Note Bem 79

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Publicação do Centro Espírita Dr. Bezerra de Menezes | Santo André - SP - Ed. 79 - Jan/Fev/Mar - 2016

Acreditar que inibir o nascimento de criaturas com restrições físicas vai construir uma sociedade perfeita é uma ingenuidade que não tem tamanho A recente descoberta do zika vírus, transmitido pelo polivalente mosquito da dengue, o aedes aegypti, e a sua comprovada ligação com casos de microcefalia, além do pânico natural que uma situação dessas provoca, tem trazido também à tona uma série de discussões sobre a interferência humana na interrupção de gestações fora dos padrões ditos normais, quando a alta tecnologia disponível atualmente já consegue prever as condições do feto, em especial quanto à sua formação ou, no caso, malformação. A anencefalia, que é, a grosso modo, a ausência da formação do cérebro no feto é o caso mais eloquente, pois comprovadamente inviabiliza a sobrevivência da criança após o parto. Apenas não é possível prever se a morte se dará instantes após ou alguns dias, semanas ou até meses. A microcefalia, (condição neurológica rara em que a cabeça e o cérebro da criança são signi cativamente menores do que a de outras da mesma idade e sexo), cuja incidência tem aumentado signi cativamente após o advento do zika vírus, tem recebido o mesmo enfoque, e correntes cientí cas, seja no campo do direito ou da medicina, já começam a desenvolver argumentos no sentido de equipará-la à anencefalia e, por consequência, dar-lhe o mesmo tratamento médico, com respaldo jurídico, qual seja: o aborto. Nós espíritas somos contra o aborto, pois não cremos no acaso e atribuímos

a todas as consequências uma causa justa, pois entendemos que tudo está sob a égide de uma Lei maior, todavia trata-se de um debate mais longo e não é a proposta agora. Quero apenas chamar a atenção para o fato de, ao darmos à microcefalia o mesmo status bioético e jurídico da anencefalia, estaremos caminhando para uma espécie de eugenia muito próxima daquela idealizada pelo nazismo, onde não cabiam doentes, aleijados, sicamente fracos etc. O bebê microcéfalo pode viver normalmente, necessitando de alguns cuidados a mais em razão de limitações intelectuais e motoras, sem, contudo, deixar de ser um espírito em evolução e uma criatura com todo potencial de amar e ser amada, muito mais, às vezes, que os comemorados superdotados. Não há registros históricos de um microcéfalo entre os grandes facínoras, mas entre os “gênios” vamos encontrálos aos montes. Volto à questão da causa justa: sabemos que o corpo é uma vestimenta passageira do espírito, costurada a partir de

condutas anteriores, remotas ou não, porém com a tarefa de abrigar os estímulos necessários ao progresso de quem o recebe, para que as experiências decorrentes somem-se ao vasto currículo das existências rumo ao aprimoramento pleno, inexorável. Acreditar que inibir o nascimento de criaturas com restrições físicas vai construir uma sociedade perfeita é uma ingenuidade que não tem tamanho, especialmente em um país cuja violência urbana, seja pelo trânsito ou pela criminalidade, mutila um número incalculável de pessoas todos os anos. Nós espíritas acreditamos que os verdadeiros vírus a serem combatidos são os da agressividade, da violência, da intolerância, da falta de fraternidade e de muitos outros, que se não reduzem o cérebro, reduzem a alma e aí não há terapia que resolva, a não ser a das experiências restritivas nas sucessivas reencarnações. Quem sabe não está aí a explicação do mosquito? Por Edson Sardano


Editorial

Mosquito e suas doenças: preocupação de todos Este problema vem tirando o sono de muita gente. Não é só das gestantes, mas de médicos, de familiares, do governo, etc. Já é uma questão de saúde pública, quase fora de controle, segundo alguns analistas da área. Todavia, o tema vem sendo tratado do ponto de vista humano, físico. Não se está considerando a visão espiritual, ou seja, as causas geradoras do fato, perante a Justiça Divina. De acordo com os ensinamentos da Doutrina Espírita, as causas dos sofrimentos têm raízes nas existências do passado ou mesmo na atual. Como o tema é complexo e envolve vida, sentimentos, fé religiosa, o nosso Edson Sardano aprofundou o tema em artigo na capa do Note Bem.

