m e v o j o d mun
mundo jovem
Presidente do Conselho
Colaboradores
Maria Alice Setubal
Tide Setubal Souza e Silva
Alexandra Araújo de Queiroz André Moreira Cássia Aparecida de Souza Denise Bernuzzi de Sant´Anna Diego Albino Figueiredo Florência Fuks Ítalo Rafael Reis Jéssica Araújo Luca Leal Luis Guilherme Florence Mônica Herculano Silvia Meirelles Silvano Ressurreição de Jesus Filho
Autores
Impressão
Beatriz Penteado Lomonaco Maria Vilela Pinto Nakasu Tide Setubal Souza e Silva Viviane Hercowitz Viviane Soranso dos Santos
IBEP Gráfica Ltda.
Conselheiros Guilherme Setubal Souza e Silva José Luiz Egydio Setubal Olavo Egydio Setubal Junior Rosemarie Teresa Nugent Setubal
Coordenação Administrativa Mirene Rodrigues São José
Coordenação Editorial
Tiragem 3.000 exemplares
Realização Leitura Crítica Alexandre Isaac
Preparação de texto Carlos Eduardo Matos
Fundação Tide Azevedo Setubal Rua Jerônimo da Veiga 164 – 13º andar Itaim Bibi – São Paulo – SP CEP: 04536-000 Telefax (11) 3168-3655 www.ftas.org.br
Projeto Gráfico e diagramação Adesign
Ilustrações Felix Reiners Viviane Hack Weberson Santiago
Agradecemos a todos os jovens e profissionais que participaram dos projetos Espaço Menina-Mulher, Espaço Jovem e de outros projetos da Fundação que, de algum modo, contribuíram para a realização desta publicação. São Paulo, setembro de 2008.
As texturas foram gentilmente cedidas pela Little Dreamer Designs
L837m
Lomonaco, Beatriz Penteado, et allii. Mundo jovem. São Paulo: Fundação Tide Setubal, 2008. 180p. ilus. ISBN 978-85-62058-00-4 1. Adolescentes. 2. Educação 3. Lazer. 4. Saúde. 5. Cultura. I. Fundação Tide Setubal. II. Nakasu, Maria Vilela Pinto. III. Souza e Silva, Tide Setubal. IV. Hercowitz, Viviane. V. Santos, Viviane Soranso. CDD 361.796 Helga Ilse Bekman – CRB 8ª/669
sumário 04
Apresentação . . . . . . . . . .
Identidade e diversidade .
08 26
Corpo . . . . . . . . . . . . . . . . .
48
Sexualidade . . . . . . . . . . .
78
Família . . . . . . . . . . . . . . . .
100
Drogas . . . . . . . . . . . . . .
124
Profissão e trabalho . . .
154
Cidadania . . . . . . . . . . .
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o ã ç a t n e apres mor, à e péssimo hu d á st e cê vo Pela manhã bolha de ar como uma tu u fl ce re a p , tarde vez mais s estão cada o ã m ir s u e S sabão. ancá-los vontade de tr m te cê vo e irritantes gem udou e a ima m o rp co u e S no armário. ue você lho não é o q e sp e o n a d ti refle ntão! Não us cabelos, e se E r. ve e d a gostari rque eles r ou secar, po ta in p r, va o sc adianta e e, claro, dade própria li a n o rs e p r i sair, parecem te cê. Quando va vo m co m a ba nunca concord armário e aca o d s a p u ro e d tira um monte é quando irmão. O pior u se e d a m u vestindo olha em ém que nem u lg a e d m fi você fica a ntos, você se esses mome n – o çã e ir d sua mpos, você só os últimos te N ! xo li m u sente um grupo rta música de ce a m u r ta u quer esc ssado. va no ano pa ta s te e d l, a in fica que, por s bre sexo, você so s a is co s ta Seus Ao ouvir tan o que pensar. e b sa o ã n e meio confuso ara fazer cê é grande p vo e u q m a pais ach eno para ainda é pequ s a m s, a is co algumas e fica a para o futuro lh o cê o V s. a muitas outr tivo, . Por esse mo ra e sp e o e u aflito com o q r saída. rece a melho a p te n se re p viver o
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mas dessas tificou com algu en id se cê vo Se cê é um stam dúvidas: vo situações, não re sobre esse e se fala muito adolescente. Hoj ponte de uma espécie de período da vida, adulta. Mas infância e a fase a e tr en ão aç lig que antisim. Você sabia as i fo e pr m se nem ia de “ser istia essa histór gamente não ex ais o! Em tempos m m es m so Is ? e” adolescent ser crianoas deixavam de ss pe as , os ot m re r meio de gente grande po am av rn to se e ças uma que podiam ser , em ag ss pa de rituais Determim, por exemplo. prova de corage debutantes), omo o baile de (c as st fe s da na mundo s, o ingresso no re la co es es exam m essa bém assinalava do trabalho tam ea riavam conform va s to ri os : passagem icamente r. Hoje, eles prat ga lu do ra ltu cu ental, ou s no mundo ocid ai m m te is ex nem lica – sua força simbó de to ui m am perder uma mais acha que m ué ng ni o, pl por exem a para caos está preparad garota de 15 an a de debua teve uma fest el ue rq po só r sa al o fica tão claro qu o nã já , im ss A tante! nça deixa de ser cria se e qu em to momen ar adulto. cente ou se torn para ser adoles
mam uma parte Adolescentes e jovens for , especialmente considerável da população dos a participar no Brasil. Eles são estimula ar suas opiniões e da vida pública, a manifest anos. Namoram, podem votar a partir dos 16 e cumpram trabalham e espera-se qu cem seu futuro responsabilidades, que tra o mundo. e que ajudem a melhorar
onde se sinta seguro, deslocado, sem um lugar er ou pensar. No sem saber direito o que faz adolescência está entanto, se, por um lado, a üila, por outro, ela longe de ser uma fase tranq do de inúmeras se apresenta como um perío curtição – vale a descobertas, conquistas e mento tão rico e pena tirar partido desse mo pleno de experiências.
intenção de ajudar Este livro foi criado com a melhor maneira Como você vê, ê a atravessar essa fase da voc sas, esse é um contrar diversas tarefa fácil. Entre outras coi possível. Nele, você vai en s ita mu m rre oco sse, organizadas em período complicado porque informações de seu intere ar ns pe o jeito de e diversidade, mudanças. O corpo muda, dulos temáticos: Identidade mó es dar. As atitud Drogas, Trabalho muda, os amigos podem mu rpo, Sexualidade, Família, Co ê também codulo traz uma dos outros em relação a voc são e Cidadania. Cada mó fis pro e lo: é bem provável que pretendem meçam a mudar. Por exemp grande variedade de textos r sai sse de nem pu modo que você que, há pouco tempo, você ampliar o seu universo, de oton au tenha mais sas, começar de casa sozinho, e agora já aprender sobre muitas coi ssa po também adquire sobre o mia para isso. O adolescente preender melhor e refletir com se a direitos; e precisa logos, educadores, novas responsabilidades e mundo ao seu redor. Psicó spa e qu gências ners e, claro, jovens aprender a lidar com as exi médicos, jornalistas, desig a col es família, pela , com o objetivo sam a ser impostas pela participaram desse trabalho de fato atendesse a e pela sociedade. de criar um material que que, em alguns suas necessidades. Pode ser r se de r ícil deixa tade de se aprofunPara alguns, pode ser dif momentos, você tenha von is ma rece muito ias a respeito de criança porque a infância pa e até de escrever suas idé r da ê scentes como voc confortável. Portanto, adole algum assunto. inquiee as vid dú os, flit con ros vivem inúme e esperam de mim? tações: quem eu sou? O qu virta-se! se Vá em frente! Di tesen es vez s ita mu em Para onde vou? O jov ser adolescente não é uma
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ia... r ó t s i h e d o um pouc Desde 2006, a Fundação Tide Setubal tem realizado projetos voltados para adolescentes na região de São Miguel Paulista, bairro da zona leste da cidade de São Paulo. O projeto Espaço Menina-Mulher/Espaço Jovem, de onde se originou esse livro, é um deles. Seu objetivo é discutir temas referentes ao universo adolescente de uma maneira interessante e descontraída, para que meninos e meninas como você possam compreender melhor seus conflitos e potencialidades.
Por meio das oficinas semanais do projeto, questões próprias a essa fase são trabalhadas em diversas atividades. Com o sucesso dessas iniciativas, a Fundação decidiu transformar sua prática em um material que pudesse ser utilizado por muitos outros adolescentes em todo o Brasil. E aqui está o resultado!
? a i c n ê c s e l o o que é ad veram suas e r c s e s n e v s jo
.. Adolescência é.
Algun lescência. o d a e d s e õ definiç Leia abaixo:
ero vidas do que qu “Ter muitas dú ) da vida.” (Sheila de e guém te enten “É péssimo, nin e) tende.” (Carolin você não se en e.” responsabilidad “Ser livre com
eu futuro. vida, para o m a h in m da ndo o que é descobrir a vi vezes não ente s ita u M “Adolescência r de Vitor) ra errante, vive acontece.” (João de uma manei s, ze ve es e às meu corpo e momentos feliz dar a insumudanças no te er a “V h n pi es a Até os deixar um s sentimentos. da vi eu a m e os qu m de co a) o çã (Maria Salvador portável sensa o mais os mes sã ão n is pa l) s ue meu o.” (Raq spontar de a falar não tem sentid ência é um de o de mim. Par tr sc n le de do “A os m rutar . É vontade stava mais te é poder desf s e sensações de verdade, eu go ta a n m vo be “Ser adolescen e parecidos com ro) das coisas boas ando eles eram de existir.” (Ped qu intensamente ina) ar (M ” de s! se so fa ro de é uma nte tem heróis super-po ruins da vida, fícil porque a ge di e s se ta fa er “A ob sc de coisas e pais.” (Jéssica) aprendizados, a para algumas lemas com os ov n ob er ) pr as “S uc (L .” experiências .” (Bárbara) lha para outras ve da sa passagem “É bem difícil es em você? a r a p estar sempre o E tiv sa n ca É vida... ência? c s ero para le qu o d eu a e qu e o d e dúvida sobr efinição
d Qual é a sua
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do? a iz n a g r o á t s e como este livro deles ódulos e cada um m te se ui ss po ro Este liv a. Para isso, maneiras um tem as rs ve di de e ut sc di tem ao seções que se repe existem algumas usivas de mas que são excl gu al e ro liv do o long módulo. um determinado hor a ssa entender mel Para que você po ulos aqui dinâmica dos mód plicavai uma breve ex es ção sobre as part que se repetem ao longo do livro: a É sempre o texto introdutório de cad al a módulo que contém uma idéia ger respeito do assunto a ser abordado.
É a seção que propõe uma s brincadeira do tipo teste ou palavra cruzadas.
Traz informações interessantes, s muitas vezes apresentando número ou os óric hist estatísticos, dados tendências atuais.
É a seção de perguntas feitas pelos adolescentes.
re Traz informações fundamentais sob algum tema do módulo.
a É uma letra de uma música que tenh a ver com o tema abordado.
É sempre o último texto de cada módulo. Esse texto é assinado e busca aprofundar um assunto do módulo.
São dicas de livros, sites, filmes que abordam assuntos relativos ao módulo. Muitas vezes essa seção contém sites para quem está buscando ajuda.
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e e d a d i t iden
e d a d i s r dive
Cada q ual tem seu je Tribos ito urban as Qual é o seu estilo? Amiza des Múltip los jei tos de As vio ser e d lência e viver s
Se você entrar no ônibus ou olhar para a rua com atenção vai perceber a enorme variedade de gente que existe ao seu redor: gordos, magros, baixos, altos, orientais, ocidentais, peles e cabelos claros ou escuros, roupas modernas ou tradicionais. Se as pessoas podem ser muito diversas na aparência, imagine como são variados os gostos e modos de ser de cada um. Veja, por exemplo, em um grupo de amigos ou em uma família onde as pessoas convivem estreitamente, cada um é de um jeito: um é mais calmo, outro mais agitado, um fala tudo o que pensa, outro não ousa desagradar, um gosta de rap, outro de música popular brasileira. Toda essa riqueza de características forma a identidade de cada um. É especialmente na fase da adolescência que as questões, tais como: quem sou eu? Do que eu gosto? Do que eu não gosto? Quem eu quero ser na vida? – surgem com mais intensidade. Esse momento é crucial na formação da personalidade de cada um. É lógico que vamos nos transformando ao longo de toda a vida, mas existem alguns aspectos, alguns jeitos de ser que construímos no transcorrer da adolescência e que nos acompanham para sempre. Assim, se por um lado, você é uma pessoa única, singular, ninguém no mundo é igual a você, por outro, todos temos algo em comum. A todos nós é ensinado o que se pode e o que não se pode fazer na sociedade em que vivemos. Compartilhamos e respeitamos diversas leis e regras sociais, sabemos, por exemplo, que não se pode sair nu no meio da rua ou que não podemos praticar delitos. Ao mesmo tempo, há muitas coisas que podemos escolher: estilo de roupa, músicas, esportes, valores, crenças, enfim, elementos que compõem a nossa personalidade, nosso jeito de ser e pensar. No entanto, nem sempre essas diferenças pessoais são respeitadas. Vivemos em um mundo muito impaciente e intolerante com tudo aquilo que é diferente. Por isso mesmo, que às vezes pode ser difícil afirmarmos a nossa individualidade.
Este módulo vai discutir essas questões, no que você é igual e diferente dos outros, qual é a melhor maneira de a gente se respeitar e aprender a respeitar os demais. A isso dá-se o nome de tolerância, algo que todos precisamos cultivar. 9
! o t i e j m u m e t Cada qual vida é “O que eu mais amo na palmente escutar música. Princi sse lance de rap. Me ligo muito ne justiças, desigualdade social, in ps tratam. esses temas que os ra sto é de Outra coisa que eu go do começo a jogar basquete. Quan e até dos jogar esqueço da vida mais! meus problemas, é de ser Para o futuro, sonho em to de veterinário, gosto mui os.” animais de todos os tip
“Para mim não há nada melhor que mergulhar de cabeça nos livros e viver a vida dos personagens! Por isso mesmo, gosto das aulas de literatura e português. Detesto educação física e matemática. Também me divirto no MSN, no Orkut, saindo com meus amigos e conquistando as meninas, acho que sou bem romântico!” (Pedro, 16 anos)
(Rafael, 14 anos)
r, arrisque E você? Qual é o seu jeito? Se quise papel para alguns pensamentos numa folha de se conhecer mais! “O que eu m a pintar casa is gosto é de desenh ar. Imagina s, re lindo, uma parques, prédios. Inv entar um q cozinha prá uarto tica mesmo um mundo ma , uma casa perfeita, ea is harmonio é ser arquit eta. Ah! Se so. Meu so té nh eu mundo em que vivemo pudesse redesenhar o s.. o rente! Certa mente teria . Tudo seria bem dife paciência e bem mais gen so intolerância lidariedade. Teria me erosidade, no e mais feliz!” diferença social. Ach s pobreza, o que eu se (Aline, 19 a nos) ria 10
para você... Pense naquilo que é seu, nas coisas de que você gosta ou que são características suas, e responda a primeira coisa que venha a sua cabeça para cada item abaixo: • Uma mania
• Uma coisa a se jogar fora
• Algo insuportável
• Algo precioso
• Algo fundamental
• Uma música
• Um capricho
• Um bicho
• Um desejo
• Um cheiro
• Uma qualidade
• Uma estação do ano
• Um defeito
• Um horário do dia
• Um segredo
• Um lugar
• Uma comunidade no orkut
• Uma cor
• Um blog
o h n e t s a alm s a t n a u q Não sei ssoa o Fernand
Pe
. as tenho m l a s a t quan . Não sei o mudei t n e m o ranho. t s Cada m e e m mente i. Continua m acabe e n i v e Nunca m , só tenho alma. ser alma. c m e t De tanto o alma nã m e t m e Qu (...)
escritor i um poeta e fo a so es P 1935. Assinou Fernando entre 1888 e u ve vi e outras qu rio nome e português m seu próp co s eram ra e ob qu , as algum erônimos de seus het um es a ad om C n e. os com dos por el ia cr s en ag til n s e es os poetas-perso as marcante tic ís er ct ra ca principais deles tinha os. Seus três id fin Reis de m iro, Ricardo literários be Alberto Cae m ra a fo id ec os h é recon heterônim s. Sua obra po am C o ic de bl e Álvaro domínio pú te e está em site mundialmen essada pelo dendo ser ac po , 05 20 e desd g.br. iopublico.or www.domin
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Qual é o seu estilo?
adolescente também com determinado estilo. Mas todo is ma ica ntif ide se , ma tur a um Todo mundo tem nas alguns meses, grupo. Às vezes, esse estilo dura ape do ar tac des se de l, ecia esp r ece gosta de par a a vida adulta. Para cada pergunta par leva te gen a que ser de o jeit outras vezes ele se torna um ra qual é a sua! escolha apenas uma opção e descub
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a: Se você ligasse a TV, você assistiria
preferido. a) Um show de seu grupo ou cantor orado(a). nam b) Um filme romântico junto ao(à) cionante. emo c) Uma final de campeonato super re os sob d) Um programa descolado, que fale jovens de hoje em dia. e) Um telejornal.
Para você o melhor programa seria: a) Ir ao shopping. . b) Praticar esportes com os amigos . ento mom do e c) Assistir ao film d) Algo que reúna muitos amigos. icas preferidas. e) Uma balada que toque as suas mús
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ontrar: Se alguém abrir seu armário, vai enc tipo. a) Moletons e camisetas de todo o . ileta pred b) Camisetas da sua banda is. rma c) Roupas variadas e info vestidinhos d) Jeans e camisetas (meninos) ou e saias floridas (meninas). losas. e) Roupas básicas, descoladas e esti
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Para você o que é fundamental num namorado(a)?
rência. a) Que reúna inteligência e boa apa socioculturais. b) Que seja ligado(a) nas questões estar com os c) Que goste de fazer esportes e de amigos(as) junto com você. a de tudo d) Que seja romântico(a) e que acim . queira estar com você o tempo todo e) Que curta ouvir músicas.
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Se você tivesse que escolher algo para ler, escolheria:
a) A biografia de algum músico. sil. b) Um livro sobre a História do Bra . de saú e orte c) Artigos sobre esp des. d) Um site na internet sobre atualida e. e) Um bom romanc
5d 5b 5e 5a
Mod
erno(a) - Você é super-conectad o com tudo o que acon que te interessa na TV, tece, acompanha o nas revistas ou na intern et. Você observa o que e está antenado nas últ estão usando imas tendências de mo da, de estilo e de comp mas sempre dá um toq ortamento, ue particular às suas rou pas. Além de cuidar de aparência você também sua valoriza leituras e opini ões das outras pessoa sobre o que acontece s na atualidade, por isso, às vezes o pessoal acha você é um pouco intele que ctual e sério, mas você não liga. Aliás, você ac bem legal quando desto ha a um pouco do seu gru po. ) namorado(a). Romântico(a) - O seu programa predileto é estar com seu(sua tando onde está sua Nas épocas em que você não está namorando, vive se pergun amor na cara-metade, pois tem certeza absoluta que existe um único e grande e floridos s vestido com as, vida. As meninas adoram se vestir como princes um fazem s menino Os r. femininos. Cuidam de seus cabelos e amam se maquia Ambos s. cuidada bem e s tipo discreto, quase tímidos. Gostam de roupas simple a vida! são amigos e namorados fiéis. Adoram conversar e filosofar sobre
Pa
rticipativo(a) – Você é uma pe ssoa extrovertida e comu Tem muitos amigos e sa nicativa. be como mobilizá-los em torno de uma grande causa. Adora a idéia de ser presidente do grêmi o da escola e ajudar na zação de passeatas ou organiassembléias. As desig ualdades sociais te de e por isso as questões ixam indignado políticas e sociais te int eressam. Você tem mu bilidade para ajudar os ita disponioutros e tentar melhorar a vida de seu bairro. Vo desencanado para se ve cê é bem stir e curte uma músic a que aborde essas qu estões sociais.
5c
4a 4b 4d 4e
4c
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3e 3c 3d 3b
3a
1d 1e
2d 2a 2e
1c 1b 1a
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Romântico(a)
basquete, futebol ou ha vimento, praticando ama fazer é estar em mo jeito de itado e esse é o melhor algum esporte. Você é ag craque ou o que você não seja um sm Me to. en vim mo em colocar seu corpo ipar de uma partida ou de sempre pronto para partic do o melhor da turma, está portivos e detesta quan te jogos e programas es sis ra As . pa ato lo on de pe mo cam um o um adores sã no meio do jogo! Os jog al o nd can ida de cu da l, mu áve m ud ué sa alg r bonito é estar se ê voc ra Pa . ção na mi você pela raça e deter rte. mente através do espo do seu corpo e de sua
Respostas:
o importa se é vôlei, Esportivo(a) - Nã ndebol, o que você mais
Musical
Esportivo(a)
Participativo(a) Moderno(a)
Musical - Se existe algo de que você realmente gosta é música. Você é daqueles que não perde por nada um show do seu grupo preferido e está sempre antenado com o que rola de novidade por aí. Cantar, dançar ou escutar música definitivamente deixa a vida mais interessante. Para você, curtir determinado tipo de música significa ter um estilo, uma turma, enfim, ter personalidade. Aliás, a sua turma é, pra você, muito importante. É nela que você se sente à vontade pra ser quem você é, ou seja, super urbano, musical e ligado criticamente na vida ao seu redor.
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tribos
: s a n a b r u ? a m u g l de a
a e pertencer t s a r n e p a a p z uscam ibo, ou a f . Alguns b r parte de uma tr ê s n c e v o jo s e v o actea a vida d olhem faz uma delas se car r c a s p e l s ia o c tr n Ou se da ma
a for lgo es ópria. as. Ca grupo é a a denominação pr claras e delimitad ito de pensar. É um m u e d te um do u je ras Fazer par igos sem tabelecen , com reg comportamento o s o m e d a , a e h le d c e a fe m uma turm po pequeno mais stir e pelo e identificarem co ncimento e favore e v e s e d u s r g al, jeito rupo e de perte seja, um sse music ram de viver em g m um sentimento e r te in lo contra riza pe eforça jovens en izades. As tribos r l. s n u hippies, : lg a lo e p ia m c m qu a o e s e x d por e a rede ambiente os como ib assim, um va relação com o tr s a r e m godeiros, no ú a p a in , m s u m ta a s m ír fi e c constitu ads, sur
ente se , skinhe alguma? Historicam s, clubbers, emos Você faz parte de s. unk elas: ntre outra góticos, p lgumas d e a , p e o d h r a s ip pen s, h de ser e sertanejo e o jeito Aqui vai
a história
Hippie
nos EUA e era composto Esse movimento surgiu nos anos 60 conservadores, os por jovens que contestavam os valores ridade tradicional. padrões sociais estabelecidos e a auto imento de Ficaram conhecidos por ser um mov rra do Vietnã e por gue contracultura, por sua oposição à às drogas. Eram uma postura liberal quanto ao sexo e o e o hinduísmo. Vestiam próximos de religiões como o budism idéias e modo de vida roupas soltas e multicoloridas. Suas o Brasil. alcançaram muitos países, inclusive
Punk
tura rebelde que conEsse movimento está ligado a uma pos o as atitudes consutesta e critica o capitalismo, assim com rtidários e debocham mistas e padronizadoras. Eles são apa a liberdade para valores políticos e morais. Reivindicam ião qualquer. Eles têm acreditar ou não em um deus ou relig ando somente uma um visual próprio, raspam o cabelo deix e gostam de roupas faixa, usam gel para deixá-los em pé itas vezes, conhecidos pretas. Apesar deles terem ficado, mu ofia do movimento. pela violência, esta não faz parte da filos
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üentar Gostam de freq . ra cu es m ge ssadas uia is e bem intere o e usam maq ve et sí n pr se de s e oa -s ss pe seus Eles vestem mórbido. Em de à noite. São o da d ci am la m pe xi r ro da as que se ap cemitérios e an to retratados. bretudo aquel so , ra u at er solidão são mui lit e za te is tr por arte e r, o, do ticos a escuridã trabalhos artís 70, mas se da década de al n r fi der e o b n b a rr lu C am para defen a Inglate ir n n u u ce se s as n er bb to etrônica e de 80. Os clu Esse movimen os à música el rça na década ad fo lig s ai ito u m m m co ão constituiu erdade. Est emamente eterias são extr z, diversão e lib nc pa da de as ia e of os os ol fil uma Js como íd nos. Eles vêem os D essórios moder ac e às festas raves. s da ri lo co sam roupas frequentadas. U sado com mescla som pe e qu k n pu do pazes te Emo roupas, são ca ardcore, verten h as n al n e, io ot os an em 18 entre 11 e a com a O nome vem de e uma camiset geral, eles têm e n m E to . ts as lin F tic a ân letras rom tamente suas colar de Wilm pressam aber tas do punk, o ex bo s, as to r en ra tu tim n is de m ndem os se Kitty. Não esco gatinha Hello a sexual. am a tolerânci iz on ec pr e s emoçõe ados de 1960 nos Est Hip-hop ento cultural iniciado no final da década so cia frida ciais e à violên so im s to ov fli m n m co u s É pécie de a de reação ao ana. É uma es rm rb fo u o e m ad co ed os ci id Un s da so lítico social enos favorecida consciência po la pe do pelas classes m ca ar quatro m composto por m movimento u é , le as E . ru as s ri da fe ri cultura ção dos e voz das pe a instrumenta maior espaço p, ca ra di vi do in to n re e ca o qu pais: artísticas princi do grafite. manifestações nce e a pintura da k ea br do ça DJs, a dan es usical. O que el Pagodeiro(apo) marcado essencialmente pelo gostgoodem, acompanhados de pa Esse é um gru m muita roda co da vi te se vestiam a ir rt cu or. Antigamen m u h m mais gostam é bo ito mu o. O pagode inha, dança e sual e despojad ca de uma cervej m be e aj tr je usam um e até hoje. com chapéu, ho relação com el ta ei tr es da ar ba e gu nasceu do sam
Gótico
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e d a amiz o g i m a m O que é u “Amigo para mim é aquele que a gente pode contar de verdade, é aquele que sabe até mais da sua vida do que sua família. É diferente de colega, amigo só se faz com tempo e com histórias para contar.”
ais impor“Não há nada m vida que tante na minha Namorados meus amigos. a a gente não passam, famíli os amigos escolheu. Mas todos os sim, escolhemos os. Minha m dias e os cultiva é uma pessoa melhor amiga minha vida.” fundamental na (Ana, 14 anos)
(Rafael, 14 anos)
s amigos. scência sem pensar no ole ad na de ida nt ide ra pensar em amentais! Realmente não dá pa ente ingredientes fund sm ple sim o sã s ele s que a da vida, s eles são as pessoa ze ve Sobretudo nessa époc às e s ra ho as s que você passa muit Certamente é com ele sua vida. muito, sabem mais coisas da de rir), para se divertir ar or ch até (e ar or ch , companheiros para rir ada, uma Os amigos são ótimos igo uma história engraç am um m co eu viv o bafar. Quem nã mas também para desa momento emocionante? situação de apuros, um erente daquela mulheres pode ser dif s iga am tre en ão laç re reparar que a trocar confidências. É interessante também o de conversar, fofocar, uit m m sta go s ina en portes, ente, as m er atividades juntos: es faz é o entre homens. Geralm tid er div ais m o s até tem sam menos, para eles m os amigos e às veze co Já os meninos conver ar ion lac re se de to da um tem um jei música, videogame. Ca tos da vida. entes horas e momen er dif ra pa s so er div s decorrer amigo difíceis com amigos. No tos en om m er viv e -s de conhecer que po s. Quando isso No entanto, é preciso re tições excessivas, briga pe m co s, õe pç ce de em algumas sas situações. das amizades acontec lidar também com es a er nd re ap a vid da faz parte acontece é chato, mas tar, fazer hipótese Essa é uma fase de tes s. igo am a, rm tu , bo onder mudar de tri fico mais? E para resp nti ide e Também acontece de m eu em qu m um jeito, turma eu faço parte? Co preciso experimentar é s e se perguntar: de que ze ve as uit m s, ise as escabrosas e cr dessa experiessas perguntas, dúvid É justamente através . tra ou de is po de , bo rte de uma tri do muitos amigos! depois outro, fazer pa endo os outros e fazen ec nh co , do rin ob sc de vai se mentação que cada um
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“Crescer não é fácil! Acho qu e a gente entra em um conflito e já não sabe que de sejo pesa mais: brincar de boneca ou passar um batom . Por que eu não consigo escolher as coisas na minh a vida? “(Isabel, 16 anos)
“Meus colegas de escola ficam tirando sarro de mim. Eu não gosto e fico muito triste. Às vezes perco até a vontade de ir para escola... O que eu faço?” (Marcelo, 13 anos)
Realmente é muito desagradável estar em um ambiente em que os colegas ficam se desrespeitando. Em primeiro lugar, é preciso tentar dar um basta na situação. O que fazer? Se as brincadeiras forem leves, talvez você possa simplesmente deixar de prestar atenção, ignorá-las que aos poucos os seus colegas acabam cansando e param. Agora se as brincadeiras forem pesadas ou os seus colegas não pararem nunca, aí talvez valha a pena pedir a interferência de um adulto. Pode ser um professor, a coordenadora, a diretora, alguém que possa te ajudar a colocar um limite nessa situação. Hoje em dia, esses comportamentos agressivos e violentos de um indivíduo ou de um grupo contra determinada pessoa ou pessoas ganharam até um nome, são chamados de bullying. Esse tipo de atitude pode causar sérios transtornos à pessoa que sofre as agressões. O bullying pode também ser chamado de assédio moral e é até passível de sanção na justiça.
A adolescência é esse tem po de não ser mais criança, mas também ainda não ser ad ulto. Por isso você pode fica r em um lugar meio desconfortável e sentir que é mesmo difícil crescer. Contudo, a trajetória adole scente é um momento impo rtantíssimo na vida de uma pessoa. É, por exemplo, o momento de viver experiências novas e inten sas, de aprender inúmeras coi sas, de assumir certas responsab ilidades e de fazer escolhas para a vida muito importantes. E como fazer para saber escolher? Vivendo, experimentando, aprendend o. Infelizmente não há uma fórmula mágica e tampouco uma me sma para todo mundo. Quan do for tomar uma decisão importa nte na sua vida, busque con versar com pessoas que você confie, iss o pode te ajudar. Mas lembre -se que cada qual tem seu jeito, su as escolhas, sua vida. Talve z o mais importante seja estar sem pre ligado em si mesmo, no s jeitos de ser, nos próprios desejos para fazer as melhores escolhas possívei s.
“Estou me sentindo muito tri vontade de fazer nada. As ste, não tenho pessoas dizem que eu estou com depressã o. O que é isso?”
(Caroline, 17 anos)
Existe o desânimo, a tristez as e a depressão. Não é tud o a mesma coisa. Todo mundo tem o direito de estar meio de saco cheio da vida de vez em quando. Esses momentos de desânimo são normais e oco rrem com todo mundo. Também acontece de terminar com um namo rad o ou de perder uma pessoa querida, e ess es episódios deixam qualq ue r um triste. Às vezes, por muito tempo, po is se trata de uma fase de lut o! Tudo isso faz parte da vida e ninguém esc apa dessas chateações. A depressão mesmo é outra coisa. Muitas vezes só porqu e a pessoa está um pouco triste escutamos: ela está com depressão. Nã o é verdade. Depressão é um estado ma is grave e merece um tratam ento. A pessoa quando está deprimida não é por falta de boa vontade e, portanto, não adianta dizer coisas como: “não fique triste, isso passa ”. A depressão é um estado duradouro com um sentimento de que a vid a não tem mais sentido, uma tristeza profun da e uma sensação de que nada pode fazer a pessoa melhorar. Alguns sin tomas, tais como: sensação de cansaço, sono turbulento, falta de ap etite, agressividade, desân im o profundo, baixa auto-estima, podem fazer parte desse quadro. Portanto, se você acha que está deprimido procure um especialista, como um médico ou um ps icólogo, do posto de saúde ma is próximo a sua casa, pois eles vão po der te ajudar a lidar com o que anda te acontecendo . 17
, s e r a g u l s Outro s o múltiplos jeit er de ser e de viv as pessoas vivem de O Brasil é muito grande, s nas diversas regiões maneiras bem diferente hábitos, comidas, gírias, do país. Cada estado tem são encontrados naquele costumes típicos que só o jeito de ser e de viver lugar e que influenciam . A diversidade entre as daqueles que ali moram s às vezes podemos até no regiões é tamanha, que eiros dentro do mesmo sentir um pouco estrang país. Quer ver?! ando o 1º , 19 anos, curs AM s, au an M , is Social: Ítalo Rafael Re Comunicação e o 2º ano de ia og ol ic Ps ano de xiste um
l. Aqui e norte do Brasi todo “Eu moro no r bem típico: se o it d e cr a e u o folprograma q m programaçã te a n a m se e d oi", o final ado "Bar do B m a ch l ca lo clórica num e música e presentação d a a n e st si n que co ca dos Bois rujada", músi a "m a d ça n a é uma d ntido. A dança ra a G e so o a Caprich ançada de form d e va ti le co a coreografi s.” s os brincante igual por todo
írias de Manauso :boi. Dicionário de gqu e brinca e dança
Brincante: pessoa . e do “Garantido” Ex: Sou brincant lo cano. r mal; entrar pe da se : fo fo er at B eu fofo”. ta. Ex: Ricardo “bat ou que não pres or en m a is co , ia Fanta: porcar to “fanta”. abei de ler é mui ac e qu ro liv se Ex: Es ficou “fanta”. anta”. O trabalho “f é ta ne ca sa Es que uma expressão Égua, eu hein!: é o. denomina espant
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Silvano R essurreiç ão de Jes Feira de S us Filho, antana, B 16 anos, A:
“Eu moro na Bahia. Em outra do país, s s regiões e valoriza m ais a hora almoço e do do café. D epois do a fica-se ho lm oço, ras sem c omer até Aqui nós o jantar. estamos sempre c Comer é omendo. um ato qu ase que in involuntá stintivo ou rio. Assim que se se apetite, n nte certo ós comem os. Adora cuscuz, v m os comer atapá e ta pioca.”
Dicioná rio de g Resenh írias da a: conv Bahia: ersa fia Pesca: da. cola, r
esposta Peba: d sd e má q ualidad e uma prova. Tonho: e . otário, mané. Lebara : espéc ie de “c (semel umprim hante a ento” cara, v elho).
o Paulo, SP: os, 15 anos, Sã e todo tipo e José dos Sant i tem gente d
u uma São Paulo. Aq ltura local. Mas “Eu moro em cu a é al u q to ar sei direi o é de trabalh sm e m às vezes nem a st o g i scando o povo daqu am para cá bu coisa é certa: er vi ós av s eu vida. M ue consee de lutar pela filhos. Acho q os a ar p or h el m Todo astante unida. isso: um futuro b a íli m fa a m mos u ço em família guiram, hoje so famoso almo o ra a p s o m onada ve a uma macarr domingo nos h n zi co la E . inha avó nça!” na casa da m a maior bagu m ze fa s o m ri p deliciosa e os
o Paulo: Dicionário de gírias de Sã o?
dend Tá ligado?: está me enten ar o amigo. Mano: uma forma de cham nqüilo. Tô de boa: estou bem, tra Mina: menina, garota. ito bom. Animal ou Irado: algo mu nha, dar vexame. Pagar mico: passar vergo
Observando esses depoimentos de jove ns que vivem em regiões diferentes, temos uma pequena dimensão da multiplicidade cultural do nosso país. Dessa forma, também podemos ver a importância de pertencer a uma cultura, reconhecen do-a e identificando-se com ela. Esse sentime nto de pertencimento nos ajuda a entender quem somos e de onde viemos. Atualmente é comum encontrar na nossa sociedade uma desvalorização da cultura local ou um simples desconhecime nto dela. No entanto, a história de nossos antepas sados e da região onde moramos assim com o os costumes fazem parte de nós e da nossa história. Você conhece os programas e os costum es típicos da sua região?
AVESSO
Composição: Alice Ruiz
ou 15 ublic ões e P . a t ç é poe ias, tradu is de a Ruiz s Alice entre poe til. Tem m eiros n rc , a a s f o p or a in livr istóri ravadas p anhou h a um uti ág sg o Jab tes. J úsica 50 m s intérpre incluindo Vice o ro s, e out s prêmio , pelo livr ta 9 o 8 s r 9 p o oe dive sia, de 1 a com m teve e d o a P s de i ca que s. Fo com Verso eminski, L Paulo os. lh i f três
pode parecer promessa é a pessoa mas eu sinto que você que eu conheço mais parecida comigo so só que do lado do aves no, bobagem ou ilusão pode ser que seja enga de ter você na minha eu me esqueço mas acho que com você ço e em seguida eu aconte endereço por isso deixo aqui meu apareço se você me procurar eu se você me encontrar te reconheço... Crédito: s os Alice Ruiz. Todo os. ad rv direitos rese
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As Violências parte da vida cotidiana de todo mundo. Elas estão As violências certamente são um assunto que faz : desrespeito, xingamento, preconceito, atitude em toda parte e se apresentam de diversas maneiras ronto entre torcidas e gangues, porrada entre racista, roubo, briga verbal, agressões físicas, conf meninos e até entre meninas. r: por que a violência se tornou a forma mais Diante de tudo isso, é fundamental poder se pergunta simples incômodo? Parece que as pessoas banal de resolver um conflito, um mal estar ou um s com uma conversa respeitosa. A valorização da perderam a capacidade de resolver seus problema ser e de pensar está cada vez mais frágil: qualquer diversidade ou a tolerância às diferentes formas de atitudes têm um nome, uma história e, em muitos diferença é motivo para brigas e desrespeito. Essas Veja algumas delas: casos, uma sansão penal dependendo da gravidade.
o? O que é racism
o às ceito relacionad on ec pr o é o Racism ma atitude e as raças. É u diferenças entr geralmente o ao outro que çã la re em l ti hos uma raça de que existe a éi id a n a ói so país, se ap a outra. Em nos or ri pe su ou 88 o melhor ão federal de 19 iç u it st n co a segundo ime, sujeito à siderado um cr n co é o sm ci depenra ês até três anos m m u e tr en a ofensa. pen e da injúria ou ad id av gr da dendo ano njando briga no ra ar a vi vi eu . Mas “Lá na escola fama de violento a um ha tin u E passado. mundo eu batia em todo e qu é e ad rd a ve o. Isso me avam de macac porque me xing iva ava com uma ra fic eu o, ri sé do tirava é que era é que no final eu or pi O . sa en im esperto, ano estou mais suspenso. Este o respeito rolar e a impor nt co e m a i nd apre 14 anos) (Eduardo José, ” r. ha ol lo pe só
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O que é intolerâ ncia religiosa? Intolerância relig iosa é a falta de respeito , de tolerância e de cond escendência com relação às opiniões, atitudes, crenças, religiões, modo de ser qu e reprovamos ou julgam os falsos. É um comportamento que reprime po r meio da coação ou da força as idéias ou crenças que de saprovam. “Lá no meu bair ro tem a maior rivalidade entre os católicos e os evangélicos. Eles vivem falando m al um do outro, di zendo que as pe ss oa s da outra religiã o não prestam. Eu nã o entendo, afinal, para mim todos são filhos de Deus.” (Mercedes, 14 anos)
O que é xenofobia?
