Passo Fundo

SEXTA-FEIRA, 12 DE JULHO DE 2019 - ANO 83 Nº 632

DIÁRIO DA MANHÃ diariodamanha.com

DESDE 1935 NOSSO COMPROMISSO DIÁRIO É COM VOCÊ

Dez anos após surto de H1N1, o que possibilitou a redução de casos Em 2009, uma pandemia da doença teve primeiros focos em Passo Fundo, mobilizando hospitais e órgãos públicos. Nessa semana, Secretaria da Saúde confirmou a primeira morte causada pela doença na cidade neste ano. | Pág 7

Foto arquivo Diário

ENTREVISTA

R$ 2,50

REVISTA

Foto Matheus Moraes|Diário

ESTUDO DA PREFEITURA

Ruas podem ter sentido invertido para obras na Av. Brasil

Secretarias de Planejamento e Obras analisam possibilidade de mudança em trechos das ruas Paissandú e Uruguai, durante o período de restruturação da principal avenida da cidade. | Pág 4

OPERAÇÃO ACERTO DE CONTAS

Polícia prende acusados de usar de violência para cobrar dívidas Em uma das ocorrências, os indivíduos teriam efetuado disparos de arma de fogo contra as vítimas e roubado objetos delas. | Pág 15

2 radar

por REDAÇÃO DM redacao@diariodamanha.com

DIÁRIO DA MANHÃ - PASSO FUNDO, SEXTA-FEIRA, 12 JULHO DE 2019

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COLUNA ESPIRÍTA

Prefeitura desmente apoio a suposto show de Gusttavo Lima

DEUS E AS CIÊNCIAS

Email para dúvidas, esclarecimento, sugestões etc. : colunaespiritacoluna@gmail.com

A Prefeitura de Passo Fundo veio a público, nessa quinta-feira (18), para informar que o suposto show do cantor Gusttavo Lima anunciado pelo ‘FestPasso’ nas redes sociais, no dia 10 de agosto, não tem nenhum vínculo com o município. Conforme nota do Executivo, “a assessoria de imprensa do cantor também afirmou que não há show previsto no município nessa data”.

Na página que anuncia o evento no facebook, o texto relaciona o show ao aniversário de fundação da cidade e também cita empresas patrocinadoras. A programação ocorreria no Parque da Gare. Ainda, o evento pedia que a população levasse um kg de alimento não perecível.

Imagem reprodução/ Prefeitura PassoFundo

Carl Gustav Jung foi um importante psicólogo (tanto quanto Freud e com quem trabalhou junto por alguns anos) apenas teve menos fama. Outro expoente da psicologia foi Viktor Frankl, que sofreu na pele os horrores no mais temido campo de concentração nazista: o de Auschwitz. Além da psicologia, ambos têm em comum o fato de afirmarem em público de que Deus existe. Isto gerou para o meio científico um mal-estar, afinal, o paradigma de que a Ciência por si só é capaz de sustentar o conhecimento independentemente da existência de Deus ficara arranhado.

Temos na ponta da língua a pergunta e a resposta do Livro dos Espíritos: “Que é Deus?”; desta forma, como espíritas, qualquer manifestação contrária ou que questione a existência Divina parece-nos inaceitável. Não precisamos convencer a ninguém sobre as evidências do Espiritismo, e isto, o Espírito Erasto em o Livro dos Médiuns na segunda parte (Das manifestações Espíritas) esclarecenos dizendo: “Bem sei que ides dizer: é que estes (os fenômenos de materialização) são úteis para convencer os incrédulos.(...) Falai ao coração; por aí é que fareis maior número de conversões sérias.”

Não há qualquer preocupação na Doutrina Espírita em angariar adeptos para engrossar fileiras e tornar-se grande em quantidade!

A grandeza do Espiritismo está na aceitação por parte daqueles que entendem Deus como a inteligência suprema, causa primária de todas as coisas. E não há dúvidas de que o dito “meio científico” conta com muitos homens e mulheres de bem, alguns, em um anônimo trabalho de amor ao próximo e da prática à Caridade em seus atos.

Ciência e religião não são opostos, são criações humanas inspiradas no Amor Supremo.

Prefeitura compartilhou imagem reiterando que não é organizadora de suposto show

Mobilização por melhorias nas estradas do interior Representantes de entidades, produtores rurais e empresários ligados ao agronegócio estiveram reunidos com o prefeito Luciano Azevedo e os secretários de Desenvolvimento Econômico, Carlos Eduardo Lopes da Silva, do Interior, Antônio Bortolotti, e de Obras, João Antônio Bordin, na manhã de quarta-feira (10). Durante o encontro, a comitiva solicitou uma atenção especial do poder público para as más condições e a falta de manutenção adequada das estradas do interior do município.

A Associação Comercial, Industrial, de Serviços e Agronegócio (Acisa) de Passo Fundo esteve representada pela diretora

de agronegócio, Fabiana Venzon.

De acordo com ela, os representantes do setor estão cientes de todos os entraves que impedem a resolução desse problema, mas acreditam que uma solução pode e deve ser construída.

O documento entregue ressalta a importância e a força do agronegócio para o desenvolvimento econômico de Passo Fundo e também apresenta as dificuldades enfrentadas por quem precisa utilizar as estradas da área rural. Segundo Fabiana, o grupo sugeriu duas datas que são imprescindíveis as manutenções: os meses de outubro e fevereiro, épocas que antecedem o período de safra. Conforme destacou, a sugestão foi bem aceita pela

prefeitura. “Saímos de lá com uma nova agenda para o dia 22 de agosto, quando o poder público deve nos dar uma resposta sobre como poderá ser feita essa terceirização da manutenção das estradas”, disse Fabiana. Representando os diversos segmentos do agronegócio do município, assinaram o documento integrantes da Acisa, do Sindicato Rural de Passo Fundo, do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Passo Fundo, da Associação das Empresas Cerealistas do Estado do Rio Grande do Sul, das empresas Cotrijal, Agrosonnora, Grupo SLC e os produtores rurais individuais Rafael Taufer, Ana Carolina Zanatta, Erny Lago, Artur Simões e João Pedro Tagliari.

Recolhimento de embalagens de agrotóxicos Todos os anos, a Secretaria do Interior da Prefeitura de Passo Fundo promove o recolhimento das embalagens vazias de agrotóxicos. Este ano, o calendário da coleta deve começar no dia 17 de julho. Além da secretaria, participam da iniciativa o Sindicato dos Trabalhadores Rurais, Cinbalagens (Central de Recebimento de Embalagens Vazias de Agrotóxicos), Produtécnica, FUNDADOR Jornalista Túlio Fontoura (1935 1979) PRESIDENTES-EMÉRITOS Dyógenes Auildo Martins Pinto (1972 1998) Vinícius Martins Pinto (1997 2003)

Razera, Kesoja, M.R. Cerati, Agrossonora e Agrometa.

A primeira comunidade a participar da coleta será de Pulador, no dia 17 de julho, depois segue para São Braz, Nossa Senhora das Graças, Santo Antônio do Capinzal, Santa Gema, Bela Vista, Santa Terezinha, São Valentim, Vila Rosso e São Roque. A campanha de recolhimento vai até dia 27 de julho.

Para a entrega, as embalagens

vazias de agrotóxicos devem ter passado pela tríplice lavagem, estarem furadas e separadas das contaminadas. Além disso, as tampas devem estar separadas é será preciso apresentar, no momento da entrega das embalagens, o modelo XV/Bloco do Produtor.

Em caso de chuva nas datas programadas, a coleta será transferida para outro dia, a ser divulgado posteriormente.

PRESIDENTE Janesca Maria Martins Pinto

DIRETORA COMERCIAL: Eliane Maria De Bortoli

VICE-PRESIDENTE Ilânia Pretto Martins Pinto

EDITOR: Édson Coltz - RP 17.059

DIRETOR EXECUTIVO Túlio Pretto Martins Pinto

EDITORA GERAL: Nadja Hartmann www.diariodamanha.com

política 3

DIÁRIO DA DA MANHÃ MANHÃ -- PASSO PASSO FUNDO, FUNDO, DIÁRIO SEXTA-FEIRA, 12 12 DE DE JULHO JULHO DE DE 2019 2019 SEXTA-FEIRA,

Fundeb pode se tornar permanente Em vigor desde 2007, o Fundo é a principal fonte de financiamento da educação básica no Brasil e perde validade em 2020. Dois projetos tramitam no Congresso para regularizar a atuação da ferramenta

D

esde 2007, o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) atua como um mecanismo de financiamento da Educação pública. A ferramenta foi criada através de Emenda à Constituição, que em 2020 perde sua validade. A possibilidade de extinção do recurso levou o Congresso a discutir propostas que, além de garantir a manutenção da ferramenta, pretendem, entre outras coisas, tornar o fundo permanente.

No Senado Federal, uma delas é a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 33/2019, que além tornar o mecanismo definitivo, estabelece novas fontes de recurso. O texto também aumenta a complementação mínima da União ao fundo, dos atuais 10% para 30% dos aportes feitos por estados e municípios.

Na Câmara dos Deputados, por sua vez, o aumento do aporte da União

também integra o texto em discussão. O principal deles é a PEC 15/2015, que está sendo avaliada por uma comissão especial.

PrinciPal fonte de financiamento da educação básica O Fundeb é atualmente uma das principais fontes de financiamento para as escolas de todo o país.

Trata-se de um conjunto de 27 fundos - um para cada um dos 26 Estados brasileiros e o Distrito Federal - cujo objetivo é redistribuir os recursos destinados à Educação Básica. O fundo é formado por dinheiro proveniente dos impostos e das transferências obrigatórias aos estados, Distrito Federal e municípios. Além desses recursos, a União faz aporte complementar em alguns estados.

Dos recursos arrecadados pelo Fundo, no mínimo 60% precisam ser destinados para despesas com professores, como pagamento de salários e cursos de formação, os outros 40% podem ser investidos

com despesas de manutenção. Em Passo Fundo, o recurso no último ano superou a cifra de R$76 milhões. Desses, R$45 milhões foram arrecadados pelo Município e Estados através de impostos (FPM, ICMS, IPVA, ITR, IPI exportação e Lei Candir). O restante é referente à complementação da União.

“

Precisamos de uma legislação mais eficiente, mais moderna e que contemple as demandas dos municípios. Que dê infraestrutura para garantir as metas estipuladas

“

por THAÍS VIACELLI BIOLCHI thaisbiolchi@diariodamanha.com

Edemilson Brandão

secretário municipal de Educação

discutir Para realinhar necessidades Mesmo com um valor significativo, em Passo Fundo a distribuição do Fundo não é crucial, mas ainda é importante para custear a educação e os profissionais do município.

Segundo o secretário municipal de Educação, Edemilson Brandão, os recursos provenientes do Fundeb são, em muitas cidades, a principal fonte de renda do setor, por isso, não há a possibilidade de extinguir a ferramenta. “Isso seria praticamente a eliminação da educação pública”, diz Brandão, que vê com bons olhos a iniciativa que quer tornar o recurso em uma política pública permanente.

Conforme o secretário, ao ser implementado, o Fundo estabelece uma série de metas e projetos que precisam ser cumpridos pelos Estados e Municípios. Entre eles está a criação dos Planos Municipais de Educação, que determinam, por exemplo, a universalização da educação infantil. "Para atendimento dessas metas, é necessário que haja

o regime de colaboração, onde os Estados, Governo Federal e Municípios, utilizam esse fundo para poder viabilizar essas metas”, explica, ao ponderar que é necessária a readequação da ferramenta para efetivamente possibilitar o cumprimento das exigências.

Uma das readequações necessárias, segundo Brandão, diz respeito ao cálculo de repasse realizado pelo Fundo, que leva em consideração o chamado ‘custo-aluno’. Para ele, a metodologia não é adequada, uma vez que os valores utilizados são diferentes em cada faixa etária e cada situação. “Uma coisa é o custo com um aluno do ensino fundamental I, que é atendido por um professor único, outra coisa é o fundamental II onde o aluno tem vários professores que participam das suas atividades”, diz. “Imagina o custo de um aluno da educação especial que as vezes tem um professor exclusivo”, diz, ao mencionar que as legislações propostas poderão suprir lacunas e aperfeiçoar a distribuição dos recursos.

4 cidade

DIÁRIO DA MANHÃ - PASSO FUNDO, SEXTA-FEIRA, 12 JULHO DE 2019

Obras da Av. Brasil podem inverter sentido de vias

Secretarias de Planejamento e Obras analisam possibilidade de alterar sentido de trechos das ruas Paissandú e Uruguai quando serviços chegarem no Centro Foto: Matheus Moraes | Diário

por MATHEUS MORAES matheus@diariodamanha.com

P

Desvio em ruas paralelas

OBRAS QUASE NO VIADUTO Antes de chegar ao Centro, porém, a obra terá sua execução final no bairro Petrópolis. Atualmente, os funcionários terceirizados trabalham com a ciclovia, no trecho entre a Rua Dr. Bozano e a Rua Olavo Bilac e também no meio-fio entre as ruas Olavo Bilac e Rodrigues Alves, próximo do viaduto. “Nossa ideia é chegar com todos serviços concluídos, com passeio público, ciclovia e asfaltamento da via até chegar ao viaduto”, afirma Heurich. A obra está com 46% concluída.

