Inovação “5 palestras e todos os motivos para você participar”
Chuva na lavoura. Colheita da soja segue em ritmo lento em MS
ZEE Zoneamento Econômico e Ecológico: entenda como funciona.
Defensivos Agrícolas: Riscos, mitos e burocracia. O que está sendo feito?
Cotas Ambientais
conteúdo
Editorial – Mensagem do Presidente Caros amigos,
03 Cotas Ambientais 04 piso salarial 05 Entrevista 06 Soja 08 Nota Fiscal Eletrônica 09 parceria funtrab 10 CAPA 12 agrotóxicos 15 zee 16 comitiva pantaneira
Há mais de 30 anos, o Sindicato Rural de Campo Grande realiza o Encontro de Tecnologias para Pecuária de Corte. O evento, ano após ano, tem como finalidade proporcionar ao produtor rural informações que fortalecem o desenvolvimento do setor. Escolhemos, em cada edição, literalmente a dedo, os temas e os especialistas que vão participar do evento e levar o que há de novo e relevante aos pecuaristas. O resultado não poderia ser diferente: público recorde anualmente. Além disso, o encontro proporciona troca de experiências entre os produtores rurais, profissionais da área, estudantes, pesquisadores e professores. É enriquecedor e consegue abranger todos os elos da cadeia. Para a 30ª edição, o foco será o debate dos temas: tecnologia e inovação. Tecnologia porque o setor segue esta rota rumo ao desenvolvimento. São drones, sistemas intensivos, métodos de inseminação, genética e a exploração vertical que vem mudando o cenário agro do nosso Estado. Colocando em evidência o seu perfil empreendedor, o produtor sul-mato-grossense vem trabalhando menos a extensão e focando na melhora da estrutura física e em sistemas intensivos e semi-intensivos.
Sindicato Rural de Campo Grande- MS Rua Raul Pires Barbosa, nº116 Miguel Couto - Cep 7904-150 Campo Grande - MS (67) 3341-2151 / 3341-2696 srcg@srcg.com.br Diretoria-gestão 2016/2018 Presidente - Rui Fachini Filho Vice Presidente - Thiago Arantes Segundo Vice Presidente - Tereza Cristina C. Da Costa Dias Secretário - Wilson Igi Segundo Secretário - Rafael Nunes Gratão Tesoureiro - Alessandro Oliva Coelho Segundo Tesoureiro - Pedro De S. Junqueira Netto Conselho Fiscal Fiscal - Abílio Leite De Barros Fiscal - Antônio De Moraes Ribeiro Neto Fiscal - Laucídio Coelho Neto
Projeto Gráfico
Jornalistas responsáveis: Diego Silva Tarcisio Silveira Designer gráfico: Alexandre Butkenicius
Cotas de Reservas Ambientais é tema da primeira Rejan de 2017 No dia 13 de março, a partir das 18h30, o Sindicato Rural de Campo Grande receberá produtores rurais de várias regiões, que buscam informações sobre as Cotas de Reservas Ambientais (CRAs), áreas cobertas por vegetação nativa, que podem compensar a falta de Reserva Legal. Propriedades que excedem Reserva Legal, poderão em breve negociar com outras que não possuem o mínimo exigido. Trâmites necessários e especulações serão discutidos na primeira Reunião Jantar (Rejan) de 2017, no auditório do Sindicato. A palestra que será ministrada pelo diretor de licenciamento do Instituto do Meio Ambiente de MS (Imasul), Ricardo Eboli, vai sanar dúvidas sobre possíveis transferências de cotas, os tamanhos permissíveis.
Inovação porque ao estar atento ao que há de novo no mercado pecuário ele consegue competitividade. Gestão é o caminho para o pecuarista, em meio ao atual cenário econômico. Por isso, aproveito este editorial para convidar a todos ao nosso evento, que será realizado no dia 03 de abril, na sede do Sindicato Rural de Campo Grande.
“Precisamos reunir os produtores, juntos a representantes do nosso Sindicato Rural, da Famasul e do Governo do Estado, para eliminar suas dúvidas e não deixá-los no prejuízo, que pode ser tanto monetário, quanto ambiental. As dúvidas sobre os passivos que cada propriedade tem, e como recuperar para que fiquem juridicamente e ambientalmente, dentro dos padrões desejados, poderão ser resolvidas aqui na Rejan”, afirma o presidente do Sindicato Rural de Campo Grande, Ruy Fachini Filho, ao convidar os produtores a comparecerem. No Brasil o percentual de uma Reserva Legal em uma propriedade, pode variar de 20% a 80%, dependendo muito da região em que está localizada a propriedade, e do Bioma que corresponde.
Além deste grandioso evento, temos mais um motivo para comemoração: o Sindicato Rural de Campo comemora, no dia 21 de março, 51 anos de fundação. São mais de cinco décadas em que a instituição vem atuando na representatividade dos produtores rurais de Campo Grande, de Rochedo e de Corguinho. Motivo para relembrar vitórias, lutas e conquistas. Nesta edição, além das novidades sobre o evento, você encontra informações sobre empreendedorismo rural, sobre o mercado da soja, zoneamento econômico e ecológico, entre outras coisas. Além de informações do mercado pecuário e dados do Conseleite. Acompanhe a entrevista do mês, o artigo jurídico e o especial Comitivas Pantaneiras. Espero que gostem do que preparamos. Nos vemos na próxima edição.
ruy fachini filho Presidente do Sindicato Rural de Campo Grande, Rochedo e Corguinho
Entre as vantagens da CRA está a preservação de uma área de floresta que existe, uma vez que o estoque de carbono da área é preservado, contribuindo com a biodiversidade. Em outras formas de compensação a supressão da vegetação já ocorreu e portanto, para que haja um reestabelecimento do estoque de carbono, da biodiversidade e dos serviços ecossistêmicos, é necessário o plantio de espécies nativas ou o manejo da área permitindo o retorno da vegetação natural.
O assunto será apronfundado no dia 13 de março, no auditório do Sindicato Rural de Campo Grande. A participação é gratuita, mas para garantir a vaga é necessário entrar em contato via telefone 67 3341-2151 ou email recepcaosrcg@gmail.com, até o dia 10 de março. Na sequência na reunião, uma jantar será servido a todos participantes.
INFORMATIVO OFICIAL SINDICATO RURAL 03
piso salarial
entrevista
Entrevista : Arão Antônio Moraes
Diretor do Sindicato Rural de Campo Grande
Arão Antônio Moraes, tem 68 anos, nasceu em Iraí, no Rio Grande do Sul. Há 40 anos em Mato Grosso do Sul, já trabalhou com cereais, tornou-se sojicultor no Estado e posteriormente suinocultor, diretor do Sindicato Rural de Campo Grande.
