DIÁRIO DA MANHÃ PASSO FUNDO E CARAZINHO
SÁBADO E DOMINGO, 27 e 28 DE JULHO DE 2019
Conheça a pet terapia A técnica pode ajudar as pessoas que estão enfrentando tratamento de doenças. No HSVP, as sessões acontecem duas vezes por semana, com pacientes infantis e idosos | Págs 4 e 5
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aconteceu
endereços Passo Fundo
Clínica Cedil inaugura filial em Ibirubá
Centro de Saúde (Posto Central) Rua Fagundes dos Reis, 757
Central de Vacinas Rua Uruguai, 667 Hospital São Vicente de Paulo Rua Teixeira Soares, 808 - Centro (54) 3316-4000 Hospital São Vicente de Paulo - IOT Rua Uruguai, 2050 - Centro (54) 3045-9700
Foto Divulgação
No dia 23 de julho, a Clínica Cedil inaugurou sua filial em Ibirubá. O evento contou com mais de 60 pessoas. Entre os presentes, estavam os prefeitos de Ibirubá, Abel Grave, e o de Quinze de Novembro, Gustavo Peukert Stolte. Também acompanharam a cerimônia de abertura os funcionários da Cedil Matriz de Passo Fundo, secretários de saúde, moradores de Ibirubá e região. Neste primeiro momento, a Cedil de Ibirubá conta com o exame de ressonância magnética, o primeiro aparelho da cidade e microrregião. A clínica proporciona aos pacientes uma maior comodidade. Os moradores da cidade estão todos convidados a conhecer e desfrutar de todo o conforto oferecido na filial.
(54) 3311-6494
Hospital de Clínicas de Passo Fundo Rua Tiradentes, 295 - Centro/Annes
Estudante de Medicina da UPF fica em 3º lugar em Olimpíada Brasileira de Anatomia
(54) 2103-3333 Hosp. Psiquiátrico R. Ouro Preto, 240 - Vila Dona Eliza (54) 3046-7501 Hospital Municipal
A acadêmica do curso de Medicina da Universidade de Passo Fundo (UPF) Mylena Bruschi conquistou o 3º lugar na 4ª Olimpíada Brasileira de Anatomia Elsevier. O concurso é uma competição que visa incentivar o estudo de anatomia humana entre estudantes e professores de anatomia das áreas da saúde, estimular a curiosidade sobre o tema, proporcionar o aprimoramento, desenvolver a capacidade de estudo e promover a atualização do conhecimento e difusão por meio do desenvolvimento de jovens talentos em anatomia humana. A 4ª Olimpíada Brasileira de Anatomia Elsevier contou, inicialmente, com a participação de sete mil inscritos.
Foto Divulgação UPF
Bezerra de Menezes
Rua Alcides Moura, 100 - Centro (54) 3316-4500 Hospital de Olhos C.L. Dyógenes A. Martins Pinto Campus I - UPF - Bairro São José (54) 3318-0200 Prontoclínica Tv. Dr. Arthur Leite, 58 - Centro (54) 3313-5100
Os candidatos realizaram provas on-line em cada fase do concurso, e os melhores colocados avançaram para as etapas seguintes. A fase final da Olimpíada reuniu cinco finalistas, dentre eles Mylena, que realizaram uma prova no dia 11 de julho, em São Paulo. Conforme ela, a fase final, presencial, foi completamente diferente, já que as questões eram integradas em um sistema de imersão em realidade virtual, por meio do qual era visualizar o corpo humano em 3D utilizando um óculos de VR (realidade virtual). Pela 3ª colocação, a estudante recebe como prêmio um novo Kindle com tela sensível ao toque e Wi-Fi, 8ª geração, além de alguns livros.
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Carazinho Hospital de Caridade Rua General Câmara 70 (54) - 3329-9898 Ambulatório Municipal Av. Pátria – próximo a Secretaria Municipal de Saúde (54) 3329-2506 / 3329-2448 Hospital de Caridade de Carazinho Centro de Especialidades Médicas (CEM) Av. Pátria – próximo a Sec. Municipal de Saúde e HCC (54) 3331-4510 Bombeiros 193
Fotos Divulgação UPF
Bombeiros
Evento na área de odontologia reúne palestrantes internacionais A Universidade de Passo Fundo (UPF), por meio do Programa de Pós-Graduação em Odontologia (PPGOdonto), em conjunto com o Grupo Brasileiro de Materiais Dentários (GBMD) realizou de 22 a 25 de julho, o 55⁰ Encontro Anual do Grupo Brasileiro de Materiais Dentários. A solenidade de abertura contou com a apresentação da Big Band Comunitária e ocorreu no Centro de Eventos, Campus I UPF, reunindo profissionais da área, acadêmicos e lideranças. De acordo com o presidente do 55º Encontro e vice-presidente do GBMD, professor Dr.
