Plano regional da mooca

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p l a n o regional subprefeitura mooca


SUMÁRIO

p r o b l e m á t i c a ..................................02 a metrópole

03

mooca na metrópole: desafios

04

p r o p o s t a ..................................06 cenário proposto

07

diretrizes gerais

09

zoneamento

10

orla fluvial

15

etapas de implementação

16

permeabilidade

17

áreas verdes

18

mobilidade

19

equipamentos públicos

23

habitação

25


problemรกtica

2


A METRÓPOLE

sobre várzeas e vias

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www.metropolefluvial.fau.usp.br

O histórico de ocupação da cidade de São Paulo gerou grandes impactos na paisagem urbana que se vê na contemporaneidade. A retificação dos rios e a ocupação das várzeas com a abertura de grandes avenidas marginais tornaram a orla fluvial uma via de passagem. Além disso, os investimentos e políticas públicas voltados para o sistema viário, com priorização do automóvel como meio de transporte, acabaram por configurar uma metrópole com graves problemas de deslocamentos, com altos índices de trânsito veicular e com uma rede de transporte coletivo insuficiente. O modelo radioconcêntrico de organização viária aglomera os fluxos em vias que cortam bairros e fragmentam o território. A expansão territorial desenfreada e a especulação imobiliária favoreceram a dicotomia centro-periferia, na qual as populações mais carentes ocupam as áreas mais periféricas e com menos infraestrutura, e os empregos e equipamentos se concentram no centro e porção sudoeste da cidade. Este cenário, somado aos problemas ambientais decorrentes da atividade industrial e ocupação das várzeas - poluição e enchentes, constituem o quadro de graves questões que foram geradas a partir de uma metrópole que não planejou o seu crescimento e ocupação.


No panorama da metrópole, a Mooca, conhecida como portal da Zona Leste, apresenta forte herança da indústria, indicada na atualidade pelo setor têxtil e pelo comércio especializado da Subprefeitura. Concomitantemente, em diálogo com o cenário da metrópole, a região apresenta crescente verticalização e se insere territorialmente entre o centro e a periferia apresentando questões decorrentes dessa posição. Dentre estas, há a relativa a grandes vias de tráfego intenso: a Radial Leste, principal ligação entre o centro e a Zona Leste, que ainda possui a linha metroferroviária superficial, é fragmentadora da Subprefeitura da Mooca. Em adição, uma das principais vias da metrópole que possui conexão com diversas rodovias (Dutra, Castello Branco, Anhanguera, Ayrton Senna e Bandeirantes) é a Marginal do rio Tietê, pertencente ao contexto paulistano dos rios negligenciados e das várzeas ocupadas desordenadamente. O traçado viário de intenso tráfego, especialmente de caminhões, acaba por configurar a Mooca como uma via de passagem entre o centro e a periferia, afetando negativamente a paisagem urbana local. Nota-se que, diante do modelo radio-concêntrico que caracteriza a metrópole, há na Mooca a falta de eixos perimetrais, o que concentra os fluxos e prejudica a mobilidade dentro da Subprefeitura. Acrescenta-se que a falta de uma rede organizada de intermodais nesse território, tornam a infraestrutura existente pouco aproveitada. Nesse sentido, observam-se também como pontos determinantes da qualidade da vida urbana na Subprefeitura a relação majoritariamente descompassada entre os diferentes usos, a falta de áreas verdes, a escassez de equipamentos públicos e o desequilíbrio entre moradia e emprego.

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subprefeitura da mooca

0

1

2 km

0

1

mooca na metrópole: desafios

mooca

2 km


principais vias da mooca

5


proposta

6


Considera-se o cenário de uma metrópole com uma rede de infraestrutura repensada para qualificar a dinâmica dos fluxos urbanos baseada em: um anel ferroviário (ferroanel) nos limites metropolitanos para transporte de cargas, um anel hidroviário (hidroanel) de transporte de passageiros e cargas, e um anel metroviário (metroanel). Com isso, busca-se eliminar o deslocamento de caminhões de cargas cortando a metrópole e liberar as linhas de trem existentes para transporte exclusivo de passageiros em escala estadual (ferrovias em direção ao interior e litoral), revitalizar a orla fluvial e tornar os rios cenários centrais da vida urbana, ampliar a rede de transporte de grande capacidade dentro da metrópole e reverter o modelo radio-concêntrico rodoviarista.

