SEÇÃO I
INTroduÇÃo
Capítulo 1
princípios para a realização de provas Vincent L. Sorrell e Sasanka Jayasuriya
Muitos médicos acreditam que o uso de testes padronizados para a obtenção de certificação pelas bancas é mais um teste de “habilidade de fazer provas” do que de conhecimento. De fato, isso já foi estudado. Publicado no Journal of the American Board of Family Medicine (1), estes autores tentaram estudar o impacto relativo destas “habilidades não clínicas” em comparação com o conhecimento necessário percebido do treinamento de residência. Neste estudo, os não médicos conseguiram ter sucesso superior ao que consideraríamos sorte, confirmando a sua capacidade de executar bem os testes padronizados. Entretanto, eles não chegaram nem perto do valor mínimo necessário para serem aprovados. Acreditamos que o candidato mais bem preparado terá tanto o conhecimento do material do exame como uma compreensão avançada dos “atalhos e armadilhas” dos testes. As sugestões a seguir foram obtidas após discussão com vários ex-alunos, revisão da literatura disponível e nossas próprias estratégias comprovadas de sucessos e falhas do passado. Estas são fornecidas como guias adicionais e nunca devem induzir o leitor a escolher a melhor resposta a partir da informação contida nestes guias. Entretanto, quando o candidato não tem certeza, estas estratégias podem ser valiosas.
Conceitos gerais Foi demonstrado que existem três tipos primários de adivinhação: aleatória, direcionada e informada (2). A adivinhação aleatória ocorre quando se examina a resposta de um modo completamente cego sem nenhuma noção de qual seria e melhor resposta. A adivinhação direcionada ocorre quando a resposta se baseia por um estímulo. A adivinhação informada geralmente é conhecida como a “adivinhação educada” e ocorre quando a resposta se baseia em um conhecimento parcial. Médicos que se submetem a este tipo de exames raramente optam pela adivinhação aleatória, mas geralmente tomam
decisões em adivinhações direcionadas ou informadas (3). Uma importante estratégia durante a realização destas provas é eliminar as respostas que com certeza que estejam incorretas. Por meio da simples remoção destas opções erradas, o examinado aumenta suas chances de responder o item corretamente. Entretanto, se o candidato é capaz de eliminar todas, exceto duas opões de resposta, ele tem 50% de chance de responder corretamente. Os responsáveis pela formulação dos testes declaram que aproximadamente 85% das questões são apresentadas em forma de cenários clínicos e não em fatos de conhecimento remoto. Vinte e dois por cento das questões utilizam material de exames anteriores, e a maioria das perguntas enfatiza o conhecimento geral. É raro que um material altamente atualizado seja incluso no teste já que as questões são compiladas mais de 1 ano antes da data do exame. Certamente, os estudos clínicos mais recentes não serão testados. O ASCeXAM atualmente é feito em centros de exames computadorizados. O teste é composto por questões de múltipla escolha e análise de casos. No momento em que a revisão deste livro estava sendo realizada, recebemos a informação de que o ASCeXAM consistiria de um total de quatro blocos de testes: três blocos de questões de múltipla escolha (60 minutos) e um bloco de análise de casos clínicos (90 minutos). As questões serão categorizadas como oriundas de uma das seguintes categorias: 1. Princípios físicos do ultrassom. 2. Doença valvular cardíaca. 3. Tamanho e função ventricular, doença coronariana, cardiomiopatias. 4. Doença cardíaca congênita e ecocardiografia fetal. 5. Massas cardíacas, doença pericárdica, contração miocárdica e novas aplicações da ecocardiografia. 1