Revista Comuna 96

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#96 | FEVEREIRO | 2018

DIREÇÃO GERAL:

HÁBITOS EFICAZES E ONDE HABITAM

Carlos Alberto de Quadros Bezerra CONSELHO GESTOR:

Provavelmente você já se sentiu (ou se sente) incomodado por um hábito que tem – ou pelos hábitos das pessoas com as quais convive. O hábito é um ciclo criado em nosso cérebro, um registro de que essa maneira repetitiva é a melhor maneira de fazer o que fazemos, gastando a menor energia possível. Sim, nosso cérebro é preguiçoso. Ao longo de nossa vida, desenvolvemos hábitos que definem nossos padrões de relacionamento – com Deus e com as pessoas – e, ouso dizer, que abrem novas portas e oportunidades, como também fecham e encerram relacionamentos. Mas como é possível ter um novo hábito? Somente a força de vontade não dará conta de mudar algo tão enraizado em nossa vida. Cientistas comprovam que a única coisa capaz de substituir um hábito existente é criarmos outro. E é exatamente assim que Deus fez conosco: tirando o nosso coração de pedra, incapaz de obedecer (hábitos e práticas antigas), para nos dar um novo coração, capaz de obedecer (novos hábitos e práticas), e nos fazer desfrutar de uma vida com esperança e alegria. Onde os hábitos saudáveis habitam? Dentro de cada um de nós. Mas só conseguimos encontrá-los quando estamos em contato constante com nosso Criador. Esta é a afirmação desta edição da Revista Comuna: é possível controlar nossos desejos e impulsos através de uma vida cheia do Espírito Santo!

COORDENAÇÃO EDITORIAL:

Carlos Bezerra Jr. Gustavo Rosaneli COORDENAÇÃO DO PROJETO:

Gustavo Rosaneli JORNALISTA RESPONSÁVEL:

César Stagno - MTB 58740 REVISÃO:

Mayra Bondança COLABORADORES:

Mayra Bondança, Claudia Guimarães, Davi Martins, Estevão Ferreira, Renato Reis, Enrico Guerrero, Mariana Martins. DIREÇÃO DE ARTE E PROJETO GRÁFICO:

Salsa Comunicação CIRCULAÇÃO:

Boa leitura, Gustavo Rosaneli Pela equipe editorial

Use o leitor de QR Code em seu celular e acesse o site da Revista Comuna 4

Carlos Bezerra Jr, Osmar Dias, Aguinaldo Fernandes, Valmir Ventura, Lair de Matos, Cézar Rosaneli, Fernando Diniz, Gustavo Rosaneli, Ronaldo Bezerra

No Estado de São Paulo: São Paulo Capital; Arujá; Atibaia; Balsa; Bragança; Campinas; Caraguatatuba; Guarulhos; Mauá; Mogi das Cruzes; Registro; Santos; São Bernardo do Campo; Socorro; Sorocaba; Tatuí; Taubaté; Ubatuba. Rio de Janeiro: Macaé. Minas Gerais: Governador Valadares; Belo Horizonte; São Sebastião de Vargem Alegre; Visconde do Rio Branco. Paraná: Curitiba; Foz do Iguaçu; Londrina; Maringá; Paranaguá; Rolândia. Pernambuco: Barreiros; Caruaru; Catende; Itapissuma; João Pessoa; Recife; Sta. Maria da Boa Vista. Bahia: Salvador; Vitória da Conquista IMPRESSÃO:

Gráfica MaisType DISTRIBUIÇÃO:

11.500 exemplares


POR QUE NÃO FAÇO O BEM QUE QUERO, MAS O MAL QUE NÃO QUERO, ESTE FAÇO? Você consegue controlar seus desejos e impulsos?

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CHAMADOS PARA FAZER DISCÍPULOS, NÃO CONVERTIDOS

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08 COMO VOCÊ ENXERGA O MUNDO?

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CRISTO, MINHA VIDA

MAIS PERTO DE DEUS

Quem é Ele para você?

Aprendendo sobre a prática do jejum

RECOMENDO

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12 AMOR QUE TRANSFORMA

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O REINO DE DEUS CHEGOU

SINTONIA

Vivendo uma vida de justiça, paz e alegria

A arte de se comunicar bem na era digital

“NUNCA ORAMOS TÃO POUCO” 5


PALAVRA DO PRESIDENTE

QUEM É ELE PARA VOCÊ?

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uem me conhece sabe que quando estou ministrando a Palavra do Senhor costumo fazer algumas perguntas para as pessoas que estão acompanhando a mensagem. Muitas vezes, uso o tom de brincadeira, para quebrar o gelo, mas quando o assunto é sério, as perguntas têm outra intencionalidade. Uma das perguntas que eu gosto muito de fazer é: “Quem é Jesus para você?”. E, por diversas vezes, tenho ouvido as mais diferentes respostas. “É o Salvador”; “é amor”; “Ele é quem me curou”; “é o pão da vida”; “Ele é o caminho, a verdade e a vida”... e por aí vai. Eu não sou o autor da pergunta. Na verdade, quem perguntou exatamente isso foi o próprio Jesus. O texto de Mateus 16.13 diz: “E, chegando às partes de Cesareia de Filipe, interrogou os seus discípulos, dizendo: Quem dizem os homens ser o Filho do homem?” E uns versículos mais adiante, Ele pergunta novamente: “E vós, quem dizeis que eu sou?” Jesus não escolheu fazer aquela pergunta naquele lugar por acaso. Cesareia de Filipe era uma área onde predominavam os gentios e as crenças pagãs. Estava localizada cerca de 30 quilômetros ao norte de Betsaida, onde Jesus havia acabado de curar um homem cego (Mc. 8.22-26). Neste local jorra uma nascente vinda do Monte Hermom, que constitui um dos afluentes que se torna o rio Jordão. Em tempos antigos, a cidade era chamada de “Balinas”, porque tinha sido um centro de culto a Baal. Mais tarde, o nome foi mudado para “Panias”, porque os gregos acreditavam que seu deus Pan nasceu em uma caverna nas colinas acima da cidade. Ela também continha um templo de mármore, construído por Herodes Filipe, para homenagear César, imperador romano, que era considerado um deus. Os cidadãos eram obrigados a entrar neste templo pelo menos uma vez por ano, colocar uma pitada de incenso em um altar em chamas e proclamar: “César é o senhor!” Jesus usou este cenário trágico do paganismo e da adoração falsa para levar Seus discípulos a pensarem sobre a questão mais fundamental da vida: “Quem é Jesus para você?” Por que é importante a resposta? Porque a correta compreensão de quem Ele é vai determinar como iremos expressar a vida de Cristo em nós (Gl. 2.19-20). Por isso, se apenas afirmamos que Jesus é o salvador, o libertador, a água viva, o pão da vida, a esperança ou o bom pastor, estaremos biblicamente corretos, mas isso não quer dizer que Ele de fato seja quem quer ser: nossa

