AUTOMNE–HIVER 2020–2021
HORS–SÉRIE L E S P U B L I C AT I O N S C O N D É N A S T
HORS– SÉRIE
VOGUE HOMMES 32
ENVIES
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DOM ( PAR BATEAU ) 9,90 € TOM ( PAR BATEAU ) 1 500 XPF DE 13,50 € AT 13,90 € BE 8,50 € CA 15,95 $ CAN GB 8,95 £ CH 14,50 CHF ES 8,25 € FI 15,90 € GR 10,90 € JP 2,950 ¥ LU 10,20 € NL 9,99 € PORT. CONT. 8,95 € USA 18,95 $ KR 25,000 WS
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VO GUE HOMME S
LE S COVER S
L A LISTE DE NOS
32
ENVIES
35
ÉDITO
O B J E T D E C U LT E
36
39
ENVIE DE PA R
49 Distinction
Tips mode
ENVIE DE
Gildas Stewart
PHOTO GR APHE
Fanny LATOUR–LAMBERT R É A L I S AT I O N Roberto PIU
62
ENVIE DE PA R
Nouveautés Mélanie Nauche Giacomo Valois
PHOTO GR APHE
64 Contraste ENVIE DE
SÉLECTION
Émilie Zonino PHOTO GR APHE
Giacomo Valois
66 Retour aux sources ENVIE DE
PHOTO GR APHE
Brett LLOYD R É A L I S AT I O N
Giovanni Dario LAUDICINA
80 Fantaisie
82 Comprendre
ENVIE DE
PA R
ENVIE DE
Charlotte Brunel
Charlotte Brunel
PA R
86
ENVIE D’
EXTRAVAGANCE PHOTO GR APHE
Craig McDEAN
R É A L I S AT I O N
Ibrahim KAMARA
102 PA R
ENVIE DE
Légende
Loïc Prigent
106
ENVIE D’
Gildas Stewart
PA R
107
108 Un café avec Parker van Noord
ENVIE D’
PA R
111
P R O P O S R E C U E I L L I S PA R
PA R
Olivier Lalanne
19
Éternité
ENVIE D’
Éclat
Mélanie Defouilloy ENVIE DE
Néroli
Mélanie Nauche
*
S A U VA G E PA R N AT U R E
W I L D AT H E A RT
BOUTIQUE EN LIGNE DIOR .COM
VO GUE HOMME S
L A LISTE DE NOS ENVIE S
112
ENVIE DE
CLASSIQUES PHOTO GR APHE
Annemarieke VAN DRIMMELEN R É A L I S AT I O N
Anastasia BARBIERI
130 Une frange ENVIE D’
Mélanie Defouilloy
PA R
131 Volupté
132 Changer le monde
ENVIE DE
ENVIE DE
Gildas Stewart
PA R
P R O P O S R E C U E I L L I S PA R
Nelly Kaprièlian
136 Espoir
ENVIE D’
PA R
Didier Péron
138 Aimer Wes Anderson ENVIE D’
PA R
142
Philippe Lançon
I L LU S T R AT I O N S
Javi Aznarez
ENVIE DE
STYLE PHOTO GR APHE
Alasdair McLELLAN R É A L I S AT I O N
Max PEARMAIN
156 Idole
ENVIE D’
PA R
158 Écouter Hervé ENVIE D’
PA R
Sophie Rosemont
160 PA R
Lelo Jimmy Batista
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Créer
Olivier Nicklaus
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Hors Série 32
AUTOMNE–HIVER 2020–2021
3, avenue Hoche, 75008 Paris, Tél. 33 (0)1 53 43 60 00 RÉDACTEUR EN CHEF
Olivier Lalanne RÉDACTEUR EN CHEF ADJOINT
Didier Péron RÉDACTRICE EN CHEF MODE
Anastasia Barbieri D I R E C T E U R C R É AT I F E T A RT I S T I Q U E
Patrick Roppel R É DAC T R I C E E N C H E F B E AU T É
Frédérique Verley RÉDACTRICE EN CHEF JOAILLERIE E T HORLO GERIE
Marie Pasquier A S S I S TA N T E D U R É D A C T E U R E N C H E F
Tassadite Larbi
D I R E C T R I C E A RT I S T I Q U E
RÉDACTEUR S MODE
S E C R É TA I R E G É N É R A L D E L A R É D A C T I O N
Azza Yousif, Giovanni Dario Laudicina C O O R D I N AT I O N M O D E
R E S P O N S A B L E P RO D U C T I O N E T C A ST I N G A S S I S TA N T E
Charlotte Nixon , Sandra Petch
Mélanie Defouilloy
MARKE T EDITOR JOAILLERIE E T HORLO GERIE
Paul Richman
Bronia Fuchs–Willig, Andrew Lilley,
TR ADUCTEURS
M A R K E T E D I TO R E T R É DAC T I O N B E AU T É
Matthieu Recarte
T R A D U C T E U R A D A P TAT E U R
Roberto Piu
Aude Delerue
Émilie Zonino
RESP ONSABLE PHOTO
Charlotte Sélignan
A D M I N I S T R AT E U R D E L A R É D A C T I O N
Amélie Sammut
B U R E AU D E N E W YO R K
ÉDITEUR ET CHIEF BUSINESS OFFICER
Pauline Auzou Keren Zenati
Michael Gleeson
P RO D U C T I O N E T D I ST R I B U T I O N
Delphine Royant
Chef de Fabrication Cécile Revenu Assistante de Fabrication Anna Graindorge
PUBLICITÉ E T S OLUTIONS
Export Anne Claisse
D E C O M M U N I C AT I O N
Ventes Fabien Miont
Directrice Commerciale Murielle Mucha
P ÔLE IMAGE S
Équipe Commerciale Cécile Boutillier, Céline Delacquis,
Aurette Kinnoo, Sophie Maarek Belgique, Europe du Sud, Amérique Latine
Directrice Caroline Berton
Gestion du Patrimoine et Documentation Laure Fournis DIRECTION
Laurent Bouaziz +33 1 44 62 70 38
Président et Directeur de la Publication
États–Unis
Javier Pascual del Olmo
Michael Gleeson +1 212 630 4937
Directrice de l’Innovation et du
Italie Paola Zuffi +39 02 2506 0604
Développement Stratégique Violaine Degas
Grande–Bretagne, Europe du Nord
Directrice de Création Éditoriale Digitale Sarah Herz
Agnes Wanat +44 208 749 6176
Directrice Financière Isabelle Léger
Opérations spéciales Denis Allais,
Directrice de la Communication Bernie Torrès
Marine Guigon, Binta Touré
Directrice Juridique, Directrice des
Communication, Événements, Partenariats
Stéphanie Lefebvre
Ressources Humaines Joëlle Cuvyer
Administration des ventes
Directeur de la Production et de la Distribution
Karine Gau
Francis Dufour
VO GUE HOR S–SÉRIE HOMME S D I R E C T E U R D E L A P U B L I C AT I O N
Javier Pascual del Olmo
L E S P U B L I C AT I O N S C O N D É N A S T S A S PRÉSIDENT
Javier Pascual del Olmo
Vogue Hors–Série Hommes est édité par Les Publications Condé Nast SAS. Principal associé : Condé Nast International. Pour envoyer un e–mail, les adresses se composent comme suit : initiale du prénom collée au nom @condenast.fr.
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I N T E R N AT I O N A L VO GUE HOMME S
Hors Série 32
AUTOMNE HIVER 2020 2021
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PRESIDENT
Joe Labracio E X E C U T I V E V I C E P R E S I D E N T – C N É S T U D I O Al Edgington V I C E P R E S I D E N T – G E N E R A L M A N A G E R O F O P E R AT I O N S Kathryn Friedrich
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Jonathan Newhouse
CHAIRMAN OF THE B OARD
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Condé Nast est un groupe média mondial de contenu premium, présent dans 31 pays, auprès de plus d'un milliard de consommateurs. condenast.com Tarif Abonnement : France 1 an (2 numéros) 9,90 € Abonnements : Notre publication contrôle les publicités commerciales avant insertion ADM — Service Abonnements, 60 rue de la Vallée 80000 Amiens pour qu’elles soient parfaitement loyales. Elle suit les recommandations de Tél. +33 (0)1 55 56 71 37 et vogue@condenast.fr l’ARPP. Si, malgré ces précautions, vous aviez une remarque à formuler, Pour la Suisse : 2 ans (4 numéros) CHF 49 Abonnements : vous nous rendriez service en écrivant au JDP, 11 rue Saint–Florentin, 75008 Paris. Dynapresse, avenue Vibert 38, 1227 Carouge Notre publication adhère à l’ARPP. Elle s’est engagée à respecter les codes de Tél. +41 (0)22 308 08 08 et abonnements@dynapresse.ch déontologie de l’interprofession publicitaire. Les messages qui lui sont proposés Vogue Hommes est également disponible en doivent, en conséquence, respecter les règles de l’autodiscipline publicitaire. version numérique sur www.relay.fr et www.virginmega.fr Copyright 2020 Les Publications Condé Nast SAS. Vogue Hors – Série Hommes est une publication semestrielle, Dépôt légal Automne — Hiver 2020–2021, n° 106218 Commission paritaire 1012K82514 Diffusion Presstalis — ISSN 0750–3628 Imprimé en France par Imaye Graphic, 96, boulevard Henri–Becquerel, 53 000 Laval Provenance du papier: Papier couverture — origine France Ptot 0,01kg/tonne, Papier intérieur — origine Finlande Ptot 0,011kg/tonne. Le papier utilisé pour ce magazine est recyclable. Il a été produit avec du bois en provenance de forêts gérées durablement et dont la pâte a été blanchie sans chlore. Les usines sont certifiées par des tierces parties indépendantes selon les normes ISO 9001, Assurance Qualité, et les normes ISO 14001 et EMAS, Systèmes de Management Environnemental.
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Ibrahim KAMARA Blazer et pantalon en velours, et chemise en soie
G I O RG I O A R M A N I
PHOTO GR APHE
Alasdair McLELLAN R É A L I S AT I O N Max PEARMAIN Pull en laine et chemise en popeline de coton
GUCCI Chapeau du styliste
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LEON DAME PHOTOGRAPHED BY JUERGEN TELLER
VO GUE HOMME S
ÉDITO —Depuis mars dernier, date à laquelle le monde basculait dans un scénario digne d’un film de science–fiction, nos vies ne sont plus les mêmes. Un virus à portée universelle est parvenu à nous toucher à fleur de l’intime. Sentiment de peur, réflexe de méfiance, toucher prohibé et relation à l’autre bouleversée, mise à l’index de la peau, tendance au repli sur soi, espoir torpillé, certitudes lestées… L’impact à l’échelle individuelle est ravageur. Comme dans toute période de rupture, à l’onde de choc succèdent les remises en questions et les révolutions. Symptôme majeur : des millions de personnes sur la planète songent à repenser leur existence, cap sur un sens plus en phase avec cette nouvelle vulnérabilité à nu. Et il y a fort à parier que cette prise de conscience sera le prologue d’un progrès. Sas de transition, minute de concentration avant le grand saut, c’est le moment idéal pour se connecter à soi avant de se reprogrammer. Quoi de plus efficace dès lors que de penser à ce dont on a viscéralement envie ? Cette réflexion est le point de départ de ce nouveau Vogue Hommes sobrement intitulé « La liste de nos envies ». Envie d’espoir, envie d’une frange, envie d’extravagance, envie de comprendre, envie de volupté, envie de changer le monde, envie de légende, envie de créer… En toute subjectivité, nous avons brassé le sel de nos envies, des plus graves aux plus futiles. Un exercice ludique d’introspection, sorte d’état des lieux de soi, pour mieux se reconnecter aux autres. Et expérimenter ensemble l’émergence d’un désir alternatif. Peut–être le frisson d’une vie nouvelle.
Olivier LALANNE
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VO GUE HOMME S
OBJET DE
CULTE
Didier PÉRON
—Il n’existe pas au monde de femme plus photographiée que Cindy Sherman et qui peut néanmoins, après plus de quarante ans d’autoportrait, se payer le luxe de l’incognito. Elle a définitivement offert son visage et son corps aux joies et aux affres de la perte d’identité, inventant à chaque miroir son nouveau reflet, fondu dans des avatars en série avant même que la pratique ne se généralise dans l’univers du jeu et des mondes virtuels, dissociée comme chez Hitchcock ou Lynch, levant sous nos yeux ébahis les puissances d’un narcissisme parvenu à ce stade ultime où il n’est définitivement plus possible (ni sans doute souhaitable) de savoir qui l’on est. Dans sa série des Clowns, réalisée entre 2003 et 2004, l’artiste se réinvente dans la figure ambiguë du bouffon enfantin des goûters d’anniversaire et des soirées familiales au cirque. Grimant son genre, exagérant le luxe du costume et des gants à parure, disloquant son sourire avec une dentition postiche, son clown, comme elle le dit, est « triste mais aussi psychotiquement heureux ».
Son compte Instagram continue d’explorer par des trafics d’images numériques les possibilités infinies du masque, du maquillage, du costume et de la mise en scène dès lors qu’il s’agit de faire de sa vie une œuvre d’art. Repoussée pour cause d’épidémie, la vaste rétrospective que propose en cette rentrée la Fondation Louis Vuitton, à Paris, réunit pas moins de 300 autoportraits de Sherman sur la période 1975–2020, chaque image nous offrant la possibilité d’explorer à notre tour le labyrinthe de notre envie de changer. V H
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C I N D Y S H E R M A N , F O N D AT I O N L O U I S V U I T T O N , J U S Q U ’A U 3 J A N V I E R 2 0 2 1 .
C O U RT E S Y O F T H E A RT I S T A N D M E T RO P I C T U R E S , N E W Y O R K © 2 0 1 9, C I N DY S H E R M A N
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K I M J O N E S , directeur artistique de l’homme chez D I O R , a eu la fabuleuse idée de plancher sur une ligne taillée pour les sports d’hiver, S K I C A P S U L E . Réalisée avec des pointures du genre, Descente, AK SKI ou encore POC, ce vestiaire de glisse fusionne haute performance et style imparable. Doudounes, parkas, pantalons, dans des notes saphir, argent ou citron, sont complétés d’un set d’accessoires, skis, snowboards, casques et lunettes de protection tatoués « Dior », dont l’aura pourrait bien claquer au–delà des pistes. Disponible en novembre.
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NOUVEAU MUST
P O R T TA N G E R est une toute jeune marque de lunettes sur laquelle tous les yeux sont braqués. Inspirés par la mythologie de la ville marocaine, produits en Italie, à 70 % à la main, dans une démarche éco–responsable, ses modèles mixtes flirtent avec l’objet de collection. Le moins que l’on puisse dire c’est que leurs montures arron- Elle défie les époques, les saisons et les styles. Son écorce a été dies signées de six confettis métalliques sur les triturée par tous les créateurs, des plus classiques aux ultraradicaux. La chemise blanche, c’est l’un des fondamentaux de branches ont du caractère. la garde–robe masculine. Irremplaçable. Mal la choisir, c’est un peu rater la première marche de sa vie d’homme chic. La solution idéale : l’option sur–mesure. Absolument spécialisé dans la création de chemises blanches, la maison B O U R R I E N N E PA R I S X est l’adresse où se rendre les yeux fermés. La confection relève ici du happening. Et les possibles sont infinis : plastron tissé main, cols anciens, français, italien, poignets classiques ou mousquetaires revisités, hirondelle en ottoman brodée ton sur ton, boutons en nacres d’Australie… C’est le sans–faute assuré.
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On ne présente plus U M I T B E N A N . Créateur ultracharismatique, il met au point depuis ses débuts une allure subtile qu’on pourrait qualifier de classique délurée, empreinte d’une masculinité italo–orientale au panache assumé. Coupes remarquables, prédilection pour les matières fluides, quelques audaces de couleurs et d’imprimés, parfois des codes workwear… sa signature est instantanément reconnaissable. Esprit plus couturier que créateur, activiste du beau vêtement fait pour durer, il vient de lancer U M I T B E N A N B + , une ligne unisexe produite par Caruso, institution sartoriale de Milan. Vestes à col droit ou double boutonnage en crêpe, trench fluidissime en soie imperméable, costume en lin mélangé citron, chemisette en sergé motifs léopard … Un savoir–faire (et plaire) au plus–que–parfait.
PRÉCIEUX FÉTICHES
JOANNE BURKE
crée des bijoux quand ça lui chante et boude la logique des collections. Cette Anglaise basée à Rome a une imagination débordante qui foisonne dans les pièces uniques qu’elle imagine. Au shaker, l’Antiquité, la magie, la superstition, le soleil, les symboles de fertilité, le surréalisme, les mystères et les créatures du monde aquatique… Développées à partir de moulages en cire avant d’être déployés en bronze ou en plaqué–or, ses sculptures pour la peau exhalent la délicatesse et la poésie des lignes végétales, comme droit sorties d’une malle aux trésors.
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B R E T T L LOY D
— Une VESTE en velours côtelé bleu nuit chez Massimo Piombo.
A L B E RT WAT S O N
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MARI-LOU & YOUSSOU SOULMATES
Nous sommes The Kooples / Âmes sœurs / Photographie retouchée
VO GUE HOMME S
S U R L A L I ST E D E N O S E N V I E S :
— Des MOCASSINS en cuir marine ou camel, Gucci, Weston …
UN TOTEM
Sur cette photo de 1977, on peut voir l’artiste C É S A R et son ami J A M E S B A L D W I N saisis dans les rues de Nice. Autour du cou de l’écrivain culte américain, exilé à Saint–Paul–de–Vence, un long cordon en coton ponctué d’une compression en or créée par le sculpteur. Sans doute l’une des pièces les plus déclinées et les plus emblématiques de son œuvre. Quelques années plus tôt, l’auteur de La Chambre de Giovanni avait cosigné avec Françoise Giroud la préface d’un ouvrage aujourd’hui collector, César : compressions d’or. On pouvait y lire : « Quand passe à votre portée un bijou de César, si vous ne pouvez pas l’acheter, volez–le. » Un acte désespéré qu’on peut aujourd’hui s’épargner grâce au trait de génie D ’ H E D I S L I M A N E . Le directeur artistique de C E L I N E s’associe à la Fondation César et revisite ce totem iconique, cortex argent ou vermeil, dans une version plus longue et plus étroite, plus unisexe aussi à l’image de ses silhouettes. Produit en série limitée, ce sautoir baptisé « Cesar Compression Project » devrait s’arracher.
