Volta Redonda - 70 anos

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Suplemento especial do DIÁRIO DO VALE Não pode ser vendido separadamente VOLTA REDONDA, 17 DE JULHO DE 2024

A história da emancipação de VOLTA REDONDA

Volta Redonda nasceu e cresceu em função da CSN, implantada na década de 1940. Essa empresa garantiu destaque à cidade como pioneira na industrialização brasileira na Era Vargas, quando o Estado assumiu o papel de investidor, planejador e empresário, com uma política intervencionista. Ianni (1971) destaca que a CSN simbolizou e corporificou o projeto dos vencedores da Revolução de 1930.

Na organização da estrutura urbana da cidade, o governo federal adotou o modelo de ‘company-town’. Esse modelo refere-se a cidades ou regiões administradas por uma empresa, prática empresarial do início do século XX, como estratégia de gestão e produção para dar suporte às atividades industriais. Lima a conceitua como uma “... minicidade, na qual um conjunto de equipamentos comunitários incluindo habitações, edifícios de pequeno comércio, escolas, hospitais e áreas de lazer pertencem a uma companhia” (2008:160).

Assis (2013) a define como sendo uma comunidade habitada principalmente por empregados de uma única empresa, que possuía parte substancial do mercado imobiliário e detinha o controle sobre os equipamentos e serviços urbanos coletivos. Lask (1991) afirmou que Volta Redonda era considerada um ‘estado em miniatura’, operacionalizada via CSN.

O projeto da cidade operária de Volta Redonda foi elaborado por Atílio Corrêa Lima, um dos mais conceituados urbanistas da época e responsável pelo projeto urbanístico de Goiânia, influenciado pelo urbanismo francês. Segundo Vieira (2011), por se tratar de uma cidade operária, optou pela ausência de monumentalidade em um traçado econômico, com contornos mais modestos e simples.

No planejamento dessa vila operária, Atílio Corrêa inspirou-se na ‘cidade industrial’ de Tony Garnier, renomado arquiteto francês considerado um dos pioneiros do urbanismo progressista. Segundo Assis (2013), a intencionalidade do governo brasileiro era que seu servisse de modelo para a sociedade urbana e industrial que surgia no país. Essa autora afirma que esse projeto se fundamentou no zoneamento da cidade, concepção na qual cada área do sítio urbano teria uma função específica: habitação, trabalho, lazer, circulação, à exemplo da cidade industrial pensada por Garnier.

A presença da CSN influenciou a organização urbana local em todos os aspectos. Fontes e Lamarão (2006) destacaram que tradicional praça e a igreja matriz –construções comuns nas cidades brasileiras – foram substituídas em Volta Redondas, pela Usina da CSN, localizada no centro da cidade. Assis (2013) destaca que na cidade planejada por Garnier, não havia templos religiosos, mas a influência da Igreja, explica a construção de um templo no alto de um morro, na Vila Santa Cecília, mas geograficamente fora do eixo central da cidade. Politicamente a Igreja nunca esteve fora do centro da vida da cidade.

No espaço geográfico, os polos urbano e fabril se articulavam como duas vertentes complementares. Segundo Lopes (1993) o plano urbanístico da cidade objetivava estabelecer uma nova relação entre capital e trabalho, patrocinada pelo Estado pautado pela provisão de bens e serviços à população. Segundo esse autor, “... a propriedade e a gestão direta do espaço da cidade permitiriam ainda transformar a rua e a casa em espécies de extensão da fábrica e, num certo sentido, da própria estrutura do Estado (Lopes, 1993:45).

No planejamento urbanístico da cidade, Lopes (2004) destacou que a segregação residencial era nítida refletindo a hierarquia do interior da usina. A ‘cidade nova’, administrada pela CSN até o ano de 1967, foi construída para abrigar o quadro técnico, administrativo e gerencial da CSN, além da classe média local. Lask (1991) denominou essa constituição urbana como um ‘estado em miniatura’ pois a CSN, além de administrar a região também implantou um forte aparato repressivo.

Em seu planejamento urbano, Atílio Correa projetou ruas largas e arborizadas, inspiradas em um design simples, porém moderno, com recortes e planificação de residências e ruas no estilo arquitetônico norte-americano, atendendo aos critérios rigorosos de urbanidade, possuindo os melhores equipamentos urbanos da cidade, com hospitais, cinema, teatros, jardins, praças, lojas comerciais, tendo como eixo central a Vila Santa Cecília, onde se localizam a Praça Brasil e o Escritório Central da CSN, marcos simbólico e arquitetônico do espaço urbano local.

Essa região formada pelos bairros centrais planejados e mantidos pela CSN, como a Vila Santa Cecília, Laranjal, Bela Vista e os bairros operários da Sessenta e Conforto. Segundo esse autor servindo da topografia da região, o ‘mar de morros’, quanto mais alto o cargo ocupado na Usina, mais alta seria a localização de sua residência. A planície, formada pelo bairro Conforto, abrigou a vila operária, enquanto que os bairros mais altos do ponto de vista topográfico, Bela Veja e Laranjal, abrigaram técnicos, engenheiros e diretores. Assis (2013) corroborou com essa questão afirmando que os critérios de renda determinavam a distribuição das casas aos funcionários da Usina, divididos em 3 categorias que incluíam os bairros Conforto, Vila Santa Cecília e Laranjal.

Além da ‘cidade nova’, havia ainda um núcleo oposto chamado de ‘Cidade Velha’, que não foi planejado e formava a ‘periferia’ da cidade com os bairros Retiro, Belmonte, Santo Agostinho, entre outros. É nessa região esquecida pela ‘cidade do aço’ que a Igreja realizará seu trabalho de base a partir dos anos de 1970. Fontes e Lamarão (2006) dividiram a evolução urbana da cidade em três período com os quais concordamos: primeira fase de 1941 a 1954, a CSN centralizou o desenvolvimento local implantando e ad-

ministrando o núcleo urbano central; um segundo período entre 1954 e 1967, ocorrido a partir da emancipação político-administrativa, quando houve uma expansão da malha urbana e a empresa manteve sob seu controle a área central da cidade e uma terceira fase, ocorrida a partir de 1967, quando a Companhia iniciou a transferência de seu patrimônio e encargos urbanos à Prefeitura Municipal.

A empresa intervinha também no setor educacional da cidade. Para formar mão de obra para atender as suas demandas ela implantou em 1944, a Escola Técnica da CSN, nomeada Escola Industrial Pandiá Calógeras em 1955 (Medeiros, 2004), além de implantar outras escolas que atendiam a classe média local como o Colégio Nossa Senhora do Rosário e o Colégio Macedo Soares, colocados sob administração de congregações religiosas em regime de comodato, pelo então presidente da CSN, o engenheiro e coronel Edmundo de Macedo Soares (Silva, 1999), um dos grandes defensores da siderurgia pesada e “patrono” de Volta Redonda (Morel, 1989). Essa parceria releva um importante elo entre a empresa e a Igreja local. No campo esportivo a empresa criou o RTGV e patrocinou diversos clubes amadores na cidade.

Em 1967, esse quadro se alterou com a transferência das responsabilidades urbanas da CSN para a prefeitura. Moreira (2000) sustentou que isso ocorreu graças ao quadro de crise econômica vivido pela empresa com as políticas aplicadas pelo governo militar. Segundo Assis (2013), nesse ano, pela primeira vez em sua história, a empresa apresentou déficit em seu orçamento e adotou uma política de contenção de gastos que incluía a transferência de seu patrimônio público para a prefeitura local.

Dentro dessa nova política a empresa também vendeu as casas de sua propriedade para seus empregados. Era mais uma forma de disponibilizar recursos financeiros para viabilizar investimentos em sua planta industrial, de acordo com orientações do Plano Siderúrgico Nacional. Essa medida assinalou a crise do modelo paternalista e da “família siderúrgica”.

Sobre a evolução política da cidade o então distrito de Santo Antônio de Volta Redonda emancipou-se de Barra Mansa em 1954, em um processo que contou com a participação da CSN, Sindicato, comerciantes e proprietários de terra locais, que assumiram o poder com a eleição de Sávio Gama, primeiro prefeito. Nesse período, a cidade viveu seu apogeu econômico constituindo-se em um exemplo para o Brasil da época e, segundo a propaganda oficial da empresa, aqui se construía um novo país. Por outro lado, tornou-se também um importante centro operário, abrigando um forte Sindicato dos Metalúrgicos.

Paulo Célio Soares, historiador.

CIDADE UNIVERSITÁRIA

Volta Redonda concentra diversas instituições, atraindo milhares de estudantes e movimentando a economia local

V olta Redonda é conhecida por abrigar diversas instituições de ensino superior. Privadas ou públicas, elas recebem milhares de alunos durante o ano, fazendo da cidade um verdadeiro polo universitário. Com o mercado de trabalho em constante evolução, essas instituições têm o desafio de preparar seus alunos para o futuro, disponibilizando novas tecnologias e estrutura de ponta.

Volta Redonda abriga hoje o Centro Universitário de Volta Redonda (UniFOA), Centro Universitário Geraldo Di Biase (UGB-FERP), Faculdade Sul Fluminense (FASF), dois campi da Universidade Federal Fluminense (UFF), além de polos de outras instituições, entre elas a Fundação André Arcoverde (UniFAA), com sede em Valença. Há ainda o investimento num campus da Estácio, que deve ser inaugurado em médio prazo, no Centro.