vida! Jesus é a minha vida. Ele tem que ser nossa vida. Por quê? Vejamos o exemplo de Paulo em Filipenses 1: • 1 Se Cristo é a minha vida, eu vou ter os mesmos sentimentos que Ele tem pelo próximo. Vou tratar as pessoas da mesma maneira que Cristo as trata. Alegro-me com meus irmãos, orando por eles. Cristo pensou nos outros quando morreu na cruz. Paulo pensou o mesmo, amando os irmãos (v. 3-6). É amor sincero! • 2 Se Cristo é a minha vida, eu vou ter os mesmos interesses dele. As minhas ambições pessoais serão ligadas a Jesus, para a honra e glória de Deus. Ninguém ficava com Paulo, sem ouvir o Evangelho (v. 12-18). • 3 Se Cristo é a minha vida, eu vou ter o mesmo Espírito de Cristo (v. 19). Se eu desejo o mesmo Espírito de Jesus, devo ter os mesmos ideais, alvos e interesses dele. • 4 Se Cristo é a minha vida, eu vou tê-lo como a minha preocupação suprema (v. 20). Podemos perder algumas coisas, até a própria vida, mas Ele é tudo: a esperança e a certeza da vitória. • 5 Se Cristo é a minha vida, eu vou tê-lo como a parte mais querida da vida (v. 21-26). Estar com Ele é incomparavelmente melhor. Significa trabalhar por Sua causa. • 6 Se Cristo é a minha vida, eu vou ter uma conduta que combina com a vida de Jesus (v. 27). E nós lutaremos juntos, firmes em um só espírito. Por isso, se Jesus ainda não é sua vida, eu quero lhe fazer um convite. Feche seus olhos agora, no mesmo momento em que lê este texto, e entregue sua vida nas mãos daquele que quer lhe dar um novo coração. Se Ele já é sua vida, nunca fale que Ele é outra coisa além desta, a mais importante. E cante comigo: “Cristo é a nossa vida, o motivo do louvor, em nosso novo coração. Pois morreu a nossa morte, pra vivermos Sua vida, nos trouxe grande salvação...”

CARLOS ALBERTO BEZERRA Carlos Alberto Bezerra é fundador da Comunidade da Graça. Um homem apaixonado por pessoas. Pastor há 52 anos e casado com Suely pelo mesmo tempo. Tem seis filhos e 16 netos. O amor, o serviço e a valorização da família são suas ênfases ministeriais. Pregador apaixonado, escritor inspirador.

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TRANS FORMAÇÃO

MAIS PERTO DE DEUS APRENDENDO SOBRE A PRÁTICA DO JEJUM

li, junto ao canal de Aava, proclamei jejum para que nos humilhássemos diante do nosso Deus e lhe pedíssemos uma viagem segura para nós e nossos filhos, com todos os nossos bens”. O texto de Esdras 821 nos remete a um momento importante da história do povo de Deus: o templo de Jerusalém havia sido reconstruído e Esdras estava indo para lá e levando mais algumas famílias consigo. Antes da viagem, o sacerdote começa um jejum pedindo por uma boa viagem. Essa não é a única vez que a Bíblia fala sobre o jejum. Quando se decidiu a falar com o rei em favor do povo judeu, a rainha Ester pediu que não só orassem, mas que jejuassem por ela. Daniel também jejuava, se abstendo de certos tipos de alimentos. O próprio Jesus, nosso Senhor, antes de começar o Seu ministério, jejuou por 40 dias no deserto. Jejuar é uma prática extremamente importante na vida de um cristão. Não tem a ver apenas com não comer ou beber por certo tempo, isso seria apenas uma dieta. O jejum, na verdade, é abster-se de algo para passar tempo com o Senhor e, muitas vezes, clamar por uma situação específica. É uma forma sacrificial de batalha espiritual por meio da oração, que produz resultados que não poderiam ser obtidos de outra forma. Isso é especialmente enfatizado nas libertações de demônios nos dias de Jesus – “mas esta espécie só sai pela oração e pelo jejum” (Mt. 17.21). O evangelista Bill Bright, co-fundador de um dos maiores movimentos cristãos para estudantes universitários, costumava dizer: “Eu acredito que o poder do jejum, quando relacionado à oração, é a bomba atômica espiritual que o nosso Senhor tem nos dado para destruir a fortaleza do mal e trazer um grande avivamento e colheita ao redor do mundo”. 8

Quando jejuamos, ficamos mais perto de Deus e conhecemos mais e mais da Sua vontade e do Seu propósito para a nossa vida e para este mundo. Por isso é uma prática tão importante, mas, muitas vezes, negligenciada pelos cristãos.

COMO DESENVOLVER A PRÁTICA DO JEJUM Primeiro, precisamos estar sensíveis ao Espírito Santo de Deus e deixar que Ele nos direcione a jejuar. Nosso compromisso deve ser feito como uma resposta à Sua direção. Precisamos, então, definir o porquê do jejum, o seu objetivo. Isso vai fazer com que não seja algo mecânico e sem êxito, vai nos dar um foco. Também precisamos definir do que vamos nos abster (certas comidas, água e sucos, doces, etc.) e por quanto tempo vamos fazê-lo (uma refeição, um dia inteiro, uma semana). A Bíblia não determina um período de duração de um jejum. Isso depende do propósito e do objetivo de cada um. Todas essas definições nos ajudam a permanecer firmes no propósito de jejuar, mesmo quando as tentações físicas ou sociais tentarem nos convencer do contrário.

COMO SE PREPARAR PARA DESENVOLVER UM JEJUM EFICAZ O fundamento básico do jejum e da oração é o arrependimento. Pecados não confessados endurecem o nosso


coração, impedem que Deus nos ouça e que nós possamos ouvir a Sua voz. Este, então, é o primeiro passo, confessar e nos arrepender. Também precisamos nos preparar fisicamente. Se fazemos uso constante de algum medicamento ou temos alguma condição especial de saúde, é sempre bom buscar orientação médica. Tudo deve ser gradual. Durante o período em que estamos jejuando, é importante ingerir bastante água. Caso sinta algum mal-estar ou fraqueza, é bom tomar um suco natural de frutas. Evite bebidas à base de cafeína. Limite suas atividades. Evite televisão, telefone ou qualquer coisa que pode lhe trazer desconforto, irritabilidade ou ansiedade. Também é importante que esse tempo de abstenção alimentar seja transformado em momentos de oração e intimidade com o Senhor. Não adianta pararmos de comer e não orarmos. A eficácia vem da combinação do jejum e da oração.

COMO PODE SER O DIA DE JEJUM

Quando jejuamos, ficamos mais perto de Deus e conhecemos mais e mais da Sua vontade e do Seu propósito para a nossa vida e para este mundo

Comece o dia com louvor e oração. Depois, leia e medite na Palavra de Deus e tenha um período de intercessão. Durante o dia, vá alternando entre louvor, intercessão, leitura da Palavra, ação de graças e oração. Peça ao Espírito Santo para revelar qualquer pecado não confessado em sua vida.

QUANDO TERMINAR O JEJUM O primeiro passo é entregar a Deus o período em que estivemos jejuando. Isso nos ajuda a encerrar nos lembrando do propósito do nosso compromisso. Depois, comece a comer gradualmente. Se seu jejum foi longo, não coma comidas sólidas imediatamente. Não se mostre desfalecido ou abatido. Não há necessidade de divulgar para a igreja que você estava em jejum (Mt. 6.16). Se praticarmos o jejum em nossa vida, vamos experimentar uma percepção maior da presença de Deus. O Senhor nos dará um novo discernimento espiritual e nossa confiança e fé em Deus serão fortalecidas. Deus está pronto e desejoso para se revelar a nós se O buscarmos.

