Revista da Comunidade nº 17

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REVISTA DA COMUNIDADE

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EDITORIAL

ÍNDICE

A igreja em células representa uma mudança significativa na sociedade. O novo modelo, que de novo não tem nada, é um desafio para quem está comprometido com a verdade e com a oportunidade de crescimento das pessoas. A igreja primitiva nasceu em células. A célula representa a menor porção de uma matéria viva. Ela representa o grupo menor. A reunião íntima e informal dos cristãos. Na igreja em células, os “grandes astros” cedem lugar aos membros para o pleno exercício ministerial. O Novo Testamento repete inúmeras vezes o conceito de que CADA MEMBRO DA IGREJA É UM MINISTRO e que CADA CASA É UMA IGREJA. “Ora, tudo provém de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por meio de Cristo e nos deu o ministério da reconciliação.” 2 Coríntios 5.18 “E todos os dias, no templo e de casa em casa, não cessavam de ensinar e de pregar Jesus, o Cristo.” Atos 5.42 O desafio está posto! Exige trabalho e coragem. Wagner Fernandes, pastor

Uma igreja família, vivendo o amor de Cristo, alcançando o próximo e formando discípulos Comunidade da Graça Sede Rua Eponina, 390 - V. Carrão - (11) 2090-1800 Para saber o endereço de outras igrejas acesse: www.comuna.com.br/endereco-das-igrejas

EXPEDIENTE Produção: Comunidade da Graça Sede Pastor Presidente: Carlos Alberto de Quadros Bezerra Pastor Responsável: Wagner Fernandes Jornalista Responsável: Fabiana Lima - MTB 58739 Coordenação e Revisão: Paulo Alexandre Sartori Redação: Elisabete Mazi Projeto Gráfico e Editoração: André Rinaldi Contato Publicitário: Gabriela Rosaneli Tiragem: 10.000 exemplares Os anúncios contidos nessa edição são de única e exclusiva responsabilidade dos anunciantes, não tendo a Igreja Comunidade da Graça nenhuma responsabilidade sobre o conteúdo e veracidade dos mesmos. Interessados em anúnciar na próxima edição,

midia@comuna.com.br | 11 3588 0575

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Visão

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Liderança

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Deus Agindo

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Eles Andaram com Jesus

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Fundação CG

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Especial

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Igreja-Família

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Capa

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Ponto de Vista

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Apocalipse

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Saúde

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Aconteceu


VISÃO

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Comunidade da Graça nasceu em 25 de fevereiro de 1979 quando o pastor Carlos Alberto de Quadros Bezerra recebeu uma direção de Deus para a formação de uma igreja família. Além de sua própria família, alguns amigos uniram-se ao pastor naquele momento histórico, marcando o início de um sonho de dar continuidade ao projeto eterno de Deus para a terra: ter uma família com muitos filhos parecidos com Jesus (Romanos 8:29).

da humanidade. A Graça veio por meio Jesus (João 1:17) em substituição à incapacidade da lei ou das obras humanas para a salvação do homem (Gálatas 2:21; Efésios 2:8).

Como o próprio nome sugere, a palavra Comunidade é a tradução de um grupo social cujos membros têm um mesmo governo (o de Jesus) e estão irmanados por uma mesma herança cultural e histórica (a da primeira igreja em Jerusalém – Atos 2). O sonho foi se transformando em realidade. As pessoas começaram a reunir-se para adorar a Deus num ambiente familiar de amor e serviço mútuo. No templo e nas casas.

A logomarca da Comunidade da Graça em formato de Quatro Peixes, onde cada peixe representa um vértice do texto da Visão, faz uma menção honrosa aos atuais e primeiros cristãos em tempos de perseguição. Para um cristão identificar outro irmão na fé, desenhava um arco na areia. Se a outra pessoa era cristã, desenhava o arco ao contrário, formando assim, o desenho de um peixe. Com o passar dos anos a figura do peixe associou-se então ao Cristianismo. Ela também representa a unidade entre os membros da Comunidade da Graça.

O termo Graça, favor imerecido, resume a obra perfeita do Pai, Filho e do Espírito Santo em favor 4

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A saudação Graça e Paz, introduzida pelo apóstolo Paulo na igreja cristã, foi sendo reproduzida e aceita entre os membros da Comunidade da Graça como mais uma expressão do compromisso com a mesma missão de Jesus.


Uma igreja família é representada: •

pelos peixes grandes e pequenos que estão entrelaçados;

pelos peixes em forma de dois anéis sobrepostos, lembrando a idéia de aliança.

Vivendo o amor de Cristo é representado: •

pela proximidade dos peixes e o seu entrelaçamento entre si;

a cor vermelha também lembra o sangue de Cristo que foi derramado na cruz, trazendo perdão e unidade entre os homens.

Alcançar o próximo está representado: •

pela idéia de movimento dos peixes;

e por estarem lado a lado, os maiores com os menores.

Fazer discípulos é representado: •

pelos peixes pequenos seguindo os grandes, significando que o discipulado é aprendido pelo exemplo de vida;

e pelos dois peixes grandes com a cabeça próxima, mostrando que todos precisam estar sendo discipulados e orientados, mesmo os mais maduros. REVISTA DA COMUNIDADE

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LIDERANÇA

A décima sexta qualidade de um líder por John C. Maxwell

“Em última análise, a única qualidade que toda pessoa bem-sucedida possui é a habilidade de assumir responsabilidade.” Michael Korda