Com mais de 50 anos em Volta Redonda, o UniFOA tem um dos mais prestigiados cursos de Medicina da região. Além desse, a unidade de ensino conta com outros diversos cursos e excelente estrutura, sempre voltados para a evolução dos acadêmicos.

Aliando o ensino técnico com o superior, a Faculdade Sul Fluminense (FASF) possui atualmente cerca de 700 alunos matriculados. O perfil dos estudantes, em sua maioria, é de trabalhadores e moradores de Volta Redonda, com média de idade de 22 a 40 anos.

Segundo a direção da FASF, um dos cursos mais procurados é o de Psicologia. Para eles, essa é uma área com forte tendência de crescimento no mercado, mas apostam em outras também, como Engenharia Eletrônica e Automação.

Uma das mais tradicionais da cidade é o Centro Universitário Geraldo Di Biase

(UGB-FERP), fundado em 1967 e que oferece cursos nas mais diversas áreas do conhecimento. Sua matriz fica sediada no bairro Aterrado, numa localização privilegiada. Além de Volta Redonda, a instituição recebe alunos de várias cidades vizinhas.

De acordo com a pró-reitora de Assuntos Acadêmicos, Elisa Alcantara, o UGB passa constantemente por reformulações para atender aos alunos, sempre com foco no futuro, com laboratórios modernos e professores altamente qualificados.

“O mercado de trabalho muda muito, e a gente tem que acompanhar. Atuamos nas áreas da saúde, tecnologia, engenharias, entre outras, sempre investindo em nossa estrutura e nos projetos pedagógicos dos cursos. Prova do nosso sucesso é que temos excelente empregabilidade, parcerias com muitas instituições e nos orgulhamos muito de, ao longo desses anos, ter formado milhares de alunos”, frisou Elisa.

MOVIMENTO NA ECONOMIA

Milhares de universitários movimentam a cidade diariamente. Além das próprias instituições em que estudam, eles são responsáveis por fomentar a economia em outros segmentos.

Dependendo do perfil do aluno, há despesas com aluguel de imóveis, para aqueles que vêm de longe. Outro mercado aquecido é o de alimentação, principalmente supermercados, restaurantes e lanchonetes.

Outra área bastante beneficiada é a de lazer. Como é comum nos arredores das instituições, os bares e boates são frequentados em sua maioria pelo público universitário, gerando renda e emprego no setor.

Com investimento em inovação, Hospital da FOA é pioneiro em cirurgia de robótica no SUS

Recém-inaugurado, o Hospital da FOA (H.FOA) – em funcionamento no antigo prédio do Hinja, no bairro Jardim Amália, realizou a primeira cirurgia robótica através do Sistema Único de Saúde (SUS). O robô utilizado, o Da Vinci X, é o primeiro da região Sul Fluminense e reflete os investimentos da FOA em tecnologia e inovação.

Presidente da FOA, Eduardo Prado destacou a importância do trabalho. “Investir no H.FOA é impulsionar a aprendizagem dos alunos da área da Saúde. A expectativa é de que atendamos cerca de meio milhão de pessoas por ano”, disse Prado.

Segundo Eduardo Prado, o H. FOA dispõe de setor ambulatorial com 28 consultórios, oferecendo ao público

20 especialidades médicas – tudo focado no aprendizado prático, aliando atendimento humanizado e tecnologia. Ao todo, estão sendo investidos cerca de R$ 40 milhões, afirmou o presidente da FOA.

“Tínhamos a necessidade de desenvolver os cursos da área de saúde”, disse, lembrando que, desde o início das negociações para a aquisição do Hinja, em outubro de 2022, foram analisados mais de 6 mil documentos oficiais para que o processo de compra, enfim, se concretizasse.

“A FOA vai dinamizar o funcionamento do hospital com esta nova marca”, pontuou Prado. Ele destacou que, para assegurar a verba necessária para a compra do Hinja, teve a ajuda da prefeitura de Volta Redonda.

Vírgula Hub de Inovação

Tecnologia, inovação, desenvolvimento e empreendedorismo

Em atividade desde outubro de 2022, o espaço Vírgula Hub de Inovação de Volta Redonda foi um dos destaques da premiação realizada nessa quarta-feira (27) pela Abrasce (Associação Brasileira de Shopping Centers), em que são reconhecidas as principais iniciativas desses centros comerciais em todo o país. O troféu foi recebido pelo Shopping Park Sul, onde fica localizado o espaço, e que é um dos parceiros da Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Turismo (SMDET) ao lado de instituições como a UFF (Universidade Federal Fluminense), a Faperj (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro) e UniFOA (Centro Universitário de Volta Redonda), UGB (Centro Universitário Geraldo Di Biase) entre outras.

Prêmio Abrasce, que reconhece as principais iniciativas de shopping centers no país, foi recebido pelo Shopping Park Sul

a promover projetos, negócios e parcerias relacionadas a tecnologia, inovação, desenvolvimento e empreendedorismo, tendo se tornado de grande importância para o desenvolvimento socioeconômico regional, promovendo a interação entre universidades, empresas, governo e sociedade em prol do empreendedorismo inovador.

Desde sua inauguração, o Vírgula Hub de Inovação tem sido um espaço destinado

A fim de funcionar como agente catalisador do desenvolvimento socioeconômico regional, o Vírgula Hub de Inovação de Volta Redonda promove palestras e cursos gratuitos; oferece acesso a equipamentos tecnológicos, como impressora 3D e óculos de realidade virtual; espaço de coworking; e espaço para gravação de podcasts.

Graças a essa estrutura, o projeto realizou atividades como ciclos de capacitação de startups; implementação de espaços maker e de realidade virtual; cursos em diversas áreas, como Programação em Arduino e Marketing

Digital; lançou o programa Centelha, de incentivo a empresas com ideias inovadoras; participa do podcast “Turiscast VR”; e participou de eventos como o “Conexão Mega Cidadania” e “Liquida VR”, entre outras.

7 0 an o s uma história de orgulho e superação.

Redonda, por seus 70 anos de história e conquistas.

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Cerimônia de hasteamento de bandeiras marca os 70 anos de Volta Redonda

Evento acontecerá nesta quarta-feira (17), às 8h, na

Praça Sávio Gama, em frente ao Palácio 17 de julho

A prefeitura de Volta Redonda promoverá nesta quarta-feira (17), às 8h, uma cerimônia cívica em comemoração aos 70 anos de emancipação política-administrativa do município. Durante a solenidade, marcada para a Praça Sávio Gama, no bairro Aterrado, em frente ao Palácio 17 de Julho, autoridades municipais hastearão as bandeiras Nacional, do Estado do Rio e do município.

Na parte musical, a Banda e o Coral Municipal se encarregarão de executar os hinos Nacional e de Volta Redonda, além do tradicional “Parabéns para Você”.

A comemoração neste ano será restrita, devido à legislação eleitoral, que não permite a realização de eventos festivos por parte dos municípios neste período.

Volta Redonda

DE QUALIDADE

MÚSICA PARA OS OUVIDOS

A ideia de criar uma orquestra em Volta Redonda surgiu em 2009, quando o maestro Nilton Soares concluiu sua graduação em música na UFRJ. Muitos músicos de Volta Redonda, Barra Mansa e outras cidades da região, que iniciaram seus estudos em projetos de educação musical, deslocam-se diariamente para o Rio de Janeiro, seja para estudar ou “fazer cachês” nas orquestras da capital fluminense. A falta de oportunidades para profissionais de música de orquestra sempre foi um ponto de reflexão para o maestro.

Assim como em outras profissões, a realidade de muitos músicos ao se formarem em universidades por todo o país é a falta de oportunidades de trabalho. Alguns conseguem posições em orquestras, outros, especialmente instrumentistas de sopro e percussão, ingressam em bandas militares, mas as vagas são limitadas e o mercado não absorve toda a mão de obra qualificada.

Criar uma orquestra em Volta Redonda, portanto, é uma forma de gerar emprego e renda na área da música, além de contribuir significativamente para o desenvolvimento cultural da região, suprindo essa lacuna.

“O primeiro grande desafio surgiu em 2018, quando decidimos criar uma orquestra para celebrar os 64 anos da cidade. Com a colaboração de Aline Mara, então secretária municipal de Cultura, a orquestra foi composta por músicos voltarredondenses que atuam em diversas orquestras pelo país, para se apresentar no palco do Cine 9 de Abril em 16 de julho daquele ano”, conta o maestro.

“Ainda em 2018, fundamos o Instituto Cultural Sul Fluminense, uma instituição sem fins lucrativos, com a intenção de formar a Filarmônica de Volta Redonda. Enviamos o projeto da orquestra para o Ministério da Cultura e, no início de 2019, obtivemos a aprovação para captação de recursos através da Lei Federal de Incentivo à Cultura. Passamos o ano inteiro de 2019 buscando patrocinadores, sem sucesso. Com a chegada da Covid-19, o projeto foi engavetado. Conseguimos em 2021 a ampliação do prazo de captação junto à então Secretaria de Cultura e retomamos a busca por parceiros. Depois de muitos ‚nãos’ e ‚talvez’, batendo na porta de 71 empresas, duas disseram sim: a CSN Cimentos e a Volkswagen Caminhões e Ônibus, que viabi-

lizaram a formação da Orquestra Filarmônica de Volta Redonda. Foram anos de trabalho árduo para hoje vermos o nascimento da Orquestra Filarmônica de Volta Redonda”, comemora Nilton Soares.

