DIÁRIO DA MANHÃ PASSO FUNDO E CARAZINHO
SÁBADO E DOMINGO, 7 E 8 DE SETEMBRO DE 2019
Prevenção do câncer de intestino
Terceiro tipo de tumor mais frequente em homens e o segundo entre as mulheres, campanha alerta a importância na prevenção da doença | Págs 4 e 5
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aconteceu
endereços
Nutricionista do HSVP Cirurgião do HC realiza visita em escola publica dois capítulos
Passo Fundo Centro de Saúde (Posto Central) (54) 3311-6494 Central de Vacinas Rua Uruguai, 667 Hospital São Vicente de Paulo Rua Teixeira Soares, 808 - Centro (54) 3316-4000
em principal livro da área publicado no país
Foto: Divulgação | Colégio Bom Conselho
Rua Fagundes dos Reis, 757
O cirurgião do aparelho digestivo, membro do corpo clínico do HC, Dr. Jorge Carlotto teve duas produções científicas publicadas no livro “Cirurgia de Fígado, Vias Biliares e Pâncreas”, da editora Rubio. “É a maior publicação já realizada em território nacional. ‘Cirurgia de Fígado, Pâncreas e Vias Biliares’ é o principal livro da área publicado aqui no Brasil e representa o Colégio Brasileiro de Cirurgia Hepatopancreatobiliar. Escrito por uma grande parte dos principais cirurgiões de fígado, pâncreas, vias biliares e transplantes do Brasil conta também com a participação de renomados cirurgiões hepatopancreatobiliares de várias partes do mundo.” evidencia o cirurgião. Os capítulos ‘Marcadores Tumorais nas Neoplasias Hepatobiliopancreáticas’ e ‘Retransplante de Fígado’ são de autoria do cirurgião do aparelho digestivo do Hospital de Clínicas, Dr. Jorge Carlotto. “Os capítulos tratam do diagnóstico e acompanhamento das neoplasias de fígado, vias biliares e pâncreas e também da técnica cirúrgica complexa dos retransplantes.” esclarece o cirurgião.
Hospital São Vicente de Paulo - IOT Rua Uruguai, 2050 - Centro (54) 3045-9700
Rua Tiradentes, 295 - Centro/Annes (54) 2103-3333 Hosp. Psiquiátrico Bezerra de Menezes R. Ouro Preto, 240 - Vila Dona Eliza (54) 3046-7501 Hospital Municipal Rua Alcides Moura, 100 - Centro (54) 3316-4500 Hospital de Olhos C.L. Dyógenes A. Martins Pinto Campus I - UPF - Bairro São José (54) 3318-0200 Prontoclínica Tv. Dr. Arthur Leite, 58 - Centro (54) 3313-5100 Bombeiros 193
Carazinho Hospital de Caridade
A Nutricionista responsável pelo Lactário do Hospital São Vicente de Paulo, de Passo Fundo, Ana Paula Postalli, esteve, na última semana, no Colégio Salvatoriano Bom Conselho, onde recebeu vidros arrecadados entre os alunos e familiares, através da campanha “Florescendo Esperança” realizada com as turmas do 1º ano do Ensino Fundamental I. Na ocasião, Ana explanou sobre seu trabalho no lactário, possibilitando as crianças conhecerem os benefícios da amamentação para os bebês, além da forma de coleta e armazenamento do leite materno.
Farmacêutica do HSVP participa de Simpósio
A farmacêutica clínica do Hospital São Vicente de Paulo (HSVP) de Passo Fundo, Tatiana Staudt, esteve presente no III Simpósio do Programa de Residência Multiprofissional em Saúde, na cidade de Santa Cruz do Sul e participou de uma roda de conversa com profissionais de diversas especialidades, sobre o caso clínico de um paciente fictício de UTI Neonatal. Além disso, Tatiana também ministrou uma palestra sobre os métodos utilizados na avaliação da Farmácia Clínica do HSVP. O Simpósio, promovido pelo Programa de Residência Multiprofissional em Saúde do Hospital Santa Cruz, teve como o intuito desenvolver a interação entre as profissões que atuam nos Serviços Hospitalares. De acordo com a farmacêutica, é importante que ocorra esta troca de conhecimentos e de experiências entre os profissionais. “Tive a oportunidade de mostrar o nosso serviço de Farmácia Clínica, especialmente em neonatologia, onde a maioria dos hospitais não têm esse serviço”, afirma. Atual-
Foto: Divulgação HSVP
Hospital de Clínicas de Passo Fundo
mente, Tatiana atua na equipe multiprofissional da UTI Pediátrica e UTI Neonatal do HSVP e é preceptora da Residência Multiprofissional Integrada em Saúde do Idoso.
