Vila Habitacional Pôr do Sol_ Beatriz Frezzatti

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Vila Pôr do Sol Orientada: Beatriz Frezzatti Orientador: José Grieco

Trabalho Final de Graduação Pontifícia Universidade Católica de Campinas Centro de Ciências Exatas e Tecnologias Faculdade de Arquitetura e Urbanismo Campinas-SP Dezembro/2020


AGRADECIMENTOS Eu agradeço em primeiro lugar aos meus pais Ana Lúcia e Dario, que me apoiaram e lutaram para que eu conquistasse meu sonho, desde o momento em que descobri o caminho que queria seguir, estiveram ao meu lado e garantiram que eu aproveitasse da melhor forma essa fase. Agradeço meus avós que mesmo não podendo estar ao meu lado fisicamente sei que acompanharam cada passo que eu dei, em especial meu avô Dino que desde cedo me ensinou a importância da educação e de não desistir mesmo em situações difíceis. Agradeço meus amigos que, compartilhando ou não o curso, sempre me motivaram e se fizeram presentes nessa etapa. Aos professores da PUCCampinas que me mostraram o mais bonito da profissão e meu grupo de TFG que dividiram este ultimo ano comigo. Um agradecimento especial ao meu professor orientador José Luiz Grieco, sem ele e seus aprendizados nada disso teria sido possível, um professor que me deu muito apoio para chegar neste momento final.


SUMÁRIO 1.

INTRODUÇÃO ................................................................................................................................................ 04

2.

DADOS HABITACIONAIS ............................................................................................................................. 06

3.

INSERÇÃO .................................................................................................................................................... 08

4.

INSERÇÃO DO PROJETO ........................................................................................................................... 12

5.

A VILA ........................................................................................................................................................... 14 5.1. IMPLANTAÇÃO ............................................................................................................................. ......................16 5.2. CORTE ............................................................................................................................. .................................. 18 5.3. QUADRA TIPO ............................................................................................................................. ......................19 5.4. CORTE ............................................................................................................................. ...................................21 5.5. ZOOM QUADRA TIPO .......................................................................................................................................24

6.

UNIDADE HABITACIONAL ........................................................................................................................... 29 6.1 PLANTAS ............................................................................................................................. ................................31 6.2 ELEVAÇÕES ............................................................................................................................. ..........................34 6.3 CORTES ............................................................................................................................. .................................36

7.

BIBLIOGRAFIA ............................................................................................................................................. 40


1. INTRODUÇÃO

04


05

Este trabalho procura apresentar um dos projetos estruturadores que formam o sistema de novos equipamentos na comunidade Pôr do Sol, localizada dentro da região administrativa de Ceilândia- DF, visando melhorar o espaço e seu entorno, trazendo comércio, produção, educação, cultura, habitações, e espiritualidade, com o centro comercial, centro de produção e pesquisa, centro educacional, centro cultural, templo ecumênico, e a vila habitacional, sendo a ultima o foco deste trabalho. A Vila vem a partir de uma proposta urbana de se criar um novo parcelamento, conectando a chamada Ceilândia Tradicional com uma das comunidades que, por um crescimento desenfreado e sem apoio público, formou-se as margens da zona formal.


06

2. DADOS HABITACIONAIS

Pensando no tema “habitações” foi preciso buscar dados locais que permitissem entender melhor a forma de morar dessa população, para que se pudesse projetar para eles, para este local, e não de forma mais genérica. No plano urbano já havíamos estudado as diferentes morfologias do entorno (figura 2 e 3), e o baixo gabarito de altura, então para completar essas informações, trouxe também, o dado de média dos moradores por Domicilio, divulgado pelo IBGE com o censo de 2010 (figura 1).