Piso salarial do trabalhador rural de MS será de R$ 1.036 a partir deste mês Desde o dia 1º de março, o piso salarial do trabalhador rural de Mato Grosso do Sul passou para R$ 1.036, com vigência até 28 de fevereiro de 2018. O reajuste de 7,6% sobre o valor antigo, de R$ 963, é resultado da negociação entre representantes dos produtores e dos trabalhadores rurais do Estado, realizada na sede do Sistema Famasul Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de MS.
Para os trabalhadores rurais que recebem acima do mínimo rural vigente, o reajuste fixado será de 6%, desde que o valor final não fique abaixo do piso estabelecido na data de hoje. O presidente do Sindicato Rural de Campo Grande, Ruy Fachini, participou da reunião de negociação. A negociação terá reflexos para os trabalhadores rurais de todo o Estado, assalariados rurais, permanentes e temporários que exerçam atividades agropecuárias, extrativismo vegetal, extração florestal, atividades de reflorestamento e extração de material lenhoso e os empregados de escritórios de fazendas.
reforçando A Agência Estadual de Defesa Sanitária, Iagro, prorrogou o prazo estabelecido para declaração ou atualização de rebanho equídeo. A data limite, agora, é 31 de março, tanto para pessoas jurídicas quanto físicas. Outra mudança está valendo desde 1 de janeiro. A emissão de GTA para trânsito de equídeos está condicionada a apresentação dos exames de Anemia Infecciosa Equina (AIE) e Mormo, obrigatoriamente em nome do produtor e da propriedade de origem a qual a GTA se refere, exceto em caso de comprovação de trânsito antes do vencimento do exame. Para mais informações, ligue (67) 3901-3542. 04 INFORMATIVO OFICIAL SINDICATO RURAL
“Primeiro nós vamos fazer o nosso serviço de casa bem feito, da porteira pra dentro. Depois, da porteira pra fora nós vamos buscar o melhor caminho. Muitas vezes o mercado não ajuda, mas quando a lição de casa está feita, fica mais fácil de dar certo.” Como começou sua história no agro de MS? Nós começamos a produzir suínos aqui (MS) em 1982, e nós levávamos para o Rio de Janeiro, lá pra São Gonçalo, em um frigorífico que comprava minha produção. Vendia também em Carapicuíba, São Paulo, que também não era tão perto. No entanto, outros produtores começaram a produzir e o setor expandiu. Hoje, sou plantador de soja, de arroz irrigado e de milho. Crio suíno, por consequência e tenho bovino. O Sindicato Rural de CG é um dos principais de MS, com 51 anos de atuação. Para o senhor que ocupa o cargo de diretoria, qual o maior desafio na representatividade rural? Quando estamos representados por uma instituição, temos mais respaldo. A coletividade dá mais força para que possamos reivindicar e buscar parcerias. As ações individuais acabam perdendo força. Quando nós falamos de um setor que pode agregar, ainda, uma infinidade de famílias, trabalhadores, as ações ganham uma representatividade muito superior. O agro precisa dessa força para trazer prosperidade para toda a cadeia produtiva e os que dependem dela. Há um consenso que da porteira para dentro, o meio rural trabalha positivamente. Mas, da porteira para fora, quais são os principais problemas do setor?
Existe essa visão de que fora da porteira está a maior parte dos problemas. Eu não partilho desta ideia. Se nós temos bons produtos e soubermos trabalhar s achamos nosso caminho. O mercado é soberano e determina certas coisas que fogem ao controle. Eu trabalho com um negócio que tem altos e baixos, que é a suinocultura. No entanto a gente não abandona porque a gente sabe que o mercado flutua, vai e volta. A exportação neste momento está em calmaria, o consumo de carne no país por questões religiosas, caem na quaresma e essa situação atinge a todos, produtores e frigoríficos. É preciso estar preparado para encarar essa oscilação sem buscar culpados. Como o senhor vê a diversificação no agro? Esta é uma palavra importante. Nós temos que ter diversificação. Muita coisa mudou nos últimos anos. Eu sou produtor de soja desde 1974. A gente já passou por diversas fases da sojicultora. Nos últimos seis ou sete anos vivemos momentos excepcionais do cultivo, e isso faz com que a gente esqueça momentos difíceis que passamos lá atrás. A diversificação trouxe muitos benefícios para o Estado. A criação de suínos atraiu a agroindústria que gera centenas de empregos diretos e indiretos. Temos grandes frigoríficos em Mato Grosso do Sul trabalhando três turnos por dia. Isso é apenas um exemplo dos benefícios da diversificação. Na sua visão, o que esperar para o agro em 2017? Nós estamos um pouco mal acostumados a vender bem caro. O que vamos ter, na verdade, é uma acomodação de preços. Mas isso é natural em função do próprio dólar. O valor não tende a ficar naqueles preços especulativos que estavam que tornou o milho e o soja muito valorizados. Sendo assim o momento é de trabalhar certo, produzir bem, mas dentro de um patamar mais razoável de preço, que fica bom para o produtor e que fica bom para o consumidor. Por isso é importante ficar atento a custo de produção e outras questões de gestão para se adequar. Primeiro nós vamos fazer o nosso serviço de casa bem feito, da porteira pra dentro. Depois, da porteira pra fora nós vamos buscar o melhor caminho. Muitas vezes o mercado não ajuda, mas quando a lição de casa tá feita, fica mais fácil de dar certo.
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soja
Soja
Soja: chuvas deixam colheita mais lenta em MS, provocam perdas em MT e o mercado exige atenção
A evolução da colheita, em meados de fevereiro, é a mais lenta das últimas cinco safras de soja no estado de Mato Grosso do Sul, de acordo com o acompanhamento feito pela Aprosoja-MS – Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso do Sul. As chuvas das últimas semanas têm prejudicado o trabalho no campo, mas apesar das dificuldades de colocar as máquinas na lavoura não há registro de perda do grão. A região norte do Estado é a que tem o ritmo mais acelerado de colheita, chegando a média de quase 28% de área colhida, com destaque para os municípios de Chapadão do Sul, Costa Rica e Alcinópolis. Em seguida a região sul, com 22% e, por último, a região central com 14%. Campo Grande registra média de 15% de área colhida.
Novo do Parecis ficou, literalmente, debaixo d`água. Lavouras inteiras foram perdidas e os agricultores contabilizam os prejuízos. Muitos já estão começando o plantio do milho pra tentar minimizar as perdas. A estimativa do Imea era de colher no Estado vizinho, maior produtor do grão no país, 30 milhões de toneladas, nesta safra. A previsão era de que a colheita alcançasse, em meados de fevereiro, 72% da safra de 9,4 milhões de hectares, mas o índice chegou a pouco mais de 52%. E como fica o Mercado?
