EXERCÍCIO SIMULADO INTERAGÊNCIAS COM MÚLTIPLAS VÍTIMAS
Secretaria da Saúde
EXÉRCITO BRASILEIRO Braço Forte - Mão Amiga
10ª REGIÃO MILITAR
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OPERAÇÃO VADE-MÉCUM 2014 | EXERCÍCIO SIMULADO INTERAGÊNCIAS COM MÚLTIPLAS VÍTIMAS
VADE-MECUM INCIDENTES COM MULTIPLAS VITIMAS EXERCICIO INTERAGENCIAS 10ª REGIAO MILITAR SECRETARIA DA SAUDE DO ESTADO DO CEARA FORTALEZA, CEARA – 2014
87 v CEARÁ. Secretaria da Saúde do Estado. Vade-Mecum: incidentes com múltiplas vítimas, exercício interagências / Secretaria da Saúde do Estado. -- Fortaleza: Secretaria da Saúde do Estado do Ceará, 2014. 280p., il. ISBN: 978-85-98693-54-5 1.Desastres. 2. Vulnerabilidades a desastres. 3. Desastres provocados pelo homem. 4. Controle de risco. I. Título. CDD 363.34
87 v CEARÁ. Secretaria da Saúde do Estado. Vade-Mecum: incidentes com múltiplas vítimas, exercício interagências [recurso eletrônico] / Secretaria da Saúde do Estado. -- Fortaleza: Secretaria da Saúde do Estado do Ceará, 2014. 280p., il. ISBN: 978-85-98693-54-5 1.Desastres. 2. Vulnerabilidades a desastres. 3. Desastres provocados pelo homem. 4. Controle de risco. I. Título. CDD 363.34 FORTALEZA - CEARÁ - BRASIL
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Expediente
Comandante da 10ª RM General de Divisão Carlos César Araújo Lima Comandante da 10ª Região Militar / Centro de Coordenação de Defesa de Área / CCDA Fortaleza.
Chefe do Estado Maior / CCDA João Batista Neves Neto - Coronel Chefe do Estado Maior Conjunto / Centro de Coordenação de Defesa de Área / CCDA Fortaleza.
Organizadores Francisco José de Andrade Bom im – Coronel Cavalaria Ministério da Defesa / Exército Brasileiro; Especialista em Gestão de Emergências em Saúde Pública.
Marcelo Boecker Muñoz Braz - Capitão Médico Ministério da Defesa / Exército Brasileiro; Especialista em Gestão de Emergências em Saúde Pública.
Francisco Doonon Vieira Franco - Capitão Psicólogo Ministério da Defesa / Exército Brasileiro; Especialista em Gestão de Emergências em Saúde Pública.
Emanuele Rafael de Souza – 1º Tenente Médica Ministério da Defesa/Exército Brasileiro. 4
OPERAÇÃO VADE-MÉCUM 2014 | EXERCÍCIO SIMULADO INTERAGÊNCIAS COM MÚLTIPLAS VÍTIMAS
EXPEDIENTE
Colaboradores Maria Sonia Felício Magalhães - Enfermeira Ministério da Saúde / SESA/ NUAEM.
Edna Colangelo Matos - Assistente Social Ministério da Saúde / SESA/ NUAEM; Especialista em Gestão de Emergências em Saúde Pública.
Erica Sessa do Nascimento Caxias de Souza – 2º Tenente Enfermeira Ministério da Defesa/Exército Brasileiro.
Tayana Almeida Nativo Lopes de Souza - 3º Sargento Saúde/Técnica Enfermagem Ministério da Defesa/Exército Brasileiro.
Maria Claudete Silva Barros - Bibliotecária Ministério da Saúde / SESA / NUAEM.
Alexandre José Mont’Alverne Silva - Médico Coodenador de Urgências e Emergências / SESA; Especialista em Gestão de Emergências em Saúde Pública.
Eugênia M. R. de Oliveira - Psicóloga Especialista em Gestão de Emergências em Saúde Pública.
Gilson Melo Pinheiro - Médico Especialista em Gestão de Emergências em Saúde Pública.
Maria Goreth Feijó Aaraújo - Enfermeira Especialista em Gestão de Emergências em Saúde Pública.
Ronaldo Roque de Araújo - Tenente Coronel BMCE Especialista em Gestão de Emergências em Saúde Pública.
Luzia Lucélia Saraiva Ribeiro - Enfermeira Especialista em Gestão de Emergências em Saúde Pública.
Clébio de Oliveira Gonçalves - Major Gerente de Logística.
Wendell de Carvalho Bravo - Major Gerente de Segurança.
Franz Rommel França do Nascimento - Major Gerente da Cena 1.
Daniel Moura Sales de Oliveira - Major Gerente da Cena 2.
Marcos André Carvalho Silva - Major Gerente da Cena 3.
Cláudio Azevedo - Médico Coordenador do SAMU Fortaleza.
Apoio Francisco Carlos Felipe Ribeiro - Coronel Chefe da Seção de Comunicação Social / Centro de Coordenação de Defesa de Área / CCDA Fortaleza.
Tiago Baumgartner - 2ª Sargento MB Fotógrafo.
Jackson Mauro Silva de Araújo - 3º Sargento Cinegrasta.
Diogo Paiva Bizerril Designer e Diagramação - www.diogosites.com.br FORTALEZA - CEARÁ - BRASIL
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Sumário Lista de Siglas e Abreviaturas
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Capítulo 1 - Conceitos e De inições: 1. Introdução 14 2. Incidentes com Múltiplas Vítimas 15 3. Medicina de Resgate e Medicina de Urgência 16 3.1. Conceito de Medicina de Catástrofe 16 3.1.1. Formação de Equipes de Atendimento 16 3.1.2 Identi icação dos Mortos 16 3.1.3 O Atestado de Óbito 17 3.1.4 A Ética nos Desastres de Massa 17 3.2. Medicina em Emergências 18 3.2.1 Ética em Atendimentos de Urgência e Emergências 19 3.2.2 De inições de Urg. e Emergência 20 3.2.3 Sistemas de Urg. e Emergência 20 3.2.3.1. Modelo Americano 20 3.2.3.2 Modelo Francês 22 3.2.3.3 Modelo Brasileiro 23
1.2 .1 Planejamento do Exercício 26 1.2.1.1 Objetivos 26 1.2.1.2 A Situação Problema e o Roteiro 27 1.2.1.3 A Escolha do Cenário 28 1.2.1.4 O Escopo e as Agências Participantes 28 1.2.1.4 Documento Conceito do Exercício ou “Framework” 29 1.2.1.6 Tipos de Exercícios 29 1.2.1.6 .1 Exerc. Baseados em Debates 30 1.2.1.6.2 Exercícios Baseados em Operações 31 1.2.2 Preparação Para o Exercício 32 1.2.3 Execução do Exercício 33 1.2.3.1 Os “Brie ings” (Instruções) 33 1.2.3.2 Segurança do Exercício 34 1.2.3.3 Os Observadores 34 1.2.3.4 Término do Exercício 34 1.2.4 Avaliação do Exercício 35 1.2.4.1 Planejamento e Coordenação da Avaliação 35 1.2.4.2 O Plano de Avaliação do Exerc. 36 1.2.4.3 Os Avaliadores 37 1.2.4.4 Parâmetros de Avaliação e Confecção do Relatório 37
Capítulo 2 - Teoria Sobre Preparação e Condução de Exercícios Simulados: 1. Introdução 24 1.2 Fases do Exercício 26
Capítulo 3 - Instrumentos, Ferramentas e Procedimentos em Caso de Incidentes Com Múltiplas Vítimas: 1. Introdução 40
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Agências Participantes
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Prefácio
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SUMÁRIO
2. Sistema de Comando de Incidentes 40 3. O Trauma 41 4. Zonas de Trabalho 42 5. Identi icação de Produtos Perigosos 43 5.1 Formas de Identi icação de Produtos Perigosos 45 5.2 O Sistema de Classi icação da ONU 45 5.3 Formas de Identi icação 45 5.3.1 Painel de Segurança 45 5.3.2 Número ONU 46 5.3.3 Número de Risco 46 5.3.4 Rótulo de Risco 47 5.3.5 Ficha de Emergência 47 5.3.6 Nota Fiscal 49 5.3.7 Diamante de Hommel 51 6. Detectores e Equipamentos de Identi icação 52 6.1 Detectores Químicos e Radiológicos 52 6.2 Detectores Biológicos 54 7. Isolamento e Demarcação da Área 54 8. Equipamento de Proteção Individual 56 8.1 Proteção dos Olhos 56 8.2 Proteção Respiratória 56 8.3 Roupas 57 8.4 Proteção das Mãos 57 8.4.1 Látex 57 8.4.2 Neoprene 57 8.4.3 Nitrila 57 8.4.4 Norfoil 58 8.4.5 Vinil 58 8.4.6 Luvas Descartáveis 58 9. Níveis de Segurança 58 9.1 Nível A – Maior Nível 58 9.2 Nível B – Nível Alto 59 9.3 Nível C – Nível Médio 60 9.4 Nível D – Menor Nível 60
10. Descontaminação 10.1 Descontaminações Especiais 10.2 Soluções para Descontaminação 10.3 Descontaminação de Vítimas e Socorristas 10.4 Cuidados Durante o Processo de Descontaminação 10.5 Triagem 10.5.1 Signi icado das Faixas Coloridas 11 Método Cramp 11.2 Classi icação dos Pacientes 11.3 Posto Médico Avançado 11.4 Sistemas de Comunicação 11.5 Sistema de Transporte 11.6 Sistema de Atendimento Hospitalar 12. Método Manchester
61 61 62 63 63 64 65 65 71 72 72 72 72 73
Capítulo 4 - “Operação Vade-Mécum” 74 Contexto: O Cenário 76 O Sinistro 77 Calendário das Atividades Desenvolvidas 78 Exercício de Mesa - Manifestação Incidente 1 80 - Explosão/Atentado Terrorista Incid. 2 82 - Pânico no Navio Incidente 3 84 Exercício de Campo - Início 86 Cena 1 / Manifestação Incidente 1 Mapa de Vítimas Introdução Fotos Relatório
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88 90 92 94 114
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SUMÁRIO
Cena 2 / Explosão/Atentado Terrorista Incidente 2 Mapa de Vítimas Introdução Fotos Relatório
. 116 118 122 126 152
Cena 3 / Pânico no Navio Incidente 3 Mapa de Vítimas Introdução Fotos Relatório
154
Cena 4 / Atendimento Hospitalar Introdução Mapa de Vítimas Fichas de Caracterização de Vítimas Fotos Relatório
180
156 158 160 178
182 185 186 198 220
Capítulo 5 - Plano de Avaliação do Exercício: 1. Introdução 222 2. Uso da Avaliação 223 3. Gerenciamento das Avaliações 224 4. Objetivo da Avaliação 224 5. Parâmetros de Avaliação 224 6. Questões-Chave 224 7. Outras Questões 225 8. Metodologia 226 9. Controle de Qualidade, Salva-Guarda, Segurança e Ética 226 10. Estratégias de Mitigação de Riscos Inerentes à Avaliação. 226 11. Resultados das Avaliações 227
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11.1. Avaliação da Designação da . Estrutura Organizacional 227 11.2. Caracterização do tipo de Exercício227 11.3. Veri icação das Condições Necessárias para Execução do Simulado 228 11.4. Avaliação das Atividades Preparat. 228 11.5. Avaliação da Viabilização da Operação Interagências 229 11.6 Avaliação da Formatação do Exerc. 229 11.7 Avaliação da Execução do Exercício 229 11.8 Avaliações Especí icas 229 12. Considerações Finais Relativas à Avaliação do Exercício 230 Relatório de Segurança Relatório do Destacamento de Operações de Apoio à Info. (DOAI) Relatório de Logística Avaliação SAMU Avaliação PEFOCE Avaliação ANVISA
231
Participantes: Avaliadores Psicólogos da Unifor Samu Ceará Secretaria da Saúde do Estado do Ceará Hospital de Messejana Instituto Dr. José Frota Hospital Geral de Fortaleza Secretaria Municipal da Saúde Hospital Distrital Maria José Barroso - Fortinha Parangaba Hospital Regional da Unimed Laboratório Central de Saúde Pública - LACEN
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232 235 239 240 241
242 242 242 243 243 243 243 243 243 243 243
SUMÁRIO
Agência Nacional de Vigilância Sanitária - . ANVISA 244 Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde - CIEVS 244 MILITARES 244 Centro de Coordenação de Defesa de Área – CCDA 244 Centro de Coordenação Tático Integrado 244 23º Batalhão de Caçadores 245 25º Batalhão de Caçadores 246 40º Batalhão de Infantaria 246 24º Batalhão de Infantaria Leve 247 4º Batalhão de Policia do Exército 248 52º Centro de Telemática 248 10ª Companhia de Guarda 248 Marinha do Brasil 249 Referências Consultadas:
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Lista de Siglas e Abreviaturas 10ªRM - Dé cima Regiã o Militar. ABIN - Agê ncia Brasileira de Inteligê ncia. ABIQUIM - Associaçã o Brasileira da Indú stria Quım ́ ica. AEMI - Australian Emergency Management Institute (Ingles) - Instituto Australiano de Gerenciamento de Emergê ncias.
D Sup - Depó sito de Suprimento. EPI - Equipamento de Proteçã o Individual. FIFA - Federaçã o Internacional de Futebol Associado.
AMC - Autarquia Municipal de Trâ nsito, Serviços Pú blicos e Cidadania.
NDFEM - National Directorade for Fire and Emergency Management (Inglê s) - Diretó rio Nacional para Incê ndios e Gerenciamento de Emergê ncias.
ANVISA - Agê ncia Nacional de Vigilâ ncia Sanitá ria.
NUAEM - Nú cleo de Assistê ncia à s Urgê ncias e Emergê ncias.
BBK - Bundesamt fü r Bevö lkerungsschutz und Katastrophenhilfe (Alemã o) Escritó rio Federal de Proteçã o Civil e Assistê ncia a Desastres.
POP - Procedimento Operacional Padrã o. QBRNE - Quım ́ icos, Bioló gicos, Radioló gicos, Nucleares e Explosivos.
CCDA - Centro de Coordenaçã o de Defesa de Area.
SESA - Secretá ria da Saú de do Estado do Ceará .
CIOPS - Coordenadoria Integrada de Operaçõ es de Segurança.
SMART - Simple Triage and Rapid Treatment Triagem Simples e Tratamento Rá pido.
Cmt - Comandante.
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DQBRNE - Defesa contra agentes Quım ́ icos, Bioló gicos, Radioló gicos, Nucleares e Explosivos.
CNEN - Comissã o Nacional de Energia Nuclear.
SMEACS - Situaçã o, Missã o, Execuçã o, Administraçã o e Logıśtica, Comando, Comunicaçã o.
COE - Centro de Operaçõ es de Emergê ncia.
SUS - Sistema Unico de Saú de.
CVT - Centro Vocacional Tecnoló gico.
VIP - Very Important Person (Inglê s) Pessoa Muito Importante.
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Agências Participantes 1. Marinha do Brasil MB 2. Exé rcito Brasileiro EB 3. Força Aé rea Brasileira FAB 4. 10ª Regiã o Militar 10ªRM 5. Hospital geral de Fortaleza/EB HGeF 6. Capitania dos Portos CPEC 7. Escola de Aprendizes Marinheiros EAM 8. Segurança Portuá ria do Mucuripe 9. Segurança da Area de Tancagem LUBINOR 10. Base Aé rea de Fortaleza BAFZ 11. Hospital da Base Aé rea de Fortaleza HBAFZ 12. Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuá ria INFRAERO 13. Agê ncia Brasileira de Inteligê ncia ABIN 14. Policia Federal PF 15. Policia Rodoviá ria Federal PRF 16. Cruz Vermelha CV 17. Secretaria de Segurança Pú blica SSPCE 18. Policia Civil PCIVIL 19. Corpo de Bombeiros do Ceará CBCE 20. Defesa Civil DV 21. Policia Militar PMCE 22. Batalhã o de Policiamento de Grandes Eventos BPGE 23. Policia Rodoviá ria Estadual PRE 24. Perıćia Forense do Ceará PEFOCE 25. Secretaria de Saú de do Ceará SESA 26. Superintendê ncia de Vigilâ ncia em Saú de da SESA SVS 27. Hospital de Messejana HOSPITAL DO CORAÇÃO
28. Hospital Infantil Albert Sabin HIAS 29. Secretaria Municipal de Saú de SMS 30. Coordenadoria de Hospitais e Unidades Especializadas da SMS 31. Coordenadoria de Vigilâ ncia à Saú de da SMS 32. Instituto Dr. José Frota IJF 33. Hospital Regional da Unimed HRU 34. Comissã o Nacional de Energia Nuclear CNEN 35. Laborató rio Central LACEN 36. Agê ncia Nacional de Vigilâ ncia Sanitá ria ANVISA 37. Autarquia Municipal de Trâ nsito, Serviços Pú blicos e Cidadania AMC 38. Guarda Municipal de Fortaleza GMF 39. Secretaria Especial da Copa do Ceará SECOPACE 40. Secretaria Especial da Copa de Fortaleza SECOPAFOR 41. Comitê Organizador Local da Fifa COLFIFA 42. Serviço de Atendimento Mó vel de Urgê ncias SAMU CEARÁ 43. Serviço de Atendimento Mó vel de Urgê ncias SAMU FORTALEZA 44. Nú cleo de Atençã o a Urgê ncias e Emergê ncias da SESA NUAEM 45. Centro de Hematologia e Hemoterapia do Ceará HEMOCE 46. Nordeste Emergê ncias
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Prefácio
A primeira reuniã o - O primeiro plano
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PREFÁCIO
COMEÇANDO PELO MEIO As estó rias começam pelo começo, naturalmente. De outras entretanto se falam; "começaram pelo im". Dessa estó ria da OPERAÇAO VADE - MECUM curiosamente poderıámos dizer: começa pelo meio. Sim, pelo meio, na medida em que ela fundou - se num sonho de um grupo de alunos do Curso de Especializaçã o em Gestã o de Emergê ncias em Saú de Pú blica promovido pelo Instituto Sıŕio Libanê s, em atendimento a uma demanda do SUS. Alunos que imaginaram desenvolver um trabalho acadê mico sobre açõ es multiagê ncias no atendimento à s vıt́imas de um Incidente com Mú ltiplas Vıt́imas (IMV). Ai vem o meio da estó ria... Numa oportunidade, foi exposta a ideia de aproveitar um evento simples de treinamento da tropa que permitisse testar os procedimentos numa situaçã o de emergê ncia, justamente ao comandante da 10ª Regiã o Militar. A partir daı́ tudo aconteceu. Foi o inıćio da OPERAÇAO VADE MECUM... assim, no meio de um sonho que jazia nas ideias, impotente de se transformar em açã o. Entendendo relevante o Cmt 10ª RM nã o só aderiu simplesmente. Potencializou a ideia, posto que ela con luıá para a atuaçã o do destacamento de defesa de agentes Quı́ m icos, Bioló gicos, Radioló gicos, Nucleares e Explosivos a cargo dos especialistas do Exé rcito Brasileiro. Mostrava-se opaca, para o comandante, a sequê ncia das açõ es pré h o s p i t a l a re s e h o s p i t a l a re s p ó s descontaminaçã o, na medida em que essas açõ es deveriam ser feitas conjuntamente com as secretarias da saú de do estado, do municıp ́ io e com inú meras agê ncias outras que garantiriam essas açõ es.
Aq u e l a s i m p l e s i d e i a fo i transformada em um super - evento: O C o m a n d a n t e d a 1 0 ª R e g i ã o f e z disponibilizar espaços, instituir calendá rio e prazos, utilizar sistemas, estabelecer contatos e parcerias, viabilizar e promover capacitaçõ es, construir cená rios, provocar a integraçã o, promover a interaçã o entre agê ncias e disponibilizar a estrutura do Centro Integrado de Defesa de Area – CCDA, apoiando o projeto com pessoal e material Vivenciamos, passo a passo, do constructo inicial de um assunto desconhecido e, juntos, experimentamos vivê ncias individuais que somadas, desaguaram na construçã o coletiva do conhecimento. Estamos no im do que se iniciou com a materializaçã o da ideia no meio de seu percurso imaterial, apó s empreendermos um conjunto de açõ es conjuntas e, durante o percurso, anotamos os resultados das prá ticas, os paradigmas quebrados, as resistê ncias vencidas. Agora, ao inal, nos cabe o registro dos acertos e a descriçã o dos erros concretizando - os nã o como uma “Odisseia Homé rica” combinando dialetos diferentes numa lın ́ gua arti icial. Melhor, construindo - se numa “Passá rgada” responsá vel, onde todos juntos, brasileiros, unıśsonos, somos igualmente “amigos do rei”. Apresentamos nesse compê ndio, portanto, a sistematizaçã o organizada dos ensinamentos colhidos retirados da prá tica em uma produçã o literá ria feita por mú ltiplas mã os, consolidando-as em um compê ndio denominado “VADE - MECUM”.
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Capítulo 1 CONCEITOS E DEFINIÇÕES 1. INTRODUÇÃO Com a proximidade da realizaçã o de grandes eventos esportivos de repercussã o internacional no Brasil, veri ica-se a necessidade de uma melhor organizaçã o e disponibilizaçã o de meios para a prestaçã o de serviços de saú de durante tais eventos, nã o somente os serviços normativos, mas també m uma resposta assistencial em caso da ocorrê ncia de incidentes de grande porte com a capacidade de se gerar um nú mero de vı́ t imas superior a capacidade de atendimento das instituiçõ es. O atendimento a incidentes com mú ltiplas vı́timas constitui-se em um d e s a i o n o q u a l o s s e r v i ç o s d e atendimentos pré -hospitalares e os hospitais podem se deparar. Diariamente veri icamos a ocorrê ncia de acidentes dos mais variados tipos com nú mero de vıt́imas superiores a cinco. Diante dessas situaçõ es ocorre uma incapacidade dos serviços de lidarem com esse problema, havendo, desta forma, necessidade de estar preparado e treinado para atender esses acidentes. Sã o objetivos relevantes para a á rea de saú de em tais eventos: de inir as situaçõ es afetas aos incidentes de grandes proporçõ es e identi icar um sistema de triagem adequado e organizar os sistemas de atendimento. O atendimento de saú de a estes eventos inicia-se com a fase pré -hospitalar que, por sua vez, se subdivide em trê s fases: o atendimento na cena do acidente; o transporte rá pido e com segurança até o 14
hospital atendimento pré -hospitalar. (MINAYO, 2009). 2. INCIDENTES COM MÚLTIPLAS VÍTIMAS Para a Organizaçã o Mundial de Saú de (OMS), desastre é uma sé ria ruptura no funcionamento de uma comunidade ou sociedade que causa perdas humanas, materiais, econô micas ou ambientais que excedem a capacidade da comunidade ou sociedade afetada em responder com seus pró prios recursos, levando a pedidos de ajuda externa nacional ou internacional. Podem ter causas naturais (enchentes, furacõ es, terremotos) ou antropogê nicas (atentados terroristas, acidentes aé reos), e podem causar vıt́imas ou nã o. Desastres frequentemente sã o descritos como a resultante de: a exposiçã o a uma ameaça; a presença da condiçã o de vulnerabilidade e a capacidade ou medidas insu icientes para reduzir ou corresponder com as potenciais consequê ncias negativas. Seus impactos podem incluir perda de vidas, lesõ es, doenças e outros efeitos negativos no bem estar fıśico, mental e social humano, bem como dano à propriedade, destruiçã o de recursos, perda de serviços, ruptura social e econô mica e degradaçã o ambiental. O termo - desastre natural foi abandonado, para que nã o leve à equıv́oca conclusã o de que desastres ocorrendo como resultado de ameaças naturais sã o inevitá veis e excluıd ́ os do controle humano. Ao contrá rio, é de amplo reconhecimento
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CONCEITOS E DEFINIÇÕES - CAPÍTULO 1
que tais desastres resultam da forma como os indivıd ́ uos e sociedades se relacionam com as ameaças naturais. Os riscos e potenciais para desastres associados a ameaças naturais sã o fortemente i n l u e n c i a d o s p e l o s n ı́ v e i s d e vulnerabilidade e medidas tomadas para prevenir, mitigar e preparar para os desastres. Portanto os desastres sã o em grande extensã o determinados por açõ es humanas ou pela falta das mesmas. A expressã o desastres associados a ameaças naturais deve portanto ser adotada em substituiçã o. As ameaças Naturais incluem fenô menos como: terremotos; atividade vulcâ nica; deslizamentos de terra; tsunamis; ciclones tropicais, tornados e outras tempestades signi icativas; enchentes, transbordamento de rios e inundaçõ es costeiras; incê ndios; seca; tempestades de areia e infestaçõ es. Uma Catá strofe ou Cataclisma ainda segundo a OMS, representa um desastre de uma maior magnitude, embora nã o existam crité rios objetivos para esta quanti icaçã o. Incidentes sã o aqueles eventos indesejá veis e inesperados, de causa natural ou antropogê nica, intencionais ou nã o, que causam danos pessoais, materiais, inanceiros ou ecoló gicos e exigem a intervençã o de equipes pro issionais dos serviços de emergê ncia para proteger vidas, bens materiais e o ambiente. Quando este evento indesejá vel e inesperado for sabidamente nã o-intencional, podemos usar a nomenclatura Acidente, poré m tal assertiva normalmente é difı́ c il, e preferimos o termo mais abrangente, Incidente, quando nã o é possı́ v el determinar a existê ncia ou nã o da intencionalidade. Os Incidentes com Mú ltiplas Vıt́imas (IMV) por sua vez, sã o aqueles eventos acidentais ou intencionais, que ocorrem de forma sú bita, capazes de
produzir vıt́imas em uma magnitude que cause desequilıb ́ rio entre os recursos mé dicos disponıv́eis e as necessidades, comprometendo a manutençã o de um padrã o de atendimento adequado exclusivamente com os recursos locais. O termo Incidentes com Vıt́imas em Massa (IVM), por sua vez, pode ser utilizado como sinô nimo ao IMV ou representar um IMV de maiores proporçõ es. Em situaçõ es crı́ticas como aquelas aqui conceituadas, o desa io da saú de pú blica consiste em oferecer a melhor resposta possıv́el ao maior nú mero possıv́el de vıt́imas, com o nıv́el de atençã o adequado à gravidade de cada uma delas, dentro da limitaçã o dos recursos disponıv́eis. 3. MEDICINA DE RESGATE E MEDICINA DE URGÊNCIA 3.1. CONCEITO DE MEDICINA DE CATÁSTROFE A Medicina de Catá strofe traduzse por um tipo de exercıćio da Medicina, integrada com Socorros Polivalentes com o seu componente sanitá rio em particular avançado, numa açã o setorial e local, tendo por inalidade aı́ prestar os cuidados mé dicos de urgê ncia, estabilizar os doentes e medicalizar a evacuaçã o, acompanhandoos no seu posterior transporte até ao Hospital de Retaguarda. Paralelamente é uma medicina de massas, com implicaçõ es logıśticas e que deve ter em conta fatores e imperativos extra-mé dicos, sem nunca se demitir das suas inalidades. Neste trabalho, para o seu estudo, fez-se a aplicaçã o do mé todo hipoté tico-dedutivo, segundo um plano retrospectivo, com uma vertente de estudo histó rico atravé s de pesquisa bibliográ ica e, outra vertente, de trabalho de campo, com subsequente a n á l i s e d o s d a d o s o b t i d o s ,
FORTALEZA - CEARÁ - BRASIL
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CAPÍTULO 1 - CONCEITOS E DEFINIÇÕES
relacionando-oscom a Histó ria da Medicina e a é tica em situaçõ es de Urgê ncia e Catá strofe. Se os dados histó ricos podem ajudar a esclarecer o presente, a relaçã o é recıp ́ roca e, també m este, pode contribuir decisivamente para clari icar o passado (BANDEIRA, 2008). 3.1.1. FORMAÇÃO DE EQUIPES DE ATENDIMENTO As instituiçõ es responsá veis pelo atendimento em tais situaçõ es devem dispor de equipes treinadas, incluindo-se neste quesito as equipes de socorro mé dico e as equipes mé dico-legais. Devido à s circunstâ ncias particulares destes incidentes, as equipes de socorro mé dico devem ser orientadas no sentido de resgatar e evacuar mais rapidamente os feridos, de forma organizada e regulada, transportar alimentos e remé dios (quando for o caso), assim como organizar seu pessoal de resgate. E importante se destacar que, quando for necessá rio o transporte das vı́ t imas a centros especializados em regiõ es distantes, o tipo de locomoçã o utilizado é muito importante, levando em conta nã o somente a capacidade do meio de transporte, mas, t a m b é m , s u a s d i s p o n i b i l i d a d e s assistenciais, a regiã o a percorrer e o tempo de deslocamento, dai a necessidade de um sistema de regulaçã o para evitar transpor o caos instalado no local do acidente para as instituiçõ es de destino dos feridos. Outra atividade inerente a tais eventos é a atuaçã o das equipes mé dicopericiais, notadamente quando existe morte coletiva e catastró ica, cabendo-lhes o papel do desenvolvimento das atividades mé dico-legais mediante a criaçã o, o mais rá pido possıv́el, de duas equipes, uma, para tratar das necró psias dos corpos e dos despojos; e, outra, encarregada exclusivamente de cuidar da identi icaçã o das vıt́imas no local do evento, nas suas 16
p rox i m i d a d e s e n a s re p a r t i ç õ e s especializadas, por meio de uma metodologia rigorosamente seguida. 3.1.2 IDENTIFICAÇÃO DOS MORTOS Outra açã o a ser tomada consiste na identi icaçã o das vıt́imas do incidente, devendo-se para isso solicitar-se as ichas dactiloscó picas e odontoló gicas das pessoas presumivelmente envolvidas na tragé dia. Outros instrumentos que poderiam contribuir na identi icaçã o devem ser solicitados: radiogra ias antigas, principalmente dos dentes, do crâ nio, da face e dos ossos longos com consolidaçã o de fraturas; fotogra ias; entre outros. Conceitualmente o processo de identi icaçã o mé dico-legal é um processo té cnico-cientı́ ico de comprovaçã o individual, objetivo e concreto, nã o podendo, portanto, ser fundamentado em simples informaçõ es familiares ou de amigos das vıt́imas, nã o podendo ser confundida com o reconhecimento, uma vez que este ú ltimo trata-se de um processo empıŕico, subjetivo e duvidoso. A certeza da identi icaçã o exige a materialidade como argumento de comprovaçã o. 3.1.3 O ATESTADO DE ÓBITO A partir da identi icaçã o cadavé rica, num desastre de massa, devese prover o devido atestado de ó bito, com a causa mortis determinada e sua efetiva i d e n t i d a d e , f a c i l i t a n d o a s s i m o sepultamento mais rá pido e de forma individualizada. Salienta-se poré m que as repartiçõ es mé dico-legais nã o podem nem devem fornecer atestados de pessoas nã o identi icadas, simplesmente baseadas em meras informaçõ es ou conjeturas. A competê ncia exclusiva para liberaçã o de atestados de ó bito por morte presumida é dos juıźes togados. A solicitaçã o deve ser feita ao Juiz da Comarca onde se veri icou o
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sinistro diante das di iculdades de obter o atestado de ó bito, de justi icaçã o judicial de uma ou de vá rias pessoas desaparecidas ou d e i m p o s s ı́ v e l r e c o n h e c i m e n t o . Depois de homologada a justi icaçã o, caberá à autoridade policial ou aos familiares solicitarem do Cartó rio de Registro Civil a anotaçã o desse documento e o assentamento da morte, icando depois o Cartó rio na disposiçã o de fornecer a Certidã o de Obito para cada famıĺia, com a ressalva das circunstâ ncias que motivaram tal certidã o. 3.1.4 A ÉTICA NOS DESASTRES DE MASSA As intervençõ es humanas nos c e n á r i o s n a t u r a i s t r a z e m c o m o conseqü ê ncias um desequilı́brio dos processos naturais, aumentando assim o potencial de risco dos mesmos pelas ocorrê ncias de catá strofes naturais, epidemias ou ainda incidentes envolvendo muitas vıt́imas. Ainda que o risco natural nã o dependa de uma intervençã o humana, ele pode ser previsto e minimizado, na medida em que a organizaçã o da sociedade seja orientada de acordo com uma perspectiva de administrar melhor os danos causados, evitando consequê ncias danosas para o ser humano. D e a c o r d o c o m a ó t i c a humanista, o indivı́duo possui valor antoló gico, razã o central da existê ncia social que é concebida a partir da soma das individualidades. De acordo com esta visã o, podemos entender que a intervençã o humana na previsã o, prevençã o e tratamento do desastre de massa deve abordar o conceito do bem comum. Todo indivıd ́ uo tem direito à proteçã o de sua saú de,e à sua pró pria existê ncia. Nã o se deve por a vida em perigo, nem se tratar com descaso as pessoas indefesas ou vıt́imas de determinadas ocorrê ncias. Só se
admite colocar em perigo a integridade fıśica de uma pessoa quando for necessá rio salvar seu bem mais superior que é a sua pró pria vida. Este é o princı́ p io da totalidade (OMS). A despeito das di iculdades iniciais de um atendimento nestes incidentes que pode ser precá rio e desordenado nas primeiras horas apó s o desastre seja por sua amplitude, ou pela falta de organizaçã o ou estruturaçã o dos planos emergenciais, é um direito é tico inaliená vel que todos sejam atendidos sem discriminaçã o; no mais breve espaço de tempo e na proporçã o dos meios disponıv́eis. Deve-se dar prioridade à queles que estã o em perigo de vida. Nã o constituise em uma açã o é tica a adoçã o de outros crité rios de seleçã o, como o da idade ou do sexo, mas, somente, o das circunstâ ncias que levam à iminê ncia da morte. S a l i e n t a - s e q u e e x i s t e m contrové rsias de cunho é tico entre os autores que defendem a idé ia de que devam ser atendidos prioritariamente aqueles que apresentam possibilidades de salvar-se (princı́ p io da prioridade terapê utica) ou aqueles que primeiro se encontram (princı́ p io da prioridade temporal) e os que defendem que sejam atendidos em primeiro lugar os que apresentarem maior risco de vida ou maior grau de sofrimento (princı́ p io da prioridade do risco). Outra questã o é tica envolvida nesses sinistros consiste na destinaçã o inal dos corpos ou partes dos corpos nã o identi icados, depois de esgotados todos os recursos disponıv́eis. A maioria dos autores recomenda que os corpos relativamente preservados sejam submetidos a uma revisã o completa, para que ique patente nada ter sido esquecido, considerando-se todos os elementos importantes, inclusive fotogra ias, radiogra ias e ichas dactiloscó picas e odontoló gicas. Se
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CAPÍTULO 1 - CONCEITOS E DEFINIÇÕES
necessá rio, é permitida a retirada dos maxilares superiores e inferior para uma possı́ v el comprovaçã o posterior. A inumaçã o deve ser feita em local conhecido e em sacos plá sticos numerados, para facilitar uma exumaçã o especı́ ica, diante do surgimento de informaçõ es adicionais, respeitadas as imposiçõ es da legislaçã o sanitá ria. Em seguida, as partes menores nã o identi icadas devem ser documentadas e na impossibilidade de uma identi icaçã o positiva, devem ser enterradas ou incineradas. Outro aspecto é tico consiste no respeito que se impõ e o morto e os cuidados nos procedimentos que se exigem depois da morte, na dimensã o que merece a d i g n i d a d e h u m a n a . M e s m o s e entendendo que a existê ncia da pessoa natural termina com a morte, tem-se de admitir que nã o estã o dispensados o nosso respeito, a nossa piedade e a nossa reverê ncia, pois tudo isso tem um signi icado muito transcendente. Nem mesmo o tumulto de uma catá strofe, ou o anonimato do cadá ver, recomenda a algué m um tratamento diferente.(FRANÇA, 2012) Conceitualmente, a medicina de catá strofe lida com emergê ncias extremas em que todos os minutos contam; sendo praticada em cená rios difıćeis e envolve riscos com quantidade massivas de vıt́imas a necessitarem de triagem. Atravé s desta perspectiva, é possıv́el veri icar que a medicina de catá strofe tem muito em comum com outras especialidades mé dicas. A medicina de guerra é um destes exemplos, uma vez que a guerra, tal como os desastres naturais, causa inú meras vı́timas. A medicina de emergê ncia é també m um outro exemplo, já que atravé s de atos e cuidados especı́ icos, é possıv́el a feridos serem transportados em condiçõ es está veis para que possam ser operados 18
com melhores hipó teses de sucesso. A medicina de catá strofe nã o pode ser improvisada. E necessá rio um elevado nıv́el de competê ncia e esta só é conseguida atravé s do estudo da teoria e da aquisiçã o de formaçã o avançada. (Organizaçã o Internacional de Proteçã o Civil, Nawaf Al-Sleibi, por ocasiã o do Dia da Proteçã o Civil – 1 de Março de 2010). 3.2.MEDICINA EM EMERGÊNCIAS Urgê ncia e emergê ncia sã o dois termos usados na á rea da Medicina, e muitas pessoas os confundem. Urgê ncia é quando há uma situaçã o que nã o pode ser a d i a d a , q u e d e v e s e r r e s o l v i d a rapidamente, pois se houver demora, corre-se o risco até mesmo de morte, e emergê ncia é quando há uma situaçã o crıt́ica, com ocorrê ncia de perigo. N o â m b i t o d a m e d i c i n a , emergê ncia é a circunstâ ncia que exige uma cirurgia ou intervençã o mé dica de imediato, por isso, em ambulâ ncias está geralmente escrito emergê ncia e nã o urgê ncia. Na medicina, ocorrê ncias de cará ter urgente necessitam de tratamento mé dico e muitas vezes de cirurgia, mas possuem um cará ter menos imediatista. No entanto, há situaçõ es de emergê ncia que necessitam de uma intervençã o urgente, ou seja, que nã o podem se prolongar. A diferença principal entre as duas palavras concentra-se mais no campo da medicina, como por exemplo hemorragias, parada respirató ria e parada cardıáca sã o emergê ncia. Luxaçõ es, torçõ es, fraturas (dependendo da gravidade), dengue sã o consideradas como situaçõ es de urgê ncia. Emergê ncia é uma propriedade que uma dada situaçã o assume quando um conjunto de circunstâ ncias a modi ica. Tomados de forma isolada, seus elementos nã o justi icariam uma medida imediata, mas o conjunto e a interaçã o entre seus
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constituintes sim. A assistê ncia em situaçõ es de emergê ncia e urgê ncia se caracterizam pela necessidade de um paciente ser atendido em um curtıśsimo espaço de tempo. A emergê ncia é caracterizada com sendo a situaçã o onde nã o pode haver uma protelaçã o no atendimento, o mesmo deve ser imediato. Nas urgê ncias o atendimento deve ser prestado em um perıódo de tempo que, em geral, é considerado como nã o superior a duas horas. As situaçõ es nã ourgentes podem ser referidas para o pronto-atendimento ambulatorial ou para o atendimento ambulatorial convencional, pois nã o tem a premê ncia que as já descritas anteriormente. 3.2.1 ÉTICA EM ATENDIMENTOS DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIAS A justi icativa é tica para o atendimento diferenciado que estas situaçõ es merecem está baseada em Hegel. Para Hegel o "direito à emergê ncia" é o direito que cada indivıd ́ uo tem de abrir uma exceçã o a seu favor, em caso de extrema necessidade. Segundo Weber, "a situaçã o de emergê ncia nã o invalida a lei, mas mostra que ela nã o é absoluta. (...) Isto signi ica dizer que é necessá rio levar em conta as circunstâ ncias de cada situaçã o". Segundo Hegel, "a vida tem um direito de emergê ncia". As questõ es que envolvem as atividades de assistê ncia, ensino e pesquisa em emergê ncias e urgê ncias podem ser mais claramente discutidas utilizando, os princıp ́ ios da Bene icê ncia, do respeito à s pessoas e da justiça como instrumentos didá ticos. Estes princıp ́ ios estã o sempre presentes no dia-a-dia dos pro issionais que atendem este tipo de intercorrê ncias. A assistê ncia aos pacientes em emergê ncia ou urgê ncia pode gerar re lexõ es que envolvem temas como triagem; limites de tratamento, medidas
extraordiná rias, medidas fú teis; p r e s e r v a ç ã o d a p r i v a c i d a d e e con idencialidade. Nas situaçõ es de atendimento de emergê ncias ou urgê ncias o crité rio de acesso aos serviços é o da gravidade. De acordo com este crité rio, os pacientes em situaçã o de emergê ncia sã o atendidos em primeiro lugar. Muitas vezes pacientes em situaçõ es nã o-urgentes també m procuram este tipo de serviço por ser, teoricamente, mais disponıv́el. Isto cria um dilema para o pro issional responsá vel pela tarefa de triar. Muitos pacientes nã o tem outros recursos para recorrer, nem sempre a instituiçã o dispõ e de um pronto-atendimento para atender a esta demanda, assim como pode nã o existir uma adequada interaçã o com o sistema ambulatorial, a ponto de garantir que este paciente será atendido por um pro issional nos pró ximos dias. Frente a esta situaçã o difı́cil, muitas vezes o pro issional opta por atender a estes pacientes, consciente de que está distorcendo o objetivo do serviço. Isto pode acarretar uma outra situaçã o difıćil, que é a de que os recursos emergenciais poderã o estar nã o disponıv́eis para os pacientes que efetivamente necessitem deste tipo de atendimento. O princıp ́ io da Justiça é que deve ser considerado neste contexto. E muito difı́cil hierarquizar demandas pessoais por atendimento. Cada paciente sempre acha que o seu problema de saú de, ou de seu familiar, é o mais importante. Os serviços de atendimento de emergê ncias deveriam explicar claramente a sua vocaçã o assistencial para a populaçã o. M u i t a s ve z e s a c o n f u s ã o e n t re atendimento de emergê ncia e prontoatendimento ambulatorial é feita pelas pró prias instituiçõ es hospitalares e pro issionais de saú de. A v i o l ê n c i a e o t r a u m a acompanham a evoluçã o da humanidade. No ú ltimo sé culo a evoluçã o industrial, a
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alta tecnologia, o aumento da velocidade dos meios de transporte e a verdadeira guerra civil dos conglomerados urbanos agravaram a problemá tica do trauma como doença no meio social (Gawryszewski et al, 2005; Mesquita Filho, 2003). 3.2.2 DEFINIÇÕES DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA E s t a s d e i n i ç õ e s s ã o controversas em alguns casos, e muitas vezes se confundem, mas segundo os vá rios autores temos os conceitos abaixo. Emergê ncias mé dicas sã o os problemas de saú de que necessitam de cuidados especializados e imediatos para evitar a morte ou complicaçõ es graves do indivıd ́ uo (FERNANDES, R.J. 2004). Urgê ncias mé dicas sã o as situaçõ es que afetam ou colocam em perigo a saú de de uma ou de mais pessoas (RODRIGUEZ, 2000; MORALES apud TACSI, 2003, p. 34). O CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA, CFM em 1995, atravé s da Resoluçã o 1.451/95, de iniu a urgê ncia como sendo uma ocorrê ncia imprevista de agravo à saú de com ou sem risco potencial de vida, cujo portador necessita de assistê ncia mé dica imediata, diferenciando da emergê ncia em que conceituou como a constataçã o mé dica de condiçõ es de agravo à saú de que implicam em risco iminente de vida ou sofrimento intenso, exigindo, portanto, tratamento mé dico imediato (FERNANDES, R.J. 2004). As urgê ncias mé dicas podem ser conceituadas, de acordo com Martinez e Nitschke (2001), como um evento caracterizado como vital pelos indivıd ́ uos e/ou pela sociedade, e que apresenta uma gravidade considerada ameaçadora à integridade fıśica ou psicoló gica da pessoa. As emergê ncias sã o passı́ v eis de tratamento, desde que reconhecidas e rapidamente instaladas as medidas 20
terapê uticas. O grau de urgê ncia, segundo Martinez e Nitschke (2001), é uma combinaçã o de vá rios fatores e muito complexa, onde nã o se trata apenas do conhecimento mé dico ou de patologias. A quali icaçã o do grau de urgê ncia está associada a dois grupos de fatores, sendo um deles mé dico e té cnico e o outro social. O fator mé dico é analisado a partir da conjunçã o da gravidade e do tratamento, u m a ve z q u e u m a u rg ê n c i a te m habitualmente diferentes nı́veis de gravidade, e subentende que os cuidados sejam prioritá rios a graus de complexidade diferentes. A gravidade e os cuidados sã o ponderados pelo tempo, pois quanto menor o tempo maior a urgê ncia. Assim, a urgê ncia mé dica é prioritá ria em relaçã o a certos pacientes, porque sua patologia evolui muito rapidamente para estados graves, sendo esta uma das razõ es que delimitam a organizaçã o dos cuidados de urgê ncia. Outro aspecto a considerar é a de iniçã o socioló gica de urgê ncia, quando trata da noçã o de prioridade ou de con lito de status social de uma urgê ncia em relaçã o à outra (FERNANDES, R.J. 2004). Outros autores relatam que o principal objetivo dos serviços de emergê ncia é diminuir a morbimortalidade e as seqü elas incapacitantes, para tanto é preciso garantir os elementos necessá rios para um sistema de atençã o de emergê ncia relacionado a recursos humanos, infra-estrutura, equipamentos e materiais, de modo a assegurar uma assistê ncia integral, com qualidade aceitá vel e contın ́ ua (MORALES; GARCIACASTRILLO; DEL BUSTO apud TACSI, 2003, p.36). 3.2.3 SISTEMAS DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA O Atendimento Pré -Hospitalar (APH) é um tipo de atençã o à saú de recente
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no Brasil e deve fazer parte integrante dos sistemas de assistê ncia à s urgê ncias e emergê ncias. No Brasil o modelo adotado sofreu in luê ncia de dois modelos com conceituaçõ es distintas, o americano e o francê s. 3.2.3.1. MODELO AMERICANO O desenvolvimento do Sistema de Emergê ncias Mé dicas (EMS), nos EUA, se fortaleceu em 1966, apó s a publicaçã o de uma pesquisa intitulada “Morte e De iciê ncia por acidentes: Uma doença negligenciada pela sociedade moderna”, alertando para a inadequaçã o do atendimento pré -hospitalar naquele paıś. Mostrou ın ́ dices estatıśticos da qualidade de vida dos sobreviventes e a recuperaçã o das vı́timas de acidentes envolvendo traumas e choques, quando atendidas de forma adequada. A partir desta publicaçã o, o governo americano determinou que as entidades governamentais de Segurança Rodoviá ria desenvolvessem um sistema de atendimento em emergê ncias que fosse realmente e iciente, caso contrá rio o governo reduziria um percentual dos fundos para manutençã o das rodovias federais (FERREIRA, 1999). Em 1968, foi criado o nú mero telefô nico ú nico 911, centralizando todos o s c h a m a d o s d e e m e rg ê n c i a . A s emergê ncias mé dicas sã o direcionadas para o pro issional da á rea, que avaliará a ocorrê ncia e enviará a equipe mais adequada, de acordo com os recursos, organizaçã o e protocolos pré -estabelecidos pelos mé dicos responsá veis, em cada regiã o (FERREIRA, 1999). Segundo Azevedo (2002), a Academia Nacional de Ciê ncias dos EUA realizou, nos anos 70, um estudo comparativo entre vıt́imas da guerra do Vietnã e vıt́imas de trauma nas grandes cidades americanas. Encontrou maior sobrevida dos soldados, justi icado por um
atendimento imediato apó s a lesã o, enquanto que as vıt́imas civis eram apenas transportadas aos hospitais, sem qualquer atendimento inicial. Este estudo evidenciou a importâ ncia do atendimento no local do evento, com intervençõ es bá sicas para a manutençã o da vida, e impulsionou a implementaçã o de sistemas organizados de emergê ncia nas grandes cidades americanas. Em 1982, o Departamento de Transporte Americano apresentou os resultados de um estudo realizado entre 1966 e 1981, sobre a diminuiçã o dos ın ́ dices de mortalidade pré -hospitalar de vıt́imas de acidente de trâ nsito, no qual foi constatada uma relaçã o entre a queda da mortalidade e a implantaçã o do serviço de APH – EMS (AZEVEDO, 2002). O APH americano é realizado por pro issionais nã o mé dicos, que atendem à s vı́timas de trauma e à s emergê ncias clın ́ icas, particularmente a parada cardıáca. Atualmente, naquele paıś, existem dois sistemas que se complementam: o “Emergency Medical Systems” inspirado no modelo de Belfast, em que o controle mé dico se efetiva na elaboraçã o e supervisã o dos protocolos de atuaçã o, e eventualmente nas açõ es pré -hospitalares de maior gravidade, quando as equipes de emergê ncia tê m necessidade de distanciarse dos protocolos, e o “Trauma Systems” (MOORE et al. apud FERREIRA, 1999, p.37). A assistê ncia à s emergê ncias, nos EUA, é exercida por quatro categorias de pro issionais distintas, com grandes variaçõ es regionais, que sã o: · socorrista ou “ irst-responder”, representados pelos bombeiros, policiais ou mesmo cidadã os comuns, treinados nas té cnicas de reanimaçã o cardio-respirató ria bá sica; · té cnico mé dico de emergê ncia de ambulâ ncia ou té cnico de emergê ncia
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bá sica; · té cnico mé dico de emergê ncia intermediá rio; · té cnico mé dico de emergê ncia paramé dico. Suas açõ es variam de acordo c o m a c a p a c i d a d e e o g r a u d e conhecimento dos pro issionais, os quais sã o autorizados a realizar diferentes atividades e procedimentos, conforme a categoria a que pertencem e a protocolos previamente estabelecidos. A integraçã o desses diferentes nıv́eis de assistê ncia depende da organizaçã o e dos recursos locais de cada regiã o. Nas á reas rurais, os serviços dispõ em somente de té cnicos que realizam o suporte bá sico. Nas á reas urbanas, alé m do suporte bá sico, dispõ em do suporte avançado realizados por paramé dicos. (GOMEZ; NEIRA, 1996; STOUT; GABRAM et al.; KUHEL apud FERREIRA, 1999). Gomez e Neira (1996) relatam que, assim como nos EUA, em outros paıśes europeus a sobrevida dos traumatizados em acidentes de trâ nsito tem sido elevada em decorrê ncia das açõ es das equipes de paramé dicos que, em conjunto com bombeiros capacitados e legalmente autorizados, realizam manobras avançadas de reanimaçã o, como a intubaçã o traqueal. A Alemanha é um dos paıśes onde melhor funciona o sistema protocolar de atençã o regional a traumatizados. Prima pela instalaçã o e distribuiçã o estraté gica de centros especializados pró ximo à s principais autopistas, possibilitando rá pido transporte pré -hospitalar, com demora má xima de 30 minutos para chegar a um centro de referê ncia. 3.2.3.2 MODELO FRANCÊS O sistema francê s, també m chamado de Sistema de Ajuda Mé dica de Urgê ncia (SAMU), se iniciou nos anos 60, com um enfoque voltado para os recursos 22
hospitalares e inter-hospitalares, pois naquela é poca, os mé dicos começaram a constatar a desproporçã o entre os meios modernos, colocados à disposiçã o de feridos no hospital, e os meios arcaicos utilizados na fase pré e inter-hospitalares. Foi proposto, entã o, que a equipe mé dica se deslocasse ao local da ocorrê ncia para iniciar a assistê ncia o mais rá pido possıv́el (FONTANELLA; CARLI; LARENG, 1992). O s i s t e m a f r a n c ê s t e m caracterı́ s ticas especı́ icas, por ser inanciado pela seguridade social, com contribuiçã o obrigató ria de todo cidadã o. O setor pú blico é composto por hospitais de diferentes graus de complexidade, e a assistê ncia ambulatorial é , em sua grande parte, oferecida pelo setor privado, por meio dos mé dicos generalistas, instalados em seus pró prios consultó rios, ou por associaçõ es mé dicas, que prestam assistê ncia diretamente no domicıĺio dos pacientes. Quando há necessidade de transporte rá pido para o hospital, acionam, de acordo com a gravidade do caso, uma ambulâ ncia privada ou uma Unidade Mó vel Hospitalar (UMH) (FERREIRA, 1999). Na França, todas as solicitaçõ es de ajuda mé dica sã o direcionadas para o Centro de Controle de Operaçõ es (Centro 15), com um nú mero especı́ ico para emergê ncias em saú de, na qual o solicitante sempre recebe uma resposta mé dica. O sistema se originou com o objetivo de prestar assistê ncia rá pida aos acidentados do trâ nsito, aprimorando-se ao longo dos anos para imprimir mais rapidez no inı́cio do tratamento. Aos poucos, este serviço se constituiu em uma forma de articular a rede pú blica hospitalar como um todo, racionalizando o acesso aos serviços de urgê ncia (FONTANELLA; CARLI; LARENG, 1992). Este sistema é baseado em seis princı́pios, a saber: o auxı́lio mé dico urgente é uma atividade sanitá ria; as
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intervençõ es no local devem ser rá pidas, e icazes e com meios adaptados; a abordagem de cada caso deve ser simultaneamente mé dica, operacional e humana, as atribuiçõ es sã o de inidas por pro issionais e a coordenaçã o da equipe deve ser estabelecida de forma clara; a qualidade dos resultados depende, em grande parte, do nıv́el de competê ncia dos pro issionais e inalmente a açã o preventiva deve ser um complemento da açã o de urgê ncia (REZENDE, s.d.). E m 1 9 9 2 , o S i s t e m a d e Atendimento Mé dico de Urgê ncia na França, com seus 96 centros de recepçã o de chamados, realizaram 2.000.000 transaçõ es, sendo distribuıd ́ as da seguinte forma: 20% foram supridas com informaçõ es/conselhos; 28% requereram o envio de um mé dico generalista de plantã o, 24% necessitaram do envio de uma ambulâ ncia simples e 28% exigiram o envio de uma UMH. Destaca-se que as enfermeiras sã o pro issionais com experiê ncia, muitas delas especialistas (auxiliares de anestesia e reanimaçã o). Todos os pro issionais recebem uma formaçã o complementar para atuarem em uma UMH (MARTINEZ; MORANO, 1995; REZENDE, s.d.). O modelo francê s é centralizado numa rede de comunicaçõ es e baseado na regulaçã o e no atendimento mé dico à s urgê ncias. Todas as chamadas sã o analisadas por mé dico, que de ine a resposta mais e iciente, maximizando os recursos mé dicos disponı́veis. Esta experiê ncia vem sendo validada há anos, mostrando ser um importante instrumento para as açõ es em saú de, uma vez que permite o conhecimento das necessidades reais do paciente, e dos recursos disponıv́eis à prestaçã o da assistê ncia, dentre outras informaçõ es, possibilitando o gerenciamento da demanda. Em funçã o destas caracterıśticas, o sistema francê s
tem servido de modelo para a construçã o dos serviços brasileiros. 3.2.3.3 MODELO BRASILEIRO No Brasil, existem diferentes modelos de atendimento à s emergê ncias, estruturados conforme o per il quantitativo e qualitativo da populaçã o assistida. Todos os sistemas sã o integrados dentro de uma mesma ló gica, contemplando medidas preventivas, redes de atendimento pré hospitalar, serviços assistenciais hospitalares hierarquizados e centros de reabilitaçã o (MARTINI, 2001). Gonçalves e Rodrigues (2001) e n f a t i z a m q u e e s t a s e t a p a s d o atendimento, devem se integrar de modo efetivo, a im de rea irmar o conceito de sistema de atendimento. Oliveira; Parolin e Teixeira Jr. (2002), acrescentam que alé m das etapas citadas, devem ser considerados o planejamento de atendimento a catá strofe e grandes desastres. No Brasil o Sistema de Atençã o Integral à Saú de é composto por vá rios nı́ v eis de assistê ncia procurando contemplar açõ es dos nıv́eis mais simples aos mais complexos, respectivamente, primá rio, secundá rio e terciá rio. Historicamente, prevaleceram modelos de atençã o à s urgê ncias, centrados na assistê ncia curativa, que é essencialmente realizada em prontos socorros e hospitais.