Miguel Sardano: 2º Vice-presidente

O Mundo em Nossas Mãos No esforço de manter-se ocupado, há algo muito importante: Não deixe passar um só dia sem o emprenho de aprender. Nossa mente, se assim posso dizer, tem propriedades elásticas. Quanto mais coisas botamos dentro dela, mais cresce, mais poderosa fica, mais capaz. E quanto mais aprendemos, melhor compreendemos a vida, mais equilibrados ficamos, mais felizes vivemos. Sócrates, que foi um grande sábio da Antiguidade dizia : – Só há um mal – a ignorância; Só há um bem – o conhecimento. Ele queria dizer que os males em que nos envolvemos nascem sempre de não sabermos como lidar com a Vida. Mais exatamente, nascem de nossa ignorância. Analisando friamente a questão você fatalmente reconhecerá que se conhecesse melhor as coisas, se tivesse uma visão mais clara sobre a Vida, certamente não estaria numa prisão. Por isso Sócrates afirma que o único bem é o conhecimento. Quem adquire conhecimento fica sabendo o que é realmente importante em favor de sua felicidade. Nessa busca de conhecimento há um amigo muito especial, disposto a nos acompanhar onde estivermos, até na prisão. Está sempre pronto a nos atender e ensinar, a qualquer momento. Nunca se cansa; nunca se aborrece; nunca se recusa. Esse amigo de todas as horas é o livro. Com ele aprendemos as coisas mais interessantes, aumentamos a nossa capacidade de

pensar, viajamos... Nesse momento, enquanto lê estas linhas, você não está na prisão. Em pensamento, livre como um pássaro, viaja comigo no maravilhoso país das ideias. Talvez você não goste de ler. Não está sozinho. Muitas pessoas jamais abriram um livro. Não sabem o que estão perdendo... Mas não é tão difícil cultivar a leitura. Basta criar o hábito. Hábito é aquilo que a gente está acostumado a fazer. Fazemos automaticamente, com facilidade, sem esforço... Por exemplo: Falar mal da vida alheia. Muita gente gosta disso. Basta se reunirem duas ou mais pessoas e dali a pouco estão fofocando. É um mau hábito. Não traz nenhum proveito. Ao contrário, só gera confusão, desentendimento, discórdia, brigas... Ler é um bom hábito. No começo é meio enjoativo, cansativo. A gente não consegue prestar atenção, tem dificuldade para entender. Mas se insistirmos, lendo todo dia um pouco, acabaremos gostando, e leremos cada vez mais, e entenderemos cada vez melhor. Experimente. Em princípio faça como um dever. Assuma perante você mesmo um compromisso: Ler, todos os dias, algumas páginas de um bom livro, aquele que lhe ofereça conhecimento. Aos poucos você começará a ler mais páginas e haverá de gostar. Verá que é muito bom. Richard Simonetti Fonte: www.caminholuz.com.br

Publicação do Centro Espírita Dr. Bezerra de Menezes | Santo André - SP

Publicação Centro Espírita Dr. Bezerra de Menezes (Santo André) Presidente: Terezinha Sardano 1º Vice-Presidente: Baldir Padilha 2º Vice-Presidente: Miguel Sardano Rua Bela Vista, 125 – Jd Bela Vista Santo André – SP - CEP: 09041-360 Tel: (11) 4994.9664 - www.cebezerra.org.br Revisão: Miguel Sardano e Rosemarie Giudilli Jornalista Voluntária: Suzete Botasso Projeto Gráfico e Diagramação: Marco Beller – (11) 4438.8834 Impressão: Lis Gráfica e Editora - Tel.: (11) 3382.0777 Tiragem: 5.000 Copyright Centro Espírita Dr. Bezerra de Menezes. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo deste informativo em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da entidade.

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Neste exato momento Neste exato momento, você está na situação mais apropriada ao exercício da compreensão e do auxílio;

De observar que, muitas vezes, vale mais perder para conquistar do que conquistar para perder;

Na circunstância mais favorável para fazer o bem;

De ajustar-se à paciência e à esperança para consolidar o próprio êxito no instante oportuno;

De coração ligado às criaturas certas, junto das quais precisa trabalhar e harmonizar-se;

De não esmorecer com a di culdade, a m de merecer o benefício;

Com a tarefa mais adequada às suas necessidades;

De sorrir e abençoar para receber simpatia e cooperação;

Nas responsabilidades justas de que deve desincumbir-se;

E, por isso mesmo, você agora está no momento exato de trabalhar para servir. E, trabalhando e servindo, você adquirirá a certeza de que toda pessoa que trabalha e serve caminha para a frente.

No ponto mais importante para dar o testemunho de sua aplicação à fraternidade; De reconhecer que a nossa felicidade é medida pela felicidade que zermos para os outros;

E quem caminha para frente, com o bem de todos, encontrará sempre o melhor. Coragem (Ed.Chico Xavier) Francisco Cândido Xavier (Espírito André Luiz)

Distúrbios Espirituais Entre os vários problemas causados através de perturbações espirituais, destaca-se a depressão. Existem fatores endógenos e exógenos que respondem pela ocorrência. Nada obstante, sendo o ser humano um Espírito imortal, através das múltiplas existências – reencarnações –, adquire experiências digni cadoras que o promovem, assim como outras infelizes que lhe retardam a marcha do progresso.

