TFG - Centro Cultural Pôr do Sol

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C C P S

Centro Cultural Pôr do Sol



LARA LEME DUARTE

Trabalho Final de Graduação

Prof. Orientador:

JOSÉ LUIZ ROGE FERREIRA GRIECO

Pontifícia Universidade Católica de Campinas Centro de Ciências Exatas e de Tecnologia Faculdade de Arquitetura e Urbanismo Campinas, dezembro de 2021.

Imagem elaborada pela autora.

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Dedico aos meus pais, Antônio e Letícia, por terem feito o possível e o impossível para que eu pudesse chegar aqui e construir quem eu sou hoje. Obrigada por serem meu maior exemplo. À minha irmã Sofia, obrigada por sempre acreditar em mim. 04


AGRADECIMENTOS A princípio, por todos os ter abraçado significativo

agradeço ao meu orientador e amigo José Grieco debates, reflexões e ensinamentos. Obrigada por o desafio de estudar um espaço tão complexo e como Ceilândia.

As minhas amigas de grupo do TFG – Beatriz, Luisa, Milena, Patrícia e Júlia – que encararam o desafio, superando todas as dificuldades. Obrigada por terem feito parte desse momento tão importante. Aos meus amigos - Agustina, Clara, Fernanda, Henry, Luiza e Vanessa - que sorriram e choraram ao meu lado sempre que necessário. Esse trabalho é de todos nós, obrigada por todos esses anos e pelas memórias inesquecíveis. Aos professores que acompanharam todo o processo evolutivo do projeto - Claudio Manetti e Helena Padovani – e que proporcionaram discussões pertinentes que ajudaram na criação e avanço do projeto. Por fim, aos membros da banca avaliadora – Ana Paula Pedro e Lana Barreto – por aceitarem participar desse momento importante em minha graduação. 05


S U M Á R I O

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1. Introdução 08.

CAPÍTULO I

LOCALIZAÇÃO E JUSTIFICATIVA

2. Contextualização do projeto segundo o Plano Urbano 12. 3. Contextualização do projeto segundo seu entorno 14. 4. O desenvolvimento do partido 16.

CAPÍTULO II

5. Desenhos técnicos 20.

CAPÍTULO III

6. Maquete Eletrônica 42.

O PROJETO

MAQUETE ELETRÔNICA 7. Bibliografia

50.

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1.INTRODUÇÃO

“Sem a cultura, e a liberdade relativa que ela pressupõe, a sociedade, por mais perfeita que seja, não passa de uma selva. É por isso que toda a criação autêntica é um dom para o futuro.” Albert Camus - Escritor 08


O desenvolvimento do plano urbano “Do Nascer ao Pôr do Sol” foi um desafio que revelou muitos questionamentos e descobertas sobre a realidade das cidades brasileiras. Partindo do estudo elaborado do Distrito Federal, é perceptível o quanto as barreiras físicas e socioeconômicas são instrumentos influenciadores dentro da dinâmica espacial e o impacto quando se nota a diferença de realidades separadas por elas. A arquitetura proposta no projeto adiante, refere-se a um programa que alcança uma variedade de pessoas de diferentes faixas etárias e classes sociais dentro de uma única quadra. Implantado bem ao centro da favela Pôr do Sol, tem como objetivo valorizar e ampliar as áreas públicas, introduzindo novos equipamentos de uso cultural e social. Assim, o lazer e a educação passam a ser direito de todos e não direcionados para classes privilegiadas. 09


CAPÍTULO LOCALIZAÇÃO E JUSTIFICATIVA

I


Segunda região de estudo: Regiões Administrativas do Distrito Federal. Primeira região de estudo: Estado de Goiás.

Fonte: Mapa desenvolvido pela autora a partir de imagens aéreas do google earth.

Plano Urbanístico da Região Administrativa de Ceilândia.

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EIXO VERDE VIAS IMPORTANTES FAVELA SOL NASCENTE CEILÂNDIA TRADICIONAL FAVELA PÔR DO SOL DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO SUSTENTÁVEL (DES) ÁREAS LIVRES

VAZIOS URBANOS ÁREAS DE RISCO 0,25 0

1,00 0,50

Fonte: Mapa desenvolvido pela autora a partir de imagens aéreas do google earth.