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2 á 3.39 3.4 á 4.76

Figura 2- Vista aérea da morfologia de Ceilândia Tradicional

Figura 1- Sinopse do censo 2012- Média de moradores por domicílio Ocupado sem escala

Figura 3- Vista aérea da morfologia de Sol Nascente e Pôr do Sol


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3. INSERÇÃO Ceilândia é uma das 33 regiões administrativas do distrito federal, localizada ao sudoeste do mapa (figura 5), a uma distancia aproximada de 33 KM do Plano Piloto, projeto de 1957. Com sua fundação em 1970, Ceilândia teve um rápido crescimento populacional, resultando em um desenfreado espraiamento territorial não planejado em sua diretriz original, gerando moradias irregulares e uma população abandonada nas margens de um projeto que não considerou a imigração regional, que seria atraída pela ideia de novas oportunidades que viriam junto a nova capital. O território da RA se dividiu em três, área projetada, chamada Ceilândia Tradicional, a parte mais ao sul formando comunidade Pôr do Sol, e ao centro a comunidade Sol Nascente que por sua expansão foi setorizada também em três trechos de acordo com a necessidade de investimento que cada uma precisaria. Para estudo mais aprofundado o plano urbano escolheu um recorte que acolhia toda a comunidade por do sol, o trecho 1 de sol nasceste por ser o mais carente e a parte de Ceilândia Tradicional que se encontra acolhida entre eles (figura 4). Com a escolha dos projetos estruturadores que seriam desenvolvidos por cada integrante, nos concentramos na comunidade Pôr do Sol, por ter se mostrado a mais carente de infraestrutura do recorte, criando um sistema integrado de usos e atividades que juntos constroem uma melhoria ao espaço como todo, não só nessa comunidade.


09

Figura 4- Estado de Goiás sem escala Figura 5- Distrito Federal sem escala

Figura 6- Ceilândia e sua mancha urbana sem escala


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O grande eixo verde é o que interliga todos os projetos, formando um sistema de diversos usos, desde o Mercadão Pôr do Sol em uma extremidade, ate a faixa de contenção, que será explicada a seguir, na ponta oposta, finalizando no Templo Ecumênico onde tudo isso se contempla. A unificação do lugar e sua população, integrar o projetado com a área que até então se encontrava marginalizada foi o grande objetivo do plano urbano.


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Eixo verde Templo Ecumênico Vila Pôr do Sol

Centro educacional Pôr do Sol Centro cultural Pôr do Sol Centro regional de pesquisa e produção agrícola

Mercadão Pôr do Sol

Figura 7- Contextualização dos projetos no recorte

0

0.825

1.65

Km


12

4. INSERÇÃO DO PROJETO Com as diretrizes habitacionais do plano urbano (figura 8) observamos áreas de novos parcelamento e de reparcelamentos, que contribuiriam a suprir a falta de habitação na região e para que pudesse propor realocação de famílias em áreas de risco de forma que não precisassem ir tão longe de onde já residiam, sem interferir em seus. Na porção do Pôr do Sol houve um novo parcelamento habitacional atrelado a uma área de reparcelamento em uma área desocupada que margeia a Ceilândia tradicional (figura 9), sendo separada por ela apenas pela via P5, uma via estruturadora de alto. Junto ao projeto de parcelamentos criou-se uma faixa verde de contenção, uma expansão do parque urbano que contribui para impedir o crescimento da malha urbana nas beiras das chamas, próximas aos cursos d’água. Para o desenvolvimento do projeto da Vila Pôr do Sol foi escolhido duas das grandes quadras do reparcelamento, que se localiza entre um conjunto de quadras existentes, pertencentes a comunidade, o centro educacional que esta do outro lado da Via Integradora, uma escola pré-existente e esse novo empreendimento, além de uma porção do parque que cruza com as quadras escolhidas. O parque é um eixo que vem desde a Av. Elmo Serejo (renomeada como Av. Pôr do Sol) se integrando até áreas verdes na trecho de Sol Nascente, formando um sistema que aliviaria a maçante malha urbana e criaria uma maior identidade de pertencimento a toda região que hoje se encontra de forma tão setorizada.


