Emília Decarli Brizola, mais conhecida como Bariba é um grande exemplo de mulher guerreira que optou por correr atrás de seus sonhos. Atualmente, com 69 anos, Bariba vive um relacionamento de 20 anos com o empresário argentino José Manuel González. Nascida em Passo Fundo, em uma família de classe média, teve uma educação afetiva, cercada de valores morais e religiosos que até hoje norteiam sua vida. Cursou direito e psicologia, mas foi quando inaugurou a loja de vestuário “B&B Moda Mulher” que realizou seu grande sonho profissional. “Quando compartilhei com meu pai o desejo de abrir uma loja, logo disse que não investiu tanto na minha educação para me tornar uma balconista. Estava triste e decepcionado, porém só muitos anos depois, com os olhos marejados disse ter orgulho e estar arrependido da censura de anos passados. Foi um lindo momento!”, contou a proprietária.

As dificuldades da Pandemia

Assim como grande parte da população mundial, a empresária sofreu com os efeitos da pandemia, entre eles o fechamento do comércio, o qual ressaltou ser uma das experiências mais difíceis de sua vida. “Tudo fechado, um verdadeiro choque. Porém algo dentro de mim, sinalizava uma esperança no fim do túnel. Nunca podia imaginar que seria tão duramente atingida no meu pequeno negócio”, destacou. Ao retornar lentamente os trabalhos em abril, Bariba

tes adquiridas na loja. Foi assim que começamos a engatinhar, depois lentamente a caminhar e hoje acredito que estamos “bem”, para o momento!”, acrescentou Bariba.

Convite e maternidade

Ela pontua que por ser uma mulher tradicional não se incomoda em viver numa sociedade machista. “Não me recordo, na minha longa estrada, de ter sofrido qualquer preconceito. Sei que existe, mas talvez pela profissão a qual escolhi e me dediquei não tenha sentido, muito menos experimentado”, comentou Bariba. “Assim que me formei em direito fui convidada para trabalhar como assistente técnica da Secretaria da Fazenda do Município, quando o prefeito de Passo Fundo era o Sr. Wolmar Salton. Ambiente eminentemente masculino, no qual fui super bem respeitada”, frisa Bariba. A proprietária acredita ter cumprido sua missão ao se tornar mãe de Álvaro e Rafael. “Eduquei meus filhos com os mesmos valores que fui educada. Adoro ser dona de casa, cozinhar e tenho total satisfação com a profissão que escolhi. Agora aguardando a chegada do primeiro neto, é só emoção”, conta Bariba empolgada.

Inspiração

Maria Emília Decarli Brizola Proprietária da “B&B Moda Mulher”

disse a suas colaboradoras, sua segunda família, que precisavam resistir até tudo voltar ao normal. “Somos uma equipe, temos que fazer de tudo para manter o emprego, pagar os fornecedores e continuar resistindo, até as coisas começarem a caminhar normalmente”, detalha. “Recomeçamos com um novo serviço, aliás o nosso diferencial, fazendo ajustes e manutenções em roupas de clien-

Sua inspiração vem de Margaret Thatcher, ex-primeira-ministra do Reino Unido, por conta de sua força, inteligência, determinação e liderança. Margaret é autora de uma frase marcante e inspiradora: “Se você quer que digam algo, peça a um homem. Se você quer que façam algo, peça a uma mulher.” “O dia 08 de março é uma data cada vez mais comemorada, embora eu pense que todo o dia é o dia da mulher, que é mãe, esposa, rainha do lar, profissional, enfim, realmente quem modifica e influencia a sociedade e o mundo que vivemos. A essência da mulher é fantástica. Só ela consegue realizar tudo e ter multifunções”, finaliza Bariba.

As Mimosas parabenizam as mulheres pelo seu dia! Que neste ano, a comemoração desta data, sirva para unir todas as mulheres em prol de um mundo melhor. Ser Mulher é também trabalhar para amenizar os problemas da comunidade.

E é com esse objetivo, que este Grupo de Mulheres se reúne, todos os anos, para realizar um evento em benefício de uma entidade passo fundense que esteja necessitando de auxílio. As Mimosas parabenizam as mulheres pelo seu dia!


ISADORA VILANOVA isadora@diariodamanha.com

“O espaço em uma diretoria é também um lugar para nós mulheres”

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A vasta experiência, conhecimento e trajetória profissional da atual Secretaria Municipal da Saúde de Passo Fundo, a médica Cristine Pilati

Foto: Comunicação HSVP Passo Fundo

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“Não podemos ser meras espectadoras, mas sim indivíduos ativos na sociedade”

Márcia Ferrão Medeiros é Diretora Corporativa de Operações do HSVP de Passo Fundo e é a primeira mulher diretora na história da instituição

ão existe satisfação maior na vida do que chegarmos ao lugar com o qual sonhamos”, essa é uma das afirmações da Diretora Corporativa de Operações do Hospital São Vicente de Paulo de Passo Fundo, Márcia Ferrão Medeiros, 44 anos. Ela foi a primeira mulher Diretora na história da Instituição. Um convite que surgiu no ano de 2020, quando Márcia atuava no Instituto de Ortopedia e Traumatologia – IOT, na área de faturamento e auditoria. Graduada em enfermagem pela Universidade de Passo Fundo, sua história com o HSVP iniciou aos 23 anos. Logo após concluir a faculdade foi contrata como enfermeira do CTI, onde permaneceu por aproximadamente 10 anos. “Ainda durante a faculdade já tinha o sonho de poder iniciar a minha carreira profissional no HSVP. Fui efetivada como Enfermeira no CTI Central Adulto no mês em que me formei. Assim iniciaram os meus primeiros desafios, afinal ser enfermeira de um CTI e recém-formada era muito assustador”, relembra. Mas os desafios não lhe impediram de alcançar as duas certezas que tinha na época: ser mãe e trilhar sua carreira profissional. Márcia casou ainda durante a faculdade e se programou para ser mãe somente após estar trabalhando na área. Com a chegada de Eduarda, sua primogênita, os desafios dobraram. “Com o tempo entendi que não há problema em priorizar o trabalho, estudos ou a família por um tempo, desde que não esqueçamos dos demais aspectos da vida”, destaca. Com a parceria e apoio do marido, nove anos depois Márcia teve seu segundo filho, o Bernardo. Por nascer um pouco antes da hora, ele precisou ficar na Unidade de Tratamento Intensivo Neonatal e mais uma vez a agora além de enfermeira, mãe de dois, precisou vencer os desafios. “Tive uma rede de apoio fundamental e pude me respeitar, aproveitar cada momento e retomar as atividades profissionais e seguir meu plano de carreira. Como mãe descobri um senso de responsabilidade e amor que não sabia que existia. Já como profissional me sinto mais segura

especial

Márcia Ferrão Medeiros Diretora Corporativa de Operações do HSVP de Passo Fundo na tomada das decisões”, destaca. Hoje Eduarda com 19 anos e Bernardo com nove anos, são o orgulho de Márcia que conseguiu alcançar um de seus objetivos, que é conciliar a carreira desejada e a família. Também especialista em Enfermagem em Traumato Ortopedia pelo Instituto Brasileiro de Pós Graduação e Extensão, para ela o convite para ocupar um cargo de gestão mostrou o reconhecimento por parte da instituição e também a importância de mostrar todo o valor profissional que uma mulher carrega. “Entre tantas dificuldades e aprendizados que acontecem todos os dias, os desafios só reforçam a minha capacidade de enfrentar situações adversas com muito mais força”. Ao longo dos 10 que atuou como enfermeira na CTI, Márcia também foi professora Curso Técnico de Enfermagem do HSVP e do Senac, passando em campo de prática com os alunos em várias Instituições Hospitalares, Unidades Básicas de Passo Fundo e Carazinho.

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caminho traçado pela médica Cristine Pilati Pileggi, 49 anos, até chegar a Secretaria Municipal da Saúde de Passo Fundo foi trilhado com muita dedicação e empenho. Características essas que podem ser vistas não só no seu currículo, que soma residências, especializações e cargos de gestão, mas também na prática. O município é destaque no Estado por ter um dos melhores índices de vacinação contra a Covid-19. Um feito positivo associado a todo trabalho desenvolvido pela médica. Para ela, ser Secretária Municipal é a posição mais desafiadora da carreira. Aos 16 anos Cristine passou no vestibular de Medicina na Universidade Federal de Rio Grande. Em 1999 e 2000 fez suas duas residências como Médica em Infectologia e Terapia Intensiva, ambas no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, em São Paulo. Em 2003, pela mesma faculdade cursou o Mestrado em Clínica Médica. Foi no ano de 2007 que Cristine retornou a Passo Fundo com o marido ribeirão-pretano, Gustavo e seus filhos Guilherme e Filipe. Ela relembra que quando iniciou sua formação a área médica era majoritariamente ocupada por homens. “No início da minha formação tínhamos poucas mulheres nas turmas de medicina, cerca de 10%, atualmente as turmas chegam a mais de 50% de mulheres, o que alterou o mercado profissional. Acredito que tenha sido uma das dificuldades por ser mulher, por ser um mercado competitivo e muitas vezes preterindome mesmo com formação semelhante”, destacou. Situações de preconceitos e dúvidas em relação à capacidade profissional foram sentidas na pele pela médica, Cristine conta que em uma determinada ocasião em que precisava avaliar um paciente, quando entrou no quarto ele disse “sai imediatamente, jamais serei atendido por uma médica mulher”. Após esse momento, que nunca tinha vivenciado, ela fez uma reflexão quanto ao preconceito. “Algumas pessoas têm tanto preconceito arraigado que dificilmente vão alterar sua forma de pensar após adultas, somente com a educação vamos chegar a combater as diversas formas de preconceito que existem”, afirma. Cristine que foi Diretora do Centro Integrado da Qualidade do Hospital de Clínicas de São Paulo, acredita que a conquista por espaços de poder pelas mulheres, está associado ao mérito individual. “Não podemos ser meras espectadoras, mas sim indivíduos ativos na sociedade buscando envolvimento nas esferas de poder. Há exemplos de mulheres que conquistaram seu espaço com luta e dedicação, como é o caso de Luiza Helena Trajano”, destaca.

Foto: Divulgação PMPF

DIÁRIO DA MANHÃ - PASSO FUNDO E CARAZINHO, terça e QUARTa, 08 E 09 DE março DE 2022

Cristine Pilati Pileggi – Secretaria Municipal de Saúde de Passo Fundo Atualmente, Cristine é médica coordenadora da Comissão de Controle de Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde do Hospital São Vicente de Paulo e Gestora Médica Administrativa da Unidade de Terapia Intensiva. Além de ser Presidente da Associação Médica do Planalto Médio (AMEPLAN). Dos inúmeros cargos, assumir a SMS é o mais desafiador da carreira e exigiu que todo o conhecimento adquirido ao longo dos anos de formação fosse colocado em prática “Exercer esta função com capacidade de resiliência, adaptabilidade e habilidade para gerir pessoas, demandaram-me todo o conhecimento adquirido até aqui”, afirmou. Mesmo com a agenda atribulada, a médica cursa MBA Liderança e Gestão Pública em SP no Hospital Albert Einstein. Uma profissional que com certeza inspira inúmeras outras médicas mulheres que se formam anualmente em Passo Fundo, Cristine lembra uma das suas frases prediletas, de Frida Kahlo. “Quem lhe deu a verdade absoluta? Não há nada absoluto. Tudo se transforma, tudo se move, tudo revoluciona, tudo voa e vai. Mantenha sempre esta mutabilidade adaptativa, buscando seu lugar no mundo, suas oportunidades, aproveitando o que há de bom na vida e transformando as adversidades em ocasiões para aprender e se aperfeiçoar”, finaliza.


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08 de março na história

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á controvérsias na Literatura acerca do dia 08 de março na história. Uma das correntes alimenta a ideia de que esse dia surgiu por causa da morte de 130 operárias carbonizadas em um incêndio em uma fábrica têxtil de Nova York em 1911. De qualquer sorte, naquela época, mulheres operárias, do final do século 19, buscavam melhores condições de trabalho. Reivindicavam limites na jornada de trabalho, lutavam por reconhecimento, igualdade (entendam aqui o princípio máximo da igualdade: tratar de forma igual os iguais e desigual os desiguais). Foram protagonistas da sua história social e política ao longo da história. Enfrentaram barreiras, culturas, crenças e conquistaram inúmeras vitórias ao longo dos anos. Romperam paradigmas. As mulheres realmente são uma força. São superpoderosas, detentoras de uma energia inestimável. São o porto seguro de todos. Sensíveis. Cuidadosas. Abraçam tudo e todos. Dão conta de tudo. São poderosas. Empoderadas. Batalhadoras. Simplesmente brilham. São líderes. Inspiram. Ufaaaa...Mulheres: todos os dias são seus!!!! Parabéns!!! E obrigada por tanto! Em especial á minha mãe Marinês que me deu a vida e a minha pequena Maryeva que me ensina sobre a vida!!