A xenofobia é uma atitude de desconfia nça, temor ou antipatia por pessoas estrang eiras ou pelo que é incomum ou estranho ao mei o daquele que as juíza . No caso do Brasil, os preconceitos contra imigrantes estrang eiros já foram muito fortes no século passado e atualmente são di rig idos às pessoas que vêm de paises da América Latina, como bolivianos e pa raguaios. Entretant o, o preconceito contra indivíduos provenie nt es do Nordeste é muito in tenso nas regiões su le sudeste. Nomes co mo “baiano” e “paraí ba” são usados como fo rma de xingamento em muitos locais. “Lá na minha escola tem uma menina que ficava o tempo todo dizendo que ia me pegar na saída, me provocando, só porque eu vim do No rdeste. Eu ignorava , fingia que não escu tava, que não era comigo. Um dia eu me enchi e disse qu e se ela era mulher m esmo que a gente podia brigar no pátio da escola. Ela não fez nada ali mas na hora da saída estava com duas outras am igas para me bater. Foi horrível, saí corr endo e fugi. O pior é que agora estou co m fama de covarde na escola.”
bia? O que é homofo
(Aparecida, 14 anos )
ma atitude Homofobia é u aversão ao de rejeição ou ea homossexual ade. id homossexual
e sou “Eu descobri qu m 15 anos. homossexual co lidar com Foi muito difícil me xingavam isso. Na escola bicha louca. de mariquinha, uita raiva Eu ficava com m têm nada a afinal eles não orientação ver com a minha 18 anos) sexual.” (Cassio,
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Da Identidade à D i ve r s i d a d e Viviane Sorans
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o
eio numa como um pass é a ci n cê es ol Um A ad nsas emoções! te in de o ei ch a às montanha-russ outro zangado, em o, ad or m hu m , às vezes, dia você está be motivo aparente m se ar or ch de ade ouvir aquela vezes com vont nho no quarto e zi so ar fic de entos ou dos esses mom To os seus amigos s e. do nt to se de ou o a rt r pe untas que que você pens louco para esta r aquelas perg ente diz tudo o de m el on iv sp cr re in e ar nt qu u? Qual é o er melhor e te música especial o? Para onde vo você se conhec m ra es pa m s al io ár rm ss no sou eu? Sou parecem nece as afinal quem M : m lta sa as te por vezes sta ilo que você go do? qu un na m e, e ad ss tid ne r en id meu luga nsar na sua tamnstrução, você portante para pe co im de é s so ta es os oc sp sas re ro. Nesse pr da soA busca por es a vida e seu futu a família quanto su su ra pa da o er nt qu ta o es nã que já sou e imposiçõ ou não, quer ou eus pais acham algumas regras o m e nd ta qu es or P nt o: co r pl s bém pode se ve rguntar, por exem tão: Por que meu pe en u se O ? de da po ga cê ru vive. Vo consovoltar de mad ciedade em que ga? Tudo isso te não para sair e le as co m , um sa de ca a sa mar por isso? dormir na ca adulto para arru ando peço para m nunca passou qu ue a Q – nç ia is nf pa co us am com os se pais não mostr as cao sono ou brigar er rd pe r ze um e descobrir fa da te ca é at de de ito po je e o me u biotipo, er é perceber us cabelos, o se a de se conhec se sc s bu do a r ss co a ne e o: nt que você s outros, com O mais desafia ciona com tudo la se diferenciar do re m se ze e fa o ad e tid qu de vida, suas racterísticas o mundo. A iden to: sua história opiniões sobre en m as vi a, ol us nv e se qu de as roupas longo do seu r e viver. se apropria ao modos de faze e , e os nd st re go , ap , is re ra descob bitos cultu homens, as itações, seus há lim as su , , os brancos, os es os ad gr ne facilid os em os, os xist bistas, os católic nosso redor! E m ao sa e os nt re s, fe ro di ei e icas, visuais, exuais, os rock Eh! Quanta gent deficiências fís ais, os heteross de xu as se or os ad m rt ho po que s mulheres, os sa diversidade nos, as pessoa es ta is m ul co pa o at os nt s, co baiano prestramos em evangélicos, os nossa cultura ex tanto, quando en em en o N am al s! st ito in fin in upa é econceitos se mentais. Somos referir que a ro r que alguns pr ta ao – no ” te no is ia tr é ba , do e no trân“que roupa de compõe o mun er jeito; “acident qu es-feitas como: al as fr qu de em ita o, fe pl lante fa é sos, por exem ando uma tare o tão boas no vo qu sã – o o” nã et s pr re de he rviço a que as mul rsonalifeia; “parece se stringindo a pe ando-nos a idéi re ss pa s” – nê e” po nt ja la vo , só podia ser sito, mulher no eligente assim nt “i ou s, en m quanto os ho característica. dade a uma só
Diante de tantas frases preconceituosa s, é fundamental se perguntar: o que faz as pessoas verem nas diferenças individuais, um motivo para desrespeitar o outro? Entrar em contato com algo muito diferente de si pode incomodar e às vezes até assustar. Aliás, podería mos dizer que muitas vezes, aquilo que nos causa repulsa vem de uma incapacidade de reconhecerm os em nós mesmos sentimentos parecidos, por exempl o: alguém odeia os gordos porque tem raiva por eles se darem o direito de comer tudo o que querem, como a pessoa gostaria de se dar. Ou então: uma menina não gosta das meninas que se permitem namorar com muitos meninos , chamando-as de “galinhas”, justamente porque o que ela mais gostaria é também poder nam orar bastante. Portanto, uma das dimensões que pod em levar a ter atitudes preconceituosa s é o desconhecimento de si mesmo e a inveja do outr o. Contudo, existem outras dimensões soci oculturais que também estão ligadas às questões do preconceito. Os negros, por exemplo, fora m historicamente tratados com grande desigualdade em relação aos brancos, como no caso da África do Sul, onde entre os anos de 1948 e 1994, existiu um regime de segregação racial, no qual bran cos e negros não usufruíam dos mesmos direitos, não pod endo conviver em certos lugares públicos. Como esse, há diversos outros exemplos, como nos casos de judeus na Alemanha, muç ulmanos na Europa, gays em vários países do mun do, entre outros, nos quais a humanidade tratou e tem tratado as diferenças físicas e culturais como motivo de discriminação, controle e exploração. Enfim, como você deve ter percebido, essa questão da identidade: quem sou eu? Tem estr eita relação com a questão da diversidade – quem e como é o outro. Diversidade essa que, em muitos mom entos, pode ser difícil de conviver e tolerar, mas que é, também, a riqueza de um povo. Via de regra, valorizar a diversidade, respeitar o outro e tolerar as diferenças são atitudes con strutivas e fundamentais para a vida em sociedade. “Nã o fazer com o outro aquilo que você não gostaria que fizessem com você” é uma idéia simples, mas que pode ajudar bastante no momento de perc eber os limites necessários para uma relação respeitosa entre as pessoas.
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Livros ABRAMO, Helena Wendel. Cenas juvenis, punks e darks no espetáculo urbano. São Paulo: Scritta, 1994. AMADO, Jorge. Capitães da areia. Rio de Janeiro: Record, 2002. BANDEIRA, Pedro. A droga da obediência. São Paulo: Moderna, 1984. CAMPOS, Carmen Lucia. A cor do preconceito. São Paulo: Ática, 2006.
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LOPES. Jamiel de Oliveira. Abrindo o jogo com o adolescente. São Paulo: Teologia da Esperança, 2008. MARINHO, João Carlos. Sangue Fresco. São Paulo: Global, 1982. PERLMAN, Alina. Por quê…não posso ter o que quero? São Paulo: Difusão Cultural do Livro, 2005. PRATA, Antonio. Estive pensando. São Paulo: Marco Zero, 2003.
COSTA, Cristina. Caminhando contra o vento: uma adolescente dos anos 60. São Paulo: Moderna, 1995.
RODRIGUES, José Carlos. Tabu do corpo. Rio de Janeiro: Achiamé, 1979.
FRANK, Anne. Diário de Anne Frank. São Paulo: Círculo do Livro. Reimpressão (1953) 2002.
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IACOCCA, Liliana; IACOCCA, Michele. O livro do adolescente. São Paulo: Ática, 2002.
STANISIERE, Inês; NOBRE, Marcela. A agenda de Carol. Belo Horizonte: Leitura, 2007.
LEITE, Márcia. Não é bem assim! Contos de dúvidas e decisões. São Paulo: SM, 2005.
TELES, João Marcelo de Melo. Intercâmbio: coisas que todo jovem precisa saber. São Paulo: Melhoramentos, 2002.
Filmes American Pie
Em Busca da Terra do Nunca
Paul Weitz, 1999.
Marc Forster, 2004.
Antonia
História Real
Tata Amaral, 2006.
David Linch, 1999.
Código Desconhecido
Ken Park
Michael Haneke, 2000.
Larry Clark e Edward Lachman, 2002.
Crash - No Limite
Sociedade dos Poetas Mortos
Paul Haggis, 2004.
Peter Weir, 1989.
Elephant Gus Van Sant, 2003.
Sites Educarede: www.educarede.org.br
Conselho Nacional de Juventude: www.juventude.gov.br
Museu da Pessoa: www.museudapessoa.net
IG Jovem: www.jovem.ig.com.br
Onda Jovem: www.ondajovem.com.br
Portal da Juventude: www.juventude.sp.gov.br
Ação Educativa: www.acaoeducativa.org.br
Spinner – Portal para jovens: www.spiner.com.br
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o p r o c
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Eu e meu corpo Cabelos! Cabelos! Cabelos! Como cuidar da minha pele? Saiba tudo sobre alimentação Saúde e meio ambiente História da beleza
Nosso corpo é como um instrumento musical: há dias em que ele está super-afinado, irradiando sonoridades bacanas. São momentos em que nos sentimos felizes e de bem com a vida. Porém, há dias em ele está desafinado e a gente acha que o mundo inteiro está percebendo esse nosso modo desajeitado de ser. É horrível! Uma paixão deixa o corpo mais bonito. Uma decepção pode deixá-lo mais apagado ou até doente. Esses são bons exemplos para notar que existe uma conexão muito forte entre o corpo e a alma, sendo difícil separá-los. Por isso, cuidar da saúde inclui cuidar do conjunto corpo-alma. Mas, afinal, por que o corpo é tão importante para todos nós? O corpo é o que nos permite ser, existir; é ele também que nos torna capazes de fazer coisas no mundo. Desde os dedinhos dos pés, tão esquecidos, até os fios dos cabelos, tão lembrados. O corpo é essa matéria. O corpo é por dentro e por fora. Então, antes de tudo, para estarmos afinados com o nosso corpo, é preciso conhecê-lo e cuidar bem dele. Entender, por exemplo, quais são as transformações corporais que estão ocorrendo na adolescência e lidar da melhor maneira possível com elas. Conformar-se com o fato de que nenhum corpo é perfeito e que nem por isso o mundo vai acabar. Descobrir que uma característica física que pode ser vista como um defeito pode também (por que não?) ser vista como um charme. Algo como uma marca única, pessoal e intransferível que só você tem! Estar saudável não é algo simples. Inclui diversas dimensões: físicas, subjetivas e até sociais, como por exemplo beber água potável, ter acesso à rede de esgoto, tomar vacinas, poder usufruir de atendimento médico gratuito, que são direitos de todo cidadão. Portanto, saúde é quando o nosso corpo-alma funciona em equilíbrio com o ambiente, é estar afinado consigo mesmo: com o coração, a cabeça, o jeito de ser. Você conhece o seu corpo? Está de bem com ele? Entende as transformações que estão acontecendo com você?
Este módulo pode ajudá-lo a afinar esse instrumento! 27
o p r o c u e m e Eu sconitas pessoas andam de mu , os tiv mo s so er div r Hoje em dia, po ? Está de bem sem muita razão. E você s, ze ve às o, rp co u se tentes com Como gosta ou não gosta nele? cê vo e qu O o? rp co u com se ro? preencheria esse quad
meu corpo... Eu gosto no
eu corpo... m o n o ~ t s o g Eu na o
lhos, Boca, pernas, o
altura, Nariz, minha
meu cabelo, uando está meu cabelo q brilho, com bastante
o h n te e u q s to en m sa en p os dentro da minha cabec,a,
meu braço musculoso, minha barriga “tanquinho”. 28
minha falta de barba, a - sempre minha barrig ciso perder acho que pre s... -, uns quilinho
meu mau-humor.
O que fazer com as percepções que você tem do próprio corpo? Como valorizar seus pontos positivos, cuidar deles, investir neles, e tentar melhorar o que não está tão bom assim? Olhando para os aspectos de que você não gosta em você mesmo, há algo a fazer? Às vezes, num sentimento de desespero, pensamos que nada pode ser feito e acabamos por agredir nosso próprio corpo e, por conseqüência, a nós mesmos. Por exemplo, quando você espreme uma espinha ou toma um remédio para emagrecer sem prescrição médica, está de certa forma se auto-agredindo. Cuidar e gostar do próprio corpo passa, em primeiro lugar, por aceitá-lo como ele é. Mesmo que essa história de se sentir bem no próprio corpo pareça um pouco difícil, é um aprendizado possível, tem a ver com cuidar também do nosso jeito de ser, do nosso estado de espírito.
A seguir, colocamos diversas informações sobre você e seu corpo que podem ajudar nesse caminho de se conhecer melhor, aprender a gostar mais do seu corpo e saber o que fazer para cuidar melhor dele. Confira!
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! s o l e b a C ! s o l e b a C ! s o Cabel O que fazer com eles?
Por que eles s ão tão importantes pa ra o meu visual?
dos? ? Frisa s o d a t se in Menino pos? P s ? e s r o C g ? n s Lo Lisos om seu c urtos? C o it ? s u o d belos m-se m Espeta o: os ca eocupa r iv t p o s a m hido menin m bom o escol u il t r s o e p o .E soa. oal, e cabelos da pes a pess e c r d a a m id l a nifiersona são um um sig bre a p m o é s b o m it a têm t diz mu cabelos s o , Assim cial. cado so
Quer ver?
transmite: m e g a im e inião, qu Na sua op e? e usa coqu u q r e lh u • Uma m loridas? mechas co a s u e u q em ? • Um hom o-de-cavalo b a r e d m e • Um hom a e mantém u q r e lh u ? • Uma m a e tatuada d a p s a r a ç cabe
30
a Ao ler as frases da págin te anterior, imediatamen em na criamos um personag a cabeça! E não é só um uele aq pessoa com esse ou única cabelo: a partir de uma mos característica, imagina s, do um conjunto de imagen upas, qual fazem parte as ro foros acessórios, e até um determato de óculos ou um gem. minado tipo de maquia o o caÉ impressionante com de nós! belo pode dizer muito
com muito ssar, trate seus cabelos pa ja se de cê vo e qu Seja qual for a imagem que podem ajudar: Aqui vão algumas dicas
1
Não se deve la va com água muit r os cabelos oq é de morna par uente. O ideal a fria (22º), dia sim, dia não.
3
2
Em geral perdem 100 fios de cab os cerca de elo tanto, é normal por dia, poren cabelos em pen contrarmos tes e escovas. As mudanças h ormonais ou a falta de certos nu proteínas e vita trientes (como m acentuar a qued inas) podem a caspa também de cabelos. A pode provocar queda excessiv a você tem esse de cabelos. Se problema, tratea com xampus ad Casos críticos p equados. od resolvidos com em ser a médico dermat ajuda de um ologista.
cuidado!
4
Excesso de pro ce químicos, como dimentos ti alisamentos en nturas ou fraquece os cabelos, deixan do-os sem brilh o. Quem não abre m recursos precisa ão desses cuidados adicio tomar nai como usar xam s pu e condicionador s es específicos.
Secador e chap in não aumentam ha a queda, mas podem quebrar os fios devido à al ta temperatura dos aparelhos.
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SOCORR O ! Como c uidar
da minha p ele?!
” . . é s a h n i p s e “Para mim, ter ente realm uma ção decep
inco
ien n e v n
vel, , í r r ho ruim r o to mui sperad dese
o d n u m o d o fim
te
uma , l a norm vida a d e fas
“querer não sair de casa, sum ir para que ninguém te veja com essa criatura hor rível no seu rosto, é até mesmo chorar de tanta raiva e se perguntar: Por que logo agora ela veio aparecer? Quando na verdade não importa o mome nto que ela apareça, nunca será bem vinda.” (Jéssi ca, 17 anos)
o do o ç e m o o c eciment r amadu cada rta de apresentação de ca de cie pé es a um é O rosto pessoas a primeira coisa que as é e, pr m se e as Qu . um mal quando al você se sentir muito olham. Por isso, é norm da testa... E enorme bem no meio aparece uma espinha , então?! to num dia importante quando ela aparece jus Piorou!
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es – Com relação a esse assunto existem duas informaçõ as! uma boa e uma não tão boa – que são importantíssim como existe Aquela não tão boa é que, na fase da adolescência, pele são uma grande mudança hormonal, os problemas de é que muito freqüentes e podem durar alguns anos. A boa el, ou esses problemas não são uma fatalidade irreversív para seja, há muitos cuidados que podem ser tomados s ajudar a pele a ficar melhor, mais limpa, com meno cravos e espinhas. Aqui vão alguns deles:
3 4 1
tomar Limpar a pele vai além de atenção a um banho. O rosto requer vem ser especial. Peles oleosas de l, e as ge lavadas com produtos em leites ou s õe peles secas, com loç le pe A de limpeza específicos. , tar pede normal, mais fácil de tra o. A apenas um sabonete neutr nhã ma de ta fei limpeza deve ser e à noite.
2
Banhos muito quentes ou a pele. ar demorados podem ressec
quiagem É importante remover a ma struir o ob antes de dormir, para nã os poros.
5
ar espinhas Atenção! Espremer e cutuc cê tiver vo pode agravar o quadro. Se nvém co le, pe de as sérios problem atologista. consultar um médico derm cialmente O uso do hidratante, espe filtro solar aqueles associados a um do importante (fator 8 a 15), é um cuida danos para proteger a pele dos l, da poeira, causados pela ação do so Para as peles do vento ou da poluição. em gel que oleosas existem fórmulas to as secas não engorduram, enquan mes mais adaptam-se bem aos cre oleosos.
6
o adequada, E lembre-se: alimentaçã verduras e rica em frutas, legumes, re um aliado cereais integrais, é semp da pele saudável.
33
e! h c n a l o d a ” r Hor e m o ,c
“Comer
” o m o c u e e u q “Eu sou o dizer? que será que ela quer O ? se fra sa es m co dietas, Você concorda pando com isso. Fazem cu eo pr se ou do en m co alimento ssam boa parte do dia almoços e jantares. O em s Observe: as pessoas pa ize fel tos en im tec alidade essencial: tares, celebram acon ma, vai além de sua fin mudam hábitos alimen for rta ce de e, qu ia nc pel de tal importâ assume, assim, um pa viver. sem a qual não se pode gia er en de te fon a um ser comendo? Experimente E você? Costuma se preocupar com a qualidade daquilo que está montar o seu cardápio diário.
U N E M
1 2 3 4 34
Café da manhã:
Lanche da manhã:
5
Jantar:
6
Antes de dormir:
7
Você come em outros horários? O quê? Quando?
Almoço:
Lanche da tarde:
r? Segundo ece a pirâmide alimenta nh co cê Vo o? ad ibr uil eq cardápio está s, que se Vamos verificar se o seu m ser divididos em grupo de po s nto me ali os S), Saúde (OM idas diariamente a Organização Mundial de es ideais a serem consum ad tid an qu As r”. nta me ade ide ali no topo, menor a quantid is distribuem numa “pirâm ma to an qu : ide âm pir e se encontram na ordo com as quantidades dependem do lugar em qu seu cardápio está de ac o se ja ve e a ur fig a necessária. Observe po alimentar. diárias ideais de cada gru
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energéticos extras – são os açúcares, doces e gorduras, que devem ser ingeridos em quantidade restrita. As gorduras chamadas insaturadas são especialmente benéficas e se encontram no azeite de oliva, peixes, nozes e castanhas
3 porções
2
1 a 2 porções
1 porção
construtores 1 (leite e derivados) e os construtores 2 (carnes, ovos, leguminosas) servem de matéria-prima para a fabricação de novos tecidos. 4a5 porções
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as porções escritas são as necessidades diárias
1a2 1a2 porções porções
3a5 porções
5 a 9 porções
reguladores 1 são os vegetais e legumes, e os reguladores 2, todas as frutas. Eles são fundamentais para o bom funcionamento do intestino.
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energéticos (carboidratos) - pães, cereais e massas, que são as principais fontes de energia para o organismo. Mas preste atenção, apesar de serem o nosso combustível, são alimentos calóricos, pobres em vitaminas ou proteínas. Portanto, não devem ser consumidos em excesso.
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tirinha
Dicas para uma
boa alimentação
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s com uma salada Procure iniciar as refeiçõe l, ela vai amenizar crua. Além de ser saudáve ir a ingestão de sua fome e você vai reduz alimentos mais calóricos.
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salada, em geral Muita gente não gosta de perá-la bem. Use porque se esquece de tem limão, ervas, coloque sempre azeite, vinagre ou s de milho, de frios pedacinhos de frutas, sobra rosa. Seja criativo! que ela vai ficar bem sabo
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itas horas. Mesmo Evite ficar em jejum por mu er é melhor comer em para quem quer emagrec três horas do que menos quantidade a cada comer nada. passar longas horas sem
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s gordurosas (incluEvite o consumo de carne butidos (presunto, sive a pele do frango) e em não fazem bem para a mortadela etc.), pois eles is e poucos nutrientes. saúde: têm calorias dema
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, mas quem As frituras são deliciosas so deve sofre com o excesso de pe antidades, qu as ingeri-las em pequen Se for s. porque são muito calórica dinho, prefira inevitável comer um salga os assados aos fritos.
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utilize pouca Ao refogar os alimentos, colher de quantidade de óleo. Uma suficiente. sobremesa por pessoa é os cereais Sempre que puder, escolha aminas e integrais, que têm mais vit dade. Assim, proporcionam maior sacie he com pão se você comer um sanduíc is satisfeito do integral, vai se sentir ma o branco. que se ele for feito com pã
“Eu engordo e emagreço com muita facilidade. Vivo fazendo umas dietas radicais do tipo só comer abacaxi o dia inteiro. Dizem que isso não faz bem. É verdade?” (Camila, 15 anos)
o consigo. Sei que “Quero emagrecer e nã as odeio praticar m fazer exercícios ajuda, zer?” (Vera, 17 anos) fa esportes. O que posso Isso de ajudar a emagrecer. po te en alm re s rte po es Praticar ganizada. a máquina muito bem or um é o an m hu o rp co o porque preciso há nenhum segredo: é o nã r, ce re ag em er qu Se você rte ajuda e consumi-las, e o espo qu do ias lor ca ais m r gasta nessa tarefa. porte é o no pensar que fazer es ga en um é to, tan en No ades físicas calorias. Todas as ativid ar eim qu de to jei ico ún ia ou não você não é fã de academ Se . ias lor ca am eim qu as outras trar em uma, veja algum en ra pa a an gr m co tá es ar: maneiras de se exercit r calorias passear. Além de gasta Leve seu cachorro para rumar feliz, você ainda pode ar e de deixar seu amigão inho! uma paquera pelo cam
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Para ter boa saúde, é importante manter o peso estável. O conhecido efeito sanfona, o engorda-emagrece, é prejudicial ao organismo. Essas dietas radicais, como passar a semana comendo abacaxi, não são nada eficazes, pois além de não fazerem bem para o organismo, o que se perde é muito mais água do que gordura, que é o que realmente importa. Para emagrecer é preciso comer de tudo nas três refeições mais importantes do dia e fazer dois lanches entre as refeições, mas sem ficar beliscando a todo momento. Quem faz dieta não precisa passar fome: o ideal é comer a cada três horas. Se você não comer nada durante muito tempo, a fome vai ser tanta que você vai atacar a geladeira e comer o que estiver pela frente.
casa, dance. Nas baladas, dance. Em z alegria e emagrece. tra ar nç Da e. nc da o, eir No chuv ia, consome muitas Fazer faxina, quem dir enda sua mãe e ajude-a calorias. Assim, surpre . nas tarefas domésticas
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egar dois pontos antes de ch ou um s ibu ôn do lte Sa r a caminhada já pode se en qu pe sa Es . er qu de on a de peso. interessante para a perd
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“É verdade que quando a ge nte fica triste tem mais chance de ficar doente?” (Wellinton, 17 anos)
e eu posso fazer “Tenho mau hálito. O qu n, 15 anos) para melhorar?” (Wanderso uitas causas: infecção na O mau hálito pode ter m taro nos dentes ou boca ou na garganta, tár var os dentes da forma problema digestivo. Esco ntal vezes ao dia, usar fio de correta no mínimo três dem car chicletes ou balas po diariamente e não mas oblema. Mas não se ajudar a resolver esse pr a todo ano, pois além de esqueça de ir ao dentist s, ele dentes e tratar de cárie fazer uma limpeza nos . bre os outros problemas poderá orientar você so
Por um lado, é difícil estab elecer uma relação de causa e efeito tão direta entre o corpo e a mente. Por outro, há estud os que indicam uma correlação entre saúde em ocional e bem-estar físico. Pesquisas demonstra m que o sistema imunológico fica fragilizado em pessoas tristes ou deprimidas, aumentand o a incidência de doenças. No entanto, não ex iste uma fórmula que comprove de forma ex ata essa relação mente-corpo. Cada um rea ge de uma forma, cada situação é particular. Quando alguém fica doente, muitos fatores intera gem: a herança genética, o meio ambiente, o histórico do indivíduo, seus hábitos, seu es tado corporal e também seu estado emocion al.
ão Distúrbios alimentares: quando a relaç com a comida se torna um problema. óprio corpo. , muito infeliz com o pr (a) ro ag m o uit m ), o(a rd Muito go que é a adolescência, Nesse período delicado com as inúmeras es podem surgir junto os distúrbios alimentar ais e psíquicas. transformações corpor oa com a comida e a relação de uma pess qu em es çõ ua sit as o o a anorexia, s alimentares? Sã co. Os mais comuns sã ris em a, vid Mas o que são distúrbio a su até e saúde, e com sua vida. a ponto de colocar sua pessoa com seu corpo da tar es torna-se problemática alm o nd ofu lações com a . Todos indicam um pr imento, na vida, nas re olv a bulimia e a obesidade nv se de no o alg ue doente o acontece, é porq ópria pessoa que está pr a s ze ve s Certamente, quando iss ita Mu . m o be isso, é o ou amigos não está ind está acontecendo. Por e qu do família, com o namorad nta co dá se o perceberem que tem algo errado, nã alguma atitude quando em não percebe, não acha tom is ve sá on sp re igos, familiares ou a consulta com fundamental que os am mais próximo e fazer um e úd sa de sto po ao Ir O que fazer? que algo não vai bem. der ajudar. logo que, juntos, vão po um médico e um psicó
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ANOREXIA, em grego, significa ausência de apetite. É quando a pessoa se recusa ativamente a comer e, aos poucos, perde completamente a sensação de fome. O anoréxico é, então, obcecado por seu peso e por seu corpo que está em transformação. Ele se alimenta cada vez menos, perde a noção de seus contornos corporais e, mesmo estando muito magro, continua achando que precisa emagrecer mais. Com isso, além de perder peso e modificar o formato do próprio corpo, ele desenvolve sérios problemas de saúde. Há muitos casos de morte por anorexia.
“Quando alguém me diz q estou fin ue almente c omeçan ter um c do a orpo de mulher, vontade tenho de desa parecer morrer. , de Mas com o isso n é possív ão el, eu pa ro de co tentand mer o fazer m eu corp sumir.” o (Silvia 14 anos )
Algumas pessoas desenvolvem junto com a anorexia um distúrbio que se chama bulimia.
BULIMIA consiste em ingerir muito rapidamente quantidades exageradas de alimento. É um comportamento excessivo que não corresponde nem à fome, nem à gula. É menos da ordem da “vontade de comer algo”, e mais da ordem da compulsão, ou seja: “Não consigo parar de comer, é mais forte do que eu”. Essas crises provocam um grande mal-estar físico e, em seguida, a maior parte dos bulímicos provoca o vômito, ingere laxantes, ou outras formas de compensar o excesso de calorias ingerido. Nesses momentos, eles experimentam um forte sentimento de culpa, vergonha e desprezo por si mesmos.
“Qua nd a eng o eu fiz 11 or a Quan dar e não nos, eu co to ma m parav is eu a ma ecei estar me s i go entia s. el. Ch rdo mais m al eg e mesm uei a fica u comia. E por r bem ra o tome . Um dia gordo horrívme o i um lhei n , tipo obe susto gordo so oe : e . u est Ness (Carl ava d spelho e e dia os, 1 eform come 6 ano a s) cei a fazer do de tão regim e.“
OBESIDADE é quando uma pessoa ultrapassa em 20% a faixa de peso considerada “normal” para sua idade e altura. A obesidade pode incluir uma tendência familiar, mas está relacionada necessariamente a maus hábitos alimentares e à falta de exercícios físicos. Ela é cada vez mais um problema de saúde pública. No Brasil, por exemplo, avalia-se que, em 2007, 40% da população em geral estava acima do peso. Entre os adolescentes, 16% são obesos ou têm sobrepeso. A obesidade pode gerar não somente um profundo mal-estar com o próprio corpo, mas também problemas cardíacos, diabetes, hipertensão, entre outros. Conseqüentemente, a qualidade de vida fica prejudicada.
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Você sabe das coisas? Leia as afirmações abaixo e veja se você acha que elas são verdadeiras ou falsas. Confira em seguida se você acertou.
? ? ? o s l a f u o o r i Verdade 1
Comer chocolate dá espinhas.
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Usar gel não faz mal para os cabelos.
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A pessoa tem chulé porque não lava o pé.
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atas As pessoas negras ou mul precisam usar filtro solar.
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Lavar todos os dias os cabelos faz com que apodreçam.
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Quando a gente tem espinhas é porque o sangue está sujo.
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Se eu fizer a barba todo dia ela vai aumentar.
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Beber pouca água aumenta a celulite.
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Tomar um bom banho já elimina o cheiro de suor.
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Usar boné pode dar dor de cabeça.
RESPO STAS 1. Falso: ao contrário do que muita gente pensa, o chocolate não é o grande vilão das espinhas. Elas se devem mais a fatores hereditários. Mas não esqueça: uma boa alimentação faz bem para todo o organismo, inclusive para a pele.
2. Verdadeiro: o uso do gel não faz mal, mas ele não deve permanecer nos cabelos por um longo tempo.
3. Falso: o mau-cheiro pode ser causado pelo uso contínuo de meias, tênis e sapatos fechados, por micoses e por influência hormonal (é por isso que os adolescentes costumam ter mais chulé que as crianças e os adultos). Portanto, muitas vezes, apenas lavar os pés não é o suficiente. Além de secá-los bem, tomando cuidado para enxugar entre os dedos a fim de evitar micoses, pode ser necessário colocar polvilho ou talco antisséptico. Não use as meias mais de uma vez seguida e evite usar o mesmo tênis todo dia. É bom colocar os calçados para que tomem sol.
4. Verdadeiro: todas as pessoas, crianças, jovens e adultos, independentemente da cor de pele, devem usar filtro solar, em especial nos dias ensolarados.
5. Falso: a água não entra na raiz do cabelo, portanto, não pode apodrecê-lo.
6. Falso: as espinhas são inflamações dos poros e estão relacionadas a alterações hormonais, hereditárias, ou ao uso inadequado de produtos.
7.Falso: raspar a barba todo dia não vai estimular o crescimento de novos pêlos nem engrossar os que já existem, pois isso não afeta a raiz do pêlo, responsável pelo seu desenvolvimento.
8. Verdadeiro: para evitar a celulite deve-se tomar mais água, evitar o consumo exagerado de sal e refrigerantes e praticar atividades físicas.
9. Falso: além do banho, o desodorante deve ser sempre usado de acordo com a pessoa, o tipo de pele, a quantidade de suor, a atividade física e a tendência ou não para alergia. 10. Falso: em principio, usar boné não deve causar dor de cabeça. Usá-lo em dias de sol pode ser interessante para proteger a pele. Mas procure escolher um modelo que caiba com folga em sua cabeça: qualquer coisa que aperte demais pode ser desconfortável.
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corpo e meio ambiente Saúde (OMS), muitas Você sabia que, segundo a Organização Mundial de da? Você sabia que inúmeras doenças pessoas já morreram infectadas por água contamina sabia que existe uma estreita relação são causadas pela falta de saneamento básico? Você ias? entre a poluição atmosférica e as doenças respiratór e da nossa alma, sem dedicar uma atenção especial Como pensar em saúde, em cuidar do nosso corpo ável é fundamental conhecer e saber cuidar bem dele. ao lugar em que vivemos? Para ter um corpo saud que está relacionada ao meio ambiente. Beber água Mas a saúde tem também uma dimensão coletiva, lugar com muita poluição atmosférica são fatores que potável, ter saneamento básico, não morar em um do, algumas atitudes podem ser essenciais: podem contribuir para uma vida saudável. Nesse senti
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ua antes de bebê-la; Sempre ferva ou filtre a ág nciais é um o dos rios, mares e mana No Brasil, a contaminaçã dade da pública, pois afeta a quali grave problema de saúde to. a em risco o abastecimen água que bebemos e coloc o iss r po e o, o depósitos de lix Lembre-se: os rios não sã ito mu o, nenhum tipo de resídu não se deve lançar neles .; , pneus, móveis velhos etc menos garrafas pet, vidros
o da a em sua casa, o mosquit Não deixe água acumulad s ambientes; dengue se reproduz nesse
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neamento o houver um sistema de sa Se na sua comunidade nã causa us vizinhos em torno dessa se a ún Re . ele r po e lut o, básic áveis; s governamentais respons e pressione as autoridade
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se o: vidros, plásticos, metai Faça coleta seletiva de lix io me no r ito para se degrada papéis, que demoram mu , os proveitados ou reciclad ambiente, podem ser rea para novos produtos; servindo de matéria-prima você mora todos os dias, é Abra a janela da casa onde e se renove; importante que o ar circule a. procure assistência médic Sempre que estiver doente, o rviços de saúde é garantid No Brasil, o acesso aos se e a cas a su de de saúde perto por lei. Procure um posto exerça esse direito; sua comunidade e cobre Cuide do espaço público da smo! que os outros façam o me
. . . m e b o d n a s n Pe O que é ser bonito para você? r sempre barriga definida? Esta a e do ra sa o rp co Ter um los longos Ter seios fartos, cabe o? ad or m hu m be e so cheiro ra? Ou... o que tico? Ter uma boa altu pá sim r Se s? te an ilh e br formam os o de beleza? Como se tip ico ún um e ist Ex ? seria padrões de beleza? mbém cê tem de beleza é ta vo e qu a éi id a e qu nos Você já pensou as revistas, os jornais , TV A o? rn to en u se formada pelo , um jardim, bonito, seja uma casa r se e põ su se e qu o mostram a sua cial também influencia so o up gr u Se . oa ss pe ou uma ações, iver com essas inform nv co Ao . za le be de o definiçã a estar que “ser belo” signific r ta di re ac r po os am acab e, muitas ado padrão estético qu in rm te de em do ra ad enqu xto que vem a ao que a gente é. O te e nd po es rr co o nã s, veze dos padrões de beleza ão aç rm fo a te en am st da beleza aborda ju seguir sobre a história os. socialmente construíd lir – e nem deve! – engo isa ec pr o nã cê vo is ! é importante, po ades absolutas. Reflita Questionar tudo isso rd ve em ss fo se o m ela abaixo co iões. padrões e conceitos go ar suas próprias opin rm fo e r da or sc di ou concordar Só assim você poderá tura das pessoas retra al a ou so pe o m te o ue você nã o como os da Em vez de sofrer porq ue seus cabelos não sã rq po ou a, od m de s um tadas nos editoria e! A beleza pode vir de lax re i, nn hi ec an Gi o Reynald cuida Gisele Bündchen ou do lida com seu corpo e cê vo e qu m co ito je e, do jeito de ser! estilo que você assum minhar, enfim, de seu ca e r la fa de ra ei an m dele, da sua
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z e l e b a d a i r ó t s Hi Denise Bernuz
zi de Sant’Ann
a
a
ificada a longa e divers um ui ss po za le s, utilizaA busca da be redor dos olho ao as ur nt pi as história. D gito antigo, até mulheres do E e s en m ho r das po as capazes de rurgias plástic ci as n er od m e-se o as corpos, perceb os te en lm ca di nçar a modificar ra forçou para alca es se já o an m ãos dadas, quanto o ser hu caminham de m s ba m A e. ud nt sempre foram beleza e a juve s as diferenças re he ul m e s en e à harmas entre hom sociada à graça as s ze ve as ri za esteve vá os próximos rça física e traç para elas a bele fo e s, qu lo o cu nt sé ua e nq nt E da boca ou do gnificou, dura significativas. ado agressivo lg eles, ser belo si ju ra o ct pa , pe as as o rm fo monia das sinalizava um das mulheres, pelo contrário: , de. Ao contrário ra da iú ci fe ro fe de l da na si e o melhor à imagem ssariamente um ferocidade foss ce da ne a em er ag o im nã a os e, como se ve várias nariz masculin evocava virilidad masculina este ue za rq le po be a ía , ra so at is guerra. Por certo charme, de vencer uma m ge ra co da a do corpo. testemunho formas e à forç s do trabalho da a ri et m si à as com o aumento o, ud et br so vezes próxima e, am a ais também passar edades industri a ci ic so bl s pú da ta to lu en vim inferiores evocadores da Com o desenvol , os membros desses traços de ns an gu gr al , ca sa bo ca a s, tais como, feminino fora de e a corrida. cia das mulhere ên ar ap para a batalha na o s ad do lh za ta ri o lo rp va ser es: o enfim, um co rica em invençõ , o tórax largo, a es ri rt tó fo is h e a os m u ng lo leza possui os sexos, a be e tr en vens ça n re rialmente, foi in st du in Além das dife do na io ic e em pote, cond orreu em primeiro crem a Simon. Isto oc av am ch se e es cada vez mais tado pelos ingles eres aderiram lh u m as o, tã ícios 1860. Desde en e a outros artif za le be de es aos crem século assiduamente em meados do o, pl em ex r po rasil, ava a em moda. No B ncar já mencion le A de sé Jo zar a de es para embele XIX, uma crônic ad id al qu as s os" de toda rfumados venda de "postiç belos, óleos pe ca os r gi tin ra adas pa o, a austeria carioca: pom e pós. No entant es um rf pe s, ulher ruca ava que uma m para o corpo, pe rd co n co ão n quela época odutos. dade moral da todos esses pr te en m ia ar di utilizasse n divulgade boa família a revista Fon-Fo do an qu , 20 19 da de stumava-se Mesmo na déca nescimento, co ve ju re o ra pa a". A éticos mais a cara pint va novos cosm e qu a é a nt pi ulher de má m divino dizer que "a m a beleza um do ar er id ns co a l ainda er tendência gera a diariamente. pra e se invent m co se e qu e não algo
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Mas, a partir da segu nda guerra mundial, no Brasil, assim com cosmetologia se torno o em outros países, a u uma ciência indepen de nt e da qu publicidade começou ímica e da dermatolog a anunciar que não há ia e a mais idade nem um se embelezar; dorava ún ico m omento para nte só é feia quem qu er. Diferente dos an lezamento passaria os anteriores, o embe a ser aceito como um gesto rotineiro, não ap também, um direito, enas um dever, mas principalmente das m , ulheres. A venda de portáteis, compactos produtos de maquilag e práticos de usar, co em ntribuiu para dotar o naturalidade outrora gesto embelezador de rara. Para as brotinh uma os dos anos dourados glamour dos vestidos , que abandonavam o rabo de peixe dos an lânguido os 40 e ingressam na refrescante sex-appe moda do prático jeans al em voga, não basta ou do va parecer bela: o us substituído pelos novo o das tradicionais cin s regimes e ginásticas tu rit as foi , o trabalho embelezad e logo contaria com cir or ganhou produtos "n urgias cada vez men aturais" os invasivas. Depois da década de 1980, essa tendência se acelera. O embelez exigente, convocando amento passa a ser um partes do corpo até en gesto mais tão alheias aos cosm demanda um consum éticos e cirurgias. Um o infinito de serviços gesto que para a boa forma e um exclusiva, sobre a ap a atenção intensiva e, arência e a saúde. To por vezes, rna-se mais fácil liber mesmo, aumenta a ne ar e despir o corpo e, cessidade de nutri-lo po r isso com produtos de belez e próteses. No tempo a, de "vesti-lo" com m dos espartilhos e prim úsculos eiros cosméticos ind a estética destinavam ustrializados os cuida -se sobretudo aos jov dos com ens. Hoje a beleza é todos. Além disso, qu um direito e uma norm anto mais o corpo se a para mostra e se despe, m de investir em novos aior se torna a necess produtos de beleza. As idade sim, se na época de nossas avós a beleza trava-se apenas em en conalgumas partes do co rpo coberto por roup hoje ela está em toda as, a parte, pois atingiu as zonas mais íntimas do corpo. As depilaçõe s e os bronzeamentos não têm mais fronteiras. Não há mais idade nem momento ce rto para se embelezar. Cuidar da beleza se tornou um grande negócio para milhares de empresas e ao mesmo tempo um a obrigação para todos. Da alma da beleza que se alojava em algumas partes do corpo, passa-se, enfim, para uma beleza Denise Bernuzz sem alma, pois esta i de San pretende, agora, é profes t'Anna sora liv ser total e, principalm r e-docen História ente, eterna. te de da PUC -SP. É a de Políti utora cas do c orpo (19 Corpos 9 5) e de pass agem (2 entre ou 001), tros livr os sobr história e a das rep resenta corpora ções is.