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Capítulo 2 TEORIA SOBRE PREPARAÇÃO E CONDUÇÃO DE EXERCÍCIOS SIMULADOS 1. INTRODUÇÃO Devido a diversas situaçõ es ao redor do mundo (mudanças climá ticas, c a t á s t ro fe s n a t ura i s , te r ro r i s m o internacional, ocorrê ncia de pandemias, entre outros), uma preparaçã o e iciente para atuaçã o em situaçõ es de crise e calamidade tem sido necessá ria em muitos lugares do mundo. No Brasil, acrescenta-se a tais fatos a realizaçã o de megaeventos como a Copa do Mundo de Futebol FIFA 2014 e OLIMPIADA 2016. O treinamento para o enfrentamento de situaçõ es de crise eleva a capacidade de resposta das instituiçõ es governamentais, alé m de promover a otimizaçã o das açõ es interagê ncias. Estudos retrospectivos sobre o atendimento a grandes acidentes ou incidentes com mú ltiplas vıt́imas como o emblemá tico “FIRESCOPE” (FIre ighting RESources of California Organized for Potential Emergencies), que surgiu a partir de um grande incê ndio na Califó rnia em 1970, apontam as falhas mais frequentes na resposta conjunta das agê ncias: comunicaçã o, integraçã o, e sincronismo entre as açõ es. O Guia para Exercı́ c ios de Gerenciamento Estraté gico de Crises (Guideline for Strategic Crisis Management Exercises) do Escritó rio Federal de Proteçã o Civil e Assistê ncia a Desastres (BBK) da Alemanha cita o livro “Liderança na Crise” de Laurent F. Carrel: Educaçã o e treinamento sã o ferramentas centrais na preparaçã o para crises. O foco consiste em 24
estarmos mentalmente preparados para situaçõ es crıt́icas. Refere-se a um modelo de educaçã o sistematizada, com o compartilhamento de experiê ncias individuais, coletivas e instrumentais centradas nas açõ es comportamentais observadas em, no seu desenvolvimento e no gerenciamento de ó bices. Ainda de acordo com este guia, como componentes de um sistema de prevençã o de crises, exercı́ c ios de enfrentamento, gerenciamento e alta gestã o de crises sã o extremamente i m p o r t a n t e s . U m e x e r c ı́ c i o d e gerenciamento estraté gico de crises comporta um vasto nú mero de interfaces a serem veri icadas (composiçã o de comitê s de gerenciamento de crise; gestã o polıt́icoadministrativa do evento; gestã o de recursos humanos, logıśticos e estruturais; gestã o corporativa da crise) e tem o intuito de melhorar a capacidade de se reaçã o à s ameaças e desenvolver a coordenaçã o do processo de tomada de decisõ es nas organizaçõ es pú blicas e do setor privado envolvidas na assistê ncia ao evento. Os Manuais de Gerenciamento de Emergê ncias, do Instituto Australiano de Gerenciamento de Emergê ncias (AEMI), de inem os exercıćios como atividades controladas, com objetivos e açõ es de inidas, desenhados para praticar, testar ou avaliar processos e capacidades. No tocante aos Exercıćios de Gerenciamento de Crises e Situaçõ es de Emergê ncia os itens observados dizem respeito à avaliaçã o dos planos de emergê ncia
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existentes; promoçã o de intercâ mbio; desenvolvimento da cadeia de comando; demonstraçã o de capacidades; prá tica da operaçã o interagê ncias; validaçã o de treinamentos anteriores; identi icaçã o de gargalos e avaliaçã o de equipamentos, té cnicas e processos. O Diretó rio Nacional para I n c ê n d i o s e G e r e n c i a m e n t o d e Emergê ncias (NDFEM), da Inglaterra, em seu manual para planejamento de exercı́ c ios simulados, a irma que a preparaçã o prá tica para o enfrentamento e resposta em situaçõ es de emergê ncias e desastres desenvolve as habilidades das principais agê ncias responsá veis por estas respostas, facilitando a proteçã o de pessoas, propriedades e estruturas. Exercıćios identi icam á reas onde estas agê ncias possuem pro iciê ncia e á reas que precisam ser melhoradas. As liçõ es aprenddas com os exercıćios podem ser utilizadas na melhoria dos planos de açã o existentes e fornecem a base de futuros treinamentos. A execuçã o de treinamentos sistematizados de forma contın ́ ua oferece a oportunidade de: > Testar e validar polı́ticas, planos, p r o c e d i m e n t o s , t r e i n a m e n t o s , equipamentos e operaçõ es interagê ncias; > Treinar pessoal e esclarecer regras e responsabilidades; > Melhorar a coordenaçã o e comunicaçã o interagê ncias; > Identi icar gargalos; > Melhorar desempenhos individuais; > Identi icar oportunidades de melhoria; > Ganhar reconhecimento pú blico pela oportunizaçã o do conhecimento do modelo de gerenciamento de crises; e > Proporcionar oportunidades de discussã o e feedback. Em termos de uma preparaçã o e iciente para situaçõ es de crise, a realizaçã o estraté gica de exercıćios de
simulaçã o fomenta uma resposta integrada e compreensiva da situaçã o, a diagnose dos diversos setores envolvidos, ordenando e criando um sistema e iciente de resposta, concentrando funçõ es e combinando a capacidade de resposta das diversas agê ncias envolvidas. O objetivo principal da realizaçã o de um exercıćio de gerenciamento de crises consiste em se criar um cená rio para a observaçã o da cooperaçã o entre as vá rias unidades administrativas envolvidas, providê ncias necessá rias, observaçã o de estruturas crıt́icas, organizaçã o central da resposta, luxo de informaçõ es e comunicaçõ es e do provimento da proteçã o e iciente para a populaçã o durante a ocorrê ncia de eventos extremos. D e s t a f o r m a , e x e r c ı́ c i o s estraté gicos devem envolver situaçõ es ictıćias complexas, de modo a se propiciar a oportunidade de uma prá tica de açõ es coordenadas envolvendo diversos escritó rios e agê ncias e as atividades afetadas no cená rio do exercıćio, devem e nvo lve r u m g ra n d e n ú m e ro d e participantes dos mais diversos setores da sociedade. Deve-se buscar a conexã o e sintonia a inada de todos os setores responsá veis pela garantia da qualidade de vida para a populaçã o, pelas açõ es de prevençã o e combate a crises, oferecendo ao cidadã o um sistema de proteçã o coletiva particularmente e iciente. A coordenaçã o e iciente, as medidas tomadas e necessá rias em situaçõ es extraordiná rias, à interaçã o entre as autoridades para a tomada de decisõ es, a infraestrutura de resposta e á reas crıt́icas sã o indicadores a serem observados durante a simulaçã o. Para a realizaçã o de uma tarefa desta natureza, é necessá ria a convocaçã o de um grupo de pessoas aptas e competentes, responsá veis pela montagem
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do esqueleto da simulaçã o, signi icando que a pró pria preparaçã o das atividades de avaliaçã o faz parte do processo avaliativo em si, pois tem que levar em conta uma aná lise de risco bem alinhada, a montagem da estrutura de resposta e a mensuraçã o da relaçã o custo/benefı́cio da atividade pretendida. O efeito positivo da realizaçã o de exercıćios de açã o integrada consiste na elaboraçã o de modelos de açã o conjunta pelas diversas agê ncias e organismos envolvidos. 1.2 FASES DO EXERCÍCIO A realizaçã o de exercı́ c ios simulados assume uma importâ ncia vital na otimizaçã o do potencial e na compreensã o da necessidade de coordenaçã o e cooperaçã o interagê ncias e consiste em 4 (quatro) fases: 1. Planejamento do exercıćio (concepçã o) 2. Preparaçã o para o exercıćio 3. Execuçã o do exercıćio 4. Avaliaçã o do exercıćio 1.2 .1 PLANEJAMENTO DO EXERCÍCIO (CONCEPÇÃO) Segundo o Instituto Australiano de Gerenciamento de Emergê ncias (AEMI) a fase de planejamento de um exercıćio interagê ncias começa com a identi icaçã o de sua necessidade e aná lise dos requisitos para sua execuçã o, visando dimensionar sua estrutura, determinar seus objetivos e seus participantes, bem como de inir a equipe de planejamento. A motivaçã o do aparece ao respondermos a pergunta “por que conduzir o exercıćio?” Esta resposta sofre in luê ncia de diversos fatores como os resultados de avaliaçõ es de exercıćios anteriores; liçõ es aprendidas em operaçõ es reais; e a exigê ncia legal de realizaçã o da atividade de treinamento. 26
O planejamento do exercı́cio deverá identi icar a necessidade de enquadramento legal das atividades envolvidas, observando limites legais, aplicaçã o de legislaçã o existente e legislaçã o pertinente ao exercıćio. 1.2.1.1 OBJETIVOS A orientaçã o do Escritó rio Federal de Proteçã o Civil e Assistê ncia a Desastres (BBK) é de que a de iniçã o dos objetivos do exercıćio começa na escolha dos verbos, que devem ser positivos, claros, concisos: • TESTAR: avaliar habilidades, aptidõ es, capacidades e a pró pria atuaçã o conjunta. • AFERIR: determinar valores, parâ metros, extensõ es, de modo a balizar a efetividade de planos, processos e procedimentos. • PRATICAR: aperfeiçoar a performance dos envolvidos • DESENVOLVER: provocar a maturaçã o de procedimentos, incrementar a capacitaçã o em processos, ou elaborar planos de açã o e contingê ncia. • REVER: contextualizar e atualizar a execuçã o de planos, processos e procedimentos. • EXPLORAR: determinar o potencial e a capacidade de um plano, processo ou procedimento. • VALIDAR: solidi icar e con irmar um plano, processo ou procedimento. • DEMONSTRAR: exibir de forma prá tica e realista uma operaçã o, habilidade ou procedimentos, para o pú blico ou para outras agê ncias. O AEMI por sua vez, sugere a adoçã o do modelo SMART na cosntruçã o dos objetivos, acrô nimo que corresponde em lın ́ gua inglesa a Especı́ ico, Mensurá vel, Aceitá vel, Realıśtico e Relatá vel: • Especı́ ico: objetivo claro e nã o ambıǵuo, sem fantasias ou lugares comuns; deve-se ater exatamente ao que é esperado para o exercıćio;
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• Mensurá vel: necessidade de crité rios para medir o progresso até os objetivos; • Aceitá vel e Realıśtico: os objetivos devem ser realıśticos e atingıv́eis, de acordo com os parâ metros impostos no exercıćio; • Relatá veis: devem ser facilmente delineados, descritos e registrados. Os objetivos a serem propostos incluem testagem, avaliaçã o, divulgaçã o, prá tica ou demonstraçã o de: regulamentos, polı́tica e planos novos ou alterados; equipamentos e sistemas; novos procedimentos ou prá ticas; necessidades de atualizaçã o de pessoal e aspectos de segurança. O BBK ainda entende que os objetivos gerais relacionados com esta modalidade de treinamento dizem respeito a: • Esclarecimento e compreensã o do papel das diversas agê ncias envolvidas; • Organizaçã o e disponibilidade de informaçõ es gerenciais para as agê ncias; • Organizaçã o e coordenaçã o do luxo de informaçõ es para o sistema de mıd ́ ia, visando evitar uma crise por carê ncia ou contradiçã o de de informaçõ es; • Coordenaçã o das pactuaçõ es necessá rias entre as agê ncias para o desenvolvimento das atividades assistenciais a serem treinadas em conjunto; • Estabelecimento da Cadeia de Comando; • Mensuraçã o dos indicadores do cená rio do treinamento; • Acompanhamento e melhoria dos procedimentos de gerenciamento e do pessoal de direçã o do treinamento; • Acompanhamento e melhoria das estruturas de gerenciamento de crise existentes (organizaçã o, gerenciamento, comunicaçã o); • Criaçã o de instrumentos que permitam a compreensã o e avaliaçã o prognó stica das situaçõ es de crise; • Avaliaçã o do preparo de pessoal e equipamento para pronta resposta e dos
planos de assistê ncia em crises de cada instituiçã o; • Habilitaçã o pro issional dos participantes do treinamento; • Compreensã o do trabalho de mıd ́ ia interno e comunicaçã o externa sob a perspectiva dos aspectos psicossociais do gerenciamento de crises; • Promoçã o da cooperaçã o entre as instituiçõ es civis e militares; e • Identi icaçã o de de iciê ncias relacionadas à estrutura e organizaçã o do sistema de gerenciamento de crises; No curso do planejamento do exercıćio estraté gico, cabe aos participantes a de iniçã o dos objetivos individualizados (de cada agê ncia), assim como dos objetivos interessantes à coordenaçã o interagê ncias. A de iniçã o clara dos objetivos e indicadores a serem observados facilita e delimita a realizaçã o das outras atividades. Durante o planejamento do exercıćio é de vital importâ ncia o registro do tempo gasto na conduçã o de cada processo. Nesta fase do exercıćio, procurase dar um direcionamento a ser seguido nas demais fases. O direcionamento pode ser gené rico ou especı́ ico de acordo com as necessidades de realizaçã o da atividade de treinamento. Os componentes essenciais do exercıćio sã o propó sito e contexto. Por exemplo: (propó sito) testar a resposta para um acidente aeroná utico no aeroporto; (contexto) de acordo com o Plano de Emergê ncias Aeroná uticas. De inem-se entã o a situaçã oproblema, o cená rio, o escopo e as instituiçõ es envolvidas no exercıćio. Deve haver reuniõ es com todos os participantes para de iniçã o das regras de realizaçã o da atividade e de iniçã o do conselho de gerenciamento do exercıćio.
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1.2.1.2 A SITUAÇÃO PROBLEMA E O ROTEIRO O desenvolvimento da situaçã o problema do exercıćio deve basear-se nas pactuaçõ es dos participantes e na capacidade de resposta de cada instituiçã o, de modo a se garantir a continuidade das atividades normativas das diversas agê ncias. A escolha da situaçã o problema é baseada nos seguintes aspectos: • Aná lise de risco efetuada pelas autoridades responsá veis pela proteçã o civil e de instalaçõ es estraté gicas; • Aná lise das ameaças e de iciê ncias efetuadas pelas autoridades supracitadas; • Experiê ncias anteriores na gestã o de ocorrê ncias; • Ameaças apontadas por especialistas; • Conceitos de segurança aplicados em grandes eventos; • Feedback de participantes de outros exercıćios desta natureza; • Revisã o de açõ es em reais situaçõ es de crise; • R e f e r e n c i a s d e o r g a n i z a ç õ e s internacionais. Para o desenvolvimento do roteiro do cená rio o AEMI considera interessante uma descriçã o sucinta e narraçã o especı́ ica, embora nã o detalhista, dos fatos; com açõ es no tempo presente; sem linguagem ambı́gua; eventos em ordem cronoló gica e inalizada com a situaçã o corrente atual (reconhecimento da situaçã o de crise). Em eventos com substâ ncias QBRNE, as narrativas podem ser mais curtas ainda, deixando espaços para o desenvolvimento das atividades. A BBK considera os seguintes passos a serem seguidos na narrativa: O que está acontecendo? Quando está acontecendo? Onde o fato está ocorrendo? Quem recebeu a informaçã o? Quem divulgou a informaçã o? Quais as 28
consequê ncias para a populaçã o? Qual a extensã o das fatalidades, danos pessoais e estruturais? Quais as condiçõ es de clima relevantes para a situaçã o? Qual a pró xima açã o esperada? Quais os fatores que in luenciam a resposta ao evento? 1.2.1.3 A ESCOLHA DO CENÁRIO Veri icam-se como aspectos interferentes na escolha do cená rio: as comunidades pró ximas; a infraestrutura de transporte; presença de indú strias, comé rcio ou centro de negó cios; capacidade de evacuaçã o em massa da populaçã o; disponibilizaçã o de hospitais e serviços mortuá rios; sistemas de comunicaçã o (mó vel, rá dio, internet); suprimento de á gua e combustıv́el e fontes de alimentaçã o. O time de planejamento do exercıćio necessita, para confecçã o do cená rio selecionar um local apropriado para a atividade, levando em conta aspectos como, segurança, viabilidade, estilo de exercıćio, entre outros. Os itens a serem avaliados na escolha do sı́ t io de atividades sã o: segurança de instalaçõ es; suporte para os participantes; visibilidade do exercıćio para o p ú b l i c o e m ı́ d i a ; r e a l i s m o ; vulnerabilidade e riscos do sıt́io escolhido; vias de acesso; possıv́eis serviços atingidos; transtornos gerados para a comunidade e serviços disponı́ v eis (alojamento, alimentaçã o). Como forma de manter uma boa relaçã o com as pessoas residentes pró ximas ao local do exercıćio, deve ser providenciada informaçã o adequada à s comunidades, principalmente se o exercıćio proposto afetar suas atividades rotineiras. As comunidades pró ximas podem ser inseridas no planejamento e participaçã o das atividades, dependendo de seus alvos e objetivos.
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1.2.1.4 O ESCOPO E AS AGÊNCIAS PARTICIPANTES O escopo do exercıćio descreve os limites dentro dos quais devem transcorrer as atividades do treinamento e orienta a conduçã o da atividade. Ao se de inir o escopo do exercıćio, pode-se identi icar o que pode ser incluıd ́ o ou nã o no treinamento. Durante o planejamento do exercı́ c io, normalmente existem pressõ es externas para se diminuir ou aumentar o rol de objetivos, assim como podem ocorrer mudanças no escopo da atividade. Isto deve ser evitado a todo custo. O escopo do exercıćio deve ser amplo o su iciente para o atingimento dos objetivos; considerar o nı́ v el de comprometimento e a participaçã o de agê ncias chave, inclusive do setor privado; nã o ir alé m da capacidade das agê ncias participantes; considerar a capacidade de r e s p o s t a e o e n v o l v i m e n t o d o s participantes; prever o agendamento de reuniõ es de tempo, em minutos para a execuçã o das atividades. Para proporcionar uma atuaçã o conjunta e entender as necessidades das diversas agê ncias e gargalos provenientes deste modelo de assistê ncia, assim como o nıv́el de capacidade de cada agê ncia, os exercıćios podem e devem envolver uma diversidade de instituiçõ es. Embora seja recomendado incluir os participantes do exercıćio no planejamento, em algumas situaçõ es, nã o é conveniente divulgar todos os detalhes do roteiro e itens estraté gicos para nã o comprometer o realismo da simulaçã o ou o cumprimento dos objetivos. 1.2.1.4 DOCUMENTO CONCEITO DO EXERCÍCIO OU “FRAMEWORK” A fase de desenvolvimento do exercıćio é concluıd ́ a com a produçã o e aprovaçã o do Documento Conceito do
Exercıćio. Este documento visa oferecer um direcionamento e delinear as autoridades responsá veis pela conduçã o do exercıćio. Nele devem constar detalhes como: as necessidades para realizaçã o do exercıćio; objetivo geral e objetivo especı́ ico do exe rc ı́ c i o ; e s c o p o ; o r g a n i z a ç õ e s participantes; estruturas de gerenciamento e governança; proposta de metodologia de avaliaçã o; requisiçõ es de informaçõ es ao pú blico; proposta orçamentá ria e cronogramas propostos. O documento conceito do exercıćio ou “framework” é o documento central e bá sico que conté m as estraté gias e açõ es necessá rias para a execuçã o da atividade. Conté m os pontos chaves e requeridos para a consecuçã o do ciclo de atividades necessá rias. Cabe aos responsá veis pela execuçã o do treinamento a preparaçã o do documento de acordo com as orientaçõ es da coordenaçã o do exercıćio, devendo submetê -lo a aprovaçã o do comitê gestor. De posse das respostas a essas perguntas, a comissã o passa a construçã o do Framework; incrementa o cená rio de acordo com as situaçõ es identi icadas na aná lise de risco efetuada; providencia a alocaçã o de recursos necessá rios (pessoas, l o c a l i z a ç ã o , m a t e r i a l , t e m p o e inanciamento); determina os limites do exercı́cio (escopo) de acordo com os recursos disponibilizados, assim como o tipo de exercı́ c io a ser executado; desenvolve a documentaçã o necessá ria e providencia a informaçã o para a comunidade. O coordenador de mı́dia ou equipe de coleta e processamento de informaçõ es possui a responsabilidade de desenvolver o Plano de Comunicaçõ es, incluindo estraté gias para lidar com a mıd ́ ia. No que tange aos objetivos do exercıćio, conforme a formulaçã o dos
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mesmos no documento conceito, vá rios aspectos do gerenciamento estraté gico de crise sã o focados no nıv́el estraté gico do exercıćio. Como regra, estes exercıćios focam pontos centrais a serem observados: • Gerenciamento, coordenaçã o e cadeia de comando no nı́ v el estraté gico dos processos (otimizaçã o do gerenciamento compreensivo; decisã o e coordenaçã o de processos); • Gerenciamento de informaçõ es (nıv́el de segurança, geraçã o e divulgaçã o de dados, preparaçã o dos mecanismos de avaliaçã o, avaliaçã o prognó stica, entre outras); • Gerenciamento de mıd ́ ia (treinamento e compreensã o das açõ es de mıd ́ ia do Plano de Relaçõ es Pú blicas, considerando os aspectos psicossociais do evento). 1.2.1.6 TIPOS DE EXERCÍCIOS O principal objetivo desta seçã o é demonstrar de forma comparativa e a partir de fontes reconhecidas, que diversas sã o as a estraté gias disponıv́eis para aperfeiçoar as habilidades e a atuaçã o conjunta das agê ncias. Queremos ainda ressaltar que as regras nã o sã o rıǵidas e nã o há equıv́oco ó bvio ao se optar pela associaçã o de mé todos diferentes. A disponibilidade de recursos materiais, de pessoal e tempo, associada aos objetivos propostos pode encontrar melhor adequaçã o a um exercıćio ou sé rie de e x e r c ı́ c i o s m i s t o s , c o m b i n a n d o potencialidades de diferentes ferramentas. U m a v e z d e t e r m i n a d a à necessidade da execuçã o do treinamento, veri ica-se o modelo mais apropriado de conduçã o e desenvolvimento, podendo optar-se por um exercıćio de mesa, de campo ou misto. Existem diversos modelos de exercıćios que podem ser aplicados para o adestramento de forças envolvidas em respostas de emergê ncia. De acordo com o Programa de Avaliaçã o de Exercıćios para 30
Segurança Interna norte Americano (Homeland Security Exercise Evaluation Program – HSEEP) existem sete diferentes tipos, sendo que cada um deles se baseia em debates ou em operaçõ es. 1.2.1.6 .1 EXERCÍCIOS BASEADOS EM DEBATES Os exercı́ c ios baseados em debates podem ser utilizados para desenvolver novos procedimentos, acordos, polıt́icas e procedimentos ou familiarizar os participantes com procedimentos, acordos, polı́ t icas e procedimentos já existentes. Facilitadores ou apresentadores podem liderar a discussã o direcionando os participantes na busca destas metas. a) Seminá rios: Geralmente utilizados para oferecer uma visã o geral ou orientaçõ es relacionadas a: estraté gias, planos, polı́ticas, procedimentos, protocolos, recursos, conceitos ou ideias. Podem ser valiosos para entidades que estã o em desenvolvimento planos ou modi icando procedimentos já estabelecidos. Podem ser ú teis na obtençã o da consciê ncia das possibilidades e capacidades envolvidas nas operaçõ es interagê ncias ou Inter jurisdicionais. b) Workshops: Apesar das similaridades com os seminá rios, diferem em dois aspectos importantes: a interaçã o dos participantes é maior, e o foco está na obtençã o ou construçã o de um produto. Workshops efetivos sã o capazes de captar a participaçã o dos principais atores envolvidos no tó pico em discussã o. Os produtos obtidos vã o desde novos procedimentos operacionais padrã o (POPs), planos de operaçõ es em emergê ncias, continuidade de planos de operaçõ es ou acordos de cooperaçã o mú tua. Para obter esta efetividade, os objetivos, produtos ou metas devem estar bem de inidos, e o foco deve ser um tó pico
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especı́ ico. c) Exercıćios de mesa (“Tabletop”): O exercıćio de mesa (EM) tem a intençã o de gerar discussã o sobre vá rios tó picos que se relacionam com uma emergê ncia hipoté tica simulada. Pode ser utilizado para despertar ou aumentar o interesse e conscientizaçã o sobre determinados temas, validar planos e procedimentos, ensaiar conceitos e/ou testar sistemas que orientam a prevençã o, mitigaçã o, resposta ou recuperaçã o de um determinado incidente. De uma forma geral, tem seu alvo na facilitaçã o do entendimento de conceitos ou na mudança de percepçõ es, identi icaçã o de pontos fortes e de oportunidades de melhoria. Durante um exercıćio de mesa, os participantes sã o encorajados a discutir os tó picos em profundidade, examinando de forma colaborativa á reas de preocupaçã o e solucionando problemas. A efetividade de um exercıćio de mesa deriva do envolvimento ené rgico dos participantes e na adequada revisã o das polıt́icas, procedimentos e planos vigentes. Os EMs podem ser realizados com diferentes nıv́eis de complexidade. Em um EM bá sico, como uma forma de facilitar, por exemplo, o cená rio apresentado é constante; ele descreve uma emergê ncia e traz os participantes para vivenciar uma situaçã o simulada. Os participantes aplicam seu conhecimento e habilidades a uma lista de problemas apresentada pelo facilitador; os problemas sã o discutidos em grupo e chega-se a uma resoluçã o que deve ser documentada para aná lise posterior. Em um EM mais avançado, o desenrolar dos eventos acontece atravé s de mensagens preparadas com antecedê ncia que alteram o cená rio original. O facilitador geralmente introduz os problemas um a um na forma de
mensagens escritas, ligaçõ es telefô nicas simuladas, gravaçõ es de á udio ou vıd ́ eo, entre outros meios. Os participantes discutem os tó picos levantados por cada problema, e referenciam autoridades, planos e procedimentos para guiar sua resoluçã o. As decisõ es dos atores sã o incorporadas ao cená rio ao longo do seu desdobramento. Durante um EM todos os participantes devem ser encorajados a contribuir para a discussã o e devem ser lembrados que estã o tomando decisõ es em um ambiente ideal onde nã o ocorrem falhas. A atuaçã o efetiva do facilitador é crıt́ica para manter os participantes focados nos objetivos do exercıćio. d) Jogos: Um jogo é uma simulaçã o de operaçõ es que envolve dois ou mais times, geralmente em um ambiente competitivo, utilizando regras, dados e procedimentos desenhados para demonstrar uma situaçã o real ou hipoté tica. Os jogos exploram as consequê ncias das decisõ es e açõ es tomadas pelos jogadores. Sã o ferramentas apropriadas para validaçã o de planos e procedimentos ou na avaliaçã o de necessidade de recursos. A depender dos desenhos e objetivos do jogo o processo de tomada de decisã o pode ser lento e sem restriçã o de tempo, ou rá pido e sob estresse dos participantes. O formato aberto baseado em decisõ es pode incluir recursos como a pergunta “ E s e ? e m d e te r m i n a d o s momentos para expandir os benefıćios obtidos. As consequê ncias das açõ es dos jogadores podem ser previstas em um roteiro ou serem decididas de forma dinâ mica. A identi icaçã o dos pontos crıt́icos na tomada de decisã o é um fator de importâ ncia para o sucesso na avaliaçã o de um jogo.