Manoela Bitencourt

Dayane Andrade -

Gestora da experiência do cliente na Casa Santa Catarina- Instituição de Longa Permanência para Idosos Administradora de formação, mentorada por Pedro Superti desde 2019 e apaixonada pelo marketing de diferenciação.

“M

e sinto grata e realizada pelo trabalho que exerço junto dos idosos e suas famílias, dou valor às suas experiências, suas histórias de vida e aprendo todos os dias sobre envelhecimento, com paciência, afeto e responsabilidade que esse trabalho exige. Entendi a missão que Deus me deu e faço com amor, no suporte emocional e no fortalecimento dos vínculos. Eu adoro conversar, estar próxima da equipe, dos idosos, das famílias! É tão natural, tão espontâneo, que o quando estou na Casa tudo flui com alegria.”


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“Não foi preciso experimentar a cegueira, para aprender a reconhecer o lado bom de todas as coisas” Marilise Brockstedt Lech, de 55 anos, enxerga na calma a oportunidade de realizar seus sonhos, sejam eles pessoais ou profissionais ISADORA VILANOVA isadora@diariodamanha.com por Leticia Schneider redacao@diariodamanha.com

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ão sou perfeccionista, caso contrário eu deixaria de arriscar a fazer muitas coisas. Sempre lembro do que o meu saudoso pai Gilberto dizia: tudo que precisa ser feito, precisa ser bem feito”. O pensamento que carrega consigo serve de guia na jornada da mãe, esposa, professora, psicóloga educacional, escritora e atual Presidente da Academia Passo-Fundense de Letras, Marilise Brockstedt Lech. Aos seus 55 anos, a mulher que busca um equilíbrio saudável entre o tradicional e o moderno relembra com alegria o seu passado. Natural de Soledade mantém fortes laços com sua mãe Glaura e seus quatro irmãos que lá residem. Mas foi há 37 anos que adotou Passo Fundo como sua cidade do coração. “Aqui estudei, construí família, fiz um lindo círculo de amigos e desenvolvo meu trabalho. Sou muito grata a esta cidade que me acolheu e sempre busco formas de retribuir a ela tudo que tem me oferecido”, destaca. Mulher independente e resolvida optou por abrir mão de uma parte da carga horária do trabalho e de seus estudos para se dedicar a outra paixão: seus dois filhos. “Eu sempre tive metas bem claras, mas nunca tive pressa para alcançá-las. Programei para fazer meu curso de Mestrado somente depois que os filhos tivessem no mínimo seis anos, e o curso de

Doutorado para depois que os dois já fossem universitários. Deu certo! O desafio é ter paciência, ir mais devagar, mas sem perder os propósitos. Estabelecer prioridades em cada etapa da vida, acordar bem cedo, ter entusiasmo, metas claras e manter o foco, é à base de tudo”, explica a professora.

Presidente da Academia Passo-Fundense de Letras

Marilise conta que a literatura se fez presente em sua vida por meio de seus pais e seu esposo Osvandré, considerado por ela “um escritor nato”. Foi utilizando o tempo livre, de forma meio despretensiosa, que descobriu um novo prazer: escrever. “Desde 1996, quando ele ingressou na Academia Passo-Fundense de Letras, passei a acompanhar as atividades e fiz grandes amigos nesta entidade”, ressaltou a presidente. Em 2010, quando já havia publicado dois livros e organizados outros três, Marilise foi convencida pela então Presidente Elizabeth Ferreira, sua vice Santina Dal Paz e pela acadêmica Selma Costamilan a participar do processo seletivo. Desde então, se envolve na realização de inúmeros projetos culturais e literários, assim, segundo ela, o preparo para vir a ser presidente, foi natural e espontâneo. “O reconhecimento dos colegas me deu autoconfiança e me motivou a postular a minha candidatura, onde felizmente minha diretoria foi eleita, para trabalharmos no biênio 2022-2023. Estou consciente da responsabilidade que me cabe e muito aberta a críticas construtivas. O fato de ser Presidente mulher gera ainda mais expectativas. Na Academia Brasileira de Letras, desde sua fundação

“A semente precisa de cuidado do plantio, germinação e colheita, exatamente o cuidado que as mulheres desempenham” Diretora Comercial da Semeato, Carolina Rossato entrou na lista das 100 pessoas mais importantes do AGRO em 2019 brio entre o papel de mãe e profissional é um desafio que para Carolina, todas as mulheres enfrentam. “É desafio de todas as mulheres evoluir no seu propósito de vida, sem sentir-se culpadas, acredito que a organização e planejamento ajudam muito as funções que se conciliem”. Os últimos dois anos serviram para Carolina refletir de forma diferente, mudar prioridades e perceber que nada e ninguém é eterno e que tudo muda muito rápido. “O esforço deve ser contínuo para que exista um equilíbrio entre saúde, família, sociedade e trabalho. A lição da minha vida é de que nunca devemos desistir como mulheres e sempre, em todas as situações aprendemos já que o propósito da vida é evoluir como ser humano e deixar sementes melhores plantadas neste mundo”. Foto: Arquivo Pessoal

Diretora Comercial da Semeato e Vice-Presidente do Sindicato de Máquinas Agrícolas do Rio Grande do Sul, quando Carolina Rossato ingressou no agronegócio, há 20 anos, os cargos de direção e gestão eram majoritariamente ocupados por homens. Hoje Carolina percebe que esse cenário está em processo de mudança, com as novas formandas em Agronomia e Técnicas Agrícolas buscando espaço pela competência em que elas atuam, seja na sucessão familiar ou nas empresas nacionais e multinacionais. “Uma vez em uma reunião com o mestre da Agricultura do Brasil, Dirceu Gassen, ele me disse que as mulheres teriam um diferencial na agricultura, já que elas sabem cuidar e gerar. Esta metáfora cabe perfeitamente, já que a semente precisa de cuidado do plantio, germinação e colheita. Exatamente o cuidado que as mulheres desempenham na formação das famílias”, relembra. Mãe de três filhos, Lucca, Marco e Bruno Rossato Hayashida, Carolina é natural de Passo Fundo, formada na Business School and Marketing Major pela University of Miami (USA), e realizou seu estágio no Jornal SunSentinental (Chicago Tribune Group). Sua história na Semeato iniciou como estagiária, quando ainda estava na escola. Experiência que foi rica em aprendizados e uma chance de ter o primeiro contato com máquinas. Em 2019 Carolina entrou na lista das 100 pessoas mais importantes do AGRO, pela Revista Dinheiro Rural, desses nomes somente cinco eram mulheres. “Nunca imaginei e não esperava, mas senti meu trabalho reconhecido. Senti que por todas as dificuldades que passei tinham uma finalidade maior e poderia ajudar a outras mulheres que mesmo estando longe de centros grandes o trabalho poderia receber reconhecimento e que sim , é possível aprender e deixar algo maior”, destaca. Para Carolina a competência técnica, o estudo e muita garra são ferramentas para vencer o machismo e o preconceito. “No começo muitos não acreditavam que mulheres poderiam entender de máquinas, sementes e fertilizantes, mas hoje isso foi totalmente superado”. Manter o equilí-

Carolina Rossato - Diretoria Comercial da Semeato e Vice-Presidente do Sindicato de Máquinas Agrícolas do Rio Grande do Sul

em 1897, somente duas mulheres chegaram a este cargo”, lembra. Além do gênero Quando criança teve bons modelos de parceria na família. Ao contrário de muitas realidades brasileiras, a educadora cresceu com sua mãe trabalhando fora e seu pai foi muito presente na educação dos filhos, os avós também moravam ao lado de sua casa. Por causa disso, Marilise sempre busca olhar para as pessoas além do gênero, orientação política ou religiosa. “As pessoas são muito mais do que isso. Muitas vezes as resumimos ao fato de serem homens ou mulheres, serem de esquerda ou direita, e deixamos de ver a pessoa em si, com todos os valores humanos que ela carrega”, pontua. Como fonte de inspiração tem sua mãe, sogra, amigas, a sua patrona da Academia Passo-Fundense de Letras, Delma Gehm. Além de sua própria filha Graciela que “buscou com leveza, autenticidade e autonomia construir sua carreira profissional internacional”. “Ela é o retrato da evolução das mulheres e já colhe os frutos das intensas lutas das gerações de mulheres que a antecederam”, acrescentou. De acordo com a educadora, é muito significativo ter uma data que celebra a força e as conquistas das mulheres, já que estavam ligadas a cuidar apenas da casa. “Agora cuidamos de empresas, negócios e do mundo, tão complexo e fragilizado e que está precisando de um olhar mais humano”, declara ela. “Das lições que aprendi na vida, uma é a que

Marilise Brockstedt Lech os radicalismos cegam. Por sorte aprendi isso nos livros que li e com a experiência de outras pessoas. Não foi preciso experimentar a cegueira, para então aprender a reconhecer e aproveitar o lado bom de todas as coisas”, finalizou Marilise.


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“Ser a autora da nossa própria vida significa controlar o que fazemos com as circunstâncias que nos são dadas”

Médica especialista em Acupuntura e Tratamento da Dor, sócia e gestora do CTCAN, Mariagela Vianna Pecly relembra a trajetória profissional e os desafios das mulheres em uma sociedade ainda machista

Coordenadora Médica do Centro de Oncologia do Hospital de Clínicas de Passo Fundo, Julia Pastorello conta como sua capacidade profissional foi impulsionada com a maternidade

Foto: Divulgação CTCAN

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assar por um tratamento oncológico é cada vez mais temido pelas pessoas, tendo em vista o crescimento anual de casos de câncer. Os efeitos colaterais da quimioterapia, radioterapia e cirurgias é uma situação delicada e de vulnerabilidade. E é em muitos desses momentos que Mariagela Vianna Pecly, 56 anos, faz parte, sendo o sinônimo de esperança e alívio das dores. Mariagela é médica especialista em Acupuntura e Tratamento da Dor, é sócia e gestora do Centro de Tratamento do Câncer – CTCAN, em Passo Fundo. Ela enfrenta diariamente o desafio de ser a luz para muitos pacientes oncológicos. Mas na sua vida o desafio de mudar para Passo Fundo, deixar a cidade natal, família, amigos e começar do zero, foi marcante. Natural do Rio de Janeiro, ela se mudou para Passo Fundo aos 28 anos, quando casou. “Minha mudança para Passo Fundo foi como partir do zero. O fato de ser mulher neste caso, seguramente dificultou um pouco mais o processo”, destaca. Mariangela atua como médica e sócia no CTCAN, ela destaca que a função sempre foi compartilhada com os demais setores, o que contribuiu para acertar e construir um ambiente de trabalho melhor. Para ela viver em uma sociedade ainda muito machista é cansativa e limitante. “O fato de as mulheres exercerem as mesmas funções dos homens e receberem menores salários, ilustra um pouco a situação do machismo da nossa sociedade”. A CTCAN foi projetada para prestar um atendimento clínico diferenciado para pacientes oncológicos, com uma equipe multidisciplinar, com profissionais especializados. Princípios que vão ao encontro das ideologias que a sócia carrega em sua trajetória. “Todo o esforço e dedicação valeu a pena, meu empenho pessoal em ter ficado na cidade de Passo Fundo foi vitorioso e fica também

Mariagela Vianna Pecly – Médica especialista em Acupuntura e Tratamento da Dor, sócia e gestora do Centro de Tratamento do Câncer – CTCAN a percepção da importância de nos comprometermos enquanto empresários e cidadãos com a construção de um país menos desigual e menos injusto, onde o foco não esteja na meritocracia e sim nas oportunidades mais justas para todos”, afirma. Mesmo consciente que nem sempre conquistar espaços de liderança depende apenas da dedicação, Mariangela reforça as mulheres a importância da busca pelo estudo e conhecimento e a fuga de relacionamentos abusivos. “Minha mensagem nesse dia também é para os homens, respeitem suas colaboradoras, domésticas e empresárias, respeitem os diferentes, não tenham medo, a convivência é sempre desafiadora e enriquecedora para todos”.

