Ergonomia ii

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Universidade Federal de Santa Catarina Departamento de Arquitetura e Urbanismo Disciplica de Tecnologia da Edificação I Acadêmicas: Ana Luiza Tomasi e Natália Moneró Prates

ERGONOMIA APLICADA À ARQUITETURA

Dezembro de 2010


Introdução à Ergonomia:

“L’Uomo di Vitruvio” (O Homem de Vitrúvio) de Leonardo Da Vinci

Por advento da Revolução Industrial no século XX ocorrido na Europa e, posteriormente, no mundo, o tema ergonomia recebeu um devido enfoque. Através dos problemas e relações do homem com a máquina; a relação do homem com o ambiente físico de trabalho; e a produtividade desejada a fim de que o homem produza cada vez mais, fazem da ergonomia um termo relevante visando promover melhoramentos quanto às respostas motoras, conforto, fadiga, esforço e bem-estar. Vitrúvio, arquiteto e engenheiro romano, durante o período do renascimento elabora princípios arquiteturais sobre a utilidade, beleza e solidez assim como dados antropométricos que posteriormente são desenhados por Da Vinci no seu célebre trabalho “L’Uomo di Vitruvio” (O Homem de Vitrúvio). A proporcionalidade apresentada pelo pesquisador se refere a medidas do tamanho corporal, tal como a medida obtida entre uma mão até a outra é equivalente à medida da sua altura. A partir desse afirmação, vitruvio aconselha que o projeto arquitetonico deveria seguir este entendimento de ter a proporcionalidade dos estudos antropometricos. Este é um exemplo evidente que a construção de conceitos, ou concepções, referentes à pessoa portadora de deficiência, é um fator sócio-histórico sedimentado pelos séculos. Em 1946 o arquiteto Le Corbusier, dentro dos mesmos principios de Vitruvio, cria o modelo antropometrico conhecido como “O modulor” com dimensões para a escala humana, aplicável universalmente na arquitetura. Em seu trabalho, o arquiteto afirma que a natureza é a matemática. Suas pesquisas as medidas modulares foram criadas a partir da sequencia de Leonardo Pisano Fibonacci.


O modulor de Le Corbuisier

Desde a Idade Média ao nascimento do capitalismo industrial, as pessoas eram classificadas entre produtivas e não-produtivas e, historicamente a pessoa portadora de deficiência representou no coletivo social o não produtivo. A partir dos anos 60, a modificação ocorrida na sociedade resultou, por advento de diversos avanços tecnológicos. Países como a começaram a questionar os estudos sobre o homem Vitruviano e a “figura humana bem constituída” pode ser substituído pelo do homem dentro de uma diversidade de capacidades e analisado dentro de suas capacidades físicas. Começou-se a exigir que o homem fosse aceito, também com suas incapacidades e não mais a partir de um homem padrão cheio de força, de capacidades físicas, locomotoras, sensoriais e cognitivas, estereotipo criado na antiguidade. É neste contexto que surge os primeitos estudos referentes a medidas antropometricas com abordagem na variantes do sexo, idade e capacidades das pessoas. Estes estudos criados por Selwyn Goldsmith incluem pessoas adultas em cadeira de rodas e realidade do homem em uma cadeira de rodas, as suas possibilidades de alcance e uso do meio onde vive. A partir dos anos 80, a criança é introduzida neste modelo de estudos antropometricos por H. Dreyfuss. Portanto tínhamos o homem e a mulher adultos e a pessoa adulta em cadeira de rodas. Com Dreyfuss passamos a ter também a criança e a criança em cadeira de rodas.


Por H. Dreyfuss

Pensando no desenho arquitetônico para todos, Selwyn Goldsmith, formatou uma nova pirâmide constituída por oito diferentes realidades nas quais as pessoas estão inseridas. Nesta pirâmide, as pessoas se agrupam de acordo com as características funcionais que elas apresentam. Isto independe do seu sexo, da sua idade; depende exclusivamente dos seus aspectos funcionais frente aos fatores ambientais nos quais ela está inserida. È o caso de edifícios publicos, os quais normalmente apresentam bastantes barreiras para seus usuários. Esses edifícios nem sempre são pensados para garantir o uso das pessoas nas suas diferenças e diversidade de habilidades. Essas pessoas são desde as que pulam, saltam, sobem escadas, carregam bagagem; pessoas hábeis, mas não com habilidades atléticas; pessoas com necessidade de ir com maior freqüência no sanitário (necessidade de quantificação racional de sanitários na edificação) ou necessidade de sentar-se ou descansar; pessoas idosas que começam a perder ou apresentar a diminuição de algumas de suas habilidades, pessoas empurrando carrinhos; pessoas com deficiência ambulatória parcial; pessoas em cadeira de rodas com sua locomoção autônoma; pessoas em cadeira de rodas que necessitam de auxílio de terceiros para a sua locomoção; pessoas totalmente dependentes. O papel da arquitetura pensada para o conforto e uso do homem, para servir e acolher o homem – além dos valores estéticos, simbólicos, culturais – está em seu novo paradigma vinculativo do entendimento da discriminação arquitetônica como o grande antônimo do conceito da arquitetura inclusiva. Ter a compreensão das medidas das várias partes do corpo humano nos possibilita um maior entendimento quanto ao alcance e possibilidade de manipulação, portanto quanto mais os projetos forem pensados para atender conjuntamente as necessidades funcionais do maior número possível de pessoas, mais estaremos praticando a arquitetura inclusiva.