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1.2.1.6.2 EXERCÍCIOS BASEADOS EM OPERAÇÕES E os Exercıćios Baseados em Operaçõ es incluem trê s modalidades, os chamados “drills”, exercıćios funcionais, e exercıćios de larga escala. Podem ser utilizados na validaçã o de planos, polıt́icas, acordos e procedimentos; esclarecer papé is e responsabilidades; e identi icar lapsos nos recursos disponıv́eis. Exercıćios baseados em operaçõ es sã o caracterizados pela reaçã o real ao cená rio do exercıćio, como o inı́cio das comunicaçõ es e a mobilizaçã o de pessoal e recursos. e) Drills: Um drill é uma atividade c o o r d e n a d a e s u p e r v i s i o n a d a , normalmente empregada na validaçã o de uma funçã o ou capacidade de uma ú nica agê ncia ou organizaçã o. Os drills sã o muito utilizados para oferecer treinamento em u m n o v o e q u i p a m e n t o , v a l i d a r procedimentos, praticar e manter habilidades. Se utilizado de forma seriada, vá rios drills podem ser utilizados para preparar diversas organizaçõ es para colaborar em um exercıćio de larga escala. Para cada drill, planos, procedimentos e protocolos bem de inidos precisam ser colocados em prá tica. O pessoal envolvido tem que estar familiarizado com estes planos e treinado nos processos que serã o executados durante o drill. f) Exercı́cios Funcionais – Exercı́cios Funcionais (EFs) sã o planejados para validar e avaliar capacidades, mú ltiplas funçõ es e/ou subfunçõ es, ou grupos de funçõ es interdependentes. EFs tem seu foco voltado para o exercıćio dos planos, polı́ticas e procedimentos, e para os membros do staff que exercem funçõ es de gerenciamento, direçã o, comando e controle. Nos EFs, eventos sã o projetados ao longo de um cená rio de exercıćio, com atualizaçã o de eventos que direcionam a 32
atividade tipicamente no nı́ v el do gerenciamento. Um exercıćio funcional é conduzido em um ambiente realıśtico, em tempo real; poré m, a mobilizaçã o de pessoal e equipamento é geralmente simulada. Os controladores dos exercıćios funcionais tipicamente usam uma Lista Mestre de Eventos do Cená rio (Master Scenario Events List – MSEL) para garantir que a atividade dos participantes permaneça dentro de determinados limites pré -estabelecidos e que os objetivos do exercıćio sejam alcançados. Pode ser executado em uma cé lula de simulaçã o, onde elementos de cená rio podem ser incluıd ́ os para simular eventos reais. g) Exercıćios de Larga Escala: Os Exercıćios de Larga Escala sã o os exercıćios mais complexos e exigentes em termo de recursos. Eles envolvem mú ltiplas agê ncias, organizaçõ es e jurisdiçõ es e validam muitas facetas da preparaçã o para resposta a emergê ncias. Costumam incluir muitos participantes operando sob sistemas cooperativos como o Sistema de Comando de Incidentes (SCI) ou Comando Uni icado. Em um exercı́cio deste tipo, eventos sã o planejados em um cená rio de exercıćio, com eventos sequenciais que vã o direcionar a atividade no nıv́el operacional. Sã o conduzidos em tempo real, em um ambiente estressor que tenta reproduzir um incidente real. Pessoal e recursos devem ser mobilizados e desdobrados na cena, onde as açõ es sã o realizadas como se um incidente real tivesse ocorrido. O exercıćio simula a realidade apresentando problemas realıśticos e complexos que requerem pensamento crıt́ico, rapidez na soluçã o de problemas, e respostas efetivas pelo pessoal treinado. O nıv́el de suporte necessá rio para conduzir um Evento de Larga Escala é maior que em qualquer outro tipo de exercıćio. O local deve ser
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amplo, e a logıśtica requer monitoramento rigoroso. Questõ es de segurança, sobretudo relacionadas ao uso de efeitos especiais devem ser monitoradas com cautela. Durante a execuçã o do exercıćio, muitas atividades ocorrem de forma simultâ nea. 1.2.2 PREPARAÇÃO PARA O EXERCÍCIO A fase de preparaçã o do exercıćio oferece aos participantes a possibilidade de examinar as estruturas e procedimentos a tempo e, se necessá rio, solucionar as possıv́eis di iculdades ainda na fase de preparaçã o, até o dia da realizaçã o do exercı́cio. Visa ainda providenciar a preparaçã o individual e institucional para a realizaçã o da atividade. O tamanho e a complexidade da situaçã o-problema irã o determinar a quantidade de pessoas necessá rias para a conduçã o do exercıćio. Uma ú nica pessoa pode gerenciar um pequeno exercıćio; mas, na medida em que a atividade aumenta sua complexidade, é necessá rio compor uma equipe e uma estrutura de gerenciamento e governança, composta por especialistas de diversas á reas e das diversas agê ncias, sendo possı́ v el o envolvimento da comunidade local. A equipe de gerenciamento do exercıćio deverá ser composta por pessoas com experiê ncia em gerenciamento de p r o j e t o s , g e s t ã o d e p e s s o a s e gerenciamento de risco. As agê ncias a serem envolvidas devem dispor de planos de açã o atualizados; demonstrar interesse em participar de uma prá tica realıśtica; ter uma polıt́ica de intervençã o em situaçõ es de crise; possuir regulaçõ es pertinentes e providenciar os recursos e preparaçã o necessá rios para a participaçã o no evento. Durante a fase de preparaçã o, os participantes do exercıćio trabalham em grupos. Das conclusõ es iniciais destes
grupos, é delineada a estrutura do exercı́cio, na forma de plataforma de trabalho. D e p e n d e n d o d o f o c o d o exercıćio, os grupos de trabalhos sã o constituı́dos com representantes das principais agê ncias envolvidas. A tarefa dos g r u p o s d e t ra b a l h o c o n s i s t e n a coordenaçã o das açõ es necessá rias para a preparaçã o do exercıćio, em particular, da segurança dos participantes e da montagem do cená rio, que deve envolver todos os aspectos de gerenciamento n e c e s s á r i o s p a ra m e n s u ra ç ã o e gabaritagem do desempenho das agê ncias envolvidas. Os processos de coordenaçõ es interdisciplinares entre as agê ncias; a documentaçã o necessá ria para a criaçã o e avaliaçã o do exercıćio; a preparaçã o do local, as instruçõ es e outras atividades de coordenaçã o sã o objetos da atençã o destes grupos de trabalho. Uma sé rie de atividades deve ser executada antes da realizaçã o do exercıćio, visando à preparaçã o individual dos participantes, assim como a estruturaçã o das agê ncias envolvidas. Entre tais atividades, podemos citar: noti icaçõ es para todos os envolvidos; ensaios preliminares; revisã o inal da documentaçã o do exercıćio; checagem dos equipamentos do sistema de comunicaçã o; estabelecimento das facilidades logıśticas; familiarizaçã o com os equipamentos e sistemas; discussõ es; seminá rios; workshops e desenvolvimento do plano de avaliaçã o. E uma condiçã o essencial para a realizaçã o do exercıćio, o reconhecimento do local por parte dos planejadores da atividade, com o objetivo de inspecionar as condiçõ es de execuçã o da atividade proposta, mapear riscos e propor açõ es de mitigaçã o. Deve ser desenvolvido um Plano de Contingê ncia para o atendimento de
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possıv́eis ó bices durante a execuçã o da atividade, assim como serem veri icados aspectos legais referentes à execuçã o da mesma e interdiçã o do sı́ t io para construçã o do cená rio do exercıćio. Outras atividades a serem executadas incluem: • Implantaçã o dos participantes na á rea de atividade; • Gerenciamento de segurança e controle de acesso aos locais do exercıćio; e • Controle de danos gerados pela atividade; A funçã o da mıd ́ ia de divulgar informaçõ es de cará ter pú blico deve ser aproveitada pelos organizadores do treinamento durante a fase de preparaçã o e conduçã o da atividade; esta estraté gia pode i n c l u i r b r i e i n g s d e a g ê n c i a s governamentais e participantes; prestaçã o de informaçõ es para o pú blico em geral. U m a i n f o r m a ç ã o c l a ra e antecipada é essencial para conduçã o acertada do relacionamento com a mıd ́ ia, a qual també m possui a responsabilidade de gerenciar as informaçõ es do exercıćio, durante sua execuçã o. 1.2.3 EXECUÇÃO DO EXERCÍCIO 1.2.3.1 OS “BRIEFINGS” (INSTRUÇÕES) Para oportunizar a aceitaçã o e internalizaçã o dos objetivos e oferecer maiores possibilidades de sucesso para o exercı́cio, é essencial a conduçã o de “brie ings” ou instruçõ es para os participantes, atores, observadores, avaliadores e representantes das agê ncias envolvidas. Todos os brie ings do exercıćio devem seguir um formato consistente e fá cil de serem entendidos, todos os participantes devem receber suas instruçõ es antes da realizaçã o de cada atividade, de modo que todos saibam exatamente o que fazer na hora e no local apropriado. Brie ings devem ser precisos, concisos e sequenciais. A maioria dos 34
manuais recomenda o formato sequencial ló gico SMEACS: • Situaçã o – descriçã o da ocorrê ncia e populaçã o possivelmente atingida. • Missã o – descrever os alvos e objetivos. • Execuçã o – o que deve e o que nã o deve ser feito, abordagem dos objetivos. • Administraçã o e logıśtica – alojamento, transporte, alimentaçã o, etc. • Comando e comunicaçã o – estrutura de administraçã o do exercıćio. • Segurança –garantia do bem estar e da segurança dos envolvidos. Deve-se considerar brie ings especı́ icos para os seguintes grupos: staff do exercıćio; observadores; participantes; avaliadores e mıd ́ ia. O Brie ing para o staff do exercıćio é essencial para esclarecer a todos as regras a serem seguidas durante a execuçã o da atividade. Uma condiçã o importante é que todos entendam o cená rio, a situaçã o-problema, as regras de conduta e os procedimentos emergenciais. O brie ing de execuçã o do exercıćio deve conter: • Explanaçã o breve sobre o conceito geral do exercıćio e objetivos; • Aspectos e açõ es chave do cená rio; • Regras e responsabilidades do comitê executivo do exercıćio; • Plano de comunicaçã o (incluindo a estrutura de comunicaçã o e cadeia de comunicaçã o); informaçõ es e sistemas de tecnologia disponibilizados; • Intervençõ es estraté gicas (situaçõ es nas quais o comitê executivo deve intervir no exercıćio para realinhar a atuaçã o dos participantes); • Açõ es possıv́eis para a ocorrê ncia de imprevistos; • Instruçõ es de segurança; • Açõ es e exigê ncias pó s-exercıćio. 1.2.3.2 SEGURANÇA DO EXERCÍCIO Exercıćios podem necessitar de
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uma sé rie de açõ es coordenadas para garantir aspectos de segurança durante sua realizaçã o. Tais açõ es dizem respeito ao pú blico; proteçã o de equipamentos, estruturas e a ins, tornando-se necessá ria a nomeaçã o de um coordenador de segurança responsá vel por atividades como: gerenciamento do acesso ao local das atividades; coordenaçã o e proteçã o fıśica dos participantes; estabelecimento do perı́metro de segurança; controle de ilmagens e geraçã o de imagens nã o autorizadas; identi icaçã o dos envolvidos no exercıćio. Em todos os exercı́ c ios, a identi icaçã o da equipe realizadora do exercıćio é essencial para a segurança do mesmo. Normalmente esta identi icaçã o é feita por meio de placas, crachá s, jaquetas coloridas, braçadeiras, ou outro meio que permita uma identi icaçã o imediata do nıv́el de atuaçã o do indivıd ́ uo. A transiçã o do que foi planejado inicialmente para a conduta de emergê ncia real se faz mediante a adoçã o de regras de transiçã o que devem ser detalhadas e internalizadas pelos participantes das atividades. 1.2.3.3 OS OBSERVADORES E xe rc ı́ c i o s p o d e m a t ra i r observadores, como VIPs, imprensa, membros da comunidade ou integrantes das agê ncias envolvidas que por qualquer motivo nã o participarã o ativamente da atividade. A funçã o dos observadores é a de assessorar a coordenaçã o do exercıćio e observar fatos que possam agregar valor ao processo avaliativo. Aos observadores deve ser oferecido: recepçã o diferenciada, transporte; segurança, e orientaçã o durante o evento. Para garantir a segurança dos observadores e minimizar a interrupçã o do exercı́ c io deve ser
considerado o que se segue: • Nomeaçã o de uma equipe responsá vel por recepcionar, escoltar e conduzir os observadores; • Os observadores devem receber uma visã o geral do exercıćio, e ser orientados sobre as restriçõ es que lhes sã o impostas, destacando-se que sua funçã o é somente de observaçã o e que os mesmos nã o devem interferir na atividade; devem ser també m orientados sobre os procedimentos de segurança necessá rios. • A ixaçã o de á reas de observaçã o que permitam a visã o do exercı́cio, mas impossibilitem interferê ncias. 1.2.3.4 TÉRMINO DO EXERCÍCIO O im do exercı́ c io é uma atividade controlada, cabendo ao comitê gestor do exercıćio a responsabilidade por proporcionar os arranjos necessá rios, o g e re n c i a m e n to e a c o m u n i c a ç ã o apropriada para todos os participantes. O exercıćio pode ser encerrado de acordo com o tempo designado, acordado no plano mestre do evento; o atingimento dos objetivos; a conclusã o das tarefas designadas; em caso de falta de segurança, na continuaçã o das atividades propostas ou se em outras atividades (incluindo incidentes reais), ocorridas durante o progresso do exercı́ c io, comprometer o atingimento dos objetivos. Em alguns casos, o controlador do exercıćio deve considerar estraté gias para terminar o exercıćio, sempre que necessá rio, antes do tempo previamente agendado. Durante o progresso das atividades atinentes ao exercıćio, algumas agê ncias podem atingir seus objetivos institucionais antes das outras, cabendo ao controlador do exercıćio a liberaçã o da agê ncia em questã o, analisando as interfaces existentes com outras agê ncias, esta açã o é importante, pois visa evitar o acú mulo de atividade ao inal do exercıćio e
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facilita o repatriamento das agê ncias e o retorno à situaçã o de normalidade. Como envolve uma grande açã o de logıśtica, o tempo necessá rio para a retomada da normalidade nã o deve ser subestimado. E importante prever atividades de coleta, processamento e divulgaçã o de informaçõ es apó s o té rmino do exercıćio ou de suas fases. Podem receber diversos nomes, como “aná lise pó s-açã o” ou “debrief”. A depender da coordenaçã o do exercıćio podem ser multiagê ncias ou no â mbito de cada agê ncia e podem ser imediatas apó s o inal da atividade ou podem ser postergadas. E importante també m que seja feito um trabalho junto aos atores do exercı́cio que objetive o retorno dos mesmos ao “status” psicoló gico pré vio, p reve n i n d o e fe i to s p s i c o l ó g i c o s desagradá veis, principalmente daqueles cujos papé is na cena tenha sido muito exigente. Cabe aos organizadores do exercıćio demonstrar gratidã o aos atores e participantes ao té rmino da atividade. 1.2.4 AVALIAÇÃO DO EXERCÍCIO 1 . 2 . 4 . 1 P L A N E J A M E N T O E COORDENAÇÃO DA AVALIAÇÃO O processo de avaliaçã o do exercıćio começa a partir da reuniã o inicial e continua até o inal das atividades, quando o relató rio inal é emitido e as açõ es corretivas sã o acordadas. Cabe ao gerente do exercı́cio, alé m da funçã o avaliativa e controle dos resultados, o acompanhamento das açõ es corretivas e proposiçõ es do exercıćio. E importante lembrar que o exercıćio nã o re lete todas as nuances da atividade real, constituindo-se apenas numa representaçã o de possı́ v eis ocorrê ncias e que seus resultados devem ser cuidadosamente analisados, para propor açõ es corretivas. Os resultados de 36
um exercıćio devem contribuir para a melhoria do desempenho e aprendizagem de todos os envolvidos. Os dois principais componentes do processo avaliativo sã o: resultados alcançados (mensuraçã o do desempenho dos participantes em relaçã o aos objetivos propostos para a atividade) e avaliaçã o do processo de gerenciamento (o aprendizado gerado pelos coordenadores da atividade e as melhorias passıv́eis de implementaçã o). As liçõ es aprendidas com o exercıćio devem ser descritas em forma de relató rio onde sã o inclusas as descobertas, observaçõ es, a forma de tratamento dos problemas, oportunidades de melhoria e recomendaçõ es com base nas informaçõ es colhidas durante o exercıćio. Mesmo o menor dos exercı́cios deve gerar um relató rio de avaliaçã o que pode variar de detalhe em funçã o da profundidade que se deseja atingir. Os mé todos de avaliaçã o nã o sã o projetados para uso somente no exercıćio; eles devem ser transferıv́eis para operaçõ es em tempo real. Enquanto as operaçõ es em tempo real nã o oferecem a possibilidade de uma estruturaçã o pré -planejada, o desenho dos objetivos de avaliaçã o do exercıćio pode ser modi icado para re letir uma situaçã o operacional ativa e recolher liçõ es que permitam o desenvolvimento da capacidade de resposta das agê ncias. Sã o os seguintes os está gios do processo de avaliaçã o de um exercıćio: 1. Planejar e coordenar a avaliaçã o. 2. Observar e coletar dados do exercıćio. 3. Analisar os dados. 4. Desenvolver o relató rio do exercıćio. Cabe aos planejadores do exercı́cio garantir que o processo de avaliaçã o produza resultados de forma objetiva e que re litam a atividade executada. O processo de avaliaçã o deve incluir a nomeaçã o de um coordenador de
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avaliaçã o; o exame e revisã o dos objetivos do exercı́ c io para se determinar os requisitos de avaliaçã o; o desenvolvimento do plano de avaliaçã o; a identi icaçã o, treinamento e brie ing dos avaliadores. O coordenador de avaliaçã o deve ser nomeado no inı́ c io da fase de planejamento do exercıćio, cabendo-lhe a funçã o de supervisionar o processo avaliativo. Para o exercıćio de tal funçã o, o escolhido deve estar familiarizado com os objetivos propostos para o exercı́cio; planos, polıt́icas e procedimentos das agê ncias participantes; questõ es de coordenaçã o interagê ncias e té cnicas de coleta e aná lise de dados. Uma aná lise da inalidade e dos objetivos do exercıćio vai determinar os requisitos de avaliaçã o, estes incluem os planos, ferramentas e avaliadores necessá rios para coletar efetivamente os dados e facilitar a aná lise das informaçõ es. Exercı́ c ios mais complexos podem exigir mú ltiplos avaliadores, possivelmente em locais diferentes, exigindo um planejamento mais detalhado para garantir uma avaliaçã o coordenada. 1.2.4.2 O PLANO DE AVALIAÇÃO DO EXERCÍCIO S e g u n d o a A I M o desenvolvimento do Plano de Avaliaçã o de um exercıćio deve conter os seguintes aspectos: • INTRODUÇÃO: aspectos do exercıćio a serem avaliados e sua necessidade; o necessá rio para que a avaliaçã o seja bem conduzida; á reas e atividades que serã o avaliadas; resumo de como será construıd ́ o o relató rio de avaliaçã o; • USO DA AVALIAÇÃO: Como as informaçõ es serã o processadas e sua inalidade; • GERENCIAMENTO DA AVALIAÇÃO: Orgã o responsá vel pela conduçã o da a v a l i a ç ã o , p e l o r e c e b i m e n t o e
p ro c e s s a m e n t o d e i n fo r m a ç õ e s ; Coordenador de avaliaçã o: pessoa que planeja e coordena o processo de avaliaçã o; Avaliadores: pessoal de conduçã o do processo de avaliaçã o sob orientaçã o do c o o r d e n a d o r ; • OBJETIVO DA AVALIAÇÃO: Objetivo geral da avaliaçã o; • PARÂMETROS DE AVALIAÇÃO: Aspectos incluıd ́ os e excluıd ́ os do escopo de avaliaçõ es, metas, objetivos especı́ icos, escopo e foco das avaliaçõ es; • QUESTÕES CHAVE: que o processo de avaliaçã o procurará responder; • OUTRAS QUESTÕES: Outras questõ es contempladas no processo avaliativo; • METODOLOGIA: utilizada para coleta e aná lise de dados; • C O N T R O L E D E Q UA L I D A D E : mecanismos para assegurar a qualidade das informaçõ es; • SALVAGUARDA, SEGURANÇA E ÉTICA: Princıp ́ ios é ticos e procedimentos para a proteçã o das informaçõ es, questõ es de segurança; • ESTRATÉGIAS DE MITIGAÇÃO DE RISCOS: gerenciamento de risco, discutir brevemente sobre falhas esperadas no processo de avaliaçã o e açõ es a serem tomadas para minimizar estes erros; • ESTRATÉGIAS DE COMUNICAÇÃO DE RESULTADOS: das avaliaçõ es, incluindo detalhes sobre debrie ings ou workshops a serem executados com esta inalidade; • PREPARAÇÃO DOS AVALIADORES: preparaçã o e treinamento dos avaliadores; requisitos para treinamentos; brie ings a serem executados; gerenciamento dos processos de avaliaçã o; • RELATÓRIO: Identi icar a lista de pessoas que terã o acesso ao relató rio inal das avaliaçõ es; • RECURSOS NECESSÁRIOS: inanceiros, administrativos e ichas para avaliaçã o; • PRAZOS: do plano de avaliaçã o; dos trabalhos de campo, da aná lise de dados;
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do relató rio preliminar, do relató rio inal. 1.2.4.3 OS AVALIADORES Antes do inıćio do exercıćio, os avaliadores selecionados devem revisar o plano do exercıćio; o cená rio; os horá rios previstos para os eventos; o plano de avaliaçã o; as instruçõ es de segurança do exercı́ c io e outros documentos da simulaçã o, com especial ê nfase nos objetivos, padrõ es e açõ es chave identi icados para facilitar a coleta de dados; completar os treinamentos requeridos; familiarizar-se com a legislaçã o, procedimentos, polıt́icas e processos sob sua responsabilidade de avaliaçã o. E importante que o avaliador tenha acesso e esteja familiarizado com os instrumentos de comunicaçã o e tecnologia das informaçõ es disponı́ v eis; deve identi icar as ichas e formulá rios sob sua responsabilidade e sua localizaçã o prevista durante o exercıćio. No local e data do exercıćio o avaliador deverá procurar o coordenador de avaliaçã o; receberá as ú ltimas instruçõ es, e será apresentado aos participantes do exercıćio, que deve, saber de sua presença no local para evitar quaisquer incidentes. Durante o transcorrer das atividades, o avaliador deve observar o exercıćio e registrar suas observaçõ es; identi icar os horá rios das atividades e situaçõ es chave para a sua avaliaçã o. O avaliador poderá ter a necessidade de entrevistar os participantes para esclarecer eventos e compreender decisõ es e açõ es tomadas. Para con irmar os dados colhidos, o avaliador poderá complementar suas informaçõ es com os formulá rios de preenchidos pelos participantes do e x e r c ı́ c i o . C o l e t a r i n f o r m a ç õ e s suplementares para sua avaliaçã o, 38
incluindo: resumos; relató rios; releases para imprensa; dados té cnicos; mapas; esquemas; protocolos; planos de açã o e dados quantitativos. Atividades para os avaliadores durante apó s o exercıćio ou apó s o seu turno de avaliaçã o Como conclusã o do seu trabalho o avaliador deverá veri icar se t o d o s o s f o r m u l á r i o s s o b s u a responsabilidade estã o preenchidos, conduzir uma breve passagem de turno para seu sucessor, se for o caso, e contatar o coordenador das avaliaçõ es para entrega dos formulá rios preenchidos. Ao té rmino do exercı́ c io, o avaliador deverá participar das reuniõ es relevantes, coletar os formulá rios dos participantes remanescentes, completar o relató rio do exercı́cio e entregar sua avaliaçã o para seu coordenador dentro do prazo estipulado. 1.2.4.4 PARÂMETROS DE AVALIAÇÃO E CONFECÇÃO DO RELATÓRIO N o r m a s e m e d i d a s d e desempenho sã o essenciais para a construçã o dos indicadores do exercıćio, os q u a i s p e r m i te m s u a ava l i a ç ã o e mensuraçã o objetiva das metas a serem alcançadas. Este sistema de medidas pode ser usado para: orientar a equipe de planejamento na construçã o da atividade; facilitar o desempenho dos facilitadores na conduçã o do exercıćio e permitir aos avaliadores uma melhor aferiçã o das performances durante o exercı́ c io, fornecendo-lhes uma referê ncia de comparaçã o. Os crité rios de avaliaçã o propostos pelos organizadores do exercıćio devem ser aceitos e aprovados por todas as agê ncias participantes, principalmente nos quesitos referentes a doutrinas de operaçã o ou nas interfaces entre as agê ncias. Os padrõ es de desempenho
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oferecem os protocolos e normas de c o n d u t a , a p a r t i r d o s q u a i s s ã o desenvolvidos os indicadores. Os padrõ es utilizados para confecçã o dos indicadores devem re letir e quanti icar os objetivos, tarefas essenciais e recursos fundamentais para o bom desempenho das agê ncias, evidenciando um suporte para a avaliaçã o. Para construçã o do formulá rio de avaliaçã o, ferramenta essencial para coleta de dados que vai subsidiar a construçã o do relató rio da avaliaçã o, sã o formuladas questõ es em duas direçõ es: questõ es de avaliaçã o do sistema de gerenciamento de crise; ou da performance dos participantes. Para um simulado interagê ncias, os principais questionamentos de gerenciamento sã o os seguintes, de acordo com os manuais internacionais: a) O formato do exercı́cio facilitou o atingimento dos objetivos pretendidos? • O formato do exercı́cio permitiu a utilizaçã o ajustada dos recursos alocados? • O nıv́el de envolvimento das agê ncias manteve o foco do exercıćio? • As atividades de preparaçã o para o exercıćio contribuıŕam para o atingimento dos objetivos? b) Como se deu o acesso ao processo de planejamento do exercıćio? • O tempo destinado ao planejamento foi apropriado? • O nú mero, a natureza e a sequê ncia de reuniõ es preparató rias foram apropriados? • A estrutura de governança foi apropriada? • Os sistemas e locais das reuniõ es facilitaram o suporte das atividades de planejamento? • Houve um gerenciamento consistente das situaçõ es adversas surgidas durante a fase de preparaçã o? • O processo de monitoramento contın ́ uo de mudanças afetou o exercıćio?
• Os objetivos diversos para o setting de açõ es contribuıŕam para a manutençã o do foco nas diversas á reas? c) Como foi o processo de geraçã o e coleta de informaçõ es do exercıćio? • O tempo destinado para geraçã o e coleta de informaçõ es foi adequado? • O processo de coleta de informaçõ es facilitou a aná lise dos dados obtidos? A avaliaçã o do sistema de gerenciamento de um exercıćio també m pode incluir avaliaçã o do sistema de controle das atividades com questõ es sobre o comando e controle; o gerenciamento e coordenaçã o das atividades, a tecnologia de informaçã o disponibilizada; as facilidades existentes; en im, os requisitos necessá rios para uma boa conduçã o de todas as atividades relacionadas com o evento simulado. Quanto o desempenho das agê ncias participantes em operaçõ es interagê ncias, alguns indicadores observá veis seriam: • Uma avaliaçã o da primeira agê ncia a responder a ocorrê ncia, uma vez que ela acaba se tornando responsá vel pela descriçã o do sı́t io de intervençã o e acionamento das agê ncias subsequentes; • Os procedimentos de segurança adotados pelos primeiros respondentes para g a ra n t i r a s e g u ra n ç a d a c e n a e estabelecimento de cordã o de isolamento; • Avaliaçã o da e iciê ncia das primeiras açõ es para o estabelecimento do sistema de comando e controle; • Constituiçã o e localizaçã o adequada do Posto ou Centro de Comando e Controle (segurança, acomodaçã o das agê ncias, visã o de todo o sıt́io); • Exame da capacidade das agê ncias para atuaçã o em eventos de grande escala (gerenciamento logı́ s tico, recursos disponıv́eis, habilitaçõ es, equipamento); • Estabelecimento e manutençã o dos elos entre as agê ncias.
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CAPÍTULO 2 - TEORIA SOBRE PREPARAÇÃO E CONDUÇÃO DE EXERCÍCIOS SIMULADOS
• Gerenciamento e geraçã o de informaçõ es; • Avaliaçã o correta da situaçã o problema em todos os nıv́eis com a alocaçã o racional dos recursos disponıv́eis; • Triagem inicial executada de acordo com o padrã o estabelecido; • Determinaçã o de prioridades de evacuaçã o; • Regulaçã o e gerenciamento do embarque de vıt́imas nas ambulâ ncias; • Rapidez das evacuaçõ es. A construçã o do relató rio do exercıćio será completada apó s a realizaçã o das atividades pertinentes ao exercıćio; o propó sito deste relató rio é disseminar as açõ es executadas, identi icar liçõ es aprendidas e atestar a capacidade de intervençã o do sistema de atençã o a situaçõ es de emergê ncia para os participantes e os nã o participantes da simulaçã o. Segundo a AIM, este relató rio deve conter: • Introduçã o: aspectos gerais do exercıćio da forma de um sumá rio executivo; • Conhecimento: plano de fundo; gerenciamento do exercı́cio; objetivo; expectativas para a realizaçã o das atividades; escopo do exercı́ c io; organizaçõ es participantes; • Relató rio de avaliaçã o: estrutura do relató rio; comentá rios; objetivos; avaliaçã o d o s o b j e t i v o s ; o b s e r v a ç õ e s ; recomendaçõ es; • Conclusõ es: Resumo das açõ es chave e dos comentá rios dos avaliadores; • Anexos: lista de recomendaçõ es consolidadas; glossá rios; diagramas do exercıćio. Segundo a BBK o relató rio deve ser capaz de contemplar a avaliaçã o do simulado em relaçã o aos seguintes itens: • Pessoas: regras, responsabilidades, habilidades; • P r o c e s s o s : p l a n o s , p o l ı́ t i c a s , procedimentos, protocolos e processos. 40
• Organizaçã o: estrutura, jurisdiçã o. • Suporte: infraestrutura, facilidades, manutençã o. • Tecnologia: equipamentos, sistemas, segurança, interoperacionalidade. • Treinamento: capacitaçã o, quali icaçã o, identi icaçã o de necessidades de treinamento • Gerenciamento Desenvolvimento do exercıćio, estruturaçã o, gerenciamento e conduçã o.
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Capítulo 3 INSTRUMENTOS, FERRAMENTAS E PROCEDIMENTOS EM CASO DE INCIDENTES COM MÚLTIPLAS VÍTIMAS 1. INTRODUÇÃO As sociedades urbanas, a massi icaçã o dos transportes, os con litos internacionais, os grandes eventos e a utilizaçã o de produtos perigosos sã o fatores que potencializam o risco da ocorrê ncia de incidentes com mú ltiplas vıt́imas. Estes incidentes que ultrapassam a capacidade local de resposta organizada, exigem dos gestores habilidades e conhecimentos especı́ icos, desde a capacidade de reconhecer riscos, suscetibilidades e ameaças para prevençã o dos agravos até o planejamento das açõ es de resposta à crise. Nesta secçã o apresentamos algumas das ferramentas valiosas para o enfrentamento deste tipo de evento, mas que nã o fazem parte dos currıćulos de formaçã o dos pro issionais que atuam em emergê ncias. Envolvem a avaliaçã o da segurança da cena, o estabelecimento de um sistema para comando das operaçõ es no incidente, priorizaçã o de recursos, triagem das vıt́imas no incidente e particularidades do suporte mé dico em operaçõ es tá ticas. O domı́ n io destas ferramentas pode potencializar a capacidade de gestã o da a t u a ç ã o d e s te s p ro i s s i o n a i s n o enfrentamento de incidentes com mú ltiplas vıt́imas. 2 . S I S T E M A D E C O M A N D O D E INCIDENTES O Sistema de Comando de Incidentes – SCI – é um conceito de
administraçã o de incidentes a partir da pró pria cena, desenhado especi icamente para permitir que os respondedores adotem uma estrutura organizacional integrada equivelente à complexidade das demandas de qualquer incidente singular ou mú ltiplo, sem ser limitado por fronteiras de jurisdiçã o. O SCI permite a comunicaçã o e planejamento integrados atravé s do estabelecimento de uma amplitude de controle administrá vel. Este sistema, que també m é denominado Sistema de Comando de Operaçõ es permite: A integraçã o de estruturas f ı́ s i c a s , e q u i p a m e n t o , p e s s o a l , procedimentos e comunicaçõ es operando sob uma estrutura organizacional comum. Uma resposta coordenada entre agê ncias de diversas funcionalidades e jurisdiçõ es, tanto pú blicas quanto privadas. Estabelecimento de processos c o m u n s p a r a p l a n e j a m e n t o e gerenciamento de recursos. No inıćio dos anos 1970, o SCI foi desenvolvido para administrar de forma rá pida incê ndios acidentais, e para abordar especi icamente os seguintes problemas: Muitas pessoas respondendo a um supervisor ú nico; Diversidade entre as estruturas das organizacionais das agê ncias de resposta à s emergê ncias Falta de informaçõ es con iá veis sobre o incidente; Comunicaçõ es inadequadas ou
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CAPÍTULO 3 - INSTRUMENTOS, FERRAMENTAS E PROCEDIMENTOS EM CASO DE INCIDENTES COM MÚLTIPLAS VÍTIMAS
incompatıv́eis; Ausê ncia de estrutura para planejamento coordenado entre as agê ncias; Falta de clareza nas linhas hierá rquicas; Diferenças nas terminologias utilizadas pelas diferentes agê ncias; Objetivos pouco claros ou pouco especı́ icos no cená rio do incidente. Em 1980 o iciais federais norteamericanos transformaram o SCI em um programa de â mbito nacional nos Estados Unidos da Amé rica sob a denominaçã o Sistema Nacional Interagê ncias de Gerenciamento de Incidentes – National Interagency Incident Management System – NIIMS, que se tornou a base de um sistema de gerenciamento de resposta para t o d a s a s a g ê n c i a s f e d e ra i s c o m responsabilidades em resposta aos incê ndios. Desde entã o muitas agê ncias federais endossaram o uso do SCI, e diversas delas já incorporaram seu uso. Um SCI divide uma resposta à e m e r g ê n c i a e m c i n c o f u n ç õ e s administrá veis essenciais para operaçõ es de resposta à s emergê ncias: Comando, Operaçõ es, Planejamento, Logı́stica, e Administraçã o e Finanças. Inteligê ncia é uma sexta á rea funcional que é considerada opcional e é acionada ou nã o em funçã o da demanda. O SCI é lexıv́el e pode ser usado para incidentes de qualquer tipo, escopo ou complexidade. SCI permite que seus u s u á r i o s a d o te m u m a e s t r u t u ra organizacional integrada que corresponda à s demandas e complexidades de incidentes singulares ou mú ltiplos. Como sistema, o SCI é bastante ú til, pois nã o oferece apenas uma estrutura organizacional para gerenciamento de incidentes, mas també m direciona o 42
processo de planejamento, construçã o e adaptaçã o desta estrutura. O uso sequencial em cada incidente ou evento planejado ajuda a desenvolver e manter as h a b i l i d a d e s n e c e s s á r i a s p a r a a administraçã o de incidentes de larga escala. 3. O TRAUMA Anualmente cerca de 60 milhõ es de pessoas sofrem algum tipo de traumatismo. Isso corresponde a uma em cada seis internaçõ es hospitalares. No Brasil, a mortalidade por trauma ocupa a terceira posiçã o entre as causas de morte, s u p e ra d a a p e n a s p e l a s d o e n ç a s neoplá sicas e cardiovasculares. Cerca de 130.000 pessoas morrem anualmente, em nosso paıś, em decorrê ncia das causas externas (SIMOES et. al., 2012). O trauma é a principal causa de mortalidade em pessoas menores de 45 anos de idade (SIMOES et. al., 2012). Seu prejuıźo social é imensurá vel, pois nã o há como quanti icar o seu impacto social e suas seqü elas. Os ó bitos por trauma ocorrem em trê s picos: o primeiro acontece em segundos ou minutos apó s a lesã o e é provocado por traumatismo da aorta, coraçã o, medula, tronco cerebral ou por insu iciê ncia respirató ria aguda. O segundo pico ocorre em algumas horas apó s o trauma e é decorrente de hemorragias e de lesõ es do sistema nervoso central. O terceiro pico ocorre apó s 24 horas, em decorrê ncia da falê ncia de mú ltiplos ó rgã os, e por infecçã o. O atendimento pré -hospitalar in luencia diretamente na sobrevida do segundo pico de ó bito e indiretamente do terceiro pico. No Brasil, nã o há um sistema organizado para o atendimento ao paciente politraumatizado (SIMOES et. al., 2012). O problema torna-se mais complexo quando há mú ltiplas vıt́imas
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INSTRUMENTOS, FERRAMENTAS E PROCEDIMENTOS EM CASO DE INCIDENTES COM MÚLTIPLAS VÍTIMAS - CAPÍTULO 3
traumatizadas. Esses eventos sú bitos se caracterizam pelo envolvimento de mais de cinco vıt́imas e levam a um desequilıb ́ rio entre os recursos mé dicos disponıv́eis e a capacidade de atendimento mé dico. Podese, entretanto, manter o padrã o de atendimento adequado com os pró prios recursos locais. Nesses casos, há necessidade de uma sistematizaçã o de a t e n d i m e n t o p o r u m a e q u i p e m u l t i p r o i s s i o n a l q u e a t e n d a prioritariamente os pacientes com maior risco de morte (SIMOES et. al., 2012). E m u m a s i t u a ç ã o d e s t a s devemos nos organizar e ter em mente alguns princıp ́ ios (MASELLA, 2012): 1 – resgatar as vıt́imas e dar atendimento mé dico na á rea do desastre; 2 – identi icar as vıt́imas que necessitam de atendimento imediato a nıv́el hospitalar e encaminhá -las corretamente; 3 – identi icar as vıt́imas leves, ou que nã o tenham sofrido lesõ es, e orientá -las para que procurem atendimento em hospitais nã o envolvidos no atendimento à s vıt́imas graves, e por meios pró prios ou recursos menos so isticados; 4 – transportar os feridos, oferecendo assistê ncia durante a transferê ncia; 5 – levar os feridos para um lugar adequado e em tempo oportuno; 6 – prestar atendimento adequado aos doentes nos hospitais de destino; 7 – aplicar medidas de segurança para proteçã o de todos os envolvidos na ocorrê ncia; 8 – aplicar medidas preventivas contra seqü elas sociais que possam afetar os doentes, os parentes e o pessoal envolvido nas diversas tarefas de atendimento. Como exemplos de atendimento a mú ltiplas vıt́imas, podemos encontrá -las como resultado de: colisã o de trem ou descarrilamento, naufrá gio, incê ndio, queda de aviã o, desabamento, explosã o de
centro comercial, contaminaçã o por produto quı́mico, contaminaçã o por produto radioativo, engavetamento de veı́culos, assalto a banco, enchentes urbanas e rurais, explosã o seguida de desabamento e incê ndio, ataques terroristas, guerra ou desastres naturais (ciclones, maremotos, erupçõ es vulcâ nicas, etc). Uma vez disparado o alerta da ocorrê ncia, deve-se ter em mente que existem certos setores que devem ser alertados, apó s a con irmaçã o dos fatos, pois uma realidade que encontramos no dia-a-dia, sã o os chamados “trotes telefô nicos”, assim uma vez con irmado o fato, devemos comunicar atravé s da central de regulaçã o os sistemas de atendimento mé dico pré -hospitalar, serviços do corpo de bombeiros, e dadas à s proporçõ es da ocorrê ncia, alertar a corporaçã o policial, autoridades da defesa civil, etc., visto que deverã o se organizar em suas funçõ es, para melhor equacionar e executar em conjunto a açã o, que deverá ser organizada para este atendimento. Uma colocaçã o importante deve ser alertada, as equipes de triagem somente entrarã o no local dos eventos, quando este for liberado pelas equipes de segurança do Corpo de Bombeiros, policiamento e outros ó rgã os que se façam necessá rios, dependendo do tipo de ocorrê ncia (MASELLA, 2012). As equipes de segurança, possuidoras de equipamentos adequados de proteçã o individual e coletiva, sã o os responsá veis pelo zoneamento das á reas de risco, tendo como base, os seguintes fatores e parâ metros: direçã o e velocidade dos ventos, topogra ia do local, lençol freá tico e recursos hıd ́ ricos da regiã o, populaçã o local, caracterıśticas do material, previsõ es e condiçõ es meteoroló gicas e tempo previsto de trabalho.
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CAPÍTULO 3 - INSTRUMENTOS, FERRAMENTAS E PROCEDIMENTOS EM CASO DE INCIDENTES COM MÚLTIPLAS VÍTIMAS
4. ZONAS DE TRABALHO As zonas de trabalho devem ser delimitadas no local com itas coloridas e, se possıv́el, també m mapeadas. A sua dimensã o e os pontos de controle de acesso devem ser do conhecimento de todos os envolvidos na operaçã o. O emprego de um sistema de trê s zonas, pontos de acesso e procedimentos de descontaminaçã o, fornecerá uma razoá vel segurança contra o deslocamento de agentes perigosos para fora da zona contaminada ou á rea de risco. A divisã o das zonas de trabalho se constitui, normalmente, em trê s á reas, da forma que segue (BARBOSA et. al.): • Zona Quente ou Zona de Exclusão: Local onde está localizada a origem do acidente. Neste local o risco é iminente, devendo ser isolado, tendo somente o acesso as Equipes de Intervençã o,
devidamente treinadas e munidas de equipamentos de proteçã o individual especiais; • Zona Morna ou Zona de Redução de Contaminação: Local que servirá de ligaçã o entre as Zonas Quente e Fria. Neste local será montado o Corredor de Descontaminaçã o, tendo o acesso somente as Equipes de Descontaminaçã o; • Zona Fria ou Zona de Suporte: Local externo ao acidente, onde o risco será mın ́ imo ou inexistente. Nele deverã o estar localizados todas as Equipes de Suporte, alé m dos Orgã os de Imprensa e de Apoio, como Defesa Civil Municipal e outros. Ficam nessa á rea també m o posto de comando da operaçã o e todo o apoio logıśtico, incluindo aqui as equipes de saú de.
A igura a seguir representa a divisã o das zonas supracitadas (WALDETARIO et. al).
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5. IDENTIFICAÇÃO DE PRODUTOS PERIGOSOS A i m p r e v i s i b i l i d a d e d o s desastres naturais decorrentes das alteraçõ es climá ticas, o crescimento demográ ico e assentamentos humanos pró ximos a complexos industriais sã o problemas que, associados com o desenvolvimento tecnoló gico, resultam em impactos ambientais. As di iculdades de gestã o operacional nas emergê ncias tecnoló gicas e uma tendê ncia cada vez maior de ocorrerem acidentes ampliados que, combinados com a falta de treinamento e consolidaçã o prá tica dos Planos de Emergê ncia, poderã o trazer conseqü ências ainda maiores e indesejá veis. A partir do disparo de alarme, deverá ser seguido uma seqü ê ncia de operaçõ es. E m q u a l q u e r o p e r a ç ã o envolvendo produtos perigosos deve-se trabalhar com uma equipe especializada neste tipo de atendimento que exige de
seus integrantes um treinamento voltado a essa atividade (BARBOSA et. al.). A seqü ência operacional padrã o, para ins de organizaçã o, em uma ocorrê ncia envolvendo produtos perigosos será a seguinte (BARBOSA et. al.): • identi icação; • isolamento; • salvamento; • contenção; • descontaminação. No entanto, considerando a atuaçã o de equipe multidisciplinar, poderá haver o inıćio de uma etapa concomitante a outra, em diferentes espaços fıśicos. Como pudemos observar no quadro abaixo, os Corpos de Bombeiros M i l i t a re s , s ã o o s ú n i c o s ó r g ã o s responsá veis por todas as fases de atendimento, no que se refere a Produtos Perigosos, sendo ainda o ú nico responsá vel diretamente pelas açõ es de Salvamento e Resgate de vı́timas contaminadas ou decorrentes do acidente.
QUADRO DE DEFINIÇAO DE ATRIBUIÇOES LEGAIS (BARBOSA et. al.)
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5.1 FORMAS DE IDENTIFICAÇÃO DE PRODUTOS PERIGOSOS Para identi icar o produto é necessá rio aproximar-se do local da ocorrê ncia. O ideal é realizar a identi icaçã o a distâ ncia segura (01 km) atravé s de um binó culo. Se for necessá ria a aproximaçã o, deverá ser realizada com os ventos por trá s do corpo. Se houver risco de entrar em contato com o produto desconhecido, fazse necessá rio o uso de roupa com maior nıv́el de proteçã o (nıv́el A). A relaçã o dos principais produtos perigosos em ordem numé rica e a l fa b é t i c a c o n s t a d o M a n u a l d e Emergê ncias da Associaçã o Brasileira da Indú stria Quım ́ ica e de Produtos Derivados (ABIQUIM), que é uma entidade de classe representativa do setor da indú stria q u ı́ m i c a n o B r a s i l d e s d e 1 9 6 4 (WALDETARIO et. al).
O Manual de Emergê ncias, desenvolvido pelo departamento de transporte dos Estados Unidos, foi adaptado pela Associaçã o Brasileira de Indú stria Quım ́ ica (ABIQUIM) ao Brasil e está em observâ ncia com o ERG 2000 (Emergency Response Guidebook), sendo o mesmo aplicado nos Estados Unidos, Canadá e Mé xico. Trata-se de uma fonte de informaçã o inicial, sendo ú til para os primeiros 30 minutos do acidente, possuindo orientaçõ es para as primeiras medidas na cena de emergê ncias, até a chegada de té cnicos especializados, evitando riscos e a tomada de decisõ es incorretas. 5.2 O SISTEMA DE CLASSIFICAÇÃO DA ONU A Organizaçã o das Naçõ es Unidas (ONU), preocupada com o crescente nú mero de acidentes ambientais envolvendo produtos perigosos e a necessidade de uma padronizaçã o dos mesmos, atribuiu a cada um deles um nú mero composto de quatro algarismos conhecido por “Nú mero da ONU” (WALDETARIO et. al.). 5.3 FORMAS DE IDENTIFICAÇÃO As formas de identi icaçã o sã o: I - Painel de Segurança; II - Ró tulo de Risco; III - Ficha de Emergê ncia; IV - Nota Fiscal; V - Diamante de Hommel. A s e g u i r, d e s c reve re m o s resumidamente cada item supracitado. 5.3.1 PAINEL DE SEGURANÇA Retâ ngulo de cor laranja que deve ser utilizado para o transporte rodoviá rio de produtos perigosos. Possuindo a parte inferior destinada ao
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nú mero de identi icaçã o do produto (Nú mero ONU) e a parte superior destinada ao nú mero de risco (BARBOSA et. al.). 5.3.2 NÚMERO ONU E uma numeraçã o estabelecida pelas as Naçõ es Unidas em que nosso paıś segue no que diz respeito aos nú meros que correspondem a cada produto, sendo constituı́ d o por quatro algarismos, conforme a Portaria n. º 204, de 20/05/1997 do Ministé rio dos transportes, como exemplo: 1075 – GLP – gá s liquefeito de petró leo; 1017 - CLORO; 1203 – combustıv́eis para motores, inclusive a gasolina. 5.3.3 NÚMERO DE RISCO E constituı́ d o por até trê s algarismos este nú mero determina o risco
principal (1º algarismo) e os riscos secundá rios do produto (2º e/ou 3º algarismo). As notas sã o (BARBOSA et. al.): 1) Na ausê ncia de risco subsidiá rio, deve ser colocado como segundo algarismo “zero”; 2) No caso de gá s, nem sempre o primeiro algarismo signi ica o risco principal; 3) A duplicaçã o ou triplicaçã o dos algarismos signi ica uma intensi icaçã o do risco, por exemplo: 30 - in lamá vel; 33 - muito in lamá vel; 333 - altamente in lamá vel; 4) Quando o painel nã o apresentar nú mero signi ica que a carga transportada é mista, isto é , existe mais de dois produtos perigosos sendo transportados; 5) Quando for expressamente proibido o uso de á gua no produto, deve ser indicado com a letra X no inıćio do nú mero.