FORMAÇÃO E ESTREIA

Em maio de 2024, o maestro lançou um edital para músicos, e cerca de 85% dos selecionados iniciaram seus estudos em projetos de educação musical da região. „Temos o privilégio de contar com Ana de Oliveira, uma das maiores violinistas do país, como spalla da orquestra. Ela também nos ajudará na área de educação musical, oferecendo aulas a jovens violinistas de nível intermediário e avançado da região”, afirmou.

O maestro recorda que, com apenas três ensaios, foi preparado um programa desafiador para a estreia da Filarmônica de Volta Redonda. „O concerto inaugural contou com o apoio cultural da Enterfy, que distribuiu os ingressos, do Clube dos Funcionários, que cedeu o Cine 9 de Abril para os ensaios, a FEVRE, com a cessão do Teatro Maestro Franklin de Carvalho, e do Rotary Club Volta Redonda Leste. Este trabalho só foi possível graças à dedicação da equipe do Instituto Cultural Sul Fluminense, destacando Glauco Mello, diretor-executivo, Igor Gonçalves, diretor de Operações, e Cristiane Argolo, presidente do Conselho de Administração do Instituto”, reconhece Nilton.

TEMPORADA 2024

A agenda da orquestra está tomada para o segundo semestre deste ano, com uma temporada de concertos de julho a dezembro. „Teremos um concerto com os instrumentistas de sopro e percussão da Filarmônica, seguido por um concerto de música armorial em agosto. Este concerto contará com a participação de nossa spalla Ana de Oliveira no violino e Sérgio Raz no violão, apresentando também obras compostas por ele. Em breve, faremos o lançamento oficial com toda a programação, solistas e maestros convidados”, afirma o maestro.

Orquestra Filarmônica de Volta Redonda oferece oportuidade aos músicos e contribui para o desenvolvimento cultural do município

”A orquestra é um projeto muito importante, numa cidade tão importante no estado do Rio de Janeiro como Volta Redonda. Uma cidade que já tem uma tradição de projetos de educação musical e tem um público bastante ativo e presente, como a gente pôde comprovar na nossa estreia. É um projeto magnífico, necessário, que tem o poder de transformação. Acho que a criação de uma orquestra e todos os braços que uma orquestra sinfônica tem, enobrece, engrandece e valoriza a cidadania. Desejo muito sucesso para a OFVR. Tenho muita honra em participar desde a sua fundação como spalla, como primeira violinista. Meus parabéns a toda a equipe e, principalmente, ao maestro Nilton Soares, pela sua iniciativa e luta até a criação da orquestra. Vida longa à OFVR”

Ana de Oliveira, Spalla

”Fico honrada por ter participado da gênese deste projeto tão importante para a nossa cidade, quando ainda era um sonho do maestro Nilton Soares de reunir os músicos mais talentosos que Volta Redonda havia exportado para as grandes orquestras pelo Brasil. Mesmo com poucos recursos, conseguimos viabilizar parcerias para realizar, em 2018, um concerto maravilhoso do 64º aniversário de VR, no Cine 9 de Abril. Era uma primeira formação e a certeza de que o projeto seria grandioso”.

Aline Mara Ribeiro ex-secretária de Cultura de Volta Redonda.

“A Volkswagen Caminhões e Ônibus objetiva construir um legado para a comunidade que nos cerca e este é nosso compromisso com ações que proporcionem impacto social positivo no Sul Fluminense. Acreditamos que ações de responsabilidade social, além da inovação e do empreendedorismo, são fundamentais para nosso país e desse modo o apoio à Orquestra Filarmônica de Volta Redonda é importante, pois proporciona uma contribuição cultural e musical que é significativa para a região”

Marco Saltini vice-presidente de Relações Institucionais da Volkswagen Caminhões e Ônibus

”A orquestra tem uma importância muito grande dentro do cenário cultural de Volta Redonda, pois traz um enriquecimento cultural para a cidade e abre opções de qualidade tanto para os músicos atuarem quanto para o público poder ouvir e assistir uma orquestra de nível internacional. A cidade ganha muito com isso e o povo de Volta Redonda se sente orgulhoso de ter uma orquestra de tamanha envergadura”

Anderson de Souz secretário de Cultura de Volta Redonda

”A Orquestra Filarmônica de Volta Redonda foi um presente que ganhei do meu irmão, Marcelo Argolo. O Nilton e ele me apresentaram um projeto que, de cara, achei incrível. Pensar em música de boa qualidade para todos nos tempos atuais é pensar, principalmente, em saúde mental e emocional. A orquestra traz a oportunidade de grandes músicos da cidade se apresentarem onde nasceram. Volta Redonda é um celeiro desconhecido de grandes músicos conhecidos nacionalmente, quiçá internacionalmente, e por último e de extrema importância, poder trazer música gratuita para crianças é um grande privilégio. Música é vida em todos os planos da vida”

Cristiane Argolo

presidente do Conselho de Administração do Instituto Cultural Sul Fluminense

”Há muitos anos a CSN vem incentivando projetos nas áreas de cultura, esporte, pessoas com deficiência, assistência social, criança e adolescente. É com orgulho que nós comemoramos que a CSN incentivou a OFVR, que representa um ganho para a cidade, aumentando a difusão cultural e a possibilidade de todos os cidadãos terem acesso à cultura da melhor qualidade. A OFVR selecionou os melhores músicos de Volta Redonda e região e vimos que ela está muito bem. Queremos agradecer a parceria entre a CSN Cimentos, prefeitura de Volta Redonda e a OFVR, na pessoa do maestro Nilton Soares. Vale ressaltar que na orquestra temos alguns meninos e meninas que frequentaram o programa Garoto Cidadão, que há mais de 22 anos forma, através da cultura, pela cultura e na cultura, jovens de Volta Redonda. É uma grande alegria que esses talentosos estão tendo mais essa oportunidade profissional de trabalhar nessa que é, certamente, uma das maiores orquestras do Sul Fluminense”.

André Leonardi gerente da Fundação CSN

O maestro Nilton Soares, fundador da orquestra

População 261.563 em 2022.

138.719 mulheres

122.844 homens

133.026 pretos e pardos

127.912 brancos

454 amarelos

165 indígenas

110º mais populoso

115.652 domicílios

182,105 km² de área territorial [2022]

PIB R$ 19.671.280.702 [2021]

PIB per capita [2021] R$71.551,44

0,771 é o Índice de Desenvolvimento

Humano Municipal (IDHM) em 2010

31.547 pontos de iluminação

8 pontes

1 rio

163.407 Veículos (junho):

113.734 automóveis, 21.270 motos,

3.477 motonetas, 2.568 caminhões, 766 ônibus, 493 microônibus,

1.884 utilitários,

8.285 caminhonetes, 7.975 caminhonetas

Volume de 16.792.860 litros por dia de esgoto tratado em 2023.

42,2% de esgoto tratado na cidade em 2023.

95,92% rede de esgoto conectadas em 2022.

99,15% da cidade é Abastecida pela rede geral de água em 2022.

99,66% dos domicílios atendidos na Coleta de lixo em 2022.

VOLTA REDONDA É GRANDE DEMAIS PARA CABER NESSA PÁGINA

Na educação são 219 unidades de ensino e 61.249 alunos.

101 unidades com 34.556 alunos nas Escolas municipais (EI/EF/EJA)

29 unidades com 9.790 alunos em Escolas Estaduais (EM/EJA)

53 unidades com com 12.174 alunos em Escolas particulares (EI/EF/EM/EJA).

36 unidades com 4.729 alunos em Creches/Anexos/CEMEIs/Conveniadas.

EI: Ensino Infantil

EF: Ensino Fundamental

EM: Ensino Médio

Pesquisa do IPPU feita em 2021

EJA: Educação de Jovens e Adultos De acordo com a listagem enviado pelo IPPU.

67 Quadras poliesportivas cobertas

46 Quadras esportivas abertas

31 Campos de futebol

21 Grama sintética

10 Ginásios poliesportivos

1 Ginásio de skate

1 Arena Esportiva de atletismo 1 parque aquático.

SEGURANÇA PÚBLICA

Desde criação da Semop, Volta Redonda apresenta avanços históricos

Redução de crimes e melhorias significativas em monitoramento urbano são destaque na gestão de segurança

Desde sua criação, em outubro de 2021, a Secretaria Municipal de Ordem Pública (Semop) de Volta Redonda tem apresentado resultados expressivos no setor, aumentando a sensação de segurança da população. Dados do Instituto de Segurança Pública (ISP) revelam reduções mensais constantes nos índices de criminalidade, atingindo um recorde histórico desde a fundação do ISP em 2003. Um dos marcos da Semop foi a instituição de um protocolo rigoroso para a organização de eventos na cidade. Reuniões prévias com organizadores e planejamento meticuloso têm minimizado os riscos e reduzindo ocorrências de transtornos em grandes aglomerações, como o Carnaval, a Folia de Reis e grandes shows. O aumento significativo no número de câmeras de segurança também tem sido crucial. Atualmente, quase mil câmeras estão instaladas nas ruas, instituições públicas de ensino e unidades de saúde, com expansão contínua graças a parcerias privadas. Esse sistema inibe a prática criminosa e facilita a identificação e responsabilização de infratores quando delitos ocorrem.