Como exemplo desse amálgama podemos colocar juntas pessoas de uma mesma origem: um homem adulto em pé, uma mulher adulta em pé, uma pessoa adulta em cadeira de rodas e uma criança em pé. Estas pessoas terão a altura de sua mão sempre dentro do que chamamos “eixo de excelência”. Alturas muito próximas umas das outras, independentemente se estão sentadas ou em pé. Quem está em pé pode abaixar o braço e quem está sentado pode esticar o braço e a criança pode erguer o braço. O eixo de excelência está em média entre 0,80 m do chão até 1,10 m de altura. É dentro deste princípio no plano horizontal que se estabelece a colocação dos objetos como acessórios, maçanetas, botoeiras, pegadores, barras de apoio, corrimão, guarda-corpo, interruptor, teclado de computador, telefônicos públicos, mobiliário urbano, entre outros. Sabemos também que muitas pessoas portadoras de deficiência fazem uso de cadeira de rodas, bengalas, muletas, andador, ou andam com auxílio de um acompanhante ou um cão guia. Com isto os espaços devem ser dimensionados não somente para a pessoa, mas também para bem receber e não obstaculizar a órtese, o acompanhante ou o cão-guia. Como tentamos mostrar nos exemplos acima, as pessoas não são idênticas, nem em dados antropométricos, nem em funcionalidades. Cada pessoa possui as suas particularidades e é muito difícil normatizar o homem em sua diversidade. O ser humano sofre muitas alterações com o passar dos anos. Isto possibilita a aquisição de muitas habilidades ou também a perda de capacidade. Para além do normológio, do normodotado, a arquitetura inclusiva nos edifícios, meios urbanos, veículos, objetos, mobiliários, equipamentos de saúde, entre outros, desempenha um papel de extrema importância para propiciar a participação das pessoas com incapacidades na sociedade. Prover a arquitetura inclusiva a partir de estudos minuciosos, abrangentes, seguros, que levem em consideração as fases da vida, a antropometria, o design inclusivo, a funcionalidade e a tecnologia, é fundamental para não gerarmos inadequação, segregação, exclusividade, prioridades de uso. Ela é essencial para propiciarmos a participação e o reconhecimento de todos. Em resumo, o homem só pode produzir bem e satisfatoriamente se as ajudas técnicas estiverem ao seu favor. Na maioria dos casos as ajudas técnicas são nada mais que um batalhão de profissionais das mais diversas áreas, trabalhando e produzindo para que as pessoas portadoras de deficiência consigam exercer o máximo da sua capacidade. A arquitetura e design (arquitetura inclusiva e design inclusivo) são ferramentas importantes para este propósito. Como simples exemplo pode-se imaginar que eles estão presentes nos espaços edificados dos escritórios (rampa, elevador, altura de janelas, revestimento de piso, cores, iluminação, corredores) bem como nos seus mobiliários e equipamentos (dimensões de mesas, cadeiras, armários, teclado de computador, aparelho de telefone, maçaneta de portas e de armários) desenhados para atender as necessidades dos usuários. Este é o papel da arquitetura inclusiva em cooperar com o atual conceito/concepção sócio-histórico da deficiência, possibilitando condições biologicamente fundadas sobre a diversidade humana para que as pessoas portadoras de deficiência tenham igualdade de oportunidades, respeitando-se as suas limitações na atividade, mas adequando os fatores ambientais para que elas possam se mostrar produtivas, integradas. Se pegamos todos estes recursos e colocamos em altura, lugar ou para prioridade desta ou daquela pessoa, não temos uma Arquitetura Inclusiva, temos somente uma proposta de adequação ou adaptação na arquitetura. Tão exclusiva quanto excludente.


Aplicação da ergonomia em arquitetura: A ergonomia é a aplicação dos conhecimentos científicos relativos ao homem e necessários para conceber instrumentos, máquina e dispositivos que possam ser utilizados pelo maior numero de pessoas, com o máximo de conforto, segurança e eficácia. As condições ambientais como dimensão, iluminação, ventilação, ruídos e equipamentos interferem diretamente nos hábitos dos usuários da residência. Ao abandonar o meio de vida nômade, o homem passa a se preocupar com a habitação. Mas a ergonomia começa a escrever a sua historia como disciplina, apenas nos últimos 50 anos. A preocupação com alguns fatores da ergonomia para o desenvolvimento de projetos para os espaços da habitação veio surgindo, historicamente, de maneira gradual, a partir dos Congressos Internacionais de Arquitetura Moderna – CIAMs. O design possui como foco principal a melhoria dos aspectos funcionais, ergonômicos e visuais dos produtos, para atender às necessidades do consumidor, melhorando o conforto, a segurança e a satisfação dos usuários. A importância da ergonomia durante a elaboração de projetos, seja este de produto ou num ambiente, deve ser considerada como condição primordial para garantia de resultados positivos. O tamanho do homem deve ser considerado no projeto, a relação do corpo humano com a escala do edifício. O trabalho doméstico, planejamento das atividades e o desenho dos espaços, equipamentos e mobiliário são extremamente importantes para limitar o esforço muscular do usuário em aproximadamente 20% da sua potencia total.