S U R L A L I ST E D E N O S E N V I E S :
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PRESSE
— Une CHEMISE EN JEAN bleu clair, sans détails, à part deux poches plaquées. Pas évident à trouver, donc ne pas négliger l’option sur–mesure. 44
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— Un set de CHEMISES en popeline de coton, blanche, bleu ciel, marine et noire. Brooks Brothers, par exemple.
LE COUP DE CŒUR
Les opposés sont connus pour s’attirer et parfois, quand ils s’allient, ça peut faire des étincelles. A L E S S A N D R O S A R T O R I , directeur artistique de Z E G N A , et J E R RY L O R E N Z O, fontateur hype de la marque F E A R O F G O D, en sont l’illustration. Les deux créateurs lancent, le temps d’une saison, une collection à quatre mains qui flirte avec la perfection. D’un côté, Z E G N A , connu pour ses matières au toucher enivrant, son tailoring cinq étoiles, son chic garanti made in Italie ; de l’autre, F E A R O F G O D, label urbain californien baptisé en 2013, de la trempe d’un Supreme ou d’un Stussy, fournisseur, entre autres, de Kanye West ou Justin Bieber. Dans le détail, ça donne un bombers en cuir nappa tatoué « Zegna » dans le dos, une veste sans col en gabardine comme coupée au scalpel, une blouse ardoise taille élastique en popeline de coton sagement dingue, un blazer en laine plus « classique with a twist » tu meurs, une ceinture en cuir tressée longuissime à nouer, des jeans irréprochables … F E A R O F G O D E X C LU S I V E LY F O R Z E G N A a l’évidence de la simplicité et vrombit de petits détails et d’idées. Vogue Hommes applaudit.
S U R L A L I ST E D E NOS ENVIES :
PRESSE
— Un PULL SANS MANCHES en maille noire, Bottega Veneta ou Prada. 46
Eden
P A R I S
LE FRENCH FLAIR www.eden-park.com www.eden-park.com
VO GUE HOMME S
Chemise et pantalon en popeline de coton
PR ADA Bague
D AV I D YURMAN
ENVIE DE
DISTINCTION PHOTO GR APHE
Fanny LATOUR LAMBERT R É A L I S AT I O N Roberto PIU
audace et classique déluré signent une allure singulière au vernis intemporel.
Raffinement,
49
VO GUE HOMME S
Manteau en laine mélangée et pantalon en laine et cuir d’agneau
T H E KO O P L E S Chemise en coton du styliste Caleçon en soie et pantoufles en daim
C H A RV E T
50
VO GUE HOMME S
ENVIE DE
PERSONNALITÉ
Page de gauche, de haut en bas et de gauche à droite : Bob en shearling et cardigan en laine
FENDI Bague
D AV I D Y U R M A N Chapeau brodé et manteau en laine
LOEWE Chapeau en feutrine
NICK FOUQUET × RO C H A S Blouse en soie
C E L I N E H O M M E PA R HEDI SLIMANE Chapeau en feutre de laine et top brodé
GIVENCHY Ci–contre : Béret en laine
YO H J I YA M A M O T O Manteau en dentelle et laine
ANN DEMEULEMEE STER
Bob,
feutre
et
autre béret sont les fantaisies de la saison. Rien de tel pour
ponctuer la silhouette. 53
VO GUE HOMME S
Page de gauche, de haut en bas et de gauche à droite : Sac « Haut à Courroies 50 Todoo » en feutre et veau Box
HERMÈS Sac à dos « Balloon » en cuir de veau
LOEWE Mocassins « Pompons de Pompons » en veau Box Bergeronnette
J.M. WE STON Chaussettes en soie du styliste Page de droite, de haut en bas et de gauche à droite : Sac Wallet Eclipse en toile
LOUIS VUIT TON Sac Baguette imprimé FF rigide avec bordures en métal
FENDI Porte-documents BV Clasp en cuir intreccio, cardigan maille en laine et pantalon en grain de poudre
B O T T E G A V E N E TA
ENVIE D’
OBJETS RARES Pochettes de jour, sac de week end, mini malles logo tatouées, mocassins pompons pop… six accessoires à serrer de près. 55
VO GUE HOMME S
Chemise en popeline de soie, pantalon en laine et soie et ceinture en cuir
GUCCI Mocassins en veau
J.M. WE STON Bracelets et chevalière
D AV I D Y U R M A N Chevalière
A RT H U S B E RT R A N D
56
VO GUE HOMME S
Pull en cachemire et pantalon en laine
ISABEL MAR ANT Chemise en soie
AMI ALEXANDRE M AT I U S S I Chemise en soie
ANN DEMEULEMEE STER Bracelets
D AV I D Y U R M A N
57
VO GUE HOMME S
Manteau en cachemire
BERLUTI
58
VO GUE HOMME S
ENVIE DE
ROUGE De haut en bas et de gauche à droite : Lunettes en acétate
LOEWE Chemise de pyjama en coton
C H A RV E T Bottes en veau
L ANVIN Sac Galleria en cuir
PR ADA
C’est la couleur de la vie, de l’énergie et de la passion : l’automne–hiver voit rouge.
VO GUE HOMME S
Manteau en laine avec broche en taffetas moiré de soie amovible et pantalon en drill de mohair, laine et soie
COLLECTION HOMME, DIOR Débardeur en soie et coton du styliste Ceinture en cuir
C H A RV E T
60
VO GUE HOMME S
Veste à volants en laine, chemise et cravate en soie et coton
LOUIS VUIT TON Chevalières
D AV I D Y U R M A N et A RT H U S B E RT R A N D
Assistant réalisation
ALEXIS KR ASOWSKI Coiffure et maquillage
S E RG I O V I L L A FA N E Mannequin
M I C H A E L WA H L
61
VO GUE HOMME S
ENVIE DE
NOUVEAUTÉS bombes
Ces
COSMÉTIQUES droit sorties des labos, placent la barre du grooming un cran
tout
plus haut.
G A R D I E N D E N U I T Quand les scientifiques É C H O C O S M I Q U E Ce jus couleur ciel, ima- C AV I A R S U R P E AU D’un côté, le mélange de
d’Estée Lauder découvrent une molécule de microsignalisation qui répare incroyablement la peau, ils reformulent tout simplement leur sérum culte. En résulte cette pépite, boostée par la technologie Chronolux Power Signal, qui réactive le renouvellement cellulaire et recrée de l’élasticité. A D VA N C E D N I G H T R E PA I R C O M P L E X E M U LT I R É PA R AT I O N S Y N C H RO N I S É E , E S T É E L AU D E R , 5 0 M L , 1 2 3 E U RO S .
giné par Jacques Cavallier–Belletrud, maître parfumeur Louis Vuitton, splashe sur la peau une composition cristalline articulée autour d’une colonne vertébrale glacée. Un mélange d’agrumes juteux, d’épices et de poivres pour la texture, et surtout un vétiver de Java, qui, débarrassé de ses notes fumées, dévoile des facettes étonnantes de terre humide. E A U D E PA R F U M M É T É O R E , LO U I S V U I T TO N , 100 M L , 225 E U RO S.
62
biomolécules associé à un Peptide de Caviar stretche les traits. De l’autre, l’Absolu de Caviar, précieux combo d’huiles et de protéines, redonne du galbe. À la première activation, les perles dorées se mélangent à l’émulsion lactée, pour défatiguer intégralement le visage. S K I N C AV I A R C O N C E N T R É L I F TA N T, L A P R A I R I E , 50 M L , 624 E U RO S.
E N V I E D E N O U V E AU T É S G R E E N K I T Non pas une mais dix formules S É RU M D U F U T U R Célèbre pour son travail T O P G U N Après sept années de recherches
O R G A N I C T R E AT S L I N E M S K I N C A R E
sur les cellules souches et la régénération cutanée, Augustinus Bader affine à l’extrême la nutrition de la peau. Son nouveau complexe TFC8, porté par des huiles pressées à froid, guide les bons nutriments vers les cellules pour optimiser leur rendement. Avec un sacré glow à la clé.
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spécifiquement conçues pour les peaux masculines, plus sèches, plus sensibles, plus malmenées. Un gel hydratant à effet coup de fouet, une crème régénérante pour calmer le feu du rasage, un soin lavant qui dépollue… Tous infusés d’actifs naturels, dans des textures inouïes.
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inspirées par la cicatrisation rapide des cosmonautes revenus de mission, une cellule dépendant de l’hôpital Cochin a mis au point cet appareil qui s’appuie sur les pouvoirs réparateurs de la lumière, amplifiés par des ingrédients photoactifs. Trois minutes d’application quotidienne sur le visage suffisent pour affiner le grain de peau et défatiguer les traits.
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T U T E U R C A P I L L A I R E La texture étonnante
de ce baume se liquéfie au contact des cheveux. Son complexe aux huiles nourrissantes est infusé d’un actif biomimétique d’acide gras qui renforce incroyablement la fibre. À la clé, un cheveu nerveux qui a du corps. L E B A U M E R E S T R U C T U R A N T N O U R R I S S A N T, H A I R R I T U E L B Y S I S L E Y, 9 5 E U R O S .
PA R
Mélanie NAUCHE PHOTO GR APHE
Giacomo VALOIS
63
ENVIE DE CONTR A STE
Montre RM 72–01 Automatique Chronographe Flyback en or rouge, mouvement squeletté à remontage automatique
RICHARD MILLE
SÉLECTION
Émilie ZONINO PHOTO GR APHE
Giacomo VALOIS
64
VO GUE HOMME S
ENVIE DE
CONTRASTE
Montre Oyster Perpetual Cosmograph Daytona, Rolesor jaune, en or jaune et acier, mouvement Perpetual, chronographe mécanique à remontage automatique,
RO L E X Montre BR 05 Black steel & gold, en or rose et acier poli–satiné, mouvement calibre BR–CAL.321 mécanique à remontage automatique
B E L L & RO S S
Choc des contraires, harmonie des matières,
LES MONTRES misent
la nuance noir et or. sur
65
VO GUE HOMME S
Pull col cheminée en maille torsadée de cachemire
COLLECTION HOMME, DIOR Casquette en laine
STE T S ON Carré vintage
ENVIE DE
RETOUR AUX SOURCES PHOTO GR APHE
Brett LLOYD
R É A L I S AT I O N
Giovanni Dario LAUDICINA
66
VO GUE HOMME S
Chemise à carreaux en velours
E D E N PA R K Pantalon de travail des années 1920 retravaillé par Karim Hadjab
M O R AT O I R E Ceinture en cuir avec boucle en laiton
CB MADE I N I TA LY Chaussettes en coton et jersey
GANT Collier
GO OSSENS Carré en coton, gants et chaussures vintage
67
VO GUE HOMME S
Veste en élan millésimé
SER APHIN Chemise à carreaux en velours
E D E N PA R K Tablier des années 1940 en lin et coton tissé en herringbone retravaillé et pantalon de travail des années 1920 retravaillé par Karim Hadjab
M O R AT O I R E Chaussettes
BURLINGTON Gants, ceinture et chaussures vintage
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VO GUE HOMME S
Gilet 20 poches, pantalon en velours de laine et coton et chemise en coton à col Nehru
HOLLINGTON Tablier des années 1940 en lin et coton tissé en herringbone retravaillé
M O R AT O I R E Carré, gants et chaussures vintage Sur le garçon : Chemise en coton à col Nehru
HOLLINGTON
69
VO GUE HOMME S
T–shirt en coton et jean 501 en coton
LEVI’S Chemise à carreaux en velours
E D E N PA R K Chapeau
S A RT O R I A P I P I PA L E R M O Ceinture en cuir
CB MADE I N I TA LY Caleçon en coton du styliste
70
VO GUE HOMME S
Blazer à double boutonnage et pantalon en laine
EMPORIO ARMANI Cape en laine
EMPORIO ARMANI R–EA Chaussures et gants vintage
71
VO GUE HOMME S
Sur Sonia :
Cardigan en laine D S Q U A R E D 2
Bottines en cuir G U I D I
Sur Mario :
Sur Felipe :
Gilet et pantalon en laine D S Q U A R E D 2
Chemise en laine Ă carreaux D S Q U A R E D 2
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VO GUE HOMME S
Gilet en tweed, chemise et cravate en popeline de coton P R A D A
73
VO GUE HOMME S
Chemise ample à col noué en popeline de coton compacte kraft
HERMÈS Bretelles
LES BRETELLES DE LÉON
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VO GUE HOMME S
Pull « Flick » et pantalon « Nicklo » en laine
ISABEL MAR ANT Casquette en cuir
STE T S ON Chaussettes
FA L K E Derbies double boucle en velours de veau
PA R A B O O T S
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VO GUE HOMME S
Sur Felipe : Veste tricotĂŠe avec ceinture en laine et soie, chemise en coton et pantalon en laine B R I O N I Sur Dad :
Pull en laine et soie, et col roulĂŠ en laine B R I O N I
76
VO GUE HOMME S
Col roulĂŠ en polyamide, alpaga et polyester et salopette cargo en nylon et coton
C P C O M PA N Y Chemise Ă carreaux en velours
E D E N PA R K Casquette en laine
STE T S ON Gants vintage
77
VO GUE HOMME S
Pull, pantalon et cape en coton S T O N E I S L A N D Bottes en cuir P R A D A
Col en mouton retourné A C N E S T U D I O S
Gants et carré vintage
78
VO GUE HOMME S Manteau motif chevron en laine, veste et pantalon d’équitation prince–de–galles, chemise en coton et pochette en soie imprimée cachemire
E T RO Casquette en laine
STE T S ON Bottines en cuir à lacets
GUIDI
Assistante réalisation
MARINE DEVE Coiffure
LOUIS GHEW Y Maquillage
K ARIN WE STERLUND Set designer
MIGUEL BENTO Production
PBJ Mannequins
FELIPE BAHAMONDES, MARIO, S O N I A B A S I L E et FILIPPO BUT TICE
79
VO GUE HOMME S
tailoring indien des seventies, l’électricité visuelle des streetlooks de Londres et la pulsation des raves des années 1990 alliés à un attachement viscéral au vintage et au durable, tel est l’ADN flamboyant de
Le
PRIYA AHLUWALIA l’étoile montante de la mode britannique.
80
E N V I E D E FA N TA I S I E
ENVIE DE
FANTAISIE —Sorti en pleine crise sanitaire, son second livre Jalebi, est une exploration du quartier londonien de Southall (surnommé Little Penjabi), « l’un des plus brillant exemples de diversité et de multiculturalisme made in UK », selon Priya Ahluwalia. Pendant un an, la jeune créatrice britannique est allée à la rencontre de sa communauté (son père est nigérian, sa mère indienne) accompagnée du photographe Laurence Ellis. Émaillé de paysages urbains, de portraits d’habitants vêtus en Ahluwalia Studio, son label de prêt–à–porter masculin, et de photos de famille, Jalebi est un ovni éclectique et émouvant. Il faut dire que Priya Ahluwalia, 28 ans, n’a jamais eu peur de mettre son cœur dans sa mode. Lancée en 2018, juste après l’obtention de son master de mode masculine à l’université de Westminster, sa marque fait mouche avec sa vision multiculturelle et délicieusement vintage du streetwear, et son approche durable. Et séduit les plus grands (un Design Award H &M en 2019, des collections capsules pour Browns et Matches Fashion). « Mon style éclectique vient du fait que je combine les références pour créer quelque chose de nouveau », explique Priya Ahluwalia. Comprenez des pulls en patchwork flamboyants et un tailoring inspiré de la garde–robe seventies de son grand–père indien mais aussi des chemisettes en soie et des jeans déconstruits, ou encore des maillots de sport en hommage au clubbing des années 1990, sa décennie nostalgie. « J’étais trop petite pour aller en boîte mais ma famille écoutait beaucoup de musique garage », se souvient–elle. Cette idée de transmission n’est pas seulement stylistique mais s’inscrit au cœur des vêtements d’Ahluwalia, qui fabrique ses collections à partir d’anciens stocks récupérés chez les fabricants, de vintage chiné en Angleterre ou de tissus en fibres recyclées ou organiques. « Ce qui signifie que chaque série est unique », souligne–t–elle. C’est en venant visiter sa famille à Lagos en 2017 que Priya Ahluwalia a pris conscience de la pollution textile engendrée par la mode : l’Europe déverse ici des milliers de tonnes de vieux vêtements, revendus par la suite. Les photos qu’elle consigne dans un livre (Sweet Lassi) joueront les lanceurs d’alerte. Au point que le magazine Forbes l’a citée en mars dans sa liste des trente personnalités de moins de 30 ans qui comptent en Europe dans le domaine des arts et de la culture. Finaliste du Prix LVMH pour les jeunes créateurs de mode 2020, Priya Ahluwalia vient de se partager avec les sept autres lauréats la coquette somme de 300 000 euros, constituée en fonds de soutien, Covid–19 oblige. De quoi l’aider à quitter son studio situé dans la maison maternelle pour emménager dans un bâtiment du sud–ouest de Londres. V H
PA R
Charlotte BRUNEL PHOTO GR APHE
Amber PINKERTON
81
RO S E T T E R A G O / T H E N E W Y O R K T I M E S - R E D U X - R E A
ENVIE DE COMPRENDRE
82
VO GUE HOMME S
ENVIE DE
COMPRENDRE —« Je ne fais pas partie du comité de direction de Gap […] et cela doit changer sinon je vais partir », menaçait Kanye West en juillet à Charleston, lors de son premier (et dernier) meeting de campagne pour l’élection pré‑ sidentielle, évoquant le manque de représentation des Noirs dans les instances dirigeantes du géant américain, qui venait d’annoncer la signature d’un partenariat avec Yeezy, la marque du rappeur financée par Adidas. Gilet pare–balles, crâne rasé arborant le chiffre 2020, le candidat surprise du Birthday Party (le nom farfelu de son parti conservateur soutenu par son ami Elon Musk et d’obscurs pasteurs évangélistes) enchaîne les décla‑ rations chocs. Révélation sur le projet de sa femme Kim Kardashian d’avorter de leur premier enfant, négation‑ nisme historique au sujet de la célèbre abolitionniste américaine Harriet Tubman et crise de larmes, Kanye West, visiblement en plein épisode maniaque (il a été diagnostiqué bipolaire en 2019), part en vrille. Les réseaux sociaux crépitent d’indignation ou de compassion, West, plus paranoïaque que jamais, pilonne le clan Kardashian via Twitter, en attendant la sortie de son dixième album, Donda with a Child, prévu dans la foulée. Le power couple de l’Amérique, idéal de mixité pour les uns, symbole de l’exhibition‑ nisme médiatique contemporain pour les autres, est en plein chaos. Comme le pays, au bord de la guerre civile — Trump envoie les troupes fédérales à Portland et à Chicago, ville où West a grandi, pour rétablir l’ordre après les émeutes contre les violences policières. L’épi‑ sode Charleston fait chuter l’action Gap de 6 %, mais le groupe préfère garder le silence. L’action n’avait–elle
pas bondi de 42 % après l’annonce du partenariat avec Kanye West ? Et les propos tenus par le rappeur sur l’esclavage en 2018 comme son soutien à Donald Trump (transgression ultime dans le milieu du hip‑hop) n’ont pas terni son succès dans la mode. « Dans le monde des affaires, on se délecte d’une person‑ nalité créative comme celle de West, qui, à force d’outrances et de scandales, occupe les esprits et le terrain médiatique de manière quasiment permanente, analyse Adrien Durand, au‑ teur d’un essai sur l’artiste intitulé Kanye West ou la créativité dévorante. Et puis, son comportement n’a pas vraiment enta‑ ché sa carrière car il a toujours dérapé de manière contrôlée. À la différence de beaucoup de ses pairs, il n’a jamais connu la prison, la police, les overdoses, les tribunaux… ou la mort. » Pour le musicien–interprète–producteur, 43 ans, 2020 aura même commencé par une consécration fashion. Kanye West, multidisque de platine et créateur de mode, est entré en avril dans la liste des milliardaires de Forbes qu’il convoitait tant (Jay–Z son ami et rival a été le premier rappeur de l’histoire à y figurer en 2019) et cela, grâce à ses baskets ! Design visionnaire, génie marketing — chaque sortie d’un nouveau modèle vendu au compte–gouttes plus de 200 euros est un événement planétaire, relayé par lui–même ou ses amis influenceurs, dont sa femme, Kim Kardashian aux 180 mil‑ lions de followers —, les sneakers Yeezy qu’il crée avec Adidas depuis 2015 lui rapporteraient 1,3 milliard de dollars. « L’un des plus grands succès commerciaux du siècle », résume Forbes. De quoi redorer l’ego fashion de celui qui, bien qu’il se considère comme « le plus grand artiste en vie », a toujours cherché la reconnaissance du milieu en tant que créateur. Avec plus ou moins de succès.