SUELY BEZERRA Fundadora e líder do Ministério Mulheres Intercessoras, Suely Bezerra tem uma vida marcada pela oração e intercessão. Tem mentoreado líderes e pastoras ao redor do país durante toda sua vida. É esposa do Pr. Carlos Alberto Bezerra. Eles são casados há 52 anos, têm seis filhos e 16 netos.

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VIDA

O REINO DE DEUS CHEGOU VIVENDO UMA VIDA DE JUSTIÇA, PAZ E ALEGRIA

ocê gosta de boas notícias? Vemos tantas tragédias nos noticiários, tantas coisas ruins acontecendo em nossos dias que acabamos nos acostumando com isso. Mas todos nós gostamos de receber boas notícias, isso alegra o nosso coração. E a melhor notícia que podemos receber é a de que o Reino de Deus está no meio de nós. Ele chegou nas nossas vidas, nas nossas casas, nas nossas famílias. Não existe notícia melhor do que essa! Mas, então, o que é o Reino de Deus? Quais são as suas características? No Novo Testamento, vemos um grupo de pessoas que parecia o mais correto. Os fariseus eram os mais justos quando se tratava de religião. Eles faziam orações, davam os dízimos, jejuavam, estavam sempre no templo. Eram corretíssimos em nome da religião. Mas isso não tem nada a ver com o Reino de Deus. Nada disso tem valor se não temos um novo coração e se não amamos as pessoas. Um dia, a mensagem do Evangelho nos alcançou e a vontade de Deus é que, agora, nós possamos levar essa mensagem de graça e amor a outras pessoas. Ele quer nos usar para esse propósito. Em Romanos 14.17-18, o apóstolo Paulo diz que “o Reino de Deus não é comida e nem bebida, mas justiça, paz e alegria no Espírito Santo; aquele que assim serve a Cristo é agradável a Deus e aprovado pelo homem”. Ele começa dizendo aquilo que o Reino de Deus não é. Não tem a ver com comida e nem bebida, ou seja, não está apoiado nas coisas deste mundo, nos interesses do homem. Na continuação do texto, ele dá três características do Reino: justiça, paz e alegria no Espírito Santo. Co10

nhecer essas características nos ajuda a não ser como os fariseus e a viver uma vida que expressa o Reino por onde quer que andemos.

JUSTIÇA

Muitos de nós vivem frustrados e sobrecarregados, porque acreditam que o Evangelho é baseado somente nas bênçãos, que quanto mais receberem mais satisfeitos vão ficar. Isso é um engano. A base da vida cristã é a justiça. Se buscarmos o Reino e a sua justiça, não precisaremos viver buscando bênçãos (Mt. 6.33). Mas, qual é o significado de justiça? Verdade, integridade, retidão. Nosso Deus é um Deus justo e Ele abomina quem pratica a injustiça. Quando esteve na terra, Jesus não pregou uma religião, Ele anunciou o Reino de Deus. E este é um Reino de justiça.

PAZ Paz é tranquilidade, harmonia. É muito mais do que ausência de guerras. A palavra no hebraico, “shalom”, quer dizer suprimento das necessidades, fartura nos celeiros, prosperidade, longevidade, saúde. Nosso Deus também é um Deus de paz (Jz. 6.24; Is. 9.6). E Ele quer trazer essa paz ao nosso coração. Nosso pecado nos separou do Senhor, nos tornamos Seus inimigos. Mas Ele enviou o que tinha de melhor para nos tornar justos e para que fôssemos feitos Seus amigos. A verdadeira paz é a reconciliação do homem com Deus, é a possibilidade de uma nova vida, um novo coração. Muitos têm vivido angustiados e atormentados pelo seu passado. Não têm experimentado dessa paz que transfor-


ma e aquece o coração. Mas a Palavra diz que Jesus “é o mesmo, ontem, hoje e para sempre” (Hb. 13.8). Ele é o Senhor do nosso ontem. Então, uma vez que nos arrependemos e confessamos os nossos pecados, Deus age em todas as coisas para o nosso bem (Rm. 8.28) e nos dá a chance de viver uma nova vida. Nós podemos avançar! Deus já está em paz conosco, agora cabe a nós nos achegarmos a Ele (Tg. 4.8).

ALEGRIA O Reino de Deus é um Reino de alegria, e ela é parte do fruto do Espírito. O mundo nos oferece muitas coisas, mas nada se compara à verdadeira alegria, o nome dela é Jesus Cristo! Se nos arrependemos e recebemos um novo coração, nada nos satisfaz mais do que o Senhor. Só somos completos com Ele. É nele que encontramos a plenitude de alegria (Sl. 16.11). Ele nos enche de ânimo, de força e de coragem (Ne. 8.10). Isso não tem a ver com dinheiro e bens materiais, vai muito além. E é essa certeza que nos ajuda a permanecer alegres em meio às tribulações. O Reino de Deus chegou! E ele é cheio de justiça, paz e alegria. Você faz parte dele?

Um dia, a mensagem do Evangelho nos alcançou e a vontade de Deus é que, agora, nós possamos levar essa mensagem de graça e amor a outras pessoas

RONALDO BEZERRA Ronaldo Bezerra é cantor, compositor e pastor da Comunidade da Graça Sede. É casado com Simone Bezerra e tem dois filhos, Ronaldo e Sophia.

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LIDERANÇA

SINTONIA A ARTE DE SE COMUNICAR BEM NA ERA DIGITAL

ão conseguimos empurrar o conhecimento para dentro do cérebro. Ele precisa ser semeado. Para plantar uma ideia na mente de alguém, você precisa da permissão daquela pessoa. Normalmente, as pessoas têm cuidado ao “abrir a mente” a um total desconhecido. Sempre há certa desconfiança sobre a nova informação que está sendo proposta. Passamos por isso quando estamos ensinando na célula, evangelizando ou mesmo pregando. É preciso encontrar um meio de superar essa resistência, e a maneira certa de fazer isso é demonstrar às pessoas o nosso lado humano, pessoal. Jesus fez isso quando foi contestado pelos fariseus conhecedores da Lei, que queriam provar o Seu “conhecimento”. No momento certo e da maneira correta, Ele mostrou o padrão do Reino de Deus, ensinou como deve ser o comportamento humano real, sem a influência e malignidade do pecado: cheio de compaixão, misericórdia e colocando o próximo em primeiro lugar. Ainda hoje, a visão de mundo cristã sobre assuntos como a crise dos refugiados, a justiça e a graça, por exemplo, são um tabu. Como cristãos, deveríamos saber o que a Bíblia diz e nos posicionarmos a favor dos princípios do Reino de Deus. E não cairmos em confusão ou questionamentos de uma cosmovisão mundana. Agora, como podemos entrar em sintonia com o que Deus tem reservado para a sociedade em que estamos inseridos e comunicar de maneira eficaz? Ouvir uma palestra é algo completamente diferente de ler um roteiro. Para causar impacto, é necessário haver sintonia humana. Você pode dar uma palestra brilhante, com explicações cristalinas e uma lógica perfeita, porém, se antes de tudo, 0não entrar em sintonia com as pessoas (sabendo suas necessidades e anseios), ela não cumprirá sua finalidade. Por isso, muitas vezes, encontramos filmes que têm ótimos roteiros, mas uma atuação ruim acaba comprometendo tudo o que foi escrito originalmente. 12

