DIÁRIO DA MANHÃ PASSO FUNDO E CARAZINHO
SÁBADO E DOMINGO, 13 E 14 DE JULHO DE 2019
saúde ocular infantil
Os riscos da exposição prolongada a eletrônicos Seu filho tem reclamado de dor de cabeça frequentemente? Saiba quando procurar um oftalmologista | Págs 4 e 5
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endereços Passo Fundo Centro de Saúde (Posto Central) (54) 3311-6494 Hospital São Vicente de Paulo (54) 3316-4000 Hospital São Vicente de Paulo - IOT Rua Uruguai, 2050 - Centro (54) 3045-9700 Hospital de Clínicas de Passo Fundo Rua Tiradentes, 295 - Centro/Annes (54) 2103-3333 Hosp. Psiquiátrico Bezerra de Menezes R. Ouro Preto, 240 - Vila Dona Eliza (54) 3046-7501
No final de junho, o oncologista do Hospital São Vicente de Paulo (HSVP) de Passo Fundo, Dr. Rodrigo Ughini Villarroel esteve no Rio de Janeiro e ministrou duas palestras para médicos e profissionais da área da saúde. No dia 27 de junho, o especialista falou sobre “A evolução do tratamento do Melanoma no contexto adjuvante e na doença avançada”, para os oncologistas e dermatologistas que atuam em Hospitais Militares - HFAG-Hospital de Força Aérea do Galeão e HNMD- Hospital Naval Marcílio Dias, do Rio de Janeiro). A segunda palestra foi em uma sessão multidisciplinar, no dia 28 de junho, onde Dr. Rodrigo apresentou para os profissionais do Centro Oncológico de Niterói (COM) no Hospital Casa do Rio de Janeiro, “As perspectivas de tratamento adjuvante no Melanoma em 2019”. Ainda, no dia 29, o oncolo-
gista esteve em Curitiba onde participou do Advisory Board debatendo as perspectivas de tratamento do melanoma localizado e metastático, com profissionais do sul do país.
Recursos do 1° Harley’s Day Carazinho serão investidos em melhorias do HCC Foto: Divulgação Hospital de Caridade de Carazinho
Hospital Municipal Rua Alcides Moura, 100 - Centro (54) 3316-4500 Hospital de Olhos C.L. Dyógenes A. Martins Pinto Campus I - UPF - Bairro São José (54) 3318-0200 Prontoclínica Tv. Dr. Arthur Leite, 58 - Centro (54) 3313-5100 Bombeiros 193
Carazinho Hospital de Caridade Rua General Câmara 70 (54) - 3329-9898 Ambulatório Municipal Av. Pátria – próximo a Secretaria Municipal de Saúde (54) 3329-2506 / 3329-2448 Hospital de Caridade de Carazinho Centro de Especialidades Médicas (CEM) Av. Pátria – próximo a Sec. Municipal de Saúde e HCC (54) 3331-4510 Bombeiros 193
A direção do Hospital de Caridade de Carazinho esteve reunida, no dia 09 de julho, com integrantes da comissão organizadora do 1° Harley’s Day Carazinho, a fim de apresentar onde serão aplicados os recursos arrecadados com o evento, promovido em 22 de junho. O evento foi idealizado por um grupo de harleyros do município - proprietários de motocicletas da marca Harley-Davidson -, com o intuito de beneficiar o HCC, através da destinação de 100% da arrecadação final líquida à instituição de saúde. Com esse objetivo, por-
Jornalista do HSVP participa de evento sobre comunicação na saúde Foto: Divulgação HSVP
Rua Teixeira Soares, 808 - Centro
Oncologista ministra palestras no RJ Foto: Divulgação HSVP
Rua Fagundes dos Reis, 270
aconteceu
tanto, reuniu participantes de diversas regiões do estado e do país, além do público local, que abraçou a ideia e se fez presente em diferentes momentos da programação. O resultado final apurado com a ação totalizou a importância de R$58 mil – sendo R$9 mil em materiais médico-hospitalares e R$49 mil em recursos financeiros. Após a reunião, portanto, ficou definido que os valores recebidos serão investidos na reforma do corredor e do posto de enfermagem da Unidade de Internação Clínica Posto 3, além de mais três apartamentos.