Rua General Câmara 70 (54) - 3329-9898 Ambulatório Municipal Av. Pátria – próximo a Secretaria Municipal de Saúde (54) 3329-2506 / 3329-2448 Hospital de Caridade de Carazinho Centro de Especialidades Médicas (CEM) Av. Pátria – próximo a Sec. Municipal de Saúde e HCC (54) 3331-4510 Bombeiros 193
Simpósio discutirá principais cânceres urológicos
Passo Fundo receberá médicos especialistas, cirurgiões e clínicos no 5º Simpósio de Câncer Urológico, que ocorre nos dias 13 e 14 de setembro, no auditório da Unimed. O evento ocorre a cada dois anos e é promovido pelo Centro de Tratamento do Câncer (CTCAN), com o apoio da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC), da Fasurgs e das faculdades de Medicina da Imed, UFFS, UPF, entre outros apoiadores. Nesta edição, o Simpósio abordará principalmente três tipos de câncer urológico: de próstata, de bexiga e de rim. Somente o câncer de próstata, mata 15 mil homens todos os anos. “O câncer de próstata é o mais comum entre os homens, com mais de 60 mil diagnósticos ao ano, portanto deve sempre ser revisado e atualizado. O Diretora Comercial: Eliane Maria Debortoli Editor Interino: Kleiton Vasconcellos - RP 10.791
câncer de rim e de bexiga têm mudado radicalmente a abordagem nos últimos anos, sendo também imperioso atualizarmos estes temas”, salientou o coordenador geral do evento, o oncologista clínico do CTCAN, Dr. Alvaro Machado. Palestram no evento o oncologista clínico Dr. Carlos Dzik (SP), a médica nuclear Dra. Cristina Matushita (RS), o radio-oncologista Dr. Cesar Augusto Silva (RS), o urologista Dr. Marcos Dall’oglio (SP), e a patologista Dra. Sheila Friedrich Faraj (SP). A abertura do evento ocorre no dia 13 de setembro, às 13h45min. As inscrições estão abertas e são gratuitas, basta acessar o site www.ctcan.com. br. Mais informações pelo telefone (54) 3311-3361 ou e-mail ctcan@ctcan.com.br.
jornalista responsável Aline Prestes - RP 19.015 PROJETO GRÁFICO: Henrique Peter Foto de Capa: Internet
Clélia Fontoura Martins Pinto - ME Matriz: Rua Independência, 917, sala 3 - Passo Fundo Contato: (54) 3316-4800
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Esclerose múltipla: sintomas, tratamentos e causas
Sintomas O neurologista do Hospital de Clínicas explica que os sintomas se manifestam dependendo da evolução do quadro. “Os sintomas são bastante variados, dependen-
Foto: Divulgação Internet
A
esclerose múltipla é uma doença autoimune que afeta o cérebro e a medula espinhal. No mundo, estima-se que a cada 100 mil habitantes, 33 sofram com a enfermidade. No Brasil, o cálculo do Ministério de Saúde é que em torno de 35 mil pessoas convivam com a esclerose múltipla, sendo que cerca de 15 mil estão em tratamento atualmente no SUS. Ainda não se conhecem as causas para o seu desenvolvimento. O médico neurologista, membro do corpo clínico do Hospital de Clínicas (HC) de Passo Fundo, Dr. Daniel Lima Varela esclarece que os mitos relacionados à doença acabam por dificultar a conscientização da população sobre o tema, impedindo em alguns casos o diagnóstico precoce. “Como a doença possui o nome esclerose múltipla, muitas pessoas relacionam com uma síndrome demencial ou que cause precocemente esquecimento, e é feita uma relação com a idade avançada. A cognição até poderá ser afetada, mas geralmente em fases mais tardias. Além disso, por afetar pessoas jovens, muitas vezes existe uma reserva funcional grande, e o indivíduo acometido vai superando as dificuldades, o que poderá retardar o diagnóstico.” evidencia Dr. Daniel Varela. A esclerose múltipla é uma doença inflamatória crônica e sem cura, diagnosticada predominantemente entre os 20 e 50 anos de idade. “Muitas vezes os sintomas podem ser sutis ou transitórios, não recebendo a devida importância. Embora o nome assuste, na maioria dos casos a doença é passível de controle adequado, e o indivíduo acometido conseguirá levar uma vida normal ou muito próxima disso.” completa o especialista.