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o final de 1835, um grupo de rebeldes texanos sitiou um pequeno forte. Os soldados mexicanos que defendiam o forte se renderam e foram para o sul. Essa ação preparou a cena de um dos maiores eventos heróicos dos Estados Unidos: a batalha do Álamo entre colonos americanos e o Exército mexicano. Por 25 anos, cidadãos texanos tentaram conquistar sem sucesso a independência do governo mexicano. Mas dessa vez, 183 voluntários resolutos dominavam o forte sob o tema “Vencer ou Morrer”. Milhares de soldados mexicanos sitiaram o Álamo, antigo nome do forte, com a proposta de rendição dos rebeldes texanos. Quando o inimigo disse que não teria clemência, os americanos não se moveram e mantiveram-se firmes. A batalha seria inevitável. Os texanos enviaram o jovem James Bonham para tentar trazer reforços. Saindo à noite, Bonham percorreu 150 km até Goliad, mas não havia nenhuma tropa disponível. Na manhã de 6 de março de 1836, o exército mexicano irrompeu contra o forte. Nenhum dos 183 defensores 6

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sobreviveu, embora conseguissem levar 600 soldados inimigos para o túmulo. Mas onde estava Bonham? Preso ao seu senso de responsabilidade, ele tinha voltado ao Álamo, atravessado as tropas inimigas e se juntado aos seus camaradas. Ele havia lutado e morrido. Embora os americanos tivessem sido derrotados, essa batalha foi o ponto crucial na guerra contra o México. Sabem qual era o grito nas batalhas subseqüentes contra o general Santa Anna? “Lembrem do Álamo”. Menos de dois meses depois, o Texas assegurou sua independência. Hoje, as pessoas se concentram mais em seus direitos do que em suas responsabilidades. “Se você deseja enriquecer, invista em processos de indenização. Este é o setor que mais cresce nos Estados Unidos” Haddon Robinson. Bons líderes jamais adotam a postura de vítimas. Reconhecem que sua identidade e posição são de sua própria responsabilidade – não de seus pais, cônjuges, filhos, governo, patrões ou colegas de trabalho. Enfrentam tudo e fazem o melhor que podem,


sabendo que só terão oportunidade de liderar o time se provarem que são capazes de tomar as rédeas.

Características de pessoas que assumem responsabilidades

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Executam a tarefa com empenho. Perguntaram a um milionário porque trabalhava de 12 a 14 horas por dia. Ele respondia que 8 horas era para quem quer sobreviver e que ninguém pode alcançar o seu potencial máximo fazendo o mínimo.

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Estão dispostos a ir além. Pessoas responsáveis nunca reclamam: “Isso não é trabalho meu”. Fazem o que for preciso para finalizar o trabalho na empresa.

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São impelidas pela excelência. As pessoas que desejam a excelência – e que trabalham duro para alcançá-la – são as mais responsáveis. Faça da alta qualidade seu objetivo, e a responsabilidade virá naturalmente.

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Produzem independentemente da situação. A grande qualidade de uma pessoa responsável é a capacidade de concluir e observar diligentemente os detalhes finais.

Admita o que não está bom. Se você tem dificuldade em alcançar a excelência, talvez tenha reduzido seus padrões. Procure em sua vida pessoal as áreas em que você perdeu o controle das coisas. Faça mudanças para alcançar padrões mais elevados. Encontre ferramentas melhores. Se seus padrões são elevados, sua atitude é boa, trabalha duro e com coerência, e mesmo assim não obtém êxito, talvez esteja faltando ferramentas. Faça um curso, leia livros, ouça um CD, procure um mentor.

Reflexão Gilbert Arland aconselha: “Quando um arqueiro erra o alvo, ele revê a ação e procura a falha em si mesmo. O fracasso em atingir o centro do alvo nunca se deve ao alvo. Para melhorar sua pontaria, aperfeiçoe-se”. Você acerta o alvo no tocante à responsabilidade? Os outros o vêem como alguém que conclui tarefas? As pessoas olham para você como alguém capaz de tomar as rédeas em situações de pressão? Você é conhecido pela excelência? Se você não tem obtido o mais alto desempenho, talvez precise desenvolver um senso mais forte de responsabilidade.

Ação diária

Para reforçar seu senso de responsabilidade Esteja atento às circunstâncias. Da próxima vez em que você estiver numa situação em que deixará de cumprir um prazo, um contrato, uma tarefa, pare e pense como obter sucesso. Pense nas opções não usuais. Você pode trabalhar mais? Alguém pode te ajudar?

Um detento da penitenciária de Butte, na Califórnia, explicou sua ausência da cela aos guardas da prisão: “Eu estava treinando salto com vara, cheguei muito perto do muro e caí por cima dele. Quando recobrei a consciência, corri em volta para tentar encontrar um caminho para dentro da penitenciária, mas como não conheço a região, acabei me perdendo. Quando dei por mim, estava em Chico”. Raramente as pessoas percebem quão fracas são suas justificativas até ouvirem as justificativas de outras pessoas. Texto extraído do livro As 21 indispensáveis qualidades de um líder, de John Maxwell - Adaptado por Wagner Fernandes À venda na livraria da Comunidade Sede - (11) 2090.1814 REVISTA DA COMUNIDADE

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DEUS AGINDO

por Suely Bezerra, pra.

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ocê já passou por um tempo de escassez na vida financeira, na família, na saúde ou em outras áreas de sua vida? Todos nós passamos. Quando enfrentamos essa situação, parece que este momento nunca vai passar. Mas como dizem os antigos: “Não há bem que sempre dure e não há mal que nunca acabe”. E isso é verdade. Com o Senhor então, as más situações passam muito mais rápido. A dificuldade e o deserto não são para nos humilhar. Pelo contrário: é mais um degrau que vamos subir para nossa maturidade. Isso é como “ser provado pelo fogo”. E poderemos louvar a Deus pelo “oásis” que ele nos proporciona depois que tudo passa. A adversidade vem, pois a Bíblia diz que a chuva cai para justos e injustos (Mateus 5.45). Dia mais, dia menos, todos nós vamos passar por dificuldades. Em João 16.33, Jesus diz: “No mundo tereis aflições...”. Ele nos preveniu que isto aconteceria. Podemos ficar tristes, amargurados, bravos, reclamando da situação e esperando compaixão das outras pessoas. Ou entender que o que está acontecendo é para o nosso bem, para o nosso crescimento. “Por meio de muitas tribulações, nos 8

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importa entrar no Reino de Deus.” Atos 14.22. O que vai fazer a diferença, portanto, é a nossa atitude em reação a este momento:

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Diante de uma situação difícil, não fuja!

