Iluminação

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ILUMINAÇÃO

Rodrigo Pereira Santiago

Relatório Técnico-Científico de pesquisa apresentado à Universidade do Estado de Minas Gerais - UEMG, 2º período do Curso de Design de Produto – Ubá, para disciplina de Ergonomia, ministrada pela professor Renan Kilesse.

Ubá- MG 09/2009


1. INTRODUÇÃO A iluminação proveniente do sol traz energia para a terra...energia que pode ser absorvida pelas plantas para fotossíntese, pelos oceanos para evaporar água e causar chuva, pelas fotocélulas e painéis solares para criar eletricidade e assim por

diante.

Quando a luz entra no olho humano e cai sobre a retina, ele realça os processos neurológicos e fotoquímicos que resultam na visão. Ondas radic, transmissões de televisão, microondas, luz ultravioleta, raios-X são todas as formas de ondas eletromagnéticas exatamente como a luz, mas, com uma duração de onda diferentes. O olho humano não pode perceber estas durações de ondas, mas, instrumentos podem captá-los. Thomas Edison inventou a primeira lâmpada elétrica prática em 1879. Ele também inventou o fonógrafo, as imagens em movimento, a máquina mimeógrafo, os microfones de carvão e assim por diante. A lâmpada original do próprio Edison utilizou um filamento de carvão e um vácuo. Hoje, utilizamos um fio

tungstênio

em

um

bulbo

enchido

com

gás

argônio.

A lâmpada original do próprio Edison, converteu menos que 1% da eletricidade em luz. Bulbos de domicílios hoje em dia convertem 6% a 7% em luz, o restante sendo desperdiçado como calor. As lâmpadas fluorescentes compactas de hoje em dia podem ser 50 vezes mais eficientes que a lâmpada original de Edison e, durarão anos.

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2. CONCEITOS 2.1 Luz Para se entender melhor as ondas de luz é melhor começarmos a discutir sobre um tipo mais familiar de onda: aquela que vemos na água. O pontochave que deve ser mantido na memória é que a onda de água não é feita de água, mas sim de energia viajando pela água. Se uma onda se move da esquerda para a direita, não significa que a água do lado esquerdo está se movendo para o lado direito. Na verdade, a água ficou onde estava, o que se moveu foi a onda. Quando você movimenta a sua mão numa banheira cheia, você faz uma onda porque está colocando a sua energia na água. A energia viaja pela água na forma de onda. Todas as ondas são energias viajantes e elas normalmente estão se movendo por meio de algo, como a água. Veja o diagrama de uma onda de água na figura 1. Uma onda de água consiste de moléculas que vibram para cima e para baixo, em certos ângulos, na direção do movimento da onda. Este tipo de onda é chamado de onda transversal. As ondas de luz são um pouco mais complicadas e não precisam de um meio para se deslocarem, pois elas podem viajar no vácuo. Uma onda de luz consiste de energia na forma de campos elétricos e magnéticos. Os campos vibram perpendicularmente à direção do movimento da onda e perpendiculares uns aos outros. Devido ao fato da luz ter tanto um campo elétrico

quanto

magnético,

também

é

chamada

de

radiação

eletromagnética.

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As ondas de luz têm muitos tamanhos. O tamanho de uma onda é medido como o seu comprimento de onda, que é a distância entre dois pontos correspondentes em ondas sucessivas, normalmente entre picos ou canais (Figura 1). O comprimento das ondas que podemos ver varia de 400 a 700 bilionésimos de metro, mas a variação total do comprimento das ondas inclusas na definição da radiação eletromagnética se estende de 1 bilionésimo de metro, em raios-gama, até centímetros e metros, em ondas de rádio. A luz é uma pequena parte do espectro. 2.2 Intensidade Luminosa Unidade de Medida: candela Abreviação: cd Símbolo: I Fórmula: I = ϕ / ω

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A candela é a intensidade luminosa, numa dada direção de uma fonte que emite uma radiação monocromática de freqüência 540 x 1012 hertz e cuja intensidade energética nessa direção é 1/683 watt por esterradiano. Antes de 1979: Intensidade luminosa na direção perpendicular, de uma superfície plana de 1/600 000 metro quadrado de área, de um corpo negro a temperatura de solidificação da platina, sob pressão de 101 325 pascals. Se a fonte luminosa irradiasse a luz uniformemente em todas as direções, o Fluxo Luminoso se distribuiria na forma de uma esfera. Tal fato, porém, é quase impossível de acontecer, razão pela qual é necessário medir o valor dos lumens emitidos em cada direção. Essa direção é representada por vetores, cujo comprimento indica a Intensidade Luminosa (Figura 5). Portanto é o Fluxo Luminoso irradiado na direção de um determinado ponto. 2.3 Fluxo Luminoso Unidade de Medida: lúmen Abreviação: lm Símbolo: ϕ Expressão em Unidades SI de base: cd . sr ou m2 . m-2 . cd = cd Fluxo Luminoso emitido por uma fonte puntiforme e invariável de 1 candela, de mesmo valor em todas as direções, no interior de um ângulo sólido de 1 esferorradiano*.

