Coisas de Estudante

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Coletânea de textos De alunos do Colégio Moderno (Ensino Fundamental II)

Coisas de Estudante Escrevendo o Futuro

Belém – Pará 2008

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Ficha Técnica Autores Alunos do Ensino Fundamental II do Colégio Moderno Organização e Revisão de Textos Cynthia Pamponet e Roberta Rios Ilustração da Capa João Melo Pinheiro Luiz Alfredo da Silva Filho Marcello da Costa Jr. Projeto Gráfico e Arte Dionisio Sá Diagramação Jamile Otávia Impressão UNAMA 869.9 C689c

COLÉGIO MODERNO. Escrevendo o Futuro. Coletânea de textos literários. Belém 2008. 102 p. ISBN 978-85-7691-033-6 ISBN 85-7691-033-0 1. Textos brasileiros – Coletânea I. Colégio Moderno. II. Alunos. III. Título

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Sumário Apresentação Agradecimentos POESIA PARA SORRIR Alfabeto Pudim Ó Ladrão Loucuras Ruim pra valer SER ADOLESCENTE Ser adolescente O que é ser adolescente? Ser adolescente é ... O que é ser adolescente? SONHOS Sonho da garota bonita Liberdade Meu mundo Apenas uma vez ALEGRIA, ALEGRIA O sol, as estrelas, o espaço Vida sol. Meu girassol Poemas TUDO É POESIA Por todo tempo Voar Aventura Eu posso! Eu sou!Eu serei Férias Saudade Quando você escapava da aula Viver Lembranças Infinito SENTIMENTOS Noites Infelizes Passam meses, passam semanas Lágrimas Paranóia pessoal Santuário Dor maior A falsa verdade CADA PROFISSÃO, UMA ARTE Caminhoneiro Profissões Palhaço Dançar é o que me faz feliz

6 7 9 10 11 12 13 14 15 16 17 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54 55

O artista A VIDA COMO ELA É A guerra Vivos só porque respiram Economia O assalto Natureza Mundo melhor

56 57 58 59 60 61 62 63 Você já reparou como o mundo está? 64 A violência 65 Natureza 66 BELA BELÉM 67 Bela Belém 68 Belém, Belém 69 Cidade das mangueiras 70 Belém, eu te quero bem 71 Belém minha cidade, minha vida 72 Belém 73 Belém 74 Círio 75 ALGUNS POEMAS DE AMOR 76 Marina 77 Carta de amor 78 Às vezes 79 Se o meu coração falasse 80 Amor e amizade 81 Sempre me lembro de você 82 Passional 83 Amor 84 O que é o amor 85 Como te esquecer 86 Te esquecer 87 Paraíso 88 FESPO 89 A escuridão 90 A vida 91 Você no meu português 92 Poema do poeta 93 Violão 94 Professores e professoras 95 Caviar 96 Atualidade 98 O poema 99 Tributo ao @mor 100 Realidade da vida 101 Muno perverso 102

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Apresentação Impregnados de alegria, esperança e desesperança, amores e desamores, inquietações da infância e da adolescência, os poemas selecionados para esta coletânea são o próprio “fazer poético” que se concretiza nas aulas de Língua Portuguesa e Redação, transcendendo a todo saber livresco porque é a matéria da própria vida renovada a cada geração de alunos que, poeticamente, conduzidos pelas nossas mãos de educadoras, abrem o coração e transbordam de emoção em versos repletos de sonho e realidade. “Construir” poesia é, de certa forma, escrever em versos a história deste colégio que se faz Moderno, diariamente, há quase cem anos . . .

Equipe de professoras de Língua Portuguesa e Redação do Ensino Fundamental I I (Cynthia Pamponet, Lia Carvalho e Roberta Rios)

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Agradecimentos Iniciar o livro Coisas de Estudante agradecendo a todos que nos apoiaram não é apenas um dever, é um prazer renovado de constatarmos que existem pessoas sensíveis e especiais o suficiente para acreditarem nesse projeto que mistura sonho e realidade. Agradecemos à equipe técnica do ensino fundamental II que, nas figuras do coordenador Luiz Olavo Vianna Mattos e da orientadora educacional Áurea Célia Cunha Pereira, representam a colaboração e o incentivo necessários para a realização deste projeto. Agradecemos ainda à escala educacional, editora que, mais uma vez, apoiou-nos em virtude de ter como representante no Pará, o educador Milton Marçal que acredita e investe em educação. Ao professor Dionisio José da Costa Sá, o nosso muito obrigado pela colaboração e organização deste livro e do festival de Poesia. Um especial agradecimento, portanto, aos alunos, autores dos textos que compõem este livro e aos familiares que a nós confiaram a doce e árdua missão de partilharmos com eles a educação destes maravilhosos escritores.

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Capítulo 1- Poesia para sorrir... porque é preciso “viver e não ter a vergonha de ser feliz, cantar e cantar e cantar a beleza de ser um eterno aprendiz.” Gonzaguinha.

Anna Carolina Coutinho, Priscila Graim e Yasmim Pamponet – 1.801

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Alfabeto

Gostaria de lhe dizer Porque o alfabeto ĂŠ terminado em Z! A... B... C... D... Ai que soninho de doer! Z Z Z Z Z Z... Jade Neder- 1602.

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Pudim

Eu gosto de pudim. Comeria até se fosse cor-de-rosa, Pois é uma coisa muito gostosa. A única parte ruim é quando chega ao fim. Juliana Lima- 1602.

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Ó

Segundas-feiras são o “ó”, Na minha cabeça, parece que vai dar um nó. Mas, da cara de sono da Lúcia, É do que tenho mais dó. Camila Costa-1602.