Para melhorar cada vez mais a divulgação de conteúdos sobre saúde e combater a fake news, a Assessora de Imprensa do Hospital São Vicente de Paulo (HSVP) de Passo Fundo, Caroline Silvestro, participou no dia 09 de julho, do evento “Desafios da Comunicação em Saúde”, promovido pelo Hospital de Clínicas de Porto Alegre. O evento contou com a participação de profissionais da área de comunicação e da saúde de todo o estado e reuniu palestrantes especialistas. “A divulgação errada de informações de saúde traz prejuízos para a sociedade. Estudos falsos ou sem veracidade de dados, remédios milagrosos ou epidemias de doenças divulgadas incorretamente são também riscos para a saúde das pessoas, por isso, esse evento enalteceu a importância do jornalismo na área da saúde como sendo um aliado”, evidencia Caroline, pontuando ainda que, entre os temas abordados, estavam, “Comunicar saúde e ciência; Comunicar para fora; A medicação com pesquisadores”, entre outros debates importantes para a área.
acontece Especialização em Enfermagem Materno-Infantil é ofertada pela UPF Profissionais graduados em Enfermagem que atuem em hospitais, clínicas, serviços de saúde e/ou atenção básica e interessados em atuar na área materno-infantil têm uma oportunidade de capacitar-se por meio do curso de especialização em Enfermagem Materno-Infantil da Universidade de Passo Fundo (UPF). A formação está com inscrições abertas, que podem ser realizadas até 4 de setembro, acessando o site upf.br/ensino. A coordenação da especialização é das professoras Me. Isabel Ines Z. Lanferdini
e Me. Sandra Maria Vanini. Em sua 2ª edição, a formação capacita enfermeiros para a prática de ações voltadas à saúde materno-infantil com ênfase na promoção da saúde e na prevenção, no tratamento e na reabilitação de doenças, por ações interdisciplinares na busca de um padrão de excelência nos serviços de saúde públicos e privados, de forma multidisciplinar, com bases humanizadas segundo os preceitos e as diretrizes do SUS. Dentre os objetivos da especialização, está o
Diretora Comercial: Eliane Maria Debortoli
jornalista responsável Aline Prestes - RP 19.015
Editor Interino: Édson Coltz - RP 17.059
Foto de Capa: Freepik
de promover a integração multiprofissional no intuito de oferecer uma assistência universalizada e integralizada para o atendimento do binômio mãe e filho com envolvimento da família. Além disso, oportuniza conhecer métodos e técnicas de avaliação e intervenções pertinentes às áreas de obstetrícia e neonatologia de forma geral e específica para áreas relacionadas. Mais informações sobre o curso podem ser esclarecidas em contato pelo telefone (54) 3316-8310 ou pelo e-mail icbpos@upf.br. Clélia Fontoura Martins Pinto - ME Matriz: Rua Independência, 917, sala 3 - Passo Fundo Contato: (54) 3316-4800
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mês de conscientização
Precisamos falar sobre o câncer de bexiga Diagnóstico tardio, causado por ausência ou descaso com os sintomas, contribui para alta mortalidade da doença
O
número de pessoas diagnosticadas com câncer de bexiga tem crescido consideravelmente nas últimas décadas. O mês de julho é reservado para a conscientização deste tipo de neoplasia, que atingiu mais de 9 mil brasileiros em 2018. Por ser silencioso, o câncer de bexiga pode evoluir sem apresentar sintomas na fase inicial, sendo diagnosticado principalmente em estágios avançados. Um impasse que reduz as possibilidades de cura. Hoje a doença pode matar até um terço dos pacientes acometidos. Apesar de ser o tumor mais comum do trato urinário, o câncer de bexiga passa despercebido pela maioria da população. Mas, com o decorrer da doença, surgem sintomas que podem facilmente ser confundidos com infecções, como a cistite, explica o Dr. Diogo Bastos, médico oncologista. “Sensação de urgência para urinar, seguida por ardor e presença de sangue na urina são os indícios mais comuns para a doença. Já, em casos mais
avançados, podem surgir dores pélvicas, dor ou sangramento retal e inchaço das pernas, provocado por comprometimento dos linfonodos pélvicos, ocorrência frequente na neoplasia”. Para Bastos, “independentemente dos obstáculos, possibilitar o rastreamento adiantado do câncer de bexiga é fundamental para a conquista de melhores resultados no tratamento. A melhor forma de fazê-lo é por meio da história clínica e do exame físico realizado. Também pode ser solicitada uma endoscopia, exame de imagem que permite ao médico ter uma visão do interior da bexiga”. Quando diagnosticado precocemente, o tratamento mais indicado é a cirurgia para extração do tumor seguido por quimioterapia. Este procedimento aumenta as chances de remissão e cura. Porém, segundo o especialista, devido ao cenário atual, as pesquisas clínicas têm focado em opções de tratamentos cada vez mais inovadoras, como a imunoterapia,
com o objetivo de aumentar a efetividade do tratamento. Esta abordagem estimula a ação do sistema imune contra as células cancerosas, causando menos efeitos colaterais do que outros tipos de terapia. “As drogas imunoterápicas desativam a proteção do tumor, que faz com que ele fique camuflado. Essa ação faz com que os linfócitos, as células de defesa, o reconheçam como uma ameaça e, por tanto, atuem contra ele, matando o câncer”, conta Bastos.