A instabilidade do tempo no maior produtor de soja do Brasil causa preocupação para os produtores e gera insegurança no mercado. As perdas, que ainda estão sendo avaliadas em Mato A estimativa da Aprosoja Grosso podem gerar mudanças é que o Estado tenha área na dinâmica do mercado. É claro plantada de 2,520 milhões de que é preciso esperar números hectares e a projeção é que o volume mais concretos, da real situação das de grãos seja de aproximadamente 7,787 lavouras no estado, como explica a gestora milhões de toneladas com produtividade média do departamento de economia do Sistema de 51,5 sc/ha. Famasul, Adriana Mascarenhas. Prejuízos e preocupação em MT O Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária – Imea – ainda está calculando os prejuízos das chuvas que atingiram, principalmente, a região oeste do estado. Em alguns municípios, choveu cerca de 600 milímetros em 30 dias. O município de Campo 06 INFORMATIVO OFICIAL SINDICATO RURAL
“Se uma parte considerável da produção de Mato Grosso for comprometida, é possível que as empresas que já comercializaram parte da safra procurem outros estados para honrar essas vendas. Mas é preciso saber como está o nível dessas perdas”.
- É fato que Mato Grosso será impactado negativamente por causa das chuvas ou essa ainda é apenas uma projeção? “Caso os prejuízos se confirmem, essas perdas podem, sim, trazer um reflexo ao mercado, principalmente ao bolso dos produtores de Mato Grosso. Se faltar produto para atender o mercado interno e externo, é evidente que eles vão buscar em outros locais esses grãos para poder cumprir com os compromissos. Nesse caso, a situação fica bem complicada para aqueles produtores que fizeram muita venda antecipa. Se ele vendeu 40% antecipado e não conseguir colher o volume necessário para atender esse compromisso, ele realmente será prejudicado”, explica Adriana Mascarenhas.
Área Plantada safra 2016-2017
MT
9,2 milhões de hectares
RS
5,5 milhões de hectares
PR
5,2 milhões de hectares
GO
3,2 milhões de hectares
MS
2,5 milhões de hectares
Enquanto isso... No Paraná, segundo maior produtor do grão no país, o ritmo segue em 23%, enquanto no ano passado a média alcançava no período os 45%. O Rio Grande do Sul por possuir um ciclo mais tardio, costuma iniciar a colheita um pouco mais tarde, porém nesta safra já registra 2% da área de 5,5 milhões de hectares colhidos. Em Goiás a velocidade da colheita está acima da média normalmente registrada para o período que é de 20%. Nesta safra a colheita já chega a média de 45%. A estimativa de área plantada no Estado é de 3,2 milhões de hectares.
(fonte: Safras & mercado)
Milho 2ª safra O plantio do milho 2ª safra chega 17,7% da área. Na região norte, o plantio está mais avançado, com porcentagem média de área plantada de 20,4%. A região sul está com 19,8% da área semeada e a região central do Estado, com 9,6%. A colheita da soja da safra 2016/2017 está prevista para a primeira quinzena de abril e, o plantio do milho 2ª safra, na segunda quinzena do mesmo mês, de acordo com projeção da Aprosoja/MS.
INFORMATIVO OFICIAL SINDICATO RURAL 07
nota fiscal eletrônica
parceria funtrab
SRCG fecha parceria com Funtrab O convênio facilitará a contratação de mão de obra para o campo
O novo formato eletrônico para produtores rurais de MS ainda gera muitas dúvidas Desde o início do ano, os produtores de Mato Grosso do Sul precisam emitir as notas fiscais, referentes às suas atividades, no site da Secretaria de Fazenda (SEFAZ). A medida, apesar de ter como finalidade a desburocratização do sistema, tem gerado muitas dúvidas no setor produtivo. Para esclarecer os questionamentos, o SRCG – Sindicato rural de Campo Grande, realizou uma reunião, na sede da instituição, com produtores, contadores e representantes do setor produtivo para falar sobre o programa Nota Fiscal Eletrônica do Produtor Série Especial. O auditor fiscal da SEFAZ, Cleverton Corazza e a fiscal tributária, Marlene Fernandes da Cruz, tiraram as principais dúvidas dos produtores. Segundo o presidente do SRCG, Ruy Fachini o encontro foi oportuno: “O melhor caminho é a informação. Agora não podemos mais usar os talões. A ação visa modernizar, então é dever do sindicato rural auxiliar nessa transição”. Setor leiteiro e o Regime Especial
De acordo com o vice-presidente do
08 INFORMATIVO OFICIAL SINDICATO RURAL
SRCG realiza reunião com setor produtivo para tirar dúvidas sobre nota fiscal eletrônica ConseleiteMS, Wilson Igi,”Muitos produtores de leite não tem acesso a internet, o que dificulta a inserção no novo sistema”. Igi, que na reunião representou também o sistema FAMASUL - Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul, afirmou que o setor do leite antecipou a preocupação com a mudança e buscou uma negociação com o Governo do Estado. Segundo Igi, “A deputada federal Tereza Cristina conseguiu uma reunião com o secretário de Estado de Fazenda, Márcio Monteiro. Depois das negociações, foi disponibilizado aos laticínios e cooperativas adimplentes um regime especial, em que os produtores estão desobrigados a emitir notas fiscais, porém que os laticínios e cooperativas teriam que emitir diariamente nota de entrada “dele pra ele mesmo” e, no fechamento do mês, emitir uma nota para os produtores, sendo que os volumes que constam nas notas diárias deveriam coincidir com o dos produtores, explica.” Para ter acesso ao portal, o contribuinte pode entrar no endereço eletrônico da Sefaz (www.sefaz.ms.gov.br) e clicar no link do ICMS Transparente, que fica ao lado esquerdo da página ou ir direto ao www.icmstransparente.ms.gov.br.
A partir de agora, a Funtrab – Fundação do Trabalho de Mato Grosso do Sul - vai auxiliar os produtores na contratação de mão-de-obra para trabalhar no campo. Com a parceria, todas as demandas dos associados do SRCG poderão ser encaminhadas à Funtrab, que fará a captação das vagas, seleção e encaminhamento de candidatos. Segundo o presidente do Sindicato Rural de Campo Grande, Rochedo e Corguinho, Ruy Fachini Filho: “Isso vai ajudar a minimizar um grande gargalo que nós temos no campo, a mão-de-obra. Essa é a missão do sindicato, buscar parcerias, oferecer ferramentas para que o setor possa melhorar, cada vez mais, em quantidade e qualidade de produção”.
desemprego.