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Ladrão

Era uma vez um ladrão Que foi assaltar e se espantou Com um cão Que o mordeu como um leão. Saiu correndo, arrastando o calção Mas se “estabacou” no chão. Então, tomou uma decisão De nunca mais fazer essa intromissão. Arthur Costa-1602.

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Loucuras

Na nossa imaginação, Só tiramos notão. Professores dão cola E não vamos à escola. Playboy é permitido E não somos pervertidos. Afinal, não queremos cola, Só bebemos coca-cola. Fizemos isso para Ganharmos ponto e prestígio.

Matheus Siqueira Mendes e Gabriel Souza - 1701.

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Ruim pra valer

Bato a cabeça De tanto pensar, Mas minha única certeza É que desse poema Ninguém vai gostar. Todos montando seus textos de amor E eu aqui sozinho Tentando umas rimas engraçadas, Ou mesmo, algumas de rancor. Passa o tempo A campa já vai bater E a única idéia que vem à cabeça É que esse poema é ruim pra valer!!

Ana Karolina Barreiros - 1801.

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Capitulo 2- Ser adolescente . . . porque “o mundo rodou de repente nas voltas do meu coração.” Chico Buarque

Ana Carolina Barreiros – 1.801

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Ser adolescente . . .

“É, ao contrário do que pensam, admitir seus erros e ter a capacidade de consertá-los.” Elane Titan e Stephany Barbalho -1802. “É andar numa corda bamba sem fim.” Kaléo Andrews -1802. “é viver num inconstante ser ou não ser; é viver numa música. É criar sol em dia de tempestade. É ter sua própria marca.” Lucas Cândido, Euler Arruda e Yuri Araújo – 1802. “ é viver a vida sem compromisso, com a liberdade de um passarinho.” Beatriz Costa e Larissa Amaral – 1802. “é ter raiva e alegria do mundo ao mesmo tempo.; é viver a vida de forma diferente.” Marjorie Brasil e Matheus Lima – 1802. “ é muito mais do que querer, é ser; é viver sonhando, buscar o infinito, viver no perigo; é caminhar no infinito; é estado de espírito. É ter vontade de não fazer nada e tudo ao mesmo tempo.” Yago Novelino e Célio Picanço – 1802.

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Ser adolescente . . .

“é levar um chifre e ainda ser amigo; é ser amigo de loucos e se achar normal.” Roberto Norat e Lucas Barbalho – 1802.

“ é arriscar sem medo de errar.” Rafael Amim – 1801. “ é sonhar, amar, brincar, chorar, sorrir, gritar, bagunçar, brigar,espalhar felicidade.” Priscila Nathyelly – 1801. “ descobrirmos e aprendermos que nem tudo dura para sempre.” Moritz Mathis e Alcides Alcântara Neto – 1801. “é desfrutar de uma das melhores e piores fases da sua vida.” Gabriella Gonçalves e Fernanda Carvalho – 1801. “é beijar sem compromisso; é descobrir o mundo.” Antuan Neder e Fernando Neves – 1801. “é despertar para a vida que apenas começa.” Bernardo Menezes e Caio Bastos – 1801.

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Ser adolescente . . .

“ é crer em um mundo melhor, sem guerras, armas nem dor.” Ana Carolina Santana e Caroline Menezes – 1801.

“ é sentir sono a toda hora; é quere namorar e sofrer por amor.” Luiza Braga e Paloma Jouguet – 1801.

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O que é ser adolescente ?

Tomar atitudes sem se preocupar com as conseqüências. É virar a noite no computador. É jogar “winning eleven” com os amigos. É acordar depois do meio-dia. É escrever frases como essas. É tudo de bem!

Fabrício de Oliveira e Victor Lobato -1801.

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Ser adolescente é . . . Enfrentar as “mudanças” da vida. Quebrar as regras. Levar bronca dos pais. Estudar em véspera de prova. Ser velho demais para implicar com o irmão, porém muito jovem para chegar tarde. Amar pela primeira vez. É ter espinhas para se preocupar. É falar desafinado. Achar que sempre tem razão. Passar horas no telefone. Refugiar-se em seu próprio mundo. Misturar estilos. Perder-se na internet. Rir de qualquer coisa. É viver o melhor e o pio da vida. Quere que o mundo se apresse para chegar a vida adulta. Não perder a hora “daquele” seriado. Sonhar com a sua independência. É ser inconseqüente. Viver intensamente. E, acima de tudo, de ser feliz. Anna Carolina Coutinho e Yasmim Pamponet – 1801.

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O que é ser adolescente?

Ser adolescente é lutar contra o mundo e o que os adultos impõem. Ter um ídolo na segunda e, na terça, nem lembrar mais. Ir para uma festa e não parar de dançar. Ser inteligente, mas não querer estudar. Rebelar-se sem motivo, mudar a todo minuto. Virar “hippie” e depois “heavy metal”. Importar-se mais com a opinião dos amigos do que com a dos pais. Botar a aparência em primeiro lugar. Montar uma banda e não se preocupar com o futuro. Iludir-se com um mundo melhor.

Ser adolescente é sonhar!

Ana Carolina Barreiros e Gabriel Graim – 1801.

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Capitulo 3- Sonhos... Porque “se um pinguinho de tinta cair num pedacinho azul do papel, num instante imagino uma linda gaivota a voar no céu.” Vinícius de Moraes, Toquinho, Guido Morra e Maurizio Fabrizio

João Adário – 1.802

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Sonho da garota bonita

A garota bonita sonhava ser bailarina. Sonhava com os palcos onde dançaria E nas roupas lindas que usaria. Sabia que seu sonho, um dia, Bateria a sua porta e diria: “venha comigo, menina, Que irás ser a mais bela bailarina!” Rafaela Frazão – 1602.