DIAGNÓSTICO O câncer de bexiga costuma ser diagnosticado entre os 60 e 70 anos de idade, sendo duas a três vezes mais comum nos homens. Calcula-se que cerca de 25% das pessoas que tenham câncer de bexiga poderão ter um segundo tumor primário em outro local do sistema urinário. A doença pode ser dividida em três tipos: carcinoma urotelial (de células de transição), que representa a maioria dos
casos e começa nas células do tecido mais interno da bexiga; carcinoma de células escamosas, que afeta as células delgadas e planas que podem surgir na bexiga depois de infecção ou irritação prolongadas; e adenocarcinoma, que se inicia nas células glandulares (de secreção) que podem se formar na bexiga depois de um longo tempo de irritação ou inflamação.
CAUSAS Além do tabagismo, que é a principal causa do câncer urotelial da bexiga, outras causas deste tipo de tumor ainda são pouco conhecidas, mas existem boas práticas de vida que auxiliam na prevenção desta condição. “A lista inclui a ingestão adequada de líquidos, o que pode diluir as substâncias tóxicas absorvidas pelo corpo, evitar o tabaco, além da adoção de uma alimentação mais saudável e prática regular de atividade física. Esses cuidados ajudam a reduzir os fatores de risco”, finaliza o oncologista.
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Fotos: Divulgação
dia mundial da saúde ocular
Saiba quando levar seu filho no oftalmologista Data chama atenção para importância de pais estarem atentos a exposição prolongada de eletrônicos
S
eu filho tem reclamado de dor de cabeça frequentemente? Quando essa dor é um sinal de doença ocular? Ao ser pesquisado nos principais sites de busca da internet, os resultados são tantos quanto as dúvidas da população em geral sobre o assunto. Para se ter uma resposta
Responsáveis precisam estar atentos aos sintomas, como: dificuldade de leitura, dores de cabeça e tonturas
certeira sobre o diagnóstico, na maioria das vezes, é necessário consultar mais do que um profissional. No Dia Mundial da Saúde Ocular, lembrando no dia 10 de julho, o assunto chama a atenção dos especialistas para a causa. Os responsáveis precisam estar atentos aos sintomas, como: difi-
culdade de leitura, sensibilidade exagerada à luz, terçol frequente, dores de cabeça e tonturas. Nestes casos, é importante consultar um oftalmologista para um diagnóstico mais preciso, no caso de problema ocular. A médica oftalmologista do Hospital de Olhos Dyógines A. Marints Pinto Lions, Thaíse Federizzi,
conta que diariamente crianças com queixa de dor de cabeça chegam no consultório do oftalmologista. Sobre o fato de estarem diretamente ligados a problemas na visão, a especialista afirma que não há motivos para pânico. “Primeiramente, é preciso entender que a maioria dos casos de dor de cabeça
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TÉCNICAS PARA IDENTIFICAR PROBLEMAS DE VISÃO A médica oftalmologista do Hospital de Olhos Lions atenta para os procedimentos adotados em consultório que auxiliam no diagnóstico preciso de doenças oculares. “É fundamental que o exame oftalmológico nessa população seja feito sob a dilatação pupilar, através do uso de colírios no consultório, para que a medição do grau ocular e avaliação do fundo de olho sejam adequadas”, frisa.