Autoproclamé « plus grand artiste en vie, »
KANYE WEST se
taille
un
succès
inattendu
dans
la mode. Collaborations juteuses, flair pour détecter les talents, Virgil Abloh & co., sens du happening… les coups de maître du génie hip hop n’ont d’égal que ses provocations, comme sa candidature à la présidentielle américaine. Que se passe t il dans ce cerveau hautement inflammable ? PA R
Charlotte BRUNEL 83
VO GUE HOMME S
Né en 1977 à Atlanta, d’un père photoreporter proche des Black Il ne se donne effectivement aucune limite. Son agence Panthers et d’une mère, professeur d’anglais à l’université, de design Donda (du nom de sa mère) en est un bon Kanye Omari West étudie vaguement la peinture à l’Académie exemple. Censé poursuivre l’œuvre de Steve Jobs, ce des arts de Chicago avant de se consacrer à la musique. Dans collectif accueillant des créateurs tous azimuts (Takashi l’ombre, il officie comme arrangeur et producteur (pour Janet Murakami, George Condo, Vanessa Beecroft…) élabore Jackson, Alicia Keys ou Jay–Z) avant de se lancer en solo en 2004 des projets pour le rappeur amateur d’art contemporain. avec The College Dropout, Grammy Award du meilleur album On l’aura compris, Kanye West a le chic pour s’entourer de rap l’année suivante. Le style comme la musique de ce fan de talents. « Il sait les identifier au sein de ses équipes et de vêtements expriment déjà son envie de se distinguer. «Avec les faire grandir en leur apportant son soutien. Beau‑ ses polos roses Ralph Lauren, ses pulls à motif Burlington et coup d’entre eux ont très bien réussi aujourd’hui », ob‑ ses mocassins Gucci, son look preppy emprunté aux étudiants serve Vanessa Friedman. Et reconnaissent l’influence blancs des universités de la côte Est était à contre–courant de leur mentor. de celui des rappeurs de l’époque pour qui la street credibiC’est bien sûr le cas de Virgil Abloh, qui a travaillé lity était primordiale, analyse Adrien Durand. En exprimant quatorze ans à ses côtés, avant de devenir le directeur son individualité, Kanye West a ouvert la voie à une nouvelle des collections masculines de Louis Vuitton en 2018, génération du hip–hop qui ne voulait plus choisir entre les et le premier Noir à la tête d’une grande maison. Tout costumes de gangster ou le streetwear. » Comme sa musique un symbole. Même si le narcissique Kanye West s’est qui va piocher des sons dans le punk ou l’électro, il mixe les d’abord offusqué de ne pas avoir le job, sa fierté lors du styles, osant les blouses Celine pour femme, les kilts en cuir premier défilé d’Abloh était manifeste. Dans une inter‑ Givenchy ou les bombers militaires. Résultat : il est élu homme view donnée à Naomi Campbell pour Vogue, le DJ–archi‑ le plus stylé de l’année par GQ en 2014 et pose en couverture tecte–créateur de Louis Vuitton reconnaissait : « Kanye de Vogue avec Kim Kardashian dont il a opéré la mue fashion. West est le type qui, quand il n’était pas connu, a dit : Depuis le début de la décennie, marqué par le succès de “Je ne suis pas le mec qu’on enferme dans une case.” Et l’inclassable My Beautiful Dark Twisted Fantasy, Kanye West il est parti à l’assaut de la mode qui n’était pas l’endroit flirte avec les maisons de luxe, s’affiche aux défilés, multiplie où on attendait un rappeur. Son rêve est le mien. Mais les collaborations, avec Louis Vuitton (sur une basket), Ric‑ dans mon rêve ce n’était pas moi qui étais sur le podium, cardo Tisci, Philip Lim… Mais lui se pense créateur. Après le c’était lui, c’était la communauté. Kanye a su voir que lancement avorté de son label street Pastelle en 2008 (pour le futur de la mode serait cela. » D’autres talents aussi lequel Virgil Abloh, Kim Jones ou KAWS travaillaient comme ont émergé de l’écurie West. Comme Matthew Williams, consultants), West présente sa première collection femme fondateur du label 1017 Alyx 9SM, fraîchement nommé à Paris en 2011. Bling et bricolée, c’est la douche froide. « Le à la tête de Givenchy, ou encore Samuel Ross, créateur défilé Kanye West prouve, à mon humble avis, que n’importe de A–Cold–Wall, lauréat du prix LVMH 2018. À tel point qui peut aimer la mode mais que n’importe qui ne peut pas que Kanye West a créé, à la manière d’un certain groupe devenir créateur », tacle Suzy Menkes dans le Herald Tribune. de luxe, une sorte d’incubateur de jeunes talents, à qui Contrit mais nullement découragé, il se repense plus hum‑ il propose des sessions de mentoring et un soutien fi‑ blement designer en lançant en 2015 à New York la première nancier. La première pousse à sortir du nid et à créer saison de Yeezy. Une ligne de basiques qui colle à la tendance sa propre marque se nomme Maisie Wilen. du streetwear de luxe. Revenu par surprise en février à la fashion week parisienne, Kanye West semblait avoir fait bien du chemin. Avec sa collection Yeezy saison 8 d’abord, dont les silhouettes cocon en laine feutrées — inspirées du minima‑ lisme brutaliste de l’architecte le plus chic de la planète, le Belge Axel Vervoordt, décora‑ teur de la maison du couple à Los Angeles — apportaient une touche de sophistication conceptuelle aux leggings et autres ba‑ siques attendus. Et avec son Sunday Service aux Bouffes du Nord surtout, ces messes « Le milieu de la mode a toujours ressenti une sorte de fasci‑ musicales avec chœur de gospel et invités prestigieux nation et de malaise vis–à–vis de Kanye West qu’elle consi‑ que cet évangéliste organise dans tous les États–Unis dère comme une force disruptive, analyse Vanessa Friedman, depuis sa conversion en 2019. En pleine menace de pan‑ critique mode au New York Times, ce qui n’est pas difficile démie, ce moment de spiritualité en famille en aura pour cette industrie qui fonctionne de manière très tradi‑ converti plus d’un. Reste à savoir si l’épiphanie pourra tionnelle depuis plus d’un siècle. Même si on lui a ri au nez, survivre à la violence de la bulle Kanye West, en train il a eu le courage de revenir avec une proposition plus forte. d’exploser. V H Kanye West incarne d’une manière extrême cette capacité à s’inventer — et à se vendre — lui–même, à créer sa propre réalité à partir de ses idées. » Le rappeur s’est souvent rebellé contre ce qu’il considérait comme un ostracisme. « Ce n’est pas parce que je fais de la musique qu’il faut me limiter à un champ créatif », confiait–il à la BBC.
« Il incarne d’une manière extrême cette capacité à
créer sa propre à partir de ses
réalité idées. »
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RO S E T T E R A G O / T H E N E W Y O R K T I M E S - R E D U X - R E A
ENVIE DE COMPRENDRE
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VO GUE HOMME S
ENVIE D’
EXTRAVAGANCE PHOTO GR APHE
Craig McDEAN R É A L I S AT I O N
Ibrahim KAMARA
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VO GUE HOMME S
À gauche : Veste et pantalon en velours
WA L E S B O N N E R Automne–Hiver 2017 Cape en Velours @COSTUME
STUDIO Chemise en coton et derbies en cuir effet crocodile
S A I N T L AU R E N T PA R A N T H O N Y VA C C A R E L L O Cravate en soie
R A L P H L AU R E N PURPLE L ABEL Boucles d’oreilles fleur en or
Y/ P RO J E C T Tiare et chaussettes du syliste À droite : Chemise en coton
COLLECTION HOMME, DIOR Robe de bal en tulle
G I A M B AT T I S TA VA L L I H A U T E COUTURE Cravate en popeline de coton
PR ADA Boucles d’oreilles
MONIES
VO GUE HOMME S
VO GUE HOMME S
À gauche : Chemise en coton
BRIONI Cravate en satin
COLLECTION HOMME, DIOR Robe en soie avec nœud et haut en velours
RICHARD QUINN Chapeau en feutre
AMI ALEXANDRE M AT T I U S S I Cuissardes en cuir brillant
BALENCIAGA À droite : Veste et short à poches en laine et en cachemire
LOEWE Chemise en coton
BRIONI Chapeau allongé
KYLE HO Nœud en soie
COLLECTION HOMME, DIOR Boucle d’oreilles
MONIES Couronne en soie et cristaux du styliste
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VO GUE HOMME S
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VO GUE HOMME S
Page de gauche, à gauche : Veste en sergé de laine technique
BOT TEGA V E N E TA Chemise en coton
COLLECTION HOMME, DIOR Cravate en soie
S A LVAT O R E FERR AGAMO Lunettes de soleil
GUCCI Boucles d’oreilles
MONIES Soutien–gorge et ceinture en jersey du styliste À droite : Veste en laine et mohair avec revers en satin et col velours
COLLECTION HOMME, DIOR Chemise en coton
BRIONI Lunettes de soleil
GUCCI Boucles d’oreilles
MONIES Soutien–gorges, ceintures et cravate du styliste Page de droite : Chemise en jacquard de soie
S A I N T L AU R E N T PA R A N T H O N Y VA C C A R E L L O Pantalon de smoking en laine
BRIONI Robe moirée et collier en métal et cristaux
MOSCHINO Bottines en cuir de veau
BOT TEGA V E N E TA Lunettes de soleil
GUCCI Casquette du styliste
VO GUE HOMME S
À gauche : Veste en laine, chemise en popeline de coton et pantalon en soie
PR ADA Boucles d’oreilles du styliste Page de droite, à gauche : Veste, veston et pantalon en laine à fines rayures
D OLCE & GABBANA Chemise en coton
LOUIS VUIT TON Bottes en veau naturel
B O T T E G A V E N E TA Chapeau en laine
MAISON MICHEL Cravate en soie
P OLO R A L P H L AU R E N Lunettes de soleil
GUCCI Boucles d’oreilles et bague
MONIES Médailles @COSTUME STUDIO À droite : Veste de tailleur et bermuda en laine
S A LVAT O R E FERR AGAMO Veston en velours et mocassins en cuir
G I O RG I O A R M A N I Chemise en coton
COLLECTION HOMME, DIOR Chapeau en feutre
MAISON MICHEL Boucles d’oreilles et bagues
MONIES Médailles @COSTUME STUDIO Lunettes de soleil
GUCCI Cravate en soie et chaussettes du styliste
92
VO GUE HOMME S
VO GUE HOMME S
VO GUE HOMME S
À gauche : Robe en crêpe de Chine
MOSCHINO Chemise en coton
P OLO R ALPH L AU R E N Pantalon en coton et soie
ACNE STUDIOS Chapeau allongé
KYLE HO Lunettes de soleil
GUCCI Cravate en soie
HERMÈS Chaussures en patchwork de velours
MOSCHINO À droite : Maillot de bain en lycra
D OLCE & GABBANA Boucles d’oreilles
MONIES Collier en métal
MOSCHINO
95
VO GUE HOMME S
À gauche : Manteau et blazer en fausse fourrure léopard
BLUE MARBLE Chemise en jacquard de soie
S A I N T L AU R E N T PA R A N T H O N Y VA C C A R E L L O Pantalon en laine
BRIONI Boots en cuir de veau
HERMÈS Cravate du styliste À droite : Manteau long en laine imprimé léopard
FENDI Veste en demi–toile en velours et chemise en sergé de viscose imprimée
RO B E RT O C AVA L L I Pantalon en sergé de laine technique et bottes en cuir de veau
BOT TEGA V E N E TA Chapeau
WA L E S B O N N E R A RC H I V E S Cravate en crêpe de soie à pois
R A L P H L AU R E N PURPLE L ABEL
96
VO GUE HOMME S
VO GUE HOMME S
Doudoune anorak en nylon et bottes en cuir
MOSCHINO Pull en laine
GIVENCHY Pantalon large en denim brut
W O OYO U N G M I Boucles d’oreilles
MONIES
VO GUE HOMME S
Doudoune en nylon, pantalon double denim et collier en métal et cristaux
MOSCHINO Veste en velours
S A I N T L AU R E N T PA R A N T H O N Y VA C C A R E L L O Baskets Monogram en toile
LOUIS VUIT TON Boucles d’oreilles
MONIES
99
VO GUE HOMME S
À gauche : Veste et pantalon en laine, et chemise en coton
LOUIS VUIT TON Cravate en crêpe de soie
R A L P H L AU R E N PURPLE L ABEL Chapeau et cape @COSTUME STUDIO Bottines en cuir de veau
B O T T E G A V E N E TA À droite : Manteau en laine
BRIONI Bomber et pantalon en tweed avec broderie en métal doré et bottes en soie
MOSCHINO Chemise en coton
COLLECTION HOMME, DIOR Chapeau @COSTUME STUDIO Cravate en soie du styliste
Assistants réalisation
F E L I X PA R A D Z A , M A R K M U T YA M B I Z I et RO S E D U M O N T Coiffure
EUGENE SOULEIMAN Maquillage
PETER PHILLIPS Manucure
HANAE GOUMRI Accessoires
BENOIST BUT TIN Mannequins
S ANA DIO UF, DJIBRIL SAGNA, MAHAMAD OU, D J I LY K A M A R A , QUENTIN A. et K H A L L I L T O U I L
100
VO GUE HOMME S
VO GUE HOMME S
Le premier, il a conquis la Chine, l’Inde et le Japon avec des vêtements extravagants en avance sur leur temps.
PIERRE CARDIN est
le
dernier survivant des couturiers du XXe siècle. Un documentaire rend hommage à ce phare de la création française, un mystère flamboyant qui a sculpté une mode pour dandy à la séduction virile et cosmique. PA R
Loïc PRIGENT
ENVIE DE
A RC H I V E S P I E R R E C A R D I N
LEGENDE —De prime abord, il y a un paradoxe entre l’iconographie folle de l’œuvre de Pierre Cardin et son apparence tranquille. C’est un monsieur aux cheveux blancs né en 1922, voûté, que l’on apercevait encore récemment aux défilés de Jean Paul Gaultier. Quand on le croise, il paraît escorté par des collaborateurs qui le protègent comme une sainte relique et on pourrait penser qu’il est fragile. Mais quand on l’approche, le voilà riant, trinquant au champagne, articulé comme un comptable au rapport, espiègle comme un gamin, sûr de lui comme un baron. Pierre Cardin est toujours Pierre Cardin, à la hauteur de sa mode, qui a été, est et sera ébouriffante. Sardonique, le survivant des couturiers du XXe siècle n’est pas tendre avec ses chers collègues disparus : «Yves Saint Laurent, c’est l’élégance mais pas la création », « Coco Chanel, c’est un seul vêtement »… Et la pire des pires : « Karl Lagerfeld ? Je ne connais pas son travail. »
Oui, Pierre Cardin pourrait donner des cours de vacheries à Mariah Carey. Et c’est vrai qu’il balance les aphorismes mode à la mitraillette : « Je ne tiens pas à imiter les autres mais à être imité. » C’est un fou de travail que le travail a conservé pendant des décennies, intact, vif. « La géométrie est essentielle pour moi, elle est sans doute ce qui définit mon travail. » Et en effet, des panoplies extraterrestres, des chapeaux circonflexes, des robes satellites, des manches d’exclamation géantes, des torses d’hommes transformés en triangles, des robes à cerceau pour des bals spatiaux, carnaval à Cap Canaveral. Des chasubles qui se portent bras écartés pour bien montrer l’ampleur textile. Des visages barrés de lunettes de soleil computer flippantes, des tenues de gala pour fêter l’an 3000 à Pompéi, des volumes qui cherchent toujours l’inédit. Des vêtements qui sentent l’intérieur d’une DS neuve orange garée devant le Cnit sur le parvis de la Défense.