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Liberdade

Pessoas brincando Pássaros cantando E eu, aqui, preso e chorando. Não quero viver assim. Preciso partir. A vida, quero aproveitar Então, vou me libertar. O caminho da liberdade Devo encontrar Para viver a vida e relaxar. Brincando e cantando Vou deixar de chorar. Arthur Carneiro e Lucas Zoghbi – 1702.

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Meu mundo Crianças têm o que comer E educação iremos ter Nesse meu novo mundo. Pais dão atenção E drogas não temos na mão Nesse meu novo mundo. Corrupção é mito e Amor é infinito Nesse meu novo mundo. Poluição é historia E acreditamos na vitória Nesse meu novo mundo. Porém, é só imaginação Tudo isso não existe, não. Não vivemos na paz, Mas queremos muito mais. Para tudo o que desejamos ter Basta usar imaginação E querer.

Jéssica Zouhair e Marcella Mizeranni - 1701.

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Apenas uma vez

É bom sair e procurar Melhor ainda é encontrar Um novo endereço, Uma nova emoção, Talvez o começo de outra estação, Mandando embora o medo Ou qualquer sentimento que Roube a magia desse grande momento. Faça sol ou faça chuva, vamos sair e procurar Porque a vida não é só olhar. A vida só se vive uma vez Então ,tem que aproveitar!

Mila Larrat e Wanessa Melo -. 1701

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Luiza Carvalho – 1.801

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O sol, as estrelas, o espaço

O Sol ,que está no meio da escuridão, Ilumina o espaço inteiro Com suas chamas acesas. O Sol, que brilha como ouro, É a nossa estrela rainha. E as estrelas menores, que brilham como o Sol, O que são? São as estrelas-guardiães. Esse é o espaço, Não vale ouro nem prata, Não vale dinheiro... O espaço ninguém pode comprar! Essa é a maior de todas As riquezas do Universo. Mateus do Vale Murta – 1502.

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Vida sol, meu girassol O meu lindo girassol É cheio de luz e amor. Se eu perdê-lo um dia, Vou sentir muita dor. De tarde, vejo um céu azulzinho, Ele me faz lembrar de rosas E do meu lindo jardinzinho. Fico alegre quando eu lembro Do meu belo jardim de rosas, Com várias coisas lindas Que são glamorosas. Nunca me esqueço do meu girassol. Ele se destaca na multidão, Fica mais bonito Com o luar do sertão. O sol , quando nasce, É tão lindo assim. Eu o aprecio Dando vida ao meu jardim. Minhas rosas são belas e iluminadas, Estão sempre alegres e bem arrumadas E meu lindo girassol Só canta por si mesmo À procura do lindo nascer do sol. Rafael Ribeiro – 1502.

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Poemas

Poemas são textos cheios de linhas Que podem expressar coisas através de rimas. Poemas são difíceis de escrever Porque não se escreve um poema, Sente-se.

Para sentir um poema é fácil: Feche os olhos, Viaje para longe, Mergulhe num rio de imaginação, Sinta seu coração. Depois, abra os olhos E escreva num papel As lindas palavras das cores do céu.

Yuri Mena – 1502.

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Capítulo 5 – Tudo é poesia... Porque “numa folha qualquer, eu desenho um sol amarelo e com cinco ou seis retas e fácil fazer um castelo.” Vinícius de Moraes, Toquinho, Guido Morra e Maurizio Fabrizio

Juliana Lima e Lúcia Ferreira – 1.602

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Por todo tempo

O vento passa. O vento volta. O vento espera. O vento leva. De noite ele faz Flutuar aqueles Que querem voar! No mar, O barco flutua, Guiado pelo vento...

Ana Letícia Nazareth – 1602.

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Voar

Queria poder voar. Vôo livre Igual borboleta: Alegre, mágico, monumental. Difícil de entender Só pra quem não quer ver A magia de tal vôo. Descobrir uma possibilidade Igual a essa É sem igual...

Posso voar pra muito longe. Muito longe das dificuldades É só fechar os olhos e acreditar... Isso mesmo! Acreditar que posso voar. Juliana. Lima – 1602.

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Aventura

Eu adoro ler livros com meu irm達o. Com essa leitura, eu ganho sabedoria Para enfrentar o mundo sem medo algum. Minha m達e diz que quando eu crescer devo ser escritor, Mas eu n達o sei se serei. Quero ser o que sou E me aventurar pelo mundo afora. Vinicius Arouck - 1602.

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Eu posso! Eu sou! E-u serei!

Eu posso! Eu sou! Eu serei! Terei e também temerei. Agora é hora de ir embora Para outro lugar, Outra dimensão Fora desse lugar Onde temo pelas pessoas Que aqui estão. Carlos Alberto – 1602.

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Férias

Após anoitecer penso logo no amanhecer... Quero logo que cheguem as férias Para brincar até esquecer. E quando elas chegarem, Brincarei alguns dias. Depois, cansarei de brincar Até chegar a ansiedade de para a escola voltar E poder, novamente, com meus amigos falar. Gustavo Horiguchi - 1602.

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Saudade

O quanto eu preciso de você Já não podes perceber. Talvez de onde você esteja, Olhe por mim, Cuide de mim E pense em mim... Assim como eu faço por você. Um exemplo de vida Que me ajuda e me ensina. Descrevê-lo? Muito mais que uma pessoa querida. Eu aprendi que saudade Não tem definição E que a distância entre nós É só física, Já que você vai estar Para sempre em meu coração.

