Homilia de dom aldo

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HOMILIA DE S. EXCIA. REVMA. DOM ALDO DI CILLO PAGOTTO, SSS, ARCEBISPO METROPOLITANO DA PARAÍBA POR OCASIÃO DA ABERTURA DO JUBILEU DE CEM ANOS DA DIOCESE DE CAJAZEIRAS Cajazeiras, 08 de fevereiro de 2014

Queridos irmãos e irmãs, Introdução e saudações 1. “Maius Catholicae Religionis incrementum – um crescimento acentuado da religião católica”. Com estas palavras abre-se a Bula com a qual, aos seis de fevereiro de 1914, o Papa São Pio X erigiu a Diocese de Cajazeiras, desmembrando seu território da então Diocese da Paraíba que, deste modo, ficava elevada à dignidade de Arquidiocese e Sede Metropolitana. Hoje, cem anos depois, diante desta monumental Catedral de Nossa Senhora da Piedade que é como um símbolo vivo da fé e do amor que o povo sertanejo dedica à Virgem Mãe de Deus, estamos reunidos em grande número para abrir solenemente o Jubileu do Centenário da querida Diocese de Cajazeiras! Saúdo com afeto o dileto irmão e amigo, Dom José González Alonso, nosso Bispo Diocesano, a cujo convite vim presidir esta grande celebração. Seja-me permitido saudar os queridos irmãos no episcopado na pessoa do mui estimado Dom Manoel Delson, Bispo de Campina Grande-PB e Vice-Presidente do Regional NE2 da CNBB. Saúdo os irmãos no sacerdócio na pessoa do Mons. Agripino Ferreira de Assis, Vigário Geral desta Diocese. Saúdo ainda as autoridades civis e militares na pessoa da excelentíssimo Sr. Júnior Araújo, Vice-prefeito de Cajazeiras. Desejo, enfim, cumprimentar todos e cada um dos religiosos e religiosas, seminaristas, agentes de pastoral e todos os fiéis aqui presentes, bem como aqueles que, em todos os rincões da diocese e além, estão unidos conosco neste dia de alegria. A alegria da Igreja reunida e os desafios que nos aguardam 2. No início do quinto capítulo de São Mateus, o evangelista narra-nos como o Senhor, ao ver as multidões, subiu ao monte e começou a ensiná-las (cf. Mt 5, 1-2). A cada domingo, a dinâmica própria da liturgia tem a capacidade de transportar-nos de volta ao relato evangélico para vivermos as emoções experimentadas por aqueles ditosos homens e mulheres que, há dois mil anos, tiveram a graça de ver e ouvir o Divino Mestre. Daqui contemplo uma multidão, sob vários aspectos, muito similar à descrita nos Evangelhos. Estamos aqui para ouvir a Palavra de Deus e receber o Pão da Vida, de


sorte que as palavras de Jesus, devemos aplica-las a nós mesmos, homens e mulheres do século XXI, tão fortemente ameaçado por aquilo que o Papa Emérito Bento XVI chamou de “ditadura do relativismo”. Aquela doutrina ensinada pelo Salvador há dois mil anos e desde então guardada e transmitida fielmente pela Santa Igreja, não parece mais encontrar um lugar nos corações dos homens. Muitos são indiferentes a Jesus Cristo e à Sua mensagem. Muitos, inclusive, opõem-se tenazmente à palavra da Igreja. Mas, o que nos diz o Senhor neste dia? Que conselhos Ele oferece a nós, ameaçados cotidianamente por um silencioso afastamento de fiéis? Que palavras tem Ele para nós, clero e laicato, em quem a Igreja deposita a preciosa tarefa da evangelização? Enfim, o que tem ele a dizer à Igreja de Cajazeiras nesse Ano Jubilar? Templo e oração 3. No trecho do Evangelho há pouco proclamado, sobressaem dois elementos importantes que tem muito a dizer-nos nesta festa e sobre cujo significado desejo meditar brevemente. Em primeiro lugar está o Templo. Obviamente, não se trata aqui de um templo físico como esta belíssima Catedral que representa a unidade da Igreja Diocesana de Cajazeiras. Trata-se, sobretudo, do templo espiritual que somos todos nós, segundo a acertada frase do Apóstolo das Nações: “O templo de Deus é santo e vós sois esse templo” (1Cor 3,17). Ao purificar o Templo de Jerusalém, Jesus conclama-nos a purificar o verdadeiro templo do nosso coração. A Igreja é o edifício espiritual, não construído de tijolos e argamassa, mas de pedras vivas escolhidas e polidas pelo Senhor, de modo que todas juntas se encaixam perfeitamente. Assim deve ser sempre a Diocese de Cajazeiras: um todo coeso, unido e purificado que eleva a Deus o seu louvor. Em segundo lugar encontramos a oração: “A minha casa é casa de oração”. Não viemos aqui para fazer memória de um fato perdido no passado, mas agradecer a Deus por todos os benefícios com os quais cumulou a nossa Igreja Diocesana nesse século fecundo de sua existência. E mais, viemos para suplicar-lhe que continue a enviar bênçãos abundantes no longo caminho que temos diante de nós. Viemos para pedir ao Senhor a bênção das chuvas tão necessárias para aliviar o sofrimento do nosso povo – sobretudo os mais pobres – castigado como está pela estiagem que há tanto tempo se arrasta. Peçamos ao Senhor com toda confiança que nos conceda a graça de um bom inverno para que a esperança do povo sertanejo renasça em nós como a flor do mandacaru que brota aos primeiros pingos d’água. 4. Mas, olhando para os cem anos transcursos e para o tempo que nos espera amanhã, devemos nos perguntar: qual é a missão da Igreja Particular de Cajazeiras? Assim como uma pitada de sal pode dar sabor à receita inteira, assim também um punhado de cristãos autênticos pode santificar com sua presença as realidades concretas onde os homens esperam pelo toque de Deus. E não se trata aqui de um toque sobrenatural ou de uma manifestação divina; trata-se daquilo que o Santo Padre, o Papa Francisco, tem recordado desde o início do seu pontificado: “é preciso tocar a carne de Cristo nos pobres”. Eis aí a missão da Diocese de Cajazeiras! Eis aí a missão do Bispo, dos Sacerdotes, religiosos e de cada um dos fiéis leigos, agentes de pastoral! Precisamos fazer a diferença! Remar contra a maré que parece querer subverter os valores do Evangelho sobre os quais se assenta a nossa sociedade! Urge que saiamos do nosso comodismo e nos lancemos à Missão! É hora de vestir a camisa e sacrificar a nossa vontade no altar do coração. Templo e oração. Unidade e espiritualidade. Eis aí duas características essenciais da Diocese de Cajazeiras.