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Livros ASQUITH, Ros. Eu era uma adolescente encanada. São Paulo: Ed. 34, 2004. COSTA, Cristina. Os grilos da galera: as questões da adolescência. São Paulo: Moderna, 1996. ECO, Umberto. História da beleza. Rio de Janeiro: Ed. Record, 2007. GREEN, Christine. Mudanças no corpo. São Paulo: Moderna, 1994. RODRIGUES, José Carlos. Tabu do corpo. Rio de Janeiro: Achiamé, 1979. STEINER, Denise. Beleza levada a sério. São Paulo: Celebris, 2006. TUCUNDUVA, Sonia. A dieta do bom humor. São Paulo: Panda Books, 2006
Filmes Supersize me – a Dieta do Palhaço Morgan Spurlock, 2004. O Diário de Bridget Jones Sharon Maguire, 2001. O Diabo Veste Prada David Frankel, 2006. Shrek 2 Andrew Adamson e Kelly Asbury, 2004.
Sites Adolescência: www.adolescencia.org.br Alimentação: www.alimentação.org Dieta: www.dietaesaude.com.br Dermatologia: www.dermatologia.net Manual do Adolescente: www.adolescente.psc.br/ Ministério da Saúde: www.saude.gov.br
INSTITUIÇÕES REFERÊNCIA DE TRATAMENTO Ambulatório de bulimia e transtornos alimentares do Instituto de Psiquiatria da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo: Tel. (11) 3069-6975 www.ambulim.org.br Programa de Orientação e Assistência a Pacientes com Transtornos Alimentares (Proata) da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp): www.proata.cepp.org.br 47
Puberdade: o que estĂĄ acontecendo comigo? O corpo das meninas e dos meninos O primeiro beijo A primeira transa DSTs e MĂŠtodos anticoncepcionais Gravidez na adolescĂŞncia 48
Por acaso você já se pegou pensando sobre o seu primeiro beijo, um namoro, uma paixão não correspondida, um amor à primeira vista? Ou então sobre fazer amor, ter prazer com o outro e consigo mesmo? Ou talvez sobre os métodos anticoncepcionais e o medo de pegar uma doença sexualmente transmissível? Esses são alguns dos muitos aspectos relacionados à sexualidade humana. Um assunto que, sem dúvida, é muito complexo, cheio de detalhes e particularidades que despertam inúmeras questões, dúvidas e inseguranças. Esse tema torna-se especialmente importante na adolescência, quando ocorrem as principais mudanças corporais e o desejo de experimentar uma relação amorosa aparece com mais intensidade. O seu ponto de vista sobre o mundo e sobre si mesmo se transforma e talvez você não saiba direito o que fazer com tudo isso. Bom, você poderia se perguntar: “Será que só eu tenho essas sensações e penso nessas coisas? Isso acontece apenas comigo?". Certamente não. Você está acompanhado de muitos adolescentes e jovens que estão aprendendo a lidar, habitar, conviver com esse novo corpo que está se tornando ou já se tornou um corpo adulto. Junto com as mudanças corporais surgem, então, desejos, prazeres e, pela primeira vez, a possibilidade de ter uma relação sexual. Diante de tudo isso, é bem possível sentir um turbilhão de ansiedades, dúvidas e vontades. Em primeiro lugar, é fundamental refletir sobre esse assunto e ter as informações necessárias sobre seu corpo e sua sexualidade. Nesse sentido, este módulo foi pensado levando em conta as principais dúvidas da maioria dos adolescentes. Por isso, há muitas informações, explicações, mas também questões para você pensar, atividades e brincadeiras. Informação e reflexão mostram-se essenciais para você formar uma opinião, ter certeza do que quer, assumir uma postura sincera e responsável diante do próprio corpo, do amor, do desejo, do sexo e do prazer.
É importante pensar até onde cada um pode ir quando está com alguém, ter responsabilidade por si e também saber cuidar do outro.
Então, vamos lá?! 49
: E D A D R E B U P
tá s e e u q igo? O m o c o d en acontec
Muitas mu danças corporais acontecem ao mesmo nessa fas tempo e da pube r pode ser m dade. Por isso, uito intere ssante co mpreende o que and r a acontece ndo. Aliás, pod emos com eçar perguntan do justam ente:
o que a puberdaé de?
“Quando meu corpo começou a mudar eu....” o, o estranh tive it u m i e h “Ac cou, me expli ninguém er tudo sozinha.” nd que apre 17 anos) , (Rafaela
! uma boa “Aceitei n tir n e a me s Comecei .” o em adult um hom 5 anos) (Mario, 1
“Entrei em um pequ eno colapso, achava tudo estranho, pern as engrossando, quadril ficando mai or, roupas apertada s, tudo ficava mal...De morei para me acostumar com o m eu novo corpo.” (Helena, 15 anos)
“Me con fu mudanç ndi muito... Ess as todas as fo muuuito difíceis ram pa (Rogério , 16 ano ra mim.” s)
uando r, alegria q e d i a cresce r r o m a r “M a ç e er, ios com nte mulh e lm meus se a e r e senti mim!” quando m o marcante para uit isso foi m anos) 7 1 , (Daiane
A puberdade é uma fase da vida em que o desenvolvimento corporal acontece de forma muito acelerada. Seu início varia de indivíduo para indivíduo, mas normalmente, para os meninos, acontece entre 9 e 14 anos. Para as meninas é um pouco antes, ou seja, entre 8 e 13 anos. A velocidade com que a puberdade ocorre também não é idêntica para todas as pessoas: as mudanças corporais podem durar de dois anos e meio até cinco anos, dependendo do ritmo corporal de cada um. Nesse período, o adolescente cresce, seu peso aumenta e seu corpo deixa de ser o de uma criança para se tornar um corpo com contornos e formas de um adulto. Os adolescentes também ganham de 20 a 25% da altura e 50% da massa corporal (peso) definitivas.
Porém, muitas dessas mudanças não ocorrem da mesma forma nos meninos e nas meninas.
Vamos ver? 50
MENINOS! O crescimento se acelera primeiramente nas
O bigode e a barba também aparecem nessa
extremidades do corpo (braços, pernas, mãos e pés) e depois no tronco. É nessa fase que acontece o famoso “estirão de crescimento”, no qual o adolescente ganha altura de maneira bem rápida, chegando a crescer até 10 cm por ano. Nos meninos isso ocorre entre 13 e 14 anos, mas lembre-se de que eles só alcançam a altura definitiva com 17 ou 18 anos.
fase, é tempo de aprender a lidar com o barbeador!
O desenvolvimento dos órgãos genitais acontece de forma lenta, em etapas. Primeiramente, há um aumento dos testículos e depois um aumento do pênis. Os pêlos crescem devagar até cobrirem a região pubiana.
O timbre de voz dos meninos se altera, em especial, nas fases mais avançadas da puberdade. Porém, durante essa transformação, em alguns momentos, os meninos podem sentir que estão com a voz meio “desafinada”, estranha. Isso é normal e passageiro.
Órgão genital masculino externo
Órgão genital masculino interno 1. Testículos (neles são produzidos espermatozóides e hormônios) 2. Canais deferentes (tubos por onde passam os espermatozóides) 3. Vesícula seminal (bolsa que produz um líquido que se junta aos espermatozóides para que a sua saída do corpo fique mais fácil) 4. Próstata (glândula que produz líquido branco e grosso que carrega os espermatozóides) 5. Bexiga
1. Púbis
4. Glande (cabeça do pênis)
2. Pênis 5. Orifício da Uretra 3. Prepúcio (pele fina e enrugada que cobre a glande)
6. Bolsa escrotal
6. Uretra (tubo por onde passam o esperma e a urina para saírem do corpo)
– é quando o Ejaculação precoce ntrolar e acaba uma exciocorre quando existe se acumula no pênis, tação sexual, o sangue ngado. Um pênis ereto deixando-o rígido e alo a para a direita ou para pode ficar mais virado al. esquerda, isso é norm , almente controláveis As ereções não são tot er zes elas podem acontec por esse motivo, às ve çosas. E, em situações embara smente não acontecer também, podem simple o. Esses momentos quando queremos muit das vezes, quando os ocorrem, na maioria e ansiosos. Por isso, meninos estão tensos laxar! o melhor a fazer é re
Ereção –
uma série
onde a Ejaculação – correspitir que o pênis perm de contrações que vão e um líquido branco produza e descarregu espermacontendo milhares de acontece tozóides. A ejaculação ega ao quando a excitação ch ela seu auge e junto com meniocorre o orgasmo. Os eira nos ejaculam pela prim . vez entre 10 e 16 anos
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se co menino não consegue s, gostaria. Nesses caso gozando antes do que itam menos a relação ele e a parceira aprove s que só de dar uns sexual. Existem menino brar enina, ou só de se lem amassos com uma m o. os que acabam gozand dela, ficam tão excitad isso acontece por algum Muito freqüentemente de por exemplo, excesso fator emocional, como, o, e não por problemas ansiedade ou nervosism o estiver acontecendo físicos. Portanto, se iss problemas, procure um com você e causando te o; muito provavelmen médico ou um psicólog eles vão poder ajudar.
“Eu acho o meu pênis pequeno, o que eu faço?!” (Jorge, 14 anos) É fundamental lembrar que não existe um tamanho “normal” de pênis. Em termos médicos, se o pênis ereto atinge sete ou mais centímetros ele já tem um tamanho adequado para dar prazer em uma relação sexual. No caso dos brasileiros, um pênis ereto tem em média cerca de 12 e 13 cm. Mas lembre-se de que o pênis só atinge seu tamanho final entre 17 e 18 anos e que assim como todas as características do corpo ele varia muito de acordo com cada pessoa. Esse assunto é o campeão de encanação dos meninos, por isso, aqui vai uma dica preciosa: o prazer sexual não está relacionado ao tamanho do pênis. A performance sexual vai depender muito mais da sintonia e da intimidade com a outra pessoa do que do tamanho do pênis.
ino “Socorro! Eu sou men ios mas parece que os se Isso o! estão se desenvolvend ?!” ço é possível? O que eu fa
(Caio, 13 anos) com você é O que está acontecendo mamário no um aumento do tecido e médico para sexo masculino (o nom o acontece isso é Ginecomastia). Iss olescentes, em grande parte dos ad grande mas fique tranqüilo, na amas voltam maioria dos casos as m ente em no ao normal espontaneam isso não ocormáximo dois anos. Se um médico. rer, você pode procurar
“Eu me ma s um problem turbo todos os dias, v ár a? Será qu e pode faze ias vezes, isso é A masturb r mal?” (R ação é um
afael, 14 an a forma sa de conhece os) udável de r o próprio s entir praze corpo. Ela conta do e r e s também xcesso aca ó vai ser u mp bar atrapalhan do outras a machucando o pênis roblema se por tividades d ou de algu conversar av ma forma com os am igos, pratic ida social, como ir a procurar o escola, ar esporte rientação m s nesse ca édica. so deve-se
, i todo melado os) e rd o c a e o d an rmin “Eu estava do algum problema?” (Tomás, 15 o rna será que tenh a polução notu
chamad a entre os nte o sono – a tante freqüênci Ejacular dura as b m co ce te precisa on – é algo que ac so não é um problema, nem a s. Is . Muitas vezes homens joven de tratamento ada h an p a é acom rn u ot n o çã u pol ência é óticos. A tend por sonhos er a inu com a eqüência dim fr a su e u q s podem procure um médico! as alguns homen vid dú as m ais m e, er tiv ad cê id vo vida. Se édico (m durante toda a tra a bia -l he tá n um l, se ra re ge o ap Pode ser um clínic
tes) ou um urologista. especializado em adolescen para ajudar! Todos eles estão preparados
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! S A N I N E M Nas meninas, a puberdade começa entre 8 e 13 anos. Nessa fase há um grande ganho de altura, sendo que o pico do crescimento ocorre entre 11 e 12 anos. Contudo, a altura final que a menina vai atingir acontece somente entre 15 e 16 anos. Em geral, o crescimento desacelera depois da primeira menstruação. O desenvolvimento dos órgãos genitais acontece de forma lenta, em etapas. As mamas (seios) surgem aos poucos e os pêlos crescem devagar até cobrirem a região pubiana na fase final de desenvolvimento.
Hímen: é uma membrana fina que se encontra na entrada da vagina. Na primeira relação sexual, ela se rompe com a penetração do pênis, fato que pode causar um pouco de sangramento. Nos casos em que o hímem é bastante fino ou elástico, o sangramento pode não ocorrer e isso é também é normal. Clitóris: é um ponto de grande sensibilidade do órgão feminino. Ele é um dos grandes responsáveis pelas sensações de prazer que a mulher pode experimentar em uma relação sexual.
Órgão genital feminino interno
Órgão genital feminino externo 1. Monte de Vênus ou púbis 2. Clitóris 3. Uretra (abertura por onde sai a urina) 4. Vagina 5. Grandes Lábios 6. Pequenos Lábios 7. Ânus
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1. Trompas ou tubas uterinas (tubos por onde passam os óvulos quando saem do ovário) 2. Útero (órgão no qual o óvulo fertilizado se fixa e se desenvolve até o nascimento do bebê) 3. Ovários (produzem óvulos e hormônios) 4. Colo do útero 5. Canal vaginal
anos, podendo acontecer um A primeira menstruação ocorre em torno dos 12 menina. Nesse momento, o ciclo
pouco antes ou um pouco depois, de acordo com cada dade da mulher. menstrual começa e junto com ele os períodos de fertili ações importantes: Você sabe como ele funciona? Aqui vão algumas inform também existem ciclos de 21 Em geral, as meninas menstruam a cada 28/30 dias (mas em que as meninas podem ou até de 40 dias). Para se conhecer o período fértil (fase em conta o ciclo menstrual. engravidar), isto é, quando a menina ovula, é preciso levar mês, depois o do mês seguinte Você deve marcar o primeiro dia da menstruação de um seu ciclo é de 28 dias, provavele saber quando é a metade do ciclo, por exemplo, se o fértil dura uma semana, três mente você ovula no 14º dia (metade do ciclo). O período contas funcionam para quem dias antes e três depois da data da ovulação. Mas essas os dias em que menstrua, tem o ciclo regular. Por isso é importante que você anote para saber como anda o seu ciclo. Veja um exemplo:
SETEMBRO dom
2ª feira
3ª feira
4ª feira
5ª feira
6ª feira
Sábado
1
2
3
4
5
2º dia 1º dia menstruação
3º dia
8
9
10
12
7
11
6
6º dia
7º dia
8º dia
10º dia
5º dia
9º dia
4º dia
15
16
17
19
14
18
13
13º dia
14º dia ovulação
15º dia
17º dia
12º dia
16º dia
11º dia
R I S C O D E23 G R A 24V I D E Z25 22
20
21
18º dia
19º dia
20º dia
21º dia
27 25º dia
28 26º dia
29 27º dia
30 28º dia 1º dia menstruação
22º dia
23º dia
26 24º dia
Mas atenção: • A maioria das adolescentes têm ciclos menstruais irregulares principalmente nos dois primeiros anos, isto é, eles variam de um mês para o outro. Por exemplo, se você menstrua no dia 2, depois no dia 7 do mês seguinte, depois no dia 29 do outro mês, esse não é um ciclo regular. Isso pode fazer com que o dia da ovulação seja muito perto do início da menstruação seguinte, por essa razão, a menina que não se prevenir na relação sexual pode ficar grávida durante a menstruação. É raro, mas acontece, certo? • Algumas mulheres sabem quando estão ovulando porque podem ter secreções vaginais perto do 14º dia, ou porque percebem leves sintomas em seu corpo (uma dorzinha na barriga, uma leve mudança de humor, por exemplo). • O que fazer, então? Usar SEMPRE um método anticoncepcional e camisinha também, para prevenir a gravidez indesejada e as doenças sexualmente transmissíveis (DSTs).
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consulta ao a t s i g o l o c e n i g m MUITO aflitas a c fi s a in n e m s a Boa parte d ginecologista. o a ir e d e d a id il com a possib respostas mais e s ta n u rg e p s a Veja algumas d freqüentes: Por que é preciso ir ao ginecologista? Porque é com esse médico que se pode aprofundar a conversa sobre o seu corpo, o início e o desenvolvimento da atividade sexual, sobre métodos anticoncepcionais específicos e sobre DSTs.
Quando é preciso ir ao ginecologista? Idealmente no começo da puberdade, mas muitas vão apenas após a primeira menstruação ou após a primeira relação sexual. É importante ir antes da primeira transa para poder falar sobre o assunto, saber dos cuidados necessários e tirar dúvidas.
O que acontece na primeira consulta? O(a) ginecologista conversará sobre a saúde da paciente, sobre o desenrolar da maturação sexual (mamas, pêlos e menstruação) e sobre relações sexuais. Em seguida, acontece o exame físico. A menina tira a roupa e veste um avental. O(a) ginecologista verifica o peso, a altura e a pressão e examina o coração, a barriga e as mamas. O exame ginecológico só é realizado se a paciente já teve atividade sexual.
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Há outros exames que é preciso fazer? Após o início da atividade sexual, deve ser realizado anualmente o Papanicolau. Esse é o exame que previne câncer de colo de útero. Faz-se o exame externo da vagina e depois se introduz um instrumento chamado espéculo pelo canal vaginal para que se possa visualizá-lo. A seguir o(a) médico(a) observa o colo do útero (parte final do útero), do qual serão recolhidas as células para exame microscópico.
Tenho muita cólica, é normal? Sim, pode ser normal ter cólica. Nem todas as meninas têm, mas é muito comum tê-las no período pré-menstrual e durante a menstruação. Elas são uma contração involuntária da musculatura do útero. Se a dor for muito forte, o melhor a fazer é procurar um médico ginecologista. Caso for algo leve ou esporádico, uma boa dica é tomar um banho ou colocar uma bolsa de água-quente, pois isso ajuda a relaxar a musculatura do útero e por conseqüência diminui as dores abdominais.
Eu posso falar de tudo com o médico? Posso contar que eu já transei sem que ele conte para a minha mãe? Será ótimo aproveitar essa oportunidade para falar tudo e tirar todas as suas dúvidas. A confidencialidade é direito do adolescente, o que significa que as informações discutidas durante e depois da consulta não podem ser passadas aos seus pais ou responsáveis sem a permissão explícita do adolescente. E só poderá ser quebrada se houver risco de vida ou perigo relevante para o adolescente ou para terceiros. O paciente sempre será informado com antecedência da necessidade de quebra do sigilo.
De quanto em quanto tempo é preciso ir ao ginecologista?
Rafael Hes s
O ideal é ir uma vez ao ano ou quando houver alguma dúvida ou preocupação, tais como: corrimento intenso; coceira, vermelhidão ou verrugas nos genitais; dor ao urinar ou nas relações, etc.
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r a r o m a n , r a c i f , r a j i e b . .. i. o f o ij e b o ir e im O meu pr ele 14 3 anos e a 1 a h n ti ito. Eu inho n “Foi perfe ra senti um frioz mas foi o h o, tive med ensível anos. Na , r lo a c ti sen hoso, s barriga, per-carin a. De vez u s i fo le bom. E tranqüil ou muito mos. Acho que ix e d e m e fica s) do ainda a, 16 ano em quan r um dia.” (Luan sa vamos ca
“Foi na saída da minha escola com uma menina de lá. Ela disse que queria saber se eu beijava bem. Eu topei. Foi bom.” (Rafael, 15 anos)
ele, em gostava d n u E l. e ív rr o “Foi h amigos porque meus aconteceu só ois me pressão. Dep a m u m ra ) ze fi atia, 17 anos arrependi.” (K
tas É tempo de descober vas: o e de experiências no rá que eu o primeiro amor. Se o, ad or m na ro ei im Será que eu estou primeiro beijo, o pr mim neste mundo? de ar st go i va ém nte! rá que algu vez é mesmo marca ra ei im pr vou saber beijar? Se la pe do tu entar regras, omento de experim do que não existem en eb rc apaixonado? Esse m pe a ab ac cê , vo do e às vezes agitações e dúvidas Tudo é um aprendiza r. ija Então, perdido nas be r be sa ra pa o, bendo?! bem ou, por exempl cê tem de nascer sa vo e receitas para se dar qu e ss di em qu ia, afinal, essão dos amigos é preciso ter paciênc Às vezes tem até pr e. nt rta po im m be uma ser algo ar de que não O primeiro beijo cost ental sempre lembr am nd fu é o, nt ta en go. No mais importante é para que aconteça lo r o primeiro beijo. O da ra pa rta ce e ad existe uma id bom momento, guro, sentir que é um se , fim a r ta es cê vo lheu. Nada de ssoa que você esco estar bem com a pe beijou. r aos amigos que já ze di ra pa só a rr ba forçar a u ritmo, suas vontades e o se as r ta ei sp re é cio O negó algo prazenamorar é para ser afinal, beijar, ficar e ação. roso e não uma obrig
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ijo é preciso Depois do primeiro be os) 13 an logo namorar? (Patrícia,
Depende de cada um. Não necessariamente. iso go sta r ba sta nt e Para namorar é prec ade de estar ao lado da pessoa, sentir vont quando fica algum dela, sentir saudades também estar distempo longe. É preciso as manias e com os posto a conviver com pessoa. Por isso, pontos de vista da outra a ceder de vez em tem de estar disposto conviver com o quando, ter paciência, de até ser, mas outro. Muito difícil? Po mo de estar com quando gostamos mes os apaixonados, o outro, quando estam aí tudo vale a pena!
Tenho 17 a n algo de err os e nunca namorei, ado comig tem o? (Cássio) Não exis
te uma ida de certa pa Tem gente ra começar que começ a namorar. a logo no in cia, tem ge ício da ado nte que esp lescênera um pou um pouco m co mais. De ais não torn morar a ninguém nem quer d esquisito, e izer que vo rrado, cê Pode não s er tão simp “ficou para titia”, nada les encontr disso. mente tenh ar alguém a a ver com que realvocê. Por o estiver disp utro lado, s osto, abert e o, pode ter tarde, uma certeza que você hora acaba , c edo ou acontecend o!
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a s n a r t a a primeir ses. á oito me h a v a r o nam nto, 17 anos e a qualquer mome a h n ti u E mo “ dia rolar migas co o a p s e a u h q in po. Sabia ara m esmo tem untava p g m r o e a p , a o s n entã um filme iosa e te r a u o c d a n v ti ta is os ass era. Es e estávam s ó n squentou , e ia a m li c Um d ,o ioso e em casa ito atenc u m i sozinhos fo ar. u a relax lando! Ele o o d r ju u a o e b a ac isso m comigo, te n s) ie c a p a, 18 ano n ia r (A Foi bom.”
complivez foi muito a ir e m ri p a h ns e “Min éramos virge is o d s ó n e u fiquei cada porq . Na hora, eu s o n a 5 1 a h n eu só ti ção ofea mil, respira o ã ç ra o c , o s de nervo nso. Por falta te in jo e s e d uito gante e um ão rolando m n u o b a c a , ia porque experiênc o importante it u m i fo s a M bem... ira, as outras e m ri p a o d ti e l.” se não tivess rga emociona ca a m s e m a seriam com nos) (Robson, 18 a
ande expecolescentes tem uma gr ad s do ia ior ma A ! ga o um frio na barri e sabendo e, assim Esse assunto dá mesm brar que ninguém nasc lem iso ec pr é , do ntu Co imediata, eira vez. de entre um casal não é ida im tativa em relação à prim int A . os uc po s ao o que se aprende é que se aprende como beijar, transar é alg com o tempo e paciência Só . ho rin ca e do ida cu ída com mágica, mas sim, constru tro. ra si mesmo e para o ou aquilo que dá prazer pa ples, pois exisnão é uma pergunta sim sa es m, Bo ? ar ns tra ra s que pronto pa ui vão algumas questõe Aq . -la Como saber se eu estou dê on sp re ra pa rem considerados u momento: tem vários aspectos a se osta possível para o se sp re r lho me a ar ntr co podem ajudar a en
ente está a fim Está certo(a) de que realm da pessoa? te e confia nessa Tem intimidade suficien tá a fim? pessoa de quem você es
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m de confiança Já conversou com algué sobre esse assunto? ultos sobre métoJá se informou com ad dos contraceptivos?
-se à vonSe você é menina, sente o que use tade para pedir ao menin camisinha? ha? Você a Você já comprou camisin do acha que carrega com você quan pode acontecer?
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duro(a) para Você acha que está ma transar?
Se você está em dúvida sobre alguma dessas questões, talvez seja melhor esperar um pouco porque transar exige respon-sabilidade e maturidade. Ou seja, para ter a primeira relação sexual, é importante estar seguro da decisão e querer viver com seu parceiro(a) um momento de muita intimidade. Por isso, tanto a escolha de alguém de quem você goste e em quem confie, quanto estar se sentindo pronto, são aspectos fundamentais. Nesses momentos de dúvidas, pode ser interessante conversar com um médico sobre todas essas questões. Ele pode ajudar a encontrar algumas respostas!
Ah! E não se esqueça da camisinha, é claro! Exercer sua sexualidade de uma forma responsável é fundamental para se respeitar, cuidar da sua saúde, a de seu parceiro e evitar uma gravidez indesejada.
Quando você confirmar a sua vontade de experimentar uma primeira vez e estiver seguro dessa escolha, siga em frente. No momento da transa, é importante relaxar. Pode não ser muito fácil, pois às vezes dá tremedeiras, vergonha, boca seca ou uma ansiedade incontrolável. Tudo bem, isso faz parte do processo. Experimente ir conversando com o parceiro para ficar mais tranqüilo. Isso ajuda muito! E, por último, lembre-se: não tem certo ou errado. O que importa é descobrir aos poucos o seu corpo e o do parceiro e caprichar nas preliminares (beijos, amassos, abraços, carícias), porque elas ajudam a relaxar e a aproveitar.
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“Sou virgem e estou namorando com uma garota que já transou. Estou morrendo de medo de não conseguir fazer direito e de gozar muito rápido. O que eu faço?" (Pedro, 15 anos) Ficar ansioso ou inibido realmente não ajuda muito no momento da transa e pode até fazer com que aconteça uma ejaculação precoce e insatisfatória. O que fazer? O jeito é tentar ao máximo não ficar antecipando a situação. Espere, tenha calma, relaxe e aproveite o momento da maneira mais desencanada possível. Mesmo que a primeira vez não aconteça exatamente como você gostaria, lembre-se sempre de que ninguém nasce sabendo e, portanto, o que mais pode ajudar é experimentar para ir aprendendo a calibrar o prazer e a construir uma intimidade com a pessoa que está com você. Não tenha vergonha de conversar com sua namorada sobre o que dá prazer a você e perguntar o que dá prazer a ela. Poder falar nessas coisas ajuda a relaxar e a curtir mais esse momento.
17 anos) menina dói muito?” (Karina, z ve ra ei im pr incipalmente se a a pr e a, od m cô in r do “É verdade qu onforto e até uma importante é ocar um certo desc suportável. O mais ov in pr go al de é po o a nã ns s, tra re ulhe essenciais A primeira ra a maioria das m da vagina, fatores pa o , çã m ca ré ifi Po br a. lu a os e rv o estiver muito ne inares, respeitar o estimula a dilataçã m as carícias prelim no clima, pois isso r co tra se en re ia r lic xa De la o. re traçã to. Quanto tentar ção desse momen dor durante a pene rti ta cu sin a o m nã ita r cil he fa ul m ro ível rcei para que a to do hímen. É poss intimidade com o pa en e m a pi nç m ia ro nf do co e a, o lm seu ritmo, ter ca a dor da penetraçã o, aprendendo... laxada, menor será inue experimentand re nt er Co tiv a. es lm a ca in m en co m Aliás, é as vá mais a édico ginecologista. a doa um pouco, m m nd ai um s e te ur in oc gu pr se , s m que nas veze dores continuare elhora muito. Se as m so is is da primeira vez. , po m te o Com logista antes e depo co ne gi um r ta ul e cons sempre important “Tenho 15 anos e ven ho, pela p masturbaç rimeira ve ão, ter pra z, descobr z er com me essas cois indo essa u corpo. O as me sin história de único prob to muito c errado?” (J lema é qu ulpada.... S anaína) e quando erá que es faço tou fazend Ter prazer o algo proib com o pró id o, prio corpo problema , masturba é que, his r-se, não te toricamen pensando m nada de te, isso foi bem, qual errado. O c onsiderad é o proble tocar-se p o algo sujo, ma em term ode ajudar feio. Mas, os prazer muito a pe para apre com o nos ssoa a se nder a ter s o corpo? Ali conhecer m prazer na meninas, ás, elhor, algo relação se esse tema fu n x damental u a l. Porém, parece dif sociedade sobretudo ícil. Existe de que qu um pensa para as em pode te bobagem! m e n to r prazer, go difundido Afinal, as em nossa zar e trans mulheres ar são os h também tê omens. Um m todo o d a ireito de s entir praze r!
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“É mais dif ícil para as meninas a orgasmo?” tingir o (Fabiana, 1 5 anos) Se compara das com os meninos, podemos d izer que po d e ser mais para as me difícil ninas ating ir o orgasm acontece p o . Isso orque o fun cionamento órgãos sex dos uais feminin os não é tã óbvio. Dois o fácil e ingrediente s são funda para conse mentais guir chega r lá: conhece próprio corp r bem o o, sabendo , por exem lugares on plo, os de se tem mais praze estar bem r sexual e relaxada n o momento da transa. Por isso, é legal ter in timidade c parceiro e om o estar o me nos inibida nesse mom p ossível ento. Mas le mbre-se d ter mais pra e que zer na rela ção sexual aprendizad é um o, e por iss o mesmo p que demore o de ser um certo te mpo.
“É verdade qu e transar mud ao corpo? As men inas ficam com mais cintura e quad ril?” (Joana, 14 anos) Não, transar nã o muda o corp o da mulher nem do homem. O corp o muda pelas al terações horm on ais inerentes à fa se da puberdad e, não por causa da relação sexu al.
“O que é o orgasmo? (João, 13 anos) ação de intenso Orgasmo é uma sens pelo corpo. Nos prazer que se espalha s ele vem acommeninos, muitas veze . Nas meninas, panhado da ejaculação mais úmida e a região da vagina fica tos cardíacos dilatada e os batimen aumentam. eninas, o orgasSobretudo para as m , nem acontece mo nã o é automático todas as relanecessariamente em mais se conhece ções sexuais. Quanto parceiro, mais o próprio corpo e o do sal atingir e fácil se torna para o ca aproveitar o orgasmo.
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É preciso saber is ha. a n o i c p e onc m da conhecida camiséino c i t n a s o Métod todos anticoncepcionaoiscêasléaber que a camisa,inphraevine
v d s mé indeseja portante Há muito gravidez íssimo im a it r u a m it v é Só que lém de e delas do que, a brir qual o to c é s e m d o a ic ar ún . ue dará tentes. P as DSTs logista, q des exis o a c id e il in também ib g s . s sulte um essárias ixo as po você, con ções nec Veja aba a a r d a n p e a m d o dica rá as rec é mais in ções e fa ta n ie r o todas as
método
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como usar
outras dicas
Camisinha
Colocar assim que o pênis ficar ereto e retirar logo após a ejaculação (jogue essa camisinha fora e se quiserem continuar um pouco mais depois disso, é preciso colocar outra camisinha). É importante usar em todas as práticas sexuais (penetração vaginal, sexo anal e oral) para, além de ajudar a evitar gravidez, evitar também as doenças sexualmente transmissíveis.
Um erro comum é não acertar o tamanho do preservativo: há camisinhas desenvolvidas nas medidas ideais para o adolescente (é só procurar nas farmácias), o que diminui o risco de o preservativo escapar na hora da transa.
Camisinha feminina
Colocar dentro da vagina, deixando uma borda para fora (parece um saquinho de borracha extrafina, com um fundo para ficar acomodado no fundo da vagina, como se fosse um diafragma). Jogue fora após o uso.
Exige treino: você pode ficar na frente do espelho e experimentar jeitos mais fáceis de colocar, para na hora H tudo rolar com maior tranqüilidade.
Pilula de baixa dosagem hormonal
Tomar uma por dia, sempre no mesmo horário, até o final da cartela, que em geral tem 21 comprimidos (você toma durante três semanas e não toma durante uma semana).
Se você esqueceu de tomar um dia, você tem só até o dia seguinte para tomar a que esqueceu e o método continuar eficaz. Nunca pare a cartela: mesmo se você esqueceu mais de um dia (o que exige que você previna com camisinha), vá até o final da cartela para evitar complicação no ciclo hormonal.
como usar
outras dicas
Injeção mensal
É tão segura quanto a pílula, com a vantagem de você só precisar tomar uma vez por mês. O ginecologista receita e você pode aplicar na farmácia.
Um dos problemas é que, por ser uma dosagem hormonal que você recebe de uma só vez, pode provocar náuseas ou algums sintomas como seios mais sensíveis ou ficar meio inchada por alguns dias.
DIU (dispositivo intra-uterino) para adolescentes
Colocados no consultório, duram no mínimo cinco anos e exigem acompanhamento médico a cada seis meses, para verificar se continua no lugar. Indicado para as meninas com vida sexual ativa há mais tempo.
Dor, cólica e sangramento são sinais de alerta para procurar o médico e fazer um exame para checar a posição do DIU. Se ele sair do lugar, há o risco de engravidar. Por isso é preciso estar sempre atenta.
Anel vaginal
Para ser colocado dentro da vagina e trocado a cada três semanas. Quem coloca é o ginecologista. Fica liberando doses de anticoncepcional, o que impede a gravidez.
É um método relativamente novo e você precisa: 1. não esquecer a data de trocar; 2. ficar ligada para saber se não saiu do lugar.
Adesivo com anticoncepcional
Para colocar por cima da pele e trocar toda semana. Você mesma pode colocar.
Aqui, também, não esquecer de que trocar é fundamental para a eficácia.
Diafragma
Antes da relação sexual, colocar no fundo da vagina para impedir que o sêmen siga seu caminho até o óvulo (ele faz uma barreira). Tem de diversos tamanhos e é o ginecologista quem tira as medidas para você usar o tamanho certo (porque se não for do tamanho certo, não funciona direito como barreira).
Colocar e tirar o diafragma é questão de treino: é só apertar as bordas para entrar no canal vaginal e colocar bem no fundo da vagina (quando você for falar sobre isso com o ginecologista, ele pode ensinar mais dicas). O bacana é ser uma opção não descartável: você usa, lava e guarda para a próxima vez.
método
Fonte: MULLER, Laura. 500 Perguntas sobre Sexo do Adolescente. Rio deJaneiro: Ed. Objetiva, 2005. p. 42 a 45.
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a Camisinha: por que usá-l e como usá-la? tal desde nte fundamen ie d re g in m u ne contra mplesmente ura. Ela previ g se al xu se Camisinha é si a a vid sa para ter um ejada. a primeira tran ravidez indes g a m u a tr n bém co das transas, as DSTs e tam desempenho o n a h al p ra at a go muito acham que el omento em al as m so se es p es as ar it m u M a transfor ui em üente ensina ma não dimin es m a el e u q mas o uso freq e re-se d zeroso. Lemb tranqüilo e pra razer. sibilidade ao p n se a su a a nad
Os po camis stos de saú inhas d gratui e distribue tamen m te.