Quando enfrentamos uma situação ruim, a primeira coisa que queremos fazer é fugir – fugir de casa, do emprego, do casamento, do marido, do pastor, do irmão. Pensamos assim: se eu abandono tudo isso, vou ficar livre. E não é verdade, o problema vai junto com você. Esquecemos que Deus é a nossa provisão e vai nos dar oportunidade de vencer este momento e nesse lugar. Por vezes esquecermos a nossa identidade em Deus. Se Ele cuida das nossas vidas, nada passa despercebido aos Seus olhos. Se Ele me escolheu, me salvou e me santificou, o que é que eu tenho que temer? Posso ter a segurança da vitória nessa situação que estou passando!

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Não esmoreça se a luta for longa

No meio da luta e da confusão, nós não vemos que a provisão de Deus já começou. Nós só enxergamos


o negativo, as coisas que não nos ajudam em nada. Não vemos que por trás de tudo isso, Deus já está trabalhando e nos diz que não temamos, porque Ele vai mostrar a provisão dEle na nossa vida. Não é momento de desistir. É momento de crer e ver a vitória do Senhor!

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Saiba voltar atrás

Muitas vezes, nós, por orgulho, não queremos voltar para acertar uma situação que não ficou bem. Quantos casais tem se separado por isso! Não querem dar o braço a torcer, jogam tudo embaixo do tapete. É necessário voltar e esclarecer os fatos. E esclarecer não é brigar. É explicar o que o outro não entendeu. É pedir perdão quando for o caso. O Senhor tem ensinado na sua Palavra que devemos acertar as nossas pendências com o nosso irmão, seja ele o marido, filho, amigo ou membro da igreja.

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Não fique amargurado

Somos responsáveis pela atitude que tomamos diante das situações. Por vezes, guardamos sentimentos ruins em nosso coração e, mais na frente, vamos colher os frutos disso: doenças, amargura, tristeza, depressão: Isso se dá porque carregamos uma bagagem que deveríamos ter jogado fora. Cuidado com isso! Livrese de toda amargura.

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Creia, a provisão de Deus vem!

No meio da aflição, da luta e da angústia, podemos não perceber as provisões de Deus, mas Ele já tem tudo preparado para nós.

“Porque desde a antiguidade não se ouviu, nem com ouvidos se percebeu, nem com os olhos se viu Deus além de ti, que trabalha para aquele que nele espera.” Isaías 64.4 Os projetos de Deus para sua vida não são coisas pequenas. Ele tem uma infinidade de bênçãos para você! O seu céu começa aqui e agora! Por isso, você tem que levantar a sua cabeça e confessar que crê em um Deus de provisão. Ele já preparou o melhor para você! Não viva sem esperança, achando que as coisas não têm jeito, que nunca vão se resolver. Continue persistindo, porque o dia da vitória está mais perto do que você pode imaginar. REVISTA DA COMUNIDADE

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ELES ANDARAM COM JESUS

por Paulo Alexandre Sartori

Cada casa, uma pequena igreja

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sta coluna tem se dedicado a retratar homens e mulheres que, ao seguir o mestre Jesus, marcaram a história do cristianismo com sua vida pessoal e ministério. Nesta edição vamos falar de um dos primeiros testemunhos da fé cristã. Trata-se do casal de cônjuges Priscila e Áquila, que tiveram um papel muito ativo como colaboradores do apóstolo Paulo na implantação e expansão da Igreja primitiva no século I da nossa era. Os nomes de Áquila e Priscila vêm do latim, mas eles eram de origem hebraica (Atos 18.2). Áquila vinha da região do Ponto, uma província romana às margens do Mar Negro, na atual Turquia, enquanto Priscila, cujo nome se encontra uma vez abreviado como Prisca (2 Timóteo 4.19), era provavelmente uma hebréia proveniente de Roma.

É em Corinto, e também em um posterior retorno a Roma (Romanos 16.3-5), que este casal desenvolve um importantíssimo papel no âmbito da Igreja primitiva: eles acolhem na própria casa o grupo de cristãos locais, se reunindo para escutar a Palavra de Deus e celebrarem juntos. A casa de Áquila e Priscila torna-se, assim, verdadeira igreja para os fiéis. De Corinto, eles foram transferidos para Éfeso. Lá se ocuparam em discipular um judeu alexandrino chamado Apolo. De certa forma, ele já conhecia um pouco a fé cristã, mas “ouvindo-o, porém, Priscila e Áquila, tomaram-no consigo e, com mais exatidão, lhe expuseram o caminho de Deus” (Atos 18.26). Este discipulado foi determinante para que Apolo se tornasse alguém muito útil junto ao ministério do apóstolo Paulo.

O primeiro encontro deles com Paulo aconteceu em Corinto, no início dos anos 50. Eles tinham se mudado para lá vindos de Roma, pois o imperador Cláudio havia expulsado todos os judeus da cidade. Como Paulo, Áquila e Priscila eram fabricantes de tendas, e provavelmente já tinham abraçado a fé cristã em Roma, o que facilitou a aproximação deles.

Não somente pelos apóstolos, mas também graças à fé e ao empenho dos leigos fiéis, como o casal Priscila e Áquila, foi que o cristianismo chegou até a nossa geração. Para que o Evangelho alcançasse o maior número de pessoas e crescesse saudavelmente, era necessário o empenho de cada cristão. E sempre, e somente assim, crescerá a Igreja.

“No Senhor, muito vos saúdam Áquila e Priscila e, bem assim, a igreja que está na casa deles.” 1 Coríntios 16.19

A lição que devemos aprender do exemplo de Áquila e Priscila é que cada casa pode transformarse em uma pequena igreja, família de Deus para todos os tempos.