Álvaro Della Bona o evento é realizado há 55 anos, sendo o mais antigo da área da odontologia no Brasil. “Pela primeira vez o evento ocorreu em Passo Fundo tendo a organização do PPGOdonto. Fizemos um evento de sucesso, com mais de 350 inscritos, o que é muito bom”, apontou. Com dez palestrantes, sendo quatro deles estrangeiros participaram docentes, discentes e pesquisadores. Além disso, foram apresentados seis trabalhos sobre inovação e tecnologia, que se destacaram nos programas de pós-graduação.
Diretora Comercial: Eliane Maria Debortoli
jornalista responsável Aline Prestes - RP 19.015
Editor Interino: Édson Coltz - RP 17.059
Foto de Capa: Divulgação | Internet
Clélia Fontoura Martins Pinto - ME Matriz: Rua Independência, 917, sala 3 - Passo Fundo Contato: (54) 3316-4800
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evento pioneiro
Passo Fundo recebe pela primeira vez congresso de cardiologistas “No passado Passo Fundo já teve um cenário de congressos de cardiologia organizado, mas, com o passar do tempo isso se perdeu. Por isso, nós do ICOR, organizamos esse evento para ofertar temas de relevância a cardiologistas, professores, estudantes de medicina, residentes e profissionais que atuam no tratamento do coração”, relata. O evento científico acontece no Centro Executivo Presidente Vargas (CEPV) e contará com palestras de médicos cardiologistas renomados e atuantes em
diversas áreas da cardiologia, além de mesa redonda, painel e workshops. “Procuramos escolher temas relacionados com o dia a dia do cardiologista que está no consultório e na emergência, ou clínicos que trabalham na emergência que acabam atendendo isso. Neste ano são 150 vagas oferecidas, mas, nossa ideia é transformar o CICOR em anual”, comenta Dr. Gilberto. As inscrições e a programação para o congresso já estão abertas e podem ser realizadas pelo site icor.med.br.
Foto: Aline Prestes | Diário
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oenças cardiovasculares são as principais causas de morte no mundo, segundo a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS). Preocupados com isso, o Instituto do Coração de Passo Fundo (ICOR), traz a cidade seu primeiro congresso nos dias 16 e 17 de agosto. Segundo o cardiologista do Hospital de Clínicas e membro do ICOR, Dr. Gilberto Heineck o CICOR é uma oportunidade para a troca de conhecimentos com os profissionais da área, além de aproximar a comunidade médica.
Instituto do Coração realiza de forma inédita CICOR na cidade nos dias 16 e 17 de agosto
Dr. Gilberto Heineck, é membro do ICOR e cardiologista do HC
Conheça os palestrantes do CICOR: Protasio Lemos da Luz
O cardiologista é formado em Medicina pela Universidade Federal do Paraná, atualmente é Professor Sênior de Cardiologia do Instituto do Coração da Universidade de São Paulo. Ex Presidente da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (SOCESP) e da Sociedade Brasileira de Investigação Clínica (SBIC). O médico também é fundador e Presidente da Associação Brasileira de Cardiologia Translacional (ABCT).
Eduardo Bartholomay
Formado em Medicina pela Fundação Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre, tem doutorado em Cardiologia e Ciências Médicas da Saúde pelo Instituto de Cardiologia do Rio Grande do Sul. Atualmente é Preceptor Especialização - Eletrofisiologia da Hospital São Lucas da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Professor de Cardiologia e de Fisiologia da Universidade Luterana do Brasil, Coordenador do Serviço de Eletrofisiologia da Hospital Mãe de Deus, Coordenador do Serviço de Eletrofisiologia da Hospital Universitário de Canoas e Coordenador do Ambulatório de Arritmias da Hospital Universitário de Canoas.