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Via secundária Vias primárias Via integradora P5- via coletora Projeto habitacional Projeto educacional Faixa de contenção

Escola pré-existente Área de preservação

Figura 8- Mapa diretriz habitacional do Plano urbano

Novo parcelamento Realocação Reparcelamento

0

0.700

1.40

Km

Figura 9- Esquema do parcelamento

0

170

340

M


14

5. A VILA

“A tarefa da arquitetura é permitir que a humanidade viva em harmonia com a terra”

- Frei Otto


15

Os principais conceitos durante a concepção do projeto foram valorizar as relações de comunidade á população, não ter divisão de lotes individuais e urbanizar sem gerar espaços maciços pela construção, trazendo áreas de respiro.

As duas grandes quadras escolhidas no inicio fora dividas em espaços menores que contribuíssem na circulação, no gerar espaços de respiro, resultando em quadras que trazem diferentes experiencias, cada uma se conformando de uma maneira, não deixando a malha urbana monótona. Apesar do mesmo partido se repetir em todas elas, suas formas trazem novos experimentos para o bairro. Foi optado usar o termo vila, pelo projeto da unidade habitacional consistir em um modulo que se repete pelas quadras, sem ser de forma pejorativa, dando intuito de inferioridade ou de ser apenas voltada para ela mesma, há sempre uma relação com o entorno e suas relações.


16

5.1. IMPLANTAÇÃO 1.154

O espaço de intervenção totaliza 37.753,90 m² dividido entre área de parque, área publica de praça seca e área construída.

Dentro das quadras existem duas tipologias habitacionais (figura 10), a primeira, que permanece como uma diretriz, seu projeto não foi desenvolvido, são de dois conjuntos de edifícios multifamiliares verticais com gabarito escalonado, a primeira lâmina tendo 5 pavimentos e a segunda com 4 pavimentos, sua circulação vertical é compartilhada ao centro, associando rampas de estrutura metálica com um elevador. Essa tipologia traz como resultado uma variação de altura ao entorno pré-existente, que consiste em habitações de até 2 pavimentos, mas sem gerar um gabarito muito alto que tivesse a possibilidade de causar extrema estranheza no espaço. No conjunto da direita ainda haveria um térreo comercial, pela proximidade com a Via Integradora, rua de maior porte do parcelamento. A segunda tipologia consiste em módulos habitacionais de 2 pavimentos, com 2 residências unifamiliares em cada um deles. Organizados de forma que apesar dos módulos geminados, ainda trouxesse ao espaço áreas fluidas de circulação. As fachadas posteriores dessas habitações são voltadas para um mesmo centro formando praças secas arborizadas, gerando espaços de usos comum aos moradores, incitando o convívio entre eles.

2

1

2 1

1.144

Figura 10- Implantação

0

27

54

M


17

Na quadra a esquerda passa um eixo do parque urbano gerado pelo plano, ele atrairia pessoas do entorno para aproveitar o espaço de lazer junto com a ciclovia que passa por ele, vindo de um amplo sistema viário que conecta as 3 grandes divisões de Ceilândia. O novo parcelamento traz com ele diversos caminhos peatonais que ligam pátios as calçadas e ao grande parque (figura 11).

1.154

A morfologia da Vila consiste em retomar os pontos fortes do projeto “Plano Piloto” (figura 13) e “Ceilândia Tradicional” (figura 12), de ter superquadras com a disposição das moradias voltadas a um núcleo que contribuísse para o controle de temperaturas do clima árido do cerrado, que prevalece por todo o Distrito, ao mesmo tempo que contradissesse as morfologias ortogonais que prevalecem nas regiões projetadas como foi estudado no plano urbano.