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FUNDAÇÃO COMUNIDADE DA GRAÇA

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Comunidade da Graça tem como visão ser “uma família, vivendo o amor de Cristo, alcançando o próximo e formando discípulos”; e alcançar o próximo está ligado ao segundo grande mandamento que é exercido através do AMOR: “Amarás o teu próximo como a ti mesmo.” Mateus 22.39 O amor constrange e alcança. Mas o amor deve ser transmitido não só por palavras, mas principalmente por atitudes. Praticar boas obras é algo inerente à vida cristã. “A fé sem obras é morta” Tiago 2.26 Assistir o próximo em suas necessidades básicas é a missão da FCG. Através do serviço de natureza diversa, que atende àqueles que não dispõem de recursos suficientes, o amor de Deus é transmitido, gerando mudança de vida espiritual e social. Mas a pergunta é: “E EU COM ISSO?”. Afinal de contas já existe uma Fundação que desenvolve estas “boas obras”... Faltam voluntários para ampliarmos o nosso trabalho. Há uma demanda de pessoas necessitadas não só de alimento, vestuário ou trabalho, mas carentes do amor de Cristo. Há hospitais, casas de recuperação, penitenciárias aonde este amor não chega. E a igreja de Cristo? Onde está? Jesus veio para os doentes e necessitados, mas quem levará a eles esta Palavra que liberta? O amor

em ação brota do coração de Deus e da mesma forma deve brotar em nosso coração, no coração da igreja: “Porque tive fome, e me destes de comer; tive sede, e me destes de beber; era estrangeiro, e me hospedastes; estava nu, e me vestistes; adoeci, e me visitastes; estive na prisão, e fostes me ver.” Mateus 25.35-36

Jesus disse também: “Assim brilhe a luz de vocês diante dos homens, para que vejam as suas boas obras e glorifiquem ao Pai de vocês, que está nos céus.” Mateus 5.16 (NTLH) Venha! Seja um voluntário ativo e abundante na obra de Deus. Vamos alcançar o próximo: “E Deus é poderoso para fazer abundar em vós toda a graça, a fim de que tendo sempre, em tudo, toda a suficiência, abundeis em toda a boa obra.” 2 Coríntios 9.8 Agora responda: E eu com isso?

Para saber

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Acesse o site www.fcg.org.br e conheça melhor o nosso trabalho. Saiba como você pode participar desta GRANDE OBRA! REVISTA DA COMUNIDADE

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ESPECIAL

por, Gilberto Dalmaso, pr

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chamada terceira idade vem sendo excluída pelas novas gerações que, fascinadas com a possibilidade de prolongar cada vez mais a juventude, acabam por deixar de lado toda sabedoria adquirida pelos mais velhos ao longo de toda uma vida. O filósofo Cícero (orador e escritor romano), com o qual concordo plenamente, dizia o seguinte: “Acaso os adolescentes deveriam lamentar a infância e depois, tendo amadurecido, chorar a adolescência? A vida segue um curso preciso e a natureza dota cada idade de suas qualidades próprias. Por isso a fraqueza das crianças, o ímpeto dos jovens, a seriedade dos adultos, a maturidade da velhice são coisas naturais que devemos apreciar cada uma em seu tempo.” 12

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Infelizmente, a experiência da velhice é pouco valorizada no nosso país. No passado, a palavra dos mais velhos era importante dentro do ambiente familiar. Mas atualmente, diante dos novos valores, essa opinião é geralmente a última a ser dita e a primeira a ser esquecida pelos mais jovens. Porém o mandamento de Deus para todos nós é este:

“Diante das cãs te levantarás, e honrarás a face do ancião...” Levítico 19.32 Definitivamente, esse é um problema que me preocupa. Principalmente se pensarmos no idoso aposentado, que não tem família e tampouco atividades a realizar, o que faz com que ele se sinta menos importante do que os demais e sem utilidade para a sociedade.


“Na velhice darão fruto, serão cheios de vida...” Salmo 92.14 Desenvolver atividades que incluam idosos é uma forma de cidadania ativa que traz resultado, principalmente na qualidade de vida da população, e torna a cidade mais humana. Isso faz com que o idoso se sinta motivado a passar aos mais novos toda a sua experiência de vida. O idoso, independente de sua formação, adquire ao longo dos anos uma sabedoria capaz de preencher uma biblioteca inteira, pois só ele já passou por todas as fases da vida, e talvez esteja escrevendo hoje o último capítulo do livro de sua história. E, mesmo que com limitações, ele chegou vitorioso à idade madura.

“Um homem só é velho, quando os seus desgostos tomaram o lugar dos seus sonhos.”

John Barrymore

Basta olhar ao nosso redor e iremos nos deparar com experiências únicas de valor inquestionável. A valorização do idoso no Brasil é um tema que deve ser considerado com mais freqüência pela sociedade e nossas famílias, e também é um paradigma a ser vencido em nossas igrejas.

“Tenha sempre em mente que a pele enruga, que o cabelo embranquece; e os dias se convertem em anos.”

Madre Teresa de Calcutá

Ministério com a Melhor Idade As reuniões do ministério com a melhor idade são no 2o e 4o sábado do mês às 9h da manhã, na Comunidade da Graça Sede REVISTA DA COMUNIDADE

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IGREJA - FAMÍLIA

por Fábio Alves Catalani

“Deus tem muito interesse no sucesso dos nossos relacionamentos.” “Ande com gente melhor que você. De ruim, já basta você.” Nosso amado pastor Carlos Alberto usa essa frase há muitos anos para nos ajudar a compreender a importância de escolhermos bem as amizades que pretendemos desenvolver ao longo de nossas vidas. Por isso a ênfase nas células. É lá que podemos desfrutar de amizades significativas que certamente produzirão crescimento e maturidade cristã em nossas vidas; além de sermos preparados para cumprir a grande comissão (Marcos 16.15 – Mateus 28.19-20). A primeira igreja cristã nasceu nos lares e trouxe benefícios à sua vizinhança (Atos 2). O versículo 47 mostra o prazer que Deus tinha nessa igreja, ao ponto de encaminhar pessoas para lá diariamente a fim de serem salvas. Que igreja extraordinária! Digna de ser imitada em todas as épocas. Os jovens da Comunidade da Graça Sede vivem um tempo muito precioso. As células têm ganhado uma visão clara da importância dos encontros nas casas. 14