A previsão é que até o fim do mês o trajeto esteja pronto até a altura do viaduto.

Em razão da Avenida Brasil possuir três pistas no trecho entre o viaduto até a ponte sobre o Rio Passo Fundo, próximo da Prefeitura, possivelmente será realizado um sistema de contrafluxo quando a obra chegar ao local. Assim, viabiliza a obra sem prejudicar totalmente o fluxo de veículos. “Após o viaduto, faremos ou um contrafluxo, ou um semáforo para regular o trânsito. A princípio, será contrafluxo. Isso nos facilita a organizar o desvio pela própria Avenida. Assim, vamos tentar também utilizar a Sete de Setembro e a Alberto de Campos, que faz a volta por trás do hipermercado”, esclarece o secretário adjunto de Obras.

COMPREENSÃO Gustavo Heurich solicita maior compreensão da comunidade em razão da obra, sobretudo pela futura chegada, no segundo semestre, na região de maior movimento da Avenida Brasil. “Que-

Rua Benjamin C.

X Av. Brasil

não tem isso. Assim, conseguimos fazer laço de quadra comum. O único veículo maior é ônibus que trafega normalmente nessas vias.

Praça Tochetto

obra. “É uma avaliação para vermos se conseguimos executar com sucesso, se será positivo ou não. Cogitamos isso até para poder repetir esse processo ao longo de toda a Avenida. Estamos trabalhando com possibilidades para implantação e execução”, completa o engenheiro.

A ideia é que os trechos sejam concluídos com maior rapidez para que o trânsito seja liberado de maneira mais ágil. Alguns fatores que diferenciam o trânsito do Centro para o do bairro Petrópolis são abordados pelo secretário adjunto de Obras. “A condicionante a nosso favor é que no Centro não há o grande fluxo de caminhão, como tem na Petrópolis, com indústrias próximas do trevo da BR-285, concreteira e empresas, o que gera uma grande incidência de veículos desse porte. No Centro,

Rua Paissandú

Obra da Avenida Brasil está com 46% de conclusão

No trajeto simulado, sem o acesso na Avenida Brasil, os usuários utilizariam a Rua Paissandú e a Rua Uruguai no sentido oposto ao tradicional.

Assim, no sentido Boqueirão-Petrópolis, o motorista desviaria pela Uruguai, em sentido inverso, e vice-versa ao motorista que trafega no sentido Petrópolis-Boqueirão, indo pela Rua Paissandú.

Rua Uruguai

róximo de chegar nos 50% de conclusão da obra da Avenida Brasil, a Prefeitura de Passo Fundo já inicia o planejamento para o futuro, quando a reforma da principal via da cidade chegar nos pontos de maior movimento, no Centro da cidade. Para isso, a Secretaria de Planejamento, em conjunto com o setor de Obras do Município, avalia até mesmo a alteração de sentido das Ruas Paissandú e Uruguai, nos trechos em que a Avenida Brasil paralelamente estiver em obras.

A ideia é fazer com que o motorista não precise fazer um deslocamento tão grande, com, no máximo uma quadra, por meio de um laço de quadra, que posteriormente fará ele retornar para a principal via da cidade. De acordo com o secretário adjunto de Obras, Gustavo Heurich, a hipótese está em estudo por parte do Executivo. “Estamos avaliando essa situação, em razão de que hoje, se considerarmos a Avenida Brasil, as ruas paralelas, Paissandú e Uruguai estão no sentido ao contrário do sentido paralelo da Avenida Brasil. Invertendo essas ruas no trecho em obras fará com que se torne um mínimo desvio de quadra”, explica.

Segundo Heurich, a Secretaria ainda terá algumas semanas para determinar se a possibilidade será confirmada ou não para os próximos meses de obra. Caso funcione, a inversão das ruas paralelas poderá contornar em toda a obra na região Central a cada trecho com

remos pedir mais consciência da população, que se evite a Avenida futuramente, utilizando desvios, outras formas que possam não atrasar a rotina de cada um. Hoje, a Avenida é o principal corredor de fluxo de veículos. Com a obra, haverão alguns atrasos que são normais em uma obra. Então, se for possível, será melhor evitar a Avenida próximo dos trechos em obra”, finaliza.

Rua Bento Gonç.

Trecho bloqueado na Av. Brasil Trajeto alterado na R. Uruguai Trajeto alterado na R. Paissandú

DIÁRIO DA MANHÃ - PASSO FUNDO, SEXTA-FEIRA, 12 DE JULHO DE 2019

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6 geral

DIÁRIO DA MANHÃ - PASSO FUNDO, SEXTA-FEIRA, 12 JULHO DE 2019

Desempenho da indústria é estável no primeiro semestre Por um lado, atividade industrial teve crescimento nos dois último meses. Por outro, exportações registraram queda Fot0: Divulgação

por THAÍS VIACELLI BIOLCHI thaisbiolchi@diariodamanha.com

O

desempenho da indústria de veículos automotores e da indústria de tabaco foram os responsáveis pelas maiores contribuições para o crescimento da indústria do Rio Grande do Sul no mês de maio. Após queda em março e crescimento em abril, o Índice de Desempenho Industrial (IDI-RS) voltou a subir em maio, revela pesquisa divulgada pela Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (FIERGS). O resultado representa um crescimento da indústria pelo segundo mês consecutivo. No entanto, o resultado das exportações não é animador e mantém o cenário econômico gaúcho estabilizado.

No setor de máquinas e implementos agrícolas o bom desempenho da atividade industrial não foi uma realidade

maio, sobretudo as comparações anuais, está inflada pela paralisação dos caminhoneiros em 2018. Com a demanda interna e externa insuficientes, diante dessa conjuntura a indústria gaúcha tende a retomar lentamente o ciclo de recuperação perdido no segundo semestre do ano passado”, explica Petry.

EXPORTAÇÕES DA INDÚSTRIA CAEM O comportamento da exportação não acompanhou o desenvolvimento da atividade industrial. Entre janeiro e junho, um total de US$ 6,2 bilhões foram comercializado pela indústria gaúcha, o que representa uma redução de 0,6% sobre o mesmo período de 2018. Quem contribuiu significativamente para o resultado negativo foi o segmento de alimentos, que representa 14% do total da pauta exportadora, e caiu 16,7%, influenciado pela diminuição nas vendas de farelo e óleo, produtos derivados da soja.

Fot0: Divulgação

ATIVIDADE INDUSTRIAL CRESCE Dos 17 setores pesquisados pela FIERGS, 11 registraram aumento na atividade nos cinco primeiros meses, três a mais do que em abril. Deles, três cresceram acima da média geral e contribuíram com os maiores índices para a elevação do setor: veículos automotores (19,8%), tabaco (17,4%) e Madeira (16,3%). Já os principais impactos negativos vieram das atividades alimentícias (-1%), têxteis (-5,8%) e de vestuário (-8,3%).

Após queda de 3,1%, em março, e crescimento de 2,3%, em abril, o índice voltou a subir em maio, 1,5%, na comparação com o mês anterior. A última vez que a atividade da indústria de transformação no RS cresceu por dois meses seguidos foi no último bimestre de 2017.

Mesmo assim, alerta o presidente da FIERGS, Gilberto Porcello Petry, os resultados positivos não alteram o quadro de estabilização observado atualmente. “Além da volatilidade, grande parte dos números de

Diretor geral da sede passo-fundense da Kuhn do Brasil, Mário Wagner

No setor de máquinas e equipamentos o desempenho desabou 40% e veículos automotores, 21,2%. Segundo a pesquisa divulgada pela Fiergs, a Argentina, que passa por

grave crise econômica, é a grande responsável pelo recuo na aquisição de bens dessas duas categorias, diminuição agregada de US$ 299 milhões em relação ao mesmo período de 2018.

ESPERANÇA NO SEGUNDO SEMESTRE No setor de máquinas e implementos agrícolas o bom desempenho da atividade industrial não foi uma realidade. Segundo o diretor geral da sede passo-fundense da Kuhn do Brasil e vice-presidente da Associação Brasileira de Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), Mário Wagner, os dois últimos meses foram desafiadores para o setor, em função da falta de recursos para financiamentos. “Nós vínhamos bem, de janeiro a abril tivemos crescimento, mas em maio e junho fomos prejudicados pela falta de recursos”, diz. “O plano safra tinha um recurso para Moderfrota [Programa de Modernização da Frota de Tratores Agrícolas e Implementos Associados e Colheitadeiras] estabelecido que já começou a faltar no início de maio”, explica. Conforme Wagner, o setor só começou a se recompor nesta semana, quando recompôs os bancos voltaram a realizar financiamento referentes ao plano safra de 2019/2020.

Contudo, a expectativa para o próximo semestre é boa e a demanda, que até então estava estagnada, deve aliviar a indústria do setor. “Tem demanda represada de quatro anos, acreditamos que vamos ter um segundo semestre bom, até porque agora tem recurso dentro do Moderfrota dentro do Pronaf [Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar] para financiar”, diz. Assim também avalia a FIERGS, que acredita que os juros e a inflação baixos podem abrir espaço para alguma reação no segundo semestre.

EDIFÍCIO GRALHA

Secretário de Habitação não descarta acordo com os moradores Estrutura onde moravam 16 famílias foi interditada no início de 2016 e em maio do mesmo ano famílias entraram com um processo contra o Estado por ANA CLÁUDIA CAPELLARI anaclaudia@diariodamanha.com

O secretário de Obras e Habitação do Rio Grande do Sul, José Stédile, visitou, na manhã de quinta-feira (11), junto a moradores, a estrutura interditada do Edifício Gralha, no bairro Edmundo Trein/ Cohab II. De acordo com a advogada das 16 famílias que moravam no local – e que tiveram de abandonar suas casas – Katiane Gelhen, o secretário se mostrou sensibilizado com o caso e não descarta a possibilidade de um acordo com os

moradores, já que o Estado é réu na ação.

O processo foi movido pelas famílias em maio de 2016, após o edifício ter sido interditado pelo Corpo de Bombeiros e poder público municipal. Ainda de acordo com a advogada, o processo está em fase final de produção de provas. Antes de a sentença ser proferida, a ideia de Katiane é que uma audiência de conciliação seja realizada.

Em dezembro de 2017, os moradores tiveram acesso a perícia judicial feita no edifício. Na visto-

ria, feita pela arquiteta Deborah da Silva Machado, foi constatado que havia três vícios construtivos na edificação, junto a uma grave deterioração dos materiais de sustentação, além da estrutura em geral comprometida e sem possibilidade de moradia. Em agosto do mesmo ano, antes da perícia, um laudo técnico indicou que a construção deveria ser demolida.

A construção do edifício e o financiamento aos mutuários foram realizados pela Companhia de Habitação do Estado do Rio Grande do Sul (Cohab).

Foto: Matheus Moraes | Diário

A situação dos moradores do Edifício Gralha, que ainda aguardam uma solução, se arrasta há mais de dois anos. Com a necessidade de sair dos imóveis, alguns moradores chegaram a morar em garagens

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DIÁRIO DA MANHÃ - PASSO FUNDO, DIÁRIO DA MANHÃ PASSO DE FUNDO, SEXTA-FEIRA, 12 DE-JULHO 2019 SEXTA-FEIRA, 12 DE JULHO DE 2019

PASSO FUNDO - CARAZINHO PASSO FUNDO - CARAZINHO

Em Passo fundo

Após 10 anos do surto, a primeira morte por H1N1 em 2019 Depois de uma década da pandemia no país, com início em Passo Fundo, quadro se alterou com facilitação da vacina e tratamento precoce com sintomas iniciais. Nessa semana, Secretaria da Saúde confirmou a primeira morte causada pela doença na cidade neste ano Foto: Divulgação

por MATHEUS MORAES matheus@diariodamanha.com

O vice-diretor médico do Hospital São Vicente de Paulo (HSVP), Dr. Júlio Stobbe, foi um dos principais médicos que atuaram no período de surto de gripe suína em Passo Fundo, em 2009.

N

o mês em que completa 10 anos do surto de gripe suína em Passo Fundo, o município registra a primeira morte por H1N1 em 2019. A distância do período em que a cidade esteve em alerta com a proliferação do vírus e a redução dos números de casos confirmados e mortes mostram que atualmente o quadro é totalmente diferente da década passada, marcada por apreensão e busca por prevenção naquele inverno.

Neste ano, Passo Fundo já registrou quatro casos confirmados de gripe H1N1. A última atualização confirmou uma morte por H1N1, a primeira no município em 2019. Trata-se de um homem de 37 anos, que faleceu em 2 de julho após ter sido internado um dia antes. De acordo com informações dos familiares, a vítima fatal da influenza A teria se vacinado, mas acabou contaminado pelo vírus.

“Ele apresentou sintomas de dificuldade respiratória, falta de ar, tosse e dor de garganta”, descreve o enfermeiro responsável pela vigilância epidemiológica da 6ª Coordenadoria Regional de Saúde (CRS), Gilberto Santetti. No Rio Grande do Sul, o número de óbitos por gripe A subiu para 15 pessoas, de acordo com o último boletim divulgado pela Secretaria Estadual de Saúde. Além das mortes, outros 83 casos de gripe H1N1 e 28 por H3N2 foram confirmados. Na região, além de Passo Fundo, Não-Me-Toque teve uma pessoa confirmada com H1N1 recentemente, mas se recuperou. As cidades com mais mortes por H1N1 no Estado são Porto Alegre e Três Coroas, com duas mortes em cada município.

