Revista Confins da Terra - Tribo Maxacali

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Foto: Arquivo da MNTB


MISSÃO NOVAS TRIBOS DO BRASIL AMAZONAS Sede Regional da MNTB Caixa Postal 1421 Manaus - AM CEP: 69065-970 Fone: (92) 2127-1350 FAX: (92) 2127-1355 novastribos@argo.com.br BAHIA Antônio Junior Silva Rua Potiguar, 26 Cocisa Parique - BA CEP: 40810-690 antoniosssjunior@yahoo.com.br CEARÁ José Wagner e Aureluce Salgado Rua Chagas Miguel, 304 Caucaia - CE CEP: 61615-200 Fone: (85) 3342-0574 salgadosal@hotmail.com www.missoesindigenas.blogspot.com

Uma associação missionária de fé, fundamental em sua doutrina e de caráter indenominacional, formada de crentes dedicados à evangelização dos povos indígenas.

PARANÁ Robson e Emília Abreu Caixa Postal 10051 Londrina - PR CEP: 86057-970 Fone: (43) 3327-3629 robemi@uol.com.br

Assis e Maria Eli da Silva Alameda Água Marinha, 81 Jd. Est. Brasil CEP: 12949-122 (Cond. Recanto Tranquilo) Atibáia - SP Fone: (11) 4415-2122 assis-eli@uol.com.br

CAIXA POSTAL, 1953 75040-970 Anápolis - GO Telefone: (62)3318-1234 Fax:(62) 3318-2000 mntb@mntb.org.br www.mntb.org.br PRESIDENTE Miss. Edward G. da Luz

GOIÁS Sede da MNTB Caixa Postal 1953 Anápolis - GO CEP: 75040-970 Fone: (62) 3318-1234 FAX: (62) 3318-2000 divulgacao@mntb.org.br

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Marcos Tadeu e Zilma Torres Rua Vitorino Carmilo, 830 Bl. B Aptº134 Campos Elisios 01153-000 São Paulo - SP marcos.torres@uol.com.br

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RIO GRANDE DO NORTE Israel e Andreia Santos Rua Antônio Gomes de Oliveira, 17 Bairro Alta de Souza CEP: 86057-970 Macaíba - RN Fone: (84) 9170-6102

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SEDE GERAL

SÃO PAULO Escritório de Representação Rua 24 de Maio, 116 - 2ºand. Sl.6 São Paulo - SP CEP: 01041-000 Fone/Fax: (11) 3223-2395 saopaulo@mntb.org.br

POLÍTICA FINANCEIRA DA MISSÃO Os obreiros que servem com a Missão Novas Tribos do Brasil não recebem sustento da Missão, pois a mesma não tem recursos próprios nem é subsidiada por uma igreja ou denominação. Os missionários são sustentados por suas igrejas ou por ofertas voluntárias individuais. Fone (62) 3318-1234 E-mail: tesouraria@mntb.org.br. COMO CONTRIBUIR Enviar sua contribuição em nome de "Missão Novas Tribos do Brasil” Bradesco S/A, agência 240-2 Conta Corrente nº 30.814-5 IMPORTANTÍSSIMO: Sempre avisar-nos, por meio de uma das opções abaixo, quem está dando a oferta, a quem ela se destina, o valor e a data da remessa. Telefone: (62) 3318-1234 Fax: (62) 3318-2000 Correio: Caixa Postal 1953 75040-970 - Anápolis, GO tesouraria@mntb.org.br

Cláudio e Célia Guimarães Rua Jordino Francisco dos Reis, 136 Bairro Bela Vista CEP: 37557-000 Congonhal - MG Fone: (35) 3424-1181 claudioceliaguimaraes@yahoo.com.br

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Viagem pelas tribos do Brasil Iniciamos na edição 137 uma série que passará pelas tribos onde a MNTB atua. Desafios, informações culturais, curiosidades, experiências e muito mais esperam por você. Faça HOJE mesmo a sua assinatura e participe conosco desta viagem.

R$ 20,00 Por um ano 4 Edições

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M A X A K A L I


PUBLICAÇÃO TRIMESTRAL DA MISSÃO NOVAS TRIBOS DO BRASIL Redação Caixa Postal 1953 75040-970 Anápolis, GO Telefone: (62) 3318-1234 Fax:(62) 3318-2000 divulgacao@mntb.org.br Conselho Editorial e Revisão Missª. Diva Cunha Miss. Jadir Siqueira Missª. Sara Cambuy Missª. Adauta Eger Assinaturas Jefferson Jean da Silva revista@mntb.org.br Programação Visual Jefferson Jean da Silva Raimundo Siqueira

Capa: Gracinha Maxakali e seu filho

Foto: Arquivo da MNTB

CONFINS DA TERRA

Carta ao Leitor Prezado Leitor,

Realizar a obra missionária tem sido um grande desafio, não apenas pela escassez de obreiros e pela falta de recursos financeiros, mas principalmente, pela indiferença de muitos crentes quanto à importância e a urgência deste trabalho. É doloroso saber que mais de dois terços da humanidade ainda não foram alcançados. Cerca de 25% da população mundial, mais de 1,5 bilhão de pessoas, jamais ouviu sobre Cristo. Enquanto isso, em muitas partes do mundo, milhares de igrejas surgem todo ano, até mesmo em locais onde a mensagem do Evangelho tem sido pregada há séculos. Nossa revista “Confins da Terra” tem sido um instrumento para tornar conhecida a realidade dos povos indígenas. Informando sobre o que já foi realizado em nosso país e no continente africano, seus artigos relatam experiências dos missionários, testemunhos de conversões e apresentam o grande desafio que a igreja brasileira ainda tem pela frente de anunciar o evangelho a centenas de etnias. Poucos crentes têm acesso a esta revista, e sabendo que a conscientização sobre a importância da obra transcultural indígena inicia-se pela informação, recorremos a você caro leitor, pedindo que, de alguma maneira, seja um cooperador nosso assumindo o compromisso de tornar a Confins da Terra mais conhecida e acessível a muitos outros crentes que também amam a obra missionária. Contamos com vocês ao nosso lado neste ano de 2011. Suas orações, sua parceria na divulgação deste periódico, seus e-mails ou cartas, serão para nós um grande incentivo a prosseguirmos. Tudo pela “bendita causa”, pois pesa sobre nós esta responsabilidade de anunciarmos o evangelho a nossa geração.