Para colocar
1
2 3 4
Abra o pacotinho da camisinha com a mão e não com a boca para evitar rasgá-la. Comece a colocá-la com o pênis ereto. Aperte a ponta da camisinha com os dedos para retirar todo o ar. Vá desenrolando calmamente a camisinha com a outra mão até chegar na base do pênis. Deixe sempre uma folga na ponta da camisinha para armazenar o esperma.
Para tirar
5 6 7 66
Retire a camisinha enquanto o pênis ainda estiver ereto. Segure as bordas da camisinha para evitar que o esperma seja derramado. Retire-a do pênis com toda calma. Dê um nó na camisinha ou enrole-a num papel higiênico e jogue-a no lixo.
s Outras dicausá-la.
s de stos ao isinha ante tes e expo u no n m e a u c q a d is a e c validad arteira o vo em lo o prazo de entro da c orracha. preservati d o , s e ia ix d e d s o b • Verifique io isinhas: nã isinha, durante vár abar danificando a m a c s a u s c m s a las. • Cuide da rregar a mesma ca alor, ou você pode ito entre e tr c a a c o o e r m it a o v it c E v gar sol. o para e nhos). pode estra smo temp três tama e m m te o a bolso. Ela is x s e a misinh o Brasil, se duas ca eu pênis (n s o a o d • Nunca u a ho adequ ansas. um taman e r p m o ara duas tr C p • a h in is cam a mesma • Não use
Muitas são as palavras po pulares que fazem parte do vocabulário ligado ao sexo. Embora você possa usar todas elas, é bom sa ber o nome correto. Teste seus conhecimentos :
1 2
3 4 5
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O R G A S M O
1. Nom e de um a doen 2. Ato d ça sexu e tocar alment o corpo c de gera e trans om as r praze miss mãos c r sexua 3. Nom om a fin ível. e das z l. alidade onas d cias ge o corpo rando p q ue são razer s 4. Nom sensíve exual. e da ca is às ca b eça do 5. Nom rípênis. e dado q u ando h recobre á um a o pênis nel estr e impe glande eito na de a ex . pele qu posição 6. Mem e comple brana q t a u d e a recobre se rom pe dura o orifíc io exte nte a p 7. Pequ rno da enetraç eno órg vagina ã ã o o . situado órgão d e na vag e praze ina que r femin é o prin ino. cipal
Respostas: 1. gonorréia, 2. masturbação, 3. erógenas, 4. glande, 5. fimose, 6. hímen, 7. clitóris.
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issivel m s n a tr te n tratar? e lm a u x e s evenir? Como se a pr ç se n e ra o pa r d ze : fa T e DS s DSTs? O qu do que cipais sintomas da são mais comuns
o os prin a que elas Você sabe quais sã doença, mas saib idar para exercer sua sexualide a is co sa es r po interesse e saber se cu Talvez você nem se r isso, é fundamental se informar . Po á-las. se pode imaginar l. mo é possível trat ve co e sá on am sp st re ife ra an ei m doenças se dade de man ente como essas am at ex a ic pl ex O quadro abaixo
DST
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Pode ser transmitida por...
Gonorréia
Relação sexual (vaginal, anal ou oral); de mãe para filho na hora do parto; pelo contato direto com a secreção ou as mucosas infectadas.
HPV
Relação sexual; contato das mucosas com a região infectada (durante o famoso “esfrega”).
Herpes genital
Relação sexual; contato direto com as bolhas ou feridas infectadas; durante o parto.
Candidiase
Relação sexual; contaminação a partir do intestino (por falta de higiene adequada); algumas mulheres são predispostas a desenvolver essa infecção.
Hepatite B
Relação sexual (nessa hora, sempre ocorrem pequenas lesões nas mucosas, que sangram, propiciando o contágio); contato com sangue contaminado.
Aids
Relação sexual; tranfusão de sangue contaminado; contato com esperma e secreções contaminados, agulhas e seringas contaminadas; de mãe para filho durante a gravidez, o parto e a amamentação.
ATENÇÃO! SINAIS DE ALAR
ME PARA AS DSTs:
arelado ou esverdeado; - Corrimento abundante am - Mau-cheiro nos genitais; ou bolha nos genitais; ga rru ve , ida fer o, idã elh rm - Coceira, ve - Ardor ao urinar; xual. - Dor durante a relação se
Sinais no garoto
Sinais na garota
É péssimo porque....
Corrimento amarelo-esverdeado, ardor ao urinar e inflamação da garganta (se o contágio foi por sexo oral) e do ânus (se foi por sexo anal).
Não costumam aparecer sintomas, a não ser um corrimento pela vagina e pela uretra; mas ocorrem cólicas e febre quando a bactéria chega aos ovários e trompas.
Pode deixar a pessoa estéril (incapaz de ter filhos no futuro).
Algumas vezes, não apresenta sintomas, que são lesões (verrugas).
Lesões (verrugas) que podem ser isoladas ou agrupadas e não causam dor.
Tem sido associado ao aparecimento de câncer genital.
Bolhas doloridas na região genital; elas se rompem e formam feridas doloridas, que depois desaparecem. Mas o vírus continua no organismo e pode atacar em fases de baixa resistência.
Os mesmos que os do garoto.
Não tem cura (só tratamento para amenizar os sintomas).
Ardência ao urinar e, raramente, corrimento esbranquiçado.
Corrimento branco leitoso e espesso, coceira intensa, irritação na vulva e vagina (que ficam inchadas e avermelhadas), dor durante o sexo e ao urinar.
Compromete a saúde e, além disso, o prazer sexual.
Febre e dores no corpo, a pele fica amarelada, a urina escurece, o fígado incha.
Os mesmos que os do garoto.
Pode evoluir para cirrose ou câncer de fígado.
Suores noturnos, calafrios, apatia, diarréia prolongada, emagrecimento exagerado, manchas avermelhadas na pele, febre permanente. Mas o portador do vírus HIV pode não apresentar sintomas por vários anos.
Os mesmos que os do garoto.
Ainda não se descobriu a cura; como destrói o sistema imunológico, podem ocorrer várias doenças oportunistas.
Fonte: MULLER, Laura. 500 Perguntas sobre Sexo do Adolescente. Rio de Janeiro: Ed. Objetiva, 2005. p.68-69.
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e d a d i l a u x e S s HOMO Senti atração po Não sei bem o r um garoto da minha sala. q tenho certeza ue fazer com isso e nem se sou homoss exual. A homossexua li (Fabio, 14 ano dade é uma doença?” s)
humana é Não, a homossexualidade não é uma doença. A sexualidade ais (sentem bastante ampla e diversificada. Muitas pessoas são heterossexu ssexuais atração por pessoas do sexo oposto), outras pessoas são homo são bissexuais (sentem atração por pessoas do mesmo sexo) e outras ainda combinações (sentem atração por pessoas dos dois sexos). Todas essas sexual não se são possíveis e existem na nossa sociedade. A orientação muito controle. dá de um dia para o outro e nem é algo sobre o qual temos depende de Ela é algo complexo, que vai se construindo aos poucos e que orientação e muitos fatores. Cada um tem direito de ir descobrindo essa o, nenhuma ser respeitado, seja ela qual for. Não existe certo ou errad orientação sexual é melhor que outra. do mesmo Também é preciso saber que sentir atração por uma pessoa mais comum sexo ou eventualmente ter uma experiência homossexual é os descodo que se imagina, sobretudo na adolescência, quando estam a pessoa é brindo tantas coisas. Isso não significa necessariamente que mesmo sexo homossexual. Pode acontecer de se apaixonar por alguém do e depois voltar a curtir alguém do sexo oposto. da vida. A sexualidade humana pode assumir diversas formas ao longo culturais e Nossas escolhas não são eternas e também sofrem influências algo a dizer sociais. A TV, o rádio, o jornal, a internet, a família, todos têm vel contentar sobre a sexualidade. Como deve ou não deve ser. Não é possí disse que a todos e talvez nem tenha sentido fazer algo só porque o outro seu desejo e é certo ou errado. Portanto, o mais importante é respeitar o tentar viver bem com ele.
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e d a d i l a Sexu a
r u t l u ec
A sexualidade não é só algo ligado a cada pessoa individualmente. Ela tem uma dimensão sociocultural de extrema importância, que afeta todos nós. É essa dimensão que nos ensina o que é permitido ou proibido. Por exemplo: é aceitável transar com um homem ou uma mulher que não seja parente – o namorado, o marido ou um amigo –, mas não é aceitável transar com os pais, nem com uma criança. Portanto, a sociedade construiu uma série de normas culturais que todos devem seguir. Quebrá-las é algo muito grave. Essas normas variam de acordo com a época ou o lugar. Os hábitos, as crenças, os valores de cada sociedade fazem com que alguns comportamentos ou práticas sejam mais aceitos que outros. O conceito de sensualidade também pode variar conforme a época, o contexto, a cultura. O que era sexy ou permitido na década de 1920, por exemplo, não é visto da mesma forma nos dias atuais. Observe como as maneiras de mostrar e valorizar o corpo da mulher e do homem passam por mudanças nas diferentes épocas.
ue é ser sexy? E para você? O q
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Bambino
Ernesto Nazareth
E se o ferro ferir E se a dor perfumar Um pé de manacá Que eu sei existir Em algum lugar E se eu te machucar Sem querer atingir E também magoar e há O seio mais lindo qu E se a brisa soprar E se ventar a favor E se o fogo pegar ar Quem vai se queim De gozo e de dor E se for pra chorar E se for ou não for Vou contigo dançar or E sempre te amar am E se o mundo cair r E se o céu despenca Se rolar vendaval Temporal carnaval em E se as águas correr Pro bem e pro mal
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Quando o sol ressurgir Quando o dia raiar É menino e menina Bambino, bambina dar Pra quem tem que No final do final E se a noite pedir E se a chama apagar E se tudo dormir O escuro cobrir Ninguém mais ficar Se for pra chorar E uma rosa se abrir Pirilampo luzir Brilhar e sumir no ar Se tudo falir O mar acabar E se eu nunca pagar O quanto pedi Pra você me dar E se a sorte sorrir O infinito deixar Vu seguindo seguir beijar E quero teus lábios
ício do XX. culo XIX e in sé do al fin ileiro do r do tango positor bras grande auto m um co o oso m um i co fo areth rnou-se fam onhecido Ernesto Naz os países. To de 1898. Rec rs ta ve da stido di si to as er em a conc de er tocadas Seu primeiro de Janeiro, on músicas são io R as on”, su no de , o, “O on or , a Ode do ch mosos brasileiro e pera do Cinem ngos mais fa ta es us de se tá la es sa de ra ob va na . Um quando toca ra piano. Sua vam a cidade os que visita completas pa ic s te. Para ús ça m or pe m 2 os a tr 21 por ou anos de su a. Compôs 50 oc ép ou et sa pl es m co ia a faz referênc 84, quando se ico desde 19 bl v.br. pú go io o. ín ic m bl em do .dominiopu w w w se es ac conhecê-la,
Gravidez na adolescência Viviane Hercowitz
informaOs adolescentes de hoje têm muitas recebem ções sobre sexo. Conversam entre si, , assistem folhetos sobre o tema nas escolas e tudo o a palestras, vêem programas de TV o cada mais. Entretanto, os especialistas estã informação, vez mais intrigados: diante de tanta vinem na por que é que os jovens não se pre z na adohora de transar? Por que a gravide ? lescência tem aumentado a cada ano
mais lindo “Gosto muito de um menino que é o s dariam do bairro, e eu sei que todas as menina a entre tudo para ficar com ele! Rolou um clim pensava em nós numa festa e, naquela hora, só porque ele curtir o máximo que eu pudesse, até r comproé conhecido como o cara que não que e na hora misso com ninguém. Acabou rolando e ter pod e es, razõ s rsa dive por rre oco medo Isso lembrei da camisinha, mas fiquei com até são não s tivo mo ses certeza que muitos des , que só dele desistir de mim. Achei, também elas aqu são r, dize r que , ntes claros e conscie er nada.” uma vez sem camisinha não ia acontec faz, que por bem e sab nem te gen a que coisas pensou, não (Tânia, 16 anos) não pensou direito a respeito ou, se endo que Por que será que Tânia, mesmo sab “caiu a ficha”, sabe como é? ha, se seria perigoso transar sem camisin ses des ns algu re sob i aqu Vamos conversar que isso arriscou assim? Por que é tão comum de m era ntec aco que os cas de tir par motivos, a dessa aconteça? A questão é que em troca s sobre “a ente lesc ado de s ória hist As . ade verd ravintura relâmpago, ela pode acabar eng ave ito mu são sas tran e s ore primeira vez”, seus am qualquer dando ou pegando alguma doença; se elas que r dize até os conhecidas, podem cias comuma dessas situações traz conseqüên dos ns algu iu ouv já ê voc ente tam repetem. Cer que vale a plicadas para a vida de Tânia. Será ver ? r que ai, por ixo aba s tado rela os cas camisinha pena? Como se preparar para que a aconteça? seja uma condição para que a transa
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Essa história também nos leva a pensar sobre uma frase tantas vezes dita pelos adolescentes: “Isso não vai acontecer comigo”. Por um lado, essa idéia traz a sensação de alguém que está acima das leis, como se essa pessoa estivesse imune a algo, tal qual um super-herói que consegue evitar certos problemas. Por outro, confiar na sorte e desprezar o imprevisto é uma maneira de testar as possibilidades e os limites do mundo adulto. De qualquer forma, é preciso estar atento: lembra-se de como nascem os bebês? Pois é, é tudo verdade! E funciona para todos, do mesmo jeitinho, então, é melhor não bobear: use camisinha sempre!
transformá-las em mulheres de verdade. É importante lembrar que não é uma transa que transforma uma menina em mulher, que a faz amadurecer e ser “dona do seu nariz”. Uma pessoa madura é uma pessoa responsável, que cuida de si e que pensa no dia de amanhã. Além disso, criar um filho implica respeitar muitas regras e ouvir conselhos porque não se pode fazê-lo como se bem entende. É preciso saber renunciar, conseguir colocar as necessidades do outro na frente das próprias, o que certamente é mais difícil do que obedecer as ordens dos pais.
Quanto ao desejo de Jennifer de viver o que sua irmã está vivendo, isso é um pouco nossa sociedade valoriza “Estava conversando com a minha irmã mais normal porque bastante a mulher grávida. Assim, dá mesmo velha que está grávida, e ela me contou mil r esse lugar, porque a delícias: ela entra no ônibus e logo dão lugar vontade de ocupa grávida acaba tendo mil regalias. Mas será para ela sentar, vai ao posto de saúde e gaque não se pode ter esta mesma sensação nha toda a atenção, meus pais não param de poder de outras maneiras? Quando temos de paparicá-la e todo dinheiro que sobra vai os e por quem somos para o bebê. Enfim, por onde ela passa, rece- amigos que amam amados, quando somos reconhecidos em be carinho e muito respeito! algum trabalho que fizemos, na escola, nos Depois desta conversa, saí com meu namoesportes, em oficinas artísticas, isso também rado e, pela primeira vez, eu me empolguei não são maneiras de sermos especiais? Ter e nem quis usar camisinha. Agora, pensando um filho pode, sem dúvida, trazer alegrias bem, eu acho que fiquei com vontade de ter para a vida de alguém, no entanto, sobretudo tudo aquilo para mim. quando ainda se é adolescente, ele também Às vezes também penso que se eu engravitraz inúmeras responsabilidades e restrições. meu do dasse, poderia cuidar do meu filho Você sabia que 90% dos bebês de adolesminha na eter introm se jeito, sem ninguém centes são criados apenas pelas mães? E, , ordens a cer obede a r obriga me vida, nem por essa razão, elas acabam mudando seu mesmo discordando delas.” (Jennifer, 17 anos) cotidiano, seu rumo e parando de estudar? A vida dessas meninas se torna mais comDo ponto de vista social, a maternidade está plicada. Por isso, é fundamental pensar ligada à maturidade e à feminilidade, portanto, muito bem antes de tomar essa decisão! muitas moças acham que a gravidez pode
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No meio de tantas incerteza e inseguranças, saí para esfriar a cabeça, transei com meu namorado e não me preveni. Acho que cansei de tantas responsabilidades e cuidados!” (Aline, 18 anos) Aline tem razão de estar tão insegura: a vida não é moleza e em algumas situações, ela fica ainda mais dura! Poderíamos pensar que ser mãe, nesse momento de tantas dúvidas poderia, de fato, aliviar seus conflitos. Porém, se refletirmos bem, essa é uma escolha que vai restringir bastante seu futuro. Se antes era difícil, por exemplo, entrar numa faculdade, com um filho vai ser mais ainda. Os horários puxados e as tarefas exigentes do trabalho que ela teve serão substituídos pelas mamadas, trocas de fraldas e outras responsabilidades com o bebê! Pesquisas recentes têm mostrado que 40% das meninas que ficam grávidas do primeiro filho, engravidam novamente em dois anos, o que muda realmente o rumo de uma vida. Então, podemos pensar que no caso de
Aline, um filho só resolveria o impasse do que fazer num futuro próximo, mas a impediria de experimentar outros caminhos possíveis como estudar, procurar um trabalho bacana ou fortalecer o seu relacionamento amoroso. Ser mãe seria apenas mais uma possibilidade de se realizar frente a muitas outras opções. Retomando a pergunta inicial, sabe-se hoje que a maioria dos jovens conhece as informações, mas não as utiliza na hora de transar. Aqui você viu algumas das várias situações que podem levar alguém a engravidar na adolescência. Todas elas fazem a gente pensar que nem sempre essas gravidezes são tão indesejadas assim. No fundo, a garota talvez não tenha parado para pensar que uma parte muito escondida de si acharia mesmo bom ter um filho. Não é que um bebê pode dar sentido para uma vida cheia de conflitos? Mas será que esse é o único sentido possível para uma vida? Como construir um projeto de vida mais amplo para si próprio? Pense nisso e se cuide! s Rafael Hes
“Tenho dezoito anos e estou numa fase de muitas decisões. Termino o ensino médio este ano e acho que não vou conseguir entrar numa faculdade, aliás, nem sei direito o que quero fazer! Também já tive algumas experiências de trabalho e é dureza: horários puxados, broncas de chefe, competição de colegas, tarefas que eu não me sentia preparada para realizar. No meu namoro também estou numa fase meio difícil porque a gente briga muito e eu não estou sabendo lidar com isso.
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Livros ARATANGY, Lidia Rosemberg. Sexualidade: a difícil arte do encontro. São Paulo: Ática, 1995.
MAY, Kara. Coisas que toda garota deve saber sobre garotos. São Paulo: Melhoramentos, 2002.
BOUER, Jairo. Primeira vez. São Paulo: Panda Books, 2006.
MAYLLE, Peter; ROBINS, Arthur. O que está acontecendo comigo: guia para a puberdade, com respostas às perguntas mais embaraçosas. São Paulo: Nobel, 1984.
BRULLER, Helene. Aparelho sexual e cia.: um guia inusitado para crianças descoladas. São Paulo: Companhia das Letras, 2007.
MULLER, Laura. 500 perguntas sobre sexo do adolescente. Rio de Janeiro: Objetiva, 2005.
CHARBONNEAU, Paul-Eugène. Namoro e virgindade. São Paulo: Moderna, 1985.
NICOLELIS, Giselda. O amor não escolhe sexo. São Paulo: Moderna, 2002.
COREY, Peter. Coisas que todo garoto deve saber sobre garotas. São Paulo: Melhoramentos, 2006. GANYMÉDES, José. Ladeira da Saudade. São Paulo: Ed. Moderna, 2003. GELLING, Kátia. Essa tal primeira vez. São Paulo: Moderna, 1995. LOPES, Angélica. Plano B, missão namoro. São Paulo: Rocco, 2003. GRAVELLE, Karen; GRAVELLE, Jennifer. Não se incomode: tudo que você não quer perguntar sobre menstruação (mas precisa saber). São Paulo: Companhia das Letras, 2005. 76
SAYÃO, Rosely. Sexo é sexo. São Paulo: Companhia das Letras, 1997. SUPLICY, Marta. Sexo para adolescentes: amor, puberdade, masturbação, homossexualidade, anticoncepção, DST/Aids, drogas. São Paulo: FTD, 1998. TAKIUTI, Albertina. A adolescente está ligeiramente grávida. E agora? Gravidez na adolescência. São Paulo: Iglu, 1990. VEIGA, Francisco Daudt da. O aprendiz do desejo: a adolescência pela vida afora. São Paulo: Companhia das Letras, 1997. VILELA, Antonio Carlos. Mais coisas que toda garota deve saber. São Paulo: Melhoramentos, 2003.
Sites Disk-Adolescente: 2, os jovens Pelo telefone (11) 3819-202 ais e tiram buscam ajuda de profission . O serviço dúvidas sobre sexualidade xta-feira, das funciona de segunda a se jovem 11h às 14h. A identidade do não precisa ser revelada. Instituto Kaplan: xual e tem Trabalha com educação se as sobre um serviço de tirar dúvid sexualidade: sp www.kaplan.org.br/index.a Saúde: Secretaria de Atenção à www.saúde.gov.br
Filmes Meninas Jason Reitman, 2007.
Dez Coisas Que Eu Odeio em Você Gil Junger, 1999.
Garotos Não Choram Kimberly Peirce, 1999.
Da Cor do Leite Torun Lian, 2005.
Juno Jason Reitman, 2007.
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a i l í Fam
Construindo sua árvore genealógica Heranças e escolhas Túnel do tempo: como foi a sua infância? Álbum de fotografias Conflitos familiares Dicionário dos pais separados
é assim. Família, família m discute, fica co A gente briga, smo é eral, gosta me g m e , s a m , a raiv a de A macarronad de estar junto. e, uma viagem it o n à la ve o n domingo, a mpea na final do ca id rc to a , s a ri de fé atura, uma pas rm fo e d ta s fe onato, a rro, enfim, são co o -s to n ro p lo sagem pe m ter ntos que parece e m o m s o s o it mu ia. estar em famíl e s ra a p s o it sido fe
povos. la mistura de e p o d a rm fo um país rranjo origem ou o a a ja e s e u q r e Qualqu verdade, o famílias de ã s s a d to , te n existe res e seu ças, seus valo n ra e h s a u is com quezas transm ri o ã s e u q r, modo de vive ração. tidas a cada ge
da, e, durante a vi u q r e rr co o e d Ainda po mpostas escolhidas”, co s ia íl m a “f s o posformem padrinhos, tios s, o ig m a s e d n por gra s, enfim, recem parente a p is a m e u q fetiços os por laços a d a g li s o m a st e gente a que e tensidade dess in a r a ss re xp o de tivos. Para e riam osto dele com va “g s ia s: íl o m m e fa iz e d d , tipos mim”. sentimento Atualmente, os os vivendo ma mãe para u lh fi é a m n co la u s “f re ”, la . Há às um irmão cada vez mais eles são is confiamos e a s u ze q s ve a s n à s ; a e o ã am São pess fariam somente com . Por que não umas casas m lg e a b s m o e ; m s re e vó u a s quais q is cuidados pelo família? o juntos; há pa d n ra o arte de nossa m p s te m n é b re a m p ta s o ri há vá ças ganham novo e as crian e d m sa ca se e que os conversar m a ovos irmãos d v n e lo s u a d st ó ra m d a te Nes npadrastos, m ua, a de seus s um país tão gra a m : E ia ... íl o tr m u o fa e a d sobre ílias um lado e sempre as fam m e n todo mundo. , o e ss d o a n , o s a g le . o e c d de como a cida ntas na mesm permanecem ju rios estatribuem por vá is d se té a s a Algum os. Além equenos núcle p m e s a id id iv dos, d e existir ica família pod n ú a m u m e , disso rópria de ade cultural, p id rs e iv d e d n gra
Divirta-se!
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De onde
rvore á a u s do a nstruin
a c m i i v g ó l u a e gene Co
Você já deve ter ouvido falar em árvore gen ealógica. A árvore genealógica é um jeito de representar nossa família para conhecermos nossas origens e nossos antepassados. Escreva o nome dos seus parentes nos retângulos abaixo, se possível com a data e o local de nascimento. Se quiser, insira os nomes de outras pes soas que você acha que fazem parte de sua família, sejam ou não seus parentes de sangue.
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tivológ e f a e r o v r Á er sua “ z a f e d o p m Você també er a estas questões: nd tente respo
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sua mãe jeito é típico da e, as fr , to en im mãe)? Que mov considere como cê vo e u q ém u g (ou de al seu pai. O que é o d 4 3x o at tr re Pense em um herdou rosto dele? Você o n o tic ís er ct ra mais ca se em ão tiver pai, pen n cê vo e S o? aç esse tr tio, um masculino: um xo se o d te en ar algum p avô etc. us avós e que se e d io ve e u q Qual é a coisa maior carinho? o m co a rd a u você g
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a família e você su a d é o ã n m e Qu sse? gostaria que fo e ais divertida qu Qual é a cena m seus primos? você viveu com
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ica”,
qual personagem do m u m te ia íl a m Toda fa a pessoa na su ss e é m e u Q . m todos se lembra do? sempre lembra é le e e u q r o P família?
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a que é mais tí ch a cê vo e u q O da sua família?
pico
um som o, um sabor ou ir e ch m u lg a e Exist ília? ociar a sua fam ss a a ri e d o p cê que vo
ília sobre a fam s e r la u p o p dereço. Ditos muda de en
igual, só . Mãe é tudo ão degenera . n s u e s s o a a Quem sai sempre volt te n e g a e ra ond rto. Família é p to morre to r to e c s a n pé. Pau que ai longe do c a c n u n au. ta A fru espeto de p , o ir re r fe e o é. Casa d ixe, peixinh Filho de pe s? rda com ele Você conco um outro? Conhece alg
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e s a ç n Hera
s a h l o c s e
as, também características físic s da ém Al avós comcada um é de um os de nossos pais e am Em todas as casas, rd he e pr m por meio e olhar bem, se tos, hábitos e gostos en jeito, mas se a gent am rt po e s s recidas entre un . É na família que no ar ili m fa io ív nv há muitas coisas pa co do o truímos as quando os laços nã indivíduos, que cons os outros, até mesmo am rn to o nã futuro. E ver? A avó que ra o que seremos no pa s são de sangue. Quer se ba e i pa ce com lzinho à neta, o e jeito você se pare qu de , dorme de meia igua cê vo a mem espinafre, tem de diferente cê vo e qu O a? íli m fa o filho caçula não co i- sua usam óculos, o sobr mãe e os meninos de seus familiares? o u xo pu a im pr a tia, nho parece filho da e assim por diante. jeito de falar da avó es meu pai. Alguns parent do ra ca a u so eu e qu “Todos dizem o a .. Eu acho que de corp le. de e m no lo pe am até me cham ente as de jeito eu sou totalm m o, cid re pa r se até gente pode o é o oposto dele.” diferente. Eu sou mesm (José, 13 anos)
É muito comum encontrar nos adolescentes uma vontade enorme de se diferenciar dos pais e até de ser exatamente o oposto deles. É nessa fase que meninos e meninas passam a questionar os valores e as normas para afirmar seu jeito de ser ou de viver. De certa forma, esse movimento é mesmo necessário, pois é um momento de conhecer amigos e outras pessoas que também podem servir de modelo. Os pais deixam de ser a única referência na vida, as possibilidades se ampliam. 82
Contudo, é inegável também que os modelos dos pais e parentes próximos vão ser sempre algo forte e presente. Por isso nos identificamos com eles e muitas vezes tentamos cultivar as qualidades que admiramos. Por essa razão também, tentamos nos diferenciar, afastando-nos de características das quais não gostamos. Na vida há múltiplos jeitos de ser e de pensar e essa riqueza se encontra já em casa.
o p m e t túnel do infância? a u s i fo o m co
Infância
Lalau e Laurabeatriz.
Chutei bola na chuva, , Roubei laranja, banana Goiaba e uva, Xinguei a professora, lhos, Apanhei dos mais ve Bati nos mais novos, ovos, Quebrei uma dúzia de Rachei a cabeça,
m retrato Que tal escrever u um poema? de sua infância em
Mãos à obra!
Cortei o dedo, Tremi de medo, Escorreguei na lama, Fiz xixi na cama, Soltei pipa, Esfolei o joelho, Criei um coelho, Andei no mato, Perdi um sapato, Pesquei na represa, Ganhei um presente,
Tive dor de dente, Caí no muro, Chorei no escuro, Faltei na escola, Descobri um tesouro, Sonhei com besouro, Libertei passarinho, adrinho. Fui uma história em qu ulo, (in Bem-te-vi. São Pa has, 1994). trin Le das hia Compan
s a i f a r g o t fo álbum de ial muito espec to n e m o m um coberA infância é soas. As des s e p s a s a d ndizados na vida de to s, os apre a n ia d ti o c As tas são todos lá. e s a u q o tã es época essenciais mos dessa a rd a u g e u ve z e s s ã o imagens q s muitas a m , s a s n são inte es. apenas flash
E você? Tem muitas lembranças da sua infância?
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o m a h c e m Eu “Quando minha mãe estava grávida, passava todo dia em frente a uma fábrica que tinha um nome que ela achava lindo: Sandra Marina. Então, decidiu me chamar assim. Mais tarde, ela percebeu que lia esse nome errado, a fábrica se Marina!” Santa chamava (Sandra Marina, 17 anos)
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“Na minha família, qu e tem cinco filhos hom ens, todos ganharam o nome do m eu pai. Só o primeiro filh o recebeu o nome inteiro dele – José Carlos –, todos os outros têm Carlos no segundo nom e.” (João Carlos, 19 anos )
“Meu pai gostava muito do nome de família da mãe dele, o do meio. Quando eu nasci, ao invés de me registrar com o seu último sobrenome, ele decidiu me dar apenas o sobrenome da minha avó, para que não se perdesse quando ele morrer. Por isso eu tenho um sobrenome que não é igual ao do meu pai.” (Marta, 15 anos)
Uma das principais heranças que a gente ganha ao nascer é o nosso nome. Herdamos um nome escolhido pelos nossos pais e também um sobrenome que fala da nossa filiação, da nossa ascendência. ou época. Na tribo dos índios Araweté, por A escolha dos nomes varia em cada cultura e que vai usar até ter um filho. Nesse exemplo, ao nascer, a criança ganha um nom mada a partir do nome do filho, isto é, ela momento, ela é considerada adulta e será cha (Maria-Rô). Se a pessoa tiver mais de um ia Mar de pai ou Hi) ria(Ma ia Mar de mãe vira nascimento dessa criança e ser chamada filho poderá mudar seu nome novamente no de João-Hi ou João-Rô. riel", saiba que isso era muito indelicado em Gab sou "Eu r dize mal nor a ach você hoje Se soas se apresentavam dizendo o nome e o meados do século XIX. Naquela época, as pes e vinham”. Em alguns sobrenome, de maneira a identificar “de ond adas por sua filiação, lugares do país, as pessoas ainda são identific . Por exemplo: agregando o primeiro nome do pai ou da mãe , também era João (do) Antenor ou Zé (da) Rosa. Antigamente tos países, só muito comum dar o nome de santos e, em mui esses nomes eram permitidos perante a lei.
Você gosta do seu nome? Sabe de onde ele veio? Procure saber, desse modo você vai conhecer um pouquinho de sua “pré-história”.
“Meu pai anda implicando muito comigo. Ele diz que eu preciso estudar mais, fala que eu não tenho responsabilidade, que só fico dormindo, implica cada vez que eu saio de casa. Eu fico muito chateado porque eu acho que não é verdade. Eu sei que eu vou fazer vestibular e preciso estudar, mas também, não dá pra estudar todo o tempo. O que eu faço?” (Pedro, 17 anos)
adele e eu não gost sa po es a m co ar a namor s. a, meu pai começou eu pirraçava demai nh e zi or im m en m em a r er da eu an “Quando Ela queria m Aí eu parei.” era a minha mãe. o nã a el ue ganhar com isso? rq u po vo eu e va dela qu é e : o qu e eu parei e pensei Chegou um dia qu (Catarina, 13 anos
)
ra a p s e tõ s e g u s s a m u lg A iares il m fa s o it fl n o c m o c r a lid
as famílias discutem e têm s da to a, im ac os pl em ex s no Como você pode ver a gente é adolesdo an qu , as m al, rm no te en conflitos. Isso é completam qüentes. Isso acontece com fre ais m o sã s õe ss cu dis as e cente, parece qu o sabemos o que fazer. nã e am rb rtu pe s no s iga br s você? Às vezes essa pais se preocupa muito A grande maioria dos licidade dos filhos, e com o bem-estar e a fe s am regras que às veze para educar, eles coloc ou ao contrário, muito parecem muito rígidas omentos eles “frouxas”. Em alguns m
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injustos e inflexíveis, realmente podem ser vida deles faz com porque a experiência de o eira que talvez você nã que ajam de uma man uito difícil acertar o compreenda agora. É m tempo todo, não é?
“Minha mã e a não lar ga do meu Pra sair no pé. Controla fim de sem tudo. ana, é um eu preciso horror, ela voltar às 1 diz que 1 que é m amigas tod uito cedo! as podem Minhas voltar pelo noite! Fico menos à m até com ve eiargonha dos porque me meus amig us pais pa os rece que e que faço p stão me vig ara ela con ia ndo. O fiar em mim ?” (Clarice, 1 4 anos)
Você está crescendo e isso é novidade também para seus pais. Ainda que você tenha irmãos, cada um tem um jeito e nem sempre os pais podem agir com todos os filhos da mesma maneira. Da sua parte, provavelmente você está percebendo que eles não são tão poderosos e justos quanto pensava. A desilusão faz parte de seu processo de crescimento. Nem sempre a gente pensa como as pessoas da nossa família. Aliás, muitas vezes pensamos o inverso. Assumir uma opinião diferente da maioria não é fácil, especialmente quando gostamos muito daqueles de quem divergimos. Mas isso é crescer, independentemente da idade que se tem.
“Eu tenho uma vida bacana, eu faço o que eu quero, meus pais me dão muita liberdade. Eles são separados, então, nem sempre sabem o que um deixa e o outro não. Normalmente eu posso sair pra onde eu quiser, na hora que eu quiser, também não tenho hora certa pra voltar. Mas às vezes, olhando os meus amigos, eu gostaria que eles perguntassem mais, até proibissem alguma coisa, porque parece que eles nem estão ligando. Será que eles não se preocupam comigo?” (Everton, 16 anos)
Discutir é uma forma de fortalecer as idéias e opiniões, mas há momentos em que é muito mais sábio ceder, voltar atrás. Contudo, é preciso também diferenciar esses conflitos, tão próprios dos relacionamentos humanos, da violência (moral ou física) que às vezes ocorre em alguns lares. Violência é uma forma ruim de lidar com conflitos ou desacordos, porque envolve a força, o poder, a opressão, a coação, ferindo e desrespeitando as pessoas.
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antes para rt o p im s a ic d s a m u lg a Então, seguem abaixo familiares: u o is a p s u se s o m co s ito você lidar com os confl elhor o é sempre a m og ál di O . ar rs Tente conve nsão. lver qualquer te so re de ra ei an m do o surtiu o resulta nã sa er nv co ra Se a primei omento, em um outro m e nt te , va ra pe que você es je é tos. A vida de ho en m gu ar os tr a falado usando ou e talvez você tenh es çõ pa cu eo pr do. cheia de um jeito inadequa de ou da ra er ra algo na ho
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às o você responde m co ra ei an m a seus Pense n mportamento de co ao ou s ite lim regras, ui para itude não contrib at a su e qu á er pais. S aneira? Não determinada m de am aj re es que el alguém ão. Veja bem: se aç re m se ão aç existe ando, qual já chega reclam e ja lo a m u i em entra velmente ele va va ro P r? do de n é a reação do ve , não é? Isso acon te n ie cl o m co o ser meio ríspid , se você relação, portanto er qu al qu em tece sentie, explicar seus av su r se ir gu se con rão , seus pais tende as éi id e s to en m a mesma forma. ss de r de on sp re a
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go que se A confiança é al do tempo. O constrói ao longo r mais perigoso mundo pode se que para para seus pais do o, os limites você. Além diss importante de são uma forma monstram afeto porque de e de quem os cuidado da part , bem devagar, coloca. Devagar s seus famivá mostrando ao é capaz de liares que você
seja mesmo que ele o, ad n bi m co o cumprir mente, r feito constante se a is ec pr so Is imposto. bos os estabeleça de am se ça n fia n co a até que a, quebra uma regr ém gu al do an u Q lados. minho já rder um longo ca pe a e põ te en geralm é mesmo? percorrido, não um , acalme-se, dê ito fl n co m u r tuQuando houve s os lados da si do to ar rv se ob to. tempo e tente r seu julgamen ze fa ou ir ag re pesação antes de antes, como as u ce te on ac e m, Observe o qu am, o que falara zi fa e qu o , m seu soas estava s são, qual é o oa ss pe as o m pense em co cê vai aprender vo , te en m ta er C labojeito de ser. a família é um a, eç qu es se ão em muito. E n e o que você vive as ci ên ri pe ex ra. ratório de r no mundo lá fo ve vi a r da u aj e casa vai lh
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no meu tempo... MENTO O M : O Ç O M AL ÍLIA M A F A R I lmoço em N o delas, o a p m DE REU te o n epois, , crianças; d ontam que
ina, 78 c erviam as tinha Josefa Gers s de hoje. Primeiro,s r, a família a e ç , o 0 5 , lm a te e re d s ona s dia Maria Go comer. Ante Deus pelo alimento. D iferente do d a o s a it u im m lt ú ra je família e re eram as radeciam a o antes. Ho ; elas semp s ficavam em pé e ag as não com , m is , a p m e s c o d os homens te o a acon mo dia zar: tod d o c in re a s o a ã ia v íl iç ti d m ra a o ua como tr oços em fa atas comem ço em família contin que os alm o s em em d a it lm a fe o o , ã s Gorete diz s la s e sas reuniõe Natal. Para em dia, es ira Santa e e -F ta x e S , es dia das mã ecial. omento esp m m u o send
Hoje em dia... MÍLIA? A F M E O Ç ALMO ais o não têm m
. s passados famílias nos tempo oje, muitas o um h m e m o d c e s o a o ç ç p o o um alm Nos tem ra o alm a a p d a ir c n , u a s re a p se im orua c ília é muito costume de tos, 20, diz que, em s m fa m e o an uniã o com cada Diego dos S te. Mas para ele, a re acontecend famílias tá s e e u q n o re s a de saber unir com a horário dife é uma form mbém costuma se re e ea u u q rq o p rá , e tante nta: s go ta u ie rg D e , o p d e s la , o o tr o sobre iss inha? um. Por ou s. Refletind do que a m o ig te n m a s, e a rt s o u p e de s 9 ano s, mais im 1 é s , o ig s m e a o g família dos ca Re tina, 21 an Jéssi s e i d r C o ra cle Sama am do Nú nitária da u ip partic icação Com bal e u n t artir u e S m Co os a p Tide t x o e ã t ç Funda ram esses lizadas com a ve ? a li escre revistas re airro. í m a f b t a n a su das e res de seu m o c m o r i e d reun mora ontec
E vtuomca êse?
tros ac n o Cos c n e ses Como es ia a dia? d no seu
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grande A família é nosso apoio, nossa âncora em ilhado part com é tudo parte da vida. Entretanto, nem não eles que com os parentes, o que não significa sejam importantes. Quer ver? ma. Você tem direito somente a um telefone Para quem você ligaria se:
1 Ganhasse na loto? 2 Arrumasse um ótimo emprego? 3 Ficasse doente? 4 Repetisse de ano? 5 Fosse counvcoidnjadunotopaprraefjaerntidaro? com se
6 Perdesse os documentos? 7 Fosse fazer uma grande viagem? 8 Estivesse perdido na cidade? 9 Entrasse na faculdade? fora de alguém 10 Levasseme um você está a fim? de qu
), outros preferem com les de um ra pa só (ou pais de contar tudo para os estabelecemos Alguns jovens gostam culos de confiança que vín Os s. oa ss pe s tra ou zas com orar... partilhar alegrias e triste r, se aconselhar, comem da tu es r, sa er nv co ra para sair, pa são variados. Há gente
ilhar momentos rt pa m co e r ia nf co de ber que po O mais legal é você sa de fazer suas ito re di m te do un m ém. Todo importantes com algu , o que achou do cê vo E e. ad id ac iv pr e os escolhas, de ter segred co”? uso do “cartão telefôni
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o i r á os n d a o i r a c p i e D os de pais s de filh Amor
Enteado
todo filho de pais separados precisa saber que o amor deles não vai ficar menor por causa do divórcio. Amor de casal é uma coisa, amor de pai e mãe é outra.
