Os desdobramentos do Funrural
Programação do Confinar 2017
Lançamento da Campanha contra Aftosa
Novidades do Programa Precoce MS
conteúdo
Editorial – Mensagem do Presidente
03 04 encontro 09 funrural 11 precoce ms 14 homenagem 15 Programação confinar 16 confinar 18 cotações 19 coluna social aftosa
Sindicato Rural de Campo Grande- MS Rua Raul Pires Barbosa, nº116 Miguel Couto - Cep 7904-150 Campo Grande - MS (67) 3341-2151 / 3341-2696 srcg@srcg.com.br Diretoria-gestão 2016/2018 Presidente - Ruy Fachini Filho Vice Presidente - Thiago Arantes Segundo Vice Presidente - Tereza Cristina C. Da Costa Dias Secretário - Wilson Igi Segundo Secretário - Rafael Nunes Gratão Tesoureiro - Alessandro Oliva Coelho Segundo Tesoureiro - Pedro De S. Junqueira Netto Conselho Fiscal Fiscal - Abílio Leite De Barros Fiscal - Antônio De Moraes Ribeiro Neto Fiscal - Laucídio Coelho Neto
Projeto Gráfico
Jornalistas responsáveis: Diego Silva Tarcisio Silveira Designer gráfico: Alexandre Butkenicius
Amigos produtores, Quando a diretoria do Sindicato Rural de Campo Grande optou por remodelar o tradicional Informativo da instituição, em outubro do ano passado, nossa decisão foi baseada na importância que a informação de qualidade tem para o desenvolvimento da agropecuária. Escolhemos um formato mais moderno e que atraísse o leitor, focando trazer reportagens que auxiliem o produtor rural. Por isso, quando pensamos que em meio a tantas situações recentes que estão influenciando tanto o nosso setor como o País inteiro, percebemos que alguns assuntos mereciam destaque para esta edição, como o Funrural e o Precoce MS. Para o Funrural, trazemos a entrevista com o assessor jurídico do Sistema Famasul, Carlo Daniel Coldibelli, falando sobre o impacto da decisão do STJ em relação à constitucionalidade deste tributo. Ressaltamos que o Sindicato Rural de Campo Grande , como entidade que representa os direitos dos produtores de três importantes praças produtoras (Campo Grande, Rochedo e Corguinho), repudia, com veemência, tal decisão. Sobre o Precoce MS, lançado em abril pelo Governo de MS, vamos apresentar as informações que o produtor precisa para aderir ao programa e assim melhorar a rentabilidade e agregar valor a sua produção. Outro destaque desta edição é o mercado de leite, ainda mais porque estamos nos preparativos do 20º Encontro Técnico do Leite, que será realizado no auditório do Sindicato Rural de Campo Grande, no dia 2 de junho, entre as 7h e 17h30. Aliás, a cadeia produtiva do leite é um exemplo de como a perseverança, a atualização e a gestão fazem diferença na trajetória do produtor. O setor lácteo sente os impactos de oscilação econômica, dos custos de produção, entre outros. Sendo maio, o mês das mães, fizemos aqui, nesta edição, uma singela homenagem, com respeito e carinho a quem é o ser que configura o sentido mais sublime de nossas vidas que é o amor. Além disso, homenageamos em maio o trabalhador rural, que com dedicação e força é responsável pelo desenvolvimento do nosso setor. Por último, fica aqui meu convite para o 20º Encontro Técnico do Leite, no dia 2 de junho, a partir das 7h. Te vejo lá e até a edição de junho.