Impressão Poligráfica (62) 3280-2000

Pr. Jadir Siqueira

Tiragem 2500 Distribuição Missão Novas Tribos do Brasil Os artigos assinados são de responsabilidade exclusiva de seus autores. É expressamente proibida a reprodução, total e parcial, do conteúdo da revista, sem prévia autorização dos titulares dos direitos autorais.

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Veja nesta edição... x Espaço do Leitor x Voz do índio x Notícias dos Campos x Link Jovem x Reflexão x Novos Obreiros

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ESPAÇO DO LEITOR Este espaço é seu, aproveite para expressar sua opinião, sugestões, críticas, enfim mostre seu interesse por missões transculturais. Aqui vão algumas questões para a sua participação: 1 – Você acha que é necessário um trabalho diferenciado para alcançar os povos tribais? 2 - Por que o trabalho transcultural demora muito mais tempo para oferecer resultados? 3 –Você acha que os convertidos numa etnia têm capacidade espiritual para liderar a igreja nativa? Por favor, envie-nos por e-mail: divulgação@mntb.com.br ou via postal para: Redação da revista “Confins da Terra”, Caixa Postal 1953, 75040-970 Anápolis – GO Você, antropólogo, sociólogo ou médico poderia nos oferecer sugestões ou orientação para melhorar a condição de vida dos albinos da tribo Maxakali, apresentados nesta edição da revista? Use os endereços mencionados acima ou pelo telefone: (0xx62) 3099-9359, falar com Diva B. Cunha As respostas serão avaliadas e impressas nas edições seguintes, conforme a ordem de chegada e o espaço.

Nossa viagem pelas tribos do Brasil continua! Já passamos por várias tribos, que estão em VERMELHO no mapa. São elas: Pacaas Novos RO Gavião RO Manchineri AC Mamainde MT Karajá TO Jamamadi AC E esta edição, Maxacali MG. Até o final do ano passaremos pelas tribos: Tapeba CE Zoró MT Apinajé TO

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Curiosidades sobre a cosmovisão dos Maxakali De acordo com a crença dos Maxakali, as almas dos mortos, especialmente aqueles que tiveram uma morte inesperada, pairam pelas suas antigas casa e de seus entes queridos por até um mês depois da sua partida. O tempo que uma alma vagueia depende se ela quer vingar sua morte em alguém, ou se seus entes queridos estão relutando em deixá-la ir. Se eles continuam pensando sobre a perda e falando sobre o assunto, a alma desencarnada vai permanecer. Esse é um tempo muito perigoso para a família. Como consequência os seus parentes devem destruir todos os pertences do falecido antes do pôr do sol no dia da sua morte, e sua cabana deve ser queimada até o pó. A família deve esquecer o morto imediatamente e nunca mais mencionar seu nome.

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MAXACALI Missionários que atuam na área Adair e Zilene Gomes

No Estado de Minas Gerais há duas aldeias: Água Boa no município de Bertópolis e Pradinho, município de Santa Helena

Foto: Arquivo da MNTB

Foto: Arquivo da MNTB

MINAS GERAIS

Localização:

Análise linguística e tradução:

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Maxakali é a língua usada por esta tribo, do tronco Macro-Jê. O português também é usado, mas bem limitado. Todo trabalho linguístico, inclusive a tradução do Novo Testamento foi feita pelo casal Haroldo e Frances Popovich, da SIL (Sociedade Internacional de Linguística). A equipe atual continua a tradução e análise da cultura. População: Há aproximadamente, 1.683 indígenas desta etnia.

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Fatos marcantes da vida Maxakali

Foto: Arquivo da MNTB

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S er albino (não ter a pigmentação da pele) é muito difícil porque são considerados como uma aberração. Por exemplo, as índias albinas têm que levar uma vida igual as outras, como: pescar juntas, adquirindo assim câncer de pele por ficar muito tempo expostas ao sol, sem contar que não enxergam bem e fazem, com muita dificuldade, seus artesanatos. Também nunca se casam, porque os índios maxakali não as querem como esposas, mas abusam delas quando estão bêbados. Os albinos do sexo masculino nunca atingiram a idade adulta; existe hoje, apenas um sobrevivente que conseguiu chegar à juventude, mas no sexo feminino as albinas sobrevivem até a idade adulta. É muito triste a vida dos índios maxakalí albinos.

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EXPERIÊNCIA MISSIONÁRIA

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VOZ DO ÍNDIO MEU NOME ESTÁ NO LIVRO, EU POSSO ENTRAR “ Yãya Ánait ” ! (eu entendo) Eu sou maxakali, tenho identidade maxakali. Quando quero conversar com Funai, telefono e converso, mas quando há um problema na aldeia toda e me mandam pra lá, antes de eu ir tenho que conversar com o administrador e pedir para marcar meu nome. Quando chego lá, tem um monte de “tihik” ( homens indígenas ) em frente do prédio da Funai, em Governador Valadares querendo entrar. Perguntam se eu marquei com o administrador, eu digo que sim, então eles (os demais índios) grudam em mim (CIC) para poder entrar. Na portaria o guarda tem um livro, ele me pergunta: “Qual é o seu nome?” Eu digo: - Marquinhos Maxakali.

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Ensino Bíblico a um grupo de Maxakali Resolveram que não queriam mais a presença dos missionários. Ficamos tristes, mas não desanimados, abatidos, mas não derrotados. E continuamos o trabalho incessantemente, indo para as outras aldeias, algumas bem distantes e de difícil acesso. Continuamos ensinando a Palavra de Deus em tempo e fora de tempo, e muitos índios ouvindo e crendo nas verdades da Palavra de Deus. E agora vem a nova de grande alegria. Essa aldeia grande e modificada pela tecnologia chegou a conclusão que os “avanços” não são a causa da verdadeira alegria, e que é uma grande loucura a ausência de Deus e da Sua Palavra. Chamaram os missionários de volta. “Queremos continuar a ouvir os ensinos da Palavra de Deus, queremos vocês de volta...” voltamos aos ensinos e fomos muito bem acolhidos. Vários índios dessa aldeia já confessaram sua fé em Jesus como único Salvador e estão sendo discipulados. Alguns já estão ensinando para os outros. Pr. Ronaldo da Cruz Lima Missionário da MNTB e membro da equipe Maxakali.