É o que você se torna para sua madrasta ou padrasto quando seu pai ou sua mãe se casam de novo. Isso pode ser bom ou ruim, depende de quem é sua madrasta ou seu padrasto.
Briga em geral, é aquilo que vem antes da separação. É muito, muito chato. Quando os pais começam a brigar bastante, os filhos ficam aflitos e querem que aquilo tudo acabe logo. Às vezes até acham bom que os pais se separem.
Culpa é o que muitas crianças e até adolescentes sentem quando os pais se separam. A primeira coisa que pensam é que fizeram alguma coisa de errado. No entanto, pode ter certeza, os filhos não são os culpados pela separação de seus pais.
Família é uma porção de gente que tem laços de sangue ou de afeto. Eles podem morar juntos ou não. Quando os pais se separam parece que a família diminui, mas depois, ela pode acabar aumentando bastante em virtude das relações que os pais estabelecem com novos parceiros.
Gostoso é quando o filho de pais separados começa a achar que a nova organização familiar até que pode ser divertida.
Habilidade
é jogo de cintura, é o que todo filho precisa ter para lidar com a situação de ter pais separados, que brigam, que detestam o novo é a parte chata do encontro com o pai parceiro do ex, que têm outro companheiro ou a mãe que não mora com você. etc., etc. Enfim, qualquer que seja a sua Geralmente, nessa hora os filhos ficam chateados ou com raiva porque não moram situação, melhor ficar esperto para não sobrar pra você. mais junto com aquele que amam.
Despedida
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Namorada(o) Irmãozinho é aquele pequeno ser que veio de um novo casamento de seu pai ou de sua mãe. Por mais que seja engraçadinho, quando ele é pequeno, não tem a menor graça. Mais tarde, isso pode ser bem legal, ele pode se tornar um grande companheiro.
Juiz é a autoridade que vai decidir sobre a sua vida, sem mesmo conhecer você. Os pais recorrem ao juiz para decidir sobre visitas, pensão alimentar e partilha de bens.
Lado numa separação, os filhos sempre acham que precisam escolher um lado. Se concordam com o que a mãe pensa, parece que precisam ficar contra o pai. Daí, sentem-se traindo o pai. E vice-versa. É importante que os filhos percebam que podem amar os dois, mesmo que não tenha restado nenhum amor entre o casal.
é aquela pessoa que passa a dividir a atenção do seu pai ou da sua mãe, portanto, quando ele(a) aparece, em geral não é bom. Mas quando você vê que seu pai/mãe está mais feliz, as coisas começam a melhorar. Quase sempre essa pessoa se esforça para agradar e isso pode ser interessante. Mais tarde, ela pode virar padrasto ou madrasta.
Ordem logo no começo da separação dos pais, a vida fica muito confusa. Por essa razão, os filhos têm vontade de organizar ou de restaurar a ordem que havia em casa. Para muitos, essa pode ser uma forma de a vida ganhar um novo rumo.
Perda Meio-irmão é o filho do seu pai ou da sua mãe com outra pessoa. Ele (ou eles) vem de brinde com novos casamentos dos pais. Pode ser maior ou menor que você, legal ou não, mas é sempre bom se dar bem com ele.
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até os filhos perceberem que podem existir coisas boas em uma separação, o sentimento de ter perdido algo muito bacana é o mais freqüente. Esse sentimento gera tristeza e é preciso aprender a lidar com ela.
Único Queixa é muito comum que as pessoas que estão tristes fiquem se lembrando de como a vida era antes do sofrimento chegar: ah, como era bom naquela época! Aí elas se queixam. Isso também se chama ressentimento que, nesse caso, é sentir tristeza de novo. Melhor antídoto é a tal da “bola pra frente” e deixar o passado passar.
Raiva é o que muitas pessoas sentem quando os pais se separam. Como tudo na vida, uma hora ela vai embora e, melhor, nem deixa traços!
Saudade é um sentimento constante quando se fica longe daquele que não mora com você. Nessas horas, tem filho que telefona, escreve, desenha, o que pode ser um bom jeito de ter menos saudade.
Teto não importa se o filho mora com o pai, com a mãe ou um pouco com cada um, o fundamental é saber que tem um teto, um lar, um abrigo. Ter um teto significa ser cuidado, respeitado e amado pelos familiares, mesmo quando eles não se dão bem ou não moram todo o tempo com você.
às vezes aparece na forma de pergunta danada: por que comigo? Eu sou o único infeliz que tenho que viver isso! Não, você não é o único, está acompanhado de milhões de outros filhos nessa situação. Encontre-os e compartilhe com eles o que sente.
Vida como toda grande mudança, a separação de um casal faz com que cada um tenha que fazer novos arranjos. Essa é uma nova etapa da vida e, como outras, pode abrir novas perspectivas interessantes para todos.
Xeretice Muitos filhos ficam querendo saber detalhes do que se passou na separação dos pais ou a respeito da nova vida deles. No entanto, algumas coisas são para ficar entre o casal, é assunto deles, os filhos não precisam saber. Essa é uma forma de amar e proteger.
Zona Às vezes parece furacão ou pode ser só uma ventania, mas não tem jeito, uma separação deixa a maior zona na vida de todos. Se esse é o seu caso, tente encontrar força com amigos, dar força pros irmãos. Se todo mundo se ajudar, as dificuldades vão passar mais rápido.
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o ã i n i p o a na miimnpohrtante porque... A família é
s de uatorze ano q s u e m te “Duran uitas rendendo m p a o h n e v vida, ram m e modifica ra a rc a m e u q coisas viver. u modo de e m e a d vi minha s foi aprendizagen s a h in m e d Uma deiam os que me ro d to a r a m a amar, aprendi bem. Isso eu m re e u q e em utra coisa meus pais. O m co a s ca em ser foi mudou meu e i d n re p a que zem de muitos não fa e u q o r; a it e p res bém aprendi m ta o s is , ia hoje em d cação vem ais, pois edu p s u e m m er co . Aprendi a s a ru a d o ã n de casa e los meus obje e p r a lh ta a b de, humilde e com dignida r ve vi r, a d tivos, aju isas aioria das co m a e u q o etc. Ach aos mais devido é s o m e d n em que apre final mandam a e u q is a p nossos casa, s na mesma o m ve vi n co nós e fazecoisinha que r e u lq a u q , ou seja ndo ali nos cobra o tã s e , a d a rr mos e s o certo.” para fazermo
as, a mais impor“Desde que nasci aprendi muitas cois i em casa com tante foi minha educação, eu aprend uenta brigava com meus pais. Eu era uma criança brig co a pouco, meus meus irmãos e colegas, mas de pou inando eu fui me pais, através do diálogo, foram me ens também aprendi a comportando. Mas não é só isso eu ir à igreja, amar a Deus e ter muita fé.” (Paulo Vítor, 16 anos)
“Quando eu tinha 6 anos , minha mãe me disse que aprender é uma boa ação para ser alguém na vida. Nós podemos errar, mas é bom escutar os pais, obedecer, pedir conselhos e ajudar o próximo.”
(Luiz Carlos, 13 anos)
anos) (Mariane, 15
“Eu amo meus pais. A coisa mais importante que eles me ensinaram foi respeitar os outros e estudar, ter higiene e ter educação.” (Jairo, 14 anos)
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59,1 milhões de Em 2006, existiam sendo que 31,4% famílias no Brasil, res. lideradas por mulhe
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apenas por mãe Famílias compostas a novidade. No e filhos não são um o Paulo, o número século XVIII, em Sã o. também era elevad
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de mortes de adulaumento do número asculino, sobretudo tos jovens do sexo m identes de trânsito. por assassinatos e ac
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ução Industrial No período da Revol ropa, as mulheres (século XVIII), na Eu har fora e houve começaram a trabal idade de casar. um retardamento da ham o que se As mulheres já tin dupla jornada, costuma chamar de fas da casa e o acumulando as tare ança chegou ao trabalho. Essa mud a dos imigrantes Brasil com a chegad , mulheres casadas to an rt Po . us pe ro eu m por motivos ou solteiras trabalha to tempo. econômicos há mui
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idade em que as Até o século XIX, a era 13 a 16 anos. moças se casavam s mulheres se Hoje em dia, 70% da os. casam até os 30 an
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a, os maridos Nessa mesma époc lo pai da moça, eram escolhidos pe ivos econômicos, por amizade ou mot os rapazes também mas muitas vezes, er suas esposas. não podiam escolh por mulher em O número de filhos 06 era de 2,0. 1940 era 6,2 e em 20
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res brasileiros está Um em cada cinco la ade dos idosos. sob a responsabilid
s tram que os homen Dados do IBGE mos os que as mulheres. vivem 7,6 menos an mens para cada 100 Em 2006 havia 95 ho incipais causas mulheres. Entre as pr o demográfico estava desse desequilíbrio 95
tirinha
“Um simples jantar” Maria Nakasu
Esta noite sonhei que eu, meu pai, minha mãe e minha irmã estávamos viajando de férias. Acampávamos em uma praia e brincávamos animados. Acordei com o sorriso no rosto e com um pouco de dor de cabeça; provável resquício da séria, mas boa conversa que tive ontem com o meu pai.
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Como de hábito, ele chegou do trabalho às sete. Sua expressão era tensa e cansada. Fui direto ao assunto: pedilhe um dinheiro para sair com a Karen na sexta-feira. Ele não disse nada. Andava de um lado para o outro, francamente perturbado. Seu silêncio me irritou. De repente, ele esbravejou: – “Olha aqui João, não sou sua caixa forte pra você me pedir dinheiro todos os dias. Você anda muito preguiçoso! Quando volta da escola fica aí, sem fazer nada, só na frente do computador ou falando ao telefone. Seu quarto está sempre uma bagunça e já passou da idade de procurar um bico de fim de semana pra ajudar nas despesas de casa ou, ao menos, para você arcar com as suas ´baladas´”. Nessa hora, senti raiva do meu pai. Retruquei, dizendo que além de ir à escola eu curso inglês duas vezes por semana e estudo o resto do tempo.
Eu mal acabei de falar, ele continuou. Repetiu algo que sempre diz. Que se minha mãe não tivesse se separado dele, encontrado outro marido e voltado para a Bahia, nada disso estaria acontecendo: a casa viveria limpa e os dois filhos seriam melhor educados. Nessa hora minha vontade era a de dizer: “Escuta uma coisa pai, será que você nunca vai superar a separação da mamãe? Já faz cinco anos e você age como se ela tivesse saído de casa ontem! Se convença de uma vez por todas que ela escolheu outra vida, escolheu outro homem e outro lugar pra viver!” Assim como meu pai e minha irmã, eu também sentia raiva da minha mãe por ela ter nos deixado. Mas sempre que eu falo com ela ao telefone – o que tem acontecido com mais freqüência – lembro-me das longas conversas que tivemos nas quais ela insistia que muito antes do divórcio seu casamento com papai ia de mal a pior. Que os últimos dois anos foram de muito sacrifício, já que ela via que o casamento estava péssimo, mas não tinha coragem de se separar de nós – de mim e da Carla. Pra ser sincero, não foi o divórcio que mais me detonou, mas o fato de ela ter voltado para a Bahia. Eu sei que toda a nossa família está lá, mas ela poderia ter pensado um pouco mais em nós antes de ter se mudado. Sempre penso nela, morro de saudades. Ainda hoje sinto que não a perdoei totalmente. Mas voltando à conversa com o “velho”, ao invés de jogar na cara dele essas coisas de separação – o que certamente só ia piorar – respirei fundo, olhei em seus olhos e disse que o admirava pelo esforço que ele fazia para dar tudo pra gente, que ele era um grande pai. Sugeri a ele que ligasse pro Paulo, seu grande amigo, para trocar umas idéias, sair um pouco de casa. Percebi que ele me escutou com atenção. Olhou para cima como quem matuta uma idéia e falou: – “É verdade filho. Preciso, de uma vez por todas, virar essa página da minha vida. Quem sabe não aceito o convite do pessoal do trabalho pra
comer uma pizza na sexta-feira?”. Foi aí que eu confirmei minha hipótese de que conversar quando as coisas vão mal é sempre o melhor remédio. Ele foi pra cozinha preparar a janta. De repente, algumas “fichas caíram”. Parei pra pensar no que ele tinha dito a meu respeito, sobre a minha “folga”, e vi que era a mais pura verdade. Fui atrás dele na cozinha e o ajudei a fazer a comida. Essa história de que homem não sabe cozinhar é puro mito. Eu e meu pai fizemos carne com arroz e salada. Comemos como reis. Conversamos sobre as amenidades do dia, mas, no fundo, tanto eu quanto ele sabíamos que, apesar das dificuldades financeiras e da sua eterna tristeza pela separação da mamãe, nós nos gostávamos muito. Também sabíamos que não existe família ideal, só nos nossos sonhos – ou no meu sonho dessa noite. Antes de dormir, ele me deu um tapinha nas costas e tirou do bolso o dinheiro da saída de sexta. Bem envergonhado, eu agradeci e lhe desejei boa noite. Fui dormir sentindo-me bem, leve. Finalmente consegui desfazer, com uma conversa, um clima tenso com meu pai, sem precisar me defender e agredi-lo, como de hábito. Vi também que posso cuidar da minha família, do meu jeito. Acho que quando a gente consegue parar de exigir cuidados e cuidar do outro é porque algo mudou na nossa vida. Isso é ser adulto, e tenho a impressão que me tornei um.
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Livros ALBERGARIA, Lino de. Álbum de família. São Paulo: SM, 2005. COELHO, Marcelo. Minhas férias. São Paulo: Companhia das Letrinhas, 1999 DIAS, Vera. Coisas de mãe. Belo Horizonte: Lê, 1995. FORJAZ, Sonia Salerno. Papai não é perfeito. São Paulo: FTD, 1999. GAARDER, Jostein. A garota das laranjas. São Paulo: Companhia das Letras, 2005. HOGAN, Paula Z. Papai nunca mais voltará para casa? São Paulo: Ática, 2006.
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JAFFÉ, Laura; SAINT-MARC, Laure. Convivendo com a família. (Guia da Criança Cidadã – UNICEF), São Paulo: Ática, 2005. LAMB, Kathryn, Socorro! Minha família é de enlouquecer. São Paulo: Arxjovem, 2005. MATHELIN, Catherine; COSTA-PRADES, Bernadette. Como sobreviver em família. Rio de Janeiro: Rocco Jovens Leitores, 2002. NUNES, Lygia Bojunga. Tchau. Rio de Janeiro: Livraria Agir Editora, 1984. PERLMAN, Alina. Por que... não posso ter o que quero? São Paulo: Divisão Cultural do Livro, 2005.
Sites APOIO: www.apoio-sp.org.br Bolsa Família: www.mds.gov.br/bolsafamilia Revista Crescer: www.revistacrescer.com.br Revista Pais e Filhos: www.revistapaisefilhos.com.br Centro de Referência para Vitimas de Violência do Instituto Sedes Sapientiae: (11) 3866-2756 / 3866-2757
Filmes A Excêntrica Família de Antonia Marleen Gorris, 1995.
Central do Brasil Walter Salles, 1998.
Kolya Jan Sverák, 1996.
O Fabuloso Destino de Amélie Poulain Jean-Pierre Jeunet, 2001.
O Quarto do Filho Nanni Morreti, 2001.
Ponte para Terabítia Gabor Csupo, 2008.
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s a g o dr
Afinal, o que são drogas? As drogas e seus efeitos Outras drogas que andam por aí As drogas e a lei Dicionário básico
Hoje em dia, não existe jovem que não pense nas drogas de alguma maneira, simplesmente porque elas estão em toda parte. Por essa razão, uma hora ou outra todos se confrontam com certas questões: devo experimentar? Até onde posso ir? Posso dizer não quando muitos dos meus amigos usam drogas? Será que as drogas são tão perigosas quanto dizem? Afinal, como levar uma vida social “normal” sem beber um pouco, sem fumar alguma coisa ou, quem sabe, ir mais longe? Isso não faz parte da minha idade? os A bebida, o cigarro e as chamadas drogas ilícitas têm alto poder de sedução, especialmente entre jovens. Algumas relaxam, outras estimulam, fazem a pessoa experimentar sensações diferentes ou assumir comportamentos que seriam inimagináveis se ela estivesse “careta”. Todas as drogas podem dar muito prazer, mas o preço a pagar por ele pode ser alto. Usar drogas é, no mínimo, correr riscos. As drogas não são um tema exclusivo da adolescência, nem uma novidade do mundo moderno. Muitos povos, em diferentes épocas, usaram drogas de tipos e para efeitos diversos. Para alguns, ela estava associada a rituais religiosos, para outros, à saúde, à sociabilidade e até a questões político-econômicas. Hoje em dia, mesmo que exista consenso sobre o que é permitido ou proibido, cada país tem sua própria regulamentação quanto ao comércio ou ao uso de drogas, que revela como esse povo lida com o assunto. Entretanto, na nossa época, as drogas se multiplicaram, estão mais acessíveis e seus efeitos se tomaram questões de Estado – o que se deve legalizar? O que se deve proibir? Como coibir o tráfico? Como tratar de dependentes? – que técnicos, especialistas e políticos procuram resolver. Essas questões, aparentemente distantes da sua realidade, na verdade estão no centro da decisão de usar ou não drogas. Porque quem compra ou usa um produto proibido, além de infringir a lei, interage com o tráfico e isso traz conseqüências. Quem decide usar pode se tornar dependente e se ver às voltas com uma série de problemas graves. Portanto, usar drogas não é apenas uma opção pessoal, momentânea e inocente, é uma questão decisiva, simplesmente porque as conseqüências vão além do prazer que ela pode oferecer naquele instante.
Vamos conversar mais sobre esse assunto? Embarque nessa viagem! 101
Afinal, o que são as drogas? São substâncias químicas, naturais ou sintéticas, que provocam alterações físicas e psíquicas naqueles que as consomem podendo levar à dependência física e psicológica. O fato de uma droga ser natural não significa que ela seja benéfica ou menos prejudicial à saúde. As drogas podem ser divididas em lícitas (legais) e ilícitas (ilegais). No Brasil, são consideradas drogas lícitas o álcool, o cigarro e os medicamentos. Alguns produtos químicos (como solventes e sprays) e medicamentos controlados não são ilegais, mas, se usados para fins indevidos, isto é, para um uso diferente daquele ao qual se destina, também são consideradas drogas e o usuário pode ser penalizado por lei.
As drogas também podem ser classificadas de acordo com a ação que exercem no sistema nervoso.
Depressoras (calmantes)
Estimulantes
Perturbadoras
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cerebral, Diminuem a atividade os deixando os estímul s. to nervosos mais len
rivados (morfina, Álcool, ópio e seus de tes, solventes e heroína), tranqüilizan ina, éter, tinner, aerossóis (como benz etc.) acetona, removedor
Aumentam a atividade cerebral e aceleram os estímulos nervosos.
Fazem o cérebro funcionar fora de seu estado habitual. Não alteram a velocidade dos estímulos cerebrais, mas causam perturbações na mente de quem usa.
Anfetaminas (bolinhas, speedy), cocaína e derivados (crack), cafeína (estimulante suave)
Maconha, haxixe, mescalina, cogumelos, LSD, voláteis, ecstasy
s a g o r d as
s o t i e f e e seus
um tênis ou isso para comprar z fa cê vo Se . ar eça rm , é preciso se info o às drogas. Conh es çã la çõ re op r em ze o fa m ra es Pa e faça o m s do seu uso. ma, é essencial qu o as conseqüência sã decidir um progra s ai qu r be sa s no Brasil para as mais utilizada . Há caminhos
tudo é rascunho m e n a d vi a n e u Fique atento porq . que não têm volta
ADE FICHA DE IDENTID Nome: ÁLCOOL açúcares de podem ser feitas de Origem: as bebidas ízes. cereais, frutas ou ra s Família: depressora entadas ou ação: bebidas ferm Formas de apresent destiladas stão Modo de usar: inge r, relaxamento, nsação de bem-esta O que se busca: se . desinibição, euforia de intensidade icológicos: variam Efeitos físicos e ps s da pessoa características física de acordo com as ado causa er ag gerida. O uso ex e da quantidade in nfusão, fala co a, nação motor de or co de lta fa a, to nt ur vômito. ntação, náuseas e “arrastada”, desorie r, faz com que os r ser um depresso Conseqüências: po o as chances lentos, aumentand reflexos fiquem mais levar ao coma. s elevadas podem de acidentes. Dose patite, cirrose usa dependência, he O uso prolongado ca farto, hiperrebrais, risco de in hepática, lesões ce c. tensão, derrame et
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FICHA DE IDENTIDAD E Nome: MA CONHA Origem: da planta can nabis sativ Família: pe a, da qual rturbadora se extrai o s composto Formas de químico ati apresentaç vo THC (de ão: folhas, haxixe. lta-9-tetrah frutos e flo idrocanabio re s picadas, re l) Modo de u ssecadas e sar: geralm p rensadas. ente na form como pasti Da resina d a de cigarr lha. a planta é os, mas po feito o O que se b d e também se usca: eufori r comida, m a, sensaçã cialmente ascada, as o de bem-e de imagen pirada ou e star, despre s e cores. ngolida Efeitos físic o c u p a ç ão e relaxa os e psicoló mento, aum gicos: boca motora, ra ento da pe s ciocínio len rcepção, es to. Acentua eca, olhos avermelha ou a depre ped o os, aumen ssão. estado em to o c d io e n apetite, dim al da pesso Conseqüên inuição da a antes do cias: proble coordenaç uso, portan mas relativ e resolver ão to, pode ag os à memó problemas u ç ar a ansied ri ; perda da c a e ao apre ansiedade ade oordenaçã n , paranóia d iz ado; perce o motora e ou pe de distúrbio pção distorc aumento d s psicológic rda de controle, o qu id a; dificulda a freqüênc e a torna e os. A longo outras dro de em pen ia cardíaca specialme gas. Pode prazo, cau sar . Pode levar n te le s a mudança var ao dec p re aprendizag ju a crises de d ic ial para as línio das ati s no céreb em. Há ma pessoas qu ro vidades inte ior risco de sexual e o e sofrem lectuais em semelhantes às dec infertilidad sistema im orrentes d virtude de e. Prejudic unológico. o abuso de d a o desem epressão o penho u de dificu ldades na
FICHA DE IDENTIDAD
E
Nome: COCAÍNA ulada em laboratório. , posteriormente manip Origem: da planta coca ntar a quantidade, os Família: estimulantes trato líquido. Para aume ex ou ha fol , pó : ão taç pó de giz, talco, pó de Formas de apresen tras substâncias (como ou as ers div a pó o traficantes misturam inas). ior a absorção, vidro, xilocaína, anfetam ou injeção. Quanto ma ão laç ina ), ck cra de forma o, os usuários Modo de usar: fumo (na po de duração. Por iss tem o r no me e s ito s efe maior a intensidade do ssão. s vezes em uma só se ria vá ar eir ch ça, redução do costumam euforia, energia, confian r, ze pra o, çã ula tim es O que se busca: hiperse usa. l, dependendo de como atação das cansaço e clareza menta s vasos periféricos, dil no ão triç ns co ca vo pro icos: a e da pressão Efeitos físicos e psicológ , da freqüência cardíac ura rat pe tem da nto senaume alguns casos, pode de pupilas, falta de apetite, mes e convulsões). Em rra de idade ar siv us res ca ag de a r po e nta arterial (o qu ido) ou aume gu rse pe o nd se tar es ação de cadear paranóia (sens do crack). o us no te , problemas cardíacos, (especialmen psíquica, agressividade e ica fís cia ên nd pe de senvolvimento de Conseqüências do uso: nasal. Pode ocorrer o de to en ram ng sa , so rvo ne seguir os mesmos alterações no sistema quantidades para se con es ior ma de e ad sid ces primeiro uso da tolerância levando à ne morte súbita mesmo no de co ris o e ist Ex ). se humor e depressão. efeitos (risco de overdo sa fome, cansaço, mau cau ral ge em ga dro da arros e cocaína. O fim do efeito a comportamentos biz ar lev de po ivo ss gre nsumo pro bastante severa. No caso do crack, o co pendência do crack é de A . ia” “nó de os ad violentos cham
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FICHA DE IDENTI
FICHA DE IDENTI
DADE
DADE
Nome: ECSTASY Origem: droga sint ética derivada da anfetamina MDM (metilenodioximet A anfetamina) Família: perturbad oras Formas de aprese ntação: pílulas, cá psulas Modo de usar: o m ais comumente é que seja ingerido pílulas, mas algu em ns usuários fazem uso por inalação, injeção, ou suposi tório. Sua compo sição é bastante pode ter LSD, cafe variável, ína, anfetaminas, anti-histamínicos vermífugos para e até cães ou purificado res de caixa d’ág que dificulta a iden ua, o tificação dos sintom as e o tratamento overdose. da O que se busca: co stuma causar eufo ria, bem-estar, au da sensibilidade mento corporal e do dese jo sexual. Efeitos físicos e ps icológicos: os efei tos mais comuns boca seca, náusea são , sudorese (que po de causar desidr tação), aumento da afreqüência cardía ca, da pressão ar da temperatura co terial, rporal e exaustão . Conseqüências: fa lta de coordenaçã o motora, baixa co tração, confusão m ncenental, depressão. O uso freqüente po causar ansiedade de , confusão e para nóia, distúrbios do Dentre os problem sono. as físicos estão: te nsão muscular, ná visão borrada, de useas, smaio, calafrio ou sudorese. Em alta pode haver um au s doses mento muito intens o da temperatura ral (hipertermia m corpoaligna), ocasionand o lesão muscular ficiência dos rins e insue do sistema card iovascular. Foi dem que o ecstasy caus onstrado a lesão cerebral, afetando os neurôn ios.
S Nome: INALANTE cloroímicas à base de qu s ia nc tâ bs su : Origem maltes de o, presentes em es en lu to e er ét , io fórm , removeiro, gás de isqueiro te pa sa de la co , unha lança-perlimpeza, gasolina, dores, fluidos de nzina etc. be a, a-loló, aceton fume, cheirinho-d res Família: depresso gases ntação: líquidos ou Formas de aprese (spray) pelo nariz ação pela boca ou Modo de usar: inal ar, relaxaeuforia, bem-est O que se busca: ia. mento e sonolênc ação dura icológicos: a inal ps e os ic teração fís s to ei Ef usando tontura, al ca os ut in m ns gu geralmente al ço, alucinações e tempo e do espa do o çã de fazer ep rc pe da alação repetida po in A s. xo fle re s diminuição do menos inibido. e tornar o usuário s to ei ef os r ra du experiência zes, são a primeira ve s ta ui m s: ia nc usam náuseas, Conseqüê e adolescentes. Ca as nç ia cr de as zir diretamente a com drog ória e podem indu em m de os ps la minutos em uma vômito e dentro de poucos te or m e ca ía rd ínuo provoca parada ca ongado. O uso cont ol pr o us de ão ss solventes pode única se abuso crônico de o e ia nc ciê ns co s. Altas concenperda de rebro, fígado e rin cé ao es av gr s no causar da ocar a morte por o capazes de prov sã s te an al in de trações pulmões. ocar oxigênio dos sufocação por desl
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FICHA DE IDEN
TIDADE Nome: ANFETA MINA OU BOLI NHAS Origem: são m edicamentos, ge ralmente indica emagrecimen to, que têm o dos para uso inadequado Família: estim . ulantes Forma de apre sentação: com primidos Modo de usar : ingestão O que se busc a: são procurad os porque redu e o sono, acel zem o apetite eram o racioc ínio, dão eufori resistência ao a e maior cansaço. Efeitos físicos e psicológicos: boca seca, dila las. Depois do tação das pupi estado de eufo ri a a pessoa sent esgotamento fís e um profundo ico e mental. Conseqüência s: aceleração dos batimento dificuldade de s cardíacos, dormir. Depre ssão, irritação, impulsividade, ansiedade, risco de infart o. Costumam com o álcool e ser misturada tranqüilizantes s , o que pode se Dosagens altas r fatal. acarretam sens ações de medo alucinações e de e desconfiança, lírios e comport amentos confus longado causa os. O uso prodependência se vera.
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outras drogas que andam por aí ANABOLIZANTES são hormôn sintéticos, geralmente derivad ios esteróides naturais ou os culino, a testosterona. São con do hormônio sexual massumidos sob a forma de comprimidos ou ampolas po r pessoas desejosas de aume ntar sua massa muscular, res istência física e força (em su a maioria, atletas). Entre os efe itos físicos e psicológicos, incluem-se: insônia, acne, qu eda de cabelo, dores nas jun tas, tremores, redução do taman ho dos testículos, voz mais gro ssa e aumento da quantidade de pê los. Seu consumo pode aume ntar a agressividade e a irritabilida de. O uso prolongado causa também infertilidade, impotência, pro blemas urinários e câncer de fígado. EFEDRINA é uma amina simpatom ática, similar aos derivados anfetamina sintética, obtida do extrato vegetal da planta Ma Hu da Em pequenas quantidades, est an á presente na fórmula de rem g. édios para problemas respiratório s, vendidos no Brasil apenas sob prescrição médica. Já as fór mulas para emagrecer que contêm efedrina, e muitas vezes são usad mais energia e disposição, têm as pelas pessoas que buscam su país. Pode ser ingerida em cáp a comercialização proibida no sula, comprimido ou supleme alimentares, e seu uso acarre ntos ta taquicardia, aumento da pre ssão e ansiedade, além de convul sões e infartos. GHB droga ilícita, também cham ada de ecstasy liquido porqu é diluída em água. Seus efeito e s são semelhantes aos do álc ool. Pequenas doses podem causar intoxicações com risco de com e doses mais elevadas acarre a tam risco de morte. Combiná -la ao álcool é muito perigoso. LSD apresenta-se na forma de com primidos, cubos, ampolas ou pastilhas. Provoca mudança na percepção do corpo, do tempo, espaço e das cores. Po de produzir dependência psíquica, tolerância, hiperten são arterial, náuseas, vômito s, mal-estar e dores. A overdose pode levar à morte.
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é difícil recusar essas gostosuras? gas? poderia acontecer com as dro E por que isso também não tos de vista: CUSAR? Veja abaixo alguns pon RE L ÍCI DIF OU CIL FÁ : AS DROG
Por que pode ser difícil recusar? a. Acho nibido, dá baslegal, a gente se sente mais solto, desi r porque é vicia tante risada. Eu não acho que vou me ) só de vez em quando.” (Marcos, 17 anos
“Eu uso drogas de vez em quando, só maconh
ana nas baladas “Eu usava ecstasy só em final de sem em todo munliga e era bem legal porque a gente se eguia a droga do, o corpo vibra com a música. Eu cons va que não era na faculdade. Como todo mundo, acha meu coração tão mau assim. Mas teve uma vez que disso fiquei ois disparou, eu passei muito mal e dep ade de usar.” com muito medo, nunca mais tive vont (Aline, 18 anos)
s amigos. Tem “Eu gosto de beber cerveja com meu de vinho e vai vezes que a gente compra um garrafão barato. Quando tomando todo mundo junto, é o maior eu não costueu bebo, me sinto bem, falo coisas que as meninas com mo dizer, me sinto mais à vontade tenho bebido porque eu sou tímido. Ultimamente eu inte, ressaca é um mais e aí fico de ressaca no dia segu prova por causa saco! No mês passado eu perdi uma a me ligar eçar disso. Aí achei que tinha que com ar. Não sei bem porque esse ano eu vou fazer vestibul iel, 17 anos) se eu estou perdendo o controle.” (Dan
usar drogas, fim. Na verdade, nunca tive vontade de . Sei lá, medo sempre achei que isso não era pra mim ois. Mas eu dep ar de me viciar, de não conseguir larg ra. Nessa noite, não sabia como ia ser a reação da gale da dona da o pessoal me chamou pra ir pro quarto queria ficar não Eu . vam festa. Os pais dela não esta m o baseadera acen fora dessa! Fizeram uma rodinha, ha vez, eu disse do e cada um deu uns tapas. Na min tar uns camaque passaria. Claro que tive que escu era ficar junto da radas enchendo, mas o meu “barato” normal, ninguém foi galera. No dia seguinte, na escola, ntado. Fiquei tava nem aí se eu tinha ou não experime meus amigos.” aliviado, porque achei que eu perderia (Pedro, 16 anos)
no 2º ano do “Tive um amigo que estudava comigo tencioso e Ensino Médio. Era um jovem super-a es, até se dedicado com seus amigos e familiar ssivo, rude e agre envolver com as drogas. Ele ficou s tive contato chegou a cometer crimes. Nunca mai com ele.” (Elenita, 20 anos)
sempre foi um “Tenho um amigo que usa drogas. Ele as e sabia que amigão, dizia que não curtia essas cois eu sei que ele e eu nunca achei legal essa idéia. Hoje me sinto mais à outro amigo meu usam drogas. Não ele se afastou pois vontade para dar conselhos pra ele, disse que bastante de mim. Já o outro amigo me nele para dar parou. Eu procuro mostrar que confio todas desse força e ajudá-lo a sair de uma vez por . Até porque teça to que isso acon falava em expe- caminho. Quero mui só ra gale a toda que ca épo uma Teve i legal a idéia de ele é a fim de mim e eu também ache e eu sabia festa uma teve que Até a. onh mac rimentar estar ao lado dele.” (Jéssica, 17 anos) ue não tava a que ia rolar. Eu fiquei meio assim porq
E por que pode ser fácil recusar?
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virei gente grande Nos anos 40 e 50, o charme dos artistas de cinema estava muito associado ao ato de fumar ou de beber. Um cavalheiro acender o cigarro de uma moça com um belo isqueiro, olhando firmement e em seus olhos, era uma excelente maneira de começa r uma paquera. Até os anos 70, era bastante comum ver os artistas fumando e bebendo em filmes, novelas e propagandas, coisa que hoje, não dá nem para imagi nar! Muitos jovens adotavam o mesmo comportament o porque isso era considerado charmoso e até sex y. Ninguém se preocupava muito com as conseqüências desses hábitos, até porque os malefícios não eram tão div ulgados, as pessoas desconheciam que pudessem fazer tão mal. Fumar ou beber sempre foram hábitos adultos. Por isso, para os jovens, acender um cig arro ou ficar com um copo de bebida na mão era sinal de independência e de amadurecimento. Mas será me smo? O que você acha que acontece na sua geração? Fum ar e beber têm a ver com “querer parecer mais velho”? Quais os símbolos mais usados pelos jovens para mo strar que já são adultos? Você usa ou já usou algum art ifício para parecer mais velho ou para impressionar alg uém?
al, os mais jovens r rm o n é o s Is ! ce m Tudo be s querem pare s velhos e este
r r mai alisar melhor po querem parece an cê vo só é , o é? Então lho. Observe mais jovens, nã parecer mais ve de e ad nt vo inseguro que tem essa não está muito se , al m o nd faze e os outros se não está se pado com o qu cu eo pr te en te ou excessivam de e ficar conten itu at r te é te portan pensam. O im que você é! com a pessoa
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R? A Ç E M O C E U Q A R P – do CIGARRO na segunda. Mas, quan ia da primeira vez nem
cigarro não vic se tornar dependente –, m ué alg ra Assim como o álcool, o pa m sta ba que cinco maços gos no faz um bocado de estra já se cria o hábito – e dizem ele , po tem o uc po gá-lo. E, em ro: fica realmente difícil lar tos em relação ao cigar en im ec nh co us se ste seu corpo. Te 12 e 18 anos. ndente da nicotina é entre pe de ar fic il fác is ma é e a. A fase em qu ( ) Falso ( ) Verdadeiro limpa banheiro. smo produto com que se me o ia, ôn am tem ro ar b. O cig ( ) Falso ( ) Verdadeiro primeira tragada. c. O cigarro vicia desde a ( ) Falso ( ) Verdadeiro ra aparecer. demoram muito tempo pa ro ar cig lo pe os ad us ca s d. Os prejuízo ( ) Falso ( ) Verdadeiro saúde. ciada ao tabaco faz mal à so as al ion pc ce on tic an e. A pílula ( ) Falso ( ) Verdadeiro eiro: a, b, e. Falso: c, d. Respostas do teste Verdad
Historinha do cigarro as pelos índios em seus rituais Há muitos anos, as folhas de tabaco eram usad peus levaram o tabaco da religiosos. Na época dos descobrimentos, os euro utos como a batata e o cacau. América para a Europa, assim como outros prod ntamento. Nesses tempos, as Isso foi uma novidade e causou um grande enca escarradeiras. Parece que folhas de tabaco eram mascadas e cuspidas em que são transmitidas pela isso contribuiu para a disseminação de epidemias alguns países. em saliva. Por esse motivo, esse hábito foi proibido e XIX), apareceram os Na época da Revolução Industrial (séculos XVIII nicos e chiques porque cigarros. Foram considerados muito mais higiê razão, durante muito essa Por ninguém ficava cuspindo o tabaco por aí. tempo o cigarro foi associado à elegância.
