DIÁRIO DA MANHÃ PASSO FUNDO E CARAZINHO
calvície
Causa, tratamento e prevenção Cerca de 42 milhões de brasileiros sofrem com a patologia. Saiba quais são as principais dúvidas sobre o assunto | Pág 4 , 5 e 6
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endereços Passo Fundo
Hospital São Vicente de Paulo Rua Teixeira Soares, 808 - Centro (54) 3316-4000 Hospital São Vicente de Paulo - IOT Rua Uruguai, 2050 - Centro (54) 3045-9700 Hospital de Clínicas de Passo Fundo Rua Tiradentes, 295 - Centro/Annes (54) 2103-3333
Hospital Municipal Rua Alcides Moura, 100 - Centro (54) 3316-4500 Hospital de Olhos C.L. Dyógenes A. Martins Pinto Campus I - UPF - Bairro São José (54) 3318-0200 Prontoclínica Tv. Dr. Arthur Leite, 58 - Centro (54) 3313-5100 Bombeiros 193
Carazinho Hospital de Caridade Rua General Câmara 70 (54) - 3329-9898 Ambulatório Municipal Av. Pátria – próximo a Secretaria Municipal de Saúde (54) 3329-2506 / 3329-2448 Hospital de Caridade de Carazinho Centro de Especialidades Médicas (CEM) Av. Pátria – próximo a Sec. Municipal de Saúde e HCC (54) 3331-4510 Bombeiros 193
A Unidade Transfusional do Hospital de Clínicas (HC) de Passo Fundo recebeu no dia 10 de abril uma visita técnica de alunos do curso de Biomedicina da Faculdade Fasurgs, de Passo Fundo. Na visita os alunos conheceram a estrutura do serviço de Hemoterapia do HC, tiveram oportunidade de tirar dúvidas sobre o ato transfusional e também acompanharam o início de infusão de sangue.
Centro Oncológico Infantojuvenil do HSVP recebe visita de alunos da UPF As crianças em tratamento no Centro Oncológico Infantojuvenil do Hospital São Vicente de Paulo (HSVP), de Passo Fundo, receberam no dia 26 de abril, a visita da Professora da Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade de Passo Fundo (UPF), Maria Isabel Botelho Vieira e dos acadêmicos de Medicina Veterinária Bruno Webber, Daniela Lago e Alicia Comin Pietrobiasi. O objetivo da visita foi a distribuição de brinquedos arrecadados pelos alunos. Na ocasião, eles também brincaram com as crianças, proporcionando um momento descontraído e de muita diversão.
Foto: Assessoria de Comunicação HSVP/Scheila Zang
Hosp. Psiquiátrico Bezerra de Menezes R. Ouro Preto, 240 - Vila Dona Eliza (54) 3046-7501
Alunos conhecem trabalho realizado na Unidade Transfusional do HC Fotos: Divulgação HC
Centro de Saúde (Posto Central) Rua Fagundes dos Reis, 270 (54) 3311-6494
aconteceu
Valor arrecadado em baile beneficente é revertido ao HPBM A direção do Hospital de Clínicas (HC) de Passo Fundo e do Hospital Psiquiátrico Bezerra de Menezes (HPBM) recebeu no dia 25 de abril o valor arrecadado no Baile Preto e Branco, evento beneficente promovido pela Loja Maçônica Concórdia do Sul em auxílio ao Hospital Psiquiátrico Bezerra de Menezes. O evento foi promovido no dia 31 de agosto de 2018 e arrecadou o valor de R$ 17.600, que será destinado ao HPBM. “Esta foi uma ação que iniciou em 2017 com o objetivo de auxiliar o Hospital Psiquiátrico Bezerra de Menezes que estava passando por dificuldades, uma maneira, além de arrecadar valores, mas de principalmente mobilizar a comunidade com relação ao tema.” destacou
o representante da Loja Concórdia do Sul, Alexandre Michelin. Para o diretor técnico do HPBM, Dr. Rogério Riffel esta ação representa o reconhecimento da comunidade em relação ao papel da instituição para a população passo-fundense. “Recebemos manifestações que demonstram o quanto estes movimentos são importantes e o quanto o hospital é importante para a sociedade. Então nesse sentido, o nosso agradecimento não é pelo dinheiro em si, mas pela cultura que se cria a partir deste tipo de atitude e pelo resgate do Hospital. Esse resgate que foi feito da importância do HPBM dentro do sistema de saúde de Passo Fundo e na região é o mais importante de tudo.” pontuou Dr. Rogério.