A aproximação é importante. Jesus nos mostra isso em todos os encontros registrados na Palavra. Ele se aproximava e conhecia as pessoas de verdade, sua história e suas necessidades. O relacionamento abre espaço para que alguém receba novas ideias e possa acreditar no que dizemos. As pessoas não são computadores. São seres sociais com individualidades únicas. E elas desenvolveram armas para se proteger de conhecimentos perigosos capazes de poluir suas visões de mundo. Essas armas têm nome: ceticismo, desconfiança, antipatia, tédio, incompreensão. Muitas delas são boas, pois filtram o que é bom, mas também fecham as portas para a mudança. Nós, que somos representantes da maior história de todos os tempos, da verdade mais transformadora, precisamos aprender a proteger nossa mente das ideias deste mundo e influenciar mentes que estão fixas e fechadas. Por isso, nossa primeira tarefa como discípulos de Jesus é encontrar uma maneira de desativar essas armas e construir um laço humano de confiança com quem nos relacionamos. Isso pode acontecer através de cinco práticas essenciais para uma comunicação em sintonia com a Palavra de Deus e com as pessoas ao nosso redor.


Faça sempre contato visual: ele ajuda a pessoa a entender que você se importa com ela e está presente. Não há nada pior do que contar uma história para alguém, e a pessoa estar olhando para o celular ou qualquer outro lugar. O contato visual traz proximidade e emoção. Mostre vulnerabilidade: pessoas confiam em pessoas que são como elas. Quando você demonstra que está aprendendo e que tem fé em um Deus todo-poderoso, abre caminho para a aproximação. Não seja o super-herói que tem todas as respostas – porque nós não temos. Conte dos seus erros e acertos com sabedoria. Isso te aproximará das pessoas e te dará credibilidade. Não deixe o clima tenso: é um fato, as pessoas gravam mais coisas em sua mente quando o ambiente é confiável e amigável. Assuntos sérios devem ser tratados de forma séria, mas não de uma maneira que crie um ambiente de desconfiança e inimizade. Enterre o seu orgulho: Jesus, sendo o próprio Deus, não se orgulhava, era manso e humilde de coração. Isso abriu portas para que Ele pudesse pregar o Evangelho, conduzir as pessoas ao arrependimento e apresentar uma nova vida. Frases como “antes de eu ser esse cristão bem-sucedido” criam uma barreira. Faça perguntas e conte sua história num prisma que ajudará a outra pessoa a se posicionar e mudar. Conte histórias: histórias mergulhadas nos princípios da Palavra de Deus são as que mais geram transformação e ficam gravadas na mente das pessoas. Jesus fez isso através das parábolas. Elas não eram histórias quaisquer, mas foram eficazes, principalmente pelos princípios que eram aplicados e geravam nos ouvintes um incômodo para mudança.

A sintonia com Deus através do Espírito Santo é a única maneira eficaz de comunicarmos o Evangelho sem preconceitos, entendendo a realidade dos nossos dias e nunca abrindo mão dos princípios que aprendemos com Jesus. Essa é a nossa maneira de trazer o Reino dos Céus para nossos dias.

GUSTAVO ROSANELI Gustavo Rosaneli é formado em Comunicação e Cinema. É casado, editor da Revista Comuna e líder de jovens da CG Atibaia.

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DISCIPULADO

Chamados para fazer discípulos, não convertidos FORMANDO VERDADEIROS CRISTÃOS

esus te ama”, me disse uma vez um irmão piedoso que passava pela rua. O caminhar dele foi tão rápido que nem me deu tempo de trocar alguma ideia ou responder: “Ele ama você também”. A atitude daquele homem despertou em mim certa curiosidade – e também me assustou, confesso, fui pego de surpresa! Claro que já tinha visto outras pessoas fazerem isso, ou até sabia daqueles que costumam ter essa atitude, mas fiquei refletindo sobre o alcance que isso podia gerar. Sem dúvida, o mundo precisa conhecer o amor de Deus – tão profundo que O levou a entregar Seu único Filho (Jo. 3.16). Também não há como negar que muitas pessoas podem ser tocadas pelo simples fato de saber que há alguém no mundo que as ama, sem restrições e nem condições. Mas, naquele instante em que o homem espetou-me – eis o susto – aquela frase, meu pensamento foi: “Isso é suficiente? É isso que devemos fazer?” E se eu lhe dissesse que Jesus não queria que fizéssemos convertidos? E se eu afirmasse que em toda a Escritura não há nada que diga que devemos converter alguém? E se eu propusesse que as pessoas que aceitam Jesus em sua vida não fazem com que nossa missão seja cumprida? De fato, a única vez que Jesus usou a palavra “convertido” foi durante uma santa discussão com um grupo de fariseus, repreendendo-os por produzir máquinas cheias de conhecimento e orgulho, mas sem amor. Ele disse: “Ai de vocês, mestres da lei e fariseus, hipócritas, porque percorrem terra e mar para fazer um convertido e, quando conseguem, vocês o tornam duas vezes mais filho do inferno do que vocês” (Mt. 23.15). Por que Jesus usaria palavras tão duras? Talvez Ele soubesse do forte contraste que há entre convertidos e discípulos. Aqui estão algumas diferenças: 14


Convertidos

Discípulos

São crentes que vivem como o mundo

São crentes que vivem como Jesus (tiveram uma profunda experiência com Deus que os levou ao novo nascimento)

Focados em seus valores, interesses, preocupações, medos, prioridades e estilos de vida

Focados em Jesus

Vão à igreja

São a igreja

Envolvidos na missão de Jesus

Comprometidos com a missão de Jesus

São torcedores nas arquibancadas

Entram no campo para jogar

Ouvem pregações e mensagens

Vivem a Palavra de Deus

Seguem regras e doutrinas

Seguem a Jesus

Preocupam-se com fazer

Preocupam-se com ser

São acomodados

Fazem sacrifícios

Medem o crescimento a partir de variáveis externas: frequência nos cultos, boas obras, abraçar o irmão que o ofendeu (porque o pastor mandou fazer)

Medem o crescimento usando variáveis mais difíceis de perceber: intimidade com Deus, fruto do Espírito e relacionamentos saudáveis

Talvez isso explique por que Jesus não converteu pessoas. Ele as discipulou, compartilhou Sua vida, ensinamentos e refeições. Será que esse seria o modelo que Cristo queria que Sua igreja seguisse? Em Mateus 28.19-20 está escrito: “Portanto, vão e façam discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, ensinando-os a obedecer a tudo o que eu lhes ordenei” – que, aliás, é um chamado para todos os cristãos, não apenas para aqueles que são pastores, diáconos, supervisores, líderes ou que têm algum tipo de desempenho ministerial. Todos fomos chamados para ser e fazer discípulos! Todos começamos com “Jesus ama você”, experimentando o amor de Deus. Mas não para por aí! É de fé em fé (Rm. 1.17)! Precisamos desenvolver um relacionamento íntimo com Deus, transformador. Precisamos ser discípulos e fazer novos, num movimento constante que expressa esse amor que já experimentamos e que revolucionou nossas vidas. Jesus está procurando homens e mulheres que O sigam seja qual for o custo. Está procurando uma devoção radical, um compromisso total e uma dedicação verdadeira. Ele procura discípulos. E nos chamou para andarmos com Ele e continuarmos Sua maravilhosa obra. Que privilégio enorme. Bora completar a missão!

