DIÁRIO DA MANHÃ - CARAZINHO TERÇA-FEIRA, 30 DE OUTUBRO DE 2018
TERÇA-FEIRA, 30 DE OUTUBRO DE 2018 - ANO 37 - Nº 490
DIÁRIO DA MANHÃ diariodamanha.com
DESDE 1980 NOSSO COMPROMISSO DIÁRIO É COM VOCÊ
38 anos ao seu lado Jornal Diário da Manhã comemora neste mês de outubro 38 anos de existência em solo carazinhense. Para celebrar a data, a edição de hoje traz três cadernos especiais.
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DIÁRIO DIÁRIODA DAMANHÃ MANHÃ--CARAZINHO CARAZINHO TERÇA-FEIRA, TERÇA-FEIRA,30 30DE DEOUTUBRO OUTUBRODE DE2018 2018
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Um Diário especial
Neste mês de outubro, o jornal Diário da Manhã de Carazinho está comemorando seu aniversário de 38 anos. Para marcar a data, a edição de hoje está um pouco diferente, contendo cadernos especiais para presentear você, leitor, com mais informação. São três cadernos. Um deles fala do próprio Diário, da relação com o leitor e das recentes mudanças ocorridas no Grupo Diário da Manhã. Outro caderno ressalta empresas cuja trajetória contribui muito para a história de Carazinho. Por fim, o terceiro caderno especial ressalta iniciativas culturais existentes na cidade. Boa leitura!
Feliz aniversário 30/10
Fies
Iniciou nesta segunda-feira (29) o processo de aditamento dos contratos do novo Fundo de Financiamento Estudantil (FIES), que poderá ser feito até 30 de novembro por meio da página www.sifesweb.caixa.gov.br. Cerca de 50 mil estudantes assinaram contratos do novo FIES no primeiro semestre e devem realizar o aditamento, que é a renovação dos termos do financiamento. Para garantir a sustentabilidade financeira, o programa de financiamento estudantil precisou ser reformulado e passou por melhorias. As principais mudanças ocorridas no novo FIES, quando comparado ao processo anterior, são a forma de pagamento de boleto mensal, a exigência de seguro em caso de morte do estudante e o fim da carência para quitação do contrato.
Foto: Redação | Diário
Saúde
Aconteceu nesta segundaCrédito: Tainá Binelo | Diário feira (29), uma ação desenvolvida pelo Lions Carazinho Centro, Lions Carazinho Glória, Lions Carazinho Industrial e LEO Clube, em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde, Serviço de Atendimento Especializado (SAE) e com a Universidade Luterana do Brasil (ULBRA). Na ocasião foram disponibilizados pelo Hospital de Olhos Dyógenes A. Martins Pinto exames de visão gratuitos. Ocorreu também a distribuição de folders sobre saúde da mulher, saúde do homem, infecções sexualmente transmissíveis e de preservativos masculinos e femininos. Além disso, cerca de 250 verificações de pressão arterial ocorreram, 70 exames de HGT (glicemia capilar) e orientações em saúde bucal com distribuição de kits.
É notícia na Diário Itamar Zanatta, gerente da loja Quero-Quero, e o vendedor da loja, Willian Fagundes, participaram da programação da Rádio Diário. Eles falaram sobre as promoções que a Quero-Quero está oferecendo.
Fundador Jornalista Túlio Fontoura (1935 1979) Presidentes-eméritos Dyógenes Auildo Martins Pinto (1972 1998) Vinícius Martins Pinto (1997 2003)
Ana Rozelia de Souza Arceli da Silva Celso Vailatti Chern Feng Chao Cláudio Marcelo Wendling Cristiane Marchiori de Quadros Dalme Schmitt Frohlich Daniel da Rosa Eslabão Débora Cristina de Faria Delmar Ritz Felipe S. Meira Felipe Manoel Kempfer Fernando G. Mattos Fernando Malchow Izair Luiz Rizzardi Jacir Santo Lorenzi Jacqueline da Cruz Albrecht Jaqueline Bervian Jair Louzada João Pedro Schmitz Laudelino Strack Lauro Antônio Rohenkohl Ligia Sachat Márcia Smaniotto Maria do Carmo Maria Paula Gomes Maria Paula Paixão Gomes Mateus de Lima Klen Mauro Júnior Zanon Michele Moretto Nilce da Rosa Otilia Diehl Lauxen Romilda P. Ritz Rute Rech Sely B. Petry Tânia Terezinha Fiorese Tiago de Moraes Valeriano dos Santos Valter Rosa Guimarães Vilmar Dariz Vivaldina Silva Barros Vinícius Gonçalves Ferreira Wagner Berwing
Presidente Janesca Maria Martins Pinto Vice-Presidente Ilânia Pretto Martins Pinto diretor eXeCutiVo Túlio Pretto Martins Pinto
editora geral: Nadja Hartmann editor: Rodolfo Sgorla da Silva - MTE 18546/RS www.diariodamanha.com
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DIÁRIO DA MANHÃ - CARAZINHO DIÁRIO DA MANHÃ - CARAZINHO TERÇA-FEIRA, 30 DE OUTUBRO DE 2018 TERÇA-FEIRA, 30 DE OUTUBRO DE 2018
42 milhões de eleitores não escolheram candidato no 2º turno Soma do percentual de brancos, nulos e abstenções ultrapassou 30% por ÉDSON COLTZ redacao@diariodamanha.com
por REBECCA MISTURA rebecca@diariodamanha.com
por ISABELLA WESTPHALEN isabella@diariodamanha.com
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o último domingo (28), o Brasil atingiu o maior nível de votos nulos nas urnas desde 1989. Somando os votos nulos, brancos e abstenções, o total de brasileiros que não escolheu nenhum candidato à presidência no segundo turno chegou a 42 milhões, superando os números do primeiro turno, em que essa mesma soma não chegou a alcançar os 40 milhões. Em relação ao 2º turno das eleições presidenciais de 2014, o índice de votos nulos cresceu 60%. Em análise, o economista, sociólogo e professor da Universidade de Passo Fundo, Ginez de Campos, aponta que o cenário era previsto em decorrência da decep-
ção da sociedade brasileira com a política. “Há uma frustração profunda da sociedade brasileira em relação aos partidos políticos do país, chega a ser hilário o grande número de partidos... são 35 partidos, não existem 35 ideologias”, explica o professor. “Se nós queremos resgatar a credibilidade dos partidos no Brasil, precisamos de uma reforma política”. Carazinho registrou 3.179 votos brancos e nulos para presidente Com 100% das urnas apuradas nesta segunda-feira, os resultados obtidos no município de Carazinho apontam que 3.179 eleitores optaram por votar branco ou nulo no segundo turno. De acordo com o Tribunal Regional Eleitoral (TRE), foram 1.133 votos brancos para presidente da republica e 2.046 eleitores anularam seus votos. O candidato eleito, Jair Bolsonaro (PSL), teve 22.876 votos no município. Fernando Haddad (PT), por sua vez, fez 11.532 votos.
Para o Governo do Estado, 1.385 eleitores votaram em branco e 2.672 decidiram anular seus votos. O candidato eleito, Eduardo Leite (PSDB), fez uma votação de 18.470 pessoas. José Ivo Sartori (MDB), por sua vez, fez 15.060 votos. Passo Fundo e Rs O Rio Grande do Sul foi a 11ª Unidade Federativa que mais contabilizou votos nulos no 2º turno para governador, totalizando 6,1%. O percentual de gaúchos que não escolheu nenhum dos dois candidatos chegou a 32,76%, entre brancos, nulos e abstenções. Passo Fundo também refletiu o padrão nacional, com um percentual de abstenções, brancos e nulos de 30,26%. O índice de abstenções foi o mesmo do primeiro turno, representando 27.773 eleitores, de um montante de 146.904 aptos a votar. Já para governador, o total de brancos e nulos no município ficou em 11,36%, superando o to-
tal de eleitores que optaram por votar branco ou nulo para presidente, índice que ficou em 7,88%. Possíveis soluções Na análise de Ginez, a alternativa para ajudar a reverter a situação dos altos índices de brancos, nulos e abstenções é uma reforma política que repense a reeleição, o número de mandatos e o número de partidos. “Não devia mais ser possível pessoas conseguirem carreirismo durante 30 ou 40 anos,
tem que entender que a política não é profissão”, argumenta. “Por exemplo eu, como professor, poderia dar minha contribuição para a política, exercer meu mandato e voltar à minha profissão”. Outra questão apontada por ele para explicar a desconfiança é a dos escândalos de corrupção, que são pluripartidários e acabam frustrando os eleitores, que passam a não acreditar mais no papel dos partidos políticos, prejudicando a cidadania e a democracia.
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DIÁRIO DA DA MANHÃ MANHÃ -- CARAZINHO CARAZINHO DIÁRIO TERÇA-FEIRA, 30 30 DE DE OUTUBRO OUTUBRO DE DE 2018 2018 TERÇA-FEIRA,
Polarização que não permitiu reeleger governador Especialista em Administração elenca dificuldades de gestão e a polarização política como alguns dos pontos cruciais para os resultados das últimas seis eleições no Rio Grande do Sul por MATHEUS MORAES matheus@diariodamanha.com
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Rio Grande do Sul segue sendo o único estado brasileiro das 27 unidades federativas a não reeleger governador. A sina se manteve com a eleição de Eduardo Leite (PSDB), ex-prefeito de Pelotas, no último domingo (28). O atual governador José Ivo Sartori (MDB) passará o bastão da gestão estadual para o tucano a partir de 2019. O que as urnas revelam, desde 1997 - período em que foi implementada a possibilidade de reeleição - é que o povo gaúcho se mostra polarizado em divergências ideológicas. Dessa época para os tempos atuais, o governo estadual passou de uma tendência à direita para a esquerda em duas oportunidades e retornou para a posição mais à direita na penúltima eleição. No total, foram cinco tentativas de reeleição a governador estadual do Rio Grande do Sul desde 1997, já contando com esse último pleito. Olívio Dutra
(PT), em 2002, foi o único governador a não buscar a reeleição. Tamanha diferença e contrastes nas urnas demonstraram, ao longo dos anos, o descontentamento das gestões anteriores. De acordo com o professor do programa de mestrado em Administração da Imed, Jandir Pauli, o Rio Grande do Sul é tradicionalmente considerado um estado muito polarizado e com espírito crítico forte. Além disso, a formação do povo gaúcho é um dos pontos elencados como cruciais na hora de escolha do voto. “Aqui se tem uma conformação de forças um pouco distinta do país. Como os analistas políticos vêm afirmando: está se tornando tradição. O RS é um estado bem dividido, bem polarizado em processos eleitorais. Isso vem sendo marcado por uma polarização em diferentes fases, uma polarização grande de direita e de esquerda por um período. Nesse momento vem se consolidando por outras lógicas muito mais temáticas do que por ideologia política”, analisa, ao citar que nenhum partido
Foto: Divulgação / Imed
vernantes já travaram negociações que já estavam mais avançadas e tiveram outra visão de tratativas. “Temos vários eventos que consolidam essa relação, temas densos, como a questão da dívida. Esse tema vem sendo pautado nos últimas décadas, pelo menos desde 1995. A lógica de como o Estado pensa em relação ao país tem contribuído para isso. Já tivemos processos bem instituídos que tiveram de ser abandonados. Então, o prejuízo é grande. Do outro lado, tem a expectativa da população sobre temas que parece que os governantes têm dificuldade de incorporar como sociedade, ou levar adiante pautas mais complexas para tratar com a União, especialmente”, pontua.
Linha do tempo de governadores Professor do programa de mestrado em Administração da Imed, Jandir Pauli
de esquerda acabou concorrendo em segundo turno. O professor credencia que a dificuldade dos últimos governos em manter as contas em dia, aliado a falta de perspectiva de um crescimento como Estado e de medidas econômicas para buscar o lucro, também fazem com que os eleitores sejam críticos e não deem continuidade no cargo. “As dificuldades de gestão caminham para essa falta de credibilidade. É uma espécie de espírito crítico muito forte no estado. Uma lógica de polarização que ainda insiste. Essa distinção entre quem está no poder e quem não está no poder parece ser o aspecto central. Se cria uma cobrança de quem não está no poder por aqueles que efetivamente estão. A dificuldade em adotar medidas, principalmente econômicas, ajudam para isso. É uma confluência de fatores, como a formação cultural do povo com o contexto socioeconômico, especialmente pelo Estado não crescer há décadas. Isso contribui para repetidas mudanças”, declara. A divergência de opiniões dos gaúchos também reflete após a entrada de um novo governo. O especialista em administração acredita que, num primeiro momento, é normal que exista resistência por parte da população com as primeiras medidas adotadas pela nova gestão. “Acredito em uma formação diversa do povo gaúcho. Ele cria grupos ou fortalece setores da sociedade que acabam reagindo de formas diferentes no processo eleitoral. Talvez exista uma dificuldade em aceitar o incorporado, numa lógica de resistência muito mais permanente. Temos a tradição de o governo, quando entra, sofrer pressão porque as eleições são bastante polarizadas”, completa Jandir. PAUTAS COMPLEXAS O professor da Imed salienta que existem processos que consolidam a relação do RS com o restante do País, especialmente com a União. Além disso, ele analisa que as alterações de go-
1995 – 1998
Antônio Britto (MDB)
1999 – 2002
Olívio Dutra (PT)*
2003 – 2006
Germano Rigotto (MDB)**
2007 – 2010
Yeda Crusius (PSDB)
2011 – 2014
Tarso Genro (PT)
2015 - 2018
José Ivo Sartori (MDB)
2019 – 2022
Eduardo Leite (PSDB) *Não tentou reeleição; *Tentou reeleição, mas não foi para segundo turno;
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ELEIÇÕES
PASSO FUNDO - CARAZINHO PASSO FUNDO - CARAZINHO
Lideranças avaliam resultado
por DANIEL ROHRIG politica@diariodamanha.com
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Rio Grande do Sul manteve sua tradição em não reeleger um governador e deu a liderança do estado para Eduardo Leite (PSDB) neste domingo (28). 64,23% dos votos válidos dos gaúchos no domingo (28) foram para Jair Bolsonaro (PSL), candidato à presidência mais votado em todo o país e que assumirá o governo federal em 2019. Em Santo Antônio do Planalto, o prefeito Élio Freitas, disse que apesar de achar que a chegada de Eduardo Leite possa dar “algum prejuízo”, ele enalteceu o processo democrático e a escolha dos gaúchos. “É um futuro governador e acreditamos que o Rio Grande do Sul precisa ser muito bem administrado para que possamos, não só em Santo Antônio do Planalto, mas em todo o nosso o estado ver uma mudança da história”, argumenta. Entre os problemas da gestão de José Ivo Sartori (MDB), Freitas aponta os atrasos em repasses que comprometiam algumas pastas do município, o que deseja ter alinhado no governo de Leite para que as contas não sejam prejudicadas. “Tivemos problemas em algumas áreas, mas mantivemos uma boa articulação política com Sartori, o que também esperamos agora”, defende. Carlos Catto, prefeito do município de Chapada, também fala com esperança para o futuro e destaca pautas nacionais, como a reforma da Previdência, que devem ser mexidas para regularizar as contas. Em relação a Leite, ele frisa ter um bom diálogo com os partidos da coligação. “Eduardo Leite já tem experiência como prefeito de Pelotas, mas vamos com fé para que una o Rio Grande do Sul, governando o estado junto da população e o presidente Jair Bolsonaro”, cita.
Luciano Azevedo, prefeito de Passo Fundo
“URNAS DEMONSTRAM DIVISÃO”, AVALIA AZEVEDO Em Passo Fundo, Eduardo Leite venceu com 51,48% dos votos válidos e Jair Bolsonaro teve desempenho superior a 64%. O prefeito da maior cidade do Norte do RS, Luciano Azevedo, avalia que as urnas demonstram um fenômeno de divisão, que deverá ser tratado pelos novos líderes. “A escolha, tanto no planto estadual quanto no federal mostrou uma população dividida. Não houve uma diferença tão significativa entre os candidatos, e por isso mesmo, me parece que a primeira tarefa de quem foi eleito será recompor e aproximar as pessoas. Trabalhar para que possa haver unidade de propósitos, para que a divisão fique na eleição. Construir um estado sem divisões”, afirmou. Na visão de Azevedo, os compromissos firmados na campanha devem ser colocados em prática para suprir as expectativas do eleitorado. “A tarefa do governador eleito é gigantesca, porque existe uma expectativa muito grande em relação ao novo governo. Não ele, especialmente, mas quem votou nele espera aquilo que foi dito na campanha, que é agilidade, modernidade, um Estado pró-ativo e contas em dia com os municípios”, entendeu.
POSSÍVEL MINISTÉRIO Segundo Irineu Orth (PP), suplente do senador eleito Luiz Carlos Heinze (PP) e ex-prefeito de Tapera, a vitória de Bolsonaro pode levar Heinze ao ministério da agricultura. O suplente não falou sobre conversas de bastidores, dizendo que cabe a Jair a decisão, mas que devem conversar sobre o assunto. “Eu não sei te dizer como está essa situação. Tudo isso dependerá do Bolsonaro. Ele que dirá se tem chances ou não”, destacou. Heinze tem uma aproximação com o candidato do PSL e caso receba um ministério, Orth deve ir para o Senado. A possibilidade é comemorada pelo presidente do Sindicato Rural de Carazinho, Leomar Tombini, pelas mudanças dentro da área ruralista e das possíveis garantias aos produtores caso ele receba a pasta. “Já temos o Heinze como senador, que faz parte do meio rural e, inclusive, é agrônomo e trabalhou muito bem pelo setor. Acredito que essa parceria de Bolsonaro, Heinze e Eduardo Leite será positiva. Acho que todo mundo hoje não pensa mais em partido, mas pensa no Brasil”, defendeu Tombini.
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Fotos: Arquivo | Diário
por ISADORA STENTZLER isadora@diariodamanha.com
Foto: Divulgação
Representantes políticos da região opinam sobre os impactos em suas cidades a partir das decisões tomadas pelos eleitores
Élio Freitas, prefeito de Santo Antônio do Planalto
Carlos Catto, prefeito de Chapada
Ireneu Orth, ex-prefeito de Tapera e suplente do senador eleito Luis Carlos Heinze
Leomar Tombini, presidente do Sindicato Rural de Carazinho
PRESIDENTE Janesca Maria Martins Pinto VICE-PRESIDENTE Ilânia Pretto Martins Pinto
Clélia Fontoura Martins Pinto - ME Matriz: Rua Independência, 917, sala 3 - Passo Fundo Contato: (54) 3316-4800
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O que a bancada de deputados Em solo gaúcho, governador eleito Eduardo Leite (PSDB) terá de formar maioria na Assembleia Legislativa para poder implementar pontos importantes do programa de governo.
ELEIÇÕES
por DANIEL ROHRIG politica@diariodamanha.com
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duardo Leite (PSDB) e Jair Bolsonaro (PSL) foram os escolhidos para comandar o governo do Rio Grande do Sul e a presidência da República, respectivamente, pelos próximos quatro anos, por meio do voto popular, em que constituíram a maioria de eleitores. Em ambos os casos, a “maioria” nem
é tão ampla assim, já que Leite garantiu 53,62% dos votos válidos e Bolsonaro, por sua vez, 55,2%. Os resultados não só indicam a divisão dos eleitores, tanto no âmbito estadual quanto federal, mas também respinga na composição das bancadas na Assembleia Legislativa e na Câmara dos Deputados. Nem Leite e nem Bolsonaro possuem, atualmente, a base aliada constituída, o que requer poder de articulação nas próximas semanas. A composição do Secretariado e dos Ministérios deve servir como indicativo de qual grupo partidário virará a base dos novos representantes a partir de agora.
Eduardo Leite deve busca aliados entre os apoiadores de Sartori
contar com a bancada petista de oito deputados, nem com o PSOL, legendas já reconhecidas como oposição ferrenha ao seu governo – que ainda nem começou. Com base no comportamen-
to das legendas partidárias antes do início da corrida eleitoral no Rio Grande do Sul, Leite deverá apostar em uma retomada de diálogo com o MDB – já que os tucanos foram parte da base de Sartori durante praticamente todo o mandato do atual governador. O caminho mais fácil seria, além de conquistar das cadeiras do MDB, atrair a bancada do PSL – afinal, Leite declarou voto em Bolsonaro no segundo turno. Com essas duas alianças, a maioria já estaria consolidada no parlamento gaúcho. O economista, sociólogo e cientista político, Ginez Campos, avalia que a tarefa de Leite em relação ao Legislativo será bastante complexa a partir de agora. “A Assembleia segue a lógica do processo eleitoral, ou seja, está bem dividida. De largada, vamos ter uma bancada de oposição já com aproximadamente 10 deputados. Pela coligação, Leite e Sartori tinham praticamente o mesmo número de deputados. Com a vitória de Leite, resta buscar o número da
maioria para que haja a governabilidade”, projeta. DADA A LARGADA PARA ALIANÇAS A equipe do novo governador deve começar a articulação política já nesta semana. Procurada pela reportagem do Diário nessa segunda-feira (29), a presidente estadual do PSL, que concorreu ao Senado, Cármen Flores, afirmou que a sigla ainda não foi contatada.
“Eu, pessoalmente, não conheço o governador. No segundo turno, ele declarou apoio ao candidato Bolsonaro, mas gravou um vídeo dizendo que não concordava com algumas ideias dele. Então, não sabemos. Temos uma bancada de quatro deputados do PSL e pela coligação mais dois do DEM, ou seja, temos seis parlamentares. Eu desejo que o governador faça um bom governo e que Deus ilumine ele”, disse a líder da sigla no RS.
Foto: Divulgação/Assembleia Legislativa
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eite foi eleito com a soma de 18 cadeiras concretas dentro do parlamento gaúcho, correspondente aos partidos da coligação formada já durante a campanha por PSDB (4), PP (6), PTB (5), PRB (2) e PPS (1). Para formar a maioria, o tucano precisa de, pelo menos, 28 deputados, ou seja, mais 10 parlamentares na base aliada. Na complexidade da equação – imprescindível para a implementação de projetos de seu plano de governo – Leite terá de circular pelos aliados declarados de Sartori na campanha, que juntos, somam 17 vagas na Assembleia. Dentre os núcleos estratégicos para o novo governador, estão as bancadas do MDB (8), PSB (3), NOVO (2), PR (2), PSD (1), SD (1). Existe, ainda, a possibilidade de diálogo com os partidos que declararam certa neutralidade no segundo turno, entre eles o PDT, que possui 4 deputados – sem excluir desta lista, o PSL, que pela primeira vez na história terá quatro parlamentares. Leite não vai poder
Foto: Rafael Santos/Bandeirantes
A busca das 10 cadeiras para a maioria de Leite
Das 55 cadeiras, Leite já conta com 18 parlamentares na base aliada
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DIÁRIODA DAMANHÃ MANHÃ- -CARAZINHO PASSO FUNDO, DIÁRIO TERÇA-FEIRA,30 30DE DEOUTUBRO OUTUBRODE DE2018 2018 TERÇA-FEIRA,
PASSO FUNDO - CARAZINHO PASSO FUNDO - CARAZINHO
reserva a Bolsonaro e Leite Em Brasília, Jair Bolsonaro (PSL) terá de exercer o poder de articulação pelos corredores da Câmara dos Deputados e no Senado
Bolsonaro e um Congresso dividido
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Governamental, para os indicados do futuro presidente. Esses cargos poderão ser ocupados a partir desta terça-feira (30) e devem ficar vagos até o dia 10 de janeiro. As primeiras impressões indicam que Bolsonaro dividirá seus esforços entre a transição presidencial e a busca pela base sólida no Congresso Nacional, correndo atrás da maioria na Câmara dos Deputados e no Senado Federal. O ex-militar foi eleito reunindo uma bancada de 104 deputados federais, correspondentes às legendas PSL (52), PP (37), PTB (10) e o Patriotas (10). O número, até então, representa cerca de um quinto dos parla-
mentares. Do outro lado, na oposição, o presidente eleito já soma pelo menos 116 deputados. A maior bancada de oposição será, naturalmente, a do PT (56), seguida de PDT (28), PSOL (10), PCdoB (9), PROS (8), PV (4) e REDE (1). No Senado, a situação não é diferente, já que os apoios a Bolsonaro durante a campanha refletem em 12 senadores tidos como concretos na aliança. A lista conta com PP (5), PSL (4) e PTB (3). O número na oposição, até agora, é maior – com 16 senadores – com PT (6), REDE (5), PDT (4), PROS (1). Com um total de 72 cadeiras no Senado, ainda é incerto projetar tanto uma maioria quanto Foto: Divulgação/Agência Brasil
nquanto alguns preparam as malas para deixar o Palácio do Planalto, a equipe de Bolsonaro já começa a articular a transição de governo. Este é o momento em que o presidente eleito terá uma noção mais aprofundada do país que assumirá em 1º de janeiro. Por parte do atual governo, o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, foi designado pelo presidente Michel Temer para coordenar a transição. A equipe de Temer afirma que o processo de transição será de “transparência total”. O futuro governo de Jair Bolsonaro receberá do antecessor informações sobre os ministérios relacionados as ações dos últimos dois anos e o que está em andamento, como contratos em vigor, obras iniciadas e orçamento já previsto. O processo de transição entre o governo atual e o eleito é disciplinado pela Lei 10.609, de 2002, e pelo Decreto 7.221, de 2010. A legislação obriga o repasse das informações solicitadas pelo novo governo, além de possibilitar a criação de 50 cargos de caráter temporário, chamados Cargos Especiais de Transição
uma bancada de oposição considerável, pois as alianças devem se desenhar até 1º de janeiro. “Bolsonaro tem uma bancada bastante complicada”, avalia o sociólogo, economista e cientista político, Ginez Campos. “No ponto de vista de oposição, ele terá bastante trabalho. Alguns partidos possuem uma bancada que fará bastante barulho. Não será fácil governar. O PT tem uma tradição de partido de oposição, e, na minha opinião, é um excelente partido de oposição. Precisamos de alguém que policie, que aponte os erros de quem está na gestão. Isso é necessário na democracia. As bancadas de deputados representam interesses comuns, como a questão ruralista, a evangélica, enfim, são muitas as definições”, analisa.