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5.3.4 RÓTULO DE RISCO L o s a n g o q u e re p re s e n t a sım ́ bolos e/ou expressõ es emolduradas, referentes à classe do produto perigoso. Ele é ixado nas laterais e traseira do veıćulo de transporte. Os ró tulos de risco possuem desenhos e nú meros que indicam o produto perigoso. Quanto à natureza geral, a cor de fundo dos ró tulos é a mais visıv́el fonte de identi icaçã o da classe de um produto perigoso. A classi icaçã o da Organizaçã o das Naçõ es Unidas reconhece nove CLASSES DE RISCO e subclasses, conforme a relaçã o a seguir (WALDETARIO et. al.).: CLASSE 1 = EXPLOSIVOS; CLASSE 2 = GASES; CLASSE 3 = LIQUIDOS INFLAMAVEIS; CLASSE 4 = SOLIDOS INFLAMAVEIS E COMBUSTAO EXPONTANEA QUE EMITEM GASES INFLAMAVEIS EM CONTATO COM AGUA; CLASSE 5 = SUBSTANCIAS OXIDANTES E PEROXIDOS ORGANICOS; CLASSE 6 = SUBSTANCIAS TOXICAS E SUBSTANCIAS INFECTANTES; CLASSE 7 = MATERIAIS RADIOATIVOS; CLASSE 8 = CORROSIVOS; CLASSE 9 = SUBSTANCIAS PERIGOSAS DIVERSAS. 5.3.5 FICHA DE EMERGÊNCIA A icha de emergê ncia deverá conter o nome e telefone da empresa expedidora, bem como o telefone da equipe de emergê ncia, que poderá ser pró pria ou contratada, disponıv́el por 24 horas por dia. Deverá apresentar o nú mero de risco, nú mero ONU do produto, classe ou subclasse de risco, quando for o caso, e a descriçã o da classe ou subclasse de risco (WALDETARIO et. al.).: Deverá ainda: a) Indicar o nome apropriado para embarque do produto, previsto pela 48
Portaria n.º 204/97 do Ministé rio dos Transportes; b) Indicar o estado fı́ s ico do produto a descriçã o dos riscos principal e subsidiá rio; c) I n d i c a r a r e l a ç ã o d e equipamentos de proteçã o necessá ria para o atendimento emergencial e, nã o deverã o ser confundida com os equipamentos previstos para o transporte de produtos perigosos. Deverá ser citada a roupa, calçados, luvas e proteçã o respirató ria; d) Citar os riscos caso o produto esteja envolvido num incê ndio. Citar se as embalagens podem explodir, se poderá ocorrer o aumento da pressã o interna e, conseqü entemente, a explosã o das mesmas. Se o produto for in lamá vel deverá ser citado o ponto de fulgor; e) Indicar os riscos relacionados à saú de, caso o produto seja inalado, ingerido, tenha contado com a pele e os olhos; f) Citar os danos que o produto pode causar caso tenha contato com o meio ambiente, em relaçã o ao ar, á gua e solo. Deve ser citada, també m, a possibilidade do produto ser solú vel em á gua e se é mais pesado que o ar; g) Citar os procedimentos em caso de emergê ncia. No verso da icha de emergê ncia, somente poderá conter os telefones de emergê ncia (BARBOSA et. al.). Abaixo colocamos exemplo de icha de emergê ncia para conhecimento geral.
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5.3.6 NOTA FISCAL Documento obrigató rio que d e s c r e v e a m e r c a d o r i a , s e u acondicionamento, peso, valor, imposto se houver, nome e endereço do embarcador, n o m e e e n d e r e ç o d o
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destinatá rio, condiçõ es de venda ou de transferê ncia, meio de transporte e data de saıd ́ a, pró prio para o tipo de movimentaçã o de bens (BARBOSA et. al.).
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5.3.7 DIAMANTE DE HOMMEL Abaixo exporemos o Diamante de Hommel (BARBOSA et. al.):
VERMELHO – INFLAMABILIDADE 4 – Gases in lamá veis, lıq ́ uidos muito volá teis, materiais piroté cnicos 3 – Produtos que entram em igniçã o a temperatura ambiente 2 – Produtos que entram em igniçã o quando aquecidos moderadamente 1 – Produtos que precisam ser aquecidos para entrar em igniçã o 0 – Produtos que nã o queimam AZUL – PERIGO PARA SAÚDE 4 – Produto Letal 3 – Produto severamente perigoso 2 – Produto moderadamente perigoso 1 – Produto levemente perigoso 0 – Produto nã o perigoso ou de risco mın ́ imo AMARELO – REATIVIDADE 4 – Capacidade de detonaçã o ou decomposiçã o com explosã o à temperatura ambiente 3 – Capacidade de detonaçã o ou decomposiçã o com explosã o quando exposto à fonte de energia severa 2 – Reaçã o quı́mica violenta possıv́el quando exposto a temperaturas e/ou pressõ es elevadas 1 – Normalmente está vel, poré m pode se tornar instá vel quando aquecido 0 – Normalmente está vel BRANCO – RISCOS ESPECIAIS w - Evite o uso de á gua - Material radioativo 52
ALK - Base forte OXY - Oxidante forte ACID - Acido forte Atualmente existem outros programas com base na tecnologia Android, que possibilitam uma fonte segura, rá pida e gratuita de informaçõ es para a identi icaçã o e manejo de produtos perigosos. Entre eles, temos: WISER, REMM e Produtos Perigosos. a) WISER (Wireless Information System for Emergency Responders)
Caracterıśticas: • Acesso rá pido à informaçã o mais importante sobre uma substâ ncia perigosa por um motor sinopse inteligente e exibiçã o chamada "Informaçõ es Chave"; • Intuitiva, interface de usuá rio simples, ló gico desenvolvido por trabalhar com experientes socorristas; • Apoio à decisã o abrangente, incluindo assistê ncia na identi icaçã o de um produto quı́ m ico desconhecido ou sı́ n drome quı́mica e orientaçã o sobre as açõ es imediatas necessá rias para salvar vidas e proteger o meio ambiente; • Suporte GIS prevê isolamento / sobreposiçõ es de proteçã o de distâ ncia em um mapa do incidente; • O acesso ao Banco de Dados NLM (HSDB),
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que conté m informaçõ es detalhadas sobre substâ ncias perigosas; • Instruçõ es sobre substâ ncias radioló gicas e bioló gicas. • A versã o andró ide do WISER inclui a ferramenta completa ERG 2012.
Terrestre de Produtos Perigosos da ANTT e na NBR 7500 da ABNT e no Manual de Emergê ncias da ANPC de Portugal; • Existe uma lista com os telefones de emergê ncia que funcionam 24 horas por dia.
b ) R E MM (Ra dia t ion E m erg en c y Management Medica)
6. DETECTORES E EQUIPAMENTOS DE IDENTIFICAÇÃO
Caracterıśticas: • Fornece orientaçã o para os prestadores de cuidados de saú de, principalmente os mé dicos, sobre o diagnó stico clın ́ ico e tratamento da lesã o por radiaçã o ou acidentes nucleares; • Informaçõ es ú teis com base em provas com antecedentes e o contexto su iciente p a r a f a z e r q u e s t õ e s c o m p l e x a s compreensı́ v el para aqueles sem experiê ncia formal de medicina de radiaçã o; • Algoritmos de gerenciamento de pacientes para exposiçã o à contaminaçã o por radiaçã o, estimador de dose para a exposiçã o à radiaçã o, triagem de adultos e pediá trica, isó topos de interesse, contatos de emergê ncia.
6 . 1 D E T E C TO R E S Q U Í M I C O S E RADIOLÓGICOS Apresentaremos a seguir, alguns aparelhos utilizados em operaçõ es de varredura da equipe DQBRNE (Defesa Quım ́ ica, Bioló gica, Radioló gica, Nuclear e Explosivos) do Exé rcito Brasileiro, que juntamente com outras instituiçõ es, cã es adestrados e pro issionais de segurança quali icados (CNEN, Esquadrã o Antib o m b a d a P o l ı́ c i a M i l i t a r ) , instrumentalizaram a equipe interagê ncias, que atua em operaçõ es dessa natureza. Os detectores conhecidos sã o: a) RadEye - medidor de radiaçã o e de detecçã o da taxa de dose e mediçã o dos nıv́eis de contaminaçã o.
c) Produtos Perigosos (Aplicativo)
Caracterıśticas: • Aplicativo em lı́ n gua portuguesa destinado à consulta de informaçõ es sobre ró tulos de risco e produtos quım ́ icos e bioló gicos, considerados perigosos; • Baseado no Regulamento de Transporte
• Caracteriza-se por ser um medidor de bolso versá til, de
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pequeno tamanho, com facilidade e lexibilidade de operaçã o e notá vel desempenho da mediçã o, com utilizaçã o de tecnologia de baixo poder de so isticaçã o. • Totalmente automatizado, com menor necessidade de manutençã o. • Todas as funçõ es essenciais sã o facilmente acessados, mesmo usando luvas de proteçã o. • O LED de alarme montado na parte superior pode ser visto enquanto o instrumento é usado em um cinto coldre. • Um vibrador embutido numa saıd ́ a de fone de ouvido alerta quando usado em ambientes muito ruidosos.
elé trons liberados vã o em direçã o ao io metá lico devido ao campo aplicado. Esse sinal elé trico é ampli icado, registrado e traduzido em uma indicaçã o visual (agulha, lâ mpada) ou sonora. • Os contadores G-M nã o diferenciam os tipos de radiaçõ es que neles chegam, somente registram o valor de contagens t o t a l , s e n d o e s s a s u a p r i n c i p a l desvantagem. c) GDA-2
b) Contador Geiger-Mü ller:
• E um dos tipos de detectores de radiaçã o mais antigo que existe. Devido à sua simplicidade, baixo custo e facilidade de operaçã o, esse detector continua a ser usado atualmente. • O contador G-M é constituıd ́ o de um tubo Geiger-Mü ller e de um sistema de ampli icaçã o e de registro do sinal. O tubo é constituıd ́ o por uma câ mara metá lica cilın ́ drica com um ino io metá lico em seu eixo, entre os quais é aplicada uma diferença de potencial. A câ mara é preenchida por um gá s a baixa pressã o. Dessa forma, quando a radiaçã o ionizante penetra no tudo, o gá s é ionizado e os 54
• Aparelho portá til de identi icaçã o de gases perigosos e agentes de guerra quım ́ ica. • Representa uma combinaçã o de princıp ́ ios seletivos (espectrometria e princıp ́ io electroquım ́ ica) com detecçã o universal por meio de sensores de semicondutores (para todos os gases e vapores in lamá veis) e fotoionizaçã o (para todos os gases e vapores com fotoionizaçã o potencial mais baixo do que a energia de uma lâ mpada de UV). • A concentraçã o de uma substâ ncia perigosa no ar é caracterizada por um certo sinal de alguns dos sensores mencionados. O software do aparelho avalia a proporçã o
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dos sinais de sub-detectores individuais, compara-os com os dados armazenados na biblioteca e atribui a substâ ncia quım ́ ica mais prová vel; ele també m pode identi icar misturas simples de 2-3 substâ ncias. • Quarenta a cinquenta substâ ncias sã o armazenadas na biblioteca do aparelho incluindo agentes neurotó xicos (tabun, sarin, Soman, ciclosarin, VX), agentes vesicantes (sulfureto e peró xido de nitrogê nio e levisita), agentes as ixiantes e substâ ncias tó xicas em geral.
B ) B I O T H R E AT A L E RT R E A D E R TETRACORE
6.2 DETECTORES BIOLÓGICOS A) BIOCHECK
• Este oferece testes de uma maneira consistente conveniente e fá cil de usar. • E compatıv́el para identi icaçã o dos seguintes agentes: Abrin, Antrax, toxina botulın ́ ica A e B, Brucella, varıóla, praga, ricina e tularemia. • E capaz de armazenar dados. • Obté m resultados em menos de 20 segundos. c) RAZOR EX
• E um kit de teste rá pido e simples que permite aos socorristas rapidamente checar amostras de pó suspeitos para a possıv́el presença de um agente de guerra bioló gica. • Mede a presença ou ausê ncia de proteın ́ a numa amostra. Se for detectada proteın ́ a, indica a possibilidade de que um agente bioló gico pode estar presente e indica que mais testes podem ser necessá rios para os agentes quım ́ icos de guerra.
• Detecta e identi ica agentes bioló gicos utilizando tecnologia PCR, que é rá pido, com os resultados ultracon iá veis, baseados em aná lise de DNA. • Feito para uso em campo, é compacto, leve e fá cil de usar. Criado para socorristas e linha da frente das tropas militares, por ser um equipamento resistente à condiçõ es extremas.
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• Capaz de testar os seguintes agentes: Antrax, Brucella melitensis, Botulismo A, Coxiella, E. coli 0157, tularemia, ricina, Salmonella, varıóla, peste, Campylobacter, Listeria monocytogenes e Cryptosporidium Meta 1. 7. ISOLAMENTO E DEMARCAÇÃO DA ÁREA Descreveremos a seguir uma seqü ê ncia de eventos que devem ser rigorosamente seguidos, a im de garantir um maior e mais e icaz controle da segurança pessoal e ambiental, diante de uma emergê ncia QBRN. A primeira autoridade presente no local, entendendo-se, por autoridade, todos com poder e treinamento para assim proceder (Polıćia, Bombeiros, SAMU etc.), normalmente segue uma seqü ê ncia de eventos: • Isolamento e Proteçã o • Contençã o • Diagnó stico/Identi icaçã o dos produtos • Abordagem e descontaminaçã o O isolamento deverá ser inicialmente de 50 a 100 mts de raio em todas as direçõ es, e posteriormente ser reavaliado para ins de segurança das equipes e populaçã o. Os fatores que irã o in luenciar no aumento ou diminuiçã o do raio de isolamento inicial sã o (BARBOSA et. al.): • Velocidade e direçã o do vento. • Aspectos meteoroló gicos. • Reatividade de produtos envolvidos. • Topogra ia e hidrogra ia da regiã o. O processo de contençã o e controle dos produtos perigosos deve ser realizado assim que estabelecida a zona quente e a equipe estiver equipada. Isto se faz necessá rio para evitar que a situaçã o piore a partir da chegada do serviço de emergê ncia e venha a atingir um maior nú mero de vıt́imas ou uma á rea maior. 56
Identi icado o produto, o primeiro passo é realizar o isolamento do local, de inindo as zona quente, morna e fria. A zona quente é o foco onde está localizado o produto até onde nã o seja possıv́el mais ser contaminado por este. A zona morna é o local de apoio direto ao pessoal operacional, é na transiçã o entre a zona quente e morna que se monta o corredor para a descontaminaçã o. Na zona fria icam todas as viaturas envolvidas na ocorrê ncia, o posto de comando e deve haver um isolamento para evitar que o pú blico em geral se contamine. Nessas situaçõ es, em que se sabe exatamente qual produto está causando o problema, as equipes de resposta podem utilizar os equipamentos mais adequados e o atendimento à s vı́timas será mais direcionado. No entanto, quando desconhecemos a natureza do evento, d e v e m o s a s s u m i r q u e a s t r ê s possibilidades podem estar presentes: quım ́ ica, bioló gica e radioló gica. Os equipamentos de proteçã o individual devem ser de inidos conforme o risco a que estã o expostos. Na dú vida, o uso do equipamento encapsulado deve ser utilizado. A primeira autoridade a tomar conhecimento do fato deve (se há explosã o, gases, fumaça com coloraçã o diferente, vá rias pessoas apresentando sinais e ou sintomas semelhantes, pó desconhecido) realizar as seguintes açõ es: a. Isolar a á rea (perım ́ etros maiores para risco desconhecido, com o mın ́ imo de 100 metros). b. Acionar socorro especializado. c. Em casos de risco evidente, como gases e fumaças, proceder à imediata evacuaçã o do ambiente para á rea ao ar livre. As pessoas que podem ter sido, de alguma forma, contaminadas nã o devem ser mandadas
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embora, mas devem aguardar em uma determinada á rea isolada até a chegada da equipe de descontaminaçã o. H ave n d o n e c e s s i d a d e d e descontaminaçã o rá pida (demora na chegada da equipe especializada, nú mero excessivo de vıt́imas, certeza de fonte radioativa, gases tó xicos), as vıt́imas devem receber jatos de á gua de mangueira, para a descontaminaçã o inicial. Sempre que possıv́el, as vıt́imas devem remover as roupas contaminadas. Cuidados, no entanto, devem ser tomados para nã o expor as vıt́imas à curiosidade alheia, ao frio intenso etc. (HARGREAVES, 2000). A equipe de resposta, ao chegar ao local, deve portar aparelho para detecçã o de radiaçã o e veri icar se há radiaçã o presente. Nã o havendo, determinar a ampliaçã o ou nã o do isolamento e iniciar processo de aproximaçã o. As pessoas expostas à substâ ncia devem ser descontaminadas, no caso do Exé rcito, realizada no PDT (Posto de Descontaminaçã o Total). Quem for proceder a esse tipo de descontaminaçã o deve estar atento para o fato de que a á gua que escorre da vı́tima també m está contaminada e deve ser recolhida para descarte posterior, em local adequado. Muito cuidado deve ser tomado com o risco de contaminaçã o de rios, có rregos, entre outros. Em se tratando de objetos que nã o podem ser veri icados, como malas, o esquadrã o anti-bombas també m deve ser acionado. Diante da presença de pó ou s u b s t â n c i a s ó l i d a s u s p e i t a ( n ã o identi icada), essa deve ser colocada em s a c o p l á s t i c o d u p l o , re s i s t e n t e , transparente (apó s ter sido descartada a possibilidade de ser radioativa ou explosiva), completamente selado e
transportado para laborató rio de referê ncia (a ser designado pela Secretaria de Saú de), para ser submetido à triagem, que inclui coloraçã o para Gram e aná lise bacterioló gica preliminar. Havendo necessidade de exames complementares, o material deve ser imediatamente transportado para laborató rio com nıv́el de proteçã o maior. Até a conclusã o dos exames, o que deve ser feito preferencialmente nas primeiras 2448h, sobretudo para descartar a possibilidade de agentes bioló gicos altamente perigosos, as pessoas contaminadas devem ser examinadas e acompanhadas por equipe mé dica de referê ncia que, segundo os protocolos internacionais, indicará medidas quimiopro ilá ticas (HARGREAVES, 2000). Apenas apó s o descarte da p r e s e n ç a d e m i c r o - o r g a n i s m o s patogê nicos, o material pode ser analisado pela perıćia criminal. 8. EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (EPI) Considerando as possıv́eis lesõ es ao organismo humano ocasionadas pelo contato com produtos perigosos, seja atravé s de inalaçã o, ingestã o, absorçã o pela pele ou olhos, injeçã o ou inoculaçã o, faz-se necessá rio o uso dos EPIs por todos os indivıd ́ uos envolvidos na organizaçã o e socorro de emergê ncias. A Lei n.º 6.514 de 22 de dezembro de 1977 determina que é obrigató rio o uso de EPI em todas as atividades onde existe risco à saú de e à incolumidade do trabalhador, cabendo ao Ministé rio do Trabalho e Emprego/MTE a iscalizaçã o e orientaçã o para o seu cumprimento. Os Equipamentos de Proteçã o Individual sã o classi icados de acordo com a parte do corpo que protegem. Desta
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forma temos a seguinte divisã o: Proteçã o de cabeça; proteçã o dos ouvidos; proteçã o da face; proteçã o respirató ria; proteçã o dos olhos; proteçã o de tronco; proteçã o de braços; proteçã o das mã os; proteçã o das pernas; proteçã o dos pé s; proteçõ es especiais (SCHNEIDER et. al., 2011). 8.1 PROTEÇÃO DOS OLHOS Ferimentos oculares sã o eventos t e r r ı́ v e i s c o m c o n s e q ü ê n c i a s extremamente graves para a vida de uma pessoa, e que podem ser prevenidos com medidas simples e baratas, basta usar ó culos de segurança com proteçã o nas laterais quando manipular produtos quım ́ icos. Visores de rosto devem ser portados em situaçõ es com risco de quebra ou explosã o de vidraria, associado ou nã o ao risco de lançamento de gotıćulas ou quantidades maiores de lıq ́ uido em direçã o ao pesquisador. No trabalho com luz ultravioleta ou laser, usa-se lentes especiais para proteçã o contra estes tipos de radiaçã o. Atençã o aos perigos das lentes de contato. Elas sã o difıćeis de remover em caso de emergê ncia e també m podem reter contaminantes na superfıćie de seus olhos, restringindo o luxo de luıd ́ os naturais que removem pequenos contaminantes. E recomendá vel remover as lentes de contato e usar ó culos de proteçã o de grau, enquanto estiver manipulando produtos (SCHNEIDER et. al., 2011). 8.2 PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA N o c o n t r o l e d e d o e n ç a s ocupacionais provocadas pela inalaçã o, por exemplo, de poeiras, né voas, fumos, gases e vapores, o objetivo principal é minimizar a contaminaçã o do local de trabalho. Isto deve ser alcançado, tanto quanto possıv́el com medidas de controle de ventilaçã o 58
apropriada ou substituiçã o de substâ ncias por outras menos tó xicas. Quando as medidas nã o sã o viá veis ou estã o em fase de adaptaçã o e em situaçã o de emergê ncia os respiradores devem ser usados. O uso de respirador acrescenta uma di iculdade fı́sica ao trabalho. O programa de proteçã o respirató ria do Ministé rio do Trabalho e Emprego recomenda que antes da utilizaçã o de um respirador o usuá rio deve passar por uma avaliaçã o mé dica para certi icar de que está isicamente apto a utilizá -lo. Pessoas com problemas respirató rios, cardı́ a cos, neuroló gicos ou psıq ́ uicos temporá rios ou permanentes nã o deveriam utilizar respiradores em suas atividades. Barba e bigode longos ou profundas cicatrizes no rosto podem di icultar a selagem da peça facial, portanto testes individuais com os equipamentos a serem usados, devem ser executados pelo té cnico de segurança do trabalho para veri icar a e iciê ncia. A s e l e ç ã o a d e q u a d a d o respirador é de suma importâ ncia diante da variedade de tarefas que sã o realizadas. 8.3 ROUPAS Deve-se usar roupas que protejam a pele. Sapatos devem cobrir completamente os pé s. Devem-se usar calças compridas e jalecos com mangas compridas para proteçã o complementar. A manga do avental evita o contato de respingos, aerossó is e poeira. E importante ter um avental de plá stico ou borracha disponıv́el para trabalhos com compostos corrosivos ou cá usticos. Evite o uso de maquiagem, pois por conter glicerina, mica e titâ nio, entre outras substâ ncias, poderá liberar partıćulas que podem servir de veıćulo para a propagaçã o de agentes bioló gicos e
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quım ́ icos. Os cabelos compridos devem estar presos durante os procedimentos que envolvam coleta de materiais, uso de fogo, equipamentos rotativos. Colares compridos, ané is, pulseiras e reló gios devem ser removidos durante o trabalho no laborató rio. 8.4 PROTEÇÃO DAS MÃOS O mercado oferece luvas de diferentes marcas e modelos, fabricadas com uma diversidade de materiais. Os principais materiais usados na fabricaçã o de luvas e as suas propriedades sã o apresentados a seguir (SCHNEIDER et. al., 2011): 8.4.1 LÁTEX E a b o r r a c h a n a t u r a l inerentemente elá stica e resistente a á cidos, bases, sais e cetonas. A borracha natural pode ser misturada com outros polım ́ eros naturais ou sinté ticos para melhorar a sua resistê ncia para certos materiais, como, por exemplo, quando a resistê ncia à abrasã o da nitrila é combinada com a lexibilidade do lá tex. Luvas de lá tex sã o baratas e representam uma barreira e iciente para perigos comuns. Este material é amplamente utilizado na confecçã o de luvas descartá veis em laborató rios de pesquisa. Veri ique se apresentam furos e troque-as com freqü ência, sem reutilizá -las. 8.4.2 NEOPRENE E uma borracha sinté tica desenvolvida como uma alternativa resistente a ó leos para a borracha natural. Este material resiste a á cidos, bases, alcoó is, tintas, refrigerantes, cetonas, ó leos, gorduras, graxas, fertilizantes, produtos de limpeza e detergentes. Luvas de Neoprene sã o usadas na indú stria quı́ m ica e
petroquım ́ ica, para desengraxamento de peças em o icinas mecâ nicas, para manipulaçã o de metais na indú stria metalmecâ nica, na indú stria de tintas e em lavanderias comerciais (SCHNEIDER et. al., 2011). 8.4.3 NITRILA E uma borracha sinté tica à base de acrilonitrilabutadieno, també m denominada de NBR. Este material possui uma resistê ncia mecâ nica à abrasã o e perfuraçã o, superior à do neoprene e nã o enfraquece ou incha quando imerso em solventes aromá ticos ou de petró leo, soluçõ es cá usticas ou de gordura animal. E usado nas mesmas aplicaçõ es das luvas de neoprene. 8.4.4 NORFOIL E um laminado leve e lexıv́el resistente à permeaçã o por uma gama muito extensa de solventes, á cidos e bases. Luvas SilverShield fabricadas com este material sã o utilizadas freqü entemente por baixo de outras luvas, de material que oferece resistê ncia mecâ nica superior em trabalhos de recuperaçã o de produtos quı́ m icos derramados em acidentes (SCHNEIDER et. al., 2011). 8.4.5 VINIL També m conhecido como cloreto de polivinila ou PVC é um plá stico resistente a á cidos e alcoó is, mas nã o hidrocarbonetos. As luvas deste material sã o mais baratas do que as luvas de lá tex e sã o amplamente empregadas em laborató rios de pesquisa como luvas descartá veis. 8.4.6 LUVAS DESCARTÁVEIS Luvas descartá veis nunca devem ser reutilizadas. Se precisar manipular um objeto como o teclado de um computador,
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uma maçaneta de porta ou um telefone sem remover as luvas, lave-as como se estivesse lavando suas mã os antes de tocar estes objetos. As proteçõ es especiais envolvem principalmente roupas que protegem contra o calor ou o frio, mantas, roupas de proteçã o quım ́ ica, etc. Todos os produtos perigosos exigem uma certa proteçã o para se entrar em contato.Nã o sendo possıv́el identi icar o produto use sempre o equipamento de proteçã o má xima. Os EPIs para proteçã o contra produtos perigosos é dividida da seguinte forma (SCHNEIDER et. al., 2011): Nıv́el A: proteçã o má xima para vias aé reas, olhos e peles, ou seja, nenhum contato com a substâ ncia, e o que se chama de vestimenta encapsulada. Nıv́el B: proteçã o má xima para vias aé reas e olhos, mas menor proteçã o para a pele. Nıv́el C: proteçã o para pele e olhos com menor exigê ncia para proteçã o de vias aé reas. Nıv́el D: praticamente o uniforme de trabalho da equipe com proteçã o super icial dos olhos e vias aé reas. 9. NÍVEIS DE SEGURANÇA A seguir esboçaremos os nıv́eis de segurança e os seus componentes (BARBOSA et. al.).
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9.1 NÍVEL A – MAIOR NÍVEL
O n ı́ v e l A d e p ro te ç ã o é necessá rio quando a proteçã o para a pele, trato respirató rio e olhos deve ser altıśsima. Indicado quando existem vazamentos g a s o s o s , va p o r e s o u o u t r o t i p o contaminantes dispersos no ar. Os equipamentos que devem ser utilizados para proteçã o nıv́el A sã o: • Equipamento autô nomo de pressã o positiva; • Roupa de resistê ncia quım ́ ica totalmente encapsulada; • Luvas internas, com proteçã o quım ́ ica; • Luvas externas, com proteçã o quım ́ ica; • Botas com resistê ncia quım ́ ica, palmilha e biqueira de aço (dependendo do desenho de confecçã o da roupa, deve ser empregada uma bota interna à bota da roupa); • Macacã o de algodã o, Tyvec ou Nomex para uso interno (opcional); • Capacete para uso interno (opcional); • Capa para uso interno (opcional); • Rá dio de comunicaçã o, intrinsecamente
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seguro. 9.2 NÍVEL B – NÍVEL ALTO
jaquetas com mangas longas, capas com capuz, macacõ es, roupas de proteçã o contra respingos em duas peças, etc); • Capa de uso interno (opcional); • Luvas externas com resistê ncia quım ́ ica; • Luvas internas com resistê ncia quım ́ ica; • Botas externas com palmilha e biqueira de aço; • Botas internas com resistê ncia quım ́ ica (opcional); • Capacete (opcional); • Rá dio de comunicaçã o, intrinsecamente seguro.
9.3 NÍVEL C – NÍVEL MÉDIO
O nıv́el B de proteçã o consiste de um traje que possua sistema autô nomo de respiraçã o e proteja contra respingos de lıq ́ uidos perigosos ou só lidos que nã o estejam em suspensã o. Oferece menor proteçã o à pele e olhos, quando comparado ao nıv́el A, sendo indicado quando nã o existem contaminantes dispersos no ar. O nıv́el B é o nıv́el mın ́ imo recomendado em situaçõ es de inıćio de entrada até que o perigo tenha sido detectado e avaliado atravé s de amostragem, ou outro mé todo de aná lise que seja con iá vel, bem como equipamento apropriado para aquela situaçã o tenha sido indicado. Os equipamentos que devem ser utilizados para proteçã o nıv́el B sã o: • Equipamento autô nomo de pressã o positiva; • Roupa de proteçã o quım ́ ica (capas e
O nıv́el C de proteçã o deve ser s e l e c i o n a d o q u a n d o o t i p o d e contaminante do ar é conhecido, sua concentraçã o medida e os crité rios de seleçã o para uso de equipamentos de proteçã o respirató ria estã o de encontro
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com os padrõ es, e a exposiçã o da pele e dos olhos é indesejada. A monitorizaçã o do ar deve ser realizada. Os equipamentos utilizados no nıv́el C de proteçã o sã o: • Má scara facial e iltro apropriado; • Roupa com resistê ncia quım ́ ica (macacã o, conjunto de duas peças com capuz, roupa descartá vel, etc); • Luvas externas com resistê ncia quım ́ ica; • Luvas internas com resistê ncia quım ́ ica; • Botas externas com palmilha e biqueira de aço; • Botas internas com resistê ncia quım ́ ica (opcional); • Roupas internas (opcional); • Capacete (opcional); • Rá dio de comunicaçã o, intrinsecamente seguro; • Má scara de fuga (opcional).
E o uniforme normal de trabalho. Utilizado onde o risco de contaminaçã o é inexistente. Riscos existentes: Nenhum risco esperado. Todo o ambiente, inclusive o ar está livre de qualquer contaminaçã o. Equipamentos: Uniforme normal de trabalho, calçado comum e nenhuma proteçã o respirató ria (BARBOSA et. al.).
9.4 NÍVEL D – MENOR NÍVEL
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10. DESCONTAMINAÇÃO E um processo que consiste na retirada fıśica das substâ ncias impregnadas nos equipamentos de proteçã o individual, equipes de intervençã o e vıt́imas, ou ainda da troca de sua natureza quım ́ ica perigosa (atravé s de reaçõ es quım ́ icas) por outra de propriedades inó cuas (BARBOSA et. al.). A descontaminaçã o poderá ser de natureza FISICA ou QUIMICA, senã o vejamos: • Descontaminaçã o Fıśica: realizada atravé s da retirada das partıćulas fıśicas em forma de só lidos ou poeiras, com o uso de uma escova ou vassoura de cerdas macias, a im de reduzir a quantidade do material envolvido. • Descontaminaçã o Quım ́ ica: realizada
atravé s de reaçõ es quım ́ icas com o uso de soluçõ es pré -estabelecidas, denominadas A / B / C / D e E, realizando com isso a neutralizaçã o ou ainda a troca das propriedades perigosas por outras inó cuas. Esse tipo de descontaminaçã o nã o deve ser realizada diretamente sobre a vıt́ima. 10.1 DESCONTAMINAÇÕES ESPECIAIS Para descontaminaçõ es de vı́timas contaminadas por partı́culas radioativas, deverá ser aplicado um Kit Especial, composto por dois envelopes. O envelope nº. 01 deverá ser utilizado nas extremidades do corpo do paciente (cabeça, mã os e pé s), e o envelope nº.02 deverá ser empregado no restante do corpo (BARBOSA et. al.).
KIT DE DESCONTAMINAÇÃO RADIOATIVA
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10.2 SOLUÇÕES PARA DESCONTAMINAÇÃO No caso de produtos desconhecidos, observamos o seguinte:
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Para os produtos incluıd ́ os nas nove classes de risco (BARBOSA et. al.):
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10.3 DESCONTAMINAÇÃO DE VÍTIMAS E SOCORRISTAS A descontaminaçã o é o processo que consiste na retirada fı́ s ica dos contaminantes ou na alteraçã o de sua natureza quım ́ ica perigosa por outra de propriedades inó cuas (BARBOSA et. al.). Este procedimento é realizado desde a montagem do Corredor de Reduçã o de Contaminaçã o (CRC ou PDT) e, a o i n a l d a o p e r a ç ã o , t o d o s o s equipamentos, materiais e pessoas que tiveram contato com o produto devem ser descontaminados. Em situaçõ es de emergê ncia com produtos perigosos, diferentemente das demais situaçõ es que exigem o salvamento de vıt́imas, todos devem ser considerados contaminados, pois na â nsia de socorrer pessoas que tiveram contato com o produto, existe a possibilidade de contaminaçã o. Portanto, nã o é aconselhá vel fazer entradas heró icas para resgate de vıt́imas sem Equipamentos de Proteçã o Individual compatıv́eis. A prevençã o de contaminaçã o pessoal, seguindo as normas té cnicas e as orientaçõ es dos instrutores, alé m do respeito aos limites de cada pro issional, sã o fatores que mitigam os riscos. As equipes responsá veis pelo atendimento de emergê ncia envolvendo produtos perigosos poderã o contaminar-se de vá rias formas, como as seguir: • Por contato (incluindo o corpo ou equipamentos de proteçã o individual) com o contaminante no ar, contato com gases, vapores e aerodispersó ides; • Por derramamento ou respingos do produto durante qualquer atividade na Zona de Exclusã o; • Por uso de EPI ou instrumentos contaminados; • Contato direto com o produto; • Atravé s do contato com o solo
contaminado. 10.4 CUIDADOS DURANTE O PROCESSO DE DESCONTAMINAÇÃO Deve-se ter os seguintes cuidados durante o procedimento de descontaminaçã o (WALDETARIO et. al.): • Usar sempre equipamentos de proteçã o adequados para cada atividade de risco. • Remova roupas, joias e sapatos. • Contaminantes só lidos ou particulados devem ser escovados cuidadosamente antes de lavar, para evitar a possibilidade de reaçã o quım ́ ica com á gua. Lıq ́ uidos visıv́eis devem ser absorvidos antes de lavar. • Enxá gü e com quantidade abundante de á gua morna. Se houver suspeita de contaminaçã o radioló gica, será necessá rio o uso de detectores especiais para reavaliar os nıv́eis de radiaçã o em contato com a pele, até alcançar um patamar mın ́ imo. E sé rio o perigo de hipotermia com á gua fria. Nunca use á gua quente ou sob alta pressã o. •Se partı́ c ulas de fó sforo estiverem embebidas na pele, irrigaçã o contın ́ ua, imersã o em á gua, cobertura com panos embebidos em á gua devem ser aplicados durante o transporte ao hospital para debridamento cirú rgico. Nã o use ó leo para exposiçõ es com fó sforo, pois pode provocar absorçã o pela pele. • Na descontaminaçã o dos olhos, lave sempre com á gua corrente ou soro ringer lactato por 30 minutos, das laterais para o meio, apertando os pontos lacrimais para reduzir absorçã o. Retire lentes de contato, caso seja possıv́el. Posteriormente procurar oftalmologista. • Em caso de contato com a pele, lave com sabã o neutro ou de coco, merecendo atençã o especial para cabelos, mã os e dobras da pele, pois concentram maior quantidade de contaminantes. Nã o cause mais lesõ es em á reas já maceradas.
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Evite contaminar a á rea ao redor. A descontaminaçã o nã o deve ser retardada para se achar um tanque ou local apropriado. • Remover a vıt́ima para um ambiente arejado e solicitar assistê ncia mé dica de emergê ncia; se nã o estiver respirando, providenciar respiraçã o arti icial com a devida proteçã o; se a respiraçã o é difıćil, administrar oxigê nio. • Manter a vıt́ima quieta e agasalhá -la para evitar hipotermia • Os efeitos do produto quım ́ ico podem ser retardados, a exemplo das contaminaçõ es radioló gicas, havendo necessidade de manter a vıt́ima em observaçã o. To m a n d o c o m o b a s e o s exemplos abaixo, segue um roteiro com trê s estaçõ es de descontaminaçã o já utilizadas pelo Corpo de Bombeiros do Estado do Espıŕito Santo (WALDETARIO et. al.): • Manter a vıt́ima quieta e agasalhá -la para evitar hipotermia • Os efeitos do produto quım ́ ico podem ser retardados, a exemplo das contaminaçõ es radioló gicas, havendo necessidade de manter a vıt́ima em observaçã o. To m a n d o c o m o b a s e o s exemplos abaixo, segue um roteiro com trê s estaçõ es de descontaminaçã o já utilizadas pelo Corpo de Bombeiros do Estado do Espıŕito Santo (WALDETARIO et. al.):
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1ª BASE/ESTAÇAO: - DEPOSITO DE MATERIAIS; - SACOS PLASTICOS.
2ª BASE/ESTAÇAO: - RESERVA DE AGUA; - LONA; - PISCINA; - SOLUÇAO QUIMICA OU DETERGENTE; - 2 OU 3 ESCOVAS DE PELOS SUAVES; - 1 BALDE; - 2 CAVALETES; - OXIGENIO.
3ª BASE/ESTAÇAO: - CILINDROS DE AR; - BANCOS; - LONA.
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INSTRUMENTOS, FERRAMENTAS E PROCEDIMENTOS EM CASO DE INCIDENTES COM MÚLTIPLAS VÍTIMAS - CAPÍTULO 3
10.5 TRIAGEM A triagem é uma atividade extremamente importante para assegurar o funcionamento do sistema de saú de, sua e iciê ncia e operacionalidade e para reduzir o nú mero de mortes evitá veis. A triagem tem por inalidade identi icar os pacientes em risco de morte e que serã o salvos caso recebam uma prioridade que lhes assegure cuidados imediatos e oportunos, no setor adequado. E um processo contın ́ uo, que se inicia na fase de atendimento pré - hospitalar e tem continuidade durante todo o processo de evacuaçã o, intensi icando-se no setor especı́ ico que se organiza na entrada da unidade de emergê ncia e continua até que o ú ltimo paciente seja encaminhado e atendido. Os mé todos de triagem devem ser: • simples, objetivos, padronizados e rá pidos; • adequadamente correlacionados com o estado geral dos pacientes e com o prognó stico de evoluçã o do mesmo; • facilmente aplicá veis por equipes adestradas. Tem por inalidade a rá pida classi icaçã o das vıt́imas, de acordo com a prioridade de atendimento que necessita, em funçã o da maior ou menor gravidade de seu estado geral e das expectativas de sobrevivê ncia. O pró ximo passo consiste na admissã o dos pacientes na unidade de emergê ncia hospitalar, e é realizado pelo mé dico responsá vel pela triagem, assistido pela enfermeira auxiliar de triagem, apoiados pelo pessoal do serviço de prontuá rios mé dicos e por equipes de padioleiros. Isso permite que, concomitante ao recebimento do paciente, seja
providenciado o registro, a abertura do prontuá rio mé dico para aqueles de primeira consulta e se de ina, por có digo de cores, a prioridade de atendimento. 10.5.1 SIGNIFICADO DAS FAIXAS COLORIDAS As faixas coloridas tê m o s e g u i n t e s i g n i i c a d o ( C AST RO e CALHEIROS, 2002): a) Faixa Vermelha - Prioridade 1 - Correspondendo aos feridos graves, com lesõ es severas, em situaçã o de risco iminente e cujas probabilidades de sobrevivê ncia dependem de cuidados imediatos, por equipe mé dica experiente, em local adequado (pacientes de alto risco). b) Faixa Amarela - Prioridade 2 - Correspondendo aos feridos com lesõ es graves, mas, que por nã o estarem em situaçã o de risco iminente, tê m menor prioridade que os pacientes de alto risco, já que sua sobrevivê ncia independe de cuidados imediatos. c ) Fa i x a P r e t a - P r i o r i d a d e 3 - Correspondendo aos pacientes terminais, com lesõ es de extrema gravidade e cujos prognó sticos sã o tã o sombrios, que, mesmo atendidos imediatamente por equipe mé dica experiente, irã o falecer. d ) Fa i xa Ve rd e - P r i o r i d a d e 4 - Correspondendo aos pacientes com lesõ es leves e baixo nıv́el de risco, os quais, atendidos rapidamente, no setor especı́ ico (feridos leves), podem ser liberados e referenciados para controle ambulatorial. Portanto, a equipe de saú de responsá vel pela triagem deve ser experiente e, em nenhuma hipó tese, devem envolver-se em atividades de atendimento aos pacientes, antes de concluıd ́ a sua tarefa. 11. MÉTODO CRAMP A simbologia C.R.A.M.P. signi ica: Circulaçã o, Respiraçã o, Abdô men,
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CAPÍTULO 3 - INSTRUMENTOS, FERRAMENTAS E PROCEDIMENTOS EM CASO DE INCIDENTES COM MÚLTIPLAS VÍTIMAS
Motricidade, Palavra. Utilizado no Posto Mé dico Avançado Este luxograma deve ser utilizado, preferencialmente, por pro issionais da á rea de saú de, pois envolve conhecimentos de isiologia e anatomia. Ele possibilita uma classi icaçã o mais apurada da vıt́ima. Sã o atribuıd ́ os escores que variam de 0 a 2 para cada um dos cinco itens da classi icaçã o. E estes valores sã o posteriormente somados e correlacionados entã o com a cor correspondente ao valor total obtido. A classi icaçã o inal resulta na distribuiçã o das vı́ t imas na mesma categoria do luxograma S.T.A.R.T. (MASELLA, 2012) Sugere-se que baseados na formaçã o dos pro issionais que estã o atendendo á ocorrê ncia, utilize-se no primeiro momento o luxograma S.T.AR.T. (Zona Quente) e de ina posteriormente, a mudança para o luxograma C.R.A.M.P.. (Posto Mé dico Avançado). A m b o s o s l u x o g r a m a s empregados sã o passıv́eis de crı́ticas, entretanto até o presente momento, nã o contamos com outro de melhor e icá cia em nosso meio. Apó s a classi icaçã o com o S.T.A.R.T., a vıt́ima deve ser identi icada com um cartã o colorido que terá a cor correspondente à quela atribuı́da pelo S.T.A.R.T. O cartã o deve ser preenchido pelo triador.(vide tabela anexa).
