Marinheiros de primeira viagem

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MARINHEIROS DE PRIMEIRA VIAGEM UM PEQUENO GUIA PARA VOCÊ NAVEGAR PELA FEIRA DE BOLONHA EM 2014


Bolonha, a cidade rosa

A

visão deslumbrante dos picos nevados que se veem pela janela do avião anuncia a chegada a Bolonha. No caminho do aeroporto para o hotel, a cidade te ganha de cara, sem esforços. Já do táxi você se deixa levar pela arquitetura. É a cidade rosa da Itália, onde construções de terracota abraçam o céu em imensos arcos medievais. Portas enormes, janelões, tetos pintados, chão de pedras, ruelas e flores, todos os italianos falando alto, juntos e com as mãos. Bem-vindo!

lugar em que se bota os pés é a Piazza Maggiore, centro histórico, onde está a Cattedrale di San Pietro e o Museo Morandi. De onde, ao lado e do alto, Netuno muito bem esculpido assiste a tudo. É ali também que está a Libreria Per Ragazzi Giannino Stoppani, ponto de encontro obrigatório, onde ilustradores e escritores costumam assinar seus livros no final da tarde. Sente-se em algum dos cafés e, sem hesitar, peça uma spremuta, bebida dos deuses, que não é um suco de laranja qualquer. Tem cor viva, de acerola com mamão. É doce feito mel, forte e saborosíssima. Um abuso, há de ser declarado, sem ainda nem conhecer o restante do cardápio local. Sim, porque Bolonha, dizem, é a cidade onde se come melhor na Itália. Para se ter ideia, leva o apelido de “la grassa”, a gorda. As vendinhas de frutas e cogumelos espalhadas por todo canto não passam despercebidas. Mas são as mercearias com produtos

COMECE BEM

A melhor maneira de explorar a cidade, tendo em vista que os dias de feira serão corridos, é não perder tempo. Deixe as coisas no hotel e vá conhecer a capital da região Emilia-Romagna. As torres inclinadas, conhecidas como Le Due Torri, são o cartão-postal. Mas o primeiro 2


da região – mortadelas, salames, presuntos de Parma e queijos parmesão – pendurados no teto, que vão te convidar. O molho à bolonhesa? É um ragu fenomenal. Os sorvetes? Ah, deixa pra lá. Você vai ver que a felicidade tem gosto de mortadela no balsâmico reduzido, de aspargos gigantes abençoados por um molho rústico de queijo, de alcachofra empanada, de carne de caça e qualquer pasta al dente. Tudo bravo, bravissimo.

mês, descobre algo, marca um encontro em outra cidade do mundo, volta para o hotel e faz os acertos na agenda do próximo dia. Agenda que foi toda estabelecida há meses. Porque Bolonha exige planejamento. Um ano antes, começa a procura por hospedagem, acerta-se reuniões e, quase que na véspera, as reservas dos restaurantes são feitas.

Fique de olho! 1 . Arrume um mapa da cidade já no aeroporto, pois no centro histórico, tudo é feito a pé ou de bicicleta – carros e motos têm horario combinados. 2 . O pavilhão da feira fica um pouco afastado do centro, mas pela cidade toda tem ônibus (públicos ou fretados) que levam ao local, além das empresas de táxi. 3 . A Libreria Per Ragazzi Gianinno Stopanni fica na Piazza Maggiore, coração da cidade, e é o ponto de encontro principal durante a semana da feira. Além da ótima curadoria de Grazia Gotti (que esteve no Brasil no ano passado para o Conversas ao Pé da Página), a livraria organiza oficinas e sessões de autógrafos com escritores e ilustradores. Procure informações sobre a programação paralela que se estende por vários locais na cidade durante à feira. www.gianninostoppanilibreria.net