Euler Roberto Fernandes Manenti
Formado em Medicina pela Universidade Federal de Pelotas, doutorado em Cardiologia pelo Curso de Pós-Graduação em Medicina e Ciências da Saúde da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Atualmente, é Diretor do Instituto de Medicina Vascular do Hospital Mãe de Deus.
Oscar Pereira Dutra
Formado em Medicina pela Universidade Católica de Pelotas, tem residência e especializações no Grupo Hospitalar Conceição e no Instituto de Cardiologia do Rio Grande do Sul. Atualmente, é presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia.
Alexandre Damiani Azmus Formado em Medicina pela Fundação Faculdade Federal de Ciências Médicas de Porto Alegre e especialização em medicina interna, terapia intensiva, cardiologia e cardiologia intervencionista e hemodinâmica. Atualmente é médico cardiologista intervencionista no Instituto de Cardiologia, Hospital Conceição em Porto Alegre.
Daniel Souto Silveira
Graduado em Medicina pela Fundação Faculdade Federal de Ciências Médicas de Porto Alegre, tem mestrado em Cardiologia pelo IC/FUC RS. O cardiologista trabalha no Hospital Mãe de Deus, Coordenador do Curso de Especialização e da Residência Médica em Cardiologia e Instrutor do ACLS da SOCERGS. Presidente da Sociedade de Cardiologia do RS e Presidente da Coopmed-RS. Presidente da Comissão de Residência Médica do Hospital Mãe de Deus Coordenador da Unidade Cardiovascular do Hospital Mãe de Deus.
Luis Beck da Silva Neto
Formado em medicina pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), tem doutorado em Cardiologia e Ciências Cardiovasculares pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Atualmente é Professor do Pós Graduação em Ciências Cardiovasculares da UFRGS, cardiologista do Hospital Moinhos de Vento. É o Presidente do Congresso Brasileiro de Insuficiência Cardíaca em 2017 (DEIC 2017).
André D’Ávila Tratamento Formado em Medicina pela Universidade de Santa Catarina, tem doutorado em Cardiologia pela Universidade de São Paulo. O cardiologista trabalha como diretor da Unidade de Arritmia do Hospital SOS Cardio e, atualmente, é Diretor Científico da Sociedade Brasileira de Arrítmicas Cardíacas (SOBRAC).
Estevan Vieira Cabeda
Formado em Medicina pela Universidade de Passo Fundo, tem doutorado em ciências médicas pelo Instituto de Radiologia InRad - USP (2013) Mora em Florianópolis/SC onde é coordenador do setor de imagem cardíaca do clínica Kozma.
José Luis Pretto
Formado em Medicina pela Universidade Federal de Pelotas. Foi presidente do Departamento de Ecocardiografia do estado do Rio Grande do Sul e atualmente é supervisor coordenador e preceptor da residência de ecocardiografia e preceptor da residência de Cardiologia clínica do Hospital São Vicente de Paulo de Passo Fundo.
O ICOR Fundado pelos médicos cardiologistas intervencionistas, Carlos Mattos, Marcelo Roman, Gilberto Heineck, Tiago Vendruscolo e Eduardo Mattos, o ICOR, nasceu da iniciativa de cinco médicos cardiologistas, com o mesmo objetivo: oferecer atendimento especializado de qualidade para prevenir e tratar doenças cardiovasculares. Além disso, o ICOR visa facilitar o acesso dos pacientes ao atendimento cardiovascular. “Unimos experiência de profissionais para entregar um serviço completo com o respeito e carinho que os pacientes merecem. Prezamos também pelo ensino de novos cardiologistas, sendo o HC o maior centro de residência no interior do RS. Com a residência temos um crescimento bilateral, conforme ensinamos, aprendemos ainda mais ao ensinar”, aponta Dr. Gilberto. O Instituto do Coração de Passo Fundo faz parte do Hospital da Cidade de Passo Fundo.
