AS NOVAS TECNICAS NA DUPLA RELAÇÃO f

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TÉCNICAS TERAPÊUTICAS NA DUPLA RELAÇÃO PACIENTE, TERAPEUTA/ FAMÍLIA: ARTIGO DE REVISÃO

TERAPEUTA/

Pollyanna de Sá Monteiroi; Cínthia Rodrigues de Vasconcellos Câmaraii; Paulo T. Andretti Michelottoiii. Universidade Federal de Pernambuco – UFPE / Departamento de Fisioterapia / DEFISIO. RESUMO:

A dupla relação Terapeuta/Paciente e Terapeuta/Família é a área menos estudada em nossos currículos. A maioria porém dos autores concorda que essa dupla relação afeta a análise, o desenvolvimento e o resultado final dos tratamentos. Esse estudo tem como objetivo revisar essa dupla relação através dos elementos teóricos e procedimentos técnicos que levem em conta processos contextuais, tais como os de comunicação ou de artes. Palavras–chave: Relação Terapeuta / Paciente; Relação Paciente / Família; Arte Terapia; Terapia de Jogos; Modelos de Processos de Comunicação

ABSTRACT: The double relationship Therapist/ Patient and Therapist/ Family is the area less studied in our curricula The most of the authors, however, agree that this double relationship affects the analysis, the development and the final result of the treatments. This study has as the main aim to revise this double relationship through the theoretical element and technical procedures that take into account contextual processes, such is the ones of communication and arts. Key-Words: Therapist / Patient relationship, Patient / Family relationship, Art-Therapy; Play Therapy; Models of Communication Processes.

INTRODUÇÃO Que o paciente - dessa vez no bom sentido- leitor nos desculpe a longa introdução. É que nosso trabalho aborda um tema complexo e largamente mal-tratado em nossas bibliografias. Seu enfoque são as relações Terapeuta/ Paciente e Terapeuta/ Família iv, entendidas por nós como relações de comunicação. A importância desse enfoque pode ser vista, entre outros, pelos estudos de BAYLES e KASZNIAK (1998 ), CHAPEY (1994) , CLARKE (1993) ) , LUBINSKI ( 1991 ), MAXIM e BRYAN ( 1994 ), RIPICH ( 1991), SHADDEN ( 1988 ), WILLMOT (1991 ) e sobretudo ORANGE ( 1995 ) e RYAN ( 1995 ) 1,2,3,4,5,6,7,8,9,10. Por que um terapeuta ou fisioterapeuta e não um comunicador pesquisaria relações de comunicação? Por que afeta diretamente na avaliação, no tratamento e em seu resultado. Não precisamos ficar repetindo que lidamos com homens e não com máquinas. 1. Observações iniciais necessárias: 1.1. Devido a uma visão fragmentada da comunicação em nossas bibliografias, adiantaremos alguns esquemas globalizantes de seus processos. 1.2. Nosso artigo não é um trabalho tentando estabelecer novas técnicas de abordagem para essa relação T/P e T/F. Mas uma revisão bibliográfica de como essa dupla relação tem sido colocada sob o enfoque dos processos de comunicação. Uma vez que toda relação, terapêutica em geral e fisioterapêutica em particular, nada mais é que isso. 1.3. Parte de nossa bibliografia é da Internet, cuja citação já é reconhecida pelo Mec e assimilada pela ABNT. Problemas de nossa capacidade de Revisão 11 e também da qualidade de nossa relação T/P foram atribuídos aos baixos salários12 A invenção da Internet resolveu a questão Bibliográfica-, mas apenas em parte. Pois se antes tínhamos problemas por escassez, hoje temos por excesso. i Graduanda do Curso de Fisioterapia do Defisio, UFPE ii Orientadora, professora da FIR, mestranda em Saúde materno-infantil, IMIPE iii Co-orientador, professor do Depto de Teoria da Arte, UFPE, Jornalista e M.A em Sociologia. iv Daqui em diante citadas como T/P e T/F

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MONTEIRO, P. de S.

TÉCNICAS DE TERAPIA NA DUPLA RELAÇÃO...