ruy fachini filho Presidente do Sindicato Rural de Campo Grande, Rochedo e Corguinho
Reinaldo Azambuja quer MS livre da aftosa sem vacinação, com segurança e sem pressa Governo do Estado de MS / Semagro/ SRCG
O governador Reinaldo Azambuja defendeu cautela sobre a mudança de status de Mato Grosso do Sul para área livre de aftosa sem vacinação, no lançamento da campanha “Vacinação Garante Bons Lucros”, que ocorreu no Circuito do Laço Comprido (CLC) em Campo Grande. Mato Grosso do Sul possui status de área livre de aftosa com vacinação, cobertura vacinal superior a 99% do rebanho e é referência no País. A meta é manter esse índice. Na campanha deste ano, 20 milhões de animais deverão ser imunizados. Conforme Azambuja, a intenção é que Mato Grosso do Sul chegue ao patamar de Estado livre de febre aftosa sem vacinação e esse ideal vem sendo colocado aos setores envolvidos. Mas, para isso é preciso segurança e a realização de um trabalho de sanidade sem pressa. “Eu acho que nós teremos um tempo maior ainda com vacinação continuando a área livre, mas reforçando a questão vacinação”, defendeu. Entre as causas dessa cautela estão as fronteiras de Mato Grosso do Sul com outros estados e países vizinhos. Para o governador, um prazo maior para pôr fim à vacinação servirá para preparar melhor as questões sanitárias “para que a gente tenha uma total segurança de que se não tiver vacinação a gente possa manter o status sem febre aftosa no nosso rebanho”, enfatizou.
Ruy Fachini Filho Durante o evento de abertura da campanha contra aftosa o presidente do Sindicato Rural de Campo Grande, Ruy Fachini Filho, reforçou a necessidade da vacinação. “Esse evento chama a atenção de nós, produtores, para a necessidade da defesa sanitária animal e do compromisso com nosso rebanho. Mato Grosso do Sul está no centro do Brasil, e na fronteira com dois outros países. Esta posição geográfica é estratégica e benéfica em alguns quesitos, mas também pode representar um risco, caso o calendário de vacinação não seja seguido à risca. Toda ação contra aftosa é bem-vinda, levando em conta também a nossa base econômica agropecuária”, finaliza.
Calendário da 1ª etapa de vacinação de Mato Grosso do Sul Fronteira
vacinação: 1º de maio até 31 de maio
de antecipação registro: 1º de maio até 19 de junho pedido 15 de abril
Planalto
vacinação: 1º de maio até 31 de maio
de antecipação registro: 1º de maio até 19 de junho pedido 15 de abril
vacinação: 1º de maio até 15 de junho
registro: 1º de maio até 30 de junho pedido de antecipação 15 de abril
Pantanal (optantes/Maio)
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Entre altos e baixos: o leite em Mato Grosso do Sul Enquanto alguns produtores estão satisfeitos, outros abandonam a atividade Diego Silva - diego@agroa.com.br
Produzir leite, com gestão eficiente, agregar valor à matéria prima, estimulando o lucro da propriedade, não é uma tarefa fácil em Mato Grosso do Sul. A afirmação do diretor do Sindicato Rural de Campo Grande e vice-presidente do Conselho Paritário entre Produtores e Indústrias de Leite de Mato Grosso do Sul (Conseleite), Wilson Igi, leva em consideração os custos da pecuária leiteira e o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), que a 10,2%, somado ao frete, dificulta a saída da produção excedente, para outros estados, gerando a desvalorização, pelo volume da oferta aos laticínios. “Considerando o consumo per capita de Mato Grosso do Sul temos um excedente de 78 milhões de litros, sem considerar, em equivalente, a matéria prima de produtos lácteos importado de outros estados e países”, ressalta Igi. “Para nossa produção de leite sair do Estado, paga-se um ICMS muito caro, em relação aos estados vizinhos. E com os volumes excedentes que ocorrem, principalmente na época das águas, faz com que o laticínio pague muito menos, ficando muitas vezes abaixo do custo de produção. A conta não fecha. E isso faz cada vez mais que produtores abandonem a atividade”, pontua Igi, que abordará o tema durante o 20º Encontro Técnico do Leite, no auditório do Sindicato Rural de Campo Grande, no dia 2 de junho, entre as 7h e 17h30. “Esta cadeia do leite em Mato Grosso do Sul está de marcha ré. Desde 2010 só indo para trás e isso preocupa muito”, relata o diretor do Sindicato. “O número de produtores que deixam a atividade, só não é pior porque acabam sendo substituídos por outros nos assentamentos que surgem, mas não se sustentam. Poderíamos estar melhores, com indústrias mais fortes, o que acarretaria em melhores preços, com diversificação de produtos que usam o leite como matéria prima”, reforça Igi.
