Revista Comuna 102

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HOMENS DE VERDADE, HOMENS DE HONRA

#102 | AGOSTO | 2018

“Seja homem”. Muitas vezes, essa frase vem acompanhada de: “não chore”, “não use essa cor”, “não seja tão sensível”, “não demonstre seus sentimentos”, “não deixe as pessoas mandarem em você”. Mas, será que é isso mesmo que define a masculinidade? Será que são essas coisas que fazem um homem de verdade? Enquanto se fala tanto sobre a identidade e o papel da mulher no Reino de Deus, os homens têm se perdido e se anulado, deixando de lado funções muito importantes, destinadas a eles pelo Senhor. O maior homem que já existiu foi Jesus. Além de mostrar como ser pastor, discipulador, filho, Ele também mostrou como é um homem de verdade. Se dedicou à oração, foi amoroso e gentil, liderou as pessoas com sabedoria, demonstrou seus sentimentos e emoções, valorizou as mulheres. Jesus viveu nesta terra mostrando o que, realmente, é ser homem. E Ele nos chama a viver como Ele nesse sentido também.

DIREÇÃO GERAL:

Carlos Alberto de Quadros Bezerra CONSELHO GESTOR:

Carlos Bezerra Jr, Osmar Dias, Aguinaldo Fernandes, Valmir Ventura, Lair de Matos, Cézar Rosaneli, Fernando Diniz, Gustavo Rosaneli, Ronaldo Bezerra COORDENAÇÃO EDITORIAL:

Carlos Bezerra Jr. Gustavo Rosaneli COORDENAÇÃO DO PROJETO:

Ser um homem de verdade não tem a ver com as coisas que não podemos ou não devemos fazer, mas com aquilo que o Senhor espera que façamos como os cabeças das nossas casas, aqueles que demonstram amor a nossas esposas, pais presentes para os nossos filhos, empregados responsáveis, líderes inspiradores e comprometidos. Nesta edição da Revista Comuna, queremos comemorar o Dia dos Pais falando sobre qual é a função do homem, sobre como Deus nos chama para sermos reis, profetas e sacerdotes. Além disso, temos uma homenagem especial a um grande homem: nosso pastor Carlos Alberto Bezerra, e várias páginas dedicadas ao que está acontecendo nas Comunidades ao redor do Brasil. Deus tem nos chamado para nos posicionarmos como homens de honra. Só assim cumpriremos tudo o que Ele tem planejado para nós e abençoaremos muitas pessoas. Boa leitura. Gustavo Rosaneli, Pela equipe editorial

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Gustavo Rosaneli JORNALISTA RESPONSÁVEL:

César Stagno - MTB 58740 REVISÃO:

Mayra Bondança COLABORADORES:

Mayra Bondança, Enrico Guerrero, Mariana Martins, Equipe de Fotografia da Comunidade da Graça DIREÇÃO DE ARTE E PROJETO GRÁFICO:

Salsa Comunicação CIRCULAÇÃO:

No Estado de São Paulo: São Paulo Capital; Arujá; Atibaia; Balsa; Bragança; Campinas; Caraguatatuba; Guarulhos; Mauá; Mogi das Cruzes; Registro; Santos; São Bernardo do Campo; Socorro; Sorocaba; Tatuí; Taubaté; Ubatuba. Rio de Janeiro: Macaé. Minas Gerais: Governador Valadares; Belo Horizonte; São Sebastião de Vargem Alegre; Visconde do Rio Branco. Paraná: Foz do Iguaçu; Londrina; Maringá; Paranaguá; Rolândia. Pernambuco: Barreiros; Caruaru; Catende; Itapissuma; João Pessoa; Recife; Sta. Maria da Boa Vista. Bahia: Salvador; Vitória da Conquista IMPRESSÃO:

Gráfica MaisType DISTRIBUIÇÃO:

11.500 exemplares


REI, PROFETA E SACERDOTE O homem e sua importante função

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VIVER PARA A GLÓRIA DE DEUS

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MARCELO

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RECOMENDO

O QUE NOS MOVE?

A DECISÃO DE AMAR

Nenhuma realização será expressiva sem a ação do Espírito Santo

Quando é difícil obedecer ao segundo maior mandamento

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75 ANOS DE AMOR E SERVIÇO

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ACONTECEU

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TAL PAI, TAL FILHO

ATÉ QUE A TECNOLOGIA NOS SEPARE UM HOMEM DE VERDADE 5


PALAVRA DO PRESIDENTE

NENHUMA REALIZAÇÃO SERÁ EXPRESSIVA SEM A AÇÃO DO ESPÍRITO SANTO

enho o privilégio de ser pastor de uma grande igreja. A Comunidade da Graça tem sido uma referência no Brasil e no exterior. Pura misericórdia de Deus! Minha principal alegria hoje é ver cada membro da igreja sendo preparado para o mesmo ministério de Jesus. Não acredito na eficiência de um pensamento ou prática que escore a vida da igreja num líder específico, por isso acreditamos que cada membro é um ministro de Jesus. Pregamos com as nossas vidas! A igreja que encontro na Bíblia, apresentada em Atos dos Apóstolos, tinha uma liderança santa compartilhada entre os apóstolos, mas a qualidade principal daquela comunidade estava num povo ativo, de mãos no arado, implantando o Reino de Deus na terra. Os membros da igreja primitiva não eram meros expectadores de cultos. Cada um deles era um instrumento vivo de Deus, com presença marcante e transformadora naquela sociedade. Que poder movia aqueles cristãos? E que poder vai mover os cristãos de hoje? Não acredito que haja a menor possibilidade de qualquer realização expressiva no Reino de Deus e no mundo sem uma ação sobrenatural do Espírito Santo. O ministério, ou seja, o serviço de Jesus para Deus e os homens, era resultado direto desse mover. 6


Em Atos 10.38 está escrito: “Como Deus ungiu a Jesus de Nazaré com o Espírito Santo e com poder, o qual andou por toda parte, fazendo o bem e curando a todos os oprimidos do diabo, porque Deus era com ele”. O texto mostra os três verbos de ação presentes na vida de Cristo – andar, fazer e curar – e, ao mesmo tempo, o controle, a inspiração e a dependência dele do Espírito. Isso é tudo o que o mundo precisa hoje: pessoas cheias do Espírito Santo. Mas Deus só fará isso em favor daqueles que querem e O buscam com um coração arrependido. Se nós mesmos estamos no comando da nossa vida, nosso comportamento será segundo a carne e não segundo o Espírito (Gl. 5.17). Só há uma saída para a nossa carne, para a nossa natureza humana inclinada para o pecado e para a nossa própria vontade e interesse: a cruz de Cristo! “E os que são de Cristo Jesus crucificaram a carne, com as suas paixões e concupiscências. Se vivemos no Espírito, andemos também no Espírito” (Gl. 5.24-25). Assim que a igreja primitiva surgiu nos lares, e o número de crentes aumentava, os apóstolos faziam uma pergunta simples a cada um dos novos cristãos. Uma pergunta que precisa ser feita ainda hoje, da mesma forma que está registrada em Atos 19.1-6: “Enquanto Apolo estava na cidade de Corinto, Paulo viajou pelo interior da província da Ásia e chegou a Éfeso. Ali encontrou alguns cristãos e perguntou: — Quando vocês creram, vocês receberam o Espírito Santo? Eles responderam: — Nós nem mesmo sabíamos que existe o Espírito Santo. — Então que tipo de batismo vocês receberam? — perguntou Paulo. — O batismo de João Batista! — responderam. Então Paulo disse: — João batizava aqueles que se arrependiam dos seus pecados. E também dizia ao povo de Israel que eles deviam crer naquele que havia de vir depois dele, isto é, em Jesus. Depois de ouvirem isso, aqueles homens foram batizados em nome do Senhor Jesus. Aí Paulo pôs as mãos sobre eles, e o Espírito Santo veio sobre eles. Então começaram a falar em línguas estranhas e a anunciar também a mensagem de Deus”. Havia sinceridade e até boa vontade naqueles cristãos, mas não sabiam absolutamente nada sobre a pessoa e a importância do Espírito Santo. Além do que, só haviam sido batizados no batismo das águas proposto por João Batista; o batismo do arrependimento. Não haviam sido batizados com o Espírito Santo; com fogo. O próprio João Batista, primo de Jesus, declarou