Camila Costa- 1602.

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Quando você escapava da aula

Quando você escapava da aula Você via o zelador, Apesar de ele lhe brigar Você pensava “nem adianta ligar!” Você sonhava com um mundo melhor Mas não fazia nada para mudá-lo. Quem sabe se você estudasse Se tornaria um presidente? Você não quer ser sábio, Mas tem medo do seu futuro Você tem medo de ser submisso E aí você diz “pelo menos eu ainda tenho alma”. Ana Paula Lima- 1601.

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Viver Viver é arte. Viver é poesia. Viver é nascer. Viver é paraíso. Viver é viver! Viver é violência. Viver é crime. Viver é terror. Viver é morrer. Viver é viver! Viver sem medo. Viver sem dor. Viver sem amor. Viver sem sonhos. Viver sem esperança. Viver com medo. Viver com dor. Viver com amor. Viver com sonhos. Viver com esperança. Se viver é conviver Com tudo isso. Sim, eu quero viver. Kayo Silas - 1702.

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Lembranças

A vida corre, O tempo passa, Tudo muda, Mas as lembranças ficam em massa. Existem lembranças passageiras Que logo somem da nossa mente, E existem outras que são tão fortes Que ficam para sempre. O primeiro beijo, às vezes ,a gente esquece, Porém, o casamento Todo dia a gente agradece. Quando bebês, entramos na escola, Mas quando crescemos não lembramos, E uma formatura vivemos recordando, Quando isso acontece, choramos. As lembranças são importantes Mas não podemos viver lembrando E ,simplesmente, esquecer de viver. Lucas Morgado e Tainá Silva - 1702.

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Infinito

Muitos olham... Poucos gostam... Mas dizem que o segredo da humanidade Está todo lá Esperando por alguém olhar E pensar em todos os segredos escondidos por lá. Dizem que não somos os primeiros a voar Ou os únicos a habitar A nossa linda via láctea. Dizem que o infinito tem paz, Mas isso , eu já não sei mais. Por isso venho dizer Nosso infinito é muito bom pra viver. Felipe Bezerra- 1802.

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Camila Marceliano, Maria Lídia Albano e Sergiany Soares – 1.801

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Noites infelizes

Noites infelizes Desde que nasci Sendo escravo, Um homem acabado, Quase assassinado. Não adianta fugir E nem resistir... Uma vez refugiado, Sempre capturado. Acabarei morrendo, sem ser libertado. Alberto Bordalo – 1602.

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Passam meses, passam semanas

Passam meses, passam semanas. Passam dias, passam horas. A espera é insana Depois te tanto tempo, Tudo que me resta São boas lembranças. Cada dia que passa É mais sofrimento. Acho que devo sair de casa, Esquecer os problemas Por um momento. Isabela Jangoux – 1602.

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Lágrima Algo estranho, difícil de explicar. Algo sensível, capaz de desarmar. Pequena gota salgada, Pequena gota mortal. Às vezes, é encenada, Às vezes ,banal. Dor, sofrimento e alegria guardados Em um só lugar. Falei ou não falei Que era difícil explicar? Gabriela Barata- . 1602

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Paranóia pessoal

Me chama de louco por não ser social. Não saber lidar com as pessoas Me faz precisar de ajuda. Você pode me ajudar? Eu acho que não. Na verdade, nem sei se tenho um problema, São eles que me pressionam, Querendo me fazer acreditar no que todos acham Sem , sequer, querer saber o que eu penso. Por ser isolado, As pessoas pensam que eu não tenho sentimento, Que sou uma espécie de homem de ferro, Que eu agüento qualquer xingamento Sem ligar, Mas eu sangro por dentro, Sem saber com quem desabafar. João Aldo Pinheiro – 1802.

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Santuário Carregado com dinamite Eu não dou a mínima Porque todo o mundo Morre hoje. Me chame de negativo. Me chame de qualquer coisa. Você não é nada! Nunca foi. Nunca será. Meu santuário, Minha hostilidade. Meu santuário, Minha realidade. Vindo com a tempestade Você desejaria nunca ter nascido Pra longe , a realidade!! Vou pegar sua alma e Plantar minha semente. Meu santuário, Minha hostilidade. Meu santuário, Minha realidade. Sem desculpas, Todos morrem hoje Sem defesas Sem voltar atrás, Todos morrem hoje. Santuário, santuário, Todos morrem. Marcello Lopes - 1802.

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Dor maior

Ver o mundo só guerra, Ver crianças com fome, Ver ladrão roubando, Dói. Perder o celular, Perder brinquedo pra brincar, Perder amigo pra sonhar, Dói. Mudar de cidade, Mudar de escola. Mudar sem felicidade, Dói. Cair sem conseguir levantar, Cair sem rumo, Cair e ficar lá, Dói. Mas, na realidade, Não há dor que se compare Com a dor da saudade. Saudade de um amigo que perdeu, Saudade do lugar que nasceu, Saudade do pai que morreu. Saudade que sufoca, Saudade que faz sofrer, Saudade que dói. Simplesmente... saudade. Marcela Guimarães – 1801.

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A falsa verdade O que você vê, hoje,, talvez Seja a mais pura das verdades Ou talvez uma irrealidade Num futuro próximo. Tudo o que você possui, Tudo o que você gosta, Pode ser uma verdadeira mentira. Tudo o que é moderno Tudo o que é legal, Se tornará banal Num futuro próximo. Aproveite sua vida, Seus amigos , sua família, Pois o futuro próximo chegará Antes do que você imagina. Mariane Bandeira – 1702.