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Mesmo concordando com todos apontamentos do dirigente, o produtor rural de Campo Grande, Nivaldo Sezerino, 57 anos, acredita que sua principal contribuição, para melhorar o cenário, é agindo estrategicamente da porteira para dentro. Há 6 anos entrou na atividade e já foi premiado pelo laticínio Lactalis, pela qualidade do leite entregue. Conquistou a primeira colocação em um ranking de 352 fornecedores da região de Terenos. A qualidade, além do pódio, trouxe cerca de R$ 0,25 a mais, por litro. “Eu recomendo a pecuária leiteira. O problema é conseguir fazer uma gestão que te dê resultados. Ele é muito justo, a régua mede em centavos, então se não tiver isso, não se consegue administrar. No começo apenhei muito, e percebi que a gestão precisa ser da porteira para dentro, não adianta querer brigar com Governo. É óbvio que é importante e que ajudaria aumentar o lucro, mas como produtor eu não consigo fazer isso, então eu tenho que trabalhar e, internamente, tentar diminuir meu próprio custo”, desabafa o produtor rural, Sezerino.
Os primeiros meses do ano de 2017 têm sido positivos no caixa da Chácara Stanback, do senhor Sezerino, isso porque tem acrescido números ao valor praticado no mercado, chegando a receber no mês de abril R$ 1,50 por litro, enquanto que a cotação está na casa de R$ 1,00. Mesmo com os custos que somam cerca de R$ 1,25, ele se mostra otimista pelo que está por vir. “Acredito em uma reação positiva no preço do leite, que deve reduzir. Então a perspectiva para este ano é boa”, diz o produtor. Para diminuir seus custos na produção de cerca de 720 litros por dia, Sezerino que começou com o rendimento de 130 litros diariamente, afirma que capacitação, estímulo aos funcionários e tecnologia, são receitas para o otimismo. “Comecei na pecuária leiteira quase que como hobby, mas já tinha a dimensão necessária para se obter resultados. Sempre pensei que se for para produzir de qualquer forma, o insucesso é certo. Mas nossa ideia era focar em resultados. Levamos um certo tempo para aprender e a experiência veio na prática”, pontua ele que já começou investindo em ordenha mecanizada, pastagem e, recentemente, em irrigação.
Atualmente a Chácara Stanback, sobrenome alemão de sua mãe, possui 17 hectares, sendo sete em sua menor área e outros 10 que destina à recria. Entre vacas em lactação, bezerros mamando e novilhas, são cerca de 140 cabeças, administradas por dois casais. As duas mulheres Anderlúcia da Silva Gomes e Zuleide Lemes da Silva, que respondem pela ordenha, começam as atividades por volta das 4h e finalizam pelas 6h da manhã, repetindo as duas horas no fim da tarde. Anderlúcia da Silva Gomes e Zuleide Lemes da Silva
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“Posso afirmar que o diferencial da propriedade são os colaboradores. Sempre exigi, no bom sentido, que se vamos fazer alguma atividade, devemos fazer da melhor maneira possível. Então, se vamos produzir leite, vamos produzir o melhor. Por isso optamos pela raça Jersey, que tem uma qualidade pouco superior, e o restante foi essa mão de obra que fomos orientando e chegamos a esse patamar, até porque eu recebo sobre isso, o laticínio me paga pela qualidade”, esclarece Nivaldo Sezerino. “Caso eu deixe de ter uma qualificação no CCS ou CBT, eu perco dinheiro. Então, consegui conscientizar os funcionários a terem essa visão, buscando alguns cursos de aperfeiçoamento, visitando outras propriedades e participando de eventos, onde acontece muita troca de informação que me possibilitou capacitar e conscientizar os funcionários. É dessa forma que a gente aprende, exatamente como o Sindicato Rural de Campo Grande realiza, anualmente, no Encontro Técnico do Leite, uma grande oportunidade para se aprender e discutir novas alternativas e tecnologias da cadeia”, acrescenta o produtor. Referindo-se aos custos Sezerino deixou claro que foi necessária a contratação de um software que os controlasse. E revela que o custo de R$ 1,30 por litro já foi maior, e que trabalha para diminuí-lo mês a mês, mesmo sob o objetivo de aumentar o volume de produção. Já quanto ao preço pago pela indústria, a oscilação nos últimos 12 meses foi constatada no caixa. Ele chegou a receber R$ 1,80 nos meses de julho e agosto, e na sequência reduziu para R$ 1,44, preço mais baixo registrado no último ano, que começa a reagir neste começo de 2017.