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atural de Pato Branco, sudoeste do Paraná, mas filha de gaúchos, a médica oncologista Julia Pastorello, 37 anos, é Coordenadora Médica do Centro de Oncologia do Hospital de Clínicas de Passo Fundo, investigadora principal de estudos clínicos do centro de pesquisa da instituição e preceptora da residência de oncologia clínica da UFFS. Uma trajetória profissional trilhada com muito entusiasmo e determinação, marcada pelo aprendizado em igualar relações e assuntos com um público predominante masculino. Júlia lembra das incontáveis situações que optou por não reivindicar suas necessidades básicas e esconder sua feminilidade, por estar em um ambiente com colegas homens. “Experimentei não ser reconhecida ou recompensada por realizações que obtinha no meu cotidiano profissional. Demorei muito tempo para perceber essa necessidade de trabalhar mais e melhor para ser tratada como igual. Por muitos anos não compreendi que ser mulher era um desafio a mais no meu desejo de realização profissional”. Em uma sociedade que nomeia mais homens para cargos de liderança, com remunerações desiguais de salários e pesos diferentes de obrigações domésticas, Julia analisa que a mudança nesse padrão será obtida com calma e sabedoria. “Confesso que confio no potencial de uma mulher quando trabalho com uma, conheço sua determinação, sei do seu comprometimento, organização e empatia. E só pude adquirir essa confiança por meio dos exemplos femininos que tive o privilégio de encontrar no meu caminho, ou seja, alguém confiou nessa mulher, alguém deixou ela assumir uma liderança e crescer, eu também sou um exemplo disso”. Mãe de uma menina de um ano, Julia conta que o momento da gestação foi o que sofreu maior preconceito. Ela lembra que sentiu a falta de cuidado nas relações pessoais e a ideia de que gerar um filho a incapacitava de atuar. “Certamente tive que me reafirmar muito neste período na busca de ideais morais e convicções pessoais.”, destaca. No entanto, foi a maternidade a principal fonte de transformação, que trouxe autoconhecimento e confiança para enfrentar outras questões. Julia que realizou sua formação acadêmica e residência médica no Hospital de Clínicas retornou a instituição em um momento

Foto: Divulgação HC

“O preconceito passa muito pelo lugar de privilégio ou não que a mulher se encontra na sociedade”

Julia Pastorello - Coordenadora Médica do Centro de Oncologia do Hospital de Clínicas de Passo Fundo de mudanças, com a saída de colegas e professores. Ela lembra que assumiu a função e encontrou uma equipe em reestruturação. “Esse momento foi extraordinário para o meu crescimento, regado a muita ousadia e agradecimento pela oportunidade. Aceitei o desafio, em conjunto a muitas perdas e dificuldades”. Além da atuação no HC, Júlia também é docente dos Cursos de Medicina da IMED e UPF e está concluindo uma nova especialização em cuidados paliativos. Ela acredita que todas as circunstâncias impostas pela vida não podem ser controladas, mas que ser a autora de nossa própria vida significa controlar o que fazemos com as circunstâncias que nos são dadas. “No decorrer de nossas vidas, podemos nos deparar com dificuldades inimagináveis, mas devemos agradecer por elas acontecerem e terem moldado nossas vidas de maneira coerente com nossas convicções”. Para as mulheres que buscam uma constante evolução e a quebra de barreiras sociais, ela destaca que é um compromisso que cada uma deve ter consigo mesma. “Você deve isso a si mesma, as suas antepassadas e ao desafio que possui de gerar novas e transformadoras mulheres. Quando uma mãe sai para trabalhar ela conquista o mundo, em razão daquilo que a espera em casa. E isso tem muita força”.

Parabéns pelo dia da mulher Paixão na alma Movimento no corpo Alegria no coração

Rua Independência -135 - Fone 3313-6334


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“A dança sempre me inspirou “Superar a hegemonia masculina é necessário para e me realizou como pessoa, profissional e mulher” avançarmos socialmente” Foto: Divulgação UPF

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ma das universidades gaúchas mais renomadas do Estado tem em sua gestão uma mulher que carrega em sua bagagem princípios éticos, afetivos e que guiam suas decisões. Bernadete Dalmolin, 55 anos, é natural do pequeno município de Caiçara. Sua história com a UPF iniciou há 30 anos, o caminho até chegar ao cargo de gestora passou por inúmeros desafios, entre eles a superação das barreiras econômicas, culturais e educacionais. “Morávamos muito longe de tudo, desde sempre, e o percurso natural naquela época, sobretudo para uma menina, era permanecer naquele lugar”, relembra. Aos 17 anos Bernadete foi morar em Pelotas para cursar Enfermagem e Obstetrícia n UFPel, um desafio que lhe fez emergir em um mundo distante do que estava acostumada, mais sutil e diverso. “Precisei romper com muitas amarras, enfrentar medos e seguir em frente, mas foi uma história permeada de descobertas e de crescimentos”, afirma. As diferenças sociais impostas pelo gênero só foram sentidas com o tempo. Em uma família com 11 irmãos, Bernadete lembra que a relação sempre foi tecida com muito respeito. “Nossos pais estabeleciam uma relação bem equânime, com muita partilha e respeito entre eles e conosco, o que me fez forte e com coragem para enfrentar essa e outras desigualdades”. Ao longo dos 34 anos de profissão trabalhou na atenção à saúde, com foco na saúde mental, na vigilância e na gestão em saúde. Ocupou vários cargos na gestão de municípios e do Estado. Alguns anos depois de formada, Bernadete começou o trabalho acadêmico na UPF no Curso de Enfermagem na área de Saúde Mental/Saúde Coletiva. Na última década dedicou exclusivamente seu trabalho à Universidade e em 2012 assumiu a Vice-Reitora de Extensão e Assuntos Comunitários e em julho de 2018, assumiu a gestão da Reitoria. “Estar à frente da reitoria foi consequência dessa trajetória. Os desafios são múltiplos e cotidianos, sobretudo porque vivemos um tempo de crise educacional no país, num contexto de crise geral e, permeada por uma pandemia que acompanhou mais da metade do período de gestão”, destaca. As exigências que um cargo de gestão cobra vem acompanhado também das situações que só mulheres passam. Como a dúvida, o silenciamento e a falta de espaço de fala. Bernadete relembra que já vivenciou várias situações de desmotivação a ocupar cargos mais elevados, com a alegação que são espaços muito exigentes para uma mulher. “Vivi um período da minha vida em que quase tudo que eu propunha tinha de vir por meio de uma voz masculina. A autoria não podia ser minha, pois o veto era certo. Não passava naquele contexto. E isso é muito doloroso e empobrecedor”. Bernadete também vivencia uma situação muito comum de ser vista: reuniões, confraternizações, palestras em que o número de mulheres pode ser contado nos dedos. “Canso de ir a reuniões em que eu sou a única mulher e isso faz com determinadas demandas não tenham a mesma importância,

Bernadete Dalmolin – Reitora Universidade de Passo Fundo ou a mesma dimensão pelo fato que somos e sentimos de formas diferentes. Superar a hegemonia masculina, neste caso, é necessário para avançarmos socialmente.” Para quebrar essas barreiras, Bernadete procura desenvolver o seu trabalho de modo a corrigir essas e outras assimetrias ainda permanentes na sociedade. Mestre e Doutora em Saúde Pública pela Universidade de São Paulo, ela destaca que a vivencia universitária permite um crescimento extraordinário. “A gestão da UPF é uma tarefa que fazemos em grupo e eu tenho o privilégio de partilhá-la com profissionais e pessoas maravilhosas e que super incentivam e dividem responsabilidades”, finaliza.

A coreógrafa Raquel Cristina Rubert Pereira viajou e demonstrou para mais de 30 países o poder de sua dança ao lado de seu marido ISADORA VILANOVA isadora@diariodamanha.com por Leticia Schneider redacao@diariodamanha.com

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oi através da dança que Raquel Cristina Rubert Pereira, de 56 anos, descobriu sua grande vocação e deixou seu nome nos palcos do mundo. Casada com Mário Pereira, mãe de dois filhos, Marcel (15 anos) e Guilherme (30 anos), Raquel é formada em Educação Física, mas sempre teve a dança presente em sua vida. Natural de Fortaleza dos Valos, mudou com a família para Cruz Alta, onde viveu até os 20 anos de idade. “Como meu pai e minha mãe tinham três filhas mulheres perceberam que precisavam sair do interior. Assim que chegamos em Cruz Alta nos inscreveram no “Ballet Vera Bublitz” e nunca mais paramos de dançar”, destacou. Quando se casou, Passo Fundo tornou-se seu novo lar, onde já está há 36 anos. Sua grande inspiração é sua mãe Alda, a qual considera ser “forte, determinada, guerreira, honesta e capaz”. Seus filhos, por outro lado, são seu maior tesouro. “Quando pequenos tive o importante apoio dos meus pais, então minha rotina de dona de casa, esposa, mãe, empresária, professora e coreógrafa não precisou ser interrompida. Mais corrida com certeza, mas seguiu me proporcionando ainda mais experiência e crescimento”, contou Raquel. A dança como profissão A coreógrafa comenta que agradece seus pais por ter tido a oportunidade de vivenciar a dança desde pequena sem saber que aquilo se tornaria sua profissão. “Gratidão pelas oportunidades que a dança me proporciona: conhecer pessoas, ensinar e aprender sempre, viajar, encantar, transformar, alegrar e fazer a diferença!”, detalha ela. Para ela, a “Baillar Centro de Danças”, que comemora 32 anos de atividades em Passo Fundo neste ano, é sua maior

Foto: Arquivo Pessoal

Reitora da UPF, Bernadete Dalmolin fala da quebra de barreiras ao ocupar diferentes cargos de gestão em sua trajetória profissional

Raquel Cristina Rubert Pereira – Coreografa e produtora cultura do Festival Internacional de Folclore, Danzpare Brasil conquista. Sempre pode contar com o apoio incansável de seus pais, irmãs, esposo e filhos. Foi através da dança que viajou para mais de 30 países com seu marido Mário. Atualmente, ambos são produtores culturais do Danzpare Brasil, um Festival Internacional de Folclore em pares que nasceu na Costa Rica e se expandiu para 10 países, entre eles o Brasil. “Temos exclusividade da marca no país e realizaremos no dia 7 a 18 de setembro deste ano, a 4ª edição do evento em Passo Fundo e região. Um evento internacional gigantesco que traz a cultura de muitos países para cá”, explica Raquel. Seu objetivo sempre foi fazer o melhor de si para sua empresa, seus alunos e por quem aprende um pouco da arte e da dança através de seus ensinamentos. Além de levar a magia e o encanto da dança por onde passa. “A dança sempre me inspirou e me realizou como pessoa, profissional e mulher. Sempre busquei com garra e determinação meu espaço sem grandes problemas”, conclui Raquel.


ISADORA VILANOVA isadora@diariodamanha.com

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“Quero deixar esse legado as minhas filhas, que sigam cuidando do próximo com todo o amor e respeito” Angela dos Santos Brum, proprietária do Residencial Angel’s Fase III, relembra dos desafios que enfrentou e que impulsionaram as mudanças em sua vida

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a partir dos momentos difíceis, das situações que nos pegam de surpresa que as principais mudanças acontecem. Na vida de Angela dos Santos Brum, o seu momento mais desafiador também foi o que lhe impulsionou a tirar do papel um projeto que mudaria a vida de muitas pessoas. Há 18 anos um acidente deixou o pai de Angela tetraplégico, situação que passou a exigir cuidado e atenção 24h por dia, até hoje. Passado alguns meses do acidente, depois de muitos sentimentos e incertezas surgiu a ideia de transformar a casa dos pais, em um espaço que prestasse atendimento humanizado, acolhedor, saudável e com profissionais capacitados. “Assim surgiu a Angel, levou oito meses para ter o primeiro paciente e depois só cresceu e se tornou a referência que é hoje”, conta Angela. Inicialmente com as instalações na casa dos pais, o centro terapêutico passou para o Bosque Lucas Araújo como Residencial Angel’s e hoje está em uma nova estrutura, chamado Residencial Angel’s Fase III, localizado na Rua Ângelo Preto em passo Fundo. A também designer de interiores observa que as mulheres ocupam cada dia mais espaços no empreendedorismo e nas grandes empresas. “Na minha profissão aprendi a me posicionar em relação a preconceito e machismo. A maioria dos nossos colaboradores hoje são homens e vejo que existe o respeito mutuo entre nós”, afirma. Antes de ser mãe, Angela conseguia fazer muitas coisas ao mesmo tempo, uma rotina intensa que sempre foi muito bem administrada, mas que mudou com a chegada da primeira filha. “Optei por ser mãe em tempo integral e me dedicar 100% a minha filha, participei de todo o desenvolvimento até ela completar três anos”, relembra. Após esse período Angela retornou aos negócios. Hoje ela é mãe de uma menina de cinco meses e divide as atividades com a maternidade e o centro terapêutico. As realizações como profissional e mãe caminham juntas. Para Angela é uma conquista

Foto: Arquivo Pessoal

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Angela dos Santos Brum, proprietária do Residencial Angel’s Fase III poder prestar um atendimento especializado a pessoas que necessitam de extremos cuidados. “Nunca abri mão de cuidar da Angel’s, tenho uma equipe interdisciplinar, de alto nível, mas nunca deixei de estar atenta a instituição. Quero deixar esse legado as minhas filhas, que sigam cuidando do próximo com todo o amor e respeito”. Angela mostra sua força e determinação diariamente. Dos aprendizados que todos esses anos trouxeram um deles é que a vida muda do dia para a noite, e que é preciso estar preparado para enfrentar as partes boas e principais mente as ruins, pois são elas que sempre deixam uma lição. “Hoje procuro sempre escutar os dois lados e sempre observo as atitudes e as palavras. As mulheres seguem tradições adquiridas de uma vida toda, norteada por amor e respeito. Busco potencializar isso em mim no pessoal e profissional e lembrar disso no futuro, assim somos mulheres”.