1.4. Julgamos oportuno introduzir o leitor ( em 2 abaixo ) rapidamente em alguns problemas específicos de Teoria da Comunicação a partir de um modelo clássico de processo de comunicação. O que não nos isenta de uma leitura da Teoria da Acomodação da Comunicação 13 e do Modelo de Melhora na Comunicação, como estabelecido por ORANGE e RYAN (1995) que contempla principalmente o contexto comunicacional 9,10. É aconselhável além, observar as mudanças no ambiente físico 4;.uma sintomatologia de problemas de comunicação, no caso de Idosos3 e aspectos da memória e sua deteriorização em casos de Alzheimer14. 1.5. Visto uma enorme bibliografia nessa área nos vir da psicologia, antropologia, sociologia, julgamos oportuno também tentar localizar (em 3 abaixo) seus objetos próprios e seus interesses em relação às áreas específicas de uma teoria dos processos de comunicação. 2. Alguns problemas específicos de Teoria da Comunicação 2.1. Modelo de Processos de Comunicação: EMISSORMensagem, Códigos, Meios

RECEPTOR

Feedback CONTEXTO 2.2. Problemas de Contextos em Comunicação.

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Códigos de leitura do esquema: = direção da comunicação e/ou meios 8,14,9,10,4; Contextos 10,13,4,9 ; E = Emissor 13, 10, 15, 3, 4 ; R = Receptor 16, 9, 10, 4 ;T = Terapeuta 9, 10, 4 ;F = Família 9, 10, 4, 7, 13 ;P = 9, 10, 4 Paciente Conjunto A = Conjunto B = Conjunto C =

da Relação Terapeuta/Paciente; CONTEXTO ONDE SE DÁ: Hospitalais, Clínicas; da Relação Família//Paciente; CONTEXTO ONDE SE DÁ= Família / Sociedade; da Relação Terapeuta /Família; CONTEXTO ONDE SE DÁ = Híbrido de A+B 7, 13,17. .

3. Ciências auxiliares à Fisioterapia, relacionadas com o Modelo de Comunicação 34 3.1. Psicologia Behaviorista

T

Meios

P

1.MODËLOS: psicomotricidade ,psiquiatria, psicologia do ajustamento etc 2.OBJETO: Comportamento e sua Adaptabilidade 3. INTERESSE no Paciente, como indivíduo e sua possibilidade de adaptação.

4. Informações sobre a Pessoa do Paciente e sua relação com os Contextos ( = linhas pontilhadas) 3.2. Psicologia Lacaniana 1.MODËLO: Psicanálise 2. OBJETO: Linguagem do Inconsciente 3.O Paciente é travado pela Linguagem ( Meio) , resultando em: a - Cortes definitivos na comunicação: psicoses etc b - Cortes temporários na Comunicação: neuroses etc 4. Na Relação T/P esse modelo nos informa: P diz algo/ mas pensa outra coisa; P deseja algo, mas exprime outra coisa T = pode ser Objeto de desejo, simbioticamente unido ao P; T = pode ser Outro, distinto simbolicamente de P. Nesse último caso processos de comunicação se instalam.

3.3. Sociologia / antropologia / filosofia / religião: Meios

preocupação com o CONTEXTO

3.4 Comunicação:

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E

Mensagem

R

Códigos

preocupação com o processo entre E/R ou feedback

Meios

3.5 Informação / Lingüística:

preocupação com retirar

Mensagem

E

Códigos

R

ruidos dos MEIOS

R

meios

Qual a Importância de uma reflexão sobre o processo e principalmente sobre seus Contextos? Se um Emissor diz a um Receptor : “ BATA” . No contexto da instituição A ( Hospital, Clínica etc), será entendido CLARAMENTE ( = + provavelmente) como referente a uma roupa. No contexto da Instituição B ( família, sociedade etc) será entendido CLARAMENTE (= + provavelmente), como incitação a um ato de violência. Uma comunicação clara, é uma mensagem correta? A informação mais precisa, gelo em tal quantidade de tantas em tantas horas, durante tantos minutos resolveria um problema de comunicação entre um Fisioterapeuta e um Paciente? Não. O Paciente idoso, por exemplo, adapta a comunicação às suas próprias limitações, isto é, a seu contexto 16.Problemas de demência afetam todo o quadro e devem ser levados em conta 9. Distúrbios de afasia de Wernicke, provenientes de AVC é um CONTEXTO de saúde que coloca todo processo de comunicação em problema 9.Um ambiente , portanto contexto, favorável à comunicação é necessário 18. Todas essas indicações nos levam a estabelecer que nenhuma informação é correta se não estiver no contexto correto. A família - julgando que gelo não mata ninguém e que foi recomendado- poderá apenas aplicar gelo sem nenhuma outra precaução, independente da precisão de instrução do terapeuta.. A comunicação serve para estabelecer laços físicos,sociais e emocionais entre as pessoas 9. Laços (veja 2.2), são exatamente contextos. A bola de Bobath é uma técnica muito mais fácil de enfrentar- por aliar um exercício corporal a um objeto reconhecidamente lúdico. Tanto que nenhuma criança quer devolver a bola. O CONTEXTO da Relação Terapeuta/Paciente já está mudado pela própria escolha do objeto técnico (= uma bola). Agora tente estimular um Paciente com eletroterapia e verá como o contexto gera aumento de tensão 19. Como conversar sobre nossos medos (Terapia de Jogo) , como dançar isso (Terapia de Dança), como se divertir com isso? Não nos cabe resolver. Cabe-nos apenas relatar que técnicas que permitem a mudança do Contexto hospitalar para outro contexto- são de per si mais eficazes (no sentido de facilitadoras da relação e, portanto, de todo o trabalho do terapeuta) que quaisquer outras. Essas escolhidas, pretendem fazê-lo. 1.