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Wilson igi afirma que para melhorar ainda mais o cenário, para todos os pecuaristas sul-mato-grossenses, que acreditam no leite como fonte de renda, só a assistência técnica e gerencial poderá estimular o avanço da cadeia. “A alternativa para melhorar a situação é a criação de políticas públicas a favor da pecuária leiteira e assistência técnica, da forma como realiza o Senar. Assim seremos capazes de melhorarmos a qualidade e o volume. Mas só será lucrativo se conseguirmos o fluxo interestadual”, reforça o diretor do Sindicato Rural de Campo Grande, convidando a todos para o 20º Encontro Técnico do Leite. Para a diretora do Sindicato Rural de Campo Grande, Aurora Real, o evento vem para consolidar um cenário de expectativas positivas no setor lácteo. “Todas as vezes em que o Sindicato realiza uma iniciativa deste porte, desperta-se novos interesses do mercado, reunindo produtores e indústria, que saem do Encontro com novas tarefas e desafios. Como criadora e representante dos criadores da raça Girolando, estarei presente avaliando as novidades e confirmando o potencial desta raça, cada vez mais produtiva e eficiente”, finaliza Aurora. Confira os palestrantes e a programação.
À base de pasto Segundo Sezerino a base da alimentação de suas vacas leiteiras é o pasto, entre eles os da espécie Tifton 85 e o Gigs, ambos distribuídos na mesma quantidade de piquetes, e o Mombaça. Pastagens são complementadas com ração farelada, à base de farelo de soja e de milho, fornecido em sua fase de lactação. Mas chega a alimentar, com essa ração, em determinado período da amamentação das bezerras, até chegar à recria. Depois a novilha, com um ano e alguns meses voltam a ficar basicamente a pasto com a finalidade de diminuir custos. “O ideal seria continuar comendo essa suplementação, mas para baixar os gastos interrompemos e passamos para um pasto muito bom. Depois ela volta a comer essa ração na época de pré parto”, explica o pecuarista.
Pasto irrigado e mais lotado Sezerino conta que quando chega a época da seca, caso não tivesse investido na irrigação, deveria diminuir a lotação de animais por hectare. E mesmo com a irrigação, em épocas de secas, não consegue manter o mesmo padrão do capim, devido ele crescer bem menos, por uma série de fatores. Mas ele consegue manter uma certa qualidade e, consequentemente a lotação, auxiliando na alimentação das vacas com silagem. Atualmente ele aloca 10 vacas por hectare, bem diferente de quando começou, quando era possível no máximo 4 animais no mesmo espaço. “Mas para evoluirmos passamos por um processo de adubação de pasto também”, conta Sezerino. “Agora o próximo passo é ampliar a produção, mantendo-nos na atividade pela qual nos apaixonamos. A ideia também é vender genética, pois como a propriedade é pequena, não teremos espaço para comportar todos esses animais das fêmeas que recriam aqui, haja vista que recriamos todas. Em cerca de um ano, ou seis meses, já teremos à disposição novilhas, novilhas prenhas e vacas”, revela Nivaldo Sezerino quanto ao futuro da Chácara Stanback.
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Funrural Assessor Jurídico do Sistema Famasul, Carlos Daniel Coldibelli, fala sobre o funrural O termo FUNRURAL surgiu em razão do Fundo de Assistência ao Trabalhador Rural, que fazia parte do Programa de Assistência ao Trabalhador Rural – PRORURAL, instituído pela Lei Complementar nº 11, de 25 de maio de 1.971.
especial se destinava ao seu benefício de aposentadoria, o empregador rural pessoa física passou a contribuir para o custeio da previdência.
Com a Constituição Federal de 1988 os dois sistemas de previdência (rural e urbana) foram unificados, deixando de existir a figura do FUNRURAL.
Esta mesma mudança da legislação atingiu o produtor rural pessoa física, mas não foi percebida em razão do §4º do artigo 25 da Lei 8.212/91 que dizia:
No entanto, a contribuição previdenciária incidente sobre o produtor rural continuou a ser popularmente tratada como FUNRURAL.