Considerações de aspectos do ambiente: O homem vive e trabalha num ambiente que poderíamos caracterizar por meio de medidas físicas: meio térmico, meio sonoro, meio luminoso e meio vibratório. A influência dos fatores do meio físico pode ser prejudicial ou benéfica para o desenvolvimento das atividades do homem. Ele só pode conservar a integridade do seu organismo quando esses meios não ultrapassam certos limites. Existem quatro fatores que devemos observar, quando buscamos um ambiente de trabalho confortável termicamente. São eles: temperatura do ar, calor radiante, umidade do ar e velocidade do ar.


Conforto térmico: Atrelado ao conceito de ergonomia e ambientes projetados a favor da produtividade do ser humano, pode-se considerar o conforto ambiental e os fatores térmicos indispensáveis para um ambiente agradável e produtivo. Como cada indivíduo tem suas preferências climáticas, o conforto térmico é alcançado quando se leva em consideração a predileção de cada um. O cuidado com a orientação quanto à insolação, o bom aproveitamento de recursos como ventilação natural e o sombreamento de fachadas, assim como a especificação criteriosa de materiais são algumas das soluções que, quando inseridas dentro de um contexto global de um projeto, podem contribuir para garantir boas condições de climatização a um edifício. Prover conforto térmico ao usuário para que ele possa desempenhar plenamente suas atividades é uma condição inerente à boa arquitetura, independente do tipo de construção ou do local onde se situa. Hoje, no entanto, a necessidade crescente de reduzir o consumo de energia nas edificações acrescentou mais um desafio a ser superado para o pleno atendimento dessa demanda. Portanto, é indispensável a consideração de aspectos climáticos na fase de projetação. -Deve-se evitar ambientes de trabalho secos (umidade relativa do ar abaixo de 30%) ou muito úmido (umidade relativa do ar acima de 70%). Pois, podem representar desconforto para os usuários. Uma vez que, ambientes secos irritam os olhos, as mucosas, produzem eletricidade estática (risco de incêndio, choques desagradáveis, interferência em equipamentos). Enquanto que o ar saturado (100%) dificulta a evaporação do suor.

-Temperatura: Temperatura: A temperatura ambiente pode nos causar a sensação de conforto ou pode se tornar desagradável ou ainda pode ser altamente prejudicial à saúde. Como regra geral, temperaturas confortáveis, para ambientes informatizados, são entre 20 e 22 graus centígrados, no inverno e entre 25 e 26 graus centígrados no verão (com níveis de umidade entre 40 a 60%). Para que haja a sensação de conforto térmico é necessário que pelo menos a metade da massa do corpo esteja a 3 ou 4 graus abaixo da temperatura central (37 graus). Para que isso ocorra é necessário que haja equilíbrio calorífico entre o corpo e o meio. As superfícies radiantes muito quentes ou frias prejudicam o conforto térmico, pois as superfícies mais quentes irradiam calor para o corpo do trabalhador, ocorrendo o inverso com superfícies mais frias. Para se evitar a troca de calor, pode ser utilizada uma superfície refletora (folha de alumínio) entre os corpos, ou ainda pode-se trabalhar com os dois ao mesmo tempo, materiais porosos que absorvem calor, como a madeira ou a pedra, atuam em conjunto com materiais tidos como “frios”, como a cerâmica vitrificada.


-Ventilação: A temperatura e a umidade do ambiente afetam diretamente a disposição do homem para a realização de tarefas. A ventilação pode ser um dos recursos utilizados para equilibrar esses fatores. Deve-se, entretanto evitar correntes fortes para evitar a evaporação excessiva de certas partes do corpo que está suado, o que pode causar uma queda brusca localizada da temperatura, causando resfriados ou enfermidades reumáticas. O reconhecimento das tarefas executadas em todos os ambientes a serem ventilados, assim como a compreensão da orientação para a qual esta abertura esta voltada, é fundamental. A velocidade do ar acima de 0,1 m/s é prejudicial, principalmente, para atividades leves.

Cores: A cor é um elemento que pode provocar sensações e promover o bem-estar emocional. Para o plano de cores dos ambientes, é necessário fazer um diagnostico de cada área e identificar: 1. As condições de iluminação – luz e cor não se separam; 2. As funções de cada espaço; 3. A atmosfera estipulada para cada ambiente;


Equilibre as luminâncias usando cores suaves em tons mate. Os coeficientes de reflexão das superfícies do ambiente, devem estar em torno de: •80% para o Teto; •15 a 20% para o Piso; •60% para a Parede (parte alta); •40% para as Divisórias, para a Parede (parte baixa) e para o Mobiliário. “As cores atuam sobre a alma, elas podem provocar sensações, despertar emoções e idéias que nos acalmam ou nos agitam e podem provocar tristeza ou alegria” GOETHE

Iluminação: A iluminação adequada é uma composição entre a intensidade luminosa da fonte, a superfície iluminada e a obliqüidade dessa superfície em relação aos raios luminosos. O nível de iluminação é em decorrência dos detalhes a serem percebidos. Alguns dizem que a capacidade de ver só atinge o nível ideal sob as condições de luz natural. Quanto maior o contraste, menos elevada é a iluminação necessária. A qualidade de iluminação do ambiente dependerá: 1. 2. 3. 4. 5. 6.