Presidente eleito terá o desafio que compor base aliada no Congresso e no Senado para ter governabilidade
Equipe definida em tempo recorde Foto: Arquivo/CNBB
Na sexta-feira passada (26), o deputado federal Onyx Lorenzoni (DEM-RS), confirmado como futuro ministro da Casa Civil, adiantou que a equipe de transição será definida em menos de 48 horas e composta por 50 pessoas. Os últimos dias, antes do segundo turno da eleição, foram intensas visitas na casa de Bolsonaro, no condomínio na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. Mas não foram anunciados nomes nem cargos. Porém, Apoio a Bolsonaro, até o momento, reúne apenas um quinto dos deputados federais o candidato enviou Onyx a Brasília para um encontro com o ministro da Casa Cicada ministério, empresa pública e autarquia. Esses dados vil, Eliseu Padilha. foram inseridos em um sistema informatizado chamado GoTodos os ministérios terão representantes na equipe de tranverna e são confidenciais. Só terá acesso aos dados inseridos sição. Esses representantes vão detalhar para os correspondennesse sistema a equipe indicada pelo presidente eleito para tes do futuro governo os dados compilados pelos servidores em participar da transição
Haddad deseja “boa sorte” a Bolsonaro O candidato do PT à Presidência da República, Fernando Haddad, derrotado nas eleições, desejou na manhã de ontem (29) sorte ao presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL). Nas redes sociais, o petista afirmou estar com o “coração leve” e que espera o “melhor de todos”. Ele se dirigiu ao adversário como “presidente”. “Presidente Jair Bolsonaro. Desejo-lhe sucesso. Nosso país merece o melhor. Escrevo essa mensagem, hoje, de coração leve, com sinceridade, para que ela estimule o melhor de todos nós. Boa sorte”, afirmou Haddad, na sua conta no Twitter.
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Jogão na Arena hoje Em vantagem, Grêmio recebe o River Plate pela semifinal da Copa Libertadores da América, em jogo que inicia às 21h45min. Vitória ou empate classificam o Tricolor para a grande final Foto Lucas Uebel/ Divulgação
Fotos Divulgação
Recuperado de lesão, Everton pode retornar hoje ao time do Grêmio
Décio De Marchi esteve, junto aos gremistas, na vitória da semana passada
por Kleiton Vasconcellos kleiton@diariodamanha.com
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alta pouco para o Grêmio chegar a mais uma final de Copa Libertadores da América. Uma vitória simples ou mesmo empate garantem o Tricolor na grande final da competição continental, já que a equipe vem de ganhar o jogo de ida, em Buenos Aires, por 1x0. Atual campeão, o Grêmio recebe o River Plate, a partir das 21h45min, em uma Arena lotada. O técnico Renato Portaluppi tem uma boa notícia e outra má para montar a escalação de hoje. A começar pelo positivo: o atacante Everton está recuperado de lesão muscular (que inclusive o tirou do jogo no Monumental de Nuñez) e deve assumir a posição ocupada na Argentina por Alisson. O lado negativo está na defesa: suspenso pelo terceiro cartão amarelo, Waltger Kannemann está fora da partida de hoje. No treino de ontem (29), realizado no CT Presidente Luiz Carvalho, Portaluppi não indicou qual time será titular hoje. A situação do Grêmio na Libertadores é de vantagem. Como venceu em pleno Monumental por 1x0, gol de Michel, qualquer empate basta para que a equipe avance à final e enfrente Palmeiras ou Boca Juniors. O empate também serve. Se perder por 1x0, a decisão será nos pênaltis. Outra derrota, mas por diferença no placar de um ou mais gols, dá a vaga aos argentinos. Torcedor confia No jogo de ida, cerca de três
mil gremistas estavam nas arquibancadas e vibraram com o 1x0. “Estávamos com muita confiança, embora os desfalques. O pensamento era voltar vivo, pois sabia que o River faria uma forte pressão. O Renato conseguiu escalar bem o time, conter a pressão e o nosso técnico tem estrela, pôs o Michel e o camisa 5 foi o autor do gol” disse o passo-fundense Décio De Marchi, que também é diretor do departamento de torcida no Grêmio. Para o jogo da volta, De Marchi aposta novamente no Tricolor. “A concentração tem que ser dobrada, uma vez que eles estão mordidos. Jogar contra argentino não tem moleza, eles crescem em momentos decisivos. O Grêmio precisa de calma, mas acredito que o Grêmio consiga o resultado positivo, pois o River vai ter que sair para o jogo e a gente pode aproveitar um contra-ataque para definir a situação. Importante que o Everton volta ao time” completa.
em 2002 A outra vez em que Grêmio e River Plate mediram força na Libertadores foi na edição de 2002. Naquele ano, o Tricolor teve dupla vitória: 2x1 em Buenos Aires e 4x0 em Porto Alegre. “Foi um confronto em que o Grêmio superou bem o River. Eu não vinha jogando muito, já sofria com o tendão de aquiles, que acabou por encerrar a minha carreira. Atuei parte do segundo jogo” afirma o ex-zagueiro Mauro Galvão. Ainda segundo o camisa 4, “naquele momento o Grêmio era superior ao River e passamos de fase. Sempre é difícil encarar o futebol argentino, são equipes bem treinadas e obedientes. Até por isso, o Grêmio não vai se deixar surpreender em casa agora”. Grande zagueiro do futebol brasileiro, Mauro Galvão também analisou a defesa do Grêmio agora, que terá de atuar sem Kannemann hoje. “A ausência do Kannemann é importante, porque há
Mauro Galvão jogou em 2002 e acredita em boa atuação do Grêmio hoje
um entrosamento com o Geromel. Isso dá uma confiança para toda a equipe. Mas é uma partida só e já aconteceu do Grêmio desfazer a zaga e o time superou isso. Se fosse por um período maior, po-
deria trazer mais problemas. O Grêmio joga em casa, a tendência é que o jogador que entrar dê conta do recado. É a hora de justificar a sua presença do elenco” define Galvão.
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DIÁRIO DIÁRIODA DAMANHÃ MANHÃ- -CARAZINHO CARAZINHO TERÇA-FEIRA, TERÇA-FEIRA,30 30DE DEOUTUBRO OUTUBRODE DE2018 2018
CÂNCER - Deverá evitar discussão, atritos e disputas com autoridades, com pessoas de boa disposição e com seus inimigos declarados e rivais. Por outro lado, o dia promete êxito em novas associações e no trabalho. LEÃO - Pessoas nascidas sob este signo terão possibilidades de sucesso de algum modo. As influências positivas dos astros prometem êxito. Boa indicação para a vida sentimental a partir de amanhã. VIRGEM - Dia em que poderá obter lucros, no comércio de produtos químicos e líquidos, de um modo geral. Pode tratar de assuntos relacionados com sua melhoria financeira e pedir favores. LIBRA - Este dia, deverá favorecê-lo nos assuntos familiares e questões financeiras ligadas com pessoas conhecidas. Procure ser previdente quanto aos demais assuntos porque o passado pode trazer alguma coisa que o aborrecerá. ESCORPIÃO - Demonstre firmeza, convicção e mais confiança em si, que conseguirá, neste dia, influenciar pessoas importantes ao seu progresso e prosperidade profissional e material. Contudo, evite precipitações. SAGITÁRIO - Boa influência para cuidar dos seus interesses pessoais e assuntos sentimentais. Uma pessoa influente procurará favorecê-lo. Saúde, amor, jogos, esportes e loteria com excelente fluxo. CAPRICÓRNIO - Dia em que poderá solicitar a colaboração de amigos e parentes para resolver mais facilmente algum problema sério que tiver. Muito bom para tratar da documentação de seu casamento e de associações. AQUÁRIO -Um feliz encontro pode marcar o início de uma amizade mais proveitosa e duradoura. Há prenúncios de notícias agradáveis que poderão sugerir a ideia de uma viagem. Conte com a ajuda de educadores e autoridades. PEIXES - Possibilidades de lucro e sucesso no campo comercial. No terreno amoroso, perfeita correspondência sentimental se a pessoa pertencer ao seu círculo familiar. Êxito técnico, intelectual, artístico e científico.
O TEMPO NÃO PARA Samuca e Elmo observam Marocas e as gêmeas no carro de Emílio. Florêncio conta a Barão que viu Paulina beijando Cecílio. Teófilo fica tenso quando Barão aponta erros em suas contas. Zelda percebe que Betina precisa de ajuda e convoca Helen. Betina aceita ser internada. Dom Sabino e Gabiru se hospedam na pensão de Coronela, que também recebe Igor e Zelda. Dom Sabino deixa Agustina emocionada ao abrir mão de sua fortuna em prol da ex-esposa e da família. Barão avisa a Cecílio para ficar longe de Paulina. Dom Sabino recebe uma notificação para reconhecimento de paternidade. Coronela procura Samuca para avisar que Waleska está grávida.
SEGUNdO SOL Dulce ateia fogo ao dinheiro de Laureta. Laureta procura Rosa, que tenta manipular a cafetina. Remy confronta Dulce, que expulsa o rapaz de sua casa. Rosa afirma a Beto e Valentim que Remy está vivo. Roberval reafirma seu amor por Cacau. Roberval tem alta do hospital. Maura propõe viver com Selma e Ionan ao mesmo tempo. Pai Didico falece, deixando com Groa a missão de zelar pelo terreiro. Remy insiste para que Karola deixe Salvador a seu lado. Valentim desconfia do comportamento de Karola. Beto flagra Remy. Remy agride Beto. Karola defende Beto, e Remy foge. Valentim rompe com Karola. Remy volta para a casa de Dulce. Beto revela à família que Remy está vivo.
PALAVRAS CRUZADAS DIRETAS
www.coquetel.com.br A ficha Material do caderno do militante médica Prato ambiende um italiano talista paciente com arroz Judas, em relação a Cristo (Bíblia)
© Revistas COQUETEL Enrubescidos "(?) em Antares", último romance de Erico Verissimo
Diclofenaco (?), certo Condutor Registros anti-infla- elétrico no fim da matório Gíria da página fala do gaúcho
Itens da herança Caminhonetes Cadastro (?), lista de bons pagadores
(?) Gomes, político do Ceará (?) Moreira, locutor Armadilha da aranha
De (?) a z: do início ao fim Ajeita; corrige Pão de (?): bolo Atrações de canais Fox e Warner
Frase de duplo (?): contém trocadilho Criaturas Matériaprima de sabões
Cantora de "Equalize" Chefe etíope
A parte socialista da Alemanha dividida
Átomo eletrizado Pigmento de tintas (?) José, locutor de automobilismo
Dispositivo de acesso em ônibus Possuir "(?) Sua", livro de Sylvia Day Arma de fogo, de fácil manuseio Lord Byron, poeta inglês
Quinhão São percebidos pelo olfato
O diamante como existe na natureza
Aumento do volume de água de um rio Rio que corta o ES Veste de indianas
Altar de sacrifícios religiosos (Ant.)
(?) Lorenzo: time do Papa Francisco Ave do Cerrado Acre (sigla)
Inseto noturno análogo à borboleta
Uma das contagens no placar do vôlei Peixe cartilaginoso dotado de ferrão
Parcela de contribuição no "crowdfunding" Eventual
BANCO
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Solução C R U A R I O B E N S V O C A A C I D N T I D O S E R E S I O N C A T O A T E R I L OT E D O C E S A H N A S E T R R A I A I O N A L
GÊMEOS - Evite desavenças, questões e desarmonias na vida doméstica. Por outro lado, terá sucesso nos negócios relacionados com minas, construção e com metais de um modo geral e será bem sucedido profissionalmente.
ESPELhO dA VIdA Solange se desespera ao saber que Emiliano Freitas também participará do filme. Alain discute a história de Julia com a produção do filme. Isabel destrata Marcelo. Mariane finge ser amiga de Cris. Priscila conhece Flor. Cris fala para Margot sobre o estranho comportamento da guardiã da casa de Julia. Mauro César chega a Rosa Branca e Pat desmaia em seu colo. As mulheres da pensão fazem uma confusão com a chegada de Mauro. Lenita tenta consolar a filha. Todos no casarão se surpreendem com a chegada de Mauro César. Gerson repreende Flor. Cris tem um novo sonho. Alain revela sobre seu encontro com André e Cris se irrita.
S R O N T I D O R S I T I O T OC A O S E P D R I E S A T R A S T O L Y D B A RA R I P O U E M T A A O C A S
TOURO - Bom dia para iniciar negócios relacionados com a indústria, e propriedades. Contudo, não deixe de olhar e zelar pelo bem de seus familiares e não fuja as suas responsabilidades e problemas. Bom às viagens.
Novelas Novelas
P T R A P R E L R S E C P I C L M A D C O
ÁRIES -Dia em que terá sucesso em tudo que esteja relacionado com o ensino e a educação de crianças, jovens e mesmo pessoas adultas. Forte tendência à especulação e muito sucesso nos negócios. Excelente ao amor e às viagens.
Cinema
3/rás — san — set. 5/pitty. 6/sódico.
Horóscopo Horóscopo
10 segurança
DIÁRIO DIÁRIODA DAMANHÃ MANHÃ--CARAZINHO CARAZINHO TERÇA-FEIRA, TERÇA-FEIRA,30 30DE DEOUTUBRO OUTUBRODE DE2018 2018
Curso de formação de soldados começa no dia 12 Batalhão de Carazinho será sede de turma de 30 alunos
Foto: Arquivo | Diário
por ALESSANDRO TAVARES redacao.carazinho@diariodamanha.com
N
o dia 12 de novembro, serão recebidos no 38° Batalhão de Polícia Militar (BPM), em Carazinho, os aprovados no concurso público da Brigada Militar (BM) habilitados para ingressar no curso de formação de soldados. O Batalhão será sede de formação de uma turma de 30 alunos. Em entrevista ao Diário, o comandante do 38° BPM, Major Ulisses Denardi, destacou que o curso terá duração de seis meses e é desenvolvido por módulos. De acordo com o comandante do Batalhão, em três meses após ter sido iniciado o curso, ainda como alunos, os novos soldados começarão a ser empregados no policiamento da cidade. - Depois do módulo básico do curso, nós já conseguimos empregá-los em atividades operacionais para auxiliar na segurança do município e da região. Em três meses, eles devem estar sendo empregados nos estágios monitorados, fazendo abordagens de veículos e pessoas - conta o comandante. Conforme Denardi, geralmente o índice de desistência e reprovação no curso de formação é baixo. “Geralmente temos um nível de desistência baixo, mas é um serviço perigoso, insalubre, difícil e desgastante, alguns desistem ou reprovam. Porém, antes do curso há um processo de seleção, físico, médico e psicológico, que é bastante rigoroso e esta triagem traz os candidatos que são mais habilitados para preencher as vagas”, comenta o major. OS INSTRUTORES Segundo o comandante, dos instrutores do curso a ser iniciado em novembro a maior parte são oficiais que atuam no Batalhão. “A maior parte dos instrutores é da região. Nós temos um corpo de oficiais bastante qualificado, principalmente nas questões de armamento, tiro e legislação, por isso, a maioria é daqui. Uma que outra matéria para a qual não tivermos oficiais temos à disposição no estado um corpo docente ou até mesmo no Comando Regional de Passo Fundo que pode nos suprir a demanda”, diz o major. Conforme o oficial, a estrutura
Efetivo da região será reforçado com os alunos que se formarem no curso
do quartel para receber e alojar os alunos está praticamente pronta. “A nossa estrutura está basicamente pronta, o que estamos fazendo são ajustes de detalhes e cabe destacar o apoio incondicional que temos tido do Executivo municipal, que nos auxilia nos pequenos ajustes para deixar o Batalhão melhor”, ressalta. O comandante revela que nas primeiras semanas, na chamada fase de adaptação, os alunos se mantêm na sede do Batalhão 24 horas por dia. Depois, com o passar das semanas, vão sendo liberados e cumprem a carga horária do curso. “Muitos trazem a família e se aquerenciam na cidade. Além dos alunos, há instrutores que também permanecem na cidade e isso é importante para o município, pois estas pessoas movimentarão o comércio, vão procurar momentos de lazer, enfim, vão se integrar à cidade”, diz o militar. TIROS EM PASSO FUNDO De acordo com o comandante, em Carazinho há linha de tiro para
Foto: Redação | Diário
a prática dos formandos com as chamadas armas de porte, como calibres 38 e .40. Porém, para as armas longas, como fuzis e calibres maiores, as instruções serão feitas em Passo Fundo. OPERAÇÃO PAPAI NOEL Em dezembro, tradicionalmente a BM anuncia a Operação Papai Noel, na qual as ações de policiamento ostensivo são intensificadas nas áreas comerciais dos municípios devido à aproximação das datas comemorativas e o fluxo maior de pessoas e valores financeiros que circulam neste perímetro, mas para tal programação o efetivo em formação ainda não terá condições de ser empregado. “Acredito que para a Operação Papai Noel não será possível o emprego deles, pois ainda é um pouco cedo, porém, para esta operação temos o aporte de horas extras e suplementação de efetivo com as equipes do efetivo orgânico que neste período ajudam no policiamento de rua”, diz Denardi.
Major Ulisses Denarde participou do Diário Entrevista e deu detalhes do curso que será feito em Carazinho
DISTRIBUIÇÃO DE EFETIVO O comandante garante que os soldados que se formarem serão lotados em Carazinho e nos municípios que estão sob a região de abrangência do Batalhão, porém, as cidades e a quantidade de policiais que cada local irá receber deverão ser definidos quando da
conclusão do curso. “Esta questão será definida quando da finalização do curso, até para termos um número exato de quantos se formarão. A situação é dinâmica e pode haver transferências e aposentadorias, então a lotação deste pessoal se define próximo da conclusão do curso e de acordo com suas classificações”, diz o major.
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DIÁRIO DA MANHÃ - CARAZINHO TERÇA-FEIRA, 30 DE OUTUBRO DE 2018
Jovem é preso em flagrante por furto de veículo em Carazinho Moto que o rapaz empurrava era do pai de um PM, que reconheceu o veículo
Um jovem de 22 anos foi preso em flagrante por furto de veículo na noite deste domingo (29), em Carazinho. Conforme o boletim de ocorrência, uma guarnição da Brigada Militar (BM) fazia patrulhamento de combate a criminalidade na Rua Ipiranga quando o rapaz foi flagrado empurrando uma motocicleta. Ao se aproximar do local, o policial militar reconheceu através da placa que
a moto era de seu pai. A guarnição foi até a casa do pai do PM, a cerca de 100 metros do local da abordagem, e constatou que a porta da garagem estava arrombada. O jovem, segundo a BM, tem antecedentes criminais e recebeu voz de prisão em flagrante sendo conduzido à Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (DPPA), onde o registro foi encaminhado.
OFÍCIO DO REGISTRO CIVIL DAS PESSOAS NATURAIS Rua Venâncio Aires, 279 - Carazinho/RS - Fone: (54) 3329-5588 Sílvia Regina de Assumpção Carbonari, Oficial de Registro, faz saber que pretendem casar-se: PEDRO ANDRIEL RIBEIRO DA ROSA e ROSEMARI MARTINS DA ROCHA; WILLIAN ROOS DA SILVA e GABRIELA MARTINS
Quem souber de algum impedimento, acuse- na forma da lei. Carazinho, 30 de outubro de 2018. Rayra Mendes Oficial Escrevente Autorizada
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ANOS
Se nós quisermos resgatar a credibilidade dos partidos no Brasil, precisamos de uma reforma política.
“
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FRASE DA EDIÇÃO
Ginez de Campos
Professor Página 3
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CARAZINHO, TERÇA-FEIRA, 30 DE OUTUBRO DE 2018
foto: Arquivo | Diário
Nem um, Nem outro
Apesar de novos governantes terem sido eleitos, mais de 40 milhões de eleitores não escolheram candidato no segundo turno. A soma de nulos, brancos, e abstenções ultrapassou 30%. Pag 3
DIÁRIO PASSO FUNDO redacao@diariodamanha.com | (54) 3316.4800 DIÁRIO CARAZINHO redacao.carazinho@diariodamanha.com | (54) 3329.9666 DIÁRIO FM | 98.7MHz diariofm@diariodamanha.com | (54) 3311.1309 DIÁRIO AM PF | 570KHz jornalismo@diariodamanha.com | (54) 3311.7756 DIÁRIO AM CZO | 780KHz diarioam780@diariodamanha.com | (54) 3331.2422
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Jornalismo em evolução
DIÁRIO DA MANHÃ - CARAZINHO, TERÇA-FEIRA, 30 DE OUTUBRO DE 2018
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Evolução nas ondas do rádio, no site diariodamanha.com e no Facebook. A partir disso evoluímos em pouco tempo para o portal diariodamanha.com... Mas as mudanças não param...A palavra de ordem do novo milênio é evolução...E evoluímos estando presente em todas as redes: Facebook, Instagram, Twitter, e em diferentes formatos: texto, foto, áudio, vídeo, infografia. Para tudo isso, integramos as Redações do impresso, rádio e digital, o que agilizou e qualificou ainda mais nossas rotinas de produção. Enfim, mudamos..., mas não totalmente! O que não mudou e não irá mudar nunca é a essência do jornalismo que fazemos. Seja em que plataforma e em que formato, a frase “jornalismo com responsabilidade” é muito mais do que um slogan. É um princípio... Um princípio que se torna ainda mais importante diante do novo desafio que se impõe ao jornalismo nos últimos tempos, que é ter se transformado na principal arma de combate às Fake News. Nunca fomos tão relevantes em defesa da cidadania como nos tempos atuais. E estamos encarando esse novo desafio com a mesma coragem e determinação que encaramos todos os outros, porque nossa história até aqui nos preparou para isso. Nos preparamos para sermos relevantes e estarmos em todos os lugares ao lado dos nossos leitores, ouvintes e internautas. Que venham os próximos desafios! Estamos prontos para escrever os novos capítulos dessa nossa história ao lado de você, leitor!
Fundador Jornalista Túlio Fontoura (1935 1979) PresidenteS-EméritoS Dyógenes Auildo Martins Pinto (1972 1998) Vinícius Martins Pinto (1997 2003)
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Que venham os próximos desafios! Estamos prontos para escrever os novos capítulos dessa nossa história ao lado de você, leitor!