Diretora Comercial: Eliane Maria Debortoli
jornalista responsável Aline Prestes - RP 19.015
Editor CHEFE: Édson Coltz - RP 17.059
Foto de Capa: Freepik
Prática médica e cirúrgica em evidência no HC Os residentes do Programa de Residência Médica em Cirurgia Geral e Básica UFFS/HC participaram de um treinamento em Videocirurgia ministrado pelos preceptores do programa, Dr. Jorge Carlotto e Dr. Leonardo Rossi. O treinamento foi realizado no Hospital de Clínicas (HC) de Passo Fundo na última semana. “Os residentes desenvolveram os conceitos e fundamentos do material de videocirurgia, grampeamento e energia térmica, além de treinamento prático hands-on de nós e suturas laparoscópicas. É muito importante o aprendizado da videocirurgia durante a residência da Cirurgia, uma vez que, hoje, mais de 90% das Cirurgias do Aparelho Digestivo são realizadas por este método.” explica o cirurgião digestivo do Hospital de Clínicas, Dr. Jorge Carlotto. A integração entre os conceitos teóricos e a prática médica e cirúrgica proporciona aos médicos residentes formação altamente qualificada para o mercado de trabalho. “Este treinamento possibilita o contato do residente com os últimos avanços da área cirúrgica, prepara o egresso para realização de cirurgias laparoscópicas de pequena e média complexidade e insere nosso pós-graduando em boa posição no mercado de trabalho após a formação cirúrgica básica.” finaliza.
Clélia Fontoura Martins Pinto - ME Matriz: Rua Independência, 917, sala 3 - Passo Fundo Contato: (54) 3316-4800
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Dia Mundial da Hipertensão Pulmonar
Entenda a diferença entre pulmonar e arterial
Em 2019, o Dia Mundial da Hipertensão Pulmonar quer alertar as pessoas sobre os sintomas dessa doença que é confundida facilmente com outros problemas pulmonares hipertensão acontece levar à insuficiência cardíaca e até turas, zumbido no ouvido e até a hipertensão pulmonar tromboemTanto a HP como a HA são conquando a pressão nos vaà morte” esclarece Dr. Caio Júlio sangramento nasal, a hipertensão dições que podem atingir adultos bólica crônica, varia numa escala sos sanguíneos é maior do Cesar dos Santos Fernandes, do pulmonar causa fadiga extreou crianças, homens ou mulheres, de 1 a 4. Tais indicadores represenque deveria ser, fazendo com que Grupo de Circulação Pulmonar do ma e dificuldade para respirar, de qualquer idade ou raça. Mesmo tam desde a ausência de limitação o sangue se force contra a parede INCOR – Hospital das Clínicas da podendo causar desmaios. Por assim, existe um tipo de hipertenpara atividades habituais, até a dos vasos ou artérias com muita Faculdade de Medicina da USP. se tratar de sintomas comuns são pulmonar que é mais rara e incapacidade de realizar qualquer força. Essa condição é populara outras doenças pulmonares de difícil diagnóstico: hipertensão tipo de esforço físico e a presença mente conhecida como “pressão Sintomas como a asma, o diagnóstico da tromboembólica crônica, a HPde fadiga mesmo em repouso. alta”, mas o que muita gente Mesmo com o nome parecido, HP demora a ser feito e muitas TEC. No total, existem cinco tipos “A HPTEC é rara, mas é a única não sabe é que ela não se limita os sintomas dessas doenças se vezes também é confundido com de HP e segundo a Organização das hipertensões pulmonares que apenas à pressão arterial (HA), diferem entre si. Enquanto a Mundial da Saúde (OMS), a classi- pode ser curada por meio de cirura falta de preparo do indivíduo podendo acometer diretamente os hipertensão arterial pode causar ficação funcional do paciente com gia. O seu surgimento pode ocorrer para realizar exercício físico. Casos raros vasos sanguíneos do pulmão e ge- dores de cabeça, no