§ 4º Não integra a base de cálculo dessa contribuição a produção rural destinada ao plantio ou reflorestamento, nem sobre o produto animal destinado a reprodução ou criação pecuária ou granjeira e a utilização como cobaias para fins de pesquisas científicas, quando vendido pelo próprio produtor e quem a utilize diretamente com essas finalidades, e no caso de produto vegetal, por pessoa ou entidade que, registrada no Ministério da Agricultura, do Abastecimento e da Reforma Agrária, se dedique ao comércio de sementes e mudas no País. Desta forma, em razão da contribuição previdenciária não incidir sobre estas
Por meio de constantes modificações na legislação previdenciária, a forma de apuração da contribuição previdenciária sobre as atividades rurais vem sendo alterada. Em 1992 a Lei 8.540 incluiu a figura do empregador rural pessoa física na mesma incidência do segurado especial (agricultor familiar), alterando o “caput” do artigo 25 da Lei 8.212/1991, com uma diferença significativa: Enquanto o recolhimento do segurado 08 INFORMATIVO OFICIAL SINDICATO RURAL
Incidência nas Etapas Intermediárias:
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operações, o produtor rural pessoa física não estava obrigado a recolher este tributo nas operações intermediárias, incidindo apenas na etapa final da produção rural. Como a comercialização na etapa final ocorre entre a pessoa física do produtor e a pessoa jurídica do adquirente (frigorífico, cerealista, etc.), em razão da substituição tributária o adquirente é o responsável por reter a contribuição previdenciária e repassar ao Fisco. O problema surgiu com a Lei nº 11.718, de 20.06.08 (Conversão da MP nº 410, de 2007), que revogou o §4º do artigo 25 e, por consequência, provocando a incidência da contribuição em todas as comercializações ocorridas ao longo da cadeia produtiva. Foram frustradas as tentativas do Congresso de restabelecer este benefício à pessoa física, aprovando emendas duas leis diferentes, Lei 11.933, de 28.04.09 (Conversão da MP nº 447, de 2008) Lei nº 12.058, de 13.10.2009 (Conversão da MP 462, de 2009), mas, quando submetidas à sanção presidencial tais emendas foram vetadas. Medidas Judiciais Institucionais: As ações judiciais propostas pela FAMASUL e pelos Sindicatos Rurais buscaram o reconhecimento da ilegalidade e da inconstitucionalidade da contribuição previdenciária incidente sobre receita bruta proveniente da comercialização da sua produção. A ação da FAMASUL foi ajuizada antes do resultado do julgamento no Supremo do processo do Frigorífico Mata-Boi onde se reconheceu como inconstitucional o modelo de contribuição sobre a comercialização da produção rural em substituição à contribuição previdenciária de 20% sobre a folha de pagamento. Após tal julgamento, o principal argumento da Previdência nos processos judiciais passou a ser a regularização das inconstitucionalidades após 2001 em razão da Lei nº 10.256/2001. O julgamento recente no Supremo sobre o FUNRURAL é referente a esta tese de regularização. Não há como prever qual será o resultado final desta discussão, se declarando que após 2001 não mais existem inconstitucionalidades neste modelo de contribuição previdenciária ou, se mantendo o entendimento do julgamento em 2010 no processo do Frigorífico Mata-Boi e declarando inconstitucional a contribuição previdenciária dos empregadores rurais sobre a comercialização da produção, inconstitucionalidade está presente mesmo depois da alteração da lei em 2001. 10 INFORMATIVO OFICIAL SINDICATO RURAL
precoce ms
Também não há como prever exatamente qual o tratamento do Legislativo no tema, considerando que a insegurança dos produtores diante do debate travado no Supremo resultou na apresentação de diversos Projetos de Lei. Depósito Judicial: Mesmo que permanecesse a decisão de antecipação de tutela obtida nas demandas institucionais, a suspensão da cobrança da contribuição durante o processo não garante proteção ao produtor em caso do resultado dos processos serem favoráveis à arrecadação da previdência.
Precoce MS fará com que a carne de MS seja reconhecida como a melhor do Brasil
Diante de tantos fatores e de tamanha insegurança jurídica, permanece a indicação do mecanismo de proteção que é o depósito judicial das contribuições previdenciárias.