UMA GRANDE VILA: CRIATIVA E AGITADA

Bolonha é também dos estudantes e carrega essa tradição desde 1088, quando foi fundada a Università di Bologna, dona de uma história feita de alunos e professores reconhecidos internacionalmente - Umberto Eco, hoje professor emérito, é um deles. Gabaritada, atrai milhares de universitários o ano todo. Ao bater um papo com o senhor Francesco, voluntário do Palazzo D’Accursio, você fica sabendo informalmente que há cerca de 100 mil alunos da cidade. Segundo ele, 60 mil são locais e os outros 40 mil vêm de toda parte do mundo. Imagine, então, que pelas ruas, praças e bares, o movimento é grande e a noite não tem hora para acabar. Tem clima de festa. O que acontece, então, é que falar de Bolonha é envolver ofício e diversão. Não se separa uma coisa da outra. E a graça é toda essa: uma celebração à literatura para crianças e jovens. Mesmo antes da programação oficial, os cafés e almoços são marcados para rever as pessoas e tratar de negócios. Assim, tudo junto. Caminha um pouco, visita alguns lugares, toma uma spremuta, combina uma conversa para o outro 3


A Feira

E

então é hora de se surpreender com a feira. Única especializada no gênero, local de encontro de todos os profissionais que trabalham com o livro para crianças e jovens. O panorama mundial está presente. Comprar, olhar, vender, comprar, promover, receber prêmios, encontrar os amigos, tudo acontece nesses dias. Imagine um espaço enorme, 20.000 m2, com quatro pavilhões que abrigam dezenas de países. Em 2013 foram 1200 expositores. Tem estande da Malásia, da China, da Rússia, tendas enormes para os franceses, uma ala só de ingleses, espanhóis e italianos, outra para países nórdicos, uma só para os artistas da Polônia, Turquia e por aí vai. Entre 9h e 18h, o movimento é grande. As reuniões costumam ser marcadas de meia em meia hora, para vender ou comprar direitos de tradução. É que Bolonha não está para brinca-

deira. Há dezenas de eventos off-pavilhão (e vale muito a pena ficar de olho na programação). Mas ali dentro, tudo é business. As editoras mantêm suas vitrines só para mostrar os livros. E o que você vê são profissionais correndo de um lado para o outro para conseguir comprar e vender direitos, anotar mil referências e contatos e, com sorte, assistir a alguma palestra. Em diferentes salas há debates e apresentações com autores e ilustradores. E me diga: em que outro lugar você pode ver como as crianças da antiga União Soviética liam, como é o processo de criação de um livro maravilhoso, como anda o mercado de edição na Itália, o que Lygia Bojunga tem a dizer e que uma tipografia árabe foi criada com carimbos em um dos livros premiados? Um evento atrás do outro, sem contar as ações promovidas pelo pais homenageado, este ano, o Brasil. 4


Dicas

Imperdível

1 . Para agilizar a sua entrada,

A Mostra Illustratori, que este ano tem como jurados: Anna Castagnoli, Kitty Crowther, Isabel Minhós e Errol Van Der Werdt. Anna Castagnoli: É uma mostra fantástica! www.bookfair.bolognafiere.it/en/ illustrators-exhibition/1032.html Fruit Evento de edição independente que no ano passado organizou, em paralelo, algumas exposições e oficinas. Neste ano, farão parte da programação oficial da Feira (Pavilhão 26, estande B/10). www.facebook.com/fruitexhibition

compre seu ticket online: www.bookfair.bolognafiere.it/ticketonline/1131.html 2. Entre na feira e já busque um plano impresso dos pavilhões. Tome 10 minutos para se localizar e identificar cada um deles, os locais onde os encontros são realizados, eventos, as praças de alimentação e as “nuvens” com acesso à Internet - sobre este ponto, não conte muito com um bom serviço. 3 . Consulte a programação aqui: www.bookfair.bolognafiere.it/eventi/ programmagenerale-2014/2369.html BOLONHA 2014 –

MUITAS NOVIDADES NA FEIRA EM 2014

BRASIL PAÍS HOMENAGEADO

Não conte para os “crescidos”. Iniciativa inédita em parceria com a Cooperativa Cultural Giannino Stoppani dedica uma área para as crianças na 51a edição da Feira.