a. Ferroanel: transporte de cargas, fluxo de caminhões O transporte de cargas em São Paulo é feio por meio de caminhões, os quais prejudicam o fluxo na cidade, principalmente nas grandes vias expressas ligadas a rodovias que passam pelo estado. Para melhorar a rede de infraestrutura, propõe-se a ampliação do ferroanel previsto no estado, para que transporte cargas por trilhos fora do centro da cidade, diminuindo o tráfego de caminhões radialmete. Tendo o transporte de cargas no anel consolidado, é possível usar as ferrovias que passam pela cidade para transporte de passageiros, sendo este metropolitano, estadual e até nacional, ligando por exemplo São Paulo ao litoral ou ao Rio de Janeiro (como já houve um dia).

7

ferroanel

cenário pressuposto

novas dinâmicas


b. Hidroanel: recuperação metropolitano

8

dos

rios,

transporte

intra

c. Metroanel: democratizado

transporte

intra

metropolitano

mais

Partindo do pressuposto que os rios estarão limpos e visando aproveitar-se de seu potencial para um novo meio de transporte público coletivo, propõe-se a utilização dos mesmos como vias de navegação de escala metropolitana, com transporte de passageiros e cargas. Para tanto, se prevê a construção de portos na orla fluvial, ligados a rede de transporte metroferroviário, corredores de ônibus e ciclovias. No caso da Subprefeitura da Mooca, o porto fluvial de passageiros se localiza na orla do Tietê, próximo ao eixo da Avenida Salim Farah Maluf.

Propõe-se uma nova linha de metrô para suprir a demanda da Água Rasa e do Eixo localizado na Salim Farah Maluf. Esse metrô fugiria do padrão predominante de rede radial e circundaria o centro, passando em pontos estratégicos como as estações São Joaquim, Água Rasa (Verde prevista), Tatuapé, Vila Maria (Marrom - prevista), Carandiru e Santa Marina (Laranja – previstas). A Linha Branca passaria por regiões com falta de metrô, como a parte sul do Tatuapé, Água Rasa e Cambuci, democratizando e ampliando o acesso a infraestrutura urbana.

hidroanel na metrópole

linhas de mtetrô

Hidrografia

Linha Branca

Hidroanel

Linhas existentes e previstas


as áreas verdes públicas de modo a contribuir para a drenagem 7.Ampliar urbana e para a qualidade de vida dos moradores da Subprefeitura;

8.Diminuir através

o tempo de deslocamentos dentro da melhoria da infraestrutura

da de

Subprefeitura transportes;

o 9.Priorizar (hidroviário,

alternativos uma rede

transporte público coletivo em seus diversos modais metro ferroviário, corredores de ônibus) e meios de locomoção (ciclovias) que venham a compor a de mobilidade distribuída democraticamente pelo território;

10.Melhorar a qualidade paisagística e condições de acessibilidade das vias; homogeneamente pelo território os equipamentos públicos de saúde, 11.Distribuir educação, cultura e esporte, garantindo o amplo acesso à infraestrutura pública; 12.Promover um equilíbrio na relação emprego - moradia na Subprefeitura; a oferta de habitação na Subprefeitura em locais dotados 13.Aumentar de infraestrutura capaz de comportar o adensamento populacional; 14.Priorizar 9

a

população

mais

carente

no

acesso

à

moradia.

diretrizes gerais

eixos de centralidades que concentrem os equipamentos públicos, serviços 1.Criar e comercio, servindo à população residente em escala local e regional; 2.Garantir a convivência de usos e ocupações de solo compatíveis; 3.Manter a expressão econômica e social do polo comercial do Brás; 4.Preservar o patrimônio cultural ligado ao passado industrial; a paisagem urbana nas áreas de várzea, 5.Qualificar aproximando os cidadãos aos rios paulistanos; o potencial dos rios como meio de transporte 6.Aproveitar e da orla fluvial para passeio público e habitação;


z0neamento

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Eixo da Rua Tuiuti [ET] Objetivo: ser uma centralidade que concentra o comércio numa escala regional, com priorização dos pedestres. Instrumentos: 1. Obrigatoriedade de térreo comercial; 2. Gabarito máximo de 6 pavimentos (9 metros); 3. Definição de lote máximo de 500 m2.

