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PASTORAL DO MENOR FALANDO DA VIDA
Projeto Roda de Conversa Com o Padre

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O“Projeto Roda de Conversa com o Padre” no âmbito das unidades da Fundação CASA* foi retomado com Dom Edmilson no mês de maio. De lá para cá, mensalmente um dos padres da nossa diocese visitou as Casas Guarulhos e Guaiy. Além da Casa Serra da Cantareira também solicitar o projeto, recebemos relatos da direção das unidades, cujos mencionam que as visitas dos leigos e membros de nossa pastoral é de considerável importância para esse momento de reestruturação psicossocial dos adolescentes, entretanto, nada se compara quando um de nossos sacerdotes, sejam seminaristas, diáconos ou padres visitam os meninos. A aproximação e o respeito por esta “autoridade” religiosa são de uma espiritualidade indescritível, nos fazendo crer, ainda mais, que o amor tudo pode, tudo vence e tudo supera, assim como S. Paulo nos traz em uma de suas mais belas cartas. Estiveram na F. Casa recentemente os Padres Alex, Salvador, Fábio Herculano, Bruno Batista, Weber e já confi rmada a presença do Padre Rodrigo, além de termos cadastrado como membro ativo o recém ordenado Diácono
Jair, os prés- diáconos José Célio e Silvio (divinos presentes).
Que Nossa Senhora renove o SIM de todos membros da Pastoral do Menor e abençoe todos os religiosos da nossa diocese que colaboram com esta missão. Um abraço caloroso a irmã Maria das Virgens que sempre se recorda de nós e usando as palavras do Padre Salvador: “Expresso a minha alegria por esta experiência excepcional de ENCONTRO E DE ESCUTA”. Assim como foi pontuado por ele na benção que nos enviou através de áudio por Wattsapp é importante a presença da MÃE igreja nesses locais, que faz os adolescentes se sentirem confi ados e esperançados. E se você que nos lê, quiser conhecer esse trabalho, fazer parte do grupo em ação e oração faça contato com a Pastoral do Menor.
Bruna de Melo Souza

Pastoral do Menor * A Fundação CASA é uma autarquia do governo do estado de São Paulo que desenvolve programa sócio – educativo para adolescentes privados de liberdade
Diácono Jair
João Rafael, Heitor Manuel e Luiz Gabriel (colaboradores mirins leigos) com a Irmã Maria das Virgens
FALANDO DA VIDA
Educando Crianças Como elogiar uma criança sem prejudicá-la?
Imagine que o seu chefe fez um elogio dizendo que você é muito inteligente e tem grande potencial para crescer na empresa. Claro que você se sentiria feliz, mas talvez isso aumentaria a sua responsabilidade e afetaria a sua segurança em aceitar novos desafi os. Se elogios dirigidos à pessoa afetam a vida de um adulto, imaginem o que fazem na mente de uma criança. O problema não está no ato de elogiar e sim na maneira como ele é feito; como veremos, o correto é elogiar o esforço e não o resultado. Crianças educadas na presença de adultos, normalmente recebem muitos elogios dentro da família. São tratadas como as mais lindas, mais inteligentes, mais capazes, etc. Quem elogia, faz na boa intenção de aumentar a autoestima incentivando a busca de bons resultados. Mas a Psicologia demonstra que os elogios podem ter efeito contrário gerando comportamentos de insegurança e esquiva. A Psicóloga americana Carol Dweck, da Universidade Stanford, aplicou um teste de inteligência em 400 crianças onde a metade delas recebeu elogio pessoal com a frase: Parabéns, você é muito inteligente e as demais com a frase impessoal: Parabéns pelo seu esforço. Num segundo teste, aqueles que receberam elogio pessoal apresentaram resultado 20% inferior ao outro grupo. O estudo mostrou que faz muita diferença elogiar o processo ao invés da pessoa. A criança super estimulada positivamente tende a fi car insegura e a evitar novos desafi os, pois teme não conseguir repetir as façanhas que renderam elogios anteriores. Faz sentido, pois ninguém quer ter frustrações, sobretudo considerando que vivemos sob a Ditadura da felicidade que prega que temos que estar felizes o tempo todo. Uma educação que visa o equilíbrio e o bem-estar, precisa levar em conta que a tristeza e o fracasso fazem parte da vida e são importantes no processo de amadurecimento. As experiências negativas, nos ajudam a refl etir e aceitar as coisas como elas são e não como gostaríamos que fossem. A melhor maneira de elogiar é focalizar o processo ao invés do resultado. Que tal se no lugar de frases como: Parabéns você é o melhor, disséssemos: Fiquei muito feliz com o seu esforço? Sem dúvida, sairia um peso muito grande dos ombros de quem ouve e uma frase muito mais honesta da boca de quem elogia.
Romildo R. Almeida
Psicólogo Clínico Folha Diocesana de Guarulhos 7