em Mateus 3.11: “Eu vos batizo com água, para arrependimento; mas aquele que vem depois de mim é mais poderoso do que eu, cujas sandálias não sou digno de levar. Ele vos batizará com o Espírito Santo e com fogo.” O Jesus apresentado nos nossos dias por grande parte dos líderes religiosos parece restrito a curas, milagres e prosperidade. Tudo isso é muito bom e Ele tem poder para agir nessas esferas também, mas o grande impacto de Cristo na nossa vida está relacionado ao Espírito Santo. Quando uma pessoa é batizada por Cristo com o Espírito Santo e com o fogo, surge no coração uma chama, uma paixão que a impulsiona a realizar as mesmas obras de Jesus na terra. Não há possibilidade desta mudança espiritual sem o Espírito Santo. Falo do Projeto Eterno de Deus para o homem, registrado em Romanos 8.29, desde o início do meu ministério. Deus quer ter na terra uma família com muitos filhos semelhantes a Jesus. Como admitir tal semelhança com Cristo excluindo o Espírito Santo? Jesus moveu-se o tempo todo neste poder. O que nos move? O que irá mover a igreja a expressar verdadeiramente a compaixão, a misericórdia, a graça e o amor de Deus para além das quatro paredes? Precisamos constantemente procurar ser cheios do Espírito Santo. A igreja não é um movimento. A igreja não é uma utopia. A igreja é a realidade do poder de Deus, movido pelo Espírito Santo, levando as pessoas a serem transformadas pelo sacrifício de Cristo, a poderem viver uma vida completamente nova. É Ele que nos move, é o Espírito Santo que nos conduz, assim como fez com Jesus, para honra e glória do Pai! Aleluia!

CARLOS ALBERTO BEZERRA Carlos Alberto Bezerra é fundador da Comunidade da Graça. Um homem apaixonado por pessoas. Pastor há 52 anos e casado com Suely pelo mesmo tempo. Tem seis filhos e 16 netos. O amor, o serviço e a valorização da família são suas ênfases ministeriais. Pregador apaixonado, escritor inspirador.

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TRANS FORMAÇÃO

A DECISÃO DE AMAR QUANDO É DIFÍCIL OBEDECER AO SEGUNDO MAIOR MANDAMENTO

eus é um Deus de relacionamentos. Isso não é segredo. Desde a criação, vemos o Pai, o Filho e o Espírito Santo vivendo em perfeita harmonia. Conhecemos um Deus que entregou o único Filho para poder ter um relacionamento próximo com aqueles que criou, para fazer uma aliança profunda com o Seu povo. Feitos à imagem e semelhança do Senhor, nós também fomos criados para nos relacionarmos – com o nosso Criador e com as pessoas. Quando perguntado sobre qual era o maior mandamento, Jesus foi categórico: “‘Ame o Senhor, o seu Deus de todo o seu coração, de toda a sua alma e de todo o seu entendimento’. Este é o primeiro e maior mandamento. E o segundo é semelhante a ele: ‘Ame o seu próximo como a si mesmo’. Destes dois mandamentos dependem toda a Lei e os Profetas” (Mt. 22.37-40). Por mais simples que isso pareça, nem sempre é fácil. Temos até facilidade em amar aqueles de quem gostamos, pessoas que têm os gostos parecidos com os nossos, pensamentos semelhantes. Mas, e quando não é assim? E quando temos que conviver com pessoas que parecem tão diferentes de nós? Que consideramos “difíceis” de lidar? Será que o mandamento serve para elas também? Com certeza sim. João, discípulo de Jesus, disse: “Se alguém afirmar: “Eu amo a Deus”, mas odiar seu irmão, é mentiroso, pois quem não ama seu irmão, a quem vê, não pode amar a Deus, a quem não vê” (1Jo. 4.20). Nós que conhecemos o Senhor não podemos, simplesmente, escolher as pessoas a quem vamos amar e com quem queremos nos relacionar. Somos chamados para amar todas as pessoas e ter relacionamentos saudáveis. É assim que vamos expressar a glória do Senhor e viver plenamente nesta terra. Então, como fazer isso? Como obedecer ao segundo maior mandamento, seguindo o exemplo que Jesus nos deixou?

SEJA UM ENCORAJADOR Nós nunca erramos quando agimos com bondade. Precisamos escolher a gentileza todos os dias quando estamos lidando com as pessoas, mesmo quando é mais fácil responder com aspereza ou até evitar o contato. Junto com essa resposta bondosa, vêm as palavras de encorajamento. Quando 8


nos esforçamos para enxergar o melhor que há nas pessoas e declaramos aquilo que elas são em Deus, nossa reação a elas muda. Às vezes, em tempos de redes sociais, esse encorajamento vem também por meio de comentários, curtidas, uma mensagem. Tudo isso demonstra amor, mostra que enxergamos aqueles que estão ao nosso redor e, principalmente, muda o nosso olhar.

ORE Orar pelas pessoas com quem temos dificuldade de nos relacionar também faz com que as enxerguemos de maneira diferente, passamos a nos colocar mais no seu lugar, a entender como pensam e o que sentem. A oração é a maior ferramenta para que sintamos a dor do outro. Por isso, se o relacionamento tem sido difícil com algum familiar, colega de trabalho ou, até mesmo, líder ou amigo, comprometa-se a interceder. Não é fácil começar, mas vale a pena! Peça também que o Espírito Santo te ajude a agir com amor e sabedoria, e te dê as palavras certas para falar.

BUSQUE A PAZ Muitas vezes, quando passamos por dificuldades em um relacionamento, a melhor coisa a fazer é estabelecer a paz. Isso envolve perdoar a outra pessoa e se arrepender por qualquer atitude que a tenha ofendido, pedindo perdão. Pode ser que tenhamos razão em nosso posicionamento e em nossas atitudes, mas precisamos nos lembrar de que é melhor amar do que estar certo.

SEJA COMO JESUS Jesus é o nosso maior exemplo de relacionamentos saudáveis que expressam o amor de Deus. Ele esteve com as pessoas mais “difíceis” que podemos imaginar e sempre agiu com graça e misericórdia. Quando queremos aprender mais sobre como nos relacionar, precisamos ler os evangelhos e aprender com o Mestre. Ser como Jesus é a nossa melhor decisão, em todas as situações. Nossos relacionamentos são como outdoors que expressam o amor do Senhor pelos Seus filhos e filhas. Não podemos, simplesmente, escolher ignorar o Seu mandamento de amar uns aos outros, porque “não gostamos” de algumas pessoas. O amor, a comunhão e a boa convivência são essenciais para a vida de um cristão. Eles demonstram ao mundo todo que somos discípulos de Jesus (Jo. 13.35). Amar é sempre a melhor escolha.

SUELY BEZERRA Fundadora e líder do Ministério Mulheres Intercessoras, Suely Bezerra tem uma vida marcada pela oração e intercessão. Tem mentoreado líderes e pastoras ao redor do país durante toda sua vida. É esposa do Pr. Carlos Alberto Bezerra. Eles são casados há 52 anos, têm seis filhos e 16 netos.

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INSPIRAÇÃO

TAL PAI, TAL FILHO impossível refletir sobre paternidade sem considerar a oração que Jesus ensinou aos Seus discípulos, a oração do Pai-Nosso. O texto de Lucas 11 diz que eles pediram a Jesus: “Senhor, ensina-nos a orar, como João ensinou aos discípulos dele”. Esse pedido é um tanto quanto curioso, porque se tinha uma coisa que todo judeu sabia era orar. Os judeus eram zelosos nas “disciplinas espirituais”. O que os discípulos queriam saber era sobre o centro da mensagem de Jesus. E Ele prontamente comunica: Deus, nosso Pai querido, Seu Reino de justiça contra as injustiças terrenas e a humanidade como família. Jesus apresenta basicamente dois movimentos: o que sobe para a vontade do Pai e é sobre o Seu Reino, e outro que desce ao cotidiano da vida para resolver as realidades de injustiça e miséria. Não é possível compreender a paternidade de Deus sem entender esses dois movimentos. É comum que a figura da paternidade represente a autoridade suprema, uma figura rígida e autoritária. Alguns