Semagro
Contribuição SENAR: O percentual referente a contribuição previdenciária do empregador rural pessoa física não é de 2,3% sobre a receita bruta mensal. Na verdade, a contribuição previdenciária incidente nas operações de pessoa física é de 2,1%, que é acrescida de 0,2%, referentes à contribuição ao SENAR. Apesar de serem dois recolhimentos distintos, na prática acabam por ser tratados conjuntamente em razão do recolhimento ser feito no mesmo momento. Uma vez que eventuais vícios encontrados na legislação da contribuição previdenciária não estão presentes na contribuição ao SENAR é recomendável que seu recolhimento seja feito regularmente, de forma separada.
Lançado pelo Governo do Estado, o Precoce MS ganha status de programa estratégico de longo prazo com o objetivo de estimular a melhoria permanente da produção pecuária sul-matogrossense. “É um trabalho para garantir o reconhecimento de que Mato Grosso do Sul tem a melhor carne do Brasil”, afirmou o governador Reinaldo Azambuja na solenidade de lançamento, realizada no final de abril nas dependências da Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semagro). A partir de agora, os pecuaristas que aderirem ao Precoce MS e se enquadrarem nas exigências do programa terão redução no recolhimento do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), num desconto que pode chegar a até 67%. “As exigências envolvem boas práticas de manejo e sustentabilidade para garantir o encadeamento produtivo da carne e a qualidade do produto. Os produtores terão também um aplicativo de celular para auxiliar no cadastro de animais e saber com antecedência o abono de ICMS
que eles podem ter”, afirmou o secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar, Jaime Verruck. De acordo com o titular da Semagro, para participar do Precoce MS é necessário que o produtor esteja credenciado no programa, tenha o Cadastro Ambiental Rural (CAR) em dia e credencie o rebanho. Por meio de um aplicativo de celular, o PROAPE – que pode ser baixado na Apple Store e Play Store – o produtor informa o valor da arroba, sexo do animal, peso médio do lote, tratamento e dentição. Na plataforma digital é possível fazer uma simulação, enquadrando o animal em algum dos 18 tipos de novilho precoce definidos no novo programa – sendo que cada um deles tem um percentual de desconto de ICMS diferenciado. Fornecidos todos os dados e feita a simulação, o aplicativo retorna informações como o percentual de desconto no recolhimento do imposto, além do preço médio e rentabilidade, por animal.
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PRECOCE MS
PRECOCE MS
Aplicativo apresenta incentivos do Governo antes do abate O produto entregue pelo pecuarista será avaliado em três elementos: animal, lote e o processo produtivo. O último dividido em quatro, sendo boas práticas agropecuárias (ambiental, sanitária e trabalhista), identificação individual de animais e adoção de tecnologias em prol da sustentabilidade e associativismo. Atualmente, pouco mais de 5,5 mil animais enquadrados no Precoce foram abatidos no ano passado em Mato Grosso do Sul. “A meta do governo, estabelecida no contrato de gestão da Semagro, é chegar a 80 mil cabeças abatidas no final deste ano”, informou o secretário Jaime Verruck. Hoje, três frigoríficos do Estado estão credenciados o abate do
Precoce MS e outros três estão em fase de credenciamento. O Precoce MS será operacionalizado pela Semagro, Secretaria de Estado de Fazenda (Sefaz) e Iagro, com apoio do Ministério da Agricultura e abastecimento(Mapa), Embrapa Gado de Corte, CRMV/MS e CREA/MS e tem ainda como parceiros a Associação Sul-Mato-Grossense dos Produtores de Novilho Precoce (ASPNP) Federação de Agricultura e Pecuária do Estado (Famasul) Sindicato das Indústrias de Frios, Carnes e Derivados do Estado (Sicadems) e a Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul (Acrissul).
Campo Grande (MS) - Um aplicativo desenvolvido pela Embrapa Gado de Corte, em parceria com o Governo do Estado, trouxe ainda mais transparência para o programa Precoce MS - que oferece bônus de ICMS conforme a qualidade dos animais a serem enviados ao abate e as atividades de sustentabilidade desenvolvidas nas propriedades. Ao informatizar todo o programa e colocar na palma da mão do produtor ou seu responsável tecnico, que já está inscrito ou pretende se inscrever, um simulador que, em poucos minutos, mostra qual valor do incentivo que será lhe será creditado, o Governo espera estimular os produtores a adotarem técnicas modernas para produção de animais com qualidade de carcaça superior, estimular avanços na gestão sanitária individual e a utilização de boas praticas agropecuárias e de sustentabilidade dentro das propriedades. Segundo Gelson Luis Dias Feijó, pesquisador da Embapa Gado de Corte e um dos responsáveis pela elaboração do simulador, antes mesmo de enviar os animais para o abate, além de fazer uma simulação dos ganhos é possível ainda visualizar um relatório que aponta a eficiência ou deficiência, seja no processo produtivo ou no acabamento daqueles animais. O Simulador do Precoce MS pode ser baixado em qualquer celular com sistemas IOS ou Android buscando pelo nome Simulador PROAPE-MS. Dentro do próprio aplicativo podem ser encontradas ainda informações sobre a adesão ao programa e sobre o próprio software.