Doença atinge predominantemente adultos jovens
A manifestação dos sintomas e surtos da esclerose múltipla varia de paciente para paciente
do da localização da lesão no encéfalo ou na medula espinhal. Os principais são: perda aguda da visão (neurite óptica), visão dupla, vertigem, incoordenação motora, perda de força em um segmento do corpo, alteração da sensibilidade (dormência, formigamento), fadiga (cansaço ou indisposição acentuados), alteração da função vesical (retenção ou incontinência urinária) ou da função intestinal (constipação ou incontinência fecal).” Diagnóstico e tratamento A Associação Brasileira de Esclerose Múltipla estima que atualmente mais de 30 mil brasileiros convivem com o diagnóstico da doença. “A esclerose múltipla afeta predominantemente adultos jovens, em idade plenamente produtiva. Um diagnóstico adequado
e precoce, com o tratamento personalizado, irá permitir que este jovem permaneça produtivo, ativo no mercado de trabalho, impactando em melhor qualidade de vida e melhor saúde mental. O neurologista é o profissional adequado para melhor conduzir o caso” salienta o médico neurologista do HC, Dr. Daniel Varela. “O diagnóstico precoce reduz o risco de sequelas, melhora o prognóstico a longo prazo, permite controlar melhor a inflamação secundária à doença. Hoje em dia se fala muito em intervalo terapêutico e janela de oportunidades, ou seja, quanto mais precoce o tratamento, de preferência com a opção medicamentosa mais adequada para o caso em questão, melhor o resultado a longo prazo.” esclarece Dr. Daniel Varela.
O tratamento é indicado de forma individualizada pelo médico neurologista. “Temos novas opções medicamentosas, mais potentes, que controlam melhor a atividade da doença, reduzindo a incapacidade, e ao mesmo tempo possuem um adequado perfil de segurança. Opção de medicamentos via oral e soluções intravenosas repetidas a intervalos regulares. A neuroimunologia, ciência que estuda a Esclerose Múltipla, é uma das áreas que mais tem recebido investimentos em pesquisas e novas descobertas. Já possuímos excelentes opções para tratar a inflamação relacionada à doença; o grande desafio para os próximos anos será a descoberta de fármacos que atuem na regeneração nervosa, recuperando função”, evidencia o médico do Hospital de Clínicas de Passo Fundo.