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Capitulo 7 – Cada profissão, uma arte... porque “todo artista tem de ir aonde o povo está.” Milton Nascimento

Gabriela Carneiro – 1.502

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Caminhoneiro

Lá vou eu mais uma vez Levar a carga até vocês. Deus me livre ir de avião! Sou um homem da estrada, Vou de caminhão. − Minha senhora, aqui está sua carga. − Meu senhor, aqui está sua mala. − Meu amigo, aqui está sua pasta. − Seu menino, aqui está sua barca. Que dia corrido! Entrega isso, entrega aquilo. Estou exausto! Talvez um dia eu vá descansar Mas , agora, já vou trabalhar. Vicente de Araújo Neto – 1602.

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Profissões

Maria vivia dizendo Que queria ser Médica, Advogada, Pintora, Cantora... Um dia , sua mãe perguntou: “Maria, por que você não quer ser professora?” Maria respondeu: “Eu não, porque dá um trabalhão!” Maria Izabel da Silva – 1602.

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Palhaço

Palhaço, ser maravilhoso Que nos faz rir Com teu ar esplendoroso Até mesmo ao cair. Palhaço, ser extraordinário Com tuas sobrancelhas pintadas, Mesmo quando fantasiado de gente, Levando calor humano Também a quem está doente. Palhaço, ser magnífico, Tua face esbranquiçada, Tua bochecha pintada Em perfeita harmonia Com esta alegria que jamais será imitada. Ivan Picanço - 1802.

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Dançar é o que me faz feliz!

A dança é algo indescritível Quando danço, sinto-me como se estivesse flutuando Como se meu corpo falasse línguas que todos conseguem entender. Ganho um brilho que nenhum ser humano tem. Os passos se encaixam junto à musica. A cada aplauso, um sentimento de um ótimo trabalho. A cada sorriso, uma luz que me ilumina E me incentiva cada vez mais a dançar. Dançar requer esforço, vontade e. acima de tudo, Amor pela dança E é por isso que me interesso cada vez mais Pela arte da dança Porque dançar é o que me faz feliz!

Wanda Sales e Louise Ferraz – 1702.

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O artista

O artista é aquele que sabe amar e rimar, É aquele que sabe apreciar a beleza de passear. O artista é aquele que sabe apreciar, Que sabe cantar Que sabe andar pelas linhas do oceano-mar.

Renato Jorge Filho - 1502.

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Luiza Guimarães e Beatriz Costa – 1.802

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A guerra

Por que há guerra? Por que há mortes? Por que há bombas? Por que não conseguimos um mundo melhor? Por que não podemos parar de brigar? Por que o mundo não pode recomeçar? Será que vai acabar? Tantas perguntas. Tantas respostas. Tantas escolhas.

Renata Figueiredo – 1502.

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Vivos só porque respiram Lá , ninguém sabe o que é escola. Lá, ninguém sabe o que é hospital. Lá, ninguém sabe o que é riqueza. De lá que vem a maioria dos seus alimentos. De lá que vem a maioria dos seus sofrimentos. As crianças tentam sorrir, Mas com o calor da carvoaria Fica difícil. As pessoas tentam viver, Mas passando fome e Morrendo aos 27 anos Fica difícil. Essas pessoas têm esperança. Só estão esperando Que alguém pare de olhar com pena, Pare de colocar em propagandas... Elas só querem ajuda pra viver Como você!

Fernanda Elisa Roumié - 1602.

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Economia

O Brasil está com um problemão Que se chama inflação Preços subindo e descendo. Eu já não agüento!! Isso porque são apenas 4%. Matheus Damasceno – 1602.

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O assalto

O assalto, no dia-a-dia, Não passa de uma melodia. O assalto, no dia-a-dia, Não passa de outro péssimo dia. O assalto no dia-a-dia Já virou rotina na “matina”. Os políticos o que fazem? Rebatem na maior bandidagem. Os policiais, o que fazem? Ficam atirando na maior bandidagem. Leonardo Sousa e Arthur Vergolino – 1701.

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Natureza

Vruuummm. O terror das matas chegou... Mais uma centena de árvores O homem derrubou. Madeireiras enriquecem e Da natureza se esquecem. Corujas ficam sem casa Passarinhos ficam sem ninho Enquanto isso, os madeireiros Tomam cafezinho. A lua cai. Os animais dormem sem abrigo. O sol nasce e estão novamente em perigo. A natureza nos dá o ar. Nós só vivemos pelo ar. E agora, será que o mundo vai acabar? Gabriel Lucas Sobral e João Gustavo Loureiro - 1702.

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Mundo melhor

Queria um mundo melhor Pra todo o mundo viver em paz. Quando vamos parar? Queria andar na rua Sem medo de nada Por que tudo isso? Por que tanta violência? Não quero notícia ruim Como mortes, assaltos e tragédias Só quero viver em paz. Vamos melhorar o mundo! Chega de poluição! Chega de desmatamento... CHEGA!!!

Larissa Chaves - 1601.

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Você já reparou como o mundo está?

Você já reparou como o mundo está? Com certeza, sim, e deve se perguntar: O que está acontecendo com o mundo? E , mais ainda, o que será do nosso futuro? A cada dia, o ar que respiramos está mais visível O nosso reflexo na água não É mais o mesmo! Aquela brisa maravilhosa Com o tempo não será mais nada. Seria interessante se, nesse momento, você Olhasse ao seu redor e percebesse que tudo O que você tem não será mais nada Se você não se sentir bem! Pense, reflita e depois que terminar De ler esse poema , faça algo de bom Para o mundo, mesmo que seja Jogar os papéis que estão no chão Na lixeira!!

Amanda Amora - 1601.