A dupla relação Terapeuta/ Paciente e Terapeuta/Família.

É de extrema importância a interação do terapeuta com seus pacientes 20. LEOPOLD (apud UMPHRED, 1994) define essa relação T/P como “ponte emocional sobre a qual formas de tratamento mais mecânicas são conduzidas” 21. O Trabalho do Fisioterapeuta vai muito além de se alcançar apenas a reabilitação física dos pacientes, portanto, numa interação multidisciplinar 22, 23,24, 25 .

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Se esse Paciente for uma criança, seu desenvolvimento físico não significa apenas aumento de tamanho, mas a modificação e adaptação de certos elementos de acordo com processos de maturação determinados pelo seu código genético, de acordo com as experiências da criança e as exigências de seu meio ambiente 24. Um dos aspectos importantes dessa relação é o do tempo. PRATT ( apud UMPHRED, 1994 ) e CONINE privilegiam o Fisioterapeuta exatamente por poder ter maior contato físico com o Paciente, servindo para a liberação de suas informações profundas 21, 25. O problema é que não há “muito treinamento para se ouvir ou tolerar o silêncio do outro” 25. Eis um campo interdisciplinar que poderia aproximar faculdades de comunicação e escolas de medicina 20. Outro aspecto é o da não passividade do Paciente 21, 26, 27.

PRATT ( apud UMPHRED, 1994 ) ressalta o papel de participante ativo ( emissor ) do Paciente 21. LONG ( apud UMPHRED, 1994 ), sugere o máximo de informação por parte do Paciente (receptor / consumidor dos serviços de saúde). Explicitando- a concretamente. Que chequem o nível de educação do Fisioterapeuta, perguntem sobre os equipamentos usados, fiquem cientes dos tratamentos por demais prolongados ou tratamentos com pouco resultado.Peçam informações e instruções.detalhadas. E que em tudo isso haja envolvimento de suas famílias 21. MARINHO reforça LONG, falando do desconhecimento tanto do problema que possuem, quanto da ignorância a respeito do tipo de cirurgia a que se submeterão e os possíveis riscos de vida envolvidos pelo processo 26. E antes de MARINHO, ILLICH (1977) chegava mesmo a fazer uma comparação forte, ao informar que isso se dá pelo crescente processo de especialização e que ” As especializações terminaram, por se tornar como aquele mapa de boi cortado em partes nos açougues . O cliente, é compreendido e processado como um grupo de partes manejáveis, cada qual com sua própria mecânica de serviços” 28. LOPOPOLA et al. ( apud UMPHRED,1994 ) organizou um programa para, entre outras coisas, passar ao Paciente.a responsabilidade pela própria assistência. Com ótimos resultados , tais como a redução do tempo de estadia em internação e a melhora dos níveis de comunicação entre departamentos 21. KENDAL et al, dá excelentes conselhos e pistas . “Eduque seus Pacientes, ajude-os a compreender a natureza de seus problemas, encoraje-os a ajudarem-se a si próprios e desencoraje dependência desnecessária na terapia ou no terapeuta.” 27. Qual a pista maior?. As disciplinas auxiliares dependem muito do bom conhecimento dos modelos de processo de comunicação, sobretudo por se tratarem não de informações a serem dadas, mas de “educação”. “Eduque-os” - dizem KENDAL et al 27. FLYNN (apud UMPHRED, 1994) conclama para a retomada de áreas de intervenção terapêutica esquecidas e mudança de paradigma da assistência à saúde 21. Aspectos da competência comunicativa são considerados , de maneira que seja evitada qualquer possibilidade de má compreensão 29. Maitland é o mesmo , porém, que afirma (...) “ É fundamental manter o domínio de uma entrevista com pacientes tagarelas” 29. Pacientes tagarelas? Contra essa posição encontramos UMPHRED (1994) e DOWNIE (1988) “ Somos donos ou servidores do Paciente?” 21, 30 - perguntará também na mesma linha ALEXANDER (1973) 12. O que levará SINGLETON (apud UMPHRED, 1994) a formular seu paradoxo: “Apesar do engajamento no serviço humanístico no qual a profissão foi fundada, o serviço resultante é mecanicista” 21. Os fundamentos cartesianos dessa perspectiva do homem em tratamento como uma máquina a se desmontar e montar é bem dada em FONTES ( 1999). Chega a ser um tanto radical ao informar que todos sistemas médicos que não o ocidental trabalham com novas ( para nós) técnicas como “ massagens, banhos medicinais, exercícios, dietas, dança,. música, pintura, ervas, meditação, acupuntura, aconselhamentos, preces, etc” 31. PAILHOUS e QUEF (1996), em Osteopatia, não colocam uma linha sequer sobre a relação T/P, apesar de ser um manual de toques 32. Não importa o que o Paciente sinta, pense, reclame ou