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setembro verde
Mês alerta a prevenção do câncer de intestino Foto Internet
No Sul do país, a doença é a segunda mais frequente entre os cânceres diagnósticos nas mulheres e terceira nos homens
A colonoscopia deve ser realizada a partir dos 45 anos, antes disso, é preciso observar o histórico familiar, mudanças significativas no hábito intestinal, a presença de sangue nas fezes e dor abdominal
O
câncer de intestino abrange os tumores que se iniciam na parte do intestino grosso (cólon) e no reto. Estima-se que no Brasil, mais de 36 mil novos casos foram diagnosticados em 2018 segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA). Na região Sul do
país, é o 3º mais frequente entre os homens e o 2º entre as mulheres. Setembro foi o mês escolhido para realizar campanhas de prevenção e alertas sobre a importância em realizar exames e manter hábitos alimentares saudáveis. Segundo o coloproctologista da
Proctoclin, Dr. Fabiano Schirmbeck, o aumento do diagnóstico de câncer no intestino está associado a diversas mudanças ambientais além do comportamento do indivíduo. “Hábitos como obesidade, consumo de carnes vermelhas e processadas, dieta pobre de fibras, falta de atividade física e
também o uso de álcool e tabaco, são fatores que aumentam as probabilidades de desenvolver a doença” comenta o médico. Grande parte do câncer no intestino se inicia a partir de pólipos (lesões benignas que podem crescer na parede interna do intestino grosso),
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Fotos Aline Prestes | Diário
conforme explica Dr. Fabiano. “Os pólipos crescem lentamente e na maioria das vezes, são benignos, não causam sintomas e podem-se levar muitos anos para tornar malignos. Por isso a importância em realizar exames periodicamente, dependendo da indicação do médico para cada paciente”, pontua. FATORES DE RISCO
Dr. Fabiano salienta os fatores de risco para desenvolver o câncer no intestino, dividindo em questão genética, idade e qualidade de vida. “Homens e mulheres acima de 45 anos, histórico familiar ou pessoal de pólipos ou câncer no intestino, alimentação rica em gorduras e pobre em fibras, tabagismo, álcool, diabetes melitus, carne vermelha, obesidade, sedentarismo; predisposição genética, doença inflamatórias crônicas do intestino. Mas, em alguns casos, o paciente não apresenta nenhum dos fatores e pode desenvolver a doença”, alerta.
SINTOMAS Sobre os sintomas Fabiano, lembra que na fase inicial assintomática, mas que dependendo do estágio ou da paciente, alguns fatores podem surgir como: • Sangue nas fezes; • Alteração do hábito intestinal (diarreia e prisão de ventre); • Dor ou desconforto abdominal; • Fraqueza e anemia; • Perda de peso.
Dr. Fabiano G. Schirmbeck é coloproctologista da Clínica Proctoclin
DIAGNÓSTICO
Também proctologista da Clínica Proctclin, Dr. Milton Bergamo explica sobre a realização do diagnóstico do câncer do intestino e uso do procedimento de colostomia. “O exame de colonoscopia é o principal meio para identificar a existência de câncer do intestino, bem como lesões com potencial de malignização, o que permite o diagnóstico precoce da doença e o tratamento adequado. O câncer de intestino pode ser evitado em 90% dos casos, quando o pólipo é descoberto precocemente”, comenta. A colonoscopia deve ser realizada a partir dos 45 anos. Antes disso, é preciso observar o histórico familiar, mudanças significativas no hábito intestinal, a presença de sangue nas fezes e
Milton Bergamo é coloproctologista da Clínica Proctoclin
dor abdominal. “A colonoscopia é um procedimento seguro onde é observada toda a extensão do reto e permite que seja realizada a remoção de pólipos ou de áreas que existam suspeitas para que sejam realizadas biópsias”, comenta apontando que para realização da colonoscopia é necessário estar com o intestino totalmente vazio para que seja possível visualizar o revestimento das paredes internas. O exame dura cerca de 20 minutos, podendo demorar mais se um pólipo é encontrado e removido, se um pólipo ou tumor maior ou qualquer outra alteração for encontrada, é realizada uma biópsia, pontua Dr. Milton. “Com a colonoscopia, removes pólipos que poderiam ser diagnosticados malignos, além de diagnosticar
precocemente o tumor, aumentando a chance de o paciente ser curado e ter uma vida normal”, ressalta o especialista. TRATAMENTO
Dr. Milton afirma que o câncer de intestino é uma doença tratável e frequentemente curável. “Normalmente trabalhamos em várias frentes, como cirurgia de retirada do tumor, além de radioterapia e quimioterapia para diminuir a possibilidade de recidiva (retorno) do tumor. O tratamento depende principalmente do tamanho, localização e extensão do tumor. Aqui trabalhamos muito com o apoio da equipe multidisciplinar, realizando reuniões semanais para observar a evolução de cada paciente. Todos os profissionais trabalham com o foco em potencializar a melhora e a cura”, ressalta.
