CONFINS DA TERRA Revista Transcultural da Missão Novas Tribos do Brasil Ano 44 Nº 141 Abr. - Jun. 2010
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Foto Arquivo MNTB
Mamaindê
MISSÃO NOVAS TRIBOS DO BRASIL AMAZONAS Sede do Setor Oeste da MNTB Caixa Postal 1421 Manaus - AM CEP: 69065-970 Fone: (92) 2127-1350 FAX: (92) 2127-1355 novastribos@argo.com.br
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Uma associação missionária de fé, fundamental em sua doutrina e de caráter indenominacional, formada de crentes dedicados à evangelização dos povos indígenas. SEDE GERAL CAIXA POSTAL, 1953 75040-970 Anápolis - GO Telefone: (62)3318-1234 Fax:(62) 3318-2000 mntb@mntb.org.br www.mntb.org.br PRESIDENTE Miss. Edward G. da Luz
RIO GRANDE DO NORTE Israel e Andreia Santos Rua Antônio Gomes de Oliveira, 17 Bairro Alta de Souza CEP: 86057-970 Macaíba - RN Fone: (84) 9170-6102
POLÍTICA FINANCEIRA DA MISSÃO Os obreiros que servem com a Missão Novas Tribos do Brasil não recebem sustento da Missão, pois a mesma não tem recursos próprios nem é subvencionada por uma igreja ou denominação. Os missionários são sustentados por suas igrejas ou por ofertas voluntárias individuais. Fone (62) 3318-1234 E-mail: tesouraria@mntb.org.br. COMO CONTRIBUIR Enviar sua contribuição em nome de "Missão Novas Tribos do Brasil” Bradesco S/A, agência 240-2 Conta Corrente nº 30.814-5 IMPORTANTÍSSIMO: Sempre avisar-nos, por meio de uma das opções abaixo, quem está dando a oferta, a quem ela se destina, o valor e a data da remessa. Telefone: (62) 3318-1234 Fax: (62) 3318-2000 Correio: Caixa Postal 1953 75040-970 - Anápolis, GO tesouraria@mntb.org.br
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Viagem pelas tribos do Brasil Iniciamos na edição 137 uma série que passará pelas tribos onde a MNTB atua. Desafios, informações culturais, curiosidades, experiências e muito mais esperam por você. Faça HOJE mesmo a sua assinatura e participe conosco desta viagem.
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R$ 20,00 Por um ano 4 Edições Caixa Postal 1953 Anápolis - GO - CEP: 75040-970 Fone: (62) 3318 - 1234 revista@mntb.org.br www.mntb.org.br
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CONFINS DA TERRA PUBLICAÇÃO TRIMESTRAL DA MISSÃO NOVAS TRIBOS DO BRASIL Redação Caixa Postal 1953 75040-970 Anápolis, GO Telefone: (62) 3318-1234 Fax:(62) 3318-2000 divulgacao@mntb.org.br Conselho Editorial Missª. Diva Cunha Miss. Jadir Siqueira Editoração Missª. Diva Bueno Cunha Revisão Miss. Jadir Siqueira e Sara Cambuy Assinaturas Jefferson Jean da Silva revista@mntb.org.br Programação Visual Jefferson Jean da Silva
Carta ao Leitor Prezado Leitor, A Revista Confins da Terra sabe que é mais uma entre milhares de publicações e periódicos, mas tem a pretensão de continuar sendo uma publicação especializada na questão indígena, com informações interessantes sobre cultura e língua, e sobretudo publicando artigos que relatem a rotina de um trabalho transcultural. Na edição anterior abordamos o trabalho com o povo Manchineri, relatando o que foi realizado depois de anos de presença missionária junto a esta etnia. Na presente edição apresentamos um trabalho bem no seu início, com a etnia Mamaindê, no Estado de Rondônia. O caro leitor terá oportunidade de acrescentar ao seu conhecimento curiosidades sobre este povo, com sua cultura e costumes peculiares. Além disso, será edificado pelos testemunhos e reflexão, municiado de pedidos para os seus momentos de intercessão pelos campos missionários. Boa leitura! Equipe Editorial
Capa Foto em destaque: Ivanildo e Idélson. Sr. Manoel e sua filha Jaína. Impressão Poligráfica (62) 3280-2000 Tiragem 2500 Distribuição Missão Novas Tribos do Brasil Os artigos assinados são de responsabilidades exclusivas de seus autores. É expressamente proibida a reprodução, total e parcial, do conteúdo da revista, sem prévia autorização dos titulares dos direitos autorais. Missão Novas Tribos do Brasil
Veja nesta edição... Palavra do Leitor...................................................04 Vida Missionária...................................................06 A voz do Índio.......................................................07 Notícias dos Campos...........................................08 SOS Marari..........................................................11 Reflexão...............................................................12 Pequeno Leitor.....................................................13
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Quando fizemos uma enquete com os leitores da revista “Confins da Terra”, vários responderam e, entre eles, um apresentou uma crítica construtiva, que decidimos comentar para esclarecer a todos os leitores. Segue a crítica na íntegra: “Bem, acho que quando a revista apresenta os trabalhos realizados pelos missionários e os próprios missionários faz isso com muita propriedade. Mas em contrapartida quando apresenta os indígenas parece apresentar outro tipo de pessoa. Particularmente não conheço nenhum índio, mas parece que os índios que dão entrevistas na revista, suas falas e até suas fotos, parecem ser moldadas, nem parece que são eles que estão falando, parece que alguém disse o que eles deveriam dizer, gostaria que se mostrassem as pessoas como elas realmente são.” Jefté Moraes Souza – Muriaé-MG. Nota da redação: Agradecemos a crítica, pois nos ajuda a observarmos certos detalhes em que podemos melhorar. Esclareço que alguns índios que têm sido entrevistados são pessoas que estudam em faculdades, que o Governo Federal tem dado esta oportunidade para eles, por isso falam o português bem. De outros, recebemos suas respostas na própria língua e, através dos colegas que atuam no local, o texto é traduzido para que os leitores possam compreender o que eles falam. Quanto às fotos procuramos ser fiéis ao original que recebemos.
