Especial Aniversário de Sorocaba, sábado, 15 de agosto de 2015
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Sorocaba no centro da região Sorocaba está completando 361 anos e, desde sua fundação, sempre ocupou um lugar de destaque no País. Mas essa posição ficou mais clara com a criação da Região Metropolitana de Sorocaba, que foi oficializada no dia 8 de maio deste ano. Agora, o município lidera 25 cidades da região, que, juntas, reúnem uma população de 1,7 milhão de habitantes. Os benefícios de Sorocaba como sede da Região Metropolitana são abordados nesta Edição Especial do Aniversário da Cidade. Nesta nova fase de Sorocaba, a cidade é o Centro da Região e você, leitor, é o centro de tudo.
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Desenvolvimento da região será pensado em conjunto Para prefeito Pannunzio, municípios pequenos serão os mais beneficiados Com a instalação da Região Metropolitana, Sorocaba toma um lugar de maior destaque no Estado e, certamente, o prefeito de Sorocaba, Antônio Carlos Pannunzio, tem um papel central nesse novo status. Porém ele considera que os benefício visados com a instalação da Região Metropolitana não são específicos para uma cidade, mas para toda a região. Para o chefe do Executivo, é natural que Sorocaba seja a sede da agência metropolitana, por ser a maior cidade da região e com maior infraestrutura, mas isso não significa que o município terá privilégio, porque o que interessa é o conjunto, pensando no planejamento e desenvolvimento da região com a superação dos desafios. Para Pannunzio, os municípios menores ganham até mais que os grandes com a Região Metropolitana, porque, isoladamente, eles não teriam condições de constituir escritórios ou empresas de planejamento para projetarem o seu futuro e a forma com que vão se desenvolver. “Fa-
Alexandre Lombardi / Secom
zendo parte da região, haverá um escritório de planejamento para todos”, diz Pannunzio destacando que isso terá um custo, porém bem menor do que teria se fossem instalados isoladamente. O prefeito considera que a crise atual prejudica o desenvolvimento, principalmente porque a previsão é o PIB (Produto Interno Bruto) decrescer em 2% neste ano. Já para 2016, acredita-se em um crescimento de meio por cento. Ele recordou que, em 2014, o País já vivia a crise e o crescimento oficial foi de apenas 0,9%. "Há muito estamos na rabeira entre os países que têm tido crescimento”, afirma ele. Atrair investimentos Em relação à atração de investimentos como resultado da criação da Região Metropolitana, o prefeito detalha que cada um dos municípios que faz parte da região tem a sua vocação e em, muitos casos, elas são complementares. E exemplifica: "Uma empresa pode se instalar em um município e ter a participação de outros produzindo também
produtos correlatos". Após a criação da Agência Metropolitana e do Fundo Metropolitano, os prefeitos que compõem a região fizeram reuniões e definiram três objetivos que serão tra-
balhados e beneficiarão a todos. São eles: acabar com a necessidade de discar o DDD entre os municípios que compõem a região, o que trará economia para todos os habitantes; promover a integração do transporte coletivo, o que diminuirá o valor das passagens; e trabalhar em conjunto a questão da segurança pública, um problema que aflige a todos os municípios. A ideia é integrar, unir esforços e atuar junto, levando os pleitos para as esferas estadual e federal e, ao mesmo tempo, desenvolvendo ações complementares. Questionado se Sorocaba poderia, com a formalização da Região Metropolitana, ter um aeroporto que recebesse voos regulares de passageiros, Pannunzio deixa claro que esse não é o foco, pois talvez não houvesse demanda diante do município estar muito próximo de Campinas (Aeroporto Viracopos) e mesmo de São Paulo, com o Aeroporto de Congonhas, e ressaltou que o nosso aeroporto possui
como característica ter hangares das maiores fabricantes de jatos do mundo. Principais problemas Quando questionado sobre os problemas da cidade, o prefeito afirma que eles não são diferentes de outros municípios de grande porte. Pannunzio destaca a qualidade do transporte coletivo, mas defende que precisa melhorar; a saúde pública, ressaltando que o município gasta 32% do seu orçamento nesta área, enquanto a Constituição preconiza 15%, e cidades da região chegam a comprometer 45% do seu orçamento com esse setor; sem contar que 25% é investido em educação. Conforme o prefeito, não sobra recursos para investir em outras áreas. “O município tem de ter condições de investir”, afirma Pannunzio, que lembra que a crise faz crescer o desemprego. O chefe do Executivo ainda deixa claro que é primordial investir no meio ambiente, preser-
vando e recuperando áreas degradadas, cuidando do resíduo sólido, implantando usinas de tratamento de lixo, sem esquecer do saneamento, oferecendo água potável distribuída por toda a cidade, e coletando e tratando o esgoto antes de ele ser despejado nos córregos e rios que formam a Região Metropolitana. O prefeito Pannunzio está há cerca de um ano e meio do final do seu mandato. Perguntado qual legado ele deixa para a cidade, ele afirmou que isso será possível quando terminar o seu governo. “Hoje, temos uma luta muito grande priorizando o ajuste da máquina pública e da Prefeitura para poder sobreviver a esta crise. Não é uma crise só econômica, mas política, moral e de confiabilidade”, que, para o prefeito, foi causada pelo atual governo federal. “Para sobreviver, precisamos fazer ajustes rigorosos. Esse é o grande desafio. O País voltando a crescer, podemos analisar qual será o legado”, finaliza.
