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1. Relatar sucintamente a história das permutas, apresentando três razões porque o dinheiro veio à existência e mencionando pelo menos dez formas raras de dinheiro usadas no lugar da moeda corrente de um país. A moeda, como hoje a conhecemos, é o resultado de uma longa evolução. No início não havia moeda. Praticava-se o escambo, simples troca de mercadoria por mercadoria, sem equivalência de valor. Algumas mercadorias, pela sua utilidade, passaram a ser mais procuradas do que outras. Aceitas por todos, assumiram a função de moeda, circulando como elemento trocado por outros produtos e servindo para avaliar-lhes o valor. Eram as moedas–mercadorias. O gado, principalmente o bovino, foi dos mais utilizados; apresentava vantagens de locomoção própria, reprodução e prestação de serviços, embora ocorresse o risco de doenças e da morte. O sal foi outra moeda–mercadoria; de difícil obtenção, principalmente no interior dos continentes, era muito utilizado na conservação de alimentos. Ambas deixaram marca de sua função como instrumento de troca em nosso vocabulário, pois, até hoje, empregamos palavras como pecúnia (dinheiro) e pecúlio (dinheiro acumulado) derivadas da palavra latina pecus (gado). A palavra capital (patrimônio) vem do latim capita (cabeça). Da mesma forma, a palavra salário (remuneração, normalmente em dinheiro, devida pelo empregador em face do serviço do empregado) tem como origem a utilização do sal, em Roma, para o pagamento de serviços prestados. Com o passar do tempo, as mercadorias se tornaram inconvenientes às transações comerciais, devido à oscilação de seu valor, pelo fato de não serem fracionáveis e por serem facilmente perecíveis, não permitindo o acúmulo de riquezas.
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Razões pela qual o dinheiro veio a existir: • Facilitar o comercio: agilizou as transações comerciais • Possibilidade de fazer tesouros: mais fácil guardar moedas que mercadorias (durabilidade) • Facilidade de transporte: menos pesado que mercadorias • Beleza do metal (ouro e prata, dos quais eram feitas as moedas). • Unificar sistemas de intercambio econômico ou sistemas monetários
Formas de dinheiro:
cheque Cartão de crédito
Travel cheque Vale Transporte
Vale Refeição
e Vale combustível
Ticket Restaurant
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Débito automático Titulo de Capitalização
Money Order
• • •
Vale Postal
promissória ouro ações
2. Contar resumidamente a história das moedas e/ou dinheiro de papel em seu país, mencionando as datas de estabelecimento de casas da moeda e fábricas de cunhagem. Descubra também algumas mudanças feitas em metais ou desenhos da moeda do país, apresentando quaisquer fatos interessantes a respeito destas mudanças. D. Sebastião determinou em 1568 a circulação de moedas portuguesas na nova terra descoberta, promovendo a integração entre a América Portuguesa e o império de Portugal. Começava ali a história da moeda no Brasil A unidade monetária era o real que, com a redução gradativa de seu poder de compra, ensejou a cunhagem de seus múltiplos, os reais, que o povo, por facilidade de pronúncia, chamava de réis. [Data de 1575 o uso por escrito da expressão réis, que já vinha de época bem anterior, mas só na linguagem popular.
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No período final da ocupação holandesa, dá-se a cunhagem das primeiras moedas de ouro no Brasil. Chamadas obsidionais (ou de emergência), eram batidas pela Companhia Privilegiada das Índias Ocidentais (em holandês: Geoctroyerde Westindiche Compagnie ou GWC), e se destinavam a pagar os fornecedores, bem como as tropas militares sitiadas no litoral de Pernambuco. Tinham formato quadrangular, nos valores de XII, VI e III florins, em cujo anverso apareciam as iniciais GWC, encimadas pelo valor em algarismos romanos. No reverso, as palavras ANNO BRASIL, com a data. Em 1694, inaugura-se, em Salvador, Bahia, a primeira Casa da Moeda no Brasil destinada a recunhar o meio circulante e fabricar moedas provinciais de ouro e prata com lingotes vindos de portuga ou aproveitados nas recunhagens. Essa Casa da Moeda torna-se itinerante para atender as regiões que dela mais careciam, ou porque os colonos receassem a perda de suas moedas no trajeto das capitanias para Salvador. Assim foi que a fundição real se transferiu para o Rio de Janeiro em 1699, deslocou-se para Pernambuco em 1700 e retornou de vez ao Rio de Janeiro em 1702, em decorrência da descoberta do ouro na região central da Colônia As primeiras moedas para uso exclusivo da Colônia, entre 1695 e 1698, eram de ouro, nos valores de 4.000, 2.000 e 1.000 réis, denominadas moeda, meia moeda e quarto de moeda ou, vulgarmente, quartinho. De 1703 a 1707 foram cunhadas no Rio de Janeiro moedas de 4.000 e 2.000 réis de ouro para circulação também em Portugal, tendo no reverso a legenda: IN HOC SIGNO VINCES (Com este sinal vencerás).