Presidente Janesca Maria Martins Pinto Vice-Presidente Ilânia Pretto Martins Pinto DIRETOR EXECUTIVO Túlio Pretto Martins Pinto
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Falar da história do jornal Diário da Manhã Carazinho nos últimos 38 anos é falar da evolução do jornalismo nas últimas quatro décadas. Vivemos cada mudança como um grande desafio: no início dos anos 90 informatizamos a Redação; em meados da mesma década, frente à globalização em curso, trouxemos o caderno Conexão, com notícias do Estado, país e mundo. Nos tornamos global, mas com os pés sempre fincados no local. No final dos anos 90, deixamos de ser apenas impresso e embarcamos no digital. Era o início da era virtual e digital, e para que os nossos leitores navegassem com a gente, criamos o site do jornal, transformando nossas palavras em bites. A virada do milênio e o início da década 2000 vieram com o desafio de nos tornarmos multimídia. A necessidade de cada vez mais informações instantâneas foi atendida pelo Grupo Diário da Manhã com a inauguração da Rádio Diário AM Carazinho. Nossas palavras antes apenas impressas ganharam som, ritmo e nossas informações chegaram ainda mais longe e de forma muito mais rápida. Porém, os anos seguintes impuseram um novo desafio...Não bastava sermos rápidos e multimídia, com informações no impresso e nas ondas sonoras. O mundo exigia informação em tempo real e em outras plataformas digitais. Assim criamos a página do Diário da Manhã nas redes sociais, o que nos aproximou ainda mais dos nossos leitores e ouvintes. Estávamos presentes no impresso,
Nadja Hartmann
Editora Geral
Editora geral: Nadja Hartmann Editor: Rodolfo Sgorla da Silva - MTE 18546/RS www.diariodamanha.com
REPORTAGENS: Isabella Westphalen Isadora Stentzler Anderson Favero Diagramação: Jeferson V. Couto
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DIÁRIO DA MANHÃ - CARAZINHO, TERÇA-FEIRA, 30 DE OUTUBRO DE 2018
DIÁRIO DA MANHÃ - CARAZINHO, TERÇA-FEIRA, 30 DE OUTUBRO DE 2018
4 Fotos: Arquivo | Diário
As diferentes formas de ler o Diário Nesses 38 anos de história, o Diário da Manhã passou por diversas mudanças. Uma delas é a inclusão do digital em sua trajetória, agregando cada vez mais leitores e conteúdo, sem nunca esquecer daqueles que também valorizam folhear as páginas do impresso
L
eitor do Diário desde sua primeira edição, a história de Gilberto Augusto Kamphorst (Gibão) vem de longa data, de diversas maneiras. Inclusive, o servidor aposentado do poder Judiciário já foi chefe de redação do jornal, no início dos anos 90. “Sempre fui leitor assíduo, colaborador com matérias esportivas, forenses. Fui colunista por um tempo, fui chefe de redação e também nos sábados tínhamos o caderno de esportes. Era um luxo”, contou Gibão, que lê, todos os dias, as páginas do Diário da Manhã nesses 38 anos. Segundo o ex-chefe de redação, desde os tempos de escotismo – quando editavam no mimeógrafo a álcool um jornal interno – foi ligado à imprensa, inclusive, afirma ter assinado por anos a Folha de
São Paulo, mesmo recebendo-o com dois dias de atraso. Ele explica o porquê. “O jornal impresso me traz segurança na leitura e na interpretação dos textos. Ao longo dos anos, me adaptei à leitura diária, selecionando colunistas, páginas e matérias especiais. Tenho paixão por edições especiais e matérias investigativas”, relatou o servidor aposentado. O ex-chefe de redação também reafirma a imparcialidade do Diário em linhas gerais, pois acredita que é importante não emitir uma opinião no sentido de direcionar o pensamento ou a interpretação do leitor. “A importância do Diário na comunidade não consegue ser medida. É infinita. A história do município passa por suas páginas e a escreve ao longo das décadas. É uma honra para nós carazinhenses termos há tanto tempo um jornal firme, sem interrupção e com atendimento de nossas curiosidades diárias, além do acompanhamento do progresso das linhas jornalísticas”, frisou Gibão. Era digital
“O novo site do Diário, por exemplo, ficou mais acessível, cognitivo, leve, foi uma evolução muito grande e acredito que só tem a melhorar e crescer” – Dêninson Costa
Na transição do impresso para o digital, o Diário também tem como papel seguir fiel aos seus leitores e à credibilidade construída nestes 38 anos de trajetória. Por isso, tudo foi feito com calma e carinho para você, que nos lê e nos acompanha agora no universo digital. O secretário de Desenvolvimento de Carazinho, Dêninson Costa, é um dos leitores que, além de ainda acompanhar pelo impresso, tomou gosto pelo digital. “Eu vejo uma transição bem tranquila. Acho que o Diário soube fazer essa transição
“
Com muita honra sou leitor assíduo deste jornal. Em toda sua trajetória, com altos e baixos, com qualidade nos textos ou na simplicidade dos mesmos. O Diário é o interlocutor da nossa comunidade, aberto para todos os segmentos
“
por ISABELLA WESTPHALEN isabella@diariodamanha.com
Gilberto Augusto Kamphorst porque existe essa cultura arraigada no papel, no impresso, que vem dos nossos pais, avós, enfim, eu tenho isso também, mas essa transição para o digital está sendo bem feita e vejo com bons olhos”, relatou Costa. Ele afirma ter crescido vendo seu pai e seu avô folheando as páginas do jornal, afinal, antigamente, era a única maneira de ter acesso às informações. “Acho que essa cultura que ainda está comigo não vai mais estar com meus filhos, por exemplo. Estamos saindo do analógico e indo para o digital, vivemos em um mundo conectado”, complementou o secretário. Não somente na maneira com que se informa, Costa também ressalta que o poder público também fica cada vez mais digital, por ser o meio mais rápido de comunicação. “Um segundinho que a gente tem livre, entre uma reunião e outra, vamos
no digital para nos informar”, salientou o secretário, que acredita que essa é a vida moderna, que nos toma tempo e torna a leitura digital mais rápida e útil. “O novo site do Diário, por exemplo, ficou mais acessível, cognitivo, leve, foi uma evolução muito grande e acredito que só tem a melhorar e crescer”, reforçou Costa,. Ele também acredita que, independentemente de ser analógico ou digital, o que importa é a credibilidade do veículo de informação e que isso o Diário tem de sobra. “A importância do Diário é essa informação com aval. Temos um mar de notícias falsas por aí, é a moda do momento, e no meio temos uma empresa com anos de tradição, 38 anos de história, que podem respaldar as informações que a gente consome, como uma espécie de avalista”, reforçou o secretário, que afirma também que no Diário se tem confiança e credibilidade.
Foto: Divulgação
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Leitora mudou de cidade e levou junto o jornal D
epois de residir uma parte de sua vida na cidade de Carazinho, Rejane Engel, de 45 anos, tomou a decisão juntamente com seus familiares de mudar-se para o município de Almirante Tamandaré do Sul. Para continuar informada dos fatos que movimentam Carazinho, a dona de casa resolveu assinar o Jornal Diário da Manhã. “Faz quase quatro anos que decidimos receber em nossa casa o jornal, para ficarmos informados sobre as notícias que estão acontecendo na cidade de Carazinho e, também, na nossa região”, disse Rejane. Segundo a leitora, uma grande admiradora das notícias do Diário da Manhã era sua falecida mãe,
Celita Engel. “Como estava com problemas de visão era eu que lia as notícias para ela todas as manhãs. A mãe gostava muito de ficar sabendo aquilo que acontecia todos os dias e que estava escrito no jornal”, relatou Rejane. As notícias do jornal acabam chegando aos vizinhos, mesmo aqueles que não são assinantes. Rejane conta que depois de lido, por todos os da família, repassa o jornal aos vizinhos que gostam de acompanhar as notícias da região. “Muitas vezes a gente não está com o rádio ligado na hora que dão as notícias. Daí a melhor forma da gente saber de tudo é lendo o jornal”, comenta. Depois de ler o jornal, Rejane também o compartilha com os vizinhos
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Notícias do Diário são assunto familiar e de amigas A
Luiz e Classi Paludo são leitores assíduos do Diário
trabalhadora na área de produção agrícola Classi Paludo desde 2010 é assinante do jornal Diário da Manhã de Carazinho. Moradora de Santo Antônio do Planalto, tem hoje o hábito de diariamente buscar nas páginas do jornal informações da sua região. - Leio todas as matérias. Não tenho preferência de assunto, mas sempre chamam mais atenção as notícias da polícia - disse a leitora. Da família Classi é a primeira a procurar as notícias no jornal, que muitas vezes lê acompanhada do marido, Luiz Paludo. “Depois que ficamos informados sobre as coisas que estão acontecendo,
comentamos com nossos filhos Charles e Yésli”, disse Classi. Conforme a leitora, é comum as notícias mais importantes do dia virarem assunto quando visita as amigas ou quando recebe elas em sua casa. Para Classi, o jornal dá credibilidade a uma notícia tanto que muitas vezes alguns assuntos somente ganham espaço maior de discussão depois que é publicado no jornal. “Quem lê um jornal está sempre muito bem informado e atualizado com notícias importantes e do interesse das pessoas”, complementa Classi, que também empresta o jornal para as amigas lerem.
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P
ara deixar seus funcionários e clientes bem informados pela leitura, a Cooperativa de Crédito Rural Cresol, do Posto de Atendimento de Almirante Tamandaré do Sul, investiu em uma assinatura do jornal Diário da Manhã. De acordo com a gerente do posto, Aline Dalberto, depois que os cinco funcionários da cooperativa leem o jornal, o mesmo é disponibilizado aos clientes que podem fazer a leitura dentro da agência. - Como nosso município tem sua economia voltado à produção agrí-
cola, as matérias mais procuradas são aquelas que trazem informações sobre soja, milho, trigo e leite - salienta a gerente. Segundo ela, as previsões do tempo também chamam atenção dos agricultores que já criaram o costume, de depois do atendimento que buscam no posto, lerem o jornal. “Estar bem informado é fundamental e indispensável nos dias de hoje e um jornal é uma excelente fonte de informações. Por ele ficamos sabendo, principalmente, das notícias da nossa região”, salienta Aline.
Foto: Divulgação
Cooperativa de Crédito também é local para leitura do jornal
Aline Dalberto e seus colegas de trabalho são leitores do Diário
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“O impresso é a âncora que traz a credibilidade” Túlio Pretto Martins Pinto, diretor executivo do Grupo Diário da Manhã, avalia o atual momento do jornal impresso
A
ssim como qualquer outra cidade, Carazinho tem seus costumes e características próprias. Uma das atividades, diariamente feita por muitos carazinhenses, é a de se informar através das páginas do jornal Diário da Manhã, que em 2018 completa 38 anos de presença na capital da hospitalidade. Mas o Diário vem mudando, tanto como Grupo como na parte gráfica de sua edição impressa. “O aprimoramento deve se constante e não há como falar em evoluções sem que hajam mudanças. Há 38 anos o Diário da Manhã é um dos grandes porta-vozes de Carazinho e para que continue exercendo a sua função social com maestria, as lapidações na redação e no setor comercial são consideradas vitais. Considero que o Grupo como um todo está em um momento de transição, aprendendo junto com os outros veículos de comunicação as tendências para este mercado a fim de que consigamos manter o nosso compromisso diário com Carazinho de fazermos o jornalismo de verdade, isto
é, noticiar com imparcialidade e opinar com firmeza”, destaca Túlio Pretto Martins Pinto, diretor executivo do Grupo Diário da Manhã. Em um cenário de velocidade cada vez maior no fluxo de informações, o impresso permanece tendo seu lugar junto ao público que procura notícias. “O impresso é a âncora que traz a credibilidade. Estamos experimentando o tempo em que o jornalista deixa de ter o monopólio da informação, porém passa a ter (ainda mais) o compromisso com a verdade. A internet é o mais próximo que a sociedade já teve da “democracia da informação”, contudo, em um ambiente que beira a selvageria, o veículo de comunicação passa a ser um refúgio no meio desta selva. Não sei se ainda o é por motivos culturais, porém, é confirmado através de pesquisas que os meios que detém maior credibilidade são os jornais impressos (60% confiam sempre ou muitas vezes nas noticias ali publicadas). Acredito que por conta de não podermos "deletar o nosso post” uma vez impresso, o jornal físico consolida-se como a síntese daquilo que realmente se pode confiar como verdade”, ressalta Túlio.
“Estamos experimentando o tempo em que o jornalista deixa de ter o monopólio da informação, porém, passa a ter (ainda mais) o compromisso com a verdade”, salienta o diretor executivo do Grupo
Foto: Arquivo | Diário
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Foto: Isadora Stentzler | Diário
Agilidade para informar
Neste ano, o Grupo Diário da Manhã integrou as redações da rádio Diário AM 780 e do jornal impresso, dando mais velocidade às notícias por ISADORA STENTZLER isadora@diariodamanha.com
O
telefone toca. Um repórter atende, transfere para a sala de gravação. Outro sobe pela escada esbarrando naquele que desce para sair com o carro para fazer uma entrada ao vivo na Diário AM 780. Ao fundo, uma voz que não para ao microfone fala, enquanto outra, ecoada em uma sala de vidro, está sendo gravada em uma entrevista que em breve entrará no ar. Quando o silêncio aparece, estranha-se. Mas é apenas mais um dia na redação. Desde agosto, o grupo Diário da Manhã fortaleceu sua equipe comunicadora unindo em espaços próximos repórteres do jornal
impresso, online e rádio. Depois de muito tempo em andares separados, a equipe se integrou em busca do melhor conteúdo, sabendo da necessidade do leitor e ouvinte do século 21. As inovações acompanharam as plataformas digitais e a criação de novos quadros no rádio, em que já se podem ouvir vozes de repórteres que antes eram apenas lidos. Ao todo são 11 jornalistas profissionais, aliados a comunicadores de rádio que mantêm a programação 24 horas no ar com música, entrevista e boletins informativos do que acontece na cidade, estado e país. Para isso a integração do espaço se tornou também uma integração de conteúdo, a fim de dar, o que aponta o editor do jornal impresso, Rodolfo Sgorla da Silva, agilidade na informação.
– Há alguns anos, o Grupo Diário vem trabalhando seu jornalismo de forma a integrar diferentes plataformas midiáticas entre si, porém, a integração das redações melhorou muito esse processo – aponta Rodolfo, que já foi repórter por cinco anos do Grupo e hoje coordena a equipe de repórteres do jornal impresso – Por exemplo, uma informação que antes poderia chegar para apenas uma redação, agora, automaticamente, estando ao alcance de um repórter, estará ao alcance de todos os jornalistas e das várias mídias do Grupo, pois todos trabalham, fisicamente, no mesmo espaço – acrescenta.. De todas as 16 páginas que chegam diariamente à casa dos carazinhenses, parte do material é pensado antes do sol nascer pela equipe do rádio e do plantão, que apura conteúdos de primeira ordem necessários para os ouvintes que começam o dia. Mais tarde, esses conteúdos serão detalhados em uma abordagem aprofundada que chegará na porta do leitor, que mesmo sabendo do fato conhecerá seus desdobramentos a partir de uma apuração detalhada da redação. – A preocupação principal é que, ao veicular determinada notícia, seja no rádio ou no impresso, ela seja checada. A maior responsabilidade é com a precisão jornalística. A partir disso, cada veículo segue suas especificidades. O rádio, assim como as redes sociais e o site, tem o dever de divulgar com instantaneidade as informações e atualizá -las constantemente, e procuramos efetivar isso. Já o impresso, por suas características, trabalha uma mesma informação por mais
tempo, o que exige que seja abordada de forma mais aprofundada e contextualizada do que nas demais plataformas midiáticas. Além de um texto claro, preciso e agradável ao leitor, fotografias, tabelas e infográficos são algumas das principais ferramentas que o impresso possui para fornecer ao leitor um conteúdo rico em informações – acrescenta Rodolfo. Coordenador da Rádio Diário AM 780, Alessandro Tavares, há 13 anos no Grupo, tem a voz inconfundível nas ondas do AM. A ele cabe coordenar a equipe de jornalismo que entrará ao vivo ou que irá apurar as notícias e desdobramentos de um fato para as ondas do rádio. – Temos uma preocupação com a veracidade da informação. De fazer a checagem, questão básica do jornalismo, de conferir mais de um lado que um fato tem, e trazer conteúdo que venha a fazer parte do interesse do dia a dia do ouvinte – categoriza, sem deixar de olhar para o produto impresso. “Quando as equipes passaram a ser apenas uma só, evitamos o ‘retrabalho’, conseguindo otimizar o tempo para se ter por dia uma quantidade maior de assuntos abordados pela nossa equipe de jornalismo no rádio, impresso e online”, destaca. Juntos, mas separados por paredes de vidro das quais se veem os sinais de um repórter ao outro, o telefone toca de novo. E outro dia na redação no jornal impresso e da rádio Diário AM 780 começa para trazer a precisão jornalística do jeito que o leitor e ouvinte entende e gosta de ouvir.
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Tudo em um só lugar Novo portal lançado pelo Grupo Diário em 2018 promove a união entre os conteúdos do jornal impresso e da rádio AM, sem deixar de lado a produção de conteúdos exclusivos com agilidade e credibilidade por ANDERSON FAVERO anderson@diariodamanha.com
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s hábitos de consumo da informação estão se expandindo cada vez mais. Se há 10 anos, a TV, o rádio e o jornal impresso representavam as principais fontes noticiosas para a população, hoje em dia a internet já ocupa o segundo lugar na preferência das pessoas quando o assunto é a busca pela informação. Atento em oferecer respostas às demandas sociais, nesse contexto, em 2018, o Grupo Diário da Manhã lançou um novo portal (diariodamanha.com). A estratégia digital
foi concebida pela Alpina Digital Branding, empresa de Passo Fundo especializada em branding e marketing digital, que reuniu um grupo de 16 profissionais, entre designers, desenvolvedores web e publicitários, para a criação da nova plataforma. Entre as principais melhorias apontadas pela sócia-proprietária da Alpina, Manoela Machado, a que mais se destaca é a atualização do layout do portal, adaptando-o à nova identidade visual do Grupo, com um novo design e uma nova organização estratégica
das informações. “Essas questões foram pensadas com o intuito de oferecer a melhor experiência possível aos leitores, fazendo com que eles encontrem facilmente aquilo que procuram, através de uma navegação intuitiva e compatível com dispositivos móveis”, cita Manoela, que é bacharel em Design e especialista em branding. Outra iniciativa de sucesso incorporada ao site foi o destaque às reportagens especiais, que trazem conteúdos exclusivos produzidos pelas equipes de reportagem de
Carazinho e Passo Fundo. Além disso, a nova configuração enfatizou os espaços dedicados aos colunistas, à brand channel e à publicidade. “Essas áreas do portal possuem diferenciações perceptíveis, principalmente através das cores. Tudo para que os usuários se localizem facilmente quando foram navegar no site”, complementa o publicitário Vinicius Moret, um dos profissionais envolvidos na remodelagem. A previsão do tempo e o player de rádio também ganharam mais destaque e foram
Principais mudanças do novo Portal: - atualização do layout do portal, adaptando-o à nova identidade visual do Grupo Diário - organização estratégica das informações - inclusão de recursos que permitem a melhor experiência para os usuários compatível com dispositivos móveis - maior destaque às reportagens especiais, aos colunistas, aos espaços dedicados à brand channel e à publicidade - unificação dos diferentes canais do Grupo Diário (jornal, rádio e web) - maior destaque a previsão do tempo e ao player de rádio - categorização entre os municípios de Carazinho e Passo Fundo - oferta de cadastramento gratuito aos leitores que desejarem acessar conteúdos exclusivos
A designer e sócia-proprietária da Alpina, Manoela Machado, e o publicitário Vinicius Moret atuaram na construção do novo portal
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Feedbacks positivos
Identidade preservada Apesar de ousado e alinhado às atuais tendências de design, a nova plataforma manteve aspectos da marca anterior para preservar a identidade do Grupo junto aos seus leitores. É o que explica Manoela. “Deve-se ter muito cuidado ao aplicar grandes mudanças em uma empresa que possui tantas décadas de existência. Embora tenha sido uma grande revolução em toda a estrutura da marca, no modelo de negócios e na entrega dos produtos, a Alpina desenvolveu uma identidade que respeita e se inspira nas raízes do jornal “A Luta”, que em 1935 deu início ao que mais tarde viria a se tornar o Grupo Diário da Manhã. As formas para a composição do logotipo também foram inspiradas nos elementos gráficos daquele período”, explica a designer.
Um novo olhar para o jornalismo Há pelo menos 20 anos se discute de que maneira os jornais impressos podem se reinventar diante de um público de leitores cada vez mais conectado à internet já que, para além daqueles que são apaixonados pelo ritual de folhear página por página de um jornal, existem aqueles que preferem acessar as notícias pelo celular. Nesse contexto, através das pesquisas métricas conduzidas pelo Grupo Diário e com base nos dados digitais coletados, detectouse que mais de 80% dos acessos ao site são oriundos de dispositivos móveis. Por isso, o novo portal prioriza a navegabilidade e a resposta rápida aos mais diversos dispositivos móveis que existem no mercado. Em números Desde o lançamento do novo portal, no dia 15 de setembro, foram registrados mais de 350 mil acessos - 216 mil somente no mês de outubro. Os maiores picos de audiência foram registrados nos dias 27 de setembro, ocasião em que o Diário da Manhã noticiou um homicídio ocorrido em Carazinho e obteve mais de 24 mil acessos; e nos dias 7, 8 e 9 de outubro, quando mais de 68 mil leitores buscaram o novo portal para se informar a respeito do primeiro turno das Eleições e acidentes que acontecerem no período, assuntos que estiveram em alta nesses dias.
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Desenvolvemos um site que tem a capacidade de suportar grandes reportagens multimídia, a exemplo de portais como o NY Times e o Folha de São Paulo, que aliam texto, vídeo, áudio e imagem, tudo numa mesma página, permitindo ao usuário navegar por todos esses conteúdos
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melhor explorados pela equipe da Alpina. “A categorização entre os municípios de Passo Fundo e Carazinho é outro aspecto relevante dessa construção, pois propicia aos leitores o acesso a informações exclusivas através do cadastramento gratuito. Também destacamos os espaços reservados para que parceiros do Diário possam veicular anúncios”, salienta Manoela. Nesse contexto, o novo portal também unifica os diferentes canais do Grupo Diário - jornal, rádio e web, fazendo com que o leitor encontre tudo em um só lugar.
De acordo com a gerente de marketing e conteúdo digital do Grupo Diário da Manhã, Manoella Fortes Fiebig, desde que está no ar, o portal vem recebendo centenas de elogios. Não somente dos leitores, mas também de profissionais ligados à computação e ao jornalismo. - De fato, recebemos muitos feedbacks e, na grande maioria, são positivos. Certa ocasião, mostrei o site para um grupo de programadores de uma grande empresa de desenvolvimento de softwares e pedi que navegassem no site a fim de identificarem qualquer tipo de problema. Para minha surpresa, eles só teceram elogios à nossa plataforma. Além disso, um mês após o lançamento do portal, ainda recebo mensagens positivas de docentes da UPF e profissionais ligados ao jornalismo - conta. Os feedbacks não se concentram apenas na nova estética, mas também ao conteúdo que vem sendo produzido pelas equipes de reportagem de Carazinho e Passo Fundo. “Desenvolvemos um site que tem a capacidade de suportar grandes reportagens multimídia, a exemplo de portais como o NY Times e o Folha de São Paulo, que aliam texto, vídeo, áudio e imagem, tudo numa mesma página, permitindo ao usuário navegar por todos esses conteúdos. A ideia é que os repórteres possam desenvolver narrativas a partir de todos esses recursos para contar suas histórias”, destaca a profissional.
Manoella Fortes Fiebig
gerente de marketing e conteúdo digital do Grupo Diário da Manhã
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Diário fortalece combate as fake news Com a propagação de notícias falsas nas redes sociais, impulsionadas até mesmo por robôs, Diário fortalece o jornalismo com seriedade para manutenção da democracia por ISADORA STENTZLER isadora@diariodamanha.com
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urante o período eleitoral foram disseminadas nas redes sociais diversas fake news (notícias falsas) que atacavam candidatos de diferentes partidos. Muitos desses materiais foram impulsionados por robôs ou pessoas de má fé, que viam na informação errada uma forma de alcançar eleitores e os confundir. Diante disso, jornalistas que publicavam assuntos com viés contrário ao gosto de um determinado leitor sofreram ataques, sendo acusados de propagar fake news. A fim de dar mais transparência ao jornalismo que sempre fez, o Grupo Diário da Manhã reforçou seu trabalho de apuração e combate a notícias falsas, dando espaço para todos os lados se manifestarem.
As fake news podem estar dentro de um discurso que cita dados errados sobre um determinado tema, por exemplo, em vídeos adulterados, montagens de fotografias, áudios e textos que circulam, geralmente com extensa adjetivação. Segundo a professora do curso de jornalismo da Universidade de Passo Fundo (UPF) e doutora em Comunicação Social, Bibiana De Paula Friderichs, a origem da fake news está atrelada à prática incorreta do jornalismo, como uma espécie de rede de telefone sem fio. –A fake news pode ser considerada um produto de um mau jornalismo, por exemplo. Mal apurado, com informações não-claras, não objetivas e também um produto do ciber acontecimento, que fala que à medida que a informação se distancia do seu ponto de origem, perde elementos da informação
jornalística, como dia, hora, fontes oficiais, nomes das pessoas envolvidas, e vai virando uma história. Também, ela vem de um fenômeno do jornalismo que é próprio do advento da internet, que é aquele compartilhamento do compartilhamento – destacou. Em relação ao que se viu durante a corrida eleitoral, Bibiana aponta que houve uma ligação entre desinformação e propaganda política, para que houvesse uma distorção dos fatos e implicasse no pleito eleitoral. – O que acontece hoje, principalmente no cenário político, não é este conceito de notícia falsa, mas sim, é muito da propaganda política. Uma informação plantada propositalmente nas redes sociais e compartilhada rapidamente. O problema desta fake news é que ela se parece muito com notícias verídicas, tanto na sua estrutura de texto jornalístico, supostamente fontes oficiais, e isso gera um segundo movimento, que é quando os usuários das redes começam a viralizar isso – apontou. Diante disso é que o jornalismo se converteu em uma profissão necessária a fim de que sejam divulgados os pontos diferentes de um debate e tema, mas com a precisão e apuração jornalística, que dá transparência e explica com veracidade um fato – ainda que o assunto não seja do agrado de um ou de outro.
NÃO SEJA VÍTIMA DA DESINFORMAÇÃO A doutora em Comunicação aponta que a principal maneira de combater a informação falsa são as checagens, por mais simples que sejam. Bibiana listou alguns métodos para identificar e desconstruir informações que não estejam condizentes com a realidade.