Santetti classifica que a situação está controlável, visto que apenas um óbito foi registrado em Passo Fundo neste ano. Além disso, todas as doses de vacinas contra a gripe foram esgotadas ainda em junho. “A situação, pode se dizer, está normal, com exceção de óbitos. Nunca se es-

entrevista coM dr. Júlio césar stobbe

Foram 20 mortes por H1N1 em 2009 em Passo Fundo

pera que ocorram óbitos. Mas em relação aos casos investigados, está relativamente tranquilo. Sempre, claro, sem deixar de orientar a população com os cuidados básicos de higiene, como lavar as mãos, etiqueta na hora de tossir, usar álcool geral, arejar ambientes. Sempre que perceberem pessoas apresentando febre, tosse, dor de garganta, que busquem logo atendimento médico nas unidades de saúde para iniciar rapidamente o tratamento, com objetivo de evitar agravamentos”, completa.

Apesar dos casos e dos óbitos ainda ocorrerem, a situação é completamente diferente da apresentada em 2009. Com o surto da gripe suína naquele ano, aliado às poucas informações da época sobre a doença e também a dificuldade no acesso a vacina, a comunidade se mostrou amedrontada e na busca por métodos preventivos à doença, como a utilização de álcool gel e de máscaras ao sair nas ruas. “É um quadro totalmente diferente. Naquele ano [2009], tivemos vários casos, vários óbitos. Hoje, com o advento da vacina, diminuiu muito o número de internações, de casos graves. De óbitos nem se fala, diminuiu enormemente.

Um panorama muito diferente da época”, afirma.

Em 2009, foram 298 mortes por gripe suína no Rio Grande do Sul, além de 2.878 casos confirmados, segundo a Secretaria Estadual de Saúde. Passo Fundo, na época, liderou o número de óbitos, com 20 mortes, de

acordo com o Hospital São Vicente de Paulo (HSVP). O primeiro caso de morte foi de um caminhoneiro de Erechim, que morreu em Passo Fundo após ter realizado um viagem para a Argentina. Ele havia sido internado em 20 de junho de 2009 e morreu em 28 de junho de 2009.

Municípios da região, como Soledade, Lagoa Vermelha, Marau e Carazinho também registraram óbitos naquele ano.

Mudança no protocolo de atendiMento eM 2009 Na época, hospitais e postos de saúde de Passo Fundo alteraram o protocolo de atendimento do Ministério da Saúde. Assim, regras próprias no combate à gripe suína foram criadas, como tratamento dos pacientes com suspeita da doença com Tamiflu logo nos primeiros sintomas. Outra medida foi o atendimento 24 horas.

Casos de H1N1 em Passo Fundo ano a ano 2009 - 91 casos; 2010 - Nenhum; 2011 - 1 caso; 2012 - 4 casos; 2013 - 5 casos; 2014 - Nenhum; 2015 -Nenhum; 2016 - 46 casos; 2017 - Nenhum; 2018 - 3 casos; 2019 (até o momento) - 4 casos.

Fonte: Lacen - HSVP

Foto: Divulgação

Diário da Manhã – Como foi a chegada da ‘gripe suína’ em 2009 diante da pouca informação, na época, sobre a doença?

J.S – Era uma época bem diferente. Na ocasião, existia uma certa desinformação na área da saúde de como se deveria trabalhar uma epidemia. Foi o que aconteceu. Aliado a isso, a gente não tinha ferramentas adequadas para tomar as condutas. Por exemplo, a dificuldade do acesso ao medicamento antiviral que muda o curso da doença. Não existia, na época, vacina e nem tinha como porque quando se está no meio da epidemia, a vacina faz pouco efeito.

Era um cenário bem diferente do existente hoje.

DM – Após a primeira morte do caminhoneiro, em 2009, como foi o período posterior para tratar do que virou um surto? Como foram as ações para evitar o surto?

J.S – Quando se está no meio de uma epidemia, não se sabe onde está a luz no fim do túnel, quando vai parar. Realmente era muito preocupante porque eram muitos pacientes com doenças respiratórias graves, paciente com ventilação mecânica. Tivemos que reorganizar as unidades de tratamento intensivo, criar uma nova unidade de terapia intensiva. Da noite para o dia, praticamente, para conseguir atender os pacientes que entravam com insuficiência respiratória. Foram semanas assim de muito stress. E com a perspectiva de não saber quando iria parar, quando reduziriam os casos. Quando vimos que o tratamento tinha uma resposta muito boa, quando começado de forma precoce, vimos nisso uma oportunidade de mudar o curso da doença para não ver tantos jovens que tinham a vida pela frente, perdendo a vida precocemente, por uma doença tratável. Essa ideia de começar o tratamento precoce não partiu de ideia aleatória ou absurda. A gente fez contato com médicos de outros países, como México, Chile, onde a epidemia já havia acontecido e estavam mudando o curso da epidemia. Realmente não tomamos decisões precipitadas, mas com embasamento de tratamento de outros lugares que já tinham sido feitos.

DM – O que o surto de 2009 deixou de ensinamento para a medicina após 10 anos?

JS – Certamente a vacina é o grande legado, a expansão dela. Apesar de ter algumas ideias que atrapalham as vacinas, elas são fundamentais.

As vacinas mudaram o curso da história das doenças da humanidade.

A possibilidade de ter tratamento precoce daqueles casos que você tem indicação. Hoje, há antivirais que melhoraram muito. A informação também melhorou para a classe da saúde e da população na questão de cuidados de hábitos de higiene. Apesar de que, com o passar do tempo, os hábitos acabam perdidos, mas a população mudou um pouco a conduta e o pensamento em relação a isso.

DM – Há alguma chance dos riscos diminuírem nos próximos anos?

JS – O vírus é uma partícula viva com mais tempo de existência na terra que nós [humanos]. Os mecanismos de adaptação e transformação das doenças virais ainda são muito eficazes. As doenças virais vieram pra ficar e a gente tem que aprender a trabalhar com elas. Provavelmente não vamos conseguir eliminar de maneira simples as doenças virais. São milhões de anos de existência, antes mesmo do ser humano. Ou seja, estão melhor adaptados ao planeta Terra do que nós.

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DIÁRIO DA MANHÃ - PASSO FUNDO, DIÁRIO DA MANHÃ - PASSO FUNDO, SEXTA-FEIRA, 12 JULHO DE 2019 SEXTA-FEIRA, 12 JULHO DE 2019

PASSO FUNDO - CARAZINHO PASSO FUNDO - CARAZINHO

Os próximos passos da Após ter sido aprovada no 1º turno na Câmara de Deputados, reforma da Previdência ainda segue sendo apreciada, com análise de destaques e mais um turno de votação por Isabella Westphalen isabella@diariodamanha.com

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endo uma das promessas de governo, a reforma da Previdência vem demandando esforços dos deputados federais eleitos, afinal, as discussões entre parlamentares favoráveis e contrários à proposta vem acontecendo ao longo dos meses. Na noite de quarta-feira (10), foi aprovado no 1º turno de votações na Câmara o texto -base da proposta da reforma, que modifica as regras de aposentadoria. O placar foi de 379 votos a favor e 131 votos contra a proposta. O próximo passo foi, até a noite de quinta-feira, a análise e votação de destaques propostos pelos partidos, na tentativa de alterar alguns pontos específicos da reforma.

A aprovação da reforma da Previdência é considerada uma das prioridades do governo federal para “sanar as contas públicas”.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, mencionou por diversas vezes que a reforma seria a única saída para que “o Brasil não quebre”. A expectativa agora é para o 2º turno de votações na Câmara, que consolidará, ou não, a passagem da reforma para a votação do Senado. Para que passe é preciso, novamente, o apoio de pelo menos 308 dos 513 deputados.

Nos últimos dois dias, em meio a votação da reforma, o governo publicou no Diário Oficial da União, na terça-feira (9), a liberação de R$ 1 bilhão em emendas parlamentares para a saúde.

Foram 37 portarias publicadas para a liberação destes recursos, que terão a aplicação e indicação feitas por deputados e senadores.

De acordo com as publicações, esses recursos seriam um incre-

Os deputados federais iniciaram as votações da reforma na última quarta-feira (10). O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, afirma ter a intenção de aprovar a proposta em 2º turno até hoje (12)

mento temporário no limite financeiro da assistência de media e alta complexidade e do piso da atenção básica. A ONG Contas Abertas realizou um levantamento, relatando que somente nos primeiros cinco dias de ju-

PRESIDENTE Clélia Fontoura Martins Pinto - ME PReSIDeNte Clélia Fontoura Martins Pinto - ME Janesca Maria Martins Pinto Janesca Maria Martins Pinto Matriz: Rua Independência, Matriz: Rua Independência, VICE-PRESIDENTE 917, sala 3 - Passo Fundo Vice-Presidente 917, sala 3 - Passo Fundo Ilânia Pretto Martins Pinto Contato: (54) 3316-4800 Ilânia Pretto Martins Pinto Contato: (54) 3316-4800

lho foram empenhados R$ 2.551 bilhões em emendas. Este valor, dos cinco primeiros dias, é superior ao empenhado durante todo o primeiro semestre de 2019, tendo em vista que o valor liberado de janeiro a junho deste ano foi de R$ 1,773, em seis meses. Ontem (11), o governo liberou mais R$ 440 milhões em emendas, elevando o total para R$ 1,5 bilhão de recursos liberados, em meio a votação da reforma. O Rio Grande do Sul não foi incluído.

Bancada gaúcha Dos 31 deputados gaúchos, 22 votaram a favor da medida e nove foram contra. Segundo o deputado do MDB gaúcho, Márcio

Biolchi – que decidiu por votar favorável a reforma – seu critério foi o que ele elenca como necessidade de alterar o sistema atual, o qual relata que não se sustenta.

“Segundo, o modelo como foram feitas as alterações em relação ao texto do governo, que pudesse ser suportável, que tivesse tramitação na Câmara. O texto-base sofreu adaptações pela comissão e que foram importantes, sem elas não teria viabilidade de ser aprovado na Câmara, tanto que isso ficou evidenciado no número de votos”, relatou o deputado, que acredita que os ajustes feitos trouxeram equilíbrio.

O deputado ainda relata que a questão da votação dos desta-

ques, segundo ele são mais de 25, pode não ser interessante.

“Não dá para abrir benefício para um lado e compensar em outro.

Ou esse ajuste serve para todo mundo ou ele vai aumentar as distorções. Temos 513 deputados que dizem que a reforma é necessária, porém relatam que o atual sistema tem distorções e querem através dos destaques permitir que a distorções continuem”, complementou Biolchi, que sobre as emendas parlamentares, pensa que não é fato relevante para ter alterado votos. “O pagamento delas deve ocorrer, o que o governo pode ter feito é em função do tempo, para facilitar a boa vontade dos depu-

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a reforma da Previdência Foto – Fábio Rodrigues Pozzebom | Agência Brasileiro

anos a mais de trabalho, significa uma aposentadoria muito menor para os trabalhadores”, relatou a deputada.

Melchionna questiona também o número de 82% que o governo afirma que irá economizar a partir da reforma. “De novo, os mais pobres sofrendo com as desigualdades. Sem contar quem não irá acessar a Previdência Social, porque a gente sabe que a reforma exclui muita gente de acessar a aposentadoria, além de que, cresce o número de idosos sem direitos”, ressaltou a deputada, que acredita que a proposta da reforma é um ataque a Constituição Federal. “Para garantir isso o governo federal ainda usou um dos truques mais velhos da política, que além de imoral é ilegal, que é a compra de votos com emendas. É dinheiro do povo para tirar direito do povo, um absurdo”, frisou.

Mais critérios

tados, mas não acredito nisso, acho que é mais um discurso de oposição do que de fato relevante para alterar votos”, ressaltou o deputado do MDB. A deputada gaúcha, do PSOL, Fernanda Melchionna, por sua vez, registrou seu voto contra a reforma da Previdência neste 1º turno. Segundo ela, se trata de uma proposta que retira direitos e que é um princípio de sua bancada defender os interesses e direitos da maior população, proporcionalmente, que mais paga impostos no Brasil. “Essa parcela da população que, lamentavelmente, tem sido o maior alvo da política que vem quebrando o Brasil. A reforma significa

Para o deputado Pedro Westphalen, do PP gaúcho, o critério utilizado para votar a favor da reforma foi pensando, segundo ele, no futuro do país. “Queremos encontrar um sistema previdenciário sustentável para as próximas gerações. O critério é a responsabilidade política e não a demagogia do momento. A Câmara deu um passo importante para a retomada do desenvolvimento do país e a redução de privilégios”, avaliou Westphalen, que acredita que estabelecer uma idade mínima para os trabalhadores se aposentarem, a reforma ajuda a reduzir distorções.

O deputado gaúcho, do PT, Elvino Bohn Gass, afirma que registrou seu voto contra a reforma porque considera que a proposta acaba com a Previdência Social.

“Tira do povo mais pobre, do povo trabalhador, não combate privilégios. Com a reforma tiramos direitos e construímos uma geração de idosos miseráveis”, salientou Bohn Gass, que relata ter um sentimento de muita tristeza. “Tristeza por ver que os parlamentares precisam receber R$ 40 milhões para votar. Isso é compra de votos. Agora queremos votar os destaques para diminuir as maldades, porque essa reforma não resolve o tema do déficit”,

enfatizou Bohn Gass, afirmando também que a ideia é seguir resistindo.