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O vestir sorocabano Luiz Marins Uma das maiores características de nossa querida Sorocaba, que não teve aristocracia rural em sua história, é que nós, sorocabanos, somos fortes em conteúdo e fracos, displicentes no continente, na forma. Isso pode ser constatado em quase todos os aspectos da vida cotidiana em nossa terra, sempre tropeira, mercantil e industrial. Até no trajar. Assim, não temos muita preocupação com a “roupa apropriada” para esta ou aquela ocasião. Em casa ou fora de casa, o trajar tem um só parâmetro – ser confortável. O que vale para o sorocabano é “sentir-se à vontade”. As camisetas que vestimos são sempre aquelas que estão por cima na gaveta. Poucos se preocupam em pegar pelo menos a segunda do monte. Vai a primeira mesmo, que por ser sempre a primeira será sempre a mesma. Assim valem camisetas com publicidade de banco, de uma loja qualquer ou mesmo de um candidato derrotado nas últimas eleições. Vale tudo, desde que seja confortável ou a primeira do monte na gaveta. O sorocabano se classifica como “sem frescura” e acha que tudo o que não seja essencialmente “funcional” não tem o mínimo valor. É claro que os homens sorocabanos são mais funcionais que as mulheres, que sempre têm alguma preocupação estética! Mas também elas não são lá muito preocupadas. Uma “roupinha confortável”, a mesma de sempre, ou o primeiro vestido do cabide do lado esquerdo, é sempre o preferido, não importa “o que os outros vão pensar”. E com essa característica, vejo até um certo controle social imposto sobre os que se preocupam em se vestir melhor: - Onde vai tão chique? Nossa educação já é assim: - Filho, não me vá sujar essa roupa... - Fica usando essa roupa chique sem necessidade, quando tiver uma ocasião de usar roupa bonita, não tem uma roupa que preste... E assim por diante. Isso sem falar no dia em que um sorocabano infeliz resolve colocar uma gravata. Parece que o mundo vai desabar sobre sua cabeça! - O quê! Vai ligar pra São Paulo? Ou vai tirar xerox? - Por que essa frescura toda de usar gravata? Tire isso! Vá a um casamento e verá que boa parte dos convidados está vestida sem muita preocupação estética, como se estivesse pronta para sair do casamento e ir diretamente para uma chácara ou para Mongaguá. E o mais interessante é que nem
a noiva, noivo ou anfitriões sentem isso como falta de consideração. Quando aponto isso, as pessoas dizem: - Não tem importância! O importante é que eles vieram... E os que foram dizem: - Fui para ‘prestigiar’ os noivos com minha presença.