103
VO GUE HOMME S
A RC H I V E S P I E R R E C A R D I N
L’homme de Pierre Cardin est un mystère flamboyant. Le marquis de Galactica. Un dandy cosmos. Il porte les vêtements des Trente Glorieuses qui ne savent pas encore qu’elles ne seront que trente. « C’est peut–être délicat à porter mais ça se portera facilement dans quinze ou vingt ans, tempère–t–il à la fin de ses défilés, mais il y a du portable parce qu’il faut également penser aux clients et à ce qu’ils vont mettre immédiatement. » Ses vêtements pour homme sont des performances. Des pantalons argent, des cibles pop, des cravates parce que, oui, les cravates Pierre Cardin continuent leur omniprésence. « Ce ne sont pas des choses simples, ce sont des choses très pures. » L’homme a le sens de la formule : « J’ai choisi d’avoir des rêves immenses pour ne pas les perdre de vue. » En 1992, il devient le premier couturier académicien, folie furieuse. « Je ne m’y attendais pas, et voilà. Pierre Cardin, couturier ! », lâche–t–il laconique, parlant de lui à la troisième personne. Et le voilà en 2016, qui défile sur du Jean–Michel Jarre dans l’Académie pour ses soixante–dix ans de création. On note dans le public quelques académiciens que certaines de ces audaces réveillent dans une bonne humeur. Pas fou, il décline les fameuses broderies de feuilles vertes de l’uniforme officiel de l’Académie française sur ses tenues pour dames. Capitaine de sa propre industrie, Pierre Cardin a pressenti l’importance du prêt–à–porter une bonne décennie avant ses collègues, dès le milieu des années 1950. Il a fait la couverture de Time torse nu, entouré de ses produits dérivés et de sa signature à la cursive optimiste. Couturier investisseur, il achète en collectionneur des totems de l’immobilier libertin : le palais de Casanova à Venise, le château de Sade à Lacoste, et le restaurant Maxim’s, rue Royale, qu’il décline à travers le monde, précurseur d’un Starbucks Art Nouveau. Dans les images d’archives en noir et blanc, Pierre Cardin découpe avec d’énormes ciseaux, il se met à genoux au sol pour dessiner à toute allure des bouts de patronages. On le sent déchaîné, sûr de son talent, ambitieux, rapide, un torrent d’idées impossible à contredire. «J’aurais pu être sculpteur si je n’avais pas été couturier. Je cherche toujours une idée qui choque, qui provoque, qui étonne. » Avec l’ego en or massif de ceux qui n’ont plus les moyens de feindre la modestie : « Je ne voulais pas être le second, je voulais être le premier. »
Celui qui a commencé tailleur à Vichy dans les très mauvaises années s’est rattrapé une modernité en habillant les Beatles, en posant des zips sur les vestes de costumes. Il a cousu des strings sur les pantalons d’hommes. Il a fait défiler des hommes en sous–vêtements bien avant la calvinkleinisation des corps masculins. Pierre Cardin amène de façon tonitruante une séduction virile cosmique. Il sort des salons snobs de la couture pour parler à la rue, et avec un mégaphone. Après la Seconde Guerre mondiale, Cardin a l’énergie de ceux qui veulent réussir. Il collabore avec Christian Bérard sur les costumes de La Belle et la Bête de Cocteau en 1946, habillant Jean Marais en prince bling recouvert de cristaux. Il enchaîne les jobs chez Paquin, Schiaparelli, Dior, si bien qu’il a participé au lancement du New Look avec Christian Dior. Mais le voilà viré injustement de la maison Dior, ce qui lui rendra le service de lancer sa propre maison à partir de 1950. Dans les années 1980, la publicité « Pierre Cardin Pour Monsieur» est un sommet de testostérone, le film ressemble à une préface furieuse d’American Psycho : des hommes en smokings et des femmes en robes rouges se roulent des pelles dans la rue, un homme d’affaires est assailli par des reporters à la sortie de sa berline et, surtout, le bouchon du flacon explose et le jus du parfum éjacule sur fond noir pendant qu’une chanteuse hurle « Pierre Caaaaardinnn ». Toute résistance est inutile. Le monde entier se lève et fonce acheter Pour Monsieur. Pierre Cardin est l’un des phares de la création française, démonstration que l’étoile des marques de mode peut briller longtemps après son apparition, et dans des contrées très lointaines. Ses premiers contacts avec la Chine populaire datent de la fin des années 1970, il défile à Pékin dès 1979. «J’ai vu un peuple travailleur. J’ai vu un milliard d’individus et je me suis dit : si je gagne un dollar par habitant, je gagne un milliard par jour », dit–il plaisamment. Le voilà à la conquête de l’Inde, du Japon, qu’il va engloutir sous des milliers de produits Pierre Cardin. Il a prédit la mondialisation. En 2018, cinquante ans après son premier voyage, il défile sur la Muraille de Chine. « Créer, mais pour le peuple, pour un maximum de gens ! » Il signe tellement de centaines de licences Pierre Cardin qu’il est plus simple de lister les produits qu’il ne fait pas : les crics de pneu, les kayaks et les avions. Ah non, pardon, il a fait des avions Cardin. V H PIERRE CARDIN, D O C U M E N TA I R E D E P. D AV I D E B E R S O L E E T T O D D H U G H E S , EN SALLES LE 23 SEPTEMBRE.
« J’aurais toujours
sculpteur. Je cherche une idée qui choque, qui provoque, qui étonne. »
pu
être
105
VO GUE HOMME S
ENVIE D’
ETERNITE
—Consommer moins et autrement n’a jamais été autant d’actualité. Valeur sûre du dressing ? Le vêtement qui dure, écorce d’éternel. Du coup, la côte du cuir s’enflamme. Symbole, au choix, de force, de sensualité ou de rébellion, sur la plupart des podiums de la saison, son aura underground s’offre une désirabilité universelle. V H
Veste blazer et pantalon en cuir
FENDI Débardeur en coton
Gildas STEWART
du styliste
PA R
Ceinture en cuir
PHOTO GR APHE
Mocassins en cuir
Fanny LATOUR– LAMBERT R É A L I S AT I O N
Roberto PIU
LEMAIRE JOHN LOBB Chevalière
D AV I D Y U R M A N Coiffure et maquillage
S E RG I O V I L L A FA N E
PA R Mélanie DEFOUILLOY
—Gainer son visage comme son corps, pour conserver des muscles faciaux souples et toniques, c’est aujourd’hui la stratégie qui paie pour avoir une belle peau. Car au–delà des soins qui n’agissent que sur la texture, le travail des facialistes relance le flux sanguin et le renouvellement cellulaire tout en sollicitant les muscles sous–cutanés. Pendant ses protocoles plutôt sportifs, Sophie Carbonari pétrit l’épiderme sans relâche à l’aide de ses doigts, paumes et avant–bras : « Ce massage profond oxygène les tissus, redessine les volumes et remet le visage sous tension. » Le bon geste à faire au quotidien pour compléter ces sessions ? « Activer son système lymphatique pour éliminer les toxines, en stimulant les ganglions par une succession de points de pression, le long de la mâchoire, autour des oreilles et dans le coin interne des yeux. » V H
107
ENVIE D’
ECLAT
VO GUE HOMME S
ENVIE D’UN
CAFE AVEC PARKER VAN NOORD
108
E N V I E D ’ U N C A F É AV E C PA R K E R VA N N O O R D
—Rendez–vous au Flore, un matin de juillet avec Parker van Noord. Un prototype de beauté de près d’un mètre quatre–vingt–dix, la vingtaine et des poussières, l’œil noisette, la musculature saillante, peaufinée par des heures à jouer le charpentier pendant le confinement. Le fils d’André van Noord, l’un des rares mannequins hommes adoubé top model sur trois décennies, fait à son tour chavirer la fanfare de la mode. Défilés pour Armani, Dolce & Gabbana, Bottega Veneta, Isabel Marant, Umit Benan, Jacquemus, déjà deux couvertures de Vogue Hommes à son actif, le jeune Néerlandais d’une coolitude admirable affiche une personnalité et un style à tomber. Jean seventies taille basse, chemise bleu azur Yves Saint Laurent vintage, boots d’inspiration militaire, cheveux taillés à ras, l’avant–bras tatoué « more », c’est un sex–symbol de la trempe d’un Joe Dallesandro qui s’assied en toute décontraction à une table du café étendard de Saint–Germain–des–Prés. VO GUE HOMME S
Te souviens–tu du moment où tu as pris conscience du métier qu’exerçait ton père ? PA R K E R VA N N O O R D J’ai senti très jeune que mon père ne faisait pas un métier classique, qu’il ne se rendait pas dans un bureau tous les jours de neuf à dix–sept heures mais je ne savais pas comment il occupait ses absences. Il lui arrivait de venir me chercher à la sortie de l’école dans un costume en cuir et les gamins se marraient en se demandant « qui est ce type ? ». Je me souviens de ma maîtresse d’école de retour d’un voyage aux États–Unis. Elle m’a dit : « Parker, j’ai vu ton père partout dans les rues de New York. » Il devait être placardé sur plein de billboards, une pub Calvin Klein j’imagine. J’avais 10 ans. Mais c’est à l’âge de 14 ans, quand on a fait nos premières photos ensemble, que j’ai réellement compris ce que voulait dire être mannequin.
P R O P O S R E C U E I L L I S PA R
Olivier LALANNE VO GUE HOMME S
À quel moment as–tu pensé faire carrière toi aussi ? PA R K E R VA N N O O R D Au début, je travaillais un peu, mais mes études passaient avant tout. Et étrangement, suite à la disparition de mon père, les choses se sont accélérées. J’ai été de plus en plus demandé. Mon père m’avait dit : « Ça ne sert à rien de m’emboîter le pas si tu ne réussis pas mieux que moi. » C’est ce que j’essaie de faire. VO GUE HOMME S
Qu’est–ce qui te plaît le plus dans ta vie de mannequin ? PA R K E R VA N N O O R D Où que tu ailles dans le monde, quel que soit le job pour lequel tu as été booké, tu rencontres des gens créatifs. Toutes ces personnes ont la même vie et elles se comprennent les unes les autres. Et puis, j’aime l’idée de pouvoir sortir de ma zone de confort, de repousser mes limites. Quand j’ai fait des photos pour Vogue Hommes avec Jack Pierson, je me suis retrouvé sur une paire de rollers, en microshort et chemise nouée au–dessus du nombril. Je me suis surpris quand je me suis vu dans la glace. Une image aux antipodes de ce que je suis. Puis j’ai dû réfléchir à comment incarner ce type avec crédibilité devant l’objectif. C’est assez grisant. On est parfois à la frontière du cinéma. VO GUE HOMME S
Comment te perçois–tu ? PA R K E R VA N N O O R D Physiquement, il m’est difficile — pour ne pas dire impossible — de porter un regard objectif ou distancié sur moi–même tant j’ai vu de photos de moi. Intérieurement, je sais que j’ai un bon rapport avec moi–même, je m’amuse. Quand je suis seul, je n’ai besoin de rien ni personne pour être heureux. VO GUE HOMME S
« Mon père m’a dit que le plus important dans l’existence est d’aller
à la rencontre de soi même, de s’explorer. »
Quelle est la première personne qui t’a dit que tu étais beau ? PA R K E R VA N N O O R D Ma mère. VO GUE HOMME S
Quelle est la partie de ton corps que tu préfères ? PA R K E R VA N N O O R D Mes décrochés antiques. Il m’arrive de porter des tops un peu courts et de les exhiber. Je trouve ça sexy. VO GUE HOMME S
Celle que tu aimes le moins ? Mes oreilles. Trop petites.
VO GUE HOMME S
Qu’est–ce que ce métier t’inspirait ? PA R K E R V A N N O O R D Ça m’intéressait et j’étais curieux avant tout parce que c’était l’univers dans lequel mon père avait choisi d’évoluer. J’ai toujours voulu connaître et comprendre ce qu’était sa vie. Et plus encore depuis qu’il n’est plus là [André van Noord est mort prématurément en 2018, victime d’un cancer à 54 ans, ndlr]. Juste après qu’on ait fait une première série de photos ensemble, j’ai signé avec une agence. Mon père m’a dit que le plus important dans l’existence est d’aller à la rencontre de soi–même, de s’explorer, passer par l’université, et de gagner de l’assurance. Que je n’en serais qu’un meilleur mannequin.
PA R K E R VA N N O O R D
VO GUE HOMME S
À quoi fait référence le « more » tatoué sur ton avant–bras ? PA R K E R VA N N O O R D Il n’a pas vraiment de sens si ce n’est que « more », ou « plus » en français, est le premier mot que j’ai appris à dire. Enfant, je voulais toujours plus. Plus de nourriture, plus de bonbons, plus de jouets… Et ce n’était pas comme si mes parents me donnaient plus sans raison ! Je pense que vouloir toujours plus dans l’absolu peut être un piège, même si vouloir toujours plus dans le travail peut aussi être une force. Ce tatouage est un clin d’œil à mon enfance qui est derrière moi. Il me fait m’en souvenir.
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E N V I E D ’ U N C A F É AV E C PA R K E R VA N N O O R D
VO GUE HOMME S
VO GUE HOMME S
Le principal trait de ton caractère ? Loyal. Souvent amusé. Et amusant j’espère…
Ton cocktail préféré ? Whisky Sour.
PA R K E R VA N N O O R D
PA R K E R VA N N O O R D
VO GUE HOMME S
VO GUE HOMME S
Ton principal défaut ? Qu’est–ce que tu as PA R K E R VA N N O O R D Il m’arrive de dire des trucs que je regrette comme voiture ? après, et ça peut me hanter pendant des semaines. Une sorte PA R K E R V A N N O O R D J’ai les deux Mercedes blanches de sens de culpabilité chronique. années 1970 de mon père. Et je me suis offert un cabriolet Mercedes SL baby blue, cru 1978, intérieur VO GUE HOMME S en cuir caramel. Comment définirais–tu ton style ? PA R K E R VA N N O O R D Longtemps, je n’en ai pas vraiment eu un. Et VO GUE HOMME S puis la semaine du décès de mon père, j’ai trouvé un spencer Si tu devais décrire ta chambre ? que j’ai coupé et dans lequel je me suis senti immédiatement PA R K E R V A N N O O R D Je viens d’emménager donc plutôt moi–même. Les prémices de mon style. Une naissance. C’est vide et baignée de lumière, parce que beaucoup de comme si mon père, qui avait une allure aussi personnelle fenêtres, un lit simple avec des draps blancs ou bleus, qu’incroyable, s’était glissé en moi. Définir mon style ? Je et des photos de ma famille. dirais un équilibre entre chic et sexy. VO GUE HOMME S
Ton Instagram et les vidéos que tu imagines sont un vivier de très bonnes musiques. Quelle est pour toi la meilleure chanson pour danser ? PA R K E R VA N N O O R D « State of Independence » de Donna Summer.
VO GUE HOMME S
Quelle est ta plus grande excentricité vestimentaire ? PA R K E R VA N N O O R D Je ne porte pas de sous–vêtements. VO GUE HOMME S
Un tabou ? Les jeans moulants.
PA R K E R VA N N O O R D
VO GUE HOMME S VO GUE HOMME S
Ton panthéon du style ? PA R K E R VA N N O O R D Richard Gere dans American Gigolo, mon père et Umit Benan. Je dois beaucoup à Umit dans ma façon de m’habiller et de jouer avec les vêtements. D’ailleurs je porte beaucoup de ses créations. Depuis l’âge de 13 ans, Umit m’a confronté au miroir et nous avons des conversations passionnantes sur le style. VO GUE HOMME S
Quels sont les trois basiques de ta garde–robe ? PA R K E R VA N N O O R D Un costume trois boutons, une paire de boots vintage et un Levi’s 501. Mais j’achète peu de vêtements.
Et celle pour bien commencer la journée, à écouter sous la douche ? PA R K E R VA N N O O R D « Here comes your man » des Pixies. VO GUE HOMME S
Celle pour faire l’amour ? « Blue Moon » d’Elvis Presley
PA R K E R VA N N O O R D
« À 20 ans, tu ne sais pas qui tu es. Les contours sont flous. J’ai du mal à me projeter dans le futur. »
VO GUE HOMME S
Quel parfum portes–tu ? PA R K E R VA N N O O R D Un parfum de chez Le Labo… dont j’ai oublié le nom ! VO GUE HOMME S
Le parfum qui te fait chavirer ? PA R K E R VA N N O O R D L’odeur du sexe. VO GUE HOMME S
Tu préfères séduire ou être séduit ? PA R K E R VA N N O O R D Séduire.
VO GUE HOMME S
Comment vois–tu la suite ? PA R K E R VA N N O O R D Je suis encore jeune, je veux continuer à rencontrer des gens, à apprendre à me connaître. Je ne sais pas où l’avenir me conduira, toujours en terrain créatif, j’imagine. Mon père s’était mis à la photo, c’est un champ que j’aimerais explorer moi aussi. Et puis, il y a la vidéo, que j’expérimente. Je viens d’en finir une, une ode à ma famille. Mais encore une fois, à 20 ans, tu ne sais pas qui tu es et ce que tu vas faire. Les contours sont flous. J’ai du mal à me projeter dans le futur.
VO GUE HOMME S
Avec qui rêverais–tu de dîner ? PA R K E R VA N N O O R D Leonard Cohen. Je viens de voir Marianne & Leonard: Words of Love. Cette histoire est si poignante sur le thème d’artistes qui placent leur carrière au–dessus de l’amour. J’aurais tant de questions à lui poser à ce sujet.
110
VO GUE HOMME S
Pour terminer, quelle est ta devise ? Sois heureux et bienveillant.
PA R K E R VA N N O O R D
VH
Mélanie NAUCHE PA R
PHOTO GR APHE
Fanny LATOUR– LAMBERT R É A L I S AT I O N
Roberto PIU
—« Il faut que tout change pour que rien ne change. » Un bon résumé de ce jus à l’âme viscontienne imaginé par François Demachy, qui twiste les codes de la cologne dans une composition résolument moderne. Lisible sans être trop prévisible, fraîche mais racée, minimaliste mais structurée, une claque d’agrumes frappe en premier. On reconnaît bien les facettes joyeuses de la bergamote, une mandarine qui pétille, une orange pulpeuse gorgée de soleil… Ici, pas de message alambiqué mais un souci aigu d’exception, via des matières premières de haut vol. Le Citron Concentré « Qualité d’Hiver », pour ne citer que lui, est un ingrédient rare exclusif à la maison. On s’arrête là pour ce qui est du classique. Passé les premières secondes, place au panache de ce parfum finalement très texturé. Rappelons qu’il est inspiré des bals opulents du xviiie, obsession de Monsieur Dior. Olfactivement, cela se traduit par la rondeur inattendue du néroli, qui, mélangé à des feuilles de menthe, renouvelle le genre tout en respectant le cadre. V H C O L O G N E R O YA L E , M A I S O N C H R I S T I A N D I O R , 1 2 5 M L , 1 9 8 E U R O S .