peito, tona hipertensão pulmonar, incluindo quando o corpo não consegue rar uma condição conhecida como dissolver um coágulo de sangue Hipertensão Pulmonar (HP). nos pulmões. Isso pode levar ao Por ser menos popular e discusurgimento de tecido cicatricial (fibrose) nos vasos sanguíneos tido, o dia 5 de maio foi escolhido como o Dia Mundial da dos pulmões, bloqueando o fluxo Hipertensão Pulmonar, justamennormal” explica o especialista. te para conscientizar a população Diagnóstico dos sinais e sintomas que essa e tratamento doença pode provocar, uma vez Talvez a maior diferença esteja que seu diagnóstico é demono diagnóstico, uma vez que a hirado e confundido com outras pertensão arterial é facilmente diagcondições pulmonares. Mesmo nosticada, enquanto a pulmonar conhecida em menor escala, a pode levar muito mais tempo. “Em HP atinge mais de 26 milhões países desenvolvidos, o diagnóstico de crianças e adultos no mundo da hipertensão pulmonar pode levar todo, de acordo com a Associade dois a três anos para ser feito. ção Americana de Hipertensão Em muitos casos, após o diagnósPulmonar (PHA). tico, 75% dos pacientes já apresentam um quadro de HP grave”, diz Onde acontece dr. Caio. A primeira diferença é que na O tratamento, entretanto, tem hipertensão comumente conheuma característica em comum: é cida (também denominada como necessário analisar o quadro indivihipertensão arterial ou “hiperdual de cada paciente antes de initensão sistêmica”), a pressão nos ciar qualquer intervenção. Na HA, vasos sanguíneos arteriais em é possível mudar a alimentação e todo o corpo está elevada para implementar exercícios físicos para além do recomendado. “Na HP, baixar a pressão arterial, mas há os vasos sanguíneos especificacasos que o uso de medicamentos é mente nos pulmões são afetados e necessário. Já nas HP, os tratamenpodem se tornar rígidos, danifitos podem variar desde tratamento cados, estreitos ou bloqueados. medicamentoso, exercícios físicos Como resultado, o lado direito do supervisionados, até cirurgia e coração deve trabalhar mais para Vasos grossos e escuros Vasos finos e claros transplante de pulmão. bombear o sangue, o que pode
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Sem hipertensão
Com hipertensão
COOPSAUDE
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Cerca de 42 milhões de brasileiros sofrem com a calvície
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calvície afeta cerca da metade dos homens até os 50 anos de idade, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS). Isso acontece com grande contribuição da genética, ou seja, se já existem casos na família em que os pais ou avós, por exemplo, são calvos, outras gerações podem passar pelo mesmo processo, porém, é importante entender
A calvície afeta cerca da metade dos homens até os 50 anos de idade
que a hereditariedade contribui muito, mas nem sempre é um fator determinante. Um dado divulgado pela Sociedade Brasileira do Cabelo, mostra que cerca de 42 milhões de brasileiros sofrem com a calvície, dentro deste contexto, um número que chamou bastante atenção foi a quantidade de jovens com idade entre 20 e 25 anos que
estão sofrendo com a queda de fios. Nessa faixa etária, 25% das pessoas são afetadas com a perda de cabelo, estimulados por problemas emocionais e genéticos. Em razão disso, conversamos com o médico especialista em transplantes capilares e membro titular da ISHRS (International Society of Hair Restoration Surgery), Thiago Bianco para
esclarecer as principais dúvidas sobre a calvície masculina e como funcionam as técnicas de FUT (Follicular Unit Transplant) e FUE (Follicular Unit Extraction). Como detectar se meu cabelo está caindo mais do que deveria?