1.144

Figura 11- Fluxograma geral Figura 12- Imagem aérea Ceilândia Tradicional

Figura 13- Imagem aérea Plano Piloto

Via Integradora Ciclovia

Fluxos peatonais

0

27

54

M


18

5.2. CORTE

Diretriz edifício vertical multifamiliar

Diretriz edifício vertical multifamiliar

Figura 14- Localização da linha de corte sem escala

1.154 1.143

Via Integradora

Figura 15- Corte AA”

Eixo parque urbano

Habitações préexistentes

0

33

66

M


Figura 16- Localização da quadra tipo sem escala

5.3. QUADRA TIPO

19

Para explicar melhor o projeto foi escolhido uma das quadras menores para servir como exemplo, pensando que a explicação se aplica da mesma maneira em todas elas. Os módulos habitacionais são geminados e distribuídos pelo decorrer do perímetro da quadra, com as entradas das habitações do pavimento inferior e o ponto baixo da escada voltados para as calçadas. Nas esquinas temos algumas variações de cenário, ora são espaços pavimentados que trazem um recuo entre via de pedestres e as habitações, normalmente em situações em que temos posicionadas meio módulo habitacional, de modo que a escada fica mais aberta com o espaço. Outro cenário é uma habitação sem recuos laterais, criando um paredão para o pedestre, acompanhado por um espaço de respiro próximo, Por ultimo um pequeno espaço de praça verde, valorizando a esquina e servindo de amortecedor para as construções.

1.153

1.153

1.151

As fachadas posteriores acompanham um espaço intermediário entre público e privado, cercado por uma vegetação arbustiva que cria uma área de “quintal” compartilhado entre os moradores de um mesmo conjunto de módulos. Passando para área publica da quadra temos uma praça seca arborizada que em seu centro recebe uma vegetação com porte que se destaca das demais, servindo como um marco. O espaço público pode ser acessado tanto dos caminhos desenhados a partir das calçadas como com dos espaços de “quintal”, de uma quadra para outra sempre há caminhos em que seus desenhos se coincidem para permitir que os habitantes possam transitar internamente de uma extremidade a outra.

1.152

1.154

1.151

Figura 17- Implantação quadra tipo 0

11,5

23

M


20

A Imagem abaixo (figura 20) mostra os fluxos explicados anteriormente, os fluxos peatonais que acontecem entre as quadras e internamente, e os acesos das áreas privadas para as publicas. A vegetação que circunda essa transição serve para trazer privacidade aos quartos que tem suas janelas voltadas á eles. 1.153

1.153

Figura 18- Vista do outro lado da rua

1.151

1.152

1.154

1.151

Figura 20- Fluxograma quadra tipo Figura 19- Vista do centro da praça seca

0

27

54

M


painel brise

1.153

21

1.153

vegetação

1.151

cobogó Figura 21- Croqui do conjunto de fachadas

1.152

escada metálica

Este corte mostra a relação das fachadas vistas da calçada, como se relacionam com as vias laterais, e como se comportam entre elas. Espaço seco de respiro. Acesso a praça central

1.154

1.151

Figura 22- Localização da linha de corte sem escala

Diretriz edifício vertical multifamiliar

Via integradora 0

3.30

6.60

M

1.153 1.151

Figura 23- Corte BB”


22

1.153 1.153

1.151

1.152

1.154

Figura 24- Desenho da fachada do conjunto de módulos 1.151

Figura 22- Localização da linha de corte sem escala

Espaço seco de respiro. Acesso a praça central

Caixa d’água

Patamar para acesso do segundo pavimento

Via integradora

0

3.30

6.60

M

1.153 1.151

Figura 25- Corte CC”


23

1.153 1.153

fechamento em cobogó 1.151

1.152

1.154

Figura 26- Croqui fachada posterior vegetação vertical

1.151

Figura 22- Localização da linha de corte sem escala

Meio módulo habitacional

Área de respiro e acesso

Vegetação central- marco

Vegetação arbustiva

Área de respiro e acesso 0

1.152

Figura 27- Corte DD”