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pet terapia
Tratamento além de procedimentos e medicamentos Fotos Assessoria de Comunicação HSVP/Caroline Silvestro
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abo abanando e muitos sorrisos. Maria Clara Bottin, 11 anos, atira uma bolinha, Filó, toda faceira corre pegar. Ao ler isso, imaginamos, cachorro e criança brincando em uma praça ou em casa. Mas, esse momento de alegria acontece em hospital, mas especificamente no Hospital São Vicente de Paulo (HSVP) de Passo Fundo, sala de descanso, onde são realizadas as sessões de Terapia Assistida por Animais, também conhecida como Pet Terapia. Maria Clara que realiza tratamento oncológico aguardava ansiosa pelo dia em que teria sessão. Em casa ela tem três cachorros e durante a internação sente muita falta deles. Filó, a Pet Terapeuta ganha carinho de Maria e retribui amenizando dores, saudade e durante aquela uma hora de sessão de Pet, faz ela esquecer um pouco do tratamento, internação e a falta de casa. “Quando soube que tinha as sessões de pet eu já quis fazer. Aguardei ansiosa o médico me liberar e hoje posso receber esse carinho quando fico internada”, conta Maria Clara. A mãe Ana Maria Miglioranza conta que as sessões fazem muito bem para filha, já que trazem a lembrança do carinho dos animais que ela tem em casa. A Pet Terapia é realizada na instituição desde 2016, pela Residência Multiprofissional Integrada em Saúde do Idoso e Atenção ao Câncer, promovida pelo HSVP, Universidade de Passo Fundo (UPF) e Prefeitura Municipal de Passo Fundo, e a Residência Profissional Integrada em Medicina Veterinária
Maria Clara e Filó na sessão de Pet Terapia
da UPF. As sessões de Pet acontecem duas vezes por semana, com pacientes infantis e idosos, que estão internados a mais tempo, com indicação médica e multiprofissional para o tratamento. As sessões têm como objetivo o alívio da dor através de um momento lúdico e humanizado. Cada sessão tem duração aproximada de uma hora por paciente. Antes e depois da sessão os sinais vitais do paciente são aferidos e registrados. Os residentes multiprofissionais explicam que, os pet terapeutas são
animais de estimação, normalmente um cachorro, mas pode ser um porquinho da índia, papagaio, gato ou coelho, que após ser indicado pelo tutor, passa por uma avaliação comportamental realizada pelos médicos veterinários e por uma série de exames que atestam sua saúde “Os terapeutas são acompanhados durante todas as sessões pelos veterinários”, esclarecem, destacando que os tutores, proprietários dos pets, voluntariam seus animais para serem terapeutas. “Eles não recebem
nenhuma ajuda de custo e todo banho pré-sessão é custeado por eles. Qualquer pessoa pode voluntariar o seu pet para ser terapeuta”. Toda quarta e sexta-feira, os terapeutas vem para o hospital acompanhados dos Veterinários e os residentes multiprofissionais levam os pacientes para a sessão. Muitos ficam ansiosos pela chegada desse momento, pedem para participar da sessão da Pet e assim como Maria Clara, desfrutam daquele momento descontraído e lúdico.
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Dr. Guilherme Krahl é cirurgião cardíaco, sua história no Hospital São Vicente começou em 1995 quando realizou seu estágio. Em 1999 ele saiu para fazer Residência Médica, retornou em 2003 e desde então, atende a muitos pacientes diariamente na instituição. Dr.Thor chegou a menos tempo no hospital, mas também já é reconhecido pelo seu trabalho. Thor é o Deus do Trovão, mas, Dr. Thor morre de medo dos trovões. Ele é pet terapeuta e atende os pacientes no Hospital São Vicente duas vezes por semana. Mas você deve estar se perguntando, qual a relação do Dr. Guilherme e Dr. Thor? O pet terapeuta é “filho” do cirurgião. Segue os passos do “pai” e também tem como missão ajudar as pessoas. “Meu amigão foi um presente, já tinha cerca de um ano e meio quando seus antigos tutores nos confiaram o Thor. O Thor se juntou a nossa família e hoje é um filho. Brincalhão e fiel, sempre alegre tentando nos orgulhar, quer acertar, fazer tudo direitinho, quer risos e carinhos, este é o Thor em nossa casa”, conta Dr. Guilherme, evidenciando ainda o seu potencial em ajudar o próximo. “Vimos nele, como muitos viram em seus pequenos amigos, um gentil companheiro que não mediria