O crescimento e aquecimento do mercado do livro para crianças e jovens no Brasil nos últimos anos – em grande parte reflexo das volumosas vendas governamentais – podem ser medidos pela expectativa sobre a programação do país homenageado. Oportunidade privilegiada para mostrar e promover o melhor da nossa produção, a sua variedade, os jovens autores e ilustradores. Assim, aguardamos com grande expectativa a programação do evento, cuja organização ficou a cargo da Biblioteca Nacional e da Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil – FNLIJ. Para saber mais procure o stand do Brasil e da FNLIJ no Hall 29.

Uma feira de livros para crianças e jovens onde só os adultos entram? Não dessa vez. Na edição deste ano, algo inédito vai tomar o Pavilhão 33: uma série de eventos voltados às crianças, como oficinas, atividades temáticas e a participação de escritores e ilustradores, que além de palestras, receberão os pequenos leitores com sessão de autógrafos, como Oliver Jeffers, Beatrice Alemagna e Catarina Sobral. 5


Haverá ainda uma livraria internacional, com títulos e temas disponíveis, vindos de vários países. O nome do evento, que acontece de 22 a 27 de março, é inspirado no título do livro de Alison Lurie, Don’t Tell the Grown-Ups: The Subversive Power of Children’s Literature (Não conte para os “crescidos” - O poder subversivo da Literatura Infantil, em tradução livre). A ideia, como se imagina, é estimular a visita das crianças e proporcionar uma interação entre elas, familiares e profissionais ligados à infância. Entre os convidados do evento já estão confirmados importantes nomes da literatura infantil e juvenil, como David Almond, Maria Teresa Andruetto, Franco Battiato, Teresa Buongiorno, Beatrice Alemagna, Gilles Bachelet, Tom Schamp, Luigi Garlando. Não se trata apenas de oferecer um espaço inteligente aos pequenos leitores por meio de palavras, imagens, brincadeiras e encontros, mas também discutir o papel da literatura nesse setor, passando por políticas públicas e estratégias de mercado nas livrarias. Editores, professores e bibliotecários, cliquem aqui www. b o l o g n a c h i l d r e n s b o o k f a i r. c om/media/libro/press_relea s e / 2014/03_Settimana_Cultura_Eventi%20 pad%2033%20EN%202-14rev.pdf] e veja as palestras confirmadas. Além do pavilhão, o programa se estende por uma série de atividades promovidas em livrarias e centros culturais. Já coloque na agenda que é bom ficar de olho na Cineteca e na exposição que irá acontecer na Biblioteca SalaBorsa, dedicada aos brinquedos e mobiliários do início do século XX, da coleção Maurizio Marzadori.

A mostra foi organizada em conjunto com o Museu de Arte Moderna de Bologna, o MAMbo - que também vale uma visita. Um site, por enquanto disponível somente em italiano, já está no ar. Entre aqui http://www.settimanadellibroperragazzi.bolognachildrensbookfair.com] para devorar a programação do pavilhão, e também o que irá acontecer fora da feira!

Serviço • Hall 33 – Don’t Tell the Grown-Ups Aberto para famílias no sábado (22) e domingo (23); e para escolas entre segunda (24) e quinta-feira (27). Entrada: Viale Aldo Moro; 5 euros para os adultos, grátis para crianças e estudantes universitários. Saiba mais • Cineteca de Bologna: www.cinetecadibologna.it • Biblioteca SalaBorsa: www.bibliotecasalaborsa.it • MAMbo: www.mambo-bologna.org

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Dicas para os marinheiros de primeira viagem