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* Unidade de medida de ângulo sólido, igual ao ângulo sólido, com vértice no centro de uma esfera, que subtende na superfície desta esfera uma área medida pelo quadrado do raio da esfera. A esfera toda corresponde a um ângulo sólido de 4p esferorradianos. 2.4 Iluminamento Na prática, é a quantidade de luz dentro de um ambiente, e pode ser medida com o auxílio de um luxímetro. Como

o

fluxo

distribuído

luminoso

não

uniformemente,

é a

iluminância não será a mesma em todos os pontos da área em questão. Considera-se por isso a iluminância média (Em). Existem normas especificando o valor mínimo de (Em), para ambientes diferenciados pela atividade exercida relacionados ao conforto visual. Alguns dos exemplos mais importantes estão relacionados no anexo 1 (NBR 5413 – Iluminância de Interiores). Unidade de Medida: lux Abreviação: lx Símbolo: E Fórmula: E = ϕ / A (lm / m2) Expressão em Unidades de Base SI: m-2 . m-4 . cd = m-2 . Cd

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Iluminamento de uma superfície plana de 1 metro quadrado de área, sobre a qual incide perpendicularmente um fluxo luminoso de 1 lúmen, uniformemente distribuído. 2.5 Luminância Luminância é a sensação de claridade ou, em outras palavras, é a Intensidade Luminosa que emana de uma superfície, pela sua superfície aparente. (Figura 8)

Unidade de Medida: candela por metro quadrado Abreviação: cd/m2 Símbolo: L Fórmula: L = (I /A) . COS α

Onde: L = Luminância, em cd/m² I = Intensidade Luminosa,em cd

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A = área projetada, em m² α = ângulo considerado, em graus

Luminância de uma fonte de 1 metro quadrado de área e com intensidade luminosa de 1 candela. - brilhância Como é difícil medir-se a Intensidade Luminosa que provém de um corpo não radiante (através de reflexão), pode-se recorrer a outra fórmula, a saber: Onde: ρ

= Refletância ou Coeficiente de Reflexão

E = Iluminância sobre essa superfície

3.0

LÂMPADAS

Antes da invenção da lâmpada elétrica, a iluminação era uma tarefa complicada. Para iluminar bem os ambientes, eram necessárias muitas velas ou tochas. Lampiões a óleo também iluminavam o suficiente, mas soltavam um resíduo que cobria de fuligem tudo o que estava por perto. Quando as descobertas sobre eletricidade começaram a surgir, no meio do século XIX, inventores de todas as partes lutavam para criar um tipo de luz elétrica que fosse prática e de preço acessível. O inglês Sir Joseph Swan, em 1878, e o americano Thomas Edison, em 1879, seguiram a mesma linha. Em 25 anos, milhões de pessoas no mundo tiveram luz elétrica instalada em suas casas.

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O mais incrível nessa história é que a tecnologia da lâmpada elétrica não poderia ser mais simples. A lâmpada moderna não mudou muito desde o modelo de Edison. Neste artigo, discutiremos como as pequenas partes desta invenção se juntaram para produzir horas de luz.

3.1 Lâmpadas Incandescentes Funcionam através da passagem da corrente elétrica por um filamento de tungstênio que, com o aquecimento, gera a luz. Com temperatura de cor agradável, na faixa de 2.700K ("amarelada") e reprodução de cor de 100%, têm atualmente sua aplicação predominantemente residencial. 3.2 Lâmpadas de descargas em gases e vapores 3.2.1.