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O Pai é nosso, é comunhão. O perdão é nosso, é solidariedade. O pão é nosso, é partilha


filhos, por exemplo, têm “medo” do pai. Não se abrem ao diálogo porque o pai está quase sempre com o rosto sisudo, representação da autoridade. É interessante investigar porque Jesus traz a figura paterna para a oração, uma vez que a oração representa certa fragilidade. Ali diante de Deus, coloca-se em completa exposição: segredos são revelados, pecados são confessados, sonhos são compartilhados. Por que Jesus traz para esse momento uma representação tão significante? Os discípulos sabiam que a figura “Pai” era uma figura para falar a respeito de Deus, assim como “Senhor dos exércitos”, “o Deus que cura”, “o Deus que provê”. Mas dirigir-se a Deus usando a expressão “Pai”, nunca, jamais. Jesus foi o primeiro. A novidade não para por aí. Se pegarmos os originais da oração do Pai-Nosso, veremos que o termo “Pai” é dito por Jesus como “Aba”. “Aba” era uma expressão muito usada pelas crianças que estavam aprendendo a falar. Por exemplo, Deus me deu a oportunidade de ser pai de duas lindas meninas. Me lembro de quando minhas filhas estavam aprendendo a falar. As expressões eram: “pa”, “papi”, “papa” e, por fim, “papai”. No contexto de Jesus, essas palavras poderiam ser traduzidas por “Aba”, a forma infantil de se referir ao pai. Mas, por que Jesus faz essa referência? Como Ele percebe Deus? Como um general? Como um poder extraordinário? Não, Ele percebe como Pai. Depois disso, Jesus começa uma sequência de palavras e expressões riquíssimas. Há aqui uma mensagem muito importante para os nossos dias. O que Jesus quer nos ensinar é que é possível uma nova forma de ser pai e de ser filho. O pai não é aquele que impõe algo ao filho com arrogância e violência. Ser pai é sinal de relacionamento. Um relacionamento que se dá pela via da autoridade sim. Contudo, uma autoridade participativa, sem impor, sem ofender. O Pai apresentado por Jesus nos ensina que a vida é feita de escolhas e que a todo momento nos tornamos responsáveis por elas. Mas que, apesar de algumas vezes escolhermos caminhos difíceis, o Pai está sempre à disposição de nos ouvir e perdoar. A nós e a nossos irmãos. Em contrapartida, Jesus também apresenta um jeito de ser filho. Na oração do Pai-Nosso, Ele deixa claro que a todos foi oferecida a oportunidade de reconhecer a paternidade que há em Deus. Essa paternidade é reconhecida (ou não) pelo próprio filho. Deste modo, a ninguém foi dada a prerrogativa de dizer quem é filho ou não. O Pai é nosso, é comunhão. O perdão é nosso, é solidariedade. O pão é nosso, é partilha. Numa sociedade marcada pelo individualismo e a indiferença, não há quem não necessite de alguma expressão dessa paternidade. Os que uniram o Pai-Nosso com o pão nosso podem dizer amém.

Portanto, se há uma forma carinhosa de ser pai e se há um jeito solidário de chamar toda a humanidade de irmãos, é preciso haver luta para que todos e todas desfrutem dessa realidade. Se a toda humanidade foi dada a oportunidade de reconhecer a paternidade que há em Deus, os filhos que obtiveram tal privilégio precisam ser agentes da justiça do Pai. Os filhos do Pai, que é amor, erguem suas vozes a fim de que cesse toda a maldade e injustiça. Porque só assim se estabelecerá o Reino de Deus Pai.

CARLOS BEZERRA JR. Carlos Bezerra Jr. é pastor, médico, deputado estadual e presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo. É casado com Patrícia Bezerra e pai da Giovanna e da Giulianna.

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LIDERANÇA

ATÉ QUE A TECNOLOGIA NOS SEPARE m vídeo no Youtube viralizou ao mostrar uma criança de dois anos de idade tentando aumentar com os dedos uma foto na página de uma revista, assim como se faz em um telefone ou tablet. A cena, que provocou muitos comentários, não teve o mesmo sucesso em levar as pessoas a pensarem no que está errado com relação a ela. Nos últimos 50 anos, o mundo mudou de forma quase que inimaginável. Todas as camadas sociais foram impactadas com as mudanças da era pós-moderna. Mas, talvez, nenhuma tenha sido tão impactante como a revolução tecnológica. O que era imaginado por diretores de Holywood nos filmes de ficção científica se tornou parte do cotidiano de milhões de pessoas. No aspecto positivo, o avanço tecnológico facilitou a comunicação, aproximou pessoas, agilizou o processo de tomada de decisões e aumentou consideravelmente a produtividade. A minha preocupação, no entanto, recai sobre os efeitos colaterais. No ano de 2017, a revista Forbes publicou um artigo sobre uma experiência realizada pela Faculdade de Negócios do MIT (Massachusetts Institute of Technology), tendo como base a experiência de duas escolas, uma na Itália e a outra na França. Professores de ambas estabeleceram como requerimento de uma das classes que todos os alunos deixassem seus smartphones desligados ou com um amigo pelo período de 24 horas. O resultado foi alarmante. Alguns alunos apresentaram níveis de ansiedade altíssimos. Os que deixaram seus aparelhos com amigos, pediram que eles olhassem os telefones, em média, a cada 10 minutos. Mais grave ainda foi notar que vários dos alunos apresentaram sintomas psicológicos semelhantes aos que tem um dependente de drogas que inicia um processo de desintoxicação. Um outro estudo, interessado na relação entre o uso excessivo da tecnologia e a saúde mental, descobriu que 48% dos adolescentes que passam mais de cinco horas por dia usando seus smartphones apresentaram sintomas de depressão, ansiedade e pensamentos suicidas, versus 28% dos que passavam apenas uma hora por dia. Jean Twenge, autora do livro “iGen”, disse que “embora ainda não se tenha dados estatísticos suficientes para afirmar com absoluta cer12

teza a ligação entre o aumento de doenças mentais em adolescentes ao uso excessivo de smartphones, pesquisas revelam que o crescimento desse tipo de distúrbio nessa faixa etária entre os anos de 2010 e 2015 foi o maior já percebido na história”. Já os adolescentes que passam boa parte do seu tempo praticando esportes, se relacionando com amigos e família, indo à igreja, estudando ou envolvidos em qualquer atividade que a pesquisadora chama de “vida real”, apresentaram índices muito mais baixos de depressão, ansiedade e pensamento suicida. Zygmunt Bauman, sociólogo e filósofo polonês, disse que, hoje em dia, adultos e crianças “estão se satisfazendo com conversações triviais, com amigos invisíveis em nome de se manterem “conectados””. Segundo Bauman, “para a maioria das pessoas hoje, seu mais fiel amigo é o computador”. Continuando na perspectiva sociológica, estamos assistindo, impotentes, à degradação familiar. Famílias gastam tempo juntas, cada um olhando para o seu pró-


prio aparelho. O distanciamento afetivo entre pais e filhos aumentou assustadoramente na última década. Com a falta de comunicação e a impossibilidade de expressar sentimentos, desejos, frustrações e sonhos, os adolescentes têm se fechado em seu próprio mundo e, segundo Jean Twenge, têm crescido “sem mentoria, sem histórico familiar e totalmente despreparados emocionalmente para a fase adulta”. O que fazer diante dessa situação? Creio que temos uma excelente matriz bíblica como resposta nas palavras do apóstolo Paulo à igreja em Roma: “Não se amoldem ao padrão deste mundo, mas transformem-se pela renovação da sua mente, para que sejam capazes de experimentar e comprovar a boa, agradável e perfeita vontade de Deus” (Rm. 12.2). Precisamos nos dedicar no estabelecimento de ambientes familiares saudáveis, afetuosos, próximos e participativos. O instituto CASA da Universidade Columbia em Nova York desenvolveu um projeto piloto orientando famílias para que tivessem tempo de qualidade, desconectadas de seus aparelhos, durante as refeições. O resultado foi empolgante: nas famílias que tinham refeições juntas pelo menos três vezes por semana – sendo cinco vezes por semana o ideal – sem o uso de aparelhos celulares, foi percebida uma redução de 50% no uso de drogas, cigarro e álcool entre os filhos adolescentes em comparação com

Estamos assistindo, impotentes, à degradação familiar famílias que não faziam as refeições juntas, ou as faziam permitindo o uso de celulares na mesa. No simples convívio ao redor da mesa, conversas, risadas, comentários sobre a comida, abrem-se importantíssimas janelas para a alma dos nossos filhos e a oportunidade de cumprirmos com o que a Bíblia nos ensina: “Ensinem-nas a seus filhos, conversando a respeito delas quando estiverem sentados em casa e quando estiverem andando pelo caminho, quando se deitarem e quando se levantarem” (Dt. 11.19).

MANOEL OLIVEIRA Manoel Oliveira é pastor e fundador da Comunidade Presbiteriana Nova Vida em Framingham, nos Estados Unidos. Bacharel em Teologia e Mestre e Doutor em Ministério Urbano. É casado com Ana Célia, com quem tem dois filhos, Sarah e Pedro Gabriel.