-Quando a notícia for diretamente ao encontro do que o público-alvo deseja, desconfie sempre da informação
“As fake news são oferecidas para um grupo de pessoas que compactuam ou não com determinada ideia, e isso é próprio do marketing político, através do algoritmo das redes, e ela aparece na timeline destas pessoas que automaticamente compartilham o produto”
-Abra os links de supostas fake news e cheque a informação em sites de busca “Para comprovar é preciso sempre abrir o link, ou o meme, ou um determinado dado. Abra o Google, jogue aquela informação lá, digite e confira o que vai aparecer. Os sites de buscam dão milhões de resultados em poucos segundos, e aí entra o critério de optar por sites confiáveis, grandes veículos, grandes institutos consolidados, notoriamente certificados”
-Texto jornalístico de qualidade não é adjetivado
“Dificilmente vamos encontrar notícias confiáveis repletas de adjetivos. Textos jornalísticos são muito objetivos, sem qualquer outros ingredientes. Desconfie de manchetes adjetivadas ou apelativas”
-Observar a estrutura jornalística
“Uma notícia sempre vai ter título, subtítulo ou linha de apoio e o restante do texto. Verificar o expediente, que é uma parte do veículo que informa a equipe, editor, responsável pelo conteúdo. Sites falsos não possuem assinatura do repórter nem da equipe”
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Fotos: Arquivo | Diário
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19 anos de cobertura na Expodireto Direção da Cotrijal reconhece a importância do Diário para o crescimento da feira
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ealizada todos os anos no mês de março, a Expodireto Cotrijal chegou em 2018 à sua 19a edição. E em todas elas, desde que o evento era realizado como projeto embrionário ainda em Carazinho, o Diário da Manhã esteve presente na cobertura. O trabalho jornalístico vinculado à Expodireto, no entanto, se inicia bem antes da exposição em si, antes mesmo até do lançamento oficial da feira, que nos últimos anos tem sido realizado em Porto Alegre, mas na elaboração de reportagens especiais que tratam de assuntos do agronegócio e que abordam, por exemplo, as novidades biotecnológicas, em máquinas, negócios e assuntos que na sua maioria estarão à mostra durante os cinco dias de programação no parque em Não-Me-Toque. Em 19 anos, a Expodireto Cotrijal deixou de ser uma pequena feira para figurar entre as maiores exposições do agronegócio da América Latina, gerando negócios que têm chegado à casa dos bilhões de reais em transações e movimentando também segmentos como comércio e serviços das cidades da região. No entanto, outro impacto, este mais difícil de ser medido, mas notório, é que nos últimos anos as lavouras da maioria dos municípios
do Alto Jacuí tiveram um expressivo aumento de suas produtividades, ao passo que os agricultores têm apostado em tecnologias que somadas a outros fatores, dentre eles a competência dos produtores, fez com que houvesse um salto expressivo em produtividade e eficiência das áreas rurais. Por consequência, tudo isso resultou em uma melhora da qualidade de vida no interior e na cidades. “A cooperativa tem 61 anos de atuação. Portanto, vimos o Diário da Manhã construir sua história de sucesso neste período, realizando seu trabalho com comprometimento e assim desempenhando um papel importante ao levar também para os produtores o que tem sido feito na região”, destaca o presidente da Cotrijal, Nei César Mânica. Ele salienta que na Expodireto Cotrijal o Diário da Manhã é um dos órgãos de comunicação que, assim como a cooperativa, desde o princípio acreditou no êxito da feira. “Desde que iniciamos a Expodireto, o Diário da Manhã sempre esteve conosco e acompanhou toda a evolução que tivemos nestes 20 anos. A participação dos veículos de imprensa é extremamente importante para a divulgação e temos pelo Grupo um carinho por sempre estar conosco e pela forma
Presidente da Cotrijal, Nei César Mânica
com que o trabalho é conduzido”, diz Mânica. O vice-presidente da Cotrijal, Enio Schroeder, destaca que o jornal é reconhecido regionalmente por sua credibilidade. “O Diário da Manhã está com a Cotrijal há muitos anos, sempre com coberturas que levam informações de forma precisa aos produtores. E isso é motivo de credibilidade em tudo que divulga em relação à
cooperativa, à Expodireto e com as coisas da região. O Diário é uma fonte importante de informações”, elogia Schroeder. Ele ressalta ainda que o Diário nos últimos anos tem dado expressiva colaboração para com o sucesso da Expodireto, não só na cobertura das ações, mas participando da realização. “O Diário sempre esteve presente na Expodireto, seja com suas editorias, seja com seus projetos e ajudou muito a construir o que é a feira. É um veículo comprometido com suas fontes e seus leitores”, afirma o vice-presidente da cooperativa, que também lembra que, além da cobertura jornalística, o Diário na Expodireto há anos faz parte da programação da exposição realizando com a cooperativa eventos, com destaque para o Fórum do Jovem Cooperativista. Diário da Manhã na Expodireto em números Na edição de 2018, nos cinco dias do evento, o trabalho dos 17 profissionais do Grupo que participaram diretamente da
Diário acompanhou a visita de cinco governadores em 19 anos de Expodireto Cotrijal
cobertura rendeu 150 reportagens impressas em 80 páginas de jornal. O conteúdo ainda somou 137 postagens no Facebook, 67 tweets, 15 vídeo reportagens, 28 transmissões para o face, 33 posts no Instagram e 117 histórias foram contadas. Nos estúdios da Diário AM 780 no parque 40 entrevistas foram concedidas á emissora. Já o número de fotos feitas na feira passou de 5 mil.
Vice-presidente da Cotrijal, Enio Schroeder
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Fotos: Arquivo Diário
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Diário da Manhã e os eventos da cidade
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entre as dezenas de coberturas que o Diário da Manhã realiza todos os anos, sem dúvida para a equipe envolvida, uma das mais trabalhosas é a de Eleições municipais, por todo o fervor e expectativa que o processo cria na comunidade. Mas o Diário também tem tradição de seguir acompanhando e de dar expansão a ações que as administrações municipais promovem em especial as que tem cunho cultural e mobilizam a comunidade.
Por quatro anos, o empresário Renato Süss esteve à frente do Poder Executivo de Carazinho e revela que entende que um grupo de comunicação forte, que relata os fatos que acontecem na cidade e se dispõe e debater o que acontece no município, dá sua colaboração para com o crescimento e desenvolvimento da cidade. “Se percebe isto aqui na própria empresa mesmo, se não tivermos o envolvimento com a imprensa a impressão que dá é de que se passa
inerte pelos clientes, e assim é com um município, portanto a imprensa livre e nobre é importante, eu diria que junto com o Próprio Poder Executivo ajuda a dar um norte para cidade e isto ajuda o município a se desenvolver”, diz Süss. Destaque para a Seara da Canção Prefeito de Carazinho por duas gestões, Aylton Magalhães destaca que um grupo de comunicação forte fomenta o crescimento e as relações de uma cidade. “Nas duas vezes que
O jornal das Searas, das Festanças, do Natal Alegria e tantos outros
fui prefeito sempre tive um bom relacionamento com o Diário da Manhã. É uma imprensa que serve o município, não ao executivo, nestes dois mandatos que tive a Diário soube levar as informações que partiram da prefeitura, mas também nos fez cobranças e questionamentos que lhe chegavam da comunidade, e isto é importante, o município é quem cresce quando temos uma imprensa que é preocupada com suas causas”, cita Magalhães.
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Diário da Manhã fez parte das programações do Natal Alegria
O ex-prefeito lembra de coberturas que o Diário da Manhã se destacou, como o aniversário do município, a Festança na Querência e a Seara da Canção. “O Diário sempre foi parceiro de todas as promoções que o município realizou nos dois mandatos em que eu estive prefeito. Fizemos o
Natal Alegria e participação do Diário com shows, também o Festança na Querência que depois deixou de ser realizado, e de forma muito especial a Seara da Canção e este envolvimento, este ato de levar a informação sobre o que acontece dá vida e ritmo à cidade”, diz Magalhães.
Ex-secretário de Desenvolvimento, o empresário Vitor Xavier também já esteve à frente da organização da Seara da Canção no período em que o festival foi realizado na Administração de Renato Süss e destaca o engajamento do Diário da Manhã na cobertura do festival. “O Diário
da Manhã teve uma cobertura ímpar na Seara da Canção, seja chamando o público a participar quanto na cobertura e transmissão criando um clima de festival na cidade. O Diário da Manhã tem esta identificação com evento”, comenta o ex-coordenador da Seara da Canção.
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Fé e profissão nas ondas do rádio e nas páginas do jornal
Diário da Manhã também é destaque na cobertura de eventos religiosos da cidade por ALESSANDRO TAVARES alessandro@diariodamanha.com
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iz a expressão popular de que a fé move montanhas, em Carazinho é fato que a fé tem movimentado multidões em atos religiosos, e também nestes eventos o Diário da Manhã se envolve na cobertura jornalística. Realizada já em sua 26a edição, a Romaria de Santa Rita passou a figurar entre as maiores da arquidiocese de Passo Fundo, e o Padre Avelino Pinzeta, da Paróquia São José, destaca a importância da presença do Diário da Manhã na Romaria. “Para a Romaria acontecer, a participação dos órgãos de imprensa é fundamental pois são eles que divulgam a programação para a grande massa que fica sabendo pelo jornal e pela rádio quando e o que está sendo preparado”, comenta o padre. Conforme Pinzeta, a presença do Diário da Manhã na região e a divulgação que faz da programação religiosa é fator que ajudou a Romaria a crescer em volume no decorrer dos últimos anos. “ Com certeza, contribuiu e muito pois o jornal e rádio chegam longe em lugares que as vezes a igreja não chegaria, e as pessoas tem fé, ao informar a comunidade sobre a pro-
gramação e motivá-las. O Diário contribui para o crescimento da nossa Romaria”, cita o padre. A fé de colonos e motoristas Outra programação religiosa que ocorre em Carazinho e na qual o Diário da Manhã se destaca na cobertura é a Procissão de São Cristóvão – Festa do Colono e Motorista, que é capitaneada pela Paróquia Nossa Senhora de Fátima. Para esta, além da transmissão feita pela Rádio Diário AM 780, no dia da procissão motorizada com transmissão da missa campal realizada no capitel às margens da BR 386, antes da realização, para homenagear motoristas e produtores rurais, a equipe de jornalismo se empenha na elaboração de cadernos com matérias especiais que geralmente tratam de temas que implicam sobre as duas profissões e visam a valorização das categorias. - Devo dizer com muita alegria e profunda gratidão que a cobertura que o Diário da Manhã tem feito nestes últimos anos tem um sentido muito especial para nós. A forma envolvente em que o trabalho é feito promove esta comemoração em favor dos motoristas e dos nossos agricultores - cita o padre Arnildo Fritzen, pároco da Paróquia Nossa Senhora de Fátima.
Na Romaria de São Cristóvão dezenas de veículos são abençoados pelos padres da cidade
Os parceiros de uma histรณria
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Páginas de história É com muita honra e, ao mesmo tempo, com grande responsabilidade que o jornal Diário da Manhã há 38 anos vem contando a história da região. Durante quase quatro décadas, testemunhamos e comemoramos o crescimento dos diferentes setores econômicos, o empreendedorismo, as conquistas e avanços, as datas festivas e a consolidação de Carazinho como
um polo regional de educação, saúde e logística. Comemoramos também as boas notícias, sempre estampadas em nossas capas, dos resultados das safras agrícolas, dos eventos que chamaram a atenção do país e até do mundo para a nossa região e de nossas empresas sendo reconhecidas em nível nacional. Ao mesmo tempo, exercemos o nosso papel como veículo de
comunicação, cobrando dos governos e autoridades, as reinvindicações dos diferentes setores. Tudo isso fez do Diário da Manhã nessas quatro décadas, muito mais do que uma mera testemunha dos fatos, mas um parceiro de todas as iniciativas empreendedoras da região. Por isso, hoje ao celebrarmos mais um aniversário, dedicamos algumas de nossas páginas à quem
vem escrevendo a sua história, e assim, vem nos ajudando a escrever a nossa história e a história da região. Boa leitura, e que possamos escrever ainda muitas histórias juntos!
A Redação
Uma nova cara para Carazinho Há 28 anos, a SM Construções vem promovendo uma verdadeira mudança no cenário urbano carazinhense a partir de seus modernos projetos de engenharia
O
cenário urbano carazinhense não seria o mesmo sem a presença da SM Construções, uma das principais empresas do segmento sediadas no município. Fundada em 1990, a construtora vem ao longo das últimas décadas remodelando a paisagem da cidade a partir de projetos residenciais que primam pelo conforto de seus moradores aliando os conceitos mais modernos da engenharia civil. A frente dos projetos e da administração da empresa, atualmente, estão as sócias Raquel Meyer e Anelise Meyer, filhas do fundador Sidnei Meyer (in memorian).
“Nossa família chegou em Carazinho na década de 1980, vinda de Pelotas, sul do estado. Inicialmente, meu pai, que era formado em engenharia agrícola, trabalhou em uma cooperativa e, em seguida, juntamente com um sócio, fundou sua primeira empresa de construção civil. Passado algum tempo, essa sociedade se desfez e ele, então, fundou a SM Construções”, relembra Raquel, que é formada em arquitetura e urbanismo. Com dezenas de condomínios e prédios residenciais entregues em Carazinho, uma das obras da SM Construções que mais se destaca na cidade é o Residencial Maison Royale, localizado em frente ao lado da praça central, construído há quase 20 anos. Outra obra é o Residencial Victoria Garden, na Avenida Pátria, construído com rede de coleta de água da chuva entre outras soluções sustentáveis. Ainda na Avenida da
Fundador Jornalista Túlio Fontoura (1935 1979) PresidenteS-EméritoS Dyógenes Auildo Martins Pinto (1972 1998) Vinícius Martins Pinto (1997 2003)
Pátria, próximo ao Colégio Rui Barbosa, está o Edifício Colina Real, outro monumento da engenharia carazinhense que salta aos olhos de todos aqueles que passam nas suas imediações. - Todos os prédios são importantes, porque tudo o que construímos foi feito com muita dedicação e trabalho, mas sem dúvida que o Maison Royale é um grande marco da empresa. O prédio é conhecido por ser “o prédio do elevador panorâmico”, e sempre é assunto quando se fala na SM Construções – observa Raquel. Nesse contexto, está previso para ser concluído no mês de novembro o Edifício Vivendas do Sol, situado na esquina da Avenida Mauá com Rua Alferes Rodrigues, com 11 pavimentos, cinco apartamentos por andar e 100% comercializado. Parceria duradoura Com 28 anos de história, a SM Construções é uma das anunciantes mais antigas do Grupo Diário. A parceria, segundo Raquel, tem sido fundamental para a empresa. “Para nós é muito importante contar com um veículo de comunicação como o Diário da Manhã, que estabelece essa ponte entre o nosso trabalho e o público de Carazinho e região. Então, acredito que ao longo da nossa história essa parceria tem sido funda-
Presidente Janesca Maria Martins Pinto Vice-Presidente Ilânia Pretto Martins Pinto DIRETOR EXECUTIVO Túlio Pretto Martins Pinto
mental. Além disso, como leitores, também recebemos muita informação através do jornal. Por conta disso, em nome da empresa, parabenizo o jornal pela passagem de mais um aniversário e reitero nossa parceria para os próximos anos”, conclui Raquel. Foto: Anderson Favero | Diário
por ANDERSON FAVERO anderson@diariodamanha.com
Raquel Meyer, uma das sócias-proprietárias da SM Construções
Editora geral: Nadja Hartmann Editor: Rodolfo Sgorla da Silva - MTE 18546/RS www.diariodamanha.com
REPORTAGENS: Isabella Westphalen Isadora Stentzler Anderson Favero Diagramação: Jeferson V. Couto
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3 INFORME ESPECIAL
Móveis Sebben: mais de 40 anos de história Referência em toda a região no segmento de móveis prontos e planejados, a empresa teve seu início numa época em que seus produtos eram extraídos diretamente das árvores da região. Conheça essa história de dedicação e trabalho
por ANDERSON FAVERO anderson@diariodamanha.com
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Foto: Divulgação | Móveis Sebben
om a missão de projetar sonhos e concretizar realizações, há 45 anos, ainda no município de Tapejara, a família Sebben dava os primeiros passos num projeto audacioso e pioneiro que, mais tarde, acabaria se tornando uma das lojas mais importantes de Carazinho e região no segmento de móveis prontos e planejados: a Móveis Sebben. - Na primeira metade da década de 1970, em Tapejara, meu pai Itacir Sebben (in memorian) e meus dois tios Vilmar Sebben (in memorian) e Gelson Sebben deixaram a vida no campo e foram trabalhar na cidade em uma fábrica de carrocerias para caminhão. Passado um tempo, eles optaram por abrir seu próprio negócio e, ao pesquisarem o mercado da época, concluíram que fabricar móveis era mais viável economicamente do que as carrocerias. Foi aí, então, que tudo começou – explica Rodrigo Sebben, proprietário da Móveis Sebben. De maneira pioneira, os três irmãos foram em busca do sonho e, além da fábrica, abriram uma das primeiras lojas de móveis daquele município. O trabalho era árduo. Nos finais de semana, eles iam para o mato em busca das melhores árvores que pudessem servir como base para a fabricação dos móveis. De segunda a sexta-feira, eram elaboradas as peças. “As árvores compradas no interior eram puxadas para
Trabalho em família: o proprietário da loja Rodrigo Sebben com a esposa Rosane e o filho Bruno
fora do mato e depois levadas à cidade de caminhão. Na serraria, elas eram abertas e ficavam até quatro meses expostas para secar. Só então estavam boas para serem transformadas em móveis – conta Rodrigo. Com o passar dos anos, os três irmãos passaram a envolver os filhos nas atividades da família. Foi assim que, aos 12 anos, Rodrigo Sebben passou a transitar por esse espaço. Por intermédio do pai, dos 15 aos 19 anos ele trabalhou na fábrica, de onde extraiu os primeiros aprendizados na fabricação de móveis. Na sequência, em 1995, quando se casou, Rodrigo foi incentivado pelo pai a se mudar para Carazinho a fim de abrir uma nova loja e expandir os negócios da família. Mudança de conceito De lá pra cá, passaram-se 23 anos e, na constante busca por comercializar produtos cada vez com maior qualidade, no decorrer dessa trajetória, sobretudo a partir de 1999, a Móveis Sebben passou a oferecer opções mais sofisticadas aos seus clientes. A mudança de padrão, segundo o proprietário, foi um diferencial pensado para que a empresa pudesse se destacar diante da concorrência em Carazinho e na região. Felizmente, deu certo e hoje somos uma das marcas mais lembradas em toda a região – comemora o proprietário, que conta com o apoio da esposa Rosane e do filho Bruno na condução das atividades da empresa. Cliente satisfeito Hoje, com 18 funcionários e uma das líderes do segmento em Carazinho, a Móveis Sebben está localizada na Avenida Flores da Cunha, 3095, e permanece aberta de segunda a sexta-feira das 8h30min às 12h e das 13h30min às 18h30min. Aos sábados, a loja abre das 8h30min às 12h. No espaço de 750 metros quadrados, a beleza e o requinte dos móveis expostos encanta a todos os estilos. Além de contar com uma equipe de vendas especializada, a partir deste ano a empresa também passou a ofertar o trabalho da arquiteta Angelica Grebin. A profissional é apta para elaborar
No showroom da loja, os clientes encontram sofisticação, bom gosto e qualidade, além de uma equipe especializada para oferecer as melhores soluções
soluções na medida exata das necessidades de cada cliente, tanto para residências quanto projetos comerciais. Recentemente, um dos principais projetos executados pela Móveis Sebben em Carazinho foi a reforma de uma das unidades do Supermercado Coqueiros. É o que explica Leandro Rheinheimer, proprietário da rede. “Sou cliente da loja há muitos anos pela qualidade e agilidade na execução dos projetos. E foi por isso que optei por fazer a reforma no supermercado com eles. O atendimento é excelente e faz com que eu me sinta em casa toda vez que preciso ir até a loja. E para o futuro, teremos muitos outros projetos a serem executados em parceria com a Móveis Sebben”, salienta. Parceria de sucesso Um dos parceiros mais importantes nos negócios da família Sebben nessas mais de quatro décadas de trabalho e dedicação é a Finger Móveis Planejados, empresa com sede em Sarandi que conta com mais de 100 filiais espalhadas em todo o país. “Nossa parceria com a Finger começou antes mesmo de abrirmos a loja em Carazi-
nho, com a revenda de móveis ainda em Tapejara. No decorrer dessa trajetória, a qualidade e a responsabilidade do trabalho conduzido pela empresa fez com que ela se tornasse nossa principal parceira. É uma empresa focada na constante melhora de seus produtos assim como nós. E essa caminhada em conjunto tem sido essencial para os nossos negócios”, conta Rodrigo. A satisfação pela parceria também é observada pelos dirigentes da Finger. É o que explica Rovane Lorenzon, gerente regional da marca. “A Finger está no mercado há 40 anos e, a cada dia, vem ganhando mais mercado em todo o Brasil. No entanto, aqui na região, a Móveis Sebben é a nossa maior e melhor parceira. É um trabalho longevo e que vem sendo conduzido com muita responsabilidade por ambas as partes”, diz. Showroom O mais novo showroom foi apresentado no dia 4 de outubro, ocasião em que amigos, clientes e parceiros foram convidados a participar de um coquetel enquanto conferiam de perto os lançamentos da temporada.
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Carazinho: investimentos que atraem mais investimentos Obras e mudanças na legislação são ferramentas para atrair novos empreendimentos para a capital da hospitalidade
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om o objetivo de atrair novas empresas para Carazinho, a administração municipal tem investido na questão de infraestrutura, videomonitoramento para segurança, incentivos e desburocratização de processos. Mas, o município acredita que, tão importante quanto atrair novas empresas, é manter as que já atuam na cidade. Por isso, ações como reuniões entre empresários e executivos, visita às empresas, além de qualificação para pequenos gestores estão sendo desenvolvidas. Conforme o secretário municipal de Desenvolvimento, Dêninson Costa, uma parceria entre o Sebrae e o executivo municipal para qualificar empresários começa na próxima semana. - Carazinho começou a crescer e aos poucos vai se desenvolver. A formação que teremos para os pequenos empresários na semana que vem trará ganhos neste ambiente, vendendo políticas de boas práticas, incentivando com isso as empresas locais e ajudando os pequenos empresários para se desenvolver e melhorar o ambiente de negócios - comentou o secretário. Ainda de acordo com Costa, a parceria deve render um comitê de desenvolvimento que está sendo montado no município com data prevista de lançamento para o dia 5 de novembro. “O comitê será formado por um grupo de 20 pessoas escolhidas para pensar e ajudar no desenvolvimento da cidade”, disse. O prefeito de Carazinho, Milton Schmitz, avalia que embora o cenário não seja favorável, o município apresentou avanços com a vinda de novas empresas
Milton Schmitz, prefeito de Carazinho
que se instalaram na cidade ou ampliaram suas estruturas, como no caso da Lavoro e do Sest/Senat, projeto desenvolvido enquanto o prefeito ainda era presidente do Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas de Carazinho e Região (Sindicar). No caso das empresas que instalaram suas sedes na cidade, duas são de renome nacional - Bravo e Toniato. A Bravo já está operando normalmente e a Toniato também, mas deve potencializar o seu atendimento a partir da virada do ano. “Paralelo a isso, acredito que centenas de empregos foram criados de forma informal e também devido ao processo do Microempreendedor Individual (Mei)”, frisou o prefeito. Burocracia e incentivos Uma das maiores reclamações por parte de empreendedores do município é a forma como se desenrolam os processos burocráticos para instalação de empresas, principalmente nas questões que envolvem o Distrito Industrial Iron Albuquerque e alvarás. O secretário Deninson Costa comentou que o município tem avançado nas questões que envolvem a abertura de alvarás e tem esbarrado em partes burocráticas, demorando um pouco, mas mesmo assim afirmou que o tempo para a abertura diminuiu. O secretário citou como exemplo de desburocratização e auxílio ao empresário a abertura do novo espaço para a Sala do Empreendedor. “Estamos prestes a inaugurar o ‘Mei Cluster’, que é um espaço dentro da Sala do Empreendedor que vai ajudar o pequeno, médio e grande empreendedor de Carazinho a trabalhar com todo auxílio do município”, salientou. O espaço funcionará como um local de trabalho coletivo. Além disso, atualmente a sala do empreendedor tem um funcionário do quadro efetivo treinado só para trabalhar fazendo a questão de zoneamento das empresas, então o empreendedor não precisa mais procurar o Planejamento para o encaminhamento deste processo. No Departamento Municipal de Meio Ambiente (Dema), que faz parte da Secretaria de Desenvolvimento, até o final do ano o município pretende implantar os protocolos digitais no Dema, o que irá melhorar questões de processos, segundo o secretário. Para Schmitz, o Município tem enfrentado algumas amarras no que diz respeito à situação do Distrito Industrial Iron Albuquerque, já que o distrito ainda não está oficialmente aberto e licenciado na Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam). “Estamos desatando alguns
Márcio Hoppen, presidente da Câmara de Vereadores de Carazinho
nós deixados ao longo de 20, 30 anos que o Distrito Iron está funcionando em Carazinho, mas de forma irregular. Por isso, estamos buscando a regularização do espaço”, afirmou. No distrito Industrial Carlos Augusto Fritz, poucas áreas estão disponíveis, ou praticamente nada, de acordo com o prefeito. Neste caso, o Município está investindo na questão de acessibilidade, já que conseguiu asfaltar uma das ruas para acesso ao distrito com atenção maior à Avenida das Indústrias e nas paralelas de Carazinho. - Nós estamos incentivando o empreendedor a comprar uma área para que o município dê o apoio na parte de documento, liberação de documentação, toda a parte burocrática, entre outras. Estamos fazendo nosso papel, levando o nome de Carazinho para todos os rincões do Rio Grande do Sul, do Brasil e também de certa forma internacionalmente para atrair novas empresas para a cidade - afirmou o Prefeito. Regulamentação da abertura do comércio nas BR’s O Poder Legislativo de Carazinho aprovou neste mês o Projeto de Lei Complementar 006/2018, o qual regula a abertura do comércio nas BR’s aos sábados, domingos e feriados. Costa disse que a Lei abre grandes possibilidades e afirmou que já fez contato com novas empresas para se instalarem no
município, inclusive, usufruindo da localização geográfica, pensando em Carazinho como líder regional de comércio. - Essa lei é importante porque existe a possibilidade de lojas como a Havan, que irá inaugurar no dia 8 de dezembro em Passo Fundo, se instalar em Carazinho. Pelo contato que temos com o diretor da Havan, Luciano Hang, existe a possibilidade de ele vir para Carazinho analisar os próximos projetos de instalação da empresa. Existe o contato com outras empresas, mas a Havan é a primeira que a gente espera que consiga – pontua. Para o prefeito a Lei é um avanço significativo e oportuniza para que grandes empresas venham a se instalar no município. “Estamos buscando agenda com algumas empresas potenciais para nós usufruir deste projeto”, ressaltou. A matéria vinha sendo discutida a longa data dentro da Câmara de Vereadores junto com empresários e equipes do executivo. Inclusive, uma proposta levada à votação pelo Executivo Municipal havia sido rejeitada pela maioria dos votos. O presidente do Legislativo Municipal, Marcio Luiz Hoppen, o Guarapa, avaliou a aprovação da proposta pelo Poder Legislativo. “Acho muito importante a liberação e aprovação desta matéria do Legislativo quase por unanimidade, com apenas um voto contrário, já que temos municípios vizinhos onde a lei já foi aprovada e empresas já estão se instalando e gerando empregos. Acreditamos que a partir desta liberação, o prefeito, secretários e os próprios vereadores consigam realmente correr atrás e atrair empresas que possam se instalar no município de Carazinho”, destacou. Conforme o secretário municipal da Fazenda, Adroaldo De Carli, a expectativa é de que em longo prazo haja um acréscimo na parte de receita do Município com a chegada de novas empresas a partir da lei aprovada. - A expectativa é de que haja um incremento nesta área de investimento exatamente pela localização estratégica de Carazinho, situada entre as duas BR’s, fronteira e norte, e isso irá atrair alguns investimentos significativos, como grandes lojas. Tem também a questão de tributos. Todos os investimentos, independente de quais setores e a área que vai funcionar, contribuem muito na questão do ICMS, dos impostos municipais, mas principalmente na geração de empregos - avaliou o secretário. A parcial do orçamento para o próximo ano do município fica na base dos R$ 247 milhões.