Até o fechamento da edição, os destaques não haviam sido votados ainda

COmO vOtOu a banCada gaúCha: A FAvOR DA ReFORmA: Afonso Hamm (PP) Alceu Moreira (MDB) Bibo Nunes (PSL) Carlos Gomes (PRB) Daniel Trzeciak (PSDB) Danrlei de Deus (PSD) Darcisio Perondi (MDB) Giovani Cherini (PL) Giovani Feltes (MDB) Jerônimo Goergen (PP) Liziane Bayer (PSB)

Lucas Redecker (PSDB) Márcio Biolchi (MDB) Maurício Dziedricki (PTB) Marcel Van Hattem (Novo) Marcelo Moraes (PTB) Marlons Santos (PDT) Nereu Crispim (PSL) Onyx Lorenzoni (DEM) Pedro Westphalen (PP) Ronaldo Santini (PTB) Ubiratan Sanderson (PSL)

CONtRA A ReFORmA: Afonso Motta (PDT) Bohn Gass (PT) Fernanda Melchionna (PSOL) Heitor Schuch (PSB) Henrique Fontana (PT) Marcon (PT) Maria do Rosário (PT) Paulo Pimenta (PT) Pompeo de Mattos (PDT)

alguns dOs destaques aPreCiadOs: - Benefício da Prestação continuada, apresentado pelo Cidadania pede a retirada do texto a previsão de quem tem direito ao benefício de prestação continuada, idosos e pessoas com deficiência, em famílias com renda per capita inferior a ¼ do salário mínimo; - A bancada feminina da Câmara também fez apontamentos em relação a fórmula de cálculo do benefício, afinal, considera que esta fórmula não foi ajustada ao tempo de contribuição acertado para as mulheres, que é de 15 anos. Outro ponto relatado pela bancada é a questão da pensão por morte, pedem que a pensão por morte seja de um salário mínimo se for a única fonte de renda obtida pelo (a) dependente e não “pelo conjunto de dependentes”, como prevê o texto inicial. Por fim, o destaque da maternidade, que pede a redação atual da Constituição. As deputadas não aceitavam a mudança feita pelo relator da reforma, no artigo 201, inciso 2 da Constituição, que prevê que a Previdência Social garanta proteção à maternidade, especialmente à gestante. O parecer do relator cita somente que a gestante tem garantido o “salário-maternidade”.

- A aposentadoria de policiais também entrou em destaque. A ideia é diminuir a idade mínima de aposentadoria de policiais federais, rodoviários, ferroviários federais, policiais civis do DF, policiais legislativos, agentes socioeducativos e agentes penitenciários federais. A idade, portanto, passa a ser de 53 anos para homem e 52 anos para mulher, desde que se cumpra o período adicional de contribuição correspondente ao tempo que, na data que entrar em vigor a emenda, faltaria para atingir o tempo de contribuição. O texto-base, por sua vez, prevê 55 anos de contribuição para homens e mulheres, além de pelo menos 30 anos de contribuição e 25 anos na função.

- Outro pedido é pela mudança em regras de transição para as aposentadorias de trabalhadores da iniciativa privada, pelo INSS, estabelecendo para este grupo o tempo a mais de contribuição em 30%. Esse pedágio valeria no caso de aposentadoria por ida-

de, 60 anos para mulheres e 65 anos para homens, ambos com 15 anos de contribuição. E também na aposentadoria por tempo de contribuição, sendo 35 anos para homens e 30 anos para mulheres. O texto -base, por sua vez, prevê a exigência do pedágio em duas regras de transição, sendo uma para quem está perto de cumprir o tempo de contribuição e deseja se aposentar antes da idade mínima e outro para quem quer se aposentar pela idade mínima mas tem menos tempo de contribuição.

- Uma sugestão referente ao abono salarial também foi para destaque. A proposta é referente ao reestabelecimento das regras do abono salarial, retirando, portanto, mudança prevista pelo texto do relator. O texto aprovado na Câmara, por sua vez, prevê que o pagamento do abono salarial fica restrito aos trabalhadores com renda até R$ 1.364,43. Hoje, é pago para quem recebe até dois salários mínimos.

- Outro destaque quer retirar do texto as regras de cálculo dos benefícios dos regimes de Previdência dos servidores públicos e dos trabalhadores da iniciativa privada. A regra prevê que o cálculo seja feito pela média aritmética simples dos salários de contribuição aos dois regimes, correspondentes a 100% do período contributivo.

- A regra em relação a idade dos professores também recebeu pedido de destaque, afinal, pelo texto-base, o professor ou a professora que comprovar tempo de “efetivo exercício das funções de magistério na educação infantil e no ensino fundamental e médio” terão redução nos requisitos de idade (em dois anos) e no de contribuição (em cinco anos). A busca é por suprimir a expressão “em dois anos”, o que na prática deixa em aberto o quanto se pode reduzir o requisito de idade.

- Retirada da regra de contribuição maior em 2020, prevista no texto relator, que prevê esse aumento do tempo de contribuição a partir do ano que vem, de seis meses a cada ano, até atingir 20 anos, para homens no Regime Geral de Previdência Social.

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Torcida decepcionada com a Dupla Gre-Nal Jogos pela Copa do Brasil não deixaram fãs de Grêmio e Internacional contentes. Críticas vão para os jogadores e para os treinadores por KLEITON VASCONCELLOS kleiton@diariodamanha.com

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epois de quase um mês, a torcida finalmente pôde matar a saudade que sentia de ver a Dupla Gre-Nal em campo. Na noite da quarta-feira (10), Grêmio e Internacional atuaram na abertura das quartas de final da Copa do Brasil. Entretanto, os fãs não ficaram satisfeitos: os resultados ficaram aquém do esperado, pelas manifestações pós-jogos.

O Tricolor recebeu o Bahia na Arena, em Porto Alegre. Embora a torcida estivesse empolgada por rever o atacante Everton, ficou o gosto amargo do empate. Não que

o camisa 11 tenha decepcionado: foi dele o gol que abriu o placar, em cobrança de pênalti. Entretanto, outras individualidades deixaram a desejar e até o técnico Renato Potaluppi foi vaiado ao retirar Jean Pyerre e colocar Luan. O setor ofensivo, aliás, foi alvo de observações negativas.

Já o Colorado foi até São Paulo enfrentar o Palmeiras. E, como tem sido praxe, perdeu no Allianz Parque – placar de 1x0, gol de Zé Rafael. Mas os colorados ficaram insatisfeitos mesmo com as escolhas do técnico Odair Hellmann, que primou pela marcação, lançando em certo momento quatro volantes no meio-campo. Além disso, questionaram a baixa

qualidade do futebol apresentado e também o respeito demasiado ao Palmeiras.

Com os resultados, a Dupla depende agora de vitórias para chegar até as semifinais da Copa do Brasil. Levando em consideração que não há mais o critério do gol qualificado, na semana que vem o Grêmio precisará vencer o Bahia na Fonte Nova. Se houver empate, por qualquer placar, a decisão vai para os pênaltis. Já o Inter tem o seguinte panorama: empate classifica o Palmeiras.

Vitória colorada por um gol de diferença provoca as penalidades. Para avançar direto, o Inter precisa de uma vitória por dois gols de diferença.

Por isso, o Diário foi perguntar para a torcida: Qual a avaliação do jogo de quarta? Confira as opiniões.

Flávio ZiMMerMann “Criou-se uma expectativa na volta do Everton após a participação dele na Seleção Brasileira. E não deixou a desejar. É o que temos como grande diferencial no momento. Mas o time são 11 em campo e aí entram as demais individualidades que andam em baixa. Nossa esperança com Tardelli a todo momento tem uma situação que o impede de estar em campo, ou pelo menos ter uma sequência de jogos. André já teve tempo suficiente para dar a resposta e mais uma vez deixou a desejar. Com isto apesar dos momentos de intensidade e posse de bola, o time não converteu em gols. Precisamos ter o grande matador que faça a sua parte marcando gol. Tempo para treinos e recuperar jogadores o time teve, mas não consegue encaixar o time definitivo”.

Fabiano Freitas “Olha eu achei o Inter com vontade, mas tinha umas horas que parece que os jogadores estavam caminhando em campo e também muito erro de passe.

Não tinha meio de campo, tanto que o Odair tirou o Nonato e colocou o D’Alessandro no intervalo, coisa que o Odair dificilmente faz. Ele sempre espera um pouco para trocar. Chutes a gol quase nada parece que tem medo de chutar. Na minha opinião tem que fazer o goleiro adversário trabalhar, uma hora ele vai falhar”.

Pablo César Marques “Dava para ganhar. O Inter respeitou demais esse Palmeiras. Faltou peito para o Odair, poderia ter buscado ao menos um empate. Jogo foi fraco, dois times com medo de definir a partida. Aliás, o time do Palmeiras é mais objetivo, mas joga feio, é muita mídia. E nós poderíamos ter garantido o resultado quarta, o Odair vacilou, tinha que começar com o D'Ale, que tem visão de jogo diferenciada. E no primeiro tempo o Inter insistiu demais pelo lado direito do campo”.

MauríCio aZevedo silveira

“Tendo em vista a parada para a Copa América e o tempo para o Renato treinar a equipe, ontem frente ao Bahia e considerando todo o cenário que envolve um confronto de mata, mata pela Copa do Brasil, acredito que a atuação da equipe como um todo foi mediana e o fato de jogarmos com um jogador a menos desde os 40 minutos do segundo não foi um mau resultado e isso deixa o confronto em aberto para o jogo da volta”.

por KLEITON VASCONCELLOS kleiton@diariodamanha.com

DIÁRIO DA MANHÃ - PASSO FUNDO, SEXTA-FEIRA, 12 DE JULHO DE 2019

BASQUETE

Torcida comemora aniversário do 14 de Julho

Jogos da RJ hoje Com a rodada de basquetebol hoje (12) encerra a primeira fase dos eventos da RJ: Futsal, Voleibol e Basquetebol. O retorno das competições será no início de agosto, isso tudo devido as férias escolares, ficando os segundos

Jantar na noite de hoje marcará os 98 anos de fundação do clube. E Associação dos Torcedores projeta ações visando a retomada das atividades futebolísticas Foto Kleiton Vasconcellos | Diário

N

o dia 27 de junho de 1921 foi fundado em Passo Fundo um dos mais tradicionais clubes do Interior do Rio Grande do Sul. Era o aparecimento do Grêmio Esportivo e Recreativo 14 de Julho. A agremiação está fora do futebol desde 1986, quando deu origem ao Esporte Clube Passo Fundo, em fusão com o Sport Clube Gaúcho.

Porém, conforme a Associação dos Torcedores, a meta é voltar às atividades em breve.

A Associação, aliás, vem promovendo anualmente um jantar de comemoração ao aniversário do 14 de Julho. Em 2019, a atividade está programada para ocorrer a partir das 20h de hoje (12), no Restaurante Requinte. Na oportunidade, ex-jogadores, diretores e familiares de integrantes do antigo clube farão confraternização. E, para hoje, está prevista outra atividade.

“Toda a torcida quatorzeana está se mobilizando para esta noite muito especial, que terá como ponto alto a posse de novos conselheiros do Brasinha, que terão como responsabilidade elaborar e executar a política de esportes do Colorado” diz

esporte 11

turnos e os jogos finais. Apoio do Requinte Restaurante e Secretaria dos Esportes. São aproximadamente 3,7 MIL atletas em 160 equipes e previsão de 500 jogos.

Confira os jogos de hoje que ocorrem no ginásio do Notre Dame.

14:20-2004-Notre Dame X Menino Jesus 15:20-2007-Notre Dame X Menino Jesus 16:10-2004-Fem- Notre Dame X Menino Jesus 17:00-2003-Notre Dame X Bom Conselho

CLUBE JUVENIL

Rodada de hoje do futsal Nesta sexta-feira (12) serão disputadas quatro partidas pela Copa Pergaza de Futsal 2019, todas pela Chave B da categoria Adulto. Os jogos têm início às 19h e ocorrem no Ginásio Play Center do Clube Recreativo Juvenil.

19:00 Adulto Chave B Ajax FC/Rodrilog/A Casa do Celular/Giordani Casas x Futtura Seguros

Em 2019, Grêmio Esportivo e Recreativo 14 de Julho comemora 98 anos de fundação

o presidente da Associação, Carlos Romero. Entre as ações previstas para o futuro estão o apoio às categorias de base e aos novos talentos do futebol, revelados em Passo Fundo e na região.

ESTÁDIO Em nota, a Associação dos Torcedores demonstra preocupação com os rumos tomados em torno do Estádio Vermelhão da Serra, que hoje pertence ao EC Passo Fundo e

19:50 Adulto Chave B Deportivo x Real/Grupo Valentina/Tok Finalli 20:40 Adulto Chave B Dal'Alba/Passo Máquinas x Boka Junior/BMG

que pode ter parte do terreno vendido para o pagamento de dívidas. “É oportuno lembrar que o Estádio Vermelhão da Serra foi construído por várias diretorias e pela torcida do 14 de Julho, com o apoio de toda comunidade regional. É público e notório ser este patrimônio uma reserva ética e moral da cidade de Passo Fundo não podendo ser negociado sob qualquer alegação por síndicos, terceirizados ou pretensos novos proprietários” diz a nota.