Lâmpadas Fluorescentes

A solução clássica para economia de energia. Estas lâmpadas são a clássica forma para uma iluminação econômica. A alta eficiência e a longa durabilidade garantem sua aplicação nas mais diversas áreas residenciais, comerciais e industriais. As primeiras lâmpadas fluorescentes desenvolvidas apresentavam 38 mm de diâmetro do tubo (T12) e utilizavam em seu revestimento interno um pó fluorescente comum. A grande revolução das fluorescentes, ao longo dos anos, tem

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ficado por conta da redução do diâmetro e melhoria da qualidade da luz. O passo mais recente para a otimização global dos sistemas fluorescentes

é

a

miniaturização

obtida

com

a

linha

de

fluorescentes T5, de 16 mm de diâmetro, e T2, de 7 mm. Com essa nova linha de produtos, conseguiu-se desenvolver luminárias mais compactas e eficientes. Além da redução do diâmetro, desenvolveu-se um novo pó trifósforo LUMILUX®, que garante uma maior eficiência e melhor reprodução de cores. A performance dessa família é otimizada com a

instalação

de

modernos

reatores

eletrônicos.

Por meio da operação em alta freqüência, substituem os reatores eletromagnéticos convencionais e starters, possibilitando maior economia de energia, conforto e durabilidade.

3.2.2.

Tipos de lâmpadas fluorescentes Fluorescentes compactas Possuem a tecnologia e as características de uma lâmpada fluorescente tubular, porém com tamanhos reduzidos. São utilizadas para as mais variadas atividades, seja comercial, institucional ou residencial, com as seguintes vantagens:

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consumo de energia 80% menor;

durabilidade 10 vezes maior;

design moderno, leve e compacto;

aquecem menos o ambiente, representando forte redução na carga térmica das grandes instalações;

excelente reprodução de cores, com índice de 85%;

tonalidade de cor adequada para cada ambiente, com opções entre 2.700K (aparência de cor semelhante às incandescentes) a 4.000K (aparência de cor mais branca).

Fluorescentes tubulares De alta eficiência e longa durabilidade, emitem luz pela passagem da corrente elétrica através de um gás, descarga essa quase que totalmente formada por radiação ultravioleta (invisível ao olho humano) que, por sua vez, será convertida em luz pelo pó fluorescente que reveste a superfície interna do bulbo. É da composição deste pó que resultam as mais diferentes alternativas de cor de luz adequadas a cada tipo de aplicação, além de determinar a qualidade e quantidade de luz e a eficiência na reprodução de cor. São encontradas nas versões Standard (com eficiência energética de até 70lm/W, temperatura de cor entre 4.100 e 6.100K e índice de reprodução de cor de 85%) e Trifósforo (eficiência energética de até 100lm/W, temperatura de cor entre 4.000 e 6.000K e índice de reprodução de cor de 85%). A performance dessas lâmpadas é otimizada através da instalação com reatores

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eletrônicos. São usadas em áreas comerciais e industriais. 3.2.3.

Lâmpadas a vapor de mercúrio

Com aparência branca azulada, eficiência de até 55lm/W e potências de 80 a 1.000W, são normalmente utilizadas em vias públicas e áreas industriais;

3.2.4.

Lâmpadas a vapor de sódio

Vapor de sódio - Com eficiência energética de até 130lm/W, de longa durabilidade, é a mais econômica fonte de luz. Com formatos tubulares e elipsoidais, emitem luz branca dourada e são utilizadas em locais onde a reprodução de cor não é um fato importante, como em estradas, portos, ferrovias e estacionamentos; Vapor de sódio branca - Seu diferencial é a emissão de luz branca, decorrente da combinação dos vapores de sódio e gás xênon, resultando numa luz brilhante como as halógenas ou com aparência de cor das incandescentes. Acionadas por reatores eletrônicos, podem ter, através de chaveamento, a temperatura de cor alterada de 2.600 para 3.000K ou vice versa. Com excelente reprodução de cor, são utilizadas em áreas comerciais, hotéis, exposições, edifícios históricos, teatros, stands, etc.;