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DISCIPULADO

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VIVER PARA A GLÓRIA DE DEUS O PRIVILÉGIO DE CUMPRIR A MISSÃO

ual a razão da existência do ser humano? Muito mais do que uma discussão filosófica, é fundamental sabermos o motivo de estarmos aqui. Possivelmente, pessoas desprovidas desse conhecimento manifestam ideias e comportamentos que resultam em inúmeros danos: depressão, baixa autoestima, sentimentos de falta de valor e de importância, e, até mesmo, pensamentos suicidas. Muito se discute a respeito do real propósito da existência do ser humano. Por que um Deus todo-poderoso, que não possui nenhum tipo de fragilidade ou necessidade, que já existe desde sempre em comunidade (Pai, Filho e Espírito), decide, do pó da terra, criar o homem? Em Isaías 43.7, o próprio Deus explica: “A todos os que são chamados pelo meu nome, e os que criei para minha glória: eu os formei, e também eu os fiz”. Em Sua eterna e ilimitada sabedoria, o Deus Eterno, munido da companhia do Filho e do Espírito Santo, criou o ser humano para um propósito claro e definido: glorificá-lo. A razão primaz da existência do ser humano é glorificar a Deus. Tal expressão, se pensarmos bem, pode parecer abstrata. Então, o que significa glorificar a Deus? Acredito que a maioria das pessoas, quando busca uma resposta para essa pergunta, pensa nos cultos de que participa, nos momentos de louvor e adoração envolvidos com música, nos períodos de oração onde enaltece o caráter de Deus. Essas são práticas que glorificam a Deus. Porém, através da Bíblia Jesus nos ensina algo mais profundo: “Eu glorifiquei-te na terra, tendo consumado a obra que me deste para a fazer” (Jo. 17.4). Cristo aprofunda a ideia de glorificar ao Pai. Ele nos ensina que glorificar ao Pai está conectado com cumprir a missão que Ele nos entregou. Vai muito além de momentos esporádicos dentro do templo. O caminho que devemos percorrer para glorificar a Deus, cumprindo assim a razão da nossa existência, está em cumprir a obra (missão) que Ele nos deu. E qual é essa obra que dele recebemos? “Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome

Jesus nos ensina que glorificar ao Pai está conectado com cumprir a missão que Ele nos entregou do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; Ensinando-os a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos. Amém” (Mt. 28.19-20). A missão que recebemos é pregar o Evangelho àqueles que não conhecem, e fazer deles discípulos de Cristo. Toda vez que empenhamos nossa vida nisso estamos cumprindo o nosso propósito e, consequentemente, glorificando ao Pai. Essa é a nossa maior prática de adoração e glorificação a Deus, a principal sinfonia que podemos oferecer a Ele. É uma questão muito mais prática do que filosófica ou transcendental. Fomos criados para a glória de Deus, ou seja, fomos criados para cumprir a missão que dele recebemos: pregar o Evangelho e fazer discípulos. Isso é o que dá sentido à vida humana. Se todos soubessem do privilégio que é viver assim e de todos os benefícios que recebemos, o quadro de pessoas depressivas, se sentindo sem direção, seria radicalmente reduzido. Que em nosso coração sempre arda este desejo de glorificar a Deus cumprindo a missão que Ele compartilha conosco. Este é um estilo de vida de um adorador: pregar o Evangelho e fazer discípulos.

BRUNO ALEXANDRE UHDRE Bruno Alexandre Uhdre é pastor e líder do MAG na Comunidade da Graça em Londrina. É casado com a Mariana, com quem tem dois filhos.

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AMOR QUE TRANSFORMA

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Marcelo

ocê não está aqui para pensar, está aqui para trabalhar.” Marcelo perdeu a conta de quantas vezes ouviu essa frase de superiores e colegas de trabalho. Isso não combinava com a sua vontade de ser melhor, de crescer e de sempre se superar. Nascido em Pernambuco em uma família simples, ele começou a se desenvolver como uma criança comum. Até que um evento na escola mostrou que havia algo diferente: certo dia, Marcelo jogou uma tesoura na cabeça de outro aluno. Acabou sendo expulso, mas os diretores conversaram com seus pais: “Eles explicaram para a minha mãe que eu tinha algumas dificuldades e que seria bom fazer alguns exames. Foi quando descobrimos que eu tinha uma leve deficiência mental”, conta. A partir daí, começou a busca por psicólogos, fonoaudiólogos e todos os profissionais que pudessem ajudar no seu desenvolvimento. Em meio a tudo isso, sua mãe, que sofria violência doméstica, se separou e trouxe a família para São Paulo. Desde pequeno, Marcelo via o esforço que era feito para que ele tivesse a melhor vida possível e para que se desenvolvesse bem. Então, se comprometeu a continuar trabalhando para isso. “Quando completei 18 anos, eu disse à minha mãe que era a minha vez de batalhar, e foi isso que eu comecei a fazer.” Sabendo de suas limitações, começou a procurar cursos que pudessem ajudá-lo e procurou ser sempre o melhor em tudo o que fazia. Passou a investir no seu intelecto, na fala e no físico. Se tornou, assim, um homem muito ativo: pratica capoeira, anda de bicicleta, faz rapel e trilhas, acampa, dança forró. Mas, o trabalho ainda parecia um grande desafio. “Eu quis trabalhar desde cedo, queria me desenvolver mais, crescer como pessoa. Mas me diziam que eu só tinha que trabalhar, e não pensar. As pessoas nas empresas onde eu trabalhei falavam mal de mim na minha frente, como se eu fosse surdo. Eu tenho um problema mental, mas não sou surdo. Isso me chateava muito”, relembra. A intolerância acabava o atingindo também fora do local de trabalho. Seu pai, por exemplo, nunca aceitou a sua condição e nem procurou ajudar em sua educação. Seu relacionamento com seus irmãos também não é dos melhores. Como ele mesmo diz, eles vivem uma

“boa vizinhança”, mas não têm vínculos. O que também acabava o entristecendo. Em meio a tudo isso, Marcelo viu as coisas começarem a mudar quando encontrou a Fundação Comunidade da Graça, três anos atrás, e começou um novo emprego. Ele percebeu que se sentia respeitado ali, que as pessoas, mesmo cientes das suas limitações, o ajudavam a se desenvolver no seu tempo, respeitavam as suas condições e o encorajavam a ser melhor. Do trabalho organizando as notas fiscais que chegavam como doação, ele passou para o escritório, que era o seu grande sonho. Hoje, ajuda com todo o setor administrativo – holerites, currículos, arquivo morto, doações – e com os eventos. “Continuo me esforçando para me desenvolver cada vez mais. Já tenho melhorado a minha leitura, a minha escrita, meu modo de falar. Aqui na FCG eles me dão liberdade e me ajudam a crescer”, conta Marcelo. Além do desenvolvimento profissional, seus colegas de trabalho e seus “chefinhos” têm ajudado no seu relacionamento com as pessoas. Ele já consegue enxergar seus irmãos e familiares com outros olhos, e sente compaixão por eles. Jesus transformou a vida de todas as pessoas que encontrou, e Ele nos chama para fazer o mesmo, vivendo em amor e nos aproximando daqueles que acabam sendo excluídos e desacreditados. Esta é a última de três histórias de funcionários da Fundação Comunidade da Graça que estão no programa de inclusão de deficientes físicos e mentais. Aguinaldo, André e Marcelo – juntos de muitos outros – têm vivido o amor que acolhe, inclui, desenvolve, edifica, restaura e, acima de tudo, transforma. Se você quer saber mais sobre o trabalho da Fundação Comunidade da Graça, acesse o site www.fcg.org.br.

Use o leitor de QR Code em seu celular e acesse o site da FCG 17


CAPA

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REI, PROFETA E SACERDOTE O HOMEM E SUA IMPORTANTE FUNÇÃO

OSMAR DIAS

dono do maior número de medalhas olímpicas da história. É assim que os jornais costumam chamar o nadador norteamericano Michael Phelps. Agora aposentado, ele participou de quatro Olimpíadas – Atenas, Beijing, Londres e Rio de Janeiro – e acumulou 23 ouros, três pratas e dois bronzes. O que poucos sabem é que sua história de recordes e vitórias teve uma fase obscura. Tudo começou em 2009, com uma foto do atleta fumando maconha. Meses de suspensão, treinos forçados, os jogos de Londres e a derrota nas piscinas por um fã da infância. As vitórias começaram a ficar cada vez mais distantes, até que, depois de ter sido parado pela polícia por dirigir embriagado e acima do limite de velocidade, ele foi internado em uma clínica de reabilitação. O que poderia derrubar o gigante das piscinas assim? Depois de um tempo, Phelps revelou uma das raízes de seus problemas: o difícil relacionamento com o pai. “Não ter um pai que estava sempre lá para mim foi muito difícil”, contou o atleta à revista Sports Illustrated. Phelps venceu as dificuldades e conseguiu retomar sua carreira. Hoje, aposentado, ele se lembra de que, na terapia, tratar a falta do pai foi um dos maiores pesos que precisou tirar dos ombros.