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possa informar a ele. Contra essa posição, nos falam ROESCH e ULRICH (apud Umphred, 1994) “ O enfoque da Fisioterapia é sempre a dor relatada pelo Paciente” 21 . Pensando também numa relação de reciprocidade e feedback eles estabeleceram um “programa familiar planejado também pela família”. Seus resultados foram: a redução de ansiedade, maior conhecimento dos tratamentos, menos susceptibilidade a novas lesões 21. HOPPENFELD (2002), não menciona nada sobre comunicação entre terapeuta durante avaliações de coluna e extremidades. Como se pedir ao paciente para “prender a respiração como se quisesse evacuar” 33 sem ao menos um capítulo introdutório sobre como se falar isso ao paciente sem que ele tenha medo de não conseguir “fingir” essa técnica tão teatral e cênica e terminar efetivamente evacuando? E continua.: “Lembre-se de que o teste de Valsalva é um teste subjetivo, que requer do paciente respostas precisas”!!! 33. Como se ter respostas precisas – e isso não vale apenas para o teste de Valsalva, mas para todo e qualquer tratamento fisioterapêutico – se não há perguntas precisas, se não se determina qual a linguagem que se fala ( a do terapeuta ou a do Paciente), se não se explica em que contexto se fazem essas perguntas e como podem ser entendidas erroneamente em outros contextos? Perguntas precisas aqui significam, como em qualquer boa teoria da comunicação, as que estejam , no mínimo, formuladas dentro de um código entendível por ambos, num contexto previamente definido e num processo, isto é, interação entre Emissor (Terapeuta) e Receptor ( Paciente). 34 ” Prenda, por favor, a respiração como se quisesse evacuar” - do teste de Valsalva em que Hoppenfeld exige precisão de respostas 33 – é entendido como uma pergunta precisa. Mas em matéria de comunicação e de psicologia certamente a precisão não é dada apenas pelo uso de uma linguagem “tecnicamente correta para um dos componentes da relação de comunicação”. Pois sabemos que nem em lingüstica, linguagens são tecnicamente corretas como tais 34. Esse “por favor”, por exemplo, não significa mais que um primeiro contato Não há nenhuma cortesia expressa aí. Apenas contato. O aspecto que engloba a relação Emissor / Receptor em teoria de Comunicação se chama de “aspecto processual” 34 . E esse corresponde à melhor definição dessas relações Terapeuta / Paciente ou Terapeuta / Família ou mesmo Família / Paciente. Autores são atentos ao fato de que , nessa relação T / P, (...) “Tanto o prestador de serviços de saúde como o seu cliente pode sentir-se alienado” 36 . Insiste nesse aspecto também MARINHO ( 1999) “A insatisfação de que se cerca o fisioterapeuta se revela pela desmotivação ou mesmo pela impaciência no atendimento, resultante de uma compreensão parcial da complexibilidade deste ser e da relação estabelecida” 37. A importância da participação da família 38 - criando necessariamente uma relação especial com o terapeuta - é colocada também na bibliografia especializada sob vários aspectos bem particulares, tais como a influência do ambiente sobre o desenvolvimento e comportamento da criança39. Ou algo mais diretamente relacionado com o ambiente familiar e a participação ativa da família para o êxito de programas terapêuticos 40,41. Já outros estudam os diferentes níveis em que se dá essa participação, sintetizam o familiar na figura da mãe e dos problemas causados por sua perda 42,43,44,45 . Sabemos que o terapeuta deve ser também absolutamente atento a essa dinâmica Família / Paciente, - apesar de não contemplada nos limites de nosso trabalho - antes de solicitar sua colaboração como co-terapeutas 35. O treinamento da mãe é essencial. Deve-se dar a ela ”uma compreensão completa da natureza da deficiência da criança, treinando-a no manuseio diário de seu bebê, como apoio ao tratamento“ 46 e muitas vezes será preferível confiar-lhes- se aceitarem ser orientadas pelo profissional - a execução do programa 47. Em inúmeros casos - como em traumato-ortopedia - devem ser ensinados exercícios que podem ser repetidos em casa. Desmotivação ou indisciplina devem ser reconhecidas prontamente e contornadas 48. KISNER enfatiza a cooperação e responsabilidade da família, como meta do tratamento 46. BOBATH (1978) insiste na importância da família na fase inicial do tratamento de