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4.0

PROJETO DE ILUMINAÇÂO

O projeto de iluminação industrial é definido a partir de critérios de qualidade e de quantidade de luz a ser fornecida. Em termos gerais, a função dos compartimentos da unidade fabril determina a iluminação exigida, como aparece explicitado em normas técnicas. Diante de tarefas que demandam elevada acuidade visual, o fornecimento de altos níveis de densidade de fluxo luminoso se torna necessário, ficando a liberdade de criação do quadro visual mais restrita. Neste caso, a qualidade do projeto que segue critérios como distribuição de luminâncias, existência de contrastes de brilho e cor, formação de sombras e ausência de ofuscamento, é definida objetivamente - ainda que dentro dos limites de mensuração impostos por sua própria essência, a partir de recomendações de bases científicas, de modo a contribuir para o aumento da produtividade. Já nos ambientes da unidade industrial, onde a acuidade visual requerida é pequena ou moderada, o que normalmente ocorre nas áreas de apoio à fábrica, a sensibilidade do projetista e sua concepção de projeto pessoal definem um quadro visual rico de sensações sensoriais, cujo tratamento em termos de qualidade obtida é subjetivo, e as variáveis que a definem são tratadas mais livremente. A escolha de sistemas de iluminação natural - lateral ou zenital, de suas orientações e complementos de sombreamento e redirecionamento do fluxo luminoso é um passo determinante na iluminação ambiental. O movimento aparente do Sol, somado às condições da abóbada celeste e à luz refletida pelo entorno, determinam o total de luz local disponível para cada orientação. Internamente, as proporções do compartimento, os materiais de revestimento – refletância (variável com a cor dos pigmentos) e textura, e o posicionamento das células de trabalho em relação à abertura de iluminação, o qual depende do layout da fábrica, definem a quantidade de luz natural que atinge os planos de operações, devendo ser complementada por

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fontes artificiais, e influem diretamente na qualidade do quadro visual formado. No cálculo da iluminância, as variáveis de projeto envolvidas são: E = Eh.Szt.Ku.Km

para sistemas zenitais horizontais,

S onde: E é a iluminância média produzida no plano de trabalho (lux) Eh é a iluminância num plano horizontal exposto a toda luz diurna (lux) Szt é a área bruta do vão de iluminação (m2) S é a área do local (m2) Ku indica a fração do fluxo luminoso incidente no envidraçado que alcança o plano de trabalho. Chamado de coeficiente de utilização, Ku é obtido experimentalmente e seu valor depende da geometria da sala, das refletâncias do teto e paredes, e do projeto dosistema de iluminação, incluindo sua transmitância e uso de fatores de sombreamento Km é o coeficiente que varia com a manutenção ou limpeza do envidraçado e das superfícies internas refletoras. Ep = Egv.Sw.Ku.Km para sistemas laterais, onde: Ep é o iluminamento num ponto interno do compartimento (lux) Egv é o iluminamento externo global incidente no plano vertical da fachada (lux) Sw é a área bruta da janela (m2)

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Na composição do efeito estético e conforto visual, a disposição física de fontes luminosas, primárias ou secundárias, assim como a localização do plano de trabalho, devem ser observadas para se evitar o ofuscamento - definido como um brilho intenso no campo visual capaz de causar desconforto ou impossibilitar a visão; a formação de sombras rígidas que interferem na visualização de pequenos detalhes pode, por sua vez, ser evitada ou provocada pelo uso de fontes de iluminação pontuais ou por poucas e pequenas aberturas; os contrastes de cor e de luminância - este último criado por diferença significativa, por exemplo, entre a iluminação geral e localizada, causam desconforto psico e fisiológico para o indivíduo que está concentrado, ao passo que são extremamente agradáveis àqueles que podem apreciá-los descontraidamente. 4.1 Luminárias

As luminárias são constituídas pelos aparelhos com as lâmpadas, e têm função de proteger as lâmpadas, orientar ou concentrar o facho luminoso, difundir a luz, reduzir o ofuscamento e proporcionar um bom efeito decorativo. No caso de luminárias

para

edificações,

embora

se

utiliza

basicamente

lâmpadas

fluorescentes, a diversidade de tipos é extensa e variada, variedade esta provocada não só pelo número e potência das lâmpadas utilizadas e pelos modos de instalação e montagem, mas principalmente pela forma de controle de luz. Devido a esta diversidade, a classificação dos tipos de luminárias é bastante problemático, porém será apresentado aqui a classificação feita pela CIE (Comission Internacionale de L’Eclairage) baseada na percentagem do fluxo luminoso total dirigido para cima ou para baixo de um plano horizontal de referência. Para melhor compreender os diversos tipos de luminárias, é importante observar a tabela abaixo:

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4.2 Tipos de Iluminação Ao se pensar em cálculo luminotécnico, é necessário ter presente quatro critérios principais, quais sejam: •

a quantidade de luz;

o equilíbrio da iluminação;

o ofuscamento;

a reprodução de cor.