PROXIMIDADE

Outro destaque da Semop foi a implementação do policiamento de proximidade através do Serviço Integrado de Segurança Pública, que conta com PMs do Proeis e guardas municipais. O serviço complementa o policiamento ostensivo, dando destinação responsável aos recursos das forças de segurança. Além disso, há também a Operação Segurança Presente, que tem

focado em áreas críticas como Vila Santa Cecília, Avenida Amaral Peixoto e Rodoviária Francisco Torres, atuando diretamente nas manchas criminais.

APOIO DA SOCIEDADE

A rede da Semop utiliza tecnologia de ponta através do Centro Integrado de Operações de Segurança Pública (Ciosp) e conta com a expertise de profissionais treinados. O sucesso das operações também se deve ao apoio da população. De acordo com a pasta, a colaboração dos cidadãos é vital para a eficácia da segurança pública, pois a presença constante de uma viatura em cada esquina é inviável, mas o engajamento da comunidade faz uma diferença significativa. Volta Redonda tem demonstrado que, com a combinação de tecnologia, planejamento estratégico e envolvimento da comunidade, é possível alcançar níveis de segurança pública comparáveis aos melhores padrões.

PARCERIA DE SUCESSO

Um fator decisivo para a melhoria da segurança pública em Volta Redonda é o trabalho integrado entre a Semop, a 93ª Delegacia de Polícia Civil e a Polícia Militar. Essa colaboração estreita permite uma resposta rápida e eficiente às ocorrências, além de um planejamento estratégico mais robusto e eficaz no combate à criminalidade. A sinergia entre essas instituições tem sido fundamental para os avanços históricos registrados na cidade. Saiba mais sobre o trabalho desenvolvido no município pelos líderes dessas instituições:

Coronel Luiz Henrique Barbosa

Secretário municipal de Ordem Pública

DIÁRIO DO VALE: Como a parceria entre a Secretaria de Ordem Pública e as forças policiais contribuiu para os avanços recentes na segurança de Volta Redonda?

CORONEL LUIZ HENRIQUE: Hoje não se pode falar mais de segurança sem a integração entre todas as forças. Cada uma possui a sua missão constitucional, mas juntas conseguimos otimizar os recursos, ocupando uma maior área dentro de um planejamento operacional, em que sejam respeitadas as verificações, as análises criminais. Então, hoje, as forças de segurança, elas trabalham de forma integrada para atingir melhores resultados. Isso tem acontecido em Volta Redonda, porque além dos recursos próprios de cada força, nós temos um monitoramento da cidade em que todos possuem acesso. Isso permite uma pronta resposta nas suas respectivas atribuições.

DIÁRIO DO VALE: Quais são os principais desafios enfrentados pela Secretaria de Ordem Pública na gestão da segurança pública na cidade?

CORONEL LUIZ HENRIQUE: Os desafios foram bastantes, porque é uma secretaria que nós estamos falando de dois anos de existência e precisávamos dar agilidade no processo de segurança pública, até porque hoje a população entende que o tema faz parte da qualidade de vida. Então nós tivemos que agilizar todos esses avanços, não só de tecnologia, mas de integração, de planejamento, de união entre todos os profissionais de segurança pública, para que pudéssemos avançar. O objetivo é dar cada vez mais à segurança pública uma credibilidade para que a população confie e participe conosco, até porque não se pode falar mais em segurança pública hoje sem a participação da sociedade.

DIÁRIO DO VALE: Quais são os projetos futuros da Secretaria para continuar melhorando a se-

gurança e reduzindo os índices de criminalidade em Volta Redonda?

CORONEL LUIZ HENRIQUE: Buscamos uma parceria cada vez mais efetiva com a população de Volta Redonda. Atualmente estamos em uma fase estratégica do monitoramento, na qual iremos absorver as câmeras particulares ao sistema público. Isso vai permitir que possamos ampliar ainda mais a vigilância sobre todos os bairros da cidade, formando um grande cinturão de segurança. Além da imagem, esse trabalho visa a participação de quem está cedendo as gravações à segurança pública. Se a prevenção falhar, a gente também consegue fazer um trabalho investigativo num curto espaço de tempo, até porque todo o sistema é visto por todos os integrantes da segurança pública. Então, a resposta será mais rápida.

DIÁRIO DO VALE: Como a população pode colaborar com as iniciativas da Secretaria de Ordem Pública para promover um ambiente mais seguro na cidade?

CORONEL LUIZ HENRIQUE: É importante todos fazerem parte de uma rede de proteção, porque o sucesso na segurança pública não está vinculado somente às autoridades, mas também à sociedade. Além de confiarem e participarem efetivamente das ações de segurança pública, através das denúncias, é importante que todos adotem medidas preventivas ao acessarem suas casas, ao estacionarem, ao andarem nas ruas. Não se torne um alvo, até porque para o crime acontecer existem três bases: o criminoso, a vítima e o ambiente. Então nós estamos trabalhando na vítima, quando ela adota medidas preventivas, isso dificulta a abordagem, e no ambiente para torná-lo cada vez mais seguro, através do monitoramento, da iluminação, poda de árvores, retirada de veículos abandonados de via pública. Todos esses fatores contribuem para o aumento da sensação de segurança e faz a gente construir uma cidade mais segura. Hoje estamos focados na busca da participação da sociedade, temos grupos de WhatsApp diretamente com a população, em que participam ativamente, diminuindo a distância entre o problema e a solução, para que essas pessoas sejam os nossos olhos dentro dos bairros. Estamos com a “Tenda de Proximidade”, que é um projeto que está percorrendo todos os bairros de Volta Redonda, para que possamos catalogar cada vez mais pessoas que tenham esse desejo de ser um aliado da segurança pública do município. A segurança pública está próxima das associações de moradores e todos aqueles que são importantes elos com a sociedade.

Volta Redonda

Coronel Ronaldo Martins

Comandante do 5º Comando de Policiamento de Área (CPA)

DIÁRIO DO VALE: Qual é o papel da Polícia Militar na parceria com a Secretaria de Ordem Pública e outras instituições para garantir a segurança em Volta Redonda?

CORONEL MARTINS: Atualmente, a Polícia Militar tem um grande papel na cessão de policiais - seja durante a folga ou adido - para compor os projetos de parceria como PROEIS e Segurança Presente. Também é fundamental no compartilhamento de informações estratégicas, recursos tecnológicos e meios logísticos, além da realização de operações em conjunto. Há também o apoio operacional da PM em todas as ações da prefeitura em que é solicitado apoio, com planejamento conjunto nos eventos e no policiamento ordinário, sempre focando na redução dos índices criminais do Sistema Integrado de Metas (SIM). Por fim, também apoiamos a Secretaria de Educação através da patrulha escolar.

DIÁRIO DO VALE: Quais foram as estratégias mais eficazes adotadas pela PM para reduzir a criminalidade e aumentar a sensação de segurança na

comunidade?

CORONEL MARTINS:* entre as principais, podemos mencionar o melhor aproveitamento do efetivo policial, tanto ordinário como o extraordinário através dos programas como RAS, PROEIS e Segurança Presente. O foco do planejamento orientado para os principais indicadores do Sistema Integrado de Metas (SIM), principalmente no roubo de rua. Além disso, realizamos análise e acompanhamento diário dos indicadores, com o estudo do modus operandi, características dos autores, localização geográfica e período de ocorrência a partir da utilização de dados de inteligência e troca de informações com os demais órgãos de segurança. Lembrando que, desde a criação do Segurança Presente, Volta Redonda vem tendo os menores índices de roubo de rua.

DIÁRIO DO VALE: Como a cooperação entre as diferentes forças policiais tem fortalecido o trabalho da Polícia Militar no município?

CORONEL MARTINS: Esta parceria vem gerando maior visibilidade do policiamento ostensivo através de operações em conjunto, como a Operação Vigilância Integrada, em conjunto com a Polícia Civil. Além do compartilhamento dos bancos de dados, que facilitam o melhor emprego do policiamento ostensivo de acordo com os indicadores do Sistema Integrado de Metas (SIM). As câmeras instaladas na cidade e com vigilância integrada entre a PMERJ e a prefeitura também são de grande importância e integração.

DIÁRIO DO VALE: Quais os principais desafios enfrentados pela PM atualmente em Volta Redonda e como eles estão sendo abordados?

CORONEL MARTINS: O principal desafio é manter e reduzir os índices do Sistema Integrado de Metas, que atingiram o menor patamar desde a sua criação. Paralelo a isso, é dar mais sensação de segurança à população no seu ir e vir diário.

Vinícius Coutinho

Delegado titular da 93ª Delegacia de Polícia

DIÁRIO DO VALE: De que maneira a parceria com a Secretaria de Ordem Pública tem impactado o trabalho da Polícia Civil em investigações e operações na cidade?