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O Plano Urbano, “Do Nascer ao Pôr do Sol”, foi desenvolvido para a Região Administrativa de Ceilândia, essa que apresenta a maior concentração populacional de todo o Distrito Federal. A área comporta a comunidade Pôr do Sol/Sol Nascente, tal qual caminha para ultrapassar a favela Rocinha, que se localiza no Rio de Janeiro, assim, ocupando o lugar de maior favela da América Latina.

Com isso, o plano é desenvolvido a partir de um recorte que inclui as três áreas e diferentes tecidos urbanos dentro do território. Composto por sua porção tradicional, com a presença de um traçado ortogonal com eixos que organizam o espaço através de usos institucionais. A área de Ceilândia Tradicional caracteriza-se por uma intersecção e torna-se uma barreira física entre as duas favelas.

A leitura territorial parte do Estado de Goiás e suas principais rodovias, em particular a BR-070 que percorre o perímetro urbano de Ceilândia e atua como barreira física impedindo o crescimento da favela sol nascente. Adentrando o Estado, o desenvolvimento do plano se estabelece com o estudo do Distrito Federal e suas barreiras socioeconômicas para com as Regiões Administrativas, que resultam em espaços completamente segregados dentro de um único território. Assim, iniciando a análise interna de Ceilândia, constata-se a escassez de insumos críticos necessários para assegurar a mínima infraestrutura básica para uma melhoria na qualidade de vida dos moradores.

A proposta urbana prevê soluções a partir de diretrizes gerais e específicas que direcionam a melhora dos modais viários, com conexões internas e externas para as demais RAs (Regiões Administrativas); o reaproveitamento dos vazios urbanos com projetos estruturadores que proporcionam melhor qualidade de vida e trazem infraestrutura para o local; a valorização e implantação de áreas livres dentro do recorte escolhido; a realocação de famílias em áreas de risco para um novo parcelamento em um local adequado e, por fim, a valorização e incentivo da cultura local.

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3.CONTEXTUALIZAÇÃO CONTEXTUALIZAÇÃO DO PROJETO SEGUNDO O ENTORNO

FLUXO PROPOSTO FLUXOS EXISTENTES

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É fundamental compreender a importância do contexto urbano para a concepção de um projeto que cumpra todas as funções necessárias dentro de sua área. A proposta arquitetônica é construída para os cidadãos e tem um objetivo a se cumprir. Por isso, seu espaço depende da dinâmica urbana em que se encontra, fazendo com que tenha êxito em suas funções projetuais. Para o CCPS, os fatores predominantes que foram decisivos para a desenvoltura do projeto estão no entorno imediato. Tais agentes determinaram cada acesso, formato, altura e espacialidade do programa, sem ignorar as razões, os meios de transporte e chegada que o cidadão precisa para frequentar o projeto. Como já mencionado, o CCPS encontra-se implantado ao centro da favela Pôr do Sol, considerada uma ótima localização por ter acesso direto pela avenida estruturadora Pôr do Sol, essa que se dirige às outras RAs (Regiões Administrativas) e ao Plano Piloto. Conecta-se ao eixo verde, que foi determinado pelo plano urbano, e cruza toda a extensão do recorte, tendo ligação direta com toda a área estudada.

1 PAVIMENTO 2 A 3 PAVIMENTOS 4 PAVIMENTOS

Fonte: Mapa desenvolvido pela autora a partir de imagens aéreas do google earth.

Para evitar o impacto negativo com a paisagem, os edifícios não passam de um pavimento com pé direito duplo, totalizando seis metros de altura, no entanto, garantem fluidez visual e de passagem em suas aberturas. Traz dois importantes fluxos no interior da quadra, Leste – Oeste e Norte – Sul, esses que possibilitam uma permeabilidade peatonal para com os edifícios. 15