A cada um destes critérios deve ser dada a maior atenção, pois estão diretamente relacionados com as necessidades visuais, conforto visual e, portanto, o bem estar humano. Ao se iniciar um projeto luminotécnico deve-se realizar opções preliminares, ou seja, escolher o tipo de iluminação mais adequada (incadescente,. fluorescente, etc,) o tipo de luminária (direta, semi-direta, etc), sendo que estas opções envolvem aspectos de decoração, tipo do local (sala, escritório, loja, etc) e as atividades que serão desenvolvidas (trabalho bruto de maquinaria, montagem, leitura, etc.)

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Basicamente existem dois métodos para cálculo luminotécnico: •

Método dos Lumens ou Método do Fluxo Luminoso;

Método Ponto por Ponto.

O método mais utilizado para sistemas de iluminação em edificações é o método dos Lumens, ou método do Fluxo Luminoso, que consiste em determinar a quantidade de fluxo luminoso (lumens) necessário para determinado recinto baseado no tipo de atividade desenvolvida, cores das paredes e teto e do tipo de lâmpada-luminária escolhidos. O método ponto por ponto também chamado de método das intensidades luminosas baseia-se nas leis de Lambert e é utilizado quando as dimensões da fonte luminosa são muito pequenas em relação ao plano que deve ser iluminado. Consiste em determinar a iluminância (lux) em qualquer ponto da superfície, individualmente, para cada projetor cujo facho atinja o ponto considerado. O iluminamento total será a soma dos iluminamentos proporcionados pelas unidades individuais. 4.3 Seleção da Iluminância A seleção da iluminância específica para cada atividade é feita com auxílio de uma outra tabela, que define qual o nível recomendado . Depende: 1. da distribuição e da absorção da luz, efetuada pelas luminárias; 2. das dimensões do compartimento que exprime-se através do Índice do Local; 3. das cores das paredes e teto, caracterizados pelo Fator de Reflexão. 3)

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5.

5.0

FATORES QUE INFLUENCIAM NUMA BOA ILUMINAÇÃO 5.1 Quantidade de luminárias

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5.2 Distribuição e localização das luminárias O espaçamento entre as luminárias depende de sua altura ao plano de trabalho e da sua distribuição de luz. Este valor situa-se geralmente, entre 1 a 1,5 vezes o valor da área útil em ambas direções. 5.3 Manutenção Os serviços de manutenção elétrica são responsáveis pela preservação dos níveis de iluminância, substituindo as lâmpadas queimadas, executando a limpeza das calhas, refletores e lâmpadas, solicitando a limpeza das áreas envidraçadas, telhas translúcidas e paredes que são elementos que auxiliam na manutenção nos níveis de aclaramento projetados. Você deve verificar com o fabricante da lâmpada qual o seu período de vida útil para planejar a manutenção futura do projeto de iluminação. 5.4 Cores Adequadas A correta distribuição da cor, como um dos fatores de qualidade do quadro visual, contribui para a melhoria das condições físicas do trabalho e para a adequação do homem à máquina e ao seu entorno. Em regiões de clima quente, por exemplo, o planejamento cromático dos locais de trabalho em tons azuis ou verdes claros (cores frias), é interessante visto que estas cores agradam pela sensação de frescor e tranquilidade que transmitem. Contudo, essas cores podem tornar o ambiente monótono e depressivo. É preciso que cores quentes e frias sejam usadas em

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combinação, em condições médias, definindo certamente em agradáveis resultados. A cor também exerce influência significativa nos aspectos relativos à iluminação natural e artificial devido a variância das refletâncias. A aplicação de cores claras em grandes superfícies, com contrastes adequados para identificar máquinas e funções / espaços, associado a um planejamento adequado da iluminação, além de resultar em economia do consumo de energia em até 30%, e aumentos de produtividade na ordem de 80 a 90%, pode reduzir as ocorrências de ofuscamento e fadiga visual, causadora de acidentes de trabalho. A cor permite substituir as faixas de contraste de luz por oposição de nuances, com a utilização do mesmo fator de reflexão. A análise de dados científicos vem fornecendo informações fundamentais para a escolha das cores das superfícies internas do espaço construído. O uso da cor em indústrias é um fato a ser considerado devido a sua importância em termos de sinalização, quando aplicada para a indicação de funções específicas, e redução da fadiga visual mediante adoção em planos de trabalho em contraste com as superfícies internas do espaço construído, fatores que colaboram para a redução dos acidentes de trabalho e aumento da produtividade do operário. A distância entre a pintura destinada à proteção/manutenção do local, à pintura que vise o conforto ambiental, é mínima, e o acréscimo de custos desprezível frente às vantagens apresentadas. O local de trabalho é também um local de vida. Além dos ambientes destinados à produção e

