DIARIO NAS RUAS 11 DE MARÇO DE 2022

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DIÁRIO DA MANHÃ - PASSO FUNDO E CARAZINHO, SEXTA, SÁBADO E DOMINGO, 11, 12 E 13 de MARÇO DE 2022

geral

Apasfa apela pela ajuda da comunidade

Endil Tamara de Mello jornalista | endiltammara@gmail.com

Estamos na Chape!

ONG está providenciando documentação para ter direito a recursos públicos, enquanto isso, necessita de doações para manter os quase 200 animais abrigados Fotos Mara Steffens | Diário

por MARA STEFFENS mara@diariodamanha.com

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Associação Protetora de Animais São Francisco de Assis – APASFA de Carazinho atua há mais de 40 anos no resgate e cuidado com animais. “Estamos em um processo de transição. Não sabemos quando teremos acesso a recursos públicos. A Nota Fiscal Gaúcha também não mandou nada este ano – e mesmo assim é somente para infraestrutura, não para alimentação. A Apasfa abrange quase 200 animais. Tem mais lá em casa, como os gatos, os doentes, os filhotes. Está bem complicado. Não deixamos faltar nada para eles, porém nos endividamos”, desabafa a presidente, Nasir Salomão. Não são raras as vezes em que cães e gatos são encontrados abandonados nas proximidades da sede da ONG, no bairro Brandina. Muitos aparecem bastante debilitados com sinais visíveis de desnutrição, mas os voluntários se esforçam e conseguem recuperar a grande maioria deles. Por dia, os animais abrigados na Apasfa consomem cerca de 100 Kg de comida. Doações generosas são enviadas. A rede de supermercados Economia é um dos grandes parceiros, conta Nasir, destinando doações de forma sistemática. Arroz, farinha de milho, ração são itens aceitos. Além de comida, remédios também são necessários. Um dos cães abrigados, já com idade avançada toma medicamento contínuo a fim de garantir sua locomoção. “É um pastor velhinho. Se ele não tomar o remédio que custa R$ 200 corre o risco de não caminhar mais”, relata. Há outros casos de animais da Apasfa que necessitam de medicamentos. Os

ONG sediada no bairro Brandina abriga cerca de 200 animais

recém-chegados, geralmente precisam de algum tratamento para serem reestabelecidos pois o abandono ocorre com o animal lá em situação crítica. “Ninguém larga os cães para nós de banho tomado e gravata no pescoço. Largam na minha casa, cães em situações horríveis, que vocês não podem imaginar. Os bichos em estado terminal, mas sempre lutamos para que eles sejam salvos. Somos a favor da vida. O sacrifício é naqueles casos que não tem solução”, relatou. Para ajudar a Apasfa, o contato pode ser pelo telefone: 9 9997-3040 (Nasir), 9 9652-6145 (Judite), 9 9669-1591 (Airton). “Precisamos muito de ajuda. Eles comem todos os dias, e muito bem”, finalizou.

Sercesa promove seletiva para a temporada 2022 A Sercesa inicia os trabalhos para definir o elenco que disputará as competições na Temporada 2022. A primeira atividade confirmada é a seletiva de atletas para o elenco adulto. O clube abriu inscrições para o peneirão que acontece ainda

neste mês de março. As inscrições podem ser feitas até a sexta-feira (11), através do Whatsapp da Sercesa (54) 9 97027379. O clube carazinhense irá disputar a Série Prata 2022, competição organizada pela FGFS.

Willian Coyote Top Team se destaca em Pelotas Foto Divulgação

Hiago Vinícius, de apenas 11 anos, venceu por nocaute, assim como Luciano Villiand Ocorreu durante o fim de semana, no sul do Estado a Arena Strick Pelotas, com a participação da equipe Coyote Top Team, de Carazinho. Hiago Vinícius, de apenas 11 anos, venceu por nocaute, assim como Luciano Villiand, que aplicou o nocaute mais rápido do evento, com apenas seis segundos. No card principal, Matheus Barbosa foi o representante carazinhense. Embora tenha feito uma boa luta, não foi o vencedor. A equipe carazinhense teve grande visibilidade que em breve alguns atletas deverão participar da seletiva para o mundial de Muay Thai, na Tailândia.

Willian Coyote Top Team durante a participação no evento

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Confesso que na última coluna fiz um certo mistério sobre a cidade para onde estávamos nos mudando. Revelei o nome (Chapecó SC) apenas no parágrafo final, porque eu queria falar sobre sentimentos, pessoas, experiências essenciais que fazem parte de “nossa mochila”. Aonde quer que estejamos, é imprescindível conhecer o conteúdo que nos habita, para então saber quais propósitos nos acompanham num giro de 365 graus. Com os pés firmes no oeste catarinense, sabíamos que a mudança aconteceria em paralelo com as várias novidades recém-chegadas. Nem mesmo desfizemos as malas e o caminhão com nossos pertences de Porto Alegre (RS) estacionava na porta de casa, enquanto começava as aulas na escola nova e a retomada de treinos rumo ao novo clube. O ponto de partida para subir degraus e alcançar o objetivo proposto, de entrar para base da Chapecoense, era ingressar na escolinha e ser convidado por um dos professores para fazer o teste. Em janeiro, meu filho atleta ficou uns dias na casa do meu irmão para ver como seria seu recomeço aos campos de futebol. Enquanto isso, curtiu a companhia divertida dos primos e tão logo iniciou as atividades na escolinha, depois de minha cunhada organizar matrícula, uniforme e exames. No primeiro treino realizado com atletas de sua idade, a professora Maria Eduarda Vassoler pediu a ele para treinar junto com os atletas maiores. Na primeira semana de fevereiro, quando nos mudamos, conversei com a treinadora, expondo nosso interesse em acessar a base. De pronto, ela disse que integrava a comissão técnica da Sub 14 e nos deu a feliz notícia de que levaria João Guilherme para fazer o teste. No dia 21 de fevereiro iniciaram os trabalhos das categorias Sub 12, Sub 13 e Sub 14. Depois do primeiro treino/teste, senti meu filho confiante, seguro de que agora estava próximo de sua meta. Assim, se passaram duas semanas de testes e a expectativa só aumentava quanto ao resultado. Foi no início desta semana, 07 de março, que soubemos da aprovação de João Guilherme junto ao elenco da Sub 14 da Chapecoense. A coluna de hoje se assemelha à narrativa descritiva dos diários, que já foram um importante canal de comunicação, desabafo e autoconhecimento pessoal. Pois bem, seguimos o diário. No domingo à noite, antes do veredito ser conhecido, meu coração estava apertado e percebi certa apreensão no olhar de meu filho. Acredito que o ser avaliado e a espera pela definição envolvem um processo natural causador de ansiedade e preocupação (mas, se não der certo, o que faremos?). Por isso, confiança, fé, positividade, saber da capacidade que se tem, receber apoio incondicional dos que te amam, são vitais para conquistarmos o que almejamos. O sonho continua sendo nutrido e batalhado a cada dia. Os próximos capítulos já começaram a ser escritos na Chape. Agora, só quero expressar gratidão à Deus, à família, aos amigos e às pessoas que acompanham nossa história e não medem esforços para que a formação de um atleta adolescente prossiga.


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