“
Na consulta oftalmológica, o exame ocular será completo, com o intuito de buscar as possíveis causas que possam levar a uma dor de cabeça na população infantil
“
não está relacionada a problemas oculares, especialmente na população infantil. Diante deste sintoma, é importante investigar com o pediatra outras causas como sinusite, alteração da alimentação, distúrbio do sono, enxaqueca, que podem estar associados a dor de cabeça na criança”, tranquiliza a profissional. Contudo, nem sempre os sintomas de dor de cabeça podem não representar preocupação quanto a visão. Em alguns casos, alterações visuais podem sim estar relacionadas a dores de cabeça, cansaço visual e desconforto ao redor dos olhos. Por isso, Thaíse recomenda relatar o contexto na consulta ao oftalmologista, sempre que o assunto demandar preocupação. “Na consulta oftalmológica, o exame ocular será completo, com o intuito de buscar as possíveis causas que possam levar a uma dor de cabeça na população infantil. Por exemplo, a presença significativa de grau o que leva a necessidade de se usar óculos, alterações na pressão intraocular, inflamação, estrabismo e avaliação do fundo de olho”, complementa.
Thaíse Federizzi
médica oftalmologista do Hospital de Olhos Dyógines A. Marints Pinto Lions
Ainda assim, Thaíse alerta para o papel dos pais na identificação precoce dos problemas, para evitar assim, o agravamento dos distúrbios
no futuro. “Mesmo que a criança não apresente nenhuma queixa, é importante que a primeira visita ao oftalmologista seja precoce, antes
CUIDADOS OCULARES ATÉ OS 10 ANOS
Nos primeiros anos de vida, as crianças já se interessam por equipamentos tecnológicos e possuem habilidades para usar. Sendo assim, é importante estar atento às novas tendências que chamam a atenção dos pequeninos. A exposição prolongada a aparelhos eletrônicos, como o computador, pode gerar alguns sintomas, como olhos vermelhos e irritados, coceira e cansaço nos olhos, sensação de areia, olhos secos e vontade de piscar mais. Alguns cuidados fáceis, mas importantes, podem evitar tais sintomas, como fazer pausas de 1 a 5 minutos a cada hora em frente ao computador, afastar o foco de luz dos olhos, manter o brilho do computador baixo, deixar o ambiente claro, etc.
que o pequeno chegue no processo de alfabetização, momento em que a visão da criança ainda possa ser estimulada a ser 100%.”, finaliza.
CUIDADOS OCULARES DOS 10 A 20 ANOS
No início desta fase, o desenvolvimento do sistema visual alcançará a maturidade. Neste período costumam aparecer a miopia e o ceratocone. Quando chega a fase da adolescência, é preciso ter mais atenção, como o mau rendimento dos filhos na escola e as queixas de cansaço visual, visão embaçada, dores de cabeça, vista cansada, etc. Aqui também é preciso evitar longas exposições diante do computador, que pode prejudicar tanto os olhos como a circulação do corpo. Os adolescentes também costumam pegar muito sol e nem sempre acham importante usar óculos escuros, que protegem os olhos contra os raios ultravioletas. Esta é uma fase em que se fazem necessários exames da visão periódicos. Isso porque são normais as mudanças muito rápidas nos problemas oculares, com alterações no grau dos óculos ou das lentes de contato. Fonte: Conselho Brasileiro de Oftalmologia
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celulite
Quais são as causas e como tratar? Problema afeta principalmente as mulheres, após a puberdade, de todas as etnias, embora seja mais comum entre as de pele branca
CAUSAS Um dos aspectos que sempre chama a atenção é a predominância da celulite entre as mulheres. Segundo a médica, esse fenômeno acontece porque as mulheres apresentam a camada de gordura, em geral, com lóbulos maiores do que os homens e estes lóbulos são divididos por septos fibrosos
Foto Divulgação Internet
C
elulite é o nome popular da lipodistrofia ginoide, que nada mais é que o depósito de gordura sob a pele. Ela se caracteriza pelo aspecto ondulado da epiderme, tipo “casca de laranja”, em algumas áreas do corpo e afeta cerca de 95% das mulheres após a puberdade, de todas as etnias, embora seja mais comum entre as de pele branca. Apesar de muitas pessoas acreditarem que a obesidade é condição necessária para a sua existência, vale ressaltar que há mulheres magras com celulite. A celulite tende a ocorrer nas áreas onde a gordura está sob a influência do estrógeno (hormônio feminino), como nos quadris, coxas e nádegas; também pode ser observada nas mamas, parte inferior do abdome, braços e nuca – curiosamente áreas em que é observado o padrão feminino de deposição de gordura. Segundo a presidente da Sociedade Brasileira de Dermatologia – Secção RS (SBD-RS), Taciana Dal´Forno Dini, estudos de revisão que abordam o tratamento da celulite e da flacidez apresentam resultados inegáveis, mostrando que as mulheres precisam, sim, aceitar esta condição característica da pele feminina, mas, também, têm o direito de saber que existem opções de tratamentos seguras, eficazes e respaldadas pela literatura médica.