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Artigo
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Confinar 2017: Excesso de lotação nos pastos inibe produtividade Pesquisador da Embrapa apresenta novidades em manejo de pastagem “Manejar a pastagem, como um todo, significa entender como interagem os três componentes do sistema de produção a pasto que são o solo, a planta e o animal”, a afirmação é do pesquisador da Embrapa Gado de Corte, Rodrigo Barbosa, que ministrará a palestra ‘Forrageiras e manejo de pastagem: o que há de novo’, no Confinar 2017, que reunirá cerca de 1.500 pessoas, nos dias 23 e 24 de maio, no Centro de Convenções Rubens Gil de Camillo, em Campo Grande. O evento é organizado pela BeefTec. Entre os pontos que compõe a palestra de Barbosa está a explicação em relação ao excesso de lotação dos pastos. “Este talvez seja o principal erro de manejo ainda cometido nos dias de hoje. Na fazenda, existe uma demanda por alimento, devido ao número de animais e uma quantidade de comida, ou seja, forragem. O problema reside no fato de que, enquanto a demanda é crescente, a quantidade é variável em função das flutuações na produção de alimentos devido a condições climáticas. Cabe ao manejador do pasto buscar soluções para equacionar esta situação”. 16 INFORMATIVO OFICIAL SINDICATO RURAL
A opinião do pesquisador é compartilhada pelo médico veterinário Rodrigo Spengler, diretor da Beef Tec, que acredita que o planejamento pecuário pode solucionar este que pode ser considerado um gargalo do segmento. “A correta lotação de animais dos pastos é o caminho inclusive para aumentar, com eficiência, a produção de carne bovina em Mato Grosso do Sul”. Para o palestrante da Embrapa, o correto manejo é fundamental para o bom desempenho da pecuária de corte uma vez que é um complexo dinâmico, em que qualquer intervenção em um dos componentes de produção pode desencadear alteração nos demais. “Os objetivos principais do manejo da pastagem são: garantir a perenidade do pasto e fornecer quantidade adequada de forragem aos animais”, acrescenta. Segundo o especialista, toda e qualquer prática adotada tais como, escolha de espécies forrageiras, adubação, divisões de invernada, suplementação animal, entre
outros, podem ser consideradas práticas que influenciam a produtividade animal. “Durante o Confinar, com relação às forrageiras, serão apresentados os novos materiais desenvolvidos pela Embrapa com suas características e aptidões para os mais diversos tipos de sistemas de produção”. Além da alta lotação, já citada, Barbosa acredita que os produtores rurais cometem outros equívocos que podem comprometer a produtividade pecuária. “O primeiro erro é achar que existe um capim que serve para os mais variados modelos de sistemas de produção”, explica o palestrante do Confinar citando que é preciso conhecer os recursos físicos da região/propriedade, o que significa solo e clima. “Outro erro é a falta de reposição de nutrientes aliado ao excesso de carga animal. Toda forrageira produtiva necessita de adubação de manutenção e manejo do pastejo correto”, complementa Barbosa. Forrageiras, assim como culturas anuais, extraem grandes quantidades de nutrientes do solo e, quanto mais produtiva ela for, maior será a extração. Caso não ocorra a reposição de nutrientes, o processo de degradação será uma questão de tempo. Investimentos X Retorno – O pesquisador da Embrapa explica que