Paula Ritter Fröhlich Cirurgiã – Dentista pós-graduada em Odontologia do Sono pelo Instituto do Sono de São Paulo/SP e integrante da equipe multidisciplinar do SNN – Serviço de Neurologia e Neurocirurgia de Passo Fundo/RS

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omo esposa, mãe e cirurgiã – dentista com formação na área da odontologia na medicina do sono e conhecimento em fisiologia do sono, gostaria de parabenizar todas as mulheres nesse mês tão especial. A mulher, que conhecidamente através de estudos, possui fatores que impactam a qualidade do sono, devido a uma rotina exaustiva, e muitas vezes inflexível, que concilia trabalho, família, casa e vida pessoal. No entanto, é necessário à mulher cuidar-se e preocupar-se consigo mesma tanto quanto cuida de todos. Sendo assim, surge o alerta para mais atenção e, se necessário, a busca por um profissional especializado em medicina do sono, uma vez que o sono de qualidade é tão importante para a saúde como uma alimentação equilibrada e a prática de atividade física. O Dia Internacional da Mulher, uma data tão importante do calendário mundial, traz consigo um momento de reflexão, sobre a luta e as conquistas das mulheres, principalmente por igualdade e respeito ao longo da história.

Foto: Arquivo Pessoal

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“Em qualquer ramo que atuamos, precisamos entender sobre ele e administrar como se fosse nosso” Diretora da Coleurb, Paula Bulla conta o início de sua trajetória na empresa como engenheira de transportes

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ara Paula Bulla, Diretora da Coleurb, o dia 8 de março não só celebra o Dia da Mulher, mas também marca os 25 anos de sua formação em Engenharia Civil pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Natural de Flores da Cunha, Paula tem em suas raízes a criação no interior da Serra Gaúcha e os ensinamentos passados pela família a caçula de cinco irmãos. Durante a graduação foi bolsista do CNPq por três anos no Laboratório de Transportes, foi nessa fase que iniciou o seu contato com a área de transporte, trânsito e mobilidade, ainda pouco explorada e conhecida pela engenharia civil. Foi como bolsista do LASTRAN que, ao conhecer a área, optou por se especializar no segmento de transportes. Paula atuou no consórcio operacional em Porto Alegre, onde gerenciava itinerários e horários das linhas e ônibus, além de ter como responsabilidade promover melhorias através de indicadores de qualidade e produtividade. Foi em 2001 o seu primeiro contato com a Coleurb. Após deixar o consórcio passou a prestar serviços de consultoria. Em 2004 foi efetivada como engenheira de transportes, passando a assumir o setor de tráfego da empresa. Momento que ela considera o mais desafiador da carreira. “Tinha sob a minha responsabilidade direta 12 fiscais e aproximadamente 200 motoristas e 200 cobradores. Além de ser mulher, o fato de eu ser relativamente jovem, na época, eu tinha 30 anos, gerou um desconforto diante do grupo masculino, onde muitos tinham mais de 20 anos de empresa”, relembrou. Paula acredita que cada vez mais as mulheres são protagonistas da própria vida, mas que o preconceito é uma questão

histórica e cultural. “Durante a minha trajetória nesta área, já recebi comentários sexistas, duvidando da minha capacidade, ou até tentativa de intimidação por meio do aumento do volume da voz. Já sofri preconceito de outras mulheres (o que é mais triste) em relação a minha competência na gerência do negócio”, conta. A engenheira civil destaca que são inúmeros os momentos que exigem sua capacidade administrativa e emocional, mas assumir o setor de tráfego da Coleurb foi o divisor de águas de sua carreira. “Foi o momento que mais exigiu posicionamento firme, competência e força intelectual”. Em 2006 Paula passou a ocupar a função de Gerente Operacional, onde gerenciava o tráfego, oficina e assuntos administrativos. Em 2010 começou a participar das reuniões de conselho de sócios e em outubro de 2011 assumiu a direção da empresa, momento que lembra como o mais marcante. “O crescimento na empresa foi gradativo, com muito empenho e principalmente embasado pelo sentimento-chave: amar o que se faz”. Na vida pessoal Paula tem o desafio de educar a filha para agir, assim como ela destaca, como um ser humano consciente e responsável diante de um mundo com tantas transformações. No âmbito profissional, o sentimento de gratidão pela oportunidade concedida se atrela a necessidade constante de aprimoramento nas áreas como recursos humanos, gestão organizacional e negociação empresarial.

Foto: Divulgação Coleurb

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Paula Bulla – Diretora da Coleurb

“Procuro celebrar a vida todos os dias, viver com otimismo, ânimo e confiança. Ainda tenho muitos sonhos a realizar ” ou natural de Porto Alegre, mas me considero passo-fundense, em razão de viver em Passo Fundo desde que tinha um ano de vida. Aqui foi o começo de tudo. Aqui aprendi a caminhar e a me construir como pessoa e como profissional”, em poucas palavras Neusa Rocha, 71 anos, resume e demonstra a sua ligação e história com Passo Fundo. Graduada em Letras pela Universidade de Passo Fundo, ela teve seu primeiro contato com a educação ainda aos 18 anos, como professora da Educação Infantil na extinta escola Tenente Marins. Foi nesse período que foi convidada para exercer o cargo de diretora. “Fui me apaixonando pela docência. A partir daí nunca mais parei de respirar e viver a educação”, afirma. Neusa também é graduada em Pedagogia, especialista em Língua Portuguesa e Mestre em Letras. Ao longo de sua trajetória profissional teve a oportunidade de trabalhar em todos os níveis educacionais – da educação infantil ao ensino superior. Mas foi a UPF o palco de suas maiores realizações. “A UPF foi a grande responsável pela minha formação acadêmica e profissional. Minha formação sólida, qualificada, humanizada, devo a essa instituição”. Além de trabalhar como docente em diferentes níveis, Neusa também exerceu outras funções de gestão no Ensino Público, como a de diretora na Escola Municipal Georgina Rosado e de vice-diretora na Escola Estadual Alberto Pasqualini. Foi em 1996 a 2000, que vivenciou uma de suas experiências mais extraordinárias, como Secretária Municipal de Educação, na administração do Prefeito Júlio Teixeira. “Foi um tempo extremamente rico, desafiador e de muitas conquistas”. Por duas gestões, Neusa foi eleita para ocupar o cargo de diretora do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH) da UPF. No período de 2010 a 2014 integrou

Foto: Arquivo Pessoal

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Neusa Rocha relembra sua trajetória como educadora e o papel que a docência tem em sua vida

Neusa Rocha ocupou o de diretora do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH) da UPF por duas gestões

a equipe da Reitoria, liderada pelo Reitor José Carlos Carles de Souza, ocupando o cargo de Vice-Reitora de Graduação. “Guardo lembranças profundamente significativas e afetivas da época em que estive à frente da direção do IFCH e da Vice-Reitoria de Graduação. Foram momentos intensos, de muita entrega, mas extremamente prazerosos e que continuamente me nutriram de esperança.” Neusa encerrou as atividades na UPF em 2014, hoje aposentada procura celebrar a vida todos os dias, consciente das dificuldades e dos limites que o tempo e a idade impõem. “Busco viver com otimismo, ânimo e confiança. Até porque, afinal, ainda tenho muitos sonhos a realizar”, reflete a mãe de Fabiano, Ivana e Fernanda e avô de Valentina, Catarina, Edson e Arthur. Casada com Gerson Delazzeri, é pelo convívio com a família que a educadora busca cultivar os princípios herdados pelos pais. A disciplina que sempre lhe acompanhou ao longo dos anos durante a docência, foi conhecida ainda na infância, onde cresceu em um ambiente com muitas regras, mas com muito afeto e diálogo. “Meus pais foram exemplo de correção, senso de justiça, humanismo e determinação. Aprendi com eles a não me curvar frente às dificuldades, a assumir riscos e a ousar novos caminhos. O legado que eles me deixaram constituem os pilares da minha vida e do meu trabalho”. No Dia da Mulher, Neusa lembra da mulher que lhe inspirou, sua mãe Áurea Rocha. “Ela foi para mim e minha irmã o exemplo da mulher forte, generosa e determinada. Com seu jeito enérgico-amoroso de ser, acreditava que nós, suas filhas, seríamos protagonistas de nossa história. E fomos. A ela nossa homenagem não só pela passagem do Dia da Mulher, mas pelo dia de seu aniversário”.


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“Carrego uma força muito grande dentro de mim e gostaria que todas as mulheres tivessem isso consigo”. vezes ao longo da vida precisa escolher se aquele momento é o de crescer profissionalmente ou de gerar uma nova vida. “Quando os dois coincidem, estamos diante de guerreiras que lutam por sua estabilidade financeira ao mesmo tempo em que precisam conciliar várias tarefas da maternidade e trabalhar o seu lado emocional para não se guarnecer da culpa”. Por muitas vezes a cobrança da maternidade bate na porta de muitas mulheres, e é nesse momento, como observa Janaína, que elas se deparam com escolhas difíceis. “Ao mesmo tempo, temos sonhos profissionais e sabemos que nosso relógio biológico nos prejudica. Cada ano que passa escolhemos se vamos avançar profissionalmente, consolidar carreira, ou vamos abrir um espaço nesse ponto e nos entregarmos a maternidade”, pontua. Janaina vivenciou as experiências e os desafios profissionais e da maternidade. Mas foi após passar por um problema de saúde que sua vida mudou. “No meio dessa corda bamba de desafios da rotina diária, e após passar por um problema de saúde o qual me fez ficar acamada por muito tempo, eu enfrentei um marco da minha vida. Foi como se Deus tivesse me dado uma segunda chance. É aquela velha história, você está num leito de hospital e passa um filme na sua cabeça: “O que fiz da minha vida?” Naquele instante eu vi que podia recomeçar, fazer tudo diferente, seguir olhando para os meus sonhos

“Atingir a capacidade do equilíbrio é a melhor proposta” Nutricionista Patricia Folle trabalha diretamente com mulheres que buscam mudanças corporais e destaca a importância do equilíbrio entre a saúde e emagrecimento Foto: Arquivo Pessoal

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utricionista, especialista em emagrecimento e nutrição emocional e comportamental, Patricia Zanardo Cunha Folle, 57 anos, tem o compromisso diário de trabalhar com mulheres que desejam mudar seus hábitos alimentares e optar por uma vida mais saudável. Natural de Porto Alegre, casada e mãe de três filhos, foram diversos os desafios que precisou enfrentar para alcançar seus objetivos. Entre eles a chegada em Passo Fundo, sozinha, quando não conhecia ninguém. “Desafiei a mim mesma, que conseguiria superar essa mudança radical de sair de casa com todo o conforto para começar a carreira profissional em um local desconhecido”, relembra. Patricia acredita que a inserção da mulher na sociedade como profissional, está mudando e precisa mudar ainda mais. “Acredito que muita coisa depende do ambiente familiar e até mesmo do meio social que possa estar convivendo. A capacidade de lidar com essas questões é de cada uma e que modela a sua história”, destaca. Pós-graduada em Nutrição Clínica, Patricia é mãe de Eloisa de 26 anos e Gabriel e Giovane, filhos gêmeos, de 21 anos. O desejo pela maternidade nasceu quando ainda era pequena, e conseguiu ser alcançado com organização e companheirismo do marido, para manter suas funções profissionais. Patricia destaca que sua profissão nasceu para ajudar as pessoas a ensinar o se alimentar mais saudável e manter a saúde dentro de uma qualidade de vida. “Sempre procuro ade-