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Não é só na história de Michael Phelps que a figura paterna tem um papel importante. Estudos revelam que os dois fatores mais importantes para o desenvolvimento da autoimagem de um ser humano são ter um relacionamento íntimo com o pai e passar tempo com ele. Por isso, a sua ausência tem efeitos tão graves. Uma pesquisa realizada pela Universidade John Hopkins, em Baltimore, Estados Unidos, descobriu que adolescentes que não têm o pai presente em casa têm 60% mais chances de ter relacionamentos sexuais antes do casamento. No Brasil, o Ministério Público de São Paulo realizou um levantamento que revela que dois em cada três jovens infratores vêm de famílias onde o pai não está presente. Os números são assustadores, mas reais. A falta de homens que assumem a sua posição tem gerado consequências destruidoras na vida de crianças e adolescentes, sem falar das mulheres. Ser homem começa na educação do garoto, ainda quando criança, sendo instruído na Palavra de Deus. Começa com o exemplo de como o pai trata a mãe, como se comporta no trabalho, como são seus relacionamentos e quais as suas prioridades. O posicionamento do pai é um dos fatores mais importantes na formação de um novo homem dentro de casa. A sociedade pode até ter certa influência, mas o caráter é formado no relacionamento

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um a um, olho no olho. É aí que as sementes dos princípios são lançadas. Foi assim que Jesus fez com Seus discípulos, e é assim que Deus espera que os homens façam com seus filhos. Os doze eram jovens que tinham entre 16 e 20 anos, e estavam sendo formados por um Rabino de 30 anos, um homem mais maduro, que teve um pai presente em Sua formação. A família nasceu no coração de Deus. Ele a planejou e formou, e colocou cada membro com um papel importante, uma função que ninguém mais pode cumprir. Ser um bom marido e um bom pai faz parte do papel importante que o homem tem no Reino de Deus. Ser gentil em seu tratamento com as mulheres, sem preconceitos. Ser santo em suas conversas, naquilo a que assiste e no que consome. Ser um homem de caráter que, com a possibilidade de ter benefícios às custas dos outros, abre mão e se mantém justo e na luz. Homens que sabem o seu lugar colaboram para uma sociedade que glorifica a Deus, estabelecem lares de paz, fazem com que as mulheres se sintam amadas e valorizadas e criam filhos seguros em quem são e em quem devem ser. Constroem famílias que vivem para a glória do Senhor e abençoam as pessoas. Fortalecem igrejas consolidadas e fiéis à Palavra de Deus.


HOMENS DE HONRA á vários movimentos no mundo que têm produzido um grande despertamento nas mulheres para serem intercessoras em suas casas. Esses movimentos têm sido uma grande bênção e uma grande sustentação para as famílias e para as nações. Eu mesmo sou fruto de uma mãe intercessora que foi incansável na busca a Deus por seus filhos e sua família. Ouso dizer como Abraham Lincoln: “Tudo o que sou e tudo o que devo ser, devo à minha mãe”, e isso como fiel intercessora pela minha vida e por nossa família. Mas Deus também tem um chamado específico para os homens. Ele os criou para serem sacerdotes, profetas e reis de suas famílias, igrejas e nação. O homem foi instituído por Deus para ser o sacerdote principal de sua casa. O líder de sua família. Porém, muitos têm sido omissos em relação ao seu papel e acarretado uma sobrecarga nos ombros das mulheres. Têm se escondido de suas responsabilidades atrás de muito trabalho. Isso é um grande perigo. O próprio rei Davi vacilou em relação à sua posição e colheu os frutos amargos de sua omissão. O texto de 1 Samuel 30.1-20 mostra que em uma etapa de sua vida, quando ele era fugitivo, pobre e mais sujeito às pressões da vida, teve a valentia e a coragem de chorar por seus filhos e de lutar por eles até os resgatar das mãos dos inimigos: “Ao chegarem a Ziclague, Davi e seus soldados encontraram a cidade destruída pelo fogo e viram que suas mulheres, seus filhos e suas filhas tinham sido levados como prisioneiros. Então Davi e seus soldados choraram em alta voz até não terem mais forças. (...) Davi recuperou tudo o que os amalequitas tinham levado, incluindo suas duas mulheres. Nada faltou: nem jovens, nem velhos, nem filhos, nem filhas, nem bens, nem qualquer outra coisa que fora levada. Davi recuperou tudo” (v. 3-4, 18-19). Mais tarde, quando se tornou rei, se viu mais ocupado e sem tanto tempo para seus filhos. Ofereceu a eles todo o conforto da riqueza, deu-lhes cargos no primeiro escalão do governo, mas não tinha mais tempo para se relacionar com eles. Davi tornou-se um pai negligente. Por causa da ausência, assim como acontece com muitos de nós, procurou um caminho menos desgastante no relacionamento com seus filhos, tentando sempre agradá-los: “Quando o rei Davi envelheceu, estando já de idade bem avançada, cobriam-no

O homem foi instituído por Deus para ser o sacerdote principal de sua casa. O líder de sua família 21


de cobertores, mas ele não se aquecia. (...) Ora, Adonias, cuja mãe se chamava Hagite, tomou a dianteira e disse: “Eu serei o rei”. Providenciou uma carruagem e cavalos, além de cinquenta homens para correrem à sua frente. Seu pai nunca o havia contrariado; nunca lhe perguntava: “Por que você age assim?” Adonias também tinha boa aparência e havia nascido depois de Absalão” (1Rs. 1.1-6). Davi, nesta fase de sua vida, deixou de confrontar Amonon, de consolar Tamar, de perdoar Absalão e de investir na restauração de sua família. Por conta disso, teve vitórias esplêndidas fora dos portões, mas colheu derrotas amargas dentro de casa. Há nas Escrituras um outro exemplo em que podemos nos inspirar: Jó. “Na terra de Uz vivia um homem chamado Jó. Era homem íntegro e justo; temia a Deus e evitava fazer o mal. Tinha ele sete filhos e três filhas, e possuía sete mil ovelhas, três mil camelos, quinhentas juntas de boi e quinhentos jumentos, e tinha muita gente a seu serviço. Era o homem mais rico do oriente” (Jó 1.1-3). A Bíblia registra que ele era o homem mais rico de sua época. Certamente, também era muito ocupado. Porém, mesmo diante de seus grandes afazeres, Jó não deixava de exercer seu papel de sacerdote perante Deus em favor de seus filhos: “Terminado um período de banquetes, Jó mandava chamá-los e fazia com que se purificassem. De madrugada ele oferecia um holocausto em favor de cada um deles, pois pensava: “Talvez os meus filhos tenham, lá no íntimo, pecado e amaldiçoado a Deus”. Essa era a prática constante de Jó” (Jó 1.5). Devemos nos inspirar neste exemplo e assumir o nosso papel em nossas casas, nossas Comunidades e nossa nação. Jó exercia o papel de profeta de sua casa, quando chamava seus filhos e os orientava segundo os princípios da Palavra de Deus. Como sacerdote, oferecia um holocausto em favor de cada um deles. E, no papel de rei sobre sua casa, fazia desses princípios uma prática constante. Da mesma forma, Deus tem nos chamado, como homens, a sermos os reis, profetas e sacerdotes em nossos lares, causando um grande impacto na vida de nossas esposas, nossos filhos e, consequentemente, em nossas igrejas e nação. Em Efésios 5.23, o apóstolo Paulo registra a analogia do marido como o cabeça do lar, assim como Cristo é o cabeça da igreja. É o Espírito Santo que nos capacita a agir assim. Então, o que significa ser os homens que Deus nos criou para ser?

REI Os reis tinham função de governar, preservar e fazer justiça. Eram aqueles que guiavam o povo de acordo com a vontade de Deus. Conduziam, lideravam e decidiam. Na família, o homem tem esse mesmo papel, ele é o rei de sua casa. Porém, isso não tem nada a ver com uma liderança tirana ou com estabelecer as próprias vontades. É um governo, assim como o de Cristo, realizado em amor sacrificial (1Co. 13.4-7), que tem a ver com uma vida de serviço (Mt. 23.12; Mc. 10.45; Ef. 5.22-23). Jesus, 22

Deus tem nos chamado para sermos os reis, profetas e sacerdotes em nossos lares, causando um grande impacto na vida de nossas esposas, nossos filhos e em nossas igrejas e nação


solar aos que estão ao seu redor e exortar em amor nos momentos em que há necessidade. Ele é o guia espiritual de sua família, o pastor de sua casa.