4.O DESENVOLVIMENTO DO PARTIDO

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A adoção do partido arquitetônico geralmente é resultante de ideias que advém da reinterpretação da temática do edifício e análise de suas funções aliando as tecnologias a serem utilizadas no conceito do projeto (NEVES, 1998). Para este projeto, a tomada de decisões partiu da preocupação em atender toda a região, atentando-se desde sua implantação até a linguagem arquitetônica instituída aos edifícios. Diante disso, o resultado do Partido Arquitetônico deste projeto parte de um desenvolvimento horizontal, valorizando as dimensões do terreno. Ele visa a humanização dos espaços internos e externos, priorizando a integração de todos os setores através do centro da quadra e da possibilidade de múltiplos usos dos espaços, para que haja flexibilidade no projeto, visando futuras atividades, isso torna-se viável por meio do uso de materiais e sistemas construtivos de forma que proporcione maior adaptabilidade. Além de facilitar o acesso à produção da cultura, tendo como principal objetivo o despertar do senso crítico, para que as pessoas tomem consciência de si mesmas e do coletivo através da experiência criativa, coletiva e do contato com a arte. 17


CAPÍTULO O

PROJETO

II


Imagem elaborada pela autora.


5.DESENHOS TÉCNICOS

Analisando o projeto a partir de sua implantação, percebe-se que o mesmo abrange uma quadra de 48.000 m², com oito metros de desnível distribuídos em curvas bem afastadas, garantindo uma topografia tênue ao longo do terreno. A organização do CCPS se dá a partir da implantação de três prédios em “L” atrelados a quatro marquises, onde três delas se encontram ao centro da quadra, envoltas pelos edifícios estruturadores. Em relação à cobertura, é proposto o uso de telhas metálicas para os edifícios e para as três marquises centrais. Em relação a quarta marquise, ocupando a parte leste da quadra, é proposto um teto jardim, colaborando com o caráter plástico do projeto e garantindo a melhoria no conforto térmico, podendo reduzir a temperatura do ambiente próximo em até 6°C.

IMPLANTAÇÃO

Observa-se um padrão nas alturas dos edifícios e das marquises, todos alcançando a altura máxima de seis metros, com o intuito de atingir um alinhamento visual do complexo, trazendo um conforto visual para o projeto e evitando a poluição visual urbana para com o entorno. A definição do pé direito foi determinada a partir da análise do gabarito de altura do entorno imediato, esse que traz dados demonstrativos de prédios com até quatro pavimentos, dessa forma, a altura do projeto proposto não gera um contraste chocante em relação a pré-existência.

TETO JARDIM NOVO PARCELAMENTO PONTOS DE ÔNIBUS PROPOSTOS 10 0

20 50 m

Fonte: Mapa desenvolvido pela autora.

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A 1195

1194

1195

1194

1193

1196

1186 1193

1193

1192

B

1192 1192

B

A


5.DESENHOS TÉCNICOS

TÉRREO

O Centro Cultural Pôr do Sol é composto por salas de dança, salas de música coletivas e privadas para estudo, ateliês de arte e salas de exposição, além de um auditório, um restaurante, sala administrativa, enfermaria, refeitório e vestiários para os funcionários. Mantendo os usos coletivos, como o auditório e o refeitório, dispostos sob as marquises centrais.

A área recebe uma boa incidência solar ao longo do dia, assim, se faz necessária uma atenção em relação ao conforto térmico para com as construções. Logo, é indispensável o uso de brises para controlar as frações de sol ao longo do dia, além de colaborarem com a harmonia do projeto. O Centro Cultural Pôr do Sol detém cinco das sete artes clássicas do mundo, sendo essas esculturas, pinturas, músicas, danças e cinemas. Tais artes são conectadas pelo agente ativo que executa suas funções, logo, a existência de um espaço dedicado a ele é crucial para amarrar todos os usos presentes na quadra. O “Espaço Populus” foi introduzido bem ao centro da quadra, para ficar explicito o elemento comum que une todas elas, sendo que “Populus” carrega o significado de “Pessoa” em Latim. A vista disso, é proposto um espaço mútuo de passagem e convívio, rebaixado um metro em relação aos níveis adjacentes, com arquibancadas e os acessos se dando por meio de escadarias e rampas, representando a união de todo o local através das pessoas que farão uso desta área.