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hemiplegia no adulto 50. Enquanto, numa área em que pode entrar o uso de máquinas, como a da ventilação artificial, GONÇALVES (1991) aconselha o treinamento adequado para uma participação ativa da família após o desmame 51. Mas na contramão disso, RATTON (1997) - da mesma especialidade- nada fala a respeito dessa possibilidade 52. A família é um contexto específico. E de que é que Marinho fala senão de situar a relação Terapeuta/Paciente dentro de seus Contextos específicos? ” O resultado positivo de um tratamento fisioterápico, ou qualquer outro tratamento, na maior parte das vezes, está na dependência da relação terapeuta-paciente, iniciada no momento do encontro e mais fortemente desenvolvida no decorrer no processo terapêutico propriamente dito” 53 *(grifos nossos). Nesse “momento de encontro” até uma frase pode reduzir a efetividade de um tratamento tecnicamente bem estabelecido, aumentando a tensão normal que sempre existe nessa relação, como nos informa CAMPION ( 2000 ) 54. Há um contexto em que Terapeuta e Paciente ou Terapeuta e Família se encontram. E esse momento ou contexto, afeta diretamente (..)“O resultado positivo de um tratamento fisioterápico, ou qualquer outro tratamento, na maior parte das vezes” 53 . Cabe salientar, ao terminarmos esse campo, um aspecto lateral, mas importante na bibliografia consultada que é o da relação processual comunicacional Terapeuta/Família/ Paciente em nossos programas acadêmicos de Cursos. A grande mudança anunciada, em vários estudos, do foco do tratamento desde suas origens é a mudança do olhar do Fisioterapeuta sobre esse corpo com o qual ele tem contato ao se começar um tratamento. Esta relação não deveria ser limitada por diferenças entre patologias e pacientes, ou seja, ela é para todos 55. De acordo com MARINHO (1992), ” o despreparo dos profissionais em lidar com questões emocionais e afetivas, advém de uma formação acadêmica (grifo nosso) voltada para a objetividade e não-envolvimento, favorecendo uma relação impessoal, autoritária e desigual” 26. Ao referir-se à formação acadêmica de profissionais de saúde que trabalham com pessoas da terceira idade, PICKLES et al. (1998) comenta, a maioria dos currículos é muito deficiente neste particular; há poucos programas que dedicam tempo suficiente a essa especialidade 36. REBELATTO; BOTOMÉ (1999), ao analisar planos de ensino de 16 faculdades, verificou que numa lista com 22 enunciados - entre eles analisar a relação terapeuta-paciente explicitada no Código de Ética - há dispersão. Nenhum dos enunciados é coincidente entre pelo menos duas escolas das escolas examinadas. Em algumas atividades, o atraso e a dependência de modelos inadequados são marcantes 55 . Um desses modelos inadequados é da Bibliografia 55. Outro , o de formar profissionais que fossem capazes de lidar com uma parcela dos problemas sociais e não apenas a “ dominar técnicas conhecidas para tratar patologias de certo tipo” 55. Podemos incluir dentro dessa “parcela dos problemas sociais” a dupla relação Terapeuta/Paciente e Terapeuta/Família. Em REBELATTO E BOTOMÉ (1999 ) apenas no Quadro 17, de disciplinas profissionalizantes obrigatórias por lei ou particulares de cada instituição, vamos encontrar, pela primeira vez, Comunicação, uma disciplina de ciências Humanas, que trata sistematicamente de relações entre pessoas, sendo esse seu objeto próprio52. 2.