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São muitos os testemunhos sobre o espantoso envio de gente nova para os grupos. Algo que não acontecia quando nos reuníamos dentro do prédio da igreja. O Senhor tem nos conduzido ao mesmo sentimento de amor e zelo uns pelos outros, e principalmente pelos perdidos, tal como a igreja primitiva. Por isso, Satanás tem trabalhado intensamente no intuito de enganar jovens sobre o que de fato é importante. Muitos acreditam que somente serão felizes se conquistarem o trabalho dos sonhos, se fizerem um curso promissor, se comprarem o carro do ano, se usarem as roupas da moda... e a lista é imensa. Tudo isso suga as energias da juventude. Muitos trabalham longas horas para pagar o alto preço do status. Preço que custa, em geral, a relação com familiares, amigos e a sociedade. Mas, quando esses jovens chegam às nossas células de jovens, eles são impactados pela qualidade de atenção, interesse e amizade dos membros do grupo. Alguns experimentam, pela primeira vez, uma


relação onde as pessoas não são valorizadas pelo que têm, e sim, pelo que são. Numa recente multiplicação de célula de jovens, o dirigente abriu espaço para os membros falarem da importância do grupo em suas vidas. Um depoimento me chamou muito a atenção. Um moço de 16 anos de idade disse que a célula representava uma nova chance para ele, em função de inúmeras frustrações em relacionamentos anteriores. Deus está nos ensinando o valor das relações com outras pessoas. Ele está nos chamando e inspirando a valorizar cada novo membro. Muitos jovens têm sido libertados do poder do pecado e da influência de maldições familiares, curados de enfermidades, salvos pelo poder da cruz de Cristo. Tudo isso nas células.

Um jovem que chega a uma de nossas células participa dos quatro benefícios de Atos 2.42: Cheguei à Comunidade da Graça em 1999 e logo me conectaram a uma célula. Dou graças a Deus por isso, pois certamente eu teria desistido de Jesus nas muitas lutas e crises que passei, se eu não tivesse sido sustentado pelos irmãos. Sou prova de que a célula é um lugar de transformação total de vida, de uma resposta para nossa geração perdida e corrompida. A célula cria relacionamentos com propósitos que geram consistência para a igreja local. Isso ajuda a evitar que a igreja se transforme num clube onde os membros buscam benefícios o tempo todo. Afinal, o sonho de Deus é ter uma família na Terra, onde cada membro é um ministro, cada casa é uma igreja. Aprendi isso com o pastor Carlos Alberto.

Para participar de uma Célula de Jovens ligue para Adriana (11) 2090-1817 ou envie um email para ctl@cgbr.com.br

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Ensino dos apóstolos

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Comunhão

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Na célula o fundamento principal do encontro é a Palavra de Deus. Os ensinos das Escrituras Sagradas são compartilhados com o objetivo de levar cada membro do grupo a amar mais a Deus e as pessoas. O boletim semanal nos ajuda a destacar princípios que afetam diretamente nossa realidade jovem, promovendo mudanças profundas em nosso dia a dia.

Comunhão é mais que do que apenas amizade. Comunhão significa compartilhar a vida de Jesus Cristo. É a unidade realizada pelo Espírito Santo entre os cristãos, com suas vitórias e tentações. Na comunhão deixamos de ser independentes para nos tornarmos corpo de Cristo, priorizando os valores do reino de Deus, e andando na direção do amado mestre Jesus.

Partir do Pão O partir do pão fala de intimidade sadia entre os membros da célula. Os cristãos tomam suas refeições lembrando-se do Senhor até que Ele venha buscar Sua igreja. É na mesa que os jovens sentem liberdade para falar de suas vidas descontraidamente, informalmente. Surge daí a grande oportunidade para conhecer gostos, sonhos e desafios pessoais uns dos outros.

Orações Na célula há ainda a oportunidade de entrar em contato com as lutas e necessidades uns dos outros. A ajuda mútua em oração e intercessão, exercendo a autoridade que Jesus nos deu (Lucas 10.19), produz grandes milagres. Cada pessoa que participa de uma célula de jovens é alvo de oração, ao mesmo tempo em que se torna um intercessor, um ministro de benção na vida de outros.

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CAPA

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por Carlos Alberto Bezerra, pr.

“Diariamente perseveravam unânimes no templo, partiam pão de casa em casa e tomavam as suas refeições com alegria e singeleza de coração, louvando a Deus e contando com a simpatia de todo o povo. Enquanto isso, acrescentava-lhes o Senhor, dia a dia, os que iam sendo salvos.” Atos 2.46-47

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estes mais de quarenta anos de ministério eclesiástico, assisti aos mais diversos caminhos pelos quais a igreja brasileira percorreu. Vi, não só na Comunidade da Graça, como também em outras denominações, importantes transformações na ordem do culto e nos rumos da igreja. Na minha trajetória, contando sempre com a graça de Deus e apoio de líderes fiéis, passei pelas mais variadas experiências. Houve época em que a nossa igreja enfatizava muito mais a cura divina e a libertação de influências demoníacas. Nossos cultos tinham uma dinâmica intensa, envolvendo cânticos que proclamavam a vitória de Cristo sobre a maldade, mensagens evangelísticas com foco na vida e ministério de Jesus, e a maior parte do tempo do culto era dedicada à imposição de mãos sobre pessoas enfermas e atormentadas por espíritos malignos. Era impossível continuar com a mesma camisa depois de atender às longas filas de gente aflita. A tarefa era muito compensadora porque contávamos com a influência direta do Espírito Santo. REVISTA DA COMUNIDADE