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Santo Antônio do Planalto: investimentos em prol da comunidade
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município de Santo Antônio do Planalto cresce constantemente e demonstra resultados a cada ano. Com isso, a Administração Municipal, Gestão 2017/2020, busca contribuir para o desenvolvimento, e para que toda a população tenha orgulho da terra onde mora e possa dizer: “É bom viver em Santo Antônio do Planalto”. Conheça alguns dos trabalhos realizados em prol da comunidade santo-antoniense durante o ano de 2018. Administração É com grande satisfação que Santo Antônio do Planalto recebe a empresa Roda Forte no município. A instalação de uma empresa de grande porte vem há muito sendo aguardada pela comunidade, o que ocorreu depois de muitos acordos e negociações realizados pelo Poder Executivo e Legislativo com os proprietários da empresa. As obras já foram iniciadas no Distrito Industrial Nivo Kehl, a área cedida é de 22.817,07 m², a empresa fará um investimento inicial em torno de R$ 2 milhões. Inicialmente, a Roda Forte fabricará somente rodas agrícolas que serão revendidas em todo o país. A instalação da empresa deverá se dar no prazo máximo de 12 meses. Para dar início ao funcionamento serão oferecidos em torno de 55 empregos diretos. Cabe ressaltar que a administração municipal reconhece e valoriza as empresas que já estão instaladas
Uma das conquistas da cidade é a instalação da empresa Roda Forte no município, gerando emprego e renda, no entanto, registra esse importante momento da história de Santo Antônio do Planalto em seus 26 anos de emancipação. Também em 2018 muitos recursos foram conquistados, confira alguns: A Secretaria Municipal de saúde recebeu em 2018 através do programa Fundo a Fundo o total R$ 247.000,00, para investimento na área da saúde, mais R$ 25.000,00 para aquisição de equipamentos odontológicos, e R$ 80.000,00 para aquisição de uma ambulância tipo A. A praça municipal de Santo Antônio do Planalto também vem sendo reestruturada, recebemos um emenda parlamentar em 2017 de R$ 250.000,00 e agora em 2018 foram mais R$ 270.000,00 que serão utilizados para dar continuidade ao projeto estrutural da mesma e praticamente finalizar a obra. Para a Secretarias de Obras e Agricultura foi adquirido uma pá carregadeira com potência de 217 HP, no valor de R$ 416.250,00 o equipamento já foi licitado. Também conseguimos a doação de um veículo Fiat Uno, utilizado pela Inspetoria Veterinária e obtivemos a liberação uma Emenda de R$ 88.062,62 para aquisição de equipamentos agrícolas, serão comprados com tal recurso uma plantadeira, uma grade e uma enxada encanteiradora. Na consulta popular, o município obteve dois projetos contemplados em 2017, um na área da saúde onde repassamos R$ 45.000,00 para o
Município comemora resultado positivo no IDEB
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Projeto de como ficará a sede da empresa Roda Forte no município
Hospital de Caridade de Carazinho, e um segundo projeto votado que trouxe R$ 54.285,70 para aquisição de equipamentos e câmeras de videomonitoramento, o processo encontra-se em fase de licitação. Em 2018 conseguimos atingir mais 2 projetos através do percentual de votos, serão destinados mais R$ 54.376,43 ao videomonitoramento e R$ 57.238,34 aos pequenos agricultores através de projeto de manejo e conservação do solo. Obras A Secretaria atua em diversos trabalhos executados no município, como por exemplo conservação do trevo de acesso, limpeza de vias, avenida, pátios das escolas e departamentos públicos, recolhimento e transporte do lixo de toda cidade, mão de obra para o combate do mosquito borrachudo, terraplanagens para construção de casas, construção e reformas de casa para famílias carentes, conforme solicitação do Cras. A Secretaria de Obras através de sua equipe, está trabalhando arduamente no Distrito Industrial, auxiliando na terraplanagens, instalação elétrica, instalação de caixa d’água e bomba d’água no poço, a fim de estruturarmos o local, para que tenha condições de receber a empresa Roda Forte.
Agricultura e Meio Ambiente O município de Santo Antônio do Planalto está localizado numa região de produção privilegiada do Planalto Médio do Estado. A área de estabelecimentos agropecuários conta com mais de 17.700 hectares. A Patrulha Agrícola do município conta com uma das melhores frotas da região, realizando vários serviços com mais de 185 requerimentos de horas máquina até o momento. Isso beneficia os produtores com taxa de baixo custo e incentiva a produção primária e a permanência no campo. Educação O município comemora o resultado do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB). Atingindo 7,0, Santo Antônio do Planalto sobe para a 27ª posição entre os 497 municípios gaúchos, colocando-se ao lado de outros 11 com o mesmo índice. A nota mais alta registrada pela pesquisa no Rio Grande do Sul é 7,9, diante de um IDEB estadual médio de 5,8. O investimento na educação do município vai ainda mais longe. Também estão sendo implementados projetos de inclusão de crianças com deficiência na rede de
ensino municipal, de conscientização para alimentação saudável, de aulas de violino e violão, de canto coral, de dança e de teatro, e de aulas de língua inglesa a partir da pré-escola. Saúde A gestão do município preocupa-se em programar melhorias e adequações no setor da saúde. Isso vem para maximizar as condições de trabalho da equipe multidisciplinar e da excelência dos serviços prestados como a única Unidade Municipal de Saúde. A gestão proporcionou neste ano a compra de equipamentos de primeira linha em medicina para promover eficácia e resolutividade já no primeiro acesso do usuário aos serviços, tais como a compra de um moderno colposcópio afim de se qualificar os procedimentos na área da ginecologia, oportunizando biopsias e cauterizações já na rede primária, otoscópios novos, oxímetros de pulso, esfigmanômetros e estestocópios, além de aparelhos específicos. Investiu-se ainda no acesso da Unidade de Saúde, realizando-se um ousado projeto de acessibilidade, onde usuários com alguma deficiência física ou motora tenham condições e segurança de ali adentrarem a fim de restabelecerem sua saúde.
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Almirante Tamandaré do Sul: Investimentos em prol da comunidade Administração de Almirante Tamandaré do Sul, gestão 2017/2020, apresenta a relação dos trabalhos de maior relevância, realizados no decorrer de 2018, no qual foram empreendidos investimentos nas mais diversas áreas, gerando desenvolvimento, inclusão social, emprego e renda ao município. Abaixo, estão relacionadas obras realizadas nas áreas de saneamento básico, saúde, infraestrutura, serviços urbanos e agricultura. Destaca-se que nas áreas de Educação, Fazenda, Administração e Assistência Social também estão sendo realizados constantes investimentos pela atual administração, com o objetivo de prestar serviços de qualidade e atender, com excelência, a população tamandareense. Almirante Tamandaré do Sul, juntamente com a Fundação Nacional de Saúde (Funasa), tem investido pesado no esgotamento sanitário da cidade. A melhoria se dá com a implantação do sistema coletivo de coleta e tratamento de esgotos. Nesta etapa final, será realizado o levantamento para autorizar as ligações das residências até os pontos de acesso. Os serviços de ligação deverão ser iniciados tão logo seja concluída pela Administração Municipal a legislação que tratará sobre o funcionamento do sistema. Durante o mês de junho, iniciou a etapa final da obra para implantação do Sistema de Esgotamento Sanitário na Sede do Município, compreendendo
rede coletora de esgotos projetada do tipo separador absoluto e estação elevatória de esgotos, com tratamento de efluentes domésticos coletados através de estação compacta. Segundo informações do Departamento Municipal de Engenharia, que vistoria e acompanha a execução da obra, a mesma encontra-se com a totalidade de sua construção efetivada. O prefeito de Almirante Tamandaré do Sul, Valdeci Gomes da Silva, salienta que esta obra é de grande importância para o desenvolvimento do município, uma vez que proporciona melhor qualidade de vida aos munícipes, sendo indispensável para a proteção da saúde pública e meio ambiente. Maquinário
No mês de fevereiro deste ano, o prefeito de Almirante Tamandaré do Sul, Valdeci Gomes da Silva, e o vice-prefeito Adir Giacomini, receberam a uma nova máquina Escavadeira Hidráulica sobre esteiras, que foi adquirida para incrementar a frota da Secretaria Municipal de Obras, Serviços Urbanos e Trânsito. A máquina foi adquirida através do Processo de Pregão Presencial, sendo que foram utilizados recursos próprios do Município, bem como recursos do Programa Pimes Badesul – Agência de Fomento. Esse equipamento é um importante instrumento na promoção das atividades desenvolvidas pela Secretaria de Obras,
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Município tem realizado obras de saneamento, investimentos que colaboram com a saúde da população e protegem o meio ambiente
Desde 2017, os serviços e atendimentos são realizados nas novas instalações da Unidade Básica de Saúde
Serviços Urbanos e Trânsito, realizando serviços gerais, além de estar contribuindo para a melhoria e conservação de estradas vicinais, atendendo as reivindicações dos moradores. Já em junho, o prefeito assinou o termo de cessão de uso de uma retroescavadeira adquirida e repassada ao Município por parte do Governo do Estado. Essa máquina é avaliada em aproximadamente R$ 250 mil e foi adquirida através de recursos oriundos de emendas parlamentares. Para o prefeito, o recebimento do equipamento foi de grande valia para o desenvolvimento das atividades da Secretaria Municipal de Agricultura, Indústria e Meio Ambiente, beneficiando diretamente a população tamandareense. Investimentos na Saúde
Escavadeira incrementou a frota da Secretaria Municipal de Obras, Serviços Urbanos e Trânsito
Desde 2017, os serviços e atendimentos da Secretaria Municipal de Saúde estão sendo realizados nas novas instalações da Unidade Básica de Saúde (UBS), a qual foi construída por meio da utilização de recursos federais e parcela de contrapartida do Município. A nova estrutura física dispõe de espaço mais amplo, com estrutura adequada para melhor atender às necessidades dos munícipes tamandareenses, além de proporcionar melhores condições de trabalho
Obra é considerada de grande importância para o desenvolvimento do município
aos servidores da Secretaria, proporcionando um acolhimento mais efetivo para os pacientes, evitando deste modo o encaminhamento ao Hospital de Caridade de Carazinho (HCC). No decorrer do último ano, também foram adquiridos diversos equipamentos para exames médicos e para atendimento odontológico, que são utilizados no atendimento ao público, proporcionando melhorias na área da saúde e qualidade de vida da população. Além disso, foram adquiridos veículos novos para transporte de pacientes e uma ambulância Tipo A, para remoção e realização de serviços de urgência e emergência. A UBS é a porta de entrada do sistema público de saúde e tais
aquisições proporcionam um melhor atendimento à população, contribuindo em muito para a satisfação com os serviços de saúde pública oferecidos no município de Almirante Tamandaré do Sul. Vale ressaltar que a Administração Municipal vem buscando, de forma permanente e continuada, a melhoria das suas estruturas e a ampliação de programas, visando a ampliação do acesso e qualificação dos serviços, o que reflete a preocupação da Administração Pública Municipal em manter a boa qualidade da saúde pública oferecida no município e seguindo os critérios de humanização que o SUS tem preconizado.
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Coqueiros do Sul prepara nova política de incentivo à pecuária leiteira Prefeitura estima que a atividade movimenta cerca de R$ 3 milhões todos os meses
Produção de leite do município gira em torno de 70 mil litros por dia
Na iminência de ter seu primeiro lacticínio funcionando ainda ao final deste ano, o município de Coqueiros do Sul está revisando sua política de incentivos à pecuária leiteira. A produção de leite no município gira em torno de 70 mil litros de leite por dia e, segundo o prefeito Valoir Chapuis, estima-se que a atividade faz girar no comércio cerca de R$ 3 milhões todos os meses. No município, 220 famílias estão na atividade leiteira, o que representa mais de 30% das famílias rurais de Coqueiros do Sul. Em movimentação de negócios, a atividade só perde para a produção de soja, porém, se contabilizada a mão de obra utilizada, é a atividade que mais emprega no município. Chapuis explica que há anos Coqueiros propõe incentivos ao segmento, dentre eles a oferta de sêmen de touros para a reprodução de novilhas de maior qualidade genética. O programa, no entanto, limita que a dose fornecida fique em faixa de valor de R$ 25,00. Ocorre que com o passar dos anos, o nível de tecnologia e profissionalização dos tambos aumentou e muitos abriram mão da oferta do poder público.
hoje temos produtores que têm investido até R$ 150,00 em uma dose de sêmen para melhorar o rebanho. Conversamos com os produtores e eles nos fizeram este pedido, por isso já fizemos esta previsão na Lei Orçamentaria Anual de 2019. Será um avanço importante da Secretaria de Agricultura”, conta Chapuis. O prefeito explica que atualmente há empresas que atendem no município no sentido de avaliar as novilhas e diante do panorama encontrar para estas o sêmen de touro que irá gerar um animal com potencial de produção de leite melhor do que a matriz. “Isto é bom para o produtor que vai aumentar sua produção e sua renda e por consequência a arrecadação do Município, pois quanto maior o volume de leite, mais negócios acontecem”, diz o prefeito. Segundo Chapuis, há pelo menos oito empresas que compram leite dos produtores de Coqueiros do Sul e o valor que é pago pelo litro, além da qualidade, também está atrelado ao volume produzido.
O pleno emprego e a estruturação
O prefeito comenta que para que o município tenha o pleno emprego de sua população é preciso serem criadas cerca de 100 posições de trabalho. A partir do início da operação do laticínio, projeta-se cerca de 25 postos, mas ainda assim é preciso avançar. A maior parte da demanda cabe a jovens que pretendem ingressar no mercado de trabalho e também mulheres. - Temos mulheres que, embora não estejam procurando emprego, havendo oportunidade, querem trabalhar. E para isso o município precisa se preparar em ofertar vagas na Educação, para tanto estamos planejando investimentos - comenta o prefeito. Segundo o chefe do executivo, pouco mais de R$ 100 mil devem ser investidos em 2019 na adequação de espaços da Escola Municipal Pequeno Cidadão para que sejam atendidas crianças de zero a 2 anos de idade. O prefeito revela que atualmente a Prefeitura mantém convênios com empresas de Passo Fundo e Nova Boa Vista para que com o
custeio de transporte, trabalhadores coqueirenses sejam empregados nas plantas de empresas que estão nestes municípios. Coqueiros do Sul terá piscina de hidroterapia e hidroginástica em 2019
Para 2019, está nos planos da administração construir e inaugurar a primeira piscina pública de hidroterapia e hidroginástica. De acordo com o prefeito, a perspectiva é de que com a hidroterapia a recuperação dos pacientes que precisam do serviço de fisioterapia seja mais rápida. E a ideia é de que o espaço seja construído provavelmente ao lado da Unidade Básica de Saúde (UBS) da sede e que o local funcione nos turnos da manhã, tarde e noite. Nos primeiros dois turnos, o funcionamento será dedicado às fisioterapias e atividades de Educação Física dos alunos da Rede Municipal de Educação e no atendimento dos grupos de terceira idade. À noite, o uso será para o público em geral, mas sempre com a supervisão de um profissional. O projeto de edificação, que foi concluído neste mês,
Proposta para o setor leiteiro
Embora movimente valores expressivos todos os dias, a margem de lucro da atividade é pequena, de modo que também isso levou a administração municipal a revisar o incentivo. “Tivemos neste ano, junto com a feira, a 1a Mostra da Terneira e com ela uma surpresa positiva com a boa qualidade genética dos nossos animais. Tivemos mais de 30 animais em exposição e poucos tinham o sêmen fornecido pelo programa do município. Então, percebemos que deveríamos melhorar este projeto, já que
1ª Mostra da Terneira foi realizada em 2018
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Desafio de empreender e parceria de credibilidade A rede de Supermercados Economia vai completar no ano que vem 50 anos de existência em Carazinho. Com uma trajetória longa e de respeito, também não é de hoje a parceria da rede com o Grupo Diário da Manhã
atrás, em 1969, quando seus pais e avós começaram o negócio, principalmente pela questão econômica. porém, foram á quase 50 anos, encontrando meios e parcerias quando a rede de que deram certo, inclusive com Supermercados o Grupo Diário da Manhã. Economia surgiu em Carazinho, Hoje, são três supermercados as dificuldades para empreender e um atacarejo no município e a já existiam. Segundo o sóideia é que, caso surjam oportucio-proprietário da rede, Paulo nidades, a rede se expanda para Zanferrari, que hoje administra outras cidades, pois o intuito os supermercados junto com a é investir na região também. Anúncio Jornal.pdf sobrinha Carine Leite1da26/10/2018 Silva, 20:47:41 Sobre a parceria com o Diário o desafio foi muito grande lá da Manhã, Zanferrari afirma que
por ISABELLA WESTPHALEN isabella@diariodamanha.com
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pela rede Economia ter sempre se afirmado como uma empresa séria, buscavam a mesma seriedade e credibilidade no veículo de comunicação EM que fossem anunciar seus produtos. Encontraram isso no Diário. “O Diário leva informações com responsabilidade, é um material que chega em várias residencias e então, desde o início, a gente acreditou que seria um bom veículo para associar a nossa marca”, afirmou o empresário. Como cidadão, que busca
estar atualizado sobre as notícias tanto da comunidade, quanto do Estado e do Brasil, o empresário acredita que o comprometimento com a credibilidade é fundamental. “É um veículo de credibilidade, tudo que a gente lê no Diário são fatos e notícias confiáveis. Isso é importante também. Para nós, estar associado ao jornal é interessante”, complementou Zanferrari, que ressalta também ter a vontade de seguir com essa parceria entre Economia e Diário da Manhã.
Paulo Zanferrari, sócio-proprietário da rede Economia de supermercados
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PARABÉNS!
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JORNAL DIÁRIO DA MANHÃ DE CARAZINHO HÁ 38 ANOS AJUDANDO A CONTAR A NOSSA HISTÓRIA
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46 anos de especialização em farmácia por ISADORA STENTZLER isadora@diariodamanha.com
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á 46 anos, a Farmácia Glória do número 2.655 na Avenida Flores da Cunha se tornava a fachada da casa da família Mazzutti. O patriarca da família, José Mazzutti, investia em um novo ramo, alojando-se em uma residência atrás do empreendimento. Ali, deixou que os filhos crescessem o vendo levantar-se nas madrugadas para atender carazinhenses à procura de medicação e inspirou que a rede se tornasse um negócio familiar passado de geração em geração. De acordo com o filho de Mazzutti, o farmacêutico Mauro, que carrega o mesmo sobrenome do pai e hoje, juntos dos três irmãos, é um dos sócios-proprietários, as farmácias Glória já possuem nove lojas só no município de Carazinho. Quando o Diário da Manhã chegou ao município, expandindo um trabalho que já era realizado há 34 anos em Passo Fundo, a farmácia Glória apareceu como uma das
primeiras empresas parceiras, fortalecendo os canais de comunicação em Carazinho. Em 2005 ela se aproximou ainda mais, quando Mauro assumiu o quadro “Cuidando da Saúde” – atualmente transmitido todas as quintas-feiras às 9h20min na Diário AM 780 – que lhe ajudou na publicação do primeiro livro “Descomplicando as doenças”. – Quando vou na rádio – explica paciente –, eu me preparo. E nessas preparações eu acabei escrevendo orientações que passei para os clientes que vinham até aqui na farmácia. Muitos não conseguem gravar na memória as informações, então as orientações escritas os ajudavam. O que acontece é que eles não entendem a etiologia das doenças: de onde vem e como se manifestam, e quais as formas de auxiliar no tratamento. Então não dou o diagnóstico. Quem faz isso é o médico. Mas a partir do diagnóstico dou orientações que vêm a calhar e ajudam – ressalta. Devido ao programa, a voz de Mouro se tornou conhecida e não uma vez clientes o reconhecem pelo timbre ao atendêlos. “Algumas pessoas até vêm para me
FOTO: Isadora Stentzler | Diário
Desde 1972 sob o comando da família Mazutti, as Farmácias Glória/Rede de Farmácias Associadas leva qualidade em atendimento aos carazinhenses e também dicas de saúde nas ondas do rádio
Marisol Mazzutti e Mauro Mazzutti são dois dos quatro irmãos que administram a rede em Carazinho
conhecer”, conta. “Esses dias uma menina com deficiência fez a sua mãe atravessar a cidade pra vir conversar comigo e me conhecer. Então passamos por essas coisas legais”, conta. Tal retribuição caminha ao lado do bom serviço prestado, que faz questão de levar o acolhimento da família no atendimento aos carazinhenses. A gerente geral, Marisol Mazzutti, destaca o segredo da rede: “é muito esforço, tra-
balho, dedicação e atualização de mercado. Trabalhamos em família, cooperando, com o grande apoio dos nossos colaboradores, que hoje já são mais de 100 e são lembrados por meio dos nossos programas de valorização do funcionário”, explicou. Quando ela e o irmão Mauro entram em uma das filiais o sorriso dos funcionários é eminente, reforçando que é um trabalho da família Mazzutti a todas as famílias carazinhenses.
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Gente que coopera, cresce
Tradição de pai para filhos
Com oito mil associados somente em Carazinho, a Sicredi Alto Jacuí possui o maior número de agências no município
Fundada há 41 anos por Renato Süss, Joalheria do Renato é administrada pelos filhos e mantém tradição no município
á 22 anos, a comunidade carazinhense passou a contar com os serviços de uma das maiores instituições financeiras cooperativas do país, a Sicredi Alto Jacuí. Desde então, a atuação da empresa no município só fez crescer e hoje a Sicredi possui o maior número de agências de atendimento em Carazinho, conforme explica seu presidente, José Celeste de Negri: - A instituição financeira cooperativa passou a atuar em Carazinho a partir de 1996, com a incorporação também dos municípios de Coqueiros do Sul e Santo Antônio do Planalto. Neste momento, a Sicredi Alto Jacuí assumiu um novo desafio de crescimento, onde teve a oportunidade de expandir sua área de atuação, com novo público e mais perspectivas de crescimento. Atualmente, somos a instituição financeira com maior número de agências de atendimento em Carazinho, o que representa nossa preocupação em atender nossos associados e toda a comunidade com maior eficiência e proximidade – observa o administrador de empresas.
entado atrás de uma mesa nos fundos da joalheira que fundou em 1977, Renato Süss lia um jornal enquanto tomava chimarrão. Longe da administração da empresa há alguns anos, acompanhava o serviço dos filhos, Adriano e Giovana, lhes apoiando no que precisassem. Aos 75 anos, Renato diz em voz mansa que começar a joalheria foi possível por ganhar uma peça, em 1977, para começar um empreendimento. De uma forma que foi um tanto “obrigatória”, ele aprendeu o serviço de relojoeiro aos 14 anos com um antigo relojoeiro do município. Fora um pedido de sua mãe, que tinha “aversão” em imaginar o filho em serviços braçais. – Investimos em propaganda na antiga rádio Carazinho, hoje Rádio Diário, e quando inauguramos, a comunidade nos buscava por aquilo que divulgávamos. Era um tempo em que a profissão de relojoeiro tinha um status como a de um gerente de banco, por exemplo – aponta.