Em homens os primeiros sinais surgem na área frontal ou superior
Fotos e ilustrações: Freepik
Conheça as principais dúvidas sobre a calvície
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calvície da cabeça. É perceptível o formato M na parte frontal, conhecido como “entradas” mais acentuadas nessa região. Além dessas regiões afetadas é possível notar o afinamento dos fios. A queda em forma de coroa (na parte superior da cabeça) também pode surgir. Hoje o paciente consegue ver com evidência os sinais da calvície por meio das fotos (selfie) o que facilita na busca por tratamentos ou implantes em estado inicial da queda capilar. Quais as principais causas da calvície masculina?
A principal causa de calvície masculina é a alopecia androgenética, que é uma predisposição genética associada a um componente hormonal. Os homens possuem uma quantidade maior de hormônios masculinos, principalmente a testosterona. A princípio os fios ficam com aspecto ralo, apresentando um afinamento progressivo e a posterior queda. Os folículos capilares masculinos têm mais avidez pelo hormônio DHT que provoca a queda dos fios, consequentemente a incidência de calvície é maior. E nas mulheres, quais os principais fatores?
Para quem não tem predisposição genética, fatores emocionais como depressão, ansiedade e estresse são gatilhos para desenvolver alopecia, porém, depende muito da suscetibilidade que a pessoa tiver. Mas vale ressaltar que a mulher pode levar anos para perceber que, de fato, está ficando calva. Há como evitar ou retardar a calvície?
Quando detectada no início a calvície pode ser retardada ou mesmo
Como funciona o procedimento? O transplante capilar é realizado da seguinte forma: primeiramente o paciente é encaminhado ao centro cirúrgico já com a área doadora e a área receptora previamente marcada, com o desenho da linha frontal já realizado. O paciente vai ficar de barriga para baixo na maca, devidamente monitorado o tempo todo durante a cirurgia, e vai receber uma anestesia local nesta região doadora. No caso da Técnica FUT, vai ser retirada uma faixa de couro cabeludo que tem em média uma largura de 1 a 2 centímetros e o cumprimento é variável em relação a circunferência da cabeça do paciente, mas geralmente ela vai da região da orelha esquerda até a direita. Posteriormente é realizada uma sutura que difere um pouco das suturas convencionais, ela é feita de uma forma para que no meio da cicatriz nasçam fios de cabelo no futuro, diminuindo um pouco a percepção da cicatriz, e assim ela fica coberta pelos fios remanescentes na parte de cima e de baixo, além de ter fios no meio da cicatriz. Após isso o paciente é virado de barriga para cima, e recebe a anestesia local na área receptora, que é a área de calvície. São implantadas unidades foliculares uma a uma, seguindo um padrão de distribuição que é semelhante a de um couro cabeludo normal, sem calvície, ou seja, a linha frontal que será a nova frente do paciente irá receber unidades foliculares somente de um fio, distribuídas de uma forma irregular, mas um irregular já programado para que tenha sutileza e naturalidade no começo desta linha frontal. Posterior a esta linha, nós faremos uma área de alta densidade com unidades de dois fios, reconstruiremos o topete, que é a região central, com unidades de dois a três fios de cabelo e iremos distribuindo as unidades maiores, de três e quatro fios, conforme vamos percorrendo o escalpe em direção à coroa.