111
E N V I E DE
NEROLI
VO GUE HOMME S
Manteau, veston et pantalon en laine
G I O RG I O ARMANI Ceinture en cuir
CB MADE I N I TA LY
CLASSIQUES
Dans toute la séance : Derby en veau Box
J.M. WE STON Chaussettes en laine
SAINT L A U R E N T PA R ANTHONY VA C C A R E L L O Pendentif
T I F FA N Y & C O. Montre Omega
ENVIE DE
vintage @ ANTOINE DE
MACED O
PHOTO GR APHE
Annemarieke VAN DRIMMELEN R É A L I S AT I O N
Anastasia BARBIERI
112
VO GUE HOMME S
À gauche : Pull en laine et coton
T H E KO O P L E S Pull en laine (autour du cou)
A . P.C . Pantalon chino en coton
P OLO R ALPH L AU R E N À droite : Cardigan et col roulé en laine
D S Q UA R E D2 Pantalon en coton vintage @ LE VIF Ceinture en corde et cuir
HERMÈS Printemps–Été 2021
114
VO GUE HOMME S
115
VO GUE HOMME S
À gauche : T–shirt en coton
R AGNO Pantalon en laine vierge et viscose
UMIT BENAN À droite : Manteau en laine prince–de–galles
W O OYO U N G M I Pull en laine et cachemire
C R I S TA S E YA Pantalon en laine
CASABL ANCA
116
VO GUE HOMME S
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VO GUE HOMME S
À gauche : Manteau en laine et pantalon en laine et soie
GUCCI Bracelets
D AV I D Y U R M A N et M A RC DELO CHE À droite : Pull en laine et pantalon en laine écossaise
S A LVAT O R E FERR AGAMO
118
VO GUE HOMME S
119
VO GUE HOMME S
À gauche : Manteau en peau de chameau, nylon et soie et costume en laine vierge et viscose
UMIT BENAN T–shirt en coton
R AGNO À droite : Manteau en laine
GIVENCHY T–shirt en coton
RE /DONE Pantalon en velours côtelé
MSGM Bonnet en cachemire
SAINT L A U R E N T PA R ANTHONY VA C C A R E L L O
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VO GUE HOMME S
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VO GUE HOMME S
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VO GUE HOMME S
À gauche, Parker : Manteau en laine
FEAR OF GOD × ERMENEGILD O ZEGNA Pull en alpaga et pantalon en laine
AMI ALEXANDRE M AT I U S S I Bess : Manteau en laine d’alpaga
BRIONI Veste et pantalon en laine, et col roulé en alpaga
AMI ALEXANDRE M AT I U S S I À droite : Pull en maille de laine
BOT TEGA V E N E TA
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VO GUE HOMME S
À gauche : Manteau en cachemire et veau et costume en flanelle de laine
HERMÈS T–shirt en coton
C AGI Bracelets
D AV I D Y U R M A N et M A RC DELO CHE À droite : Cardigan en coton
STONE ISL AND T–shirt en coton
AMERICAN V I N TA G E Pantalon en coton
JIL SANDER PA R L U C I E E T LUKE MEIER Bonnet en cachemire
SAINT L A U R E N T PA R ANTHONY VA C C A R E L L O
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VO GUE HOMME S
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VO GUE HOMME S
À gauche : Manteau et col roulé en laine
ISABEL MAR ANT Pantalon en laine vierge
RO C H A S Bonnet en cachemire
SAINT L A U R E N T PA R ANTHONY VA C C A R E L L O À droite : Trench en croûte de cuir de veau et pull en maille torsadée
COLLECTION HOMME, DIOR Pantalon en laine
LEMAIRE Bonnet en laine Mérinos et cachemire
A . P.C .
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VO GUE HOMME S
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VO GUE HOMME S
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VO GUE HOMME S
À gauche : Trench–coat en coton et polyester
MAISON M A RG I E L A Pantalon en laine
ERMENEGILD O ZEGNA Printemps–Été 2021 À droite : Pull en coton mouliné, pantalon en drill de coton et ceinture en cuir et corde
HERMÈS Printemps–Été 2021 Bracelets
D AV I D Y U R M A N
Assistants réalisation
A N G E H É R AU T, RO B E RT O PIU, SERENA MOSCARELLI et H A N N A OLLIVIER DE LETH Coiffure
DA AN KNEPPERS Maquillage
ELISE HAMAN Production
R ALPH DE HAAN et 3 6 0 P M Mannequins
PA R K E R VA N N O O R D et B E S S VA N NOORD
129
VO GUE HOMME S
ENVIE D’UNE
—Vue aux derniers défilés Dior, Gucci et Celine par Hedi Slimane, la frange opère son grand retour cette saison. En pointe, droite, effilée, lisse, bouclée, les variations sont multiples pour ceux qui veulent donner à leur look une vibe seventies. Pour Delphine Courteille, « elle a en plus l’avantage d’intensifier le regard et de rajeunir le visage ». La bonne façon de la maîtriser ? « Opter pour une crème coiffante à appliquer directement sur cheveux humides, un shampooing sec texturisant, voire un protocole à la kératine localisé, pour contrer un épi anarchique ou densifier la matière. » V H
FRANGE
Mélanie DEFOUILLOY PA R
PHOTO GR APHE
Fanny LATOUR– LAMBERT R É A L I S AT I O N
Roberto PIU
Chemise de smoking en coton
BRIONI Bague
D AV I D Y U R M A N
Manteau ceinturé en cachemire
LOEWE Bracelet
LUJ Coiffure et maquillage
S E RG I O V I L L A FA N E
—La migration du vêtement de nuit dans les sphères du jour, à l’image du pyjama, est l’un des exercices préférés des caïds du style, artistes en tête à l’image de Julian Schnabel. La formule gagnante aisance et élégance. Rien d’étonnant à ce que cette saison, le manteau robe de chambre soit la valeur sûre. Épaules ajustées, cachemire fluide comme un filet d’eau pure, ceinture nouée à la taille, c’est la version soft et décontractée du mythique manteau de Brando dans Le Dernier Tango à Paris. V H
PA R Gildas STEWART
E N V I E DE
VOLUPTE 131
VO GUE HOMME S
ENVIE DE
CHANGER LE MONDE 132
ENVIE DE CHANGER LE MONDE
le confinement, Black Lives Matter et la résurgence du féminisme sont–ils liés ? Quel portrait du monde et de notre époque dessinent–ils ? Pour comprendre, Le philosophe En
quoi
PAUL B. PRECIADO
M A R I E RO U G E
Quel a été l’impact du virus et de cette période sur vous ? PA U L B . P R E C I A D O C’était une expérience importante. Je suis tombé malade très rapidement, avec une forte fièvre, et j’ai perdu la vision de l’œil gauche pendant quelques jours à cause d’une inflammation du nerf optique. J’ai passé la maladie seul et j’ai compris que je pouvais mourir et que personne ne pourrait venir me voir. Jusqu’à présent, j’ai beaucoup voyagé et, bien que je travaille sur la politique du corps, je vivais toujours au–dessus de mes moyens physiques et corporels. Le virus m’a connecté à ma propre vulnérabilité et, plus généralement, à la vulnérabilité dans laquelle notre propre mode de vie capitaliste, patriarcal et colonial nous a placés.
Nelly KAPRIÈLIAN
VO GUE HOMME S
Pensez–vous que le confinement a vraiment changé notre façon de penser, d’appréhender nos existences, notre façon de vivre, nos valeurs ? Ou peut–on craindre que cela ne soit que superficiel et que tout recommence comme avant ? PA U L B . P R E C I A D O Je pense que le virus n’a pas seulement déclenché une crise sanitaire, économique ou politique. Il a aussi produit une crise esthétique, c’est–à–dire la transformation de nos manières de percevoir le monde et de ressentir. D’une part, nous avons vu qu’il est possible d’« arrêter », de « stopper » le délire de la production et de la consommation capitalistes. Nous vivions dans une situation de naturalisation de l’exploitation néolibérale : la destruction capitaliste de la planète nous est présentée comme un fait naturel contre lequel les politiciens ne pouvaient pas agir. La première chose que fait le dispositif capitaliste est d’extraire notre capacité à désirer, de sorte que nous devenons des sujets dociles, semi–dépressifs, qui ne vivent que pour la production et la consommation. Avec la crise du coronavirus, nous avons appris qu’il est possible d’arrêter si nous le décidons collectivement. Cela signifie que nous pouvons prendre des décisions collectives radicales qui impliquent des changements structurels. Cet « arrêt » nous a également permis d’expérimenter la vie autrement : de comprendre que nos vies surproductives n’avaient aucun sens, que la ville est plus belle sans voitures, que nous pouvons partager l’espace avec des animaux, que nous n’avons pas besoin de travailler, par exemple. D’autre part, nous avons pris conscience des fortes inégalités sociales et politiques : le fait que l’essentiel du travail de soins et de ( re )production de la vie et des corps est effectué par des femmes et des personnes racisées dont le statut politique est souvent de non–citoyenneté et les conditions de travail précaires. Cela a été crucial parce que la crise du Covid a été une révélation qui nous a permis de modifier notre perception de notre rapport à la vie et au bonheur, mais aussi prendre conscience des inégalités et des rapports de pouvoir, et donc peut–être que ça nous a permis, aussi, de transformer notre désir, c’est–à–dire que nous avons pu, ne serait–ce que pendant deux mois, désirer la révolution, imaginer ce que serait notre vie si on vivait différemment.
homme trans et spécialiste du genre, qui travaille actuellement à une nouvelle histoire des sexualités, livre à Vogue Hommes sa vision des bouleversements profonds qui nous traversent aujourd’hui. Et montre la voie pour un monde nouveau. Résolument optimiste. VO GUE HOMME S
P R O P O S R E C U E I L L I S PA R
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ENVIE DE CHANGER LE MONDE
VO GUE HOMME S
VO GUE HOMME S
Mais n’allons–nous pas, au contraire, vers plus d’individualisme, de solitude ? Avec de moins en moins de chance de se rencontrer, de se comprendre, de s’aimer ? PA U L B . P R E C I A D O Je pense, au contraire, que ce qui est devenu clair pendant la crise du Covid, c’est que nous ne pouvons survivre que dans la coopération. Il y a deux philosophies épidémiologiques, celle de la guerre et celle de la coopération. Le premier ressort des recherches épidémiologiques du début du XXe siècle est marqué par l’expérience de la Première Guerre mondiale. Selon ces théories, nous devrions nous « isoler » du virus, nous en défendre comme des soldats. Les nouvelles enquêtes épidémiologiques tendent à penser que nous devrions plutôt apprendre à communiquer avec le virus, c’est–à–dire que nous devrions comprendre comment modifier notre système immunitaire, générer les anticorps qui nous permettent d’établir une relation de communication et non de mort avec le virus. Je crois qu’il y a ici aussi deux idées de ce que signifie vivre en société. La première correspond au libéralisme individualiste ; la seconde est le mouvement coopératif libertaire auquel je crois.
Nous sentons un immense ras–le–bol chez les jeunes. Est–on en train d’assister à l’avènement d’une nouvelle génération, plus consciente et plus active ? PA U L B . P R E C I A D O La fracture est aussi générationnelle. Les plus de 35 ans ont été totalement « capturés » par les promesses de succès et d’intégration dans la société néolibérale normative, avec ses fractures de classe, de race, de sexe, de sexualité, de handicap. Cette génération a essayé de s’adapter à la norme, de s’intégrer pour survivre. Mais les générations purement numériques qui ont vécu leur adolescence pendant la crise de 2008 ne veulent plus d’une intégration dans une société écocide, patriarcale et raciste. Elles veulent une transformation profonde. Nous parlons maintenant d’« intersectionnalité » en utilisant l’expression de la féministe noire américaine Kimberlé Crenshaw pour parler de la connexion constitutive des différentes formes d’oppression. De même, nous devons parler d’une intersection révolutionnaire : nous ne pouvons pas faire une révolution écologique sans dépatriarcaliser et décoloniser en même temps. Toutes ces luttes sont liées.
VO GUE HOMME S
Mais le virus et notre technologie rendent l’autre virtuel. VO GUE HOMME S Qu’en est–il du désir et de la peau, du corps, du touché ? PA U L B . P R E C I A D O Le virus a, il est vrai, précipité le passage d’une Dans le cadre de l’urgence climatique, société de travail physique, dans des institutions externes ou notre façon de consommer compte beaucoup. dans les entreprises, au télétravail. De même, de nouvelles Pensez–vous que nous consommons trop ? formes de cybercontrôle et de biosurveillance sont apparues. Notre manière de consommer peut avoir un Ces nouvelles formes de gestion et d’exploitation produisent véritable impact ? un nouveau sujet sans peau, sans contact physique, unique- PA U L B . P R E C I A D O Bien sûr. Pour moi, la consommation ment téléproductif. C’est pourquoi je parle du besoin du grand est une forme de vampirisme capitaliste. La publicité black out et des parlements de rue. a généré une fiction collective dans laquelle la consommation est égale à la réussite personnelle. Il faut sortir VO GUE HOMME S de cette mythologie et commencer à comprendre que Pensez–vous qu’il y a un lien entre le confinement, derrière un acte de consommation, il y a un processus et le soulèvement Black Lives Matter de destruction écologique et sociale. Je ne consomme presque rien. Pratiquement que des livres et beaucoup qui a eu lieu suite au meurtre de George Floyd ? PA U L B . P R E C I A D O Absolument. Même si le cycle des manifes- de livres d’occasion. Posséder quoi que ce soit ne m’intétations révolutionnaires à la fois antiracistes et féministes, resse pas. Ni des objets, ni des vêtements, ni rien. Moins queer et trans avait commencé avant le virus. Les mouvements j’en ai, plus je suis libre. #MeToo, Black Lives Matter et #NiUnaMenos étaient déjà actifs depuis un certain temps, mais se sont amplifiés avec la crise du virus. Les corps sur lesquels repose la domination patriarcale et raciale ont dit basta — car nous sommes à la limite de notre possibilité de résistance, nous sommes en train de mourir. Toute l’exploitation capitaliste, patriarcale et coloniale est soutenue par les mêmes corps dont on extrait constamment la valeur et la vie et qui, même dans des sociétés apparemment démocratiques, n’ont pas la reconnaissance et le pouvoir VO GUE HOMME S d’agir comme de véritables sujets politiques. Les corps racisés, Comment voyez–vous la société, le monde non hétérosexuels, féminisés, trans, non–binaires sont au bord aujourd’hui ? Et comment vous de l’animalisation et, en même temps, nous avons, pour la prequi voyagez beaucoup voyez–vous la France, mière fois dans l’histoire, accès à des techniques linguistiques les mentalités en France ? et de collectivisation de savoir ( par le biais des caméras des PA U L B . P R E C I A D O C’est un moment d’une grande complexitéléphones et des réseaux sociaux, par exemple ) pour dénoncer té. Il n’est évidemment pas possible de comparer Taïwan, notre oppression et construire collectivement un processus par exemple, et la France ; ou le Chili et le Sénégal. Mais, de « devenir sujet politique ». Sans quelqu’un pour enregistrer en général, je dirais que la société est très polarisée : le meurtre de George Floyd par la police et mettre la vidéo en je vois la lutte entre une forme de techno–capitalisme patriarco–colonial ( dont les représentants sont aussi ligne, il n’y aurait pas eu de réaction mondiale.
« Pendant la crise du Covid, il est devenu clair que nous ne pouvons survivre que dans la coopération. »
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VO GUE HOMME S
bien Trump et Bolsonaro, qu’Erdogan ou Xi Jinping mais aussi, et à sa manière, Macron ), qui cherche à perpétuer les formes traditionnelles d’exploitation et de consommation avec des discours et des pratiques plus ou moins nationalistes, mais toujours autoritaires, de grande violence ; et une nouvelle culture de coopération écologiste, féministe, antiraciste, queer, trans … La société française n’est pas différente en ce sens. Si nous l’examinons sous cet angle, il n’y a pas d’opposition mais plutôt une continuité entre Macron et Marine Le Pen, par exemple. On ne peut plus opposer au populisme fasciste le républicanisme néolibéral. L’État néolibéral a intégré des formes fascistes de répression racistes et patriarcales, de contrôle et de punition. Par conséquent, aujourd’hui, la seule option est révolutionnaire. VO GUE HOMME S
Comment imaginez–vous le futur ? Êtes–vous optimiste ? PA U L B . P R E C I A D O Je suis un optimiste pathologique. L’optimisme est pour moi un antidote politique, car le néolibéralisme nous extrait la capacité d’imaginer le changement. Être optimiste signifie que mon imagination n’a pas été totalement captée par le pouvoir. De plus, d’un point de vue philosophique, et je le dis comme un architecte qui regarde un bâtiment fragile, l’infrastructure patriarcale et coloniale s’effondre, elle ne pourra pas tenir debout : nous ne pouvons pas suivre ce rythme d’exploitation sociale et politique et de destruction des écosystèmes. Si nous le faisons, l’humanité dans son ensemble disparaîtra. L’optimisme récalcitrant s’accompagne donc d’un diagnostic pessimiste des conséquences du régime capitaliste sur la vie.