C

omo ilustrador, editor, autor, agente, esvocê não tenha agendado, não convém insistir pecialista ou curioso, você se preparou se a pessoa com quem você quer falar estiver para participar da feira e pretende mosmuito ocupada - inclusive, nem pense em intrar seu portfólio ou seu currículo profissional, terromper reuniões. Neste caso, leve muitos pesquisar o mercado, analisar tendências, fazer cartões, um bloco de notas e um grampeador, contatos ou simplesmente aproveitar a oportue abuse dos bilhetes endereçados. nidade para rever amigos e passear pela cidade. Seja qual for seu motivo, vale levar em conta al- • Se você for ilustrador, além dos guns critérios que certamente irão facilitar a sua cartões, organize o seu portfólio e leve algumas viagem, independente dos seus objetivos. amostras de seu trabalho para deixar aos interessados. Algumas editoras marcam um dia • A feira é de negócios. As reuniões especial para receber os jovens ilustradores e são marcadas com meses de antecedência e, analisar os materiais. As filas são enormes, mas normalmente, duram no máximo meia hora, vale a pena esperar. Topipittori, por exemplo, é entre 9h e 17h30 (quando a feira fecha). Caso uma que dedica uma tarde inteira a isso. 7


• Ainda para ilustradores, chegue na feira e marque presença no grande mural da entrada, onde dia após dia todos os artistas vão preenchendo o espaço em branco com pedacinhos do seu trabalho e o contato. Muitos editores ficam de olho, anotam suas preferências e, quando menos se espera, entram em contato.

• Aproveite as pequenas editoras, as mais novas, pois muitas delas ainda não têm a agenda cheia - aí sim dá para entrar, sentar e falar com o editor que esta lá mostrando sua produção. • Nas grandes e médias editoras, quem está nas reuniões normalmente são os responsáveis pela venda de direitos, não são os editores. Portanto, não adianta insistir, não são eles que olham os originais.

• Os corredores também são locais para ficar de olho, já que é possível cruzar as mesmas pessoas, com seus crachás, durante quatro dias. Neste momento, acontece de esbarrar com ilustradores que estão mostrando seu portfólio em algum estande, pedir o cartão e continuar.

• Quem vende direitos não é quem compra direitos. Isso é importante levar em conta. • Se tiver tempo, assista aos debates na praça dos ilustradores, no meio dos corredores que ligam os pavilhões. De repente, está lá Shaun Tan ou Peter Sis dando uma entrevista. • Não deixe de visitar o estande do IBBY – International Board on Books for Young People - para saber os ganhadores do Prêmio Andersen.

Fique ligado em tudo e boa feira! 8


Buon appetito!

ALTERO

Um bom lugar para café da manhã, almoço ou jantar. As pizzas são feitas na hora e, para quem quer gastar muito pouco, ele é ideal. Via dell’Indipendenza, 33. www.pizzaltero.com AL SANGIOVESE

Restaurante pequeno, fora do burburinho do centro, com comida e atendimento excelentes. Reservar é fundamental. Via Paglietta, 12. www.alsangiovese.com ANTICA OSTERIA ROMAGNOLA

Como todos os restaurantes bons durante a feira, este pede agendamento com alguma antecedência. Aconchegante e charmoso, cos-

tuma ser ponto de reuniões entre agentes e editores do mundo todo. Via Rialto, 13. BIRRERIA MERCANZIA

Um dos recantos mais interesantes e bonitos de Bolonha, é ótimo para depois de um dia cheio na Feira. Os garçons são os mesmos há décadas e fazem questão de sugerir, dar palpite e arriscar um papo em diversas línguas. Plaza della Mercanzia, 3. CAMBUSA DA GASPARE

Bolonha al mare. Muitos pratos com peixes e frutos do mar. Lugar típico, aconchegante e de comida incrível. Mutios editores batem ponto anualmente neste restaurante. Precisa reservar. 9

CREMERIA FUNIVIA (SORVETERIA)