Eixo da Avenida Salim Farah Maluf [ESFM] Objetivo: ser uma centralidade que concentra os equipamentos de serviços, comércio e instituições públicas com corredor de ônibus e largas calçadas arborizadas. Instrumentos: 1. Proibição de condomínios fechados 2. Obrigatoriedade da fachada ativa para lotes com frentes maiores que 15m 3. Obrigatoriedade de térreo comercial ou de serviços em lotes residenciais 4. Gabarito máximo de 15 pavimentos (45m) para os usos residencial, comercial e de serviços 5. Obrigatoriedade de cota de unidades habitacionais destinada à população de baixa renda: 15% do número total de unidades para famílias com renda de até três salários mínimos e 15% do número total de unidades para famílias com renda de três a seis salários mínimos 6. Direito de preempção em toda a zona 11


Eixo Paes de Barros – Orla (eixo transitório) [EPBO] Objetivo: aproveitar da centralidade promovida pela Avenida Paes de Barros e extendê-la até a orla fluvial integrando os territórios da Subprefeitura. Instrumentos: 1. Desapropriação dos lotes industriais; 2. Abertura de vias em continuidade com o Viaduto Bresser chegando à orla Tietê; 3. Utilização dos lotes desapropriados para área de passeio público e arborização; 4. Obrigatoriedade do térreo comercial; 5. Proibição do uso industrial de grande porte; 6. Gabarito máximo de 10 pavimentos (30 metros); 7. Obrigatoriedade de fruição pública em lotes maiores que 500m²

Eixo da Radial Leste [ERL] Objetivo: reverter a segregação territorial por meio do enterramento da via metroferroviária e pela criação de um espaço público de convivência. Instrumentos: 1. Enterramento da linha metroferroviária; 2. Criação de um parque linear na superfície da linha, com ciclovia; 3. Predominância do uso residencial: C.A. máximo para uso residencial = 3 4. Gabarito máximo de 20 pavimentos (60 metros) 5. C.A. máximo para outros usos = 1 6. Obrigatoriedade de fruição pública. 7. Obrigatoriedade de cota de unidades habitacionais destinada à população de baixa renda: 15% do número total de unidades para famílias com renda de até três salários mínimos e 15% do número total de unidades para famílias com renda de três a seis salários mínimos

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Eixo da Avenida Celso Garcia [ECG] Objetivo: local

ser de

uma comércio

e

centralidade mobilidade.

Instrumentos: 1. Obrigatoriedade de fruição pública 2. Gabarito máximo de 6 pavimentos (18 metros)

BULEVAR RESIDENCIAL [BR] Objetivo: Consolidar um bulevar habitacional com o térreo comercial e de serviços associado à um calçadão e ao parque da orla fluvial do Tietê mantendo os equipamentos públicos existentes. Instrumentos: 1. Gabarito máximo de 6 pavimentos (18 metros) 2. Obrigatoriedade do térreo comercial 3. Obrigatoriedade de fruição pública em lotes maiores que 500m² 4. Lote máximo de 750m² 5. Recuo mínimo de 5m das extremidades do lote. 6. Lote mínimo de 250m² 7. Obrigatoriedade de cota de unidades habitacionais destinada à população de baixa renda: 15% do número total de unidades para famílias com renda de até três salários mínimos e 15% do número total de unidades para famílias com renda de três a seis salários mínimos

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Zona Residencial Horizontal [ZRH] Objetivo: reverter a segregação territorial por meio do enterramento da via metroferroviária e pela criação de um espaço público de convivência. Instrumentos: 1. Enterramento da linha metroferroviária; 2. Criação de um parque linear na superfície da linha, com ciclovia; 3. Predominância do uso residencial: C.A. máximo para uso residencial = 3 4. Gabarito máximo de 20 pavimentos (60 metros) 5. C.A. máximo para outros usos = 1 6. Obrigatoriedade de fruição pública. 7. Obrigatoriedade de cota de unidades habitacionais destinada à população de baixa renda: 15% do número total de unidades para famílias com renda de até três salários mínimos e 15% do número total de unidades para famílias com renda de três a seis salários mínimos

Zona Residencial Vertical [ZRV]

Zona Mista [ZM] Objetivo: Manter a diversificação de usos em escala local. Instrumentos: 1. Lote 2. Proibição

máximo

de

de

750m² condomínios

Zona de Comércio Especializado [ZCE] Objetivo: Manter o pólo comercial do Brás, assim como a estrutura produtiva têxtil nesse território (oficinas e indústria de pequeno porte). Instrumentos: 1. Gabarito máximo de 6 pavimentos (18 metros) 2. Lote máximo de 750 m²