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Nova oportunidade de participação.
A você, que gosta de ler informativos missionários, oferecemos a a oportunidade de ganhar sua assinatura gratuitamente,se conseguir que três amigos se tornem assinantes. Lembrando que a assinatura anual custa apenas R$20,00. Caso deseje participar, entre em contato conosco, divulgacao@mntb.org.br, enviando o seu endereço completo, bem como o dos seus amigos.
Nossa viagem missionária continua! Já passamos por quatro tribos, Pacaas Novos, Gavião, Manchineri e nesta edição Mamaindê. Ainda faltam muitas e você não pode ficar fora desta viagem. Nossa próxima parada é a tribo Tapirapé. Muita informação e desafio espera por você!
Você Sabia??? ? ? ? ia b a oV cê S Ritual da Menina Moça Mamaindê No começo do mundo não havia luz, contam os mais velhos que sem a claridade os índios confinavam os meninos que se encontravam na puberdade para que os deuses permitissem a chegada da luz. Esta ação não gerou efeito, com isso surgiu a idéia de confinar as meninas assim que tivessem sua primeira menstruação. Índios mais velhos contam que quando a primeira menina saiu do confinamento, o sol surgiu trazendo claridade para o mundo começando a partir daí o ritual da menina moça. Tribos vizinhas são convidadas, comidas e bebidas típicas são preparadas. A passagem da menina para fase adulta representa um patrimônio disponível aos pais. Para os Mamaindê "menina moça" é sinal de casamento, fato que resulta em dotes. Acontecendo o casamento, aumenta o número de braços e força extra que pode ajudar nas tarefas diárias da caça e da pesca da família da menina. Não é por acaso que na cultura, o nascimento de mulheres é mais festejado tornando o ritual o mais importante dos eventos. Numa festa não pode faltar a comida, esse, é um dos deveres das mulheres, o cardápio oferece a carne bovina, o beiju, a carne moqueada e a chicha. Texto: Auricélia Jezine
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Povo Mamaindê Localização e População: Os Mamaindê vivem no Estado do Mato Grosso, próximo à cidade de Vilhena – RO, com uma população estimada em 225 pessoas e fazem parte de um grupo indígena conhecido como Nhambiquara.
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Aldeias: Embora vivam em uma região de floresta, eles estabelecem suas aldeias em áreas mais elevadas que possuem o solo arenoso e a vegetação típica do cerrado. O termo halodu (campo, cerrado ou espaço aberto), usado por eles para designar a aldeia, indica que o campo ou cerrado é considerado o local apropriado para a localização de uma aldeia. Atualmente, os Mamaindê habitam em uma aldeia situada no alto de um planalto que é designada “yu'kotndu” (“pendurada na beira/boca” [da serra]). As roças são cultivadas na parte de baixo da serra, em uma área de floresta densa entre os rios Pardo e Cabixi, onde o solo é mais fértil. De acordo com os dados de David Price, a praça da aldeia é o centro da vida pública, onde os rituais são realizados e também onde os mortos são enterrados. O principal critério que permite definir um local como sendo uma “aldeia” é o fato de lá haver mortos enterrados.
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Contatos com Missionários:Os Mamaindê não tiveram contatos permanentes com missionários católicos, e sim com missionários protestantes do SIL (Instituto Internacional de Linguística) que, desde a década de 1960, estiveram presentes na aldeia, apesar de modo mais esporádico a partir da década de 1990.
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Crenças:O poder xamânico é descrito pelos Mamaindê como a posse de muitos objetos e enfeites corporais dados ao xamã (pajé) pelos espíritos dos mortos e também pelo xamã que o iniciou nas técnicas do xamanismo. Assim, dentre todas as pessoas, o xamã é aquela que possui a maior quantidade de enfeites corporais.
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VIDA MISSIONÁRIA
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Visto que eles falam sua língua materna e preservam seus costumes culturais, os velhos e as crianças não falam quase nada de português e os demais falam um pouco mais, por isso estamos no processo de aprendizado da língua e da cultura mamaindê. Temos uma rotina diária de estudos e procuramos manter o relacionamento cada vez mais próximo com o povo, pois é fundamental para o próprio aprendizado, bem como para a aceitação pessoal e futuramente a aceitação do evangelho. O dia a dia na aldeia faz com que o povo nos conheça mais e melhor. Evangelizar “entre” as nações envolve esse tipo de relacionamento, observar e ser observado e, além disso, a amizade e o amor crescem a cada dia.
Ajudamos o povo também na área social compartilhando com eles do que temos para suas necessidades mais urgentes como: transporte e alimentação. Às vezes ajudamos na escola substituindo algum professor que precisou se ausentar. Existem também mais três aldeias além dessa onde moramos. Procuramos fazer viagens periódicas para manter o relacionamento com elas também. Nos primeiros quatro anos de ministério na aldeia preferimos não ter filhos, para nos dedicarmos mais ao trabalho, pois é o nosso primeiro ministério e envolve muitas coisas. Por enquanto somos somente nós dois. Pretendemos ter nosso primeiro filho no ano que vem. Moramos na aldeia e uma vez por mês vamos à cidade mais próxima, para fazermos compras, cuidarmos da saúde, manter contato com familiares, amigos e irmãos que nos enviam e-mails e ligam para nós. Também buscamos informações para nos atualizarmos pela TV e Internet. Diariamente fazemos caminhada para cuidar bem da saúde e relaxar a mente.