Região Metropolitana trará mais qualidade de vida para população Luiz Christiano Leite da Silva, pode se dizer, é uma das pessoas que mais conhece Sorocaba e, consequentemente, a região. Engenheiro Industrial pela Universidade Mackenzie, Especialista em Administração pela Fundação Getúlio Vargas, Advogado pela Faculdade de Direito de Sorocaba, Mestre em Qualidade pela Universidade de Campinas, ele foi secretário de Planejamento Econômico e Finanças no primeiro mandato de Antônio Carlos Pannunzio (1990-1992); secretário de Finanças no governo Renato Amary (19971998); de Desenvolvimento Econômico, também no governo Renato Amary (19972004); e de Desenvolvimento Econômico no governo Vitor Lippi (2005-2006). Para Luiz Leite, como é conhecido, a Região Metropolitana trará inúmeros benefícios para o município. “Atualmente, Sorocaba já é cidade
Somos sorocabanos até ao dormir. Pijama fino para dormir, nem pensar! O que vale é aquela camiseta que de tão puída não dá mais para sair ou ir ao shopping. Aquela furadinha, macia, larga que nada tem a ver com a calça desse arremedo de pijama. Conosco o que vale é o conteúdo das coisas e não a sua aparência ou valor estético. Para se entender Sorocaba é preciso compreender isso. Às vezes, os maridos saem de casa tão “relaxados” – que vem do inglês “relaxed” – à vontade – que as esposas têm vontade de não sair com eles, de vergonha. Assisti a um diálogo assim: - Não vou sair com você vestido de Judas desse jeito! disse a mulher a seu marido. A que o marido respondeu; - Sorte minha. Fico em casa! – pois para nós, sem o confortável chinelo, a surrada bermuda e a velha camiseta, não vale a pena sair de casa. Sair para sofrer e aparecer para os outros, não é coisa de sorocabano! Aos queridos conterrâneos, quero deixar claro que não estou emitindo nenhum juízo de valor do tipo “contra ou a favor” do modo de ser do sorocabano. Estou apenas constatando uma realidade. Basta ir ao shopping num final de semana, e encontraremos as pessoas trajadas tão confortavelmente e sem preocupação estética, que deixa “os de fora” impressionados. E para quem queira entender e sentir essa nossa única e diferente realidade, basta ir a um shopping das cidades da aristocracia rural como Ribeirão Preto, São José do Rio Preto ou Campinas e ver que a preocupação no trajar que as pessoas têm não faz parte de nossas prioridades. E viva Sorocaba!
Sorocaba, 361 anos – Edição Especial Jornalkista responsável: Cláudio Grosso Reportagens e edição: Cida Muniz
polo de serviços e de governo de grande parte da região que foi formada. O que existe agora é a consolidação formal do que em parte já era natural” e “os maiores benefícios deverão surgir não nas possíveis 'benesses', mas, sim, na solução de problemas que atingem a todos os municípios da região. Alguns municípios são mais afetados por determinados problemas, outros menos, mas as ações sobre os problemas comuns devem trazer benefícios a todos.” Já a iniciativa privada também será beneficiada. “O primeiro ponto é que se deixa de pensar de forma isolada como município e se passa a pensar no conjunto territorial e populacional, que engloba toda a região. Para a iniciativa privada, abre uma nova perspectiva que lentamente deverá se incorporar nos negócios. A RMS possui uma população três vezes maior que a de Sorocaba e seu território 20 vezes maior, porém há de se considerar que as cidades possuem formação, culturas e valores diferentes, que também precisam ser entendidos. Mas fica claro que as possibilidades do mercado, em todos os sentidos, se ampliaram e isso trará mudanças nos negócios de toda a região”, analisa.
res, porém, poderão ocorrer mudanças rápidas. Acredito que haverá certo período de aprendizado, de alguns anos, para conhecer e conseguir se utilizar em plenitude os mecanismos que a criação e organização da RMS possibilitam.” O professor não considera que a questão da demora na constituição da Região Metropolitana tenha produzido atraso para a cidade. “Existe um período natural para desenvolvimento da ideia, da organização e constituição formal de cada região e isso leva em conta fatores técnicos, administrativos e prioritários, que exigem também alocação de recursos por parte do Estado, entre outros”, argumenta. Questionado se o desenvolvimento será maior e mais rápido a partir de agora, com a oficialização da Região Metropolitana, o engenheiro Luiz Leite rebate dizendo: “Se entendermos que desenvolvimento é a melhoria da qualidade da população no sentido amplo e considerarmos que as ações da RMS deverão ser dirigidas na solução de problemas comuns dos municípios, é razoável pensar que o desenvolvimento andará mais célere”. Diretor da AgemSor
Problemas comuns
Professor Luiz Leite
Na opinião de Luiz Leite, a população vai sentir as melhorias nas áreas dos problemas comuns dos vários municípios. “Isso, de forma direta, repercutirá como melhoria de qualidade de vida da população.” Essas mudanças serão gradativas. "Para alguns fato-
O governador Geraldo Alckmin deverá nomear o diretor da AgemSor, uma agência que será responsável por diversos projetos que serão implantados na Região Metropolitana. Há muita especulação sobre o nome do responsável que ocupará esse cargo importante para toda a região.