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A fase seguinte, tão importante quanto a anterior, exigia da Comunidade da Graça uma concentração maior na teologia, no fundamento da fé bíblica. O crescimento da chamada igreja evangélica no Brasil nunca nos poupou de exageros, confusões e heresias. As pessoas em geral, fragilizadas por suas carências e dificuldades, sempre foram enganadas e exploradas por gente mal intencionada, que ensinava doutrinas de homens ou de demônios. “Ora, o Espírito afirma expressamente que, nos últimos tempos, alguns apostatarão da fé, por obedecerem a espíritos enganadores e a ensinos de demônios.” 1 Timóteo 4.1 Reafirmávamos com Deus e com o povo o nosso compromisso de pregar o evangelho sem mistura. O evangelho da graça; de Deus operando tudo em todos (1 Coríntios 12.6). Nossa mensagem deveria estar alinhada com a mesma mensagem de Jesus. Nossa proclamação passou a voltar-se para o Novo Nascimento, a Obra Perfeita da Cruz e o Projeto Eterno de Deus de ter ‘uma família com muitos filhos semelhantes a Jesus’ (Romanos 8.29). Não bastava mais as pessoas apenas freqüentarem os cultos de domingo. A necessidade de convivência com outros cristãos era maior. Surgiam então os Grupos Familiares. Reuniões que aconteciam nas casas de líderes principais. Reforcei com meus líderes a importância de se cantar a Palavra. Não bastava o rigor na exposição das verdades bíblicas através das pregações. As músicas também deviam estar alinhadas com as Escrituras. Nessa época tínhamos um encontro semanal no Centro do Professorado Paulista todas as segundas-feiras. Que momento fantástico!

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Hoje, mantido o compromisso com a verdade bíblica, a Comunidade da Graça organizou os GCEMs (Grupos de Comunhão, Edificação e Multiplicação), que são células de relacionamentos com vistas ao desenvolvimento de cada crente e a atuação mais forte da igreja na evangelização das pessoas. As células representam exatamente a igreja. Elas são a extensão da igreja nos lares. O passado foi bom, o presente é desafiador, mas o futuro é incomparavelmente melhor. E a razão é simples: hoje temos um número crescente de pessoas envolvidas com o ministério. A Comunidade não é mais um igreja centrada num personagem principal, no “grande homem de Deus”, embora eu seja, como pastor fundador, honrado por todos os membros da igreja. O horizonte é de crescimento e expansão através das células. Há um número incontável de pessoas envolvidas na missão de cuidar de outras, de treinar outras e de não jogar mais para os pastores a missão exclusiva de pastorear o rebanho de Deus. Rendo minhas homenagens e gratidão a Deus por milhares de pessoas anônimas; gente que nem conheço direito, mas que estão ligadas a outros líderes e fazem um trabalho digno dos grandes personagens da historia cristã. Gente que renuncia ao conforto para organizar, liderar e trabalhar para o desenvolvimento das células. Que nada mais é do que o desenvolvimento das próprias pessoas. E é bom lembrar que a igreja são as pessoas. Nenhum pastor consegue conduzir sozinho o seu rebanho. Eu não seria uma exceção. A Comunidade da Graça está aberta para compartilhar a função pastoral com os antigos e os novos crentes através das células. Não é um trabalho fácil. Requer paixão. Mas não faltam apaixonados de novo entre nós. Não há do que se gabar. A igreja nasceu assim e Deus nos ajude a mantê-la na direção do aperfeiçoamento dos santos para a obra do ministério (Efésios 4.12). A igreja em células é uma resposta para todos aqueles que estão perdidos e não acreditam mais que alguém se importe.

Célula orgânica A célula representa a menor porção de matéria viva. É a unidade estrutural e funcional dos organismos vivos. Como estruturas, podem ser comparadas aos tijolos de uma casa, e funcionalmente podem ser comparadas aos aparelhos e eletrodomésticos que tornam uma casa habitável. Cada tijolo ou aparelho seria como uma célula. Alguns organismos, tais como as bactérias, são unicelulares (consistem em uma única célula). Outros organismos, tais como os seres humanos, são pluricelulares. A teoria da célula, desenvolvida primeiramente em 1838 por Matthias Jakob Schleiden e por Theodor Schwann, indica que todos os organismos são compostos por uma ou mais células. Todas as células vêm de células preexistentes. As funções vitais de um organismo ocorrem dentro das célulaas, e todas elas contêm informação genética necessária para funções de regulamento da célula, e para transmitir a informação para a geração seguinte de células. Um corpo começa a ser formado a partir das células, e a Igreja – que é o corpo de Cristo – também. David Yonggi Cho, pastor da Igreja do Evangelho Pleno da Coréia do Sul, escreve em seu livro Grupos Familiares e o Crescimento da Igreja: "Nossa igreja tornou-se um organismo vivo, no qual as células são vivas, funcionando identicamente às células do corpo humano. Em um organismo vivo as células crescem e se dividem. Onde antes existiu uma célula, agora existem duas. Depois haverá quatro, oito, dezesseis e assim por diante. Elas são simplesmente acrescentadas ao corpo numa progressão geométrica". É nas células que as pessoas são atendidas em suas necessidades físicas e espirituais, necessitados recebem beneficência, os feridos e traumatizados a cura, os laços conjugais são restaurados. É nas células que o Corpo de Cristo cresce, se desenvolve e multiplica.

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PONTO DE VISTA

Folha de S. Paulo destaca opinião de Carlos Bezerra Jr. em defesa da infância

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jornal Folha de S. Paulo publicou no Dia Nacional de Combate à Violência Sexual Contra Crianças e Adolescentes (18 de maior) artigo do pastor e deputado estadual Carlos Bezerra Jr. sobre iniciativas para defesa da infância. No texto, o parlamentar criticou a falta de políticas públicas para garantia dos direitos da infância, lembrou as investigações da “CPI da Pedofilia” – da qual foi relator – e lembrou o crime de Wellington Menezes, que se suicidou após matar 12 pessoas em escola do Realengo, zona da cidade do Rio de Janeiro. “Poder ser uma voz cristã e contribuir com esse debate no principal jornal do país é uma avanço importante. E é positivo que a imprensa abra espaço para um debate desse tipo. A violência contra crianças é um mal que afeta toda a sociedade e que precisa ser discutido de maneira amplificada. Nesse sentido, um espaço como esse, na Folha, é privilegiado”, afirmou Bezerra Jr.