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través do testemunho e da divulgação de missionários da MNTB pudemos conhecer melhor o trabalho indígena no Brasil. Servir a Deus é o nosso desejo e não importa o lugar, pois o campo é o mundo e cada vida sem Cristo também. Porém, a realidade dos povos indígenas nos preocupou um pouco mais. As barreiras para a chegada do evangelho com certeza são um pouco maiores, o descaso, a indiferença e a falta de oportunidade nos levou a considerar que deveríamos nos colocar a disposição de Deus para nos unir aos poucos missionários que atuam em áreas indígenas. Chegamos à tribo em agosto de 2007 na cidade de Vilhena/RO, a cidade mais próxima da aldeia central. Logo fomos à Casa do índio, onde pessoas de várias etnias da região, ficam para tratamento de saúde, ali tivemos a oportunidade de encontrar alguns mamaindê. Depois disso fizemos algumas viagens às aldeias mamaindê, que eram duas, mas agora são quatro, e através de um missionário da SIL, que trabalhou com esta etnia, fomos apresentados ao povo, que posteriormente fez uma reunião, e
assim aceitou nossa moradia na área, elaborando um documento relatando isso. Ainda ficamos na cidade de Vilhena por alguns meses fazendo visitas às aldeias. Depois os líderes da aldeia nos cederam uma casa que havia sido desse antigo missionário, por isso não precisamos construir, somente reformamos a que ganhamos para morar. Em maio de 2008, nos mudamos para a aldeia central dos mamaindê que se chama Capitão Pedro e tem aproximadamente 150 pessoas. O povo se mostrou bem amigável conosco em nossa chegada, todos vieram nos visitar, alguns fizeram algumas perguntas sobre nós e nossa família. Arquivo da MNTB
Arquivo da da MNTB MNTB Arquivo
Conheça o casal de missionários Júnior César e Cíntia Ratier – entre os Mamaindê – MT
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VOZ DO ÍNDIO Meu nome é Manoel Mamaindê, sou casado e tenho seis filhos, sou liderança em minha aldeia. Quando amanhece eu acordo e penso, vou pescar, então vou e pesco. Outro dia eu vou para a roça, trabalho também na escola fazendo a merenda. A comunidade quando fica sabendo que terá alguma reunião, pede para eu ir participar. Eu roço em volta da minha casa e também ajudo os homens quando se ajuntam para roçar a aldeia, ajudo também a comunidade quando precisa de mim para derrubar e fazer roça. Tem dia também que vou ao mato caçar. A minha mulher vai para a roça pegar banana, batata, tucum (tipo de fio para fazer colar), mas quando ela não vai à roça, fica em casa fazendo artesanato e quando tem muita roupa suja ela lava. No dia que ela sai, eu fico em casa, faço comida para meus filhos e falo para eles irem à escola. Às vezes minha mulher me acompanha nas pescarias. Quando os missionários que estão morando aqui na aldeia precisam da minha ajuda para falar na língua ou ouvir histórias do meu povo, eu sempre ajudo. Os meus filhos falam mais na língua, não entendem quase nada de português, nós falamos mais na língua com eles explicamos o nome de cada bicho na língua, o peixe fala assim, o macaco fala assim, a anta fala assim. Eu também dou conselho para os meus filhos não ficarem bagunçando ou batendo um no outro. Se o Jairo Mamaindê (agente de saneamento da Funasa), não está aqui na aldeia eu ligo o motor que puxa a água do poço. Assim é o meu dia a dia na aldeia.
Mito da Criação do Povo Mamaindê Mito contado por Jaci Mamaindê. Origem do povo Mamaindê
História contada por Nilo Mamaindê.
O povo mamaindê surgiu de um relâmpago. A primeira pessoa que surgiu do relâmpago foi um homem e a segunda foi uma mulher e isso aconteceu no verão e não estava chovendo. O primeiro filho que tiveram foi um homem e o segundo foi uma mulher, assim que essas crianças cresceram mesmo sendo irmãos se casaram. Tiveram dois filhos e foi a primeira vez que foram chamados de irmãos. O primeiro casal que apareceu teve mais dois filhos que se casaram com os filhos do segundo casal, então vieram os mamaindê. Nós, os mamaindê, pensávamos que os “brancos” surgiram como nós, mas agora sabemos que os “brancos” vieram do outro lado do mapa e chegaram até nós.
Origem do nome Mamaindê
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Tinha muita gente trabalhando na roça, então, chegaram os inimigos, mataram todos, escapando somente três e um desses três correu e se escondeu. E depois foi matando todos os inimigos, quando acabaram todos, ele voltou pelo caminho e viu as abelhas comendo todos os corpos. Então, as pessoas começaram chamar aquele homem de “mamãisiru”, que significa abelha que come gente, por isso este grupo se chama “mamãisiru” e no português mamaindê.
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.TRIBO KANAMARI - AM Equipe Missionaria: Claudete Pereira, Erich e Marita Pfister e Maria do Carmo Revoredo Maria do Carmo e Claudete estão retornando de suas férias, mas ainda permanecem em Manaus, onde Maria do Carmo aguarda o início do curso de Microscopia, que será de grande ajuda no trabalho.