O projeto está inserido dentro de uma grande praça pública que valoriza as áreas de convivência, cria uma conexão direta dos programas com a cidade e inclui um parquinho lúdico para crianças e idosos. A proposta para o parquinho teve como referência a escola 304 Norte, localizada em Brasília, e foi feita pelo arquiteto Fabiano Sobreira. A utilização das cores primárias contribui para o desenvolvimento da capacidade motora e cognitiva das crianças e idosos, além do uso de piso emborrachado garantindo a segurança de ambas as idades. Buscando uma maior conexão com a cidade, é determinado um novo parcelamento de lotes na zona sul do projeto, medindo 18x12 metros e outro com 15x12 metros, uma vez que os lotes pré-existentes tinham suas fachadas laterais viradas para a praça, criando grandes muros que não seriam aproveitadas pelo projeto. Com o novo loteamento implantado, é necessário o desenho de um novo sistema viário que acompanhasse a extensão dessas residências, possibilitando a instalação estratégica de novos pontos de ônibus, com a intensão de possibilitar ou facilitar o acesso para a região e atrair pessoas para dentro da grande praça.

NOVO PARCELAMENTO PONTOS DE ÔNIBUS PROPOSTOS 10 0

20 50 m

Fonte: Mapa desenvolvido pela autora.

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A 1190

1189

B

1189 1190 1188 6.00

6.00

1189

1188 1186

1186,5 1187

1188 1187

1186

1186 1186

B

1185

A

1184


5.DESENHOS TÉCNICOS

FLUXOGRAMA A demarcação dos fluxos parte da compreensão dos acessos que o entorno possibilita. Os traçados viários, existentes e propostos, beneficiam a quadra projetada por ter diversos cursos direcionados para ela. Além dos pontos de ônibus estrategicamente inseridos, que foram projetados para manter a movimentação de pedestres dentro da área. Ao adentrar a quadra, os fluxos internos são consequência da permeabilidade visual que ocorre devido às grandes marquises. Essas que permitem ao pedestre visualizar todos os ambientes da área projetada e, como resultado, promove múltiplas possibilidades de deslocamento.

PRINCIPAIS FLUXOS NOVO PARCELAMENTO PONTOS DE ÔNIBUS PROPOSTOS 10 0

20 50 m

Fonte: Mapa desenvolvido pela autora.

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1190

1189

1189 1190 1188 6.00

6.00

1189

1188 1186

1186,5 1187

1188 1187

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1186 1186

1185

1184


5.DESENHOS TÉCNICOS

A setorização dentro da arquitetura é o recurso que permite criar um planejamento funcional para o projeto. Sendo assim, separar os usos para conseguir compreender os espaços e suas necessidades a partir da setorização é o mesmo que simplificar as possibilidades. A setorização em planta acaba sendo a estratégia mais inteligente quando usada para projetos horizontais, como o CCPS. Assim, a área foi subdividida a partir das características de cada espaço. Os usos que têm pretensão de alcançar todos os públicos e tem relação direta com todas as práticas exercidas no complexo, foram dispostos ao centro da quadra, sendo eles o auditório e restaurante.

SETORIZAÇÃO SALAS DE DANÇA

Em seus arredores, encontram-se as salas de aula e ateliês de artes. Por mais que tenham o mesmo propósito do âmbito artístico, a separação na setorização se da a partir do julgamento de espaços livres em suas proximidades, essas que podem ser usadas para aulas ou exposições ao ar livre.

SALAS DE MÚSICA ATELIÊS DE ARTES EIXO ADMINISTRATIVO AUDITÓRIO

A leste na quadra, ocupando uma área próxima a via e mais distante do espaço Populus, é instalado o eixo administrativo do complexo cultural. Garante certa privacidade para os funcionários, sem a necessidade de reduzir seus acessos e fluxos.

RESTAURANTE NOVO PARCELAMENTO PONTOS DE ÔNIBUS PROPOSTOS 10 0

20 50 m

Fonte: Mapa desenvolvido pela autora.

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5.DESENHOS TÉCNICOS Infinitas são as possibilidades da criação arquitetônica, infinitos são os arranjos e soluções estruturais. Para o CCPS, a estrutura metálica aparente é mais do que apenas o esqueleto do projeto, ela entra em harmonia com todo o contexto arquitetônico e cria um caráter estético dentro do complexo como um todo.