Os produtores que tiverem vagas a oferecer devem entrar em contato com o SRCG, pelo telefone 67 3341-2151 ou pelo e-mail recepcaosrcg@gmail.com e informar as vagas que serão repassadas à Funtrab.
Enquanto vários setores terminaram o ano com saldo negativo, o agronegócio, em MS, encerrou 2016 com números bem positivos. De janeiro a dezembro, foram criados 36.773 postos de trabalho. No decorrer dos 12 meses do ano passado, no Estado, o número de admissões superou o de demissões, encerrando dezembro com saldo de 1.798 vagas, segundo dados do Caged – Cadastro Geral de Empregados e Desempregados. Para Ruy, “o setor precisa de parcerias como esta, de incentivo a qualificação de mão-de-obra, de investimentos no ensino técnico para superar mais esta barreira. É o que o SRCG busca incessantemente”, afirma.
A Funtrab A Funtrab é um órgão do Governo do estado, criado em 2003, para estimular a criação de políticas públicas voltadas para o emprego. É responsável por cadastrar vagas de empregos de pessoas físicas e jurídicas. O órgão faz, também, o cadastro de trabalhadores além de emitir carteira de trabalho e habilitar para o seguro
“A Funtrab pretende, através dessa parceria com o Sindicato Rural de Campo Grande, facilitar a união entre vaga de emprego no campo e o trabalhador. Possuímos 31 cidades com unidades `Casa do Trabalhador´ preparadas para dar atendimento personalizado para o empregador `fazendeiro ou empresa agrícola´ e colocar essas vagas para serem preenchidas dentro do perfil que os mesmos procuram”, disse o coordenador de estudos e pesquisas, Jorge Goya. Empregos no campo
ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINÁRIA O Presidente do Sindicato Rural de Campo Grande, Ruy Fachini Filho, no uso de suas atribuições legais, convoca os associados quites e em pleno gozo de seus direitos sindicais à comparecerem à Assembléia Geral Extraordinária no próximo dia 10 de março de 2017, às 18H em primeira convocação, com maioria absoluta dos associados, e às 18H30 em segunda e última convocação com qualquer número, na sede da Entidade – Av. Raul Pires Barbosa, 116 – bairro Miguel Couto, nesta cidade. Serão discutidos o reajuste do plano de saúde para 2017 e outros assuntos de interesse da classe. INFORMATIVO OFICIAL SINDICATO RURAL 09
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Inovação do Estado de Mato Grosso do Sul, Renato Roscoe, ministrará a palestra “Uso de drones na pecuária de precisão”, durante o evento no Sindicato Rural. “A pecuária de precisão vem sendo impulsionada pelo avanço das Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs) tanto na coleta e processamento de informações zootécnicas, quanto de dados agronômicos que auxiliam no manejo das pastagens. No manejo de pastagens, a obtenção e processamento de imagens de satélite ou de veículos aéreos não tripulados (VANTs) possibilita o mapeamento das zonas naturais de manejo, a identificação
30º Encontro de Tecnologias para Pecuária de Corte será no dia 3 de abril Reação no mercado da pecuária fica para 2019, prevê especialista
Diego Silva - diego@agroa.com.br
Fazendas com gestão tendem a sentir menos o cenário negativo da pecuária Entre 2017 e 2018, os preços devem ficar pressionados, tanto para o mercado de carne, como para o mercado de bois, vacas, bezerros. O que de fato representa um privilégio nesse momento é a gestão. A previsão do consultor e especialista em pecuária, Maurício Palma Nogueira, diz respeito a desvalorizações da pecuária bovina no Brasil. Segundo Palma o maior desafio atual é manter a rentabilidade em um momento que a oferta de animais tende a superar a demanda. O consultor vai detalhar este desafios durante o 30º Encontro de Tecnologias para Pecuária de Corte, que será realizado pelo Sindicato Rural de Campo Grande, no dia 3 de abril, a partir das 18h30. De acordo com Palma, além do próprio efeito negativo dos preços de vendas, momentos assim costumam levar muitas incertezas aos empresários, que correm riscos maiores de adotar decisões imediatistas e equivocadas. “Esse aumento de decisões mal elaboradas foi muito comum em 2016, quando as margens se reduziram pelo aumento de custos dos insumos”, confirma. “Empresas que se prepararam nos anos anteriores tendem a passar por períodos desfavoráveis sem maiores traumas. Segundo o consultor da Agroconsult, apesar dos pecuaristas com mais gestão na propriedade se sobressaírem no atual momento da pecuária, não existe se que um criador que não seja desafiado. “O desafio é para todos. Produtores em regiões com maior densidade de
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plantas frigorÍficas podem ser beneficiados pelo equilíbrio da pressão entre fazendas e frigorífico. Mas nada a ponto de alterar significativamente as condições, em termos comparativos. Outro benefício é a proximidade com os grãos, o que, por outro lado, tende a favorecer uma oferta mais consistente” completa. Para o presidente do Sindicato Rural de Campo Grande, Ruy Fachini Filho, a 30ª edição do Encontro de Tecnologias para Pecuária de Corte, além de orientar o pecuarista sul-matogrossense, servirá como oportunidade de união da categoria no momento de incertezas da pecuária. “O mercado para pecuária não está no cenário mais favorável, e buscar atualização, a favor de estratégias para lidar com a desvalorização da produção, além de oportuno, se faz necessário. Toda alternativa que possa nortear o pecuarista da porteira para dentro, que busca sustenbalidade, é válida e bem-vinda”, pontua Fachini, ao convidar os criadores para o evento. Pecuária de precisão Implantes de chips e utilização de sensores, acoplados a sistemas de coleta de dados, softwares de processamento de grande volume de dados e sistemas de transmissão, têm possibilitado o acompanhamento individual dos animais e melhorado muito a gestão dos rebanhos. Esta afirmação vai nortear o Superintendente de Ciência, Tecnologia e
de áreas a serem reformadas, o manejo adequado do rebanho e o planejamento baseado no orçamento forrageiro”, detalha Roscoe sobre como ferramentas de TIC podem auxiliar na tomada de decisão dos pecuaristas, melhorando sua gestão. Pautas relacionadas a mercado, sustentabilidade, tecnologias e inovação na pecuária serão aprofundadas no dia 3 de abril, no auditório do Sindicato. A participação dos associados ao Sindicato é gratuita, os demais deverão entrar em contato via telefone 67 3341-2151 ou email recepcaosrcg@gmail.com, até o dia 30 de março, para reservar seu espaço.