21:30 Adulto Chave B Botafogo/Inovar Construtora e Emp. Imobiliários x Rei Verde/ Amora Modas

ATLETISMO

APA representada no Estadual Adulto

FUTEBOL DE BASE

Vila Nova em campo em Teutônia Foto Divulgação

A Associação Passo-fundense de Atletismo (APA) esteve presente no Campeonato Estadual Adulto de Atletismo. A competição foi realizada no sábado (06), tendo como sede a pista atlética da Sogipa, localizada em Porto Alegre. O evento reuniu os melhores atletas do estado, que buscavam conquistar o título de campeão gaúcho adulto e melhorar suas marcas.

A baixa temperatura não foi um obstáculo para as belas performances dos atletas. Ao todo, os filiados à APA obtiveram quatro títulos gaúchos: Guilherme Kurtz (800 metros), Maicon Mancuso (10 mil metros), Jocasta Oliboni (10mil metros feminino) e Jeferson Lopes (3 mil

metros com obstáculos).

Outros quatro atletas da APA fizeram o índice para o troféu Brasil de atletismo: Jocasta Oliboni e Maiana Secco nos 10 mil metros e Maicon Mancuso e Mário Ferraz também nos 10 mil metros. Eles se juntam aos atletas Guilherme Kurtz e Gustavo Bittencourt, que já tinham obtido o índice para participar da maior competição de clubes de atletismo da América Latina, que ocorrerá de 28 a 1 de setembro em Bragança Paulista.

Atletas também conseguiram medalhas: Mário Ferraz, Prata nos 10 mil metros, Gustavo Bitencourt, prata nos 5 mil metros, Maiana Secco, prata e bronze nos 5 e 10 mil metros, respectivamente.

Foto Divulgação

Equipe 2004 do Vila Nova

A categoria 2004 do Esporte Clube Vila Nova/Independente participa da Copa Pathway Sub-15 da Nova Liga Gaúcha de Futebol Infantil (Noligafi). As partidas fo-

ram disputadas no domingo, 7 de julho, em Teutônia (RS). O Vila Nova derrotou o Marítimo por 4x1 e o Lajeadense por 1x0 e empatou com o Teutônia em 0x0. O Espor-

te Clube Vila Nova/Independente conta com o apoio da Universidade de Passo Fundo (UPF) por meio do projeto de extensão Atleta do Futuro.

Atletas felizes com os resultados alcançados em Porto Alegre

12 Variedades

Paraíso (?): o Jardim do Éden (Bíblia) Ideal da ONG internacional Peta Pequenos consertos domésticos

© Revistas COQUETEL

Informação essencial sobre uma maquete Técnica cirúrgica de modelagem do corpo

Insuficiência renal aguda (sigla)

Prática da indústria dos EUA sobretaxada por Donald Trump em 2018 Cena impressionante (p. ext.)

Capacete do soldado romano (Ant.) Espanhol (abrev.)

Grande rio italiano

Coordenadoria Regional de Educação

A fábrica de carros do "cavalo rampante" Refeição, em inglês Ponto cardeal

Receber Edward Albee, dramaturgo

Tirar suco (da cana) Césio (símbolo)

Classificação médica da gripe Atividade de subsistência do troglodita (?)

Diegues, cineasta brasileiro

"Alice (?) do Espelho", filme de 2016 (EUA) Monograma de "Rui"

Criação de Mauricio de Sousa (HQ)

Capital do Sudão Recomendar

Ginger (?), refrigerante de gengibre Divisão do Plano Piloto de Brasília

Monte avistado por Cabral ao se aproximar da costa do Brasil Despidas Um dos ingredientes da tinta guache

(?) redonda, mesa de Camelot Recursos

Ave da Austrália (pl.)

Amor, em inglês

Tem direito a cotas Número em uma mínimo de empresa verbos na oração (Gram.)

Períodos históricos 502, em romanos

Título de freiras

Moeda, em inglês Sala (abrev.)

Recurso da obra de Oswald de Andrade Tito (?), historiador da Roma Antiga Personagem sábio e justo da Bíblia

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Solução

E A F

R R E S T R E T

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E

BANCO

Boca de (?): silêncio (pop.)

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Quinzinho para filhochá de rar Manu antes da Diana dáo um Dandara.

Andreas/Galdino foge presos de Madá, para Moana.

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I C O R A R A L A C E R A V E I C A R T C O A A S E M L E O D I V I O E I S

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Cibele Marie termina seucontar relacionamento com eraia.

Benjamin decidem o que descoBruno. para PadreLaila.

Zoran decide devolver a Dalila briram Samir ouve Paul intimidar o dinheiro nouma Instituto, e todos Fauze.

Cominvestido a ajuda de camareira, Case preocupam.

Daliladejura vingar a morte mila invade o quarto Dalila/Basma.

Jamil de Aziz, e Rania assusta com o ódio da não acredita nas se acusações de Cibele conneta.

Omar planeja aplicar um golpe tra Dalila/Basma.

Muna enfrenta Omar,em e Eva e confidencia a Latifa plano. Dalila.

Muna Mamede se preocupa.

Paulseu provoca comenta com Aliuma quebolsa desconfia da índole Camila encontra com documende Omar e Latifa. LailaJamil aconselha Bruno tos de Dalila/Basma. conversa coma retomar o relacionamento Marie e se Ali. Helena tenta falar comcom Elias.

Missade entregar ao amor dela.

Missade convence conforta Laila.

Dalila ouve quando Camila Padre sair Zoran manter o dinheiro investido tenta de aseu quarto.

Rania pede desno Instituto.

BórisLaila desconfia Jamil culpas a Camila. decidede seOmar. separar de desabafa com Ali. Jamil.

S U G E R I R

profissional e social, estão previstos para - O boa período da manhã vocêGÊMEOS agora. Muito influência tamserá um tanto complicado para você. bém aos assuntos pessoais e as artes de Mas, à tarde, tudo deve melhorar sensium modo geral. velmente. Conseguirá progredir no trabalho e será bem sucedido. Êxito profissioCÂNCER - Dia em que terá muito nal e boa saúde. sucesso ao tratar com autoridades civis CÂNCER e na solução problemas - Dia de queseus poderá benefiprofissionais, financeiros e pessoais. ciá-lo nas questões pessoais intimas Gastos excessivos de dinheiro o perture familiares porque o signo atual o eleva barão nos todos próximos dias. Ótimo para traem quase os sentidos.

Pode demotar de trabalho. rar de umassuntos pouco, mas conseguirá o que está

Novelas

B E M E S T A R A N I M A L

probabilidades ÁRIES -- ONotáveis sol lhe promete um dia de sucesso nas questões relaciodos mais favoráveis.

Fará bons nenadas com testes, aumento gócios, bons concurso, planos com relação ao fude vencimentos e rendimento. contaturo, contatos pessoais, ótimas Orelações to com sentimentais desconhecidose lhe será útil.

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Cuide um da saúde de seu blemas, uma vez que agindo assim, você verá ideias novas surgirem.à tristeza e ao TOURO - Tendência pessimismo. Deverá evitar tais coiTOURO - Vizinhos ou bem parentes sas para que tudo possa correr para muito dia. chegados procurarão ter você neste Cuide de sua saúde, evite questões com você neste dia, não dê, acidentes e só viaje se for necessário. portanto, mental. motivos para isso. A influência Elevação também não é propicia ao amor. Excelente,GÊMEOS contudo -para o trabalho e para os Esperanças bem sucedinegócios. das, desejos concluídos e exaltação

Cinema

4/coin — love — meal. 6/cartum. 7/paródia. 10/bricolagem.

Horóscopo

DIÁRIO DA MANHÃ - PASSO FUNDO, SEXTA-FEIRA, 12 JULHO DE 2019

cidade 13

DIÁRIO DA MANHÃ - PASSO FUNDO, SEXTA-FEIRA, 12 DE JULHO DE 2019

Inserção no mercado de trabalho de jovens pauta projeto social Projeto João Zaffari chega neste semestre a 26ª turma de formandos. Alunos da rede pública têm acesso a cursos gratuitos de formação e uma oportunidade de colocar o aprendizado em prática Foto: Ana Cláudia Capellari | Diário

por ANA CLÁUDIA CAPELLARI anaclaudia@diariodamanha.com

C

onquistar um emprego pode ser sinônimo de realização pessoal, independente da idade. Para os jovens, que buscam intensamente uma oportunidade de crescimento, a conquista pode ser ainda maior.

Com essa premissa, a Comercial Zaffari realiza, desde 2006, o projeto João Zaffari. O projeto social tem o objetivo de formar jovens, entre 16 e 17 anos, para o mercado de trabalho.

Como resultado desse trabalho, 10 jovens se formaram na quintafeira (11) na 26ª turma do projeto.

A coordenadora do projeto João Zaffari, Analisa Lorenzi, explicou que o projeto é voltado para a inserção desses jovens no mercado

Os 10 alunos formandos da 26ª turma do projeto João Zaffari

de trabalho, fazendo com que eles tenham uma formação profissional adequada. O curso pelo qual os jovens passam tem duração de três meses e meio. “Nesse período, eles têm aulas comigo e com

quatro estagiários de psicologia, aprendendo conhecimentos gerais e assuntos importantes para o mercado de trabalho. Ao completar o curso, eles são encaminhados para vagas de trabalho na empresa mes-

mo, na loja que fica mais próximo da casa deles”, disse Analisa.

Todos os alunos do curso são de escolas públicas municipais e a renda familiar não deve ultrapassar três salários mínimos, conforme diz a coordenadora. Durante os três meses do curso, são oferecidos aos alunos alimentação, materiais didáticos e uniformes. A remuneração, argumentou Analisa, vem somente após a efetivação da vaga de emprego.

Desde o início do projeto, mais de 300 jovens já se formaram.

Analisa comentou que muitos deles ainda estão na empresa, ocupando outras funções. “É um projeto muito bacana e vale muito a pena, eles têm a oportunidade de

crescimento, de carreira dentro da empresa. Sou suspeita para falar, mas vale muito a pena”.

Durante a formatura dos jovens, que ocorreu no auditório da Associação Comercial, Industrial, de Serviços e Agronegócios (Acisa), a emoção tomou conta. O aluno William Nazi de Lima, orador da turma, ressaltou que o projeto oferece para eles “muitas oportunidades de conhecimento, uma vaga no mercado de trabalho”.

E completou: “chegou o nosso momento de ir atrás dos nossos sonhos e objetivos. Independente da função na empresa temos que dar o nosso melhor. Muito obrigada a todos que fizeram parte desse momento”.

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DIÁRIO DA MANHÃ - PASSO FUNDO, Automóveis Aluguel Apartamento Casas Terreno Oportunidade Diversos SEXTA-FEIRA, 12 JULHO DE 2019

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por VINICIUS COIMBRA vinicius@diariodamanha.com

DIÁRIO DA MANHÃ - PASSO FUNDO, SEXTA-FEIRA, 12 DE JULHO DE 2019

segurança agrodiário 15

ACERTO DE CONTAS

Operação prende acusados de usar de violência para cobrar dívidas Polícia Civil de Alegrete deflagrou a Operação Acerto de Contas na manhã de quinta-feira (11), em Passo Fundo. A ação investiga pessoas que se identificavam como cobradores de uma empresa do município. Os indivíduos são acusados de cobrar produtores rurais em municípios do interior do Rio Grande do Sul com o uso de violência. Foram cumpridas ordens judiciais em Santa Maria, Palmeira das Missões e Passo Fundo, de mandados de busca e apreensão e prisão preventiva.

A investigação teve início a partir de uma ocorrência na qual indivíduos que se identificavam como cobradores da empresa passaram a coagir produtores e cobrar dívidas de custeio de plantio. O fato mais grave ocorreu em uma propriedade entre Alegrete e o município de Manuel Viana. Neles, os indivíduos teriam efetuado disparos de arma de fogo contra as vítimas e roubado objetos delas. “Temos conhecimento que aí na região [de Passo Fundo] também ocorreram fatos dessa natureza, mas as vítimas não

Foto: Divulgação PC

A

Dois homens foram presos em Passo Fundo; eles se identificavam como cobradores de uma empresa com sede no município

Materiais foram apreendidos na ação feita pela PC

informaram à polícia por medo dessas pessoas. Esperamos que essas prisões possibilitem a identificação de todos os envolvidos”,

disse o delegado Valeriano Garcia Neto.

Com a investigação, a polícia conseguiu identificar a empresa e os envolvidos, que

Policiais fazem homenagem a colega morto em serviço

Homenagem ocorreu no centro de Passo Fundo

um dos tiros acertou a viatura e atingiu o policial na cabeça.

O colega dele assumiu a direção e foi até o Hospital de Pronto Socorro (HPS), onde morreu. Na quarta-feira (10), dois acusados do crime foram presos.

Motorista escapa de abordagem, causa acidente e continua fuga Um condutor em fuga causou um acidente de trânsito no cruzamento da rua Morom com a Avenida 7 de Setembro, no centro de Passo Fundo, na manhã de quinta-feira (11).