SALAS DE DANÇA

A sala de dança possui dois prédios com seis metros de pé direito que compreendem uma malha estrutural de 6x10 metros, com pilares medindo 0,20x0,20 metros que sustentam vigas de 0,60 metros de altura em perfil “I”. Para conter a insolação, são fixadas treliças que sustentam brises metálicos nas vigas externas. Além da qualidade funcional para o conforto térmico, tais peças provocam impacto visual nas fachadas dos edifícios, tanto por possuir uma altura total de 3,80 metros, deixando 2,20 metros de passagem, quanto por se diferenciar das outras obras a partir da coloração em azul em seus elementos verticais. A lógica estrutural relacionada aos brises, a variação nas cores dos elementos verticais, as vedações em placas de argamassa nos fechamentos laterais dos edifícios e as janelas superiores se repetem em todos os prédios de contexto artístico. O uso das tonalidades em azul para o prédio de dança, tem como finalidade promover uma sensação dramática para o espectador. Internamente, a organização decorre a partir do bloco construtivo localizado bem ao centro do edifício. Esse que possui duas salas de aula, dois sanitários, dois vestiários e duas salas de espera. Mantém a circulação com três metros de largura possível a partir dos beirais proporcionados pela cobertura e protegida contra precipitações através do uso dos brises. Esta organização permite a existência de um grande pátio de passagem e convívio livre de pilares ao centro da ala.

Fonte: Mapa desenvolvido pela autora.

28


7,5 0

15 m


5.DESENHOS TÉCNICOS

SALAS DE MÚSICA

Seguindo a mesma lógica estrutural e de vedação explicados anteriormente, as salas de música recebem a coloração em tons de amarelo em seus brises por ser uma cor mais radiante e alegre, visto que se trata de um ambiente mais animado graças aos instrumentos e variedades de sons. Internamente, a organização dedicada às duas salas de música coletivas é semelhante à anterior, com a implantação do bloco construtivo ao centro e a circulação possível graças ao balanço, treliças e brises. Além da existência de um grande pátio livre de pilares para passagem e permanência. No entanto, as três salas de música para estudo compreendem uma logística estrutural distinta das demais obras. Seguindo uma malha 6x7,5 metros, a circulação passa a ter 4,25 metros de largura que segue até o grande pátio. Fonte: Mapa desenvolvido pela autora.

30


7,5 0

15 m


5.DESENHOS TÉCNICOS

ATELIÊS DE ARTE

Assim como os outros dois edifícios, os ateliês de artes mantem a mesma lógica estrutural e de vedações. Os elementos verticais dos brises recebem colorações terrosas que remetem ao cerrado. Bioma da região. Sua estrutura interna se espelha à lógica construtiva da ala de dança. Ambos os ateliês possuem como distribuição interna duas salas com subdivisões internas, possibilitando a diversidade de aulas no mesmo ambiente, além de ambientes para exposições. A proposta dos ateliês teve como maior inspiração as salas pertencentes ao SESC Pompeia, projetado pela arquiteta Lina Bo Bardi. Fonte: Mapa desenvolvido pela autora.

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1190

10.00

8% 5.00

8%

1189 6.00

6.00

8%

1188

6.00

6.00

6.00

2.50 2.50

6.00 6.00

1189

6.00

6.00

6.00

1188 10.00

6.00

6.00

5.00

5.00

7,5 0

15 m


5.DESENHOS TÉCNICOS

EIXO ADMINISTRATIVO

O eixo administrativo compreende uma malha estrutural de 6x10 metros, com pilares medindo 0,20x0,20 metros que sustentam vigas de 0,60 metros de altura em perfil “I”. O percurso detém uma enfermaria, medindo 2,5x5 metros, uma administração com 7,5x5m, além de um vestiário e refeitório para funcionários com 5x5 metros cada, funcionando como edificações independentes da cobertura com teto jardim. Por fim, as duas subdivisões administrativas possuem uma parede de concreto em cobogós descolada da vedação, para criar a troca de ambientes e proporcionar privacidade aos acessos em cada uso. Fonte: Mapa desenvolvido pela autora.