Na espera da fila você vai exercitar seu poder de (in)decisão. Do cioccolato ao crema di pinoli, a única certeza é que você pegará essa fila outra vez! Não saia de Bolonha sem essa recordação. Piazza Cavour, 1/D. Via Porrettana, 158/4D. www.cremeriafunivia.com DA NELLO AL MONTEGRAPPA

O mais bolognese dos restaurantes. Barulhento e muito simpático, é um típico restaurante onde os garçons, que ali trabalham há décadas, parecem que são amigos dando um jantar em casa. Se o aspargo com molho de queijo rústico e a alcachofra frita não


estiverem no cardápio, já sabe: pergunte e desfrute de dois pratos bolonheses inesquecíveis. Via Montegrappa, 2. www.ristorantedanello.com LA TRAVIATA

Uma cantina do nono, simples e com pratos típicos muito bem executados. O espaguete à bolonhesa é imperdível. Não se deixe impressionar pela apresentação (ou pela falta dela) dos pratos. Tem que comer para crer. Via Urbana, 5/C. www.ristorantelatraviatabologna.it

mortadela e Lardo de Colonnata. Via De’Poeti, 1/B. www.osteriadepoeti.com SCACCO MATTO

Dirigido por Mario Ferrara, este restaurante acolhedor é ponto obrigatório. Menu rico e variado, os antipasti são um número a parte. Pastas, carnes e peixes são sensacionais depende só das suas preferiencias. Via Broccaindosso, 63. www.ristorantescaccomatto.com/

SALSAMENTERIA BOLOGNESI

Restaurante com poucas mesas, simples, mas com comida e preço justíssimos. O nhoque de gorgonzola é a pedida, ou o simples espaguetti à bolognesa. Via Piella, 12.

OSTERIA DE’POETI

TRATTORIA BELFIORE

Um dos restaurantes grandes de Bologna, muitos dos grandes encontros e celebrações são realizados lá. Também é um dos lugares que fica aberto até mais tarde. Boa cozinha e preços justos. Não deixe de experimentar os pratos com

Un lugar genial para jantar após a Feira. Por ter cozinha deliciosa e preço bastante razoável, é necessário fazer a reserva. O dono se chama Luca e já está acostumado a receber “livreiros” de todos os cantos. Ilustradores e

OSTERIA DEL MONTESINO

Arianna Squilloni, recomenda com entusiasmo “el bollito”, um prato que não é dos mais leves mas que é delicioso com o molho que o acompanha. Via Augusto Righi 1/B. www.trattoria-tony.it TRATTORIA SERGHEI

Lugar para degustar pratos típicos da Sardenha elaborados com simplicidade mas com produtos de primeira qualidade. Via del Pratello, 74/B.

Um restaurante com especialidades da região de Puglia. Típico restaurante onde vão comer italianos. Os queijos são um caso a parte. Via Pratello, 62. www.osteriaalledueporte.com

TRATTORIA TONY

TAMBURINI ÂNTICA

Pode chamar de Tamburini e, sem cerimônia, provar o melhor sanduíche de mortadela da cidade. Ali, mortadela não é brincadeira – leva, aliás, como apelido, o nome da cidade. Bolonha é rica em gastronomia e a mortadela vem com selo de qualidade. Portanto, não perca tempo e conheça logo essa tradicional rotisseria, que conta só com quatro mesinhas de madeira para quem não tiver pressa. Via caprarie, 1. www.tamburini.com

OSTERÍA DELLE DUE PORTE

editores espanhóis, por exemplo, costumam fazer dali um ponto de encontro recorrente. Via Marsala 11. www.trattoriabelfiore.com

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Dica É recomendável sempre fazer reservas antecipadas para garantir um lugar ou até mesmo para evitar as longas filas, principalmente no jantar. Às segundas, muitos restaurantes não abrem. Recomendados por:

Adriana Fernandes, Angel Domingo, Daniel Kondo, Dolores Prades, Emílio Urberuaga, Isabelle Torrubia, Javier Zabala, Nati Rodríguez, Patsy Aldana, Paz Rodero, Rodrigo Villela, Sandra López e Thais Caramico.