De acordo com testemunhas, policiais tentaram abordar um homem em um VW/Gol, de cor branca e

modelo antigo, na região central, por volta das 9h. Este veículo teria colidido em um GM/Vectra. O condutor desobedeceu e fugiu em direção ao bairro Boqueirão, pela Morom, em alta velocidade. No cruzamento desta rua com a 7 de Setembro ocorreu a colisão com um Renault Clio,

com placas de Passo Fundo. Mesmo após o acidente, o motorista continuou a fuga em direção ao bairro Boqueirão. O condutor do Clio não ficou ferido. O carro foi encontrado na Vila Donária durante a manhã. O condutor não foi localizado, mas foi identificado pela BM.

PARTICIPAÇÃO DA EMPRESA A PC não divulgou, neste momento, o a empresa que estaria envolvidas no caso.

Os policiais querem descobrir se ela estava ciente das práticas criminosas. “A investigação será aprofundada e vai abranger essa segunda etapa, das pessoas que se beneficiariam com esse dinheiro [das cobranças]. As pessoas presas são aquelas que efetivamente vieram a praticar os atos de violência na região de Alegrete”, explicou o delegado. Outros dois indivíduos seguem foragidos.

Gabriel Ferreira dos Santos Mestre em Direito, advogado criminalista e professor universitário

Foto: Vinicius Coimbra | Diário

Uma homenagem a um policial morto em serviço em Porto Alegre foi feita na manhã de quinta-feira (11), em frente à Catedral Metropolitana, no centro de Passo Fundo. O ato teve a presença de policiais do 3º RPMon da BM, Guarda Municipal de Trânsito (GMT) e Polícia Rodoviária Federal (PRF). Um ‘sirenaço’ de cerca de um minuto foi feito em homenagem a Gustavo de Azevedo Barbosa Júnior, de 26 anos, que morreu após ser baleado na última quarta-feira (9).

As homenagens ocorreram em outros municípios do Estado. “Viemos aqui para prestar a última homenagem a esse colega que tombou em serviço. Para nós é triste, estamos consternados”, disse o tenente Daisson de Andrade da Silva.

O crime ocorreu após policiais tentarem abordar um carro roubado na capital. Os bandidos atiraram na guarnição e

tiveram a prisão preventiva decretada pela justiça de Alegrete. Um foi preso em Santa Maria e dois em Passo Fundo, um deles um policial militar na reserva. Todos tinham antecedentes criminais. Uma arma de fogo do policial da reserva foi apreendida, assim como munições. Os que foram presos em Passo Fundo foram recolhidos ao presídio e ficam à disposição da justiça. As investigações continuam para apurar a participação de cada um dos presos na prática criminosa.

gabriel@gfscriminal.com.br

Quando os fins justificam os meios?

Em meio à discussão da Reforma da Previdência, o vazamento de supostas conversas entre o ex-juiz Sérgio Moro e membros do Ministério Público Federal no âmbito da Lava Jato é pauta recorrente nas conversas cotidianas e no cenário jurídico do País. Quanto mais trechos de conversas são divulgados, mais polarizados ficam os argumentos prós e contras às condenações oriundas da dita Operação.

Em recente pesquisa do Instituto Datafolha restou concluído que os entrevistados (as) reprovam a conduta do então à época Juiz, entendendo, no entanto, como justa as condenações dali advindas – em especial do ex-presidente Lula. Em um processo penal – independentemente de quem sejam os envolvidos – a imparcialidade do juiz, bem como o integral respeito à legislação é o que torna legítima, séria, confiável e justa uma condenação ou absolvição. Se mostra temerário o atual estágio (equivocado!) de que não importa o regramento processual, mas sim diretamente seu resultado.

Precisamos compreender que Direito e moral estão dissociados. É o Direito que tem poder sancionatório.

E isso deve valer para quem está na condição de réu, mas também para quem conduz o processo. O Direito é o limitador do poder de punir e não instrumento de vingança, seja a quem for.

Queremos pedir mais consciência da população, que se evite a Av. Brasil futuramente, utilizando desvios, outras formas que possam não atrasar a rotina de cada um. Hoje, a Avenida é o principal corredor de fluxo de veículos. Com a obra, ocorrerão alguns atrasos que são normais em uma obra

“

“

FRASE DA EDIÇÃO

Gustavo Heurich,

secretário adjunto de Obras de PF

www.diariodamanha.com

PASSO FUNDO, SEXTA-FEIRA, 12 DE JULHO DE 2019 Foto arquivo diário

Fundo para educação perde validade em 2020 Em vigor desde 2007, o Fundeb é a principal fonte de financiamento da educação básica no Brasil. Dois projetos tramitam no Congresso para tornar permanente a atuação da ferramenta.

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DIÁRIO PASSO FUNDO redacao@diariodamanha.com | (54) 3316.4800 DIÁRIO CARAZINHO redacao.carazinho@diariodamanha.com | 54.3329.9666

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GRUPO DIÁRIO GRUPO DIÁRIO DA MANHÃ DA MANHÃJULHO I - 2019 JULHO I - 2019

O TRIGO AINDA PODE SER RENTÁVEL? Dúvida se semear a cultura de inverno é viável – tanto financeiramente quanto no tamanho da produção – ronda o pensamento do agricultor, que chega ao fim do mês e precisa pagar as contas. Estudo feito por pesquisador indica que, sim, é possível tornar o trigo uma cultura rentável e com perspectivas positivas | Páginas 4 e 5

GRUPO DIÁRIO DA MANHÃ JULHO I - 2019

COTRIJAL INFORMA

SER AGRO É BOM

Embalagens vazias de defensivos agrícolas? O que fazer?

Ana Cláudia Capellari jornalista responsável pelo Agro Diário

Descarte correto das embalagens deve ser feito para evitar danos ao meio ambiente e para garantir a segurança da lavoura e do homem do campo

Uma das principais dúvidas do produtor rural é sobre o que fazer com as embalagens de defensivos agrícolas após a utilização.

A Cotrijal, através do Programa Sentinela, orienta os agricultores sobre o manuseio adequado das embalagens para a devolução. Naquelas rígidas e laváveis, é fundamental que o produtor a devolva sem sombra de produto ou água de lavagem; destampadas e inutilizadas (perfuradas ou cortadas) e com as tampas em um saco separado.

Já para aquelas embalagens não-laváveis, a dica dada pela cooperativa é de que elas sejam devolvidas vazias e separadas das demais em um saco.

Além dessas orientações, a Cotrijal salienta que: - Na propriedade, é necessário armazenar temporariamente – no prazo máximo de um ano – as embalagens em local coberto, com piso, isoladas do acesso de pessoas e animais. Necessário ainda manter as embalagens limpas até a devolução; - Embalagens secundárias, como caixas de papelão, devem ser devolvidas desmontadas e empilhadas;

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Na semana passada, a ativista pela causa animal Luísa Mell postou em suas redes sociais que “não é o agronegócio que sustenta o país... somos nós ‘q’ sustentamos os ruralistas! Acorda Brasil!”. A postagem foi repostada pela cantora Anitta e ganhou uma proporção ainda maior.

O lado positivo com a repercussão é que respostas aparecem. Noelle Viegas Folleto, engenheira agrônoma e atuante nas redes sociais, em especial no Instagram, respondeu Luisa Mell. “Gostaria de convidar as duas [Luisa Mell e Anitta] para conhecer a realidade do agronegócio brasileiro de perto, encarar nosso cotidiano com comprometimento e ter de ler e ouvir asneiras diversas. O Agro é o que de melhor existe nesse país, o agro é pop, é tecnológico, é maravilhoso. O agro é tudo o que vocês duas jamais conseguirão compreender!”.

O agricultor brasileiro é o profissional que mais preserva o meio ambiente. Cerca de 30% do Brasil são áreas protegidas, são 1.871 terras atribuídas e 600 áreas indígenas.

Outros países protegem 10% do seu território. Os brasileiros protegem quase três vezes mais a média mundial. Os produtores ocupam com lavoura apenas 7,8% do território.

Com esses dados, é comprovado que o agricultor brasileiro é a única categoria profissional que dedica, do seu patrimônio privado aproximadamente R$3 trilhões de reais para o meio ambiente.

Ainda existem ‘fake news’ sobre o setor, sobre a abrangência e a sua importância. Combatê-las com informação é a melhor maneira. O agro é a alavanca que puxa o Brasil.

Neste caderno, há exemplos que desmentem Luisa Mell e Anitta. Que são excelentes nos seus meios, mas que quando falam de agronegócio, estão desinformadas.

Boa leitura!

Agenda de eventos Emater/RS-Ascar | São Domingos do Sul

II Encontro de Agricultores de São Domingos do Sul Corede: Produção Data: 19/07/2019 Horário: 19:30 Promoção: 19:30 Abertura Oficial 19:45 Palestra sobre Manejo de Doenças de Plantas e Uso Racional de Fungicidas, ministrada pelo professor e pesquisador da UFRGS, PHD - José Antônio Martinelli 21:15 Jantar de Confraternização e Sorteio de Brindes, após baile Local: Salão Paroquial

Camargo

Mostra Municipal de Vinhos de Camargo Corede: Produção Data: 27/07/2019 Horário: 19:30 Promoção: Emater, Prefeitura de Camargo e Comunidade Arranca Tocp Local: Comunidade de Arranca Toco região de abrangência: Água Santa, Almirante Tamandaré do Sul, Barracão, Cacique Doble, Camargo, Capão Bonito do Sul, Carazinho, Casca, Caseiros, Ciríaco, Coqueiros do Sul, Coxilha, David Canabarro, Ernestina, Gentil, Ibiaçá, Ibiraiaras, Lagoa dos Três Cantos, Lagoa Vermelha, Machadinho, Marau, Mato Castelhano, Maximiliano de Almeida, Muliterno, Não-MeToque, Nova Alvorada, Paim Filho, Passo Fundo, Pontão, Sananduva, Santa Cecília do Sul, Santo Antônio do Palma, Santo Antônio do Planalto, Santo Expedito do Sul, São Domingos do Sul, São João da Urtiga, São José do Ouro, Tapejara, Tupancí do Sul, Vanini, Vila Lângaro e Vila Maria Diretores Comerciais Eliane Maria Debortoli Carlos Munhoz

Foto de Capa Freepik

Editor: Édson Coltz - RP 17.059

Clélia Fontoura Martins Pinto - ME

jornalista responsável Ana Cláudia Capellari

Matriz: Rua Independência, 917, sala 3 - Passo Fundo Contato: (54) 3316-4800

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Foto Wenderson Araujo | CNA

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FUTURO DO AGRO

Jovens e o agronegócio: formar líderes para o setor crescer Programa CNA Jovem tem o objetivo de construir lideranças para atuar nos desafios da agropecuária brasileira

Na cerimônia de premiação em Brasília no domingo (7)

H

á três anos, a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) realiza um programa para estimular a participação dos jovens na cadeia do agronegócio. O ‘CNA Jovem’ forma e prepara lideranças para atuar no setor. O programa tem duração de quatro meses, com atividades que instigam e estimulam os jovens a pensar o agro além da maneira tradicional.

Ao final dos quatro meses de atividade, os jovens com melhor potencial de liderança e um grupo são premiados em uma cerimônia na sede da CNA em Brasília. Os vencedores deste ano foram conhecidos no domingo (7), no último encontro da etapa nacional do programa.

Dentre os vencedores na categoria individual – foram três premiados – está a gaúcha Paula Hofmeister, de 26 anos, de Pedras Altas, município distante 388 km da capital Porto Alegre. Junto a Paula, ganharam Carina Babick, de Santa Catarina e Pedro Correia, do Rio de Janeiro.

O trio vencedor foi escolhido por uma comissão de técnicos da Diretoria de Educação Profissional e Promoção Social (DEPPS) do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), ligado a CNA. Além das avaliações individuais, o trio foi dividido em grupos.

Paula, que é engenheira ambiental e sanitarista e produtora rural, conta que entrou no programa ‘meio por acaso’, mas que a experiência foi muito intensa. “Os jovens são indicados pelos sindicatos rurais que participam, no meu caso, de Pedras Altas, que é onde eu moro. Eu recebi o convite por acaso no WhatsApp e pensei ‘vou participar’. Pedi para o presidente do sindicato se eu poderia e ele autorizou”.

Ela lembra que as atividades do programa começaram no sistema EAD (à distância) e interagiu com pessoas de todo país. “Depois das atividades EAD, que buscavam muito a nossa parte de administração de conflitos, nos fazia pensar para um lado que às vezes a gente não pensa, tivemos atividades presenciais e estaduais”. Com o resultado da etapa EAD, 12 jovens gaúchos foram selecionados para um encontro em Porto Alegre, que ocorreu em fevereiro deste ano.

Dos 12 jovens, 10 foram selecionados para o encontro presencial. Nessa etapa, Paula foi desafiada a criar um desafio pessoal. “O meu era desmistificar as ações negativas do agro. O meu objetivo sempre foi fazer com que as pessoas tentassem enxergar o agronegócio por outro lado que não o negativo que muitas vezes é mostrado na mídia erroneamente, na maioria das veze é escrito de uma forma errada. Esse foi o meu objetivo”, lembra.

Após a etapa estadual, com os 10 jovens escolhidos, três foram selecionados para a etapa nacional. Paula esteve, com muito esforço, em todas as etapas e enfrentou cada obstáculo que era imposto em seu caminho.