SACERDOTE O sacerdote era aquele que representava o povo diante de Deus (Êx. 28.9, 17-21, 29), aquele que consultava o Senhor quando o povo tinha dúvidas (Êx. 28.30; Lv. 8.8), bem como aquele que agia como juiz representante da Sua vontade (Nm. 5.21-22). O homem é o intercessor da família, aquele que responde por ela diante de Deus. É aquele que deve se doar em sacrifício por sua esposa e por seus filhos. É dele o dever de subir as escadas com as compras, por exemplo, de abrir o portão debaixo de chuva. É assim que Deus espera que o homem se porte em sua casa, na igreja e na sociedade. Somos convocados por Deus para seguir os passos de Jesus Cristo. Ele é o nosso maior modelo de sacerdote, profeta e rei: “Eu lhes dei o exemplo, para que vocês façam como lhes fiz” (Jo. 13.15).

nosso Rei Supremo, demonstrou o Seu amor dando a própria vida em favor dos Seus.

Quando não assumimos nossa função – como rei (aquele que governa o lar com exemplo, amor e justiça), sacerdote (aquele que ora e intercede diariamente por sua família) e profeta (aquele que pratica e traz a Palavra de Deus e a inspiração do ensino bíblico para o lar) – , tudo fica fora de lugar e as consequências podem ser desastrosas para a mulher e os filhos. O desespero e a insegurança tomam conta de uma casa quando não existe um homem que sabe o seu lugar.

No Antigo Testamento, o profeta era a boca de Deus ao povo. Moisés foi o primeiro grande profeta, Deus falava com ele face a face (Êx. 33.11) e através dele deu a Lei (doutrina, instrução que leva à vida) ao Seu povo. Portanto, o profeta é aquele que atua como mediador, proclamando a vontade e o caráter de Deus ao Seu povo. É aquele que pratica e traz a Palavra de Deus e a inspiração do ensino bíblico para o lar.

Por outro lado, quando o homem se posiciona de uma maneira clara diante de Deus e da sociedade, dá frutos que permanecem. Como foi com o pastor e teólogo Jonathan Edwards, que apesar de ter morrido jovem, aos 54 anos, deixou um legado através dos seus descendentes. Entre os 1.394 descendentes de Edwards estavam: três presidentes de universidades, três senadores dos Estados Unidos, 30 juízes, 100 advogados, 60 médicos, 65 professores de universidades, 75 oficiais do exército e da marinha, 100 pregadores e missionários, 60 escritores de destaque, um vice-presidente dos Estados Unidos, 80 altos funcionários públicos e 250 formados em universidades, entre eles governadores de estados norte-americanos e diplomatas enviados a outros países.

O homem é o profeta do seu lar, pois Deus confiou a ele essa responsabilidade de edificar com suas palavras, con-

Que esse exemplo nos inspire a sermos os reis, profetas e sacerdotes que Deus nos chamou para ser.

O homem tem o dever de levar seus familiares a glorificarem ao Senhor, servindo-os com uma liderança que é baseada em amor (1Tm. 5.8).

PROFETA

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RECOMENDO

LIVRO

A grande aventura masculina JOHN ELDREDGE | THOMAS NELSON

Vivemos em uma época em que a maioria dos homens (e meninos) está praticamente sem a presença dos pais. Seja qual for a situação, eles não têm junto de si um homem que os faça verdadeiramente passar pelas muitas aventuras, provações, batalhas e experiências de que precisam para que um coração masculino seja moldado dentro deles. Se veem sozinhos para descobrir a vida – e ela é um lugar solitário. Seus medos, angústias, ira, e os seus muitos vícios, vêm todos desse lugar sem pai dentro deles, uma incerteza fundamental no fundo do seu ser. Mas existe um caminho. “Não fomos criados para descobrir a vida por nós mesmos”, diz John Eldredge, e acrescenta: “O que você tem em mãos, neste livro, é um mapa. Ele faz uma análise dos estágios da jornada masculina, cobrindo desde a infância até a velhice.” Assim, o autor repassa praticamente todos os acontecimentos da vida masculina e explica como os pais podem ajudar seus filhos a se tornarem verdadeiros e grandes homens.

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LIVRO

A dama, seu amado e seu Senhor T. D. JAKES | MUNDO CRISTÃO

Como conhecer o segredo de uma vida bem-sucedida? Como ter um bom relacionamento com o seu marido? Como estabelecer uma comunhão mais profunda com Deus? O pastor T. D. Jakes responde a essas perguntas neste clássico relançado pela editora Mundo Cristão. “A dama, seu amado e seu Senhor” trata das três dimensões do amor feminino e mostra o que a Bíblia revela sobre a identidade da mulher e seus relacionamentos. Use o leitor de QR Code em seu celular e saiba mais sobre o livro

MÚSICA

APP

Como, então, viveremos?

Hemoliga

OS ARRAIS | SONY MUSIC

2TAF SOLUÇÕES EM TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO

Depois de “As paisagens conhecidas” e “Rastros e trilha”, os irmãos Tiago e André Arrais lançam seu novo EP. Seguindo a proposta dos últimos trabalhos, “Como, então, viveremos?” conta com cinco novas canções, todas cheias das poesias que cantam a Palavra de Deus, marca registrada da dupla. Vale a pena conferir!

Já imaginou ficar sabendo sempre que um hospital perto de você precisa da doação do seu tipo de sangue? O “Hemoliga” tornou isso possível. O aplicativo permite que o usuário faça um cadastro, registrando seu endereço e tipo sanguíneo, e seja alertado quando algum hemocentro precisar do seu tipo de sangue. Ainda registra qual foi a sua última doação e para quando está marcada a próxima.

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HOMENAGEM

75 ANOS DE AMOR E SERVIÇO o dia 19 de julho, nosso querido pastor Carlos Alberto Bezerra completou 75 anos. Uma vida dedicada a servir a Deus e as pessoas, transbordando amor e vivendo como um verdadeiro discípulo de Cristo. Não poderíamos deixar esta data tão especial passar em branco. Por isso, esta é a homenagem da família Comunidade da Graça ao pastor Carlos Alberto. O diamante é uma das mais belas e preciosas criações da natureza. Seu nome deriva do grego “adamas”, que significa indestrutível. Apesar do seu nome e de ser considerado uma das substâncias mais duras do mundo, ele é muito frágil e pode ser lapidado para obter o ápice da sua beleza. Além de perfeito para criar joias incríveis, é capaz de brilhar na escuridão. Ao longo de seus mais de 50 anos de ministério, o pastor Carlos Alberto de Quadros Bezerra tem sido lapidado e usado por Deus para levar luz a um mundo cercado pelas trevas. Conhecido no Brasil como “o apóstolo do amor”, tem percorrido a nação e mais de 40 países carregando o perfume de Cristo e, certamente, transbordando, tem derramado a mensagem da nossa inclusão na morte e ressurreição de Jesus, levando milhares a serem salvos e muitos a descobrirem seu chamado para fazer discípulos do filho de Deus. Assim como a Comunidade da Graça tem crescido e se multiplicado, outras denominações foram alcançadas e ins-

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piradas pelo trabalho do pastor que, sem cansaço, tem mostrado com atitudes e palavras como o mundo pode ser transformado se lavarmos os pés uns dos outros. Essa é, aliás, sua marca registrada: “O amor é o que o amor faz”, que inspirou a toda sua família a seguir e servir a Cristo, e que serviu de semente para o nascimento da Fundação Comunidade da Graça, que atende mais de um milhão de pessoas por ano. 75 anos de vida do nosso amado pastor. 75 anos de uma vida derramada aos pés de Jesus e dedicada a fazer brilhar a luz de Cristo. Dias e meses contados para Deus, usados para espalhar a sabedoria do Pai, do alto, ao lado da sua querida esposa Suely, nestes 52 anos de vida conjugal. Que sua vida continue brilhando como o mais brilhante dos diamantes, inspirando e derramando o maravilhoso perfume de Cristo nos corações daqueles que, ansiosos, procuram sempre pela verdade da esperança que é Jesus. “Assim também brilhe a vossa luz diante das pessoas, para que vejam as vossas boas obras e louvem o vosso Pai que está nos céus” (Mt. 5.16).

FELIZ ANIVERSÁRIO, PR. CARLOS ALBERTO!