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INSTRUMENTOS, FERRAMENTAS E PROCEDIMENTOS EM CASO DE INCIDENTES COM MÚLTIPLAS VÍTIMAS - CAPÍTULO 3
QUADRO 1 - PONTUAÇÃO CIRCULAÇÃO (C) - PONTUAÇÃO 0 (ZERO) Quando qualquer um dos seguintes sinais está presente: - pulso impalpável e ausculta inaudível - TSA inferior a 85mmHg - após compressão, não retorno à cor normal - hálux gelado - lividez suprapatelar PONTUAÇÃO 1 (UM) Quando não existe nenhum sinal correspondente à pontuação zero e qualquer um dos seguintes sinais está presente: - pulso inferior a 60 ou superior a 100 BPM - TSA inferior a 100 mmHg e superior a 85mmHg - após compressão, a cor normal retorna após 5 segundos - hálux frio - ausência de lividez suprapatelar PONTUAÇÃO 2 (DOIS) Quando os seguintes sinais estão presentes: - pulso superior a 60 e inferior a 100 BPM - TSA superior a 100 mmHg - após compressão, a cor normal retorna entre 3 e 5 segundos - hálux morno - ausência de lividez suprapatelar
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QUADRO 2- PONTUAÇÃO RESPIRAÇÃO (R)-PONTUAÇÃO 0 (ZERO) Quando qualquer um dos seguintes sinais está presente: - parada respiratória - respiração estertorosa PONTUAÇÃO 1 (UM) Quando não existe nenhum sinal correspondente à pontuação zero e qualquer um dos seguintes sinais está presente: • freqüência respiratória inferior a 10 ou superior a 35 RPM • dinâmica respiratória anormal, podendo o paciente apresentar: - dispnéia - respiração dominantemente abdominal - respiração paradoxal - obstrução de via aérea superior • lesões de parede torácica, como: - ferida penetrante de tórax, base do pescoço ou oco da axila - contusões ou fraturas do gradil costal - tórax instável PONTUAÇÃO 2 (DOIS) Quando os seguintes sinais estão presentes: - freqüência respiratória superior a 10 e inferior a 35 RPM - dinâmica respiratória normal - semiologia da parede torácica normal
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INSTRUMENTOS, FERRAMENTAS E PROCEDIMENTOS EM CASO DE INCIDENTES COM MÚLTIPLAS VÍTIMAS - CAPÍTULO 3
QUADRO 3- PONTUAÇÃO ABDÔMEN (A)-PONTUAÇÃO 0 (ZERO) Quando qualquer um dos seguintes sinais está presente: - intensa reação da parede abdominal - rigidez de parede - contratura da parede abdominal muito intensa - ventre em tábua - semiologia de hemorragia interna, com sinais de choque (taquicardia, pulso filiforme, hipotensão arterial, sudorese intensa, lividez) - agravamento progressivo do quadro de hemorragia interna PONTUAÇÃO 1 (UM) Quando não existe nenhum sinal correspondente à pontuação zero e qualquer um dos seguintes sinais está presente: - ferida penetrante ou transfixante do abdômen, região inguinal, períneo ou região dorsal - defesa de parede - presença de pontos dolorosos à palpação PONTUAÇÃO 2 (DOIS) Quando os seguintes sinais estão presentes: - semiologia normal da parede abdominal; - semiologia normal da cavidade abdominal.
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QUADRO 4- PONTUAÇÃO RESPOSTA MOTORA (M) – PONTUAÇÃO 0 (ZERO) O paciente está inconsciente (em coma), não apresenta resposta motora, mas apenas neurovegeta va aos es mulos dolorosos. Nessa condição, existem duas alterna vas: - o paciente respira espontaneamente: coma grau 3 - o paciente está em parada respiratória: coma grau 4 PONTUAÇÃO 1 (UM) Quando não existe nenhum sinal correspondente à pontuação zero e qualquer um dos seguintes sinais está presente: - resposta motora aos es mulos dolorosos com o paciente abrindo os olhos: pré-coma - o paciente sem abrir os olhos apresenta resposta motora orientada e coerente aos es mulos dolorosos: coma grau 1 - o paciente sem abrir os olhos apresenta resposta motora esterio pada aos es mulos dolorosos: coma grau 2 ..a contração em bloco da musculatura flexora caracteriza decor cação ..a contração em bloco da musculatura extensora caracteriza descerebração PONTUAÇÃO 2 (DOIS) Quando os seguintes sinais estão presentes: - semiologia normal e o paciente obedece às ordens - o paciente permanece de olhos abertos, com fácies (expressão facial) inteligente
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INSTRUMENTOS, FERRAMENTAS E PROCEDIMENTOS EM CASO DE INCIDENTES COM MÚLTIPLAS VÍTIMAS - CAPÍTULO 3
QUADRO 5- PONTUAÇAO PSIQUISMO - PALAVRA (P)-PONTUAÇÃO 0 (ZERO) Quando qualquer um dos seguintes sinais está presente: - ferida penetrante ou transfixante de crânio, com ou sem perda de massa encefálica - inconsciência - ausência de discurso PONTUAÇÃO 1 (UM) Quando não existe nenhum sinal correspondente à pontuação zero e qualquer um dos seguintes sinais está presente: - otorragia - discurso confuso, incoerente e mau ar culado PONTUAÇÃO 2 (DOIS) Quando os seguintes sinais estão presentes: - semiologia normal e o paciente obedece às ordens - discurso coerente e bem ar culado
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CAPÍTULO 3 - INSTRUMENTOS, FERRAMENTAS E PROCEDIMENTOS EM CASO DE INCIDENTES COM MÚLTIPLAS VÍTIMAS
Como exemplo de aplicabilidade do mé todo CRAMP, temos a seguir a experiê ncia do Hospital Geral de Itapecirica da Serra-SP.
11.2 CLASSIFICAÇÃO DOS PACIENTES A b a i xo d e s c re ve re m o s a classi icaçã o dada à s situaçõ es dos pacientes: a) PRETO: ó bito – Necroté rio. Nã o recebem icha de evacuaçã o. Nã o sã o atendidos pelo serviço de atendimento pré -hospitalar e nã o sã o evacuados para hospitais. Nã o devem ser transportados em ambulâ ncias, mas em veıćulos especiais (rabecã o) para necroté rios ou institutos mé dicos legais, quando existirem na localidade.
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b) VERMELHO: Pacientes com lesõ es graves com risco de morte nas pró ximas duas horas. CRAMP: 2 a 6. Hospital Dia: lado direito. c) AMARELO: Pacientes com lesõ es graves sem risco de morte nas pró ximas 24 horas. CRAMP: 7 a 8. Hospital dia: Lado esquerdo. d) VERDE: Pacientes com lesõ es leves, pacientes está veis, sem risco de morte. CRAMP: 9 a 10. Fluxo normal do PS.
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INSTRUMENTOS, FERRAMENTAS E PROCEDIMENTOS EM CASO DE INCIDENTES COM MÚLTIPLAS VÍTIMAS - CAPÍTULO 3
O triador deve colocar o cartã o na vıt́ima, e proceder a retirada das cores do cartã o nã o correspondentes à classi icaçã o da vıt́ima e guardar consigo. No cartã o da vıt́ima ica só a cor de sua classi icaçã o na ú ltima tarjeta (MASELLA, 2012). Este procedimento, por mais simples que pareça, é fundamental para agilizar a transferê ncia da vıt́ima para o Posto Mé dico Avançado - PMA. O local para atendimento Alternativo é o Ambulató rio. Ao inal desta etapa, cada participante envolvido na triagem deve entregar as tarjetas removidas para o Coordenador de Triagem. A triagem no local visa: • Racionalizar o atendimento e salvar o maior nú mero possıv́el de vıt́imas; • O crité rio de classi icaçã o deve ser conhecido por todos os envolvidos; • As vıt́imas serã o triadas e classi icadas pelo crité rio S.T.A.R.T.; • Cada vıt́ima será identi icada por meio de cartã o numerado e classi icada por cores, de acordo com a gravidade de seu quadro clın ́ ico (vermelho \ amarelo \ cinza \ verde \ branco); • A triagem no local da ocorrê ncia será feita uma ú nica vez; • Os triadores deverã o informar imediatamente o coordenador de triagem quando identi icarem vıt́imas classi icadas como vermelhas, para que o seu encaminhamento ao Posto Mé dico Avançado seja priorizado. • Caberá ao coordenador da triagem direcionar as vıt́imas para a á rea do P.M.A. correspondente á classi icaçã o atribuıd ́ a na triagem; • As vı́ t imas cinza deverã o ser as penú ltimas a serem removidas do local da ocorrê ncia. Elas deverã o ser submetidas à reclassi icaçã o, apó s a classi icaçã o e encaminhamento das vıt́imas vermelhas e
amarelas do P.M.A. 11.3 POSTO MÉDICO AVANÇADO O PMA deve ser montado, sempre que possıv́el, na zona fria, em á rea de inida como segura pelos bombeiros. Deve ser dada preferê ncia ao local que permita fá cil acesso á s vıt́imas trazida em macas e, ao mesmo tempo proporcione uma rota livre e um luxo unidirecional para a entrada e saıd ́ a dos veıćulos de resgate, priorizando o transporte das vıt́imas classi icadas como vermelhas. Nã o é interessante que o local destinado a pouso e decolagem de helicó pteros ique excessivamente pró ximo ao local (MASELLA, 2012). No local serã o abertas lonas coloridas (vermelha, amarela, verde), ou identi icadas atravé s de bandeirolas das mesmas cores, e de dimensõ es su icientes para receber o nú mero estimado de vıt́imas. Dependendo do local, da situaçã o climá tica e da hora do dia, poderá ser necessá rio instalar cobertura ou iluminaçã o arti icial. Para facilitar a utilizaçã o de soros, pode-se usar um sistema de varal. No PMA devem ser programadas equipes de diferentes cores (vermelha, amarela, verde), cujos componentes deverã o ser identi icados com coletes de cor correspondentes á s do posto de atendimento. Alé m das equipes mencionadas, deverá existir uma equipe preta/cinza, integrada por peritos enviados pelo Instituto de Criminalıśtica da Polıćia Civil e dotada de um veıćulo para transporte de vıt́imas fatais. No PMA deverá ser mantida e preenchida uma planilha de controle, contendo informaçõ es individuais de cada uma das vıt́imas. Esta planilha deverá ser preenchida por um membro da equipe de
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CAPÍTULO 3 - INSTRUMENTOS, FERRAMENTAS E PROCEDIMENTOS EM CASO DE INCIDENTES COM MÚLTIPLAS VÍTIMAS
atendimento, de preferê ncia nã o por um mé dico. 11.4 SISTEMAS DE COMUNICAÇÃO Vá rios sã o os sistemas de comunicaçã o que podem ser usados (MASELLA, 2012): • Verbal – megafone; • Apito – sinalizadores com som direcionado de fá cil identi icaçã o; • Telefonia; • Rá dio. Neste sistema esta o ponto chave para estabelecer o luxograma, hierarquia, etc., para estruturar o sistema de atendimento em todos os nı́ v eis e circulaçã o de informaçõ es. Todos os envolvidos estarã o munidos de sistema de comunicaçã o via rá dio ou telefonia celular, transferindo informaçõ es aos postos de comando e solicitando as prioridades necessá rias ao atendimento das vıt́imas. 11.5 SISTEMA DE TRANSPORTE Vá rios sã o os sistemas de transporte que podem ser usados: • via aé rea – helicó ptero, aviã o e etc. • via terrestre – ambulâ ncia, USA – USB – UR e etc. • via aquá tica – Ambulancha e etc. De inido de acordo com o tipo de terreno, caracterıśtica local de transporte e vias de acesso aos recursos hospitalares.
nã o esteja funcionando como centro de referê ncia para os pacientes crıt́icos. No hospital de referê ncia, as informaçõ es pertinentes ao atendimento deverã o ser anotadas cuidadosamente, como informaçõ es do tipo: • Mecanismo de trauma e natureza das lesõ es • Avaliaçã o no local (triagem) – START – avaliaçã o no PMA – CRAMP. • Principais procedimentos realizados no local • Tipo de transporte • Intervalo entre as lesõ es e o atendimento e a chegada ao hospital • Avaliaçã o inicial no hospital (ABCDE) • Escore da escala de coma de glasgow • Procedimentos de reanimaçã o • Exame secundá rio (pormenorizado) • Antecedentes (quando for possıv́el) • Exames 12. MÉTODO MANCHESTER M é to d o u t i l i z a d o p a ra a classi icaçã o de risco de usuá rios atendidos nos prontos-socorros de diversos hospitais do Brasil. Segue-se utilizando a seguintes tarjetas (SOUZA et. al., 2011):
11.6 SISTEMA DE ATENDIMENTO HOSPITALAR As vıt́imas vermelhas e amarelas deverã o, ser encaminhadas aos hospitais de referencia para uma avaliaçã o completa e, para a adoçã o de medidas terapê uticas pertinentes (MASELLA, 2012). A s v ı́ t i m a s v e r d e s , q u e necessitem de atendimento hospitalar, deverã o ser encaminhadas a hospital que 76
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INSTRUMENTOS, FERRAMENTAS E PROCEDIMENTOS EM CASO DE INCIDENTES COM MÚLTIPLAS VÍTIMAS - CAPÍTULO 3
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Capítulo 4
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Capítulo 4 “OPERAÇÃO VADE-MÉCUM” CONTEXTO O CENÁRIO A á rea de tancagem do Mucuripe em Fortaleza, está localizada no bairro de mesmo nome e conta com 48 tanques, perfazendo um total de 123 toneladas de combustı́veis estocado. Cortada pela Avenida José Saboia caracteriza - se pelo intenso luxo de veıćulos, especialmente composto por veıćulos pesados com carga de combustıv́eis, fruto do crescimento do consumo e da de iciê ncia de infra estrutura de logıśtica e estocagem de combustıv́eis, que nã o acompanhou o crescimento do econô mico do estado provocando a dependê ncia externa de combustıv́eis, a qual é contornada pelo suprimento dos produtos provenientes de outros estados, como Rio Grande do Norte, Paraı́ba, Pernambuco e Maranhã o que demandam ao estado do Ceará por via rodoviá ria. A enseada abriga o porto da c i d a d e q u e p o s s u i a s s e g u i n t e s caracterıśticas: Calado de 14m; capacidade d e o p e r a ç ã o d e 3 , 5 m i l h õ e s d e toneladas/ano de grané is só lidos e lıq ́ uidos; operaçã o simultâ nea de 5 navios; c o m m o v i m e n t a ç ã o d e 7 0 m i l contê ineres/ano. A á rea portuá ria dispõ e de: cinco armazé ns totalizando 30.000 m²; pá tios a cé u aberto para contê ineres, com 72.577m², um pá tio para miné rios, com 156.400 m² e um pá tio pavimentado para exportaçã o, medindo 3.520m².
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Possui ainda um pıér, com dois berços de 90m de extensã o e com profundidade de 11m destinado à movimentaçã o de petró leo e derivados. Contıǵuo ao cais de atracaçã o existe també m um terminal marıt́imo de passageiros com capacidade para atender a um navio de passageiros atracado. No entorno da á rea do porto do Mucuripe localizam-se vá rias comunidades onde residem pessoas identi icadas com aquela á rea marıt́ima, destacando-se a “comunidade do Titanzinho”, onde funcionam escolas de surf para jovens carentes que aliam o esporte ao estudo para promover cidadania, já tendo produzido vá rios pro issionais de surf para o cená rio mundial. O Centro Vocacional Tecnoló gico Portuá rio Manoel Dias Branco (CVTPortuá rio), entidade de ensino pro issional, localizado na avenida Vicente de Castro, tem gerado tem uma mã o de obra quali icada para os trabalhos portuá rios e mais de 300 alunos dos diversos cursos residem nas cercanias da escola. Como ı́ c one desse bairro, destaca-se a instalaçã o fıśica do Velho Farol da cidade, o “Farol do Mucuripe”, construıd ́ o entre os anos de 1840 a 1846 pelos escravos, con igura-se como um ıćone da cidade de Fortaleza, e apesar de ser
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“OPERAÇÃO VADE-MÉCUM” - CONTEXTO - CAPÍTULO 4
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Calendário das Atividades Desenvolvidas
DATA / HORA
LOCAL
RESPONSÁVEL
16 Abr. 15:00h
Reunião Inicial de apresentação do Projeto
CCDA/10ª RM
CDA/SESA***
24 Abr. 14:00h
Brie ing Inicial
CCDA/10ª RM
SESA/CCDA
29 Abr. 14:00h
Brie ing Intermediário
CCDA/10ª RM
SESA/CCDA***
02 Mai. 09:00h
Reconhecimento da Região do Exercício
Mucuripe
SESA/CCDA
Seminário de DQBRNE
Hotel Mareiro
SUS /ANVISA
14 Mai. 14:00h
Brie ing Final
CCDA/10ª RM
SESA***
16 Mai. 08:00h
Apronto Operacional
23º BC/10ª RM
10ª RM
26 Mai. 14:00h
Nivelamento dos Critérios de Avaliação
HGeF
Coord. /Avaliação
27 Mai. 14:00h
Exercício de Mesa - 1ª Cena – FAROL
CCDA
CDA/SESA
05 a 09 Mai. 08:00 – 18:00h
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ATIVIDADE
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CALENDÁRIO DE ATIVIDADES DESENVOLVIDAS - CAPÍTULO 4
DATA / HORA
ATIVIDADE
LOCAL
RESPONSÁVEL
CCDA
CDA/SESA
Mucuripe
CDA/SESA
CCDA
CDA/SESA***
Ensaio Geral nas Cenas
Mucuripe
CDA
Exercício de Campo – Porto do Mucuripe
Mucuripe
CDA/SESA***
Auditório/ 10ª RM
CDA/ Agências
HGeF
CCDA
28 Mai. 14:00h
Exercício de Mesa - 2ª Cena – TANCAGEM
29 Mai. 08:00 h
Reconhecimento Final
29 Mai. 14:00 – 17:00h 31 Mai. 14:00h 01 Jun. 07:00-16:00h
Exercício de Mesa - 3ª Cena – NAVIO
03 Jun. 14:00h
Debrie ing/APA
26 Jun. 08:30h
Exercício de Campo - Hosp. Geral de Fortaleza/Exército Brasileiro
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Exercício de Mesa Manifestação Incidente 1 Data / Hora: 27 Mai. 14:00h Atividade: Exercıćio de Mesa - 1ª Cena – FAROL Local: CCDA Responsável: CDA/SESA O primeiro dia da fase de mesa do Exercıćio simulado interagê ncias Vade – Mé cum é destinado a criar um espaço para discussã o sobre os vá rios tó picos do incidente nº 1, A MANIFESTAÇAO NO FAROL, onde cada agente irá planejar a soluçã o da sua missã o especı́ ica e suas in luê ncias e interaçõ es para as demais agê ncias envolvidas com a inalidade de dar efetividade ao primeiro incidente do exercıćio.
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OPERAÇÃO VADE-MÉCUM 2014 | EXERCÍCIO SIMULADO INTERAGÊNCIAS COM MÚLTIPLAS VÍTIMAS
MANIFESTAÇÃO - INCIDENTE 1
EXERCÍCIO DE MESA 1 - CAPÍTULO 4
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PROTOCOLO - INCIDENTE 1
CAPÍTULO 4 - EXERCÍCIO DE MESA 1
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OPERAÇÃO VADE-MÉCUM 2014 | EXERCÍCIO SIMULADO INTERAGÊNCIAS COM MÚLTIPLAS VÍTIMAS
Exercício de Mesa Explosão/Atentado Terrorista Incidente 2 Data / Hora: 28 Mai. 14:00h Atividade: Exercıćio de Mesa - 2ª Cena – TANCAGEM Local: CCDA Responsável: CDA/SESA Uma lista de acontecimentos que ocorrerã o nas diversas cenas do incidente nº 2, EXPLOSAO E ATENTADO DO CARRO BOMBA, foi explanada para os diversos agentes participantes levantassem os graus de envolvimento de sua respectiva agê ncia e as implicaçõ es com as demais açõ es que ocorrerã o simultaneamente e a apresentaçã o de como foram planejadas essas açõ es conjuntas.
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CAPÍTULO 4 - EXERCÍCIO DE MESA 2
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OPERAÇÃO VADE-MÉCUM 2014 | EXERCÍCIO SIMULADO INTERAGÊNCIAS COM MÚLTIPLAS VÍTIMAS
EXPLOSÃO/ATENTADO TERRORISTA - INCIDENTE 2
EXERCÍCIO DE MESA 2 - CAPÍTULO 4
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PROTOCOLO - INCIDENTE 2
CAPÍTULO 4 - EXERCÍCIO DE MESA 2
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OPERAÇÃO VADE-MÉCUM 2014 | EXERCÍCIO SIMULADO INTERAGÊNCIAS COM MÚLTIPLAS VÍTIMAS
Exercício de Mesa Pânico no Navio Incidente 3 Data / Hora: 29 Mai. 14:00 – 17:00h Atividade: Exercício de Mesa - 3ª Cena – NAVIO Local: CCDA Responsável: CDA/SESA*** Os acontecimentos do incidente nº 3, PANICO NO NAVIO, foram explanados para que as agê ncias pudessem discutir e entender qual o papel de cada um nesse contexto para possibilitar que as açõ es sejam executadas coordenadamente e com sinergia para resultarem na atuaçã o correta do grupo empenhado no exercıćio de campo.
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CAPÍTULO 4 - EXERCÍCIO DE MESA 3
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OPERAÇÃO VADE-MÉCUM 2014 | EXERCÍCIO SIMULADO INTERAGÊNCIAS COM MÚLTIPLAS VÍTIMAS
PÂNICO NO NAVIO - INCIDENTE 3
EXERCÍCIO DE MESA 3 - CAPÍTULO 4
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PÂNICO NO NAVIO - INCIDENTE 3
CAPÍTULO 4 - EXERCÍCIO DE MESA 3
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OPERAÇÃO VADE-MÉCUM 2014 | EXERCÍCIO SIMULADO INTERAGÊNCIAS COM MÚLTIPLAS VÍTIMAS
Exercício de Campo Início Data / Hora: 01 Jun. 07:00-16:00h Atividade: Exercıćio de Campo – Porto do Mucuripe Local: Mucuripe Responsável: CDA/SESA***
Direçã o do Exercıćio
Neste domingo radioso quando concentramos as nossas energias nesse local, emoldurado pelos verdes mares do Ceará e pelo "Farol do Mucuripe”, esse ıćone construıd ́ o entre os anos de 1840 a 1846 pelos escravos e que con igura-se como um marco histó rico da cidade de Fortaleza, estamos prestes a empreender uma sequê ncia de açõ es baseadas no conhecimento cientı́ ico e estruturadas num só lido planejamento, que tem por inalidade testar e validar polıt́icas, planos,
p r o c e d i m e n t o s , t r e i n a m e n t o s e equipamentos em operaçõ es interagê ncias. Os desa ios para o setor saú de no enfrentamento de situaçõ es crıt́icas exigem muito planejamento e esforços integrados das Forças Armadas, de instituiçõ es pú blicas civis e militares das esferas: federal, estadual e municipal, como també m das empresas do campo privado, alé m de entidades sociais e comunitá rias de voluntariado e organizaçõ es nã ogovernamentais, com-ponentes do Terceiro
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CAPÍTULO 4 - EXERCÍCIO DE CAMPO - INÍCIO
Setor. A Operaçã o VADE-MECUM, apó s intensos trê s dias de exercıćio de mesa, reconhecimentos e ensaios, iniciará em poucos instantes a sua parte prá tica, com o intuito de aproximar - se de condiçõ es de realidade, sem descuidar um só momento da segurança dos atores igurantes, dos socorristas, dos avaliadores e da assistê ncia. A Operaçã o VADE - MECUM reú ne elementos essenciais para integraçã o, interaçã o e comunicaçã o entre as agê ncias diante de eventos como desastres naturais, catá strofes e acidentes ou incidentes envolvendo situaçõ es de emergê ncias com agentes quı́ m icos, bioló gicos, radioló gicos, nucleares e explosivos, as quais sã o identi icadas por intermitente gravidade, duraçã o e amplitude. Essas condiçõ es caracterizam portanto, o presente exercıćio simulado interagê ncias e por certo servirá como passo inicial para engajar a sociedade cearense em busca do planejamento e preparaçã o de açõ es preventivas e de mitigaçã o a serem implementadas em Incidentes com Mú ltiplas Vıt́imas (IMV) que possam vir a ocorrer na capital desse nosso estado naturalmente vocacionado para o turismo e promotor de grandes eventos. E imperioso que se registre a adesã o imediata da Secretaria da Saú de do Estado do Ceará , o apoio das entidades e voluntá rios participantes e em especial, das empresas da á rea portuá ria que franquearam suas instalaçõ es para viabilizar essa inciativa do Comando da 10ª Regiã o Militar, que tem por ito a preparaçã o para o grandioso evento da Copa do Mundo 2014 que se iniciará em 11 dias. 96
O n o s s o e x e r c ı́ c i o s e desenvolverá na regiã o do porto do Mucuripe, em trê s cenas assim dispostas: na á rea do farol, simulando uma manifestaçã o com vıt́imas de traumas; na á rea de tancagem, onde serã o iguradas vıt́imas de explosõ es e de uso de bombas sujas contendo agentes quı́ m icos e radioló gicos obrigando a execuçã o de açõ es de descontaminaçã o atravé s do Posto de Descontaminaçã o Total e, inalmente, a terceira cena que se dará no cais de atracaçã o do porto, igurando vıt́imas de acidentes bioló gicos, pâ nico, afogamento e escoriaçõ es generalizadas, cenas essas pormenorizadas a seguir pelos respectivos g e r e n t e s d e c a d a c e n a . Apó s cada incidente restarã o vıt́imas simuladas, totalizando 100, todas maquiadas e identi icadas com ichas contendo a descriçã o gené rica do agravo, possibilitando as açõ es das equipes do SAMU que farã o o atendimento pré hospitalar. Na sequê ncia, atravé s da central de regulaçã o as vıt́imas triadas serã o transportados para a rede de hospitais de referê ncia que iniciarã o a fase hospitalar do atendimento. Em cada cena haverá um dispositivo para a assistê ncia semelhante a este que encontramos aqui, onde se desenvolverá a primeira cena, sendo o acesso aos outros dois episó dios viabilizado à assistê ncia atravé s de uma frota de ô nibus.
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INÍCIO - EXERCÍCIO DE CAMPO - CAPÍTULO 4
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Manifestação { } INCIDENTE 1
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A imagem acima corresponde ao diagrama de
localizaçã o de cada vıt́ima no terreno.
A listagem apresentada à direita caracteriza a
quantidade de vıt́imas simuladas, seu nú mero de identi icaçã o, as lesõ es visı́veis (todas as vı́timas receberam maquiagem representativa dos ferimentos), e dados clın ́ icos adicionais para realizaçã o da triagem pelo mé todo START pelos socorristas.
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Manifestação { } INCIDENTE 1
A nossa frente e a direita, iremos observar o desembarque da tropa de Choque. No dia anterior, a Inteligê ncia levantou a possibilidade de deslocamento de manifestantes em direçã o à Regiã o de Hoté is na Orla Marıt́ima de Fortaleza. A m i s s ã o re c e b i d a f o i b l o q u e a r o deslocamento, evitando a aglomeraçã o na Orla Marı́tima o que di icultaria o transporte das delegaçõ es para à s á reas de treinamento e jogos. 1) MANIFESTAÇÃO DESLOCA-SE E ENCONTRA A TROPA DE CHOQUE A manifestaçã o segue em direçã o à Orla Marıt́ima e depara-se com a tropa de choque. Açã o: Manifestantes se deslocam e encontram a tropa de choque. 2) ATUAÇÃO DO NEGOCIADOR Neste momento o negociador identi icará a liderança da manifestaçã o e inicia a negociaçã o na tentativa de evitar a continuaçã o do movimento para a Regiã o de hoté is. O efetivo da Manifestaçã o começa a aumentar com a chegada de curiosos. Açã o: negociador identi ica a liderança e começa a negociaçã o tentando evitar o deslocamento dos manifestantes para a orla marıt́ima. 3) CHEGADA DE MANIFESTANTES MAIS AGRESSIVOS A situaçã o começa a icar mais tensa com a chegada de manifestantes mais 102
agressivos, os quais tentam incentivar os outros investirem contra a tropa. Os â nimos se acirram e objetos sã o lançados sobre a tropa, neste momento, a tropa reage com muniçã o nã o letal e alguns manifestantes chegam a se ferir, inclusive, com pedras lançadas pelos mais agressivos. Açã o: separar 4 militares para jogar as bolas de papel (ou sacos d´á gua) na tropa. 4) APREENSÃO DE MANIFESTANTES Com os â nimos acirrados trê s manifestantes enfrentam a tropa de choque e sã o presos pela equipe de captura. Mais feridos começam a surgir no meio da multidã o. Neste momento, a tropa de choque utiliza-se de gá s lacrimogê neo para dispersar a manifestaçã o, a qual sentindo o efeito do gá s corre a procura de um local mais seguro, restando apenas à s vıt́imas. Açã o: separar trê s manifestantes para ir de encontro a tropa de choque tentando incitar os manifestantes a avançarem; veri icar quem vai acionar o fumıǵeno. 5 ) E X P L O S Ã O N O PA R Q U E D E TANCAGEM Neste momento escuta-se uma grande explosã o, atraindo os manifestantes e a tropa de choque para o Parque de Tancagem e as equipes de saú de começam a socorrer os feridos. Açã o: Buzinas simbolizam a explosã o.
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COMO COMEÇOU
Reunião dos manifestantes antes
do
protesto FORTALEZA - CEARÁ - BRASIL
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A ORGANIZAÇÃO
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A PROTEÇÃO
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Neste momento o negociador identi icará a liderança da manifestaçã o e inicia a negociaçã o na tentativa de evitar a continuaçã o do movimento para a Regiã o de hoté is. O efetivo da Manifestaçã o começa a aumentar com a chegada de curiosos.
A NEGOCIAÇÃO
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TÉCNICA DE APREENSÃO DE MANIFESTANTES
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Com os â nimos acirrados trê s manifestantes enfrentam a tropa de choque e sã o presos pela equipe de captura. Mais feridos começam a surgir no meio da multidã o. Neste momento, a tropa de choque utiliza-se de gá s lacrimogê neo para dispersar a manifestaçã o, a qual sentindo o efeito do gá s corre a procura de um local mais seguro, restando apenas à s vıt́imas.
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{MANIFESTAÇÃO}
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AS VÍTIMAS
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AS VÍTIMAS
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{MANIFESTAÇÃO}
A DISPERSÃO Escuta-se uma grande explosã o, atraindo os manifestantes e a tropa de choque para o Parque de Tancagem e as equipes de saú de começam a socorrer os feridos.
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Relatório 1. FINALIDADE O presente relató rio visa apresentar os aspectos mais relevantes observados no decorrer do planejamento e execuçã o da Operaçã o VADE-MECUM. 2. REFERÊNCIA a. Ordem de Instruçã o Nr 001 – D3/CCDA – FORTALEZA. b. Diretrizes do Coordenador de Defesa de Area Fortaleza. c. Plano de Operaçõ es FORTALEZA (CCDA). d. Plano de Operaçõ es COpEsp para a COPA 2014. e. Plano de Açã o de Saú de para a COPA 2014. 3. OBJETIVOS a. Objetivos Gerais 1) Capacitar os militares e civis da á rea de saú de envolvidos no contexto de um exercı́cio simulado interagê ncias com mú ltiplas vıt́imas. 2) Desenvolver conhecimento pro issional, exercitando o planejamento e execuçã o durante os exercıćios de mesa e campo. 3) Testar a atuaçã o interagê ncias em apoio a saú de em um incidente simulado com mú ltiplas vıt́imas. 4) Veri icar a interoperabilidade entre os eixos de Defesa e Segurança para Copa do Mundo 2014. b. Objetivos Particulares 1) Aferir a estrutura de acionamento, disponibilidade de meios e tempo de resposta dos diversos ó rgã os e agê ncias 126
integradas ao CCDA Fortaleza, em um cená rio de crise de conformaçã o difusa. 2) Levantar a capacidade de resposta assistencial de saú de da rede de urgê ncia e emergê ncia e dos hospitais de referê ncia para assegurar a assistê ncia à populaçã o quanto aos serviços, equipamentos, luxo de referê ncia, transporte, capacitaçã o e de recursos humanos. 3) Capacitar à s equipes em busca, triagem, resgate e socorro, realizando simulaçõ es. 4) Avaliar os planos de contingê ncia para acidentes com mú ltiplas vıt́imas e de iniçã o de luxos de referê ncia, identi icando oportunidades de melhoria na estrutura de regulaçã o e assistê ncia existente. 5) Validar planos de contingê ncia hospitalares especı́ icos de acordo com os riscos identi icados. 6) Treinar açõ es de prevençã o e combate ao terrorismo e de DQBRNE. 7) Avaliar os meios de transporte e unidades de referê ncia em atendimentos DQBNRE. 4. CONDIÇÕES DE EXECUÇÃO a. Local: - Regiã o do Porto do Mucuripe b. Participantes: - Conforme Anexo “A” – Agê ncias e Orgã os participantes do exercıćio, da OI Nr 001 do D3/CCDA. c. Recursos Empregados: - Conforme relató rio de Logıśtica.
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MANIFESTAÇÃO - CENA 1 - CAPÍTULO 4
5. MEIOS EMPREGADOS 1) 80 (oitenta) militares do 23º BC. 2) 30 (trinta) militares do Pel PE. 3) Faixas e cartazes 4) 22 manifestantes feridos 5) 01 granada luz e som
1) Só participar da açã o quem ensaiou. 2) “Brie ing” com todos da iguraçã o. 3) Necessidade de roteiro para a atividade.
6. DESENROLAR DO INCIDENTE 1) Pel PE já se encontra no local (desembarque). 2) Manifestantes pacı́ icos deslocam-se em direçã o a regiã o de hoté is da orla marıt́ima. 3) Manifestantes sã o barrados pelo Pel PE na rua do farol. 4) Atuaçã o do negociador. 5) Aparecimento de manifestantes mais agressivos. 6) Atuaçã o do Pel, prisã o de 3 (trê s) manifestantes. 7) 22 feridos, Mdt O, grupos simbolizam estar feridos. 8) Troca dos militares pelos atores. 7. ASPECTOS RELEVANTES a. Pontos fortes 1) Ensaio permitiu sanar as dú vidas da execuçã o. 2) Apoio logıśtico facilitou a execuçã o da cena. 3) Atuaçã o da equipe do opai. 4) Cumprimento dos horá rios. 5) Apoio da equipe de som. b. Oportunidades de melhoria 1) Montagem da logıśtica antes do inıćio dos ensaios inais. 2) Todos os envolvidos devem participar do ensaio. 3) Melhoria no processo de acionamento do incidente (caso do apito). 4) Necessidade do “brie ing” com todos os igurantes. 5) PM chegou no dia da execuçã o (nã o treinou). c. Liçõ es aprendidas FORTALEZA - CEARÁ - BRASIL
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Explosão / Atentado Terrorista {INCIDENTE 2}
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CAPÍTULO 4 - CENA 2 - EXPLOSÃO / ATENTADO TERRORISTA
A imagem acima corresponde ao diagrama de
localizaçã o de cada vıt́ima no terreno.
A listagem apresentada à direita caracteriza a
quantidade de vıt́imas simuladas, seu nú mero de identi icaçã o, as lesõ es visı́veis (todas as vı́timas receberam maquiagem representativa dos ferimentos), e dados clın ́ icos adicionais para realizaçã o da triagem pelo mé todo START pelos socorristas.
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EXPLOSÃO / ATENTADO TERRORISTA - CENA 2 - CAPÍTULO 4
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CAPÍTULO 4 - CENA 2 - EXPLOSÃO / ATENTADO TERRORISTA
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EXPLOSÃO / ATENTADO TERRORISTA - CENA 2 - CAPÍTULO 4
Nr
RANDOM LESÕES APARENTES
PULSO
FREQ. RESP.
ESCALA DE COMA DE GLASGOW
ENCHIMENTO ALERTA ORIENTADO ANDA START CAPILAR PERIFÉRICO
GABARITO
67
36
Irradiados
80
18
4
5
6
S
S
S
<2
Não Contaminado
68
33
Evisceração abdominal (carroceiro)
N
0
1
1
1
N
N
N
N
MORTO
69
30
Esmagamento pélvico e de
N
0
1
1
1
N
N
N
N
MORTO
70
27
queimaduras >80%
0
0
1
1
1
N
N
N
N
71
24
Fraturas pelve e femur, queimaduras > 18 %;
0
0
1
1
1
N
N
N
N
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MORTO
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Explosão / Atentado Terrorista {INCIDENTE 2}
Dando sequê ncia ao Exercıćio Simulado Interagê ncias com Mú ltiplas Vıt́imas (Op Vade Mecum), os senhores poderã o agora observar a explanaçã o dos eventos que constituirã o a cena 2: A nossa frente podemos veri icar uma Van de cor branca estacionada ao lado de um caminhã o tanque que representa um veıćulo de transporte de Gá s Liquefeito de Petró leo (GLP). Esta Van encontra-se com 02 (dois) terroristas no seu interior, que apó s manipularem uma dose considerá vel de material radioativo, estã o apresentando diversos efeitos colaterais provenientes deste excessivo contato. EVENTO 1 - HOMEM SAI CORRENDO DA VAN E CAI O Terrorista A, devido a exposiçã o a altas doses de radiaçã o, e apresentando sintomas agudos da contaminaçã o, tais como desorientaçã o, ná useas, vô mitos e di iculdade respirató ria, entre outros, abandona a Van e cai logo a frente, carregando consigo alguns pertences pessoais dentro de uma bolsa. O Terrorista B permanece dentro da Van em condiçõ es de acionar a “Bomba suja”. EVENTO 2 – EXPLOSÃO DA VAN E CAMINHÃO TANQUE (ACIONAMENTO DA GRANADA DE LUZ E SOM) Neste momento, ocorre o acionamento do artefato do interior da Van, produzindo estilhaços que produzem a igniçã o do Gá s Liquefeito de Petró leo no 134
interior do caminhã o tanque ao seu lado, alé m da disseminaçã o do conteú do r a d i o l ó g i c o d a b o m b a s u j a . A onda de choque e chamas provenientes desta explosã o atingem diversos transeuntes que passam no momento pelo local, sejam eles a pé a no interior de veıćulos. EVENTO 3 - COLISÃO DE CAMINHÃO TRANSPORTANDO PRODUTO QUÍMICO Outro veıćulo, de transporte de produtos quım ́ icos, que trafegava na via durante a explosã o, é afetado pela mesma, fazendo com que seu motorista perca o controle e venha a colidir o mesmo contra o muro a nossa esquerda. O caminhã o tanque passa a apresentar o vazamento de um produto quım ́ ico desconhecido, que ao contato com o ar e asfalto quente, produz uma nuvem tó xica, afetando outros transeuntes do local. Esclarecemos que para ins de exercıćio e com o intuito de facilitar a observaçã o da assistê ncia, a distâ ncia entre os dois veıćulos acidentados foi reduzida a im de adequar-se ao espaço disponıv́el para a cena. Desta forma, encontram-se contextualizados os seguintes incidentes que compõ em a cena 2: - 01 (uma) Van que explodiu por efeito de uma bomba suja. - 01 (um) caminhã o de Gá s Liquefeito de petró leo (GLP) que explodiu ao lado da Van. - 01 (um) caminhã o transportando
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EXPLOSÃO / ATENTADO TERRORISTA - CENA 2 - CAPÍTULO 4
produto quı́mico que colidiu apó s a explosã o, apresentando vazamento. - Mú ltiplas vı́timas de caracterı́sticas diversas dispersas por toda a á rea. EVENTO 4 – ACIONAMENTO POR TELEFONE DO CICCR Transeuntes que passam pelo local e testemunham a cena, realizam diversas ligaçõ es para os nú meros de acionamento integrados ao CICCR. EVENTO 5 - CHEGADA DA EQUIPE DO CORPO DE BOMBEIROS E POLÍCIA MILITAR Militares do corpo de Bombeiros e Polıćia Militar sã o os primeiros a chegar no local, veri icando e avaliando à s condiçõ es de segurança da cena. Utilizando equipamentos de detecçã o, as equipes identi icam a presença de agentes Radioló gicos e Quım ́ icos no local, reportando o cená rio ao CICCR para que sejam acionados os Orgã os e Agencias com capacidade de atendimento as duas situaçõ es da cena. Tropas da Polıćia Militar sã o responsá veis por realizar uma á rea de isolamento da cena, a im de nã o permitir que a populaçã o, seja ela formada por curiosos ou mesmo voluntá rios para prestar ajuda, possam entrar na cena antes da mesma estar dentro dos parâ metros mın ́ imos de segurança. Importante ressaltar que tais equipes de salvamento e resgate nã o adentram na á rea de contaminaçã o, poré m já iniciam seus trabalhos de triagem e regulaçã o em outras á reas que nã o oferecem risco potencial. EVENTO 6 - ACIONAMENTO POR TELEFONE DO CCDA / CCTI Apó s ter sido detectado pelo Corpo de Bombeiros a presença de agentes
Radioló gicos e Quı́micos na á rea da explosã o, foram acionadas a Força de Resposta Inicial (FRI) de Defesa Quım ́ ica, Bioló gica, Radioló gica e Nuclear e a Comissã o Nacional de Energia Nuclear (CNEN), por intermé dio do Centro de Coordenaçã o Tá tico Integrado (CCTI), cé lula do Centro de Coordenaçã o de Defesa de Area na prevençã o e combate ao terrorismo e defesa quım ́ ica, bioló gica, r a d i o l ó g i c a e n u c l e a r EVENTO 7 - ENTRADA DA EQUIPE ANTIDEI Militares da equipe Anti- DEI (Dispositivo Explosivo Improvisado) realizam a avaliaçã o da cena e utilizam um robô para identi icar e neutralizar possıv́eis ameaças explosivas que porventura ainda possam oferecer risco. Observa-se que tal trabalho é realizado com a bolsa que estava com o Terrorista A caıd ́ o ao chã o. EVENTO 8 - ENTRADA DAS EQUIPES DQBRN Aproxima-se a equipe de Reconhecimento de Defesa Quı́mica, Bioló gica, Radioló gica e Nuclear e Explosivos (DQBRNE) em conjunto com té cnicos da Comissã o Nacional de Energia Nuclear (CNEN), com as respectivas roupas de proteçã o individual. E V E N T O 9 - I S O L A M E N T O E DESCONTAMINAÇÃO DA ÀREA Para representar a contaminaçã o radioativa da á rea, causada pela explosã o da bomba suja, foi colocada uma fonte radioativa selada pró ximo ao pneu da van. As equipes DQBRN e da CNEN fazem a varredura do local atingido e identi icam, atravé s dos detectores de radiaçã o a presença de Cs – 137. O maior valor de taxa de dose registrado foi 3
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CAPÍTULO 4 - CENA 2 - EXPLOSÃO / ATENTADO TERRORISTA
milisivert por hora. A partir deste ponto, os té cnicos afastam-se 7 metros (no caso real a distâ ncia seria de 50 metros) até a taxa de dose tornar-se de 100 microsivert por hora. Os té cnicos da varredura icam parados, e na sequê ncia, membros DQBRN fazem o isolamento da á rea contaminada (denominada á rea quente), estabelecendo o ponto de controle (entrada e saıd ́ a da á rea quente) (no caso real, o ponto deve estar posicionado na direçã o oposta aos ventos), permanecendo as equipes do Corpo de Bombeiros e Polıćia Militar isolando a á rea de forma mais afastada, em zona segura. E m s e g u i d a , o a s s e s s o r radioló gico da CNEN planeja e calcula o tempo de exposiçã o para o resgate da fonte de Cs – 137. Um membro DQBRN entra na cena levando um recipiente contendo uma blindagem de chumbo. Logo depois outro membro DQBRN faz o resgate da mesma e a transporta para uma á rea prede inida, onde será recolhida para um dos institutos da CNEN. O resgate da fonte radioativa simboliza a descontaminaçã o da á rea. EVENTO 10 - DESDOBRAMENTO E M O N T A G E M D O P O S T O D E DESCONTAMINAÇÃO TOTAL Simultaneamente aos demais eventos, está sendo realizada a montagem do posto de triagem e o desdobramento do Posto de Descontaminaçã o Total (PDT). O PDT tem capacidade de descontaminaçã o de 80 Homens por hora e descontamina agentes Quı́ m icos, Bioló gicos e Radioló gicos. E composto por uma tenda de descontaminaçã o de pessoal contendo 03 linhas de descontaminaçã o. Cada linha é composta de dois chuveiros, s e n d o u m p a r a a p l i c a ç ã o d e “descontaminante” e outro para sua 136
remoçã o. Possui, ainda, uma bomba de sucçã o d'á gua para retirar a á gua contaminada de dentro da tenda EVENTO 11 - PROCEDIMENTOS COM VÍTIMAS NO PDT A s e g u i r, a s v ı́ t i m a s s ã o encaminhadas para o posto de triagem, onde será realizada uma avaliaçã o clın ́ ica pelo mó dulo de saú de DQBRN, que é integrado por 1 mé dico, 1 enfermeiro, 1 socorrista, 1 psicó logo e 1 dentista. Alé m disso, será realizada, na entrada e saıd ́ a do PDT, uma avaliaçã o radioló gica, que medirá o nı́vel de contaminaçã o de cada vı́ t ima. Essa avaliaçã o será feita em dupla por membros DQBRN e CNEN. Apó s a avaliaçã o, é feito o cadastro dos bens da vı́tima e a sua d e s c o n t a m i n a ç ã o n o P D T. A descontaminaçã o ocorre com um banho de produto “descontaminante” e, em seguida, sua retirada com á gua. Por im, é realizada nova detecçã o para veri icar se ainda há vestıǵios de contaminaçã o. Caso haja, a v ı́ t i m a r e t o r n a r á p a r a n o v a descontaminaçã o Apó s descontaminaçã o, a vıt́ima recebe novas roupas, é realizado seu cadastro e passada à equipe do SAMU, que dará sequê ncia ao atendimento. Foi observado que o terrorista B apó s realizar trê s vezes o processo de descontaminaçã o, ainda apresentou nıv́eis de contaminaçã o na regiã o do tó rax e foi levado para o hospital. EVENTO 12 - PROCEDIMENTOS COORDENADOS DAS EQUIPES DE RESGATE Simultaneamente a todos os eventos citados acima, já estaria ocorrendo a triagem dos feridos que encontram-se fora da á rea quente pelas diversas equipes
OPERAÇÃO VADE-MÉCUM 2014 | EXERCÍCIO SIMULADO INTERAGÊNCIAS COM MÚLTIPLAS VÍTIMAS
EXPLOSÃO / ATENTADO TERRORISTA - CENA 2 - CAPÍTULO 4
de resgate. Equipes de resgate trabalham nas vı́timas presas em ferragens de veıćulos afetados pela onde de choque da explosã o. Militares do Corpo de Bombeiros també m realizam a limpeza da á rea contaminada por produtos quım ́ icos, em n o s s o c a s o s i m u l a d o o v e ı́ c u l o apresentando vazamento. Diversas agê ncias e serviços passam a atuar de forma integrada a im de prover a correta TRIAGEM e REGULAÇAO das diversas vıt́imas da cena. Podemos entre eles observar o trabalho do Serviço de Atendimento Mó vel de Urgê ncia (SAMU), a Cruz Vermelha Brasileira. O SAMU, serviço administrado pela Prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Saú de, tem parceria com o Ministé rio da Saú de. O serviço pode ser acionado pelo telefone 192 e atende a trê s objetivos: atendimento a urgê ncias e emergê ncias mé dicas de qualquer natureza (tanto clı́nicas como traumá ticas), a regulaçã o do sistema de vagas de urgê ncia e emergê ncia em hospitais secundá rios e terciá rios por uma central 24h e educaçã o em urgê ncia e emergê ncia.