do utilizados para o tratamento da flacidez corporal, também podem melhorar secundariamente a celulite, pelo estímulo de colágeno que eles proporcionam. Em relação ao uso de cremes, a médica explica que, de fato, eles não trazem tanto efeito uma vez que há uma grande dificuldade em atravessar a barreira cutânea e atuar na gordura do tecido subcutâneo. PREVENÇÃO A melhor forma de se prevenir é investir em hábitos saudáveis, tais como: beber uma grande quantidade de água diariamente para melhorar a circulação sanguínea; diminuir a ingestão de sódio, que pode causar retenção hídrica; evitar alimentos gordurosos e muito doces; parar de fumar; praticar alguma atividade física.
A atividade física ajuda melhorar a circulação sanguínea e consequentemente, melhora o aspecto da pele
perpendiculares, que tracionam a pele para baixo, formando as irregularidades características da celulite. Taciana aponta que as mulheres apresentam a derme mais delgada do que os homens, com menor quantidade de colágeno, conferindo menor sustentação. “Tudo que vai fazer depositar mais gordura, ou seja, o início da ação dos hormônios na adolescência, por exemplo, vai provocar a celulite. Acontece especialmente nas nádegas e coxas. Alimentação errada com excesso de açúcar e carboidratos e sedentarismo estão relacionados ao aumento do aparecimento da celulite. Por outro lado, tudo que ajuda a queimar gordura ajuda a combatê-la”, completa.
TRATAMENTO
Há muitos tratamentos oferecidos, mas é preciso ter cuidado e avaliar com crítica essas propostas que, muitas vezes, têm custos elevados e desproporcionais aos resultados possíveis, por isso a importância de procurar um médico dermatologista, alerta a dermatologista reforçando também, a importância da prática de atividades físicas que ajudam de duas maneiras. “Primeiro porque queimam gordura e, segundo, porque fortalecem a sustentação muscular abaixo da pele, melhorando o formato do corpo”. A dermatologista explica que os bioestimuladores injetáveis, quan-
TIPOS DE CELULITE Os graus de celulite são avaliados por meio da “Cellulite Severity Scale”, um método desenvolvido pelas dermatologistas brasileiras Doris Hexsel, Camile Hexsel e Taciana Dal Forno. Essa nova classificação avalia a celulite de forma mais objetiva e já é reconhecida internacionalmente. Essa classificação avalia as principais características clínicas da celulite, sendo elas: • Número e profundidade de depressões; • Aspecto das áreas elevadas da celulite; • Presença de lesões elevadas; • Presença de flacidez; Cada um dos itens acima recebe uma pontuação de zero a três. A soma total dos pontos vai mostrar se a celulite é: • Leve (1 a 5 pontos); • Moderada (6 a 10 pontos); • Grave (11 a 15 pontos).
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Transtorno do Espectro Autista: Foto Divulgação UPF
Quando pensar?