De sua adequação ao tipo de atividade prevista; Da limitação do ofuscamento e do brilho incômodo; Da distribuição conveniente das luminárias no recinto; De um jogo equilibrado de sombras; De que a cor da luz se harmonize com as cores predominantes do local; Da eliminação do calor inconveniente das fontes de luz;


Seguem algumas regras de iluminação para ambientes de casa: • O projeto de iluminação de uma residência deve levar em conta não apenas a estética, mas a função de cada ambiente e a relação que o morador terá com ele. O posicionamento das luminárias deve ser pensado de acordo com a decoração, sempre levando em conta o aspecto funcional do cômodo. É importante descobrir o tipo ideal de lâmpada para o efeito de iluminação desejado e o posicionamento ideal que ela deve ter. As características do produto devem atender às necessidades do ambiente, não o contrário. • Na cozinha, é preciso enxergar com precisão os alimentos. Por isso, o ideal para esse cômodo é utilizar lâmpadas com grande Índice de Reprodução da Cor (IRC). As lâmpadas incandescentes (como as alógenas e as dicróicas) são as que possuem maior IRC. • Na Sala de Estar, o ambiente precisa ser agradável e aconchegante. Para ter esse efeito o ideal é utilizar lâmpadas com aparência de cor amarelada. A iluminação focada, obtida com lâmpadas refletoras (como as dicróicas), é mais sofisticada, mas deve ser usada como cautela já que pode causar uma sensação de ofuscamento, dependendo da posição em que seja colocada. Elas também devem ser bem distribuídas porque não distribuem a luz pelo ambiente. A melhor opção é utilizar uma iluminação mais difusa, com luminárias suspensas.


• No quarto, a luz uniforme e indireta é a que dá melhor resultado. Ela pode ser obtida com luminárias com filtros de acrílico ou vidro foscos. A iluminação precisa se ajustar às atividades que podem ser desenvolvidas no quarto - ler, ver televisão, namorar, trocar de roupa. Um recurso que costuma ser bastante útil é a dimerização, ou seja, um controle para a intensidade da lâmpada. • No escritório a iluminação deve ser focada em alguns pontos - nos livros e estantes e na mesa de trabalho. Mas também é preciso trabalhar para evitar o ofuscamento. Lâmpadas refletoras, por exemplo, podem incidir sobre a tela do computador e deixar o ambiente mais cansativo. • Se você gosta de brincar com diferentes cenas de iluminação, a sala de jantar é o melhor lugar. Dependendo do clima desejado - um almoço em família, um jantar a dois, uma recepção para os amigos - a iluminação pode ser modificada. Algumas opções de cena são: dois focos de luz em cima da mesa vindo do teto, que criam uma atmosfera mais intimista e deixam o resto da casa na penumbra; luz difusa sobre a mesa, que deixa o ambiente iluminado como um todo; arandelas para criar uma iluminação indireta e mais aconchegante, ideal para um almoço de família; ou um lustre pendente central, que poderia ter dimerização para controlar a intensidade da luz de acordo com a necessidade. • O banheiro é o cômodo onde mais se cometem erros de iluminação. A regra básica é: iluminação uniforme e intensa, principalmente na bancada da pia. As lâmpadas refletoras devem ser evitadas a todo o custo porque criam sombras no rosto e prejudicam as mulheres na hora de se maquiar e homens quando fazem a barba. Para o banheiro são indicadas luminárias com acrílico leitoso, vidro leitoso ou lâmpadas difusoras, como a fluorescente. A luz de camarim, que alguns usam no banheiro, também é bastante prejudicial para a aparência, já que cria sombras, e as lâmpadas são muito quentes, fazendo o usuário do espelho transpirar com facilidade. (essa iluminação só é usada no camarim para o artista simular a visão que a platéia terá dele: com luzes em foco). • É importante pensar na quantidade de luz realmente necessária em cada cômodo. Muitos projetos exageram na quantidade de lâmpadas que, muitas vezes, focam em espaços que não precisariam de tanta luz e deixam escuros locais que deveriam ser mais iluminados. No jardim, por exemplo, é comum vermos lâmpadas de 300 watts sendo utilizadas em vários pontos de luz. Elas são desnecessárias. Lâmpadas com 70 watts de potência dariam um efeito bem semelhante com uma imensa economia de energia. • A cor das paredes do cômodo deve ser levada em conta para escolher a melhor forma de iluminá-lo. No caso de paredes mais escuras, que absorvem mais luz, o ambiente precisa de lâmpadas com maior intensidade. A aparência da cor da lâmpada também deve ser levada em consideração: se for amarela e incidir sobre uma parede azul, pode deixá-la verde e o usuário perde o efeito de cor que queria quando escolheu a tinta. Se o morador optar por tintas de cores mais claras, pode brincar com filtros coloridos sobre as lâmpadas e produzir efeitos de cor com maior versatilidade.


• Toda lâmpada emite calor, umas mais outras menos. É importante, na hora da escolha da lâmpada, levar em conta sua emissão de calor. Lâmpadas incandescentes são as que mais emitem calor - colocá-las logo acima de uma poltrona para assistir televisão ou na praia farão qualquer um transpirar. É bom lembrar que, quando mais eficiente a lâmpada, menos calor ela emite - e mais o usuário economiza na conta de luz. • Para evitar reflexos, as superfícies de trabalho, paredes e pisos, devem ser foscas. Evite posicionar o computador perto de janelas e use luminárias com proteção adequada.