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Atentado Terrorista
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EXTRICAÇÃO
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AÇÃO ANTI-BOMBA
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DESCONTAMINAÇÃO NO PDT (POSTO DESCONTAMINAÇÃO TOTAL) FORTALEZA - CEARÁ - BRASIL
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CLASSIFICAÇÃO DAS
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SAMU EM AÇÃO FORTALEZA - CEARÁ - BRASIL
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Relatório 1. FINALIDADE O presente relató rio visa apresentar os aspectos mais relevantes observados no decorrer do planejamento e execuçã o da Operaçã o VADE-MECUM. 2. REFERÊNCIA a. Ordem de Instruçã o Nr 001 – D3/CCDA – FORTALEZA. b. Diretrizes do Coordenador de Defesa de Area Fortaleza. c. Plano de Operaçõ es FORTALEZA (CCDA). d. Plano de Operaçõ es COpEsp para a COPA 2014. e. Plano de Açã o de Saú de para a COPA 2014. 3. OBJETIVOS A. OBJETIVOS GERAIS 1) Capacitar os militares e civis da á rea de saú de envolvidos no contexto de um exercı́cio simulado interagê ncias com mú ltiplas vıt́imas. 2) Desenvolver conhecimento pro issional, exercitando o planejamento e execuçã o durante os exercıćios de mesa e campo. 3) Testar a atuaçã o interagê ncias em apoio a saú de em um incidente simulado com mú ltiplas vıt́imas. 4) Veri icar a interoperabilidade entre os eixos de Defesa e Segurança para Copa do Mundo 2014. b. Objetivos Particulares 1) Aferir a estrutura de acionamento, disponibilidade de meios e tempo de resposta dos diversos ó rgã os e agê ncias 164
integradas ao CCDA Fortaleza, em um cená rio de crise de conformaçã o difusa. 2) Levantar a capacidade de resposta assistencial de saú de da rede de urgê ncia e emergê ncia, bem como dos hospitais de referê ncia, para assegurar a assistê ncia à p o p u l a ç ã o q u a n t o a o s s e r v i ç o s , equipamentos, luxo de referê ncia, transporte, capacitaçã o e de recursos humanos. 3) Capacitar as equipes em busca, triagem, resgate e socorro, realizando simulaçõ es. 4) Avaliar os planos de contingê ncia para acidentes com mú ltiplas vıt́imas e de iniçã o de luxos de referê ncia, identi icando oportunidades de melhoria na estrutura de regulaçã o e assistê ncia existente. 5) Validar planos de contingê ncia hospitalares especı́ icos de acordo com os riscos identi icados. 6) Treinar açõ es de prevençã o e combate ao terrorismo e de DQBRNE. 7) Avaliar os meios de transporte e unidades de referê ncia em atendimentos DQBNRE. 4. CONDIÇÕES DE EXECUÇÃO a. Local: - Regiã o do Porto do Mucuripe b. Participantes: - Conforme Anexo “A” – Agê ncias e Orgã os participantes do exercıćio, da OI Nr 001 do D3/CCDA. c. Recursos Empregados: - Conforme relató rio de Logıśtica. 5. MEIOS EMPREGADOS 1) 02 (duas) Viaturas Cisterna, sendo uma
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EXPLOSÃO / ATENTADO TERRORISTA - CENA 2 - CAPÍTULO 4
abastecida de à gua. 2) 02 (duas) Viaturas de transporte de material preparadas como “palanque”. 2) 01 (uma) Viatura Munck para transporte da “carcaça de automó vel”. 3) 01 (uma) Van Branca. 4) 01 (uma) Carcaça de automó vel de passeio sem rodas. 5) 01 (um) Posto de Descontaminaçã o Total (PDT) completo com viaturas e pessoal. 4) 01 (um) sistema mó vel de som. 5) 01 (uma) granada luz e som. 6. DESENROLAR DO INCIDENTE a. Todos os meios já encontram-se pré posicionados no local. Explanaçã o de como foram posicionados: 1) Homem sai correndo do interior da Van. A Van contem uma fonte radioló gica. 2) Explosã o da Van e caminhã o tanque. 3) Colisã o de caminhã o transportando produto quım ́ ico. b. Apó s acontecerem os incidentes, ocorre o acionamento do CICCR (á udio 1). c. Chegada da equipe do Corpo de Bombeiros e Polıćia Militar. d. Ocorre o acionamento do CCTI/ CCDA por meio do CICCR (á udio 2). e. Entrada da equipe anti-DEI. f. Entrada das equipes DQBRN (EB e CNEN). g. Isolamento e descontaminaçã o da á rea. h. Desdobramento e montagem do Posto de Descontaminaçã o Total (PDT). i. Procedimentos com vıt́imas no PDT. j. Procedimentos coordenados das equipes de resgate. K. Encerramento da cena. 7. ASPECTOS RELEVANTES a. Pontos fortes 1) Esforços interagê ncias para realizaçã o da cena, ressaltando a positiva integraçã o entre EB, Corpo de Bombeiros, SAMU,
CNEN, dentre outros. 2) Apoio logıśtico facilitou a execuçã o da cena. 3) Ensaio permitiu sanar muitas dú vidas da execuçã o. 4) Cumprimento dos horá rios. 5) Apoio da equipe de som. b. Oportunidades de melhoria 1) Nã o foram disponibilizados colchonetes para a iguraçã o de vıt́imas, ocasionando com que os mesmos icassem em pé durante a maior parte da cena, haja vista o calor do asfalto. 2) A PM nã o compareceu para realizar o isolamento da cena, tanto em cará ter real como em exercıćio. 3) A equipe anti-DEI chegou apó s o horá rio marcado para o pronto do dispositivo, e també m nã o participou dos ensaios. 4) A equipe do SAMU nã o desbordou a á rea isolada para atender as vı́timas nã o contaminadas do outro lado da cena. 5) Foram observadas equipes do SAMU entrando em contato com equipes do PDT por ocasiã o da saıd ́ a dos descontaminados do interior do mesmo. Tal fato caracteriza a possibilidade de ainda haver contaminaçã o residual tanto nos “descontaminados” como no TyVec (roupa protetora) da equipe do PDT, o que ocasionaria a consequente contaminaçã o da equipe do SAMU. c. Liçõ es aprendidas 1) Necessidade da montagem completa da logıśtica antes do inıćio dos ensaios inais. 2) Necessidade de realizar vá rios ensaios, inclusive com a iguraçã o de feridos civis. 3) A im de mitigar erros na execuçã o, é impreterıv́el que só entrem na cena aqueles que participaram dos ensaios. 4) Necessidade de realizar vá rios “Brie ings” descentralizados com todos da iguraçã o. 5) Necessidade de roteiro detalhado para coordenaçã o da sequê ncia de toda a cena.
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Pânico no Navio {INCIDENTE 3}
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CAPÍTULO 4 - CENA 3 - PÂNICO NO NAVIO
A imagem acima corresponde ao diagrama de
localizaçã o de cada vıt́ima no terreno.
A listagem apresentada à direita caracteriza a
quantidade de vıt́imas simuladas, seu nú mero de identi icaçã o, as lesõ es visı́veis (todas as vı́timas receberam maquiagem representativa dos ferimentos), e dados clın ́ icos adicionais para realizaçã o da triagem pelo mé todo START pelos socorristas.
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PÂNICO NO NAVIO - CENA 3 - CAPÍTULO 4
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Pânico no Navio { } INCIDENTE 3
A nossa frente observamos o Navio Patrulha Grajaú , da Marinha do Brasil, igurando ser um Navio Estrangeiro de Passageiros que acaba de atracar no Porto do Mucuripe. Ainda em alto mar, a Agê ncia Nacional de Vigilâ ncia Sanitá ria (ANVISA) foi comunicada da ocorrê ncia de um evento bioló gico no interior da embarcaçã o, com um total de 40 ( q u a r e n t a ) v ı́ t i m a s . A A N V I S A imediatamente aciona o luxo de açã o para eventos dessa natureza e se desloca juntamente com a equipe do CIEVS/CE e L A C E N / C E p a r a a i n v e s t i g a ç ã o epidemioló gica e coleta de amostras bioló gicas. Somente será autorizado o desembarque apó s a aná lise da situaçã o epidemioló gica e posterior autorizaçã o da ANVISA. C H E G A D A D A A N V I S A (PALAVRAS DA ANVISA, CIEVS, LACEN) Apó s a aná lise, a ANVISA autoriza o desembarque. Os passageiros iniciam a preparaçã o para o desembarque quando ocorre a explosã o veri icada na Cena 02. I n f o r m a m o s q u e , n e s t e momento, será acionada uma granada de luz e som, simbolizando a explosã o veri icada na cena anterior. Solicitamos à a s s i s t ê n c i a a t e n ç ã o ! Re p e t i n d o : 170
informamos que, neste momento, será acionada uma granada de luz e som, simbolizando a explosã o veri icada na cena anterior. Solicitamos à assistê ncia atençã o! ACIONAMENTO DA GRANADA DE LUZ E SOM. E s t a e x p l o s ã o p r o v o c o u desordem e pâ nico geral entre os passageiros. Podemos observar a correria e a gritaria generalizada. Com o balançar do navio, 04 (quatro) passageiros foram lançados ao mar.
FIGURAÇAO SE LANÇA AO MAR.
Outros passageiros informam o ocorrido à tripulaçã o do navio, que lança bó ias ao mar, na tentativa de salvar os acidentados. Paralelamente, o Cmt Navio informa a situaçã o à equipe em terra, que realiza o acionamento do socorro por meio do CICCR. MAR.
TRIPULAÇAO LANÇA BOIAS AO
Vá r i o s p a s s a g e i r o s q u e desembarcam pedem socorro, informando haver inú meras vıt́imas no interior da embarcaçã o.
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PÂNICO NO NAVIO - CENA 3 - CAPÍTULO 4
Estã o simuladas as seguintes vıt́imas: - 01 (um) passageiro sofre infarto. - 01 (uma) gestante inicia trabalho de parto. - 03 (trê s) vıt́imas com traumas variados, sendo uma criança. - 05 (cinco) vıt́imas com ansiedade aguda. - 02 (duas) vıt́imas com pâ nico. - 40 (quarenta) vı́ t imas de agentes bioló gicos desconhecidos.
CHEGADA DA EQUIPE DE RESGATE DO CORPO DE BOMBEIROS: Observemos a Equipe de Resgate do Corpo de Bombeiros que inicia o trabalho de salvamento. Apó s o resgate, as vıt́imas sã o conduzidas à praia do Mucuripe, local previamente estabelecido para embarque na viatura ambulâ ncia.
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O apoio psicoló gico é extremamente importante para manter as vıt́imas “verdes” nessas á reas. Sã o vıt́imas que apresentam pequenas lesõ es; contusõ es, hematomas, escoriaçõ es e pequenos ferimentos e geralmente conseguem andar e sentar, com lesõ es menores sem risco à vida e devem ser reavaliadas posteriormente. Sã o os pacientes que causam mais problemas na cena do incidente, pois geralmente estã o com dor e abalados emocionalmente e tendem a ser pouco cooperativos e tendem a querer a deixar o local, indo sobrecarregar o hospital mais pró ximo.
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Relatório 1. FINALIDADE O presente relató rio visa apresentar os aspectos mais relevantes observados no decorrer do planejamento e execuçã o da Operaçã o VADE-MECUM. 2. REFERÊNCIA a. Ordem de Instruçã o Nr 001 – D3/CCDA – FORTALEZA. b. Diretrizes do Coordenador de Defesa de Area Fortaleza. c. Plano de Operaçõ es FORTALEZA (CCDA). d. Plano de Operaçõ es COpEsp para a COPA 2014. e. Plano de Açã o de Saú de para a COPA 2014. 3. OBJETIVOS a. Objetivos Gerais 1) Capacitar os militares e civis da á rea de saú de envolvidos no contexto de um exercı́cio simulado interagê ncias com mú ltiplas vıt́imas. 2) Desenvolver conhecimento pro issional, exercitando o planejamento e execuçã o durante os exercıćios de mesa e campo. 3) Testar a atuaçã o interagê ncias em apoio a saú de em um incidente simulado com mú ltiplas vıt́imas. 4) Veri icar a interoperabilidade entre os eixos de Defesa e Segurança para Copa do Mundo 2014. b. Objetivos Particulares 1) Aferir a estrutura de acionamento, disponibilidade de meios e tempo de resposta dos diversos ó rgã os e agê ncias 192
integradas ao CCDA Fortaleza, em um cená rio de crise de conformaçã o difusa. 2) Levantar a capacidade de resposta assistencial de saú de da rede de urgê ncia e emergê ncia e dos hospitais de referê ncia para assegurar a assistê ncia à populaçã o quanto aos serviços, equipamentos, luxo de referê ncia, transporte, capacitaçã o e de recursos humanos. 3) Capacitar à s equipes em busca, triagem, resgate e socorro, realizando simulaçõ es. 4) Avaliar os planos de contingê ncia para acidentes com mú ltiplas vıt́imas e de iniçã o de luxos de referê ncia, identi icando oportunidades de melhoria na estrutura de regulaçã o e assistê ncia existente. 5) Validar planos de contingê ncia hospitalares especı́ icos de acordo com os riscos identi icados. 6) Treinar açõ es de prevençã o e combate ao terrorismo e de DQBRNE. 7) Avaliar os meios de transporte e unidades de referê ncia em atendimentos DQBNRE. 4. CONDIÇÕES DE EXECUÇÃO a. Local: - Regiã o do Porto do Mucuripe b. Participantes: - Conforme Anexo “A” – Agê ncias e Orgã os participantes do exercıćio, da OI Nr 001 do D3/CCDA. c. Recursos Empregados: - Conforme relató rio de Logıśtica.
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PÂNICO NO NAVIO - CENA 3 - CAPÍTULO 4
5. PESSOAL E MEIOS EMPREGADOS 1) 25 (vinte e cinco) militares do 23º BC. 2) 30 (trinta) militares da tripulaçã o do Navio P a t r u l h a G r a j a ú . 3) 01 (uma) equipe de resgate marıt́imo do Corpo de Bombeiros. 4) Equipes de resgate de diversos ó rgã os envolvidos. 5) 01 granada luz e som 6 . S E Q U Ê N C I A DA S A Ç Õ E S N O INCIDENTE a. 1ª Situaçã o apresentada: o Navio Patrulha Grajaú , da Marinha do Brasil, igurou ser um Navio Estrangeiro de Passageiros que acabava de atracar no Porto do Mucuripe. Ainda em alto mar, a Agê ncia Nacional de Vigilâ ncia Sanitá ria (ANVISA) foi comunicada da ocorrê ncia de um evento bioló gico no interior da embarcaçã o, com um total de 40 (quarenta) vıt́imas. - Açã o realizada: a ANVISA imediatamente acionou o luxo de açã o para eventos dessa natureza e se deslocou juntamente com a equipe do CIEVS/CE e LACEN/CE para a investigaçã o epidemioló gica e coleta de amostras bioló gicas. Somente foi autorizado o desembarque apó s a aná lise da situaçã o epidemioló gica e posterior autorizaçã o da ANVISA. b. 2ª Situaçã o apresentada: os passageiros i n i c i a v a m a p r e p a r a ç ã o p a r a o desembarque quando ocorreu a explosã o veri icada na Cena 02. Esta explosã o provocou desordem e pâ nico geral entre os passageiros. Com o balançar do navio, 04 (quatro) passageiros foram lançados ao m a r. V á r i o s p a s s a g e i r o s q u e desembarcavam pediam socorro, informando haver inú meras vıt́imas no interior da embarcaçã o. Estavam simuladas as seguintes vıt́imas: 01 (um) passageiro sofrendo infarto; 01 (uma) gestante iniciando o trabalho de parto; 03 (trê s)
vıt́imas com traumas variados, sendo uma criança; 05 (cinco) vıt́imas com ansiedade aguda; 02 (duas) vıt́imas com pâ nico e 40 (quarenta) vıt́imas de agentes bioló gicos desconhecidos. - Açã o realizada: os diversos ó rgã os e agê ncias foram acionados, por meio do CICCR, a im de realizarem os trabalhos de resgate e a conduçã o das vıt́imas aos h o s p i t a i s d e r e f e r ê n c i a . 7. ASPECTOS POSITIVOS - A integraçã o interagê ncias, bem como a possibilidade de ser montada uma “lista telefô nica”, facilitará sobremaneira missõ es futuras. - P o s s i b i l i d a d e d e s e r e m mensurados dados, como tempo de deslocamento, capacidade de atendimento, etc. 8. OPORTUNIDADES DE MELHORIA - Realizaçã o do exercıćio de mesa em salas de aula, com a apresentaçã o de “problemas-tipo” e a destinaçã o de um tempo para que pequenos grupos i n t e r a g ê n c i a s p r e p a r a s s e m e apresentassem suas soluçõ es. Ao inal, os pró prios grupos concluiriam sobre a melhor soluçã o, de acordo com as capacidades de reaçã o de cada agê ncia. - Possibilidade de ser realizado o exercıćio prá tico em 2 (dois) dias. No 1º dia, a demonstraçã o (acionamento e reaçã o); no 2º dia, o deslocamento dos “atores voluntá rios” para os hospitais de referê ncia (saıd ́ a de um local centralizado). 9. LIÇÕES APRENDIDAS - A realizaçã o de exercıćios dessa natureza é imprescindı́ v el para que sejam minimizadas as falhas em uma situaçã o real. Essas açõ es tê m que ser mantidas periodicamente, talvez anualmente.
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Atendimento Hospitalar
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Atendimento Hospitalar 1. OBJETIVO Planejar e preparar-se para desencadear, desde já , o Plano de Contingê ncia Hospitalar do HGeF para incidentes com mú ltiplas vıt́imas; Executar, Mdt O do Comandante do CCDA - Fortaleza, os protocolos de triagem e atendimento de saú de pré -hospitalar e h o s p i t a l a r à s m ú l t i p l a s v ı́ t i m a s provenientes de um incidente simulado. 2. EXECUÇÃO a) Conceito do exercıćio D e s e n c a d e a m e n t o d o P l a n o d e Contingê ncia do HGeF para incidentes com mú ltiplas vıt́imas. b) Fases do exercıćio 1 ) A p r e s e n t a r a o C m t C C D A o planejamento do treinamento em 25 de junho de 2014, à s 10:00h, nos formatos ppt ou pptx (“powerpoint”) e impresso; 2) Preparar a á rea de estacionamento de veıćulos pró ximo ao SPA para servir de local de pouso eventual de aeronave de asa rotativa; 3) Organizar e treinar uma equipe de solo de combate a incê ndios para proporcionar a segurança do pouso da aeronave no exercıćio; 4) Designar, instruir e caracterizar com maquiagem e adereços 20 vıt́imas, de acordo com o rol de vı́timas e seus respectivos cartõ es de caracterizaçã o do agravo que serã o fornecidos juntamente com a ordem para o desencadeamento da execuçã o do treinamento; 196
5) Realizar o desencadeamento do Plano de Contingê ncia Hospitalar do HGeF no dia 26 de junho de 2014 a partir das 09:00h; 6) Realizar o atendimento de saú de pré hospitalar e hospitalar em face a um incidente simulado com mú ltiplas vıt́imas; 7) Avaliar o exercıćio, e apresentar em APA os parâ metros de tempo e resolubilidade do HGeF, bem como as oportunidades de melhoria oferecidas pelo exercıćio. 3. PRESCRIÇÕES DIVERSAS a) Uniformes e equipamentos a serem empregados: Os da atividade normal da ocasiã o. b) Dezoito vı́timas restarã o na á rea designada do incidente: á rea de PNRs demolidos, sem uso, na esquina das ruas Desembargador Leite Albuquerque e Osvaldo Cruz. c) Uma vıt́ima restará na á rea da 25º CSM, que deverá ser deslocada ao HGeF por viatura ambulâ ncia terrestre. d) Uma vıt́ima restará na á rea da 25º CSM, que deverá ser deslocada ao HGeF por aeronave de asa rotativa tipo HA-1/Esquilo da Aviaçã o do Exé rcito. e) O transporte da vıt́ima aé rea será feito pelo Cap Boecker, f) Na ocasiã o será realizado em solo o adestramento das equipes de saú de das unidades integrantes da Força Terrestre Componente do CCDA-Fortaleza, por especialistas da Aviaçã o do Exé rcito, no tocante as açõ es de embarque e desembarque de feridos em aeronave de
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ATENDIMENTO HOSPITALAR - CAPÍTULO 4
asa rotativa tipo HA- 1/Esquilo; g) Estã o autorizadas ligaçõ es laterais para o apoio ao exercıćio. 4. ANEXOS Lista de vıt́imas e cartõ es de caracterizaçã o do agravo. 5. PLANO DE AÇÃO DO HGeF PARA IMV - Conceito: IMV sã o eventos sú bitos, produzindo um nú mero de vıt́imas que leva a um desequilıb ́ rio entre os recursos mé dicos disponıv́eis e as necessidades. Para fornecer um cuidado adequado à s vıt́imas e à equipe de atendimento, tem que haver uma coordenaçã o de trabalho bem estruturada. - Objetivo: Manter a qualidade mın ́ ima de atendimento, preservar a vida do maior nú mero possıv́el de vıt́imas, e retomar a normalidade o mais precoce possıv́el. - Classi icaçã o: Baseia-se nos nıv́eis de criticidade, que entende-se pelo nú mero de vı́ t imas esperadas e capacidade de resoluçã o, por recursos pró prios, internos e/ou recursos externos. • Criticidade 01: Nã o necessita de acionar recursos adicionais internos ou externos. • Criticidade 02: Necessita convocar recursos adicionais, conforme necessidade (sobreavisos, che ias). • Criticidade 03: Necessita apoio de recursos externos (OCS, Escalã o Superior, outras OM). Triagem: Utiliza-se o mé todo START para classi icar e distribuir as vıt́imas. • Area vermelha: Lesõ es graves que necessitam atendimento imediato para preservar a vida ou um membro. • Area amarela: Lesõ es graves, mas que nã o necessitam de atendimento imediato para preservar a vida ou um membro. • Area verde: Lesõ es menores que podem aguardar atendimento. - Locais de atendimento à s vıt́imas no
HGeF: • Triagem: estacionamento de ambulâ ncia em frente ao SPA. • Area verde: Recepçã o do SPA. • Area amarela: Observaçã o feminina. • Area vermelha: Observaçã o masculina e sala de emergê ncia. • Familiares das vı́ t imas: Equipe multipro issional no auditó rio. - Sequê ncia de procedimentos: • HGeF Noti icado da ocorrê ncia. • Comunicaçã o ao Escalã o Superior. • Reuniã o com o Estado-Maior do HGeF para de inir criticidade e acionamento do plano. • Acionamento das che ias (Divisã o de Medicina; Enfermagem; Serviço de Pronto Atendimento; Unidade de Pacientes Internados; Centro Cirú rgico; Unidade de Tratamento Intensivo; Laborató rio de Aná lises Clın ́ icas; Centro de Diagnó stico por Imagens; Odontoclın ́ ica; FA; Farmá cia Hospitalar; Fundo de Saú de do Exé rcito; Contingente). • Acionamento do plano de chamada para o sobreaviso, e reforço das equipes SPA, UPI e UTI. - Providê ncias Administrativas: • Avaliar necessidade de leitos na Unidade de Pacientes Internados e Unidade de Tratamento Intensivo, para liberar o Setor de Pronto atendimento. • Necessidade de leitos extras: duplicar leitos do apto 1 a 14; Setor de Endoscopia e Centro Cirú rgico como enfermaria (RPA); Unidade de Cuidados Intermediá rios. • Suspensã o de cirurgias eletivas. • Utilizaçã o dos mé dicos de outras OM. • Evacuaçã o para rede credenciada. • Evacuaçã o Aeromé dica para outras Organizaçõ es Militares de Saú de do Exé rcito Brasileiro, em coordenaçã o com a Serviço de Saú de Regional da 10ª Regiã o
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CAPÍTULO 4 - ATENDIMENTO HOSPITALAR
Militar. • Reforço e sobreaviso com ê nfase ao generalista, cirurgiã o, traumatologista, ortopedista, dermatologista, oftalmologia, cardiologia, psiquiatria, psicó logo, assistente social, auditores, isioterapia. - Contaminaçã o produtos QBRNE e epidemia infecciosa: • Tratamento especial e cuidados com exposiçã o da equipe de atendimento. • Isolamento da á rea do entorno ao SPA, para facilitar o acesso à s vıt́imas e evitar aglomeraçõ es. • Controle do trâ nsito de veıćulos para facilitar o acesso das ambulâ ncias ao SPA. • Reservar á rea de estacionamento para as ambulâ ncias e pouso de aeronave. • Estabelecer luxo para as ambulâ ncias. • Div Med: acionar reforço, sobreaviso e che ias té cnicas (SPA, UTI, UPI, CC, LAC, IMAG, Odontoclın ́ ica).
• Auditores: Regulaçã o de vagas em OCS contratadas para evacuaçã o de vıt́imas; Contato com SSR/10 para Evacuaçã o Aeromé dica em para outras Organizaçõ es de saú de do EB. • Chefe da divisã o Administrativa: Providenciar meios materiais; Providenciar ambulâ ncias e motoristas; Manter a estrutura de funcionamento normal das unidades do HGeF. Preencher os boletins para o registro dos atendimentos. • Of Com Soc: Acompanhar o trabalho da imprensa. Manter a Direçã o e o Cmdo da RM informados sobre os acontecimentos atravé s de relató rios.
- Missõ es aos setores para execuçã o das atividades. • Contingente: Isolar á rea do SPA, segurança e controle de veıćulos. Manter a equipe sem riscos. • Chefe da UPI/UTI/CC: Providenciar leitos extras para receber pacientes do SPA. • Chefe do SPA: Coordenar a triagem das vı́ t imas e quanti icar as necessidades de RH e materiais. Providenciar equipe mé dica e enfermagem para mobiliar as ambulâ ncias. • Chefe da enfermagem: Recrutar e distribuir a equipe de enfermagem; Veri icar equipamentos/materiais e medicamentos das ambulâ ncias e locais de atendimento. Coordenar as unidades de apoio (LAC; Farmá cia; Banco de Sangue). 198
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VÍTIMA 1
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VÍTIMA 1 - TC DE TÓRAX 200
VÍTIMA 1 - RX TÓRAX AP SENTADO
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VÍTIMA 2
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VÍTIMA 2 - RX TÓRAX AP DEITADO FORTALEZA - CEARÁ - BRASIL
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VÍTIMA 3
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VÍTIMA 4
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VÍTIMA 5
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VÍTIMA 5 - TC DE CRÂNIO 204
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VÍTIMA 6
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VÍTIMA 7
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VÍTIMA 8
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VÍTIMA 8 - TC DE CRÂNIO FORTALEZA - CEARÁ - BRASIL
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VÍTIMA 9
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VÍTIMA 10
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VÍTIMA 10 - FERIMENTOS POR ESTILHAÇOS
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VÍTIMA 11
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VÍTIMA 12
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VÍTIMA 13
CAPÍTULO 4 - ATENDIMENTO HOSPITALAR
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VÍTIMA 14
ATENDIMENTO HOSPITALAR - CAPÍTULO 4
VÍTIMA 14 - FRATURA EXPOSTA
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VÍTIMA 15
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VÍTIMA 15 - QUEIMADURAS DE 1ª GRAU < 5% SUPERFÍCIE CORPORAL 214
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VÍTIMA 17
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VÍTIMA 18
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VÍTIMA 18 LACERAÇÃO FACE
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VÍTIMA 19
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VÍTIMA 19 - ECTOSCOPIA / RX PUNHO 218
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VÍTIMA 20
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VÍTIMA 20 - RX NARIZ - PERFIL
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OFICINA DAS
MAQUIAGENS
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VÍTIMAS
Vermelhas
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VÍTIMAS
Amarelas
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VÍTIMAS
Verdes
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Relatório Data: 26/Junho/2014 Agê ncias participantes: 10ª RM, HGeF, BAVEX, 23 BC,10ª Cia Gda. Documento de Referê ncia: Ordem fragmentá ria/CCDA- Fortaleza: Discriminaçã o das vı́ t imas simuladas: 1 8 v ı́ t i m a s s i m u l a d a s devidamente classi icadas na á rea designada para resgate. 1 vıt́ima na á rea da 25 CSM evacuada com ambulâ ncia. 1 vıt́ima na á rea da 25 CSM evacuada por aeronave. Finalidade: Adestramento da equipe de saú de para embarque e desembarque de feridos em aeronave. Treinamento de triagem DE VITIMAS e atendimento de saú de Pré hospitalar e Hospitalar. Relató rio APA. • Pontos positivos:
enfrentadas durante as vá rias etapas na execuçã o do exercıćio. - Observaçã o da importâ ncia do planejamento, coordenaçã o e controle nas açõ es conjuntas da equipe para salvar vidas, sem provocar acidentes de trabalho. - Oportunidade para analisar a importâ ncia da manutençã o do equilıb ́ rio emocional frente a situaçã o de stress, mesmo sabendo tratar-se de exercıćio. - Oportunidade para que cada pro issional de saú de re lita naquilo que ainda possa aperfeiçoar-se frente a uma situaçã o real. - Preparaçã o do piso do estacionamento para pouso de aeronave de asas rotató rias. - realizaçã o do pouso pioneiro de aeronave de asa rotató ria conduzindo ferido simulado. • Oportunidades de Melhoria:
- Equipe motivada e integrada para o cumprimento da missã o. - Participaçã o efetiva da equipe na preparaçã o e execuçã o do exercıćio. - Possibilidade de observaçã o da desenvoltura da equipe de saú de frente a situaçã o de alta criticidade.
- Estrutura fıśica nã o compatıv́el por tratarse de hospital nã o especializado em poli traumatismos. - Comunicaçã o comprometida por falta de rá dios. - De iciê ncia de macas com rodas e pranchas.
- Possibilidade de observar as di iculdades 244
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- Equipe de combate a incê ndio sem EPI. - Distâ ncia da Farmá cia ao SPA, di icultando o luxo de material Mé dico e medicamentos - Necessidade de carrinho adequado para levar material e medicamento em grande volume. - Insatisfaçã o de alguns pacientes do SPA com a realizaçã o do exercıćio simulado juntamente com o atendimento normal. - Pequeno declive no chã o da entrada do SPA, di icultando o transporte da maca com paciente. - ausê ncia de sirene(alarme) de acionamento em casos de emergê ncia. - Maior treinamento dos motoristas para estacionar a ambulâ ncia no local mais adequado visando facilitar a entrada do paciente no SPA. - Falta de faixas indicativas (START) nos demais setores de escoamento dos pacientes do SPA. - Aparelho de ar condicionado” tipo janeleiro” se projetando sobre a rampa de acesso ao SPA di icultando o acesso das ambulâ ncias. • Ensinamentos colhidos: - Con irmaçã o da possibilidade de pouso de helicó ptero no pá tio de estacionamento do SPA. - Con irmaçã o da possibilidade de atendimento de mú ltiplas vı́timas e pacientes de rotina concomitantemente.
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Capítulo 5 PLANO DE AVALIAÇÃO DO EXERCÍCIO 1. INTRODUÇÃO A sociedade contemporâ nea está passando por um perıo ́ do de grandes transformaçõ es sociais, econô micas, polıt́icas e culturais, que resultam num processo de reestruturaçã o produtiva. Nas organizaçõ es, a preocupaçã o em contar com indivı́ d uos capacitados para o desempenho e iciente de determinada funçã o nã o é recente. (TAYLOR, 1970). Atualmente profundas mudanças na prá tica de saú de com o processo de avaliaçã o tê m sido introduzidas, particularmente a padronizaçã o de procedimentos, o estadiamento de agravos, os estudos de trajetó ria, os relacionados a situaçõ es traçadoras ("tracers") e a alternativa que mais tem in luenciado a prá tica de situaçõ es complexas de saú de, que sã o os protocolos diagnó sticoterapê uticos já amplamente utilizados em algumas á reas como a do tratamento de câ ncer, inclusive no Brasil (AZEVEDO, 1991). As de iniçõ es de avaliaçã o sã o numerosas e poderıámos até chegar a dizer que cada avaliador constró i a sua (PATTON, 1981). Segundo o autor, a avaliaçã o é uma atividade tã o velha quanto o mundo, inerente ao pró prio processo de aprendizagem. Hoje a avaliaçã o é um o conceito que está em moda e agrupa realidades mú ltiplas e diversas, é preciso entender que os objetivos de uma avaliaçã o sã o numerosos, que eles podem ser o iciais ou o iciosos, explı́citos ou implı́citos, 246
consensuais ou con litantes, aceitos por todos os atores ou somente por alguns. Os objetivos de uma avaliaçã o sã o: > Ajudar no planejamento e na elaboraçã o de uma intervençã o (objetivo estraté gico); > Fornecer informaçã o para melhorar a intervençã o (objetivo formativo); > Determinar os efeitos de uma intervençã o para saber se ela deve ser mantida, transformada de forma importante ou interrompida; e > Contribuir para o progresso dos conhecimentos, para a elaboraçã o teó rica. A p ó s u m a a v a l i a ç ã o o s administradores podem legitimar ou atrasar uma decisã o, ampliar o seu poder de controle, satisfazer as exigê ncias dos organismos de inanciamento, enquanto que os avaliadores buscam ampliar seus conhecimentos, poder e promover uma idé ia que lhes é cara, os usuá rios se bene iciam com serviços de melhor qualidade diferente com os que estã o habitualmente disponıv́eis. Na avaliaçã o pode-se fazer um julgamento sobre uma intervençã o comparando os recursos empregados a sua organizaçã o (estrutura), os serviços ou os bens produzidos. A apreciaçã o do processo de uma intervençã o resultante de uma avaliaçã o é oferecer serviços para uma clientela composta em trê s dimensõ es: a dimensã o té cnica, a das relaçõ es interpessoais e a dimensã o organizacional. Sendo o objetivo
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PLANO DE AVALIAÇÃO DO EXERCÍCIO - CAPÍTULO 5
inal da avaliaçã o o de ajudar na tomada de decisõ es, é preciso se interrogar sobre a in luê ncia que as informaçõ es fornecidas pelo avaliador podem ter nas decisõ es. Para aumentar as chances de que os resultados de uma avaliaçã o sejam ú teis, é importante se conscientizar de que a avaliaçã o é um dispositivo de produçã o de informaçã o e, conseqü entemente, de que ela é fonte de poder para os atores que a controlam (PATTON, 1986). A avaliaçã o é uma atividade, c o m o a p e s q u i s a , ú t i l p a r a o estabelecimento de polıt́icas, mas nunca é su iciente para estabelecer polıt́icas. A partir de um planejamento pré vio de exercıćio interagê ncias, com reuniõ es preparató rias, simulados de mesa e suporte adequado, foi realizado no dia 01 de junho na cidade de Fortaleza, na á rea do Mucuripe um simulado interagê ncias, denominado Operaçã o Vade-Mé cum, onde os avaliadores do exercıćio observaram e p ro c u ra ra m re s p o n d e r d ive r s o s questionamentos com o foco na atuaçã o conjunta de diversas agê ncias em uma situaçã o de crise e calamidade. As questõ es desenvolvidas para avaliaçã o dizem respeito, sobretudo a atuaçã o e organizaçã o da atençã o à s vıt́imas dos diversos eventos propostos, onde se procurou desvelar a atuaçã o das agê ncias em sincronia e como o desempenho de uma determinada instituiçã o afeta o desempenho de outras instituiçõ es envolvidas na açã o conjunta. A necessidade de avaliaçã o de tais aspectos advé m das di iculdades levantadas por alunos do curso de Gestã o de Emergê ncias em Saú de Pú blica, promovido em conjunto pela Escola de Saú de Pú blica do Ceará e pelo Instituto de Ensino e Pesquisa do Hospital Sıŕio-libanê s, onde foi levantada a necessidade de se mensurar e identi icar oportunidades de
melhoria na atuaçã o conjunta das agê ncias responsá veis pelo socorro em incidentes com mú ltiplas vıt́imas (IMV). Para que o processo avaliativo fosse bem conduzido, veri icou-se a necessidade de uma busca literá ria de modelos e manuais que permitissem a construçã o de um modelo de avaliaçã o satisfató rio, de modo a se obter a gabaritagem do exercı́ c io simulado proposto, objetivando identi icar um parâ metro para avaliaçã o; a seguir foram desenvolvidos os crivos e ferramentas de avaliaçã o, como forma de sistematizar e padronizar o processo de avaliaçã o do exercıćio. Com as ferramentas prontas, deu-se inıćio o processo de seleçã o e treinamento de avaliadores, os quais, familiarizados com as ferramentas a serem empregadas, puderam ir a campo e efetuar a avaliaçã o propriamente dita. As principais á reas e atividades avaliadas foram: > Designaçã o da estrutura organizacional; > Adequaçã o da escolha do formato e dimensã o do exercıćio; > Condiçõ es necessá rias para execuçã o do treinamento; > Atividades preparató rias; > Caracterizaçã o e envolvimento das diversas agê ncias; > A s p e c t o s a f e t o s a o d e s e n h o , conceituaçã o, desenvolvimento e conduçã o das atividades; avaliaçã o e construçã o do plano de melhorias; e > Avaliaçõ es especı́ icas, conforme as ferramentas disponibilizadas. 2. USO DA AVALIAÇÃO O p r o c e s s a m e n t o d a s informaçõ es geradas tem por inalidade oferecer subsı́ d ios para uma maior integraçã o entre as agê ncias, assim como proporcionar um relató rio formal com as
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CAPÍTULO 5 - PLANO DE AVALIAÇÃO DO EXERCÍCIO
diversas oportunidades de melhoria identi icadas. As diversas liçõ es aprendidas durante todo o processo de conduçã o do exercıćio simulado culminaram com a construçã o de um grande referencial teó rico para nortear as futuras atividades a serem desenvolvidas e proporcionar um primeiro resultado palpá vel, traduzido na construçã o deste compê ndio. As informaçõ es geradas també m deram suporte a um projeto aplicativo do curso de especializaçã o em Gestã o de Emergê ncias em Saú de Pú blica, promovido pela Escola de Saú de Pú blica do Ceará , em parceria com o Instituto de Ensino e Pesquisa do Hospital Sıŕio-Libanê s. 3. GERENCIAMENTO DAS AVALIAÇÕES A conduçã o das atividades de avaliaçã o, recebimento e processamento de informaçõ es e atividades a ins foram implementadas pelos alunos do Curso de Gestã o de Emergê ncias em Saú de Pú blica oferecido pela Escola de Saú de Pú blica do Ceará em parceria com o Instituto de Ensino e Pesquisa do Hospital Sı́rio Libanê s. Os responsá veis pelo processo de avaliaçã o foram assim dispostos: > Coordenador de avaliaçã o: responsá vel pela conduçã o do processo de avaliaçã o; treinamento dos avaliadores; aná lise e validaçã o dos dados, transformando-os em indicadores de desempenho; e > Avaliadores: responsá veis pela coleta e investigaçã o das diversas nuances do exercı́ c io segundo a orientaçã o do coordenador de avaliaçã o. 4. OBJETIVO DA AVALIAÇÃO O processo de avaliaçã o do exercı́cio teve por objetivo principal desvelar a açã o interagê ncias em situaçõ es de crise envolvendo incidentes com 248
mú ltiplas vıt́imas. 5. PARÂMETROS DE AVALIAÇÃO Os parâ metros para avaliaçã o do exercı́ c io foram obtidos a partir da gabaritagem do exercıćio de acordo com os manuais das principais agê ncias internacionais com experiê ncia em exercıćios simulados e pela construçã o das ferramentas de veri icaçã o e avaliaçã o. Foram avaliados aspectos relativos à formataçã o do exercıćio, tais como: > Organizaçã o; > Gerenciamento de informaçõ es; > U t i l i z a ç ã o d e f e r ra m e n t a s d e gerenciamento; > Processo de tomada de decisõ es; e > Coordenaçã o e gerenciamento geral da situaçã o. Constituıŕam-se em objetos das avaliaçõ es aspectos gerais como: > Resposta inicial; > Equipes de resposta; > Organizaçã o da resposta; > Desenvolvimento das operaçõ es; > Componentes hospitalares; > Gerenciamento de recursos; e > Final das operaçõ es. Foram desenvolvidas ferramentas especı́ icas para as seguintes atividades: > Desenho do exercıćio; > Sinal de emergê ncia; > Telecomunicaçõ es; > Coordenaçã o entre as agê ncias participantes; > Posto de comando do incidente; > Centro de operaçõ es de emergê ncia; > Gerenciamento de informaçõ es pú blicas; > Forças de segurança; > Serviços de resgate, busca e salvamento; > Serviços de saú de pré -hospitalares; e > Operaçã o DQBRNE.
