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Falando da Vida

Direito e Família Cristã

226, que a família é a base da sociedade, pois se constitui o lugar por excelência no qual o in divíduo se socializa, colaborando para a construção do mundo e de uma vida verdadeiramente humana. No seio de uma família, o ser humano é retirado do anonimato, recebendo dignidade, inserindo-se na primeira escola de virtudes, cha mado a uma experiência de encontro, gratuidade, comunhão, diálogo, generosidade e disponibilidade desinteressada. Devemos nos perguntar: nossa família tem realizado a sua belíssima missão no mundo de hoje? Como cristãos, sabemos que a família é obra de Deus para realização do homem no amor ao próximo. Se na família falta consciência e fide lidade à sua missão, a sociedade toda adoece. está em discussão em todas as mídias e o objetivo é debater como será a vida das pessoas depois que passar a pandemia. Muitos defendem que várias mudanças acontecerão e afetarão o comportamento das pessoas. Mas, para além da máscara e do álcool em gel, debater o novo normal é partir do pressuposto que existia um normal e nesse ponto não dá para seguir na discussão sem antes fazer uma reflexão. A pergunta é: será que a situação que existia antes da pandemia poderia ser considerada como normal? Vamos refletir um pouco: É normal viver num país onde 5.653 pessoas morrem de desnutrição por ano segundo dados do próprio Ministério da saúde, uma média de 15 pessoas por dia? É normal que mais de 3 milhões de crianças fiquem fora da escola e tenham que trabalhar para ajudar a família e Torna-se necessário iniciar um caminho de retorno à origem. Com toda certeza, o pri meiro passo está na conversão dos corações de nossas famílias ao Evangelho de Jesus. É preci so também formar as mentes nos valores coerentes com os padrões morais que Deus revelou nas escrituras. Todavia, ainda que a família se coloque em um caminho de conversão, consciente dos valores cristãos, encontra inúmeros desafios prá ticos para responder ao chamado “ide e evangelizai”, chamado este que lhe dá uma dimensão missionária. Torna-se necessário refletir, dentre outras questões: como criar um ambiente na so ciedade atual para que a família cristã possa viver o projeto de Deus e evangelizar? Quais os limites na prática dos valores cristãos em um Estado de Direito que se diz sem religião? Convidamos você, a cada edição de nossa querida Folha Diocesana, dialogar conos que ainda existam mais de 11 milhões de analfabetos? É normal que pelo menos 8 milhões de brasileiros nem sequer existam legalmente, pois não têm documento de identidade? (Esse dado ficou comprovado durante o cadastramento para receber o auxílio emergencial) Talvez não seja normal um país com tantas riquezas, abrigar mais de 50 milhões de pessoas vivendo na linha da pobreza e outros 13 milhões na extrema pobreza, com menos de 1,9 dólares por dia, conforme critério adotado pelo Banco mundial. Também não é normal que 50% da população brasileira não tenha acesso a esgoto e 35 milhões vivam sem água tratada. Um país com altos índices de violência não é normal e constatar que 75% das vítimas de homicídios são negros, torna a realidade ainda menos normal. Espancamento de mulheres, perseguição às minorias, desmatamento de florestas, invasão de terras indígenas, nada disso é normal.

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Marcos Antônio Favaro

em Teologia, mestre em Direito pela PUC-SP

Família: a principal célula da sociedade

AConstituição Federal afirma, em seu artigo Procurador Jurídico, pós-graduando

co sobre os desafios da família moderna, em especial quando estes se relacionam com as características da sociedade na qual estão in seridas, com o próprio Estado e com o Direito. E assim, com alegria e firmeza, respondermos ao chamado de Jesus e da Igreja, que podemos sintetizar com o clamor de São João Paulo II em sua encíclica Familiaris Consortio: “família, tor

Falando da Vida

O fim da pandemia e o novo normal Antes de começar o Novo, temos que acabar com o velho.

Amoda agora é falar do novo normal; esse tema na-te aquilo que és!”.

Romildo R. Almeida

Psicólogo Clínico

Como falar em novo normal diante de tanta anormalidade? A verdade é que o mundo está doente e não é só de Coronavírus. Então que este seja um momento de mudanças; que essa pandemia provoque uma revolução de pensamento e de valores; que se compreenda aquilo que ficou escancarado nessa tragédia planetária; que se entenda que a saúde tem que ser universal, pois a vida é um direito de todos, independentemente de sexo, credo, raça ou classe social. Enfim que aprendamos que não haverá novo normal sem que acabemos com o velho.

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