Objetivo: concentrar a oferta de habitação na Subprefeitura, democratizando e suprindo o acesso a moradia. Instrumentos: 1. Gabarito mínimo de 6 pavimentos (18 metros) 2. Obrigatoriedade de fruição pública em lotes maiores que 500m² 3. Obrigatoriedade de cota de unidades habitacionais destinada à população de baixa renda: 15% do número total de unidades para famílias com renda de até três salários mínimos e 15% do número total de unidades para famílias com renda de três a seis salários mínimos 14

Zona Especial de Proteção Cultural [ZEPEC] Objetivo: proteger, preservar e recuperar o patrimônio cultural ligado ao passado industrial. Instrumentos: 2. Ações órgãos de

em parceria preservação do

com os patrimônio

Zona Especial de Proteção Ambiental [ZEPAM] Objetivo: Preservar as áreas verdes (parques, praças) a fim de garantir a qualidade de vida urbana. Instrumentos: 1. Áreas demarcadas com Direito de Preempção

Zona Especial de Interesse Social [ZEIS] Objetivo: Promover Habitação de Interesse Social em áreas para suprir a demanda habitacional das populações mais carentes.

Zona Predominantemente Industrial [ZPI] Objetivo: Manter a indústria consolidada de área. Instrumentos: 1. Gabarito máximo de 6 pavimentos (18 metros) 2. Lote mínimo de 500 m²

Instrumentos: 1. Habitação de interesse social, sendo 50% para famílias com renda de até três salários mínimos e outros 50 % para famílias com renda de três a seis salários mínimos 2. Priorização de famílias já residentes no território da Subprefeitura em moradias precárias (cortiços) e assentamentos irregulares. com renda de três a seis salários mínimos


zoom da orla com o zoneamento previsto

Além de constituir o rio como um eixo de mobilidade, através do transporte hidroviário de passageiros e cargas, busca-se consolidar essa orla fluvial como cenário da vida urbana. Para tanto, é prevista a implantação de um parque altamente arborizado com passeio público numa faixa de 10 m ao longo das margens do rio, um largo bulevar com lotes comerciais e de serviços no térreo e habitações nos pavimentos superiores, e estações de intermodais em eixos transversais à orla.

simulações da orla

corte

15

orla fluvial

vida na várzea


Implantação da infraestrutura de mobilidade nos eixos transversais e longitudinais: abertura e ampliação de vias, construção da Linha Branca do Metrô, dos corredores de ônibus e ciclovias; Regulação passa a entrar em vigor nos eixos transversais e longitudinais.

2 Implantação da orla fluvial: construção de portos e vias navegáveis, implantação de parques fluviais e calçadões; Regulação passa a entrar em vigor na orla fluvial.

3 16

Restrição do tráfego de veículos na orla fluvial, consolidada com transporte hidroviário associado a outros modais, parque fluvial e bulevar habitacional

etapas de implementação

1


Tendo em vista a melhoria do sistema de drenagem urbana, prevêse a reforma no sistema público de captação de águas pluviais e nos índices de permeabilidade do solo urbano. Para tanto serão adotadas novas regras para a Taxa de Permeabilidade (T.P):

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Setor Orla Fluvial: T.P. Faixa 1: T.P. Faixa 2: T.P. Restante da Cidade: T.P.

de de de de

0.30 0.25 0.20 0.15

PERMEABILIDADE

drenagem


áreas verdes

miolos de bairro e parques lineares A Subprefeitura da Mooca apresenta 0,35m² de área verde por habitante de acordo com a SVMA (Secretaria Municipal de Verde e Meio Ambiente), o pior índice da cidade. Há poucas praças, parques e canteiros, sendo necessário longos deslocamentos para o uso de espaços verdes públicos de qualidade pela população da subprefeitura. Propõe-se o aumento do índice de área verde para cerca de 12m² por habitante. Essa medida visa melhorar a qualidade de vida da população residente tão quanto a dos frequentadores da subprefeitura. Para a realização dessa medida temos:

1.Permanência atuais áreas

e manutenção das verdes da subprefeitura;

2. Criação de pequenas áreas verdes em miolos de bairro para uso local, utilizando lotes ou quadras que melhor possam receber essa área; 3. Enterramento dos trilhos da Radial Leste e posterior implantação de um Parque Linear, acessível em escala metropolitana; 4. Utilização de atuais faixas da Marginal Tiête para a criação de um parque fluvial densamente arborizado de acesso metropolitano; 5. Investimento em arborização de canteiros centrais e calçadas que comportem vegetação.