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PLANO DE AVALIAÇÃO DO EXERCÍCIO - CAPÍTULO 5
6. QUESTÕES-CHAVE Durante o processo de avaliaçã o, e s t a c o m i s s ã o o b s e r vo u a l g u n s questionamentos pertinentes que nortearam a construçã o do processo avaliativo como um todo: > O formato do exercı́cio facilitou o atingimento dos objetivos pretendidos, posto que se tratasse de um exercıćio misto, na medida em que simulou situaçõ es reais, mas em algumas atividades absorveu o cará ter de demonstraçã o para as autoridades presentes; > Nesta formataçã o o exercı́cio nã o permitiu a utilizaçã o ajustada dos recursos alocados; o nıv́el de envolvimento das agê ncias nã o manteve o foco do exercıćio, ainda que houvesse um cuidado e zelo nas atividades de preparaçã o para o exercıćio que contribuıŕam para o atingimento dos objetivos; > Durante o processo de planejamento do exercıćio, observou-se a resistê ncia das agê ncias em comparecer à s reuniõ es de planejamento e comprometer-se na construçã o de todas as pactuaçõ es necessá rias para a concretizaçã o do exercıćio; > O nú mero, a natureza e a seqü ência de reuniõ es preparató rias nã o foram a de q u a do s e m fu n ç ã o do te m p o disponibilizado para preparaçã o de um evento desta natureza (o tempo ideal é de pelo menos um ano de acordo com os manuais); > Foram envidados esforços para que se obtivesse uma estrutura de governança para o exercıćio adequada as necessidades do mesmo, assim como se enfatiza a busca pela participaçã o do maior nú mero possıv́el de agê ncias; > Os sistemas e locais das reuniõ es facilitaram o suporte das atividades de planejamento; poré m nã o houve um gerenciamento consistente das situaçõ es
adversas surgidas durante a fase de preparaçã o, na medida em que o facilitador do exercıćio teve seu papel confundido com o de condutor das atividades; > O processo de monitoramento contın ́ uo de mudanças nã o afetou o exercıćio; e > A diversidade de eventos para permitir a participaçã o de todas as agê ncias, somada à simultaneidade das açõ es, tornaram complexa a manutençã o do foco nas diversas cenas. Quanto ao processo de geraçã o e coleta de informaçõ es do exercıćio, observou-se que: > O tempo destinado para geraçã o e coleta de informaçõ es foi adequado e > O processo de coleta de informaçõ es facilitou a aná lise dos dados obtidos. 7. OUTRAS QUESTÕES E importante haver uma diferenciaçã o entre o que era simulaçã o e o que era real durante o evento, para possibilitar uma avaliaçã o idedigna dos fatos. No que se abrange com as açõ es reais de segurança, estabelecimento de facilidades e açõ es necessá rias, os avaliadores concordaram que o exercıćio deu-se de forma controlada e pacı́ ica, sendo conduzido com maestria e responsabilidade por parte dos militares da 10ª RM, responsá veis pelo provimento destas atividades. As avaliaçõ es descritas dizem respeito à atuaçã o dos participantes dentro do cená rio de simulaçã o. > Em linhas gerais, esta comissã o reportou de iciê ncia das primeiras açõ es para o estabelecimento do sistema de comando e controle no que se concerne à s açõ es simuladas; > Nã o houve um correto exame da capacidade das agê ncias para atuaçã o em eventos de grande escala (gerenciamento logıśtico, recursos disponıv́eis, habilitaçõ es,
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CAPÍTULO 5 - PLANO DE AVALIAÇÃO DO EXERCÍCIO
equipamentos, etc.); > Nã o foi observada uma constituiçã o formal do Centro de Comando e Controle; > Na avaliaçã o das pessoas envolvidas com as atividades, evidenciou-se um conhecimento apenas parcial das regras e responsabilidades de cada um no exercıćio; alé m da falta de habilidade de alguns condutores em lidar com ó bices e mudanças de rumo; > Observou-se no tocante aos processos que, apesar do pouco tempo destinado ao planejamento das atividades, foram d e s e nvo lv i d o s p l a n o s , p o l ı́ t i c a s , procedimentos, protocolos e processos visando à execuçã o da atividade simulada; e > A jurisdiçã o do exercıćio evidenciou-se con litante em alguns aspectos, posto que coubesse à 10ª Regiã o Militar o apoio à s atividades que seriam desenvolvidas pela Secretaria de Saú de do Estado e o que se observou em vá rios momentos foi que, em f u n ç ã o d a n e c e s s i d a d e d e u m a estruturaçã o adequada, houve uma inversã o na jurisdiçã o do exercıćio. Cabem elogios por parte desta comissã o à estrutura de suporte (Infraestrutura, facilidades, manutençã o); à tecnologia implementada (Equipamentos, s i s t e m a s , s e g u r a n ç a , interoperacionalidade); a capacitaçã o e quali icaçã o dos pro issionais envolvidos nas diversas fases do exercı́cio, e à identi icaçã o de necessidades de treinamento. No gerenciamento das atividades foram observadas oportunidades de melhoria advindas de de iciê ncias no d e s e n v o l v i m e n t o d o e x e r c ı́ c i o , estruturaçã o, gerenciamento e conduçã o. 8. METODOLOGIA Coleta de dados: Os mé todos para aná lise e coleta 250
de dados foram sugeridos a partir de consulta aos manuais de agê ncias internacionais responsá veis pela conduçã o de exercı́cios simulados na Austrá lia (AEMI), Alemanha (BBK) e Inglaterra (NDFEM). Tal consulta permitiu o desenvolvimento dos formulá rios e matrizes utilizados na coleta de dados. O material desenvolvido foi distribuıd ́ o pra os avaliadores na reuniã o de padronizaçã o pré exercı́ c io. Os avaliadores foram orientados sobre a utilizaçã o do material, o s e q u i p a m e n t o s r e q u e r i d o s , apontamentos para entrevistas e sobre o processo de validaçã o Aná lise de dados: A aná lise e validaçã o dos dados levantados foram feita no debrief dos avaliadores, realizado no dia seguinte ao té rmino do exercı́ c io, onde foram compartilhadas as informaçõ es obtidas pelos diversos avaliadores a im de se construir uma planilha de avaliaçã o ú nica, resultado do consenso das avaliaçõ es executadas. Os formulá rios, ferramentas e crivos de avaliaçã o utilizados podem ser consultados nos anexos deste relató rio. 9. CONTROLE DE QUALIDADE, SALVAGUARDA, SEGURANÇA E ÉTICA O universo disponı́vel para escolha dos avaliadores permitiu uma diversidade de olhares que enfocou diversas partes do exercıćio e garantiu a qualidade das informaçõ es geradas. O preenchimento de ferramentas de avaliaçã o padronizadas permitiu que os avaliadores obtivessem um norteamento ú nico para o processo avaliativo, di icultando as divagaçõ es e aspectos tendenciosos. A familiarizaçã o com as ferramentas obtida na reuniã o de padronizaçã o foi essencial para garantir a
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PLANO DE AVALIAÇÃO DO EXERCÍCIO - CAPÍTULO 5
qualidade das informaçõ es avaliadas. Todos os avaliadores foram orientados sobre os procedimentos de segurança, salvaguarda e processos é ticos no manejo de dados. 10. ESTRATÉGIAS DE MITIGAÇÃO DE RISCOS INERENTES À AVALIAÇÃO. A avaliaçã o sempre será um processo subjetivo para o avaliador. Nã o é fá cil se desprover de todas as simpatias ou antipatias para avaliar corretamente uma pessoa. Poré m, tomar consciê ncia dos problemas mais comuns pode reduzir os erros e tornar o processo mais justo e transparente. Os principais erros cometidos em processos avaliativos estã o assim dispostos: > Efeito de Halo/Horn E a tendê ncia em estender uma avaliaçã o positiva (efeito de Halo) ou negativa (efeito de Horn) de uma pessoa para todos os itens da avaliaçã o, sem fazer uma aná lise adequada de cada um dos fatores separadamente. Se ele é bom em algo, automaticamente torna-se bom em tudo. Ou o contrá rio. > Tendê ncia Central Por medo ou insegurança, o avaliador deixa de atribuir notas muito baixas para nã o prejudicar o avaliado; ou muito altas, para nã o ter que justi icá -las no futuro. > Efeito de recenticidade C o s t u m a - s e d e s t a c a r n a memó ria do avaliador apenas os fatos mais recentes. Di icilmente consegue-se lembrar de tudo que aconteceu num perıódo de um ou dois anos. Nesse caso, seria importante adotar a prá tica de realizar anotaçõ es freqü entes. > Erro constante (Complacê ncia / Rigor excessivo) Por vezes, cada avaliador adota o seu pró prio padrã o de desempenho. Isso
faz com que alguns pareçam muitos complacentes, enquanto outros seriam rigorosos demais. De inir conjuntamente um padrã o de desempenho é essencial para reduzir essas caracterıśticas pessoais. > Erro de "primeira impressã o» Sabe aquela estó ria de que "a primeira impressã o é a que ica"? Isso també m acontece na avaliaçã o de desempenho. Nesse caso, o avaliador tem que tentar se concentrar no perıódo atual, e nã o em avaliaçõ es passadas. As pessoas mudam e merecem obter o cré dito por seu desenvolvimento pro issional. > Erro de semelhança (auto-identi icaçã o) O avaliador costuma ser mais favorá vel à queles que se parecem consigo mesmo, seja pelas caracterı́ s ticas pro issionais, pelos interesses pessoais, pela formaçã o na mesma faculdade ou por pertencer ao mesmo grupo social. > Erro de fadiga / rotina Nã o se deve preencher uma avaliaçã o atrá s da outra. > Incompreensã o do signi icado dos fatores de avaliaçã o Se os fatores de avaliaçã o nã o estiverem claramente de inidos, poderã o ocorrer erros de interpretaçã o e ocasionar distorçõ es nos resultados. Para alguns, ser pontual é estar no posto de trabalho exatamente no horá rio determinado. Para outros, cinco minutos de atraso nã o seria motivo de uma avaliaçã o negativa. Distinguir o que é "atraso", por exemplo, seria um processo essencial para tornar tal item bem de inido para todos. Diante da clari icaçã o dos possıv́eis erros a serem cometidos, foram adotas como estraté gias de mitigaçã o: > Realizaçã o de reuniã o para treinamento e padronizaçã o de avaliadores; > Familiarizaçã o com as ferramentas disponibilizadas; > Orientaçõ es sobre é tica e salvaguarda das
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informaçõ es; > Reuniã o de debrief; construçã o de planilha ú nica de avaliaçã o com resultados consensuais; e > Diversi icaçã o dos per is dos avaliadores. 11. RESULTADOS DAS AVALIAÇÕES 11.1. Avaliação da designação da estrutura organizacional De acordo com os gabaritos seriam os seguintes os aspectos e funçõ es organizacionais a serem designadas: > Coordenador; > Equipe de tecnologia da informaçã o; > Equipe de administraçã o inanceira; > Equipe de segurança; > Equipe té cnica de desenvolvimento; > Equipe de apoio logıśtico; > Equipe de controle; e > Equipe de avaliaçã o. Neste quesito, todos os aspectos foram contemplados, mas nã o de forma ideal, pois as diversas agê ncias nã o compartilharam a responsabilidade por estas açõ es, icando as mesmas a cargo do Exé rcito Brasileiro, à exceçã o da assistê ncia de saú de à s eventuais vı́timas reais, c o m p a r t i l h a d a m a t e r i a l e pro issionalmente pelo SAMU, Cruz Vermelha e Exé rcito Brasileiro. 11.2. CARACTERIZAÇÃO DO TIPO DE EXERCÍCIO A “Operaçã o Vade-Mecum”, caracterizada como um exercıćio de grande escala, nã o obedeceu a todos os parâ metros conceituais de um exercıćio desta natureza, na medida em que a simulaçã o do incidente nã o ocorreu da maneira mais realı́stica possıv́el (incidente narrado antecipadamente, e com um vié s de demonstraçã o) e as agê ncias nã o foram comunicadas como se o evento fosse verdadeiro. As açõ es de resposta nã o foram 252
processadas na medida em que se desenrolou a narrativa visual da cena, na forma de inputs de situaçõ es emergenciais ao cená rio. No entanto salienta-se que as açõ es foram planejadas e executadas para promover uma resposta em grande escala envolvendo açõ es interagê ncias. Foram observados os propó sitos, staffs de direçã o, rol de participantes, duraçã o do exercıćio, e outros aspectos inerentes aos exercıćios de grande escala. A comissã o de avaliaçã o entendeu que o tempo disponıv́el para preparaçã o do exercıćio nã o permitiu o desenvolvimento pleno de todas as atividades de preparaçã o. 11.3. VERIFICAÇÃO DAS CONDIÇÕES NECESSÁRIAS PARA EXECUÇÃO DO SIMULADO No que se concerne a este item, a comissã o de avaliaçã o aborda como pontos positivos: > Existê ncia e operaçã o regular de entidades responsá veis por açõ es de resposta a situaçõ es de crise e calamidade; > Existê ncia de um Plano de resposta a emergê ncias e desastres nos hospitais e instituiçõ es responsá veis pela atençã o à saú de; e > Existê ncia de um inventá rio atualizado de recursos humanos e materiais disponıv́eis. No entanto foram identi icadas as seguintes oportunidades de melhoria: > Necessidade de criaçã o e utilizaçã o de mé todos para disseminaçã o dos planos de emergê ncia e resposta a desastres; > Necessidade de confecçã o de protocolos e procedimentos com a descriçã o de responsabilidades dos participantes na açã o de resposta; > Necessidade de um processo contın ́ uo de avaliaçã o de perigos e vulnerabilidades, indicando as condiçõ es de risco a ser
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testado nos exercıćios a serem realizados; > Adoçã o de um nıv ́ el adequado de coordenaçã o entre as instituiçõ es, agê ncias e ONGs que trabalham na á rea de gestã o de desastres de acordo com suas funçõ es e responsabilidades no processo de resposta; e > Divulgaçã o de resultados e avaliaçõ es de exercıćios anteriores que identi icam á reas crıt́icas e di iculdades. 11.4. AVALIAÇÃO DAS ATIVIDADES PREPARATÓRIAS Ve r i i c o u - s e u m a g ra n d e preocupaçã o e zelo dos organizadores do exercıćio, desde sua concepçã o até seu encerramento, ressaltando-se o grande esforço das partes envolvidas. Ressoaram os seguintes aspectos positivos: > Designaçã o de uma comissã o para documentar as liçõ es aprendidas com o exercıćio; > A preparaçã o dos componentes e criaçã o do roteiro geral das atividades; > A metodologia e os procedimentos para o exercıćio foram analisados; > A coordenaçã o com os diferentes atores foi estabelecida (instituiçõ es, autoridades competentes, lıd ́ eres comunitá rios); > Visitas de reconhecimento foram feitas para identi icar o local; > A operaçã o dos dispositivos de efeitos especiais foi testada; > Os instrumentos de avaliaçã o para diferentes cenas do exercı́cio foram preparados; > Avaliadores foram selecionados e treinados; > Equipes de ilmagem e fotogra ia foram alocadas; > Foram feitos os arranjos necessá rios para o suporte de comida e bebida aos participantes; e > Plano de saú de e segurança foram
preparados e coordenados com as diferentes partes interessadas. Para a preparaçã o de futuros exercıćios simulados, há a necessidade de um melhor a inamento nos seguintes aspectos: > Envolvimento da comunidade pró xima ao local do evento; > Elaboraçã o de Crachá s de identi icaçã o para todas as pessoas envolvidas no evento; > De iniçã o clara de todos os pressupostos e parâ metros do exercıćio de acordo com os elementos a serem testados; e > Melhor orientaçã o na preparaçã o dos atores que atuarã o como vıt́imas. 11.5. AVALIAÇÃO DA VIABILIZAÇÃO DA OPERAÇÃO INTERAGÊNCIAS Apesar de ter sido constituıd ́ a uma equipe interagê ncias, mesmo que informalmente, para o planejamento, de iniçã o de objetivos, extensã o do cená rio e responsabilidades, a viabilizaçã o da operaçã o encontrou di iculdades na medida em que: > Os meios de comunicaçã o utilizados durante o exercıćio nã o foram testados por todas as agê ncias e algumas nã o possuıám familiaridade com os mesmos, os quais acabaram por se mostrar ine icazes para as açõ es requeridas; > Alguns participantes do exercıćio nã o estavam claramente identi icados; > Os observadores nã o estavam todos identi icados; > Os staffs do exercı́ c io nã o foram corretamente brifados e nã o possuıám autonomia de açã o independentemente de comunicaçã o com o centro de controle do exercıćio; > Alguns participantes nã o receberam instruçõ es adequadas; > Nã o foram providenciados formulá rios de inscriçã o para as agê ncias participantes;
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11.6. AVALIAÇÃO DA FORMATAÇÃO DO EXERCÍCIO Q u a n to à fo r m a t a ç ã o d o exercıćio, os seguintes processos foram evidenciados, poré m apresentam gargalos e de iciê ncias: > Concordâ ncia das açõ es com protocolos e procedimentos estabelecidos; > Coordenaçã o interagê ncias na cena; > Consistê ncia entre as necessidades das situaçõ es e açõ es tomadas; > Estabelecimento de prioridades; e > Mudança de curso das açõ es de resposta operacional. 11.7. AVALIAÇÃO DA EXECUÇÃO DO EXERCÍCIO A resposta inicial à ocorrê ncia apresentou de iciê ncias no que se concerne à s açõ es de socorro e resgate; primeiros socorros e atendimento de vıt́imas em massa: > O tempo de resposta ao incidente nã o pode ser utilizado como indicador, posto que as açõ es nã o obedeceram a uma cronologia iel dos fatos, nem foram respeitadas as vias de acionamento regulamentares; > Evidenciou-se a ausê ncia de aspectos de lideranças, disciplina, coordenaçã o interna e externa; divisã o de responsabilidades; atuaçã o em equipe e estabelecimento de prioridades na organizaçã o da resposta; > Os equipamentos e té cnicas disponıv́eis nã o foram corretamente utilizados em alguns momentos; e > A rede hospitalar de uma maneira geral apresentou di iculdades na coordenaçã o interna e externa das comunicaçõ es; no acionamento do plano de emergê ncia; na viabilizaçã o e distribuiçã o dos cartõ es de açã o; e no conhecimento do plano de emergê ncia por todas as partes envolvidas. 11.8. AVALIAÇÕES ESPECÍFICAS O d e s e n h o d o e x e r c ı́ c i o 254
apresentou como aspectos positivos, tais como: > A de iniçã o clara das agê ncias a serem incluıd ́ as nas atividades; > Disponibilizaçã o de recursos por parte das agê ncias envolvidas; > A inclusã o de um plano de contingê ncias para a ocorrê ncia de situaçõ es reais durante o evento; > Os equipamentos de segurança existentes e a identi icaçã o da equipe de segurança. P o r é m a l g u n s a s p e c t o s prejudicaram o atingimento dos resultados pretendidos, entre os quais podemos citar: > Falta de participaçã o de algumas agê ncias na concepçã o do exercıćio; > Participaçã o limitada da comunidade no exercıćio; Alguns fatos observados durante o processo de avaliaçã o merecem especial relevâ ncia, em funçã o da necessidade da adoçã o de medidas para mitigá -los: > As tentativas de acionar os serviços de emergê ncia atravé s dos nú meros telefô nicos padronizados apresentaram sé rias di iculdades que merecem atençã o urgente dos responsá veis. Assim como o sistema de telecomunicaçõ es, que necessita ser melhor disposto e doutrinado, bem com a adoçã o de uma linguagem uni icada por parte das entidades pertinentes aos incidentes; > A coordenaçã o entre as agê ncias participantes nas açõ es de atençã o à s vıt́imas praticamente inexistiu, tirante algumas ilhas especı́ icas, tais como o Posto de Descontaminaçã o Total (PDT); > As açõ es das forças de segurança nã o utilizaram um sistema de controle de pessoas dentro do sıt́io de açõ es; nã o garantiram a segurança do perım ́ etro de operaçõ es e nã o icou evidenciada a existê ncia de uma cadeia de comando para
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o evento; > Nã o se observou també m um local designado para o acondicionamento de vıt́imas fatais; > As operaçõ es de resgate, busca e salvamento mostraram-se confusas em alguns aspectos tais como nã o foi montado e identi icado claramente o posto de comando de açõ es de resgate, busca e salvamento; nã o foi providenciada uma linha de comunicaçã o aberta entre o posto e o centro de comando e controle; nã o foi garantida a segurança do perım ́ etro do sıt́io de operaçõ es; os EPI nã o foram utilizados corretamente; nã o foi providenciado um tratamento mé dico adequado para as vıt́imas; a triagem nã o foi feita de maneira e iciente; as agê ncias responsá veis nã o utilizaram todos os protocolos previstos; e as responsabilidades previstas no plano de açã o nã o forma seguidas totalmente; > Os serviços de saú de pré -hospitalares foram di icultados pela falha no sistema de regulaçã o advinda dos seguintes fatores: O representante da central de regulaçã o nã o possuıá contato direto com as unidades atuantes no sıt́io de operaçõ es; nã o foi estabelecido um plano de açã o em conjunto com as outras agê ncias no sı́ t io de operaçõ es; nã o foi estabelecida uma cadeia de comando; nã o foi estabelecida comunicaçã o com a rede hospitalar. 12. CONSIDERAÇÕES FINAIS RELATIVAS À AVALIAÇÃO DO EXERCÍCIO Na opiniã o dos avaliadores, a operaçã o DQBRNE merece um destaque pelo seu modus operandi e doutrinamento das açõ es, embora ainda apresentasse falhas no processo de triagem dos pacientes, na segurança do perım ́ etro, e na detecçã o pó s descontaminaçã o. A atuaçã o diferenciada da 10ª RM, sob o comando do General Araú jo Lima, foi o grande elemento catalisador que
possibilitou a execuçã o da atividade de uma forma orientada e segura. A experiê ncia militar em treinamentos simulados agregou-se com as necessidades de treinamento da á rea de saú de. A parceria irmada entre a Secretaria de Saú de do Ceará e o Comando da 10ª Regiã o Militar possibilitou a execuçã o de um exercıćio simulado nunca visto em terras alencarinas. Foram dias de trabalho á rduo, olhares descon iados, dú vidas sobre nossa pró pria capacidade. Fomos capazes. A uniã o advinda de todo este processo criou laços de afetividade entre as agê ncias participantes, as quais se irmanaram na busca de um objetivo comum; tais laços transcendem o cená rio da simulaçã o, perpetuando-se em portas agora abertas e permeando um legado de futuras açõ es consistentes e e icazes. A organizaçã o de toda a atividade, a preparaçã o esmerada de cada cena e o rompimento de paradigmas, com a criaçã o de um novo processo de conhecimento mú tuo constitui-se no grande legado de todo este processo. As diversas oportunidades de melhoria identi icadas estabelecem a real riqueza de um exercı́cio destas caracterı́sticas e proporçõ es, nã o devendo ser recebidas como sentenças, mas sim como desa ios a serem superados. Nosso trabalho nã o terminou, apenas aprendemos a engatinhar, ainda precisamos aprender a andar, cair e levantar, num processo de contı́nuo aprendizado. A grande pergunta que ainda nos angustia ainda nã o foi respondida: “ E agora, o que fazer para melhorar? ” Esta resposta cabe aos gestores e nã o deve ser dada à comissã o de avaliaçã o do exercı́ c io, mas sim à queles que se constituem nos nossos avaliadores de direito: nossa sociedade.
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RELATÓRIO DE SEGURANÇA 1. CARACTERIZAÇÃO DA MISSÃO Estabelecer normas gerais de segurança para a realizaçã o do Exercıćio da “Operaçã o Vade-Mé cum”, objetivando uniformizar procedimentos para propiciar a prevençã o de acidentes durante a atividade. 2. MEIOS EMPREGADOS a. Pessoal - Maj (O icial de Prevençã o de Acidentes na Instruçã o do Exercıćio) - Cap (Adj OPAI) - Ten (Adj OPAI) - Sgt (Adj OPAI) b. Material - 1 (uma) Vtr Land Rover para deslocamento da Equipe entre os cená rios da simulaçã o. - 9 (nove) Rá dios Troncalizados com bateria reserva. - 4 (quatro) Camisas Vermelhas para identi icar o pessoal da segurança do exercıćio. c. Quadro de despesas - Nã o houve despesas
Posto Avançado da Saú de. g. Intervençã o em qualquer simulaçã o que atente contra a segurança. 4 . D E S C R I Ç A O S U C I N T A D O CUMPRIMENTO DA MISSAO Todas as simulaçõ es do exercıćio foram acompanhadas pela Equipe de Segurança com a missã o de intervir em qualquer açã o que colocasse em risco a segurança dos participantes do exercıćio. Havia uma ambulâ ncia especı́ ica com a missã o de evacuaçã o para o Posto Avançado de Saú de, em caso de ACIDENTE REAL. 5. ASPECTOS OBSERVADOS a. Pontos Fortes - Identi icaçã o fá cil da Equipe de Segurança do Exercıćio, a qual estava de calça camu lada camisa vermelha e gorro camu lado. - A c o m p a n h a m e n t o d o lançamento da Granada de Luz e Som por um integrante da Equipe de Segurança. b. Oportunidades de Melhorias - Escalar uma ambulâ ncia e Equipe Mé dica com a missã o especı́ ica de atendimento de ACIDENTE REAL. Durante a primeira cena essa ambulâ ncia també m estava participando da simulaçã o.
3. SEQUÊNCIA DAS AÇÕES A REALIZAR a. Tomar conhecimento do quadro de eventos do exercıćio. b. Confecçã o do Plano de Segurança. c. Reconhecimento dos locais das cenas. d. Acompanhamento dos ensaios de todos os cená rios. e. Adaptaçã o do Plano de Segurança de acordo com as necessidades surgidas durante os ensaios. f. Distribuir rá dio para Equipe de Segurança, Ambulâ ncia de evacuaçã o e 256
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RELATÓRIO DO DESTACAMENTO DE OPERAÇÕES DE APOIO À INFORMAÇÃO (DOAI). D I S S E M I NAÇ ÃO D E P RO D U TO S GRÁFICOS 1. FINALIDADE - O presente relató rio visa apresentar os aspectos mais relevantes observados no decorrer do planejamento e execuçã o da Operaçã o VADE-MECUM. 2. REFERÊNCIA a. Ordem de Instruçã o Nr 001 – D3/CCDA – FORTALEZA. b. Diretrizes do Coordenador de Defesa de Area Fortaleza. c. Plano de Operaçõ es FORTALEZA (CCDA). d. Plano de Operaçõ es COpEsp para a COPA 2014. e. Plano de Açã o de Saú de para a COPA 2014. 3. OBJETIVOS a. Objetivos Gerais 1) Capacitar os militares envolvidos no contexto de um exercı́ c io simulado interagê ncias com mú ltiplas vıt́imas a realizar uma disseminaçã o manual de produtos grá icos. 2) Desenvolver conhecimento té cnico especializado para que os militares envolvidos realizem açõ es de contato pessoal ao entregar o produto grá ico. 3) Veri icar a interoperabilidade entre os eixos de Defesa e Segurança para Copa do Mundo 2014. b. Objetivos Particulares 1) Disseminar produto grá ico para a populaçã o adjacente ao Porto do Mucuripe (Pub Alvo), para conscientizar e prestar conhecimentos/esclarecimentos sobre o evento.
2) Dirimir possıv́eis má s interpretaçõ es e açõ es contrá rias da populaçã o dos bairros à Op Vade-Mé cum. 4. CONDIÇÕES DE EXECUÇÃO a. Local: - Regiã o do Porto do Mucuripe b. Participantes: - 1 (um) Pel Fuz do 25º BC. - Destacamento de Operaçõ es de Apoio à Informaçã o (DOAI). c. Recursos Empregados: - Conforme relató rio de Logıśtica. 5. MEIOS EMPREGADOS 1) 35 (trinta e cinco) militares do 25º BC. 2) 03 (trê s) militares do DOAI. 3) Pan letos. 6. AÇÃO EMPREENDIDA a. Foi concebido um produto grá ico (pan leto) de cunho informativo para prestar esclarecimentos ao Pub Alvo. b. Realizaçã o de capacitaçã o dos militares do 25º BC para o emprego de contato pessoal e disseminaçã o de um pan leto informativo. c. Disseminaçã o de pan letos e contato pessoal com o Pub Alvo. 7. ASPECTOS RELEVANTES a. Pontos fortes 1) Capacitaçã o dos militares do 25º BC, facilitou a obtençã o das opiniõ es e busca de possıv́eis ameaças à operaçã o. 2) Apoio logıśtico facilitou a execuçã o da atividade. 4) O apoio do Cmt 25º BC. 5) A coordenaçã o com a direçã o do exercıćio.
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6) A concepçã o do produto pela Cé lula de Informaçã o, che iada pelo D5.
exemplo os funcioná rios do Porto do Mucuripe.
b. Oportunidades de melhoria - Uma maior difusã o para Pub Alvos envolvidos indiretamente, como
c. Liçõ es aprendidas - A excelente coordenaçã o com direçã o da Operaçã o.
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RELATÓRIO DE LOGISTICA 1. FINALIDADE O presente relató rio visa apresentar os aspectos logıśticos mais relevantes no apoio à execuçã o da Operaçã o VADE-MECUM. 2. REFERÊNCIA a. Ordem de Instruçã o Nr 001 – D3/CCDA – FORTALEZA. b. Diretrizes do Coordenador de Defesa de Area Fortaleza. c. Plano de Operaçõ es FORTALEZA (CCDA). d. Plano de Operaçõ es COpEsp para a COPA 2014. e. Plano de Açã o de Saú de para a COPA 2014. 3. OBJETIVOS a. Objetivos Gerais 1) Apresentar as providê ncias logıśticas necessá rias ao desenvolvimento da Op VADE-MECUM e seus principais custos. b. Objetivos Particulares 1) Apresentar os aspectos positivos, as
oportunidades de melhorias e as principais l i ç õ e s a p re n d i d a s n a O p e ra ç ã o . 2) Apresentar uma planilha com o detalhamento dos custos referentes à Operaçã o. 4. CONDIÇOES DE EXECUÇAO a. Local: - Regiã o do Porto do Mucuripe b. Participantes: - Conforme Anexo “A” – Agê ncias e Orgã os participantes do exercıćio, da OI Nr 001 do D3/CCDA. c. Recursos Empregados: - Foram utilizados os recursos inanceiros descentralizados pelo COTER para a Op Fortaleza – Copa do Mundo 2014, conforme item 5 deste relató rio. 5. MEIOS EMPREGADOS 1) Montagem dos Palanques Para as trê s cenas foram montados 2 (dois) palanques, um para as cenas 1 e 3 e outro para a cena 2.
Item Equipe composta por 1 ST e 6 Cb/Sd – para cada palanque
23ºBC e Cia Cmdo/10
4(quatro) Vtr 7 Ton – duas para cada palanque
23ºBC e Cia Cmdo/10
8(oito) barracas tipo gazebo brancas 3mx3m 2(duas) escadas de ferro com corrimão
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Responsável
Cmdo 10ª RM 23ºBC
2(duas) pranchas de compensado para união da carroceria das Vtr
Cia Cmdo/10 e 23º BC
24(vinte e quatro) mantas táticas para forração das laterais das carrocerias das Vtr – doze para cada palanque
Cia Cmdo/10 e 23º BC
4(quatro) cones de sinalização para balizamento das pranchas - duas para cada palanque
Cia Cmdo/10 e 23º BC
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2) Montagem dos pontos d’á gua Responsável
Item Equipe composta por 1 Of e 1 Sgt e 3 Cb/Sd
10º D Sup
1(uma) Vtr 5 Ton – para transporte da água e outros materiais
10º D Sup
1(uma) Vtr Marruá – para transporte do pessoal
10º D Sup
3000 (três mil) copos de água – da reserva de QR Copa
10º D Sup
3) Viaturas utilizadas a) No transporte de tropa - 04(quatro) Vtr Hilux - 03(trê s) Van - 12(doze) Vtr Marruá - 22(vinte e duas) Vtr 5 Ton - 01(um) Baú 8 Ton - 02(duas) Vtr Cisterna á gua - 01(uma) cisterna á gua para OCD - 01(uma) Vtr Cisterna combustıv́el - 01(uma) Vtr 5 Ton c/ Plotter - 01(um) ô nibus b) No transporte da assistê ncia - 03(trê s) Van - 01(um) Microô nibus - 01(um) ô nibus 4) Materiais diversos - 01(uma) Gr Fumıǵena – Cena 1
- 06(seis) Gr Luz e Som – Cena 1, 2 e 3 - 10(dez) Faixas e cartazes – usado pela iguraçã o - 01(um) sistema de som embarcado e microfone com extensã o até os palanques - 150(cento e cinquenta) protetores solares individuais – doaçã o repres do fabricante - 06(seis) banheiros quım ́ icos – locaçã o de dois por cena - 01(uma) carcaça de automó vel – cena 2 – fornecido pelo PqRMnt/10 - 30(trinta) capacetes balıśticos – para Cruz vermelha – fornecido pelo 23ºBC - 30(trinta) coletes balıśticos – para Cruz vermelha – fornecido pelo 23ºBC - 10(dez) guarda-só is – para proteçã o da assistê ncia 5. CUSTOS
Responsável
Item 1
23º BC
Faixas e cartazes
95,00
2
8 barracas tipo gazebo brancas
D4
1.200,00
3
600 Panfletos para informação da população local sobre o exercício
D5
270,00 (mat Gráfico)
4
6 WC QUÍMICOS para participantes
D4
552,00 (Locação WC)
5
3.000 copos d’ água
10ºDSup
6
468 L de Óleo diesel
D4 TOTAL
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406,25 1.099,00 R$ 3.622,25
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6. ASPECTOS RELEVANTES a. Pontos fortes 1) O reconhecimento e o ensaio geral foram fundamentais para a montagem das estruturas ixas e controle dos tempos de deslocamento e duraçã o das cenas. 2) A descentralizaçã o da montagem das estruturas ixas, com a devida coordenaçã o do D4 facilitou a execuçã o da atividade. 3) A perfeita sintonia entre os gerentes de cena e a logıśtica, com pedidos claros e com a devida
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antecedê ncia foram fundamentais para a execuçã o da atividade. b. Oportunidades de melhoria 1) Reuniã o dos meios com maior antecedê ncia 2) De iniçã o de todas as necessidades com maior antecedê ncia c. Liçõ es aprendidas 1 ) E x i s t e m u i t a d i i c u l d a d e n o cumprimento de horá rios nas Operaçõ es Interagê ncias.
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CAPÍTULO 5 - PLANO DE AVALIAÇÃO DO EXERCÍCIO
AVALIAÇÃO SAMU CENÁRIO 1 Pontos positivos: • Excelente cena. Atores simularem muito bem o evento... • O Batalhã o de choque fez muito bem seu papel, assim como o negociador... • A primeira viatura do SAMU chegou com 9 minutos • A segunda e terceira viaturas do SAMU chegaram com 22 minutos • Apoio Psicoló gico na cena Pontos a melhorar: • Ningué m lembrou de acionar o SAMU Fortaleza atravé s do nú mero 192 • Numa ocorrê ncia real, o primeiro respondedor a chegar na cena seria os pró prios bombeiros militares, pois o evento foi em frente ao seu grupamento. • A coordenaçã o mé dica, nã o enviou a Força Tarefa do SAMU (uma USA, uma USB e uma Motolâ ncia), previstos em caso de suspeita de IMV • A segunda USA també m nã o foi deslocada pelo SAMU 192 • A primeira viatura a chegar na cena ningué m sabe quem acionou, nem havia motivo para uma ambulâ ncia do HGeF chegar em um IMV dentro de Fortaleza. E em tempo resposta recorde de 3 minutos... • També m ningué m sabe como chegaram pro issionais do SAMU para atendimento antes da chegada da primeira viatura aos 9 minutos do acionamento • A mesma coisa para as lonas: de onde vieram lonas se elas viriam de uma viatura do SAMU? • As lonas foram montadas por pro issionais do SAMU que també m nã o vieram de nenhuma viatura • Houve duplo comando do incidente em vá rios momentos. 264
• Houveram equıv́ocos evidentes na triagem: surgiram vıt́imas vermelhas e cinzas (ó bito) e o “morto” se ingiu de morto sabendo que era vıt́ima amarela; • O Coordenador do PMA designado enviava pacientes ao hospital sem regulaçã o da Central, por orientaçã o da Coordenaçã o local das açõ es de saú de; • As vıt́imas verdes sumiram do cená rio, sem serem removidas por nenhum veıćulo; • Nenhum registro das vıt́imas foi realizado • Ningué m sabe quem acionou a equipe de apoio psicoló gico para o local CENÁRIO 2 Pontos positivos: • Excelente atuaçã o dos atores. Boa maquiagem e boa atuaçã o; • As equipes especializadas (Bombeiros, CNEN e DQBRN) atuaram muito bem • A Coordenaçã o Local das Açõ es de Saú de funcionou melhor • Havia um Supervisor do PMA, Um Supervisor de Triagem e um Supervisor de Transporte • As vıt́imas verdes foram removidas em viatura • Já houve algum controle de pacientes e preenchimento das ichas de regulaçã o. • Apoio Psicoló gico na cena Pontos a melhorar • Faltou melhor comunicaçã o/interaçã o entre a DQBRN e as equipes do SAMU • Ningué m sabe quem acionou o apoio psicoló gico para a cena • Vıt́imas vermelhas saiam andando do PDT; • Uma vıt́ima em maca foi trazida do PDT até a zona fria. Nã o havia um componente da DQBRN iscalizando essa entrega de pacientes ao SAMU • Aparentemente o Supervisor de Triagem era o ú nico triador; • No inıćio nã o houve boa coordenaçã o
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PLANO DE AVALIAÇÃO DO EXERCÍCIO - CAPÍTULO 5
local, com mé dicos sem saber o que fazer nem onde icar; • A Lona vermelha esteve algum tempo no inıćio sem mé dico interventor. • Uma vıt́ima vermelha foi “esquecida” na zona quente e veio “andando” até o Posto Mé dico Avançado; • Nã o houve remoçã o da vı́ t ima contaminada radioativa até o ICC, para mediçã o do tempo-resposta • Aparentemente nã o houve corregulaçã o do Coordenador local com Coordenador do SAMU • Nã o houve montagem da lona cinza nem atuaçã o da PEFOCE e/ou manejo de cadá ver pela equipe DQBRN • Das 49 vıt́imas previstas (11 vermelhas, 13 amarelas, 21 verdes e 04 cinzas), s o m e n t e f o r a m r e g i s t r a d o s o s atendimentos de 06 vermelhas, 04 amarelas e 15 verdes: 50 % das vıt́imas; • Dessas 25 vıt́imas, somente há registro de remoçã o de 09 vıt́imas (6 vermelhas e 3 amarelas) • D e s s a s 0 9 v ı́ t i m a s , 0 6 fo ra m encaminhadas ao IJF Centro, uma para Frotinha (?) e outra para Messejana (?) • O mé todo de triagem na zona quente, realizado pela saú de, nã o foi o START, mas apenas a avaliaçã o do GLASGOW.
AVALIAÇÃO PEFOCE Externo minhas congratulaçõ es pela organizaçã o e sucesso do exercıćio na Operaçã o Vade Mecum. Foi uma oportunidade ım ́ par de interaçã o interagê ncias e treinamento conjunto para veri icar erros e acertos, sempre visando melhorar e somar esforços. A PEFOCE esteve presente, embora com contingente bem inferior à s forças de resgate, socorro e contramedidas, face à s especi icidades dos incidentes simulados. Lamentei apenas o nã o acionamento dos rabecõ es pelo CIOPS, o que considerei uma falha, mas foi deslocada viatura da perıćia criminal aos locais. Esperamos oportunidade de, quem sabe numa pró xima vez, exercitarmos també m nosso plano para situaçõ es com mú ltiplas vıt́imas fatais.
CENÁRIO 3 Pontos positivos: • Como a quantidade de viaturas disponıv́eis era su iciente para o nú mero de vıt́imas, nã o havia necessidade de montar a estrutura do PMA. Mesmo assim a primeira viatura a chegar trouxe as lonas e o PMA foi montado • As vıt́imas verdes foram levadas por uma Van Pontos a melhorar: • Nã o icou clara a atuaçã o do LACEN no cená rio • Os Infartos nã o foram removidos ao Hospital de Messejana. FORTALEZA - CEARÁ - BRASIL
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CAPÍTULO 5 - PLANO DE AVALIAÇÃO DO EXERCÍCIO
AVALIAÇÃO LACEN ANVISA RESUMO DA INVESTIGAÇAO DO SURTO PARA O SIMULADO DO NAVIO O navio chegou com 40 pessoas acometidas por doença diarré ica aguda (DDA) os mesmos apresentam evacuaçõ es sanguinolentas, algumas estavam passando muito mal, o capitã o do navio acionou as autoridades competentes, no caso a autoridade Portuá ria e Autoridade Sanitá ria (ANVISA). A ANVISA entrava em contato com o CIOCS (CIEVES) solicitando uma investigaçã o do surto e coleta de amostras clinicas ao LACEN para esclarecimento diagnó stico.
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A s u n i d a d e s ( V i g i l â n c i a Epidemioló gica e LACEN) compareceram imediatamente ao posto da ANVISA no porto do Mucuripe para uma reuniã o e em seguida adentraram ao navio para realizar a investigaçã o e a coleta de amostras. Apó s a investigaçã o pela Vigilâ ncia Epidemioló gico foi coletada amostras de fezes em Cary Blair e també m amostras in natura de 10% dos acometidos (representa uma amostragem signi icativa para surtos). Apenas 1 dos pacientes foi transportado em ambulâ ncia para o hospital pois o mesmo encontra-se com insu iciê ncia renal.