Técnicas terapêuticas : Arte Terapia e Terapia de Jogo

Fisioterapeutas já trabalham há tempos, com técnicas de relacionamento humano, é que o fazem por sua criatividade, capacidade de resolver problemas práticos que se acumulam no nosso dia a dia clínico. Essa relação humana , em termos antropológicos re-insere simbolicamente o paciente de volta às suas origens, a seu universo próprio- que é o exterior, o mundo, e não o hospital. As técnicas cuja bibliografia aqui mostraremos são “ terapêuticas”- isso é reconhecidas em qualquer hospital e em várias universidades, mas o que têm a ver com a Fisioterapia? Nem sua em sua origem nem em parte de seu desenvolvimento. Acontece que, no encontro do tratamento, quem melhor pode fazer isso é o Fisioterapeuta e mais ninguém. Por quê? Por que é ele quem passa mais tempo com o paciente,21 por necessidade mesmo de seu tratamento específico. Claro, o ideal é que essa tarefa fosse entregue a um Terapeuta de Jogo, ou a um Arte-Terapeuta trabalhando em equipe com o Fisioterapeuta. O que não isentaria esse último de um bom conhecimento dessas

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técnica também, uma vez que quem vai controlar todo o tratamento fisioterapêutico só pode serpor capacitação e Ética - o fisioterapeuta.. Compensamos a falta de novas técnicas adaptadas ao Fisioterapeuta em sua dupla relação T/P e T/F, com nossa inventividade. Inventividade que se dá na simplicidade de descobertas em música como : “Vamos cantar “marcha - soldado” em vez do ameaçador ” se não fizer comigo, vai doer mais ainda e talvez você nem possa mais andar . ”..Vamos cantar a música dos Patinhos de Xuxa?-exercitando assim os membros superiores e criando um aprendizado por condicionamento e estímulo-resposta. Cada vez que cantar, a criança se lembrará da forma própria do exercício; O que substitui a, perfeitamente correta mas cansativa e ineficaz, ordem: “ o exercício que estou fazendo aqui , você deve aprendê-lo para fazê-lo também por si em casa!” Quem nos ensina a falar corretamente isso com nossos Pacientes? Enfoques vindos da Comunicação, lingüística , Artes e Legislação, de uma certa forma seriam auxiliares extremamente mais interessantes que os das ciências humanas que geralmente compõem nossos currículos. Sua falta incide gravemente sobre nossas bibliografias e sobre nossas conseqüentes possibilidades técnicas de trabalho. 2.1

ARTE TERAPIA

Usando materiais simples de arte, pode-se ajudar as pessoas, a expressar sentimentos muito difíceis de serem expressos 56,57,58,59,65 , dentro de contextos especiais , como o da saúde60,61,62,63 ; aumentar a confiança e a auto-estima; a desenvolver habilidades em conhecimentos médicos 64; a identificar sentimentos e bloqueios para a expressão emocional e o crescimento 66,67,68,69,70,71,72 ;a transformar em mais acessível à comunicação verbal.65 Foi-se desenvolvendo no campo da saúde mental a necessidade de expandir o repertório de expressão em terapia73,74,75,76,77,78,79,80 , especialmente no caso de indivíduos para os quais a comunicação verbal apresenta grandes dificuldades, bem como em indivíduos com talento ou gosto para as artes81,82,83, que poderão beneficiar da utilização de meios alternativos de expressão, ou da introdução da criatividade no processo de transformação pessoal.75,84,85,86,87,88,89,90,91,92,93,94,95,96,97,98,99,100,101 Surgiu então o campo das arte-terapias, disciplinas de intersecção entre as várias modalidades artísticas e a psicoterapia ou as terapias de reabilitação.131 Existem atualmente sub-disciplinas como a arte-terapia110, a musicoterapia97, a dançaterapia111,112 e a terapia de jogo113,114,115,116,117,118,119,120,121. Não é por acaso que tais disciplinas receberam nomes um tanto ou quanto estranhos, em vez dos t ermos "terapia pela a arte / dança / música / drama", etc.e nominações em inglês, como “ Expressive and functional treatments of multiple personality disorder.. dance-movement therapy, psychodrama, music therapy, OT, sandplay, play therapy, and vocational rehab. Pretende-se com estas designações realçar o fato de que a modalidade artística em questão não é apenas um instrumento adicional de expressão ou uma fonte de material a analisar, mas sim uma parte integrante da terapia propriamente dita que acrescenta um terceiro elemento à díade "terapeuta-cliente". Esta distinção traduz-se em termos concretos na constituição das sessões de terapia que incluem atividades artísticas, como a audição musical, improvisação, pintura, dança e movimento, dramatização de personagens e relações (reais e imaginárias) etc. Por questões práticas, referímo-nos ao conjunto das arte-terapias como "arte-terapia", sem esquecer que a componente "arte" deverá ser substituída em cada uma destas sub-disciplinas pela modalidade artística que lhe dá origem122,123,124,125,126. A única modalidade que diferenciaremos, com um enfoque à parte será a da Terapia de Jogo, por ter tido um desenvolvimento extraordinário maior que todas as outras modalidades - com impacto claro na bibliografia especializada113,114,115,116,117,118,119,120,121. 2.2. TERAPIA DE JOGO