VINÍCIUS COUTINHO: A interlocução entre os órgãos de segurança pública do município de Volta Redonda é baseada no propósito comum de prestação de um serviço público de qualidade. Os órgãos mantêm uma relação de confiança e respeito, observando sempre as competências de cada instituição. A parceria com a Secretaria Municipal de Ordem Pública obedece a esses critérios e vem rendendo excelentes resultados. De um modo geral, tentamos aproveitar as ferramentas e informações que cada órgão dispõe e que são complementares ao nosso conhecimento para otimizar as investigações e alcançar o objetivo pretendido.

DIÁRIO DO VALE: Quais são os tipos de crime mais prevalentes em Volta Redonda e como a Polícia Civil está lidando com essas questões?

VINÍCIUS COUTINHO: O município de Volta Redonda vem experimentando uma redução significativa e sucessiva nos índices criminais, em especial nos crimes que envolvem violência ou grave ameaça à pessoa.

DIÁRIO DO VALE: Como a integração entre as polícias Civil e Militar tem facilitado o combate ao crime organizado e outras formas de delinquência na região?

VINÍCIUS COUTINHO: A integração tem por finalidade complementar conhecimentos e competências de modo a permitir que cada órgão tenha êxito no seu trabalho, compreendendo que o sucesso de todos é primordial para alcançar os objetivos de garantia da ordem pública e incolumidade física e patrimonial previstos na Constituição Federal.

DIÁRIO DO VALE: Quais são os recursos e apoios necessários para fortalecer ainda mais o trabalho da Polícia Civil em Volta Redonda?

VINÍCIUS COUTINHO: Nós temos uma grave carência de servidores na Polícia Civil e esse é nosso principal obstáculo no momento. Esperamos que essa situação seja minimizada com a admissão de novos policiais que atualmente estão em formação. O Poder Executivo municipal tem a correta compreensão de sua corresponsabilidade no âmbito da segurança pública e vem nos auxiliando nesse ponto, firmando convênios indispensáveis ao regular funcionamento da unidade. A população também vem colaborando com denúncias anônimas que nos são encaminhadas pelo serviço 197 ou pelo whatsapp 24-3339-2462. Esse entendimento de que a segurança pública é dever do Estado, mas também é responsabilidade de todos é essencial para sermos exitosos nessa difícil tarefa de prevenir e reprimir a criminalidade. As estatísticas indicam que estamos no caminho certo.

Modernidade no serviço público: pagamento via PIX

Modalidade oferece comodidade aos contribuintes, modernizando o acesso as novas ferramentas digitais

A Prefeitura de Volta Redonda está incentivando os pagamentos de tarifas por PIX (Pagamento Instantâneo). A iniciativa, implementada no início deste mês de julho, garante uma economia significativa para os cofres públicos. Atualmente, as tarifas bancárias cobram entre R$ 1,44 e R$ 1,88 por guia, com o pagamento via PIX, essa taxa cai para R$ 0,01 por documento.

Com a adesão do pagamento por PIX pelo contribuinte, essa economia aos cofres públicos trará mais possibilidade de investimentos em outras áreas do município, como, por exemplo, Educação, Saúde, Mobilidade Urbana, Segurança e Social, entre outras. Além de economia, a modalidade – eletrônica e instantânea – oferece comodidade e outros benefícios ao contribuinte, que poderá pagar seus tributos em qualquer dia e horário, a partir de qualquer institui-

ção financeira.

“Os moradores que ainda não pagaram o IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) de 2024 podem utilizar o PIX para o pagamento, através do site oficial: www. voltaredonda.rj.gov.br. Outros documentos de arrecadação emitidos nos guichês da Prefeitura, referentes a outros tributos e taxas, também serão impressos nesse novo formato”, comentou a assessora da Secretaria Municipal de Fazenda (SMF), Aline Fernandes.

O secretário municipal de Fazenda, Vinicius Arbach, ressaltou que, em breve, todos os Documentos de Arrecadação Municipal (DAR) vão contar com essa nova opção.

“O pagamento por PIX é seguro, prático e confiável para o contribuinte, e se alinha as novas tendências tecnológicas.

Nos últimos anos, as transações por PIX cresceram 74% entre 2022 e 2023. Vamos proporcionar mais comodidade aos contribuintes, mais economia ao município e menos burocracia”, disse.

COMO FAZER PAGAMENTOS UTILIZANDO O PIX?

Com a recente implantação do sistema de pagamento via PIX pela Prefeitura, os cidadãos agora têm uma forma mais rápida e eficiente de realizar seus pagamentos. Siga os passos abaixo para efetuar pagamentos utilizando o PIX:

- Acesse o aplicativo do seu banco no seu smartphone. Certifique-se de que seu banco oferece o serviço de pagamento via PIX e que seu aplicativo está atualizado.

- No menu principal do aplicativo, pro-

cure e selecione a opção “PIX”;

- Entre as opções apresentadas, escolha “Pagar com QR Code”. Esta funcionalidade permitirá que você utilize a câmera do seu smartphone para escanear o código QR Code;

- Posicione a câmera do seu smartphone sobre o QR Code presente no documento. Certifique-se de que o código esteja totalmente visível e centralizado na tela;

- Após escanear o QR Code, os dados do pagamento aparecerão na tela do seu aplicativo bancário. Verifique se todas as informações estão corretas e confirme o pagamento;

- Seguindo esses passos, você poderá realizar pagamentos de forma rápida, segura e sem complicações, utilizando a praticidade do sistema PIX. A Prefeitura agradece a sua colaboração na utilização desta nova tecnologia.

Espaço das Artes Zélia Arbex

Exposições artísticas e manifestações culturais

Local tem nova climatização, sala criativa para oficinas artísticas, pintura especial no telhado, nova iluminação e graffiti da artista RafaMon

O Espaço das Artes Zélia Arbex, localizado na Vila Santa Cecília, está de cara nova. Um dos mais importantes espaços da cultura volta-redondense, totalmente dedicado a exposições artísticas e manifestações, passou por um processo de revitalização.

Administrado pela Secretaria Municipal de Cultura (SMC), o Zélia Arbex ganhou novo sistema de climatização – com ar-condicionado em todos os ambientes –, acessibilidade, construção de uma sala criativa para oficinas artísticas. Tudo para oferecer maior comodidade aos frequentadores e estrutura para as exposições e os eventos.

A obra de revitalização também contemplou novo sistema de iluminação, o teto recebeu pintura branca opaca a fim de diminuir o calor produzido pelo sol, promovendo economia no consumo de energia, além de diversas outras intervenções de manutenção e readequação.

O espaço ganhou também um graffiti da artista e muralista brasileira RafaMon, que prestou uma homenagem ao pássaro Arigó – símbolo de Volta Redonda. O graffiti, com quatro metros de altura, envolve toda a nova parte externa do Espaço das Artes, que foi recém-construída.

O secretário de Cultura de Volta Redonda, Anderson de Souza, citou que o Espaço das Artes Zélia Arbex conta agora com uma sala de formação, onde os artistas da cidade vão poder fazer oficinas de diversos segmentos culturais.

“Após 20 anos, o Zélia Arbex recebeu sua primeira revitalização com o objetivo de dar mais conforto para o público que visita, através de um ambiente climatizado, e condições melhores para os artistas que vão expor seus trabalhos. A nova sala criativa também será um espaço de formação com oficinas gratuitas, agora o Espaço das Artes

Zélia Arbex está mais bonito para quem visita, gerando mais oportunidade para os artistas de Volta Redonda”, disse o secretário.

ABERTURA DA EXPOSIÇÃO ‘ACERVO’

Atrelado a entrega da revitalização, o Espaço das Artes Zélia Arbex está sediando a mostra “Acervo”, com obras de artes pertencentes à Prefeitura de Volta Redonda, Fundação CSN (Companhia Siderúrgica Nacional), Gacemss (Grêmio Artístico e Cultural Edmundo de Macedo Soares e Silva), Instituto Dagaz e Clube Fotofilatélico.

A exposição também presta uma homenagem aos saudosos artistas Ciron Silva e Elisa Carvalho. Os visitantes podem conferir as obras de segunda a sexta-feira, das 9h às 17h, até o dia 31 de julho.

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Abrangência:

Angra dos Reis, Barra Mansa, Barra do Piraí, Engenheiro Paulo de Frontin, Itatiaia, Mendes, Miguel Pereira, Paraíba do Sul, Paracambi, Pinheiral, Piraí, Porto Real, Quatis, Resende, Rio Claro, Rio das Flores, Paraty, Valença, Vassouras e Volta Redonda.

EMPREGO E ARRECADAÇÃO CSN

CSN lidera empregabilidade e é responsável por 60% da arrecadação municipal

Durante todos os meses do primeiro semestre deste ano, Volta Redonda registrou saldo positivo na geração de empregos, como aponta dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados). A indústria é o setor que normalmente puxa essa alta na geração de novas oportunidades e a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) tem grande participação nessas estatísticas. Hoje a empresa é responsável pela criação de um em cada quatro empregos formais em Volta Redonda (carteira assinada) e gera mais de 20 mil empregos diretos, sem contar os indiretos.

Na carona da geração de emprego, a cidade também se beneficia em outra esfera: a arrecadação municipal. Hoje os impostos

pagos pela CSN representam 60% dos tributos de Volta Redonda.