Marcela Monteiro Gonçalves de Lima
Professora de Saúde da Criança na Faculdade de Medicina da Universidade de Passo Fundo, Graduada em Medicina, Residência médica em Pediatria pela Fundação Santa de Misericórdia do Pará, Residência médica em Neurologia Pediátrica pelo Hospital de Clínicas de Porto Alegre e Aperfeiçoamento em capacitação em eletroencefalografia e epilepsia
va, demais exames devem ser individualizados conforme a necessidade de cada paciente e serão utilizados para afastar outras patologias. É importante ressaltar que o TEA possui quadro clínico extremamente variado, portanto a criança não
precisa possuir todos os sintomas para ter o diagnóstico. As alterações devem ser identificadas e abordadas nos primeiros anos de vida. Estudos indicam que a intervenção precoce, em todas as suas modalidades, melhora muito o prognóstico dessas crianças,
razão pela qual o pediatra deve estar muito atento aos desvios e atrasos no desenvolvimento neuropsicomotor, principalmente na linguagem e habilidades sociais, e sempre encaminhar ao especialista quando estes se mantêm alterados em mais de uma avaliação.
FIQUE ATENTO SE SEU FILHO
O
Tem 18 meses ou mais e não fala palavras ou pequenas frases;
Não procura outras crianças da mesma idade para brincar;
Faz movimentos repetitivos constantemente;
Tem seletividade alimentar intensa;
Altera o comportamento (fica agitado ou irritado) em locais diferentes ou com muitas pessoas e barulhos
Tem dificuldade importante para iniciar e/ou manter o sono.
Arte Shutterstock
autismo não é uma doença nova, como muitos pensam, foi descrita pela primeira vez em 1911. No entanto, por seu aumento crescente na incidência mundialmente, passou a ser um dos distúrbios do desenvolvimento mais pesquisados na atualidade. O TEA é considerado uma doença do neurodesenvolvimento, caracterizada por déficits de comunicação social, com atraso na linguagem e associado a comportamentos ou interesses repetitivos, estereotipados com início precoce. Seu diagnóstico é clínico, os sintomas deverão estar presentes no início do período de desenvolvimento e se tornam evidentes na primeira infância. Justamente por não haver exames específicos, que seu diagnóstico exige mais dos profissionais. A realização de exames complementares principais é quanto a triagem auditi-
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Do filho sonhado ao filho real
Hospital São Vicente disponibiliza Citometria de Fluxo
Camila Erpen Zardo
Foto: Assessoria de Comunicação HSVP/Caroline Silvestro
Setor facilita o diagnóstico de doenças onco-hematológicas e imunológicas agilizando o início do tratamento
E
Exame de diagnóstico é realizado dentro de no máximo 48h
Quando falamos sobre doenças onco-hematológicas, o tempo é um dos fatores fundamentais para tratamento e cura. Quanto antes for descoberta a doença e suas características, mais rapidamente a conduta médica será tomada. Por isso, desde 2017, o Hospital São Vicente de Paulo (HSVP) de Passo Fundo, incorporou ao seu centro de atendimento o serviço de Citometria de Fluxo, uma tecnologia que permite analisar simultaneamente características estruturais e funcionais de células ou partículas em suspensão, avaliando-as individualmente. Este método de diagnóstico agrega rapidez e eficiência necessárias para identificar, de forma mais precoce, e monitorar doenças onco-hematológicas e imunológicas. A bióloga responsável pelo serviço, Tatiane Torres, explica que as análises são realizadas no equipamento FACSCANTO II (8 cores). Dependendo do material a ser analisado, a coleta é realizada pelo médico, como por exemplo, medula óssea e líquor, ou pode ser coletado por profissionais da área laboratorial, quando o material for sangue periférico. “Após a coleta as amostras são encaminhadas ao setor de Citometria de Fluxo onde serão processadas e
analisadas. Para a análise, são utilizados anticorpos monoclonais, os quais interagem com as células da amostra produzindo uma reação que é avaliada no citômetro de fluxo. A partir desta reação é possível identificar ganho ou perda de antígenos expressos (resposta imune) em cada célula. Posteriormente é feita a interpretação dos dados, identificando assim a ausência ou presença de populações anômalas (atípicas)”. Os exames realizados por Citometria de Fluxo são imunofenotipagem para leucemias e linfomas; pesquisa de doença residual mínima (DRM); imunofenotipagem para líquidos serosos e líquor; Hemoglobinúria Paroxística Noturna (HPN); Subpopulações linfocitárias (CD3/CD4/CD8/CD19/CD16/CD56) e quantificação CD3/CD4/CD8. Em um primeiro momento, foram beneficiados os pacientes atendidos pelo Instituto do Câncer e Centro Oncológico Infantojuvenil do hospital. “Desde junho deste ano, ampliamos o serviço com o objetivo de atender outras demandas de Passo Fundo e região, no auxílio ao diagnóstico de leucemias, linfomas e outras neoplasias hematológicas, além do acompanhamento da Doença Residual Mínima (DRM)”, salienta Tatiane.