ARTE E CULTURA

Aproveitando Bolonha

BIBLIOTECA SALABORSA

Vale uma visita e um tempo especial dedicado à área infantil. Local de exposicões importantes drante a feira que vale acompanhar. Piazza Nettuno 3. CATTEDRALE DI SAN PIETRO

É a Catedral de Bolonha dedicada ao São Pedro. De estilo bar-

roco, chama a atenção pelas esculturas em barro do século XVI, criadas por Alfonso Lombardi. Via Indipendenza, 7.

nantes de Bolonha, uma das imagens plásticas mais belas da dor e da tragédia humana. Igreja de Santa Maria della Vite, Via delle Clavature, 10.

IL COMPIANTO, DE NICCOLÒ DELL’ARCA (1463)

LA PIAZZA SANTO STEFANO E

Seu conjunto de figuras em terracota em tamanho real faz dele um dos lugares mais impressio-

LE SETTE CHIESSE

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Ali está a Basílica Santo Stefano, absolutamente mágica com sua


cripta e claustro impresionantes. Na Piazza, todo o entorno é muito bonito e agradável, além do clima descontraído por seus bares e restaurantes, pertinho das Le Due Torri.

MUSEO D´ARTE MODERNA

TORRE DEGLI ASINELLI

DE BOLOGNA

Suba os 498 degraus da escada desta torre para desfrutar da vista esplêndida da cidade, a partir de um ponto privilegiado: a Piazza di Porta Ravegnana.

Via don Minzoni, 14. MUSEO ALDROVANDI

Está em dicas (na página x) mas vale repetir: não há nada melhor do que passar por ali depois da feira e antes do jantar. Palazzo Re Enzo, Via Rizzoli 1/F. www.gianninostoppanilibreria.net

Lugar encontrado por Ana Garralón no libro El coleccionista apasionado, de Philip Blom. Trata-se de um antigo museu que fica acoplado ao lado do Museo di Storia Naturale, no Palazzo Poggia. Dizem que Ulisse Aldrovandi matou um dragão que teria chegado na cidade por volta de 1572. Via Zamboni, 33. www.museopalazzopoggi.unibo. it/dettaglioCollezione.do?id=19

MUSEU MORANDI

SETTEMOSTRE

Oportunidade única para desfrutar do trabalho de um grande pintor que, sob a aparente simplicidade, é capaz de tocar fundo e nos presentear com as emoções mais bonitas - tal qual aconteceu com Proust e as madeleines. Via Fondazza 36. www.museibologna.it/documenti/59258

Uma mostra de sete ilustradores de lugares diferentes, organizada por ZOO design. www.facebook.com/ likeazoo?fref=ts

LIBRERÍA FELTRINELLI

Vale pelo edificio e o café gourmet. Piazza di Porta Ravegnana, 1. LIBRERIA GIANNINO STOPPANI

MAMBO

Imperdível seu artbookshop. Um pouco fora do centro, não só o lugar é lindo como sua livraria sempre reserva muitas surpresas. w w w.mambo -bologna.org / bookshop/

TEATRO ANATÓMICO DEL ARCHIGINNASIO

Um lugar lindo, apesar da mesa de mármore no centro, que nos faz recordar sua origem (uma sala de estudos anatômicos para os estudantes de medicina), não é nada tétrico. Vale a pena também visitar a biblioteca e as salas de aulas magnas. Piazza Galvani 1. www.archiginnasio.it/storia_ palazzo/visita6.htm 12

Dicas de:

Ana Garralón, Anna Castagnoli, Dolores Prades, Emilio Urberuaga, Irene Savino, Isabelle Torrubia, Javier Zabala, Nati Rodríguez, Patsy Aldana, Paz Rodero e Thais Caramico.