CÉSAR STAGNO César Stagno é jornalista responsável pela Revista Comuna. É casado com a Fabiana e pai da Sofia.

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CAPA

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VOCÊ CONSEGUE CONTROLAR SEUS DESEJOS E IMPULSOS? rustração. Segundo o dicionário, trata-se de um sentimento, uma emoção que ocorre quando algo que era esperado não acontece. É o estado de um indivíduo quando impedido – por outro ou por si mesmo – de atingir a satisfação. A pergunta de Paulo no texto de Romanos provém do mais profundo de um coração frustrado, indignado. Não com uma situação, nem com outra pessoa, mas consigo mesmo. Já deu de cara com uma situação específica onde sua satisfação, assim como a do apóstolo, não foi atingida? Em Romanos 7.15, Paulo afirma: “Não entendo o que faço. Pois não faço o que desejo, mas o que odeio”. Que terrível é para o ser humano ter que enfrentar uma situação que foge do seu controle. Muitos não veem outra saída que não seja tentar novamente, resistir, apelar ao domínio próprio e esperar pelo melhor. Mesmo que isso não aconteça e o ciclo volte a começar, uma e outra vez.

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Controlar os desejos e impulsos vai desde dizer “não” a uma comida, pois você está de regime, até a dizer “não” a um ato de desonestidade com uma mentira

O domínio próprio regula desejos e impulsos. Envolve querer fazer uma coisa, mas escolher fazer outra Pesquisas científicas sobre o domínio próprio destacam que as pessoas que o possuem vivem mais tempo, são mais felizes, sofrem menos casos de depressão, são mais fisicamente ativas, têm taxas cardíacas mais próximas da perfeição, têm emoções mais estáveis, são mais dispostos a ajudar a outros, obtêm melhores empregos, ganham mais dinheiro, têm melhores casamentos e dormem melhor à noite. Mas psicólogos, sociólogos e outros cientistas não estão apenas interessados nos seus benefícios práticos. Eles querem saber o que é, como funciona e por que algumas pessoas parecem ter mais do que outras. O domínio próprio regula desejos e impulsos. Envolve querer fazer uma coisa, mas escolher fazer outra. As respostas a uma situação determinada são substituídas. É como escolher pegar uma maçã, ao invés de querer engolir um pote inteiro de sorvete... ou dois. O cristianismo ensina frequentemente a substituir uma resposta por outra. Na cultura greco-romana o autocontrole era uma virtude humana que, quando exercida para evitar algum tipo de prazer ou desejo, aproximava o homem da divindade. Os autores bíblicos, em contrapartida, viram que muitos dos prazeres do mundo são dons de Deus para serem apreciados e ensinam que o domínio próprio é fruto da submissão a Deus e não da autonomia. No entanto, a ideia de substituir uma resposta por outra, regulando nossos desejos e impulsos, está por trás de todos os ensinamentos bíblicos para obedecer quando somos tentados: queremos nos preocupar, mas devemos orar; queremos amaldiçoar, mas devemos abençoar; queremos odiar, mas devemos amar.

É UM MÚSCULO!

Muitos podem pensar no domínio próprio como um extintor de incêndio - para ser usado em situações de emergência na luta contra as chamas da tentação. Ou num interruptor de energia, para ser ativado quando necessário. Mas as pesquisas mostram que ele se comporta como um 18


Um vida descontrolada de desejo acaba levando à solidão e à ansiedade. Ao mesmo tempo em que parece que temos tudo, na verdade, não temos nada

músculo. Ou seja, pode ser treinado. Quanto mais é utilizado, mas forte ele se torna. Isso porque há um relacionamento direto entre domínio próprio e hábitos. Há hábitos que são automáticos – como dirigir um carro – e outros que são controlados, requerem mais atenção, e nos permitem aprender ou executar tarefas mais difíceis e que demandam muita força de vontade – como dirigir um carro num país onde o volante esteja do lado direito. Os hábitos que podem ser considerados automáticos são bons para executar tarefas do dia a dia, mas se as pessoas só tivessem eles, se comportariam como robôs, fazendo cada coisa sem pensar e de forma repetitiva. Já se apenas existissem os hábitos controlados, cada ação deveria ser intencionalmente pensada e executada, o que levaria a viver uma vida extremamente chata. O equilíbrio é importante. E quem dá isso é o domínio próprio! A Bíblia ensina que o domínio próprio é fruto do espírito (Gl. 5.23). Uma pessoa que não tem isso é como uma cidade sem paredes (Pv. 25.28). A vida cristã envolve coloca-lo em prática nas mais diversas situações e, muitas vezes, todas elas ao longo de um mesmo dia. Então, como treinar esse músculo? É importante destacar que os hábitos produzem combustível. De que tipo? Do tipo que nosso cérebro procura, aquele que gera uma sensação específica: a satisfação.

OS ROLLING STONES ESTAVAM CERTOS Uma das músicas mais famosas da banda britânica liderada pelo septuagenário Mick Jagger – sim, ainda na ativa –, leva como título “I can’t get no satisfaction” (em inglês, não consigo ter satisfação). Essa música, mesmo que não tenha essa intenção, toca um tema absolutamente bíblico: as pessoas não acham satisfação nos lugares onde costumam procurá-la É exatamente o que Salomão falava no livro de Eclesiastes: “Quando avaliei tudo o que as minhas mãos haviam feito e o trabalho que eu tanto me esforçara para realizar, percebi que tudo foi inútil, foi correr atrás do vento” (2.11). Tudo é vaidade! O ser humano procura a satisfação, a persegue. E quando se sente insatisfeito, naturalmente, não procura mudar seus hábitos, mas os pratica ainda mais, para ver se consegue finalmente atingir o que tanto procurava. Mas qualquer tentativa, por melhor que pareça, sempre gera o mesmo resultado: um apetite por satisfação maior, urgente, guloso, destruidor. A grande maioria dos cristãos aceita a ideia de que consumismo, comida ou sexo não levam à verdadeira satisfação. O passo que parece mais lógico então é procurar satisfação nos estudos bíblicos, devocionais, tempos de oração ou atos de serviço feitos em nome do Senhor. Mas chegar a Cristo esperando alcançar uma satisfação que permanece ancorada em desejos consumistas, gera a mesma frustração que Paulo denunciava. Os desejos é que 19


precisam ser transformados. Jesus não é um produto ou uma solução. Ele é Deus e pode transformar uma vida ao ponto de mudar completamente seus hábitos e gerar força para um domínio próprio que se alimenta de uma satisfação completamente diferente: quem Deus é.