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A violência

Vamos acabar com a Violência nesse mundo, Pois senão, ela vai Acabar conosco. Vamos acabar com os marginais Para podermos nadar Livres e em paz Sem precisar nos esconder Ou nos esquivar dos bandidos Que querem nos assaltar. Mateus Guimarães - 1601.

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Natureza

À natureza, devemos respeitar. A ela, precisamos preservar, Pois nós somos parte dela E ela parte de nós. Urgentemente , temos que acabar Com aqueles que querem desmatar. Não podemos mais esperar... As nossas florestas são desmatadas! Eu sonho com nossas matas Cheias de vida, Os animais saltitando E os passarinhos cantando.

Kalil Romeiro – 1601.

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Capítulo 9 – Bela Belém ... porque “ esse rio é minha rua!” Ruy Barata

Yasmim Pamponet – 1.801

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Bela Belém

Belém, terra do carimbó, da guitarrada, Da força que vem do Círio, Da força que vem das ruas, Da Presidente Vargas à Cidade Velha, Das mangueiras que combinaram por aqui Do açaí que não pode faltar na nossa mesa. Viva Belém! Minha cidade, Meu orgulho, Minha paixão! Yuri Araújo - 1802.

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Belém, Belém

Belém, Belém, minha mangueira, Minha feira, minha criança do Pará. Belém, Belém de fé No Círio de Nazaré. Belém, Belém, minha terra. Minha cidade eterna De calor humano e de paixão Com os times do coração O Papão e o Leão, Que se encontram no Mangueirão, Fazendo um espetáculo para esse povão. Minha Belém, meu coração. Euler Arruda Júnior – 1802.

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Cidade das mangueiras

Belém, cidade onde nasci. Cidade onde, até hoje, vivi. Belém é a terra do açaí E do pato no tucupi. Belém, cidade maravilhosa Que chega a ser esplendorosa. Belém do Círio de Nazaré E do banho de igarapé. Belém do Teatro da paz Da estação das Docas Dos banhos, de suas malocas. Quanta alegria isso nos traz! É Belém da ilha de Mosqueiro E do povo festeiro. Belém, Belém, mostre sua beleza E sua cultural grandeza.

Márjorie Brasil – 1802.

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Belém, eu te quero bem.

Belém é uma cidade legal! Belém é bonita, Mas é bem sujinha. Se não jogassem lixo no chão, Ela seria mais limpinha Com pouca poluição. Ela seria mais bonitinha E bem mais legalzinha. Maria Alice – 1502.

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Belém minha cidade, minha vida

Belém, cidade em que eu vivo Belém, cidade que eu amo Cidade com cor, Cidade do amor Com seus pontos turísticos, Com seus vícios. Belém com seus costumes, Suas tradições. Belém com sua comidaí Que delicia! Açaí, tacacá! Melhor que Belém não há. Belém, não me canso de te chamar. Belém, cidade de fé, Cidade do Círio de Nazaré. Belém, nunca te esquecerei Cidade que da lembrança não sai. Minha pequena grande Belém. Annalyssa Linhares - 1601.

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Belém Parti sozinho do nordeste pra Belém, Cidade do açaí E das mangueiras também. Belém do futebol, Do Papão e do Leão Do grande e belo estádio do Mangueirão. Fui Ver-o-rio, fui à Baía do Guajará, Duas maravilhas do nosso belo Pará. Fui à Estação das Docas, Fui ao Mangal das Garças. As lembranças desses lugares Em minha memória estão marcadas. Porém, dói meu coração Só de pensar em retornar Retornar ao Ceará, voltar a trabalhar. Tremo só de pensar em voltar E esquecer esta bela cidade e seu povo também. Tremo só de pensar em te deixar. Oh!, Belém, grande Belém, Minha grande e maravilhosa Belém do Pará. Célio Picanço Filho – 1802.

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Belém

Casa das Onze Janelas. Praça da República. Mosqueiro. Estação das Docas. Torcendo, secando da Curuzu ao Baenão. Tudo termina no Mangueirão! Ivan Picanço – 1802.

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Círio

Caminhada de fé, Mar de cultura, Assim o Círio é! O suor por uma crença Inevitável A corda guiada por uma fé Inacreditável. Uma dor por uma promessa Cumprida. Assim o Círio é! Cheio de luz, Amor, Fé. . . Matheus Lima -1801.

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Mรกrjore Brasil e Matheus Lima - 1802

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Marina

Marina, meu coração bate por ti E, por isso , viver sem você Já não tem mais prazer. O que eu quero é ficar com você E também seu bem-querer. Quero junto de você Aproveitar nossa amizade E transformar num sentimento Mais forte Sentimento que me faz te amar. Marina, você é um doce de “mina”. O seu cheiro de flor É o que me ilumina E o que me deixa aceso No resto do dia. É por isso que vou te falar Que te amo, Marina!! Lucas Maués e João Vitor Paixão – 1701.

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Carta de amor Estive aqui pensando No que eu ia te escrever, Mas eram tantas coisas Que aqui não iam caber.

De um dia ter te amado. Não agüentava mais De tanto sofrer Então, fiz uma coisa: Resolvi te esquecer.

Quando te conheci, Não sei o que aconteceu, Fiquei sem respirar E meu coração Forte bateu.

Todos os dias, Começava a chorar. Era algo incontrolável. Não conseguia parar.

Aquilo tudo era tão Estranho e diferente Que não tem como explicar. Apenas se sente.

Eu juro que tentei Em você não pensar, Mas era tão difícil Que continuei a te amar.

Não agüentava mais O que estava acontecendo. Então, resolvi te dizer Tudo o que estava Aqui por dentro.