Perguntado sobre o perfil ideal desse diretor - se político ou técnico - Luiz Leite saiu pela tangente. “Creio que quem vier a comandar a AgemSor deverá atender aos dois requisitos. Ser técnico para assimilar os problemas de cada município e de toda a região e propor as soluções necessárias e, ao mesmo tempo, ser político o suficiente para entender as diferenças culturais, de valores e como os problemas, muitas vezes iguais, impactam de forma diferente cada local, e encaminhar as melhores soluções que conciliem os interesses locais.” O professor vai mais longe e afirma: “Quando existem interesses divergentes, e é de se imaginar que isso ocorrerá entre os vários municípios e seus dirigentes, a argumentação técnica sempre será o melhor meio de se conseguir conciliação e a convergência para as ações a serem adotadas”. Em 2016, haverá eleição para a escolha de prefeitos e vereadores. Por isso, Luiz Leite foi questionado se os candidatos das cidades participantes da Região Metropolitana devem pensar em uma plataforma diferente de governar. “A Região Metropolitana é um dispositivo a mais no processo da gestão municipal, porém ela não está sob o domínio individual de cada prefeito, visto que seu poder é compartilhado entre os vários municípios e o Estado; portanto ela deve ser considerada, porém não ao ponto de intervir no planejamento da plataforma que cada candidato deverá propor para sua cidade”, explica o professor.
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Sorocaba: Uma metrópole de 361 anos Sorocaba completa 361 no dia 15 de agosto e desponta como uma das cidades mais importante do País. Analisando os números do município, fica claro que o crescimento tem sido constante. Segundo a Secretaria da Fazenda, Sorocaba tem 1.821 indústrias e 24.260 estabelecimentos comerciais.
bidas (atividade principal e secundária), 871 restaurantes e similares (atividade principal e secundaria) e oito shopping centers. Atuam no município 3.175 profissionais liberais; desses, 204 são advogados, 922 médicos e 95 veterinários. Frota de veículos
No setor da educação, são 96 creches; 138 escolas de Educação Infantil – Pré-Escola; 162 de Ensino Fundamental; 57 de Ensino Médio; 19 de Educação Profissional de Nível Tecnológico; e 95 de Educação Profissional de Nível Técnico; além de 23 faculdades (graduação) e 18 de graduação e pós-graduação. A cidade tem 813 bares e outros estabelecimentos especializados em servir be-
Sorocaba tem mais de 600 mil habitantes e uma frota de carros de 289 mil veículos, representando, praticamente, um veículo para cada dois habitantes. O número de motocicletas também cresceu; são mais de 84 mil veículos. As motocicletas já representam mais de 18% do total de veículos da frota circulante de Sorocaba. O transporte coletivo também tem números im-
pressionantes. São 424 ônibus, com atendimento a 109 linhas, que percorrem a cidade de norte a sul e de leste a oeste. Juntas, elas fazem cerca de 300 mil viagens ao mês. O índice de cumprimento dos horários é de 99%. Passam diariamente pelo Terminal Santo Antônio, o maior da cidade, cerca de 80 mil pessoas, além de outras 40 mil pessoas pelo Terminal São Paulo. São transportados, em média, 4,9 milhões de passageiros ao mês.