Acústica: Acústica Sons, ruídos, vibrações e acelerações começaram a afetar o homem desde a Revolução Industrial. É recomendável para ambientes de trabalho em que exista solicitação intelectual e atenção constantes, índices de pressão sonora inferiores a 65 dB (A). Por esse motivo recomenda-se o adequado tratamento do teto e paredes. O controle do ruído nos ambientes da habitação pode ser conseguido através do isolamento da fonte ruidosa, através de antecâmaras, paredes separadoras, materiais de revestimento absorvedores de som e alguns elementos “quebradores” das ondas sonoras.


Odores: O mau cheiro pode ser conceituado como algo tão subjetivo como o som/ruído. É imperativo, portanto, trabalhar os locais produtores de odores de maneira a eliminá-los, através da exaustão adequada do ar. Um recurso que pode ser utilizado são as antecâmaras.


Considerações sobre medidas em projetos: Cozinha: Para que a cozinha tenha as circulações adequadas para a realização de um bom trabalho, deve ser projetada de modo a adaptar as dimensões das pessoas que nela vão trabalhar ou até mesmo conviver, seguem algumas medidas que podem ser utilizadas como padrão. A circulação é um aspecto muito importante que devemos ter em conta de modo a possibilitar uma circulação de movimentos livres. Em média a distancia mínima entre os móveis, que é reservado para cada pessoa é de 60 centímetros. Para uma boa circulação das pessoas numa cozinha, recomenda-se o uso mínimo, das seguintes medidas: • • • •

60 centímetros para passagem de uma pessoa; 100 a 120 centímetros para passagem de uma pessoa; 80 centímetros para baixar ou agachar; 120 centímetros em cozinhas com um layout de bancadas paralelas;



Alturas dos armários baixos (bancadas): A altura dos armários baixos deve ser tida em conta as pessoas que vão utilizar a cozinha. No entanto, a medida padrão é de 86 centímetros incluído o roda pé. O seguinte quadro ilustra as medidas de referência em função a altura das pessoas.

Altura da Pessoa (cm) 1,50 - 1,60 1,60 - 1,70 1,70 - 1,80 1,80 - 1,90

Altura do Tampo (cm) 78 - 90 83 - 95 90 -103 95 - 110

Tabela comparativa: altura da pessoa e correspondente altura da bancada. Fonte: Tokstok. • Altura bancada de lanches: entre 1,05 e 1,10 m • Módulos superiores: A altura dos armários superiores varia em função da altura da pessoa. A melhor forma de compreender esta altura é guiar-se pela linha do olhar da pessoa. Para pessoas entre 1,60 e 1,80 centímetros de altura, os armários com portas basculantes devem estar a uma altura mínima de 66 centímetros da bancada.


Banheiros : No caso de um banheiro para não portadores de necessidades especiais, são adotadas as seguintes medidas mínimas:

Escadas : Escadas são exemplos que não podem fugir quando o assunto se trata de ergonomia. Existem regras básicas que garantem o “conforto” e, consequentemente, a segurança para seus usuários, tais como: - a altura de todos os espelhos deve ser a mesma para que não cause tropeções; - a altura máxima dos espelhos deve ser de 19 cm; - o comprimento mínimo da pisada deve ser de 25 cm e máximo de 35 cm; - o numero máximo de degraus consecutivos deve ser de 16; - as escadas devem ter no mínimo 90 cm de largura;


- os corrimãos devem ter altura em torno de 90 cm a partir do plano dos degraus; - a altura do guarda-corpo deve ser de, no mínimo, 90 cm; - existe uma regra que direciona a proporção entre a altura e a pisada dos degraus e garante o bom funcionamento das escadas que é a seguinte: 2e+p deve um numero maior do que 63 e menor do que 64 cm. Sendo “e” a altura do espelho e “p”, o comprimento da pisada.


-Escadas impr贸prias:


Televisão/Sofá : Um aspecto ergonomico poucas vezes levado em consideração é a distância na qual o sofá estará da TV. • A principal tarefa é calcular a proporção ideal entre a TV e a distancia do espectador; • Telas muito grandes, ou muito pequenas, causam cansaço aos nossos olhos; Para se ter uma idéia do tamanho ideal, uma conta boa a se fazer é: número de polegadas da sua TV multiplicado por 7.62m, ou seja, o numero de polegadas da sua TV, transformado em centímetros (1”= 2.54cm) e multiplicado por 03. Esta distância é da tela até os olhos do observador. Mas isso é só uma idéia, afinal, cada pessoa tem um gosto. Não há aqueles que gostam de sentar nas primeiras fileiras do cinema, enquanto outros preferem sentar-se nas últimas? Além disso, a sensação visual pode mudar de acordo com a resolução da tela: quanto melhor a resolução, mais perto dá para sentar.