Cela signifierait un changement profond de la conscience. Il impliquerait en premier lieu la destruction de la valeur marchande des choses et de notre soumission à la relation production / reproduction / consommation. Ce serait, pour le dire avec Nietzsche, une trans–valuation de toutes les valeurs. C’est ce que j’appelle un nouveau « technochamanisme cosmique », inspiré par l’œuvre de l’artiste mexicain–américain Guillermo Gómez Peña. VO GUE HOMME S
Sans pouvoirs magiques, comment faire pour l’obtenir ? PA U L B . P R E C I A D O Sans pouvoirs magiques, comme le disait Angela Davis à propos de l’importance du vaudou dans les traditions noires de la lutte anticoloniale et antiraciste, il n’est pas possible de vaincre des ennemis politiques aussi complexes. Mais la magie est une technique humaine de modification de la conscience qui consiste à inventer des fictions collectives alternatives. L’art est la magie ; la littérature, la musique, la philosophie … sont des techniques de magie. Nous devons imaginer le changement et commencer à le désirer. Je propose à tous les lecteurs une technique de visualisation cognitive : arrêtez de consommer, abandonVO GUE HOMME S nez les régimes et toutes les drogues, y compris l’alcool bien Si vous aviez le moyen — magique — de changer sûr, et passez au moins quinze minutes par jour à imaginer la révolution. Le désir de révolution est comme le virus. Lorsque immédiatement quelque chose au monde le virus du changement profond sera en vous, alors vous dans lequel nous vivons, que changeriez–vous ? PA U L B . P R E C I A D O Je voudrais rétablir le rapport animiste aurez déjà commencé à muter : vous allez changer de vie. V H avec le monde animal et végétal que le mode de producD E R N I E R O U V R A G E PA R U : tion capitaliste, patriarcal et colonial a rompu et que J E S U I S U N M O N S T R E Q U I V O U S PA R L E ( G R A S S E T ) . certaines cultures indigènes connaissent et pratiquent.
« La pub génère une fiction collective dans laquelle la consommation est égale à la réussite personnelle. »
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ENVIE D’ESPOIR
Du haut de ses 23 ans, il est le jeune premier qu’on s’arrache.
BENJAMIN VOISIN
sa promotion l’un des élèves les plus déterminés à ne pas jouer au dilettante à mèche, confiant dans les dons qu’un astre supérieur aurait placé en sa jolie personne : « Quand la classe est finie, je reste encore huit heures, je me trouve un petit coin avec un pote, on bosse, on bosse, et puis un autre le remplace. Tu passes de Racine à Koltès, de Shakespeare à Sarah Kane, tu te fais les muscles. J’ai compris que c’est avec la sueur qu’on arrive à tout. Je ne crois pas trop au mec à la coule qui vient et n’a rien préparé. C’est très difficile d’être souple et disponible quand, sur un plateau, tu as cinquante techniciens qui t’observent et retiennent leur souffle pour toi pendant la prise, et qu’il faut lâcher ou retenir son émotion. » Pour Comédie humaine, il lui a fallu affronter l’ogre Depardieu, l’un des comédiens qu’il admire le plus. « Tous les matins, quand j’avais une scène avec lui, j’arrivais les armes à la main en sachant que, de toute façon, il allait me bouffer ! Depardieu, tu ne peux pas lutter, il est monstrueux. Il emporte la scène dans une autre dimension. Peu d’acteurs sont capables de le faire. L’erreur serait de se comparer à lui et de vouloir l’imiter. Il faut l’observer et voir à quel point il s’est trouvé lui–même et essayer d’en faire autant. » Benjamin Voisin dit aussi son admiration pour Juliette Binoche, avec qui il n’a encore jamais tourné : « J’aime l’incroyable fraîcheur avec laquelle elle traverse sa carrière, sautant d’un rôle à l’autre avec autant d’élan. Avec comme un état d’enfance définitif et une intelligence dingue, aujourd’hui comme il y a vingt ans, c’est phénoménal. » Tenu au long de la discussion par une joie volubile, Voisin impressionne par sa maturité et déjà l’énorme recul et sang–froid qu’il démontre face à la grande glissade d’un star–system où les sollicitations de toutes sortes (et quelques mauvais choix) dissolvent souvent les jeunes espoirs dans un bain d’amertume et de regrets. L’œil allumé par un passant masqué à la démarche de traviole, il dit : « Quand je ne tourne pas, j’observe, pendant des heures, j’emmagasine, et après je m’en sers. Tout le monde est inspirant dans ce qu’il fait et ne s’en rend pas compte. » Il va passer des mois en stage d’astrophysique comme il a intégré les gestes de la manœuvre à la voile pour le film d’Ozon, avec toujours ce désir très américain, d’être un « acteur technique » qui voit son rôle, son métier, comme une aptitude à donner au metteur en scène plus qu’il ne l’aurait envisagé lui–même : « Je leur fais confiance. Je préfère tenter plein de trucs et après ils gardent la meilleure prise au montage. » Il citera encore Sainte–Beuve (« Ma vie n’a été qu’une suite d’ardents caprices ») avant de filer d’un pas élastique de danseur et de sauter sur sa moto. V H
enchaîne les rôles chez Ozon ou Giannoli avec un appétit d’ogre et une
joie volubile, épatant de recul et de maturité. —Si l’épidémie du coronavirus n’avait pas eu raison du plus grand rendez–vous cinéphile de l’année, Benjamin Voisin aurait probablement grimpé quatre à quatre, fringant dans un tuxedo ajusté, les marches du festival de Cannes en mai dernier pour la toute première projection de Comédie humaine. Il tient le premier rôle dans cette adaptation des Illusions perdues de Balzac : Lucien de Rubempré, l’ambitieux provincial frayant à Paris pour gagner la gloire littéraire. À 23 ans et après un simple café avec le cinéaste Xavier Giannoli, le jeune comédien a emporté le marché pour ce tournage chromé à 20 millions d’euros rassemblant au casting rien moins que Vincent Lacoste, Gérard Depardieu, Cécile de France, Xavier Dolan, Jeanne Balibar… Il n’a eu qu’une semaine pour passer des fièvres eighties imaginées par François Ozon pour son Été 85 aux trois mois de présence à haute intensité sur le plateau du film en costumes, troquant le brushing Wham! pour la perruque Restauration. À Paris en juillet, devant un verre de blanc, enchaînant les clopes, cheveux courts, légèrement hâlé, Benjamin Voisin a l’élégance déliée du jeune premier confiant, que le ralentissement momentané des festivals et des tournages n’inquiète pas vraiment. En 2021, il a déjà signé pour trois rôles, dont celui d’un astrophysicien et d’un voyou : «Acteur, c’est unique. Personne ne fait ça, personne ne dit “de 11 heures du matin à 19 heures, je suis quelqu’un d’autre” ! C’est juste schizophrénique et complètement taré. Je me jette dans chaque rôle à fond et j’en sors à toute vitesse, ce n’est pas un problème. Juste un plaisir et beaucoup de boulot. » Percer si vite, ce fils d’un professeur de théâtre au cours Florent et d’une mère comptable le doit à son endurance de bosseur impénitent, qui a dû canaliser son énergie désordonnée et folle pour ne pas vriller: «Jouer a eu un effet thérapeutique, c’est clair. Si je n’avais pas pris des cours de théâtre, ma vie serait moins joyeuse aujourd’hui. » Au lycée, il boude en fond de classe, ramasse les mauvaises notes qui font craindre aux parents d’avoir couvé un ado à problème et à ses camarades de côtoyer on ne sait encore trop quel Rimbaud en herbe qui ne sort jamais sans un volume de Dostoïevski en poche. Mais l’opportunité de monter sur scène le libère et le canalise soudain. « En seconde, on me dit de faire un stage d’art dramatique. Je me retrouve devant un petit public et je déclame du Musset : “Il y a au monde une chose sainte et sublime, c’est l’amour. L’union de deux de ces êtres si imparfaits et si affreux…” La sensation que j’ai eue à ce moment–là était si particulière, vraiment un coup de foudre. Je veux passer ma vie à dire des mots aussi sublimes. » Intégrant le cours Florent, il sera de
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PA R
Didier PÉRON PHOTO GR APHE
Fanny LATOUR–LAMBERT R É A L I S AT I O N
Roberto PIU
VO GUE HOMME S
Manteau en laine et jean en denim
SAINT L A U R E N T PA R ANTHONY VA C C A R E L L O T–shirt en coton
A . P.C . Ceinture en crocodile,
HUSBANDS PA R I S Collier personnel Coiffure et maquillage
S E RG I O V I L L A FA N E
ENVIE D’
ESPOIR
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VO GUE HOMME S
ENVIE D’
AIMER WES ANDERSON —Je n’aime pas la symétrie. Je n’aime pas le cadre qui dit : « C’est moi le cadre, regarde–moi, je suis ton maître. » Je n’aime pas les selfies qui déforment les visages. Je n’ai pas l’esprit d’équipe, et j’aime encore moins cet uniforme de l’esprit d’équipe qu’est le scoutisme. Je suis inapte à échafauder le moindre plan, la moindre stratégie, toutes ces choses qui aident à forger l’esprit d’équipe. La nostalgie m’écœure un peu. Je ne crois pas au coup de foudre, surtout au cinéma. Depuis que Jack Nicholson s’est fait taillader le nez dans Chinatown, je n’aime pas les films où un personnage traîne
PA R
Philippe LANÇON I L L U S T R AT I O N S
Javi AZNAREZ
avec un pansement sur le visage ou sur le nez. Quand je regarde une maison de poupée, j’ai l’impression de rétrécir. Les aquariums m’empêchent de respirer : je sens que je vais finir dedans, sans les branchies. J’ai écrit du mal d’Amélie Poulain. Je n’aime pas les nouveaux films qui citent les anciens films, en les voyant je vieillis. Je préfère les anciens films qui citent les nouveaux films, en les voyant je rajeunis. Je n’aime pas entrer dans des endroits où tout semble tellement à sa place que je ne sais pas où est la mienne. Je n’ose pas y marcher sans mettre les patins. Je me sens trop vieux pour le premier degré, mais je me sens trop jeune pour le second degré. Je n’aime pas les marginaux loufoques, encore moins quand ils sont adolescents, encore moins quand ils continuent d’être adolescents alors qu’ils ne le sont plus.
second degré, la nostalgie, les marginaux loufoques, l’esprit d’équipe. Tout ce qui fait le sel du cinéma de l’Américain. Mais voilà, ce qu’il n’aime pas chez les autres, le journaliste et écrivain Philippe Lançon l’aime chez Il
n’aime
pas
le
WES ANDERSON Explication en forme de déclaration d’amour
esthétique. 138
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Pour toutes ces raisons, je ne devrais pas aimer les films de Wes Anderson. Mais voilà : ces choses que je n’aime pas chez les autres, chez lui je les aime. Il faut être un grand artiste pour révéler à un homme, quel qu’il soit, la présence de tout ce qu’il n’est pas. Je vais entrer dans le détail de deux ou trois choses que j’aime quand c’est Wes Anderson qui me les raconte.
La symétrie. Dans la nature, elle n’existe pas. À l’hôpital, ma chirurgienne m’a dit un jour : un visage parfaitement symétrique serait monstrueux, presque impossible à regarder. Je parvenais à regarder le mien, qui ne l’était plus du tout, et ça me rassurait. Dans la nature, la symétrie n’existe pas. Dans la culture, si. Pourrait–on regarder nos vies, si nos souvenirs étaient symétriques ? C’est à l’hôpital que j’ai regardé
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La Famille Tenenbaum. Je me suis senti familier de ces monstres, qui bloquent et débloquent symétriquement. Chez Wes Anderson, la symétrie est partout, mais pour aller ailleurs. C’est l’artifice initial. Elle enveloppe les personnages, les enferme, mais elle les libère, car elle n’est qu’un passage. Ce passage est le passage par l’enfance. Ce sont les enfants qui fabriquent de la symétrie ; qui copient et recopient ; qui veulent autant de Lego à main droite qu’à main gauche ; qui voient les différences au jeu des sept différences ; qui trouvent la symétrie parce qu’ils cherchent la justice. Les personnages de Wes Anderson, d’une façon ou d’une autre, baignent dans cette symétrie enfantine. Ensuite, peu à peu, ils lui échappent. La symétrie est leur étau et leur ligne de fuite.
Dans Bottle Rocket, son premier film ( 1994 ), les trois losers cambriolent une maison pour préparer leur escapade. La maison est celle de la mère de l’un d’eux ; on ne le sait pas encore. Cambrioler son enfance, c’est ce qu’on fait quand on est grand ; c’est ce que le metteur en scène n’a jamais cessé de faire ; mais il le fait comme on doit le faire quand l’enfance exige plus qu’elle ne justifie : avec soin, avec amour. La nostalgie qu’elle provoque est le contraire d’une vaste complaisance. C’est une nostalgie désespérée, qui ne tient que par les détails : les objets, les chansons, les gestes, les livres, les lieux qui ont survécu au naufrage et qu’on récupère, comme Robinson Crusoé, dans la carcasse du bateau échoué.
Travaux préparatoires de l’affiche de « The French Dispatch », dessinée par Javi Aznarez. Elle représente l’immeuble et certains membres de « French Dispatch », un magazine sous influence « New Yorker » au cœur du film de Wes Anderson.
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Wes Anderson recrée les traces des vols qu’il commet. Dans sa chambre, le fils voleur rectifie la position d’un soldat de plomb, pour que le bataillon de son enfance soit de nouveau symétrique. Ce geste lance son film, et son cinéma. Pour faire face au désordre du monde, à la faiblesse des hommes et à la difficulté d’être, il commence par mettre tout en ordre et l’armée en marche. L’enfance à tout asservie, si elle se prolonge, devient l’enfer. Les personnages de Wes Anderson en sortent par l’esprit d’équipe, lequel exige un projet, une stratégie, un plan. Le plan déconstruit la symétrie pour construire quelque chose de plus puissant, un monde mobile et décidé par les protagonistes ; un monde où ils s’éloignent de la solitude et de l’aliénation pour que leurs actes puissent correspondre à leurs émotions. Depuis Bottle Rocket, chaque film est le récit des aventures et mésaventures d’un groupe en construction, aboutissant peu à peu à son union libertaire. Animaux sauvages de Fantastic Mr Fox, chiens abandonnés sur l’île–poubelle de L’Île aux chiens, frères en voyage initiatique en Inde vers la mère après la mort du père dans À bord du Darjeeling Limited, enfants fugueurs de Moonrise Kingdom, équipe marine et sous– marine à bout de souffle de La Vie aquatique : Wes Anderson raconte toujours la même histoire, même s’il ne le fait jamais dans le même contexte ; et c’est aussi, toujours, l’histoire de la fabrication d’un film, qui est toujours celle de la constitution d’une équipe surmontant des obstacles et s’adaptant aux imprévus pour faire aboutir un projet. Chaque membre de l’équipe de Wes Anderson pourrait être un personnage de Wes Anderson. On verra bientôt si son nouveau film, The French Dispatch, qui devait être à Cannes, rompt avec cette continuité — cette fidélité. Il arrive toujours un moment où un artiste épuise le thème qui permettait ses variations. Jusqu’à quand Wes Anderson entretiendra–t–il le vivier de sa belle équipe ?
être un grand artiste pour révéler à un homme, quel qu’il soit, la présence de tout ce qu’il n’est pas.
Il
Encore peu connu hors des frontières de l’Espagne, ce jeune peintre et illustrateur catalan a récemment publié « Pigeons verts », sa première bande dessinée, chez Casterman.
faut
Si Moonrise Kingdom est l’un de ses films les plus aboutis ( mais tous le sont, inutile d’établir une hiérarchie ), c’est parce qu’il met en scène des scouts. Les scouts sont la quintessence de l’équipe animée par un projet. De l’extérieur, ils sont ridicules et leurs projets semblent foireux. Wes Anderson part de ce constat, de cet état, mais il le dépasse. L’équipe devient émouvante, le projet aboutit, autour d’un couple d’enfants amoureux et en fuite. Le premier degré du cinéma racontait une histoire de scouts. Le second degré du cinéma la racontait par l’ironie, avec des sous–entendus et des références, pour s’en détacher. Le troisième degré, celui de Wes Anderson, utilise le second degré, à la perfection, pour retrouver l’innocence du premier : celui de la simple, de la belle, de la pure émotion. Chez Wes Anderson, la parodie n’aboutit pas à la dérision ; elle en est l’opposé. C’est Bill Murray qui l’incarne. Comment le cerner ? Je n’ai que de pauvres expressions vagues sous la main, mélancolie agressive, désenchantement comique, renoncement nerveux. Elles définissent les contours du personnage, sans aller au cœur. Un grand acteur ne se laisse pas plus enfermer dans les mots qui le désignent que les personnages de Wes Anderson ne se laissent enfermer dans le cadre qui les voit naître. Bill Murray, en tout cas, cristallise les forces qui animent son cinéma. Dans La Vie aquatique, il parodie le commandant Cousteau, autrement dit, il le réinvente. Un jeune pilote, le fils qu’il n’a jamais vu, vient faire le point. Bill Murray l’embarque à bord de son rafiot mal en point. Le rafiot ne s’appelle pas la Calypso, mais le Belafonte, ce qui me rappelle, à tort ou à raison, le chanteur noir américain Harry Belafonte. L’aventure commence. Bill Murray recherche le grand requin jaguar qui a dévoré son vieil ami, comme Achab, Moby Dick. Son fils lui dit : « J’aimerais pouvoir respirer sous l’eau. Pas toi ? » « Oui », lui répond–il. Les films de Wes Anderson m’apprennent à respirer sous l’eau. V H T H E F R E N C H D I S PAT C H D E W E S A N D E R S O N , P RO C H A I N E M E N T E N S A L L E S.