José Celeste de Negri, presidente da Sicredi Alto Jacuí/RS
- Enquanto instituição financeira cooperativa, nós acreditamos no potencial da comunidade de Carazinho, afinal, nossa missão integra a atuação regional, com foco no desenvolvimento local, no relacionamento e no engajamento – destaca José. Nesse contexto, a parceria da cooperativa com o Diário da Manhã tem sido muito importante na divulgação dos serviços. “Para nós do Sicredi, o Diário da Manhã é um importante veículo de comunicação em nível regional. Por isso, essa parceria é imprescindível, já que nossa cooperativa de crédito também opera de forma local e atua em prol do desenvolvimento das comunidades”, finaliza o presidente.
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FOTO: Isadora Stentzler | Diário
Crescimento A expansão da Sicredi em Carazinho demonstra o interesse da população pelo serviços ofertados. Entre eles, destacam-se as soluções financeiras para todos os públicos: pessoas físicas, empresas e público agro, que podem contar com investimentos, créditos, consórcios, seguros, cartões, pagamentos, previdência, recebimentos, câmbio, credenciamento e certificado digital. No total, a instituição financeira conta com 8 mil associados no município.
Foto: Bruna Toso | Sicredi
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De início, a joalheria se mantinha, sobretudo, com a venda de pedras preciosas e relógios. Renato recorda-se que também eram comuns consertos de relógios de parede – o que se perdeu com o tempo devido à evolução dos telefones celulares que apontam as horas digitalmente. Devido a problemas econômicos que assolaram o Brasil nas últimas décadas, houve períodos em que a joalheria sofreu o impacto, mas manteve-se firme, segundo Renato, devido ao trabalho familiar. “Também sempre tivemos uma clientela grande, o que sempre permitiu que continuássemos”, defende. Hoje, longe da administração da empresa, que tem como novos proprietários os filhos Adriano e Giovana, a joalheria tem como principal produto de saída os óculos de sol. E mesmo com uma concorrência que ultrapassa em medida as sete joalherias de quando foi fundada, a empresa permanece como referência no município.
Da esquerda para a direita: Adriano, Renato, Giovana e a cadela da família, Chanel
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Schuster & Medeiros: De geração em geração, inovando para oferecer o melhor
Sociedade é um dos maiores empreendimentos no ramo de materiais de construção da região
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habilidade com a marcenaria, aprendida e desenvolvida no município de Selbach – sua terra natal – trouxe Oswaldo Aloísio Schuster para Carazinho, em outubro de 1956, onde encontrou o parceiro Carlos Lourenço Medeiros, dando origem a uma sociedade que é hoje um dos maiores empreendimentos no ramo de materiais de construção da região, a Schuster & Medeiros. A marcenaria iniciada por Oswaldo e Carlos, instalada ao longo da Avenida Flores da Cunha, no bairro Glória (onde hoje funciona o Sicredi, próximo à esquina com a Rua Eurico Araújo), fabricava esquadrias de madeira para casas (aberturas como portas e janelas), carrocerias de caminhões e móveis (tendo destaque peças para altares de igrejas). Nos anos de 1960, a sociedade deu início à instalação da marcenaria no terreno onde hoje está atualmente a matriz da empresa, também na Avenida Flores da Cunha, mais ao sul, na região da Borghetti. Já nessa época, a fabricação de portas e janelas para casas e o instinto visionário dos empresários davam início ao ramo que atualmente é o carro chefe da empresa. “Vieram os incentivos habitacionais dos governos da época e já havia o comércio das fabricações de porta e janelas. Então, começaram a vender tintas e logo materiais de construção”, relata Gilberto Medeiros, um dos diretores
da empresa hoje, filho de Carlos Lourenço. Com os anos de 1970 veio mais uma importante página para a história da Schuster & Medeiros. Chegava à administração da empresa a segunda geração das famílias Schuster e Medeiros, os filhos João Carlos, de Oswaldo, e Gilberto. Com eles, também, veio a expansão dos negócios. Nos anos de 1990, a aquisição de outra empresa do ramo deu origem à filial, localizada na Avenida Flores da Cunha, nas proximidades do bairro Oriental, na região norte da cidade. O crescimento trouxe novas alternativas, novos ramos de atuação. “Vieram também outras parcerias, com outras empresas que atuam no ramo de construção e formação de loteamentos, formou-se a empresa ‘Bom Tempo Empreendimento Imobiliários’, que veio para o melhor atendimento às necessidades dos nossos clientes”, explica Gilberto. Cada vez mais consolidada e referência no setor de materiais de construção em Carazinho, a Schuster & Medeiros conta hoje com 60 funcionários, trabalhando com as melhores marcas do mercado. “Temos toda linha completa para a construção, do alicerce ao acabamento, primando sempre pela qualidade do que é oferecido. Também mantemos nossos funcionários constantemente em treinamento, com cursos e qualificações, o que acontece aqui dentro
da empresa mesmo, em nossa sede social”, enfatiza Gilberto Medeiros. Sobre o futuro da empresa, Gilberto vislumbra ainda mais crescimento, já trabalhando um novo processo de transição entre as gerações das duas famílias. “O ramo da construção civil tem muito a crescer, o mercado ainda tem algumas lacunas, há um déficit habita-
cional a ser preenchido. Então, estamos em evolução, estamos trabalhando a chegada da terceira geração, que já está trabalhando”, contou, antes de concluir lembrando que a Schuster & Medeiros está “sempre pensando em seu cliente, inovando e atualizando, planejando o melhor para oferecer uma gama completa de produtos”.
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Foto: Arquivo | Diário
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Empresa Glória:
60 anos de caminhos inseridos na comunidade carazinhense História da empresa permeia a história da própria cidade
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lguns bailes no interior. Jogos de futebol. Uma linha que tinha no itinerário a saída da Rua Eurico Araújo, indo pela Avenida Flores da Cunha, até a Rua Marcílio Dias. Dois ônibus amarelos, um Chevrolet e um Ford. Nascia assim, entre 1958 e 1959, a Empresa Glória, que chega hoje aos 60 anos, fazendo e contando a história de Carazinho. De base familiar, o que se segue até hoje, a Empresa Glória fez parte da evolução de Carazinho como cidade e como referência. “No início os trechos eram precários, só tinham ruas de terra, eram muitos buracos, nos bairros o ônibus atolava. Carazinho evoluiu muito. Hoje temos ruas asfaltadas em todos os bairros, por onde os ônibus passam, apesar de ainda termos alguma ruas de terra”, relembra Deolindo Capitânio, atual Diretor da Empresa Glória (EG).
Deolindo Capitânio, diretor da empresa
O objetivo da EG – que cabe ressaltar, desde a fundação foi administrada por uma sociedade familiar – sempre foi de evoluir, crescer, expandir, mas sempre preocupada com o bem comum dos moradores de Carazinho. “Nosso objetivo sempre foi oferecer um serviço de qualidade e para isso, sempre estivemos inseridos na comunidade, sempre preocupados com a questão social”, enfatiza Deolindo, detalhando o intenso envolvimento dos sócios com entidades comunitárias, religiosas e esportivas. A EG tem um papel social relevante na comunidade de Carazinho. Além do cotidiano serviço de transporte coletivo urbano, que já fez com cada carazinhense se deslocasse pelas ruas da cidade mais que uma vez na vida pelo ônibus da Empresa, a Glória é reconhecida com carinho, que é retribuído à comunidade, como por exemplo, em cedência – de forma gratuita – de transporte a famílias carentes em acompanhamentos de funerais. Parte da comunidade carazinhense, a Empresa Glória, que completa seis décadas, evolui com parceiros, como o Grupo Diário da Manhã. “Desde a antiga Rádio Carazinho, depois passando ao Grupo Diário da Manhã, com o jornal e também com a rádio, o crescimento da Empresa Glória passou pelos veículos de comunicação do Grupo, que sempre foi nosso parceiro, levando informação aos nossos usuários, divulgando horários e itinerários”, agradece o diretor, lembrando a passagem do aniversário do Diário da Manhã.
Hoje, a EG percorre mensalmente mais de 110 mil quilômetros, em seus roteiros diários pelas ruas de Carazinho, em 22 ônibus. São 80 funcionários, entre motoristas, cobradores, fiscais, mecânicos, auxiliares de manutenção e limpeza e administrativo. Com sua sede localizada no Bairro Fey, a EG conta em sua estrutura com o Escritório Central (junto à Avenida Flores da Cunha, 5.181), Estacionamento, Garagem, Posto de Abastecimento próprio e Sede Social e de Lazer, além do escritório no Centro da cidade (localizado na Rua Ale-
xandre da Mota). - Sempre queremos evoluir, mas hoje, nosso futuro, o futuro do transporte coletivo urbano, passa pelos entes públicos, pelas esferas governamentais. Há muita dificuldade de manter o serviço com qualidade, porque os custos são muito elevados e temos 30% dos usuários hoje com direito a gratuidade e sem subsídio algum. Alguém tem que pagar essa conta, mas os governos não têm essa visão”, concluiu Deolindo Capitânio, ao analisar os períodos vindouros.
A essĂŞncia de
nosso povo
DIÁRIO DA MANHÃ - CARAZINHO, TERÇA-FEIRA, 30 DE OUTUBRO DE 2018
Por acreditar no poder transformador da cultura e da educação, nestes 38 anos de história, o jornal Diário da Manhã sempre dedicou uma atenção a todas iniciativas e atividades culturais de Carazinho e região. Acompanhamos de perto cada edição da Seara da Canção, as atrações do Natal Alegria, a criação da Fuccar...Vibramos com a apresentação da Ópera “O Guarany”, com a inauguração do Teatro do SESC, do novo prédio do Museu Regional...Comemoramos os lançamentos de obras dos artistas e escritores de Carazinho, aplaudimos de pé as apresentações musicais
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e de dança...Nos orgulhamos dos nossos talentos, dos nossos grupos folclóricos, das nossas invernadas...Retratamos a cultura tradicionalista, italiana, alemã, afro...Criamos um espaço em nossa sede para receber artistas na Semana Farroupilha, promovemos um Encontro de Escritores, trouxemos shows para alegrar a noite dos carazinhenses...Por outro lado, também cobramos em muitas reportagens mais investimento em cultura, mais incentivo para os artistas, mais atenção com o patrimônio histórico-cultural de Carazinho... Entendemos que cultura é toda e qualquer
manifestação artística e criativa, é o cantor da noite, as bandas de amigos, os blocos de carnaval, os artistas de rua, os artesãos, os poetas, a apresentação em uma pequena sala de aula ou em um grande palco, o aplauso de dezenas ou centenas...Por isso, hoje nessa edição especial, estamos trazendo um pouco dessa diversidade. Iniciativas individuais ou de alguns grupos, mas que representam um movimento que a cada dia se fortalece em Carazinho. Para nós que sempre aplaudimos, vibramos e celebramos as iniciativas e manifestações culturais no município e
região, é motivo de muita alegria comemorar nosso aniversário no dia que está iniciando mais uma edição do Festival de Cultura de Carazinho, o Fesca, evento que conta com a parceria do Grupo Diário da Manhã. Uma parceria que demonstra todo o respeito que temos pela cultura, por quem faz ela acontecer e pelo público que vibra e aplaude...E vamos combinar que não existe maneira melhor de comemorar um aniversário do que cercado de talentos e com muita música.
dário, porém, é através dela que brilham nossos olhos, a criatividade e imaginação se aguçam e o conhecimento nos preenche, nos serve de “munição”. É necessário pensar e investir em cultura, pois é através dela que a gente conhece o mundo, que entendemos nossas raízes, entendemos de onde viemos e para onde estamos indo. Para que haja futuro, é preciso existir cultura, seja ela expressada através da música, arte, espaços plurais
e gente. Porque, investir na cultura para o desenvolvimento das pessoas, é o que importa mais.
A Redação
Encantamento Encantamento é a palavra que resume meu sentimento por todas as iniciativas culturais que você vai encontrar neste caderno. Nestes 38 anos de história do Diário da Manhã em Carazinho, faço parte deste time há apenas um, apesar de parecer mais. Há alguns meses, aceitei a incumbência de me dedicar mais às matérias culturais deste jornal, me dedicando a contar histórias sobre o cenário cultural da nossa cidade. Nesse meio tempo conhe-
ci tanta gente interessante, vibrante e com vontade de fazer a diferença que me senti ainda mais feliz em fazer parte disso tudo. Portanto, no decorrer deste caderno, você vai conhecer um pouquinho de todas as pessoas incríveis que eu e minha amiga, e colega de profissão, Isadora Stentzler, conhecemos e agora temos o privilégio de apresentar para o restante da comunidade carazinhense. Sabemos que, por vezes, a cultura pode parecer um assunto secun-
Boa leitura! Isabella Westphalen
Diário é parceiro do FESCA 2018 Serão três noites de apresentações a partir de hoje (30), com a abertura com a categoria infantO juvenil. Amanhã, a categoria juvenil se apresenta e na quinta-feira, a novidade da edição, que são os universitários. Nossa equipe, do Diário da Manhã, vai transmitir as apresentações ao vivo nas redes sociais. por ISABELLA WESTPHALEN isabella@diariodamanha.com
Após meses de preparação e organização por parte da Secretaria Municipal de Educação e Cultura (Smec), em conjunto com a Secretaria Geral de Governo, a 4a edição do Festival Estudantil da Canção de Carazinho (FESCA) finalmente vai acontecer. Hoje (30), a categoria infanto juvenil abre os trabalhos no Rancho Bier, a partir das 20h. Amanhã (31), a categoria juvenil se apresenta e na quinta-feira (1°), os universitários
sobem ao palco. Sendo a grande iniciativa cultural da Administração Municipal este ano, o Grupo Diário da Manhã não poderia ficar de fora desse projeto. Por isso, para aqueles que não puderem comparecer no evento, o Diário estará transmitindo as três noites de Festival através das redes sociais: Facebook, Instagram e Twitter. A parceria entre o Diário e Smec foi pensada justamente para que o FESCA tenha toda a atenção que merece, proporcionando para que a comunidade possa assistir os shows preparados pelos estudantes. Segundo o secretário Geral de Governo, Jorge Dutra, a expec-
Fundador Jornalista Túlio Fontoura (1935 1979) PresidenteS-EméritoS Dyógenes Auildo Martins Pinto (1972 1998) Vinícius Martins Pinto (1997 2003)
tativa para o Festival é “uma das maiores dos últimos tempos”, pois acredita que o FESCA é um grande investimento no cenário cultural de Carazinho, reforçando ainda a apresentação que está prevista para encerrar a última noite, do cantor
mirim Thomas Machado, ganhador do The Voice Kids do ano passado. Mais sobre o FESCA, quem são os participantes, o que irão cantar, e entrevistas com os organizadores do Festival a seguir nas páginas deste caderno especial.
Acompanhe: Twitter: diariodamanhars Instagram: diário da manhã carazinho Facebook: Diário da Manhã Carazinho Site: www.diariodamanha.com
Presidente Janesca Maria Martins Pinto Vice-Presidente Ilânia Pretto Martins Pinto DIRETOR EXECUTIVO Túlio Pretto Martins Pinto
Editora geral: Nadja Hartmann Editor: Rodolfo Sgorla da Silva - MTE 18546/RS www.diariodamanha.com
REPORTAGENS: Isabella Westphalen Isadora Stentzler Anderson Favero Diagramação: Jeferson V. Couto
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FESCA: Um sonho que se realiza A 4ª edição do Festival Estudantil da Canção de Carazinho, o FESCA, começa hoje (30) à noite e é considerado um sonho que se concretiza. Com 34 apresentações divididas em três noites, o evento vem para revelar talentos e fortalecer o cenário cultural de Carazinho
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Abrindo caminhos A 4º edição do Festival está sendo realizada em conjunto entre a SMEC e com a Secretaria Geral de Governo e, segundo o secretário da Secretaria Municipal de Educação e Cultura, Lucas Lopes, resolveram retomar o Festival propondo um novo formato, abrindo a categoria universitária,
do FESCA e abraçaram o projeto, buscando que ele cresça cada vez mais. Sobre o papel transformador da educação aliada a cultura, Lopes afirma que existe um leque de oportunidades para quem sabe abraçá-las e aproveitá-las. “Destaco a importância dos professores nesse processo, porque eles são grandes agentes de transformação na vida dos alunos, porque a gente entende que o jovem gosta de movimento e de inovação”, frisou o secretário, que complementa também, que o FESCA é uma grande oportunidade para que mostrem seus talentos através da música. Transformação e protagonismo Estão participando do FESCA 20 instituições de educação básica e três universidades, categoria que inclusive é uma das novidades da edição, tendo sete concorrentes universitários. Para a assessora de cultura da SMEC, Nanci da Cruz Mafalda, o sentimento é de felicidade, principalmente por ver o envolvimento da comunidade. “Esse chamamento pelo FESCA, nessa retomada, foi ouvida com sucesso. Estamos ansiosos, esse momento é deles, eles brilham, o palco brilha”, relatou a assessora. Sobre o comportamento dos alunos, Nanci
O FESCA para mim é um grande sonho realizado. Achei que ele não seria mais resgatado, mas toda vez que se fala em algo envolvendo a música é a realização do sonho, é o meu trabalho que eu amo fazer
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Flávio Daniel Kolling definindo a banda base e escolhendo um local preparado para grandes apresentações, que é a Bier Site. - Queremos cada vez mais oferecer atividades que promovam o protagonismo das crianças e dos jovens do nosso município. O FESCA é uma oportunidade para isso, pois abre caminhos para que os estudantes invistam em suas carreiras e busquem voos maiores levando o nome de Carazinho - relatou Lopes, que ainda ressalta que existem muitas outras ideias para eventos culturais na cidade, um deles é o Sistema Municipal
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de Cultura, que, de acordo com o secretário, vai abrir portas para a vinda de verbas federais para investir em projetos locais. Segundo o secretário, a espera pelo Festival gera expectativa e ansiedade nos alunos, tanto é que, nesta retomada houve o recorde de inscrições. “Além do rico repertório que os alunos vão apresentar, o simples fato de termos ultrapassado o número de participantes das outras edições já é motivo de vitória para todos nós”, complementou Lopes, que ressalta também que os estudantes e as instituições de ensino entenderam a importância
A palavra é transformação. O protagonismo deles, sair de suas realidades, enxergar o mundo diferente através dessa oportunidade, crescer e se sentir pertencente
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Em todas as oportunidades que tive de falar sobre o FESCA, entrevistando os profissionais responsáveis por organizar o evento, uma frase prevalece na fala de todos: “Retomar o FESCA é realizar um sonho”. No ano passado, quando o Festival não foi realizado, deixou uma dúvida de que se em algum momento ele poderia ser feito novamente. Foi. Está sendo. Todas as fichas e expectativas da Secretaria Municipal de Educação e Cultura (SMEC) estão apostadas nestas três noites e nas 34 apresentações, número recorde até agora e que simboliza o desejo pela cultura e o amor pela música. - Estamos resgatando algo muito importante e é muito bom fazer parte dessa empreitada que o secretário Lucas resgatou esse ano, possibilitando trazer novamente o Festival. A cultura em Carazinho é um desafio, resgatar nos alunos essa vontade, mexendo em estruturas, motivando, realmente saindo da zona de conforto – relatou o especialista em educação musical e diretor artístico da SMEC, Flávio Daniel Kolling, que trabalhou diretamente nos preparativos do FESCA, conversando com os alunos, conhecendo as músicas e buscando incentivar os jovens. Para o diretor artístico, o recorde de inscrições nesta edição mostra a vontade dos alu-
nos em participar, pois além de tudo, Kolling afirma que outra surpresa é a qualidade das músicas escolhidas pelos intérpretes, em sua maioria clássicos da música brasileira. “São músicas que trazem mensagem, transmitem algo para o público, acho isso fundamental. Enquanto nossas crianças estiverem envolvidas com a arte, não terão tempo para outras coisas não tão boas quem sabe”, afirmou o professor, que também acredita que o FESCA é um evento que dá respaldo para esses jovens artistas, com credibilidade e contato com pessoas que tem formação musical. Quando questiono sobre o porque se trata de um sonho realizado, Flávio ressalta o fator emocional que o Festival e a música em si envolve. “Quando se fala em música, eu acho que nós conseguimos atingir a alma das pessoas. A música não é só letra, é sentimento, é para um artista realmente, porque é algo que vem da alma e nos dá alegria trazer de volta esse sonho”, vibrou o diretor artístico, que também frisa que se pode esperar grandes surpresas e belas interpretações.
Para mim esse Festival é mais do que um sonho realizado. Acompanho o FESCA desde o início e via o movimento que fazia dentro das instituições, então, não tenho dúvidas que esta edição vai superar as expectativas
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por ISABELLA WESTPHALEN isabella@diariodamanha.com
Nanci da Cruz Mafalda
Lucas Lopes
ressalta que é perceptível a mudança e empolgação dos alunos, inclusive o comportamento em sala de aula muda, para a melhor. “A partir do momento que fazem parte de projetos como esse, eles também se transformam em sala de aula, justamente porque você da a oportunidade para que esse jovem seja protagonista”, explicou a assessora, que acredita que esse é o papel da educação e da cultura. “Nossa vontade sempre foi retomá-lo” Participando da organização do FESCA desde a primeira edição em 2014, a coordenadora de Cultura da SMEC, Silvana Freitas de Souza, diz lembrar-se da organização desde o primeiro momento e, por isso, caracteriza essa retomada como uma vitória. “A gente sempre lutou. Ano passado tivemos alguns problemas de ordem prática e o FESCA não aconteceu, mas nossa vontade sempre foi retomá-lo”, relatou Silvana, que trabalha na Educação e Cultura municipal há sete anos. Como professora, Silvana afirma que ver o brilho no olho dos participantes e sentir a vontade que eles tem em fazer parte desse Festival é o mais importante. “Isso tudo é ver o sonho da gente de fazer um Festival reconhecido, mas não só pela comunidade,
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você o reconhecimento dos estudantes, antes de entrarem no palco, isso não tem preço”, ressaltou a coordenadora, que também frisa que a parte de acompanhar a preparação dos alunos é o mais importante. Segundo Silvana, a função do FESCA é oferecer essa oportunidade, dar o recurso para que brilhem os talentos na música e que esse é o papel de um educador. “No momento que você é um educador, você é um educador em todos os lugares, queremos que os nossos educandos tenham oportunidades e o FESCA é uma delas”, avaliou a coordenadora. Novidade Além da inserção da categoria dos universitários no Festival, a grande novidade da edição é a utilização da banda base nas apresentações. Segundo a coordenadora, dessa forma possibilita um nivelamento justo a todos os participantes, proporcionando maior qualidade às apresentações. “A gente sentia que alguns participantes saiam em desvanta-
gem pela questão de preparação, uns por não ter condições financeiras, de não conseguir preparar, enfim, existia muita diferença por essa questão”, explicou o proprietário da Musiart, Diego Oliveira, escola de música responsável pela banda base. Essa não é a primeira vez que Oliveira ajuda a preparar artistas do FESCA e, por já conhecer a realidade desses jovens, conseguiu prepará-los melhor. “A banda vai elevar o nível de todos, com certeza, para os jurados também fica melhor, ouvir a voz da pessoa, fica mais organizado”, afirmou o professor de música, que relata que a banda conta com seis músicos, disponibilizando bateria, acordeon, teclado, guitarra e baixo. No ramo da música há anos, Oliveira afirma que o Fesca volta com tudo nesta 4º edição e isso é incentivo para o cenário musical de Carazinho. “Para nós que trabalhamos com música é maravilhoso, é um baita incentivo e surgem talentos”, relatou o músico. Segundo Lopes, a ideia é conseguir inovar a cada ano no Fesca, seja em uma categoria
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nhos é preciso ter dedicação e lutar por isso. Já pensou termos um carazinhense vencedor de um reality show musical? O FESCA pode ser o início de tudo isso”, finalizou o secretário.
Para eles, esse crédito é maravilhoso, se sentem valorizados de estarem apresentando de igual para igual, por isso a gente viu a diferença em ter a banda base
Diego Oliveira Foto: Divulgação
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Silvana Freitas de Souza
nova ou com estrutura diferente, ressaltando a presença do cantor mirim Thomas Machado, vencedor do The Voice Brasil Kids 2017. “Esse é um exemplo de quem já conquistou muito pela idade que tem. Para realizar so-
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Ver essas crianças que não tem oportunidade de, talvez, nunca subir em um palco e, quem sabe, formar um grande artista, isso é o mais importante
Thomaz Machado se apresenta no encerramento do FESCA
Quem são as estrelas do Fesca 2018? O Festival Estudantil da Canção de Carazinho voltou inovando em sua 4ª edição. Um recorde entre todas as edições, foram 34 inscrições para este ano de talentos que irão se apresentar nas três noites do Fesca e prometem emocionar, com um repertório de respeito. O Grupo Diário da Manhã vai transmitir ao vivo nas redes sociais as três noites do Festival e a cobertura completa pela programação na Rádio Diário AM 780 e no jornal impresso. Conheça quem são, por ordem de apresentação, os jovens carazinhenses que despertaram para a música e enriquecem o cenário cultural em Carazinho: por ISABELLA WESTPHALEN isabella@diariodamanha.com
Categoria Infantojuvenil
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Categoria Juvenil
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Categoria Universitária Os universitários são a novidade desta edição. Inclusive, segundo a coordenadora de cultura, Silvana Freitas, a participação das universidades já era um pedido antigo para o Fesca, demanda atendida na edição deste ano.