História do Dinheiro no Brasil Data
Acontecimento
1580-1640
Circulavam no Brasil os reales hispano-americanos. A equivalência com o réis portugueses foi estabelecida em 1582 O açúcar tornou-se moeda legalmente reconhecida Os escravos negros da Bahia usavam como moedas pequenas conchas, também conhecidos por guimbombo (ou vulgarmente búzios). Surgiram em Pernambuco as primeiras moedas feitas no Brasil, cunhadas pelos invasores holandeses O pano de algodão, segundo o Pde. Vieira, valia como moeda no Maranhão O real português voltou a circular na Colônia. O valor das moedas aumentou em 25%. Portugal aumentou em 10% o valor das moedas de ouro. A medida não foi adotada no Brasil Por ordem da Coroa, circularam no Brasil moedas de prata, com carimbo, no valor de 80, 160, 320 e 640 réis. Criou-se a primeira Casa da Moeda do Brasil, na Bahia. A casa da Moeda da Bahia cunhou suas primeiras moedas de ouro, nos valores de 1.000, 2.000 e 4.000 réis, e de prata, nos valores de 20, 40, 80, 160, 320 e 640 réis A Casa da Moeda foi transferida para o Rio de Janeiro. No Rio, a Casa da Moeda fez moedas de ouro, de 1.000, 2.000 e 4.000 réis, e de prata, de 20, 40, 80, 160, 320 e 640 réis. A Casa da Moeda mudou-se para Pernambuco Por determinação real, passaram a circular no Brasil as moedas de cobre cunhadas no Porto, em Portugal. Valiam 10 e 20 réis.
1614 Século XVII 1645 1653 1654 1663 1668 1669 1694 1695 1698 1699-1700 1700 1695-1702
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1700-1702 1702 1714 1722 1724 1724-1727 1735 1749 1752 1788 1810 1821 1832 1834-1848 1846 1868 1871 1873 1901 1911 1922 1936 1942 1967 1970 1986 1989 1990 1993 1994
A Casa da Moeda, em Pernambuco, cunhou moedas de ouro no valor de 4.000 réis, e de prata nos mesmos valores anteriores. A Casa da Moeda foi transferida novamente para o Rio de Janeiro, iniciando-se a cunhagem de moedas com matéria-prima inteiramente nacional. As descobertas de ouro deram ensejo ao funcionamento simultâneo de duas Casas da Moeda: uma no Rio, outra na Bahia. Em 4 de abril regulamentou-se definitivamente o padrão legal para a moeda brasileira: a oitava de ouro valia 1.600 réis e a de prata 100 réis Uma terceira Casa da Moeda, entrou em funcionamento. Ficava em Vila Rica, atual Ouro Preto, Minas Gerais Entraram em circulação a Série de Dobrões, com valor de 20.000, 10.000, 4.000, 2.000, 1.000 e 400 réis A Casa da Moeda de Vila Rica encerrou suas atividades O Maranhão passou a ter moeda própria, cunhada em Portugal. As de ouro valiam 1.000, 2.000 e 4.000 réis; as de prata 80, 160, 320 e 640 réis; as de cobre 5, 10 e 20 réis. Nas Minas Gerais cunharam-se moedas de prata de 75, 150, 300 e 600 réis. Serviam de troco para ouro em pó Suspendeu-se a derrama, cobrança de imostos reais sobre o ouro das Minas Gerais. Os reales espanhóis ainda em circulação foram recunhados passando a valer 960 réis. Moedas de cobre de 37,5 e 75 réis foram cunhadas no Rio e em Vila Rica. D. João VI retornou a Portugal, esvaziando o tesouro. Todos os pagamentos foram suspensos iniciando-se a emissão de dinheiro sem lastro metálico. O valor de uma oitava de ouro foi fixado em 2.500 réis. Surgiram moedas de ouro de 10.000 réis, com peso de 4 oitavas. Começaram a circular as moedas de prata da Série dos cruzados, nos valores de 1.200, 800, 400, 200 e 100 réis A oitava de ouro passou a valer 4.000 réis. Cunharam-se moedas de ouro de 20.000, 10.000 e 5.000 réis. E moedas de prata de 2.000, 1.000, 500 e 200 réis. Apareceram moedas de bronze, valendo 10 e 20 réis Surgiram as moedas de níquel, de 200, 100 e 50 réis Cunharam-se moedas de bronze, de 40 réis. Passaram a circular as moedas de níquel, de 