Uma vez terminado este processo, o transplante capilar está completo e o paciente irá receber um pequeno curativo, uma faixa pegando somente a região doadora, então os fios transplantados não receberão curativo nenhum e no outro dia o paciente retorna à clínica para a remoção deste curativo da área doadora e também para fazer a primeira lavagem deste couro cabeludo com a equipe, que vai demonstrar como ele deve realizar estas próximas lavagens, mesmo sendo um processo bem simples. O paciente será medicado para que não haja dor, porém, este é um procedimento extremamente tranquilo do ponto de vista da dor e geralmente no segundo dia do pós-operatório o paciente já está sem dor, mesmo na ausência do uso de medicações. Nos próximos três meses vai haver a queda do fio de cabelo, ficando somente o bulbo capilar inserido ali no couro cabeludo. Após estes 90 dias é que se iniciará este crescimento dos fios, com a média de um centímetro ao mês, sendo que em seis meses nós vamos ter em média 40 a 50% dos fios já crescendo, e nos nove meses 80% das unidades foliculares já geraram um novo fio e existe uma diferença muito grande em relação à calvície. Com 12 meses já temos a totalidade das unidades com seus fios formados, preenchendo a área de calvície do paciente. Os principais cuidados que o paciente deve ter no pós-operatório são principalmente em relação à higiene do local, a lavagem. Nós solicitamos que o paciente não entre direto na ducha, pelo menos nos primeiros sete dias, que ele utilize uma duchinha ou recipiente plástico para jogar água na cabeça e fazer lavagens diárias do couro cabeludo. Após o sexto dia, nós indicamos ao paciente a utilização de um óleo, para que as crostinhas que são formadas comecem a se desprender. Pedimos ao paciente que fez a cirurgia com a técnica FUT, que é a técnica que retira a faixa do couro cabeludo e tem sutura, que ele evite musculação e esporte de contato por 30 dias. E no caso da técnica FUE (fio a fio), o paciente pode voltar a musculação em sete dias, em ambas as técnicas nós autorizamos a realização de atividades aeróbicas após o sétimo dia, mas sempre pedimos que o paciente evite exposições solares, piscina, praia, por no mínimo sete dias também. Com as técnicas FUT e FUE, é comum que os pacientes aprovem os resultados e queiram fazer mais de um procedimento. Em alguns casos, fazer um segundo transplante não é necessário. Mas, quando é o caso, o ideal é esperar dois anos para avaliar completamente os resultados e aí sim decidir pelo procedimento. Desta forma, o médico consegue avaliar existe densidade suficiente na área doadora. A elasticidade também é um fator determinante. Planejar as cirurgias, considerando os resultados a longo prazo é sem dúvidas uma coisa para não esquecer.
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interrompida com o uso de medicações como vasodilatadores e bloqueadores hormonais, onde já existe a calvície somente o transplante capilar pode resolver, porém nas áreas onde só existe um afinamento dos fios, o processo pode ser retardado ou revertido. Lavar o cabelo com frequência enfraquece os fios?
Na verdade, é indicado que pessoas que possuem oleosidade lavem os cabelos pelo menos a cada dois dias. Para quem tem cabelos secos, é recomendável lavar com mais frequência. Depende muito de cada tipo, porém, isso não tem nenhuma relação com calvície. Abusar da química no cabelo, como tinturas e alisamentos, ajuda na calvície precoce?
O uso excessivo de qualquer tipo de química causa danos aos fios, como a destruição do fio, quebra e enfraquecimento e, todos estes problemas juntos podem causar a queda de cabelo excessiva. A gravidez pode desencadear alopecia?
Durante esse período o bebê retira os nutrientes da gestante, o mesmo acontece no pós-parto, durante a amamentação, influenciando na queda de fios. Ainda após a gravidez, a mulher sofre uma redução de hormônio que enfraquecem os cabelos. A queda inicia entre o primeiro e o terceiro mês, após seis meses volta ao normal. Porém, se a mulher tiver uma predisposição genética, é possível que aconteça de forma mais agressiva resultando numa calvície.