ENTÃO, NÃO HÁ ESPERANÇA?

Há sim! Ela está ancorada na promessa de um Deus amoroso e bom que afirmou que tiraria de nós o coração escravo dos desejos e impulsos e colocaria um completamente novo, livre, que O ama e segue, e que permite viver uma vida completamente nova (Ez. 36.26-27). Não é força de vontade, não é autoajuda, não é apenas mudar hábitos, não é fórmula mágica, é o Espírito Santo transformando corações que eram escravos em outros que acham satisfação em algo completamente diferente: Jesus. O pastor americano John Piper afirma: “Deus é mais glorificado em nós quando somos mais satisfeitos nele”. Ou seja, o Senhor batalha pela alegria e satisfação humana – objeto do Seu amor –, que só pode ser achada verdadeiramente nele: “Na tua presença há plenitude de alegria, na tua destra, delícias perpetuamente” (Sl. 16.11). O próprio Paulo expressa em Filipenses 3.8: “Considero tudo como perda, por causa da sublimidade do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor”. Não há possibilidade alguma de achar esse deleite em Deus sem um novo coração. Não há possibilidade alguma de experimentar uma renovação da mente (Rm 12.2), uma transformação dos desejos e vontades, se não houver novo nascimento, se o Espírito Santo não estiver habitando em nós. Deus sabe disso, por isso, expressando Sua natureza de amor (1Jo. 4.8), misericórdia e compaixão, oferece ao homem um coração novo. O mandamento bíblico: “Deleita-te no Senhor” (Sl. 37.4) é outra maneira de dizer: “Façam tudo para a glória de Deus” (1Co. 10.31). Portanto, se não achar satisfação nele, não haverá transformação de hábitos para poder mudar atitudes e muito menos haverá domínio próprio. Se Deus é mais glorificado quanto mais satisfeitos estamos nele – em quem Ele é –, então não devemos economizar em nada para maximizar nossa alegria nele. Jesus é a fonte de satisfação plena e verdadeira – “quem beber da água que Eu lhe der jamais terá sede” (Jo. 4.14), – porque Ele é ofuscantemente glorioso, infinitamente digno, lindo, incrível em poder, inescrutável em sabedoria, ilimitado em conhecimento, tenro em misericórdia, e a fonte e fundação de toda verdade, bondade e beleza. Quando nós O vemos pelo que Ele realmente é, e nos afastamos das cisternas rotas do 20

Viver uma vida onde há confiança em Jesus faz com que vivamos sem ansiedade, que tenhamos o nosso foco no lugar certo e que experimentemos alegria e prazer cheios do Espírito Santo

Não é força de vontade, não é autoajuda, não é apenas mudar hábitos, não é fórmula mágica, é o Espírito Santo transformando corações que eram escravos em outros que acham satisfação em algo completamente diferente: Jesus


mundo que não nos podem satisfazer (Jr. 2.13), encontramos “alegria inefável e gloriosa” (1Pe. 1.8). Essa alegria precisa ser expressada. Senão fica estancada e morre. Como ela se expressa? No domínio próprio, consequência da satisfação completa em Deus, da vida com Cristo e da intimidade com o Pai. A mesma que Paulo teve ao longo de toda sua vida, e que o levou a afirmar: “por meio de Cristo Jesus a lei do Espírito de vida me libertou da lei do pecado e da morte” (Rm. 8.2). Jesus não quer apenas satisfazer os desejos do coração, Ele quer transformá-los. Há um espaço em nossa alma que somente Deus pode ocupar, e nunca estaremos em paz até que permitamos que Ele o preencha. Como João diz no livro de Apocalipse, capítulo 2: suas obras são boas, coerentes, justas, mas o primeiro amor, o deleite, o relacionamento íntimo, se perdeu. Precisamos nos arrepender de buscar a Deus com uma mentalidade consumista, e voltarmos ao amor genuíno e apaixonante do primeiro encontro com Jesus. Sem Ele, todos os esforços para controlar desejos e impulsos destruidores serão apenas isso, esforços, tentativas vãs de atingir algo que apenas pode se obter através de um relacionamento profundo e transformador com Ele. 21


FATO

COMO VOCÊ ENXERGA O MUNDO? SÓ 17% DOS CRISTÃOS TÊM UMA PERSPECTIVA BÍBLICA DA VIDA osmovisão. Você já ouviu essa palavra? Ela quer dizer, literalmente, a visão que uma pessoa tem do mundo. Essa visão influencia aquilo que cada um é, o que defende e a maneira como vive. É como se fossem óculos, através dos quais cada pessoa tem a sua maneira de ver as coisas. Se essas lentes forem corretas, a realidade, então, faz sentido. Segundo Norman L. Geisler, em seu livro “Enciclopédia da Apologética”, a cosmovisão é o “modo pelo qual uma pessoa vê ou interpreta a realidade. É a estrutura por meio da qual uma pessoa entende os dados da vida. Uma cosmovisão influencia muito a maneira com que uma pessoa vê Deus, as origens, o mal, a natureza humana, os valores e o destino”. Como cristãos, seguimos a Palavra de Deus, por isso temos uma cosmovisão bíblica. Ou seja, enxergamos o mundo através das lentes da Bíblia. Ou, pelo menos, deveria ser assim. Uma pesquisa realizada pelo Instituto Barna e o Summit Ministries revelou que, nos Estados Unidos, apenas 17% dos cristãos que acreditam que a sua fé é importante e que vão à igreja frequentemente têm uma visão do mundo baseada na Palavra. De acordo com os pesquisadores, algumas afirmações que registram essa visão bíblica seriam: “crer que existe uma verdade moral absoluta”; “considerar que Satanás é um ser ou uma força real, e não apenas algo simbólico”; “crer que uma pessoa não pode ‘ganhar um lugar no céu’ tentando ser boa ou tendo boas ações”; “crer que Jesus Cristo viveu uma vida completamente sem pecado na terra”; “crer que Deus sabe de todas as coisas, é o todo-poderoso criador do mundo e ainda dirige todo o universo”. Esse número tão baixo indica que muitos cristãos têm aceitado outras cosmovisões, como de outras religiões, por exemplo. E isso acontece especialmente com os Millennials (15 a 32 anos) e a Geração X (33 a 51 anos), que têm oito vezes mais tendência a aceitar ideias diversas do que aqueles que têm mais de 52 anos. Dos entrevistados, 61% creem em algo que chamam de “nova espiritualidade”, uma visão positiva da religião, com foco no sobrenatural e uma crescente insatisfação com as instituições religiosas. Quase três em 10 (28%) cristãos praticantes concordam que “todas as pessoas oram ao mesmo Deus ou ser superior, independentemente do nome com que o chamem”. Um terço deles (32%) também acredita que “boas obras são recompensadas 22