podem existir modalidades que requerem maiores investimentos, como adubação, construção de cercas e irrigação, e outras onde o monitoramento das condições do pasto e as formas de utilização necessitam de investimentos relativamente menores. “Nos dias de hoje, o controle da utilização dos pastos, melhorando a eficiência de colheita, tem apresentado incrementos significativos na produção animal”. Além disso, todo e qualquer investimento deve ser acompanhado de uma boa gestão econômica da atividade, principalmente àquelas que exigem alto montante de recursos. “Os aspectos econômicos devem estar em primeiro lugar. Com relação ao manejo correto do pastejo, que melhora e utilização do pasto, existem informações de incremento em produtividade superior a 10 arrobas por hectare ao ano sem aporte de nutrientes e/ ou suplementação”, ressalta. Sobre o evento – O Confinar está em sua 6ª edição e se consolida como um dos principais do agronegócio brasileiro. Em 2016 registrou cerca de 1,5 mil pessoas, de vários estados e até de outros países. O evento é organizado pela Company Eventos e a empresa responsável pela comunicação do simpósio é Agro Agência Assessoria. Para mais informações, acesse: http://confinar.net/ e faça sua inscrição. INFORMATIVO OFICIAL SINDICATO RURAL 17
cotações e informativo
Fotos
Coluna Social
MERCADO AGROPECUÁRIO MERCADO BOVINO – R$ / @ Boi Gordo – Campo Grande à vista – R$ 129 Vaca Gorda – Campo Grande à vista – R$ 118 Fonte: Scot Consultoria - 02/05/2017 MERCADO FUTURO – BM&F BOVESPA Vencimento – R$ / @ - Variação (%)
Visita Chácara Stanback
Abri-17 138,45 0,15 Mai-17 135,44 0,24 Jun-17 136,73 -0,53 BOI GORDO – MERCADO FÍSICO Data - 30/nov à vista – 129 Prazo - 30 dias – 131 Fonte: Scot Consultoria GRÃOS / CAMPO GRANDE Preço pago ao produtor Soja – saca de 60 quilos – R$ 55 Milho – saca de 60 quilos – R$ 19
Curso de Adestramento de Equídeos Rédeas em Anhandui
Curso de Aplicação de Medicamentos em Bovinos
Curso de Informática Básica CG
BOLETIM INFORMATIVO | Março 2017 Mão-de-obra e serviços SALÁRIO MÍNIMO RURAL: R$ 1.036,00
Campanha contra Aftosa
Curso de Informática Básica Corguinho
Audiência Pública em Brasília - Funrural
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Agenda de Cursos Campo Grande
Rochedo
Corte e Costura - Confecção de Peças 15/05 a 26/05 - 40h
Informática Básica 23/05 a 26/05 - 32h
NR 31.8 - Prevenção de Acidentes com Agrotóxicos 15/05 a 17/05 - 24h Inseminação Artificial 29/05 a 02/06 - 40h NR 31.8 - Prevenção de Acidentes com Agrotóxicos 29/05 a 31/05 - 24h
Corguinho Produção de Conservas de Frutas 18/05 a 20/05 - 24h Artesanato de Bordado Livre 23/05 a 26/05 - 32h
Operação e Manutenção de Ordenhadeira 30/05 a 31/05 - 16h
Aniversariantes Albertino Henrique Gomes Aluizio Lessa Coelho Angelina Ferreira Ribeiro Antonio Simao Abrao Armando Luiz Nocera Bernhard Bunning Cesar Augusto Fernandes Cezar Mafus Maksoud Divino Da Graça Freitas Durvalina Gomes Garcia Egydio Paro Luiz Wilson E Marcio Eliene Amorim Da Costa Gilson Ferrucio Pinesso Hilda De Figueiredo Garcia Ivan Siqueira De Barros Joao De Brito Torres Joao Nelson Lyrio Jussara Fatima S. Eloy Gabas Kei Uema Laudelina Alves Costa Leda Nogueira Marcal
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Leite Sao Jose Ltda. Levy Dias Luiz Flatin Maria Auxiliadora F. Garcia Ribeiro Maria Cristina Moraes D’avila Maria Leonor Castilho Guimaraes Mario Jose Basso Mario Ubirajara Hofke Nadir Borges De Carvalho De Brito Oscarlina R. De Brito Paulo Sergio Da Silveira Lemos Rafael Nunes Gratao Renato Nascimento Oliveira Selma Queiroz Silva Sergio Alves De Rezende Takashige Nakase Tarcilla Correa Gomes Thais G.assumpçao Candia Braga Thiago Arantes Waldeci Aleixo Walter Romanini
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