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À gauche : Pull en laine
D S Q UA R E D2 Chemise en coton
ENGLISH ECCENTRICS À droite : Pull en laine et chemise à rayures en coton
MSGM Short imprimé
1XBLUE Chapeau
J U DY B L A M E A RC H I V E
STYLE
Dans toute la séance : Cuissard de cycliste
ENVIE DE
FREED Chaussettes en laine
PERILL A Sneakers en cuir
COMME DES G A RÇ O N S HOMME PLUS × C RO S S T R A I N E R
PHOTO GR APHE
Alasdair McLELLAN R É A L I S AT I O N
Max PEARMAIN
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VO GUE HOMME S
À gauche : Pull en laine imprimée
EMPORIO ARMANI Chapeau Ed Curtis @ FA N TA S T I C
TOILES À droite : Short en laine
COMME DES G A RÇ O N S HOMME PLUS
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À gauche : Pull en laine mérinos
BOT TEGA V E N E TA Gilet de basket–ball @THE
T H RO W B A C K STORE Short en laine
DRIES VA N N O T E N Chapeau
J U DY B L A M E A RC H I V E À droite : Cardigan oversize en cachemire noisette, Mix & Patch en agneau
HERMÈS Chapeau Ed Curtis @ FA N TA S T I C
TOILES Short en tissu technique @THE
T H RO W B A C K STORE
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VO GUE HOMME S
À gauche : Chemise en coton et gilet jacquard en laine
PR ADA Short en laine
DRIES VA N N O T E N Chapeau
J U DY B L A M E A RC H I V E À droite : Top en maille avec chaîne métallique
J .W. A N D E R S O N Short @ THE
T H RO W B A C K STORE Chapeau
J U DY B L A M E A RC H I V E
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VO GUE HOMME S
À gauche : Loden à double col montant, graphisme jacquard à chevrons placé, avec zip latéral et bonnet en cuir et laine
ERMENEGILD O ZEGNA X X X À droite : Chemise à franges en coton et cargo en cuir
LOEWE Gilet @THE
T H RO W B A C K STORE Chapeau
J U DY B L A M E A RC H I V E
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VO GUE HOMME S
À gauche : Short en matière technique imprimé léopard
COMME DES G A RÇ O N S HOMME PLUS À droite : Chemise en coton à rayures tennis avec plastron de cheveux synthétiques et short en laine
COMME DES G A RÇ O N S HOMME PLUS Gilet @THE
T H RO W B A C K STORE Chapeau
J U DY B L A M E A RC H I V E
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À gauche : Pull asymétrique en mohair
W O OYO U N G M I Gilet et short @THE
T H RO W B A C K STORE Chapeau
J U DY B L A M E A RC H I V E À droite : Veste et pantalon de survêtement en popeline technique
BALENCIAGA
Assistants réalisation
EMMA S I M M O N D S et M I TJ A O L E N I K Coiffure
ANTHONY TURNER Maquillage
LY N S E Y ALEXANDER Manucure
LORR AINE GRIFFIN Production
R AGI DHOL AKIA Mannequins
ISMAIL BELGAID et VA L E N T I N H U M B RO I C H
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VO GUE HOMME S
Il a marqué l’histoire de la musique mais aussi celle du style. Contre–pied, anticonformisme, liberté et audace sont les clefs de l’allure du flamboyant
ELVIS PRESLEY, inspiration souterraine de la jeunesse du monde entier, en passe d’être ressuscité dans un biopic signé Baz Luhrmann.
ENVIE D’
IDOLE
comme le costume lamé or du tailleur rodéo Nudie Cohn qu’il porte sur la pochette de 50,000,000 Elvis Fans Can’t Be Wrong. Aussi et surtout parce que le style d’Elvis n’a jamais été figé — brûlant, évident mais fluide, toujours changeant. Il a pourtant suivi une évolution étudiée et cohérente et occupé un rôle aussi essentiel que sa musique — si ce n’est plus. Après la Seconde Guerre mondiale, les États–Unis ont voulu revenir à une certaine forme d’ordre, d’uniformisation et de conformisme, volonté qui s’est traduite dans la mode avec le règne sans partage du style Ivy League. Costumes amples Brooks Brothers, cravates à motifs, pantalons à revers, mocassins G.H. Bass… un look basé sur l’héritage et la tradition, relevant quasiment de l’injonction. Jusqu’à l’arrivée d’Elvis Presley, qui va donner à sa génération les clefs dont elle avait besoin pour se rebeller contre la musique de ses parents, mais aussi leur façon de s’habiller. Dès ses débuts, Presley s’inspire des looks de la marge, des bandes, des petites frappes — pantalons droits, blousons et chemises cintrés, col relevé, chaussures en suédine blanche, chaussettes apparentes — qui contrastent avec l’esthétique sucrée des artistes de l’époque et accentuent le côté provocant de ses contorsions scéniques.
A L F R E D W E RT H E I M E R / G E T T Y I M A G E S
—Interrogez n’importe quel matou gominé sur son col cubain, son pantalon à pinces et ses mocassins bicolores, il est probable qu’il vous cite le pionnier rockabilly Charlie Feathers, le greaser tatoué Mike Ness, voire Alex Turner des Arctic Monkeys ou même Harry Styles. Mais sûrement pas Elvis Presley. Icône absolue, Elvis est un symbole trop écrasant, tellement imité, détourné et réinventé (comme ce sera encore le cas avec le gros biopic que va tourner Baz Luhrmann sur son ascension et ses rapports complexes avec son manager), qu’il est difficile, a fortiori pour les plus jeunes, de le citer sans ciller. Parce qu’on le réduit souvent à des incarnations impérissables,
Jusqu’à la fin de sa vie, Elvis aura ses habitudes à la Swindon la portent désormais aussi bien que Morrissey ou boutique des Lansky Brothers à Memphis. Costumes Chris Isaak. Elvis ne l’abandonnera que très provisoirement, en mohair, pantalons rose vif ou jaune canari… chez les entre 1958 et 1960, lors de son passage à l’armée qui laissera, lui Lansky Brothers, c’est tous les jours show time et pour aussi, quelques traces — si la chemise kaki cintrée a été porcause : leurs clients sont essentiellement des musiciens tée par des gens aussi différents que Paul Simonon ou Jarvis — outre Elvis, ils habilleront B.B. King, Isaac Hayes et Cocker, ce n’est pas exactement pour rien. Jerry Lee Lewis. C’est chez les Lanksy que Presley achète Durant les années 1960, c’est au cinéma que le style ses premiers pantalons carotte et prend l’habitude de Presley s’étoffe, jonglant entre vestes sport, chemises Paisley relever le col de ses chemises. C’est là aussi qu’il déve- et costumes pastel. Mais c’est en jouant la carte de l’exotisme loppe un goût pour l’extravagance. Transgressant les qu’il aura l’impact le plus retentissant, avec Blue Hawaii, film codes de la masculinité, il se prend de passion pour les qui lance aux États–Unis la mode des caleçons de bain courts chemises rose bonbon et utilise régulièrement du mas- et des chemises hawaïennes. La deuxième moitié de la décencara, qu’il emprunte à ses petites amies. Au style ajusté nie verra Elvis entamer une période plus théâtrale, qui se de la rue et à celui, flamboyant, des Lansky Brothers, confirmera en décembre 1968 avec son retour à la scène, dans Elvis mêle celui, plus traditionnel, du chanteur hillbilly une émission spéciale sur la chaîne NBC où il apparaît en Mississippi Slim : chemises brodées, boucles de ceinture combinaison intégrale de cuir noir. Et qui décollera bientôt chromées, cravates bolo — look increvable dont conti- vers des stratosphères où plus personne ne pourra le suivre. nue à s’inspirer la nouvelle scène country, d’Orville Shows à Vegas, amphétamines et fringales nocturnes : le Elvis Peck à Charley Crockett. des années 1970 dérape tous azimuts dans des combinaisons Presley a en revanche toujours refusé le jean, vête- blanches ornées de strass, sequins et fausses pierres prément de travail qui lui rappelait ses origines modestes, cieuses, flanqué de lunettes XXL, capes multicolores et boots même s’il l’a parfois porté à l’écran comme dans Love blanches à bout carré — de véritables costumes auxquels ses Me Tender, Loving You et surtout Jailhouse Rock, où fans donnent des noms : « le soleil aztèque », « l’aigle noir », son uniforme de prisonnier en denim brut aux coutures « la feuille d’or ». Un épisode trashy et décadent qui inspireapparentes traumatisera les beatniks. Seul héritage ra tout autant que les autres Bryan Ferry, Nicolas Cage dans assumé de la classe ouvrière, auquel il restera éternel- Sailor & Lula, et bien sûr, Michael Jackson, sans doute celui lement fidèle, sa coupe pompadour gominée, portée par qui a le plus emprunté à Presley, à tous les niveaux. les camionneurs au début des années 1950, qui contrasContre–pied, anticonformisme, refus du courant domitait avec la brosse alors en vigueur. Elvis va y apporter nant, telles sont les clefs du style Elvis. En première lecture, sa touche personnelle, en portant la banane plus haute, tout du moins. Car ce qui l’unifie et le rend inusable, c’est fixée à la pommade Royal Crown et ramenée en arrière autre chose. C’est cette manière de glisser une étincelle, une façon ducktail — style popularisé par les jeunes Latino– excentricité dans ce qui reste in fine une tenue confortable Américains dans les années 1940 — et surtout en teignant et facile à porter, de vous épater avec un lamé outrancier ou ses cheveux, blonds au naturel, en noir, une pratique des mocassins briqués sans jamais sacrifier à la décontracalors inhabituelle pour un homme. Un look qui passera tion, de la jouer sexy mais nonchalant — et de fait, encore plus rapidement du comptoir des truck stops aux cours des sexy. En un mot : imbattable. Donc, constamment redécouvert lycées, devenant le signe distinctif des greasers et des et revisité. À tel point que l’on peut le cultiver pendant des fans de rockabilly et l’une des coupes de cheveux les plus années sans même s’en rendre compte. V H emblématiques de la mode adolescente d’après–guerre — qui n’a jamais faibli depuis et s’est même, avec le temps, affranchie des frontières de genre : Amber Heard et Tilda PA R Lelo Jimmy BATISTA
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VO GUE HOMME S
ENVIE D’
HERVE
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E N V I E D ’ É C O U T E R H E RV É
pop éloquent ultraréaliste, une poésie brute : à bientôt 30 ans, ce sentimental assumé bouscule la chanson française avec des beats entêtants et des influences venues de Manchester. Et si
Une et
des universitaires ne le mèneront nulle part. Du moins trop loin de ses désirs. Encouragé par ses proches, il tente sa chance à Paris où il rencontre d’autres artistes, des DJ et des producteurs. Un jour, on lui présente Dennis, un musicien anglais avec lequel il crée le duo Postaal. Hervé compose, produit, sample, gère l’identité visuelle. Très vite, Postaal tourne en Angleterre. Un soir, il entend, ébahi, le remix d’Hallelujah par Andrew Weatherall. Il plonge tête baissée dans la jungle, la drum’n’bass, la puissance du 160 BPM, mais aussi l’efficacité de la new wave, New Order et Happy Mondays. C’est ce qui influence d’abord son projet solo, « le mélange de plastique et de bois qui était celui de la scène de Manchester, entre guitares rock et boîtes à rythmes ». Il aime aussi l’énergie viscérale de The Shoes et de Daft Punk, le rap français des années 1990 façon 113, les samples « magiques » de DJ Mehdi, « le comble de l’élégance » de Phoenix, groupe qui lui a permis d’envisager des horizons —«Je témoigne de ma vie dans mes notes », balance–t–il très larges. Bref, des artistes français inspirés par la pop sur Bel Air, la conclusion de son premier album, Hyper. culture anglo–saxonne, comme lui. Hervé ne fait pas partie de ces chanteurs qui filent de Sauf qu’Hervé chante uniquement dans sa langue, choix pudiques métaphores, sans chercher non plus à briser les qui marque le point de départ d’Hyper. « Mes textes sont si tabous à tout prix. L’écriture va à l’essentiel. Elle évoque personnels et instinctifs que je ne pouvais les écrire qu’en la vie, l’amour, l’amitié, les coups durs et les instants de français. » Le disque a été produit par Julien Delfaud, figure grâce. « Je laisse pas mal de place à l’introspection, à de l’ombre de la scène hexagonale, qui a travaillé avec Woodkid, des flashs issus de mon vécu, à une réalité fantasmée », Lomepal ou Vanessa Paradis. Ici, il a saisi ce double intérêt confesse–t–il. Avec ses cheveux coupés ras, son regard pour l’acoustique et le synthétique, le rap et le romantisme. clair, son sourire éclatant et ses t–shirts sobres, Her- Hyper frappe fort et juste, parfaitement assorti à la personvé rappelle le jeune Ewan McGregor de Trainspotting. nalité d’Hervé, entier quoi qu’il arrive : « J’avais peur que ce Mais c’est son seul point commun avec ce personnage titre soit prétentieux, ou trop anglo–saxon, mais c’est moi. héroïnomane : sa mélancolie, il la balaie à coups de beats. Je vis intensément chacune de mes émotions : un geste, une « Comme tout le monde, j’ai des hauts et des bas. La mu- attention, un regard peuvent me foudroyer. » Sentimental sique permet de vivre des moments quasi monacaux assumé, il incarne une pop éloquente, ultraréaliste tout en devant mon clavier, mon ordi et mes deux enceintes. Elle étant empreinte d’une poésie brute, nourrie de son amour s’est imposée à moi. C’est à la fois une porte de sortie et pour le cinéma de Ken Loach ou Martin Scorsese. En l’écoutant, difficile de ne pas penser à Alain Bashung mon activité préférée au monde. » Hervé n’a pas le profil du musicien accompli de — Trésor convoque immédiatement Gaby ! Oh Gaby. Au–delà conservatoire. Né en 1991, il grandit en banlieue pari- des affinités vocales, on décèle l’énergie d’un Jacques Higelin, sienne, à Fontenay–le–Fleury, auprès de parents mélo- au son duquel Hervé a grandi, et avec qui il partage un amour manes et fans de chanson française. Un jour, il demande immodéré de la scène. Ses concerts sont des performances à apprendre le piano. L’échec est cuisant : il ne retrouve irradiantes où, chat sauvage des contrées urbaines, il envahit pas dans les cours de solfège l’émotion qui l’a interpellé, l’espace. « C’est le postulat originel. Je veux tout donner, ne ne parvient pas à plaquer les accords dont il rêve. « C’était pas m’embarrasser de filtres, me laisser porter par les pulsacomme les mathématiques, je ne saisissais pas cette lec- tions, les lumières. Les larmes peuvent me monter aux yeux. ture instrumentale. » Il se consacre alors davantage au J’ai extrêmement peur avant de monter sur scène mais cela football, qu’il pratique à haute dose en club. Vers 16 ans, disparaît devant le public, à qui je veux apporter autant de il commence à travailler ses sons sur un synthétiseur plaisir que j’en prends. » Une évasion contradictoire avec son qu’on lui a offert à Noël — tout droit sorti d’un super- appartement de 9 mètres carrés. Il n’a pas envie d’en changer, marché de Bois–d’Arcy, comme il s’en amuse encore. ni de se séparer de son ordinateur vieux de dix ans : «J’ai un Le grand frère d’un ami lui fournit un logiciel. Hervé côté terrien, je n’aime pas trop quand ça change. Quand je m’atappréhende les tempos, les boucles, et ne les lâche plus : tache à quelqu’un ou à un endroit, c’est pour longtemps. » V H « J’ai réalisé que je voulais y dédier mon existence. » Il HYPER ( INITIAL ). quitte son club de foot, passe son bac par correspondance, travaillant dans le ménage ou le bâtiment tôt le matin afin de pouvoir prendre le temps de faire de la musique. Allergique à la morosité scolaire, il sait que PA R Sophie ROSEMONT
HERVÉ
J U L E S FA U R E
était
nouveau Bashung ? le
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ENVIE DE CRÉER
—Boramy Viguier a 30 ans, Spencer Phipps 34. Installés à Paris, ces deux jeunes créateurs ont lancé leurs marques il y a moins de trois ans. Leur toute première présentation a eu lieu la même saison, en janvier 2018. Voilà pour les points communs. Pour le reste, on pourrait dire que tout les oppose. Spencer Phipps, le roux, a grandi à San Francisco dans un rapport passionné à la nature qu’on retrouve dans sa mode fortement marquée par le souci écologique. Il s’est d’ailleurs fait connaître avec des pièces d’outdoor, une sorte de version plus parisienne et plus « mode » de la fameuse marque californienne Patagonia. Boramy Viguier, le brun, fils d’un père français et d’une mère d’origine vietnamienne, a été fortement marqué par l’imaginaire d’artistes comme Frank Herbert, J. R. R. Tolkien, Philip K. Dick ou Mœbius, aux univers de science–fiction mystiques voire sombres, dont il imagine les costumes des héros, parkas à empiècement ou costumes modernisés par des détails techniques. À partir de ces bases de départ, l’outdoor écolo pour Phipps, le tayloring mi–SF mi–mystique de Viguier, ils ont pris des chemins opposés : Spencer Phipps est monté en gamme de collection en collection, passant des t–shirts à 100 euros des débuts à des pyjamas en soie brodés à 3 000 euros aujourd’hui ; Boramy Viguier s’est diversifié et propose, à côté de sublimes manteaux à 3 000 euros, des blousons accessibles dès 280 euros. On sait l’énergie qu’il faut à de jeunes créateurs pour se faire remarquer dans le paysage déjà bien encombré de la mode. Mais cette difficulté première a été encore compliquée cette année par la crise du coronavirus. Esthétiquement d’abord, car on n’a plus forcément envie de créer ou même de porter les mêmes vêtements qu’avant. Mais économiquement surtout, car leur petite entreprise a dû trouver des solutions pour s’approvisionner, fabriquer, communiquer et vendre. Sauf que l’un comme l’autre ont su mettre à profit le confinement pour repenser leur offre, voire la pousser plus loin. Au fond, leur plus grand point commun est sans doute cet amour de la création, de vêtements bien sûr, mais aussi d’une esthétique au sens plus large — ce n’est pas pour rien si tous deux sont incroyablement pointus en cinéma. Ils se sont jetés sur l’occasion quand la fashion week printemps–été 2021, du fait de l’impossibilité de défiler, s’est transformée en présentation de films ou vidéos, Spencer Phipps imaginant la bande–annonce d’un film rêvé plus qu’un simple défilé filmé et Boramy Viguier se projetant dans un look book en 3D ovniesque et fascinant. Autant de sujets de conversation pour une discussion avec les créateurs de la mode de demain, à qui on souhaite que leurs petites entreprises enjambent impétueusement la crise.
