1KATARSIS projeto

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atarsis

INTRODUÇÃO GERAL

Um pouco de filosofia à guisa de... ( onde se marca nossa ostranye )


001 A atuação artística no mundo sempre foi um ato que compreendeu: a- a percepção das linhas de fôrça de um tempo e de seus problemas sociais elementares. Assim, os gregos do século V aC concentraram-se, em cênicas, no ataque às fôrça do destino, pois eram causas de sofrimento; e à representação do vigor do corpo humano, como contrapartida plástica. b- a construção de um universo imaginário que servisse como linhas de fôrça maiores, para superar as contingências do próprio tempo. 002 O universo em que estamos inseridos comporta às margens de seu fluxo urbano: a violência das ruas, a prostituição infantil, a rede distruibuidora do narco-tráfico o sexo inseguro diante da aids; fora alguns problemas mais antigos mas em plena vigência como: o abandono da velhice, os custos dos tratamentos de saúde, a falta de espaços urbanos para realização pessoal ( quase reduzidos hoje à casa de família e ao posterior escritório...), o abandono da infância pobre nas ruas... Todos com tres características comuns: o sofrimento (pathos), a falta de tempo para se pensar neles e a falta de um teto-braço-colo onde abrigá-lo e enfrentá-lo. 003 Se propusermos uma intervenção artística moderna claramente terapêutica, integrando em nossa estética o utilíssimo conceito de katarsis e aliarmos tal concepção a de outras áreas que tratam os mesmos problemas como os de alienação, marginalização, formação lacaniana do Eu enquanto Sujeito sígnico e tentarmos junto com essa reflexão, partirmos para sua operacionalização técnicoprática, estaremos dentro daquilo que nomeamos aqui como "espaço urbano contemporâneo". Isso é: estaremos trabalhando sob as duas linhas que indicamos para a arte universal: a- lendo o universo que nos rodeia b- interferindo imaginal e catarticamente nele. 004 Pois talvez já seja tempo das filosofias pararem de explicar o mundo para começar finalmente a modificá-lo. Nosso objetivo maior é o de enfrentar o sofrimento ( pathos) e tentar reduzí-lo. Nossa área é a SAÚDE MENTAL PÚBLICA. Nosso lema: corpo são só em mente sã.


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011 OBJETIVO GERAL

Produzir um espaço teórico e prático onde possam se desenvolver projetos de arte orientados segundo uma estética do urbano e do sub-urbano , para intervenção em suas áreas mais críticas.. 012 OBJETIVOS ESPECÍFICOS 0121 Katarsis se subdividde em dois sub-projetos, um da área de Plásticas & outro de Cënicas. Cumpre informar que isso nem é mais necessário na era moderna, depois que o conceito de “performance ” foi criado. Nós o fazemos porém dado o retardo cultural ainda existente nos locais (topoi) aonde será deenvolvido nosso projeto. 01211- PROJETO PLÁSTICO: Criar GALERA Isso é: desenvolver projetos coletivos de criação de obras plásticas, com finalidade de intervenção em nosso espaço urbano. Não mais Galerias, de artes mercantís não mais Vanguardas & Brigadas, pois não temos estrutura militar, mas Galeras: Grupos de Ação & Leitura Radical em Artes. 01212- PROJETO CËNICO Criar CIRCO Isso é: desenvolver projetos, individuais e coletivos, de criação em artes cênicas de grupos de teatro de repertório, com finalidade de intervenção cultural. CIRCO: Coletivo de Intervenção Radical Cênica... ( Ou Circe, para quem leu Homero) Ou Coletivo de Intervenção, em Rua, Cênica.... Portanto teatrão nunca mais, pois comprometido com o palco italiano e com a distäncia física.


013 PARADIGMAS HISTÓRICOS A visibilidade do Projeto aponta para áreas de proteção e maternagem tais como Galpão de Andy Wharol em NY, o galpão do Berliner Ensemble de Brecht, o Cricot II de T.Kantor em Varsóvia, o Galpão das Bouffes Parisiennes de Peter Brooks, o Galpão da Cartoucherie de Vincennes de Mnouchkine etc... 014 ORIGINALIDADE: ampliação do espaço artístico, para áreas-limite, áreas de katástrofe (desenlace). 015 OPERACIONALIDADE Estrutural 0151 Estrutura acadëmica Sua estrutura acadêmica segue o modêlo do PET, realizando-se pois através de atividades de pesquisa * orientadas por professores * realizadas por alunos, mantidos por bolsas PET e acompanhados através dos processos de avaliação desse projeto e de certificados de participação em Extensão universitária . 0152 Cada Sub-Projeto dividir-se-á em Eventos, Cursos ou outras modalidades específicas de Extensão e segundo as normas próprias desta área. 0153 Está em fase de estudos o uso desse projeto pelo Núcleo de Saúde Pública, através do Convënio existente entre a UFPe e a JICA ( Japan International Cooperation Agency )


0154 Estão previstos os seguintes Eventos CIRCO 015341 IBURA IV 01542 MACAPARANA 01543 BREJO da M de Deus

Trabalho com idosos/ Dança etc.. Erradicação da Esquistossomose Educação no uso de agro-tóxicos

GALERA 01544 PINTANDO O SETE

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Trabalho de reciclagem, carpina & restauração de material usado da UFPe para as escolas das redes Municipal e Estadual de Ensino.