ETAPA NACIONAL Já na etapa nacional, com pessoas de 24 estados brasileiros, Paula se reuniu em um grupo e precisava, junto aos colegas, pensar

em desafios e estratégias importantes para o desenvolvimento sustentável do agro.

“O meu grupo contava com 12 pessoas e fizemos o nosso desafio sobre energias alternativas. A nossa ideia é levar até o produtor rural as informações do uso e de implantação de energias alternativas. O nosso projeto piloto vai começar em Santa Catarina e depois no Rio Grande do Sul. Posteriormente, Amapá, Pará, Rio de Janeiro, que são os estados que já temos o apoio das federações”.

“PUDE ENXERGAR O QUANTO POSSO CONTRIBUIR PARA O AGRONEGÓCIO” Nas atividades da etapa nacional do programa CNA Jovem, uma delas era perguntas as pessoas em uma rua de São Paulo, na Vila Madalena, o que elas achavam do agronegócio. “Surgiu tanta resposta, surgiu tanta gente que não fazia ideia do que é o agronegócio, surgiu gente dizendo que o agronegócio destruía tudo e que era um horror, que dizia que o agronegócio só visava o lucro e poucas pessoas apareceram dizendo que o agronegócio era algo muito importante para a economia, para o país, que gera tanto emprego e renda”. Com essas respostas em mãos, Paula se sentiu ainda mais motivada a continuar com sua missão de desmistificar o agronegócio brasileiro.

“Pude enxergar o quanto eu posso contri-

buir para o agronegócio através da minha formação, da minha realidade, porque eu morei em propriedade rural e temos muito a mostrar. É unir forças e tornar o agronegócio maior do que já é, fazer com que as pessoas apoiem e saibam exatamente o que é o agronegócio”.

EXPERIÊNCIA GRATIFICANTE Toda a experiência no programa, para Paula, foi gratificante. “A vitória, de verdade, não imaginava e tinha muita gente forte e boa, gente com muita capacidade.

Eu tinha um pingo de esperança porque estava lá, mas foi uma surpresa enorme, muito grande”.

Mas mais do que a vitória – que é positiva – Paula tirou de lição outra coisa.

“Quando eu estava lá comemorando os organizadores me disseram ‘viu Paula,viu como você consegue, você tem muito a mostrar’. Isso me deu muita força para continuar, para colocar os planos em prática, sempre envolvendo o agronegócio.

Para mim foi um crescimento pessoal muito grande, eu não sabia que eu podia fazer tanto, não sabia da minha capacidade de liderar, de mediar conflitos, de debater”, diz.

JOVENS LÍDERES O programa CNA Jovem ocorre de dois em dois anos. Para a quarta edição do programa, Paula tem a intenção de indicar jovens que já tenham o perfil de liderança e amor ao agro. “Eu diria que os jovens tem que viver ao máximo, conseguir sugar tudo o que puder e aproveite cada segundo e pessoa, todos os que fazem parte do processo são muito especiais e tem muito a nos mostrar”, enfatiza.

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Ainda vale a pena plantar trigo?

Dúvida se semear a cultura de inverno é viável – tanto financeiramente quanto no tamanho da produção – ronda o pensamento do agricultor, que chega ao fim do mês e precisa pagar as contas. Estudo feito por pesquisador indica que, sim, é possível tornar o trigo uma cultura rentável e com perspectivas positivas

Foto: Divulgação Farsul

Foto: Divulgação

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trigo, mesmo com os percalços de mercado, continua sendo uma cultura importante para o inverno e para o país. Nessa safra, o Rio Grande do Sul semeou 793,4 mil hectares. De acordo com o último levantamento da Emater/ RS-Ascar, de quatro de julho, o plantio tinha avançado 15 pontos percentuais em comparação com a semana passada.

Ainda conforme o órgão gaúcho, 97% das lavouras estão em germinação e desenvolvimento vegetativo.

No entanto, a área do cereal de inverno poderia ser maior na avaliação do presidente da Comissão de Trigo da Federação de Agricultura do Estado (Farsul), Hamilton Jardim. “O trigo é fundamental para a sustentabilidade do sistema produtivo e no Rio Grande do Sul, infelizmente, a cultura está ocupando um pequeno espaço comparado ao que se planta no verão. O RS, de maneira geral, tem aptidão para trigo e não se pode olhar ele [trigo] isoladamente”, afirma.

Jardim esteve em Passo Fundo na semana passada para o Fórum Nacional do Trigo, programação paralela à 13ª Reunião da Comissão Brasileira em Trigo e Triticale (RCBPTT), que ocorreu na Universidade de Passo Fundo. Na oportunidade, Hamilton conversou com a reportagem do Diário da Manhã e expôs aos técnicos, produtores e cadeia produtiva do cereal um tema considerado importante pela Farsul: as intervenções governamentais. “O trigo ainda é uma cultura que está no amparo da política de garantia de preços mínimos do governo,

“

há muitos anos, mas é uma cultura que nesse momento o governo tem olhado com muita preocupação haja vista a instabilidade ao longo dos anos”.

Para ele, as políticas aplicadas de Prêmio Equalizador Pago ao Produtor Rural (PEPRO) e Prêmio para Escoamento do Produto (PEP), que ocorreram na safra 2017/2018, por exemplo, não devem acabar, mas devem ser reavaliadas. “Isso eu acredito que não irá acabar, mas temos que entender que estamos dentro de uma economia liberal e isso foi o que a ministra Tereza Cristina [da Agricultura, Pecuária e Abastecimento] nos chamou há exatamente um mês em Brasília para nos colocar algumas responsabilidades para a cadeia”. “Queremos mostrar para o governo a importância da cultura, de ela estar no abrigo da política de preços mínimos, mas também a importância de nós corrigirmos aquilo que o atual governo está detectando”, completa.

Ao representar a Farsul e a Câmara Setorial do trigo do Ministério da Agricultura, Hamilton quis deixar claro a importância de toda a cadeia do trigo, que envolve desde o produtor rural até os moinhos, diminuir a dependência de importações do cereal. Conforme dados trazidos pelo presidente da Comissão de Trigo, neste ano, para suprir o consumo interno, serão importadas mais de 6,5 milhões de toneladas de trigo. “É muito dinheiro, dinheiro que poderia ficar aqui no Brasil. Temos que focar no que podemos fazer para que a cultura se torne mais rentável e com a recuperação da economia brasileira”, pontua.

Queremos mostrar para o governo a importância da cultura, de ela estar no abrigo da política de preços mínimos, mas também a importância de nós corrigirmos aquilo que o atual governo está detectando

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Hamilton Jardim

presidente da Comissão de Trigo da Farsul

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RETORNO FINANCEIRO: MITO OU VERDADE? Para o pesquisador em economia rural da Fundação ABC, do Paraná, Cláudio Kapp, o tão esperado retorno financeiro do trigo pode existir. Isso porque Cláudio analisou 24 safras de trigo ao longo dos anos. Com as informações, oriundas de um banco de dados de três cooperativas – Capal, Frísia e Castrolanda – Kapp consegue observar a cultura do trigo sob o viés financeiro. “Dentro da metodologia que usamos, o trigo trouxe um fluxo positivo, trouxe uma rentabilidade na média durante essas 24 safras. Têm algumas safras que é negativo, que o produtor perdeu dinheiro, outras que deram um resultado satisfatório, que ele ganhou dinheiro. As safras que ele [produtor] ganhou dinheiro superaram aquelas em que ele perdeu”, explica.

Os resultados da pesquisa mostram que o trigo obteve rentabilidade média acima de R$200 por hectare, o que, para Cláudio, demonstra como cereal pode ser uma boa opção para o inverno. “Só que o psicológico do produtor às vezes guarda mais as safras que ele perde dinheiro. Na média, tirando os anos bons e ruins,

o trigo trouxe um resultado positivo. Temos que entender que esse resultado positivo acontece dentro de um sistema de produção para ver se no final do ano, quando se fecha a fazenda no final do ano, ele ajuda a melhorar os níveis de rentabilidade”, argumenta.

“A NOSSA DISCUSSÃO É PARA QUE NÃO SEJA ELIMINADO” O pesquisador Cláudio Kapp, assim como Hamilton Jardim, participou da 13ª Reunião da Comissão Brasileira em Trigo e Triticale (RCBPTT), onde mostrou para o público o resultado da pesquisa. “No final das contas, é difícil o produtor fazer 100% da área de trigo todo ano, a nossa discussão é para que não seja eliminado de cara essa cultura com uma metodologia que não consideramos adequada. Queremos trazer para a discussão de que sim, o trigo é uma opção e pode ser uma opção financeiramente atrativa para o inverno”, salienta.

Kapp acredita que o produtor que plantou trigo nessas 24 safras independentemente de clima ou mercado, teve resultado positivo simplesmente por ter plantado.

Foto Divulgação 13ª RCBPTT | Ron Lima

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Queremos trazer para a discussão de que sim, o trigo é uma opção e pode ser uma opção financeiramente atrativa para o inverno

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Cláudio Kapp

pesquisador em economia rural da Fundação ABC

13ª REUNIÃO DA COMISSÃO BRASILEIRA EM TRIGO E TRITICALE A reunião ocorre anualmente e é uma oportunidade em que a cadeia do trigo se une para discutir temas importantes, como a viabilidade econômica, neste ano pautada pela pesquisa de Kapp, e os avanços na pesquisa. Os dois eventos - 13ª RCBPTT e o Fórum do Trigo foram uma realização da Biotrigo Genética, com o apoio da Embrapa Trigo.

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Planejamento Rural Eng. Agr. Claudio Dóro InovAgri – Planejamento Rural

O estabelecimento de uma agricultura sustentável, que preserve o meio ambiente e que proporcione segurança alimentar futura, é um fator primordial para o desenvolvimento da humanidade ante as mudanças climáticas e o declínio das reservas energéticas não renováveis.

Prevê-se que em 2050 a população mundial atinja nove milhões de habitantes, existe o desafio de criar métodos para aumentar a produção de alimentos e energia renovável sem esgotar os recursos naturais.

Em 2050 provavelmente estaremos vivendo sob a influência de três crises: a diminuição das reservas de petróleo, a escassez de água potável e a falta de alimentos.

No Brasil os programas do etanol e do biodiesel mostraram ser alternativas viáveis para reduzir a dependência do petróleo, porem o cultivo extensivo e exclusivo para cultivo de plantas com potencial para a produção de biocombustíveis pode gerar problemas no abastecimento de alimentos para população, com escassez e elevação de preços.

Neste sentido a biotecnologia se insere como propulsora para o aumento da produtividade, da qualidade da produção e para o desenvolvimento de plantas adaptadas a diversas condições ambientais de espécies com potencial energético.

No futuro, a redução dos custos para o desenvolvimento e a adoção dos produtos da biologia molecular pode aumentar a variedade de plantas transgênicas e a sua disponibilidade para pequenos e médios produtores. A inserção de características antes ausentes na planta pode agregar valor aos seus produtos, multiplicando a renda do agricultor e diminuindo o êxodo rural.

A transformação genética pode ser o motor de uma transformação social.

Cotação do trigo, para especialista, não deve ter fator para gerar alta Safra argentina do cereal, expectativa de reforma da previdência na Câmara dos Deputados e condições climáticas das lavouras americanas influenciam os preços nacionais

O

futuro da cotação de trigo pode não ser tão animador para os produtores gaúchos. Conforme explica o consultor de mercado Paulo Molinari, o clima no Rio Grande do Sul em outubro, novembro e dezembro tende a ser chuvoso.

Além do clima no estado, Molinari comenta que a safra da Argentina – que está indo bem – pode fazer com que a cotação não suba. “Argentina está plantando uma boa safra, está chovendo bem e plantando sem problema nenhum, os Estados Unidos tem um bom estoque, temos que ver a safra da Europa e da Rússia como vai ser. Não tem um grande fator diretamente do trigo que possa fazer com que o mercado suba. O trigo é basicamente a conta de Argentina mais câmbio. Se os argentinos vierem com uma safra cheia, o trigo vai ter preço em baixa lá na frente”.

No entanto, existe uma variável que pode ajudar o trigo: quebra de safra nos Estados Unidos. “Se realmente tiver essa quebra de safra americana, se realmente isso se confirmar lá para frente, hoje ainda não podemos dizer que tem toda essa quebra, vai acontecer de o milho subir em Chicago e isso trará reflexo para o trigo no mercado mundial, que pode ajudar o trigo brasileiro, o preço aqui no Rio Grande do Sul. Essa é a combinação do trigo”.

Sobre o atual preço do trigo, que está em torno de R$40 a saca, Molinari diz que é um preço ‘regular’. “Acredito que na safra mesmo vamos ter preços mais baixos se essa combinação de fatores mencionados ajudarem. O preço bom seria mais próximo de R$ 50 e um preço ruim seria abaixo de R$30”, avalia.

Foto: Marcos Tomé/Região News

InovAgri

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Paulo Molinari, consultor de mercado

menos, significa que vamos importar mais da Argentina e o nosso preço é feito por eles. Vamos ficar sem plantar e a Argentina ganhando dinheiro. É uma conta ruim, claro que não é bom, mas precisa dar essa ‘ajudinha’”, diz.