Os empregos gerados pela CSN se estendem por toda a região Sul Fluminense, através de suas diversas indústrias do grupo, incluindo a Usina Presidente Vargas, CBS, CBSI, Fundação CSN, CSN Porto Real, CSN Cimentos, Prada Resende e Prada Valença. Dos mais de 40 mil empregos gerados pelo grupo CSN no Brasil e no mundo, mais da metade estão concentrados nesta região. Dentro deste contexto, a empresa contribui para o fortalecimento do polo metalmecânico da região.

Recentemente, a CSN contratou mil trabalhadores. Eles estão alocados nas obras de manutenção e modernização das três

sinterizações da Usina Presidente Vargas. O investimento tem como objetivo reduzir a emissão de pó preto em algumas regiões de Volta Redonda. Para atender outros setores, até junho deste ano a CSN preencheu mais de 600 vagas operacionais e prevê abrir mais 400 vagas até o final do ano.

SOCIAL

Além da geração de empregos, a CSN contribui com Volta Redonda com vagas de estágio, projetos sociais e culturais. Nos programas Capacitar, Incluir para PCDs (Pessoas Com Deficiências), Jovem Aprendiz e Programas de Estágio técnico e de

nível superior, estão sendo oferecidas mais 500 vagas.

Além das oportunidades na empresa, a Fundação CSN realiza diversos projetos sociais e culturais, como Capacitar Hotelaria e Serviços, Projeto Garoto Cidadão, Mentoria Cidadã, Polo de Street Art, Tambores de Aço, Programa de Educação Ambiental e bolsas de música, teatro e estudos, entre outros.

A CSN também patrocina eventos e iniciativas importantes, como a Bienal do Livro de Volta Redonda, Projeto Nadando com Tiago Pereira, Orquestra Filarmônica de Volta Redonda e programas voltados para pessoas com mais de 60 anos, como “Os Bailes da Vida” e “Resgatando Saberes”.

Futuro passa pela Região Sul

Volta Redonda foi criada numa linha urbanística americana, com ruas largas, grandes avenidas e bairros setorizados. Uma cidade planejada e pensada por setores, no estilo da capital Brasília. Município mais desenvolvido e importante do Sul Fluminense, era natural ser procurado por muitos para se estabelecer residencial e comercialmente. No entanto, como era de se esperar, esse movimento acabou trazendo alguns obstáculos e alterando as características da cidade, como o crescimento desordenado através da favelização vertical e, com isso, as regiões centrais ficaram com restritas áreas de expansão. A alternativa, então, passou a ser áreas mais afastadas do eixo central. Mas, afinal, olhando para o futuro, quais serão as áreas mais propícias para expansão? Coordenadora do curso de Arquitetura e Urbanismo do Centro Universitário Geraldo Di Biase (UGB-FERP), a professora Andréa

Auad explica que Volta Redonda tem um território exíguo e, por isso, deve ser muito planejada a sua ocupação, para que se possa dar conta de uma população expressiva e crescente. Na visão dela, a principal área de expansão de Volta Redonda encontra-se na região Sul da cidade, que já vem sendo ocupada progressivamente.

“Essa região, permeada pela Rodovia dos Metalúrgicos e pela Rodovia do Contorno, carece de um bom projeto viário complementar e de um desenvolvimento de centralidades comerciais e de prestação de serviços que atendam a necessidade da população que se direcionar para o Sul. Certamente que serão suportados pelos dois eixos, além de certo adensamento nas centralidades já infraestruturadas, como a Vila Santa Cecília, Aterrado, Retiro e São João”, pontua Andréa. Junto com o crescimento, deve-se pensar

Feliz aniversário,Volta Redonda!

também em como seria o desenho urbanístico nessas regiões. “Qualquer que seja o destino da expansão urbana de Volta Redonda, deve ser pensado, discutido e muito planejado, para que ela não perca o que mais historicamente a caracterizou e destacou: um desenho planejado, com clareza de propósito e unidade”, ressalta.

UNIÃO COM CIDADES VIZINHAS

Volta Redonda faz limite com Pinheiral, Barra do Piraí e Barra Mansa e, em algumas regiões, as populações, comércio e serviço se confundem. E, em caso de territórios disponíveis, isso pode ser benéfico, segundo a arquiteta e urbanista. “Quanto mais ela se entender como centralidade potente e complementar de seu entorno, menos ela será impactada em sua infraestrutura. As cidades do Médio Vale

do Paraíba Fluminense podem atingir grande desenvolvimento urbano se forem planejadas em conjunto, como vizinhas complementares, trocando experiências e oportunidades”, analisa Andréa Auad.

Por fim, a especialista alerta para aspectos importantes que devem ser levados em consideração em relação aos projetos de expansão da cidade. “Volta Redonda, a exemplo das cidades médias mais potentes do Brasil, deve se ater, ao pensar em expansão, principalmente na sua política de mobilidade, promovendo sistemas de circulações e fluxos viários sustentáveis, de muita qualidade e conforto, constituído por vários modais de transporte articulados e integrados de maneira intra e interurbana. Isso a auxiliará a ter ainda mais qualidade como cidade, além de se tornar exemplo para todas as cidades de seu entorno”, finalizou Auad.

UMA PAIXÃO EM

AMARELO E PRETO

O Volta Redonda Futebol Clube foi fundado em 1976. O principal clube de futebol da cidade revelou grandes jogadores, conquistou títulos, cresceu e tornou-se conhecido nacionalmente. E toda essa trajetória tem uma testemunha ocular, uma pessoa cuja história se confunde com a da própria agremiação. Trata-se de Flávio Braga, o Fubá, de 75 anos. Torcedor símbolo e conhecido por muitos, ele é inspiração para as novas gerações de apaixonados pelo clube da Cidade do Aço.

A paixão de Fubá pelo Voltaço começou por acaso. Desde os cinco anos de idade ele acompanhava o pai torcendo pelo Rodoviário e depois o Guarani. Quando esses dois times acabaram, surgiu o Volta Redonda Futebol Clube e Fubá encampou. A partir dali começou uma paixão à primeira vista, que o fez até esquecer seu antigo time do coração, o Flamengo, que acabou se transformando em sua segunda pele.

“Minha paixão se tornou o Voltaço porque já jogavam atletas da cidade e que eu já conhecia, como o Edinho Silva, que era nosso colega de trabalho. Daí montamos a primeira torcida. A coisa foi crescendo, mas nesse meio tempo eu fui trabalhar em Salvador. De lá eu trouxe uma ideia que conheci no estádio da Fonte Nova, que era uma buzina de caminhão. Quando cheguei a Volta Redonda fiz uma igual, que era o terror e os locutores da época reclamavam”, recorda.

Fubá também trabalhou no Espírito Santo,

mas não deixou de acompanhar o time nos finais de semana de folga. Foi então que, em 1982, ele criou a Charanga do Fubá, que mais tarde acabou por falta de apoio.

O torcedor também teve papéis importantes na história do clube. Em 1984 foi convidado para ser o administrador do estádio velho, na administração do prefeito Benevenuto Santos Neto, e posteriormente, na gestão do presidente Pedro Paulo Pires de Melo, recebeu a missão de fundar uma equipe feminina.

“Aceitei o desafio. Os jogos eram sempre na preliminar do profissional, às 13h30, e o torcedor chegava mais cedo ao estádio. Formei o time com jogadoras de Volta Redonda, Barra Mansa e Resende. Tempos depois o time acabou, mas foi uma época boa. Foram 89 jogos, com 84 vitórias, 2 derrotas, e o resto empate, sendo que as duas derrotas foram para o Bangu e o Radar, que eram os dois melhores times do Brasil na época”, afirma.

Fubá é uma espécie de “celebridade”. Em seu acervo pessoal, ele guarda dezenas de recortes de jornais com reportagens suas e do clube. Há ainda fotos junto com personalidades do esporte, da política, cantores, dirigentes de clubes, técnicos de futebol, árbitros, além de camisas de times de futebol e ingressos de jogos.

Nos seus 48 anos de arquibancada, Fubá recorda momentos inesquecíveis que fazem parte de sua vida.

Torcedor símbolo do Volta Redonda, a história de Fubá se confunde com a do principal clube de futebol da cidade

MOMENTOS MARCANTES

“Sem dúvida, o primeiro jogo foi inesquecível. Depois, em 1979, vem o primeiro título, contra o Serrano, em Petrópolis. Outro foi em 1994, 1995 e 1996, quando o Volta Redonda venceu três vezes a Taça Rio. Em 1995, o Voltaço venceu o Siderantim, em Barra Mansa, e subiu para a primeira divisão. E tem também um jogo inesquecível em 2004, quando o time subiu para primeira divisão, já no estádio novo, onde colocou 22 mil pessoas, contra o Boa Vista”.

MELHOR JOGADOR

“Para mim o melhor que vi jogar foi o Betinho. Até me emociono porque era meu amigo, uma pessoa que sinto muitas saudades. Conheci ele jogando ainda garoto no juvenil. Outro que me encantava era o Valdirzinho, um grande lateral-esquerdo, que veio do Vasco e jogava com muita facilidade”.