Artigo de Carlos Bezerra Jr na Folha de S. Paulo: foco nos direitos da infância

Deputado dá palestra em fórum cristão e chama atenção para “crianças invisíveis” Em preleção na Igreja Batista de Água Branca (Ibab), Carlos Bezerra Jr. voltou a falar da temática da proteção à infância. O evento, chamado Fórum Cristão de Profissionais, discutiu a violência cotidiana. O debate teve a participação do reverendo Antonio Carlos, presidente da ONG carioca Rio de Paz – que já visitou a Comunidade da Graça – e a mediação do pastor Ed René Kivitz. “Procurei chamar atenção para o contexto de indiferença que impede que muitos – inclusive dentro das igrejas – enxerguem a dor das crianças vítimas de violência, as carências 20

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dos mais frágeis, daqueles que não podem se defender. Não podemos nos esquecer de que violência produz violência. O adulto que interage com violência muito provavelmente foi tratado dessa forma na infância e ninguém percebeu que ele necessitava de atenção”, contou o parlamentar. Também no dia 18 de maio, como noticiou a Revista da Comunidade, Bezerra Jr. participou e apoiou manifestação na Avenida Paulista com mil pessoas, entre crianças e adolescentes, em protesto contra o abuso sexual infanto-juvenil.


A omissão e as ‘crianças invisíveis’ A morte de uma criança representa um pedaço do futuro que se vai, rouba-nos a esperança. O massacre do Realengo, no Rio, deixou-nos especialmente chocados pela forma, pela frieza, pela mídia, pelo espetáculo. Porém, milhões de crianças e adolescentes têm morrido dia a dia vitimas dos múltiplos tipos de violência que uma sociedade e, pior, uma igreja indiferentes e desatentas praticam cotidianamente contra eles. Há milhões de meninos e meninas, em salas de aula, nas ruas das cidades ou nas próprias casas, gritando por socorro neste momento, sem serem ouvidas ou vistas por microfone ou câmera de TV. O intelectual alemão Bertolt Brecht afirmou que “Do rio que tudo arrasta, diz-se que é violento. Mas ninguém chama violentas as margens que o comprimem”. E eu, quando vejo uma tragédia tão assustadora, penso no tipo de opressão que pode causá-la. Sabemos que vítimas de violência podem se tornar abusadores quando adultos e se não formos sensíveis o suficiente para enxergá-las e capazes de interromper o ciclo de abusos de nada valerá, por exemplo, o desarmamento – nem que seja mais do que bem-vindo – ou a instalação de patéticos detectores de metal na porta das escolas. Tratar nosso próximo como invisível, optar por não vêlo em suas carências e necessidades é incompatível com o cristianismo genuíno. O Evangelho é para o homem todo: converter-se a Ele tem de vir acompanhado da conversão ao nosso próximo. Principalmente àqueles que não podem defender-se, aos mais frágeis, às crianças vítimas de violência.

Deputado em palestra na Igreja Batista de Água Branca.

Quando fui escolhido como relator da CPI da Pedofilia, ainda como vereador, na Câmara

Municipal, optei por estudar a fundo a máquina pública organizada para proteção da infância – ao invés de enfatizar medidas espetaculosas que nada resolvem. Crianças vítimas de abusos não têm a quem recorrer, não encontram profissionais capacitados. Dependem de políticas precárias, estão alijadas de seus direitos e precisam de gente que as enxergue, que tenha o olhar sensibilizado aos sinais que emitem e os ouvidos atentos a sua voz. Jesus é quem nos ensina sobre a importância de nossos meninos e meninas. “Quando fizestes a um destes meus pequeninos, a mim o fizestes”, afirma o Mestre no evangelho de Mateus. Certamente Wellington Menezes não teve condições de se defender da infância violenta, assim como não ofereceu defesa a quem matou. Mesmo que o argumento vencedor para explicar seu crime bárbaro seja o da esquizofrenia, também faltou preparo aos profissionais de educação e de saúde que acompanharam o seu desenvolvimento para identificá-la e tratá-la. Faltaram, sem dúvida, pessoas que o enxergassem de fato e sobraram aqueles que ignoraram seu choro. Quando nossas crianças são ignoradas, e, especialmente, quando a Igreja escolhe não perceber sua dor, está também se esquecendo de que Deus não pedirá contas apenas aos abusadores, mas também àqueles que são culpados pelo pecado da omissão. Bob Pierce, pastor fundador da ONG Visão Mundial, maior organização cristã do mundo na luta pela proteção da infância, é autor de uma frase que penso que deva ser nossa oração nesses dias: “Que o nosso coração se quebrante com as coisas que quebrantam o coração de Deus”. CARLOS BEZERRA JR., 43, é pastor da Comunidade da Graça, médico e deputado estadual pelo PSDB. É criador do 1º Observatório da Infância de SP, foi relator da CPI “da Pedofilia” e vereador de São Paulo por 10 anos. REVISTA DA COMUNIDADE

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APOCALIPSE

por Carlos Alberto Antunes, pr.

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o mês de maio, o mundo foi impactado pela notícia da execução do criminoso terrorista Bin Laden pelos soldados de uma força especial da marinha dos Estados Unidos.