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ao estoque, há um certo número de espaços sociais colocados à disposição dos operários, como: vestíbulos, sanitários, salas de repouso, refeitórios, que, agenciados de maneira funcional, pedem uma animação pela cor, em harmonia ou rutura com a ambientação dos espaços de produção. É importante dizer que o uso adequado da cor nos ambientes de trabalho é um fator preponderante, podendo auxiliar na saúde, segurança e bemestar das pessoas que nele trabalham. Além do benéfico efeito psicológico devido às boas condições ambientais, há uma diminuição no risco de fadiga visual e consequente diminuição de trabalhos falhos, decorrendo deste modo um aumento na eficiência da produção. Ao se criar um ambiente agradável para a realização de uma tarefa, podese diminuir a ocorrência de problemas visuais, fazendo com que o operário concentre mais sua atenção na tarefa que está executando que fora dela. Atualmente, a cor é reconhecida como um importante fator de realização de um quadro de adaptação ao trabalho, e através de sua utilização adequada, Procura-se : •

harmonia estética;

conforto visual;

conservação e limpeza dos ambientes;

incentivo à convivência social;

programação visual;

caracterização de status de função / periculosidade.

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Para obter : •

Maior eficiência e produtividade por parte do trabalhador;

Redução da fadiga visual;

Aumento da segurança no ambiente de trabalho, devido a melhor identificação dos locais;

Redução dos afastamentos de operários (abstenções) devido a ocorrência de acidentes de trabalho.

De modo a reduzir ao máximo os esforços de adaptação do olho, é necessário estar ciente que as áreas que constituem o campo visual da tarefa a cumprir não devem apresentar contraste de iluminância elevado. Uma vez que a iluminação do posto de trabalho deve ser bastante elevada, é importante que esta seja a mesma para o fator de reflexão das paredes, das máquinas e de outros equipamentos. Entretanto, como as paredes e as máquinas recebem mais poeira que o teto, assim como se encontram mais diretamente relacionadas à tarefa visual exercida pelo operário, devemos adotar para elas, um fator de reflexão menos elevado, ao passo que o teto, deve apresentar um fator de luminância mais elevado, devido ao fato de se constituir o principal superfície de reflexão da luz natural que incide sobre a abertura lateral. 5.5 Variação brusca do nível de iluminamento A variação brusca da iluminação dentro do ambiente, ou mesmo em ambientes próximos, prejudica a visibilidade e o desempenho da atividade do trabalhador, podendo causar até acidentes dependendo da gravidade

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do problema. Deve-se tomar cuidados durante o planejamento do projeto, para que essas diferenças acentuadas não ocorram. 5.6 Idade do trabalhador Segundo uma pesquisa da Weston e Fortuin, para uma tarefa de leitura, a iluminância adequada se comporta da seguinte forma: Iluminância relativa necessária aos vários grupos etários para o desempenho de uma tarefa específica: Aos 10 anos de idade

60 lux

≈1

Aos 20 anos de idade

100 lux

≈ 1,5

Aos 30 anos de idade

120 lux

≈2

Aos 40 anos de idade

200 lux

≈3

Aos 50 anos de idade

400 lux

≈6

Aos 60 anos de idade

1000 lux

≈ 15

De acordo com a NBR 5413 da ABNT, alguns níveis recomendados para iluminação de interiores constam da tabela abaixo. Segundo a mesma fonte, as atividades foram divididas em três faixas: A, B, C e cada faixa com três grupos de iluminâncias, conforme o tipo de atividade. 5.7 Incidência direta da luz As janelas, clarabóias ou coberturas iluminantes, deverão ser dispostas de maneira que o sol não venha incidir diretamente sobre o local de trabalho, prejudicando a atividade do trabalhador dentro do ambiente;

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS –

Iluminação – Conceitos Básicos – Professor D'Ávila (http://www.cefetsp.br/edu/davila/ifa/Ilumina_aula1_IFA.ppt)

http://ciencia.hsw.uol.com.br/luz2.htm

http://www.catep.com.br/dicas/TIPOS DE LAMPADAS.htm

http://www.iar.unicamp.br/lab/luz/ld/Arquitetural/ilumina%E7%E3o

%20industrial/o_projeto_de_iluminacao_na_analise_ergonomica_do_trabalho.pdf

http://www.iar.unicamp.br/lab/luz/ld/Livros/Luminotecnica.pdf

http://www.iar.unicamp.br/lab/luz/ld/Livros/ManualOsram.pdf

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