de Mobilidade, Desenvolvimento Urbano e Obras (Semob) informa que a extensão total das vias pavimentadas de Sorocaba soma 1.667,6 Km. No caso das avenidas com canteiro central, foram considerados os quilômetros por sentido. Não estão inclusas as novas avenidas (CAF). Já a Secretaria de Serviços Públicos (Serp) informa que Sorocaba conta com 130 vias de terra que, juntas, somam cerca de 302 km de extensão. Água e esgoto
Para receber todos esses veículos, a Secretaria
O saneamento básico é
forte na cidade. Sorocaba possui 1.800 quilômetros de redes distribuidores de água e 1.500 quilômetros de redes coletoras de esgoto. Servidores Para administrar o município, a cidade tem 11.478 servidores municipais. A Prefeitura, considerando os funcionários efetivos, comissionados e aqueles regidos pelas CLTs (Consolidação das Leis Trabalhistas), tem 9.839 servidores. Já na administração indireta há mais 1.130 funcionários do Saae (Serviço Autônomo de Água e Esgoto); 475 da Urbes (Empresa de Desenvol-
vimento Urbano e Social); e outros 34 da Funserv (Fundação dos Servidores). O orçamento do município para 2015 é de R$2.627.135.770,00, e somente o da Prefeitura é de R$ 1.684.772.770,00. Até junho de 2015, a arrecadação de IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) somou R$ 66.437.284,93. Já a arrecadação de ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), até junho de 2015, somou R$ 234.437.063,98 e a do IPVA (Imposto sobre Propriedade de Veículo Automotor), no mesmo período, atingiu R$ 104.807.765,07 Fernando Rezende
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Região Metropolitana de Sorocaba existe oficialmente desde junho Fernando Rezende
O governador Geraldo Alckmin sancionou, no dia 15 de junho, a lei que cria a Agência Metropolitana de Sorocaba (Agem Sorocaba). O projeto de lei foi aprovado, por unanimidade, em caráter de urgência, na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo no dia 20 de maio. Para o governador, a criação da RM e a instituição da agência fortalece a região. Entre as vantagens citadas por ele com a iniciativa, está a melhor articulação do transporte, o fim da cobrança de interurbano nas ligações telefônicas e a integração de ações de segurança pública dos municípios que compõem a RM. “A Região Metropolitana é um importante fórum para discutir e buscar as melhores soluções para as cidades envolvidas. A agência vai fortalecer a vocação econômica regional, atuando de forma sinérgica na prestação dos serviços públicos, atraindo investimentos, gerando emprego e renda, buscando a melhoria na qualidade de vida da população”, explica Alckmin. A criação da agência é o último passo na criação da Região Metropolitana de Sorocaba (RMS). O Fundo Metropolitano, ligado à agência, já começa com aporte de R$ 3 milhões do orçamento do Estado. Contará também com participações proporcionais dos orçamentos dos municípios. No prazo de 60 dias, deve ser editado um decreto com definição das atribuições das unidades da Agência, as competências de seus dirigentes e as normas de relacionamento com outros órgãos integrantes das administrações regionais. Quinta região Criada em maio de 2014, a Região Metropolitana de Sorocaba é a quinta Região Metropolitana do Estado de São Paulo. Considerada a maior produtora agrícola entre as regiões metropolitanas, com uma grande diversidade na produção, possui 26 municípios e aproximadamente 1,8 milhão de habitantes, e mantém limite territorial com a RM de Campinas. A Região possui 11 municípios localizados no eixo das rodovias Castelo
Branco e Raposo Tavares, e economias baseadas em atividades industriais. O Produto Interno Bruto em 2012 chegou a R$ 48,7 bilhões, equivalente a 3,5% do PIB gerado no Estado. Destaca-se o município de Sorocaba, com um PIB de mais de R$ 19 bilhões em 2012, situado na 11ª posição da economia estadual. A Região Metropolitana de Sorocaba abrange a área da Região de Governo de Sorocaba e a de São Roque, com população estimada, em 2014, de 1.867.260 habitantes, o que representa mais de 4% do total do Estado. Os municípios que compõem a Região Metropolitana de Sorocaba são estes: Alambari, Alumínio, Araçariguama, Araçoiaba da Serra, Boituva, Capela do Alto, Cerquilho, Cesário Lange, Ibiúna, Iperó, Itu, Jumirim, Mairinque, Piedade, Pilar do Sul, Porto Feliz, Salto, Salto de Pirapora, São Miguel Arcanjo, São Roque, Sarapuí, Sorocaba, Tapiraí, Tatuí, Tietê e Votorantim.