O guarda liga para a secretária dizendo que eu cheguei. Então abre o portão e grita o meu nome. Não deixa mais ninguém entrar. Os outros ficam bravos e xingam, mas não adianta, O MEU NOME ESTÁ NO LIVRO, EU POSSO ENTRAR. Antes de eu ir, eu liguei para que eles colocassem o meu nome e confiei que fizeram isso. Eu não gastei dinheiro à toa, eles não mentiram, escreveram o meu nome e eu pude entrar. Eu confio que Jesus morreu na cruz pelos meus pecados, ressuscitou e está no céu. Ele escreveu o meu nome no Livro da Vida e está lá. Ninguém pode entrar no meu lugar, ninguém pode tirar o meu nome de lá. Um dia eu vou chegar lá no céu e vão gritar o meu nome. Eu vou ficar no céu com Jesus. Nota da redação: Você acabou de ler o testemunho de Marquinhos Maxakali. Ele tem sido de grande bênção no meio do seu povo, ajudando a equipe de missionários a traduzir e ensinar a Palavra de Deus na língua e cultura maxakali.

Foto: Arquivo da MNTB

Foto: Arquivo da MNTB

minha área de atuação na equipe focaliza tradução de lições bíblicas e porções da Bíblia, o ensino dessas lições, textos avulsos; composição e tradução de hinos. Logo que começamos a ensinar as lições bíblicas, na maior parte das vezes, esse ensino era ao ar livre. Em uma dessas ocasiões eu estava ensinando e em nossa volta estavam muitos índios de todas as idades. Eu havia preparado bem a lição e estava ensinando com entusiasmo, me movimentando de um lado para outro... De repente, um índio mais velho chegou gritando e tentando expulsar todos os índios que estavam ali ouvindo o estudo. Ele dizia: “O que ele está falando é mentira! O que vocês têm aprendido com os mais velhos é que é a verdade'! Eu parei, fechei os olhos e por um instante pensei: 'Acabou aqui o ensino'. Eles vão nos expulsar daqui agora... Eu estava atônito e quase sem fala, só esperando... quando um índio de meia idade disse: uxehet Honãn! - continua Ronaldo! Respirei aliviado e continuei o estudo. O povo maxakali é dividido em várias aldeias. A maior delas com cerca de 500 índios, está passando por uma grande transformação cultural, principalmente no ano de 2010. Eles se organizaram numa espécie de vila. Estão modificando todas as casas, em vez de palha e capim, alvenaria e taipa. Receberam energia elétrica em todas as casas e começaram a comprar eletrodomésticos e eletroeletrônicos, principalmente TVS e aparelhos de DVD. Quanto progresso! Quanta alegria! Tantas novidades! Mas agora Miss: Ronaldo e Kátia Lima vem uma nota triste.

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ENTREVISTA

Um desafio que continua Adair e Zilene Gomes, Missionários junto ao povo Maxacali, MG

CT – Qual foi o motivo que os levou a trabalhar com o povo Maxacali? Durante o curso no Instituto Bíblico Peniel conheci um jovem que me dasafiou sobre a existência da tribo Maxacali no Nordeste Mineiro. A partir daí fiquei orando. Quando conheci Zilene em Shekinah, ao pedila em casamento, falei-lhe que estava orando pelo povo Maxacali. Casamos em 1991, viemos para cá em 1992, com o nosso primeiro filho Adriel Álefe. CT – Quantos e quais missionários compõem a equipe desta etnia? Adair e Zilene Gomes e Ronaldo da Cruz e Kátia Maria Lima CT – Como foram recebidos pelos indígenas? Havia alguma expectativa deles sobre vocês? Fomos bem recebidos pelas famílias, pois os missionários Haroldo e Frances Popovich da SIL (Sociedade Internacional de Liguística), trabalharam durante trinta anos, são muito queridos pelo povo e nos introduziram nesta etnia. CT – Qual a situação do povo Maxacali em relação aos civilizados ao seu redor? O maxacali é seminômade. Por estar confinado numa área determinada, passeia, explora as beiras do rio Umburana, caça, pesca e coleta frutas fora de sua reserva. Quando aqui chegamos os não índios reclamavam muito de roubo de gado, das roças e até de invasão nas casas. A situação hoje é mais amena, o povo está aprendendo a Missão Novas Tribos do Brasil

se relacionar, trabalhar e adquirir seus bens de modo justo. Mesmo assim a fama ficou. O vício do álcool é um fator histórico. CT – Qual é o seu ministério com os Maxacali? Ensinar a Palavra de Deus e discipular os novos convertidos. Observar e coletar dados para a análise cultural, mapeá-la e descrevê-la, com o objetivo de contextualizar o ensino, a fim de que seja compreensivo e relevante para o povo. CT - Vocês tiveram dificuldades em se adaptar à cultura desta etnia? Não, porque moramos a 8 km da aldeia Vila Nova. Fomos conhecendo e nos relacionando gradativamente, não originando assim dificuldades. CT – Como está a tradução da Palavra de Deus na língua Maxacali? Os irmãos Haroldo e Frances Popovich, da SIL, traduziram o Novo Testamento para a língua nativa. Nossa equipe está traduzindo e preparando as lições bíblicas do ensino sistemático cronológico. A 1ª fase está pronta. Temos alguns capítulos de Êxodo e porções do Velho Testamento que acompanham as lições. CT – Conte algo que despertou sua atenção, ou que interfere na compreensão da Palavra de Deus na cultura desse povo. Segundo a cosmovisão deles, todo maxacali vai para o Céu. Esse lugar é uma aldeia grande, há casas, rios,

plantas, caça e pesca e há uma casa de canto dos espíritos (Kuxex). Tudo é igual aqui. Tem esposa e filhos. Vão encontrar seus parentes lá. Trabalhar, fazer roça e descansar. Tem o conceito que é muito bom porque não existe doença nem morte. Todos ficam felizes com Topa (Deus). Quando ouvi pela primeira vez o que criam sobre o Céu, fiquei pensando: “É uma mistura de crença adquiridas durante a catequese’’. Mas depois de ouvir seus mitos e estudá-los, vejo que realmente antes do mundo natural, eles crêem que existe o mundo espiritual. Os espíritos viviam aqui na terra antes dos maxakali, que surgiram mediante transformação. Havia aldeia de maxacali e os espíritos na mata. O povo confia que, ao morrer, vão para a aldeia morar com os espíritos. Por outro lado há um medo de morrer, porque durante a transição da vida para a morte pode haver imprevistos, a pessoa pode virar espírito mau e ficar aqui na terra, atormentando os familiares e amigos. Se a terra onde o morto estiver enterrado trincar, ele está querendo sair. Então deve-se fazer yamiy xop (ritual dos espíritos), se continuar atormentando, os homens vão lá no cemitério, retiram o corpo, colocam muita madeira e põem fogo. A fumaça não atinge ninguém, ela sobe. Assim o espírito fica liberto, foi para a grande aldeia. Todos ficam mais tranquilos. Como podem ver, estes conceitos interferem na compreensão sobre a universalidade do pecado e justificação.