Confira os palestrantes do 30º Encontro de Tecnologias para Pecuária de Corte: Renato Roscoe – Governo do Estado de MS
Palestra: Uso de drones na pecuária Formado em Engenharia Agronômica, pela Universidade Federal de Viçosa, com mestrado em Solos e Nutrição de de precisão Plantas pela Universidade Federal de Lavras e doutorado (PhD) em Ciências Ambientais pela Universidade de Wageningen, Holanda. Trabalhou como pesquisador na Embrapa Agropecuária Oeste e na Fundação MS. Atua como consultor na área de agricultura e pecuária desde 2007, com foco em planejamento e gestão nas empresas ARKUN Consultoria e Gestão e Geodrone Cone Sul. Sócio e facilitador na Escola Pro-Fissa de Educação Corporativa. Ocupou o cargo de Secretário Estadual de Cultura, Turismo, Empreendedorismo e Inovação de Mato Grosso do Sul. Atualmente é Superintendente de Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado de Mato Grosso do Sul. Francisco Beduchi - GTPS
Graduado em Engenharia Agronômica pela Escola Palestra: Sustentabilidade na Pecuária Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” da Universidade de São Paulo (ESALQ-USP) e com MBA em Mercado de Commodities Agropecuários pela mesma Universidade, Francisco possui diversos cursos em Análise de Mercado, Mercado de Futuros, Ferramentas Econômicas para Conservação Ambiental pela Conservation Strategic Fund e Environmental Leadership Program pela Universidade da Califórnia – Berkeley. Tendo mais de vinte anos de carreira, Francisco está no Instituto Centro de Vida desde 2013 e atua hoje como Coordenador da Iniciativa de Pecuária
Maurício Palma Nogueira – Agroconsult
Palestra: O que está acontecendo e É engenheiro agrônomo formado pela Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”/USP e pós-graduado para onde vai a pecuária? em administração Rural pela Universidade Federal de Lavras. É consultor desde 1998 acompanhando empresas e analisando cenários e resultados financeiros nas cadeias produtivas de proteína animal. Planejou a metodologia e é coordenador do Rally da Pecuária. É autor e/ou coautor de diversos livros, capítulos e artigos sobre economia, viabilidade de aumento no pacote tecnológico, mercado pecuária e tendências no agronegócio. Em 2015 e 2016 foi considerado uma das 100 personalidades mais influentes do Agronegócio, segundo a Revista Dinheiro Rural.
Ricardo Reis - Univ. Federal do Oeste da Bahia
Doutor em Geografia pela Universidade Federal de Palestra: Climatologia Ciclica de Uberlândia, discutindo temáticas ligadas à Evolução Precisão Paleoclimática dos Cerrados nos últimos 30 mil anos. Atuou como docente efetivo na UFBA, UFU e atualmente UFOB. É sócio da empresa Geodrone, que atua no ramo de agricultura de precisão, clima e pesquisas multitemáticas na agricultura, pecuária e sobre meio ambiente.
Ademir Hugo Zimmer – Embrapa Gado de Corte
Palestra: Utilização e manejo de pastagens É engenheiro agrônomo formado pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul e mestre em Fitotecnia na para aumento da produção pecuária área de Fisiologia e manejo de forrageiras pela mesma universidade. Tem doutorado em zootecnia na área de produção animal, pela Universidade Estadual Paulista - UNESP. Zimmer é pesquisador da Embrapa Gado de Corte e já ocupou diversos cargos de liderança, gerência, coordenação e supervisão dentro da instituição. Foi presidente da AEAMS - Associação do Engenheiros Agrônomos de Mato grosso do Sul, e vice-presidente da Federação de Engenheiros Agrônomos do Brasil.
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Agrotóxicos
agrotóxicos
Defensivos Agrícolas: Entre riscos e burocracia, o que há de verdade? As últimas décadas foram fundamentais para colocar o Brasil em evidência na produção e na produtividade das principais commodities. A tecnificação no campo, a pesquisa, o desenvolvimento de novas tecnologias e o investimento em capacitação ajudaram a tornar o país referência agrícola. O modelo adotado e os índices alcançados são, também, baseados na utilização de defensivos agrícolas para manutenção das lavouras, protegendo contra a ameaça de pragas e doenças. Entre as várias questões que envolvem o uso destes produtos fitossanitários estão as análises de resíduos dos produtos nos alimentos. A Anvisa – Agência Nacional de Vigilância Sanitária – criou em 2001 o PARA Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos, que monitora os índices de resíduos em produtos consumidos in natura. O relatório de 2009, por exemplo, apresentou violação em quase 30% das amostras de alimentos analisadas. Os índices ganharam repercussão e causaram alarde, levantando dúvidas sobre a segurança dos alimentos consumidos no país. O engenheiro agrônomo, doutor em Solos e Nutrição de Plantas e pesquisador da Embrapa Meio Ambiente – Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, Robson Barizon, explica que os riscos da má utilização de agrotóxicos são evidentes e comprovados por diversas pesquisas, mas alerta que os dados precisam ser analisados contextualmente. Segundo ele, a burocracia é um dos fatores que influenciam nesses dados. Para entender melhor... A Anvisa classifica amostras como “índice insatisfatório” em dois casos: LMR (limite máximo de resíduos) e NA (não autorizados para a cultura). As amostras classificadas como NA foram responsáveis por 82% dos índices insatisfatórios da análise de 2009, conforme relatório de “Análise de Violações Encontradas em Alimentos nos Programas Nacionais de Monitoramento de Agrotóxicos” da EMBRAPA Meio Ambiente, de 2013. 12 INFORMATIVO OFICIAL SINDICATO RURAL
Robson Barizon explica que, “A presença de agrotóxicos não autorizados pode representar um risco à saúde humana, uma vez que a molécula naquela cultura não foi considerada na avaliação de risco do defensivo. Entretanto, na maioria dos casos, a observação deste tipo de irregularidade sinaliza muito mais uma dificuldade no processo regulatório do que um problema toxicológico que afeta a saúde humana. Os defensivos agrícolas identificados como não autorizados, muitas vezes, já são utilizados em uma variedade de culturas que são consumidas, mas para uma cultura em específico a empresa que comercializa o agrotóxico não efetua o registro desta molécula. Normalmente isto ocorre por falta de interesse econômico, pois o processo de registro envolve elevado custo para a geração das informações necessárias e a empresa opta por não registrar determinado defensivo naquela cultura. Estas culturas, normalmente hortaliças e fruteiras, são denominadas Culturas com Suporte Fitossanitário Insuficiente (CSFI) ou simplesmente `minor crops´” ressalta. A burocracia Atualmente, para conseguir o registro de um produto, é necessário que ele seja analisado por três órgãos: o MAPA – Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento, que avalia a eficiência agronômica e é responsável pelo registro, a Anvisa – Agencia Nacional de Vigilância Sanitária – que avalia os efeitos sobre a saúde do consumidor e de quem aplica o produto e o IBAMA – Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis - que avalia os efeitos sobre o meio ambiente. “Os órgãos responsáveis pelo registro de agrotóxicos no Brasil, IBAMA, MAPA e Anvisa, estão conscientes deste problema e vem atuando de forma intensa para a resolução desta questão. Atualmente é permitido que as empresas agrupem culturas com semelhanças botânicas para a geração de um LMR único, o que reduz enormemente os custos de registro. Por exemplo, é possível gerar o LMR para o alface e extrapolá-lo para um grupo considerável de outras folhosas. Os resultados desta