PROCTOCLIN A Proctoclin é uma clínica especializada em Coloproctologia que disponibiliza um tratamento multidisciplinar, composto por médicos coloproctologistas, fisioterapeuta pélvica, nutricionista oncológica e enfermeira estomaterapeuta. A clínica fica localizada no Centro de Passo Fundo, na Rua Teixeira Soares, 777. O telefone para contato é o (54) 3045-4062. Atualmente a Clínica trabalha com uma infraestrutura moderna e acolhedora, em espaço amplo, especialmente projetado para atender os pacientes com conforto e individualidade.
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O papel da fonoaudiologia na amamentação Durante o ato, o profissional trabalha as estruturas orofaciais para que se desenvolvam de maneira adequada, visando não ter problemas de fala e mastigação no futuro Foto Assessoria de Comunicação HSVP | Scheila Zang
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mamentar parece ser algo simples, mas para ser eficiente de fato, diversas áreas de conhecimento estão envolvidas. Uma delas é a fonoaudiologia. No Centro Obstétrico (CO) e Maternidade do Hospital São Vicente de Paulo, de Passo Fundo, o aleitamento materno é incentivado e preconizado desde a primeira hora de vida do bebê. Com uma equipe multiprofissional, as mães recebem orientações e toda a ajuda que necessitam para iniciar o processo de amamentação. A fonoaudióloga do HSVP, Maria Cristina S. Lucateli, revela que a parte fonoaudiológica “vê a amamentação como nutrição do bebê, vínculo mãe e filho e desenvolvimento anatomofuncional das estruturas orofaciais”. Além disso, também trabalha questões desde a amamentação que refletem posteriormente na fala. Já que durante a amamentação, se trabalha as estruturas orofaciais para que se desenvolvam de maneira adequada, visando não ter problemas de fala e mastigação no futuro. O processo funciona de forma que se identificam as dificuldades na amamentação, como por exemplo, reflexos exacerbados do bebê, o GAG anteriorizado, que é o reflexo de náusea, a sucção, se tem frênulo lingual curto, “a gente vai identificar e entrar em contato com quem precisa para resolver esse problema e adequar a técnica desse bebê no seio e desenvolver essa amamentação de maneira eficiente”, avalia a profissional. Para Laura Cristine Giacometti, que também é fonoaudióloga do HSVP, a pega correta favorece “esse desenvolvimento da musculatura da face, das estruturas do sistema estomatognático que é a sucção, a deglutição, a mastigação e a respiração, então o bebê que mama no seio, respira pelo nariz. O crescimento facial dele é harmônico e isso vai desenvolver depois para que ele consiga mastigar bem e falar”.
As fonoaudiólogas atendem na Maternidade, CTI Neonatal, Pediatria e Ambulatório dos Prematuros
Teste da linguinha: a importância do bebe conseguir mamar Laura ressalta que muitas vezes alterações no frênulo lingual podem levar a alguma dificuldade de o bebê conseguir esgotar bem a mama, a fazer uma pega correta, a não acontecer a fissura no peito, então muitas vezes, o bebê acaba não conseguindo. “Limita o movimento da língua e ele acaba machucando o peito da mãe, faz fissura, vai querer mamar muito seguido e não vai saciar. Essa questão da sucção dele é porque vai estar sempre querendo saciar e pode levar ao uso de outros hábitos”, destaca. Para Maria, em função desse problema, o bebê não vai conseguir esgotar a mama porque vai cansar antes do processo terminar. “Ele não consegue realizar o movimento de elevação da língua e a retração para fazer a extração do leite da mama”, explica. Laura revela que “o fonoaudiólogo atua avaliando se esta alteração na língua pode estar ou não interferindo
na mamada, porque nem toda alteração precisa fazer procedimento”. Além disso, Laura destaca a questão dos prematuros, que para conseguir mamar, precisam atingir no mínimo 34 semanas de idade gestacional, nesses casos, o fonoaudiólogo avalia a sucção do bebê, se possui condição para sugar, deglutir e respirar. “Se ele tem condição disso, começam os treinos de amamentação. Para as mães de prematuros, o desafio do incentivo ao leite materno é maior ainda”, frisa. Devido a isso, o trabalho das fonoaudiólogas é ainda mais intenso na CTI Neonatal e Pediatria. Antes de colocar o prematuro no seio, as fonoaudiólogas realizam um preparo, a sucção não-nutritiva, onde é estimulado os reflexos normais desse bebê, que são os reflexos de busca, sucção e deglutição, através de estímulos intra e extra orais. “A gente vai acelerando esse processo para que quando ele chegue as 34 semanas, vá para o seio sabendo o que fazer” ressalta Maria.