Patricia Folle - Nutricionista e Especialista em Emagrecimento e Nutrição Emocional e Comportamental

quar o padrão dentro de uma normalidade e de aspecto ideal. Mesmo que muitas pacientes procuram pela questão social, mostro que elas devem respeitar a sua condição de bem estar, sabendo como comer e evitando o reengorde”, pontua. Patricia que se formou na Universidade do Rio dos Sinos, reafirma a capacidade de ser mulher e enfrentar todas as adversidades sem medo. “Sou cuidadosa com as palavras, com os meus valores e com os exemplos que possa dar, é o que me faz sentir livre para poder ir e vir onde eu estiver independentemente de ser mulher”.

sem me importar com a opinião ou crítica da sociedade”, relembra. A partir desse momento, Janaína mudou totalmente sua área profissional e passou a assumir os negócios da família no CFC Janaína. Uma tarefa que trouxe um peso de mais de 40 anos de trabalho construídos e que ela precisa dar continuidade. “É a responsabilidade de não colocar toda uma história em jogo”. Como os sonhos não param e para as mulheres, quando desejam, nada é impossível, Janaína resgatou um sonho de infância e ingressou na faculdade de Medicina Veterinária, na IMED, e auxilia a maternidade, os negócios do CFC com o estágio em uma clínica que atende pequenos animais. “Não é fácil vivenciar todas essas atividades e ainda ter um tempo para cuidar de mim, mas é gratificante demais fazer o que se ama”. O desejo por realizar aquilo que vai muito além do que a sociedade impõe é o que move Janaína, que carrega uma força dentro de si que lhe faz acreditar e ter cada vez mais confiança. “O medo faz parte da vida, mas ele não pode bloquear ou impedir de seguir adiante. Lugar de mulher é onde ela quiser, seja com filhos ou sem filhos, seja na diretoria ou na recepção, o que é preciso é acreditar em si mesmo e seguir adiante sem se importar com as críticas ou apontamentos alheios.”

Janaína de Oliveira – Diretora de Ensino e Sócia-Proprietária do CFC Janaína e graduanda em Medicina Veterinária

“É difícil conciliar todas as funções ao mesmo tempo, mas as experiências que vivenciamos servem para nos fortalecer”

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Arquiteta e Urbanista, empreendedora e mãe, Bruna Peruzzo viu a rotina mudar com a chegada da maternidade

arquitetura, o empreendedorismo e a maternidade são hoje os guias da passo-fundense, Bruna Modesti V.Peruzzo, 36 anos. Filha única e muito ligada a família, sempre buscou estar perto deles. Cursou Arquitetura e Urbanismo na UPF e logo após sua formação em 2008, inaugurou ao lado de sua sócia o escritório Studio Lux Arquitetura. Em 2020, resolveu empreender e criou a B.Flower, uma loja online de produtos florais, onde Bruna cria e desenvolve arranjos de flores personalizados. Mas foi a maternidade o seu maior desafio até então. “Me tornei mãe a pouco tempo, sem dúvida tem sido o momento mais desafiador até agora, porém uma experiência única, indescritível e maravilhosa. É difícil conciliar todas as funções de mulher ao mesmo tempo, mas acredito que todos os momentos e experiências que vivenciamos servem para nos fortalecer”, conta. No âmbito profissional, um projeto de interiores no Gran Palazzo Centro de Eventos, logo após estar formada, foi um momento marcante na carreira. “Foi um grande aprendizado e considero uma grande conquista, pois através desse trabalho que percebi o quanto eu estava feliz na profissão que escolhi para minha vida”. Bruna que trabalhou até o último dia da gestação do filho João percebeu que com a maternidade mesmo sendo prática e organizada, nem tudo sai como o planejado. Sua lição de vida está nas raízes fortes com a família, que considera

Foto: Arquivo Pessoal

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utora do livro ‘O Município e a Acessibilidade Urbana’, formada em Direito pela Universidade de Passo Fundo, especialista em Direito Municipal, Gestão Pública e Mestre em Direito. Janaína de Oliveira deu origem ao nome do Centro de Formação de Condutores - CFC Janaína. Filha, mãe, esposa que possui uma carreira profissional tecida por diferentes experiências, como quando trabalhou na administração pública municipal, foi assessora e coordenadora dos conselhos municipais e também, quando concorreu a vereadora por duas vezes, sendo a mais votada do seu partido em 2004. Mesmo presente em diferentes meios, muitos majoritariamente ocupado por homens, Janaína nunca se viu atingida pelo preconceito. ‘Sempre procurei exercer todas as atividades que me propus com muito profissionalismo, e ser reconhecida pelos meus méritos e não por gênero”, afirma. Para ela o preconceito ocupa cada vez menos espaço e os paradigmas devem ser cada vez mais quebrados. “Não gosto de me posicionar em um mundo de homens contra mulheres ou vice-versa, pois para mim os paradigmas estão aí para serem quebrados, e a partir do momento em que você se torna bom naquilo que faz, isso prevalece.” Para a mãe do Lucas e do Gabriel, a mulher já nasce com um desafio inerte, pois por muitas

Foto: Arquivo Pessoal

Janaína de Oliveira administra os negócios da família no CFC Janaína e também é graduanda em Medicina Veterinária, ela conta como sua vida mudou após vencer um problema de saúde

Bruna Peruzzo – Arquiteta e Urbanista uma fortaleza para seguir nessa caminhada. “Todas as mulheres merecem admiração, e são capazes de conciliar as funções de mãe, esposa, e profissional bem sucedida. Acredito que respeito e a empatia para com todos são fundamentais nesse caminho”, finaliza.


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Mais um empreendimento do grupo Angels R. Ângelo Preto, 66 - Centro Passo Fundo - RS

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O protagonismo feminino no Legislativo de Passo Fundo

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Dos 21 parlamentares que ocupam uma cadeira no Legislativo Municipal, quatro são mulheres

or muitos anos as mulheres não tinham direito ao voto, quiçá participar de uma eleição ou estar inserida no meio político. O Dia Internacional da Mulher reflete não só todas as lutas que as mulheres já enfrentaram e enfrentam até hoje, mas também a conquista de estar a cada dia ocupando cadeiras nos legislativos municipais, nas assembleias e congressos. Em Passo Fundo, na Câmara Municipal de Vereadores, quatro mulheres ocupam o cargo de

vereadora, conquistado na última eleição em 2020. De diferentes partidos, com diferentes ideologias e ideais, mas com o mesmo desafio de romper barreiras e conquistarem seus lugares de fala. Nessa edição especial do Dia da Mulher conhecemos um pouco mais de Ada Cristina Munaretto, Eva Valeria Lorenzato, Janaína Leite Portella e Regina Costa dos Santos.

“Que possamos servir de exemplo e incentivo para que tantas outras mulheres tenham a coragem de buscar os seus espaços”

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Ada Cristina Munaretto (PL), vereadora que há mais de 14 anos trabalha ativamente com o voluntariado

onservadora, de direita, cristã, a favor da liberdade econômica, liberdade de imprensa, das reformas política e administrativa. Contra o aumento de impostos, contra ideologia de gênero, aborto e legalização das drogas. Essas e outras muitas bandeiras são defendidas por Ada Cristina Munaretto, 46 anos, formada em Direito, casada, mãe de dois filhos. A política sempre esteve presente em sua vida, nos movimentos de Bandeirantes e Escotismo, nas lideranças estudantis nas instituições pela qual passou. Natural de Erechim, Ada se mudou para Passo Fundo para cursar sua faculdade. Carrega consigo há 14 anos o trabalho voluntário nas áreas da saúde e da assistência social. Líder das “Mulheres com Bolsonaro Passo Fundo”, também é presidente da executiva do PL Mulher municipal, faz parte da Liga das Mulheres Conservadoras do Brasil e participa ativamente na organização de movimentos pró-democracia de Direita, em nível nacional. Ideologias que foram defendidas por Ada em sua campanha como vereadora,

a qual julga um momento desafiador em toda sua caminhada. “A experiência mais desafiadora no campo profissional, foi a campanha para vereadora. Mas não por ser mulher, e sim por tudo que a política envolve, ainda mais que a campanha aconteceu em um momento turbulento de pandemia. Enfrentamos muitos ataques e mentiras, e isso independe de sexo, pois sei de candidatos homens que também enfrentaram os mesmos problemas”, destaca. Desde que assumiu como vereadora, Ada tem o sentimento de acolhimento pelos colegas, tanto homens quanto mulheres. Ela acredita que é através da imposição que as mulheres demonstram respeito, competência e igualdade. “É dessa forma que acredito ter conquistado muitos espaços, e é dessa forma que pretendo seguir trabalhando. Nesse sentido, afirmo que a postura da mulher também pode definir qual o papel que ela vai ocupar onde estiver.”. Paralelo a rotina no legislativo, Ada também segue com as atividades voluntárias e a

maternidade. Mãe de Augusto Henrique, 23 anos, e Eloize Cristina, 14 anos, ela tem ao seu lado o marido Eliezer M.Aires, que lhe acompanha ativamente nas ações sociais. Os inúmeros obstáculos encontrados na trajetória pessoal e profissional foram vencidos com coragem. “Sempre corri atrás dos meus sonhos, dos meus objetivos sem pensar que ser mulher poderia me atrapalhar ou me privar de chegar onde eu gostaria. E assim foi, todos os papéis que assumi até hoje foram conquistados com muita humildade, respeito, trabalho e afinco, e é dessa forma que pretendo continuar minha trajetória”. Para Ada é fundamental a participação das mulheres na política, por carregarem um olhar diferenciado, talento no desempenho de várias funções e visão social. “Precisamos de mulheres que realmente façam a diferença na vida das pessoas, que busquem o bem comum, que tenham uma visão ampla do que é a política e de como podem ajudar suas comunidades, seus municípios, estados ou país. Com valores e princípios.

“Só teremos uma sociedade justa quando as mulheres ocuparem os espaços com igualdade de condições e de direitos”

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Eva Valéria Lorenzato, vereadora eleita pelo Partido dos Trabalhadores é também agricultora e advogada

leita vereadora pelo Partido dos Trabalhadores, Eva Valéria Lorenzato, 49 anos, carrega em sua caminhada a militância e as bandeiras da política de esquerda. Agricultora reside na Comunidade de Santa Gema, interior de Passo Fundo desde 1991. Já trabalhou como empregada doméstica, comerciária, foi delegada do Sindicato dos Comerciários de Passo Fundo e a primeira presidenta eleita da Associação da Feira, quando de 1992 até 2010 foi feirante na Feira da Gare. Desde 2011 Eva atua como Advogada, especialmente nas áreas do Direito Previdenciário e Direito Trabalhista, é Promotora Legal Popular (PLPs) e atua pela efetivação da rede de atendimento integral aos direitos das mulheres, especialmente das que sofrem violência. “Assim como a grande maioria das mulheres da minha geração, desde a minha juventude, infelizmente, não tive a opção de me dedicar exclusivamente à vida de estudante. A necessidade de estudar e trabalhar ao mesmo tempo, recebendo baixa remuneração, me fez enfrentar as dificuldades e os desafios de ter uma jornada dupla, sempre acreditando e lutando pelos meus sonhos e por dias

melhores para todas e todos”, destaca. Eva relembra que as mulheres representam mais de 52% do eleitorado brasileiro, situação que é semelhante em Passo Fundo, que possui uma média de 51,7% do eleitorado composto por mulheres. Índices que levam ao questionamento da vereadora, do porque as mulheres ainda são minorias nos espaços de poder. “Isso é reflexo de uma estrutura social construída para responder às necessidades de uma única parcela da população, que são os homens. E essa parcela é ainda mais restrita quando consideramos outros marcadores sociais, como a classe e a raça”. A vereadora acredita que ao desempenhar sua função em um cargo público está se propondo a disputar os mais diversos espaços de poder, vencendo o machismo e o patriarcado. Eva lembra que quando passou na prova da Ordem dos Advogados do Brasil, ouviu de algumas pessoas a frase: “Advogada quando se separa é igual, vento leva tudo”. Situação que elenca como exemplo de que o preconceito está em diversas situações, nos pequenos e grandes detalhes. “Quando concorri a vereadora em 2016 muitas pessoas julgavam que por eu ser mulher seria inca-

paz de me eleger. Muitas vezes acontece de eu ter que me posicionar politicamente e algumas pessoas, machistas, avaliarem que sou brava, contudo, quando é um homem ele é considerado “um político de personalidade forte”, conta. Casada com Rui Lorenzato, mãe de Leonardo e Gabriele e avó da Maria Luísa, além das funções como vereadora, Eva também administra a agroindústria familiar Lorenzato. Entre os desafios que marcaram a trajetória de Eva está a conquista do diploma do curso superior, a disputa eleitoral marcada pela falta de recursos e poder econômico. Para ela, é essencial que as mulheres se enxerguem como líderes para mudar, principalmente, o cenário desigual da política. “Temos que ter sempre consciência disso, mesmo que a sociedade queira nos fazer acreditar no contrário. Só teremos uma sociedade justa quando as mulheres poderem ocupar os espaços com igualdade de condições e de direitos e essa é a nossa luta cotidiana. Desejo que todas as mulheres tenham consciência do seu valor e da sua capacidade, porque lugar de mulher é onde nós quisermos, inclusive na política”.