medida são bastante positivos com um aumento considerável do número de registros de agrotóxicos para as minor crops nos últimos anos”, afirma Barizon. O último levantamento do Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos, feito pela Anvisa e divulgado há poucos meses, trouxe uma novidade. É a primeira vez que o programa apresenta classificação de “risco agudo para a saúde humana”. O risco agudo leva em consideração as chances de intoxicações provocadas por agrotóxicos nas primeiras 24 horas após a ingestão do alimento com resíduos. Segundo nota divulgada pela Anvisa, “ Este novo tipo de avaliação, que já vem sendo feito na Europa, Canadá e EUA, leva em consideração a quantidade de consumo de determinado alimento pelo brasileiro”. Os resultados O estudo foi feito nos 27 estados do país e no Distrito Federal entre 2013 e 2015. Foram monitoradas, 12.051 amostras de 25 alimentos, entre cereais, leguminosas, frutas, hortaliças e raízes. De acordo com a Anvisa, “O critério de escolha foi o fato de que estes itens representam mais de 70% dos alimentos de origem vegetal consumidos pela população brasileira”. Segundo o estudo, quase 99% das amostras estão livres de resíduos que representam risco agudo para a saúde humana. A laranja foi um dos alimentos mais analisados. Ao todo, foram 744 amostras coletadas. Entre elas, 684 foram classificadas como “satisfatórias” e 141 não apresentaram resíduos. O relatório aponta ainda que a abobrinha, o pimentão, o tomate e o morango tiveram índices aceitáveis em mais de 99% das amostras. O futuro do PARA De acordo com a Anvisa o programa deve ampliar o número de alimentos monitorados de 25 para 36, alcançando 90% dos produtos de origem vegetal consumidos no país. Outra novidade que deve aparecer nos próximos levantamentos é a avaliação do risco cumulativo, que leva em consideração os riscos da ingestão de alimentos contendo resíduos de diferentes agrotóxicos que oferecem o mesmo efeito tóxico. “O resultado é importante, pois mostra um risco de intoxicação aguda muito baixo. Entretanto, é preciso avançar e incorporar as avaliações para o risco
cumulativo, considerando os possíveis efeitos crônicos sobre a saúde humana do consumo continuado de alimentos com presença de agrotóxicos, mesmo em baixas concentrações. A pesquisa é essencial para contribuir para a produção de alimentos seguros para a população. São inúmeras frentes de pesquisa que apresentam importância neste processo. Como exemplo, podemos citar os estudos relacionados à tecnologia de aplicação, que permitem a aplicação dos agrotóxicos de forma eficiente e com a utilização de doses menores. Também temos pesquisas com controle biológico, que utilizam organismos vivos, como insetos e microrganismos, para o controle de pragas, com consequente redução da quantidade de defensivos aplicados. Pesquisas promissoras também são desenvolvidas nos processos de formulação, especialmente a nanotecnologia, que possibilita a redução da quantidade utilizada de agrotóxico com maior eficácia na produção de alimentos”, conclui Barizon. No congresso... Foi criada uma comissão especial, presidida pela deputada federal, Tereza Cristina (PSB-MS), para tratar da regularização de defensivos agrícolas no país. A comissão está analisando todos os projetos que tratam do tema, na intenção de criar um único texto que possa contemplar as demandas e atualizar a legislação. A presidente da comissão especial, deputada Tereza Cristina afirma que “A ideia é revisar a legislação para desburocratizar a regulamentação e não diminuir a segurança. Precisamos fazer com que os processos andem simultaneamente nos três órgãos e não fiquem emperrados, como acontece hoje. Às vezes anda em um órgão mas no outro não”, afirma a presidente. A comissão está promovendo audiências públicas para ouvir os mais diversos setores e suas opiniões. Protocolos internacionais e legislações de outros países estão sendo estudados para auxiliar nas modificações. A previsão é de que o texto único seja votado ainda no primeiro semestre deste ano, na comissão especial. Se aprovado segue para a votação em plenário e, posteriormente, para o Senado.
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ZEE
Sindicato Rural de Campo Grande contrata consultoria para análise do Zoneamento Ecológico e Econômico da Capital
Eduardo Coelho Leal Jardim Advogado – OAB/MS 4920 Consultor jurídico - 21.02.2017
É proibido o trabalho de domésticos entre 16 e 18 anos Muitos profissionais do direito desconhecem a limitação de idade para os trabalhos domésticos, ficando até surpreendidos quando comentamos esse assunto, daí a motivação do tema para este mês, eis que os produtores rurais também têm empregadas(os) domésticas(os). O Decreto n. 6.481, de 12.06.2008, que regulamentou a Convenção 182 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), já previa essa vedação. Na Lei Complementar n. 150/2015 também consta essa proibição, conforme art. 1º, parágrafo único: “Art. 1º. Ao empregado doméstico, assim considerado aquele que presta serviços de forma contínua, subordinada, onerosa e pessoal e de finalidade não lucrativa à pessoa ou à família, no âmbito residencial destas, por mais de 02 (dois) dias por semana, aplica-se o disposto nesta Lei. Parágrafo único. É vedada a contratação de menor de 18 (dezoito) anos para desempenho de trabalho doméstico, de acordo com a Convenção n. 182, de 1999, da Organização Internacional do Trabalho (OIT) e com o Decreto n. 6.481, de 12 de junho de 2008.” A nossa Constituição Federal também dispõe dessa proibição no art. 7º, inciso XXXIII: “proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de dezoito e de qualquer trabalho a menores de dezesseis anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de quatorze anos”. Não conseguimos compreender essa proibição, já que serviços domésticos não são perigosos e nem insalubres. Além do mais, fechar as portas às domésticas na faixa de 16 a 18 anos, é ir contra a política do desemprego. Provavelmente essa proibição constitucional decorre da influência da OIT e, nesse caso, qualquer tentativa para se mudar o texto legal, que é a bandeira que levantamos, vai esbarrar nessa Organização Internacional do Trabalho.