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NOTÍCIAS DOS

TRIBO ASHENINKA - AC Equipe Missionária: Bradley e Rebecca Howe; José e Suelaine Souza; Kristopher e Mary Jane Howe Temos notícias fresquinhas enviadas por José e Suelaine. Esta equipe tem grandes desafios! Marechal Taumaturgo é a pequena cidade a um dia de distância da aldeia asheninka, onde atualmente a família Souza está morando para atender às necessidades de estudo dos filhos. Enquanto isso, o rio Juruá será o caminho de acesso até lá usando uma canoa de alumínio com motor, para dar continuidade ao trabalho. Uma grande bênção, é que a Secretaria de Educação de Taumaturgo, em parceria com os missionários, construíram uma escola de tábuas na aldeia, beneficiando o povo asheninka. Vamos interceder por esta gente!!!

TRIBO FULNI-Ô - PE Equipe missionária: Ademir e Eunice Ventura; Márcio e Sheila Mariano Márcio, Sheila e a pequena Mariana são os novos colegas para Ademir e Eunice entre o povo fulni-ô. Podem imaginar quantos detalhes para se estabelecer e se adaptar em outra terra!? Cultura, língua, alimentação, clima..!!! Vamos apresentar este casal diante do Trono da Graça e nos regozijar com Ademir e Eunice pela chegada dos novos colegas.

TRIBO JAMAMADI- AC Equipe missionária: Carlos Eduardo e Deleuza Morales; Márcio e Francineve Pimentel Esta equipe nos convida para juntos louvarmos a Deus, pois já adquiriu material da cultura suficiente para ser analisado como ferramenta para preparação das lições bíblicas. Muitos estão na expectativa de ouvir a mensagem que os missionários prometeram contar.

TRIBO JAVAÉ - TO Equipe missionária: Alexandre e Ivonne Hencklein; Anderson e Raquel Almeida; David e Rebekah Schuring Anderson e Raquel nos deixaram a par dos desafios enfrentados pela família e também pela equipe. Morar distante da aldeia traz certas dificuldades, mas Deus tem amenizado esta limitação conduzindo indígenas para ensiná-los em casa. Raquel está aproveitando a boa oportunidade, ensinando as mulheres a fazer um pão econômico! Dêem uma olhada nos pedidos de oração e agradecimentos desta equipe (Segurando as Cordas).

TRIBO KAPINAWA - PE Equipe Missionária: Adelvan e Marilú Santos; Valmir e Mara Brisola Durante todo o ano de 2010, esta equipe aproveitou as boas oportunidades para anunciar o Salvador ao povo Kapinawá, da aldeia Mina Grande. “ Meninos e meninas, rapazes e moças, homens e mulheres, dos pequeninos até aos de idade mais madura; todos estão ouvindo da Palavra de Deus em suas casas e em grupos pequenos”, foi o que Valmir nos contou.

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Missão Novas Tribos do Brasil


Equipe Missionária: Júnior César e Cíntia Ratier; Vaniza Lopes e Édina

Prado

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TRIBO MAMAINDÊ - MT

O período das águas, como é denominado na região, chegou com muitos ventos fortes e trovões. Alguns Mamaindê tiveram parte do telhado de suas casas arrancado, muitas crianças estão doentes e, por causa das chuvas, a estrada passa a oferecer novos desafios.

TRIBO WANANO - AM Equipe Missionária: Barry e Denise Spor; Dário e Carol Drake

Deus está formando sua Igreja em mais uma etnia no Brasil. Mário, Herman e Getúlio são crentes wanano e professores da Bíblia ao seu próprio povo. Assim a Igreja Wanano cresce. Os missionários já começaram um programa sistemático de discipulado com o objetivo de ensinar aos salvos o significado de pertencer a família de Deus, fortalecer e ajudar os novos crentes a resolver problemas como o alcoolismo, comum na região, e que é um grande problema para Roberto e sua esposa Marsalene. Eles têm problemas familiares por causa do vício de Roberto, que ainda não conseguiu libertar-se da bebida. Juntos estão dando seus primeiros passos na fé e precisam da graça e misericórdia de Deus para isso. Mário, um dos professores da Bíblia, dá-nos um lindo exemplo no que se refere a encorajar o grupo a ler as Sagradas Escrituras.

CONTINENTE AFRICANO

Segurando as Cordas

TRIBO ASHENIKA –AC Salvação do povo Asheninka; Sabedoria na oportunidade de treinar professores; Sabedoria para José e Suelaine no contato com os indígenas que chegam à cidade; Louvar pelo suprimento para construção da escola.

TRIBO FULNI-Ô - PE Suprimento para o casal Mariano chegar até o novo ministério; Adaptação com o povo. Salvação do povo fulni-ô; Sabedoria para a equipe no relacionamento com cada família na aldeia e na cidade; Louvar a Deus pelas oportunidades de relacionamento que Ademir e Eunice têm através do ensino na escola .

TRIBO JAMAMADI – AC Término da casa da família Pimentel na aldeia; Iniciar a alfabetização de adultos; Concluir a análise cultural; Missionário Fernando Machado da Silva, natural de uma singela cidade de Sabedoria na preparação das Goiás, Vianópolis, recentemente terminou todo treinamento missionário, oferecido lições bíblicas e no ensino Bíblico. pela MNTB.

MOÇAMBIQUE

Louvemos ao Senhor! Mais um missionário em ação obedecendo ao IDE de TRIBO JAVAÉ – TO Jesus. Desde o dia 02/11/2010 chegou em Nampula para desenvolver seu ministério . Gratidão a Deus pelo Vamos interceder por esta vida! suprimento do carro para Anderson e Raquel;

Missionária Clemilda Neves – Crianças, adolescentes, jovens e mulheres, Agradecimento pela saúde todos animados aprendendo a Palavra de Deus com esta missionária. física, e pelo apoio das igrejas evangélicas mantenedoras;

Louvar a Deus pelo bom Missionários Rafael e Isabel Mapa – Continuam progredindo no estudo das relacionamento com várias famílias lições bíblicas fazendo adaptações para o contexto africano. javaé;

Suplicar pela saúde da Missionária Rubenita Santos – Também nos alegramos e louvamos a Deus com missionária Ivonne; a preparação do casamento de Rubenita com Arnie, missionário entre o povo Maindo. Proteção nas idas e vindas à

aldeia.