PA R
Olivier NICKLAUS PHOTO GR APHE
Fanny LATOUR LAMBERT R É A L I S AT I O N
Roberto PIU L A V O C AT I O N
Ils n’ont pas grandi dans le même environnement. Né et élevé à San Francisco, dans une maison proche de la nature, Spencer Phipps a puisé les racines de son goût dans une culture très Americana avant de comprendre à l’adolescence que la mode pouvait devenir un métier. « Les premiers créateurs dont je me suis senti proche sont logiquement deux Américains, Tom Ford et Marc Jacobs. Quand j’étais adolescent, il soufflait un grand vent de folie dans la mode, surtout si j’ajoute John Galliano et Alexander McQueen qui étaient à leur sommet au même moment. Au fond, je pense que c’est surtout le travail de Marc Jacobs qui a été un déclic car il comportait une vibration presque bohémienne, ce côté hippie excentrique très coloré, très fun. Pour un ado, cette expression de liberté est forcément attirante. » Boramy Viguier, lui, a grandi à Gennevilliers. Très tôt, sa mère lui met entre les mains ses lectures favorites, beaucoup d’auteurs de science–fiction comme J. R. R. Tolkien (Le Seigneur des anneaux), Frank Herbert (Dune), Philip K. Dick (Blade Runner) mais aussi de bandes dessinées comme Jean Giraud–Mœbius (Blueberry, L’Incal). « Mon imaginaire de mode, explique–t–il, vient clairement de là : des personnages qui peuvent être des aliens ou des mutants et ont un look à part, loin de la réalité. Dans mes vêtements, je tiens beaucoup à une dimension mystique, presque sacrée. » D E S M A I S O N S O Ù A P P R E N D R E Dès son bac en poche, Boramy Viguier commence à travailler comme assistant du galeriste Emmanuel Perrotin, notamment pour produire les œuvres de Takashi Murakami à Versailles : « Ce n’était pas l’univers de la mode mais j’ai retrouvé par la suite une question commune : comment est– ce que tu produis des visions artistiques ? En fait, il faut passer son temps à régler des problèmes, du plus gros, le financement, au plus trivial, trouver la matière première, que ce soit du plastique ou du tissu. En rencontrant cet entrepreneur qu’est Emmanuel Perrotin,
univers esthétique et entrepreneurial viable dans un contexte aussi bousculé que celui de la mode ? Réponse avec deux des jeunes designers les plus en vue, Comment
créer
un
BORAMY VIGUIER ET SPENCER PHIPPS qui
expliquent
comment
l’alternative. 160
ils
pensent
VO GUE HOMME S Boramy Viguier (à gauche) : Manteau en cuir et sweat–shirt en coton
BOR AMY VIGUIER Bandana, pantalon, bottes et bijoux personnels Spencer Phipps (à droite) : Chemise en soie
PHIPPS Jean, bottes et ceinture personnels
ENVIE DE
CREER 161
Trench et jean en denim, chemise et ĂŠcharpe en coton, cravate et mocassins en faux cuir
BOR AMY VIGUIER
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j’ai eu une formation très pratique pour apprendre comment sortir des projets de terre. » Il se rapproche ensuite de la mode proprement dite en intégrant la prestigieuse Central Saint Martins à Londres, tout en commençant en parallèle à travailler pour Lucas Ossendrijver chez Lanvin. « Ma vraie école, ça a été de bosser avec Lucas. Humainement, c’est un type formidable et puis, question métier, c’est vraiment auprès de lui que j’ai appris la fabrication d’un vêtement. Avec lui, ce n’est jamais trop premier degré. C’est toujours très fouillé. Pour un designer, c’est génial. Tu passes des semaines à échantillonner sur ta parka, à creuser tes idées. » Pendant ce temps–là, après avoir convaincu ses parents que son goût pour la mode était sa vocation, Spencer Phipps s’envole pour New York, direction la Parsons School of Design. « Évidemment, c’est là que j’ai appris tout mon background technique, le patronage, etc. Mais surtout, j’ai voulu dès le départ y intégrer ma conscience écologique, héritée de mes parents, tous deux très “éco–conscients”. J’ai eu mon diplôme en 2008. À l’époque, il était encore plutôt rare de vouloir utiliser des tissus bio, de mettre beaucoup d’énergie dans un sourcing développement durable. » Un positionnement audacieux qui lui vaut le prix de « designer de l’année » pour sa collection de fin d’études. Mis sur orbite, Spencer Phipps commence à travailler pour Marc Jacobs au prêt–à–porter masculin, puis s’envole pour l’Europe, à Anvers, chez Dries Van Noten. « Deux mondes très différents. Chez Marc Jacobs, j’ai appris à imaginer un personnage pour chaque collection et ce qu’il porterait. Et la saison suivante, on balaie tout. Alors que chez Dries Van Noten, on est davantage dans un sillon qui change peu d’une saison à l’autre, sauf des détails assez précis. Disons que c’était très protestant… »
retrouvée en boutiques en janvier 2019. C’est allé vite et de façon fluide : moins de deux ans après avoir commencé, mes pièces étaient déjà chez Matches ou Browns. » Ses défilés, où il n’hésite pas à masquer et cagouler les mannequins, suscitent l’engouement. Et les clients s’attachent à son univers à part : chaque pièce est vendue avec un jeu de tarot rappelant l’enjeu spirituel qui lui tient tant à cœur. À la même époque, Spencer Phipps commence à tourner en rond chez Dries Van Noten. « On dit que c’est protestant quand on veut être poli. Pour dire les choses autrement, c’était trop froid pour moi, glacial même. » Il commence alors à réfléchir, avec son ami Caleb, à quelques pièces toutes simples qu’ils feraient en partant de leur souci de préservation de la nature. « À ce moment–là, ma mère venait de vendre une propriété. Elle m’a dit : “Je te donne l’argent pour que tu lances ton business.” La base, c’était vraiment le respect et la curiosité de la nature, presque avant le style lui–même. D’ailleurs, on a commencé très modestement par des t–shirts. Ça peut paraître banal mais trouver le bon grammage du tissu, la bonne coupe, manches ni trop longues ni trop courtes, c’est un vrai défi ! Et puis, du t–shirt, on est passés au t–shirt à manches longues, puis aux sweats, aux pantalons cargo. Ça a évolué naturellement. On a fait des présentations, puis des défilés. Petit à petit, on est monté en gamme. La presse et les acheteurs ont suivi. »
H O M M E S D E S T Y L E Côté style, Boramy Viguier creuse résolument son créneau d’inspiration SF, mystique, voire surréaliste: «Je peux être aussi bien inspiré par le costume d’un prêtre que par un personnage de Mœbius. Tout ce qui prend la tangente avec le réel. Pour moi, la pire inspiration de style, c’est de voir un look dans la rue et de se dire : tiens, je vais mettre ça sur un podium. Je m’inscris dans le créneau de la mode masculine, même si mes vêtements ne sont pas forcément réservés aux hommes. Mais surtout, ce n’est pas forcément pour m’habiller moi. Par exemple, j’ai fait des tabliers d’hommes en organza ou des vestes de flics en soie imprimée… et je me verrais très mal porter ces pièces ! » Un autre point de divergence avec Spencer Phipps qui, lui, crée d’abord ce qu’il a envie de porter. Mais tous les deux se retrouvent sur des expérimentations extrêmes, pas forcément accessibles à tous les goûts ni à toutes les bourses. Ainsi Boramy Viguier a pu signer des parkas en faux crocodile. Quant à Spencer Phipps, il a conçu des pulls en laine de yak parce qu’il BOR AMY VIGUIER était tombé par hasard sur un fermier qui élevait des yaks en Mongolie : « Pour mon obsession de la traçabilité, c’était parfait de L’ E N V O L L’année 2017 est celle où les deux garçons ar- pouvoir se dire que la laine venait d’un yak femelle qui s’apperivent, chacun de leur côté, à la fin d’un cycle. « J’adorais lait Susan, que j’avais rencontré en personne, qui avait 7 ans bosser avec Lucas, se souvient Boramy Viguier, mais et avait été rasée au printemps ! » le management de la maison Lanvin commençait à me peser. Entre–temps, j’avais pris conscience que tous les C R É E R C O N F I N É S Que ce soit par son positionnement écoloaspects de la mode me plaisaient, de sourcer les tissus à gique affirmé (Spencer Phipps) ou son esthétique si singuvendre dans un showroom. Et puis surtout, j’avais envie lière (Boramy Viguier), tous deux se retrouvent début 2020 d’avoir la responsabilité de tout. J’ai donc commencé à la tête d’une marque prometteuse, repérée par la presse et à économiser. Quand j’ai réuni 50 000 euros, je me suis les acheteurs, et qui commence à avoir une petite fanbase. dit que c’était le moment de me lancer. J’ai fait ma pre- C’est alors que le coronavirus se répand dans le monde enmière présentation dans une galerie en janvier 2018. tier, interrompant brutalement tout le processus de l’inJe l’avais pensée comme une carte de visite, mais ça a dustrie de la mode, des usines aux défilés. Mais chacun ne tout de suite pris. Le buzz médiatique m’a permis de le vit pas forcément de la même manière. « Quand le confifaire une vraie présentation six mois plus tard, qui s’est nement est arrivé, raconte Spencer Phipps, on finissait de
la pire inspiration de style, c’est de voir un look dans la rue et de se dire : tiens, je vais mettre ça sur un podium. »
« Pour
moi,
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vendre la collection précédente, celle dans laquelle j’ai introduit la ligne “gold label”, des pièces vintage que je chine dans le monde entier, à peine retravaillées par une broderie, par exemple. Pour la collection suivante, j’avais anticipé une montée en gamme, avec des produits comme des pyjamas en soie brodés par exemple, qui coûtent 700 euros pièce à produire et qu’on ne peut donc pas vendre à moins de 3 000 euros. J’ai bien conscience qu’en imaginant un tel produit, je ne vise pas la même clientèle qu’avec mes t–shirts. Mais c’était marrant de se dire qu’en période confinée, c’est exactement le genre de pièce qui a une clientèle ! » Boramy Viguier suit exactement le chemin inverse : « J’ai débuté avec des pièces très travaillées, des parkas avec des empiècements très sophistiqués impossibles à vendre à moins de 3 000 euros, en ayant tout à fait conscience qu’avec de tels produits, je ne parle qu’à un tout petit segment de clientèle. J’avais déjà commencé cette réflexion avant le confinement mais cette période — parce que je ne vois pas les clients consommer comme avant — a achevé de me convaincre qu’il fallait aussi que je propose des produits plus accessibles comme des blousons à 280 euros. C’est dur, mais c’est possible. Le plus difficile, c’est de rester à ces prix tout en produisant en France. Réduire les distances, c’est ma manière à moi d’être écolo. » Pour l’écolo Spencer Phipps, qui produit la majorité de sa création au Portugal et en Italie, ce n’est pas un paradoxe : « C’est aussi très écolo de faire fabriquer dans une usine qui est à côté de celle qui produit les tissus. »
une table de poker. Sur un casting pointu — dans lequel Spencer Phipps et ses muscles se sont glissés —, on repère quelques pièces (débardeurs, chemisettes à imprimés tex–mex, chaps siglés) complétées par un look book dont émergent des costumes en denim blanc ou bleu Klein rivetés et des bermudas à carreaux qui, en effet, n’auraient pas déparé sur le King à Mojave. De son côté, Boramy Viguier invente une autre parade : « J’en ai profité pour imaginer un look book en 3D avec une traduction en langage des signes, inspirée des interventions présidentielles pendant la crise. » Sur une musique d’abord martiale, qui mute en thème à la Ennio Morricone, les modèles sont présentés par une sorte de gouvernement imaginaire : apparaissent et tournent sur eux–mêmes des manteaux avec empiècements à la samouraï chapeautés de bobs en vinyle croco, et les fameux masques en dentelle peints, l’une de ses signatures. Un univers mystérieux, limite flippant, qui n’appartient décidément qu’à lui.
« La mode telle que nous la connaissions est en train de mourir, et la crise du coronavirus va accélérer ce processus. » S P E N C E R P H I P P S
FA S H I O N W E E K A LT E R N AT I V E Le confinement n’a pas freiné la créativité des deux garçons. Boramy Viguier dit s’être montré encore plus pragmatique, faisant des tournées en voiture pour récupérer ses tissus, travaillant avec une équipe réduite, mais pas fâché que cette crise oblige chacun à raisonner enfin plus local. Quant à Spencer Phipps, fou d’escalade, c’est d’abord à titre personnel que son quotidien a été bouleversé : « J’ai transformé mon appartement parisien en salle de gym pour pouvoir rester en forme. Côté pro, je réfléchissais à une ligne féminine que j’ai dû mettre en stand–by. Pour ça, rendez–vous en janvier où je vais aussi lancer des sous–vêtements. Pour l’heure, je me suis concentré sur un vestiaire masculin que je pourrais résumer ainsi : Elvis Presley en virée dans le désert Mojave. » Bref, une nouvelle collection perturbée mais qu’ils mènent tout de même tous deux à terme. Restait à la montrer. Or la Fédération de la haute couture et de la mode annonce alors que les défilés physiques seront remplacés par des présentations en ligne. « Dès que le confinement a commencé, j’ai eu l’intuition que les défilés n’auraient pas lieu, explique Spencer Phipps. Du coup, avec mon équipe, on a tout de suite réfléchi à un film intitulé Spirit of Freedom. Une de mes assistantes, Molly Ledoux, vient du monde du cinéma, il était logique que je lui en confie la réalisation. On a imaginé une bande–annonce pour un film imaginaire dont on a vraiment écrit le scénario ! Dès que cela a été possible, nous nous sommes envolés pour le désert espagnol, près de Grenade, pour le tourner. J’ai toujours été un passionné de cinéma, je suis très heureux d’avoir eu l’occasion de montrer mon univers de cette façon. » Sur une musique sélectionnée par Michel Gaubert, s’ouvrant sur un proverbe amérindien (« Ce que nous faisons à la terre, nous le faisons à nous–mêmes »), on y passe des grands espaces à
L A FIN D’UN MONDE
Sur l’avenir de la mode, chacun reste fidèle à son projet. « La mode est en ce moment dans une ère assez pop, où un créateur chasse l’autre, comme une chanteuse pop chasse l’autre. Comme s’il n’y avait pas de mémoire. Cette sensation est renforcée par les réseaux sociaux, analyse Boramy Viguier. C’est la mode Instagram : tu vois une pièce sur Insta, tu veux l’acheter vite, la porter vite, et deux mois après, tu passes à autre chose. Mais des tas de gens ont encore énormément de talent dans la mode sans être pop : je pense à Craig Green à Londres qui fait un super boulot, ou The Soloist au Japon que j’adore aussi. Il y a des gens qui font un travail minutieux, attentionné, qualitatif. C’est comme dans le cinéma : tu peux faire le choix d’aller voir Transformers 8 ou le dernier Paul Thomas Anderson. » Sur ce point, Spencer Phipps ne tient pas un discours si éloigné : « La mode telle que nous la connaissions est en train de mourir, et la crise du coronavirus va accélérer ce processus. En gros, tout ce côté over the top, très Le diable s’habille en Prada, d’une mode détachée du quotidien des gens. Je pense, et c’est en tout cas mon projet, qu’on revient vers une mode pragmatique, connectée à la réalité, à la nature. » V H
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ENVIE DE CRÉER Veste en laine anglaise (sur la chaise), chemise en flanelle de coton bio, jean en denim, panier en bois tressé à la main
PHIPPS Mocassins en veau
J.M. WE STON Ceinture en cuir vintage Coiffure et maquillage
S E RG I O V I L L A FA N E Mannequin
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VO GUE HOMME S
À gauche : Manteau en laine, caban en laine molletonnée, short en toile et chaussures en cuir
MAISON M A RG I E L A À droite : Manteau en laine
ENVIE DE
NOBLESSE PHOTO GR APHE
Rafael PAVAROTTI R É A L I S AT I O N Jacob K
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LOUIS VUIT TON Chemise en coton
MARNI Chemise en organza et soie
PA L O M O S PA I N Bagues en métal doré G I V E N C H Y
Dans toute la séance : Chemises à volants @ANGEL S
COSTUME S Derbies en cuir
SAINT L A U R E N T PA R ANTHONY VA C C A R E L L O Broche fleur en soie
V V RO U L E A U X Plume
GUCCI Shorts, gants, chaussettes et boucle d’oreille du styliste
VO GUE HOMME S
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VO GUE HOMME S
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VO GUE HOMME S
À gauche : Manteau en jersey
EMPORIO ARMANI À droite : Veste en toile de laine et mohair, et chemise en popeline de coton
HERMÈS Blazer en viscose satiné
TOM FORD Harnais avec fleurs
DIL AR A F I N D I KO G L U
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VO GUE HOMME S
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VO GUE HOMME S
À gauche : Veste en drill de mohair avec col laine et soie, chemise en twill de coton, veste en poudre de laine et mohair et chemise en sergé de coton
COLLECTION HOMME DIOR Robe et cape en tafetas
ANDREAS K RO N T H A L E R × VIVIENNE WE ST WO OD À droite : Manteau en jersey de soie et cardigan en laine
GUCCI Chemise en coton
WA LT E R VA N BEIRENDONCK
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VO GUE HOMME S
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VO GUE HOMME S
À gauche : Manteaux et shorts en laine, manteau, t–shirt et shorts en matière technique et chemise en coton
COMME DES G A RÇ O N S HOMME PLUS Creepers en cuir
COMME DES G A RÇ O N S HOMME PLUS × G E O RG E C O X À droite : Manteau et maille en cachemire, et blazer en laine
BERLUTI Fraise du styliste
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VO GUE HOMME S
VO GUE HOMME S
À gauche : Veste en laine
VA L E N T I N O Revers en satin
R AF SIMONS À droite : Manteau en laine
BOT TEGA V E N E TA Chemise en coton
CHARLES JEFFREY L O V E R B OY
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VO GUE HOMME S
VO GUE HOMME S
À gauche : Manteaux en laine et jupes en sergé technique
BALENCIAGA Bagues en métal
ANN DEMEULEMEE STER, SAC AI, GIVENCHY et C O L L E C T I O N HOMME, DIOR À droite : Veste en laine et manteau en cachemire
PR ADA Chemise en coton
WA LT E R VA N BEIRENDONCK
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VO GUE HOMME S
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VO GUE HOMME S
À gauche : Veste en satin et robe–tablier en lurex et soie
LOEWE À droite : Manteau patchwork en laine
LOUIS VUIT TON Bague en métal doré
GIVENCHY
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VO GUE HOMME S
À gauche : Blouse en soie
SAINT L A U R E N T PA R ANTHONY VA C C A R E L L O Écharpe en soie @ANGEL S
COSTUME S Bague en métal doré
GIVENCHY À droite : Veste en laine et mohair et veste en soie
BRIONI Manteau en laine, manteau et manches en soie
U N D E RC O V E R Short en coton
VER SACE
Assistant réalisation
I O A N A I VA N Coiffure
EUGENE SOULEIMAN Maquillage
LU CY BRID GE Casting
SAMUEL ELLIS SCHEINMAN @DM C A STING Chorégraphe
RYA N C H A P P E L L Mannequins
KHADIM SOCK et M A L I C K BODIAN
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