O preparo realizado pelas profissionais é para que os bebês prematuros estejam aptos a mamar. A coordenação dessa criança é acompanhada, no processo fonoaudiológico, o que importa é que o bebê esteja mamando no seio materno, de forma que “o desenvolvimento da face dele, musculatura vai ser muito melhor porque não existe bico artificial que substitua o seio. A musculatura vai se desenvolver melhor com a força que o bebê faz, com os movimentos no peito” explica Laura. “Não só desenvolvimento de língua, de mandíbula, por conta do crescimento oro facial do bebê, com o seio materno é muito mais adequado do que qualquer outro tipo de bico, independente que seja ortodôntico ou um bico de látex, silicone não substitui seio materno”, acrescenta Maria. Laura evidencia que o bebê nasce retrognata, ou seja, com o queixo mais para trás e conforme vai sugando, estimula o prosseguimento dessa mandíbula para frente. “Todos os bebês não nascem com esse padrão reto que a gente tem, eles nascem com o queixinho mais para dentro e o crescimento dessa mandíbula é estimulado com a sucção”, salienta. É uma parte muito importante, pois “vai interferir na arcada dentária, no uso de aparelho, questão ortognática, todo esse desenvolvimento da musculatura facial, o crescimento da mandíbula e estrutura” reitera Laura. Outra questão levantada por Laura são os bebês com fissura, lábio palatino ou lábio leporino, como é mais conhecido. “A fonoaudióloga vai auxiliar nesse processo de amamentação desses bebês, ver a possibilidade, que é bem mais complicada do que um bebê que cognitivamente está tudo bem, porém, tem a boquinha aberta” explica a profissional. “Fazemos o possível para que o bebê fique no seio materno, mas se não puder, a gente vai pensar em outras opções”, finaliza a profissional.
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Premiação foi entregue na quinta-feira (05), em solenidade em Porto Alegre
Cláudio Joaquim Paiva Wagner
O Na foto, da esquerda para a direita: o vice-presidente do HC, Paulo Adil Ferenci, a secretária de Saúde do RS, Arita Bergmann, a coordenadora de Qualidade do HC, Andressa Rigo e o presidente da Federação das Santas Casas do RS, André Lagemann
O Hospital de Clínicas (HC) de Passo Fundo recebeu na quinta-feira (05) o Prêmio de Gestão Hospitalar Luiz Carlos Rocha Falchi. O HC foi o vencedor na categoria Gestão de Processos (Classe 2), apresentando o case “Processos Enxutos: Qualificação de uma Unidade de Emergência”, que relatou a experiência da instituição com a otimização e qualificação dos processos na Unidade de Emergência, iniciado em maio de 2018, através do Projeto Lean nas Emergências do PROADI-SUS. O Prêmio Luiz Carlos Rocha Falchi valoriza as melhores práticas de gestão dos Hospitais Filantrópicos do Estado, apresentando cases de sucesso nas categorias Gestão de Pessoas, Gestão de Processos e Gestão do Atendimento e Segurança do Paciente. O vice-presidente do Hospital de Clínicas, Paulo Adil Ferenci destacou durante a solenidade de entrega do prêmio a importância da valorização e reconhecimento das boas práticas de gestão em saúde através desta premiação. “Os resultados deste projeto permitiram o reconhecimento da comunidade, a redução do tempo de espera do paciente até chegar ao atendimento médico, entre outras conquistas das quais
nos orgulhamos pela qualificação consequente no atendimento a todos os pacientes do Hospital de Clínicas. Esta metodologia de gestão e otimização dos recursos disponíveis foi expandida para outros dezesseis setores do HC com foco na qualidade dos serviços e na preocupação com a evolução constante, aliada à segurança de todos os processos realizados.” salientou Ferenci. A premiação é realizada pela Federação das Santas Casas e Hospitais Beneficentes, Religiosos e Filantrópicos do Rio Grande do Sul, homenageando o primeiro presidente da entidade. A cerimônia de premiação foi realizada no Hotel Continental, em Porto Alegre, juntamente à programação do Encontro de Gestão dos Hospitais Filantrópicos do RS, destacando as lideranças que impactam em resultados. A equipe médica e multiprofissional do HC participou da solenidade de entrega do Prêmio, apresentando o case vencedor sobre a implantação da metodologia Lean Healthcare na Unidade de Emergência do Hospital de Clínicas de Passo Fundo às autoridades ligadas à área da saúde e hospitais de todo o RS convidados para a cerimônia.