esforços para ajudar quem quer que fosse. A alma deles é iluminada, vieram para nos alegrar”. O médico conta que vive o dia-a-dia no hospital como cirurgião e também já foi paciente. “Sei muito sobre a angústia de quem sofre internado, por mais que bem cuidados pelos médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, e outros tantos profissionais, os pacientes sofrem e sentem falta de algo mais. Uma risada inesperada, um carinho de surpresa, é aí que entra o Dr.Thor, “PhD em tudo de bom”, e seus colegas pet terapeutas”! Assim como vários outros animais, Thor comparece bem limpo, de banho tomado, vacinado, com os exames veterinários em dia. “Com seu super crachá, ele vai para o
Foto Arquivo Pessoal
Dr. Guilherme e Dr. Thor
Thor é pet terapeuta e atende os pacientes no Hospital São Vicente duas vezes por semana
hospital e lá corre, brinca, dá atenção, pega a bolinha e não devolve, e recebe muito carinho dos pacientes. Como ficar melhor? Não sei, acho que todos adoram, meus filhos e minha esposa, que é veterinária, a equipe de veterinários do Hospital Veterinário da UPF, os funcionários do HSVP e os pacientes. Mas, fica melhor sim, Thor adora ir lá e volta todo orgulhoso sabendo que ganhou muito carinho daqueles que precisam tanto do mesmo”, conta carinhosamente o cirurgião, finalizando com uma definição para a Pet Terapia. “Há só uma verdade, não podemos só amar ou sermos amados, o pet terapeuta cumpre esse papel, está lá para dar carinho e deixar receber. Parabéns a todos envolvidos, me orgulho de participar dessa iniciativa”.
Dr. Guilherme cirurgião e Dr.Thor, pet terapeuta
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equoterapia
Parceria transformadora para participantes e profissionais Fotos: Divulgação Carlos Bastos
Método terapêutico com cavalos, promove melhor qualidade de vida de 60 alunos, que vieram de diversas cidades procurando a formação, a habilitação para atender em seus municípios”, explicou. Entre os benefícios do método, Spartalis cita que as atividades reforçam principalmente a aquisição da coordenação motora, no equilíbrio, marcha, e na sociabilidade, para as crianças que tem dificuldade nessa área. O profissional da equoterapia, salienta ainda, a importância de avaliar bem o local que será praticado o método. “As pessoas que procuram esse método para tratamento, devem ir até centros regulamentados, filiados a ANDE, para que tenham um atendimento de qualidade”, finaliza Spartalis.
EQUOTERAPIA NA UPF Centro Hípico Dellagerisi em parceria com Centro de Equoterapia do Cavalo Crioulo de Sertão, realizou o III Curso Básico de Equoterapia por ALINE PRESTES aline@diariodamanha.com por ANA CAROLINE HAUBERT anacaroline@diariodamanha.com
U
m método terapêutico que tem crescido consideravelmente ao longo dos anos, e que serve de tratamento para pessoas portadoras de síndromes, ou disfunções fisiológicas, é a equoterapia. As atividades que são feitas com cavalos, tem por objetivo amenizar os sintomas de pessoas com necessidades especiais, como a paralisia cerebral, por exemplo. Para ser incluído no programa equoterapêutico, o paciente deve passar por exames médicos e avaliações nos aspectos da saúde, educação e social. Alguns dos profissionais capacitados para fazer as avaliações, são fonoaudiólogos, fisioterapeutas, psicólogos, terapeutas ocupacionais, psicopedagogos, veterinários e zootecnistas. Esses definirão, para cada caso, um programa especial de acordo com os objetivos identificados.
Crianças com idade a partir de dois anos já podem iniciar o atendimento, de acordo com a avaliação médica. Fundada em 1989, a Associação Nacional de Equoterapia (ANDE), é a responsável por normatizar o método a nível nacional. Atualmente, o país conta com mais de 300 centros de equoterapia, que atende pessoas de variadas patologias, como autismo, esclerose múltipla, acidente vascular encefálico, síndrome de down, entre outros. Embora a maioria dos usuários, sejam portadores de alguma deficiência, há ainda, programas específicos para crianças que apresentem dificuldades na área educacional, que são hiperativas ou tenham déficit de atenção. A equoterapia promove o contato entre o ser humano e o animal – neste caso, o cavalo – é uma parceria transformadora, tanto para os participantes quanto para os profissionais que desenvolvem a atividade.