TRIBO NYENGATU - AM Equipe Missionária : Alisson e Miriã Borges, Marlon e Rosianni Luz É com muita alegria e animação que o povo Nyengatu se prepara para inaugurar o novo templo da Igreja em Buya Igarapé. Vários materiais da língua nyengatu precisam ser corrigidos, outros traduzidos. Imaginem só, o sr.Salomão, indígena, ficou super motivado para ajudar na correção após assistir o ensino das lições bíblicas dadas pelo missionário Zenilson, na Comunidade de Ambaúba. Ele ficou muito animado e desafiado para que seu povo tenha o mesmo ensino. Alisson e Miriã, passarão um tempo em Manaus devido aos cuidados que Miriã precisa por causa da sua gestação; ela está na 11ª semana fazendo repouso e tomando uma medicação para evitar um outro aborto.
TRIBO APINAYÉ - TO Equipe Missionária : Alexandre e Alessandra Conde, Elisabeth Mosti, Emerson e Daniela da Silva, Fátima Andrade, Rita Mateus, Rogério e Isis Inácio Mesmo em meio as muitas lutas com relação a saúde, os missionários, têm experimentado a graça de Deus nos desafios entre o povo apinayé. Continuam realizando atividades para o desenvolvimento do trabalho.
TRIBO WAIÃPI - AP Equipe: Daniel e Marcia Schuring, Francisco e Romilda Carvalho, Henrique e Ruth Santos, Milton e Nereide Viana, Rosilda Souza, Silas e Eldna de Lima Deus tem ouvido suas orações e agora vamos juntos render graças a Ele. !!! Escutem só !! Silas e Eldna enfrentaram com muita alegria, mais uma viagem missionária entre o povo waiãpi, no Amapá. Evangelismo, discipulado, correção de traduções anteriores e lições bíblicas; seis semanas de intensa atividade num trabalho em equipe!!! Além da equipe mencionada acima, pra nossa alegria, temos o casal Allen e Cheryl Jensen, da Missão SIL, ajudando também, na tradução há mais de 30 anos. Muitos waiãpi desejosos de escutar o que os missionários ensinariam da Palavra de Deus naqueles dias ! Não crentes interessados, ouviram da Palavra de Deus e alguns expressaram a fé em Cristo ! Novos crentes sendo firmados na salvação !! Crentes vibraram muito com o ensino de João 15. Vários expressaram: “ Agora eu quero ser como uma fruteira com muitos frutos doces, não quero mais produzir frutos amargos ou azedos ”.
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Equipe Missionária : Deyse Bernardo, Luiz e Maria do Carmo Nicola, Paulo e Eliane Simões, Silvia Chris Messias O evangelismo com crianças tem sido um grande desafio entre o povo Tapeba! A equipe tem presenciado crianças crescendo espiritualmente, desejando que Jesus faça parte de suas vidas nas situações do dia a dia. Os estudos bíblicos com o povo, são motivo das nossas orações.
CONTINENTE AFRICANO MOÇAMBIQUE Equipe : Clemilda Neves, Rafael e Isabel Mapa, Rubenita Santos Clemilda nos animou com tão boas notícias ! Começou ensinar o livro de I Coríntios para adolescentes, que aliás, estão mostrando muito interesse na leitura dos livros da Bíblia. Rubenita, juntamente com outros missionários, se preparam para alcançar o povo Maindo, próximo a cidade de Quelimane. Já conseguiram alugar uma casa nesta cidade e ficarão ali algum tempo antes de se estabelecerem no Distrito, onde o povo Maindo está localizado. Quanta alegria para todos nós sabermos que Rafael e Isabel Mapa, chegaram bem e já estão experimentando da cultura ali. Eles nos mandaram o seguinte recado: “ Dêem graças a Deus por tudo que vocês têm aí no Brasil. Sabemos que muitos dos nossos irmãos da congregação aqui, muitas vezes, não têm nada pra comer no “ mata bicho” (café da manhã) ”
GUINÉ CONACRY Equipe : Ana Lucia e Regina Bueno Com o coração apertado, a missionária Regina, que trabalha entre o povo Landuma, na Guiné Conackri, nos reporta a dura perda de Sana. Sua história, contada na Revista de nº 135 (out/nov – 2008), muda de direção. Ele estava tomando os medicamentos, as crises de epilepsia pararam, ganhou peso e estava se alimentando bem, mas... no dia 19 p.p a noite, Sana morreu. Como explicar tal acontecimento !?... Os líderes espirituais do povo, administram seus remédios baseados em demônios. Usam veneno para saber se uma pessoa é demônio ou gente. O povo Landuma carece das nossas orações!! Carecem de Deus !!
DEZENAS DE TRIBOS BRASILEIRAS Equipe: NINGUÉM Tradução: NADA
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TRIBO TAPEBA - CE
Segurando as Cordas Tribo Kanamari – AM Cuidado de Deus sobre a vida de Erich e Marita temporariamente sozinhos na aldeia. Pelo relacionamento da equipe com o povo Kanamari; pelo aprendizado da língua e cultura; Suprimento de mais um casal para a equipe.
Tribo Nyengatu – AM Marlon e Rosianni, e o filho César Vinícios, carecem de muita sabedoria e proteção ali na aldeia; Pela gravidez da Miriã e o tempo em Manaus; Preparação dos corações do povo nyengatu para receberem o ensino da Palavra de Deus; Aprendizado da língua e cultura, correção e preparação de materiais da língua nyengatu; Suprimento para Alisson e Miriã quanto a aquisição de uma geladeira 12W e painéis solares.
Tribo Apinayé – TO Louvamos a Deus porque os nódulos da Isis não são malignos, contudo ela ainda precisa de acompanhamento. O filho Calebe, também carece das nossas orações, segundo o neurologista, ele apresenta características de autismo. Pelo crescimento espiritual e firmeza na fé. Sabedoria para Rita Mateus no ensino bíblico para os apinayé e também um grupo de fulniô que vive na região.