Em 1914 Deus olhou para o sofrimento do povo sertanejo como outrora para o cativeiro de Israel, e suscitou um Moisés que lhe guiasse os caminhos rumo a uma Terra Prometida, mas não uma território material, senão àquela Jerusalém celestial para a qual todos nós marchamos. Na Bula de criação da Diocese podemos encontrar estas palavras de São Pio X: “Por esta razão, no uso do poder a Nós reservados e à Santa Sé [...] separamos o atual território diocesano da Paraíba em duas partes, para que dela surja doravante uma nova circunscrição eclesiástica na região brasileira, conforme pareceuNos ser isso a vontade do Senhor”. Sublinho a importância deste último trecho: “conforme pareceu-Nos ser isso a vontade do Senhor”. Aprouve ao beneplácito de Deus Altíssimo a criação desta Diocese! Foi de sua vontade que no extremo ocidental do nosso Estado, no alto sertão paraibano, fosse erigida uma nova circunscrição eclesiástica! Cajazeiras, luz no sertão! 5. Quis o Senhor, na Sua imperscrutável sabedoria acender mais uma lâmpada no seio de Cajazeiras. A primitiva chama já havia sido acesa em 1800 com o nascimento do famoso Pe. Inácio de Sousa Rolim, Pai e Fundador de Cajazeiras. Contudo, conforme diz o Papa, parecia ser a vontade de Deus – e, de fato, o era! – que mais uma lâmpada fulgurasse no sertão a partir de Cajazeiras! Dentro em pouco tempo, a chama do Evangelho se espalharia ainda mais por toda a região através do apostolado incansável de homens e mulheres de fibra – autênticos sertanejos – bispos, sacerdotes, catequistas e agentes de pastoral que não mediram esforços ao longo destes cem anos para levar adiante a obra da evangelização, tornando Jesus conhecido e amado pela querida população sertaneja. “Ninguém acende uma lâmpada e a coloca debaixo de uma vasilha, mas sim, num candeeiro, onde brilha para todos, que estão em casa” (Mt 5, 14-15). Certamente, o Senhor não acenderia a grande lâmpada que é a Diocese de Cajazeiras para mantê-la na obscuridade! Ei-la aqui diante de nós, nesta festa bonita, no auge do seu fulgor, brilhando e iluminando todo o sertão! Eis aqui as forças vivas dessa Igreja Particular que são verdadeiros faróis a dar testemunho que, mesmo contra todas as forças adversas, é possível viver em conformidade com o Evangelho e que a mensagem de Cristo Jesus se dirige a todas as pessoas. Os Bispos: grandes luzeiros da história da Diocese 6. Mas há também outro candeeiro no qual sete lâmpadas brilharam de modo todo particular nesses cem anos: a cátedra cajazeirense. A Diocese regozija-se, vendo atrás de si cem anos de uma história fecunda, na qual a contribuição de bispos, sacerdotes e leigos, permitiu realizar a vontade de Deus para este povo e espalhar por toda esta região as sementes da Palavra da Vida. Vem-nos à mente a memória de todos os nossos antepassados que por aqui deixaram sua contribuição para a construção do Reino de Deus. Recordamos com profunda gratidão o pioneiro da Diocese, o grande Dom Moisés Sizenando Coelho (1915-32) que, nomeado como primeiro Bispo de Cajazeiras em 1914, não mediu esforços para enfrentar as dificuldades da sua época, quer no campo espiritual quer no social. Sempre preocupado com a educação dos jovens e a boa formação dos adultos, foi o responsável pela restauração do Colégio Diocesano Padre Rolim, a instalação da Escola Normal (entregue aos cuidados das Irmãs de Santa Dorotéia), pela fundação do Jornal “O Rio do Peixe” e pela construção do Prédio Vicentino. Contribuiu para o