GUINEÉ CONAKRY ( isto significa mulheres Konackry):

TRIBO KAPINAWÁ – PE

Missionária Ana Lucia da Silva - De um lado enfrenta grandes desafios e de Que haja compreensão da outro grandes vitórias no estudo da cultura e língua Diakhanke. verdade e transformação de vidas entre os Missionária Maria Regina Bueno – reside num village( aldeia em francês), com mais ou menos 500 habitantes. Já são dez anos dedicando sua vida entre o povo africano. Regina tem o privilégio de assistir 55 crianças com alfabetização, reforço escolar e ensino da Palavra de Deus. Atualmente está no seu período de divulgação e férias precisando de um bom descanso, de um renovar de suas forças. Vamos orar por ela! Missão Novas Tribos do Brasil

que recebem ensino; Por Tica, aluna da Mara, e o seu noivo George, que planejam se casar; Venda da Toyota e aquisição de um novo veículo para a equipe; Pela adaptação de Raquel, filha mais nova de Valmir e Mara, que ficará em Recife onde estudam suas outras irmãs.

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TRIBO MAMAINDÊ – MT Para que a equipe demonstre Jesus com suas vidas; Salvação do povo mamaindê; Estudo da língua e cultura; Relacionamento mais profundo com o povo; Sabedoria nas decisões; Saúde para o povo e para a equipe de missionários. TRIBO WANANO – AM Programa de discipulado que está sendo dado aos crentes; Sabedoria e perseverança para Mário, Herman e Getúlio ao dar os estudos bíblicos ao seu próprio povo; Roberto e Marsalene crescimento na vida cristã, libertação do vício do Roberto e melhorar relacionamento familiar; Problema de alcoolismo na região, atingindo os wanano que moram próximo ao centro urbano; Crescimento da igreja. CONTINENTE AFRICANO

Mito Xixikãy (pássaro lendário) Narrado por Israel Maxakali

Um homem maxakalí queria ir caçar, mas todos os outros homens queriam fazer religião (yãmiyxop), esse antepassado não queria fazer religião, ele queria caçar antas. O antepassado mandou sua mãe tecer fibra de imbaúba (tuktukup). Ela teceu, teceu, mediu e continuou tecendo. Ele estava na mata caçando anta. A mãe engoliu o fio e virou kãyãtut (um tipo de cobra existente na aldeia Pradinho no passado, mas que o narrador não sabe o nome em português). A kãyãtut foi para o rio e ficou assobiando como se fosse uma anta. O homem veio, pensando que era uma anta e começou a entrar na água, quando a kãyãtut o engoliu. A kãyãtut foi sentar no fundo do rio para dormir. O antepassado tinha no pulso um pedaço de garrafa e começou a cortar a barriga da kãyãtut, quando ela mexia, ele parava de cortar e esperava que ela dormisse novamente e foi fazendo assim até que abriu a barriga da kãyãtut. Pela abertura o antepassado saiu voando. E virou um pássaro que chama xixikãy. Parece que é um tipo de periquito. Ele é todo verdinho e tem o cabelo igualzinho dos maxakali. Os primeiros pássaros que nasceram foram: kõnçg (papagaio), Kã'yç (periquito), xummuk e ko'ep. Texto coletado pela missionária Zilene Gomes Foto: Arquivo da MNTB

MOÇAMBIQUE: Missionário Fernando Machado: Sabedoria para desenvolver bons relacionamentos com o povo; Estudo da cultura local; Adaptação Missionária Clemilda Neves: Sabedoria no ministério de suporte aos missionários nas aldeias; Louvem pela aquisição da carteira de motorista; Missionários Rafael e Isabel Mapa: Fortalecimento da saúde após contrair malária; Que Deus levante mais pessoas para os apoiarem financeiramente; Louvar a Deus pelo cuidado de cada dia; Sabedoria no envolvimento com a igreja moçambicana. Missionária Rubenita Santos; Orientação de Deus na preparação para o casamento; Salvação do povo Maindo. GUINEÉ CONACKRY Missionária Ana Lúcia Barros : Sabedoria no relacionamento com povo; Louvar Deus pelo desenvolvimento no estudo da língua e cultura. Missionária Regina Bueno: Pelo tempo em divulgação no Brasil, que o Senhor renove suas forças; Pelo suprimento para construção de um local apropriado para dar assistência às 55 crianças;

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DECISÃO PARA SERVIR AO SENHOR Rebeca Neat Medeiros Lima, filha do casal Ronaldo e Kátia Lima, da equipe Maxakali.

Graças a Deus tive o privilégio de nascer num lar cristão e melhor ainda, missionário. Desde pequena via o cuidado de Deus sobre a vida da minha família, meus pais sempre testemunhando a fidelidade do Senhor e me encorajando a viver essa vida de fé e entrega em Suas mãos. Sempre que podia os acompanhava para as aldeias e me divertia muito com os índios, só que fui crescendo e quando os via eu já não sentia mais só a vontade de brincar, mas uma dor no meu coração em pensar onde eles passariam a eternidade. Comecei então a ver, como salva, a minha responsabilidade sobre as almas que ainda não conhecem o Senhor e estão morrendo sem Jesus. Então orava ao Senhor e pedia para que Ele me dirigisse a fazer a Sua vontade na minha vida. Estava prestes a terminar o ensino médio e pensando em que curso ingressaria; meus parentes me chamavam sempre a ir morar com eles na cidade, para fazer alguma faculdade (pois eu morava num município a 5 Km da aldeia Maxakali, onde eu estudava) e sempre tive vontade de conhecer mais da Palavra de Deus e me aprofundar mais nela. Lembrava muito das almas que pedem urgência e do chamado do Senhor ao profeta Isaías no capítulo 6; orei ao Senhor pedindo que Ele escolhesse a Sua vontade e foi uma experiência tão maravilhosa! Ele me deu paz no coração para ir ao seminário me preparar. Há um ano estou no Instituto Bíblico Peniel. Fiquei muito feliz com essa decisão; tem sido uma grande bênção na minha vida. Realmente não tenho palavras para agradecer o amor do Senhor e saber que quando Ele chama não é em vão, Ele cumpre os Seus propósitos, basta estarmos disponíveis a obedecê-lo e Ele nos capacitará.