Tribo Waiãpi – AP Por sabedoria para completar a revisão do Novo Testamento e de escrituras do Velho de maneira fluente. Ampliar e melhorar o ensino. Todos querem ter em mãos as Escrituras. Pelo pajé Kaiko, ele está vibrando com a nova vida em Jesus.
Guiné Conackri Pela salvação do povo Landuma ; Pela vida da missionária Regina, para que Deus renove suas forças.
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Por Clemilda que tem alergia ao Sol, o que a incomoda muito devido à coceira que causa. Pela salvação do povo em Moçambique, e de maneira especial, as pessoas que Clemilda tem dado o ensino da Palavra de Deus. Pela salvação do povo Maindo; Louvem a Deus, Rubenita e sua equipe, conseguiram alugar uma casa na cidade de Quelimane . Entre o povo Maindo, ainda não havia missionários, vamos suplicar por sabedoria para esta equipe chegando para ensinar a Palavra de Deus ali. Rafael e Isabel Mapa agradecem as intercessões de todos pelo tempo de adaptação.
SAÚDE Marcelo Pedro : ( Missionário entre o povo Kuripaco, AM)
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MOÇAMBIQUE
Nosso irmão continua seu tratamento para leucemia, em Curitiba. Está aguardando os exames que o HC realiza com os possíveis doadores de medula. Enquanto isso, Marcelo e sua esposa, Rute, ganharam passagens ida e volta para Recife, onde poderão se alegrar com os três filhos por alguns dias. Podem imaginar a grande batalha para esta família? Vamos continuar orando por eles, e para que o transplante ocorra o mais rápido possível.
Vasti de Senna ( Promotora de Missões) Vamos continuar orando, a luta desta querida missionária é muito grande! Vasti, tem sofrido com dores no olho esquerdo já operado e também no olho direito apresentando os mesmos sintomas. Elpídia Pinheiro ( Missionária Jubilada )
Quantas provas do amor do Pai sobre esta vida!! Atualmente faz controle para o câncer e recentemente se submeteu a um cateterismo; alguns dias depois, uma angioplastia.Está em recuperação e muito grata a todos que estão acompanhando-a com suas intercessões.
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TESTEMUNHO MISSÍONARIO Seguindo a direção do Pai
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ela graça e misericórdia de Deus entrei na aldeia Capitão Pedro para morar e trabalhar em janeiro de 2008. Mesmo com todo o treinamento e preparação obtidos há sempre certa preocupação com o novo. Então, nos perguntamos: Como será? Será que vão nos aceitar? Mas creio que não entramos sozinhos, porque Deus vai à frente quebrando todas as barreiras. E hoje já posso compartilhar de experiências vividas neste ministério. Uma delas na área da alimentação que tememos um pouco. Um dia visitando uma das aldeias Mamaindê chamada Tukumã, me deparei com um macaco inteiro sendo moqueado, a primeira vista não me agradou, mas naquele dia não me ofereceram para comer. Então, participando de uma festa da “menina moça”, alguém me ofereceu um pedaço de macaco moqueado, que sempre é servido nesta festa e também dado como presentes para os rapazes que conduzem a menina no momento da festa, e para os cantores. Aproveitando a ocasião experimentei deste animal de sabor tão peculiar. Hoje percebo que quando participo com eles comendo uma caça, um beiju ou bebendo chicha, ficam bem alegres e não sentem mais vergonha ao oferecer algo que faz parte de sua alimentação. Deus tem me proporcionado grandes oportunidades para relacionar com o povo, principalmente com as mulheres, moças e crianças. Elas sempre visitam a minha casa, e com isso temos criado um vínculo de amizade. Como sou solteira as mulheres tem um pouco mais de liberdade visitando-me constantemente. Na cultura observamos que eles têm uma norma comportamental entre homem e mulher. Não sofri discriminação direta por ser solteira, mas fui questionada algumas vezes, porque ainda não casei, levando em consideração que eles casam bem cedo. Tenho podido testemunhar de Cristo e uma das evidências tem sido o respeito que principalmente os homens e rapazes demonstram por mim; eles só vão a
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minha casa acompanhados. Ainda tenho muito para fazer e aprender, mas estou caminhando gozando das bênçãos de Deus. Com o coração grato, desafiado, convicto de que um dia este povo conhecerá e seguirá a Cristo. O grupo Mamaindê em sua maioria é bilíngue, mas principalmente os idosos e crianças falam somente na língua materna, tendo pouco conhecimento do português. Além da língua materna preservam aspectos que são importantes e relevantes na cultura. Assim sendo, entendemos a grande importância da aquisição de cultura e língua para a propagação do Evangelho de Cristo. Tenho uma rotina diária de estudo de pelo menos cinco a seis horas por dia, contando com ajuda de um índio que se chama Luis Mamaindê, que vai à minha casa de segunda a sexta feira, passando pelo menos uma hora por dia ensinando-me dentro de um conteúdo pré- estabelecido. Os eventos culturais são coletados através de participação direta nos eventos, como: ida à roça, festas e por visitas feitas as famílias em suas casas ou visitas que me fazem . Também visito todas as famílias da aldeia mensalmente, quase todos os dias saio de casa e passo um tempo com uma família específica procurando participar do seu dia a dia e conhecer um pouco da realidade que existe dentro de cada casa. Verdadeiramente tem sido muito bom, um grande aprendizado, e tem me ajudado quebrar algumas barreiras. Hoje percebo que já existe entre nós um certo grau de confiança e amizade. Que Deus seja louvado em nossas vidas. Missionária Vaniza Lopes
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Quanto Vale uma alma?