4.10

8.20

M

1.153


24

3. ZOOM- QUADRA TIPO 1.153

1.151

1.152

Figura 29- Zoom da implantação quadra tipo 0

4.10

8.20

M


25

Figura 28- Localização do zoom quadra tipo sem escala

O zoom da quadra tipo nos mostra como esta a relação dos espaços com a modulação das habitações, acessos externos a quadra, marcado pelas faixas de pedestre, o desenho arbustivo, a transição publico privado, os fechamentos laterais no fim dos módulos com a vegetação para limitar o acesso as áreas de “quintais”.


26

Figura 30- Vista outro lado da rua. Relação do acesso ao centro


27

Figura 31- Vista adentrando acesso ao centro


28

Figura 32- Vista do centro. Observando vegetação central- marco


29

6. MÓDULO HABITACIONAL

“Uma casa é uma máquina de morar” - Le Corbusier


30

Como já mencionado, apenas uma tipologia foi desenvolvida durante o semestre, a da vila habitacional, na qual foi apresentada no capitulo anterior. Nesse capitulo será apresentado de forma mais aproximada o módulo habitacional de forma individual, ou seja, sem estar implantado no terreno e sem suas relações de entorno. Elas são pensadas para famílias de 4 pessoas, com 2 quartos, 1 banheiro sendo no pavimento térreo com medidas acessíveis, sala, cozinha, e lavanderia.

Os módulos são de habitações geminadas que no centro, entre duas unidades, está a escada de perfil metálico para circulação vertical de acesso ao pavimento superior. A estrutura desses módulos é de viga e pilar de concreto independente da vedação, para criar uma planta livre, que possa ser adaptado de acordo com o tamanho e necessidade de cada família, sua malha segue vão de 6.40 x 5.80m, com cobertura de telha metálica e uma caixa d’água para cada habitação.


31

6.1. PLANTAS 1

2

4

3

2

F

1. Sala de estar/Cozinha 2. Lavanderia 3. Banheiro acessível 4. Quartos E

2

S

A

1

1

B

3

4

G

G

3

4

4

4

C

Figura 33- Planta pavimento térreo

0

1.25

M 2.5

F

E


1

2

3

4

F

1. Sala de estar/Cozinha 2. Lavanderia 4. Quartos 5. Varanda dos quartos 6. Banheiros

E

32

5

5 A

4

4

4

4 6

6 G

B

G D

1

1

2

C

Figura 34- Planta pavimento superior

0

1.25

M 2.5

2 F E


33

F

calha

calha

calha

calha

E

calha

calha

calha

calha

calha

G

G

calha

calha

telha metálica i: 5%

telha metálica i: 5% F

Figura 35- Planta de cobertura

0

1.25

M 2.5

calha

E


34

6.2. ELEVAÇÕES

Figura 36- Elevação frontal

0

1.20

M 2.40

Figura 37- Ilustração da elevação frontal em conjunto de módulos


35

Figura 38- Elevação posterior

0

1.20

M 2.40

Figura 39- Ilustração da elevação posterior em conjunto de módulos


36

6.3. CORTES

Figura 40- Corte EE”

0

1.50

M 3.00


37

Figura 41- Corte FF”

0

1.50

M 3.00


38

Figura 42- Corte GG”

0

1.05

M 2.10


39

Figura 43- Vista outro lado da rua ao pôr do sol


40

7. BIBLIOGRAFIA

IBGE | Censo 2010 | Sinopse por Setores (acessado em 01/09/2021) Concurso CODHAB para Setor Habitacional em Ceilândia, Distrito Federal: conheça os vencedores | ArchDaily Brasil (acessado em 09/08/2021) arquitextos 135.05: Dinâmica imobiliária nos espaços urbanos dispersos no século XXI | vitruvius (acessado em 16/08/2021)


41


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