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Raízes fortes no tradicionalismo
Acho que mais importante que manter o tradicionalismo nas pessoas é manter a vontade de conhecimento, manter a vontade de saber de onde veio. Tenho muito orgulho de onde vim, da minha tradição
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Gabriel Selvage
Elevar a nossa história por onde passo é motivo de orgulho pois represento um povo forte, aguerrido e bravo. Me sinto feliz de ter nascido gaúcho
Pedro Américo
“Só sabe para onde vai, quem respeita de onde vem”
O músico não-me-toquense Gabriel Selvage, também é um dos grandes admiradores do tradicionalismo e tem uma bela trajetória nesse aspecto. Para Selvage, Carazinho, a exemplo de grande parte do Rio Grande do SUl, tem raízes fortes no tradicionalismo e acredita que neste momento surge uma nova geração de gaúchos, uma juventude que demonstra esse orgulho de cultivar as tradições. “Eles tem Foto: Arquivo Pessoal
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história de Carazinho começou com a passagem dos tropeiros por essa terra, quando iam em direção a São Paulo, com suas tropas e deixando marcas que até hoje são lembradas. Segundo o presidente do Conselho Municipal de Tradições Gaúchas de Carazinho (CMTG), Pedro Américo, as raízes do tradicionalismo são fortes no município e que, inclusive, temos aqui o Centro de Tradições Gaúchas Pedro Vargas, o mais antigo do Estado. - O Pedro Vargas foi uma semente que, como passar do tempo germinou e fez com que surgissem outras entidades gradativamente. Aqui temos tradicionalistas de caráter forte e que sabem conduzir as entidades com galhardia, dentro da ética moral e dos bons costumes - afirmou Américo, que também conta que hoje, em Carazinho, exsitem 15 entidades plenas entre CTGs, piquetes, quadro de laçadores, grupo de cavalgadas, entre outros e que fazem parte do CMTG, segundo ele, demonstrando a força do tradicionalismo. “Somos rico em talento artístico e cultural, sendo muito respeitada na 7º Região Tradicionalista, a qual Carazinho pertence. Um gaúcho exemplar, seu Américo afirma que a importância de manter viva a
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tradição é justamente pela história e legado que se mantém. “Nossos antepassados deram o sangue por este chão, coube a nós a parte mais fácil desta história, ensinar aos jovens o quanto é rico nosso Rio Grande em arte, cultura, culinária e agora a história continua escrita por nós”, frisou o presidente. Com uma trajetória que ele mesmo caracteriza vir de berço, por sempre ter gostado “das coisas do Rio Grande”, como ele mesmo caracteriza, Americo afirma nunca ter aberto mão de sua raiz forte no tradicionalismo, da qual tem muito orgulho. “Me dedico desde 2001 ao CTG Unidos Pela Tradição Riograndense, sou um dos fundadores e ainda faço parte da patronagem como membro do conselho de vaqueamos”, relatou Americo, que afirma, com certeza, de que vai seguir passando para as futuras gerações essa paixão, pois acredita que só assim pode-se manter viva a chama da tradição.
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por ISABELLA WESTPHALEN isabella@diariodamanha.com
Foto: Arquivo | Diário
O cenário cultural local voltado para a tradição gaúcha é muito forte. São cerca de 15 entidades que cultivam o tradicionalismo através de alguma atividade, buscando passar esse amor pelo Rio Grande de geração em geração
cuidado com isso, se sentem mais a vontade de participar do CTG, das atividades, enfim”, relatou Selvage. Gabriel é um artista e afirma ter se apaixonado pela música ainda criança, tendo em vista que foi criado tocando música gaúcha, latino-americana. “Tem uma frase do músico e poeta gaúcho, Angelo Franco, que diz que só sabe para onde vai quem respeita de onde vem e eu acho que é mais ou menos por aí, acho que a geração atual tem que tomar esse cuidado de conhecer bem sua história”, afirmou o músico, que acredita também que participar de um CTG, muitas vezes, não tem nada a ver com preservar a tradição. “A tradição é preservada de muitas maneiras, acho que temos que buscar conhecer, através dos livros, das pessoas, conversar com os mais velhos, através da experiência e aí colocar em prática tudo que se ouve, eu sou um apreciador da tradição”, salientou Selvage. História
Ainda falando sobre o papel da juventude no tradicionalismo, o músico afirma que, cerca de 20 anos para cá, os CTGs se tornaram um ponto de encontro para esses jovens, que se identificam e gostam de estar ali. “Meu pai sempre foi um homem que gostou muito das tradições gaúchas, foi músico, radialista, tinha um programa de música gaúcha, então, eu comecei a participar do CTG muito cedo, minha mãe também era envolvida, meus
amigos”, contou Selvage. Começando assim, depois o músico seguiu no CTG por vontade e gosto próprio, inclusive, desde criança tinha paixão por cavalos. “Comecei a laçar, depois tocar violão, tocava para os grupos de invernada, de dança, enfim, depois comecei a montar em gineteada, aprendi a domar, trabalhei com cavalos alguns anos até que decidi sair da região para trabalhar com música”, relatou o violonista, que explica que andou de um polo a outro dentro das tradições, desde a parte artística até a parte campeira. Hoje, Selvage leva a música regional por onde vai, com seu repertório tradicional regional e folclórico, vertente na qual acredita muito e se inspira para fazer seu trabalho. “Eu acredito no folclore porque é ele que conta sobre o dia-a-dia das pessoas, os costumes”, contou o músico, que afirma nunca ter pensado em fazer música para virar parte da história ou algo assim, começou por se um apaixonado pela música. “Fui estudar ela a fundo, para saber como era, porque é o grande amor da minha vida”, salientou. Selvage também vive uma novidade atualmente, se tornou pai de uma menina e afirma que as coisas boas da tradição, com certeza, vai repassar a ela. “Acho importante que a gente cultive as coisas boas que os povos criam e alimentam com o passar dos tempos, para que possamos ser seres humanos um pouco melhores”, frisou o músico.
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FOTOS: Isabella Westphalen | Diário
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Um propósito na música Música é poesia, legado e, principalmente, propósito. Pelo menos é assim para os quatro amigos da Fellowz Produtora, que apesar do pouco incentivo na cena musical carazinhense, vem trabalhando para viver de música e fortalecer artistas locais
C
om brilho nos olhos de quem tem alma, jeito e carisma de artista, Wagner Berwig, 30, Guilherme Siqueira da Silva, 30, Vinicius Siqueira Cigognini, 26, e Guilherme Padilha, 22, me receberam no estúdio novinho da Fellowz Produtora, que fica na casa em que os quatro moram juntos, em Carazinho, e onde já começaram a dar seus primeiros passos na produtora, que, se não for a única, é uma das poucas que existem na cidade. Por iniciativa independente, a Fellowz nasceu pelo desejo de promover transformação através da música. O publicitário e produtor musical, Wagner Berwig, é quem começou contando como surgiu a ideia e a vontade de investir nesse sonho que começou há pelo menos cinco anos. “A produtora
começou como uma ideia de projeto cultural, há uns cinco anos, queríamos trabalhar dentro da área musical essa questão da cultura, tentar trazer acesso, dar oportunidades”, relatou o produtor, que diz que sem apoio financeiro não foi possível sustentar o projeto na época. Após amadurecer a ideia, inicialmente junto com o amigo e músico, Vinicius Siqueira Cigognini, notaram que era preciso financiar todo esse trabalho, buscando incentivar a cultura no cenário local e achar um meio de viver disso. “A gente queria fazer isso acontecer, então, na produtora a gente tem os serviços que existiam na parte cultural do projeto inicial e agora podemos ganhar algo em cima disso e aí sim, ter retorno para investir na parte cultural”, explicou Wagner, que conta que o lançamento oficial da Fellowz vai ser logo e que tudo que eles vem fazendo pode ser acompanhado pelo Instagram.
Vinicius, Wagner, Guilherme Padilha e Guilherme Siqueira querem trazer inovação com a Fellowz, para o cenário musical de Carazinho e região
“
Nossa ideia é continuar apoiando esses artistas que têm carência de oportunidade e vender esses serviços para quem tem condições de adquirir, investindo na cultura e mantendo isso
“
por ISABELLA WESTPHALEN isabella@diariodamanha.com
Wagner Berwig
Serviços
- A gente faz o acompanhamento que o artista precisar, a parte da produção musical, de clipe, planejamento de carreira, assessoria de datas, fazendo conexões com as casa de festas da região, conseguindo vender esses eventos - relatou Berwig, que também salienta que o primeiro lançamento é uma parceria entre dois mc’s de Carazinho, um deles membro da produtora, o músico Guilherme Padilha. Uma das maneiras que o grupo também notou que poderia aproveitar, é através da parte jurídica do assessoramento, buscando rentabilizar os direitos autorais de cada artista. Para isso, contam com o auxílio da advogada Luana Dreyer, que também afirma ter ampliado seus horizontes através da música. “Eu acredito no projeto deles e gosto muito de música, as letras, a mensagem. Já mudei meus pontos de vista através da música e eu acho que isso pode mudar vidas sim”, relatou Luana. Segundo Wagner, que é namorado da advogada, a chegada de Luana não colabora só no que diz respeito ao amor, mas sim na parte de direitos autorais, pois se trata de uma das maiores fontes
de renda para artistas atualmente. “É um meio também de ganhar com isso, através dos direitos dessa propriedade intelectual, onde a Luana vai poder nos ajudar”, comentou o produtor. Irmandade e transformação através da música
Conversei com o grupo no estúdio, em meio ao clima de animação, cumplicidade e parceria que os quatro compartilham. Na fala de todos existe uma afirmação em comum: Vontade de promover transformação social através da música e da cultura. E viver disso. Ter prazer em realizar isso. - A produtora acabou sendo um ponto em comum entre a gente, começou como projeto cultural e depois veio se construindo como forma de sustento. Ter esse viés, de ser algo para somar com as pessoas, não só na nossa vida e no nosso crescimento, mas para todos que desejam viver disso também relatou o produtor Guilherme Siqueira da Silva, que somou a ideia e, segundo Berwig, veio trazendo o que faltava para que a produtora de fato existisse. “O Gui é meu amigo de anos e ele sempre fez parte da evolução do projeto, acreditou nisso. Aí o que faltava veio junto com ele, tanto nessa questão de braço direito, quanto a sociedade, para contribuir com toda a parte que faltava”, disse o publicitário. Para Guilherme, que também é professor, juntar a ideia de fazer música com o seu projeto de vida foi algo que sempre esteve presente, como uma conexão entre todas as partes, afinal, afirma sempre ter acreditado na ideia dos amigos. “Essa foi uma maneira que a gente encontrou de mudar o rumo da vida e da música em Carazinho. Acho que temos que ter uma perspectiva mais ampla e a produtora
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É poder transformar o mundo, acho que tudo que nos acresce a gente tem que devolver para o mundo, é importante ter essa consciência e isso é algo da produtora, trabalhar com um propósito
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Vinicius Siqueira Cigognini
é algo que veio abrir esses horizontes, como um caminho e uma ideia forte”, refletiu o professor. Sobre a perspectiva do que a música é capaz de fazer, Guilherme carrega consigo o ensinamento de que se trata de uma ferramenta de transformação, capaz de fazer refletir, criticar e mudar realidades. “Tem muito rap, por exemplo, que consegue atingir bem mais com a sua mensagem do que um artigo científico, além de que, acreditar no potencial da produtora é o meio mais satisfatório para as coisas acontecerem nas nossas vidas”, disse o professor. Forma de resistência
“A importância dessa ideia da produtora ter resistido foi crucial pra mim”, começou relatando um dos músicos da produtora, Vinicius, que afirma ter descoberto na música uma forma de viver, sendo algo que lhe faz verdadeiramente feliz. “Todo músico sabe que para ser
independente é difícil, é complicado mostrar o trabalho, às vezes não consegue desenvolver. Eu mesmo já desisti umas três vezes, mas acabei voltando e os guris também sempre me incentivaram a seguir”, relatou Vinicius. Sobre a Fellowz, Vinicius reafirma o compromisso e seriedade com que a produtora lida com esse trabalho, fornecendo o conhecimento e material necessário para que o cenário musical se fortaleça, pois apesar da ideia ser expandir isso para fora de Carazinho, o desejo é de manter a raiz aqui. “A gente é resistência hoje e a música é uma perspectiva diferente de ver o mundo, é algo que liga o ser humano, porque a pessoa pode não se sentir conectada com teatro, pintura, dança, mas todo mundo escuta música”, frisou o músico, que acredita também que seu papel nisso tudo é deixar um legado, porque a mensagem que a música transmite não morre.
“
vida, é uma forma de transformação”, complementou o músico. É possível viver de música
Após adquirirem tudo com calma, respeitando a caminhada que tiveram até aqui, o grupo hoje pode olhar para trás e dizer que valeu a pena o trajeto, enxergando, e valorizando, os tantos talentos que existem em Carazinho. - A música trouxe uma possibilidade em comum, de busca por algo melhor para todos nós e, quando você consegue entender o real sentido dessa busca, consegue enxergar a possibilidade de abraçar a música e fazer algo com ela, transmitir uma mensagem e viver disso, estamos aqui para provar essa possibilidade - refletiu Wagner, que ressalta que o desejo do grupo é conduzir esse trabalho de uma forma positiva, abrindo portas, aprendendo e proporcionando conhecimento, sobre essa “loucura” que é fazer o que se ama.
Cada um de nós aqui a música transformou, foi um aprendizado. Para mim, a música é onde me expresso, onde eu faço uma letra que possa tocar corações
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“
Para o MC, Guilherme Padilha, a música também veio muito cedo. De 13 para 14 anos, afirma que já escrevia algumas coisas e se dava bem com a parte das rimas, se identificando com o rap. Mesmo sem ter fé no cenário da região, seguiu produzindo, até que conheceu Wagner e as coisas foram acontecendo. “A gente se conheceu através da música, eu conheci o Wagner e fechei com ele, comecei a acreditar mais não como um hobby, mas como um trabalho, de dedicação, correr atrás”, comentou Guilherme, que afirma estar aprendendo cada vez mais sobre música, justamente pela possibilidade da produtora. Agora, a carreira na música faz parte do sonho do MC, pois ele consegue visualizar que é possível fazer e mudar, inclusive, enxerga que seu desempenho como músico melhorou depois que começou a participar do projeto. “Fiquei motivado como profissional, elevar meu conhecimento. Música para mim é
Guilherme Padilha
Biblioteca de Carazinho comemora Dia do Livro com empréstimo de mala literária Projeto que existe há dois anos incentiva leitura no comércio
Biblioteca Pública Dr. Guilherme Schultz Filho comemorou o Dia do Livro, terça-feira (29) com o empréstimo de uma mala literária à loja Schuster & Medeiros. O projeto que existe há dois anos no município já alcançou diversas empresas e visa manter a tradição da literatura viva no município. De acordo com o coordenador da Biblioteca, Lúcio Martins Pinto, a atividade foi pensada para alcançar funcionários de empresas que não têm tempo de irem ao espaço público retirar livros, mas
que gostam de ler. – Nós disponibilizamos 30 livros de diversos gêneros na mala literária. Como o trabalhador, devido ao trabalho, não consegue ir até a Biblioteca, nós levamos os livros até eles para que, durante 30 dias, se aventurem nas obras entregues. BIBLIOTECA
Com uma área total de 495 metros quadrados distribuídos em dois andares, a Biblioteca Municipal está localizada na Avenida Pátria, número 177, e
existe desde o dia 29 de agosto de 1972, quando foi fundada pela lei municipal nº 2.467, na gestão do prefeito Armindo Xavier da Cruz. A denominação “Dr. Guilherme Schultz Filho” veio só oito anos depois, devido à lei 3.157, que prestou uma homenagem ao advogado e poeta gaúcho falecido em 1976. No espaço atual, a biblioteca é composta pela coordenação administrativa, supervisão pedagógica, setor de atendimento ao público, recepção, acervo, telecentro, setor de memória e setor de processamento técnico.
ASSOCIE-SE Para se associar à Biblioteca Pública Dr. Guilherme Schultz Filho é só comparecer ao balcão de empréstimos da Biblioteca com documento de identidade e um comprovante de residência. Menores de 12 anos precisam estar acompanhados dos pais ou responsável. O horário de atendimento é de segunda a sexta-feira das 8h às 11h30min e das 13h30min às 17h15min, com exceção nas quartas-feiras pela manhã, em que o expediente é interno. Empresas interessadas em participar da mala literária também podem solicitar o material pelo telefone (54) 33296440.
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FOTOS: Tainá Binelo | Diário
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Casa de Cultura
e de afeto
No final de 2016 nasceu a Arteria, uma casa de cultura independente em Carazinho, criada a partir do desejo de jovens de integrar, acolher a diversidade e proporcionar uma transformação através da cultura
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A Arteria é uma ideia que cabe em todos os corações que acreditam na mesma coisa: mudança através da cultura”, começou me explicando a professora de história e uma das coordenadoras da Arteria, Bruna Anacleto. Inclusive, Bruna é uma das mentes, e dos corações, que pensaram a Arteria inicialmente, justamente pela necessidade de que existisse um espaço no qual as pessoas pudessem se sentir livres, acolhidas e onde pudessem se expressar. Nesse período em que está na ativa, a Arteria já recebeu artistas, realizou brechós, debates, exposições, diversas oficinas, teatro, entre outras iniciativas, em sua maioria de forma gratuita. Apesar de existir há um tempo, muitas pessoas ainda não conhecem ou não investigaram a fundo para saber, e entender do que se trata a Arteria, que pelo simples fato de existir já é um diferencial em Carazinho. “Todo mundo que
Com vários espaços, a Arteria recebe artistas, exposições, debates, brechó, troca e compra de livros e eterniza seus momentos em um mural de fotos colocado em uma das portas do lugar
chega vem se somando a nós, nossa ideia é que seja para todo mundo, todas as idades, é um local que surgiu para dar voz para quem se sentia, talvez, sem espaço. Acho que todo mundo que entra aqui e participa é porque tem vontade de poder fazer alguma coisa”, comentou Bruna, que ressalta que o discurso da “falta do que fazer” também foi um dos incentivadores para que a Arteria existisse. A sede da “casinha”, como é carinhosamente chamada a Arteria, fica no centro de Carazinho e se tornou um local também de resistência, tendo em vista que se trata de uma iniciativa independente, que se sustenta de doações e colaborações dos coordenadores e amigos, sem nenhum tipo de colaboração pública ou privada. “Nosso problema sempre foi financeiro, porque precisamos de apoiadores fixos, enfim, estamos pensando também em fazer a possibilidade das pessoas se associarem e venham nos eventos, nas oficinas, enfim”, relatou Bruna, que também convida a todos para visitarem a Arteria, que abre toda segunda, quarta e sexta-feira, a partir das 15h30, além dos eventos que geralmente são anunciados nas redes sociais da Arteria. Além de ser um espaço de encontro, aberto ao público, a Arteria também possui frentes nas quais atua, como o grupo de debate “Por Elas”, composto por mulheres e que surgiu para falar sobre questões referentes a causas, projetos e debate. “Temos a Traçaria, que é o sebo de livros, o grupo de literatura, o brechó, teatro, sarau, oficinas nas escolas e o cinedebate”, contou Bruna. Iniciativa de mudança Sendo um dos poucos espaços culturais de Carazinho, a Arteria se propõe ao debate de diversos temas, ao conhecimento, a troca de experiências e o incentivo a cultura e a importância disso se dá, principalmente, quando a direção é a juventude. “Acho que a Arteria tem que se manter porque é um lugar, sobretudo, de afeto. Ter um lugar
onde as pessoas se sintam bem, não precisem se esconder, se censurar e possam compartilhar é fundamental, as coisas só mudam e evoluem assim”, frisou a coordenadora. Também um dos pensadores da Arteria, o coordenador Felipe Granville – que também é responsável pelo setor cultural do SESC Carazinho - se emociona ao falar da história do local e de tudo que já foi feito ali até então. “Envolve tantas sensações falar da Arteria, eu fico emocionado, porque muita coisa que a gente fez aqui foi inédito, não por causa da gente, mas por causa da cidade, das pessoas que precisavam de visibilidade”, reforçou Granville. Para o artista e colaborador, Rafael Madvision, a necessidade de que a Arteria se mantenha firme é
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A Arteria é importante para que a identificação com a cidade se crie, para que exista representatividade
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por ISABELLA WESTPHALEN isabella@diariodamanha.com
Felipe Granville justamente pelas portas abertas que proporciona. “Aqui tem cultura, literatura, liberdade de expressão, você pode conhecer gente nova, artistas podem mostrar seus talentos e não existe isso em outro lugar aqui em Carazinho. Temos que lutar para manter isso aqui, para que as pessoas saibam que nós existimos”, opinou o artista. A cultura como forma de humanizar Para o professor e responsável pela parte literária da Arteria, Jair Pereira Junior, o trabalho da Arteria é de propagar conhecimento e acredita que essa é a chave para o desenvolvimento. “Eu amo Carazinho, embora eu trabalhe fora não quero sair daqui, acredito que a cultura é uma forma de humanizar as pessoas e Carazinho precisa
dessa humanidade, olhar diferente para a arte”, relatou o professor. Um positivista, como ele mesmo se considera, Junior reafirma acreditar no poder que a Arteria tem, no alcance e na extensão. “Se acaba a Arteria, acabam-se os sonhos das pessoas que se dedicam para que esse lugar existe. Mas, eu sou um positivista, eu acredito que a Arteria vai estar por muito tempo aí”, afirmou, sorrindo, o professor. Para a coordenadora Ediane Vogt, a Arteria deve se manter para que os recursos de conhecimento sejam multiplicados. “A maioria do público que frequenta aqui são adolescentes, que poderiam estar em outros lugares, fazendo outras coisas talvez erradas, e aqui eles tem um espaço saudável, então, temos que fazer de tudo para manter esse espaço, somos recurso”, salientou a coordenadora, que ainda complementou que toda ajuda e parceria é bem-vinda na Arteria.
Valorizando a arte local Para a colaboradora Giulia Giacomini, o que mais lhe encanta na Arteria é a possibilidade de conhecer novas pessoas e abrir espaço para a arte local. “Aqui a gente conhece novas histórias, as vezes não são valorizados os artistas daqui e tem muita gente boa, desenvolvendo a cidade para continuar crescendo”, relatou Giulia, que também relatou que a Arteria é um refúgio. “Tudo que acontece ali fora, não atinge aqui dentro. Aqui a gente pode ser quem a gente é mesmo”, complementou. Como um artista independente, e também frequentador assíduo da Arteria, o músico Luiz Freitas, fez grandes amizades na casinha e acredita na necessidade da existência do local pelo seu viés ideologico. “A cultura é a maior ferramenta que temos de transformação de pessoas e eu acho que a Arteria cumpre esse papel, talvez seja o único lugar que cumpre esse papel através da cultura”, relatou o músico. Segunda casa “A Kau está enraizada aqui”, afirmou a estudante de jornalismo, admiradora e frequentadora da
Arteria, Andressa Wentz, ao se referir a amiga Kauana Camargo, carinhosamente chamada de “Kau” pelos amigos, que frequenta a Arteria desde o dia da inauguração. “Eu vim de curiosa mesmo e fiquei. Aqui é praticamente minha casa, é uma segunda casa e significa muito para mim esse lugar, principalmente por eu ser artista e não ter onde expor minha arte, então a Arteria é um incentivo”, contou Kauana. O carinho entre Kau e a Arteria é recíproco, se sente no olhar e no aconchego que a artista encontra no local. “Aqui eu me senti compreendida, essa é a palavra. Se a Arteria não existisse eu não teria onde me expressar, quem sabe teria desistido da arte, me colocando nesse mundo monótono, aqui eu encontro força”, ressaltou a estudante, que salienta também que a casinha deve resistir justamente por isso, para que pessoas como ela, encontrem seus lugares e se expressem. Para Andressa, presente e atuante nos eventos da Arteria, o local é de extrema importância, pois acredita que a presença de casas culturais que permitam manifestações são essenciais em tempos como esse. “A galera que vem aqui tem dificuldade de ocupar outros espaços, quem vem aqui se identifica, então, esse espaço possibilita voz para as pessoas”, frisou a estudante de jornalismo.