A mulher pode levar anos para perceber que, de fato, está ficando calva
Usar chapéu ou boné contribui com o enfraquecimento dos fios? Não existe qualquer pesquisa que comprove isso. O uso de chapéus ou bonés não contribuem com a queda de fios ou aumenta a possibilidade de ter calvície no futuro. De todo modo, o uso desses acessórios com os cabelos molhados pode aumentar a quantidade de caspas. Qual a técnica mais utilizada hoje e quem pode fazer? A técnica mais usada hoje é a FUE (Follicular Unit Extraction), em português (Extração de Unidades Foliculares). O procedimento consiste na remoção fio a fio diretamente da área doadora. Entre as vantagens podemos citar é a ausência de incisão (corte), sendo assim, não possui cicatriz. O transplante capilar é indicado a todos que possuem calvície, seja homem ou mulher, desde que haja uma boa área doadora.
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Residência em Oftalmologia
Hospital de Olhos Lions e UFFS promovem aula inaugural
Imunoterapia aprovada para câncer de pele não melanoma no Brasil
Foto: Internet
Dr. Rodrigo Ughini Villarroel Oncologista – Instituto do Câncer Hospital São Vicente Melanoma – Pele – Mama – Urológico – Cabeça e Pescoço CRM: 21309 | contato@drvillarroel.com.br
Evento marca nova fase da instituição que passa a ser destaque no campo de prática da especialidade
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om o objetivo de apresentar à toda a comunidade regional uma das maiores conquistas da instituição, o Hospital de Olhos Dyógenes A. Martins Pinto Lions em parceria com a Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) Campus Passo Fundo promove no próximo dia 7 de maio a Aula Inaugural do Programa de Residência Médica em Oftalmologia. O evento começa a partir das 18 horas e 30 min no Hospital de Olhos Lions, localizado no Campus I da Universidade de Passo Fundo (UPF), Quadra K, às margens da rodovia BR-285, no Bairro São José. Devem participar da aula inaugural autoridades ligadas à medicina e a oftalmologia, como o quadro de profissionais da instituição, além do setor pedagógico e educacional. O programa
Com início em 14 de março, o Programa de Residência Médica em Oftalmologia insere a instituição em um contexto de ensino e produção de conhecimento, a partir da união entre a teoria e a prática. A parceria com
a UFFS torna o Hospital de Olhos Lions referência também na área de educação. Ao fim de três anos de residência, o profissional estará formado e gabaritado em oftalmologia, agregando ao currículo uma instituição que dispõe de alto aparato tecnológico, estrutura e demanda de atendimento como nos grandes centros de saúde nas capitais, por exemplo. Campo de prática dinâmico
Após a conclusão do programa, os residentes inseridos e formados na parceria Hospital de Olhos Lions/ UFFS terão atuado em uma instituição que é referência para mais de 1,6 milhão de gaúchos, oriundos de 147 cidades da região Norte do RS, correspondentes ao Distrito Lions LD-7. Por conta disso, os novos residentes são submetidos a um cenário de prática em oftalmologia completo de aprendizagem, equipado com todos os aparelhos de ponta em oftalmologia, sob a supervisão de profissionais altamente capacitados e especializados em todas as sub-especialidades.