Passo Fundo Com o propósito de qualificar profissionais para atuar na área da Equoterapia, o
Centro Hípico Dellagerisi em parceria com Centro de Equoterapia do Cavalo Crioulo de Sertão, realizou nessa semana em Passo Fundo e Sertão, o III Curso Básico de Equoterapia. O evento reuniu nove palestrantes das áreas de fisioterapia, fonoaudiologia, instrutor de Equitação, veterinária, psicologia, educação física, pedagogia, e vice-presidente da Associação Nacional de Equitação, Coronel Sérgio Cirillo. Entre os profissionais presentes, esteve no local, o oficial do exército, educador físico, instrutor de equitação e representante da Associação Nacional da Equoterapia, Eros Spartalis de Ponta Grossa do Paraná, o qual salientou a importância da Equoterapia. “É um tipo de terapia regulamentada e está tendo uma visibilidade muito grande de um tempo para cá, visto os bons resultados que trazem na fase de reabilitação. Vem crescendo cada vez mais, porque as pessoas estão vendo cada vez mais os resultados positivos e começam buscar formação. É o que está aconteceu aqui em Passo Fundo, com a participação de cerca
Em Passo Fundo, a terapia é oferecida de forma gratuita desde 2003, por meio do projeto de extensão Educação Inclusiva Equoterapêutica, desenvolvido pela Faculdade de Educação Física e Fisioterapia da Universidade de Passo Fundo (FEFF-UPF), em parceria com o Grupo Tradicionalista Cavaleiros do Planalto Médio, Brigada Militar e Centro de Atendimento Socioeducativo (CASE). Os atendimentos práticos ocorrem nas segundas e quartas-feiras no turno da tarde, na fazenda da Brigada Militar. O projeto disponibiliza recursos terapêuticos e pedagógicos para potencializar a qualidade de vida de pessoas com deficiência e/ou em situação de vulnerabilidade social. As atividades executadas contribuem para o aumento da capacidade neuropsicomotora dos alunos/pacientes, além do desenvolvimento da autoconfiança, da autonomia, da independência e sociabilização, e da tolerância à frustração. Os atendimentos práticos ocorrem nas segundas e quartas-feiras no turno da tarde, na fazenda da Brigada Militar. Para mais informações basta entrar em contato com a secretaria da Faculdade de Educação Física e Fisioterapia da UPF, pelo telefone (54) 3316-8380.
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Emendas parlamentares indicadas somam R$ 400 mil Fotos: Divulgação | Hospital de Olhos Lions
Recursos são destinados para o custeio dos serviços oferecidos pela instituição e estão previstos no Orçamento Geral da União
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or ser reconhecido como instituição filantrópica sem fins lucrativos de atendimento oftalmológico à comunidade, o Hospital de Olhos Dyógenes A. Martins Pinto Lions é mantido por meio de doações dos Clubes de Lions do Distrito LD-7 e da Fundação Lions Clube Internacional, recursos próprios e, ainda, emendas parlamentares de agentes políticos engajados na causa da saúde da visão. Até agora, cerca de R$ 400 mil em recursos foram indicados no Orçamento Geral da União (OGU) para serem encaminhados a entidade, com destinação para o custeio dos serviços de saúde. Ainda em março deste ano, por intermédio do vice-prefeito de Passo Fundo, João Pedro Nunes (MDB), o atual Ministro da Cidadania, Osmar Terra, enquanto deputado federal, destinou R$ 300 mil via emenda impositiva individual para o Hospital de Olhos. O montante será depositado no Fundo Municipal da Saúde de Passo Fundo e será revertido para o incremento no custeiro dos serviços de assistência hospitalar ambulatorial. O Hospital de Olhos Lions também recebeu uma indicação de emenda parlamentar no valor de R$ 100 mil do senador gaúcho Luiz Carlos Heinze (PP). Os recursos serão revertidos do Ministério da Saúde para o Fundo Estadual de Saúde. A verba foi destinada para ser utilizada no custeio dos serviços de média e alta complexidade da instituição. Para o administrador do Hospital de Olhos Lions, Ivan Freitas, o comprometi-
O Hospital atende uma demanda de 147 municípios do Norte gaúcho e supre uma demanda cada vez maior de pessoas com problemas de visão
mento da classe política com a entidade é de extrema importância, visto que o Hospital atende uma demanda de 147 municípios do Norte gaúcho e supre uma demanda cada vez maior de pessoas com problemas de visão. “Todos os recursos destinados para a nossa entidade são aplicados nos serviços oferecidos. Hoje, somos referência no setor de oftalmologia. Oferecemos consultas, exames, terapias, cirurgias e, ainda, somos um Hospital credenciado para realizar transplante de córneas. Agradecemos o empenho dos políticos e esperamos novas indicações”, comemora.