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“Se desejamos um cenário diferenciado na política, precisamos nos habilitar ao pleito eleitoral e mostrar que somos pessoas compromissadas” Janaína Leite Portella, vereadora eleita pelo MDB é advogada, professora universitária e também atua como empreendedora no varejo

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ara Janaína Leite Portella, 47 anos, participar do pleito eleitoral foi a experiência mais desafiadora que já vivenciou. Advogada, Mestre em Direitos Fundamentais e Especialista em Direito Municipal, Janaína destaca que por muitas vezes é questionada sobre a escolha de estar em um ambiente político. “É possível desenvolver uma política séria e centrada em valores sociais, livre de interesses escusos e pessoalizados. Não há como perpetuar a cultura do senso comum de que política é um meio corrompido, e que políticos são desonestos. Existem sim pessoas éticas e com o brilho no olhar para prestar, por um período de tempo, sua contribuição para com a sociedade em que está inserida”, destaca. O interesse pela política nasceu da vivência no ambiente técnico-jurídico junto ao Executivo e Legislativo municipal, no qual Janaína exerceu alguns cargos comissionados. Além disso, atuou 21 anos no magistério no ensino jurídico e 11 anos na coordenação do curso de Direito em uma faculdade do município. Ela lembra que por muitas vezes os alunos sugeriram sua participação na política, o que despertou o interesse em buscar o cargo eletivo como vereadora em 2016 e em 2020, ano o qual foi eleita. A conquista pelos espaços

e lugar de fala é diária. Janaína destaca que é respeitada pelos colegas vereadores e pelo ambiente político como um todo. “Apresento propostas políticas com alinhamento técnico, buscando com minha equipe e apoiadores as orientações necessárias, pois sabemos que é da união de forças, ideias e objetivos comuns que conseguiremos avançar para bem registrar um tempo histórico de representatividade feminina em Passo Fundo”. Janaína acredita que toda mulher tem possibilidade de desenvolver competências para exercer cargos de liderança, tanto no ambiente público como no privado. No entanto, por ser a mulher a responsável pela criação dos filhos, cuidados com o lar, ela protela muitas vezes seu empenho e dedicação à profissão para a fase mais madura. “Assim a mulher assume cargos de supervisão, coordenação, próximos aos ambientes de sua residência, deixando de exercer cargos de direção e presidência de corporações que exigem maior liberalidade de compromissos para com a família. Hoje estamos vivenciando a instalação de uma nova cultura de compartilhamento de responsabilidades familiares entre homens e mulheres que mutuamente se auxiliam”, destaca. Além do cargo atual como vereadora, Janaína também precisa administrar a rotina

sendo empresária do varejo, advogada, professora universitária e mãe de João Lucas, 21 anos e Júlia Marjana, 10 anos. Diversas funções que não são fáceis, mas são viáveis como ela destaca. “Conciliar a vida pessoal e profissional multifacetada é um desafio diário. Muita comunicação, compartilhamento de responsabilidades com meu marido e a abençoada ajuda de meus pais e sogra para com os cuidados com meus filhos foram determinantes para o alcance de meus objetivos. A receita para dar certo? Não temos. Sempre estamos nas tentativas dos erros e acertos, mas no final, a contabilidade aponta para saldos positivos, e isso é o que importa”, destaca. Em meio a conquistas, desafios e aprendizados, a lição que fica para a vereadora é a resiliência em todos os aspectos da vida. É a partir desse sentimento que Janaína apresenta seu perfil de mulher motivada, com energia e com um olhar no futuro. “Reforço a mensagem de que não precisamos ser empoderadas, já somos! Estar (e não direi à frente) e sim desenvolvendo uma família, um relacionamento com meu companheiro de vida, as atividades profissionais e políticas, são funções que cada mulher pode desejar para si ou não. O que é preciso ter em mente é que o protagonismo na vida é seu e não depende de outros”

“Sou a prova que é possível uma mulher, mãe, professora, trabalhadora, estar ocupando uma cadeira no legislativo Municipal”.

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Regina Costa dos Santos, eleita vereadora pelo PDT é professora e atuante nas lutas sindicais

educação é pauta frequente das demandas e iniciativas da vereadora Regina Costa dos Santos, 39 anos. Professora da Rede Municipal de Ensino, formada em Pedagogia, sua caminhada na educação iniciou aos 18 anos. Envolvida na luta em defesa dos direitos humanos, participou de grupos de jovens, coletivos de mulheres e trabalhadores, se tornou liderança sindical e em abril de 2020 ingressou na vida política partidária. São inúmeros os desafios enfrentados diariamente, entre eles o de ser mãe solo. “Nunca foi e nunca será fácil ser mulher e lidar todos os dias com uma sociedade machista. Mas ser mulher/mãe solo, dar conta dos desafios do mercado de trabalho/professora, da tripla jornada de trabalho, cuidar e educar meu filho. Gabriel. em meio a muitas outras funções sociais como ser dirigente sindical foi muito desafiador”, relembra. Quando optou por colocar seu nome à disposição do partido, Regina se convenceu que a educação, professores e mulheres devem estar nos parlamentos. “Fui eleita a mulher mais votada da história de Passo Fundo o que reforça que é chega-

da a hora de mudarmos o rumo da política da nossa cidade e que a Câmara de vereadores de Passo Fundo, também é lugar de mulher.” O preconceito e ataques são obstáculos que Regina enfrenta diariamente. Ela conta que por muitas vezes já ouviu expressões como “vai lavar a louça”, “não tem o que fazer”. Mas que foram vencidos com um posicionamento firme. “Sempre estive muito convicta de que estou no lugar certo, com conhecimento de causa e técnico nunca me deixei calar, ou ainda, que a fala de um homem seja mais importante que a minha. É comum ser atacada nas redes sociais ou até mesmo no exercício da função de parlamentar, para nós mulheres é cansativo ter que provar todos os dias que somos capazes de estarmos onde quisermos”, observa a vereadora, que teve sua candidatura desacreditada por muitas pessoas. “Mostramos que de forma coletiva e organizada conseguimos chegar aos espaços de poder”. Regina acredita ser fundamental a participação efetiva da mulher nas instâncias de poder, pois é assim que a classe feminina é verdadeiramente representada. Em uma reflexão para o dia 8 de março, Regina

destaca o protagonismo das mulheres na sua própria vida. “Que mais mulheres possam ingressar na política como forma de aumentar a representatividade feminina, corrigindo a história que tenta diariamente

vender que a política é só para os homens. Sou a prova que é possível uma mulher, mãe, professora, trabalhadora, com poucos recursos estar ocupando uma cadeira no legislativo Municipal”. finaliza.


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“Fui conquistando meu espaço, sempre com muito trabalho, dedicação e humildade” A Engenheira Agrônoma, Fernanda Viacelli Falcão, é exemplo de mulher determinada que busca crescer profissionalmente e pessoalmente a cada dia

por Leticia Schneider redacao@diariodamanha.com

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ndicada ao Personagem Soja Brasil neste ano, Fernanda Viacelli Falcão, 40 anos, escreve sua história no ramo agrícola com muito orgulho. Engenheira Agrônoma, com mestrado em Produção de Sementes e MBA em Gestão do Agronegócio, Fernanda atualmente é Gerente Técnica da empresa Sementes Falcão. Natural de Passo Fundo, ela relembra a história de sua família que com muito esforço e dedicação fundou a empresa na qual trabalha. A agrônoma explica que seu avô Manuel Antônio Falcão veio de Portugal no período pós-guerra aos 13 anos de idade, inicialmente vendia bombril nas ruas e depois fardos de tecidos, até chegar em Passo Fundo, onde teve a primeira loja de automóveis multimarcas. Em 1955, Manuel se casou com Clecy Busato Falcão, já na década de 70 trocou um DKV por terras no Mato Grosso e, posteriormente, também no Rio Grande do Sul. Seu pai Humberto, foi um dos filhos que seguiu no ramo agrícola se tornado, assim, responsável pela criação da Sementes Falcão. “Sempre acompanhei meu pai na fazenda. Minha mãe Enriete trabalhava como professora e muitas vezes era necessário dividir a rotina. Tenho dois irmãos, Henrique e Arthur, ambos formados em administração e que também trabalham conosco.

Após a minha formatura em 2006, fui conquistando meu espaço, sempre com muito trabalho, dedicação e humildade”, comenta a profissional. Fernanda sempre acompanhou as atividades na empresa, especialmente aquelas ligadas ao campo. “É claro que estava lá muito mais para aprender do que para ensinar, afinal tínhamos colaboradores que me viram nascer e tinham muito mais experiência do que eu”, diz. Como lição de vida leva a expressão “é justo que muito custe o que muito vale”. Segundo ela, essa frase resume o fato de que grandes conquistas exigem mais esforços. “O que é superficial acaba tomando lugar do que é essencial. Perde-se o sentido e muitas vezes o verdadeiro valor. Nas dificuldades temos sempre a oportunidade de crescer, de nos tornarmos pessoas mais sábias. Isso nos torna mais fortes e nos motiva a seguir o caminho da vida e da felicidade, que é valiosa”, complementa. Grande profissional A agrônoma ressalta que não se lembra de ter tido um momento desafiador como mulher, mas como profissional. “Nossos desafios na agricultura são diários e complexos, a cada safra há um novo aprendizado, e cada vez se torna mais necessário produzir mais com menos, de forma sustentável ambiental e financeiramente. O produtor rural é gerador de paz, ele produz alimentos para nosso país e para o mundo”, pontua Fernanda. A profissional detalha que nunca se preocupou com o fato de ser mulher ou que teria mais ou menos dificuldades. “É claro que algumas vezes você

tem que quebrar alguns paradigmas para conquistar seu espaço, mas isso se faz com conhecimento, profissionalismo e confiança. E mais do que isso, não se permitir ser colocada com “frágil” já é um bom começo”, disse. Para ela, as mulheres nunca serão iguais aos homens, pois cada um tem suas características que são fundamentais para se completarem. “Em alguns momentos tive mais dificuldades pela falta de força física e no meu trabalho muitas vezes isso é necessário. Por isso mesmo que acredito muito mais em homens e mulheres juntos, somando e contribuindo uns com os outros do que essa ‘divisão’ que muitas vezes é imposta de forma forçada pela sociedade”, acrescenta a agrônoma. Esposa e mãe Fernanda é casada e mãe de dois meninos, Pedro (3 anos) e Matheus (2 anos). Sempre teve o sonho de ser mãe, tinha em mente que se necessário abriria mão de algumas coisas para se dedicar a sua família, que segundo ela é a coisa mais valiosa da vida. “Diminui meu ritmo de trabalho para educá-los e ensiná-los, com valores e princípios básicos para que se tornem boas pessoas para o mundo. De fato, a maternidade muda muito a vida, especialmente da mulher. Mas muda para melhor. É algo grandioso. Ser mãe é uma doação constante. Cada dia é um aprendizado novo e não há receita de bolo. A vida de uma criança duplica o valor da mulher”, destaca. Como inspiração tem sua bisavó paterna (in memoriam) que veio sozinha de Portugal ao lado de cinco filhos, uma de 30 dias, no porão de um navio.

Foto: Arquivo Pessoal

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Fernanda Viacelli Falcão Engenheira Agrônoma e Gerente Técnica da Sementes Falcão “Muitas vezes, quando acho que tenho alguma dificuldade lembro desta história e percebo que hoje em dia tudo é muito mais fácil. Minha avó materna, Lourdes, a mulher mais forte que já conheci até hoje. Minha mãe Enriete que sempre foi um exemplo de força e determinação”, finaliza Fernanda.