Através dos avanços da tecnologia da comunicação, satélites e internet, o ataque norte-americano à casa fortaleza de Bin Laden foi acompanhado online pelas máximas autoridades da Casa Branca, incluindo o presidente Obama. Imediatamente após o ataque ter terminado com a morte do terrorista, o mundo inteiro pode ouvir a notícia e ver o seu esconderijo em chamas no Paquistão. 22

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Em muitos lugares nos Estados Unidos e em outros lugares da terra, houve várias manifestações de alívio e alegria pela morte do líder da Al Qaeda, incluindo de certas autoridades de países da Europa e até mesmo do atual secretário geral da ONU, o sul-coreano Ban Ki-moon. Quando tudo isto chegou ao meu conhecimento, o Espírito Santo me fez lembrar uma passagem fantástica do livro de Apocalipse, onde se descreve o mundo inteiro assistindo a morte das duas testemunhas cristãs que vão “aterrorizar” as nações durante o governo monstruoso (a besta) do anti-Cristo.


“Estes homens têm poder para fechar o céu, de modo que não chova durante o tempo em que estiverem profetizando, e têm poder para transformar a água em sangue e ferir a terra com toda sorte de pragas, quantas vezes desejarem. Quando eles tiverem terminado o seu testemunho, a besta que vem do Abismo os atacará. E irá vencê-los e matálos. Os seus cadáveres ficarão expostos na rua principal da grande cidade, que figuradamente é chamada Sodoma e Egito, onde também foi crucificado o seu Senhor. Durante três dias e meio, homens de todos povos, tribos, línguas e nações contemplarão os seus cadáveres e não permitirão que sejam sepultados. Os habitantes da terra se alegrarão por causa deles e festejarão, enviando presentes uns aos outros, pois esses dois profetas haviam atormentado os que habitam na terra.” Apocalipse 11:6-10 Então, sempre que eu lia esta passagem que já conheço desde a minha adolescência e até alguns anos atrás, isto tudo parecia algum tipo de ficção, que a gente cria por ser a Palavra de Deus, mas que não via como isto poderia se realizar.

para que todos estes eventos se cumpram em um tempo muito próximo.”

“Eis que venho sem demora; guarda o que tens, para que ninguém tome a tua coroa.” Apocalipse 3:11 Quantas riquezas você já tem recebido do Senhor: salvação, o Espírito Santo, família, irmãos, discípulos, ministério, dons, recursos financeiros etc.? Você está administrando tudo isto com a mentalidade de multiplicar todos estes bens que o Senhor lhe tem dado? Senão fizermos isto, acabaremos reprovados pelo Senhor, pois Ele deseja que multipliquemos todos os bens que Ele nos dá, para recebermos a coroa da vitória.

“ Se, por outro lado, temos poucas riquezas espirituais, é tempo mais do que urgente de buscá-las no Senhor” . Apocalipse 3:18. O espetáculo da morte de Bin Laden já acabou com seu sepultamento no mar, mas aqueles duas testemunhas que repesentarão a igreja perseguida, embora muito poderosa desta época já tão próxima, ressuscitarão ao fim de 3 dias e meio, e subirão aos céus, trazendo muito temor ao mundo inteiro (Apocalipse 11:11-14); tudo isto será uma antecipação do arrebatamento de toda a Igreja na volta de Cristo, e da destruição final de Satanás. Obama assiste ao vivo a execução de Bin Laden

Depois dos grandes avanços da tecnologia, isto começou a fazer sentido. Mas especialmente agora com este acompanhamento mundial da morte de Bin Laden, que é quase uma “avant-premiére” das cenas do Apocalipse, podemos perceber que aquilo que foi profetizado há mais de 2000 anos atrás, já tem todas as condições de se cumprir. Parece o Senhor falando à nós, seus discipulos: “Estão vendo? Tudo já está devidamente preparado REVISTA DA COMUNIDADE

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SAÚDE

Dicas para curtir o friozinho com saúde por Dra. Lígia Maria Singillo Camargo

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inverno é uma estação em que ocorrem mudanças bruscas de temperatura, o que predispõe nosso corpo a infecções respiratórias e alérgicas. As doenças mais comuns desta época são as gripes, asma, bronquite, rinite, sinusite, otite e pneumonia. A queda da temperatura, a baixa umidade relativa do ar e o aumento do nível de poluição atmosférica, aumentam os casos. As infecções mais comuns são as gripes e resfriados. O resfriado é uma infecção simples causada por vários vírus, como o rinovírus, com sintomas mais brandos como coriza, dor de garganta, obstrução nasal e geralmente sem febre. O tratamento consiste em repouso, ingestão de líquidos e sintomáticos (medicações para os sintomas).

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A gripe geralmente é contagiosa, causada unicamente pelo vírus Influenzae, com quadro mais grave de febre alta, calafrios, sudorese, tosse, dor de cabeça e no corpo, levando a pessoa a ficar de cama. Se os sintomas tiverem menos de 2 dias, pode-se usar antivirais. Recomenda-se como prevenção a vacina da gripe, que deve ser aplicada anualmente, devido às mutações do vírus. A pneumonia é causada por bactérias e é a maior causa de internação no SUS e a maior causa de morte em crianças abaixo de 6 anos de idade no mundo. Os alérgicos com sintomas persistentes e os asmáticos pioram no frio e devem procurar o médico para tratamento preventivo.


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ACONTECEU

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ábado, dia 04 de junho na Comunidade da Graça em Vila Carrão, aconteceu o Impacto-SP, evento que tem como objetivo mobilizar todos os jovens das Comunidades de São Paulo para, através da música, da Palavra de Deus e da comunhão, impactar esta geração. O louvor foi conduzido pelos jovens da Comunidade de Ermelino Matarazzo, e a Palavra foi compartilhada pelo pastor Fernando Diniz, líder nacional dos jovens e adolescentes da Comunidade da Graça. Aproximadamente 2.000 jovens lotaram a Comunidade Sede e ficou nítida a sensação que o Encontrão Nacional de Jovens 2011 promete transformações, novos desafios e muito mais. O Impacto-SP foi apenas um aquecimento. Este ano, o Encontrão 2011 terá muitas novidades e surpresas, uma delas é a participação do grupo “Livres para Adorar”. Preparem-se, porque vem coisa por aí! 26

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Fernando Diniz: Líder nacional de Jovens e Adolescentes


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