Como cristãos, seguimos a Palavra de Deus, por isso temos uma cosmovisão bíblica. Ou, pelo menos, deveria ser assim

com o bem, já as más obras recebem o mal como consequência”. Outra pesquisa do Instituto Barna revelou outra característica semelhante dos cristãos da atualidade: 52% creem que a Bíblia ensina que “Deus ajuda aqueles que se ajudam”. A pesquisa ainda revelou que 59% dos cristãos têm visões pós-modernistas, que creem na subjetividade acima de tudo e que se uma crença ofende alguém, está errada. 36% aceitam ideias associadas ao marxismo, sendo completamente contrários ao capitalismo e adotando ideias socialistas ou comunistas. E 29% creem em afirmações baseadas no secularismo, colocando a razão e a ciência acima de tudo. Além disso, homens e moradores da cidade são mais suscetíveis a essas outras


visões de mundo do que mulheres e aqueles que vivem no interior ou em áreas rurais. A grande questão é que o Senhor não nos chamou apenas para vivermos como quisermos e sermos felizes. Ele veio ao mundo e nos ensinou uma maneira de viver, nos ensinou o padrão do Reino de Deus. Essas são as lentes que devemos usar, enxergar através dos olhos do nosso Salvador. A Bíblia nos dá toda a instrução de que precisamos. E é a ela que devemos seguir. Muitos têm se deixado levar por novos pensamentos ou teorias, e têm deixado de lado o mais importante, a Palavra de Deus. Para ter uma cosmovisão bíblica, como a do Senhor Jesus, precisamos conhecer o que Deus fala em Sua Palavra e deixar que o Espírito Santo traga revelação ao nosso coração. Ainda dá tempo de fazer um compromisso para conhecer a Bíblia em 2018, e isso só nos ajuda a enxergar, cada dia mais, com os olhos de Cristo.

Muitos têm se deixado levar por novos pensamentos ou teorias, e têm deixado de lado o mais importante, a Palavra de Deus 23


RECOMENDO

LIVRO

Os cânticos de Jesus TIMOTHY E KATHY KELLER - VIDA NOVA

Timothy Keller e sua esposa Kathy viveram momentos únicos e muito importantes enquanto liam os Salmos. Há 20 anos, ele lia o livro todo a cada mês. Já ela, dedicou-se ao seu estudo durante um longo período de enfermidade. E foi dessas experiências que nasceu “Os Cânticos de Jesus”. O novo livro do casal é um devocional com leituras diárias, que traz o significado de cada versículo e ensina a “como colocar a sua oração no salmo e o salmo na sua oração”, como explica o próprio autor. Ele diz que, historicamente, os cristãos têm aprendido a orar através da leitura dos textos dos salmistas. Tim Keller ainda afirma que o livro de Salmos era como o hinário de Jesus: “Ele citou os Salmos mais do que qualquer outro livro da Bíblia. Os citou, inclusive, quando estava morrendo”. “Os Cânticos de Jesus” é um convite a mergulhar na sabedoria que há no livro de Salmos e a desenvolver uma vida mais profunda de oração e comunhão com Deus. Com certeza, uma leitura imperdível.

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LIVRO

Graça Futura JOHN PIPER - VIDA NOVA

Como podemos cortar a raiz do pecado em nossas vidas? É a essa pergunta que John Piper responde em seu livro “Graça Futura”. O autor revela como, por meio do sacrifício de Jesus e da confiança nas promessas de Deus, podemos quebrar o poder da ansiedade, do desânimo, da cobiça, da lascívia, do orgulho e de muitos outros pecados. Vale a pena conferir.

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MÚSICA

APP

Reversos

Nosso Pão Diário

FELIPE VALENTE - SONY MUSIC

RBC MINISTRIES

“Reversos” é o terceiro disco solo de Felipe Valente. O cantor é conhecido pelas composições interpretadas por Leonardo Gonçalves, Gabriela Rocha e muitos outros. Com músicas como “Aleluia” e “Canção de quem fica”, o trabalho mostra um pouco mais de Felipe em letras poéticas e profundamente bíblicas, e, neste ano, ainda vai ganhar um DVD gravado ao vivo.

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Um dos devocionais mais lidos no mundo todo, o “Pão Diário” agora pode estar em seu celular. O aplicativo “Nosso Pão Diário” traz reflexões e leituras bíblicas para cada dia. Conta com lembretes, marcadores, reprodutor de áudio e possibilita a leitura off-line. Ele ainda oferece uma comunidade de comentários públicos, onde os usuários podem falar sobre suas leituras diárias.

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AMOR QUE TRANSFORMA

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Márcio e Viviane esperança da recuperação fez com que essa família permanecesse unida. Assim começa a história de Márcio: aos 12 anos, ele teve seu primeiro contato com a maconha na casa de um primo. Enquanto crescia, somou aos vícios a bebida e pequenos furtos. Até que, aos 19 anos, começou com a cocaína. E então teve início uma jornada que parecia não ter mais volta. Mesmo em meio a essa vida complicada, no trabalho Márcio acabou conhecendo Viviane. E, como ele mesmo diz, foi “amor à primeira vista”. Foi então que ele viu que precisava de algo diferente, precisava mudar. Buscando uma forma de encontrar uma “cura” para o vício nas drogas, o casal tentou tudo o que podia. Chegaram a frequentar centros espíritas, fazer simpatias e até buscar medicamentos que pudessem ajudar. Viviane, por muitas vezes, acompanhava o marido nos pontos de drogas e o via usando cocaína. Sua intenção era só estar junto com ele e ajudá-lo a manter o vício “controlado”. Os dois só tinham certeza de uma coisa: nunca entrariam em uma igreja.

Lá, a família começou a experimentar os milagres de Deus. Viviane era estéril, havia sido diagnosticada com menopausa precoce aos 26 anos. E o que era impossível, aconteceu: ela estava grávida. Em meio à alegria da notícia, Márcio acabou se entregando mais uma vez às drogas. E então os dois decidiram voltar a São Paulo. O bebê nasceu, eles investiram em um negócio próprio e começaram a trabalhar juntos. “Eu e o Gustavo, nosso bebê, parecíamos a sombra do Márcio”, conta Viviane, “íamos com ele para todos os lugares”. Ela tentava de todas as maneiras recuperar o marido e lutar por sua família. Mas, mesmo assim, ele conseguia encontrar algumas saídas para o vício. O tempo continuou passando e eles recebiam convites de familiares para visitar a Comunidade da Graça em Santo André. Depois de muita insistência, começaram a frequentar a igreja. “Eu me sentia muito bem, desde a primeira vez em que fui lá”, lembra Márcio. Pouco mais de um mês depois, aconteceu o Impacto, um evento evangelístico realizado pela CG. Naquele dia, Márcio se entregou a Cristo e foi batizado.

O tempo foi passando e Viviane recebeu uma proposta de trabalho em São Luís do Maranhão. Parecia a resolução de todos os problemas. Lá, longe de tudo o que conheciam, os dois poderiam tentar uma nova vida juntos. E, realmente, no começo deu tudo certo. Márcio conseguiu um emprego e abandonou as drogas. Por um ano, ficou limpo. Mas, no lugar da cocaína, se afundou mais ainda na bebida. Para Viviane, esse parecia um problema menor, então ela não se importava.

Apesar da decisão do marido, Viviane permanecia resistente. Os dois continuavam frequentando os cultos, mas, com o tempo, acabaram se afastando. Depois de muitas idas e vindas, e diversas tentativas de abandonar as drogas, eles conheceram o Celebrando a Recuperação. E, ali, aconteceu o grande milagre: Márcio, finalmente, estava limpo.