incremento do patrimônio diocesano acrescentando a ele o Palácio Episcopal. No campo político e social, ajudou a mitigar os conflitos de Princesa Isabel em 1930 e enfrentou as dificuldades provocadas pelas secas constantes do sertão. Organizou com seu clero um serviço de assistência social aos pobres de Cajazeiras através do qual distribuía esmolas em alimentos e dinheiro todas as quintas-feiras no Paço Episcopal. Após 17 anos de governo, Dom Moisés deixou a Diocese de Cajazeiras em 1932 para assumir a função de Arcebispo Coadjutor do já idoso Dom Adauto Aurélio de Miranda Henriques, sucedendo-lhe em 1935 como Arcebispo Metropolitano da Paraíba. 7. Em seguida, a jovem Diocese foi agraciada com a chegada de Dom João da Matha Andrade e Amaral (1934-41) que celebrou o 1º Congresso Eucarístico em 1939 para celebrar os 25 anos de ereção da Diocese e posse do seu 1º Bispo. Foi grande incentivador da Obra das Vocações Sacerdotais e da Ação Católica. Além de reformar uma vez mais o Colégio Diocesano Padre Rolim e o Ginásio Escola Normal Nossa Senhora de Lourdes. Sua preocupação com a educação não se restringiu à Sede da Diocese, mas espalhou-se pelo sertão: criou e instalou os Colégios Diocesanos de Patos e Catolé do Rocha, além das Escolas Normais em Catolé, Itaporanga, Princesa Isabel e Santa Luzia do Sabugi. Dom João da Matha também preocupou-se com a saúde do seu rebanho, construindo o Hospital Regional de Cajazeiras. Finaliza a lista de suas contribuições a construção da nova Catedral e o acabamento do Palácio Episcopal. Em 1945, Cajazeiras acolhe seu terceiro Bispo: o gaúcho Dom Henrique Gelain (1945-48). De seu breve, porém, fecundo governo – de apenas quatro anos – resta como perene testemunho a gigantesca torre de 52 metros de altura diante da qual nos encontramos. Na nobre lista dos Bispos de Cajazeiras, segue-se o nome do pernambucano Dom Luís do Amaral Mousinho (1948-52) que, em 1948 foi nomeado para esta Diocese pelo Papa Pio XII. Permaneceu também pouco tempo em Cajazeiras, sendo transferido em 1952 para a Diocese de Ribeirão Preto, elevada a Arquidiocese em abril de 1958. Em 1953, toma posse o Bispo que por mais tempo governou a Diocese de Cajazeiras: Dom Zacarias Rolim de Moura (1953-1990). Dom Zacarias pertence à linhagem do célebre Padre Inácio de Souza Rolim, cujo nome é hoje sinônimo de cultura e educação. Dele se pode afirmar que foi um pastor incansável, percorrendo todas as paróquias do Bispado em frequentes visitas pastorais, pregando santas missões e fazendo-se presente em outras festas diocese afora. Dom Zacarias esmerou-se no cuidado das vocações ao sacerdócio e o Seminário da Assunção, mesmo em tempos de crise, jamais fechou suas portas aos jovens rapazes que manifestavam o desejo de serem padres. Durante o seu governo foi criada a Diocese de Patos (1959), desmembrando boa parte do primitivo território da Diocese de Cajazeiras. Foi ele quem concluiu a construção do Seminário Nossa Senhora da Assunção e da nova Catedral Diocesana de Nossa Senhora da Piedade. Foi o responsável pela vinda das irmãs concepcionistas para a Diocese. Instalou dois colégios em Pombal, outros dois em Itaporanga e mais uma Escola Normal em Sousa. Trabalhou incansavelmente para aumentar o patrimônio da Diocese em cuja lista passou a constar a Rádio Alto Piranhas (inaugurada a 1º de julho de 1966), o Cine Apolo XI e o Cine Pax, e a Fundação de Ensino Superior de Cajazeiras (FESC), responsável pela manutenção da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Cajazeiras (FAFIC). Este nobre e fiel Pastor, que tomou parte no Concílio Vaticano II – cujo cinqüentenário estamos a celebrar – entregou sua alma a Deus em 1992, após 37 anos de afanoso trabalho pastoral. Os restos mortais desse Profeta do Sertão paraibano,