HOMENAGEM

“Ao longo de toda a minha história eu recebi muitas homenagens, mas uma, no ano passado, me marcou muito. Eu estava propenso a parar. Num belo dia, eu estava no estádio e fui chamado para

ir do outro lado das arquibancadas, antes de um jogo. Quando cheguei, me cercaram e começaram a gritar meu nome. Aquele grupo me presenteou com uma bandeira com o meu rosto, uma camisa e uma placa. Ali eu desabei, chorei muito. Essa foi muito marcante e vai ficar na história para o resto da minha vida”.

SONHO

“O meu maior sonho é ver o Volta Redonda na Série B do Campeonato Brasileiro. Já tivemos na Série A em 1976, 1977 e 1978, quando o Campeonato Brasileiro tinha 120 clubes e entramos naquele embalo. Depois, por um descuido, em 1994, fomos desclassificados e nunca mais conseguimos subir. Tem três anos seguidos que estamos batendo na trave. Esse ano, a contar pela campanha que está fazendo, tudo leva a crer que o time ficará pelo menos entre os oito. Aproveito a oportunidade para fazer uma promessa aqui. O Voltaço subindo para a Série B eu me despeço do clube. Já tenho 75 anos e venho passando por problemas de saúde. Já apoio uma rapaziada nova que está vindo aí, um grupo muito forte, que faz um trabalho muito bonito. Vou embora com a minha consciência tranquila. Queria que aparecesse outros Fubás e outros que deram a vida pelo Voltaço, muitos, infelizmente, não estão mais aqui, mas lá de cima tão fazendo força”.

Fubá no ambiente que mais ama: o Estádio Raulino de Oliveira, que viu ser construído e inaugurado
Fubá junto com Moreira Franco, o presidente Figueiredo e o prefeito Benevenuto

Museu da Ciência e Tecnologia

terá ‘companhia’ do Museu do Vídeo Game

Referência em educação, tecnologia, lazer e cultura, Volta Redonda terá dois espaços que vão atrair pessoas de todas as idades. Um deles, o Museu da Ciência e Tecnologia de Volta Redonda, encontra-se na fase final de suas obras, para ser inaugurado em poucos meses. Localizado no bairro Laranjal, ele será um equipamento público com o objetivo de promover o ensino de conteúdos científicos às crianças, jovens e adultos, com uma linguagem mais acessível, estimulando a curiosidade e motivando a busca pelo conhecimento.

Entretanto o município não terá apenas mais um novo museu. A prefeitura anunciou recentemente que a cidade vai abrigar, ainda, o Museu do Vídeo Game, que ficará em um local a ser definido no bairro Vila Santa Cecília. Ele será o primeiro espaço no país dedicado exclusivamente ao universo dos consoles e jogos eletrônicos.

No caso do Museu da Ciência e Tecnologia, o investimento de R$ 16 milhões do Governo do Estado está nas fases derradeiras de cons-

trução. Quando concluído, ele ficará sob responsabilidade da Prefeitura de Volta Redonda, contando com a cooperação técnica de profissionais da UFF (Universidade Federal Fluminense) e da Fevre (Fundação Educacional de Volta Redonda).

Com aposta na interatividade e no caráter lúdico, o museu vai oferecer para crianças, jovens e adultos conhecimentos em áreas como Matemática, Física e Química, Ciências Humanas, História e Geografia. O espaço também terá óculos virtuais para que os visitantes possam fazer um “passeio” pelo Zoológico Municipal.

Para completar, o Museus da Ciência e Tecnologia terá o primeiro planetário do Sul Fluminense, aproximando os moradores da região do conhecimento sobre os planetas, estrelas, demais corpos celestes e todo o universo.

MUSEU DO VÍDEO GAME

Dentre tantas atividades, os

museus são um espaço para a preservação da memória, e Volta Redonda vai ajudar a guardar um pouco da história com o futuro Museu do Vídeo Game. Em uma parceria com a Funarj (Fundação de Artes do Estado do Rio de Janeiro), o espaço vai celebrar a história e a evolução dos jogos eletrônicos, além de outras facetas do audiovisual. O museu – que ficará em um local a ser definido no Vila Santa Cecília – vai abrigar exposições interativas e programas educativos (palestras, cursos e workshops), ao mesmo tempo em que buscará promover a inovação tecnológica e o aprendizado. Dessa forma, Volta Redonda se consolida como centro de referência cultural e tecnológica, uma vez que o Museu do Vídeo Game tem a missão de ser um arquivo vivo da evolução dos jogos eletrônicos, partindo dos consoles mais antigos e chegando até as mais recentes inovações.

Equipamento localizado no bairro Laranjal será referência para a educação; espaço dedicado aos jogos eletrônicos ficará no Vila Santa Cecília

Museu vai oferecer para crianças, jovens e adultos conhecimentos em áreas como Matemática, Física e Química, Ciências Humanas

‘Mulheres Mãos à Obra’

A força da MULHER voltarredondense

Mais de 500 mulheres estão qualificadas para um mercado de trabalho que, no passado, era somente para homens

Uma transformação social e cultural. Com essa dinâmica as mulheres de Volta Redonda estão ocupando um espaço no mercado de trabalho, que antes era somente para homens. E o grande responsável é o projeto ‘Mulheres Mãos à Obra’, da Secretaria Municipal de Políticas para Mulheres e Direitos Humanos (SMDH) de Volta Redonda. Até o momento, mais de 500 mulheres foram qualificadas para trabalhar na construção civil.

O projeto tem o objetivo de capacitar mulheres para um mercado anteriormente dominado pelos homens. Com este fim, são oferecidos os cursos de Bombeira Hidráulica Predial, Eletricista Predial, Pedreira de Acabamento e Revestimento Predial, Pedreira de Alvenaria Predial, Pintura Predial, Solda com Eletrodo Revestido, Corte Oxiacetilênico e Operadora de Esmerilhadeiras. Com duração média de quatro meses, os cursos são gratuitos e a SMDH ainda

oferece sem custos vale-transporte, lanche, uniforme, material usado nos cursos teóricos e práticos, cadernos e Equipamentos de Segurança Individual (EPIs). Todas as alunas são certificadas depois de aprovadas na avaliação dos professores.

Além de oferecer a capacitação, o governo municipal tem buscado parcerias para ajudar na inserção das formandas no mercado de trabalho. É o caso da oferta de 100 vagas pela CSN (Companhia Siderúrgica Nacional) para as alunas já capacitadas – ou que ainda estavam fazendo os cursos – para trabalharem na Usina Presidente Vargas. Aliás, várias mulheres que passaram pelos cursos já estão trabalhando na CSN ou em empresas prestadoras de serviço à siderúrgica, segundo o diretor do Centro de Qualificação Profissional (CQP) do Aero Clube, Eiji Yamashita.

“Outras empresas poderiam fazer essa mesma parceria com a prefeitura, abrir as

portas para a contratação das profissionais que estão sendo qualificadas e ou que já estão prontas para trabalhar”, defende.

MOTIVAÇÃO E MERCADO

Para o professor do curso de Bombeira Hidráulica Predial, Nilson de Freitas Ferreira, a parceria da prefeitura com a siderúrgica foi o pontapé inicial. “Recebemos a informação de que a empresa vai investir na contratação de mulheres. São portas que vão se abrir neste mercado”, disse.

Já o professor do curso de Pedreira de Alvenaria Predial e de Acabamento e Revestimento Predial, José Alberto de Almeida Carvalho, lembra que existe um mercado aquecido em Volta Redonda e região para obras da construção civil. “É preciso dar oportunidade para as mulheres dos cursos, que chegam aqui muito motivadas. Elas estão prontas para o

mercado de trabalho”, afirma.

O professor de Pintura Predial Cezar da Silva Pereira destaca que as profissionais do seu curso aprenderam técnicas diferenciadas que serão valorizadas na construção civil. “São poucos os profissionais de pintura que conhecem a técnica do cimento queimado, e elas se mostraram muito motivadas com o aprendizado”, disse.

Professor do curso básico de Eletricista Predial, Cesar de Azeredo Pedrosa pontua que suas alunas podem receber até R$ 3 mil para realizar em pouco tempo serviços como os de montagem de quadro geral, quadro geral trifásico ou o esquema completo de iluminação de um imóvel, entre outros.

“Enquanto um profissional sem qualificação vai conseguir um salário mínimo – ou pouco mais – em um mês, uma eletricista formada pode receber até R$ 3 mil em um fim de semana”, frisou.

VOLTARREDONDENSES

DE CORAÇÃO

Volta Redonda foi erguida com braços de trabalhadores vindos de diversas partes do Brasil. Se hoje a cidade é uma das mais desenvolvidas do interior do estado do Rio, em diversos aspectos, isso deve-se a eles. Nesses 70 anos da cidade, há histórias de muitas famílias que chegaram de longe, superaram dificuldades, trabalharam, criaram seus filhos e venceram. E hoje aproveitam para demonstrar todo o amor e gratidão por esse lugar que eles escolheram para viver.

Um desses exemplos é o da professora Maria José Silva Alcântara, de 71 anos, nascida em Miraí (MG). Formada em Filosofia, Ciências e Letras pela Faculdade Santa Marcelina, em Muriaé (MG), ela chegou a Volta Redonda logo após se casar, em 1978.