Cadeiras A preocupação com a postura e com a qualidade dos equipamentos no trabalho começou a ganhar força na década de 1980, quando teve início a informatização dos escritórios. As cadeiras com melhores qualidades ergonômicas permitem a alternância postural e ao mesmo tempo são capazes de evitar o desconforto da posição por períodos mais longos; as inadequadas induzem a posturas erradas, que podem desencadear problemas na coluna lombar e cervical e nos membros superiores (ombros, cotovelos e punhos), além de causar deficiências circulatórias nos membros inferiores. Beleza não é sinônimo de conforto ou boa ergonomia, e isso vale para cadeiras, superfícies de trabalho e outros itens de mobiliário. Aquelas utilizador por pessoas que usam constantemente o computador devem ser invariavelmente estofadas. Quanto maior a densidade da espuma, maior será a durabilidade do móvel, a espuma ideal tem densidade entre 45 e 65; as laminadas, por sua vez, têm vida útil curta e não resistem ao uso diário por mais de um ano. As regulagens obrigatórias envolvem a altura do assento e a posição do apoio lombar no encosto; porém, quanto mais regulagens o modelo oferece, mais facilmente ele se adapta aos diferentes usuários. É importante que o assento seja liso e tenha pequena inclinação para trás, e que deixem somente as dobras do joelho para fora. As bordas do assento requerem acabamento arredondado para não comprometer a circulação sangüínea dos membros inferiores. As cadeiras para as funções que implicam o uso constante de computador devem apresentar também encosto dorsal mediano e levemente côncavo. O apoio para os braços é desaconselhável. Convém que a cadeira tenha altura e largura reguláveis, para se adaptar a usuários mais altos ou mais obesos.


Quando o uso do computador é eventual. O encosto pode ser mais alto e a inclinação abranger o conjunto encosto-assento. Neste caso, é ideal que a cadeira tenha braços, mas eles devem permitir ajustes de altura e largura. O certo é apoiar a nádega no assento e os pés no chão ou em apoio próprio para esse fim. O conjunto cadeira e mesa deve permitir que braço e antebraço formem ângulo de 90 graus durante a digitação. No caso dos auditórios, mesmo sendo um local de curta permanência, não significa que qualquer tipo de assento possa ser empregado. As cadeiras para auditórios devem ser do tipo poltrona, estofadas, encosto côncavo até a altura dorsal e com assento liso que pode ser levemente inclinado para trás; os apoios para os braços devem ser planos e longos, preferencialmente com altura regulável. No mobiliário escolar o tampo deve ser frontal para atender crianças destras ou canhotas, o tampo frontal deve ser preferencialmente móvel, o que facilita o movimento do aluno, e o encosto mediano, côncavo e com regulagem de altura. As carteiras com pranchetas móveis custam aproximadamente o dobro dos modelos com prancheta fixa.


Espaços adaptados: No decorrer da Historia, novas considerações e objetivos foram introduzidos no planejamento social e urbano. Nos primórdios do planejamento urbano, as preocupações estavam na defesa, no combate ao incêndio e nas condições de higiene e saúde. Nos últimos 50 ou 60 anos tornou-se importante o crescimento econômico, o pleno emprego e a igualdade das condições de vida. E nos últimos anos, adquiriram importância meio ambiente, mulheres, crianças, jovens, idosos, e pessoas com necessidades especiais.

Definições: -Acessibilidade: possibilidade e condição de alcance para utilização com segurança e autonomia de edificações, espaço, mobiliário, equipamento urbano e elementos. -Acessível: espaço, edificação, mobiliário, equipamento urbano ou elemento que possa ser alcançado, visitado e utilizado por qualquer pessoa, inclusive aquelas com deficiência. O termo acessível implica tanto acessibilidade física como de comunicação. -Espaço acessível: espaço que pode ser percebido e utilizado em sua totalidade por todas as pessoas, inclusive aquelas com deficiência.


O desafio dos arquitetos e projetistas é possibilitar que os ambientes ou objetos sejam utilizáveis por todas as pessoas, todos são usuários e devem ser considerados na proposta do projeto. A aplicação da NBR-9050 visa proporcionar à maior quantidade possível de pessoas, independente de idade, estatura ou limitação de mobilidade ou percepção, a utilização do ambiente, edificações, mobiliário, equipamentos urbanos e elementos de maneira autônoma e segura. O projeto concebido de forma adequada às condições de acessibilidade sofrerá um acréscimo de 1% do valor da obra; por outro lado, se precisar ser adequado depois de construído, esse valor poderá alcançar 25%.

Espaços adaptados para Cadeirantes Cadeirantes Cozinhas: Para cozinhas utilizadas por pessoas portadoras de necessidades especiais é recomendado: •Colocar apenas tampo (e não armários) abaixo da pia, fogão e bancada de trabalho; •Instalar prateleiras e módulos superiores em altura menor; •Passagem mínima usuário de muletas: 72 cm


Banheiros : Para banheiros utilizados por cadeirantes e/ou idosos é recomendado: •Tapete anti derrapante; •Puxadores em forma de alça; •Barras de apoio no chuveiro e próximo ao vaso sanitário; •Área adequada para circulação;


Fonte: Portal Clique Arquitetura.


Alguns exemplos de banheiros adaptados:


Espaços adaptados para Crianças: Para muitas crianças, algumas alterações feitas no ambiente escolar podem ajudá-las a se sentirem mais concentradas e calmas. Aqui estão algumas questões a serem consideradas. Se existem muitas imagens / informações / cores espalhadas pelas paredes da classe, a criança que está sujeita a ficar sobrecarregada com um excesso visual pode se beneficiar se você diminuir o nível de distração visual ou sentar a criança em uma área em que existam menos distrações visuais. Pode ser particularmente importante reduzir a desordem visual atrás ou em volta do professor à frente da classe. Quanto á ruídos, há alguns modos de você diminuir o som ambiente no contexto da classe, tais como colocar um carpete no piso da classe ou instalar cortinas para bloquear o som vindo de fora. Algumas crianças se beneficiam de uma mesa inclinada para que elas não tenham que se curvar para enxergar ou escrever nos seus papéis Algumas crianças são distraídas pelo zumbido e pelo piscar das lâmpadas fluorescentes. Você pode mudar para lâmpadas incandescentes ou ter uma cobertura para a luz fluorescente.