“Para a mulher não basta ser, é preciso provar que é”, destaca Valéska Walber

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“Para a mulher não basta ser, é preciso provar que é”, destaca Valéska Walber Para a psicóloga e vice-prefeita de Carazinho, a luta feminina continua nas situações vividas no dia a dia

onquistar o direito de votar, de realizar suas próprias escolhas e de ter uma remuneração são alguns dos marcos que passaram a acontecer na vida das mulheres após a virada do século 19 para o 20. Apesar das recentes conquistas, as mulheres continuam sendo minoria na política e também em cargos públicos. Em Carazinho, Valéska Walber é a inspiração para as mulheres que buscam realizar os seus sonhos. Aos 51 anos, a vice-prefeita é formada em Psicologia e é mestre em Psicopatologia e Psicologia Clínica, com formação em abordagem sistêmica de casais famílias e indivíduos e formação em Terapia do Esquema. Natural de Porto Alegre, Valéska teve uma infância com passagens por varias cidades. “Em função da profissão de meu pai, morei em oito cidades diferentes e escolhi Carazinho para viver. Meus pais e meu irmão também escolheram. Fomos bem acolhidos e nos sentimos carazinhenses”, destaca a vice-prefeita. A identificação por Carazinho também fez com que a jovem escolhesse iniciar a sua carreira profissional. Conciliando os atendimentos entre o município e Passo Fundo, Valéska precisou optar e escolheu a Capital da Hospitalidade. “Iniciei minha vida profissional em Passo Fundo, trabalhando em uma clínica particular, como psicóloga escolar no Instituto de Educação e como docente no Colégio Conceição. As demandas profissionais exigiram que optasse trabalhar em apenas uma cidade e assim fiz, optando por

Carazinho”. Entre as experiências profissionais, Valéska destaca que trabalhou voluntariamente no Conselho Tutelar por aproximadamente três anos, além da docência em ensino médio e como psicóloga no Colégio La Salle, docência universitária e em pós-Graduação junto a Ulbra Carazinho e em pós-graduação na IMED. “Ao longo dos anos prestei diversas assessorias para empresas e municípios na área de desenvolvimento de pessoas. Também atuei com palestras e seminários em diferentes cidades e estados. Coordenei e atuei no Serviço de Saúde Mental do nosso município por mais de 25 anos”, enfatiza Valéska.

Inspirar outras mulheres e ter uma rede de apoio

Para Valéska a liderança feminina tem características do universo feminino e que é preciso provar a sua eficiência. “O que me move diante destes desafios diários é a convicção de que precisamos inspirar outras mulheres, mostrando que é possível, que cada uma de nós que ocupa uma liderança, autoriza, de certa forma, outras mulheres a fazerem o mesmo. Somente assim teremos uma sociedade mais justa, ética e igualitária. Este precisa ser um compromisso coletivo” destaca a vice-prefeita. Além do cotidiano na gestão da carreira, da casa e a responsabilidade no cuidado com os filhos, a maioria das mulheres sofre uma sobrecarga nas funções, o que faz com que as vezes os homens tenham maior desenvolvimento pes-

soal e profissional. “Meu marido Éverson é um pai muito atuante e incentiva muito meu desenvolvimento profissional. Mas sei que a regra na maioria dos lares ainda não é esta. Precisamos avançar mais”, destaca Valéska.

Luta diária e um universo de dúvidas

A conquista do voto feminino no Brasil completou 90 anos. Mas a luta feminina continua nas situações vividas no dia a dia, onde diariamente, as mulheres precisam mostrar a sua capacidade na resolução de problemas. “Em todos os espaços precisamos nos desafiar e enfrentar situações machistas. Para a mulher não basta ser, é preciso provar que é”, enfatiza Valéska. Além das mulheres serem minoria na política e em cargos públicos, Valéska destaca que nunca havia cogitado ou desejado ocupar um, e que o convite foi um dos maiores sustos que levou. “Precisei enfrentar um universo de dúvidas e medos, abri mão de muitas coisas para dizer sim. Penso que o desejo de ocupar um espaço de poder onde eu possa cuidar da comunidade do que poderia fazer no psicológico clinico é o que me move e gratifica”. Na história de Carazinho, a psicóloga é a primeira vice-prefeita. “Este é um desafio em todas as áreas de atuação. Como ainda temos homens, o referencial da liderança masculina se torna comum percebermos a desconfiança em cima da liderança feminina. E isto precisa ser reconhecido e enfrentado”, finaliza.

“Meu desejo a todas as mulheres é que sejamos mais colaboradoras umas com as outras, que sejamos mulheres que apoiem outras mulheres. Que cada uma de nós reconheça seu brilho e potencial, e se aproprie disto. Sejamos a mudança!”


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“Só quem pode nos obstaculizar somos nós mesmas, afora isto, podemos tudo” A empresária Moema Rosa de Souza se viu em um mercado de trabalho rodeado por homens, mas isso não a impediu de buscar seu lugar

por Leticia Schneider redacao@diariodamanha.com

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ucesso não tem a ver com quanto dinheiro você ganha. Tem a ver com a diferença que você faz na vida das pessoas”. A frase dita pela ex -primeira-dama dos Estados Unidos, Michelle Obama, é fonte de inspiração para muitas mulheres, entre elas, a advogada especialista em direito imobiliário, corretora de imóveis e empresária, Moema Rosa de Souza. Casada com José Carlos Carles de Souza há 40 anos, é mãe da Maria Carolina e do João Vicente. Natural de Concórdia/SC, é a filha mais velha de quatro irmãos. Seu pai cirurgião-dentista e sua mãe dona de casa lhe deram formação com disciplina, estudo e nobreza de sentimentos. Antes de se mudar para Passo Fundo em 1978, morou em Florianópolis, onde provém grande parte de sua família. Foi no início da carreira profissional de advogada e, em seguida, como empresária no ramo imobiliário, que se viu como a única mulher em um reduto masculino. “Não tenho conhecimento de, no início da década de 1990, ter outra imobiliária cuja proprietária

era uma mulher”, comenta Moema. “Ocupei por alguns anos o cargo de Delegada do CRECI/RS em Passo Fundo e região, cuja maioria absoluta era de homens, fui à única mulher por todo este período, e em todos os eventos, reuniões, seminários, houve uma convivência extremamente respeitosa”, acrescentou. Sua história como proprietária da Patrimmônio Imóveis se deu através de um fato ocorrido em sua profissão, onde surgiu a curiosidade e a percepção de ampliar sua carreira profissional. “Na época já se vislumbrava um potencial muito grande na área da construção em Passo Fundo. Surgiu a ideia, a possibilidade, a persistência e a vontade de empreender que sempre esteve presente. E, como resultado, surgiu a Patrimmônio Imóveis, que está no mercado da nossa cidade e região há 30 anos”, explicou. Mãe e profissional Moema lembra que é muito comum ver a mulher acumulando atualmente diversas funções, como esposa, dona de casa, mãe, educadora e profissional. “A mulher quando passou a exercer atividades fora do lar, não deixou de ser responsável por tudo que já era antes”, disse. “No meu caso, tive como conciliar a maternidade e tantas outras atividades por exercer

uma atividade de profissional liberal. Consegui adaptar a educação dos meus filhos com minha agenda e sempre fui muito participativa na escola e atividades extracurriculares. Mas sabemos que para as mulheres que exercem funções que têm empregador, a realidade não é nada cômoda, muito desafiadora e requer persistência para dar conta de tudo que precisa”, complementou. Para a advogada, cabe à mulher ocupar cada vez mais espaços tidos como dos homens. “É visível a notoriedade das mulheres em qualquer área que venham a ocupar. Visualizo um cenário cujo crescimento das mulheres em todos os campos de atuação é irreversível, sem querer ser melhor que ninguém, mas sempre buscando a igualdade entre os gêneros”, aponta. Dia de comemorar De acordo com Moema, a importância de lembrar o oito de março é histórica, seja para reverenciar as bravas mulheres que lutaram no início do século passado por igualdade de direitos civis e em favor do voto feminino ou para seguir a mobilização e firmar o que já foi conquistado. “Podemos ser e fazer aquilo que quisermos. Simples assim. Só quem pode nos obstaculizar somos nós mesmas, afora isto, podemos tudo”, ressalta. “Creio que a vida só vale a pena quando conseguimos descobrir o

Foto: Arquivo Pessoal

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Moema Rosa de Souza

exato lugar que nascemos para ocupar. A partir daí, ser digna, agir com a razão, ter persistência para enfrentar adversidades e procurar agir com empatia, solidariedade e amor. Faz a diferença na nossa vida e na de tantas pessoas que nos rodeiam”, concluiu Moema.


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“Temos que pensar em sucessão no sentido de dar continuidade ao negócio e também em evolução” Formada em direito e contabilidade, Caroline Vieira, comenta sobre a sucessão familiar ISADORA VILANOVA isadora@diariodamanha.com por Leticia Schneider redacao@diariodamanha.com

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aroline Vieira é formada em direito e contabilidade e atua na área há 12 anos. Juntamente com sua irmã Camile Vieira também formada em direito, ambas são exemplos de uma sucessão que vem trazendo resultados. “Nosso pai começou a trabalhar no escritório de contabilidade do Dr. Jenoino Tonial, posteriormente adquirindo-o (primeira sucessão). A segunda sucessão ocorreu com a compra do escritório de contabilidade Zamar, isso já faz 50 anos”, contou Caroline. A profissional ressalta que há clientes que permanecem com eles desde aquela época. Atualmente, alguns negócios estão no comando dos filhos, já outros seguem nesse processo de sucessão familiar. “A palavra suces-

são assusta, pois temos que lidar com sentimentos, com o emocional, com o burocrático, mas ao mesmo tempo não podemos pensar a sucessão como algo negativo. Temos que pensar em sucessão no sentido de dar continuidade ao negócio e também em evolução”, destaca Caroline. Ela comenta que desde que ingressou na empresa Vieira Contabilidade e Assessoria sempre teve o apoio de seu pai, o qual a incentivou a buscar conhecimento técnico e aperfeiçoamento, além de sempre demonstrar que é necessário ter responsabilidade, cautela e prudência no dia a dia. “Em escritórios de contabilidade a complexidade da sucessão familiar é ainda maior, pois além da figura do sucessor e sucedido, o cliente também passa a ser fator de grande relevância. Ou seja, temos que nos preocupar em construir uma relação de confiança entre o sucessor e os clientes do escritório, pois está relação não é construída do dia para a noite”, finaliza Caroline.

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Caroline e Camile Vieira

“Ocupar um lugar dentro do empreendedorismo é ter a oportunidade de mostrar a excentricidade feminina” Daiane Henrich, proprietária da Escola Bom Pastor, aliou o amor pela educação com o empreendedorismo A educação é um dos pilares que compõem a sociedade e quando se é professora, a missão dobra. Um papel que não é para qualquer um, que exige paixão e dedicação. Sentimentos que não faltaram na vida de Daiane Henrich, 39 anos, proprietária da Escola Bom Pastor. Sua formação na área iniciou ainda na adolescência, quando escolheu cursar magistério. Na faculdade cursou Geografia nas modalidades de bacharelado e licenciatura e logo depois, cursou Pedagogia e Administração com Especialização em Gestão de Pessoas. Natural de Passo Fundo, Daiane sempre esteve perto da família, mas o desejo de conhecer o mundo é o que lhe inspira. “Passo Fundo é uma cidade maravilhosa, cheia de encantos e oportunidades. E foi aqui mesmo que tive minha primeira oportunidade profissional na área da educação. Aos 14 anos, fui auxiliar de turma na Creche no Bairro Nossa Senhora Aparecida pelo programa SEMCAS, experiência esta que foi norteadora para toda a minha caminhada profissional”, relembra. Pouco tempo depois da primeira experiência, Daiane iniciou na Escola Bom Pastor como auxiliar de turma e logo em seguida assumiu como professora. “Neste mesmo período também passei em concurso do município e minha rotina estava cada vez mais cheia”, conta. Em 2017 a Escola Bom Pastor inaugura uma nova estrutura no Bairro São Cristóvão, com atendimento na educação infantil e ensino fundamental. Em 2021 mais um

Daiane Henrich, proprietária da Escola Bom Pastor

passo importante na história da instituição, a inauguração do Centro de Educação Infantil Bom Pastor, no Bairro Boqueirão. Em 2022, será inaugurada mais uma escola no Centro de Passo Fundo. “Hoje, durante minhas reflexões, penso o quanto valeu a pena sonhar, o quanto valeu a pena cada experiência, cada escolha, pois tudo contribuiu para eu construir a minha história de maneira autêntica e com propósito”. Daiane também divide a rotina profissional com a maternidade. Mãe de Camile e Bernardo, são eles que estão ao seu lado em todos os momentos. “Sou imensamente grata por eles e por tudo o que compartilhamos, pois além de me proporcionarem o indescritível amor materno, são filhos maravilhosos”, afirma. A professora e também empreendedora acredita que o principal desafio em ser mulher é perceber que mesmo a mulher ganhando destaque na sociedade pela força, determinação e coragem, ainda existem muitas situações onde o machismo está impregnado. “Como mulher, ocupar um lugar dentro do empreendedorismo é ter a oportunidade de mostrar a excentricidade feminina. A minha vivência como empreendedora, mãe, amiga, educadora é gigantesca, em cada uma das funções consigo dar o melhor de mim e busco conciliar todas as atividades dentro da minha rotina”. Como ensinamento de toda sua trajetória, Daiane destaca a importância de se entregar as possibilidades que a vida apresenta a cada uma. “É calcular as rotas com inteligência e mudar de rota sempre que necessário, é acima de tudo, fazer a cada novo dia uma sociedade cada vez mais justa e humana.”


