UFCG_CTRN_UAEC_CAU UFCG_THAU IV_2018.1 DUPLA: BEATRIZ SOUSA E DIEGO DINIZ ORIENTADORA: DR. ALCILIA AFONSO
RESIDÊNCIA COSTA RIBEIRO SEVERINO DA DE GERALDINO DUDA, 1961
ÍNDICE 1. LOCALIZAÇÃO E IMPLANTAÇÃO 2. DIMENSÃO HISTÓRICA
FOTO DA RESIDÊNCIA SEVERINO DA C. RIBEIRO FOTO PUBLICADA NA REVISTA “O CRUZEIRO”, 1974 FOTO DAS PLANTAS BAIXAS DO ARQUIVO MUNICIPAL
3. DIMENSÃO ESPACIAL
PLANTA BAIXA PAVIMENTO TÉRREO PLANTA BAIXA PAVIMENTO SUPERIOR FACHADA NORTE FACHADA LESTE CORTE AB CORTE CD
4. DIMENSÃO FUNCIONAL 5. DIMENSÃO FORMAL
PERSPECTIVAS DA RECONSTRUÇÃO VIRTUAL
6. DIMENSÃO TECTÔNICA
1.LOCALIZAÇÃO E
FONTE: MAPA SEPLAN CG 2011, EDITADO POR DIEGO DINIZ
IMPLANTAÇÃO
PLANTA DE lOCAÇÃO 0m
9m
FONTE: ARQUIVO MUNICIPAL DE CAMPINA GRANDE, FOTOS DO GRUPAL, REDESENHO DIEGO DINIZ
2. DIMENSÃO HISTÓRICA
A residência analisada foi construída no ano 1961 pelo tão prestigiado arquiteto campinense Geraldino Duda, graduado em Engenharia Civil pela Universidade Federal da Paraíba Campus Campina Grande, e sendo inegavelmente um arquiteto autodidata - Geraldino atuou projetando na cidade de Campina Grande mais de 300 obras. Conhecido por seus amigos como “pai da arquitetura moderna”, seus volumes puros e soluções de conforto ambiental reforçam o caráter modernista de suas obras. Atualmente a residência em estudo está presente apenas na memória de poucos e em registros, pois foi demolida e no local onde a mesma existia está situada uma farmácia. Na época em que foi construída, a residência de Severino foi exibida até mesmo em revistas. Tal residência por ser capaz de transmitir uma linguagem arquitetônica de grande importância mundial e nacional, possui imensurável valor histórico. Residências como a de Severino da Costa Ribeiro demonstram padrões construtivos, formas geométricas presentes e formas de pensar em relação a arquitetura que denotam um linguajar de grande importância: o linguajar moderno. O entendimento do legado deixado pela arquitetura moderna brasileira pode portanto ser visto nos dias atuais, porém, como a Residência existe apenas em registros, é necessária sua reconstrução virtual, incentivando uma salvaguarda e maior cuidado em relação ao patrimônio.
FOTO DA RESIDÊNCIA SEVERINO DA COSTA RIBEIRO
FONTE: http://cgretalhos.blogspot.com
FOTO PUBLICADA NA REVISTA “O CRUZEIRO”, 20/07/1764 FONTE: FREIRE, Adriana Leal de Almeida
FOTO PUBLICADA NA REVISTA “O CRUZEIRO”, 20/07/1764
FONTE: ARQUIVO MUNICIPAL DE CAMPINA GRANDE, FOTOS DO GRUPAL
3. DIMENSÃO ESPACIAL
O terreno da residência abordada encontra-se na esquina entre as ruas Vila Nova da Rainha e João da Mata, no Centro de Campina Grande - Paraíba. A casa possui um pavimento térreo com área de 330, 50 metros quadrados e pavimento superior de 182 metros quadrados, totalizando uma área de 512,50 metros quadrados. É importante ressaltar que a casa encontrava-se próxima a Feira Central de Campina Grande, equipamento consagrado como Patrimônio Histórico Cultural e Imaterial Brasileiro e local que sempre possuiu grande importância para a economia e dinâmica social da cidade. É possível notar que Geraldino privilegiou as regiões nobres da residência (íntimo e social), locando tais ambientes e consequentes fachadas em orientações norte, sul e e leste. Na porção oeste foram distribuídos os serviços e o quintal da residência. Quando construída, além de possuir um espaço para jardim na sua região sul, a casa era dotada de um jardim íntimo nos fundos. Os dois jardins não possuíam vegetação de grande ou médio porte, sendo compostos por espécies rasteiras e arbustivas. A casa era cercada por gradis horizontais e retilíneos que não ocultavam sua beleza e singularidade.
FONTE: ARQUIVO MUNICIPAL DE CAMPINA GRANDE, FOTOS DO GRUPAL, REDESENHO DIEGO DINIZ
FONTE: ARQUIVO MUNICIPAL DE CAMPINA GRANDE, FOTOS DO GRUPAL, REDESENHO BEATRIZ SOUZA
FONTE: ARQUIVO MUNICIPAL DE CAMPINA GRANDE, FOTOS DO GRUPAL, REDESENHO DIEGO DINIZ
FONTE: ARQUIVO MUNICIPAL DE CAMPINA GRANDE, FOTOS DO GRUPAL, REDESENHO DIEGO DINIZ E BEATRIZ SOUZA
FONTE: ARQUIVO MUNICIPAL DE CAMPINA GRANDE, FOTOS DO GRUPAL, REDESENHO BEATRIZ SOUZA
FONTE: ARQUIVO MUNICIPAL DE CAMPINA GRANDE, FOTOS DO GRUPAL, REDESENHO BEATRIZ SOUZA
4. DIMENSÃO FUNCIONAL
A tipologia original é residencial. Não é sabido se até sua demolição houve mudanças de uso.
5. DIMENSÃO FORMAL
A linguagem formal adotada possui características da modernidade. Tanto por meio de sua tectônica como por meio da sua solução formal e espacial. A residência possuía uma volumetria dinâmica, setorizada e bem clara, com recortes e jogo de cheios e vazios internos e externos. A quinta fachada, ou seja, sua cobertura, também foi bem resolvida, com percebemos na lógica de funcionalidade;
FONTE: DIEGO DINIZ
FONTE: DIEGO DINIZ
6. DIMENSÃO TECTÔNICA
A residência Severino da Costa Ribeiro possuía grande riqueza tectônica, como é possível notar nas fotos existentes. Foi adotada uma estrutura independente de concreto armado, visível através dos grandes vãos e balanços utilizados em sua concepção. Também foram usadas marquises, possivelmente de laje maciça, por serem tão esbeltas e com diversos recortes que funcionavam com pérgola, permitindo entrada de iluminação. Percebe-se o uso de uma trama modulada, que norteiam os alinhamentos das alvenarias. Além da superestrutura de concreto armado, Geraldino também utilizou pilares de perfis metálicos circulares que sustentam uma marquise/varanda na fachada leste, entrada principal da residência. Observamos além do revestimento de concreto, planos de pedra e cerâmica/pastilha. As esquadrias são compostas de vidro e metal, com utilização de grandes planos de vidro, sem aparecimento de viga, onde é possível supor uso de viga invertida. Não é possível saber qual tipo de telhado foi utilizado, já que está oculto por meio de platibandas. Além do uso de gradis de ferro no limite do terreno, esse elemento também foi utilizado na varanda da fachada sul.
CAUUFCG Centro de Tecnologia e Recursos Naturais