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eixo radial leste


Observa-se a presença de modais de escala metropolitana na Mooca, como as estações de trem e metrô na Radial Leste e estações de metrô no Sul do distrito (Estação Vila Prudente). Porém, grande parte da população não tem acesso direto a esses modais, seja pela distância ou pela falta de intermodais efetivos. Com o objetivo de ampliar o acesso ao sistema de mobilidade urbana, propõe-se a criação de corredores e faixas exclusivas de ônibus e a implantação de uma rede de ciclovias em vias que suportam com qualidade esses tipos de modais e que se interligam ao transporte coletivo de grande capacidade (metroferroviário e hidroviário). A partir disso, espera-se que o transporte público e o não motorizado sejam a opção mais válida e vantajosa para os habitantes da região, tendo acesso a todas as infraestruturas da metrópole de maneira ágil e eficiente. Para a realização dessas medidas temos:

1. Manutenção das calçadas já rachaduras, quebras e imperfeições

existentes, evitando fissuras, que as tornam inacessíveis.

2. Fechamento de vias aos finais de semana nas áreas comerciais do Brás, facilitando o intenso fluxo de pessoas devido ao pólo comercial de escala federal; 3. Implantação de um Porto Fluvial na orla do Rio Tietê pertencente a uma rede de transporte hidroviário (Hidroanel) próximo à Salim Farah Maluf ligando-se à Linha Branca do metrô. 4. Extinção da Marginal Tietê como via de tráfego motorizado e alteração da sua configuração através da implantação de parque fluvial e calçadão junto a bulevar habitacional na extensão da orla do Tietê, com rede de ciclovias e apenas 2 faixas para veículos em cada margem. 5. Construção da linha Branca do metrô, passando pela Avenida Salim Farah Maluf, Praça Silvio Romero e chegando a orla do Tietê, com estações na Água Rasa, Praça Silvio Romero e Tietê (ligada a porto fluvial) 6. Revitalização da Rua Tuiti, com exclusiva de ônibus, ciclofaixa e a

a implantação da faixa manutenção da calçada;

7. Mudança estrutural na Salim Farah Maluf e Celso Garcia, diminuindo as faixas de carros, com a implantação de corredor de ônibus, ciclovia, canteiro central arborizado e o alargamento de calçadas, juntamente com sua revitalização e arborização; 8. Mudança estrutural na Radial Leste, diminuindo as faixas de carros, com a implantação de corredor de ônibus e ciclovias, o enterramento dos trilhos e criação de um parque linear e o alargamento de calçadas, juntamente com sua revitalização e arborização. 9. Abertura de via em continuidade com a Avenida Paes de Barros, criando um eixo desde a Mooca até a orla do Tietê.

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mobilidade

integração e diversificação de modais


rua tuiuti

avenida salim farah maluf

20


avenida celso garcia

radial leste

avenida paes de barros

21


mobilidade urbana

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No que diz respeito a oferta de equipamentos públicos, nota-se que de modo geral a Subprefeitura da Mooca possui considerável e distribuída quantidade de instituições públicas de saúde e educação (exceto pelo Distrito da Água Rasa, que não apresenta nenhuma unidade de saúde pública). Em relação aos espaços públicos de cultura, há um pequeno número que se concentra próximo a área central da cidade, amplamente dotada de opções públicas de lazer e cultura. Há também uma deficiência na área de esportes, com poucas instituições públicas que atendam a população. Tendo em vista a proposta de adensamento populacional em algumas áreas e a melhoria na qualidade de vida, busca-se suprir a demanda e democratizar o acesso criando novos equipamentos públicos, especialmente no eixo da Avenida Salim Farah Maluf, previsto para consolidar-se como uma centralidade de equipamentos e serviços. Para isso, são estabelecidos parâmetros para a instalação de instituições públicas que sirvam as necessidades da população:

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raio de influência de 1,5km na subprefeitura