ACONTECEU

C18: FORMANDO DISCÍPULOS

“Portanto, vão e façam discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, ensinando-os a obedecer a tudo o que eu ordenei a vocês. E eu estarei sempre com vocês, até o fim dos tempos” (Mt. 28.19-20). As últimas palavras de Jesus aos Seus discípulos deixaram a todos nós um grande desafio: formar discípulos, ajudar as pessoas a serem mais parecidas com Cristo. A Comunidade da Graça tem se comprometido com esse chamado desde a sua fundação, carregando-o, inclusive, em sua missão de ser “uma igreja-família, vivendo o amor de Cristo, alcançando o próximo e formando discípulos”. E a nossa Conferência Ministerial deste ano, a C18, tratou exatamente deste tema, capacitando milhares de líderes e membros a cumprirem o ide, obedecendo a convocação do nosso Senhor. O encontro, realizado na Comunidade da Graça em Ermelino Matarazzo e transmitido ao vivo nas Comunidades ao redor do Brasil, aconteceu nos dias 13 e 14 de abril e contou com a presença dos pastores Carlos Alberto Bezerra, Carlos Bezerra Jr., Osmar Dias, Fernando Diniz, Douglas Tenório, Ronaldo Bezerra, Adhemar de Campos, e com os convidados Carlito Paes, pastor da Igreja da Cidade em São José dos Campos, e Manoel Oliveira, pastor da Comunidade Presbiteriana Vida Nova, nos Estados Unidos. Eles falaram sobre a essência do discipulado e sobre como podemos desenvolvê-lo no nosso dia a dia e na nossa maneira de viver. Preocupados em firmar esses princípios na liderança da Comunidade da Graça, os pastores Carlos Alberto e Suely Bezerra estiveram reunidos com os pastores da CG nos dias anteriores à conferência, no encontro “Apascentai o Rebanho”. Você pode conferir todo o conteúdo da C18 no Youtube, na página da Comunidade da Graça: www.youtube.com/portalcomuna.

Use o leitor de QR Code em seu celular e acesse o conteúdo da C18 27


MULHERES CHEIAS DE VIDA Profundamente comprometidas com a oração, as mulheres da Comunidade da Graça já começaram a se reunir no Congresso de Mulheres Intercessoras de 2018. As Comunidades de Salvador, Atibaia e São Mateus receberam o evento e tiveram momentos de muita comunhão, Palavra de Deus, alegria e, claro, intercessão. ATIBAIA

SALVADOR

SÃO MATEUS

Além das participantes das igrejas locais, as bases receberam também as CGs Tatuí, Sorocaba, Socorro, Bragança Paulista, José Bonifácio, Santo André, Jardim Iguatemi, Itaquera, Cidade Tiradentes e Vitória da Conquista. Sob o tema “Busquem-me e terão vida”, baseado na palavra de Amós 5.4, as pastoras Suely Bezerra, Alessandra Bezerra Caldas e Aurora Campos pregaram a Palavra de Deus e lideraram as mulheres em oração, clamando pelo Brasil, pelas famílias, por cura e libertação. E esse mover ainda não acabou. As Comunidades da Graça São Bernardo do Campo, Guarulhos, Sede, Ermelino Matarazzo, Itaim Paulista e Londrina vão receber o evento nos próximos meses para ainda mais mulheres buscarem ao Senhor e serem cheias de vida!

ANDANDO EM OBEDIÊNCIA Nos dias 15, 16 e 17 de maio, as pastoras, esposas de pastores e líderes das Comunidades da Graça ao redor de todo o Brasil se reuniram para o segundo encontro do Projeto MAE, em Serra Negra. Elas puderam aproveitar dias de renovo e descanso, ouvindo a pastora Suely Bezerra e aprendendo mais sobre o tema deste ano, “Andando em Obediência”. O projeto ainda terá mais dois encontros, nos meses de agosto e novembro. 28


MARCANDO A GERAÇÃO Depois de reunir milhares de jovens na Comunidade da Graça Sede, o E18 não parou! Mais duas bases receberam os pastores Fernando Diniz, Carlos Bezerra Jr. e Samuel Mendonça para falar sobre o tema deste ano: “Transmita”.

GUARULHOS

SÃO BERNARDO

Em um ambiente de muita comunhão e desafio, os jovens das Comunidades Balsa, Ferrazópolis, Santos, Diadema, Mauá, São Bernardo do Campo, Jardim São João, Guarulhos, Arujá, Campinas, Caraguatatuba, São José dos Campos, Suzano, Bonsucesso, Taubaté e Ubatuba ouviram mais sobre como transmitir a Palavra de Deus com o seu modo de viver, suas escolhas, seu comportamento. Tudo isso para continuar marcando esta geração e vivendo para a glória de Deus! Neste ano, ainda acontecerão mais três encontros do E18, em Ermelino Matarazzo, Atibaia e Londrina. Não perca!

CAPACITAÇÃO E MENTOREAMENTO

MAG RUN

Os pastores Carlos Bezerra Jr. e Patrícia Bezerra também estiveram presentes e participaram de um diálogo descontraído, chamando cada um a enxergar as pessoas ainda mais como o Senhor enxerga e convidando a um posicionamento de relevância e impacto nesta geração.

Mais de 800 pessoas participaram das atividades e doaram alimentos não-perecíveis, que foram transformados em cestas básicas e distribuídos a famílias carentes da cidade.

O pastor Fernando Diniz reuniu toda a liderança nacional do MAG Brasil para um encontro muito especial, na cidade de Águas de Lindóia. O MAG Lead foi um tempo para equipar e fortalecer esses líderes para abençoar ainda mais os jovens em cada cidade da nossa nação.

Os líderes ainda puderam ouvir o nosso querido pastor Carlos Alberto, dando uma injeção de ânimo e lições preciosas sobre liderança. Foram dias de muito aprendizado e de afiar ainda mais o machado.

A Comunidade da Graça em Arujá tem pensado em novas estratégias para abençoar os jovens da sua cidade. Por isso, realizou no dia 27 de maio o 1º MAG RUN Arujá. O evento contou com diversos desafios esportivos: uma caminhada de 3 km, corridas de 5 km e 10 km, tendas de Jiu-Jitsu, Muay Thai e Spinning.

O evento que movimentou a cidade contou com o apoio da prefeitura e com diversos patrocinadores. São os jovens da Comunidade da Graça marcando a sua geração e movimentando as cidades.

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O PRÓXIMO COMO PAUTA A Fundação Comunidade da Graça trabalha há mais de 20 anos servindo as pessoas e atendendo às suas necessidades mais básicas: alimentação, serviço médico, educação, capacitação profissional. Com toda essa bagagem, a FCG se uniu ao ministério de Missões Urbanas da Comunidade da Graça Sede e, no dia 30 de junho, realizou o Workshop de Missões Urbanas, convidando as pessoas a aprenderem mais sobre as várias maneiras de servir o próximo e fazer discípulos.

O REINO DO BEM CHEGOU

WORKSHOP MISSÕES URBANAS

O evento foi dividido em dois momentos: a parte da manhã foi de engajamento social, com palestras do pastor e deputado estadual Carlos Bezerra Jr., do pastor Gilberto Dalmasso e da psicóloga e coordenadora do grupo de voluntariado da FCG, Kátia Gonçalves. Já à tarde, foram realizadas oficinas de cada área do trabalho de missões urbanas, como capelania hospitalar, policial e prisional, drogadição (Celebrando a Recuperação), ministério esportivo e população em situação de rua (Pé na Rua), e também sobre o trabalho da Fundação. Essa não foi a primeira vez em que a FCG realizou um evento inspirador desse tipo neste ano. No dia 19 de maio, também na Comunidade da Graça Sede, os pastores Carlos Bezerra Jr. e Patrícia Bezerra receberam Fábio Silva, fundador da organização Novo Jeito, e Gustavo Fuga, fundador da 4you2 Idiomas, dois empreendimentos que buscam servir a população de baixa renda, para o evento “O Reino do bem chegou”. Voluntários, educadores, empreendedores sociais e várias outras pessoas participaram do encontro com o desejo de ser instrumentos de Deus para mudar esta nação. Saiba como você pode se envolver nos programas da Fundação acessando o site www.fcg.org.br.