400 réis. O real brasileiro registrou sua primeira alta no mercado internacional. Fizeram-se as últimas moedas de ouro, de 20.000 e 10.000 réis. Continuavam a circular as de prata, de 2.000, 1.000 e 500 réis. No mesmo ano surgiram moedas de bronze e alumínio, valendo 1.000 e 500 réis. Apareceram moedas de níquel no valor de 300 réis. O cruzeiro tornou-se a nova moeda nacional. A desvalorização do cruzeiro levou à criação do cruzeiro novo, com valor mil vezes maior. O cruzeiro novo voltou a chamar-se apenas cruzeiro. Cruzado é a nova unidade monetária em substituição ao cruzeiro. Com a desvalorização do cruzado surge o cruzado novo. Restabeleceu-se a denominação cruzeiro para a moeda. Instituiu-se o cruzeiro real em substituição ao cruzeiro. O real é a nova unidade monetária
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Reis, 1942
Reis, 1923
Cruzeiro, 1963 Cruzeiro, 1970
Cruzados, 1986
Cruzados Novos, 1989
Cruzeiros, 1990
Cruzeiros reais, 1993
Real, 1994
Real, 1994
3. Explicar como o dinheiro é distribuído pelo governo em seu país. Ao Banco Central do Brasil cabe a responsabilidade pela emissão de moeda-papel e moeda metálica e pela execução dos serviços do meio circulante. Dentro da estrutura do Ausberto S. Castro Vera
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Banco, essas atribuições são exercidas pelo Departamento do Meio Circulante (MECIR), sediado na cidade do Rio de Janeiro ( Av. Rio Branco, 30 – Centro) com representações regionais em nove capitais do País: Belém, Belo Horizonte, Brasília, Curitiba, Fortaleza, Porto Alegre, Recife, Salvador e São Paulo. A distribuição e o recolhimento de dinheiro nas demais regiões é realizada por meio do Banco do Brasil S.A. (BB). No Brasil, a produção de dinheiro compete de forma exclusiva a uma empresa pública, a Casa da Moeda do Brasil (CMB). As principais atividades do Departamento do Meio Circulante são: • Projeto de cédulas e moedas, inclusive as comemorativas, em parceria com a CMB. • Planejamento do fluxo de encomendas à CMB • Distribuição do dinheiro (abastecimento das representações regionais e atendimento à rede bancária) • Saneamento do meio circulante (substituição do dinheiro desgastado) • Segurança da moeda (monitoramento das falsificações, etc.) • Formulação de normas sobre o meio circulante
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4. Definir quaisquer dos termos a seguir, caso se apliquem ao sistema monetário de seu país: a) mescla de metais b) cunhagem revestida c) moeda comemorativa Moedas emitidas em comemoração a um personagem importante, a um fato ou data especial.
Centenário de Ary Barroso, 2003
Pentacampeonato de Futebol, 2002
Centenário de JK, 2002
Brasil 500 anos, 2000
d) cunho Peça de ferro, gravada e temperada, para marcar moedas ou medalhas. Sinal impresso pelo cunho nas moedas e nas medalhas. Selo, marca, distintivo.
e) fundo São as linhas retas, paralelas, extremamente finas e bastante próximas entre si. Isto dá a ilusão de que houve uma impressão contínua no local. Essas linhas existem em toda a cédula, mas podem ser vistas, principalmente, na área onde está a marca dágua, em ambos os lados.
f) inscrição g) borda marcada com letras
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h) anverso Face principal da moeda onde se encontra, normalmente, a efígie de um personagem a quem ou o que a moeda se destina. (a "cara").
anverso
reverso
i) Reverso Face oposta ao anverso. (a "coroa").
j) Série Numeração: São as letras e os números que identificam a cédula. Não podem existir duas cédulas de mesma numeração. Há três diferentes conceitos utilizados na numeração das cédulas do Real: série, ordem e estampa.