Espaços adaptados para Idosos: O idoso é um usuário da habitação que, por apresentar uma nova condição física e mental, necessita de espaços planejados que atendam as suas características. As medidas antropométricas variam de pessoa para pessoa, e as dimensões do corpo vão se alterando lentamente com o tempo, com uma diminuição gradual da forca e da capacidade de trabalho. O metabolismo do idoso também é bastante diferente, como no controle e sensibilidade da temperatura corporal, diminuição ou perda da audição, visão, entre outros. Seguindo algumas dicas é possível tornar a casa mais segura e cômoda, tornando o idoso mais autônomo e confiante, garantindo que pratique movimentos dentro de casa ao se deslocar livremente, estimulando a circulação, a memória e o raciocínio, diretamente relacionados a uma auto-estima melhor e qualidade de vida superior, inclusive para quem convive com eles.



Seguem algumas dicas para que o ambiente para eles seja mais seguro e prático: • •

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Decoração:: instale fitas adesivas debaixo dos tapetes para fixá-los; os tapetes devem ser evitados, mas caso permaneçam opte por aqueles de cerdas baixas; Móveis:: evite que o idoso tenha que se abaixar ou se esticar muito para alcançar os objetos (utilize móveis com altura média); cadeiras e sofás com assento médio e espaldar alto são mais confortáveis para se levantar; cantos arredondados são mais seguros; mesas laterais devem ser fixas para permitir que se apóiem quando necessário; gavetas devem ter travas de segurança para que não caiam ao abrir; armários com portas de correr são melhores por não interferirem na área de circulação; evite móveis de vidro; Cores: Paredes de cores claras refletem melhor a luz e detalhes com cores mais fortes podem estimular os sentidos do idoso e tornar a rotina mais dinâmica; Circulação:: deve ser a mais livre possível e em geral no mínimo 80 cm; Acesso Escadas: o melhor é que ocorra através de rampas,, com no máximo 8% de inclinação; para maior proteção instale corrimão com 90 cm de altura nas escadas e rampas; elevadores e plataformas elevatórias são uma boa solução para evitar escadas e desníveis; Escadas: devem ter patamar entre 28 e 30 cm para que os pés tenham o apoio necessário; marque o início e o fim da escada, o que pode ser feito utilizando um material de cor e textura diferente; balizadores (pontos de iluminação) em cada degrau facilitam sua visualização; evite desníveis pequenos que podem provocar tropeços (prefira pequenas rampas); Piso: opte pelos antiderrapantes, como cerâmicas com textura tátil e pisos emborrachados; Banheiro: adapte barras de apoio,, vaso sanitário elevado e banco dentro do box (pode-se utilizar o mesmo padrão do banheiro para deficientes motores NBR9050 ABNT. Iluminação:: deve ser abundante e uniforme, evitando pontos escuros que possam esconder objetos compensando as dificuldades visuais; as lâmpadas devem ser anti-ofuscante (lâmpadas leitosas permitem iluminação indireta); facilite o acesso aos interruptores escolhendo os iluminados; Cozinha: torneira de monocomando ou alavanca facilitam o manuseio; copos de plástico e de metal evitam cortes no caso de acidentes; ter um carrinho com rodas facilita o transporte dos objetos de um ambiente para o outro; Quarto: deve ficar no andar térreo, com acesso fácil ao banheiro; a cama deve ter altura que permita estar sentado e apoiar os pés no chão;; colchão e travesseiros devem estar de acordo com as necessidades de saúde da pessoa (como o peso); deve haver lanterna, telefone e campainha próximos da cama; a mesa lateral deve ter cantos arredondados; Jardim: deve ser bem iluminado para que quem esteja dentro da casa enxergue bem o que há do lado de fora garantindo segurança física e psicológica; Portas: se possível sempre com vão de 80 cm, principalmente para o banheiro e entrada da casa (esta pode ser maior, com 90 cm); maçanetas de alavanca (e não redondas) são recomendadas;


A casa para a vida toda Planejar uma casa para a vida toda não requer, necessariamente, gastos extras e sim cuidados extras. São cuidados que garantem à moradia suportar mudanças e adaptações, prevendo as diversas necessidades que o usuário possa ter em qualquer fase da vida, sem prejuízo ou comprometimento do espaço. Seguem algumas recomendações:

Quanto às instalações e equipamentos em geral • Previsão de instalação de luz de emergência nos corredores: facilita a circulação segura quando falta luz. • Colocação de interruptor iluminado: facilita sua visualização evitando que se ande no escuro sem acender a luz. • Disposição de quadro de luz principal a 1,10m de altura – hoje, o padrão é de 1,50m: com a altura de 1,10m o acesso fica facilitado a qualquer pessoa. • Interruptores nas paredes para acionamento de abajures evitando a circulação no escuro atem alcançá-los. • Tomadas a 45 cm do piso, em vez de 30 cm – evita a pessoa ter que se abaixar muito para ligar equipamentos. • Interruptor a 1,05m do piso em vez de 1,10m, como é usado. Ficam mais acessíveis a todas as pessoas. • Instalações elétricas programadas para qualquer layout de mobiliário: evita-se o uso de extensões e fios soltos que podem ocasionar tropeções e quedas. • Sistema de automação para acionamento de luz, portões, persianas e eletroeletrônicos em geral, facilitando a vida do usuário e oferecendo mais segurança. • Instalações hidráulicas que permitam a colocação de acessórios, inclusive barras de segurança. Evitam-se transtornos causados por perfurações em canos de água no momento em que o usuário necessitar usar as barras de segurança.