Apesar de tudo isso E dessa enorme dor O que eu quero te dizer É que eu te amo muito, Meu amor!

Me arrependo todos os dias Por isso tudo Ter te falado Me arrependo também

Beatriz Barata- 1701.

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Às vezes

Às vezes, a última coisa que você quer Vem primeiro. Às vezes, a coisa que você mais quer Nunca vem. Mas eu sei Que esperar é tudo o que se pode fazer Às vezes... E, quando eu acordar, Você será a primeira pessoa Que eu verei. Bernardo Menezes – 1801.

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Se o meu coração falasse

Se o meu coração falasse, Procuraria palavras para descrevê-lo! Se o meu coração falasse, O teu coração perceberia que preciso de você Pelo menos por um dia! Se o meu coração falasse, Daqui a algum tempo você me notaria! Porém, como ele não fala, Sinto-me aliviada, Pois cansei de sofrer. E, se um dia ele falar, Irá perceber que Simplesmente... Perdi tempo com você!!

Luisa Moura Guimarães- 1802.

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Amor e amizade

Para amar e ser amado, basta esperança. A amizade significa confiança. O amor não se joga fora. Já amigos tomam juntos coca-cola! O amor é algo necessário. Amizade ensina mais que dicionário. Amor e amizade pode ser fácil diferenciar, Mas o melhor é quando se pode juntar.

Elane Titan – 1802.

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Sempre me lembro de você

Sempre me lembro de você Quando vejo a luz. Lembro-me de seus olhos, No canto dos passarinhos. A sua voz fica na minha mente, No calor do sol. Quando vejo você, Lembro –me de... “Eta!! Foguinho barulhento!!”

André Sampaio -1502.

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Passional

Te suspiro, te respiro Te ando, te sigo Te falo, te ouço Te penso, te sigo. Assim, sozinho. Porque desse jeito Não existem “poréns”, Como, “ondes”, Desagrados... Só você Comigo Onde estou é onde estás. Onde eu olho, tu sorris. Para todas as perguntas, és a resposta Mesmo eu estando Sozinho. Nara Cunha- 1802.

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Amor

Amor é cuidar. Amor é também brigar. Amor é se abrir. Amor é refletir. Amor é ser amado. É querer estar ao seu lado. Não abram mão do amor! Nem de ser amado! Victor Nóvoa – 1602.

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O que é o amor?

O que é o amor? É o sinônimo da dor, Do desespero e do pavor? Ou é a paz Que a vida traz E que nos satisfaz? Cada pessoa vê de um jeito, Sente o que está dentro do peito, Como se algo errado nunca tivesse feito. O que é o amor? Afinal, você que decide Se é feliz ou triste. Amanda Borja e Bruna Amim – 1702.

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Como te esquecer?

Como esquecer se ainda há Um pouco do seu perfume No meu travesseiro? Como esquecer se ainda há Um pouco do seu gosto Na minha boca? Como esquecer se ainda Sinto saudades? Como esquecer se até o esquecer Me lembra você? Adriana Faria - 1702.

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Te esquecer

Eu não queria mais te amar. Será que é possível? Meu coração diz que te quer De uma maneira que não sei explicar. Não sei o que quero. Não sei o que sigo. Será que é impossível? Nada é impossível, mas te esquecer Está sendo muito difícil. De uma maneira ou de outra, Tenho que te esquecer, Pois, assim , eu não consigo viver. Talita Pontes e Lizandra Teixeira – 1702.

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Paraíso

Luzes acesas E eu com a certeza De que os dias Não vão voltar. Como pode ser assim Não ter você Pra me acalmar? Você me fez mudar Mas esqueceu de me amar. E ,hoje ,eu vivo Sonhando com teu riso. Não quero acordar Desse nosso paraíso.

Márcia Danielle Cascaes – 1601.

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Capítulo 11 – Fespo (Festival de poesia do colégio Moderno) 2008 ... porque “nosso verso quer rimar o que rimou, o que rima e ainda rimará.” Ronaldo Franco e Edyr Proença

Fernando Pereira e Yuri Dahas – 1.502

ATIVIDADE RELIZADA DE 5ª a 8ª SÉRIE Equipe de Professoras:

Supervisor Pedagógico

Cynthia Pamponet

Luiz Olavo Vianna Mattos

Lia Barile Roberta Rios

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A escuridão Fiquei presa Em um mundo Em que não há beleza, De onde não consigo sair E não quis entrar. Encontrei a beleza onde não há E, com olhos , aprendi a olhar. Sinceramente, não sei onde estou... Ouço vozes a gritar, Músicas tristes a tocar, Olhos malignos a me vigiar. Sinto pessoas a me seguir, Mas quando olho pra trás Só estou. Ouço choros de criança... Esse mundo está para me atormentar. Nesse mundo escur, o estou acorrentado E destinado a viver. Esse é o mundo onde devo viver Até morrer. Giovanna Barbalho – 1501.

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A vida A vida é a arte de amar, Gostar, Sentir, Aprender, Acertar ou errar... A vida é boa de aproveitar, Porque facilmente pode se acabar. Ela é tão frágil quanto um papel molhado Que pode se rasgar. Vida, palavra tão pequena, mas com um imenso significado. Uma expressão que indica o dever, O saber, O pensar E, sempre, o agir. Não dá para resumir a vida Em um pedaço de papel, Pois ela é tão grandiosa Quanto o céu! Guilherme Augusto Leal - 1502.