Série: é um conjunto de 100.000 cédulas de mesmo valor, com as mesmas características gráficas. Por exemplo, a numeração "A 7051045099 C" indica que esta nota pertence à série "A 7051". A numeração das séries é sucessiva, isto é, a série "A 9999" será sucedida pela série "B 0001", esta pela "B 0002", e assim por diante. Ordem - é a numeração seqüencial da cédula dentro da série. No exemplo anterior ("A 7051045099 C"), a numeração indica que esta é a nota 45099 da série "A 7051". O número de ordem varia de 000001 a 100000. Estampa - identifica as séries com iguais características físicas e/ou gráficas. É indicada pela última letra da numeração. No exemplo acima, por exemplo, a cédula pertence à estampa C ("A 7051045099 C"). No padrão monetário do Real, já existem as estampas A, B, C e D.
k) impressão sobreposta l) evidências de falsificação Ausberto S. Castro Vera
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São evidencias que permitem detectar quando uma moeda ou cédula é falsificada. Elas podem aparecer em uma das seguintes: • Marca d’agua • Faixa holográfica • Fibras coloridas • Fios de segurança
m) tira magnética n) tinta fluorescente o) controle de ficção p) numeração de notas Numeração: São as letras e os números que identificam a cédula. Não podem existir duas cédulas de mesma numeração. Há três diferentes conceitos utilizados na numeração das cédulas do Real: série, ordem e estampa
q) papel-moeda 5. Descrever o anverso e reverso de dinheiro de papel das cinco notas de valor mais baixo atualmente em uso em seu país. •
Anverso: Todas as notas tem as seguintes elementos ou características
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o o o o o o o
Banco Central do Brasil Código da nota (um número) Busto Simbólico (efígie) Valor da Nota Assinatura do Ministro da Fazenda Assinatura do Presidente do BCB Braile do valor da nota.
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•
Reverso: características básicas de cada cédula Cédula Figura Cor 1 Real beija-flor verde 2 Reais tartaruga-marinha azul 5 Reais garça roxo 10 Reais arara vermelho 10 Reais (500 anos) Muitos rostos (plástico, transparente) 20 Reais mico-leão-dourado amarelo Obs. Foi feito uma nota de 10 reais em comemoração aos 500 anos do Brasil, e esta fugiu aos padrões: é de plástico e tem uma parte transparente
6. Saber como a qualidade das moedas é avaliada pelos colecionadores. As características pelas quais uma moeda é avaliada são: • Data quer foi emitida • Material que foi utilizado • Moedas comemorativas • Emissões especiais • Ensaios monetários • Raridades 7. Ter moedas ou notas de 10 diferentes países. Descrever o que há em
cada uma delas, dar os nomes de pessoas ou objetos retratados nas mesmas, e, quando possível, mencionar as datas de cada uma. Item prático. Ausberto S. Castro Vera
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Sugestão: Entrar em contato com colecionadores de numismática (casas de venda) e adquirir a preços muito baixos e em boas condições (novos)
8. Cumprir um dos seguintes itens (práticos): a) colecionar pelo menos 5 moedas ou notas de seu país que não estejam mais em circulação. b) colecionar uma série datada de moedas de seu país, começando com o ano de seu nascimento (não é necessário incluir moedas raras ou caras).