O futuro O Hospital de Olhos Lions passa por um processo de modernização de sua estrutura. A ampliação vai tornar possível passar dos 1.640m² de área construída para 3.807m², quando tudo pronto. No total, serão investidos R$ 800 mil para entregar toda a estrutura apta para ser utilizada, valor formado por doações da LCIF, Clubes de Lions e recursos próprios. A administração do Hospital de Olhos Lions trabalha na elaboração de cartas-convites para a seleção da empresa responsável por executar a obra de conclusão do espaço que abrigará o novo centro cirúrgico. O processo de escolha deve levar cerca de 45 dias, prazo contabilizado para o início das obras no local. A empresa escolhida deverá comprovar estar apta a realizar o empreendimento, a partir da análise dos projetos arquitetônicos e memoriais descritivos já conclusos.
Anticoncepção sem tomar pílulas Grazieli Sassi
Médica Ginecologista e Obstetra com título de especialista – TEGO /ABM Profª titular do Módulo Saúde da Mulher na Universidade da Faculdade de Medicina da Univ. de Passo Fundo Preceptora da Residência Médica de Ginecologia e Obstetrícia do HSVP /UFFS Pós-graduação em Ultrassom ginecológico e obstétrico – EURP Pós-graduação em Videohisteroscopia - FELUMA Título de especialista em Medicina do Trafego - ABRAMET /ABM
Cada vez mais as mulheres desejam métodos práticos, eficazes e principalmente que não precise lembrar todo dia de fazer uso. Então, hoje vamos falar sobre uma das formas mais frequentes de anticoncepção sem tomar pílulas, mas que ainda gera muitas dúvidas e incertezas, os famosos DIUs. O Dispositivo intrauterino (DIU) e o Sistema intrauterino (SIU – também conhecido como DIU hormonal) são, como o nome já diz, sistemas ou dispositivos que devem ser inseridos por médicos, dentro do útero, e pode proteger a mulher durante 5 a 10 anos, dependendo do produto. Mas qual a diferença entre os dois? Ambos impedem a penetração e passagem dos espermatozoides, não permitindo seu encontro com o óvulo. A grande diferença é que o DIU é feito de cobre, um metal, e não possui nenhum tipo de hormônio, enquanto o SIU libera um hormônio dentro do útero. Além do efeito contraceptivo, o hormônio pode apresentar outros efeitos, como reduzir o fluxo menstrual. Atualmente não existe nenhum método anticoncepcional 100% eficaz, no entanto a chance de falha dos dois métodos é extremamente baixa, sendo parecida com a dos métodos cirúrgicos, como a laqueadura ou vasectomia, o que os deixa entre os métodos mais eficazes que existem. Sendo que em menos de 10% das usuárias pode ocorrer expulsão completa ou parcial do DIU. Uma vez que não dependem da correta administração da usuária, o DIU e o SIU possuem eficácia superior quando comparado aos métodos de curto prazo, como as pílulas, injeções, anel e adesivo contraceptivo. Entre os efeitos colaterais mais comuns estão as alterações do fluxo mens-
Foto Divulgação
hospital de olhos lions
trual. O DIU de cobre, por não conter hormônio, provavelmente não irá alterar a frequência das menstruações, porém poderá causar um fluxo menstrual mais intenso e possível aumento das cólicas menstruais no primeiro trimestre. O SIU, devido a liberação local do hormônio, costuma diminuir a intensidade do fluxo e duração das menstruações e, após seis meses de uso, 44% das usuárias param de menstruar. Por mais que sejam métodos excelentes, nem todas as mulheres poderão fazer uso. Existem algumas contraindicações, como: doença inflamatória pélvica atual ou recorrente, infecção do trato genital inferior, anormalidade do colo do útero ou do útero, incluindo miomas, se estes causarem deformação da cavidade uterina. Para as mulheres que desejam anticoncepção sem tomar pílula, converse com seu ginecologista para avaliar o melhor método para você.