SOJA Na oleaginosa, os olhos do mercado ainda se voltam para a guerra comercial entre China e Estados Unidos. Na quartafeira (10), o ministério do Comércio da China revelou que INTERVENÇÕES GOVERNAMENTAIS entrou em contato por telefone com o representante comercial Para Molinari, os mecanismos de intervenção governados Estados Unidos, Steven Mnuchin, para pedir a volta das mental para o trigo, o Prêmio Equalizador Pago ao Produtor negociações.

Rural (PEPRO) e Prêmio para Escoamento do Produto Mesmo com esse princípio da volta de negociações, Molina(PEP) não são bons, porém necessários. “Eles [PEP e ri acredita que a “novela do acordo comercial vai demorar a se PEPRO] foram criados para retirar excedentes de um local, ter uma solução”. “Ficamos com os prêmios na soja variando o governo já usou bastante isso no milho e na soja em entre muito mais alto e muito mais baixo dependendo de como um passado e no trigo tem usado até para tirar o de baixo a China decidir”. padrão aqui do Estado. Não é bom, mas é infelizmente é Com a guerra comercial em andamento e as negociações necessário”. sem um final, a China deve continuar com a compra de soja Ele ainda explica que, até o mercado conseguir andar brasileira. “A China já aprendeu como funciona o Brasil, já com as próprias pernas, as intervenções, consideradas pelo não é mais aquele desespero do ano passado, a China sabe que consultor como ‘ajudinha’ devem continuar. “O mercado tem que vir com calma. Depende muito da fome da China em deveria se autorregular plantando menos, mas plantando relação ao Brasil nesses próximos meses”, analisa Molinari.

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EEPROCAR

Escola Estadual de Carazinho oferece formação completa no desenvolvimento e integração com o meio agrícola aos jovens

F

undada há 43 anos, a Escola Estadual de Educação Profissional de Carazinho (EEPROCAR) tem o objetivo de integrar a comunidade urbana e rural, de forma a ser um centro do desenvolvimento. O curso técnico em agropecuária oferecido pela escola ainda oferece a formação técnica necessária para o jovem rural desenvolver atividades ligadas ao setor primário.

A Escola, que possui uma localização geográfica privilegiada, está as margens da BR-285, no km 211,tem 248 hectares a disposição de alunos, pequenos empreendedores e empresários rurais.

Preocupada em desenvolver uma educação voltadas as exigências do mercado, a EEPROCAR atende alunos de diversos municípios do Rio Grande do Sul, até mesmo de outros estados brasileiros.

De acordo com a direção da Escola, a EEPROCAR “apoia e promove as atividades de educação comunitária, colaborando para o crescimento da agropecuária local e regional, promovendo a formação integral do educando como cidadão, desenvolvendo habilidades, valores e atitudes, para que seus egressos sejam agentes de transformação da família e da comunidade, desenvolvendo uma agricultura socialmente justa e ecologicamente desejável”.

Além disso, o curso tem a intenção de preparar os alunos para as novas tendências do agronegócio, com uma formação integral, agroecológica, social, política e econômica, para “valorizar o trabalho no campo, principalmente das pequenas propriedades rurais, levando ao homem do campo a melhoria na qualidade de vida e como empreendedor no seu meio”. Os alunos participam de atividades práticas, cursos de aperfeiçoamento, palestras, congressos, cursos e outras atividades pedagógicas que complementam seu currículo acadêmico.

Atualmente, a escola possui 10 turmas: cinco são de ensino médio integrado ao técnico em agropecuária e cinco turmas do Curso Técnico em Agropecuária modalidade Subsequente. Ao total, 264 alunos são atendidos pela EEPROCAR. Segundo a direção da Escola, 160 alunos estão em regime de internato.

Os alunos participam de atividades práticas, cursos de aperfeiçoamento, palestras, congressos, cursos e outras atividades pedagógicas que complementam seu currículo acadêmico.

INSTITUIÇÃO PIONEIRA A EEPROCAR é a única instituição de ensino da área de abrangência da 39ª Coordenadoria Regional de Educação que contém curso que envolve o setor primário da economia a nível técnico. A Escola dispõe, ainda, de infraestrutura, recursos físicos e humanos para ministrar cursos. “Prima por uma atuação em parceria com a comunidade, através de convênios com os setores público e privado, oportunizando o acesso a novas tecnologias, a profissionalização e constituindose em polo de educação voltado a qualificação do setor primário, a organização coletiva, a inserção no mundo do trabalho e a intervenção social do individuo no seu contexto mais amplo”, conforme argumenta a diretoria.

Foto: Divulgação EEPROCAR

43 anos de foco na aprendizagem rural

Localização privilegiada da EEPROCAR é um dos diferenciais da escola

UNIDADES EDUCATIVAS DE PRODUÇÃO Na escola, os alunos são constantemente desafiados a utilizar as tecnologias alternativas, para propiciar uma visão integrada dos fatores de produção de uma propriedade rural.

Para isso, a escola possui aulas teóricas e práticas nas Unidades Educativas de Produção (UEPS), onde acontecem os projetos de experimentação científica.

As unidades são: Agroindústria, Apicultura, Aves de Corte e Postura, Cunicultura, Bovinos de Corte e Leite, Fruticultura, Olericultura, Ovinocultura, Silvicultura, Suinocultura, Piscicultura, Vermicompostagem, Máquinas e Lavoura.

Nessas unidades, os alunos vivenciam o dia a dia do trabalho no campo e podem colocar ‘a mão na massa’. Do trabalho realizado nas unidades, parte é utilizada pela própria cozinha do educandário, para a elaboração das refeições servidas, que totalizam cinco ao dia.

Na última fase do curso, os alunos devem criar projetos especiais na Unidade de Produção Olericultura. Os alunos assumem de forma total o controle da produção, desde programação de plantio até no uso de controladores de pragas e doenças. Toda a produção realizada no setor de Olericultura é feito com técnicas e manejos sustentáveis.

43 ANOS DE HISTÓRIA Em quase meio século de vida, a EEPROCAR se orgulha de ter como princípio norteador que a ‘produtividade integrada realiza a potencialidade humana’. Nesse sentido, a escola proporciona aos alunos do curso técnico condições de contínuo aperfeiçoamento pessoal e profissional. “Trabalha respeitando os preceitos da Legislação Vigente da Educação Profissional e as orientações emanadas da Mantenedora e da Superintendência da Educação Profissional do Estado do Rio Grande do Sul”.

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Ranking da FAO indica que Brasil utiliza menos defensivos agrícolas que países da Europa Organização mostra que o país ocupa a 44ª posição na lista de países que utilizam os defensivos. No consumo em função da produção agrícola, Brasil cai mais de posição: 58ª

O

uso dos defensivos agrícolas no Brasil é, há algum tempo, tema de discussões fora das lavouras. Há quem afirme que o uso é indiscriminado e descontrolado por parte dos produtores rurais. O dia 3 de dezembro é todos os anos dedicado ao ‘combate aos agrotóxicos’. A data faz alusão a um acidente ocorrido em Bhopal, na Índia, na década de 1980, quando mais de 20 toneladas de gases tóxicos utilizados na fabricação de um pesticida, conhecido como Sevin, vazaram da fábrica.

Para discutir e acompanhar a situação do uso de agrotóxicos, o Ministério Público Federal (MPF), Ministério Público do Trabalho do Rio Grande do Sul (MPT-RS) e o Ministério Público do Estado (MP/RS) criaram o Fórum Gaúcho de Combate aos Impactos dos Agrotóxicos.

O fórum reúne 60 entidades, entre públicas e privadas. Uma formas de acompanhar o uso é através da realização de audiências públicas.

Entretanto, há dados e números que comprovam que a utilização de defensivos no Brasil não é tão grande quanto parece. De acordo com a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) órgão ligado a Organização das Nações Unidas (ONU), o Brasil aparece em 44º posição no ranking de

países que utilizam as substâncias químicas.

Os dados da entidade ainda mostram que o consumo relativo no país foi de 4,31 quilos por hectare cultivado em 2016.

Sob o critério de consumo de defensivos em função da atividade agrícola, os brasileiros estão na 58º posição, com o uso de 0,28 quilos de defensivo por tonelada de produtos agrícolas.

No balanço, foram utilizados os valores de produção de grãos, fibras, frutas, pulses, raízes e nozes e o consumo total de defensivos disponíveis no portal de estatísticas da FAO. Entre os países europeus que utilizam mais defensivos que o Brasil, aparecem Países Baixos (9,38 kg/ha), Bélgica (6,89 kg/ha), Itália (6,66 kg/ha), Montenegro (6,43 kg/ha), Irlanda (5,78 kg/ha), Portugal (5,63 kg/ha), Suíça (5,07 kg/ha) e Eslovênia (4,86 kg/ha).

Para a professora do curso de agronomia da Universidade de Passo Fundo (UPF), com doutorado em fitopatologia pela The Ohio State University, nos Estados Unidos, Jaqueline Huzar Novakowiski, existe desinformação a respeito do uso dos defensivos. “Muitas críticas são provenientes de pessoas do meio urbano que não tem qualquer conhecimento sobre o meio agrícola e acabam opinando e influenciando muitas outras pessoas. E isso acaba criando

Ranking da FAO sobre o uso de defensivos por hectare cultivado / kg/ha 10 8

9,38 6,89

6

6,66

6,43

5,78

5,63

5,07

Irlanda

Portugal

Suíça

4

4,86

4,31

Eslovênia

Brasil

2 0

Holanda Bélgica

Itália

Montenegro

Fonte: FAO 2016

pânico na sociedade e críticas aos defensivos agrícolas”, diz.

Sobre a comparação com países europeus, Jaqueline explica que os sistemas de produção são diferentes. No Brasil, país tropical e com duas a três safras agrícolas por ano, a incidência de pragas, doenças e plantas daninhas é maior, o que pode reduzir a produtividade das culturas.

CONTRIBUIÇÃO DOS DEFENSIVOS PARA ALTAS PRODUTIVIDADES

A professora destaca que os defensivos – comumente chamados de ‘agrotóxicos’ são uma ferramenta importante para a produção em larga, mas que o produtor não tem o poder de escolher se quer usar ou não, é necessário para manter a lavoura adequada. “Os defensivos agrícolas incluem produtos herbicidas, fungicidas e inseticidas, que auxiliam no controle de plantas daninhas, doenças e pragas, respectivamente. Nenhum produtor rural aplica herbicida, inseticida e fungicida porque quer, a aquisição dos produtos e a aplicação representam um custo elevado no processo produtivo”. “As cultivares disponíveis no mercado nem sempre apresentam níveis de resistência genética elevada e, assim, não são suficientes para garantir a obtenção de elevadas produtividades e proporcionar redução no custo dos alimentos”, completa.

MITOS E VERDADES

Ao longo dos anos, diz a professora, diversas pessoas têm afirmado que os alimentos orgânicos são melhores que os alimentos produzidos da forma convencional. Contudo, não há indicativos de que realmente sejam.

“Vários estudos têm sido realizados e não se tem constatado que o produto orgânico, é nutricionalmente, superior ao produto convencional. O que se tem é um maior custo de produção do produto orgânico e maior valor agregado, o que acaba encarecendo esses produtos”, finaliza.

É POSSÍVEL UTILIZAR MENOS DEFENSIVOS?

Para responder a pergunta do subtítulo, Jaqueline salienta que é preciso o agricultor trabalhar em conjunto ao engenheiro agrônomo para definir as melhores estratégias de manejo. “Cada caso é um caso, não tem como generalizar, mas práticas como rotação de culturas e monitoramento durante a safra são recomendadas”.

CONTAMINAÇÃO

A intoxicação pelo uso de defensivos pode ocorrer com qualquer produto. A professora explica que a contaminação pode se dar de forma oral, pela ingestão; dérmica, pelo contato com a pele e via respiratória. “O glifosato é um herbicida e um dos produtos mais utilizados, mas não é o único. Se o produtor rural seguir as recomendações da bula e utilizar equipamento de proteção individual (EPI) pode-se minimizar o risco de intoxicação”, finaliza.

PERGUNTAS FREQUENTES AO MAPA

No site do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) existe uma página onde é possível ler as principais perguntas feitas sobre os defensivos agrícolas.

Confira abaixo algumas perguntas e respostas.

- Os alimentos produzidos no Brasil são seguros quanto aos resíduos de defensivos?

Sim, nossos alimentos são testados e aprovados. Quando há resíduos, estão muito abaixo do que é permitido pelos códigos internacionais. Os alimentos produzidos no Brasil são exportados para 160 países, e testados tanto na saída do Brasil quanto na entrada em outros países. O Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos, realizado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), avalia constantemente a segurança dos alimentos em relação aos resíduos de defensivos agrícolas; - Com mais defensivos disponíveis, vai aumentar o uso nas lavouras?

Não, ter mais marcas disponíveis no mercado não significa que se vai usar uma quantidade maior do produto. O que determina o consumo é a existência ou não de pragas, doenças e plantas daninhas. Os agricultores querem usar cada vez menos em suas plantações, pois os defensivos são caros e representam 30% do custo de produção; Como está o Brasil em relação a outros países?

- Os critérios usados pelo Brasil são mais rígidos do que os de outros países. Se fôssemos usar a classificação internacional, o Sistema Globalmente Harmonizado de Classificação e Rotulagem de Produtos Químicos, conhecido como Sistema GHS, o índice de pesticidas classificados como extremamente tóxicos no Brasil passaria de 34% para cerca de 14%.