Quando tenho dificuldades ou me sinto tentado, peço ajuda. Eu entendi que eu preciso disso

O casal continua frequentando a Comunidade da Graça em Santo André e lidera um GCEM em sua casa.

Hoje, ele é um dos líderes do ministério e ajuda a resgatar outras pessoas que vivem como ele já viveu. “Eu digo sempre para eles que eu sou como eles, que tenho os mesmos problemas e dificuldades. A diferença é que, agora, tenho ferramentas que eu aprendi a usar”, conta. “Quando tenho dificuldades ou me sinto tentado, peço ajuda. Eu entendi que eu preciso disso”.

Márcio e sua família permaneceram unidos e experimentaram uma mudança sem igual, um milagre em suas vidas. Ele finaliza: “Eu entendi que tinha que me recuperar há muitos anos atrás, mas só depois eu entendi que não tinha que me recuperar para mim ou para a minha família, tinha que me recuperar pelo Senhor.”

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REFLEXÃO

“NUNCA ORAMOS TÃO POUCO” autor e pastor Timothy Keller lançou um novo livro sobre oração. Escrito junto com sua esposa Kathy, “Os Cânticos de Jesus” fala sobre os Salmos e ensina como podemos orar usando as palavras dos salmistas. Em uma entrevista para o site “Desiring God” (“Desejando Deus”, em tradução livre), ele fala sobre essa disciplina tão negligenciada em nossos dias. 1. ENTRE OS CRISTÃOS HOJE, QUÃO GENERALIZADA É A FALTA DE ORAÇÃO E O QUE ISSO REVELA SOBRE A NOSSA SAÚDE ESPIRITUAL? Sabemos que a maior parte das pessoas tem poucos momentos de solitude. Há cada vez menos tempo em que nos desligamos, quando não estamos ouvindo algo ou falando com alguém. E isso acontece por causa da onipresença da mídia, da internet e dos aparelhos eletrônicos. Todos que eu conheço parecem tão ocupados e sempre de olho no relógio, que eu acho que cada vez há menos tempo para a oração. Há cada vez menos momentos em que as pessoas vão a um lugar isolado para orar. Tenho certeza de que nunca oramos tão pouco, e isso mostra que a nossa saúde espiritual está em queda livre. 2. NÓS SOMOS INCONSTANTES. COM TODOS OS BENEFÍCIOS DA TECNOLOGIA DIGITAL, SOMOS TENTADOS A NOS DISTRAIR COM AS REDES SOCIAIS, E-MAILS, WHATSAPP. QUE CONSELHO VOCÊ DARIA A UM CRISTÃO QUE É SEDUZIDO PELAS DISTRAÇÕES QUANDO ESTÁ TENTANDO ORAR? Minha esposa uma vez usou esta ilustração: “Se o médico disser que você tem uma doença mortal e que, a menos que tome certo medicamento todas as noites, estará morto pela manhã. Se este fosse o caso, você nunca deixaria de tomar as pílulas. Nunca diria que estava cansado demais, que estava assistindo a um filme ou que se esqueceu”. 28

Todos que eu conheço parecem tão ocupados e sempre de olho no relógio, que eu acho que cada vez há menos tempo para a oração. Há cada vez menos momentos em que as pessoas vão a um lugar isolado para orar


E, então, as pessoas perguntam “como consigo começar a orar? Como posso lidar com as distrações?”. Talvez você não acredite que precisa da oração. E este é um problema teológico e espiritual. É o primeiro passo. Mas, mesmo sabendo disso, pode ser difícil ficar longe das distrações. E é aí que a meditação na Palavra pode nos ajudar. Precisamos decidir que a oração é algo de que precisamos, e isso só podemos decidir sozinhos. Mas, uma vez que tomamos essa decisão, meditar na Bíblia não deixa que a nossa mente fique vagando. 3. EM TIAGO 4.3, LEMOS QUE HÁ UM TIPO DE ORAÇÃO QUE NÃO FUNCIONA. QUE TIPO DE ORAÇÃO É ESSA? Tiago fala sobre orações em que pedimos de maneira egoísta ou apenas para gastar com desejos egoístas. Deus não vai nos dar uma coisa que não é boa para nós, assim como eu, como pai, não daria aos meus filhos algo que eles pediram, mas não é seguro ou os machucaria de alguma forma. Nós podemos pedir algo que, simplesmente, não é bom para nós, e Deus, sendo um bom Pai, tenta nos dar o que teríamos pedido se soubéssemos de tudo o que Ele sabe. Há algumas coisas que pedimos por motivos ruins. Pode ser egoísta ou orgulhoso, ou pode até ser que tenha a ver com uma avaliação exagerada dos nossos próprios dons. E todas essas coisas que têm motivações ruins, Deus não pode nos dar porque elas seriam apenas um combustível para o nosso orgulho. Agora, podemos pedir por alguma coisa que não é boa para nós com a melhor motivação. Sem sermos egoístas, sem idolatria. Simplesmente, não é sábio. E Deus não vai nos responder. 4. ALGUMAS PASSAGENS, COMO LUCAS 11.11-13, DIZEM QUE UMA VIDA FRUTÍFERA DE ORAÇÃO PRECISA DA CONVICÇÃO DE QUE DEUS É NOSSO PAI. QUANTO ESSA CONVICÇÃO É REALMENTE CHAVE PARA NÓS? Ela é fundamental. Se não fosse, Jesus não teria começado Sua oração com as palavras “Pai nosso”. Se nos esquecemos de que Deus é nosso Pai, podemos chegar a Ele em oração de um jeito mercenário, dizendo: “Eu vou fazer isso, e isso, e isso. E você fica me devendo isso, e isso, e isso”. Primeiro, isso destrói a nossa habilidade de adorar a Deus. Segundo, faz da oração uma maneira de manipular Deus. Eu tenho três filhos. Enquanto cresciam, cada um deles passou por fases diferentes. Mas, quando um estava em um período mais difícil, sendo desobediente ou rebelde, como pai, o meu coração se aproximava mais dele. Isso me deixava mais envolvido com ele, porque eu não sou seu chefe, sou seu pai. Quando chamamos Deus de Pai, o fazemos no nome de Jesus, por causa da Sua graça. Porque Jesus morreu por nós, Deus está comprometido conosco.

TIMOTHY KELLER Timothy Keller é o fundador da Redeemer Presbyterian Church, em Manhattan, nos Estados Unidos. Ele é pastor e autor de vários livros, como “Gálatas para você”, “Encontros com Jesus” e “Deuses falsos”. É casado com Kathy, com quem tem três filhos.

Isso não quer dizer que podemos pecar descontroladamente. Chamar Deus de Pai fortalece nossas petições. Mas também significa que precisamos confessar nossos pecados, porque esse Deus maravilhoso fez tudo por nós e nos fez parte da Sua família pelo preço do sacrifício de Jesus. Sabendo que Deus é nosso Pai, podemos orar com a certeza da Sua graça e de que Ele nos ouve. E isso faz tudo valer a pena.

Use o leitor de QR Code em seu celular e leia a entrevista completa no site da Revista Comuna 29


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