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Partipantes AVALIADORES
SAMU CEARA
- Francisco Doonon Vieira Franco - Carlos Augusto Freitas de Paiva - Kessy Vasconcelos Aquino - Edna Colangelo Matos - Eugê nia Maria Rocha de Oliveira - Maria Goreth Feijó Araú jo - Eva Vilma Moura Baia - Messias Simõ es dos Santos Neto - Ana Virgın ́ ia Evangelista de Mendonça - Ana Flá via Bom im de Melo - Francisco Mendes Magalhã es - Ana Cristina Ferreira Lima Magalhã es - Wilcilene Oliveira dos Santos - Eduardo Luiz Lima Tabosa - Amanda Caroline V. Dantas Coelho - Carol Yane Abreu Aciniegas - Maria Beatriz de Carvalho Mariano Souza - Maria Iracema Aguiar Patrıćio - Erasmo de Sousa Almada - Luzia Lucé lia Saraiva Ribeiro
- Alexandre Dellamare L da Silva - Alexandre Feitosa de Oliveira - Aline de Lima Oliveira - Allys Lamarck Alexandre Teixeira de Brito - Carlos de Oliveira Silva - Coronel Joã o Vasconcelos Sousa - Cristiano Oliveira Rabelo - Daniel Souza Lima - Edvaldo da Silva de Almeida - Elıśio Gonçalves Lima - Eugê nio Santana Franco Filho - Fabrıćio Augusto Vasconcelos - Filomena Ilná Xavier Barbosa dos Santos - Francisca Aurenir Henrique Barbosa - Francisco Claudevan Nasc. de Moura - Francisco Diego Santana de Freitas - Francisco Fá bio Pachê co Barbosa - Francisco Ré gis Reinaldo - Francisco Rodrigo de Castro Braga - Gerusa Marta Rodrigues - Gilson Melo Pinheiro - Jamison Barreto de Medeiros - Jares Nobre Honorato - Jose Marcone Braga de Oliveira - Jose Ricardo Chagas de Oliveira - Juliana Brito Cavalcante - Kelcione Pinheiro Lima - Luıź Fabiano de Moraes Rocha - Luiz Oliveira dos Santos Neto - Maria Aurilene de Oliveira - Maria da Conceiçã o Freitas Tavares - Maria Onecima Ferreira Gomes - Maurıćio Bezerra Sales - Neiva Maria Martins Costa - Nilson Holanda Santos
PSICÓLOGOS DA UNIFOR - Giselle Maranhã o Sucupira Mesquita - Talita Umbelino Araú jo - Rafael Magalhã es Granjeiro - Emanuelly Mota Silva - Caroline Cavalcante de Sousa - Dulce Barbosa de Oliveira - Cinthya Karyne Sampaio Viana - Helena Gomes Veira - Clarice Pires Xavier - Adriana Simõ es Panta Leã o Dias - Raisa Nogueira Loureiro - Fernanda Xavier Santiago Marinho
FORTALEZA - CEARÁ - BRASIL
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PARTICIPANTES
- Rafael Alves Ferreira - Rafael de Oliveira Silva - Rafaela Elizabeth Bayas Queiroz - Rogé rio Basto de Oliveira - Rô mulo Pedroza Pinheiro - Tatyane Oliveira Rebouças
- José William Martins - Engº de Seg Trab - Supervisor Ativ Praticas - Anderson Lopes Cavalcante - Mot Socorrista - Marcio Roberto Santos de Sousa - Tec Enf - Gisleno Magalhã es Dias - Enf
SECRETARIA DA SAÚDE DO ESTADO DO CEARÁ
LABORATÓRIO CENTRAL DE SAÚDE PÚBLICA - LACEN
- Lilian Alves Amorim Beltrã o - Alexandre José Mont'Alverne Siva - Maria Sonia Felıćio Magalhã es - Edna Colangelo Matos - Eva Vilma Moura Baia
- Maria Iracema de Aguiar Patrıćio - Carlos Assao Shiki - Vanesca Fontenele Ribeiro AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA - ANVISA
HOSPITAL DE MESSEJANA - Sonia Maria de Araú jo Oliveira Santos - Filadé l ia Passos Rodrigues Martins - Rholden Leite Varela Filho INSTITUTO DR. JOSÉ FROTA - Jaqueline Dantas Sampaio SECRETARIA MUNICIPAL DA SAÚDE - Elizabeth Oliveira Costa Lino - Francisco Pereira Alencar - Naira Maria Ferreira Jucá - Rodrigo Pinheiro Baltazar HOSPITAL DISTRITAL MARIA JOSÉ BARROSO - FROTINHA PARANGABA - Tadeu Leandro - Keyla Maria Alves - Sumara Sampaio Magalhã es Landim- Eugê nia Maria Xavier HOSPITAL REGIONAL DA UNIMED - Raphael Soares de Lima - Tec Seg Trab / Representante Unimed
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- Paulo Biancardi Coury - Analice Carvalho Costa - Raniele Ferreira de Lima - Noemi Melo Cabral - Francisco Helder de Vasconcelos - Francisco Leite de Magalhã es C E N T R O D E I N F O R M A Ç Õ E S ESTRATÉGICAS EM VIGILÂNCIA EM SAÚDE - CIEVS - Lucia Maria da Silva Alencar - Lú cia Costa Vieira VOLUNTÁRIOS / VÍTIMAS SIMULADAS - Alex Carvalho de Sousa Araú jo - Alisson Falcã o Carvalho - Allan Gerson Damasceno - Amanda Jé ssica da Silva Bezerra - Ana Alice Mendes de Sousa - Ana Thainá Souza Lino - Ana Virginia Ribeiro Estite - Anna Iara Barros de Moura - Antonia Wenia Miranda Azevedo - Aylana Fernandes Câ mara - Beatriz Garcê s Moura - Bianca Artemis Lima e Sila - Bruna da Silva Galvã o
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PARTICIPANTES
- Cassia Raiany Silva Oliveira - Clara Ohana Ribeiro Freire - Clecio Alberto Barros dos Santos - Daniel Falcã o Barbosa - Daniele Martins de Lima - Davi Magno Silva Faustino - David Holanda do Nascimento - Dylmara Maria Prudencio Cavalcante - Emilia Queiroz de Souza - Ester Santana Barbosa - Ewerton Icaro Evangelista Ramos - Flá vio Icaro Rodrigues de Oliveira - Franciely Silva Gomes - Francineide da Costa Souza - Francisca Elinaura da Silva - Francisca Tamires Alves de Freitas - Francisco Resinaldo da Silva Lima - Gabriela Lima de Freitas - Geis Damasceno Ribeiro - Gunther Aurelio Pessa Janebro - Henrique de Sousa Castro - Isabel Ribeiro Costa - Isabely Custó dio Lima - Izirlene lima Custodio - Jacira Lucia da Rocha Mendes - Janaiara Rocha Silva - Janaina Melo da silva - Janaina Silva Ramos - Jâ nio Liomar Feitosa dos Santos - Joã o Honorato Gorgonha Ribeiro Nó brega - Joã o Paulo de Castro Melo - Joã o Weslley Cordeiro dos Santos - José Edison Balbino de Sousa Filho - José Juscelino da Silva Palhano - Joyce Vieira da Silva - Julianny Bevilaqua dos Santos - Jú lio Cals de Alencar - Kemilly Evelyn Lima Celestino - Lara Clá udio Nogueira - Larissa Lima Soares - Leandro Matos Reinaldo - Lucas Nogueira Luz - Luciana Alves Ferreira - Manuel Coraci de Araujo Junior - Maria Aldaci de Paiva Costa - Maria Alice da Costa Oliveira
- Maria de Lourdes Martins Feitosa - Maria Elany Alves de Assis - Maria Fernanda Fragoso - Maria Janá lia da Silva Oliveira - Maria Laiz da Costa Castro - Maria Lopes Feitosa - Maria Thayna Delmiro Xavier - Maryanne Farache Azevedo - Mayara Fernandes Tavares - Mayka Melania Castro e Silva - Milena Freitas da Silva - Nadya Barbosa da silva - Nairis do Nascimento Silva - Natá lia Colares Siqueira - Natá lia Magalhã es Cavalcante - Nayara Pereira da silva - Paloma Samara Chaves de Freitas - Pedro Hugo Gouveia Azevedo dos Santos - Rafaela Rodrigues de S. Pereira - Ricardo Salviano da Silva - Rita de Cá ssia Noronha Medeiros - Ronieverson da Costa Moreira - Roseline Soares Lima - Rute Oliveira Santos - Simony Paulo Pio - Stephany Stely Uchoa Ferreira - Talita Almeida Sousa Castro - Thalia Fonseca Malaquias - Thalya Barroso Soares - Thiago Menezes de Mesquita - Vitoria Martins dos Anjos - Waltemberg Silva Santos - William Kennedy Martins de Oliveira - Zyvan Kley Negromonte Gomes CRUZ VERMELHA - Alisson Falcã o Carvalho - Allan Gerson Damasceno - Daniel Falcã o Barbosa - David Holanda do Nascimento - Dylmara Maria Prudencio Cavalcante - lá vio Icaro Rodrigues de Oliveira - Francineide da Costa Souza - Gunther Aurelio Pessa Janebro - Henrique de Sousa Castro
FORTALEZA - CEARÁ - BRASIL
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PARTICIPANTES
- Jâ nio Liomar Feitosa dos Santos - José Edison Balbino de Sousa Filho - Joã o Honorato Gorgonha Ribeiro Nó brega - José Juscelino da Silva Palhano - Jú lio Cals de Alencar - Leandro Matos Reinaldo - Luciana Alves Ferreira - Manuel Coraci de Araujo Junior - Mayka Melania Castro e Silva - Natá lia Magalhã es Cavalcante - Natá lia Colares Siqueira - Pedro Hugo Gouveia Azevedo dos Santos - Rita de Cá ssia Noronha Medeiros - Rute Oliveira Santos - Ronieverson da Costa Moreira - Thiago Menezes de Mesquita - William Kennedy Martins de Oliveira BOMBEIROS - Diana Maria Veras Feitosa - MAJ - Roberto Giuliano Rocha - CAP - Marcos Fá bio Ferreira De Arú jo - TEN - Francisco Weligton Costa - ST - Germano José Da Silva Carvalho - ST - Fco De Assis Pereira De Sousa - ST - Francisco Carlos Augusto - ST - Manoel Paulino Dos Santos - SGT - Jaime Vieira Sousa Filho - SGT - Cleiton Jose Reboucas - SGT - Francisco Helio Brasil Junior - SGT - Genivan Batista De Andrade - SGT - Vagner Roberto Alves Tabosa - SGT - Jose Iran Barreto Pinheiro - SGT - Luiz Antonio Vieira Belarmino - SGT - Francisco Jaldemi Chaves Moreira - SGT - Eduardo Batista Nunes - SGT - André Luis Menezes De Freitas - SGT - Fco. Reginaldo Matos Guedes - SGT - Antonio Tarcivan Soares - SGT - Antonio Osmar Ferreira Da Silva - SGT - Antonio Jucelino Mesquita Da Silva - SGT - Gerley De Oliveira Lima - SGT - Joao Alderico Rocha Filho - SGT - Francisco Da Silva Lima - SGT - Pedro Nojosa Dos Santos - SGT 270
- Jose Romulo Souza Da Silva - CB - Fco Nilton De Sousa - CB - Jucenildo Macario Lopes - CB - Regivando Lima Oliveira - SD - Iderlan Medeiros De Brito Alves - SD - Rosemberg Xavier Da Silva - SD - Bruno Raphaell De Abreu Martins - SD - Má rcio Auré lio De Oliveira Bernardino - SD - Rafael Florê ncio Rodrigues - SD - Adriano Bruno Ribeiro - SD - Joel Linhares Da Costa - SD AMC - Franc. Disraelli P. Brasil - Chefe Nu Op. - Leandro Oliveira Rocha - Chefe Nu De Plj. - Ricardo Jorge Gama De - Castro - Sp Op. - Dercıĺio Correia De Lima - Agente. - José Flá vio Costa Vieira - Agente. - José Valderi Rocha Aristides - Agente. - Davi Gleidson Monteiro Loureiro - Agente. - Joel Ferreira Façanha -agente. - Alexandre Dos S.antos Araú jo - Agente. - Rogé rio Sabó ia Duarte - Agente. - Rogé rio Fontenele Temó teo - Agente. - Deyville De Sousa Castro - Agente.
MILITARES CENTRO DE COORDENAÇÃO DE DEFESA DE ÁREA – CCDA - Gen Div - CARLOS CESAR ARAUJO LIMA - Fernando Antonio Carvalho Mota - Cel - Joã o Batista Neves Neto - Cel - Francisco José de A. Bom im - Cel PTTC - Francisco Carlos Felipe Ribeiro - Cel PTTC - Alexandre Cals T. G. de Oliveira - Cel PTTC - Renato de Oliveira Assis - Ten Cel - Sergio Ricardo Cavalcanti Sales - Maj - Marcos André Carvalho Silva - Maj - Franz Rommel França do Nascimeto - Maj - Marcelo Vieira Bomsuccesso - Maj - Clé bio de Oliveira Gonçalves - Maj
OPERAÇÃO VADE-MÉCUM 2014 | EXERCÍCIO SIMULADO INTERAGÊNCIAS COM MÚLTIPLAS VÍTIMAS
PARTICIPANTES
- Andre Horta Piancó - Maj - Wendell de Carvalho Bravo - Maj - Emerson de Oliveira (Fab) - Maj - Marcelo Afonso Costa - Cap - Maxwell Leite de Mattos Faro - Cap - Nivando Araú jo Cavalcante - Cap - Marcelo Boecker Munoz Braz - Cap - Marcelo Eduardo do Nascimento - Cap - Jocivan Nogueira Farias - Cap - C. Raphael de Sá F. B. Morreira - 1º Ten - Marcos Monteiro Albuquerque - 1º Ten - Bruno Gois Mateus - 2º Ten - Francisco Lourival Caetano - S Ten - Paulo Roberto Correa de Oliveira - S Ten - Jose Cleber Fernandes Lisboa - 1° Sgt - Mauro Cé sar D. de Albuquerque - 2º Sgt - Antonio Augusto de Moura Jú nior - 2º Sgt - Má rcio Roberto Paiva de Sousa - 2º Sgt - Francisco de Assis Duarte Jú nior - 3° Sgt - Francisco Edson C.de Araujo - 3° Sgt - Risiane Santiago Vieira Pinto - 3º Sgt - Alexsandro Ferreira de Araujo - 3º Sgt - Tiago Baumgartner (Mb) - 3º SG CENTRO DE COORDENAÇÃO TÁTICO INTEGRADO - Mario Fernandes - Cel - Daniel Moura Sales de Oliveira - Maj - Jú lio Renó Souza - Maj - José Alberto Florê ncio - Cap - Bruno Moura Cardoso - Cap - Manuel Carlos Gomes Reinaldo - Cap - Francisco Doonon Vieira Franco - Cap - Gabriel Leite Alves - Cap - Bruno Moura Cardoso - Cap - Carlos Alberto Couto Pimental - CT (FN) - Emanuele R. de Souza Alencar - 1º Ten - Erica Sessa do N. Caxias de Souza - 2º Ten - Pedro Helder de Oliveira - S Ten - Luciano Correa Antunes - 1º Sgt - Diomar Mendes Ribeiro - 2º Sgt - Alex Soares Bezerra - 2º Sgt - Diomar Mendes Ribeiro - 2° Sgt - Marcus Vinicius de A. Correa - 2º Sgt (FN) - Edson Galvã o da Silva - 3º Sgt
- Luan Lennon Barbosa Borges - 3º Sgt - Talita Teixeira Carvalho - 3º Sgt - Tayana Almeida N. Lopes de Souza - 3º Sgt - Danilo dos Santos Souza - Sd EP - Jefferson de Jesus do Nascimento - Sd EP - Douglas Soares dos Santos - Sd EP - Antô nio Maximiliano P. de Oliveira - Sd EP - Alex Ruys da Silva Batista - Sd EP - Natanael Filipe de Souza - Sd EP - Marcio Ray Ferreira de Souza - Sd EV - Lucas Almeida Moura - Sd EV - Lucas Almeida Rodrigues Bezerra - Sd EV - Francisco Lee Dhony Silva Ferreira - Sd EV - Francisco Thobias F. Martins - Sd EV - Alisson Damasceno de Aquino - Sd EV - José Lucas Lima Monteiro - Sd EV - Marlysson Patricio de Araujo - Sd EV - Jefferon Oliveira Braga - Sd EV - Pablo Silva Santos - Sd EV - Lourival Bezerra Pessoa Junior - Sd EV - Jeferson Carneiro da Silva Filho - Sd EV - Gerof de Oliveira Alves - Sd EV - Jefferson Wanderson F. de Oliveira - Sd EV - Matheus Carneiro Teixeira - Sd EV - Lucio Claudio M. dos Santos Junior - Sd EV - Bruno Lopes Aguiar - Sd EV - Dimitrius Clemente Paes - Sd EV - Francisco David Silva dos Santos - Sd EV - Daniel de Sousa Cavalcante - Sd EV - Francisco Joã o Maciel Belem - Sd EV - Claudio R. Xavier do Nascimento - Sd EV 23º BATALHÃO DE CAÇADORES - Alfredo Ferreira dos Santos Filho - Ten Cel - Leandro V. Holanda Lavor Neto - 1º Ten - Matheus Nobre dos Santos - 2º Ten - Gleilson Medeiros da Silva - 2º Ten - Iago Borges de Freitas - ASP - Adriano Augusto Sousa - S Ten - Gisleglaube José da Costa Santos - 3º Sgt - Moacio Andrade de Souza - 3º Sgt - Lucas Daniel Macena Rabelo - 3º Sgt - Thiago Araú jo de Sousa - 3º Sgt - José Leandro Barbosa Silva - 3º Sgt - Werisleyk Queiroz da Silva - 3º Sgt
FORTALEZA - CEARÁ - BRASIL
271
PARTICIPANTES
- Eduardo de Carvalho Alves - 3º SGT - Dheyvidi da Silva Costa - AL CFST - Jean Rodrigues da Rocha - AL CFST - Erconley Bezerra Coelho - Cb EP - Jonathan Henrique D. Santos - Cb EP - Misael da Silva Pontes - Cb EP - Luis Freitas Façanha - Cb EP - Gealle Soares Vieira - Cb EP - Jose Felipe de Oliveira Sampaio - SD EP - Micael Santos Martins - Sd EP - Valter Jeronimo dos Santos Jú nior - Sd EP - Walisson Oliveira Magalhã es - Sd EP - Wendrey Dias - Sd EP - Mikael Adson Ferreira dos Santos - Sd EP - Gisrael da Rocha Abreu - Sd EP - Thiago Klinsmann Neris Lopes - Sd EP - Manoel Aderlan do Carmo - Sd EP - Mikeias de Oliveira Esteves - Sd EV - Jerry da Silva Sousa - Sd EV - Nicolas de Oliveira Silva - Sd EV - Luciano de Souza Marreiro - Sd EV - Danilo Menezes Rocha - Sd EV - Rondinelle Araujo Nogueira - Sd EV - Renato Johnathan Silva Vieira - Sd EV - Erik Carvalho Moraes - Sd EV - Gustavo Afranio de S. Monteiro - Sd EV - Francisco Evandro P. dos Santos - Sd EV - Adriano Rios Moreira - Sd EV - Thalison Henrique Chagas Souza - Sd EV - Bruno de Morais Ribeiro - Sd EV - Francisco Evandro Avelino da Silva - Sd EV - Franc. Wanderlei A. de M. Junior - Sd EV - Franc. Herdeson de B. dos Santos - Sd EV - Pedro Paulo Lopes - Sd EV - Jearyson Pedro Tavares Carneiro - Sd EV - Dylan Marley Almeida de Souza - Sd EV - Leonardo Chagas Felipe Galvao - Sd EV - Francisco Alef Menezes Santos - Sd EV - Alisson Menezes de Oliveira - Sd EV - Fernando Anderson C. de Sousa - Sd EV - André Luis Matias Ferreira - Sd EV - Francisco de Assis Pontes Barreto - Sd EV - Alisson Micael Bezerra da Silva - Sd EV - Asaph Botelho Pinheiro - Sd EV - Bruno do Nascimento Rodrigues - Sd EV - Israel Damasceno de Lima - Sd EV 272
- Gilvan Pereira Dias Jú nior - Sd EV - Francisco Jefferson B. dos Santos - Sd EV - Carlos Filype da Silva Martins - Sd EV - Alex Breno Façanha Cavalcante - Sd EV - Joã o Paulo Monteiro de Moura - Sd EV - Lucas Gomes - Sd EV - Igor dos Santos Viana - Sd EV - Francisco Leonardo Lourenço - Sd EV - Francisco Samuel de Sousa Araujo - Sd EV - Ruggiere Silva Rodrigues - Sd EV - Ricardo Gomes Abreu - Sd EV - Igor Alexandre Oliveira Melo - Sd EV - Jailton da Silva Maciel - Sd EV - Ricardo Trigueiro de Lima Filho - Sd EV - Brenno da Costa Martins - Sd EV - Jonathas Matias Madeira - Sd EV - Joã o Odilon Silva Medeiros Filho - Sd EV - Rubens Cadete de Morais - Sd EV - Felipe da Silva Lopes - Sd EV - William Venicios Parente da Silva - Sd EV - Joã o Rei Araú jo de Oliveira - Sd EV - Francisco Alisson S. dos Santos - Sd EV - Gleydson Barbosa de Morais - Sd EV - Carlos Wesley Bravo de Oliveira - Sd EV - José Alberto G. do Nascimento - Sd EV - Francisco Jackson de Souza Forte - Sd EV - Erick Johnson da Silva Souza - Sd EV - Otacıĺio Lá zaro de Oliveira Neto - Sd EV - Jefferson de Aguiar Maximiano - Sd EV - Antonio Cleilton Mesquita da Silva - Sd EV - Felipe Breno Montenegro - Sd EV - Rennã Ferreira Paulino - Sd EV - Italo Walyson dos Santos Paixã o - Sd EV - Bruno Duarte Pitombeira - Sd EV - Rodrigo de Oliveira Rodrigues - Sd EV - José Ranhiel Pereira da Silva - Sd EV - Jesus Januario Brandã o - Sd EV - Thales Gabriel Silva Lima - Sd EV - Allan Bruno Siqueira Cavalcante - Sd EV - Emanuel Renno Batalha da Silva - Sd EV - Adonias Moreira Gomes Junior - Sd EV - Wallison Alberto Silva - Sd EV - Silvio Neiva Dias Filho - Sd EV - Diego da Silva Fernandes - Sd EV - Paulo Franklin de Souza Santos - Sd EV - Francisco Gê nesis Alves da Silva - Sd EV
OPERAÇÃO VADE-MÉCUM 2014 | EXERCÍCIO SIMULADO INTERAGÊNCIAS COM MÚLTIPLAS VÍTIMAS
PARTICIPANTES
- Jefferson Claysson de Silva Guedes - Sd EV - Alan Bruno Izaias Rodrigues - Sd EV - Jabz Silva E Castro - Sd EV - Tales de Freitas Amâ ncio - Sd EV - Valerio Martins dos Santos Filho - Sd EV - Emanuell Ribeiro Barbosa Duarte - Sd EV - Carlos Henrique Souza Tavares - Sd EV - José Thiago Ferreira de Oliveira - Sd EV - Antonio Ednardo da Silva Oliveira - Sd EV - José Jaspion Pereira dos Santos - Sd EV - Mauricio Farrapo Carneiro - Sd EV - Maycow Rogesom B. de Alencar - Sd EV - Joao Eduardo Nunes R. Queiroz - Sd EV 25º BATALHÃO DE CAÇADORES - Jacson Figueiredo Menezes - Ten Cel - Pedro Simã o Ferreira de Sousa - 3º Sgt 40º BATALHÃO DE INFANTARIA - Francisco Wagner Neres Freitas - Ten Cel - Carlos Eduardo Muniz Caldas - Maj - Francisco Alfredo P. Mota Jú nior - Cap - José Carlú cio Gomes de Sousa Jú nior - Cap - Marcus Vinicius Coelho Cunha - 1º Ten - Silimar Costa da Silva - 1º Ten - Francisco Harry B. M. Martins - 2º Ten - Francisco Walkimar A. Vieira - 2º Sgt - Antô nio Rafael R. Rodrigues - 3º Sgt - Rafael Melo da Silva - 3º Sgt - Cıćero Luiz Nogueira Xavier - 3º Sgt - José Ricardo Oliveira Batista - 3º Sgt - Leandro de Oliveira Silva - 3º Sgt - Leonardo José da Costa - 3º Sgt - Jose Glauber Pereira Paz - 3º Sgt - Katielly Lima da Silva - 3º Sgt - Igor de Sousa - Cb EP - Leonardo Marques de Sousa - Cb EP - Francisco Maelson M. Neques - Cb EP - Antô nio Francisco Vieira Gomes - Cb EP - Dalton Carlos Silva Lima - Cb EP - Francisco Kallyson de S. Fontenele - Cb EP - Ró ges Williams da Silva Marques - Cb EP - Daniel Machado de Oliveira - Cb EP - José Sé rvulo Rodrigues Melo - Cb EP
- Francisco Gustavo Pereira de Melo - CET - Boanerges de Oliveira Lopes - CET - José Clayton Rodrigues Alves - CET - Antô nio Raniely Soares de Oliveira - CET - Leyson de Araú jo Prudê ncio - CET - José Wagner de Macê do Melo - CET - Francisco Rafael Batista Gomes - Sd EP - Franc. das Chagas X. de S. Jú nior - Sd EP - Natanael Martins de Sousa - Sd EP - Raimundo N. dos Santos Filho - Sd EP - Corné lio Lima Soares - Sd EP - Francisco de Assis Muniz Filho - Sd EP - Tiago Silva Costa - Sd EV - Carlos Felipe do Nascimento - Sd EV - Moacir Alves M. S. do Nascimento - Sd EV - Francisco Jair Soares Martins - Sd EV - Antô nio Alison Nunes Ribeiro - Sd EV - Miqueias P. Barbosa de Almeida - Sd EV - Diogenes Souza dos Santos - Sd EV - Thales Anderson Soares Marques - Sd EV - Carlos Eduardo Castro Mendes - Sd EV - Leonardo Vieira da Silva - Sd EV - Paulo Roberto da Silva Gomes - Sd EV - Ismael de Sousa Sales - Sd EV - Francisco Roniele Gomes Martins - Sd EV - Francisco Marciano de A. Sousa - Sd EV - Francisco Marcion de O. Miranda - Sd EV - Francisco Rafael Rodrigues Gomes - Sd EV - Joã o Ximenes Rodrigues Neto - Sd EV - Luiz Gustavo Souza Barbosa - Sd EV - Jezaliel Evangelista F. do Nasc. - Sd EV - Jú lio Flameu Bezerra da Silva - Sd EV - Getú lio Soares Ferreira - Sd EV - Francisco Rodolfo M. de Lima - Sd EV - Francisco Bruno Felix Gomes - Sd EV - Iago Saboia Soares - Sd EV - Nailson Gomes Rodrigues - Sd EV - Romulo Felipe Alves de Oliveira - Sd EV - Jailson Goncalves Ribeiro - Sd EV - Leonardo Rodrigues Barbosa - Sd EV - Francisco Railton Alves de Sousa - Sd EV - Antô nio Danilo Batista de Pinho - Sd EV - Levy Alves de Sousa - Sd EV - Genesio de Sousa Sena - Sd EV - Antô nio Wellington Alves Guarim - Sd EV - Davison Aquila Martins Rodrigues - Sd EV
FORTALEZA - CEARÁ - BRASIL
273
PARTICIPANTES
- Luiz Jonas Inacio de Sousa - Sd EV - Hailton Rodrigues de Sousa - Sd EV - José Gilmar Iná cio Soares - Sd EV - Francisco Alan Bezerra Gomes - Sd EV - Lucivando Gomes Guarim - Sd EV - Willian Joaquim Alves Prudencio - Sd EV - Antô nio Cıćero Ferreira da Silva - Sd EV - Francisco Elayrton Nunes Cruz - Sd EV - Pedro Lucas Pereira da Silva - Sd EV - Danrley Marques Palhano Almeida - Sd EV - Manoel Agapito da Silva Filho - Sd EV - Lucas Everardo Ribeiro Aurelio - Sd EV - Antô nio Junio Pereira Silva - Sd EV - Antô nio Hian Claudino Sales - Sd EV - Francisco Arlem da Silva - Sd EV - Lucas Rodrigues de Sousa - Sd EV - Antô nio Luzivan da Costa Bezerra - Sd EV - Dá rio Marcos M. do Nascimento - Sd EV - Francisco Willian Soares Franca - Sd EV - Magno Beserra Sobreira - Sd EV - Francisco Welington M. Pereira - Sd EV - Adalberto Gomes Siqueira - Sd EV 24º BATALHÃO DE INFANTARIA LEVE - Ramon Diego Lima Alencar - 1º Ten - David Bezerra Costa - 2º Sgt - Hamilton Pereira Chagas - 2º Sgt - Bruno Pereira Teixeira - 2º Sgt - Anselmo de Souza Castro - 3º Sgt - Alexandre de Abreu Sousa - 3º Sgt - Dimas Nestor da Costa S. Filho - 3º Sgt - Cleidison Luis Sousa Santos - 3º Sgt - Geovanes Freitas Farias Jú nior - 3º Sgt - Jorge Luiz da Silva Borges - Cb EP - Alison Silva dos Santos - Cb EP - Thyego Araujo Corrê a - Cb EP - Daniel de Jesus Junior - Cb EP - Domingos Iná cio dos Anjos - Cb EP - Raphil de Souza da Silva - Cb EP - Marcelo dos Santos Moreira - Cb EP - Anderson Lisboa dos Santos - Cb EP - Anderson Mendes Silva - Sd EP - Ribamar Machado de Andrade - Sd EP - Eric de Oliveira Macedo - Sd EP - Ary Ramalho de Carvalho - Sd EP 274
- Daniel Batista Cardoso Silva - Sd EP - Bruno Rafael Carneiro de Matos - Sd EP - Dacio Mendonça Lobato Junior - Sd EP - Evanilson Rodrigues dos Anjos - Sd EP - Francinaldo Ferreira Costa - Sd EP - David Alexandre Barbosa Fonseca - Sd EP - Wender Hawnyr Freitas Quirino - Sd EP - Helio Gomes Costa - Sd EP - Lucinauro Ramos da Conceiçã o - Sd EP - Diego Santos Nascimento - Sd EP - Hamilton Sousa Soeiro - Sd EP - Manoel de Jesus da Silva - Sd EP - Alexsandro Araujo Costa - Sd EV - Joao Carlos Camara Pinheiro - Sd EV - Edvan Frazao dos Santos - Sd EV - Geidher Aurelio Costa Ribeiro - Sd EV - Geilson Pereira Pestana - Sd EV - Luanderson Douglas Silva - Sd EV 4º BATALHÃO DE POLICIA DO EXÉRCITO - Darlan Cabral da Cruz - 1º Ten - Anderson Paulo de Araujo - 2º Sgt - Abimael Nascimento da Silveira - 2º Sgt - Felypp Paiva Coutinho - 3º Sgt - Francisco Joaquim de Barros Filho - 3º Sgt - Wanguinon C. de Albuquerque - 3º Sgt - Jhonatan Freitas da Silva - Cb EP - Claudio de Santana Gomes - Cb EP - Andrei da Silva Barbosa - Cb EP - Maxwell Rodrigues Souza - Cb EP - Caro Miranda Cruz de C. Silva - Cb EP - Reverton Ferreira Carol - Sd EP - Alesson Severino dos Santos - Sd EP - Sergio Wanderley de Morais - Sd EP - Bruno Pereira do Nascimento - Sd EP - Walber Santos Matias do Monte - Sd EP - Rodrigo Taslan Matias Lima Melo - Sd EP - André Vinicius Garcia Chaves - Sd EP - Valdeir Souza Tavares Barbosa - Sd EP - Allef Jhonathan Ferreira da Silva - Sd EP - Leandro Tavares de Souza - Sd EP - Servio Vitor da Silva Bezerra - Sd EP - Daniel Cesá rio de Kina Junior - Sd EP - Carlos André dos Santos - Sd EP - Danilo Umberlino Olimpio da Silva - Sd EP
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PARTICIPANTES
- Emerson de Souza Alves - Sd EP - Edilton Cabral de Lima - Sd EP - Randecley Cavalcanti de Souza - Sd EP - Cesar Santana da Silva - Sd EP - Deyvinson Severino da Silva - Sd EP - José Jackson R. Pereira de Lima - Sd EP - Rodrigo Antonio Pereira - Sd EP - Leonardo Brito de Lima Silva - Sd EV - Lucas Romildo Soares - Sd EV - Jeymison Pedro de Albuquerque - Sd EV - Ezequiel Amadeu da Silva Lima - Sd EV - Joselito Marculino da Silva Junior - Sd EV - Diogo da Silva Dias - Sd EV - Eduardo Lucas C. de Oliveira Lima - Sd EV 52º CENTRO DE TELEMÁTICA - Marcus Roberto Gomes Dias - Ten Cel - Ribamar Brito Bezerra - Cap - Valdinei Carlos Oliveira - 1º Ten - Jefferson dos Santos Pinto - 1º Sgt - William Xavier dos Santos - 2º Sgt - Eduardo Freitas Hoffmann - 3º Sgt - Pablo Uiler Pacheco Rodrigues - 3º Sgt 10ª COMPANHIA DE GUARDA - Glaucijander Melo de Freitas - Maj - Carlos Frederico Bahia Barreto - Cap - Murilo Freitas de Oliveira - 1º Ten - Richard Jarlli Brilhante Chaves - 1º Sgt - Jordan Marcio Cruz de Almeida - 3º Sgt - Elvis Saraiva Pereira - 3º Sgt - Marcos Vinicius Barbosa Silva - 3º Sgt - Francisco Antonio da Rocha Feijó - 3º Sgt - Francisco Mauro da Silva - Cb EP - Brucc Dickson Braga Guia - Cb EP - Jose Floriano da Silva Neto - Cb EP - Fernando Gomes Potacio Maia - Cb EP - Francisco Helio Maciel da Silva - Cb EP - Lucas Alves de Sousa - Sd EP - Rivaldo Dias Maciel Neto - Sd EP - Jefferson Fonseca de Oliveira - Sd EP - Carlos Tiago Assunçã o Freitas - Sd EP - Raul Brito Moreira - Sd EP - Lincoln Pereira da Frota - Sd EP
- Igor Rocha da Silva - Sd EP - Francisco Anderson Lopes Bastos - Sd EP - Diones Rodrigues da Silva - Sd EP - Francisco Ronierre de A. Tavares - Sd EP - Anderson Henrique V. dos Santos - Sd EP - Danilo Justino Araujo - Sd EV - John Weslley da Silva Maia - Sd EV - Francisco Hermeson de S. Lopes - Sd EV - Alex Gonçalves Ferreira - Sd EV - Eric dos Santos Rocha - Sd EV - Daniel Matos de Souza - Sd EV - Marcelo Correia Lima Filho - Sd EV - José Mateus Pinto Nunes - Sd EV - Lucas Araú jo Feitosa - Sd EV - Charles Bezerra dos Santos - Sd EV - Joã o Wendell Honorato de Aquino - Sd EV - José Anderson de Oliveira Marinho - Sd EV - Denio Jefferson Raulino de Freitas - Sd EV - Francisco Weslley Sales de Freitas - Sd EV - Antonio Ruan da Silva Alves - Sd EV - Francisco Emerson Lima Silva - Sd EV - Pedro Felipe Sales Ferreira - Sd EV HOSPITAL GERAL DE FORTALEZA - Ana Elizabeth C. J. de Paiva - Maj Mé dica - Conceiçã o de Maria R. Gomes - Cap Psic - Luciana Bastos Gimenes - Cap Med - Leonardo Rocha Drummond - 1º Ten Med - Joã o Victor loureiro de oliveira 2° Ten Med - Felipe de oliveira Ramalho - 2º Ten Med - José Narciso Junior - 2º Ten Med - Marcela Nunes C. Braga - 2°Ten OTT A Soc - Caroline Lopes Calado - 2° Ten OTT Nut - Paulo André Pamplona - 2° Ten Med - Marques dos Santos - 2° Ten Med - Alexsandra Bezerra Torres - 2° Ten Med - Felipe de Oliveira Ramalho – 2° Ten Med - Quê nia Maria A. Souza - 2° Sgt Sau - Erandi da Costa Reinaldo - 3° Sgt Sau - Jamily Soares Damasceno - 3° Sgt Sau - Dionata da Costa Santos - 3° Sgt Sau - Jessica Gonçalves Pinheiro - 3° Sgt Sau - Claudia Neuma de oliveira - 3° Sgt Sau - Erica Souza da Silva - 3° Sgt Sau - Maria Valdete Oliveira Silveira - 3° Sgt Sau
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PARTICIPANTES
- Elaine Pereira Cé sar Nero - Sgt Sau - Eveline da Silva S. Medeiros - 3° Sgt Sau - Admá Cordeiro Alves - 3º Sgt Sau - Rosa Aliny da Silva Brandã o - 3° Sgt Sau - Priscila Fonseca Montessoro - 3ºSgt Sau - Maria Cecıĺia Ribeiro de Aguiar - SC Enf - Josiano Cunha Freitas – SD EV MARINHA DO BRASIL - Paulo Sergio Silva Santos – Cpce - CMG - Marcelo Gurgel de Souza – Eamce - CF - José Alexandre de O. Barbosa - CPCE -CF - Ronaldo Saunders M. – Cpce - CC (T) - A. G. A. do Nascimento – Cpce - CC (T) - Anselmo Azevedo da S. – Npa Grajaú - CT - Fabiano dos Santos S. - NPA GRAJAU - CT - Alex Leal Batista – Cpce - 1ºTen (RM2-T) - Rodrigo F. C. C. – Eamce - 1ºTen (RM2-T) - Daniela da S. N. – Eamce - 1ºTen (RM2-T) - Viviane L. de S. - EAMCE - 1ºTen (RM2-S) - Roberta G. G. – Eamce - 1ºTen (RM2-MD) - Rodrigo Motta da S. - NPA GRAJAU - 2ºTen - Francisco do H. – Cpce - 2ºTen (AA) - Alexsandro C. Almeida – Cpce - SO-MA - Adilamar dos P. Rodrigues – Cpce - SO-CP - Enio Martins de Morais – Cpce - SO-ET - Raimundo Ferreira Lima – Eamce - SO-MR - Raimundo N. D. Verçosa – Cpce - SO-CN - José Margarildo Mateus – Cpce - 1ºSG-MO - Bernardo R. da Costa – Cpce - 1ºSG-MC - E. V. dos S. Oliveira- Npa Grajaú - 1ºSG-MR - José N. S. Pereira- Npa Grajaú - 1ºSG-MR - Franc. das C. N. Pereira – Cpce - 1ºSG-ET - Antonio F. M. Lima – Cpce - 1ºSG-HN - Wellington da Silva Alves – Cpce - 1ºSG-EL - Sebastiã o G. dos Santos – Cpce - 1ºSG-MR - John Carlos G. de Oliveira – Cpce - 1ºSG-CN - Edvan O. de Carvalho- Cpce - 2ºSG-AM - Emanoel L. F. F. - NPA GRAJAU - 2ºSG-EL - R. M. de Alcantara- Npa Grajaú - 2ºSG-ET - Alexandre de S. S. - Npa Grajaú - 2ºSG-MR - F. C. dos Santos - NPA GRAJAU - 2ºSG-EF - Eliotonio S. de Vascon. – Cpce - 2ºSG-HN - A. de Paulo U. Paulino – Cpce - 2ºSG-MO - Carlos C. B. Pereira – Eamce - 2ºSG-MR 276
- M. A. de Sant'anna Pereira – Cpce - 2ºSG-SI - Waldson R. C. Medeiros – Cpce - 2ºSG-FR - Helio R. Pereira Nunes – Cpce - 2ºSG-CN - José V. Silva Vasconcelos – Eamce - 3ºSG-SI - José F. da C. E Silva- Npa Grajaú - 3ºSG-MO - José Henrique da Silva – Eamce - 3ºSG-MO - A. de Assis Melo- Npa Grajaú - 3ºSG-MR - Marcos L. da Silva- Npa Grajaú - 3ºSG-AM - Djalma R. Gonçalves J. – Cpce - 3ºSG-MO - Paulo Roberto Maia C. – Eamce - 3ºSG-EL - Joã o V. de Alcâ ntara A. – Cpce - 3ºSG-MR - Elton Antonio do A. – Eamce - 3ºSG-EL - Cristiano Soares da R. – Cpce - 3ºSG-EL - Alex de Brito Viana- Npa Grajaú - CB-ES - A. Cleyton S. da C. - NPA GRAJAU - CB-CN - Thiago da Silva Natan- Npa Grajaú - CB-AR - Erick F. F. de Oliveira- Npa Grajaú - CB-SI - Roberto G. da Silva- Npa Grajaú - CB-PL - Luiz H. M. da Silva- Npa Grajaú - CB-EL - Pedro D. Lima- Npa Grajaú - CB-CN - Robson R. da Silva- Npa Grajaú - CB-AM - A. Costa N. - NPA GRAJAU - CB-CO - Eduardo da S. M. - NPA GRAJAU - CB-MO - D. M. José da Silva - NPA GRAJAU - CB-MA - Erico Lima Lú cio – Cpce - CB-SI - Sandro C. dos Santos – Eamce - CB-MR - George B. R. Pereira – Eamce - CB-MR - M. S. M. das Chagas – Eamce - CB-RM2-EF - Alan M. de Araú jo - NPA GRAJAU - MN - Pedro B. da Silva Neto - NPA GRAJAU - MN - Ramon G. de Pinho - NPA GRAJAU - MN - J. A . R. de C. Gomes - NPA GRAJAU - MN - Antonio A. Rodrigues – Cpce - MN-RM2 - F. Iuri da Silva Monteiro – Cpce - MN-RM2 - Carlos Bandeira da Silva – Cpce - MN-RM2 - Anderson Freire Linhares – Cpce - MN-RC
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OPERAÇÃO VADE-MÉCUM 2014 | EXERCÍCIO SIMULADO INTERAGÊNCIAS COM MÚLTIPLAS VÍTIMAS
TERMO DE LANÇAMENTO DE PUBLICAÇÃO TÉCNICO - CIENTÍFICA
Aos 10 dias de junho de 2014, na cidade de Fortaleza, Ceará, no quartel da Fortaleza de Nossa Senhora da Assunção, sede da 10ª Região Militar – Região Mar m Soares Moreno – foi realizado lançamento do primeiro exemplar da obra in tulada: VADEMÉCUM: Exercício Simulado Interagências com Múl plas Ví mas, registrado sob a numeração padrão internacional para livros – Interna onal Standard Book Number – ISBN: 978-85-98693-54-5. Tal obra obje va fazer o relato preciso e conciso da origem, planejamento, realização, execução e reconhecimento de oportunidades para melhoria da assistência à saúde e proteção das ví mas, a par r deste amplo Exercício de Larga Escala que reuniu em primeiro de junho de 2014 representantes de diversas agências vocacionadas à resposta de urgências e emergências.
General-de-Divisão CARLOS CESAR ARAUJO LIMA Comandante da 10ª Região Militar REGIÃO MARTIM SOARES MORENO
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OPERAÇAO VADE MECUM Vade Mecum é um termo oriundo do latim. Signi ica vem comigo; vai comigo, onde vade é vai em portuguê s, e mecum signi ica comigo. Vade mecum é um livro para referê ncias, manual de uso prá tico, onde os leitores o utilizam para consultas e dú vidas.
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