1. Priorização da instalação de grandes equipamentos públicos em eixos de centralidade, dotados de transporte de média capacidade (corredores de ônibus) e ciclovias, e ligados a rede de transporte de alta capacidade (metroferroviário e hidroviário). Especialmente no eixo previsto da Avenida Salim Farah Maluf, zona dermacada com Direito de Preempção. 2. Raios de influência dos equipamentos, de modo que a instalação de novos equipamentos venha a distribuir democraticamente a infraestrutura e garantir o acesso aos espaços públicos essenciais a todos cidadãos: a. Creches e escolas do ensino fundamental: 1,5 km b. Escolas do ensino médio: 2,0 km c. Unidades de saúde de pequeno e médio porte (AMA, AME,UBS): 1,5 km d. Unidades de saúde de grande porte (Hospitais municipais): 3,0 km e. Clubes e centros esportivos: 1,5 km f. Museus e centros culturais: 3,0 km

equipamentos públicos

DEMOCRATIZAÇÃO DOS EQUIPAMENTOS PÚBLICOS


equipamentos pĂşblicos existentes

24


Atualmente, a Subprefeitura da Mooca apresenta aspectos diversos em relação a população distribuída em seu território: as áreas de menor densidade se localizam nas porções com mais atividade industrial (próximo a Avenida Henry Ford, parte do Belém e várzea do Tietê), enquanto a maior densidade se apresenta no Tatuapé (verticalizado) e na Água Rasa (horizontal com pequenos e numerosos lotes). Acrescenta-se que no Brás, a densidade é alta quando se considera apenas os lotes residenciais, o que não se mostra na densidade demográfica pela área toda por existir um grande número de lotes comerciais. Considerando a substituição da lógica de expansão horizontal por um adensamento que combine maior oferta de habitação e melhor aproveitamento da infraestrutura urbana, propõe-se um aumento do número de unidades habitacionais na Subprefeitura da Mooca especialmente nas seguintes áreas: a. Zona da Orla Fluvial, atualmente ocupada por grandes lotes institucionais que serão reparcelados e onde se prevê um bulevar habitacional com edifícios de até 6 pavimentos, com térreo comercial e de serviços e demais pavimentos residenciais; b. Porção do Distrito do Belém com remanescentes industriais, que serão substituídos por lotes residenciais verticais de no mínimo 6 pavimentos; c. Eixo da Avenida Salim Farah Maluf e Eixo da Radial Leste, com incentivo a uso misto, sendo o térreo comercial e de serviços e demais pavimentos residenciais; d. Zonas Especiais de Interesse Social.

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Para garantir o acesso democrático a essas novas habitações, tem-se: 1. Para as áreas a,b,c: obrigatoriedade de cota de unidades habitacionais destinada à população de baixa renda, sendo 15% do número total de unidades para famílias com renda de até três salários mínimos e outros 15% do número total de unidades para famílias com renda de três a seis salários mínimos 2. Para as áreas d: habitação de interesse social, sendo 50% para famílias com renda de até três salários mínimos e outros 50 % para famílias com renda de três a seis salários mínimos 3. Priorização de famílias já residentes no território da Subprefeitura em moradias precárias (cortiços) e assentamentos irregulares.

demografia

habitação

adensamento habitacional


panorama de habitação

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favela nelson cruz A Favela Nelson Cruz, no Belenzinho, possui localização privilegiada, dotada de infraestrutura e ao lado do Parque do Belém. Caracterizada como uma ZEI 3, a solução para a implantação de uma HIS que cumpra a demanda foi a verticalização e o adensamento da área. Além de manter o padrão de gabarito do recente construído condomínio de baixo/médio padrão que se localiza ao lado, com 17 andares.

FICHA TÉCNICA Área: 18600m². Total de famílias a serem realocadas: 600. HIS Coeficiente de aproveitamento = 3; 10 torres com 20 pavimentos de 4 apartamentos (de 60m² cada) por andar; Térreo comercial com fachada ativa. Capacidade da HIS= 760 famílias.

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planejamento u r b a n o e s t r u t u r a s [ a u p 0 2 7 8 ] Beatriz zukeran 8 Bianca brigati 8 daniele pin 8 murilo martins 8 sariana fernรกndez 8 tatiana kuchar 8

9 9 9 9 9 9

6 6 6 6 0 6

1 1 1 1 1 1

5 8 5 1 6 5

2 3 3 2 8 1

5 1 2 2 1 1

professora RAQUEL ROLNIK FAUUSP 2015


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