Áreas externas e entrada das edificações edificações • Previsão de instalação de porta com visor e mola – aumenta a segurança ao permitir contato com o exterior sem precisar abrir a porta. • Soleiras no nível da porta de entrada – permite o acesso de qualquer pessoa. • Capacho no nível do piso. • Caminho em piso antiderrapante e acessos em rampa com, no máximo, 8% de inclinação.


• Janelas com peitoris mais baixos, para permitir a visibilidade de cadeirantes e pessoas de baixa estatura. • Fechadura de alavanca nas portas. • Campainhas e interfones a 1,00m do chão – fácil acesso a todos. • Cobertura sobre a porta principal.



Sala • Previsão de iluminação extra – permite pontos focais de luz para diversas atividades. • Móveis com boa estabilidade, pesados e firmes – facilitam o apoio. • As mesas não devem ter tampo transparente – pode atrapalhar a noção de profundidade e causar acidentes. • Cadeiras sem rodízio – dificultam o ato de sentar e levantar. • As estantes devem ser fixas no chão ou nas paredes – o idoso pode apoiar-se nelas em caso de queda.

Corredor interno • Evitar o uso de janelas no fim do corredor – a iluminação direta na altura dos olhos pode provocar ofuscamento. • Evitar piso reflexivo – reflete a iluminação e provoca confusões temporárias. • O corredor deve permitir, em algum trecho do seu percurso, o giro da cadeira de rodas, tendo para isso uma largura não inferior a 1,50m. • Em corredores longos, recomenda-se o uso de corrimãos.


Dormitório • Utilização de senso de presença – evita locomoção no escuro a noite. • Previsão de instalações de aparelhos e ar condicionado e aquecedores fixos – evita-se o udo de extensões e fios soltos. • Moveis fixos e com quinas arredondadas. • Instalação para painel de alarme e controle de iluminação junto da cabeceira. • Ponto de telefone junto da cabeceira.


• Iluminação dentro de armários – permitindo boa visualização do seu interior. • Cama com 50 cm de altura – facilita a transferência de pessoas com mobilidade reduzida. • Guarda-roupas com portas de correr ou de rolar. • Prateleiras e porta-cabides com altura de aproximadamente 1,20m. Facilita o uso para pessoas de baixa estatura e cadeirantes.

Cozinha • Disposição de prateleiras mais baixas, evitando o uso de banquinhos para acessá-las. • Bancadas em dois níveis, ou mesmo reguláveis, possibilitando o uso por pessoas sentadas. • Colocação de tampos de apoio dos dois lados do fogão – permitindo o apoio de panelas e objetos quentes. • Tampo com 65 cm de profundidade em vez de 60 cm – facilita o encaixe de cadeira de rodas. • Torneiras de alvenaria ou com sensores – permitem uso por pessoas de baixa estatura ou mesmo sentadas, sem necessidade de toque. • Instalação de detectores sonoros e visuais de fumaça e de gás – garantem mais segurança, inclusive a deficientes visuais ou auditivos, com olfato reduzido. • Cantos dos tampos com uma faixa de Cr contrastante – evita que pessoas com a visão reduzida choquem-se. • Forno a 90 cm do chão – evita que a pessoa se abaixe para colocar um prato. • Botões dos fogões na parte de cima – facilitam a visão, diminuindo a possibilidade de erros.


Banheiros • Acessível ao uso de cadeira de rodas. • Posição de tubulação correta para não atrapalhar a instalação de equipamentos, inclusive as barras de segurança, quando ou se for necessário. • Piso antiderrapante. • Portas abrindo para fora – facilitando o socorro quando necessário.


• Ralo do chuveiro distante do centro da ducha – evitando o acumulo de água quando há tapete antiderrapante. • Tubulação mínima na área dos joelhos, facilitando aos usuários de cadeiras de rodas. • Tampo do vaso sanitário ajustável – adéqua-se a usuários de qualquer altura. • Espelhos levemente inclinados para baixo facilitando a visão para crianças, pessoas de baixa estatura e usuários de cadeira de rodas. • Cortina de plástico em vez de Box – as pessoas tendem a se apoiar no Box e quebrá-lo. • Torneiras de monocomando e de alavanca – evitam que o usuário se queime e permitem o acesso quando sentado.


Mobiliário e equipamentos • Se forem pesados e firmes, facilitam o apoio sem se mexerem. • Cantos arredondados. • Ferros de passar que desligam automaticamente. • Floreira com altura de aproximadamente 45 cm, para poder ser manipulada por qualquer pessoa. • Teclas closed-caption – ajudam pessoas com deficiência auditiva e estrangeiros a acompanhar a TV.


Referências Bibliográfica

-Ergonomia do objeto/ João Gomes Filho -Ergonomia aplicada à habitação: o caso do usuário enfermo/ Maria Valéria Affonso Lopes. São Paulo, 2006. -Reportagem de Nanci Corbioli Publicada em PROJETODESIGN Edição 304 Junho de 2005 -www.inspiradospeloautismo.com.br


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