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tualmente é comum ouvir nos noticiários sobre mães que despejam seus recém-nascidos em latas de lixo, ou colocam-nos em sacos plásticos e jogam-nos em rios; filhos planejando assassinato de pais; amigos destruindo a vida de outros... A última que ouvimos foi a do vigilante que tirou a vida de um homem por ele simplesmente ter se recusado fechar a janela de um ônibus. Que motivo fútil! Destas, e de outras formas, percebemos como a vida tornou-se sem valor para o ser humano. E além disso, parece que, pouco se tem pensado sobre isso. E, quanto a nós, a Igreja, os filhos de Deus? Será que temos sido dessensibilizados com a frequência dessas ocorrências? E quanto ao destino espiritual destas vidas? Isso deveria nos fazer refletir sobre o valor da alma de um homem. Quando voltamos nossos pensamentos para a Palavra de Deus, logo vemos como Nosso Senhor Jesus Cristo foi capaz de sofrer para trazer alegria, de morrer para dar vida. Nos Evangelhos encontramos registrados os fatos do maior evento de toda a história: Jesus Cristo na Cruz pagou o mais alto valor para redimir a humanidade! Ele pagou o preço necessário e satisfatório a Deus para resgatar vidas! (I Tm 2:6) Nosso Senhor Jesus Cristo desceu ao ponto mais baixo da auto-humilhação porque considerava uma vida algo de grande valor. Ele foi motivado pelo amor. Relembremos o que estava por trás desse preço pago: Jesus foi separado de Deus, Ele foi traído por Seu próprio discípulo, foi preso e acusado falsamente, interrogado sem uma causa justa e
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rejeitado pelo mesmo povo que deveria tê-lO recebido como seu Rei e Senhor. Foi impiedosamente esmurrado, açoitado e crucificado. Ele foi pendurado numa cruz, exausto, sangrando e agonizando. Jesus sofreu o castigo completo a fim de que almas nas trevas pudessem gozar da vida eterna junto ao Pai. Ele foi o nosso maior exemplo! Mas um outro exemplo de quem também entendeu o valor de uma alma é o do Apóstolo Paulo. Para Ele não havia preço alto demais, se o preço a pagar fosse em prol de uma alma perdida. “Fiz-me escravo de todos para ganhar alguns...” I Co. 9:19. Em outra ocasião ele afirmou que desejaria ser anátema, separado de Cristo, por amor de seus irmãos segundo a carne (Rm 9:3). Em Atos 20:24 nas suas palavras:“...mas em nada tenho a minha vida por preciosa para mim mesmo...” percebemos como ele entendia a atitude sacrificial envolvida, quando estamos verdadeiramente engajados na obra do Mestre. A preocupação dele não era a de preservar a própria vida. O importante para ele era viver na dependência de Deus e cumprir o que seu Deus queria dele. Ele sabia também que isto iria implicar numa entrega total a Ele, num sacrifício de vida, em renúncia, e ele, com alegria, estava disposto. A vida dele não vinha em primeiro lugar. Os seus projetos, seus planos pessoais, seus sonhos não vinham em primeiro lugar. Mas a vontade de Deus para a sua própria vida. Caro leitor, as Sagradas Escrituras afirmam que uma alma vale mais do que ganhar o mundo inteiro. Por que será então, que usamos tanto tempo em busca do
sucesso profissional, em nossos projetos pessoais, nos nossos planos para o futuro, enquanto almas continuam a perecer no inferno? Por que os filhos de Deus, em sua maioria, parecem sem vigor espiritual, sem se envolver na causa do Mestre, sem qualquer interesse nos que se perdem sem Cristo? Será que a salvação dos povos não vale o menor sacrifício de nossa parte? Nossa renúncia e abdicação? Será que estamos mais envolvidos em negócios desse mundo do que com os planos de Deus para o mundo? Paulo em 2 Cor.5:14 estabelece o amor de Cristo como um fator motivador de seu serviço a Ele quando declara: “Porque o amor de Cristo nos constrange”. Ou seja, somos amados por Cristo e Ele também ama a humanidade pela qual deu a própria vida, portanto é desejo Dele que esta humanidade seja resgatada. Não devemos pregar somente por hobby, nem por desencargo de consciência, ou por pensar que é uma responsabilidade nossa perante a sociedade. Mas devido à experiência única do amor de Deus proporcionada a nós através de Cristo Jesus. Saber que Cristo, por amor, desceu ao ponto mais baixo da auto-humilhação para o nosso bem deve ter um efeito motivador na vida dos que creem. Como você tem mostrado que uma alma tem grande valor para Deus?Alguém já disse: “Se Jesus Cristo que é Deus morreu por mim, então nenhum sacrifício é grande demais para que eu não o faça por Ele.” Vamos pagar o preço pelo preço que Cristo pagou por nós! Missionário Márcio Pimentel
Missão Novas Tribos do Brasil
Infelizmente em todo Brasil persiste uma discriminação contra os índios, principalmente nas comunidades vizinhas, em conseqüência de conflitos de terra. No desejo de mudar o conceito que há a respeito dos primeiros habitantes do País, promovemos aqui na Sede Geral da Missão Novas Tribos do Brasil a SEMANA CULTURAL INDÍGENA, o que aconteceu nos dias 12 a 16 de abril de 2010.