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#anuncieaqui 14 INFORMATIVO OFICIAL SINDICATO RURAL
Com a finalidade de conciliar o interesse e a realidade do setor produtivo, com a conservação do meio ambiente e o mapeamento do território campograndense, o Sindicato Rural de Campo Grande contratou uma empresa de consultoria jurídica para analisar o processo da elaboração do Zoneamento Ecológico e Econômico de Campo Grande. O ZEE é um instrumento de organização do território. A finalidade principal do estudo que é feito em diversas frentes é fornecer informações necessárias para a tomada correta de decisões sobre políticas públicas adequadas em relação ao município. A ferramenta está prevista no Estatuto da Cidade e promove estudos de biodiversidade, analisando aspectos físicos e socioeconômicos relevantes para uma correta avaliação territorial. Segundo o presidente do Sindicato Rural de Campo Grande, Ruy Fachini Filho, trazer uma consultoria para analisar as informações do ZEE é fundamental para que o setor produtivo seja bem representado na ferramenta. “Nosso intuito é ter em mãos uma análise criteriosa do que foi levantado e checar, assim, se estão coerentes com a nossa realidade local. É apenas com a informação que podemos ter segurança de ação”. A advogada Carolina Muniz é uma das profissionais à frente do projeto de análise do ZEE. “É a primeira vez que o ZEE de Campo Grande está sendo elaborado. É um instrumento inédito que permitirá uma adequada gestão, seja da área urbana ou da área rural do município”. O ZEE no Brasil foi publicado pelo Decreto Federal número 4.297/2002 e, em Mato Grosso do Sul, pela Lei Estadual número 3.839/2009. “Com o ZEE, podemos estabelecer corretas diretrizes de para proteção ambiental de recursos hídricos, do solo, conservação ambiental, garantindo desenvolvimento sustentável”, enfatizou Carolina. O ZEE resulta em quatro produtos de análise, como o plano de trabalho, levantamento de estudos preliminares, zoneamento preliminar e reuniões públicas e, por último, mapas finais e carta de gestão
“É a primeira vez que o ZEE de Campo Grande está sendo elaborado. Este instrumento permitirá uma adequada gestão, seja da área urbana ou da área rural do município”.
do território. “Já há um relatório final que ainda precisa ser analisado pelo Setor Rural”, explica Carolina. Em Campo Grande, o ZEE se faz importante para a agropecuária , considerando que atualmente 11% do território é formado por área urbana e 89% pela zona rural. O ZEE inclui temáticas dos meios físico, biológico e socioeconômicos, como analise do solos, dentro da geologia, recurso hídricos, vegetação e biodiversidade, áreas protegidas, entre outros. “Após análise de diversos critérios de potencialidade e de vulnerabilidade, as zonas, que foram criadas com base nas bacias hidrográficas do município, serão classificadas em conservação, recuperação, consolidação e expansão”, enumera Carolina ao enfatizar a importância de uma minuciosa análise do trabalho desenvolvido em relação às zonas ecológicas do Lageado, Ceroula, Anhanduí e Ribeiro Lontra, respectivamente. Para Carolina, a ação entre o sindicato rural e consultoria contratada se faz necessária para eventuais correções que possam haver nos relatórios desenvolvidos referentes ao ZEE. “O Sindicato Rural de Campo Grande está atento à construção deste instrumento de planejamento, que possui relevância social, econômica e ambiental. Nossa consultoria jurídica tem o papel de interpretar os documentos importantes resultantes do processo de elaboração do ZEE”, salienta.
De acordo com a advogada, o trabalho demandado pela instituição é um desafio diante da grandiosidade do tema. “Precisamos identificar juridicamente se atendem ou não os interesses dos produtores rurais do município, o que é de grande importância, considerando que o ZEE é o instrumento que subsidiará as futuras políticas voltadas para o desenvolvimento local”. Carolina Muniz Advogada INFORMATIVO OFICIAL SINDICATO RURAL 15
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A outorga de direito de uso de recursos hídricos é instrumento de gestão, prevista no Estado de Mato Grosso do Sul em sua Política Estadual de Recursos Hídricos, mediante a Lei nº 2.406 de 29 de janeiro de 2002, que cria também o Sistema Estadual de Gerenciamento dos Recursos Hídricos, seguindo os moldes da Política Nacional de Recursos Hídricos, instituída pela Lei nº 9.433 de 8 de janeiro de 1997. E foi regulamentada no MS pelo Decreto Estadual Nº 13.990, em 02 de julho de 2014. Diante da expressiva riqueza existente no Mato Grosso do Sul por deter uma das maiores reservas de água doce superficial e subterrânea, a pressão nacional e internacional eleva a responsabilidade perante a proteção dos recursos hídricos, garantindo as funções ecológicas, econômicas e sociais, buscando o melhor modelo de gestão de desenvolvimento sustentável, contemplando seus usos múltiplos. Os instrumentos de gestão são ferramentas primordiais para esta
Daniele Coelho Marques
Consultora Técnica da área ambiental do Sistema Famasul
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Flutuando nas águas do MS por Daniele Coelho
garantia, de qualidade e quantidade, de água para todos os usuários, tratandose de recurso natural limitado, com valor econômico e de domínio público que deve sempre proporcionar o seu uso múltiplo. Assim, a Política de recursos hídricos do Mato Grosso do Sul para gerir seus mananciais, conta com os seguintes instrumentos de gestão, previstos em normativos legais: o Plano Estadual de Recursos Hídricos, o Sistema Estadual de Gerenciamento dos Recursos Hídricos, o Cadastro Estadual
de Usuários de Recursos Hídricos e a outorga de direito de uso de recursos hídricos sistema, ainda havendo em um outro instrumento que é a cobrança do uso da água. Isso significa que todos os usuários de água no Estado do Mato Grosso do Sul, necessitam pedir permissão para uso, primeiramente fazendo o cadastro estadual de usuários de recursos hídricos e posteriormente a outorga, obrigatoriamente. O governo estadual é o responsável pela análise, autorização e fiscalização das outorgas no Mato Grosso do Sul e, para tanto, conta com os colegiados para auxiliarem nas deliberações perante os usuários e Estado, sendo estes o Conselho Estadual de Recursos Hídricos, o Comitê de bacia hidrográfica do Rio Miranda (estadual), o Comitê de bacia hidrográfica do Rio Ivinhema (estadual), o Comitê de bacia hidrográfica dos Rios Santana-Aporé (estadual), o Comitê de bacia hidrográfica do Rio Paranaíba (federal).
comitês por se tratarem de uma região menor e especifica, e ainda contarem com participantes das comunidades locais, são as chaves para descreverem as particularidades e deliberarem diante das peculiaridades locais. A disposição em relação a cobrança é polêmica e tem uma série de fatores que serão considerados e analisados antes de ser estabelecida no Mato Grosso do Sul, pois há de se levar em conta a existência de conflitos já estabelecidos quanto aos usos dos recursos hídricos, a fim de minimizar o máximo possível o comprometimento da quantidade e qualidade desse bem tão precioso e vital que é a água.