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PARA QUEM SAI ANDANDO E CHORANDO… Ronaldo Lidório Pastor presbiteriano que atua coordenando o projeto Amanajé no Amazonas Uma palavra aos semeadores de hoje Lendo a parábola do semeador e o Salmo 126 lembreime de muitos amigos e vários missionários. Veio forte a cena dos semeadores de hoje. Aqueles que falam de Jesus, visitam de casa em casa, servem o caído, cuidam do enfermo e enfrentam seus medos. Alguns andam a vida toda, aprendem línguas diferentes, estudam culturas distantes, escrevem projetos, sempre mais um lugar a chegar. Outros trabalham perto, lutam nas selvas de pedra. Seu povo não alcançado encontra-se em condomínios fechados, no frenesi das ruas, hospitais lotados, escolas e cárceres. Falam de Jesus e saem de casa orando por oportunidades diárias – e não as perdem. O Salmo 126 nos fala sobre a relação entre a caminhada e o choro. Quem sai andando e chorando enquanto semeia voltará para casa com alegria trazendo seus feixes, o fruto do trabalho. Para cumprirmos o ministério que Jesus nos confiou é necessário andar e chorar. E é certo que muitos fazem ambas as coisas. Tantas idas e vindas, caminhos incertos, a impressão de que há sempre mais um passo a dar, uma pessoa a evangelizar. E as lágrimas, que descem abundantes

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com a saudade que bate, a enfermidade que chega, o abraço que não chega, o fruto que não é visível, o coração que já amanhece apertado, o caminho que é longo demais. Creio que temos andado e chorado. Mas voltaremos um dia, trazendo os frutos, apresentando ao Cordeiro e dando glória a Deus! Poderá ser amanhã ou em algum momento ainda distante. Mas ainda não é hora de voltar. É hora de seguir, andando e chorando, com alegria no coração e sabendo que não trocaríamos esta viagem por nenhuma outra na vida. O grande consolo e motivação é que não andamos sós. Ele está conosco. E maior é aquele que está em nós. Portanto não desistimos, olhando sempre para o horizonte a nossa frente e trazendo à memória o que pode nos dar esperança. Guarde seu coração enquanto anda e chora. Não perca a alegria de viver e caminhar, nem a mansidão, nem a oração, ou o humor, ou o amor. Não deixe de semear mesmo quando está difícil. Lance a semente em todas as terras. Uma semente há de germinar e talvez a mais improvável. A que menos promete. Não dê ouvidos àquele que diz que não vai acontecer porque a terra é árida. Você é incapaz, o sol é forte e o vento está chegando. Lance a semente. Abrace também o que anda e chora que está ao seu lado. Ele talvez se sinta só e pense que é o único que chora enquanto caminha. Andar e chorar é cumprir a missão. É também um grande privilégio. Um dia você voltará... mas talvez não seja hoje. Se você pensou em desistir da sua caminhada, e o coração abatido, não encontra mais prazer em semear, olhe para o alto e faça um compromisso com seu Deus: mesmo chorando, andarei um pouco mais! Sim, haverá o dia de voltar...mas ainda não chegou. Na força do Senhor continue a caminhar... e chorar... e semear... e sorrir, porque estamos aqui, no caminho do Pai. Não há lugar melhor!

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ATUALIDADES

Depois de 20 anos o sol

G

ente, isso tudo o que estou escrevendo pra vocês é a história da minha vida (Celinda), da minha família e de um povo que deve ser seu povo também, brasileiros como nós, porém que não desfrutam do mesmos direitos. Agora, imagine se de repente alguém descobrisse que a cultura brasileira é única e maravilhosa, e que por isso deve ser preservada. Maravilhoso, não? Pois é... mas imagine ainda que para garantir a preservação de tão bela cultura, alguém tivesse a brilhante idéia de manter todos os brasileiros completamente isolados do resto do mundo para não serem contaminados por nenhum traço de outras culturas?! Genial, não? Olha só que perfeito: A partir de hoje fica decretado: 1. Nenhum brasileiro pode mais sair do Brasil, e ninguém pode entrar no Brasil. Nem se pode ter notícia alguma do que há no restante do mundo. 2. Nenhum brasileiro pode falar outra língua que não seja o português. Nem pode mais aprender a ler e escrever porque escrita é coisa herdada de Árabe, Egípcio e Chinês. 3. Nenhum brasileiro pode adquirir e utilizar utensílios e tecnologia que não seja brasileira, e se por acaso você já tinha algum destes objetos, serão todos amassados e queimados em uma grande e festiva fogueira. Então dê adeus, aos seus computadores, Ipods, roupas de seda, tênis legais, carros e motos e tudo o mais... 4. Nenhum brasileiro pode mais comer comida que não seja brasileira. Então dê adeus às pizzas, macarrão, kibes, chocolate, strogonofs, hamburgueres, sushis etc... 5. Nenhum brasileiro tem condições de decidir sobre sua própria vida, todos são considerados menores e devem ser tutelados, mesmo que as

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parece raiar novamente!

decisões envolvam exclusivamente sua vida pessoal. Serão nomeadas pessoas apropriadas para decidir sobre sua vida, sua casa e sua terra. 6. Qualquer tentativa de criatividade, inovação e/ou desenvolvimento será sumariamente interditada, antes, pelo contrário todos devem retornar a usos e costumes ancestrais, mesmo que já estejam extintos há séculos. Então vamos começar a pesquisar costumes ancestrais para reimplantá-los. Então... genial, né? Agora sim, todo brasileiro vai gostar de si mesmo, se valorizar e se sentir

‘‘Então enquanto a equipe ali residente, e outros índios da região passeiam em barco a motor, os índios isolados devem remar! Não importa o cansaço, o sol, ou as dores, é bonito remar!’’ especial, não vai?... pfff.. vocês acham que estou de brincadeira??? Pois é exatamente isso o que fazem com dezenas de tribos indígenas no Brasil!!! Mas não pára por aí. Todas essas regras de “preservação” são impostas a estes grupos, porém, eles continuam expostos a todos os tipos de tecnologia e inovação, sem desfrutálas. Então enquanto a equipe ali residente, e outros índios da região passeiam em barco a motor, os índios isolados devem remar! Não importa o cansaço, o sol, ou as dores, é bonito remar! Enquanto os visitantes se empanturram dos mais ricos manjares em frente aos indígenas, eles podem experimentar tais iguarias? Claro que