Professor Adjunto de Psiquiatria e Psicopatologia da Faculdade de Medicina e do Curso de Psicologia da Universidade de Passo Fundo (UPF)
Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade, mais conhecido pela sigla TDAH, é um transtorno neurobiológico que ocorre durante o desenvolvimento. Suas causas são multifatoriais, principalmente por fatores hereditários, neuroquímicos e imaturidade cerebral. Não é considerado um transtorno de origem psicológica, nem causado pela forma como os pais educam seus filhos e, obrigatoriamente, deve se apresentar em mais de dois ambientes, por exemplo, em casa e na escola. Possui três sintomas básicos, que são a desatenção, a hiperatividade e a impulsividade, e estes não são exclusivos do TDAH, pois podem estar presentes em outras patologias da infância e adolescência, como o transtorno bipolar do humor e em outras condições psicossociais que afetam as crianças, como problemas conjugais dos pais e problemas de relacionamento na escola. É um quadro clínico que inicia na infância e pode desaparecer no final da adolescência, mas também pode persistir na vida adulta. Sua prevalência na infância está em torno de 3 a 5% e na vida adulta em torno de 2,5%. Existem três formas de apresentação: TDAH predominantemente desatento (quando existem apenas sintomas de desatenção), TDAH predominantemente hiperativo/ impulsivo (quando ocorrem somente sintomas de hiperatividade/impulsividade) e TDAH combinado (quando os sintomas de desatenção estão associados à hiperatividade/impulsividade). Ao contrário do que se pensa, não é um transtorno conhecido há pouco tempo. As primeiras descrições científicas do transtorno foram publicadas em 1902, na revista científica Lancet, que é editada até os dias atuais. Geralmente, não aparece
Foto Divulgação UPF
HC recebe prêmio de Gestão Hospitalar
sozinho e vem acompanhado de outros transtornos mentais que afetam crianças e adolescentes, como o Transtorno Opositor Desafiante, Transtorno de Conduta, Transtornos Depressivos, Transtornos de Ansiedade, Transtorno Específico da Aprendizagem e Transtornos por Uso de Substâncias, sendo chamados de comorbidades - que costuma ser a regra e não a exceção quando se fala em Psiquiatria da Infância e Adolescência. O diagnóstico do transtorno é exclusivamente clínico, ou seja, realizado através de uma entrevista com profissionais capacitados, como psiquiatras e psicólogos da infância e adolescência, que tenham formação e experiência no atendimento. A avaliação neuropsicológica é um instrumento importante para verificar o funcionamento cognitivo e descartar outros problemas da criança. O tratamento é multidisciplinar e envolve o uso de medicamentos, como a principal linha de tratamento, e o acompanhamento psicoterápico e psicopedagógico.
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Dez alimentos que ajudam reduzir o colesterol Especialista orienta que eles devem ser incluídos na dieta e não como suplementos
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alimentação saudável é a principal forma de manter as taxas de colesterol controladas, reduzindo-se as chances de Acidentes Vasculares Cerebrais (AVC) e infarto. O composto que chamamos de colesterol é sintetizado no fígado e transportado no sangue pelas lipoproteínas. As mais importantes são as Lipoproteínas de Baixa Densidade [LDL] e as Lipoproteínas de Alta Densidade [HDL]. A LDL é o chamado “colesterol ruim” porque está
Abacate
Rico em gorduras monoinsaturadas. De acordo com estudo publicado pela American Heart Association, substituir fontes de gorduras saturadas por abacate pode reduzir em até 13- 14 mg/dl o colesterol total e a LDL.