como condiz a tão insigne sucessor dos apóstolos, repousam hoje no interior de sua Igreja Catedral. 8. É então que começa a história recente da Diocese de Cajazeiras. Em 1990, com a renúncia de Dom Zacarias, chega a Cajazeiras o seu sexto Bispo, Dom Matias Patrício de Macedo (1990-2000). Dentre as muitas contribuições deste eminente irmão no episcopado ao longo dos dez anos nos quais esteve à frente da Diocese de Cajazeiras, sobressaem a reativação do Curso de Filosofia da FAFIC e a criação dos cursos de Ciências Contábeis e de Agronomia, em Pombal; posteriormente, os cursos foram transferidos para a UFCG. Criou o curso de Teologia para agentes de pastoral e idealizou a construção do Lar Sacerdotal no espaço da antiga Rádio Alto Piranhas/Cine Apolo XI e do Centro Diocesano de Pastoral o qual, com a saída de Dom Matias, ficou em pleno funcionamento. Contudo, a marca registrada do pastoreio de Dom Matias, segundo nos consta, foi o cuidado pessoal do seu rebanho. Cuidou com paternal afeição das vocações ao presbiterado, foi presença constante nas paróquias da Diocese e dedicou especial atenção aos grupos de casais, sobretudo o ECC. No Jubileu do Ano Santo de 2000, ao final do seu governo, realizou o 2º Congresso Eucarístico Diocesano, sendo nomeado, naquele mesmo Ano Santo, para a Diocese de Campina Grande-PB de onde saiu para a Arquidiocese de Natal dois anos depois. Por fim, nesta egrégia lista de vultos da história da Diocese de Cajazeiras, chegou a vez do anfitrião: Dom José González Alonso (2001...). Nascido na Espanha, mas, brasileiríssimo de coração, Dom José foi empossado na festa de São Pio X, copadroeiro da Diocese, aos 21 de agosto de 2001. Terminou de construir o Lar Sacerdotal que leva o nome de Dom Zacarias e ampliou o Centro de Pastoral. Criou o Instituto Teológico Pastoral (ITEPAS). Ampliou a lista de cursos oferecidos pela FAFIC, acrescentado aos já existentes, os cursos de Serviço Social, Ciências Contábeis e Direito. Dispensou particular atenção à dimensão litúrgico-celebrativa da Diocese, dando o exemplo com a Igreja Catedral. Nesse sentido, aplica-se perfeitamente a ele a frase que ouvimos no Evangelho de hoje: “O zelo por Tua Casa me consumirá” (Jo 2,17). Fez das pastorais sociais uma das prioridades da Diocese de Cajazeiras, inclusive, preparando e instalando o Centro de Promoção Humana e Social (CEMPROHUSO) como sede das pastorais sociais e de outros organismos da Diocese. Por fim, nestes últimos anos, dedicou-se com todo afinco à preparação, sobretudo espiritual, para este importante Centenário que coincidirá com o Centenário do nascimento de Dom Zacarias. 9. Caminhamos bastante, mas ainda temos um longo caminho a percorrer. Olhamos para o passado com orgulho da nossa história tão rica quanto fecunda. Nesse Ano Jubilar olharemos para um passado de lutas e conquistas, repleto de grandes vultos aos quais somos devedores. Analisaremos o presente, agradecendo a Deus por todas as bênçãos que Ele derrama diariamente sobre os fiéis desta circunscrição eclesiástica; E, finalmente, contemplaremos o horizonte e divisaremos um futuro cheio de esperança no qual os bons frutos da ação evangelizadora que realizamos hoje, serão colhidos pelos que nos sucederão na estrada da vida. Quanto regozijo! Quanta ação de graças! Quanta esperança enche o nosso coração nesse momento! Neste Ano Centenário, olhemos com toda confiança para a Virgem Maria que aqui invocamos sob o título de Senhora da Piedade. Peçamos à nossa excelsa Padroeira que nos faça crescer no amor a Cristo e Sua Igreja, e nos inspire a perseverança nas boas obras para sermos nesse mundo sal e luz, a fim de conferir brilho e sabor à convivência


dos nossos irmãos e irmãs. Que ela nos ajude e nos consiga de Deus as Suas melhores bênçãos para esta querida Diocese de Cajazeiras e o bom povo do sertão. “Senhora da Piedade, pedimos com devoção: abençoa nossa cidade, aumenta a fé do sertão!” Amém.


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