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alta complexidade
Procedimento salva vida de mãe e bebê Fotos Assessoria de Comunicação HSVP | Rodrigo Sardi
Estudo Eletrofisiológico e Ablação por radiofrequência sem uso de Raio X é realizado no HSVP
Durante o procedimento foi possível identificar a origem da arritmia e realizar a ablação (cauterização do foco da arritmia)
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Eletrofisiologia é o estudo da atividade elétrica do coração. Na Cardiologia, o Estudo Eletrofisiológico e Ablação por Radiofrequência são procedimentos que utilizam cateteres especiais para avaliar o sistema elétrico do coração e para tratar as arritmias cardíacas. Durante o exame, além de identificar a origem da arritmia é possível realizar a ablação (cauterização do foco da arritmia), estimar o risco de o paciente desenvolver arritmias potencialmente fatais e tratar o paciente precocemente. Neste mês, a equipe de Eletrofisiologia do Hospital São Vicente de Paulo (HVSP), liderada pelos médicos Dr. José Basileu Reolão, Dr. Luciano Marcelo Backes e Dra. Milena Pozzatto Rodrigues, realizaram um procedimento de alta complexidade, efetuado em poucos centros do país, para salvar a vida de uma paciente, gestante de 24 semanas e seu bebê. Um estudo eletrofisiológico e ablação por radiofrequên-
cia sem o uso de fluoroscopia (Raio X) foi realizado para tratar uma arritmia incessante na gestante. Conforme a equipe médica, a técnica do Estudo Eletrofisiológico e a Ablação são realizados com o auxílio do Raio X, porém, neste caso, se o Raio X fosse utilizado, poderia trazer prejuízos ao desenvolvimento do bebê. “Esta paciente tinha uma arritmia que se tornou incessante, ou seja, contínua. Quando íamos realizar o tratamento para isso, ela descobriu a gestação. Tentamos tratar a arritmia com vários medicamentos e com Cardioversão Elétrica (choque), mas nenhum método foi capaz de reverter a arritmia”, explica Dr. Backes, enaltecendo que foi então, que os médicos optaram pelo procedimento da Eletrofisiologia e Ablação. “Já vínhamos aprimorando a técnica, com a redução progressiva do uso de radiação nos estudos eletrofisiológicos, em todos os pacientes, buscando a proteção do paciente e da equipe. O desafio
Equipe da Eletrofisiologia buscou a melhor alternativa de tratamento para a paciente
agora era realizar o procedimento sem utilizar nenhuma radiação, protegendo o feto dos riscos dessa exposição. Para isso, foram utilizadas outras técnicas para que se conseguisse “enxergar” o coração e identificar o foco da arritmia”, informa Dr. Basileu, descrevendo ainda que “por meio do ultrassom intracardíaco e Mapeamento Eletroanatômico, técnica que cria a imagem do coração com todas as estruturas anatômicas e elétricas de interesse, foi possível obter sucesso na cura da arritmia da paciente com o máximo de segurança para o feto”. Os especialistas relatam ainda que, o procedimento foi decisivo para assegurar a saúde da mãe e da criança. “A paciente já havia desenvolvido insuficiência cardíaca (enfraquecimento do coração) pela arritmia, o que por si só aumentaria o risco de mortalidade e complicações materno-fetais. A realização do procedimento foi essencial para salvar a mãe e o bebê”, enaltece Dra. Milena.
Em relação aos resultados do procedimento, a equipe relata que “pós -procedimento a mãe já apresentava melhora nos sintomas e da função cardíaca com perspectiva de recuperação completa do coração nos próximos dias. Procedimentos complexos como este, tornam o Hospital São Vicente de Paulo referência na área de Cardiologia e em especial, de Eletrofisiologia para o tratamento de doenças cardíacas e de arritmias cardíacas”. EQUIPE DE ELETROFISIOLOGIA HSVP
Desde 1998 o Hospital São Vicente de Paulo de Passo Fundo, mantém uma equipe de especialistas em Eletrofisiologia, sendo um dos primeiros hospitais do Brasil a empregar a técnica, realizada inicialmente pelo Dr. José Basileu Reolão, um dos pioneiros no Estado. Desde então, exames e procedimentos são realizados para auxiliar a comunidade.