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ÁLCOOL Uma cervejinha aqui, outra ali... O álcool é a primeira droga mais usada entre os jovens no Brasil e a segunda mais perigosa devido ao número de mortes que causa. Vamos descobrir o que há de especial nessa substância tão sedutora. Dentre as drogas, o álcool é algo à parte pelos seguintes motivos:
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Existe uma grande aceitação social em relação às bebidas alcoólicas. Elas estão ligadas às comemorações, às festas e aos diversos momentos de alegria. Cerveja e verão parecem combinar, assim como champanhe e casamento, não é? A maior parte das bebidas tem um preço bastante acessível e é encontrada em toda parte, por isso tanta gente consome. Assim, é muito mais fácil que existam problemas, pois o consumo é maior que o das drogas ilícitas.
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Ao contrário de outras drogas, em baixas doses, o álcool pode até fazer bem à saúde (como é o caso do vinho), o problema maior é a quantidade que se pode beber sem se prejudicar. Uma pessoa pode ter problemas de saúde decorrentes da ingestão de bebidas alcoólicas mesmo não sendo dependente. A dependência do álcool pode se dar gradativamente, o alcoolismo é um processo. Quem bebe pode depender da bebida só um pouco, mais ou menos ou bastante. Por isso, é comum que as pessoas não percebam (ou não queiram perceber...) quando existe algum problema.
Assim, no caso das bebidas alcoólicas, a questão principal é você prestar atenção ao quanto, ao quando e à maneira como bebe.
Como sa até onde posbseor ir?
1. Se você ficou tonto, sentiu ná que não faria, useas, começ já passou dos seu corpo a ho limites faz tem ou a falar enrolado ou a faze ra certa de pa po. Aprenda co r rar. m os primeiro coisas s sinais do 2. Se no dia se gu ficou intoxicado inte você ficou de ressaca, isso quer dize . Pense no qu r qu e e no quanto to mou a fim de e exagerou, e seu corpo 3. Se você está evitar a mesm bebendo a situação. dia, além de be todos os dias ou se começ a a ter vontade ber à noite, pr de beber este aten dependente da bebida e precis ção: você está começando de a ficar a urgentemen te parar. 4. Se você ficou de ressaca dive beber de novo para aliviar o de rsas vezes e escolheu sconforto, isso cupante, pois é preodem bebendo por pr onstra que você não está m ais azer, mas sim para aliviar os sintomas da ab stinência do ál cool. Nesse caso, procure ajuda.
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! ! a n i l a n e r d a pura Todo m
itar a dor e bu undo procura ev
scar o prazer, ce
rto?
tece o drogas não acon as m co E ? im azer, ora! a de coisa ru rque elas dão pr Quem é que gost Po a? us se e a e se compr pra saúde mesmo? Por qu de que faz mal po pa se es m co gar e vir e. Nessa idade, E não adianta ne se é adolescent do an qu r la co banjando costuma a maioria está es ue rq porque isso não po e úd sa a mente eocupados com ssoas pensam so pe poucos estão pr as , as og dr a E quando se us força e alegria. conseqüências. , sem medir as to en om m e el pulso do naqu ar e seguir o im ns pe o nã , da vi coisas na isso mesmo, Mas, como outras stróficas. E por ta ca s ia nc üê eq assim ter cons ensa gostosura, im a momento pode um ar st cu ar quanto pode salgadinhos. vale a pena pens pacote inteiro de um ou o pl du ae como um sund
Algumas boas idéias adrenalíinicas que podem substituir uma má idéia:
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escalar, Fazer esporte radical: pular, nadar ou voar
2
Entrar na cachoeira !) (seja verão ou inverno
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de um Ir a uma festa vestido ousou a modo que você nunc Namorar muito
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arte ou Entrar num curso de e teatro, para descobrir tos en extravasar seus tal e gritar Ir a um jogo de futebol
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Inventar uma aventura com os amigos
Andar de skate
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m Ver o nascer do sol co os amigos
Aprender grafite
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com Aprender a tocar violão a revista um amigo ou com um de banca
Dançar, dançar, dançar
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la primeira Comprar camisinha pe antes vez em uma farmácia “daquele” encontro
os Escrever sobre os med e as angústias
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ta alta Conseguir tirar uma no l naquela matéria difíci
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a e outra não? pode ficar viciad oa ss pe a um e qu ndência. viciam? Por dem levar à depe po e qu as ic Por que as drogas óg ol psic sociais, físicas ou tornar viciado. Há muitas causas mão quem vai se te an de be sa se ilmente muito difíceis O certo é que dific condições sociais em m ve vi e qu para a centes maior propensão Crianças e adoles m tê s) õe aç iv pr s quais já passam por conflituosas ou na (moram na rua ou as íli m fa em m ve lneráveis. oas que vi bém são mais vu m ta a og dependência. Pess dr de o m tip que a vida volvido com algu to-estima, acham au a existe alguém en ix ba m (tê os azer em e estão deprimid ive, não sentem pr ot Adolescentes qu m os e qu o et r esses sentio têm um proj drogas para alivia não faz sentido, nã ar us m de po ) to ológicos dos no quar ológicos ou neur ic ps s re nada, ficam tranca to fa m mbé am mais a se viciando. Há ta as drogas estimul m mentos e acabar gu al o, ss di anfetaminas. pendência. Além a, a cocaína e as ín que facilitam a de ro he a k, ac cr outras, como o dependência que nentar uma vez? oga não fica depe dr a um Faz mal experim ta en m ri pe mpo. s pessoas que ex es e por pouco te ad A maior parte da tid an qu as en rimentam pequ geral fazem o dente. Elas expe entar drogas em m ri pe ex de am álcool, ao Pessoas que gost aior propensão ao m m tê o, tã en , uisas as coisas . Entretanto, pesq do ce s mesmo com outr ai m al xu se começam a vida pois passa para fumo e também com o álcool e de a eç m co e nt ge uita mostram que m outras drogas. o contrário? e maconha ou é ambas são Cigarro é pior qu específicos, mas as m le ob pr ta re acar garro é uma Cada uma delas os pulmões. O ci ra pa te en m al ci mas causa prejudiciais, espe to das pessoas, en am rt po m co ando o altera o de abstinência qu e m droga lícita e nã ro nd sí r te cos (pode usuários podem prejuízos psíqui os ri dependência e os vá az tr l, ga ante . A maconha é ile go muito import al r ra vi de po param de fumar a isto é, el cia psicológica, pela Fundação causar dependên uisas realizadas sq Pe . os ic fís o 50% a mais ) e mesm maconha contêm de os na vida da pessoa rr ga ci e ão mostraram qu Britânica do Pulm
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de substâncias causadoras de câncer que os de tabaco . O estudo concluiu que três cigarros de maconha pod em causar danos correspon dentes a 20 cigarros convencionais, e os efeitos são potencializados quando se mistura tabaco e maconha no mesmo cigarro. Apesar dessas evidências, alg uns especialistas afirmam qu e os males ligados ao uso abusivo do álcool e do tabaco são maiores do que os relacionados às drogas ilegais. É verdade que quem fuma ou bebe tem mais chance de usa r outras drogas? É verdade, ainda que nem todo fumante ou toda pesso a que bebe vá usar drogas ilícitas. A principal questão para se pensar é a relação que a pessoa tem com a droga, seja ela legal ou ilegal: por que, pa ra que e como está usando. Meu pai tem problema com álc ool. Isso faz com que eu tenha também? Todas as pessoas sofrem infl uências do ambiente e também car regam marcas genéticas. Nossas car acterísticas resultam da inte ração entre ambas. Estudos mostram qu e há influência de fatores gen étic os no desenvolvimento do alcoolism o, mas isso depende muito das influências ambientais (por exemplo, se há uso freqüente do álcool em casa, se ele é consumido muito cedo). Assim , nem todo filho de alcoólatr a vai percorrer o mesmo caminho, mas é impor tante se cuidar. Tomar calmante nos exame s ou quando a gente está ne rvosa causa algum problema? Tomar remédio para emagrecer é prejudicia l? Tomar anabolizante para ficar sar ado faz mal? Vamos combinar: todo medic amento pode fazer mal, e bas tante. Por essa razão, ninguém dev e se medicar sem acompanh amento médico, nem que seja aque la “vitamina” sugerida por alg uém na academia. No caso dos calma ntes, há vários produtos na tur ais como chás ou medicamentos da me dicina alternativa (homeopa tia, florais) que podem trazer o efeito des ejado sem grandes riscos à saúde.
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r Binot Então, olha aí, monsieu interior Melhor ainda é o barato ção O que dá maior satisfa
Monsieur Binot Composição: Joyce
É a cabeça da gente, a plenitude da mente A claridade da razão
t Olha aí, monsieur Bino me ensinou Aprendi tudo o que você vagar Respirar bem fundo e de Que a energia está no ar Olha aí, meu professor, gente encontra o som a e qu é ar no m bé m Ta ar E num som se pode viaj é bom E aproveitar tudo o que Bom é não fumar Beber só pelo paladar bem natural Comer de tudo que for E só fazer muito amor Que amor não faz mal
ra E o resto nunca se espe ra O resto é próxima esfe ão O resto é outra encarnaç
. Joyce é cantora, compositora e violonista . 1968 em disco eiro prim Lançou seu Participou de festivais e dentre suas inúmeras composições, Clareana ficou muito conhecida (1980). Continua compondo, gravando e fazendo turnês nacionais e internacionais. Monsieur Binot (Joyce) FEMININA ED. MUSICAIS/VM EDITORA
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e se pensa, Ao contrário do qu pode ter mais quem usa maconha egar ao orgasmo dificuldade para ch u uso prolongado ou à ejaculação e se odução de pode diminuir a pr espermatozóides.
2
que os 13 anos é a idade em am adolescentes costum eira droga. experimentar a prim
3 4
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am drogas As meninas que us tâncias do que os misturam mais subs meninos.
7
parece mais A palavra “drogaria” ácia”, mas na moderna que “farm tia com esse verdade, ela já exis lo XIX. Essa significado no sécu que os remédios palavra nos lembra lvam vidas”. são “drogas que sa
para servir de O ecstasy foi criado ite. moderador de apet garros, um Para produzir 300 ci árvore é derrubada.
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a
tes Até 1997, os solven eram a droga mais l entre consumida no Brasi sino os estudantes de En io. Fundamental e Méd onha passou Depois disso, a mac a ser a primeira. 117
, s o n a d e d o ã Reduç ico m ê l o p o t n u s s a um
de danos”? o ã ç u d e r e d r de “política la fa iu v u o já Você tes do seja? vos decorren e ti u a q g e n o s d o it ia fe é entre inuir os e Você tem id ento da Aids jetivo de dim nos tem o ob de do crescim
a m. rtu redução de d contaminava anos 80 em vi e s s o e n s a iu g rg n A política de u ri s e mento havam as s s. Esse movi r o vício, é les compartil e e u rq o uso de droga p nsegue deixa is co ve o tá ã n je e in s s a a e drog assunto oa usa drog os usuários d as. Esse é um im: se a pess m s le s b a ro s p o n s e o m tr as. No ou is ou uso das drog idados e evite o Funciona ma cu la u s o m rt ti s ce e e ssa política dem minique ela tom acham que e penas preten menos ruim s a a , o s s a s g e p ro d s a m de e ue algum nem distribu al se faz troca m u q va a ti n n polêmico porq ce ca li in b o ú nã de saúde p s programas injetáveis. uma política á h 4 entanto, esse 9 9 1 e os de drogas d ri s á e u d s , u il s ra ra a B p No prevenção mizar danos. e material de d to n e m ci e rn seringas e fo
de danos: Alguns exemplos de redução
1
alimentar Quem bebe deve se bida alcoólica antes e alternar a be diminui a com água, pois isso rção do álcool. velocidade de abso
2 3
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Não misturar bebida
s alcoólicas.
stasy em uma Se a pessoa toma ec nçar, deve beber festa e começa a da goles e comer água em pequenos sem exageros, algo salgado. Mas água pode porque o excesso de l no organismo. causar perda de sa
4
álcool, a Após usar drogas ou rigir, nem fazer pessoa não deve di m atenção ou boa ija ex e qu es ad id iv at a, pois o consumo coordenação motor altera sua dessas substâncias mo e do ambiente, percepção de si mes nos, erros de o que acarreta enga equilíbrio. avaliação e perda de
5
m impacto ainda O uso de drogas te deprimidas ou pior sobre pessoas icológicos. Nesses com problemas ps de uma “viagem casos, as chances te grandes. ruim” são realmen
i e l a e s a g As dro A legislação brasileira não estabelece diferenças entre as drogas. Todas são consideradas entorpecentes, sejam maconha, heroína, cocaína, crack, LSD ou outras. A lei nº 6.368/76 trata dessa questão: seu artigo 12 dispõe sobre o tráfico, e o 16, sobre o uso indevido de drogas. Existe um projeto de lei que pretende alterar essas normas, mas ainda não foi votado pelo Congresso Nacional.
Principais delitos que caracterizam o tráfico (artigo 12)
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Estar portando ou ter em depósito quantidade grande ou pequena de uma droga que você pretende dar ou vender a alguém Importar ou exportar uma droga que você pretende dar ou vender a alguém Guardar, transportar ou entregar uma droga para alguém
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Enviar drogas ou recebê-las de alguém Preparar ou produzir droga para alguém Semear, cultivar ou colher essas drogas Permitir que alguém use a sua casa para vender
e, e alegar “não estou vendendo, eu só ofereci”, “não é Portanto, se alguém é pego, mesmo com pouca quantidad para alguém” ou se permitir que alguém use drogas na meu, estou levando para uma festa”, “estou guardando ser condenada como traficante (pena de 3 anos a 15 anos sua casa, tudo isso entra no artigo 12 e a pessoa pode caso leve uma vida normal, trabalhando, estudando etc. No além da multa), ainda que não tenha antecedentes e e do de três anos, como estabelece o Estatuto da Criança de menores de idade, a pena máxima de reclusão é hediondo e não tem fiança. Adolescente (ECA). Lembre-se: tráfico de drogas é crime
Entretanto, se a pessoa é pega com uma pequena quantidade de drogas e assumir que é usuária, pode ser enquadrada no artigo 16, cuja pena é mais leve, com reclusão de 6 meses a 2 anos, que pode ser substituída por prestação de serviços à comunidade, e ser obrigada a seguir tratamento. As orientações para o tratamento são elaboradas após a realização de exames médicos.
erizam Principais delitos que caract o uso indevido (artigo 16) tidades pequenas Estar portando quan consumo próprio de uma droga para
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es pequenas de Adquirir quantidad nsumo próprio uma droga para co es pequenas de Guardar quantidad nsumo próprio uma droga para co 119
ásico Dicionárquioe vob cê precisa conhecer: Algumas palavras
Abstinência é quando o individuo sofre com a falta da droga que costumava consumir. Cada droga pode causar uma reação diferente de abstinência, que vai do delírio e da depressão (no caso dos estimulantes) a cãibras, náuseas, perda de apetite e tremores. Muitas vezes, a síndrome de abstinência causa tanto sofrimento que o usuário desiste de abandonar as drogas, ficando cada vez mais preso à ciranda de dependência.
Dependente são as pessoas que sentem que precisam da droga, que não vivem sem ela, mesmo que seja “só um pouquinho”. A questão principal do uso de drogas é que ninguém sabe de antemão quem vai se tornar um dependente. Pode haver um componente genético ou uma disposição psíquica. Quando a pessoa está deprimida, insegura, tímida ou ansiosa, se tem problemas com os quais não consegue lidar, acaba encontrando na droga um antídoto para suas limitações e corre maior risco de se tornar um dependente.
Dependência é quando o corpo da pessoa precisa da droga não apenas para obter seus efeitos, mas para continuar funcionando como se estivesse em condições normais. Se as pessoas não se alimentam, elas ficam doentes. Com o viciado acontece algo parecido, ele adoece se não usar a droga. É importante saber que isso não é apenas um efeito psicológico; o corpo fica tão desregulado que precisa da droga para funcionar. Portanto, largar um vício na maior parte das vezes não depende apenas da vontade do sujeito, ele precisa da ajuda de medicamentos e de terapias para largar a droga.
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Overdose é o consumo da droga em quantidades mais altas do que o seu corpo pode suportar. Acarreta um “curto-circuito” no organismo, que pode se manifestar como um ataque cardíaco, uma insuficiência respiratória etc. Algumas drogas como a cocaína, a heroína, o LSD e até o álcool oferecem risco ainda maior de levar a pessoa à morte rápida.
Tolerância é o que acontece quando a pessoa precisa de doses cada vez mais altas de droga para obter o mesmo efeito que tinha quando começou a consumir.
O tráfico de drogas Beatriz Lomonaco
Atualmente, o tráfico de drogas é tão organizado quanto uma empresa. Além de movimentar milhões de reais (somente no Rio de Janeiro, são cerca de 360 milhões de lucro por ano), tem uma hierarquia rígida e bemestruturada. Existem cargos para funções específicas. Por exemplo, os “aviões” são os meninos (às vezes muito pequenos) que levam a droga aos clientes; os “gerentes” cuidam da chegada da droga e da contratação do pessoal; os “seguranças” trabalham nos arredores da “boca” e o “alto escalão” é encarregado de protegê-la. Muitas dessas pessoas andam fortemente armadas, com equipamentos adquiridos no contrabando. Os grandes traficantes comandam o tráfico, tornam-se ricos e poderosos em seu círculo. Para atingir seus objetivos, eles precisam estar ligados a redes internacionais, com ramificações em vários países. Apesar de ser uma atividade ilegal e informal, o tráfico tem regras rígidas e quem entra nele sabe que sua “contratação” pode lhe custar a vida, o que ocorre com bastante freqüência. A Organização das Nações Unidas (ONU) divulgou, em 2004, um relatório sobre o número de vítimas de drogas no Brasil: são 30 mil mortes por ano, incluindo usuários e pessoas abatidas nos conflitos entre grupos de traficantes ou entre estes e a polícia. O tráfico envolve, portanto, mais do que a comercialização de produtos ilegais, não é apenas uma questão de vender um produto sem nota, como um DVD. Vários crimes como seqüestro, roubo, contrabando, tortura e assassinato fazem parte desse ciclo e o alimentam.
áfico? r t o n m a r t n vens e ida Por que os jo ão, e é de ráp aç liz ia ec p es ade ou
larid jovem conão requer esco n e u q o h aquela que o al e ab u q tr o e d d o ta p al ti s sumo e Porque é um talvez seja mai mundo do con ão ao aç so er n es u ac m o re e; a ível que dá um rápid empregabilidad cial e, por incr rego. Isso lhe p so ar em g ro lu ei m m u ri mp armas ou e aos jovens seguiria em u es que portam az O tráfico oferec p . ra er od am p ir e d m o confere os ad uma forte ilusã e sua função arotas e garot d g e as ad it d u ili M b . sa to hecimen lta de o. A respon pareça, recon ta de que mod sociedade. A fa or a p a d im to ão or n p , ro inhei são temidos nessa que ganham d os traficantes sco envolvido e ri u o q e z , ve te n a m ce u to, todo adoles status e respei um rumo stia e medo em ú g an sa rça e sinalizar u fo ca e a d , d vi em e g d ra to proje nsação de co trazer uma se e od p e ad id iv tido. at ziadas de sen va es as d vi a ar possível p
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stão a . Entre elas e ça te n co a o d s leis, o tu de cumprir a para que iss e s d e a zõ ld u ra ic s if a (d o Muitas sã do Estado , a coraneira eficaz) al, a omissão ci m o e s d e a d a m id le il b vulnerab tam o pro ivamente o s que comba loriza excess ca li va b e ú u p q s , ca ca ti o e nossa ép falta de polí a ideologia d o m s e m té a rupção e idual. reciso sucesso indiv o Estado, é p d e d a id il consumo e o b a s ma respon Como tráfico seja u le participa. e o d d a m é m b le m b ta ro p ou pobre, dar droga Ainda que o rno deveria cidadão, rico a ve d o g ca O e u o q ig rt te a omia: ter em men a lei da econ imenstein no D m u o é rt e s b a il g G ro alista áfico de d haverá afirma o jorn um produto, ssencial do tr e re o p tã m s e co u q m e ? : “A houver qu m, mas, aos viciados ntes quisere ra. Enquanto ca cu fi ro a p tr a s d to e n a a do e prender qu a lei da ofert xistirá merca ir e u g re e p rs m e e p s , m a a. Pode a mercadori quem o vend comprar um a to s o p is d uém se existir alg orque, dedor”. plesmente p im s , a ci n para um ven lê o uem menta a vi a funcione. Q sa drogas ali m u te m is e s u o q , e o u ã q n r da tribui para Querendo ou vale reclama o a pessoa con ã , n to , u to d n ro a p rt o lo conivente. P ao pagar pe ndo nada, é ve tá s e o ã n finge que tá-la. juda a fomen a cê vo e s a violênci
Filmes Bicho de Sete Cabeças Laís Bodanzky, 2001.
Cidade de Deus Fernando Meirelles, 2002.
Diário de um Adolescente Scott Kalvert, 1995.
Kids Larry Clark, 1995.
Notícias de uma Guerra Particular 122
Kátia Lund e João Moreira Salles, 1999.
O Barato de Grace Nigel Cole, 2001.
Réquiem Para um Sonho Darren Aronofsky, 2000.
Trainspotting – Sem Limites Danny Boyle, 1996.
Tropa de Elite José Padilha, 2007.
Livros ARATANGY, Lidia Rosemberg. Conversas e desconversas sobre drogas. São Paulo: Olho d'água, 1991. BAUER, Jairo. Álcool, cigarro e drogas. São Paulo: Panda Books, 2004. BUKOWSKI, Charles. Crônica de um amor louco. Porto Alegre: LPM, 1985. BURROUGHS, William. Junkie. São Paulo: Ediouro, 2005. CARRASCO, Walcyr. Vida de droga. São Paulo: Ática, 2008. GUIMARÃES, Eloísa. Escola, galera e narcotráfico. Rio de Janeiro: UFRJ, 1998.
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Sites
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UNIAD - Unidade de Pesquisa em Álcool e Drogas : www.uniad.org.br
CEBRID – Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas: www.cebrid.epm.br
PROAD – Programa de Orientação e Atendimento a Dependentes: www.unifesp.br/dpsiq/proad
Drogas Tô Fora: www.spiner.com.br/modules.php?name= drogastofora
Prosam – Associação Pró-Saúde Mental: (11) 3862-1385 / 3875-4068
GREA – Grupo Interdisciplinar de Estudos do Álcool e Drogas: www.grea.org.br
SENAD – Secretaria Nacional Antidrogas: www.senad.gov.br 0800-61-4321 Narcóticos Anônimos: http://www.na.org.br 123
e o ã s s i f o pr
o h l a trab
Qual é o seu sonho? Como escolher uma profissão? Formação profissional: várias possibilidades Como fazer o currículo? Dicas para conseguir um estágio ou o primeiro emprego
Dentre todas as decisões e responsabilidades que a adolescência traz, certamente a escolha profissional é uma das mais importantes e difíceis. Refletir sobre esse tema implica, necessariamente, olhar para o futuro e se perguntar: O que eu quero para mim? Quais são os meus desejos e aptidões? Quais são as chances reais que eu tenho, dada a minha condição socioeconômica, de realizar esses sonhos? Quais são as oportunidades e dificuldades que a sociedade oferece no mundo do trabalho atualmente? É no cruzamento dessas respostas que encontramos o caminho para fazer uma escolha que esteja afinada com os nossos desejos e com as possibilidades de realizá-la. Também é necessário refletir sobre a diferença entre profissão e trabalho. Muitos jovens, ansiosos por conquistar certa autonomia financeira, aceitam qualquer trabalho que lhes dê uma renda. Não há nenhum problema nisso, mas é preciso tomar cuidado para que a urgência em ganhar dinheiro não acabe por inviabilizar um sonho, uma vocação, uma verdadeira opção que seria possível realizar. Trabalhar não é apenas ganhar dinheiro e se dar bem na vida. Todo trabalho, por mais simples que seja, é um ato de criação. Por meio dele, as pessoas transformam o mundo, as relações entre elas e o ambiente. Elaboram idéias, inovam, constroem, e se transformam. Todo trabalho exige um investimento emocional, físico e intelectual para que a pessoa efetue mudanças na própria vida e na vida da coletividade. Ao longo do tempo, o empenho de indivíduos famosos ou anônimos modelou o mundo em que você vive. Cada vez que você acende uma lâmpada ou veste uma roupa, está usando objetos criados pelo trabalho de muitas pessoas, que mobilizaram sua criatividade e seus esforços em prol de um objetivo. Há quem considere muito difícil falar em escolha profissional para os jovens, que nem sempre se sentem preparados para decidir algo tão importante. Além disso, as altas taxas de desemprego, que induzem um número cada vez maior de pessoas a sobreviver por meio de trabalhos informais (sem carteira assinada, benefícios ou garantias trabalhistas), somadas à crescente exigência de qualificação, aumentam a angústia e acentuam o medo de fazer uma escolha equivocada. Diante desse dilema, há quem prefira simplesmente fechar os olhos e deixar a decisão para depois.
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nhará papel qual o trabalho desempe no , ro tu fu o ra pa ar depender, em e você se disponha a olh realização pessoal vão a su até Por isso, é importante qu e tas uis nq o co a. Seu sucesso, suas sponsabilidade, mas nã re e ão nç ate ida ec er m fundamental na sua vid tada com a , escolha. Ela deve ser tra passo e se arrepender um r de cê vo Se el. grande medida, dessa sív é irrever , pois nenhum projeto eta. de uma maneira fatalista tativas até atingir sua m ten s va no er faz e ia ór poderá mudar sua trajet médio?
o fazer depois do ensino er qu eu e qu o o: tip do s e tir sobre pergunta iliar autonomia financeira nc co o Assim, vale a pena refle m Co ? -la ui eg ns r você ero escolher? Onde co questões podem orienta is Ta o? lh Que tipo de formação qu ba tra m bo rspectivas de arranjar um personalidade e com o a su a m co da estudos? Qual são as pe ta us aj mais a vida. colha mais consciente e ento tão importante de su om no caminho para uma es m e ss ne lo áud aj te módulo pretende que você deseja ser. Es
o s i c e r p sonhar é frente ragem, levam a gente pra co , ça ran pe es m ze tra nhos nhos. Os sonhos mos. Por um lado, os so ere qu e qu o Todas as pessoas têm so uil aq tar uis ra o futuro, que vamos conq r outro, eles apontam pa Po ia. tór his e alimentam nossa fé de a ss no a m jeto para a pois têm a ver co projeto de futuro, um pro um ir tru nutrem-se do passado, ns co a m da r. Sonhos nos aju -los realidade? para quem queremos se você acha que pode torná mo Co ? os nh so us se nossa vida. Quais são os ro é ais que m u e “O que a casa a minh r a r p re com estuda u o V . ra própria uito pa m r a h l traba .” uir isso conseg s) 15 ano (Fábio,
“Uma das atividades de que mais gosto é joga r handebol na escola. Sou o goleiro do time. Treinamos fora do horá rio de aula duas vezes por semana e, às vezes, a gente joga contra outras escolas aos sábados. Meu sonho é ser professor de Educaçã o Física. Quando eu terminar o ensino médio pretendo fazer um curs inho gratuito para tentar entrar numa faculdade. Quem sabe, assim, um dia treinarei o meu próprio time dentro de uma escola!” (Robson, 16 anos)
a ando n trabalh r a ç e te e o com teligen in ro quer u a t o u f s s u ndo pe me rabalha é uma t r e l “Para o a E ic . f mo é meu tio a idéia ximo co á h in m o m loja do a A er tar cedida. aprend pois ten e d bem-su r um tempo, a r a sso p asar e e po de suce quero c com el , io o c s ó is g m ne . Fora se faz u a própria loja inh 5 anos) mila, 1 a abrir m (C .” filhos ter dois
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“Meu sonho é ser veteriná rio. Amo os bichos! Seria o máximo po der cuidar deles e ainda ganhar para isso. Imagine se eu pudesse trabalhar no Zoológico?! O problema é que fazer um a faculdade de Veterinária é muito difícil ... Entrar, ficar, pagar. Mas vou fazer um grande esforço para conseguir!” (Edson, 15 anos)
o r u t u f o o d n a h in iv d a em uma vidente infalível! Mesmo duvidando i o f e u q u o t n o Um amigo c eu ir também para saber o que acontecerá no v l o s e r ê c o v , ez f um pouco primeira pergunta que você f oi: a , á l o d n a g Che seu futuro.
al Vida profission O quê? Você estudou?
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abalha? Em que você tr Ganha bem? feito Você está satis ? com o que faz eus objetivos Quais são os s te? daqui em dian
l a o s s pe Vida stá morando? e Onde em? qu Com
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Vida social
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? O que você gosta de fazer lteiro o s u o nos finais de semana? sado a c á t Es Tem muitos amigos? ilhos? Tem f Quem são eles? e d a i l mí ua fa o está? s a E m nço do bala m, co i p e á g r i r e o e já ess te desd o que a si? n r e r a m e p f o i c d a feliz fazer algo desej u e o u c q i f O ia o? Você u? Poder futur u e o l s reve udar o m para 127
. o ã t s e u q a is e . o Estudar ou nã estudos. vontade de desistir dos r nti se m mu co nte sta ensino médio, é ba s professores, não Quando o jovem está no o gostar da escola ou do nã to: en am ns pe de o com o levar a esse tip ra aprender, não contar pa de lda Muitos motivos podem icu dif ter , os úd de aprender certos conte lhar. Diante de todas entender a importância idade de começar a traba ss ce ne ter , os tud es os hora em que ncluir ar a melhor decisão na tom apoio da família para co a r da aju m de po e qu são os aspectos essas dificuldades, quais ou não estudar? surge a dúvida: estudar tipo de trabalho você er para a sua vida? Que qu cê vo e qu O o. ur fut ispensável ar no que, hoje em dia, é ind am O primeiro deles é pens rm afi lho ba tra do ea especialistas na ár os para quem gostaria de realizar? Os opções de bons empreg em ist ex o nã nte me ca ati trar na dio, porque pr é pré-requisito para en o let mp completar o ensino mé co dio mé o sin o en izagem damental. Além disso, rviço Nacional de Aprend Se lo cursou só o ensino fun pe os cid re ofe os s entidades. s cursos técnicos, como rcial (Senac), entre outra me faculdade e em diverso Co m ge iza nd re Ap de Serviço Nacional Industrial (Senai) e pelo es – m das disciplinas regular alé , ste Ne . nte za ali ion s, obtendo de ensino médio profiss em matérias específica nd re Também existem opções ap tes an tud es os Muitos são ímica, Biologia etc. –, analista de sistemas). História, Matemática, Qu ta, cis tri ele ia, tár cre (se ssões variadas derais. grau de técnico em profi s Estaduais (ETEs) ou Fe ica cn Té las co Es las pe gratuitos, oferecidos que o importante ter em mente é E al. ion ss ofi pr o çã um emprego. o é garantia de inser rmitir que você consiga Entretanto, o diploma nã pe o vã e qu os ad fic rti para fornecer ce tureza, a história estudo não serve apenas nhecer o mundo, a na co a cê vo da aju – r aio idade propósito m s com grau de escolar oa ss pe A educação serve a um as e qu o ad tat ns educar os homens. Também foi co mais habilidosas para o e as relações entre os sã e, úd sa ria óp pr m cuidar melhor da s para seus mais elevado consegue s e sabem criar soluçõe nte ige ex e as tic crí is direitos, são ma que vivemos. filhos, conhecem seus o aquilo que somos ou tud r na tio es qu a da aju escolar nos problemas. A educação e em consbém dos alunos, consist tam s ma la, co es da tarefa não somente l o aprendizado r muito mais agradáve Assim, uma importante na tor de po io cíc er ex la e a vida. Esse sce, é algo que se truir pontes entre a esco o é algo com que se na nã ar tud es de do nti se Perceber o a ver com o prazer em dos conteúdos exigidos. Gostar de estudar tem a. vid de ias nc riê pe ex se está com as igma, em perceber que en adquire com o tempo e um a, lem ob pr um sunto, em resolver saber mais sobre um as
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evoluindo, em compartilhar o que se sabe. Por isso, quando você se interessar por algum assunto, vá atrás, procure saber mais, tente se aprofundar no tema. Esse pode ser um bom jeito de descobrir o prazer de aprender. Sem dúvida, aprender requer dedicação, tempo, atenção, compromisso e disciplina. Mas a vida exige isso todo o tempo. Por esse motivo, além de proporcionar o chamado “conhecimento formal”, a escola é o ambiente em que aprendemos a exercitar as habilidades necessárias para a vida adulta.
Estudar ou parar os estudos é uma questão séria e complexa. Para escolher um caminho de forma consciente, é preciso ter claro que, ao parar de estudar, o jovem está restringindo consideravelmente suas opções de futuro.
“O meu sonho é trabalhar junto com o meu pai numa oficina mecânica. Os meus amigos dizem que eu deveria fazer uma faculdade, mas eu não quero. Eu estou errado?” (Reginaldo, 19 anos) Não há nada de errado em querer trabalhar com o seu pai. Cada um tem seu sonho, seu objetivo na vida. Se ário fazer uma você já tem claro o que quer, siga em frente! Apesar de não ser necess aperfeiçoar na faculdade para ser mecânico, lembre-se de que pode ser importante se estiver mais área. Hoje em dia, o mercado está concorrido e exigente. Por isso, quem bem preparado terá mais chances de alcançar o sucesso.
“Quero ser enfermeira, mas não tenho dinheiro para pagar o curso técnico de enfermagem. O que eu devo fazer?” (Sabrina, 18 anos) o da profisDefinir o que você quer fazer é um passo bastante importante no caminh : conseguir sionalização. Depois que essa decisão é tomada, vem um novo desafio as escolas que estudar e concluir o curso. Primeiramente, faça uma pesquisa sobre oferecem o curso escolhido e, com atenção, verifique as possibilidades de fazer um curso em escola
pública ou de conseguir uma bolsa em uma particular. Se você chegou à conclusão de que realmente precisará pagar, e já sabe o valor, comece a analisar suas opções: seus pais ou outros familiares poderiam ajudar você? Ou é o caso de arrumar um emprego para juntar dinheiro e fazer o curso posteriormente? Nesse caso, procure um trabalho compatível com os horários do curso. Enfim, para cada problema, existem possibilidades de solução. O fundamental é você não abrir mão dos seus sonhos e persistir na realização deles.
“Participo de um projeto de uma ONG da minha comunidade, mas minha mãe acha que eu deveria sair e procurar um emprego. Eu gosto daquilo que eu aprendo e não gostaria de sair do projeto. O que eu devo fazer?” (Marisete, 17 anos) A pressão dos pais para que os adolescentes comecem a ajudar a pagar as contas tem um peso considerável no futuro profissional dos jovens. Muitos se vêem obrigados a abrir mão de cursos ou programas sociais para procurar “bicos” ou trabalhos pontuais. Para fazer a melhor escolha, talvez seja preciso levar em conta dois fatores: a emergência do momento e o projeto de futuro. Se a sua família estiver passando por um momento financeiro crítico, talvez você não tenha muita escolha e precise trabalhar, ao menos até vocês saírem desse período complicado. Mas se a sua família tiver condições de sustentá-lo mais um tempo, converse em casa e mostre a importância de continuar nesse projeto antes de procurar um emprego. Alguns cursos de especialização ou atividades em projetos sociais podem melhorar os conhecimentos e habilidades dos jovens e, assim, facilitar o acesso a um bom emprego. Que tal trocar idéias com seus familiares sobre os seus projetos?
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Formações profissionais ra istem várias opções pa ex io, éd m o sin en o do Termina o para sua formação. Leia abaix você dar continuidade à caminho para você. saber qual é o melhor
Bacharelado
é a formação universitária tradicional que todos conhecem. Os cursos têm a duração de quatro a cinco anos (exceção para Medicina, que exige seis anos). Todos eles oferecem uma grande base teórica e alguma experiência prática. Esse curso permite que se faça uma pós-graduação strictu sensu (mestrado e doutorado) e lato sensu (especialização). Exemplos de cursos: jornalismo, educação física, engenharia, direito etc.
Licenciatura
essa modalidade permite que você trabalhe como professor. Os cursos duram de três a quatro anos e você tem de fazer matérias específicas para atuar na área. Quem pretende lecionar para alunos da educação infantil e dos primeiros anos do ensino fundamental, deve fazer os Cursos Normais Superiores ou Pedagogia; para trabalhar de 5ª a 8ª do ensino fundamental e no ensino médio, é necessário obter uma licenciatura plena (por exemplo, nas áreas de Matemática, História, Letras etc.) Verifique as condições de obtenção da licenciatura, pois algumas universidades permitem que o aluno curse o bacharelado e mais um ano de licenciatura na faculdade de Pedagogia, ficando apto a dar aulas na matéria em que se formou. Com esse esquema, você ganha tempo.
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Tecnólogo
são cursos de curta duração (de dois a quatro anos) e formam profissionais especializados para atuar em campos específicos do mercado. Também dão direito a fazer posteriormente um bacharelado ou pósgraduação strictu sensu (mestrado e doutorado) e lato sensu (especialização). Exemplos de cursos: produção de alimentos, gestão ambiental, produção industrial, informação e comunicação etc.
Seqüencial
são cursos de nível superior, reconhecidos pelo MEC desde 1999, que se propõem a oferecer formação rápida e específica, em áreas bem práticas, para pessoas que precisam se inserir rapidamente no mercado de trabalho. Sua carga horária mínima é de 1.600 h ou 400 dias letivos, e em vez de diplomas, eles fornecem certificados. Mas estes são válidos para quem posteriormente desejar fazer uma pós-graduação lato sensu. Por exemplo, na área de computação, pode-se fazer um curso seqüencial em redes de computadores, atingindo-se o objetivo em um prazo relativamente curto, e depois se aprimorar com uma pós-graduação.
Graduação modulada
também focaliza o mercado de trabalho. Os cursos procuram combinar a formação tecnológica ou seqüencial com o bacharelado ou a licenciatura. Por exemplo, o aluno faz um curso tecnológico de dois anos, recebe o diploma e aproveita os créditos para fazer um bacharelado posteriormente.
Educação à distância
a oferta desse tipo de curso vem crescendo nos últimos anos porque atende aos jovens que residem em cidades nas quais não há cursos superiores ou especializações. A idéia é que o conteúdo do curso seja transmitido via internet, rádio, TV e com material apropriado, sem que o aluno precise ir à escola diariamente. Em geral há aulas especificas e provas nas quais a presença é exigida.
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tirinha
Ao final do ensino médio, a maioria dos jovens se depara com o desafio de escolher seu futuro profissional. É preciso um tempo para pensar. Você sabe que as boas escolhas da vida são baseadas em informações. Quanto mais informação você tiver, menor será a chance de tomar um caminho do qual se arrependa depois. Veja aqui algumas perguntas que você pode se fazer para ir formando uma opinião sobre o seu futuro profissional.
COMO ESCOLHER UMA PROFISSÃO?