Oleaginosas
Nozes, castanhas, amêndoas, etc. Ricas em ácidos graxos monoinsaturados que, assim como as poliinsaturadas, melhoram o perfil de colesterol, porém essas estão mais relacionadas com elevação do HDL, colesterol conhecido como o bom.
associada com o risco de desenvolver a doença coronariana, conforme explica a nutricionista Regina Helena Marques Pereira, do Departamento de Nutrição da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (Socesp). “O ideal é que sua taxa sanguínea fique abaixo de 130 mg/dl”, afirma. A HDL é o “colesterol bom”, que ajuda a remover o excesso de colesterol que entra na parede das artérias via LDL. O indicado é manter a taxa superior a 40 mg/ dl. Temos ainda as VLDL, que são relacionadas ao
Aveia
Rica em fibras solúveis e betaglucano, já é amplamente reconhecida como coadjuvante, pois atua em nível intestinal, diminuindo a absorção de gorduras, por meio do aumento da velocidade do fluxo intestinal, devido a sua característica para formação de gel. Mas, sua melhor versão está no farelo de aveia, que contém maior teor em fibras.
Óleos vegetais
Ricos em ácidos graxos poliinsaturados, são associados com redução de LDL e risco cardiovascular em inúmeros estudos que usam este tipo de gordura como substituição de gorduras saturadas de origem animal e/ou vegetal.
Azeite de Oliva Extra Virgem
Cereais integrais
Alimento base da dieta do mediterrâneo, rico em ácidos graxos monoinsaturados e outros compostos também antioxidantes. Quando substituindo gorduras saturadas, promove redução nas taxas de colesterol não-HDL, ou seja, melhora a relação entre colesterol bom e ruim, favorecendo o bom.
Peixes ricos em Ômega 3
Salmão e sardinha são ricos neste tipo de gordura, cuja relação com redução de colesterol já é bastante conhecida. A maior ingestão de Ômega 3 aumenta o conteúdo de ácidos graxos poliinsaturados no organismo o que favorece a redução do colesterol.
transporte principalmente de triglicerídeos, mas também oferecem risco ao coração. De acordo com dados do DataSUS, em 2017 ocorreram 358 mil mortes causadas por doenças do aparelho circulatório no Brasil. Significa dizer que um a cada três óbitos tem como causa problemas cardiovasculares. Em razão disso, a especialista elaborou uma lista com os 10 alimentos que são verdadeiros aliados na luta contra o colesterol. Confira:
Devido ao seu conteúdo de fibras e vitaminas, estão também associados a menor risco de aterosclerose, atuando da mesma forma que a aveia, por meio da redução na absorção de gorduras durante a digestão dos alimentos. Também promovem mais saciedade, reduzindo o volume total de ingestão alimentar.
Soja
Em uma revisão bibliográfica, pesquisadores da Universidade do Vale dos Sinos, do Rio Grande do Sul, avaliaram os resultados de 13 estudos internacionais, concluindo que o consumo de proteína de soja isolada (e não do grão integral) tem efeito positivo na redução de colesterol-total se consumido por 6 a 8 semanas. O consumo deve ser maior ou igual a 40g de proteína de soja por dia, contendo 80mg de isoflavonas ou mais. Porém, este consumo não é realidade em nosso país.
Frutas vermelhas
Ricas em polifenóis, são conhecidas por sua ação antioxidante capaz de reduzir as alterações decorrentes da oxidação das LDL, que nesta forma são mais aterogênicas.
Uva
Suco concentrado, vinho tinto, uva fresca. São variantes de forma de consumo dessa fruta que contém, além dos polifenóis das frutas vermelhas, o resveratrol, composto específico da uva amplamente estudado, relacionado à redução de oxidação das partículas de LDL, melhorando sua remoção da circulação e consequente redução da formação de placas típicas da aterosclerose.