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1190 5.00

6.00

2.50 2.50

6.00 7.50

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6.00

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6.00

6.00

8% 8%

6.00 5.00

5.00

5.00

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1188

5,00

7,5 0

8%

15 m

1189

1189


5.DESENHOS TÉCNICOS

ÁREA CENTRAL

A área central agrega todos os usos coletivos do complexo projetado. Cria-se uma área de passagem e permanência notável que se conecta ao espaço Populus, além das três marquises que compõem o auditório, restaurante e uma praça coberta. Assim como as demais estruturas metálicas do projeto, o eixo administrativo compreende uma malha estrutural de 6x10 metros, com pilares medindo 0,20x0,20 metros que sustentam vigas de 0,60 metros de altura em perfil “I”. Fonte: Mapa desenvolvido pela autora.

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6.00

1189

6.00

6.00

10.00

1188 1187 1188

1186

10.00

10.00

8%

1186,5

6,00

6,00

1186

6,00

1187

8%

1187 7,5 0

8% 15 m

6,00


5.DESENHOS TÉCNICOS

CORTE AA

AV. POR DO SOL CICLOVIA EXISTENTE Analisando o corte AA, nota-se a relação do complexo projetado com a Avenida Pôr do Sol, uma via estruturadora e de grande importância para a região. Além da relação topográfica com o entorno, que aponta como o desnível se estabelece de forma suave no terreno. Em primeiro plano, destaca-se uma das marquises centrais, onde é possível identificar sua estrutura de vigas atrelada a cobertura com telhas metálicas. Ao fundo, está marcada a fachada dos ateliês de arte, com seus brises bem destacados. É visível a marcação da fachada principal do auditório e, em último plano, constata-se a presença do eixo administrativo. A direita, evidenciam-se as salas de música em corte, com a sua estrutura de vigas e cobertura com telhas metálicas, além da marcação da fachada lateral com a representação dos brises. Fonte: Mapa desenvolvido pela autora.

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AUDITÓRIO ATELIÊS DE ARTES

EIXO ADIMINISTRATIVO

SALAS DE MÚSICA

10

0 5

20 m

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5.DESENHOS TÉCNICOS

CORTE BB

SALAS DE DANÇA

Ao observar o corte BB, em primeiro plano identifica-se a estrutura de vigas suportando as telhas metálicas nas salas de dança e no ateliê das artes. Já no eixo administrativo, é perceptível o modo de sustentação das vigas para com o teto jardim, com a demarcação da laje mais espessa em relação as outras coberturas. Além disso, vê-se a estrutura do auditório, com seus painéis acústicos presos na laje, garantindo a qualidade acústica que o programa exige, e o modo como ele se escalona no terreno. Por fim, em vista e em segundo plano, encontram-se as fachadas com a presença dos brises das salas de dança e dos ateliês de artes, além do restaurante. Fonte: Mapa desenvolvido pela autora.

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ATELIÊ DE ARTES RESTAURANTE

AUDITÓRIO

EIXO ADIMINISTRATIVO ATELIÊS DE ARTES

10

0 5

20 m

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CAPÍTULO MAQUETE

III

ELETRÔNICA


Imagem elaborada pelaImagem autora. elaborada pela autora.


Imagem elaborada pela autora.


45


Imagem elaborada pela autora.


47


Imagem elaborada pela autora.


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6.BIBLIOGRAFIA Plano Diretor de Brasília - 2012. Disponível em < https://www.seduh.df.gov.br > Acesso em: 13 out. 2021 Administração Regional de Ceilândia. Disponível em < https://www.ceilandia.df.gov.br > Acesso em: 09 mai. 2021 CEILÂNDIA: O mais recente de arquitetura e notícia. Archdaily, 24 out. 2017. Disponível em < https://www.archdaily. com.br/br/tag/ceilandia > Acesso em: 21 set. 2021. NEVES, L. P. Bahia, 1998.

Adoção

do

partido

na

Arquitetura.

Salvador:

Editora

da

Universidade

Federal

da

SOBREIRA, Fabiano. ESPAÇO LÚDICO – ESCOLA CLASSE 304 NORTE – BRASÍLIA. [S. l.], 11 jul. 2006. Disponível em < https://fabianosobreira.arq.br/espaco-ludico-escola-classe-304-norte-brasilia/. > Acesso em: 18 maio 2021 CASA do Cantador. [S. l.], 18 jul. 2017. Disponível em <https://www.cultura.df.gov.br/casa-do-cantador-2/. > Acesso em: 15 jun. 2021.

50



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