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Essa prática terapêutica tem sido documentada na Internet 113,114,115,116,117,118,119,120,121, em revistas e em literatura de pesquisa desde a década de 40 /50 121. É um veículo para adultos e para crianças expressar suas emoções e medos e para ajudá-las a desenvolver a capacidade de síntese e de afeto128. Essa é a melhor modalidade para ela entender seu mundo, quando necessitam de habilidades cognitiva e verbal. A terapia com adultos121 interfere sobretudo nas relações familiares. Beavers and Hampson (apud Groome, K. & Isaacson, E., 1999) medem a saúde da equipe familiar e o estilo de cada percepção individual do grupo. Zella Harris et al. (apud Groome, K. & Isaacson, E., 1999) obtiveram resultados positivos numa terapia familiar, para filhos de mães encarceradas., onde o contato humano era mínimo, parecendo-se bastante com a relação T/P vista já acima em alguns manuais de especialidades em Fisioterapia, como Hoppenfeld. Outros usaram a terapia familiar de jogo para aumentar a simpatia entre pais solteiros e seus filhos121. Duas são as funções principais dessa terapia: ajudar no desenvolvimento da relação T/P e/ou T/F, e oferecer um meio para mudanças (Russ apud Groome, K. & Isaacson, E., 1999) e seis as maiores mudanças que ocorrem (Freedheim and Russ apud Groome, K. & Isaacson, E., 1999)121. Na origem da Terapia de Jogo 113,114,115,116,117,118,119,120,121 tratava-se de desajuste comportamental. O desenvolvimento recente deu-se na expansão de sua aplicabilidade e na pesquisa de instrumentos para medição dos resultados e dos estágios, (Kernberg, Chazan, and Normandin; Fall apud Groome, K. & Isaacson, E., 1999), e critérios para a escolha da terapia e controle de seus resultados121. Uma técnica, razoavelmente simples, que se pode utilizar é a da Terapia emotiva de Cores (Berger et al apud Groome, K. & Isaacson, E., 1999), outra é o uso do CPTI, Instrumento de Terapia de Jogo com Crianças, (Kernberg et al. apud Groome, K. & Isaacson, E., 1999). O CPTI descreve, registra e analisa a formulação mental do Paciente, segundo Kernberg et al. ( apud Groome, K. & Isaacson, E., 1999)121. O espectro de aplicações tem sido muito vasto, o que parece lembrar aqueles remédios vendidos na Praça do Diário que servem para tudo. Daí a precaução generalizada e insistência no teste das técnicas em uso. Há uma grande diversidade de Instrumentos para controle de tais tratamentos. Alguns que foram usados nas pesquisas relacionadas nesse nosso trabalho são o CRPRS , índice de Superatividade do Escala revisada de medida de Pais, a SCRS, Escala de medida de autocontrole, a ACBS, Lista de Controle de Comportamento de Achenbach, a PPAS, Escala de Aceitação Parental de Porter, o PSI, Índice de Stress de Pais, e a FPC, Lista de Controle de Problemas Familiares,121. Os problemas tratados mais conhecidos são, por exemplo, abuso físico/ sexual; depressão; dificuldades de controle de impulsos, dificuldades de ajustamento escolar. Mas foram tratadas além, vitimas da violência doméstica que leva à perda de integração e relacionamento humano por Sarina Kot, Garry Landreth e Maria Giordana.em 1999; déficits de atenção e desordem por hiperatividade (ADHD), por Kaduson, Finnerty em 1995; a melhoria de baixo rendimento em leitura , por Bills em 1959 e Fisher em 1953; a falta de concentração por Fall em 1997; o relaxamento e descontração por Johnson et al.,em 1997; a redução de ansiedade , por Milos and Reiss, em1982 e Barnett em 1984; casos de agressão, divórcios e testemunhas de violência, com uma terapia de cores, por Sheldon Berger and Jonna Tyler em 1994; alcoólicos anônimos, por Catherine Cwiakala e John Mordock em1997. Úteis à compreensão da relação Terapeuta / Família, são também estudos sobre o comportamento comunicacional, como a inabilidade de pais de entenderem comportamentos não verbais de filhos, dentro de um contexto de alcoolismo, como feitos por Campo & Rohner em 1992; Jones & Houts em 1992; Whipple, Fitzgerald & Zucker em 1995. Todos casos relatados cuidadosamente.121.. Crianças pacientes em Fisioterapia, apresentam muitas vezes quadros dessa ordem, como depressão, desconcentração, tensão, irritabilidade e até violência, dificuldade de prestar atenção em informações dadas pelo Fisioterapeuta. Características que dividem também com sua Família, onde via de regra atrás de um menino agressivo se escondem atitudes agressivas por parte da família. Parte disso tem teorização em psicologia, mas em verdade toda a técnica opera-se em