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Aptidões pessoais
é posades. Entretanto, nem sempre ilid hab e s bie hob , tos gos , ses res gosta de cantar Aqui entram em jogo seus inte gostamos. Não é porque você is ma que no e ent som a tad s, certamente, sível fazer uma escolha pau os precisam ser avaliados, ma ect asp ros Out to? cer tor, can no chuveiro que pode ser mais você souber de imprescindível. Assim, quanto tida par de to pon um é os tam aquilo de que gos você, mais tem a ganhar!
Perguntas que podem guiá-lo(a): -O que você faz bem? - O que você gosta de estudar? Quais são suas matérias preferidas? -Quais são suas habilidades e dificuldades? -O que você gostaria de fazer e o que não faria de jeito nenhum? -Com o que você se vê trabalhando (gente, máquinas, animais, alimentos...)? -Qual é a opinião das pessoas ao seu redor sobre suas possibilidades de carreira?
2 Atividade profissional e tipo de formação disponível
Se você já tem alguma clareza quanto a suas habilidades, é hora de se informar sobre quais são as profissões que se encaixam melhor no seu jeito de ser. Para isso você precisa pesquisar em revistas, sites ou conversar com profissionais das áreas de seu interesse. Perguntas que podem guiá-lo(a): -O que se faz na profissão em que você pensou? -Quais são as áreas em que se pode atuar? -Você precisa fazer um curso universitário, poderia fazer um curso técnico ou uma formação específica? -Onde se oferece a formação pretendida? -Quantos anos você estaria disposto a dedicar aos estudos?
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Demandas de mercado Essa é uma questão importante que vai pesar no momento em que você se formar. Se o mercado está saturado, ou seja, se nele existem profissionais de sobra, você deve se preparar para enfrentar dificuldades depois que se formar. Mas, se você realmente gosta da profissão escolhida, não deve desistir: batalhe para se diferenciar e conseguir o seu lugar ao sol! Perguntas que podem guiá-lo(a): -Como está o mercado na área em que você pensou? Está saturado ou não? -Você conhece alguém que trabalha nessa área? Como foi que essa pessoa se estabeleceu profissionalmente? De quantos anos precisou? -Qual o salário inicial dessa profissão? -Como são as perspectivas nessa área para os próximos anos? -Em que lugares há mais possibilidades de emprego?
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Custos financeiros da formação Claro que todo mundo prefere estudar de graça, mas isso nem sempre é possível. Você precisa saber antecipadamente quanto vai precisar investir no curso que deseja fazer. Isso inclui os custos de mensalidades, livros, materiais complementares, transporte, refeição etc. Perguntas que podem guiá-lo(a): -Onde são oferecidos cursos gratuitos na área que você escolheu? -Se o curso é pago, há possibilidade de obter bolsas? Como? -Você conhece os tipos de financiamento para formação profissional que existem hoje em dia? -Você pode arcar com os custos da sua formação? De que maneira pretende fazê-lo? -Você tem algum parente ou amigo que poderia ajudar a custear seus estudos?
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Reconhecimento social e retorno financeiro Algumas pessoas querem ser famosas, outras adoram o anonimato. Algumas têm muitas ambições materiais, outras se orientam por outro tipo de ganho (a realização pessoal, o acúmulo de conhecimento). Celebridades ou não, todos precisamos do reconhecimento social que pode ser obtido na relação com os chefes, com os colegas ou com as pessoas a quem prestamos serviço. O prazer de receber retorno por um trabalho bem feito é um alimento importante para o nosso desenvolvimento profissional. Perguntas que podem guiá-lo(a): -As possibilidades salariais oferecidas pelo mercado atendem a seus anseios? -Quais são as dificuldades da profissão escolhida? -Que tipo de prazer o seu trabalho pode lhe oferecer? -Como você acha que poderia conquistar o reconhecimento de que precisa?
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Três Apitos Composição: Noel Rosa Quando o apito da fábrica de tecidos Vem ferir os meus ouvidos Eu me lembro de você Mas você anda Sem dúvida bem zangada Ou está interessada Em fingir que não me vê Você que atende ao apito de uma chaminé de barro Porque não atende ao grito Tão aflito Da buzina do meu carro Você no inverno Sem meias vai pro trabalho Não faz fé no agasalho Nem no frio você crê Mas você é mesmo artigo que não se imita Noel Rosa foi um dos sambistas mais importantes da história da música brasileira. Quando a fábrica apita Compositor, cantor, violonista e bandolinista, Faz reclame de você nasceu em 1910 e em apenas 27 anos de vida Nos meus olhos você lê compôs mais de 300 músicas. Seu primeiro Que eu sofro cruelmente grande sucesso, “Com que roupa?”, foi Com ciúmes do gerente lançado em 1930 e tornou-se um clássico do Impertinente cancioneiro do nosso país. Muitas letras Que dá ordens a você escritas por Noel brincam com temas do cotidiano, como é o caso de “Conversa de Sou do sereno poeta muito soturno botequim”, “Rapaz folgado”, “São coisas Vou virar guarda-noturno nossas” e muitas outras. Em 2006, sua E você sabe porque biografia foi retratada no filme “Noel -o Mas você não sabe poeta da Vila”, dirigido por Ricardo Van Steen. Que enquanto você faz pano Desde 2007 sua obra está em domínio público Faço junto ao piano e pode ser acessada por meio do site Estes versos pra você www.dominiopublico.gov.br . 137
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No Brasil, os cursos superiores mais concorridos são: Medicina, Engenharia, Audiovisual e Biotecnologia. As carreiras que oferecem mais vagas são: Administração, Pedagogia e Direito.
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Cerca de 48% dos alunos que ingressam na universidade finalizam o curso, portanto, mais da metade desiste no meio do caminho. 42 instituições de ensino superior fazem parte do sistema de cotas (reserva de vagas para negros, índios e/ou egressos da escola pública). Bahia, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro e São Paulo são os estados que contam com o maior número de universidades.
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As mulheres estão na frente em termos de curso superior: elas respondem por aproximadamente 56% das matrículas nas universidades. De 2005 a 2007 foram abertos mais de 130 cursos superiores de universidades particulares no Brasil. A expansão da rede pública de ensino superior é muito menor. Atualmente, existem 224 universidades públicas no país. 72% dos alunos universitários do Brasil estudam em instituições privadas. A Lei Federal nº 10.097, de 2000 estabelece que somente maiores de 16 anos podem trabalhar. Entre os 14 e os 16 anos, é permitido trabalhar como aprendiz. O trabalho de crianças de 0 a 14 anos permanece terminantemente proibido.
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No Brasil existem cerca de 3.600 cursos superiores de tecnologia com mais de mi l denominações. As universi dades criam novos nomes para se diferenciar dos con correntes. Segundo o MEC, 100 nomes bastariam para identificá-los.
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Segundo o IBGE, em 2007 o rendimento médio de trabal ho das mulheres (R$ 927,09) continuou a ser inferior ao dos homens (R$ 1.314,43). O Programa Universidade para Todos - ProUni já atendeu, desde sua criação em 2004 até o processo seletivo do primeiro semestre de 200 8, cerca de 385 mil estudantes, sendo 270 mil com bolsas integrais.
O ProUni - Programa Universidade para Todos tem como finalidade a concessão de bolsas de estudo integrais e parciais a estudantes de cursos de graduação e seqüenciais de formação específica, em instituições privadas de educação superior. Dirigido aos estudantes egressos do ensino médio da rede pública ou da rede particular na condição de bolsistas integrais, com renda per capita familiar máxima de três salários mínimos, o ProUni conta com um sistema de seleção informatizado e impessoal, que confere transparência e segurança ao processo. Os candidatos são selecionados pelas notas obtidas no ENEM - Exame Nacional do Ensino Médio conjugando-se, desse modo, inclusão à qualidade e mérito dos estudantes com melhores desempenhos acadêmicos. Criado pelo Governo Federal em 2005, ele oferece, em contrapartida, isenção de alguns tributos àquelas instituições de ensino que aderem ao Programa.
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z e f á j , E aí ? V C u e s o a pensar na is c re p , o g re p r em do em procura a s s re ue em latim te (q in e a tá it s V e m ê c lu o u v ic Se urr V”, a sigla de C sse documento E “C . u s e ê s u g o u d rt o o ã p ç em elabora , ou currículo, ”) a id v profissional e e d ro a a ir p e re rr p a o “c a a tr ic mos signif pessoais, que . s o d a d e d to n a um emprego ta a id d n a é um conju c e s uem dos nteriores de q a para as dicas s to e n d a te a id e v u ti a iq F s a prego. dível quando se Ele é imprescin especialistas:
Em relação ao conte
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údo:
para o que não tem nada nd ha ac o, lit af ue fiq o primeiro m experiência, não você está procurando e Se você ainda não te qu m be sa es or po “qualifiículo. Os recrutad informações no cam colocar em seu curr ja ha e qu m ra pe es mesmo não emprego, e por isso . cações profissionais” esmo aques” que tenha feito, m ico “b r ca lo co de po , ando carreira r o telefone no Como você está inici ra os colegas, atende pa os lh ba tra r ta gi di nca os, como ha etc. Entretanto, nu in viz les não remunerad a um ra pa bá , trabalhar como ba s serão checados. escritório do seu tio trevista esses dado en a um em z, fe o nã invente coisas que
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procura um em
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Atualmente, o trabalho voluntário tem sido muito valorizado nas empresas. Especialistas asseguram que esse tipo de atividade ajuda a desenvolver diversas habilidades, como o senso de liderança, a noção de interesse coletivo, a capacidade de trabalhar em equipe, o espírito de cooperação e a iniciativa. Se você foi voluntário em uma creche, se plantou árvores no seu bairro ou ajudou a organizar a biblioteca da escola, mencione o nome da instituição e o trabalho que realizou. Não coloque a pretensão salarial porque você pode se dar mal: se pedir um valor menor do que a empresa oferece, pode parecer que se dá pouco valor; se colocar um valor alto, pode parecer presunçoso ou mal-informado. Esse assunto deve ser tratado durante a entrevista, sempre com muito cuidado. Se você tiver hobbies ou fizer algum tipo de atividade semelhante (por exemplo, curso de teatro, participação na equipe de vôlei da escola ou em uma banda), pode colocar no final do currículo. Esse tipo de atividade pode destacar alguma habilidade pessoal valorizada pela empresa. É muito importante adequar seu currículo a cada situação ou empresa. Se você está enviando seu CV para uma vaga específica (por exemplo, de recepcionista), coloque que é essa a sua intenção, mas se está enviando seu CV para um banco de currículos, coloque seu objetivo profissional.
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DADOS PESSOAIS Nome completo Nacionalidade, estado civil, idade Endereço: Rua_________________________________________Nº______Bairro________ CEP_____________-_______ Cidade_______________ Estado _____________ Contatos: Tel (0xx)_______________(res.) ou ________________(cel.) E-mail____________________________________________________ Não é necessário colocar números de documentos. OBJETIVO Colocar o nome da vaga ou da área, centralizado na folha. Exemplo: Operador de Telemarketing QUALIFICAÇÕES PROFISSIONAIS Colocar a experiência profissional resumida, o que sabe fazer, suas habilidades. Obs: Se você não tiver experiência profissional, coloque “Estudante” e suas habilidades. HISTÓRICO PROFISSIONAL Nome das três últimas empresas em que você trabalhou Nome da empresa Cargo/função exercida Período – mês/ano a mês/ano
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ESCOLARIDADE atual Informar o mais édio ano do ensino m 3º o do an rs Cu . Ex I E.E. Dom Pedro FEIÇOAMENTO stras de que CURSOS DE APER ofissional e pale pr o çã ca ifi al qu ão que os cursos de nome da instituiç , ra st le pa Considerar aqui ou o do curs Colocar o nome você participou. emplo: o, mês e ano. Ex çã ra du , ou iz al re o/2008 Profissional: mai ão aç nt ie Or de Palestra o Setubal ação Tide Azeved nd Fu : ão aç iz al Re TÁRIA ríodo. ATUAÇÃO VOLUN da instituição, pe e m no a, iz al re e voluntária que Colocar a atividad que o no IDIOMAS po. Se tiver, colo m ca te es e in im o nessa área, el ento. Se não tiver curs grau de conhecim o e da tu es de curso, a escola on
me do
esmo que INFORMÁTICA sabe trabalhar, m e qu m co e e ec conh ramas que você i dominá-los. Coloque os prog a prática você va m co is po , te en oblema, hoje a superficialm r curso, não há pr ze fa m se a ic át leção ela ndeu inform o processo de se e nt ra du Obs: Se você apre r, ja se de te. Se a empresa imento. prática é importan ro grau de conhec ei ad rd ve u se o vai verificar ES OUTRAS ATIVIDAD bairro. time de futebol do Ex.: Treinador do
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MITO OU VERDADE? 1 2
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Mandar currículos para empresas e se cadastrar em sites de emprego é a melhor maneira de conseguir um emprego. Não precisamos nos preocupar com a roupa que vestimos na primeira entrevista de emprego, pois, hoje em dia, as empresas são modernas e não ligam para a aparência de seus funcionários. Os relacionamentos pessoais como os de amigos e professores abrem muito mais portas que os currículos. Saber falar bem inglês é o mais importante para conseguir um emprego. Treinar as respostas de uma primeira entrevista na frente do espelho ou com um amigo pode ser um bom jeito de perder o medo. Em algumas cidades existem programas de incentivo ao primeiro emprego que podem ajudar a encontrar uma vaga.
: respostas
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até dar cá-lo num site pode lo co ou l ai m er po as. Mito. Mandar currículo a resposta são pequen um r be ce re de s ce da: as chan . certo, mas não se ilu do um tempo precioso en rd pe a ab ac o ad ser cham Quem fica à espera de ta. Escolha l na primeira entrevis ua vis do ar id cu e nt ara Mito. É muito importa decotes profundos (p s, do ia sf de s an Je . adequada itauma roupa discreta e os do que deve ser ev pl em ex o sã s) ze pa (para os ra s as garotas) ou boné rfume, colocar brinco pe to ui m ar ss pa a éi a boa id rita. do. Também não é um u time ou banda favo se do a et is m ca a m grandes ou ir co
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já trabalha ou o ou por alguém que ig am um r po do ca di r com Verdade. Ser in a. Por isso, conversa nç re fe di de an gr a faz um ótima idéia. conhece a instituição ajudar pode ser uma am ss po e qu os id ec amigos e conh
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e. Pesquisas o é o mais important nã as m e, nt rta po im glês, é o Mito. Inglês é preocupados com o in m re ta es ns ve jo os de ue atento: é mostram que, apesar ndidatos. Por isso, fiq ca s do % 70 a in im el e trevista. teste de português qu r o uso de gírias na en ita ev e te en am et rr co fundamental escrever
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tar o a maneira para afas im ót a um r se de po Verdade. Treinar antes vista. no momento da entre o ad ar ep pr s ai m ir nervosismo e se sent a oferecer a programas voltados m te is ex , es ad cid e Verdade. Em algumas a 21 anos de idade qu 16 de ns ve jo ra pa o de trabalh primeira oportunidade ico estadual. Informebl pú a em st si do s la io nas esco as, isso pode cursam o ensino méd da por esses program di en at é e ad cid a su se para saber se a ajudar bastante.
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ABC o h l a b a r t o d o d n u m do Uma boa formação educacional é a melhor arma para enfrentar os desafios de se inserir no mundo do trabalho. Quem tem preparo dispõe de melhores condições para aproveitar as oportunidades e sair-se bem na execução de tarefas. O ideal é que, ao escolher uma escola ou curso, você tenha a maior clareza possível quanto aos seus desejos e sonhos de realização profissional futura. O mercado de trabalho não é algo estático. Muitas mudanças acontecem de acordo com cada época. Atualmente, um dos maiores problemas que afligem grande parte dos países é a alta taxa de desemprego. Além disso, para muitas empresas brasileiras, contratar funcionários pela CLT – sigla de “Consolidação das Leis do Trabalho”, que consiste na unificação de toda legislação trabalhista vigente no Brasil – é muito dispendioso. Sancionada em 1943, pelo então presidente Getúlio Vargas, a CLT prevê uma série de mecanismos de proteção aos direitos do trabalhador, tais como as férias remuneradas e o 13º salário. Para ter direito a todos esses benefícios, é preciso ter a carteira de trabalho assinada. Embora esses direitos sejam positivos, as obrigações trabalhistas geram um ônus pesado para as empresas, especialmente para aquelas
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de micro e pequeno porte, que correspondem a mais de 95% do total de empresas do país. Desse modo, diante da necessidade urgente de arranjar emprego, muitos trabalhadores acabam aceitando atuar sem registro em carteira e sem contrato assinado, formando uma massa de trabalhadores informais. É nessa camada que se enquadram os chamados “bicos”, nome informal dos pequenos trabalhos e tarefas passageiras. Muitos jovens fazem “bicos” como uma maneira de conseguir um dinheiro rápido, trabalhando em algo informal. No entanto, as necessidades de mercado vêm favorecendo o surgimento de relações de trabalho diferenciadas, que não configuram informalidade mas não estão sujeitas às normas da CLT. Confira algumas delas:
Associação. É qualquer iniciativa Estágio é o período de aprenformal ou informal que reúne pessoas com objetivos comuns, visando superar dificuldades ou gerar benefícios para os associados. Formalmente, criar uma associação é uma maneira de legalizar a união de pessoas em torno de seus interesses. As associações facilitam as atividades dos indivíduos, por meio da ampliação e melhoria das condições de trabalho, favorecendo a conquista de objetivos comuns. Existem hoje diversos tipos de associação: de moradores de um local, de categorias profissionais (por exemplo, de artesãos, artistas, catadores de papelão), entre outras.
Cooperativa. É a empresa formada e dirigida por um conjunto de pessoas, que se reúnem em igualdade de direitos, com o objetivo de desenvolver uma atividade econômica ou prestar serviços comuns, eliminando os intermediários. As cooperativas podem ser de produção, de consumo, de crédito, de troca e comercialização, de segurança mútua, de venda por atacado ou de assistência médica.
dizado na empresa, que permite sedimentar, na prática, os conhecimentos adquiridos na escola. O estágio é uma oportunidade de familiarizar o estudante com o ambiente de trabalho, de melhorar seu relacionamento com superiores, colegas e equipe em geral e de aprimorar sua formação profissional. Dessa forma, proporciona a complementação do ensino e da aprendizagem, tornando-se elemento de integração, em termos de treinamento prático de aperfeiçoamento técnico, cultural e científico. O estagiário não tem carteira de trabalho assinada, mas pode ter direito a uma bolsaauxílio para ajudar nas despesas pessoais, de transporte, de alimentação e escolares. Sua jornada de trabalho costuma ser diferenciada, para não atrapalhar os estudos. Muitas empresas oferecem pequenos benefícios a seus estagiários, tais como vale-transporte e vale-refeição.
Trabalhador autônomo é a pessoa física que exerce, por conta própria, atividade profissional remunerada, prestando serviço de caráter eventual a uma ou mais empresas, sem relação de emprego e assumindo o risco de sua atividade.
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Alguém acende a luz?! Tide Setubal Souza e Silva
Sérgio, cara, estive pensando numa coisa: ser adolescente é muito difícil! É como ficar dentro de um quarto escuro sem saber onde está o interruptor, saca? Você não sabe de tantas coisas e tem tantas dúvidas que às vezes parece que o mundo vai acabar. Definitivamente. Fatalmente. Independente da sua mera e pequena existência. Tô exagerando? Abs, Gabriel
Fala Gabriel! Você tava sumido... Por que esse pessimismo todo? Essa fase não é tão ruim assim. Afinal, pelo menos agora a gente já pode sair nas baladas, se divertir e beijar as minas. Abs, Sérgio
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nesse momento único e exato, só Putz, cara! Tudo bem, isso também é verdade. Mas agora, agorinha mesmo, pensar em trabalho. Isso que tenho consigo ver a parte difícil de ser adolescente. Sabe por quê?! Porque a menor e mais vaga idéia do tenho não eu que mesmo: TRA-BA-LHO. E qual é o problema? Todos! Para começar uma faculdade? Ou então: ou técnico curso um que eu quero ser e fazer. Por exemplo, o que é melhor? Fazer inglês no tempo livre? Você fazer e pouco um mais começar a trabalhar já para ajudar a minha mãe ou esperar escuro! já pensou sobre isso? Socorro! Acende uma luz desse quarto Abs, Gabriel
Nesse caso, velho: eu grito “socorro” junto com você! Para mim também é uma barra esse tal de “mundo do trabalho”. Não é à toa que dizem que é coisa de gente adulta. Realmente, não dá pra sair por aí e desperdiçar um tempo precioso ou cair numa roubada. Por isso, temos sim que pensar muuuito bem no nosso futuro. Por enquanto é só. Abs, Sérgio
O quê? “Por enquanto é só?!” Não, cara, me ajuda! Eu sei que você não é bom em dar conselhos, mas você tem experiência no assunto, você fez o seu caminho. Como foi?! Fala aí, mano. Abs, Gabriel
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É, de fato eu não sou nada bom em dar conselhos. Mesmo. Mas a minha história, posso te contar. Ela é meio longa, meio enrolada. Vc tem paciência para ler? Bom, vamos lá. Comigo foi assim: quando eu tinha 17 anos, minha mãe começou a me pressionar para arrumar um trabalho para ajudar nas contas. Sabe como é: meu pai saiu de casa, era pesado para minha mãe bancar as contas sozinha. Ao mesmo tempo, lá na escola, tinha um professor que eu gostava muito. Ele me dizia que eu tinha que fazer um curso técnico ou uma faculdade, que eu era um cara de futuro. Não foi fácil. Eu fiquei muito dividido. Não sabia o que fazer, o que era mais certo, o que seria melhor para mim. Às vezes eu tinha muita raiva e vontade de gritar para o mundo inteiro: “me dá um tempo, eu não sei o que fazer!” Aliás, naquela época eu estava lotado de “não seis”, tipo como você está agora. Bom, mas eu tinha que decidir, então, eu comecei a pensar: ou eu faço bico atrás de bico para ajudar minha mãe, ou eu converso com ela para ver se ela segura as pontas mais um tempinho e faço um plano para o meu futuro. E foi isso o que eu fiz: fui visitar uma faculdade perto da minha casa, descobrir como faz para entrar, quanto custa, e tal. Fiz também uma pesquisa pela internet sobre os cursos técnicos e me informei bem sobre o assunto. Dessas andanças e elucubrações, tirei duas opções: ou fazer faculdade de administração à noite e trabalhar de dia para pagá-la ou fazer um curso técnico de mecânico. Foi assim, cara. Aí decidi. Abs, Sérgio
Cara, meu, mas mecânica não tem NA-DA a ver com administração! Afinal, COMO vc fez para decidir? Isso é o que eu quero saber! Abs, Gabriel.
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Certo. Certíssimo. Uma coisa não tinha mesmo NADA a ver com a outra. Mas quem disse que o ser humano é um ser coerente ou sintético ou sem contradições? Eu pelo menos não sou. Sou bem ao contrário disso, sou do tipo múltiplo, diverso, controverso, confuso. Tão confuso que um dia eu acordava certo de que eu ia fazer administração, que era o melhor caminho, e no outro eu tinha a certeza absoluta que era mecânica. Dúvida cruel. Dúvida que se instalou na minha alma, bem no fundo do meu corpo e não queria sair. Foi horrível! A resposta mesmo, veio quando eu conversei com um amigo da minha mãe que entende um pouco da área de administração. Ele me disse que era importante eu ver se essa faculdade perto da minha casa era boa mesmo. Contou que tem um monte de faculdade por aí que só custam caro e dão diploma, mas não ensinam quase nada. Outras nem são legalizadas. Então eu resolvi investigar melhor. O que eu descobri? Que ele tinha razão, que essa faculdade era bem ruim mesmo. Além disso, também lembrei que desde pequeno eu era apaixonado por carros e poderia ser muito legal trabalhar com isso. Definitivamente era algo que me interessava e muito. Foi aí que eu resolvi tentar o curso técnico em mecânica. Foi difícil, mas consegui passar no teste para entrar. Comecei, então, a fazer o curso, depois arranjei um emprego numa montadora. É difícil. Às vezes fico muito cansado achando que fiz a escolha errada, bate aquela vontade de desistir, jogar tudo para o alto. Outras vezes eu me empolgo no trabalho vendo os motores daqueles carros, sonho em conseguir comprar um para mim... Aí o tempo passa rápido, é bacana. Sei lá. Até hoje, não sei bem se fiz a melhor escolha, mas o que tenho certeza é que é importante apostar no futuro. Ter um plano, um objetivo, um sonho. O resto? Quem viver verá! É isso o que eu tenho para te dizer, cara. Um abraço, Sérgio
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Sites Agência de apoio ao Empreendedor e Pequeno Empresário SEBRAE: www.sebrae.com.br Busca Jovem: www.buscajovem.org.br Centro Paula Souza: www.centropaulasouza.sp.gov.br CIEE: www.ciee.com.br Cooperativas de Trabalho Incubadoras – USP: www.itcp.usp.br/?q Currículo: www.curriculum.com.br Empregos e recrutamento: www.catho.com.br Empregos e recrutamento: www.clickempregos.com 152
FATEC: www.fatec.br Vestibular FATEC: www.vestibularfatec.com.br Guia do Estudante: www.guiadoestudante.abril.com.br MEC - informações sobre educação: portal.mec.gov.br/index.php Ministério do Trabalho e Emprego: www. mte.gov.br Programa primeiro emprego: www.meuprimeirotrabalho.sp.gov.br/ Programa Universidade para Todos: www.prouniportal.mec.gov.br SENAI: www.senai.br Teenager: www.teenageronline.com.br
Filmes Billy Elliot
Mutum
Stephen Daldry, 2000.
Sandra Kogut, 2007.
Domésticas
Sábado
Fernando Meirelles, 2001.
Hugo Giorgetti, 1994.
Livros BELLER, Roland; COSTA-PRADES, Bernadette. Como sobreviver na escola. Rio de Janeiro: Rocco Jovens Leitores, 2004. CARRARO, Adelaide. O estudante. São Paulo: Global, 2006. DIAS, Maria Luíza. Profissão, no rumo da vida. São Paulo: Ática, 2002. GUIMARÃES, Ivan. Ingressando no mercado de trabalho. São Paulo: C N, 2001. HERCHCOVITCH, Alexandre. Cartas a um jovem estilista: a moda como profissão. São Paulo: Campus, 2007. IACOCCA, Liliana; IACOCCA, Michele. Em busca da profissão – qual é a sua trilha? São Paulo: Senac, 2004.
MELO-SILVA, Lucy Leal; SANTOS, Manuel Antônio dos; SIMÕES, Joab Tenysson et al. Arquitetura de uma ocupação: orientação profissional - Vol. 1. São Paulo: Vetor, 2003. OLIVEIRA, Marco. O novo mercado de trabalho – guia para iniciantes e sobreviventes. Rio de Janeiro: Senac, 2000. PUBLIFOLHA, “Série Profissões” – Administrador (2006); Advogado (2005); Engenheiro (2006); Jornalista (2006); Médico (2005); Publicitário (2005). São Paulo: Publifolha. SANTOS, Caio Francisco. Contrato de Emprego do Adolescente Aprendiz. Rio de Janeiro: Juruá, 2002. SCHWARTZ, Gilson. As profissões do futuro. São Paulo: Publifolha, 2000. 153
a i n a d a d i c
Eu existo e eu comprovo – como tirar documentos Eu existo com o outro – conviver, respeitar e participar Direitos e responsabilidades do adolescente Respeito aos demais seres viventes Chega de violência!
Certamente você já ouviu falar em cidadania. Mas o que significa isso? É ser solidário? É votar? É preservar a natureza? É ter acesso à saúde, educação e moradia de boa qualidade? Se você consultar um dicionário, verá que cidadania é a condição de ser cidadão. E ser cidadão significa usufruir dos direitos civis e políticos, mas também responder às obrigações que cada um tem com a sociedade. É respeitar os outros em suas diferentes maneiras de ser, participar daquilo que é coletivo, responsabilizar-se pelos próprios atos. A idéia de cidadania também pode ser traduzida como um sinônimo de participação em movimentos sociais, tais como: de defesa do ambiente, de direitos humanos, de busca de melhoria de condições para o bairro ou comunidade, de movimentos pela paz; de grupos de jovens (teatro, música, capoeira, dança, artes etc.), de integração em grupos de igrejas, de voluntariado (em creches, entidades assistenciais, Conselho Tutelar, ONGs); de participação em partidos políticos e sindicatos, entre outras associações. Portanto, cidadania não é uma idéia vaga, é algo que começa em seus projetos e sonhos, e vai até a relação que você tem com toda a sociedade, com o ambiente em que vive, com os outros seres. No que diz respeito às suas responsabilidades, cabe a você promover o respeito aos direitos, ter responsabilidade para com a coletividade, respeitar e cumprir as normas e leis elaboradas e decididas pela maioria (ainda que possa questioná-las individual ou coletivamente, na medida em que julgá-las injustas). Existem muitos documentos que estabelecem nossos direitos e responsabilidades, como a nte Declaração dos Direitos Humanos, a Constituição do nosso país, o Estatuto da Criança e do Adolesce – ECA, por exemplo. Mas há regras que não estão escritas em lugar algum porque fazem parte da culs tura de cada povo, são comportamentos e atitudes transmitidos pela família, pela escola, por diferente instituições e grupos aos quais pertencemos. E pode ter certeza de que essas regras, que compõem um “código de ética”, são tão válidas e importantes quanto as redigidas em leis. Por essa razão, é fundamental conhecermos bem tais direitos e deveres, porque esse conhecimento é condição indispensável para exercermos a cidadania. o. Respeitar as regras, as diferenças, fazer alguma coisa pelos outros, às vezes parece difícil, trabalhos Muitos se acomodam, acreditando que não dá para mudar o mundo, jogando a responsabilidade para os que têm poder de fato. Mas se cada um fizer um pouquinho, começando por se respeitar, por ajudar aquele que está mais perto, pode fazer muita diferença. Que tal dar um giro por aí e ver o que as pessoas andam fazendo para transformar a própria realidade e fortalecer os laços de respeito e solidariedade?
Este módulo vai ajudar você a pensar melhor sobre todas essas questões e a exercer a cidadania. 155
o v o r p m o c u e e o t s i x e Eu
ece, quem o conh e r a g lu m u em alg eles, mentos. Sem filiação, mora u a c o m d u r , e e v m ti o e bren xiste s ja nome, um so do, você só e s direitos. Ve ta u s e s E r o d le a s v o Você tem um r lh e os o e: pode faz ocê é. Mas a r na sua idad e coisas, não te d e o v e tã d n sabe como v o ê c m o s que v acesso a um is importante a m s você não tem to n e m são os docu abaixo quais
Certidão de nascimento é o registro que os
Cadastro de Pessoa Física (CPF) para tirar esse
pais (ou um deles) providenciam logo que
documento, é preciso ir a uma das agências da
um bebê nasce. Ele é feito no Cartório de
Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil ou
Registro Civil mais próximo da maternidade
dos Correios levando o RG e o título de eleitor
ou da casa da família da criança. É preciso
(se tiver mais de 18 anos). Cobra-se uma taxa e
levar a carteira de identidade, o registro da
o documento é emitido em até 40 dias.
maternidade (ou testemunho de duas pessoas, no caso de nascimento em casa) e certidão de casamento, se os pais forem casados. Depois dos 12 anos, as certidões só são feitas com aprovação do juiz. Registro Geral (RG) ou Carteira de identidade esse documento é muito importante em toda a qualquer situação: para fazer crediário, abrir conta em banco, fazer matrícula na faculdade, solicitar documentos em cartório e tantas outras situações cotidianas. Para tirar o RG, procure uma Delegacia de Polícia credenciada ou um Serviço de Atendimentos ao Público de seu estado e leve: certidão de nascimento (original e cópia ou cópia autenticada), certidão de casamento (se você for casado) e duas fotos 3x4. Atenção: ela não pode ser replastificada. Se for, perde a validade.
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Título de eleitor ele é obriga tório a partir dos 18 anos, mas o voto é opcional desde os 16. Para obter o documento, você pre cisa comparecer ao Cartório Eleitoral mais próxim o da sua casa, levando o RG original (ou cer tidão de nascimento) e um comprovante de residê ncia (alguma conta que contenha seu nome e end ereço). Sem o título você não pode votar. Se você mudar de cidade, precisa transferir o seu título para o novo local. Carteira Nacional de Habilita ção esse é o documento que permite con duzir veículos (motos, automóveis ou cam inhões, conforme o tipo de habilitação que você tiver). Para tirar a sua, é preciso ter aulas em uma auto-escola e depois fazer o exame prático e teórico. Se o motorista passar no exame , ele recebe uma permissão que o autoriza a dirigir pelo período de um ano. Após o vencim ento desse prazo, o motorista deve trocar esse documento pela Carteira Nacional de Habilita ção definitiva, solicitando-a ao Detran ou Ciretran da cidade onde mora. A apresentação do CPF do motorista interessado é ob rigatória.
Certidão de casamento adoles centes só podem se casar se tiverem, no mínimo, 16 anos (mulher), e 18 anos (homem), mas pre cisam da autorização dos pais. Antes disso, só com consentimento dos pais e um "alvará de suprimento de idade" do juiz . Completando 21 anos, não é mais necessário o comparecimento dos pais. Alguns documentos são indispensáveis para dar entrada nos papéis : a certidão de nascimento, a carteira de ide ntidade e uma declaração de residência. Certificado de reservista ao completar 18 anos, todo rapaz tem o dever de pre star o serviço militar. Caso ele seja dispen sado, precisa tirar esse documento na Junta Mil itar de sua cidade ou na Prefeitura. Deve levar: cer tidão de nascimento ou carteira de identidade, com provante de residência e duas fotos 3x4.
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? a i b a s ê c Vo
Curiosidades sobre os nomes
mudar o soa pode s e p r m e o u c lq catias ua ntar justifi r as crianç e 18 anos, q a s s e tr o r is p A g a re m l ome se na e se é possíve primeiro n se deseje, ano em qu No Brasil u e o e u n s q o s it e fe s m r ibidos o deve se os os no relativaquase tod m. São pro . O pedido processo a re v m e u is é u u q o e is e to os pa aioridad ocurar angimen grafia que essário pr atinge a m zer constr c a e tr n é m s a a s s m to à , se e po pedido jun ulo. Podete simples n íc m nomes qu e u id r m m o o a c a , r ee entra a pesso e da mãe advogado ualquer alt exponham sobrenom Q m . o u s o m c o li c b s ú ê ita m beb istros P rdem. A registrar u pode ser fe qualquer o ara de Reg ó V s m e e , m e s o o m n b o n rito do de am me foi esc posterior tar o sobre r o o o n ã do pai ou p ç u e a e r d s o o ã icial. Se solteira lterátêm a opç ordem jud possível a u nome de mulheres é e m s o m r c é te b n a m gente ou de m rrada, ta maneira e do marido que pouca e o d rtório. s a m , s to re ac ente no ca men m a m e s d ta a o e c p ir o d s m o ó é ap lo ind ns tamb e os home . a s o sabe é qu p da es obrenome centar o s
Eu existo com o outro 1948, depois dos Francesa, mas somente em mundiais, surgiu a horrores de duas guerras so ces pro um de ado ult s. Foi uma iversal dos Direitos Humano O exercício da cidadania é res Un ão raç cla De sexi e qu e até morreu para o das Nações histórico. Muita gente lutou meiras ações da Organizaçã pri s da lem só É s. soa todas as pes 5. Esta Declaração contissem direitos válidos para idas – ONU, criada em 194 Un l, rsa ive un io rág suf o r todos idão, pel e devem ser respeitados po qu brar da luta contra a escrav s igo art 30 tém , tre homens e mulheres Brasil), pela igualdade de direitos en e a assinaram (inclusive o qu s íse pa os s soa pes ressão. Quantas ssoas, sem pelo direito à liberdade de exp em benefício de todas as pe ? ias idé as ess , acesse o site morreram por defender restrição. Para conhecê-los eitos/deconu/ http://www.dhnet.org.br/dir m me ho do os eit s dir A idéia de proclamação do textos/integra.htm te a Revolução ran du III, XV ulo séc no u nasce
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iversal dos Direitos Além da Declaração Un s s documentos específico Humanos, existem outro e deveres em todos os que estabelecem direitos deles é a Constituição. países. O mais importante a em 1988 e é considerad A nossa foi promulgada e s. Há também estatutos uma das mais avançada as específicos (por códigos que regulam tem so, do Desarmamento, exemplo: Estatuto do Ido nsumidor). Código de Defesa do Co
direitos constitucionais Para que cada um dos e nto da população, exist seja garantido ao conju sponsabilidade de como contrapartida a re plo simples. Para que alguém. Veja um exem , a educação de qualidade você tenha direito a um á-lo para a escola seus pais tiveram de lev ém disso, o Estado teve quando era pequeno. Al iro, recolhido sob a forma de investir nosso dinhe ção de professores e na de impostos, na contrata u Assim, garantiu-se o se manutenção da escola. je você tem a responsa acesso à educação, e ho bilidade de estudar.
Estatuto da Criança e do Ado lescente (ECA) Em 1990, o governo federal elaborou o Estatuto da Criança e do Adolescente, conhecido como ECA (lei nº 8.069 07/1990). Trata-se de um documen to fundamental para garantir os direitos de gent e da sua idade. Ele é formado por um conjunto bem extenso de capítulos e artigos que focalizam tudo aquilo que se refere à vida de crianças e adol escentes: abrigo, alimentação, família, educação, cultu ra, diversão, trabalho, deveres, direitos, infrações e muitos outros itens. Veja algumas de suas norm as: Art. 15 A criança e o adolescente têm direito à liberdade, ao respeito e à dignidade como pess oas humanas em processo de desenvolvimento e como sujeitos de direitos civis, humanos e soci ais garantidos na Constituição e nas leis. Art. 53 A criança e o adolescente têm direito à educação, visando ao pleno desenvolvimento de sua pessoa, preparo para o exercício da cidadania e qualificação para o trabalho, assegurando-se-lhes:
I – igualdade de condições para o acesso e permanência na escola; II – direito de ser respeitado por seus educadores; III – direito de contestar critérios avaliativos, podendo recorrer às instâncias escolares superiores; IV – direito de organização e participação em entidades estudantis; V – acesso à escola pública e gratuita próx ima de sua residência. Art. 60 É proibido qualquer trabalho a menores de quatorze anos de idade, salvo na condição de aprendiz.
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s o t u t a t s e s o em m o h o d
Thiago de Mello
O poeta amazonense Thiago de Mello escreveu um poema inspirado na Declaração Universal dos Direitos Humanos. Esse poema tem circulado desde então, alimentando desejos e sonhos. Leia o poema e verifique qual é o seu artigo preferido. Em seguida, que tal você tentar escrever os seus próprios artigos?