Para o futuro, o que há previsto nas legislações vigentes é a cobrança pelo uso da água que, como dito anteriormente, é um dos instrumentos de gestão. Tal cobrança, será novidade apenas no meio rural, pois no urbano ela já é cobrada, e é estabelecida a nível de estado, porém tem a possibilidade de ser revista e alterada a nível de comitês, pois são os colegiados regionais, onde estão representados tanto o setor público, como os usuários e a sociedade civil. O entendimento é que os
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cotações e informativo
Fotos
Coluna Social
MERCADO AGROPECUÁRIO MERCADO BOVINO – R$ / @ Boi Gordo – Campo Grande à vista – R$ 134 Vaca Gorda – Campo Grande à vista – R$ 126 Fonte: Scot Consultoria MERCADO FUTURO – BM&F BOVESPA
Curso de Panificação
Prova Rede E-TEC
Vencimento – R$ / @ - Variação (%) Mar/17 – 142,33 Abr/17 – 142,66 Mai/17 – 141,50 BOI GORDO – MERCADO FÍSICO Data – 23 de fevereiro – à vista – R$ 134 Prazo – 30 dias – R$ 136 Fonte: Scot Consultoria
Entrevista AgroBrasil TV
GRÃOS / CAMPO GRANDE Preço pago ao produtor Soja – saca de 60 quilos – R$ 60 Milho – saca de 60 quilos – R$ 24 BOLETIM INFORMATIVO | Fevereiro 2017 Mão-de-obra e serviços SALÁRIO MÍNIMO RURAL: R$ 1.036,00
FUNTRAB
Notas Fiscais Eletrônicas
Reunião Agrinho 2017 18 INFORMATIVO OFICIAL SINDICATO RURAL
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Agenda de Cursos Campo Grande
Rochedo
Corguinho
Corte e Costura Modelagem 20 a 23 de Março - 40h
Negócio Certo Rural 03 a 15 de Março - 48h
Corte e Costura Modelagem 06 a 10 de Março - 40h
Corte e Costura Confecção 20 a 23 de Março - 40h
Informática Básica 07 a 10 de Março - 32h
Produção de Pães e Salgados 09 a 11 de Março - 24h
Fabricação de Derivados do Leite 23 a 25 de Março - 24h
Informática Básica 28 a 31 de Março - 32h
Fabricação de Derivados do Leite 29 a 31 de Março - 24h
SRCG comemora 51 anos de atuação O SRCG – Sindicato Rural de Campo comemora, no dia 21 de março, 51 anos de fundação. Durante essas mais de cinco décadas, a instituição vem atuando na representatividade dos produtores rurais de Campo Grande, de Rochedo e de Corguinho. A entidade, localizada na Rua Raul Pires Barbosa, desde a década de 80, se orgulha por fazer parte da história político-econômica de Mato Grosso do Sul e do Brasil. Nosso sindicato foi fundado em 26 de Junho de 1951, pela Associação dos Criadores. O produtor, Paulo Coelho Machado, foi o primeiro presidente da instituição. Na década de 60, o Sindicato aumentou seu quadro de associados, devido a uma campanha de filiação encabeçada pelo saudoso Sylvio Mendes Amado, fundador da Famasul. Já no início dos anos 70, o gabinete odontológico foi uma das grandes vitórias do Sindicato. Na mesma época, as aposentadorias para os trabalhadores rurais eram analisadas pelo Sindicato. Durante esse período de atuação, o Sindicato Rural de Campo Grande participou de várias lutas. Em destaque, a organização da classe produtora na reivindicação de seus direitos na Constituinte de 1988. Hoje, sob o comando de Ruy Fachini, a instituição caminha para o fortalecimento e união dos produtores rurais.
Aniversariantes Acelino Roberto Ferreira Adeir Alves Fernandes/ Arteno Agropastoril Ferreira Igi Ltda Aldir Menegatti/Cleci M.b.menegatti Antonio Evaldo Coelho De Oliveira Aurelino De Oliveira Ayrton Dias Da Motta Beatriz Miranda Cortada Gouvea Cecilia Maria Melo E Luiza H Melo Celso Luiz Comparin Crizanto Hermes Valadares Fialho Danilo Alves Correa Davio Do Amaral E Odilza R Do Amaral Edgard Vieira Mello Elza Doria Passos Espolio De Claudete Lopes Fogolin Ines Terezinha Beal Lusa Jair Macieira Nunes João Ari Souza De Oliveira João Daniel Pacheco Leal José Cabrera Martins José Geraldo Scudler José Romero Toniasso Juvenilia Maciel Correa Leda Buaes Zandavalli Leoncio De Souza Brito Filho Lia Maria Barbosa Lourdes Apparecida Rodrigues
17/03 14/03 11/03 02/03 14/03 24/03 04/03 01/03 23/03 15/03 01/03 12/03 23/03 03/03 16/03 10/03 06/03 31/03 10/03 10/03 11/03 19/03 08/03 30/03 08/03 25/03 22/03 19/03
Luduvina Cardoso De Medeiros Luiz Epelbaum Manoel F. Douradinho Neto E Patricia B. S. Marice Hoffmann Sperotto Max Eduardo Vieira Bruno Nildo Cesar Corral Mendes Nildo Ferreira De Oliveira Nilton Nantes Coelho Odon Paes Barbosa Olindo Consolin De Carvalho Orlando Campos De Barros Pedro Martins De Oliveira Renato Schmaedecke Ricardo Drews Roberto Akira Kojima E Outros Roberto De Oliveira Roberto Miguel Buytencorp Ronaldo Rosa De Andrade Ronei Alves Azambuja Roney Domingues Fernandes Saladino Goncalves Nunes Sementes Minuano Ltda Tecner Telso Mendes Fontoura Teodozio De Souza Thereza Luiza Correa Da C.thedim Thiago Ferrera Guimarães Tulio D’avila Stuhrk
17/03 27/03 27/03 25/03 11/03 03/03 12/03 26/03 09/03 17/03 16/03 10/03 30/03 13/03 09/03 16/03 28/03 08/03 24/03 20/03 18/03 30/03 13/03 01/03 01/03 04/03 23/03 14/03