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função do estabelecimento de vasto Processo de Comunicação, visando alterar os mecanismos ou processos de relação do Paciente com seu Mundo, portanto com o Terapeuta e com o tratamento também. Cria-se , basicamente, um ambiente paralelo (ou contexto da sala e da relação de controle da atividade), um sistema de significações (ou linguagem) paralelo, um meio de comunicação paralelo (o jogo, o brinquedo), uma relação T/P paralela ( alí se brinca, não se “ trata” ) . Na construção da linguagem e expressão humana , arte ( entendamos também jogo e brinquedos) e corpo são veículos, meios, e podem tornar-se campos de referência para a comunicação interpessoal.131 Já podemos ver melhor como seguir o conselho de Kendall aos Terapeutas já mencionado antes: “ Eduque-os!” CONSIDERAÇÕES FINAIS Boa parte desses problemas são de ordem de aprendizado e concentração. Jogos, danças, cantos, dramatizações, brinquedos e/ou melhor conhecimento de processos de comunicação globais podem ajudar nisso, podendo ajudar portanto, por exemplo, na efetividade do tratamento em fisioterapia, melhorando a atenção do paciente em relação às prescrições que lhe são dadas. Senão, como transformá-lo em agente ativo de seu próprio tratamento? A Arte terapia 122,123,124,125,126 e a Terapia de Jogo 113,114,115,116,117,118,119,120,121 certamente são fortes auxiliares para um mais efetivo relacionamento Terapeuta Paciente e Terapeuta / Família, caso ele possa informar ao paciente e à família tais tipos de procedimentos, transformando exercícios e cuidados em trabalhos de arte ou brinquedos controlados. Porque usá -las ? Porque há forte acordo em relação à sua eficacidade , chegando a 80% no caso da Terapia de Jogo 121 .Terapeutas querem saber principalmente sobre a teoria de base e os testes de validação como uma ciência mais objetiva.121 Reams and Friedrich (apud Groome, K. & Isaacson , 1999) mostram que a terapia de Jogos é bem mais eficaz que outras terapias em seu contexto próprio. 121.Certamente eficaz , portanto, ao criar um novo contexto, um novo ambiente, um novo lugar de contato humano e de resolução de conflitos e medos que os normalmente usados por nossas técnicas especificamente corporais. Eficazes em resolver a falta de técnicas bem estabelecidas e planejadas na área de relações humanas - tão necessárias como já indicamos neste trabalho. Fisioterapeutas podem muito bem aprender tais procedimentos em seus Cursos. E seria essencial a presença de um Arte Terapeuta ou de um Terapeuta de Jogos na composição de suas equipes multidisciplinares.102 Cursos de Fisioterapia poderiam até formá-los, reorientando para esses estudos sua equipe de professores psicólogos e sociólogos- acrescentando-lhe especialistas da área de comunicação e arte. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. BAYLES, K.; KASZINIAK, A. Communication and Cognition: Aging and Dementia. San Diego: College- Hill Press/Little, Brown, 1987. 2. CHAPEY, R. Language Intervention Strategies in Adult Aphasia. 3a ed. Baltimore: Williams & Wilkins, 1994. 3. CLARKE, L. Communication Disorders of the Older Adult: A Pratical Handbook for Health Care Professionals. New York: Hunter/ Mount Sinai Geriatric Education Center, 1993. 4. LUBINSKI, R. Dementia and Communication. Philadelphia: Mosby, 1991. 5. MAXIM, J.; BRYAN, K. Language of the Eldery: A Clinical perspective. San Diego: Singular Publishing, 1994. 6. RIPICH, D. Handbook of Geriatric Communication Disorders. Austin: PRO-ED , 1991. 7. SHADDEN, B. Communication Behavior and Aging: A Sourcebook for clinicians. Baltimore: Williams & Wilkin,. 1988.

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