Artigo 1
Artigo 7
Fica decretado que agora vale a verdade, que agora vale a vida, e que de mãos dadas, trabalharemos todos pela vida verdadeira.
Por decreto irrevogável fica estabelecido o reinado permanente da justiça e da claridão, e a alegria será uma bandeira generosa para sempre desfraldada na alma do povo.
Artigo 2
Artigo 8
Fica decretado que a maior dor Fica decretado que todos os dias da semana, sempre foi e será sempre inclusive as terças-feiras mais cinzentas, têm direito a converter-se em manhãs de domingo. não poder dar amor a quem se ama sabendo que é a água que dá à planta o milagre da flor. Artigo 3 Fica decretado que, a partir desse instante, Artigo 12 haverá girassóis em todas as janelas, Decreta-se que nada mais será obrigado que os girassóis terão direito nem proibido. a abrir-se dentro da sombra; e que as janelas devem permanecer, o dia inteiro, Tudo será permitido, sobretudo brincar com os rinocerontes abertas para o verde onde cresce a esperança. e caminhar pelas tardes com uma imensa begônia na lapela. Artigo 4 Fica decretado que o homem § Só uma coisa proibida: não precisará nunca mais amar sem amor. duvidar do homem. Que o homem confiará no homem como a palmeira confia no vento, como o vento confia no ar, como o ar confia no campo azul do céu.
Artigo 5 Fica decretado que os homens Estão livres do jugo da mentira. Nunca mais será preciso usar A couraça do silêncio Nem a armadura das palavras. O homem se sentará à mesa Com seu olhar limpo Porque a verdade passará a ser servida Antes da sobremesa.
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Artigo 13
Artigo final
Fica decretado que o dinheiro não poderá nunca mais comprar o sol das manhãs vindouras. Expulso do grande baú do medo, o dinheiro se transformará em uma espada fraternal para defender o direito de cantar e a festa do dia que chegou.
Fica proibido o uso da palavra liberdade a qual será suprimida dos dicionários e do pântano enganoso das bocas. A partir desse instante a liberdade será algo vivo e transparente como um fogo ou um rio, ou como a semente do trigo, e a sua morada será sempre o coração do homem.
ro, t u o o a o t Respei nça e r e f i d à ito
respe
Fui solidário quando...
“Participei de um mutirão de limpeza dos córregos no meu bairro.” (Amélia, 20 anos)
Conviver As leis de um país procuram garantir os direitos das pessoas. Entretanto, há inúmeras regras que não estão escritas em lugar algum, mas que têm um poder enorme de transformar situações e relações. Pequenos gestos ou palavras são capazes de abrir portas, de trazer harmonia e bemestar. Mas a vida cotidiana, o medo, a pressa e a violência, especialmente nas grandes cidades, tem feito com que a solidariedade seja esquecida, deixando as pessoas mais ríspidas e solitárias. E isso é uma pena: afinal, uma gentileza pode construir amizades, abrir caminho para um namoro, um trabalho, desfazer mal-entendidos... Enfim, com atos gentis a vida fica mais fácil e gostosa. Esse tipo de ação está ligado à cidadania em sua dimensão mais básica, de convívio entre as pessoas num mesmo ambiente.
“Vi uma vizinha doente e fui ajudá-la; cuidei da sua casa e dela também, me senti bem ajudando quem precisava.” (Susy, 17 anos) “Deixei minha vaidade de lado e percebi que seria mais feliz repartindo, doando minhas roupas para a Campanha do Agasalho, do que olhando para um guardaroupa lotado.” (Karen, 18 anos)
“Comecei a alimentar os cachorros abandonados perto da minha casa. Fui criando amizade e acabei adotando duas que me dão muita alegria.” (Patrícia, 18 anos) 161
O que é aq uecimento (Rodrigo, 15 global? anos)
na atmosfera, liberados pelas atividades humanas, como a queima de carvão, petróleo e gás natural. Isso fez com que o século XX fosse o mais quente dos últimos 500 anos. Algumas conseqüências do aquecimento O aquecimento global é a elevação da tempeglobal são nefastas, como o derretimento de ratura média da Terra. Isso acontece porque a gelo em montanhas altas, o desprendimento Terra é envolta por um “cobertor” de gases (o efeito estufa) que mantém o planeta aquecido e de icebergs, surgimento de furacões, ciclones permite a existência de vida. Entretanto, desde e ondas de calor, o que prejudica a vida de várias espécies animais ou vegetais e traz o século XVIII tem havido maior concentração grandes transtornos para o ser humano. desses gases (especialmente gás carbônico)
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omeçou c e d a d i ac o. Na minah seletiva de lipxode a colet o de lixo não Que tip iclado? ser rec, 15 anos)
ciclados não podem ser re Dentre os vidros, polas de tais, lâmpadas, am is cr , os lh e pe m es r e de e (Guilh boxe de banheiro de , la ne ja de o dr remédio, vi laminados, , espuma, papéis ne fa lo ce o: ss di s), latas automóveis. Além veis e guardanapo tá ar sc de s da al fr o, des há locais jos (papel higiênic Em algumas cida s. ei áv plastificados ou su cl ci re o sã as também não enferrujadas e pilh rias que recebem bate de celular, pilhas usadas e celulares velhos.
que é? Como Já ouvi falar muito em grêmio. O col posso organizar um na minha es a? (Eduardo, 16 anos)
Um grêmio é uma organização formada por alunos que desejam desenvolver atividades em prol da melhoria de sua escola. Os grêmios realizam atividades culturais (jornais, debates, feiras, shows) e esportivas e organizam as reivindicações dos estudantes. O primeiro passo é formar uma comissão pró-grêmio que deve elaborar um estatuto (que explicita o funcionamento e as atividades do grêmio) e convocar uma Assembléia Geral de alunos. Nela, os estudantes deverão discutir as diretrizes da proposta, votar o Estatuto e formar uma comissão eleitoral para eleger a diretoria. Toda a discussão deve ser registrada em Ata e os par-
ticipantes devem assiná-la. A Comissão Eleitoral ficará incumbida de organizar a eleição: marcar o dia, inscrever as chapas e candidatos concorrentes, fiscalizar o processo, apurar os votos e organizar o ato de posse. A seguir, é preciso reunir todas as atas e registrá-las no Cartório Civil de Pessoas Jurídicas ou em Cartório de Títulos e Documentos. As atividades do grêmio são supervisionadas por um conselheiro que deve ser um profissional da escola. O grêmio é uma instância reconhecida pela direção e professores. Eles podem ser muito atuantes, trazendo mais prazer ao cotidiano escolar. 163
Os Três Poderes Nas repúblicas, como a do Brasil, a administração da vida pública está a cargo de três poderes independentes: o Legislativo, o Executivo e o Judiciário. O objetivo é evitar a concentração de poder em um só grupo e também possibilitar que os três poderes se fiscalizem reciprocamente. Acompanhe o quadro abaixo para compreender como eles funcionam:
Poderes/ Áreas de atuação
O que faz? Principais funções
Executivo Administra o Estado segundo as regras da Constituição Aplica leis Define políticas públicas
Legislativo Elabora leis Fiscaliza os outros poderes, inclusive vetando aquilo que julga inadequado
Judiciário Aplica a Constituição e as leis para garantir a Justiça e assegurar a vigência dos direitos individuais
Conduz a política econômica Zela pela segurança nacional Administra recursos Representa o país Comanda a política externa
Quem são? País
Presidente
Senadores (Senado Federal)
Ministros de Estado
Deputados federais (Câmara dos Deputados) Ambos formam o Congresso Nacional
Quem são? Estado
Governador Secretários estaduais
Deputados estaduais (Assembléia Legislativa)
Ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) Superior Tribunal de Justiça (STJ)
Tribunais de Justiça Estaduais (SJEs) Comarcas e varas estaduais
Quem são? Município
Prefeito
Vereadores
Secretários municipais
(Câmara Municipal)
Participação política não é apenas votar, é conhecer e acompanhar o que fazem os políticos e demais autoridades do país. Fique ligado! 164
Ética e cidadania s que fazem entos e atitude am rt po m co is, mas há o se tomar to menos pres regidas pelas le ui o m sã e e qu do ni as pu gr Há re do o mundo Você não será fazer isso quan e da cidadania. a na ic ca ét ba da to e ui rt m pa mo é lá abaixo e veja co utos, mas não os in ic m ét 30 as m de le o um banh Leia os di , não é mesmo? ua ág do an on ci está ra as situações: você agiria nest
1
ônibus Você está sentado em um rque ficou po cheio, morrendo de sono ova. Entra a pr estudando à noite para cabelos bran, de ida uma senhora de a. Você dá o cos, mas bem firmezinh que está ge seu lugar para ela ou fin dormindo?
2 3
r uma conta Você foi na lotérica paga frente da pra sua mãe. O cidadão guém viu. deixou cair R$ 10,00 e nin nota de a Você o avisa? E se for um mo jeito? es m do R$ 100,00, você age (sem Sua irmã tem um diário ndido para ter cadeado!). Você lê esco ivilegiadas? posse de informações pr
das coisas que eu fiz a metro todos saberão s quantos quilômetro são
4
o bate na Você sabe que seu vizinh acha que cê mulher quando bebe. Vo mulher “em briga de marido e ninguém mete a colher”?
5 6 7
s espertos ou Para você, o mundo é do frase um sa é esperto quem acha es absurdo? para ganhar Você recebe um convite lhando para um um bom dinheiro traba a região, o candidato corrupto da su que você faz? grana e seu Você está precisando de terminar o uiu colega, que não conseg da escola, lhe o an trabalho de final de er o trabalho oferece dinheiro para faz dele. Você topa?
aquelas em centímetros os sentimentos mínim ímpetos infinitos não? Paulo Leminski (Caprichos e relaxos. São Paulo: Brasiliense, 1985, p.17.)
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os r t u o s o a Respeito es
t n e v i v s e ser
bem, de vivos tem direito de viver res se s do um da Ca ta. ne a quase todas , todos vivemos nesse pla mentação são necessários ali Plantas, bichos ou homens o, rig ab , lor ca , luz , ua o. Destruímos a des de sua espécie. Ág neta fosse somente noss acordo com as necessida pla o se mo co os em viv s, eladas de s, seres humano tamento, produzimos ton go es o até as espécies. Entretanto, nó ais tur na os recurs sociais. e as águas, utilizamos os problemas ambientais e tos tan há vegetação, poluímos o ar s, õe raz s sa es r s nossos semelhantes. Po lixo e pior, não respeitamo ais correm risco de mais de 200 espécies anim il, as Br No . em rec pa sa s tipos de vida de us habitats, muitos A cada ano, 5.000 diferente s. Com a destruição de se ore árv e s nta pla de m alé ta devem ser ças, jacarés, que só os animais da ma s mo ha extinção, como sagüis, on ac es vez Às er. am da ajuda para sobreviv os dias. ficaram indefesos e precis dos e maltratados todos na do an ab o sã tos ga e es cã cuidados, mas milhares de uma Desde 1998 está em vigor
. lei que protege os animais
. ticos FEVEREIRO DE 1998 s silvestres, domés E ai D im 12 an E r D ila 5, ut 60 m 9. º ou N LEI os, ferir de abuso, maus-trat Art. 32. Praticar ato tivos ou exóticos: ou domesticados, na e multa. ês meses a um ano, tr de , ão nç te 5.htm de Pena r/ccivil_03/Leis/L960 .b ov .g lto na la .p w w gral: http://w link para o texto inte
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O que fazer Há inúmeras associações que trabalham pela defesa da natureza. Reúna seus amigos e veja como você pode participar. Ao final do módulo há dicas de sites para você se informar melhor. Se você tem cães ou gatos, também precisa saber o que é posse responsável, que inclui medidas como: oferecer abrig o adequado, comida apropriada e água limpa, manter o animal limpo e livre de pulgas e vermes, manter as vacinas em dia e, principalmente, esterilizá-lo para evitar crias indesejadas (muitas ONGs e alguns Centros de Controle de Zoonoses oferecem a castração gratuita). Ao optar por ter um animal de estimação, considere a possibilidade de adota r em vez de comprar e não adquira animais silvestres. Para mais informações, consulte o site www.arcabrasi l.org.br.
Respeito à intimidade O artigo XII da Declaração Universal dos Direitos Hum anos diz:
“Ninguém será sujeito a interferências na sua vida privada, na sua família, no seu lar ou na sua correspondência, nem a ataques à sua honra e reputação. Todo homem tem direito à proteção da lei contra tais interferências ou ataques.” Como você vê, toda pessoa tem direito à intimidade . Isso significa que você pode ter seus segredos, tem direito de não ser invadido, constrangido, amea çado por quem quer que seja. Isso inclui seu diário, seu e-mail, bate-papos na internet, as conversas com amigos ou familiares, até situações mais graves, como quando se quer fazer alguma denúncia. É muito importante que você aprenda a se preservar e a resguardar a intimidade daqueles que confiam em você. A invasão da privacidade é uma forma de violência. Entretanto, há alguns assuntos em que é necessário falar com adultos ou procurar ajuda.
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Chega de
violência!
de são físicas. Xingar, provocar, menosprezar, criticar Há muitos tipos de violência, e algumas delas não na cara. as de violência tão ou mais intensas que um tapa maneira agressiva ou constante podem ser form correta ncia. Mas nem sempre é fácil saber qual a maneira A gente tem que aprender a dizer não para a violê é crescer! der. Aprender a se respeitar, a se fazer respeitar de agir, de falar, de tomar uma atitude ou se defen or reagir. percebemos que algo não é lá muito certo, é melh Quando nos sentimos em perigo, com medo ou se aí! Fique ligado: há diferentes formas de violência por
PORNOGR
AFIA
O que é: q ualquer c oisa feita sexo trata com o intu do de ma ito de exp neira baix atrativo p lorar o a e vulgar, ara vende em geral r algo. A p estimular como ornografia o desejo s tem o obje exual, gera imagens tivo de que expõe lmente, u tilizandom e tratam se de as pessoa s como co O que faz isas. er: ningué m que os ou é obrigad o a ve r o u tros fazem a fazer alg .A envolvem o porconsentim s relações ou brinc a ento, resp deiras sex afeto entr eito, praze e as pess uais r e algum oas. nível de
VIOLÊNCIA SEXUAL igar O que é: qualquer forma de obr ual, sex e uma pessoa a uma atividad ndo gea nta ameaçando, forçando, cha seia ênc viol ou surpreendendo-a. A ar rici aca ou xual pode ir desde tocar o até uém as partes íntimas de alg ções estupro (forçar alguém a ter rela seus e exib sexuais). Quando a pessoa n“ate ma cha órgãos genitais, isso se é ual sex tado ao pudor”. Um abuso crime severamente punido. ter O que fazer: no caso de alguém ia ênc viol de sofrido ou ser ameaçado com sar ver sexual, é importante con sa ajuum adulto de confiança que pos a um alg a ir dar. As meninas podem ixa. que star Delegacia da Mulher e pre uma Os rapazes podem se dirigir a ito de dire o delegacia comum, e têm o com lar ticu pedir para falar em par delegado de plantão.
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ASSÉDIO MORA LE VIOLÊNCIA ENT RE GRUPOS
PEDOFILIA s sexuais com O que é: prática de ato sturbação ou crianças (carícias, ma e gostam de coito). Há pedófilos qu ou de ambos. meninas, de meninos pedófilos atuanAtualmente há vários atento com gente do na internet. Fique s chats parece desconhecida que no rcar encontro ou superlegal e quer ma rafar partes nuas pede para você fotog s, aquele(a) do seu corpo. Às veze está convercê lindo(a) com quem vo pedófilo um r sando online pode se ar. tentando se aproxim , ninguém mesO que fazer: ninguém tem o direito de mo, nem os seus pais, de seu corpo. as tocar em partes íntim um parente alg Se isso acontecer com iso falar ec pr é ou amigo da família, umas Alg . ça an com alguém de confi pais não os , es zõ vezes, por diversas ra porque confiam acreditam na criança s assim, é imnesse adulto. Em caso tra pessoa, como portante procurar ou dico, um profisum professor, um mé e e pedir ajuda. úd sional do posto de sa as crianças soÉ muito comum que nstrangimento e fram algum tipo de co nte longos anos, não falem nada dura ou medo. Nesse porque têm vergonha melhor quando caso, elas se sentem far com alguém ba podem falar ou desa psicólogo. – por exemplo, com um
O que é: situaç ão em que uma ou algumas pe se juntam para ssoas agredir, física ou verbalmente, ou pessoa ou um tra outro grupo. Em geral, esses ab contra pessoas usos que, aos olhos desse grupo, ap sentam caracter reísticas consider adas “desprezív A perseguição eis”. é mais intensa contra os mais dos, os que usam goróculos, os que estudam mais, mais quietos, os os gays. Mas, na ve rdade, qualquer coisa pode ser motivo de agre ssão e persegui Quando alguém ção. xinga ou despre za outra pessoa constantemente , dá-se o nome de assédio mor Isso pode acon al. tecer, por exem pl o, en um empregado. Nesse caso, o em tre um chefe e pregado tem m dificuldade para ais reagir porque te m medo de perd o emprego. A pe er ssoa que sofre agressões cons tes fica deprim tanida, sente-se hu m ilhada, impotent e desvalorizada. e É possível proc urar a justiça pa se proteger dess ra e tipo de prátic a ou obter uma nização. Além di indesso, vários proj et os de lei, no Congresso Nac ional ou nas As sembléias Legi tivas dos estado slas, visam incluir no Código Pena crime de assédi lo o moral no trab alho. A violência entr e grupos tem si do bastante freq te, em especial üenentre torcidas de futebol. Quando indivíduo está em um um grupo, sent e-se mais forte protegido, e ac e aba fazendo co isas que não te coragem de faze ria r se estivesse so zinho. O que fazer: se você é um dess es que agride, pensar seriamen deve te no que o leva a agredir essa pessoa. Por qu e será que você precisa se sent mais forte pisa ir ndo no outro? Qu ais são os seus próprios defeito s e fragilidades? Por que precisa aplausos do se dos u grupo? Se vo cê prestar atenção, perceberá que essa pessoa qu e o incomoda ta verdade possui nto na ou faz aquilo qu e você não tem não faz – mas go ou staria de ter ou de fazer. É estran mas é bem poss ho, ível. Se você é o agre dido, tem de pe nsar por que ra está sofrendo ag zão ressões. Talvez não seja fácil ad tir, mas pode se mir que de algum a maneira você corde com os ag conressores porque realmente se se uma porcaria. Às nte vezes, você não consegue se defender sozinh o porque a viol ência é realmen ameaçadora, en te tão precisa pedi r ajuda e não há vergonha algum a nisso.
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! ! O R R O C O S recorrer? A quem
que estão aí para Existem muitas instituições, públicas e privadas, quando vê ou sofre de algum problema atender a população. Veja o que você pode fazer que esteja sendo prejudicado, perseguido etc. como os relacionados abaixo, ou sabe de alguém
O problema é Abandono, negligência, exploração e discriminação de crianças e adolescentes
Violência doméstica
Maus-tratos ou discriminação contra o portador de deficiências
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Você deve procurar Conselhos tutelares Conselhos Municipais da Criança e do Adolescente
O que faz Recebem denúncias e queixas de violação dos direitos da criança e do adolescente. Oferecem orientação e providenciam assistência.
Conselhos Tutelares
Idem acima
Delegacias de Defesa da mulher
Registram e investigam queixas e denúncias para encaminhá-las à justiça.
Centros de Referência de Apoio à Vítima
Fornece orientação sobre direitos humanos, presta atendimento especializado às vítimas de violência doméstica ou discriminação e orienta as vítimas que queiram contribuir como testemunhas para a promoção da justiça.
Conselhos Estaduais de Direito da Pessoa Portadora de Deficiência
Facilitam o acesso do cidadão aos recursos de defesa dos direitos.
O problema é
Você deve procurar
O que faz
Comissão de Direitos Humanos - OAB Ministério Público - Defesa de direitos (trabalho, consumidor, habitação e urbanismo, idosos, infância e juventude, meio ambiente, portadores de deficiência)
Garantem a aplicação das leis, da moralidade pública, dos direitos sociais e individuais. Fiscalizam a aplicação das leis, protegendo os cidadãos.
Defensoria pública
Garante a igualdade de todos perante a lei, defendendo cidadãos que não disponham de recursos em casos de ação judicial.
Violação de direitos do consumidor (defeitos de fabricação, produtos e serviços que não correspondem ao anunciado)
PROCON
Fiscalizam, acolhem e encaminham causas individuais ou coletivas.
Maus-tratos aos animais
IBAMA, Polícia Florestal, polícia civil ou ONGs que cuidam de animais
Registram queixas e denúncias (que podem ser anônimas) para proceder a uma investigação.
Problemas de higiene e de saúde pública
Vigilância sanitária
Idem acima
Abusos ou irregularidades praticadas pela Polícia Civil ou Militar
Ouvidoria da Polícia
Recebe, encaminha e acompanha acusações e queixas (que podem ser anônimas).
Problemas no trabalho
Associações profissionais e sindicatos
Defende os interesses e direitos coletivos ou individuais de uma categoria profissional.
Violação de direitos (apoio jurídico)
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Leia, pense e discuta.
Assim se formam as opiniões. • Você sabe o que é um país laico? Um país laico ou leig o é aquele cujo governo é livre e não está subordinado a nenhuma religião. O Brasil é um país laico porque a Igreja é separada do Estado, mas o direito de acreditar ou não em algo é assegurado pela nossa Constituição. O cur ioso é que, em nosso país, mesmo que a maioria da população afirme ter uma rel igião, boa parte das pessoa s diz ter um jeito próprio de entender algumas idéias, com o a de pecado ou de reenca rnação . E você, no
que acredita?
• Em 1929, a fazendeira Alz ira Soriano foi eleita prefeit a de Lages (RN), sendo a pri mulher a se eleger para ess meira e cargo no Brasil. Entretanto, em virtude dos preconceitos da época, ela não chegou a assumir o cargo, pois sua can didatura foi considerada ileg Em nosso país, as mulheres al. começaram a votar em 193 0 e em 1934; a médica Carlo Pereira de Queiroz foi eleita ta a primeira deputada federa l da história. Na sua opini
ão, há diferenças entre a for ma com que um homem e uma mulher exercerem um carg o público? Quais seriam? Mu lheres podem fazer tudo o que os homens fazem e vice-versa?
• Em 1970, 33,6% da popula ção do nosso país era analf abeta. Em 2009, são 9,7% ou milhões de analfabetos. Ap 18,6 esar de ter havido uma gra nde melhora nesse período, (cerca de 38,9 milhões) são 20,3% considerados analfabetos fun cionais, isto é, são pessoas maiores de 15 anos que pos suem menos de quatro anos de estudos completos e não conseguem interpretar textos ou fazer operações matemátic as. Como
a baixa escolaridade interfer
e na vida dessas pessoas?
• Os costumes da sociedade criam e alteram as leis, os chamados direitos civis, por tão importante acompanhar isso é o que fazem os políticos e leg isladores. Em janeiro de 200 entrou em vigor o novo Códig 3 o Civil que alterou bastante a vida de todos nós. Quer ver Até essa data, um homem pod ? eria pedir anulação de seu casamento se sua esposa nã fosse virgem; filhos fora do o casamento eram considera dos ilegítimos e não tinham direito à herança; a maiorida de civil passou de 21 para 18 anos. Você sa
be o que pode fazer a partir dos 18 anos? Você conhece o Estatuto da Criança e do Adolescente, o ECA?
172
O que eu t enho av
er com iss o
ades problemas, desiguald os e qu er eb rc pe ra esforço pa u redor. Não é preciso muito basta você olhar ao se o, lad do to r po o tã es e injustiças estão bem cia desses problemas ên ist ex la pe is ve sá dade que os respon r da família, da socie ve de “é e Costumamos achar qu am irm s af se você lmente as nossas lei Isso é verdade, mas s. te longe da gente. Gera en sc ole ad e s direitos das criança estará se e Estado” garantir os ir o direito de todos, nt ra ga ra pa de ida : “Se cada um sua responsabil refletir sobre qual a ditado chinês que diz um e ist Ex e. nt cie ns ental cidadão co s palavras, é fundam tra ou transformando em um Em ”. pa lim á ar papel. casa, a rua inteira fic os que cumpram seu rn varrer a porta da sua ve go s do r igi ex sua parte, além de que cada um faça a lativo e Judiciário? es do Executivo, Legis çõ ui rib at s da a br Você lem os podem as, indivíduos ou grup es pr em e qu se end dia, ente vestindo recursos, Além disso, hoje em desses problemas, in o çã lu so re a ra pa ais voluntários. contribuir cada vez m alização de trabalhos re da eio m r po ou imentos sociais participando de mov balhar nesses os vinte anos para tra tim úl s no as iad cr m do nos box) fora o voluntário tem entra lh Muitas ONGs (leia o ba tra O . ios ár nt lu las precisam de vo ocessos selesetores, e muitas de de importante nos pr da ali qu a um do ra e é até conside ntos na hora de currículos escolares e ser cidadão conta po s tro ou os r da aju o: Não Isso mesm 250.000 Organizações de ais tivos das empresas. m em ist ex il, de trabalho. No Bras batalhar por um posto iguinha para que a um trabalho de form m ze fa e qu is ta en Governam cuidam de . Há instituições que or elh m ja se s do to vida de esos, de animais de deficientes, de pr s, ça ian cr de s, so ido s que você formas mais variada ou da natureza, das pode imaginar. oé tá em suas mãos e iss es a et an pl do ro tu fu O contribuir a idade já é possível muito sério. E na su mundo ra a construção de um de maneira efetiva pa futuro se tá muito distante. O melhor. E isso não es meçar agora mesmo? inicia hoje. Que tal co
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O que você pode fazer O quê? Pense em algo que você tenha vontade de fazer como trabalho voluntário: dar reforço escolar? Ler histórias? Visitar doentes? Tocar um instrumento? Cuidar de cães abandonados? Liste suas habilidades, pois é melhor escolher uma atividade que você conheça e goste de fazer.
Para quem? Pense em um público com o qual você tem mais afinidade e desejaria trabalhar.
Onde?
Quando? Analise de quanto tempo livre você dispõe. Não deixe de incluir o tempo de transporte para chegar ao local escolhido.
Faça uma busca na internet procurando instituições nas quais você poderia trabalhar. Ou entre no site www.voluntariado.org.br que traz muitas dicas. Faça contato com a instituição escolhida e verifique qual é a disponibilidade para um trabalho voluntário.
Você também pode procurar as ONGs da sua cidade e ver de que maneira você pode participar. Praticamente todas as cidades do país têm instituições que precisam de ajuda. Você também pode começar pela sua própria escola, ajudando no grêmio, na biblioteca ou em algum grupo que já exista. Você vai ver como é imensa a satisfação de fazer uma coisa legal pelo bem-comum.
O que é uma ONG de pesisso é, qualquer associação l, nta me na ver Go o Nã o ONG é a sigla de Organizaçã governo (chamado e não pertencem nem ao s un com s ivo jet ob com soas que trabalham parte, portanto, do de 2º setor). As ONGs fazem as ad am (ch s sa pre em nos e 1º setor) nem às ídicas e também de gover jur ou s ica fís as sso pe de ações cessaria3º setor. Elas vivem de do uma ONG não significa ne em r lha ba Tra . as eir ng tra ursos e muitos fundações, nacionais ou es anizações que têm mais rec org há is po io, tár un vol lho lmente mente fazer um traba nde parte delas precisa rea gra s Ma . da era un rem de forma profissionais trabalhando objetivos. para existir e cumprir seus de ida un com da va ati ção da participa lizadas e fins que não estão forma cas sti erí act car as sm me pos com as uele pessoal Além das ONGs existem gru grupos informais, como aq de os ad am ch o sã s se rtório. Es o ou artesanato na lei, registradas em ca faz recreação em um abrig e qu , ela fav na te en tam tui que dá aula de capoeira gra rticipantes. pa s para melhorar a renda do
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idades em rticipam de ativ pa e qu s n ve alho. Dois jo bre o seu trab so s to en im po ONGs dão de cias. suas experiên Confira abaixo
19 anos, estou o h n te , o d e ir e u da . Sou estagiário iego Albino Fig Meu nome é D ndo semestre de Rádio e TV do Projeto São ei gu m 2006 particip cursando o se Setubal em São l desde 2007. E
Setuba ção Tide Fundação Tide ado pela Funda iz al emória re o, ir le si e Bra nstrução da m ta co lis a l au P pa ci el in u ig pr M jetivo adores o tinha como ob istas com mor ev tr en de Paulo. O projet ir rt pa fui o ro, realizada a dar muito. Eu ir u ba m a do ei a ec tiv m le co co eto eu a muito uisas. No proj lema", pois er ob pr o ot antigos e pesq ar "g o as a partir classificar com a arrogante. M rm que podemos fo de va sa a me me expres ojeto, comecei pr do es cabeça-dura e or ad n sica, mas com os coorde estudando mú ar u das conversas tin n co a er la área Meu sonho ando gosto pe m to i fu integrar mais. e a ci terminei m mais freqüên egou ao fim, eu ch passei a ler co o et oj pr o . Quando nicação social da comunicação lar para comu u ib st ve i te es dos la, pr ixando os estu de também a esco ei ab ac e ) propaganda (publicidade e do. musicais de la ordenador proposta do co tro de a m u bi ce re , 2007 CPDOC - Cen Em março de zer estágio no para o projeto. fa ra pa o et oj do pr criado cumentação ei. No início, pesquisa e do leção e comec se de so es oc pr manipulação Passei por um ar no centro seria somente o andaalh rém, com achei que trab to de acervo, po nder o valor das en am at tr e s de dado compree tos e relatos alho, passei a mento do trab fotos antigas, dos depoimen ilo não era somente s u ibilizá-las entrevistas, da Comecei a entender que aq depois dispon a . ra es pa or s ta ad is or ev m ra entr dos so contribuía pa ar em áudio as filmar ou grav e. Entendi que todo o proces e não somente ad irro para a comunid memória local e social do ba ei a ler mais sobre ss preservação da tamento histórico. Então pa do muito gosto. n an va m le to m i u fu e ra al pa ci so o çã iliza memória e mob
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No meio do ano de 2007, por motivos financeiros, tive de tra ncar minha matrícula na universid ade e passei a ser autônomo . Continuei lendo muito e em 2008 em Rádio e TV, pois queria ent voltei à universidade, ingressei ender todo o processo midiá tico e as diversas formas e linguag ens da produção e circulação de conhecimento. Continuei est agiando no CPDOC e agora des envolvo minhas atividades bas eadas no processo de difusão , pesquisa e produção de memó ria social e local. Considero muito importante o trabalho de jovens e adoles centes voltado para a comuni dade, pois além de o jovem ter uma formação melhor, ele cria identid ade com o lugar em que vive e se dedica mais àquilo que faz, contribuin do nidade, identificando os proble para o desenvolvimento da comuma ações que podem se transform s locais, ajudando a desenvolver ar em políticas públicas.
Meu nome é Luca Leal, tenho 18 anos e sou aluno do 1º ano de psicologia da USP. Eu devo a esc olha
do meu curso em grande parte a um projeto que freqüentei durante um ano (do 3º ao 4º semestre), chamado “Minha Rua, Minha Casa”. Eu entrei nesse projeto porque no Colégio Santa Cruz, onde eu est udava, o módulo "Ética e Cidadania" tinh a como uma das frentes um estágio mo nito em uma das associações propos rado tas pelos professores. Confesso que fiquei com um pé atrás: a perspectiv a de perder uma tarde livre por con ta de alguma atividade do colégio era pouco animadora. Acabei escolhendo o "Minha Rua, Minha Casa" em vez de alg um outro, pois era no melhor dia par a mim.
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Este projeto tem sua sede deb aixo do viaduto do Glicério, e o público -alvo são os moradores de rua daquela região. Seu objetivo principal não con siste em alimentar e dar um lar a essas pessoas, e sim resgatar a auto-estima e as possibilidades de interações sociais perdidas por elas ao longo das suas tra jetórias de vida. No primeiro dia disseram a nós, estagiários, que iríamos nos esp alhar para coordenar as diversas ativ idades do local, como o jogo da argola , a mesa de desenho e a cozinha; mas que independentemente de onde estivéssemos, nossa principal função era simplesmente conversar com os moradores que estavam ali, olh andoos sempre no olho e ouvindo atentamente o que eles tinham a diz er. Eu me questionava muito no iníc io: quanto
eu poderia ajudá-las somente com aquelas pessoas que viviam um isso, momento tão delicado?
Foi uma aprendizagem imensa participar desse projeto. Conviver com pes soas em situação tão oposta à minha per mitiu-me quebrar diversos preconceitos Mas logo no primeiro mês tud daqueles o fez que a gente nem sabe que tem, e me mais sentido. Aquelas eram fez pessoas repensar diversas atitudes per que viviam constantemente sen ant e tod as do as pessoas. Além disso, o reconh ignorados pela sociedade, à ma eci rgem mento do outro ajuda, e muito, da economia, da cultura e o ma o is grave, reconhecimento de si mesmo. Posso do convívio com outros. Pesso as que afirmar que foi o período da min tinham chegado à beira de per ha vida der sua em que eu mais amadureci como identidade própria, para vivere m como cidadão e como indivíduo. animais lutando para sobrevive r até o dia seguinte. Era incrível a ale gria com Atualmente estou monitorando a qual eles ouviam seus nom um es serem pro jeto de alfabetização de adultos pronunciados em uma conver , que sa, o tem sido também uma experiê sorriso estampado no rosto ao nci a muito conenriquecedora. Eu recomendo tarem histórias, mesmo que a tod os os tristes, jovens que permitam envolverda sua vida. se com algum projeto social. É uma exp eriênci dife rente de qualquer outra, traz apr a As relações que eu tive lá foram então dizagens que não são possíveis gratificantes que após o términ somente o do lendo livros ou freqüentando bar curso, no final do ano, eu decidi es e continuar afins. É important e para o jovem, que freqüentando por mais um sem estre a alcança um grande amadurec associação, e só parei de ir por imento, e conta da tam bém é importante para os pro proximidade do vestibular. Du jetos, rante os pois a maior maleabilidade do dois semestres do meu estági jovem nas o eu pude relações interpessoais permite ver diversos casos de moradore resultas de rua dos que um grupo formado soment que conseguiram dar a volta por e por cima, adultos dificilmente conseguir arranjaram emprego e lar e pas ia. sav na associação de vez em quando am para agradecer. E o mais interessan te é que nós não fazíamos nada de objetiv o, arranjávamos emprego nem cas não a para nenhum deles. Nós só os ajudáv am recuperar a auto-estima, necess os a ária para que eles acreditassem que poderiam conquistar algo com seu s próprios esforços. Claro que nem todos conseguiam sair da situação em que estavam, pois nossa sociedade infelizmente não fornece oportu nidades para todos, mas só o fato de per mit eles que recuperassem o sorriso ir a no rosto já valia o esforço.
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Livros CHAUÍ, Marilena. Cultura e democracia. São Paulo: Moderna, 1984.
JAKIEVICIUS, Mônica. Ambientes brasileiros. São Paulo: DCL, 2008.
DARBY, Derrick; SHELBY, Tommie. Hip Hop e a filosofia: da rima à razão. São Paulo: Madras Editorial, 2006.
KRISHNAMURTI, Jiddu. Sobre a natureza e o meio ambiente. São Paulo: Cultrix, 2000.
ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS. Declaração Universal dos Direitos Humanos. São Paulo: Paulinas, 1978.
MARTINS, Maria Helena Pires. Eu e os outros: as regras da convivência. São Paulo: Moderna, 2007.
FERREZ. Literatura marginal: talentos da escrita periférica. São Paulo: Agir, 2005.
MARTINS, Suraia. Mudança não é bicho-papão. São Paulo: Edições Inteligentes, 2004.
FERRY, Luc. A nova ordem ecológica: a árvore, o animal e o homem. São Paulo: Ensaio, 1994.
PONS, Esteves P. Valores para a convivência. São Paulo: A Girafa, 2006.
GREEN, Jen. Reciclagem. São Paulo: DCL, 2008. IACCOCA, Liliana; IACCOCA, Michele. De onde você veio? Discutindo preconceitos. São Paulo: Ática, 2002. IMPRENSA OFICIAL. Estatuto da Criança e do Adolescente. São Paulo, CMDCA/SP, 2007.
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PRIETO, Heloísa. A panela da paz: uma historia de amizade baseada em fatos reais. São Paulo: Ática, 2006. SABINO, Fernando. Na sala de aula. São Paulo: Panda Books, 2007. SECCO, Patrícia. Juca Brasileiro: o voluntário. Fazendo acontecer. São Paulo: Melhoramentos, 2001.
Sites Associação Humanitária de Proteção e Bem-Estar Animal : www.arcabrasil.org.br Centro de Vigilância Sanitária: www.cvs.sp.saude.gov.br Conselho estadual dos direitos da criança e do adolescente – CONDECA: www.condeca.sp.gov.br Defensoria Pública do Estado de São Paulo: www.defensoria.sp.gov.br Greenpeace: www.greenpeace.org.br Guia de Direitos www.guiadedireitos.org
IBAMA www.ibama.gov.br Ministério Público do Estado de São Paulo: www.mp.sp.gov.br Ouvidoria da Polícia do Estado de São Paulo: www.ouvidoria-policia.sp.gov.br Poupatempo - www.poupatempo.sp.gov.br www.poupatempo.sp.gov.br Procon: www.procon.sp.gov.br Secretaria de Direitos Humanos: www.direitoshumanos.gov.br SOS Mata Atlântica: www.sosmatatlantica.org.br União Internacional Protetora dos Animais: www.uipa.org.br
Filmes
Bicho de Sete Cabeças Lais Bodanski, 2002.
Cidade dos Homens
Clube dos Cinco
Paulo Morelli, 2007.
John Hughes, 1985.
Edukators
O Que É Isso, Companheiro?
Hans Weingartner, 2004.
Bruno Barreto, 1997.
Manderlay
Palavra e Utopia
Lars von Trier, 2005.
Manoel de Oliveira, 2000.
A Marcha dos Pingüins
Tiros em Columbine
Luc Jacquet, 2005.
Michael Moore, 2002.
Meninas Malvadas
Um Grande Garoto
Mark S. Waters, 2004.
Chris Weitz e Paul Weitz, 2002.
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A adolescência é um momento bastante intenso durante o qual jovens como você se sentem, muitas vezes, aflitos, confusos e com muitas perguntas na cabeça. Este livro foi criado com a intenção de ajudá-lo a atravessar essa fase da melhor maneira possível. Nele, você vai encontrar uma grande variedade de textos sobre temas como: identidade, corpo, sexualidade, família, drogas, trabalho e cidadania. Assim, você poderá ampliar seu universo, aprendendo muitas informações importantes, compreendendo-se melhor e refletindo sobre o mundo a sua volta.
ISBN 978-85-6205800-4
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788562 058004