Fundos

Já que todos sabemos bem das carëncias da Universidade Brasileira, nada impede a intervenção da iniciativa privada, para suprir fundos necessários aos eventos, através de processos de adoção e apadrinhamento de projetos, como já é feito com praças, monumentos públicos etc.... 0156 Coordenação Geral Os Projetos fundadores, GALERA e CIRCO, serão Coordenados pelo criador do espaço, como forma de direito autoral de projeto, durante os 8 primeiros anos de seu processo de consolidação: P. Michelotto endereços:

ptam@elogica.com.br www.elogica.com.br/users/ptam 081 - 469.1541 081 - 9975. 5756 ( favor jamais usar 081- 271.8309 )


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O Projeto Galera visa a criação de grupos de reflexão e ação cultural de artes plásticas, em áreas limítrofes do sistema.

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Cada grupo composto de no máximo 12 pesquisadores orientados por um ou uma equipe interdisciplinar de professores.

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Mantidos pelo PET, Coca Cola, Tintas Coral, Sharp, Indústrias farmacêuticas ou outros projetos de ajuda financeira. .

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Com intenção de ação em áreas marginais do sistema ( catastróficas) tais como: escolas públicas, hospitais, consultórios médicos, ruas, feiras, feirinhas, morros, palafitas, acampamentos de sem-terra, sitting de grevistas, engarrafamentos de trânsito, inundações etc

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Dando corpo ao texto com estética, materiais e programas de atuação da mais antiga à mais moderna tecnologia, Do rabisco ao grifo. Dos Grafittis aos Grafos computadorizados ( internet ) , Da pancada & corte patológicos ao risco fundamental ( grundriss), Arranhão & rabisco catárticos. Da tinta xadrez ao óleo italiano. Do pedaço de pau ao chip. Da horta à aorta. Da jardinagem ao Zen. Do tópico ao utrópico.

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Em barro, pau, pedra, metal, tela, vídeo, cinema, computador, luz, livro, poema, romance, letra & música.

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Em Τεχνη visual, gráfica, sonora, manual, e de qualquer outro sentido que se apresente e justifique sua intervenção..


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O Projeto Circo visa a criação de grupos de reflexão e ação cultural de artes cênicas, em áreas limítrofes do sistema.

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Cada grupo composto de no máximo 12 pesquisadores orientados por um ou uma equipe interdisciplinar de professores.

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Mantidos pelo PET, Coca Cola, Sharp, Indústrias farmacêuticas ou outros projetos de ajuda financeira. .

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Com intenção de ação em áreas marginais do sistema ( catastróficas) tais como: escolas públicas, hospitais, consultórios médicos, ruas, feiras, feirinhas, morros, palafitas, acampamentos de sem-terra, sitting de grevistas, engarrafamentos de trânsito, inundações etc

012125

Dando texto ao corpo com estética, materiais e programas de atuação da mais antiga à mais moderna tecnologia cênica.

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Dando tempo ao tempo & vez à voz,

chateando papeando praguejando papagueando fazendo cena

> conversa à distância > em palco, em chat , > criar proximidade > sussurro, pé de orelha, confidência > desafiando deuses&destino >desreprimindo, soltando a voz, > gastando tempo, ganhando tempo. > pranteando, gargalhando > criando um novo espaço de circulação, se mascarando > ( criar espaços internos, ressonâncias, alcance visual ) cantando > ( modulando, moldando, criando moldes ) karaocando > ( paródia= cantar num outro lugar ou no lugar de ...). zombando >( farsa, far-si , ironia ) se deslocando >( mesmo corpo, espaço diferente ), se en-corporando >( mesmo espaço, corpo de outro ), se en-corporando >em pau, pano, corda (mamulengo/ joruri > corpo objeto ). se en-corporando> no espaço cênico >corpo ator, se en-corporando > como ator oriental >em ritual kabuki ou Nô. se en-corporando > como ator concelebrante >em festas, ritos, liturgias . Dançando >"Dans ça". >Dentro disso e daquilo..


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Em pano, pau, corpo, luz, & letra & música.

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Através de artes cênicas dança, teatro, circo, ópera, mamulengo de pano, vara, Da mais antiga contação de histórias à mais moderna performance.

02 anexos históricos 21

KATARSIS em Artes Cënicas já existe pelo mundo inteiro, Estando em cartaz um filme com Robin Willians “criando” o projeto... No Recife existe pelo menos um grupo que desenvolve bem esse trabalho. ( reportagens anexas ) Todo discurso de “originalidade” nesta área de saúde é mera perda de tempo. Quanto à ligação entre saúde e teatro relembro ainda o saudoso Waldemar de Oliveira, médico, fundador do moderno teatro pernambucano ( quiçá, brasileiro). Que o criou com funções catárticas!!!! O que acrescentamos isso? a- A possibilidade de trabalho e pesquisa acadëmica. b- Diferente dos Doutores da Alegria, nossa idéia básica é que o melhor médico é o que cuida da saúde do corpo, e que deixe a parte da saúde mental para psicólogos e nós. Afinal, os palhaços somos nós. c- A re-orientação da arte-educação para perspectivas sociais mais amplas e não só a atual, voltada apenas para o ensino de 1 e 2 graus.

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De grupos organizados institucionalmente para atuação plástica não temos conhecimento. Daí a dificuldade própria do Projeto Pintando o Sete, que pretende estabelecer que um menino que estuda assentado numa cadeira que ele mesmo pintou, provavelmente terá melhor saúde mental que o que luta para estudar assentado no chão (= realidade parecendo “insolúvel” em Pernambuco). O primeiro conviverá com a idéia de que é respeitado, ao contrário do segundo!

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Sem ligação institucional, alguma inúmeras pessoas já fazem esse trabalho catártico de saúde mental pública. Nada aqui é novo ou original. Só o enfoque.....


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