não! Índio só pode comer macaco. Se ele comer qualquer outra coisa vai deixar de ser índio. E enquanto todos da região pescam usando anzol, os índios tem que bater o timbó, um veneno que mata o rio inteiro para que eles peguem 10 ou 15 peixes. Mas os índios sabem 'preservar a natureza' (“ã-ham” matando um rio inteiro com um cipó venenoso), e afinal um anzol é tecnologia demais, vai estragar a cultura! Vou parar por aqui... mas me digam... que raio de preservação é essa??? O que acontece quando alguém é tratado por tanto tempo como um animal irracional??? Algo aconteceu no último dia 18/10/10! Cerca de 138 índios Zo'é (mais de metade da população da aldeia), que são assim tratados há 20 anos, não aguentaram mais, cansados de serem abusados e humilhados diariamente, saíram em busca de respostas. Conheceram aldeias inteiras onde todos têm acesso aos mais variados tipos de recursos e tecnologia, sem perder sua identidade indígena. Tribos que realmente são valorizadas pelo que são, e não são mercadejadas. Que possuem projetos sérios de educação, desenvolvimento e saúde. Indignados, eles abriram caminho em meio a mata e chegaram até a cidade de Oriximiná para pedir socorro. Uma TV local noticiou o ocorrido e só. Por que ninguém quer divulgar o grito de socorro desse povo???!!! Vamos gritar por eles. Aqui vai o link da reportagem... http://www.youtube.com/watch?v=fG5l 3vrLOMA assistam e espalhem antes que as imagens desapareçam, vamos dar voz a este povo que precisa ser GENUINAMENTE preservado. Que alegria pensar que a liberdade desse povo é possível! Celinda Barbosa de Castro Missão Novas Tribos do Brasil


BIOGRAFIA

Andrew Harold e Frances Blok Popovich “É necessário começar bem, mas isto não é suficiente. Eu também preciso terminar bem. É uma verdade para a maioria das atividades na vida, mas é especialmente importante no nosso andar cristão”. Frances Blok Popovich

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uando Andrew Harold e Frances Popovich deixaram sua terra natal para virem ao Brasil trabalhar como tradutores da Bíblia para uma língua indígena pela Sociedade Internacional de Linguística, eles não sabiam o que Deus havia reservado para suas vidas. Conheça a vida e ministério desses dedicados missionários. Andrew Harold Popovich (Haroldo) nasceu em Chicago, Illinois, em 9 de março de 1928 e Frances nasceu em Grand Rapids, Michigan, em 11 de fevereiro de 1929. Haroldo se formou em ciências na faculdade evangélica de Wheaton College no estado de Illinois, sendo professor de ciências em Chicago. Ela se formou em enfermagem no hospital de Roseland em Chicago. No ano de 1980 os dois se formaram com mestrado: ele em linguística, e ela em antropologia na universidade do Texas. Ela continuou seus estudos mais tarde e formou-se com doutorado em estudos transculturais em 1988 no Seminário Fuller na Califórnia. Haroldo e Frances se converteram em sua adolescência e, desde então, ambos se sentiam chamados para a obra missionária. Os dois se conheceram em Chicago no ano 1954, quando Frances estudava enfermagem e Haroldo era professor de ciências. Em 1956 eles se casaram e juntos iniciaram, imediatamente, seus estudos linguísticos na universidade de North Dakota num curso de verão organizado pela Sociedade Internacional de Missão Novas Tribos do Brasil

Linguística (Summer Institute of Linguistics). Em fevereiro do ano seguinte os dois fizeram o curso de sobrevivência na selva, no México, patrocinado pela SIL. Frances estava grávida do primeiro filho e teve bastante problemas, de modo que ela fez apenas a primeira parte do curso de três meses, e voltou para os E. U. A. para fazer tratamento. Em março de 1957 a família embarcou de navio para o Brasil chegando ao Rio de Janeiro em 1o de abril. Logo começaram o estudo da língua portuguesa. Em agosto mudaram-se para Anápolis, GO, onde alugaram um apartamento para continuarem os estudos. O Senhor abençoou o casal com quatro filhos: David Andrew, James Elliot, Annette Dorothy, e Philip Anton Popovich. David nasceu em Chicago, Illinois em 1957 antes de o casal embarcar para o Brasil. James nasceu no Hospital Evangélico no ano seguinte, enquanto os pais estudavam a língua portuguesa em Anapolis, GO e antes de iniciarem seus trabalhos na aldeia dos maxakali. Annette nasceu no ano 1962 no Hospital dos Estrangeiros do Rio de Janeiro, e o caçula Philip, nasceu em 1967 no Hospital Amparo Feminino do Rio Comprido. Com o domínio da língua portuguesa o casal viajou para o interior de Minas Gerais para iniciar seu trabalho entre os Maxakali, levando os dois primeiros filhos ainda bebês. A família chegou ao posto indígena Mariano de Oliveira, onde alugou uma casa de pau a pique do

índio Júlio Maxacali. Logo que chegaram, os maxakali se ajuntaram para ver esses estrangeiros. Ninguém falava português senão o Adolfo, que era casado com a filha de um dos posseiros no posto. Graças à qualidade do treinamento que receberam, os missionários conseguiram aprender em três meses o suficiente da língua maxakali para estarem aptos a conversar com eles sobre qualquer assunto do cotidiano, mas demorou muito para aprenderem o vocabulário necessário para lhes apresentar o evangelho de Cristo. No início do trabalho eles não tinham carro, portanto iam a todos os lugares a pé ou a cavalo no estado montanhoso de Minas Gerais. Nos meses de junho e julho a neblina tomava conta da atmosfera deixando o céu nublado onde não se podia ver a luz do Sol por dias. O frio era intenso, mas o casal persistia no seu propósito de traduzir e ensinar a Palavra de Deus ao povo Maxakali. Durante a pré-tradução, quando eles passavam por vários trechos bíblicos conversando com um dos ajudantes da tradução e os rascunhos, eles tiveram a oportunidade de fazê-lo pensar mais sobre o volta de Cristo, sobre o fato que ele o veria descendo dos céus, no lugar onde morava. Pois quando ele perguntava: “Ele vai vir mesmo aqui, na montanha”? Eles respondiam “A Bíblia fala que todo olho verá”. Isso o deixou intrigado e admirado, olhando para o céu todos os dias para ver se o Senhor Jesus estaria chegando. Outro índio