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Você no meu português Amar, verbo transitivo. Você será o complemento, O complemento que eu preciso Para minha vida ter total sentido. Você será o sujeito Em minha oração. Eu serei o predicado Que fala com amor do sujeito. Você será preposição Que une duas palavras. A primeira é “eu”, A segunda é “felicidade”. Você será advérbio de modo, Que indica quanto eu a amo. Esse advérbio é “permanentemente”. Serei o adjetivo que indica Uma qualidade sua. Serei o artigo e Você, o substantivo. Eu só acompanho você! Igor Cerejo – 1601.

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Poema do poeta Vida de poeta não é fácil. Escrever linhas tão alegres Ou de pura tristeza que Guarda no coração. Ser um poeta é mais do que se imagina. É ter um outro dia E ver o mundo De um outro jeito, Um jeito diferente. Cada poeta tem um jeito De demonstrar sentimentos, culturas, Músicas, esportes, De um jeito alegre Ou de uma maneira triste. Uma frase de amor, por exemplo, Pode tocar o coração de uma pessoa: “o amor é um segredo, É como ter asas e não poder voar.” Jussiê Souza- 1601.

93


Violão

Às vezes, Com os braços sobre meu violão, Entro em um mundo só meu Onde os outros não entrarão. Dedilhando cordas... Um, dois. Dois, um. Saem personagens. Acordo em acordes De onde vêm as histórias E delas, lindas músicas, Simples assim, mas de um jeito Que eu não posso explicar. Juliana Araújo – 1602.

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Professores e professoras Nossos professores, Sempre educadores, Parecem cobradores. Os de matemática Passam atividade Sem parar Até a gente cansar. Os de Português Explicam, explicam... Sem parar Até a gente enjoar. Os de História e Geografia Fazem, fazem A gente ler Até a vontade ceder. Os de Ciências Fazem e fazem A gente estudar Até a dor de cabeça aumentar. E depois de tanto estudar, Esperamos a campa tocar. Pensando bem... Sem professores, não dá para avançar. Victor Ferreira- 1602.

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Caviar Quando eu crescer. . . Ah! Eu vou ter Uma vida de fama, luxo e caviar Pra dar e vender. Channel, Gabanna, Calvin Klein, eu vou usar. Todos vão morrer de inveja, pois eu vou é abalar. Vou cantar, dançar e atuar E com um gato da tevê, eu vou contracenar. O meu roteiro, eu vou escolher, Mas coisas chiques, Só eu vou ter. Um vestido de luxo, eu vou usar. Ei, chofer, onde está meu caviar?? Os impostos vão e vêm... Saudade dessa vida nem vai dar, Porque meu sonho mesmo É envelhecer comendo caviar!! Yasmin Yamada – 1602.

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Sonhos viram realidade

A vida não tem sentido Sem um sonho na madrugada, Sem um pensamento mais colorido, Sem um viver mais avançado. A vida não teria sentido Sem um pensamento positivo, Sem uma torcida calorosa, Sem uma figa dolorosa. A vida não teria sentido Se não sonhasse em ser uma princesa, Se o seu sapo não virasse príncipe, Se você não passasse uma mês na Disney. . . Where dreams come true!! Ana Carolina Santalices e Narayana Brotas -1702.

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Atualidade

A corrupção dominou o cenário nacional É político roubando na maior cara de pau. A violência dominou o Pará É ladrão matando até por celular. A “inducassão” nas “iscola” pública é “tão pécima” “Qui” pelos estudos ninguém se “intereça”. Até na polícia tem corrupção. Não se sabe quem é policial ou quem é ladrão. A pirataria está fora do normal Quando se compra algo não se sabe se é falsificado ou original. Mas não adianta lutar sem agir. Todos nós temos que contribuir. Pois o nosso país está muito ruim. Amigo, teremos que lutar até o fim! Carlos Sérgio Haber e Caio Levy - 1702.

98


O poema

E mais um ano olhando o relógio, Buscando inspiração suficiente, Tentando ser um pouco convincente E poder entregá-lo na hora. Lembrando dos outros anos Quando escrevi apenas besteiras Sem intuito de ser selecionado E, muito menos ,elogiado. Papéis jogados fora, Lápis afiado, Esperança existente E nada vem à mente. Pelo jeito ,assim vai ser Novo ano, ninguém vai ler. E, novamente, o poema esperado Não vai se desenvolver. Anna Carolina Coutinho – 1801.

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Tributo ao @mor

Tudo começou Numa tarde ensolarada. Lá estava ele. E eu ,na minha sacada Foi amor à primeira vista. Não sei como explicar. Pode ter sido sua cor Ou sua memória de 80 gigabytes. Mas isso não importa. O que mais me fez amá-lo Foi o teclado acoplado. Assim nasceu meu primeiro amor E, até hoje, Eu... E meu computador! Yasmim Pamponet – 1801.

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Realidade da vida

O governo do Brasil diz “um país de todos” E ainda acredito na honestidade dele. Que tolo eu sou! Enquanto os bolsos se enchem de verde, o bolsa-famíla reduz. Não pense que esse verde é natural, verde artificial os seduz. O povo precisa de educação (todos sabem!)! Mas a realidade da vida os cega com a corrupção. Falam que o bem vence o mal, estão enganados afinal. Sem pressa, sem pressão, sabemos que a revolução faz a salvação. Não me importo se são capitalistas, punks ou socialistas... O governo sempre enrola a nação! Breno Meira - .1802

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Mundo perverso

Consciência estúpida atual: Dinheiro é tudo, enquanto Muitas pessoas passam mal. Destruição, violência Que humanidade é essa afinal? Nem realmente humanos parecem, Praticando o mal. Crianças vidradas Nos conteúdos de uma sociedade manipulada Pelo capitalismo da TV. Onde esse mundo vai parar? Vai parar Numa tela de celular! Lucas Cândido – 1802.

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