m algum momento da vida, grande parte das mulheres e dos homens experimentam, cada um a sua maneira, o desejo de ter filhos. Imaginam e sonham com um modelo de filho ideal desde antes de o bebê nascer. Por isso, dizemos que a história de uma criança começa bem antes do seu nascimento, nesse campo fértil que é o desejo e a imaginação dos pais. No momento da gestação, os pais sentem que seus sonhos começam a ganhar corpo. Imaginam o bebezinho real que está por vir, tentam adivinhar seu sexo, sua aparência, a cor dos olhinhos, o cabelo... Será parecido com o papai ou com a mamãe? Também imaginam suas características mais subjetivas: será calmo ou agitado? Valente? Carinhoso? E curioso, será? A imaginação não tem limites! Entretanto, ao mesmo tempo em que sonham, os pais também sentem receios e preocupações: será que vou dar conta? Vou entender o que o meu bebê quer? Saberei pegá-lo no colo? Terei leite para amamentá-lo? O imaginário materno e paterno a respeito do seu bebê está impregnado de desejo e de angústia. Esse desejo grandioso dos pais é extremamente necessário no sentido da constituição psíquica da criança. Assim, a existência de todo filho real inicia-se pelo filho ideal do imaginário dos pais. O desejo paterno e materno é tão fértil a ponto de nutrir simbolicamente o bebê real e impulsionar o seu desenvolvimento psíquico, ou seja, tirá-lo do estado de puro biológico e inseri-lo no contexto do humano. Cada ação de cuidado dos pais para com seu filho, cada olhar, cada sorriso e cada palavra ofertada ao bebê inscrevem marcas que possibilitarão e impulsionarão seu desenvolvimento psíquico, afetivo e intelectual.
Psicóloga, membro associada e psicanalista em formação no PROJETO | Associação Científica de Psicanálise e Mestranda em Educação pelo PPGEdu-UPF.
Entretanto, os sonhos e os desejos pelo filho ideal também precisam, pouco a pouco, dissolver-se para que os pais possam encontrar-se verdadeiramente com seu filho real em toda sua complexidade. Nenhuma criança atende a todas as expectativas dos pais. Todo filho real frustra o ideal imaginário paterno e materno. Contudo, só o filho real é capaz de produzir profundas surpresas, admiração e orgulho em seus pais. A criança se espelhará no imaginário ideal dos pais, embora terá suas próprias características a partir do que recebeu. Terá seus defeitos e qualidades, e ainda enfrentará momentos de dificuldade ao longo de seu desenvolvimento. Torna-se difícil quando os pais ficam preocupados somente com o desempenho de seus filhos pequenos, querendo que eles atendam a expectativas muito superiores as suas atuais capacidades, ficando, assim, impedidos de enxergar quem seus filhos realmente são, o que conseguem fazer e seu grande potencial. Desencontram-se de seus pequenos e acabam por influenciar o desenvolvimento de uma enorme sensação de desvalia nessas crianças, o que pode ser nocivo quando se está em pleno processo de constituição psíquica, devido ao grande poder identificatório exercido pelo imaginário dos pais nesse processo. Ser pai, ser filho e crescer não são tarefas fáceis, acontecem conjuntamente, apoiadas uma na outra. Assim como numa música, melodia e letra bem harmonizadas constroem juntas uma bela canção. Pai e mãe também precisam dar espaço e tempo para que o pequeno desenvolva sua própria maneira de cantar e encantar.