A Arteria é composta hoje por cerca de 12 pessoas, que colaboram e ajudam de alguma forma, porém, afirmam que a casa está sempre aberta para quem quiser se somar a eles
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FOTO: Isadora Stentzler | Diário
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A morte de um filho que inspirou um museu Reinaugurado em 2008, museu Olívio Otto ainda guarda peças de 1957 que homenageiam o filho de Otto por ISADORA STENTZLER isadora@diariodamanha.com
A
família Otto ainda morava na grande casa azul de largas janelas brancas quando o filho do casal, Antônio Carlos Otto (Negrão), morreu em um acidente de avião no aeroclube de Carazinho, em 1957. Com um pedaço da ponta da asa que estava intacta, Otto não deixou seu filho morrer com a tragédia e lado a lado a pertences do guri começou um acervo que 61 anos depois ultrapassa 30 mil peças. Localizado ao lado da prefeitura de Carazinho na avenida Flores da Cunha, o moderno prédio com janelas de película escura carrega dentro de si a história do município de quando era apenas uma vila de passagem para os tropeiros. Nos seis espaços divididos em dois andares, o museu guarda peças que se confundem com a história de Carazinho e ajudam a contar sobre um tempo em que não há mais testemunhas oculares. Elas são divididas em dois principais eixos. Um dos espaços é dedicado aos aspectos naturais do município. Chamado de
Núcleo de Ciências Naturais, ele possui um acervo com representações da fauna, flora e minerais que são registros permanentes da biodiversidade carazinhense. Ali também se desenvolvem ações educativas vinculadas a exposições, a fim de difundir o conhecimento científico e promover a conscientização ambiental por meio de oficinas e projetos. Em outro espaço, as questões sociais da região ganham forma no chamado Núcleo de História e Cultura. O setor procura no desenvolvimento de pesquisas a formação de exposições de longa duração, temporárias e itinerantes, com foco na história local. Como no Núcleo de Ciências Naturais, também são desenvolvidas oficinas com temas relacionados aos das exposições, que ocorrem em parceria com a ação educativa. Pena, lamenta o responsável pelo espaço, historiador Cláudio Damião Braun, é a falta da cultura de visitação do museu no município. Segundo ele, de 5 a 6 mil pessoas passam pelo museu por ano, mas a maioria dos visitantes ainda é estudante, que vem em visitas com a escola, ou pessoas de outras regiões. – Nosso público principal é de estudantes.
O espaço com os animais é um dos que mais chamam a atenção de crianças durante as visitas
Acredito que precisamos incentivar mais a visita do público de Carazinho: cidade privilegiada por ter um museu desta qualidade. O público dos sábados a tarde geralmente é formado por famílias, o que nos alegra muito, principalmente quando percebemos que os filhos que vieram durante a semana visitar o museu com a escola trazem seus pais, avós, irmãos ao museu. Isto é um sinal que nossa instituição é significativa e que marca a vida de nossos visitantes. Também boa parte do público dos sábados é formado por pessoas de outro municípios, o que demonstra nossa importância regional como centro cultural – contextualizou Braun. Em 29 de agosto deste ano, o museu fez oficialmente 46 anos. A data representa o período em que ele foi institucionalizado e trazido para o berço da prefeitura, que o mantém e realiza reparos. Só neste ano, por exemplo, foram instaladas 12 câmeras de videomonitoramento para segurança do acervo e feito reparos no telhado para evitar infiltrações de água. – O museu é o principal centro de preservação da história e memória de nosso município, exercendo um significado extremamente relevante. É um lugar de conexão entre passado, presente a caminho do futuro. Olhar o passado é ver o que já foi feito, possibilitando aperfeiçoarmos o presente e projetarmos nosso futuro – destacou Braun, que enquanto via crianças passeando pelas exposições do museu frisava que o trabalho não é para a geração dele, mas para que a futura não perca sua história. As visitas no museu podem ser feitas de terça a sexta-feira, das 8h30 às 11h30 e das 14h às 17h, aos sábados das 14h às 17h, ou agendadas pelo telefone 3330 2699, ramal 152.
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Fotos: Arquivo Pessoal
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Carazinho e Passo Fundo
possuem únicos núcleos da Acanne do RS Associação de capoeira originária de Salvador está há dez anos no município por ISADORA STENTZLER isadora@diariodamanha.com
E
nquanto os batuques do pandeiro e o tambor compassavam o som dos dois berimbaus, dois jovens lutavam capoeira no meio de uma das salas da Fundação Cultural Carazinhense (Fuccar). Iam ao mestre Valdir Leonardo, conhecido como Jamaica, e, em seus pés, como que em reverência, pareciam pedir forças a quem os ensinou a arte dos negros ancestrais. A luta também era dança, também era brincadeira, também era jogo, e nos sorrisos dos dois ao centro da roda não via-se nada que não fosse respeito. Mesmo de pernas para o ar, ou de pés apontados ao oponente nunca tocado, sentia-se a paz que unia o grupo de seis pessoas em uma noite de sexta-feira. Algo que passava longe dos preconceituosos ataques que já criminalizaram a capoeira e a história dos negros que a trouxeram. O professor Jamaica, que puxava os cantos tocando berimbau e protegendo seus dreads com uma touca, saudava em suas palavras a esses ancestrais e agradecia a entrega de todos, sem revelar que
para estar onde estava também teve que resistir. Por iniciativa do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e do Ministério da Cultura, a capoeira foi reconhecida, em de julho de 2.008, como patrimônio cultural imaterial brasileiro. Pesam nisso as representações da cultura afro-brasileira, as práticas, a forma de ver e pensar o mundo, as cerimônias (festejos e rituais religiosos), as danças, as músicas, as lendas e contos, a história, as brincadeiras e modos de fazer (comidas, artesanato), junto com os instrumentos, objetos e lugares que lhes são associados – cuja tradição é transmitida de geração a geração pelas comunidades tradicionais brasileiras. Em Carazinho, embora outros grupos já tivessem existido, a capoeira despontou a partir de 2002, quando Jamaica encabeçou o projeto que hoje já foi ramificado em cinco cidades – Colorado, Lagoa dos Três Cantos, Tapera, Ibirubá , Selbach e Carazinho – com mais de 800 crianças e adolescentes participantes. A história do professor junto a essa arte se converte em um relato de alguém que precisou desmistificar os preconceitos da
capoeira à própria família. – Hoje vejo muitos alunos que treinaram comigo, que hoje são pais de família, aplicando na educação dos filhos coisas que aprenderam com a capoeira. Coisas que levam para o dia a dia deles também. Uma forma de se fortalecer para lutar contra o sistema opressor. Um sistema que todos nós vivemos. Claro, todos nós vivemos dentro do sistema, mas o que não pode acontecer é a gente se corromper dentro desse sistema. Podemos viver no sistema, mas não compartilhar dele – frisa Jamaica, com as mansas palavras de quem se dirige aos outros sempre como irmão ou irmã. ACANNE Há dez anos, Jamaica também conseguiu instituir junto à Fuccar a Associação de Capoeira Angola Navio Negreiro (Acanne), criada em 1986 pelo Mestre Renê Bitencourt, em Salvador, herdeiro dos mestres Paulo dos Anjos, Canjiquinha e Aberrê, que se dedica à transmissão dos fundamentos tradicionais da capoeira angola. Hoje, o grupo em Carazinho possui cerca de 30 membros, e, junto com a associação em Passo Fundo, representa os únicos núcleos dessa associação no estado
Há dez anos, Jamaica também conseguiu instituir em Carazinho junto à Fuccar a Associação de Capoeira Angola Navio Negreiro (Acanne)
do Rio Grande do Sul. Para Jamaica, uma conquista, diante dos valores morais que são passados por esta cultura. – Pois na capoeira eu não jogo contra o meu adversário, eu jogo com o meu adversário para que eu possa desenvolver essa troca. E quando foge disso já não é mais capoeira, é violência. Pois capoeira
é respeito ao próximo, integridade ao próximo. Se eu não cuidar do meu colega eu não vou ter com quem jogar, então tenho que cuidar do próximo. E esse cuidado se reflete no nosso dia a dia. Então não vemos o nosso próximo como inimigo – destaca, deixando as portas abertas para que mais carazinhenses conheçam esta arte.
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Foto: Divulgação | FUCCAR
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Desperta Carazinho é a aposta cultural da FUCCAR para 2019 Projeto será constituído a partir de recursos da Lei Rouanet e consiste na realização de oficinas culturais e elaboração de materiais que ressaltam os sítios históricos e culturais do município Por ANDERSON FAVERO Anderson@diariodamanha.com
S
e depender das iniciativas da Fundação Cultural Carazinhense (FUCCAR), o ano de 2019 deverá ser um marco cultural no município de Carazinho. A entidade que nas últimas duas décadas vem sendo uma das maiores promotoras das artes no município está com um audacioso projeto a ser executado no próximo ano. Trata-se do “Desperta Carazinho, movimentos em favor da arte e da cultura”, iniciativa já aprovada pelo Ministério da Cultura (MinC) e que consiste na captação de recursos através da Lei Rouanet para o desenvolvimento de oficinas dentro da modalidade das artes visuais. - O projeto foi constituído nos primeiros meses deste ano e pensamos em uma proposta para privilegiar a nossa cidade nos aspectos social, histórico e cultural, pois temos uma riqueza muito grande a ser explorada nesse sentido – explica Nelci Ehrhardt, curadora da FUCCAR e uma das responsáveis pela elaboração do projeto. Com orçamento de R$ 296 mil autorizado pelo MinC, o Desperta Carazinho irá promover oito oficinas artísticas voltadas a estudantes da rede pública e demais interessados no tema. As capacitações possibilitarão trabalhos com cerâmica, lixo tecnológico, madeira, pitura, desenho, entre outros. As atividades serão conduzidas sob a responsabilidade da artista plástica Ilse Ana Piva
Paim, que contará com o apoio de uma equipe de professores na condução dos trabalhos. Além disso, haverá atividades de reconhecimento dos sítios culturais do município, como igrejas, museu, praças, monumentos, parques e reserva da araucária. Para tanto, serão realizadas visitas com os grupos interessados nesses locais. Outra atividade prevista pelo Desperta Carazinho é a criação de outdoors de grande porte a serem colocados nos acessos Norte e Sul da cidade, como incentivo ao turismo. Neles, estarão expressos os marcos culturais e históricos do município. Também serão elaborados periódicos a serem encartados na mídia impressa com a descrição dos sítios culturais. Os registros das oficinas, por sua vez, servirão de base para a confecção de cartilhas a serem distribuídas nas escolas, centros de educação, bibliotecas, universidades, órgãos públicos e ONG’s. - O Desperta Carazinho visa promover um novo olhar para os nossos bens históricos e culturais que são muitos, mas, infelizmente, acabam ficando obscuros, descuidados e até destruídos. Nesse sentido, é importante não deixar o circo pegar fogo para depois valorizá-lo, a exemplo do que ocorreu neste ano com o incêndio no Museu Nacional do Brasil, no qual perdemos muito de nossa história. Então, nosso projeto vem para valorizar a questão da cultura em nosso município – ressalta Nelci. Andamento do projeto Conforme explica Nelci, neste segundo semestre de 2018, o projeto está em fase de divulgação e captação de recursos. “Desde o início, pensamos em um orçamento enxuto porque sabemos da dificuldade que é captar recurso em
nosso país. Acreditamos que esse valor que não chega a R$ 300 mil é possível de ser captado em nosso município e já percorremos mais de 100 locais explicando nosso projeto. As pessoas têm se mostrando bastante receptivas e abertas a colaborar conosco. E esperamos que, de fato, nos ajudem nessa construção”, diz a curadora da FUCCAR. Nesse contexto, tanto pessoas físicas ou jurídicas poderão destinar ao projeto até 6% do imposto bruto devido, que será totalmente compensado quando ocorrer o ajuste fiscal, desde que o depósito seja
feito até o mês de dezembro de 2018. O ajuste, no entanto, começa em abril. - É uma forma de antecipação do imposto que depois será totalmente compensado, seja através da dedução do imposto de renda ou se houver imposto a restituir, também será acrescentado nisso – reforça Nelci. As atividades do projeto só poderão iniciar quando 30% do total dos recursos previstos forem captados. O dinheiro recolhido será depositado em uma conta no Banco do Brasil sob a responsabilidade da FUCCAR.
DIÁRIO DA MANHÃ - CARAZINHO, TERÇA-FEIRA, 30 DE OUTUBRO DE 2018
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Fundescar encabeça projeto para resgatar carnaval de Carazinho
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manuel Maurício Oliveira dos Santos não aparenta os 52 anos que tem. É vigilante, sambista, mas gosta de ser chamado de músico. Um negro com a jinga no pé de quem veio de uma família apaixonada por carnaval. Desde guri, lembra-se, pela década de 70, já aparecia nos intervalos de jogos do Atlético no estádio Paulo Coutinho no vão entre a arquibancada e o campo, sambando ao lado do pai. Coisa de paixão. Hugo dos Santos, seu pai, e Rufina Iara Oliveira dos Santos, sua mãe, participavam da Escola de Samba Flor da Serra, uma das mais antigas do município. A sede que ainda existe, mas está desativada, fica para lá da E.E. Ensino Fundamental Princesa Isabel, e guarda em suas paredes uma história carnavalesca que se mistura com a de negros e negras do município e que chegava a reunir, nas contas de Emanuel, cerca de 600 pessoas em noites de “muamba”. – A gente fechava a rua na frente do Flor da Serra, antes do carnaval, e a nossa bateria
apresentava na rua. A gente chamava de “muambas” aquelas noites. Olha, juntava umas 500, 600 pessoas. Era muita gente. E nós vendíamos cachorroquente, cerveja... pra arrecadar fundos pra escola. E a maioria do pessoal do Fores era negro. Acho que uns 20 ou 30% eram brancos – relembra, com sorriso largo e olhos brilhantes. Emanuel tinha seus 11 anos quando entrou para a festa. Ganhou, a pedido da mãe para um folião, um tamborim para aprender, não demorando para se tornar ritmista da escola de samba carazinhense. Na cidade que ainda crescia, o carnaval ganhava forma nas noites de fevereiro com desfiles de carros alegóricos nas ruas que se fechavam para receber pessoas fantasiadas e virar um palco de samba. Sem nunca ter pisado nos grandes centros do carnaval brasileiro, nos eixos Rio-São Paulo, a família Santos abraçava a festa e cedia o porão da própria casa para confecção de fantasias. Tanta entrega seguiu a família que, diante do leito
Emanuel Maurício Oliveira dos Santos exibe foto em que desfila com a mãe, em Carazinho
Fotos: Isadora Stentzler | Diário
Filho de carnavalesca do Flor da Serra relembra história da festa do município
A saudade do carnaval é amenizada com as fotos que Emanuel dos Santos guarda. Mas não lhe quitam a vontade: “Quero o carnaval de novo em Carazinho”.
de morte de Rufina, ouviu a mulher com seus cerca de 90 anos – idade nunca confirmada por ela não ter documentos – e com Alzheimer pedir para arrumar o cabelo, pois no dia seguinte seria carnaval.
RETOMADA A Fundação Desportiva e Cultural de Carazinho (Fundescar) pretende resgatar a cultura carnavalesca do município a partir da criação de uma Mostra Cultural do Carnaval de Carazinho. Na noite da quarta-feira, 18 de julho, a entidade se reuniu com representantes de antigas escolas de samba da cidade para definir as estratégias de ação. O objetivo é que a partir do resgate histórico da festa o desejo do carnaval de rua seja despertado na população. A última vez que Carazinho teve uma edição da festa foi em 2011, mas, segundo o presidente da Fundescar, Gilberto Augusto Kamphorst, é preciso voltar à cultura carnavalesca, não limitando a festa ao mês de fevereiro. – A proposta da Fundescar – explica Kamphorst – é que os blocos e as escolas vivam o carnaval o ano inteiro, não somente no dia do carnaval de rua, bancado com recursos públicos. A intenção é criar o gosto desde cedo, atualizar musicalmente, divulgar em es-
paços públicos e empresariais, reunir e promover círculos de debates. Tratar o carnaval como cultura histórica e não como disputa de beleza. Há que haver um entrelaçamento profissional e comprometido com a arte e não mais com o modelo existente até aqui, que decaiu. Desde a reunião, a entidade reúne documentos que contem a história do carnaval do município, que começou no ano seguinte à emancipação do município, em 1932. Kamphorst ainda pede para que população que possua fotos, recortes de jornais ou qualquer outro material que ajude a contar a história da festa na cidade que leve até à sede da Fundescar, junto ao estádio Paulo Coutinho, na Rua Marcílio Dias, 931, bairro Santo Antônio. Apesar disso, a vontade não faz com que a festa esteja programada para o próximo ano. No “infelizmente não” de Kamphorst, nota-se o saudosismo de quem vê uma cidade já sem “brilho nos olhos para essa cultura”.
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OSINCA volta a se apresentar em Carazinho por ISABELLA WESTPHALEN isabella@diariodamanha.com
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FOTO: CAIO AMMON
o próximo domingo (4), a Orquestra Sinfônica de Carazinho estará apresentando o concerto final de sua tour, que passou pelas cidades de Taquara e Uruguaiana. O encerramento tinha que ser aqui, no berço da Orquestra e onde tudo começou. Para relembrar a população da importância do investimento na música clássica, e no cenário cultural de Carazinho, este promete ser um dos concertos mais bonitos que a OSINCA já fez até aqui. - Nossa expectativa está muito boa para esse concerto. Será um grande espetáculo, um dos mais bonitos que já tivemos aqui em Carazinho – relatou o presidente da Associação da OSINCA, Paulo Vargas, que ressalta a presença de grandes artistas, que estarão junto com o renomado maestro carazinhense Fernando Cordella, diretor e coração da Orquestra, que sempre faz questão de ressaltar o valor dos talentos da cidade e a necessidade de que se proporcione oportunidades aos jovens. O concerto vai acontecer na Igreja Bom Jesus, a partir das 20h. No palco estará a orquestra com cerca de 35 músicos, o Coral da Academia da OSINCA e a presença dos solistas Yasmini Vagaz e Luiz Carlos Wiedthauper. O eclético repertório navegará entre o clássico, a música gaúcha e os ritmos modernos, incluindo peças de Villa-Lobos, Bach, Os Serranos, Leopoldo Rassier, Vivaldi e a
FOTO– ARQUIVO | Diário
O concerto do próximo domingo, 4 de novembro, marca a volta das apresentações da Orquestra Sinfônica de Carazinho no município e também vem para reforçar a necessidade de patrocínio para que siga atuante, encantando através da música
Cordella insiste que o projeto deve continuar, justamente para proporcionar aos jovens uma alternativa na música
O público da Orquestra prestigia os concertos feitos em Carazinho, lotando os espaços de apresentação
trilha do filme Piratas do Caribe. Yasmini é professora de canto na Universidade Federal do Rio de Janeiro e bacharel em Canto Lírico pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, pós graduada em Ensino do Canto e tem atuado junto a diversas Orquestras brasileiras, como: Orquestra Sinfônica de Botucatu, Orquestra Sinfônica Barra Mansa, Orquestra Sinfônica de Gramado, Orquestra de Câmara da Ulbra, Orquestra Unisinos Anchieta, entre outras. O tenor, por sua vez, é natural de NãoMe-Toque e iniciou suas atividades de canto aos 22 anos, como coralista. Em 1999 estreou na Ópera “O Guarany”, de Carlos Gomes, no papel de Pery, em Carazinho, e em 2000, também esteve na segunda edição, apresentada no Theatro São Pedro, em Porto Alegre. Cantou na Alemanha em 2001, 2006, 2011 e 2013, fala seis idiomas e canta em nove. Apoio A Orquestra Sinfônica de Carazinho, a OSINCA, se tornou referência na cidade e na região por sua atuação, principalmente no que diz respeito a Academia de Música que gerenciam. Um espaço plural, que se dispõe a ensinar música a jovens artistas, porém, que está atuante apenas na parte de coral agora. As aulas de instrumentos tiveram que parar por falta de patrocínio. Desde o final do ano passado, a equipe da Orquestra Sinfônica de Carazinho
junto a sua Associação, vem enfrentando um novo cenário, o de buscar empresas que possam colaborar patrocinando os trabalhos da Osinca e também de Academia de Música da Orquestra, através da Lei Rouanet. Segundo o diretor artístico e maestro da Osinca, Fernando Cordella, para que os recursos sejam viabilizados através da Lei, tem que ser empresas de grande porte a assumir o patrocínio, para que então, ao invés do imposto de renda ser destinado ao governo, seja repassado para o projeto. Segundo Vargas, a situação da OSINCA agora é de busca por apoiadores, para que o processo, principalmente da Academia de Música, possa ser tocado, trazendo professores e promovendo mais eventos. “A parte de instrumentos parou porque precisamos trazer os professores e isso tem custo. Ainda não temos previsão de volta, enquanto não tivermos recursos, não tem como fazer”, relatou o presidente da Associação, que ressalta que esse concerto de domingo também serve de propaganda, para que as pessoas se mobilizem pelo projeto. “Temos leis de incentivo, as empresas que pagam imposto de renda ou ICM para o Estado, podem contribuir diretamente para a OSINCA, através da lei estadual e federal, então, quem tiver interesse é só nos procurar”, frisou Vargas. - Ao invés de ir para o governo, e se perder lá dentro, essa parte entra diretamente aonde tem que chegar, nos
projetos culturais – relatou Cordella, que acredita também que a importância que esse projeto não pare é uma questão social, afinal, a Academia de Música da Osinca oferece aulas gratuitas para os alunos que desejam tocar algum instrumento e/ou cantar. Grandiosidade do projeto Cordella é carazinhense e começou o seu envolvimento com a música quando tinha 11 anos, porém, contava com a ajuda do pai, que o levava até Porto Alegre, todos os finais de semana, para ter aulas. Isso aconteceu até os 18 anos do diretor, por isso, deseja que o projeto siga acontecendo, para que a Academia possa proporcionar esse ensinamento aos jovens talentos de Carazinho. “Formar profissionais é um diferencial, queremos que esses alunos tenham condições para que possam ingressar em conservatórios, que venham a ser profissionais e prestem prova em qualquer Orquestra do Brasil”, relatou o diretor artístico. Sobre a própria Orquestra, Cordella salienta que esta cumpre um fator cultural de bastante relevância para o município e região, salientando a grandiosidade desse projeto. “A gente tem um bom público, isso é algo importante, nosso público médio é de 1.200 pessoas por concerto, isso é muito bom e a gente conquistou nesses 10 anos”, complementou o diretor.
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Coral da Rede Municipal de Ensino prepara cantata de Natal Grupo formado por alunos da rede municipal irá abrir o Natal Alegria 2018 FOTOS: Isadora Stentzler | Diário
por ISADORA STENTZLER isadora@diariodamanha.com
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odas as sextas-feiras de manhã Anderson Hebert e João Victor dos Santos sentam-se ao lado do professor Flávio Daniel Kolling em uma sala no andar superior da Secretaria Municipal de Educação e Cultura de Carazinho (SMEC). Flávio conecta o teclado na tomada e o coloca sob a mesa, tocando as teclas que irão sintonizar a voz dos estudantes ao tom da música. À tarde, o grupo aumenta e abarrota a sala com dezenas de estudantes vindos de escolas do município para soltarem suas vozes em mais um ensaio do coral. Formado no ano passado e ampliado para as 13 escolas municipais em 2018, o coral do município reúne crianças e adolescentes entre 10 e 17 anos. Eles são selecionados pelo professor Flavio, especialista em educação musical. Todos são regularmente matriculados na rede municipal e somam um grupo de 65 cantores. De acordo com Flávio, 35 frequentam assiduamente
O professor escolhe as partituras e ensina os alunos em uma sala localizada na SMEC
suas aulas e se preparam para a abertura do Natal Alegria de Carazinho, que este ano será realizado na prefeitura, com uma adaptação de “Um conto de Natal”, de Charles Dickens. – Queremos regatar o espírito do Natal através da apresentação da música junto com as encenações. Na história tem um velho rabugento que perdeu seu encanto pelo Natal e que precisa de mais um canto, algo a mais para se inspirar novamente – explica Flávio.
NOVOS TALENTOS
Anderson e João se conheceram pelo coral. Os dois adolescentes têm 15 anos e são braço direito do professor devido as suas habilidades com a música. João está no coral desde que começou o projeto. O convite foi feito na escola em que estudava e ele inscreveu-se de imediato. Antes de entrara para o coral, a música já fazia parte do seu dia a dia:
– Meu pai apresentava o Roda de Chimarrão, programa de música ao vivo transmitido pela Rádio Diário – recorda-se – então, sempre vi muitos cantores se apresentarem, cantando e tocando instrumento. Isso me despertou um interesse grande para aprender a tocar e cantar, pois é algo que gosto e acho muito legal. Entre os sete e oito anos, João começou a cantar no programa acompanhado do seu irmão. Aos nove, recebeu as primeiras aulas de acordeão com o próprio irmão. No meio do ano passado, o estudante passou a tocar teclado. “Com um pouco mais de experiência fui tirando todas as músicas por conta própria sem fazer nenhum curso ou aula”, diz João, que é autodidata e se dedica à música, sendo uma promessa entre os nomes de artistas carazinhenses da nova geração. CORAL PARA TODOS
Anderson Hebert, Flávio Daniel Kolling e João Victor dos Santos passam as músicas nas sextas-feiras
Segundo Flavio, o projeto deve ser ampliado no próximo ano quando, além das escolas municipais, alunos de
qualquer escola de Carazinho poderão participar das aulas. Hoje a SMEC também disponibiliza ônibus para conduzir os alunos que participam do coral. Não há custo nenhum para os participantes. De acordo com o secretário de Educação Lucas Lopes a inserção do canto coral nas atividades da rede municipal de educação foi pensada para oportunizar aos alunos uma prática diferente, com foco no desenvolvimento de várias áreas. – A música tem sido universalmente reconhecida como fato crucial para uma educação de qualidade. Todos os jovens têm a capacidade de aprender e podem desenvolver o talento para o canto, basta dar a eles as oportunidades e condições necessárias para que possam pôr em prática toda sua criatividade. Ao discursar sobre o Canto Coral como atividade básica na educação musical, sustentase que é uma atividade que disciplina e socializa, tendo como característica principal a união – destaca.