Arquivo da MNTB
Os índios e missionários visitaram também duas creches e a APAE (Associação de Pais e Amigos de Excepcionais de Anápolis), a fim de divulgar a cultura indígena. Foi muito gratificante ver a apreciação dos participantes pelos artesanatos, em experimentar o beiju de tapioca e o geladinho de açaí e cupuaçu. O Pr. Marcos contou como é a vida do seu povo, respondeu a muitas perguntas dos ouvintes e também dançou com algumas crianças. Todos assistiram a um filme com informações sobre as tribos do Brasil. Arquivo da MNTB
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Esse evento contou com a participação dos índios karajá Marcos Wyra Wyra e Alice Dijuaki, da aldeia Macaúba, na Ilha do Bananal. Várias escolas do ensino fundamental de Anápolis se fizeram presentes. Registramos entre crianças e adolescentes 2.247 alunos e 136 professores.
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DIA DO ÍNDIO TODO DIA É DIA DE ÍNDIO
PEQUENO LEITOR História de Mawe – indígena Karajá, TO Um indiozinho Karajá de nome Mawe, morava numa aldeia na Ilha do Bananal, Estado do Tocantins. Ele gostava muito de pescar com seus coleguinhas. Uns missionários que saíram de suas casas lá na cidade grande, vieram para contar as histórias da Bíblia. Mawe não faltava a essas reuniões. Gostava de cantar corinhos, brincar de advinhar as figuras, gostava de ver os desenhos da história da criação do mundo. Ele até cantava os corinhos quando estava remando sua canoa. Um dia, Mawe estava pescando bem do outro lado do rio. As crianças da aldeia não costumavam ir para lá e sabe por quê? Por medo dos espíritos, das almas dos mortos. Os avós do Mawe contavam para ele, que as almas dos mortos iam pegar as crianças que ficassem andando muito longe. Por isso uma missionária quando o viu pescando naquele lugar lhe disse: - Mawe o que você está fazendo aqui? Você não tem medo? Mawe respondeu confiante: - Não. E a missionária perguntou novamente: - E as almas dos mortos? Você não tem medo delas? - Não. Respondeu Mawé. E sabe por quê? Porque eu sei que quem dá medo para gente é o nosso inimigo, o diabo. Mas, ele só engana a gente. Não há almas que vêm nos pegar. Eu acredito em Deus. Esse indiozinho cresceu e está com dezenove anos, já tem um filhinho e conta para ele as Histórias de Deus. Missão Novas Tribos do Brasil
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TESTEMUNHO MISSIONÁRIO Arquivo da MNTB
Louvo ao Senhor porque sei que Ele não faz erros. Em um ano já fiz três cateterismos, duas angioplastias, uma cirurgia de intestino para retirada de um tumor maligno e sete meses de quimioterapia. Deus em tudo tem mostrado o quanto Ele me ama e cada vez Ele fica mais precioso para mim. O tempo que passei muito doente foi um tempo dos mais preciosos da minha vida. Quando se está no campo há 47 anos, pensa que aprendeu tudo o que precisava, mas não é bem assim. Eu não sabia que precisava de mais um câncer para saber que eu sou só um vaso de barro, e que tinha e tenho muito que aprender. Aprendi que por mais profundo que seja o vale o Senhor desce conosco. Foram dias muito difíceis, mas valeu a pena sentir os braços do Senhor me amparando e me dando a certeza que Ele nunca me deixaria só; foi um reencontro que tive com Deus, e sei que a vitória será sempre do Senhor seja na vida ou na morte. Em um dos momentos mais difíceis da minha vida, durante a segunda angioplastia, eu tive um princípio de enfarto, uma dor horrível no peito e sabia que as coisas não estavam boas pelo movimento entre a equipe médica. Naquele momento senti uma paz muito grande, nem falei com Deus, Ele falou comigo e num momento muito ruim com muita dor e desconforto ouvi um lindo coro entoando o hino: “Se paz a mais doce me deres gozar, se dor a mais forte sofrer. Oh! seja o que for Tu me fazes saber que feliz, com Jesus, sempre sou”. Ouvi as quatro estrofes que foram um conforto ao meu coração. Depois que tudo passou, recebi a visita de outra médica que disse que é muito difícil alguém sair de dois enfartos. Ainda tenho que fazer o controle a cada dois meses, mas sei que a minha vida está nas mãos sábias e poderosas do Senhor. Sei que quero fazer a vontade de Deus até o último dia da minha vida, sei que Ele é soberano e ELE SABE O MEU CAMINHO. Obrigada pelas orações de todos Deus esta respondendo. Elpidia Pinheiro
POR QUE FAZER MISSÕES É UMA TAREFA TÃO URGENTE? Em primeiro lugar, porque o homem sem Cristo está perdido. Não há salvação sem Cristo. Nenhuma religião pode salvar. Nenhuma religião pode nos reconciliar com Deus. O mundo está saturado de muitas eligiões, enquanto a humanidade perece. Não é verdade que toda religião é boa e que todo caminho leva a Deus. Há caminhos que ao homem parecem direito, mas ao fim são caminhos de morte. A ignorância não é outra porta para o céu. Quem sem lei pecar, sem lei perecerá. A não ser que a igreja anuncie o evangelho a todos os povos não haverá esperança de salvação para eles. Só Cristo é a porta do céu, só ele é o caminho que conduz a Deus. Só ele é o mediador entre Deus e os homens. Em segundo lugar, porque a obra de Cristo já foi consumada. A salvação é uma obra planejada por Deus, consumada por Cristo e aplicada pelo Espírito Santo. Tudo já foi feito. Não resta mais nada por fazer. Cristo já morreu e ressuscitou. Ele já enviou o Espírito Santo para capacitar a igreja e já deu a ela o evangelho e o poder para proclamá-lo. Agora, cabe à igreja ir ao mundo e anunciar que o banquete da salvação está pronto. Em terceiro lugar, porque não há outro evangelho a ser pregado a não ser o evangelho das insondáveis riquezas de Cristo. Fazer missões não é pregar