Dicas imperdíveis

A LOJA HOFFMANN

CANALE DELLE MOLINE

RUA DO MERCADO

Loja de brinquedos e jogos incrível. Projetada por Carlo Scarpa para acomodar os movéis e objetos de design produzidos por Dino Gavina. Sua história está ligada à criacão da Academia Drosselmeier e à Livraria para crianças Giannino Stoppani, numa ação que visava uma nova proposta cultural de revolução da infância. Via Altabella 23. www.hoffmann.it

Apesar da deterioração dos últimos anos, é um lugar mágico. Andando pela Via Piella, você encontra uma pequena janela que dá para esse canal, como se fosse uma porta para o País das Maravilhas.

Final do dia, passear pelo centro histórico, Praça de Netuno entrar nas ruelas que desembocam na praça da Catedral até chegar na rua do Mercado, onde postos de frutas, legumes, peixes, verduras dão vontade de fazer compras e levar para casa e cozinhar. Nada mal ficar morando em Bolonha.

AL REGNO DELLA FORMA

Casa de queijos tradicional, com gigantescas peças de “Parmigiano Reggiano” e um aroma de alta qualidade. Via Oberdan 45. https://es.foursquare.com/v/al-regno-della-forma/ ASSOCIACION HAMELIN

Associação cultural que trabalha especialmente com três assuntos: promoção da leitura, ilustração e comics. http://hamelin.net/

DROGEHERIA GILBERTO (1905)

Uma delicatessen onde se encontra limoncello, grappa e outros licores artesanais. A adega de vinhos é fabulosa. E ainda tem azeites, trufas, ragu, enfim: uma perdição. Via Drapperie 5. Via Pescheria 18. www.drogheriagilberto.it

SANTA CATALINA, A INCORRUPTIBLE SENTADA NUMA CAPELA (1413 – 1463)

Fascinante, além de ser a santa dos artistas. Está na capela do Convento das Clarisas Corpus Domini de Bolonha.

INUIT

Um misto de lojinha, livraria, centro cultural e gráfica independente. Vale ficar de olho na programação e fazer uma visita para conhecer os comics e fanzines criados e impressos ali. Via Guiseppe Petroni, 19. http://inuit-igloo.tumblr.com 13

Dicas de:

Angel Domingo, Anna Castagnoli, Arianna Squilloni, Dolores Prades, Patricia Aldana, Sandra López e Thais Caramico.


Expos em destaque Isol na Feira de Bolonha A autora argentina Isol, que recebeu o prêmio Astrid Lindgren em 2013, ganha este ano exposição e uma série de eventos – além de lançar quatro livros pela Logos edizioni. • Zoo Strada Maggiori, 50/A. De 22/3 a 27/4 (vernissage no dia 26/3, às 18h).

Katsumi Komagata O designer gráfico japonês, que esteve no Brasil em 2012 no Conversas ao Pé da Página, ganha nesta edição da Feira duas exposições: • Air Zoo Cineteca de Bologna. Via riva di Reno, 72. De 24/3 a 24/4 (abertura em 23/3, às 19h30) • Os livros de Katsumi Komagata Museu Internazionale e Biblioteca della Musica. Strada Maggiori, 34. De 26/3 a 27/4 (abertura no dia 25/3, às 18h30; encontro com o autor no dia 27/3, às 14h30).

Acompanhe os outros eventos e novidades por aqui: http://on.fb.me/1i90ETp

Caro viajante, Esperamos que este guia tenha ajudado sua estadia em Bolonha. A ideia é publicá-lo todo ano com novidades. Mande suas descobertas e comentários: guiadebolonha@revistaemilia.com.br

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Os editores: Quem somos

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Consultora editorial e Publisher Apoio:

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Ilustradora www.pazrodero.com

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RODRIGO VILLEL A

Editor, membro da equipe da Revista Emília www.revistaemilia.com.br

1a Edição Março 2014 15


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