Área Territorial Composta por 26 municípios e com uma área de 9.821,32 km2, a Região Metropolitana de Sorocaba corresponde a 19,18% do território da Macrometrópole Paulista, 3,96% do Estado e a 0,12% da superfície nacional. Seus habitantes representam 4,18% da população estadual e 0,91% da nacional. Em 2010, eram 1.726.785 moradores em seus 26 municípios com uma densidade média de 175,82 habitantes por quilômetro quadrado. No período de 2000 a 2010 cresceu, anualmente, a uma taxa de 1,68%, terceiro maior valor registrado entre as unidades da Macrometrópole e acima da média estadual (1,10%). A região apresenta um Produto Interno Bruto (PIB), em 2011, de 46.700 Milhões de reais. Esse montante representa 3,46% do PIB estadual e 1,13% do nacional. O PIB per capita de R$ 26.748,14 é o sétimo da Macrometrópole.
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Araçariguama
Boituva
"Entendo que os benefícios são vários, sendo o principal a aproximação ao poder central, o que dá maior celeridade na solução dos problemas dos municípios participantes. O Estado de São Paulo, o mais forte da Federação, que, sozinho, representa o PIB da Argentina, não está livre de ter problemas regionais diversos. Daí, do ponto de vista administrativo, foi uma grande sacada do governador Alckmim subdividir o Estado em regiões metropolitanas, dando força aos pequenos municípios em ter a solução de suas dificuldades com mais agilidade. Quanto a Sorocaba, tenho certeza de que também ganhará benefícios, pois concentrará os mais diversos órgãos estatais tornando-se não uma sede, mas uma capital regional, o que, certamente, lhe agregará muito mais força, além daquela que possui como uma grande cidade que é".
"Existem muitas questões que precisam ser discutidas conjuntamente, e entendemos que a implantação da Região Metropolitana de Sorocaba (RMS), na medida em que ampliou as discussões acerca das problemáticas que assolam os municípios da nossa região, também favoreceu o equacionamento e a solução conjunta acerca dos mais diversos temas, contribuindo para uma atuação mais estratégica e assertiva dos municípios integrantes, nos mais diferentes setores. "Com a implantação da RMS, Boituva sente seus primeiros impactos positivos no setor de Segurança Pública, com a criação da 4ª Companhia da Polícia Militar e, com ela, o aumento do efetivo policial, permitindo melhorias no trabalho de enfrentamento da criminalidade e nos serviços oferecidos à população. Existe a necessidade de aprofundarmos e discutirmos ações consorciadas nos setores de transporte coletivo, saúde e também de desenvolvimento econômico, vocacionando a qualificação da mão de obra e criando oportunidades para que as empresas possam se instalar nos municípios da RMS e, por conseguinte, gerar vagas no mercado de trabalho."
Prefeito Roque Hoffmann
Edson Marcusso
“Com a criação da região, Itu, Sorocaba e as outras cidades participantes podem trabalhar unidas para alcançar as melhorias desejadas. Foi fundamental a participação e a habilidade dos prefeitos em transformar a região em um polo de desenvolvimento. Todas os municípios abrangidos saem fortalecidos. Prioridades nas áreas da educação e da saúde, assim como na mobilidade urbana, são pontos comuns entre os participantes.” Antônio Luiz Carvalho Gomes, Tuíze Prefeito da Estância Turística de Itu
São Miguel Arcanjo "São várias os benefícios para o município de São Miguel Arcanjo. Entre tantos destacam-se os principais: integração dos 26 municípios que compõem a Região Metropolitana de Sorocaba, buscando caminhos para o desenvolvimento regional. Agência Metropolitana, que irá propor ações em conjunto de trabalhos e soluções em áreas como mobilidade urbana, telefonia, transporte, serviços, saneamento, saúde, moradias, segurança pública, tecnologia, educação, meio ambiente, etc. "Planejamento Regional - Através do Conselho de Desenvolvimento Regional, composto pelos prefeitos dos 26 municípios que integram a RMS, com muito mais força política para cobrar ações dos órgãos governamentais do Estado. Fundo de Desenvolvimento Regional; Consórcio Intermunicipal, para investimentos em conjunto." Tsuoshi José Kodawara
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