Bibliografia • • • • • • •
Historia do dinheiro http://portalmatematico.com/moedas/historiadinheiro.shtml Historia da Moeda – Banco do Brasil http://www.bb.com.br/appbb/portal/hs/moeda/MoedaColonia.jsp DPL Numismática http://www.dplnumismatica.com.br/index.html Sociedade Numismática Brasileira http://www.snb.org.br/index.asp Banco Central do Brasil http://www.bacen.gov.br Casa da Moeda do Brasil http://www.casadamoeda.com.br/ O Numismata http://www.onumismata.com.br/
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Anexo • O que é a Numismática? A palavra Numismática deriva do Latim Numisma (moeda) A Numismática é a ciência que tem por objectivo o estudo das moedas. É considerada, como a heráldica (ciência que trata dos brasões), uma das ciências auxiliares da história, embora também se englobe nela a arte de coleccionar moedas e de estudar e classificar os seus elementos iconográficos e os seus significados económicos. A numismática compreende também o estudo das medalhas, e em geral de todos os elementos que têm servido como valor pontual de câmbio. Assim, inclui-se o estudo do papel-moeda e das notas. A Numismática não é uma simples técnica destinada a facilitar a ordenação e classificação das colecções nem um simples auxiliar da História ou da Arqueologia; A Numismática é uma ciência autónoma, que abarca tanto aspectos históricoarqueológicos como de história económica. A Numismática situa-se numa posição especial dentro do conjunto das ciências históricas, pois abarca temas puramente históricos em intima relação com outros meramente sociológicos e, sobretudo, económicos e legais. A pessoa que estuda ou colecciona estes materiais é chamado de Numismata • Estados Numismáticos de Conservação O estado de conservação deve ser um conceito que seja aceito por todos aqueles que colecionam moedas e cédulas. Deve ser um conceito objetivo que possa ser usado por qualquer um e entendido por igual dentro do universo do colecionismo numismático A classificação do estado de conservação das moedas segue os seguintes tipos no Brasil: o F.D.C - "flor de cunho": é a moeda tal qual saiu da cunhagem, sem quaisquer marcas de uso ou manuseio, sem riscos no campo, sem batidas; enfim totalmente sem marcas. o SOBERBA - é a moeda nova, mas tem um ou outro risco leve, mas que não esteve em circulação, não traz sinais de uso, apenas de manuseio descuidado ( por exemplo as moedas brasileiras dos padrões cruzeiro e cruzado em aço que saem da Casa da Moeda em sacos e riscam - se umas nas outras, antes mesmo de entrar em circulação, apenas com o transporte). Em outros países outra nomenclatura pode ser utilizada e mesmo acrescida de outras classes para o estado de conservação. Ausberto S. Castro Vera
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o M.B.C. - "muito bem conservada": é aquela moeda que mantém aparentes os desenhos e legendas, mas traz sinais de serem gastas nas partes mais altas do relevo devido o uso em circulação. o B.C. - "bem conservada"- Moeda muito usada mas na qual ainda podem ser lidas suas legendas e principalmente a data, ou seja ainda permitem a identificação da moeda. o Regular - somente as moedas de metais nobres serão consideradas, pois ainda mantém seu valor intrinseco denotando sua utilidade como moeda, porém os estados anteriores são os desejados para a coleção. o Outros estados classificáveis são: G - gasta; F - furada; FT - furo tapado as quais não devem ser incluídas em coleções. Numismáticamente não tem valor as moedas cujas datas são ilegíveis, estão apagadas ou as que tem furos. Muitas moedas "antigas" não trazem sinais das legendas e datas por estarem extremamente gastas, então não são consideradas moedas a serem colecionadas ( naturalmente excusam-se as raridades e com número reduzidíssimo de peças). As cédulas são classificadas segundo as seguintes categorias: o F.E. - "Flor de Estampa"- é a cédula tal qual saiu da impressão de corte, não pode ter nem a mais ligeira dobra ( "dobra bancária" ) ou sujeiras, os cantos devem estar totalmente intocados. o SOBERBA - Há sinais de manuseio ou dobras bancárias (dobra executada pelo caixa do banco para facilitar o manuseio), mas sem dobras com vinco ou outros sinais da circulação, tais quais sujeiras devido ao manuseio ou manchas. o M.B.C. - "muito bem conservadas": cédulas que circularam, mostram sinais de uso ou tem uma dobra vincada que pode ser sentida pelo tato; podem conter alguma mancha leve de sujeira que também poderia ser retirada. o B.C. - "bem conservada": a cédula mostra muitos sinais de uso, e de ter circulado muito e sido muito manuseada; desbotada ou ligeiramente puída, e com os cantos já arredondados. Não são consideradas colecionáveis as cédulas rasgadas, furadas, faltando pedaços ou cantos e com inscrições a caneta ou tinta que as descaracterizem. A estas chamamos de "Dilaceradas".
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