cultura, religião nem doutrinas de homens. Muitos têm pregado um outro evangelho, um evangelho híbrido, sincrético, místico; um falso evangelho, um outro evangelho. Mas, só há um evangelho; ele não pode ser mudado nem adulterado ao nosso bel prazer. Não podemos tirar nada dele nem acrescentar nada a ele. Toda mensagem que tira o foco da cruz de Cristo e da sua obra perfeita e consumada na cruz é um falso evangelho que engana os homens em vez de levá-los à fonte da vida eterna. Em quarto lugar, porque só a igreja de Cristo está credenciada a pregar o evangelho. Só há um evangelho e só há uma agência do reino credenciada a pregar o evangelho a toda a criatura, em todo o mundo, a igreja de Cristo. Se nós nos calarmos, seremos tidos como culpados. A igreja é o método de Deus para alcançar o mundo. Nenhuma embaixada humana, por mais nobre que seja tem competência para anunciar as boas novas da salvação. Nem mesmo os anjos podem desincumbir-se dessa gloriosa tarefa. Ela é nossa e de mais ninguém. Em quinto lugar, porque o tempo de proclamar o evangelho é agora. Devemos fazer a obra de Deus enquanto é dia, enquanto temos oportunidade, enquanto as portas estão abertas. Só temos essa geração para evangelizar os nossos contemporâneos. Se falharmos nessa empreitada, teremos fracassado em nossa missão. Em sexto lugar, porque a evangelização dos povos é uma ordem imperativa, intransferível e inadiável do Senhor Jesus. O universo inteiro se curva diante da autoridade absoluta do Senhor Jesus. Ousaríamos nós desobedecê-la? Se até os demônios obedecem à sua voz, seríamos nós os únicos a fazer pouco caso dela? Não temos escolha, fazer missões não é opção da igreja, é sua responsabilidade inalienável. Em sétimo lugar, porque a conversão daqueles por quem Cristo morreu traz glória ao nome de Deus. Fazemos missões para que os povos venham e se prostrem aos pés de Jesus e dêem a Deus toda a glória devida ao seu nome. A glória de Deus deve ser a nossa motivação mais elevada para evangelizarmos todas os povos, tribos, línguas e nações! s Rev. Hernandes Dias Lopes
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Missão Novas Tribos do Brasil
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Instituto Missionário Shekinah
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O Instituto Missionário Shekinah, localizado em meio a 110 hectares de mata no município de Nova Alvorada do Sul, MS, existe a mais de 40 anos proporcionando um preparo específico e especializado na formação de obreiros transculturais. Futuros missionários recebem preparo em um ambiente mesclado pela simplicidade da vida rural com o que de mais atual existe em preparo sócio-cultural, linguístico e plantação de igreja. O curso de 18 meses visa preparar servos do Senhor para a realidade de vida no campo missionário, equipando-os com noções técnicas, ferramentas de análise cultural e linguística, metodologia de ensino bíblico e plantação de igrejas indígenas (autóctones) bem como conhecimentos práticos para a vida em ambientes isolados da modernidade do século 21. Além das matérias dadas em sala de aula diversos conhecimentos são passados de forma prática. Há um período de acampamento na mata, onde todos aprendem a viver em condições rústicas e em isolamento, instruções básicas de pilotagem e manutenção de voadeiras, instalação e manutenção de painel solar, princípios de mecânica, etc. Há também uma viagem monitorada a um trabalho indígena no Paraguai onde os alunos colocam em prática as técnicas de aprendizado de cultura e língua e interagem com missionários experientes e com uma igreja indígena madura. Com cerca de 147 etnias sem presença missionária, ainda por serem alcançadas no Brasil e outras centenas no mundo todo, o Instituto Missionário Shekinah existe para auxiliar a Igreja brasileira no preparo de missionários transculturais bem equipados com técnicas, metodologias e vida cristã. Pessoas interessadas em fazer o curso em Shekinah devem ter concluído um curso teológico, ser recomendado por sua igreja e ter convicção de seu chamado missionário.
CURRICULO
Pedidos de oração 1. Por novos alunos. 2. Sabedoria para os professores e líderes 3. Direção para os alunos na definição de futuros ministérios.
Quanto à previsão de custos para os alunos é o seguinte: R$200,00 por aluno mensalmente e R$70,00 no início de cada semestre. Cada aluno é responsável por suas despesas pessoais e com a alimentação. Como é internato o Instituto disponibiliza local para morar.
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Projetos 1. Uma nova caixa de água e encanamento para as casas dos alunos. 2. Construção de mais uma casa para líderes. 3. Construção de novas casas para alunos.
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2º Semestre 1º Semestre 3º Semestre Plantação de Igreja Introdução a Linguística Básico em Enfermagem Evangelismo Transcultural Fonética Conhecimentos Geraisl Princípios de Tradução Gramática (Morfologia) Básico em Informática Princípios de Vida Cristã Fonologia Legislação Indígena PRÁTICA: Acampamento na Selva Funcionamento da MNTB Antropologia Missionária ACL Aquisição de Língua e Cultura Pilotagem de barco Educação Bilíngue
A tragédia não é o fim dessa história. O Naufrágio é um relato marcante mostrando o agir de Deus em meio à dor de uma tragédia. Vidas são transformadas com a força do amor o bem triunfa sobre o mal, a vida sobre a morte, a luz sobre as trevas. Este relato vai ajudar você a refletir sobre o caráter de Deus que está acima do bem e do mal. Sentimos desejo de louvá-lO e declarar-lhe sua fidelidade mesmo que tudo ao nosso redor pareça dizer: “Desista é impossível!"