Na cidade ela trabalhou por 20 anos na Escola Municipal Sergipe. Atuou também na FEVRE

e nas unidades do Sesi de Barra Mansa e Volta Redonda. Como professora de Filosofia, Maria José lecionou pela Secretaria Estadual de Educação (SEEDUC). A professora se aposentou em 2021, após 47 anos de atuação no magistério.

Em Volta Redonda, Maria José se orgulha de ter sido acolhida e ter criados os dois filhos: o metalúrgico Augusto Sérgio, que é formado em Logística, e a advogada Denise Helena Raimundo Nunes.

“Meus dois filhos também construíram aqui suas famílias e me agraciaram com três lindas netas. Volta Redonda, uma cidade de muitos mineiros, tem um capítulo relevante na minha vida pessoal e profissional. É uma cidade de trabalho e de progresso e, entre o aço e pó, muito contribui para a riqueza desse país”, afirmou Maria José.

SUPERAÇÃO

Em 1968, Almir e Wenira, com cinco filhos pequenos, chegam a Volta Redonda na carroceria de um caminhão, vindos de Pedra Bonita, então distrito de Abre Campo (MG). Assim como muitos, vieram em busca de uma vida melhor e condições de estudo para os filhos. Em meio a muitas dificuldades, os filhos cresceram, lutaram e venceram. Hoje eles são sócios da Vitor Contabilidade, localizada no bairro Aterrado, prestes a completar 50 anos de atividade na cidade.

Walmir Vitor, um dos irmãos, se emociona quando recorda o início difícil na cidade do aço. “Era uma situação muito triste, viemos de caminhão, meu pai conseguiu uma casa bem humilde, no bairro Dom Bosco, assim começamos nossa história em Volta Redonda”, conta.

Walmir Vitor chegou a vender laranjas num carrinho no centro da cidade e foi servente na CSN durante este período. Foi então convidado por um amigo a trabalhar num escritório de contabilidade. O gosto pela profissão aflorou e mais tarde abriu seu próprio escritório junto com seus irmãos. O negócio prosperou e hoje a Vitor Contabi-

lidade conta com 50 funcionários.

A ramificação deste negócio vem com os sobrinhos Thiago P. Vitor, Felipe P. Vitor e Dany, com escritórios em Barra Mansa e Pinheiral; e com seu filho e nora, Walmir Vitor Júnior e Tatiane, com escritórios na Vila Santa Cecília, em Volta Redonda, e Resende. Junto com os irmãos Waltair Vitor, Wander Vitor e Wagner Vitor, Walmir e só gratidão por tudo que Volta Redonda representa na vida deles. “Chegando aqui, de Pedra Bonita, com todas as dificuldades, fomos acolhidos e bem recebidos. Aqui começamos nossa luta, família unida, prosperamos. Assim conseguimos estruturar e construir nossas famílias. Criamos a nossa empresa, Deus nos abençoou e hoje completamos 50 anos, isto para mim é muito gratificante. Não tem como mensurar a gratidão que tenho por esta cidade, por tudo”, pontuou.

Eles vieram de longe e demonstram todo o amor e gratidão pela cidade que escolheram para viver

Outro exemplo de perseverança e crescimento é o do empresário Mário Jorge de Araújo La-Gatta, de 64 anos. Formado em Engenharia Civil pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), ele está radicado em Volta Redonda há 36 anos. Mineiro de Muriaé, ele trabalhou na loja de material de construção da família e também numa construtora, onde fazia projetos residenciais. Até que, em 1984, conheceu a FLORENSE e passou a representar a marca em sua cidade natal. Em 1989 La-Gatta chegou a Volta Redonda, onde inaugurou uma loja localizada na Rua 33, na Vila Santa Cecília.

A FLORENSE é uma empresa que atua no ramo de móveis modulados e conta hoje com 50 lojas no Brasil e mais 20 no exterior. “Aqui em Volta Redonda a loja está fazendo 36 anos e atendemos todo o Sul Fluminense, além da capital Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais. Mantemos hoje em nossos quadros de 15 a 20 funcionários diretos e mais alguns indiretos”, explica o empresário.

Casado com Vanessa Novaes La-Gatta e pai de Eduardo Novaes La-Gatta, de 18 anos, e Gabriela Novaes La-Gatta, de 13, La-Gatta afirma que tem muita gratidão pela cidade de Volta Redonda, pois foi onde escolheu viver, formar família e foi muito bem recebido.

“Aqui podemos afirmar que é uma cidade cosmopolita, recebendo pessoas do Brasil inteiro e exterior com o mesmo carinho. Nunca vi nin-

guém de fora ser maltratado, sendo forasteiro, muito pelo contrário, só boas experiências. Não existe aquela prática que conhecemos de outras comunidades, de famílias tradicionais mandarem no município. Acho isso uma grande qualidade”, frisa o empresário, que acrescenta:

“Só tenho a agradecer este município por tudo que consegui realizar e hoje tento retribuir participando de algumas instituições filantrópicas, como a APAE e o Observatório Social. Espero poder retribuir mais e fazer o que puder para ajudar o município”, finaliza La-Gatta.

A professora Maria José chegou em Volta Redonda em 1978
O empresário Mário Jorge La-Gatta com a esposa Vanessa e os filhos Eduardo e Gabriela
Os irmãos Walmir, Waltair, Wander e Wagner são sócios da Vitor Contabilidade

COMÉRCIO E SERVIÇO VÃO

ALAVANCAR A ECONOMIA

Dirigentes de entidades apostam que os dois setores serão os responsáveis pelo crescimento de VR nos próximos anos

Os setores de comércio e serviço serão os grandes impulsionadores da economia de Volta Redonda nos próximos anos. A afirmação é uma unanimidade entre os dirigentes das três entidades representativas da cidade, como a Associação Comercial, Industrial e Agropastoril (Aciap-VR), Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL) e Sindicato do Comércio Varejista (Sicomércio).

Segundo Leonardo Almeida, presidente da CDL, Volta Redonda vem crescendo muito nos últimos anos, atraindo empresas do setor de comércio e serviço importantes. “Tem os investimentos na expansão de shopping, sem falar do Hospital da Unimed. Atualmente, Volta Redonda gera mais de 88 mil empregos, contando com pouco mais de 30 mil empresas ativas, sendo 60% desses postos de trabalho no comércio de bens e serviços. A tendência é que continue aumentando, então, a médio prazo, com certeza, esse número passe a casa dos 90 mil”, projeta.

Segundo ele, a tendência é que Vol-

ta Redonda se torne cada vez mais um polo regional de comércio de produtos e serviços, saúde, educação e gastronomia, principalmente por conta de sua localização privilegiada.

“Hoje já atraímos moradores de cidades vizinhas para esses diversos segmentos. Além disso, a proximidade com a Via Dutra e por ser cortada pela Lúcio Meira, a cidade estrategicamente é bem localizada, porque tem saída para Minas Gerais, Rio e São Paulo. Para acompanhar esse crescimento e continuar atraindo mais empresas, também esperamos mais investimentos do Poder Público, de uma forma geral. A cidade também precisa de projetos para estruturar áreas não centrais para atrair mais investimento privado”, avalia Leonardo, que completa:

A região próxima à Dutra ainda possui muita área para ocupação de empresas, assim como bairros menos centrais, mas depende do porte e do foco de cada empreendimento. Verticalmente, temos espaço para todas as regiões, como a Vila Santa Ce-

cília, o Aterrado e o Retiro, por exemplo. Já para empresas que demandam muita área, a região da Casa de Pedra e Roma podem ser uma boa estratégia para atrair esses novos investimentos”.

POTENCIAL

Maycon Abrantes, presidente da Aciap-VR, reforça as características da cidade e destaca quais são as tendências de crescimento do município. “Volta Redonda se caracterizou como cidade industrial e se consolidou com o rótulo de Cidade do Aço.

Após a privatização da CSN, o viés é de grande prestadora de serviço. Entendemos que nesse segmento se destacará o setor de tecnologia e inovação”, aposta.

Para ele, apesar de Volta Redonda ser um dos menores municípios do estado, possui uma localização estratégica. “A área leste da cidade possui atrativos para novos investimentos empresariais, por estar mais próxima da Via Dutra. Mas concorre tam-

bém o bairro Aterrado, que ainda possui áreas disponíveis para investimentos de qualidade, e terá no vizinho Aero Clube os empreendimentos a serem feitos pela CSN no Aero Clube”, afirma Abrantes.

PRESIDENTE DO SINDICATO DO COMÉRCIO VAREJISTA (SICOMÉRCIO)

Levi Moreira de Freitas é outro que enxerga o potencial de crescimento de Volta Redonda e projeta a cidade como uma das mais desenvolvidas do interior do Estado do Rio. “Acredito que Volta Redonda tem um potencial muito grande para se desenvolver comercialmente, com os setores de serviço e de turismo, onde nosso sindicato também faz parte. Então, nós vislumbramos um crescimento muito favorável para que Volta Redonda possa continuar gerando mais empregos, negócios e se colocando dentro do cenário estadual como uma das boas cidades para se viver e fazer negócios”, ressaltou.

Levi Moreira, presidente do Sicomércio-VR
Leonardo Almeida, presidente da CDL
Maycon Abrantes, presidente da Aciap-VR

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