COMUNIDADES EM FESTA Diversas igrejas da Comunidade da Graça comemoraram seus aniversários nos últimos meses com festas e convidados muito especiais. Como foi o caso de Zona Norte, que comemorou cinco anos; Guarulhos, 23 anos; Cidade Tiradentes comemorando seus sete anos; Braganca Paulista com 28 anos; Jardim Presidente Dutra, 8 anos; Pirituba, 18 anos; e São Bernardo do Campo, que completou 20 anos. 30

BRAGANÇA

CIDADE TIRADENTES

DUTRA


A IGREJA-FAMÍLIA ABENÇOANDO AS FAMÍLIAS

Nos últimos meses, as Comunidades da Graça ao redor de todo o Brasil investiram nas famílias, criando oportunidades para um cuidado mais profundo das crianças, dos casais, dos homens e mulheres. A Comunidade da Graça Sede, por exemplo, realizou uma reunião com os pais das crianças que fazem parte do Comuna Kids. O encontro teve como base o texto de Deuteronômio 6.6-7: “Que todas estas palavras que hoje lhe ordeno estejam em seu coração. Ensine-as com persistência a seus filhos. Converse sobre elas quando estiver sentado em casa, quando estiver andando pelo caminho, quando se deitar e quando se levantar”. A líder do ministério, Alessandra Bezerra Caldas, conversou com os presentes e falou sobre a importância de ensinar as crianças através do exemplo de vida cristã e amor a Deus. Nas Comunidades de Barreiros, em Pernambuco, e Itaquera o foco foi nas atividades para as crianças nas férias de julho. As duas igrejas convidaram os pequenos dos bairros ao redor para participar de atividades com teatro e dança, brincadeiras e gincanas, histórias bíblicas e muita música! Os casais também aproveitaram muitos eventos especiais, principalmente em comemoração ao dia dos namorados, como aconteceu nas Comunidades em Itaquera, José Bonifácio, Londrina e Santos. Além disso, as CGs Ermelino Matarazzo, Mogi das Cruzes, Itaim Paulista, Jardim Presidente Dutra, Tiradentes, Atibaia, Guarulhos e Bonsucesso, entre outras, tiveram seus encontros de casais, um tempo de ministração especial aos casados. Em Ubatuba, o acampamento de casais contou com a presença dos pastores Carlos Alberto e Suely Bezerra. Em São Bernardo do Campo, o Seminário da Família aconteceu no mês de maio e contou com convidados muito especiais – como os pastores Adhemar e Aurora Campos, Osmar e Nice Dias, Jorge e Edna Mantoan – para falar mais sobre a família na perspectiva cristã. Nas CGs Suzano e Zona Sul, o tempo em família aconteceu nas festas caipiras, realizadas no mês de julho.

GUARULHOS

PIRITUBA

ACAMPAMENTO DE CASAIS - UBATUBA

ARRAIÁ - SUZANO

CULTO DE CASAIS - ATIBAIA

CULTO DE CASAIS - BONSUCESSO

EBF - BARREIROS

FESTA CAIPIRA - ZONA SUL

REUNIÃO DE PAIS - SEDE

SEMINÁRIO DA FAMÍLA - SBC

SÃO BERNARDO

ZONA NORTE 31


REFLEXÃO

UM HOMEM DE VERDADE omo um homem que viveu sem o pai, eu descobri que definir masculinidade é uma tarefa difícil. Eu não tinha ninguém por perto para me mostrar o que significava uma masculinidade saudável e verdadeira. A ausência do meu pai foi uma fonte de dor e tristeza, mas também acabou me levando a Deus para obter respostas, plenitude e filiação. Ele é o meu Pai fiel, meu Pai celestial. Encontrar uma definição clara e precisa de masculinidade é mais difícil ainda quando olhamos para o mundo, ao invés de olhar para a Bíblia. Normalmente, não demora muito para que um garoto encontre uma imagem pornográfica, uma história explícita ou uma piada grosseira e inapropriada. Mesmo que seus pais o protejam de conteúdos impróprios na televisão e na internet, seus amigos vão repassar tudo o que veem e ouvem. O entendimento de um menino sobre sexualidade costuma ser distorcido muito cedo, o que impacta profundamente a sua visão de masculinidade. A indústria do entretenimento também nos oferece diversas representações falhas de um homem de verdade, glorificando as atividades mulherengas de James Bond, a distância emocional e resistência aos sentimentos de Jason Bourne, e a obsessão por ganância, poder e controle de Gordon Gekko. Como podemos entender o que a masculinidade realmente é quando ela está tão distorcida?

O CRIADOR DOS HOMENS Quem melhor do que o Criador para nos dar uma definição verdadeira de masculinidade? Deus moldou o homem do barro. Com cuidado e intimidade, o criou de maneira distinta. Incorporou nele a Sua própria imagem. Em Gênesis 2, vemos como Ele definiu o propósito daquele único homem, antes da criação da mulher: o propósito do seu trabalho, a expansão da sua autoridade, os parâmetros da sua obediência e, até mesmo, seu desejo por uma esposa. A masculinidade encontra a sua definição apenas em Deus – não no mundo, não na cultura, não no trabalho. É definida completamente pelo Deus que criou os homens. 32

O DEUS-HOMEM Mas o enredo não acaba aí. Lendo a história de Deus na Bíblia e procurando por representações ideais de homens entre os reis, pastores, profetas, guerreiros e líderes, parece que falta alguma coisa. O pecado danificou a imagem de um homem de verdade. Até que o próprio Deus invade o tempo e o espaço mais uma vez para nos dar um modelo. Seu Filho, Jesus, é a representação perfeita e divina de masculinidade. Ele é quem a define verdadeiramente. Seus atributos nos mostram como deve viver um homem fiel ao chamado do Pai, seja ele um líder, empregado, marido, pai ou filho.

UM HOMEM DE VERDADE RECONHECE A MAIOR AUTORIDADE “A outro disse: “Siga-me”. Mas o homem respondeu: “Senhor, deixa-me ir primeiro sepultar meu pai”. Jesus lhe disse: “Deixe que os mortos sepultem os seus próprios mortos; você, porém, vá e proclame o Reino de Deus”. Ainda outro disse: “Vou


É COMPROMETIDO COM A DISCIPLINA ESPIRITUAL “De madrugada, quando ainda estava escuro, Jesus levantou-se, saiu de casa e foi para um lugar deserto, onde ficou orando.” Marcos 1.35

PERMANECE NA PALAVRA DA VERDADE “Disse Jesus aos judeus que haviam crido nele: “Se vocês permanecerem firmes na minha palavra, verdadeiramente serão meus discípulos. E conhecerão a verdade, e a verdade os libertará”.” João 8.31-32

É COMPROMETIDO COM A PRODUÇÃO E O CRESCIMENTO DE FRUTOS ESPIRITUAIS “Meu Pai é glorificado pelo fato de vocês darem muito fruto; e assim serão meus discípulos.” João 15.8

CARREGA A MISSÃO DE DEUS “Portanto, vão e façam discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, ensinando-os a obedecer a tudo o que eu ordenei a vocês. E eu estarei sempre com vocês, até o fim dos tempos.” Mateus 28.19-20 seguir-te, Senhor, mas deixa-me primeiro voltar e despedir-me da minha família”. Jesus respondeu: “Ninguém que põe a mão no arado e olha para trás é apto para o Reino de Deus”.” Lucas 9.59-62

VALORIZA O DISCIPULADO COMO UMA PRIORIDADE “Se alguém vem a mim e ama seu pai, sua mãe, sua mulher, seus filhos, seus irmãos e irmãs e até sua própria vida mais do que a mim, não pode ser meu discípulo.” Lucas 14.26

OBEDECE ALEGRE E DETERMINADAMENTE “Daquela hora em diante, muitos dos seus discípulos voltaram atrás e deixaram de segui-lo. Jesus perguntou aos Doze: “Vocês também não querem ir?” Simão Pedro lhe respondeu: “Senhor, para quem iremos? Tu tens as palavras de vida eterna. Nós cremos e sabemos que és o Santo de Deus”.” João 6.66-69

AMA AS PESSOAS COM FIDELIDADE “Um novo mandamento dou a vocês: Amem-se uns aos outros. Como eu os amei, vocês devem amar-se uns aos outros. Com isso todos saberão que vocês são meus discípulos, se vocês se amarem uns aos outros.” João 13.34-35

É COMPROMETIDO COM A COMUNHÃO E A COMUNIDADE “E consideremos uns aos outros para nos incentivarmos ao amor e às boas obras. Não deixemos de reunir-nos como igreja, segundo o costume de alguns, mas procuremos encorajar-nos uns aos outros, ainda mais quando vocês veem que se aproxima o Dia.” Hebreus 10.24-25 VINCE MILLER Vince Miller vive na cidade de Saint Paul, no estado do Minnesota, EUA. É o fundador do ministério “Resolute”, voltado especificamente ao discipulado e liderança masculina. Ele produz conteúdos exclusivos para homens e é o autor de “The Generous Life” (“A Vida Generosa”, em tradução livre). É casado com Christina, com quem tem três filhos.

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