O câncer de pele não melanoma é o tipo de câncer mais frequente no Brasil e corresponde a cerca de um terço de todos os tumores malignos registrados no país. Mais comum em pessoas com mais de 40 anos, o câncer de pele é raro em crianças e negros. Pessoas de pele clara, sensíveis à ação dos raios solares, com história pessoal ou familiar deste câncer ou com doenças cutâneas prévias são as mais atingidas. O câncer de pele não melanoma apresenta tumores de diferentes tipos. Os tipos mais frequentes são o carcinoma basocelular (o mais comum e também o menos agressivo) e o carcinoma epidermoide ou espinocelular. Apesar da grande maioria dos casos ser curada apenas com o emprego da cirurgia, uma parcela dos pacientes apresenta recidivas eventualmente inoperáveis, ou com metástases à distância. Para esse contexto, a ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovou neste ano de 2019 a medicação cemiplimabe, um anticorpo da classe anti-PD-1, para o tratamento do carcinoma epidermoide de pele localmente avançado irressecável. O registro de cemiplimabe nesse cenário é baseado nos dados de estudo publicado em 2018 no New England Journal of Medicine que avaliou 33 pacientes com doença localmente avançada irressecável e 75 pacientes com doença metastática. A população estudada contemplava principalmente pacientes idosos, com cerca de 70 anos. Aproximadamente metade dos pacientes já havia recebido alguma terapia sistêmica prévia e cerca de 80% já haviam recebido radioterapia prévia sem sucesso no controle de sua doença. Após cerca de 9 meses de acompanhamento o cemiplimabe mostrou redução das lesões em cerca de 50% dos pacientes, com cerca de dois terços mantendo a doença controlada sem progressão por pelo menos 6 meses, um resultado claramente superior ao obtido com outras terapias sistêmicas disponíveis até hoje. Os efeitos adversos mais comuns foram diarreia, fadiga, náusea, constipação e reações cutâneas. Estes dados mostraram que a imunoterapia representa um grande avanço no tratamento dos pacientes com carcinoma epidermoide de pele localmente avançado ou metastático. Sabe o que é imunoterapia? Saiba mais: http://drvillarroel.com.br/a-imunoterapia-ea-luta-contra-o-cancer/ Saiba mais sobre os tratamentos do câncer: http://drvillarroel.com.br/o-uso-damedicina-alternativa-para-tratamento-do-cancer-nao-deve-impedir-o-tratamentoconvencional-2/ Nova medicação para o câncer de pele: http://drvillarroel.com.br/nova-medicacaopara-cancer-de-pele-disponivel-no-brasil/
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Uso excessivo de medicamentos Foto Freepik
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elatório de entidades ligadas à Organização das Nações Unidas (ONU), divulgou nesta semana, um alerta ao uso excessivo de medicamentos e os consequentes casos de resistência antimicrobiana podem causar a morte de até 10 milhões de pessoas todos os anos até 2050. O prejuízo à economia global, segundo o documento, pode ser tão catastrófico quanto a crise financeira que assolou o mundo entre 2008 e 2009. A estimativa é que, até 2030, a resistência antimicrobiana leve cerca de 24 milhões de pessoas à extrema pobreza. Atualmente, pelo menos 700 mil pessoas morrem todos os anos devido a doenças resistentes a medicamentos – incluindo 230 mil por causa da chamada tuberculose multirresistente. “Mais e mais doenças comuns, incluindo infecções do trato respiratório, infecções sexualmente transmissíveis e infecções do trato urinário estão se tornando intratáveis”, destacou a Organização Mundial da Saúde (OMS) por meio de comunicado. “O mundo já está sentindo as consequências econômicas e na saúde à medida em que medicamentos cruciais se tornam ineficazes. Sem o investimento dos países em todas as faixas
Relatório da ONU aponta que 10 milhões de pessoas podem morrer até 2050
Atualmente, pelo menos 700 mil pessoas morrem todos os anos devido a doenças resistentes a medicamentos
de renda, as futuras gerações terão de enfrentar impactos desastrosos da resistência antimicrobiana descontrolada”, completou a entidade. O relatório recomenda, entre outras
medidas, priorizar planos de ação nacionais para ampliar os esforços de financiamento e capacitação; implementar sistemas regulatórios mais fortes e de apoio a programas de
conscientização para o uso responsável de antimicrobianos e investir em pesquisa e no desenvolvimento de novas tecnologias para combater a resistência antimicrobiana.