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Movimento no Aeroclube de Carazinho praticamente dobra com a realização da Expodireto

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Com o fechamento temporário do Aeroporto de Passo Fundo, pousos e decolagens no aeroporto de Carazinho têm sido uma opção

esde que o Aeroporto de Passo Fundo fechou para ampliação e reforma, Carazinho passou a registrar um expressivo aumento nos pousos e decolagens de aeronaves, embora a cidade não tenha a operação de companhias aéreas com linhas comerciais. Com a realização da Expodireto Cotrijal em Não-Me-Toque o número de operações na pista de Carazinho ficou ainda maior. O presidente do Aeroclube, Mateus Hirt, destaca que as operações acontecem todos os dias da semana, 24 horas por dia, e para isto conta com seis colaboradores. Com a intensificação no fluxo, dado a realização da feira, o número de colabo-

radores para coordenar as chegadas e partidas e recepcionar as pessoas passou para 12. A maioria são instrutores do aeroclube que tem reforçado as escalas de plantão. “O movimento já estava maior, mas agora com Expodireto tem-se um aumento significativo de pessoas que vem para prestigiar o evento, sejam produtores, empresários e autoridades. A tendência é de que este movimento aumente ainda mais pelo número de contatos que tem sido feito pedindo nosso apoio para a logística” comenta. Hirt destaca que o aeroclube tem com a prefeitura de Carazinho um projeto em andamento a ser viabilizado com recursos de emendas parlamentares a fim de melhorar as condições de recepção e alojamento.

MDB pode definir seu pré-candidato ao governo em março Deputado estadual Gabriel Souza afirma estar preparado caso seja o escolhido pelo partido Com a afirmação de que José Ivo Sartori não pretende concorrer ao cargo de governador do Estado do Rio Grande do Sul nas eleições de 2022, o Movimento Democrático Brasileiro (MDB) trabalha com dois nomes possíveis de serem elencados como candidatos ao governo gaúcho, o deputado federal Alceu Moreira e o deputado estadual, Gabriel Souza. Em entrevista à Rádio Diário AM 780, nesta segunda-feira (7), Gabriel Souza, destacou que com a definição do nome de Fabio Branco na presidência do partido aguarda-se para os próximos dias que se elenque os nomes para compor o diretório estadual do partido, e em seguida a definição em relação ao nome de quem concorrerá governador. Certo é que o MBD deve ter o nome que encabece a chapa nas próximas eleições. Souza defende que tal confirmação ocorra ainda durante o mês de março, dado aos prazos previstos no calendário eleitoral, janela partidária, inscrição de novos filiados, fusões e a nova modalidade de federação partidária prevista para as eleições deste ano. Para o le-

gislador, o adequado é de que a definição se dê o quanto antes para que possa se fazer um alinhamento de quais serão os candidatos aos demais cargos em cada região do estado e as bandeiras as quais cada um defende, bem como montar estratégias com os partidos que venham a se alinhar. Souza confirmou que se sente preparado caso seja o escolhido por seus correligionários em ser o representante do partido. “Qualquer uma das matérias dos últimos oito anos que passou pela Assembleia Legislativa, e que foram os grandes motores desta transformação que o Estado está vivendo, eu estava lá. Não me sinto despreparado, me sinto é muito preparado para a missão por ter conhecido profundamente cada uma destas matérias e saber quais são os problemas do Estado para o próximo período, as possibilidades de soluções, dentro do modo de ver o mundo que eu defendo, que é um estado que não seja tão grande que irá atrapalhar o contribuinte, e nem tão pequeno a ponto de ser ausente nas áreas onde precisa estar presente”, citou o deputado.


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Nei César Manica cobra agilidade de políticos na abertura da 22ª Expodireto Cotrijal por MARA STEFFENS mara@diariodamanha.com

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22ª Expodireto Cotrijal foi aberta oficialmente na manhã desta segunda-feira (7), em Não-Me-Toque. Dezenas de personalidades políticas e do agro se fizeram presentes, entre elas o governador em exercício, Ranolfo Vieira Júnior, a secretária da Agricultura, Silvana Covatti, a Desembargadora Iris Helena Medeiros Nogueira – primeira mulher a presidir o Tribunal de Justiça do Estado, o Procurador Fabiano Dallazen, representando o Ministério Público, o prefeito de Não-Me-Toque, Gilson dos Santos, deputados estaduais, federais, senadores e presidentes de diversas entidades representativas do setor primário. Todas foram recepcionadas pelo presidente da Cotrijal, Nei César Manica e seu vice, Enio Schroeder. A solenidade oficial ocorreu no auditório central do parque. Foi sentida a ausência da Ministra da Agricultura, Tereza Cristina, que esteve na edição mais recente. A expectativa é que ela visite a Expodireto Cotrijal no último dia da programação, acompanhada do presidente Jair Bolsonaro. Nei César Manica iniciou seu pronunciamento ressaltando o otimismo com a volta da feira, não realizada em 2021 por causa da pandemia de Covid-19. Não chegou a projetar sobre expectativa de público e negócios, mas foi enfático ao cobrar agilidade de políticos na resolução de problemas relacionados ao agro. “Vamos olhar para frente. Não vamos fazer reunião para marcar reunião. Vamos resolver os problemas. Esse é o nosso papel”, colocou. O presidente da Assembleia, deputado Valdecir Oliveira, quase como uma resposta a Manica, colocou o Legislativo a disposição. “Quando assumi, em 31 de janeiro, naquele mesmo dia, fiz a primeira reunião, com várias entidades do campo preocupados com a estiagem. Entendemos que esta preocupação certamente é enorme, pois trata-se da maior seca dos últimos 50 anos e requer ações imediatas, que tenham com-

promisso com esta área tão importante, da produção de alimentos do Rio Grande do Sul. Imediatamente, tomando conhecimento, fizemos dois movimentos importantes: o primeiro deles a constituição de uma comissão de representação externa da Assembleia e uma comitiva pluripartidária indo a Brasília, para dizer que o Rio Grande do Sul também precisa ser olhado”, citou. Na visão de Oliveira, o Estado requer uma política permanente. “A estiagem é quase que cíclica e precisamos ter uma política de convivência com ela daqui para frente. Se não tivermos uma política de contenção, vamos somente lembrar da estiagem quando ela vem e é necessário ter uma política preventiva. Estamos trabalhando uma visão que possa dar condição, junto com o Governo Estadual”, relatou. “O Rio Grande precisa disso, por isso estou aqui para assumir este compromisso, não somente de reuniões, mas de ações concretas, de curto, médio e longo prazo, pois a agricultura é fundamental para a geração de emprego e renda”, completou. A secretária de Agricultura, Silvana Covatti, também demonstrou otimismo. “Vejo esperança. Enfrentamos um grave problema que é esta estiagem, mas nós, gaúchos, somos muito otimistas. Vamos discutir a preservação e a importância da água, o armazenamento, a importância da agricultura como um todo. Isso vai impactar na economia do Estado. Fico feliz que estamos valorizando a Expodireto”, salientou. Sobre a retomada, conceito bastante utilizada ultimamente para falar da feira, Silvana mencionou que a Expodireto certamente apresentará soluções para as problemáticas que se apresentam. “Vejo que buscamos atingir e contentar os produtores. Um dos exemplos é o Programa Avançar. Estamos no caminho certo com a construção de açudes e a perfuração de poços artesianos”, exemplificou. O governador em exercício, Ranolfo Vieira Júnior, falou sobre o avanço de projetos importantes do Governo na Assembleia. Creditou ao

Foto: Comunicação HSVP

Em seu pronunciamento, presidente da Cotrijal foi enfático ao abordar a importância da resolução de problemas, citando inclusive demora na tomada de decisões no âmbito político. Ausência da Ministra da Agricultura, Tereza Cristina foi sentida

Abertura oficial da 22º Expodireto Cotrijal ocorreu nesta segunda-feira (7) de água, como açudes, barragens para fins de armazenamento de água. “Vamos apresentar propostas para que a iniciativa privada possa fazer. É preciso que acertemos isso que não permite que hoje o privado faça”, resumiu.

Calçada da Fama

Professor Telmo Amado foi o homenageado na Calçada da Fama do Agro Governo Sartori o ponta pé inicial de Nacional na abertura da Expodivárias ações que agora, com Eduardo reto Cotrijal. “Não vamos falar em Leite se concretizam. “Desde 2000 dificuldades, mas em otimismo, temos esta grande feira. Uma feira porque nesta feira discutimos soludos grandes debates. Estive aqui na ções. Aqui está o que há de melhor anterior e recordo que discutimos os em tecnologia para o setor primário, crimes rurais. Hoje quero compartiuniversidades, pesquisas, produtolhar com vocês uma ótima notícia. ras de conhecimento. Aqui se vê o Temos conseguido reduzir todos os mundo representado por mais de 70 índices de criminalidade, inclusive países. Temos a chance de mostrar dos crimes rurais”, salientou ele, ao mundo o que temos de melhor”, exemplificando sobre as ocorrências salientou Westphalen. de abigeato. Heinze lembrou que na sexta-feira (11), ocorre a tradicional audiência Congresso Nacional pública do Senado e desta vez a água O deputado federal Pedro Wesestará em pauta. O Progressista sutphalen e o Senador Luiz Carlos geriu o debate da legislação que liHeinze representaram o Congresso mita a viabilização de reservatórios

Imediatamente após a cerimônia oficial de abertura, o professor Telmo Amado foi homenageado na Calçada da Fama do Agro. O espaço foi criado em 2019 com o objetivo de destacar lideranças políticas, entidades, pesquisadores, empresários e consultores que fazem o agronegócio ser o setor que sustenta a economia brasileira. Amado, que é coordenador do Projeto Aquarius desde 2004, disse que a homenagem demonstra o compromisso da Cotrijal com a tecnologia e o desenvolvimento. Ressaltou estar muito orgulhoso com a homenagem, considerada o ponto mais alto de uma carreira de pesquisas. “A agricultura de precisão encontrou na Cotrijal o local correto para gerar, florescer e produzir frutos muito importantes para o agronegócio brasileiro”. A proposta do projeto Aquarius é validar a tecnologia de agricultura de precisão como uma moderna e eficaz ferramenta de gerenciamento da propriedade rural. A Cotrijal ingressou no projeto em 2005.


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HSVP está entre os melhores hospitais do Brasil

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Ranking de 2022 foi divulgado pela revista americana Newsweek

revista americana Newsweek levantou dados de hospitais de 27 países. O Hospital São Vicente de Paulo de Passo Fundo está entre os 13 melhores do Rio Grande do Sul, segundo a classificação que destacou 100 Instituições brasileiras, divulgada na última semana. O resultado levou em consideração três dados: recomendação de especialistas, médicos, executivos e profissionais da saúde; informações da pesquisa de satisfação dos pacientes; indicadores-chave de desempenho médico. O HSVP conta com duas unidades, sendo considerado referência para atendimento de alta complexidade. Mais de dois milhões de pessoas, provenientes da macrorregião norte e missioneira do Rio

Grande do Sul e oeste de Santa Catarina, são beneficiadas pelos serviços oferecidos. Além do diagnóstico e tratamento de doenças, a Instituição conta com diferentes recursos tecnológicos e está em constante desenvolvimento para seguir garantindo um atendimento de qualidade para seus pacientes. O presidente do HSVP, José Miguel Rodrigues da Silva, comemorou a classificação. “Deixo aqui meu agradecimento a todos os colaboradores e corpo clínico, fundamentais para esse reconhecimento. São profissionais que se dedicam diariamente pela saúde e bem-estar da nossa população. Nos deixa muito contentes e certos de que estamos fazendo um bom trabalho. Fomos indicados com Instituições dos grandes centros do país”.


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