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que também ficou impressionado com a volta de Cristo já se encontra com o Senhor Jesus, esperando a ressurreição em Cristo. Os tradutores da Bíblia têm uma grande responsabilidade – achar palavras que expressam a verdade da Palavra de Deus para bom entendimento na língua indígena. Para chegar a esse ponto, muitas vezes, há um longo caminho a seguir. O primeiro problema que os missionários tiveram foi achar uma palavra equivalente para “Senhor”. Haroldo iniciou sua pesquisa em 1960, quando ele traduzia o livro de Marcos. Em 1976 Frances traduzia o livro de Lucas e Haroldo Gálatas, mas a pressão maior no trabalho de tradução ainda era achar a palavra para Senhor. Por 16 anos eles usaram a palavra Jesus, mas não estavam satisfeitos. Sendo que o povo Maxakali não tem palavra para títulos como Senhor, Mestre, como traduzir esse termo para uma sociedade onde todos são iguais e o estranho é chamado de xok um, que significa grosseiramente: “seja quem você for”? Como eles são divididos em grupos autônomos, cada um tem seu líder chamado de xuxyã, cabendo-lhe a responsabilidade de cuidar do bem-estar do grupo. Partindo daí, eles perguntaram aos ajudantes de tradução se eles achavam que Jesus era nosso xuxyã. Depois de pensar em silêncio, todos concordaram. Essa foi a forma que acharam a palavra

Senhor em Maxakali. A língua Maxakali também apresentava lacunas para termos espirituais como obedecer e confiar. Na busca da palavra desobedecer na língua, eles descobriram a que expressão que deveriam usar era literalmente “não ter ouvidos” e obedecer “ter ouvidos”. Então no verso de Atos 5:29, quando diz: “Mais importa obedecer a Deus do que aos homens”, eles traduziram: “Nós temos ouvidos para Deus primeiro e depois nós temos ouvidos para as pessoas”. Para a palavra confiar eles acharam a expressão: “Seu coração não senta em...” No primeiro exemplo pesquisado, eles perguntaram ao índio se o comerciante confiaria em vender fiado a ele. Sua resposta foi: “Não. Porque seu coração não senta na palavra do homem de jeito nenhum.” E quando Frances tinha medo de passar por uma ponte insegura por não saber nadar, a índia lhe disse: “Seu coração não senta no tronco de jeito nenhum.”. Assim, na convivência, eles iam descobrindo as expressões que comunicavam as verdades bíblicas dentro do contexto dos maxakali. Em 1978 terminaram a tradução do Novo Testamento. No ano seguinte voltaram aos E.U.A. para os estudos de pós-graduação na Universidade do Texas em Arlington. Ao voltar para o Brasil trabalharam como consultores de tradução e de educação indígena. Haroldo começou a tradução de

Gênesis, mas não conseguiu terminar. A sede da Sociedade Internacional de Linguística se mudou para Cuiabá, Mato Grosso em 1995, onde o casal continuou a função de consultores até 1998, quando voltaram aos E.U.A. Nesse meio tempo Haroldo começou a sentir os sintomas da doença de Parkinson, vindo a ser confirmada mais tarde. Haroldo e Frances se aposentaram em 2003. Durante todos esses anos de ministério eles criaram seus filhos nos caminhos do Senhor, como propuseram diante de Deus, viram-nos crescer, saírem para seguir seu caminho nos Estados Unidos, formarem família e frutificarem como servos do Senhor. Atualmente os missionários moram em Grand Rapids, MI, onde Haroldo faz tratamento numa clínica, mas eles deixaram um grande legado para o povo Maxakali e para a Igreja Brasileira – o Novo Testamento completo numa língua que não havia escrita, gramática nem tão pouco havia sido analisada. Foram anos de dedicação, mas Deus deu a recompensa. Ainda falta o Velho Testamento para ser entregue nas mãos dos indígenas. A porta está aberta. Adauta Eger

Fontes

x Informações recebidas de Frances

Blok Popovich - Jan/2011 x Livro: Remember His Benefits by Frances Blok Popovich 2003/2004

30 dias de oração pelos povos indígenas do Brasil Gostaria de convidá-los a orar e perseverar em oração pelos povos indígenas do Brasil nestes dias. Temos ainda em nosso país 121 etnias pouco ou não evangelizadas, 37 vivendo em risco de extinção, 111 grupos em complexos processos de urbanização, 38 línguas com clara necessidade de tradução bíblica e 99 etnias onde há uma igreja indígena, mas ainda sem liderança própria. Os missionários evangélicos atuam em 182 etnias em evangelização, plantio de igrejas, treinamento de líderes e ações sociais, coordenando 257 programas sociais. São desafios enormes. Precisamos rogar ao Senhor pela renovação das forças dos que estão com a mão no arado, novos obreiros para novas iniciativas, sinceras conversões entre os grupos e o fortalecimento da Igreja Indígena no Brasil, recursos para os trabalhos, o abrir das portas que permanecem fechadas e, sobretudo, clara direção do Alto para que seja feita a Sua vontade. Nestes 30 dias rogue ao Senhor da Seara por cada vida, etnia e missão, em perseverança, crendo que o Senhor ouve as orações. VISITE : WWW.INDIGENA.ORG.BR

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Ronaldo Lidório Missão Novas Tribos do Brasil


Foto: Arquivo da MNTB

Foto: Arquivo da MNTB

NOVOS OBREIROS Foto: Arquivo da MNTB

Alex e Joana Araújo Tuxá - BA

Foto: Arquivo da MNTB

Foto: Arquivo da MNTB

Fernando Machado Moçambique - África

Marciano e Elisandra Bavaresco Sede Anápolis - GO

Foto: Arquivo da MNTB

Mário e Cecília Silva Residencial Hebrom - GO

Wanderson e Paloma Oliveira Puraquequara - AM

Tatiana Amorim (esposa de Izaías Amorim) Tremembé - CE

Foto: Arquivo da MNTB

Airton e Talita Oliveira Jaminawa - AC

Missão Novas Tribos do Brasil

Marcela da Costa Senegal - África

Foto: Arquivo da MNTB

Foto: Arquivo da MNTB

Foto: Arquivo da MNTB

Rogério e Genilda Santos Temporariamente Pankararu - PE

Márcio e Sheila Mariano Fulniô - PE

Ronaldo e Rute Jonker Estudando português - AM

Charles e Ruth Patton Estudando Português - AM

Foto: Arquivo da MNTB

Felipe e Kristi Jansma Sede Manaus - AM

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No site ibpeniel.org.br Você encontra: O que precisará trazer, Como chegar até aqui. Conta para fazer o depósito da inscrição.

Acampamento Missionário Carnaval 2011 Início: 06/03 às 18 hs. com jantar. Término: 08/03 com almoço. Onde: Instituto Bíblico Peniel. Haverá workshop. Vagas limitadas.

Programação específica para cada faixa etária. Valor: R$ 140,00 acima de 12 anos. R$ 70,00 de 7 - 12 anos. R$ 35,00 de 2 - 6 anos. Inscrição R$ 40,00 para adulto e R$ 20,00 para crianças O restante será pago no dia.


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