Aos Sábados das 13h às 14h Rádio ABC de Santo André (AM 1570) Apresentação:

Edson Sardano e Miguel Sardano

O maior e mais completo site de livros espírita, espiritualista e de autoajuda

Tel.: (11) 3186-9777

Qual ocorre hoje com a grande maioria de indivíduos que não se preocupam com a própria espiritualidade, considerando a atitude re exiva e moral como algo do pretérito de ignorância, ultrapassado pelas neurociências e pela tecnologia, permitindo-se leviandades graves e crimes, alguns hediondos, acreditam que, pelo fato de permanecerem ocultos, tombam no aniquilamento. Nada, porém, se aniquila no Universo. Tudo se transforma e altera, desde o átomo primitivo até o arcanjo. O bem e o mal que praticamos transformam-se em bênção ou desdita para nós mesmos. Desse modo, ninguém foge à responsabilidade, especialmente aquela que diz respeito aos

atos indignos. Os Espíritos que nos foram vítimas no passado como no presente, e não nos conseguiram perdoar, perturbam-nos com a sua mente dominada pelo ódio, inspirandonos pensamentos tormentosos, interferindo em nossa conduta moral e mental, empurrando-nos para a melancolia ou a violência, por m, para a depressão, o suicídio… É muito mais expressivo o número de depressivos por obsessão do que se pode imaginar. E o que se pode fazer? O Evangelho de Jesus dá-nos a receita preventiva e a curadora: pensamentos elevados, oração, conduta fraterna e digna, ação da caridade, paciência e resignação dinâmica, transformação moral para melhor. O espiritismo propicia àqueles que o buscam a mais e ciente psicoterapia, que é a da mudança de comportamento moral saudável, ao lado dos passes, da água uidi cada e da desobsessão – a educação do perseguidor. Simultaneamente à assistência médica especializada. Divaldo Franco - Artigo publicado no jornal A Tarde, coluna Opinião, em 19/11/2015

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É dando que se recebe A visão losó ca de Francisco de Assis é profundamente importante, permitindo-nos a compreensão maior do modo como ele viveu pelos caminhos do mundo.

Semeemos simpatia, e a teremos de volta. Espalhemos farpas e as veremos de retorno. Distribuamos esperança e nos veremos esperançados. Semeemos agonia, e poderemos contar com a ação do desespero, logo mais.

O missionário incomparável lançou mão de instrumentos de vida muito especiais, como as coisas simples de seu tempo.

Ofertemos nosso tempo precioso para atender ao próximo, e veremos que as preocupações do nosso próprio coração também estarão sendo atendidas.

A percepção íntima de que, em última análise, ninguém é possuidor de coisa alguma no mundo das formas físicas, levou-o a continuadas renúncias e a uma viagem fundamental para dentro de si. No íntimo de seu ser, encontrava a orientação segura de Jesus a propor que procurasse conquistar a si mesmo, pois aí estaria a riqueza verdadeira, a que não pode ser usurpada por nenhum gatuno, que nenhuma traça pode corroer e que não é consumida pela oxidação. Entendia isso e percebia como são fugazes os haveres materiais. Como são perecíveis. Como são temporais. Tudo é extremamente vulnerável à ação indomável do tempo. O pobrezinho de Assis nos clareia os caminhos, mostrando que devemos buscar sempre, em primeiro lugar, valores que pulsem no meio dessa atemporalidade.

Doemos nosso sorriso ao mundo e o mundo, dentro de nós, sorrirá satisfeito.

nar a alma, tornando-se sua parte constitutiva, como brilho, cor, realidade, decorrem da frequência intensa, desenvolvida através do comportamento individual. Na conclusão losó ca do jovem de Assis, é dando que se recebe, não registramos nenhuma referência a qualquer coisa material, mas às doações da alma. É assim que, pelas leis da sintonia, da reciprocidade, ou de causa e efeito, concluiu que o que parte de nós é, de fato, o que a nós retorna. A sementeira é sempre livre, mas a colheita é obrigatória.

O que pertence à alma é aquilo que essa alma pode conduzir consigo, onde quer que vá, onde quer que esteja.

Na gura apresentada por Jesus, o que se oferece ao solo, o solo devolve, ampliado, renovado, sejam aromas de ores, sejam espinhos.

Os únicos valores passíveis de impreg-

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Perdoemos aquele familiar que falhou conosco mais uma vez, e perceberemos que, quando nós errarmos, encontraremos mais facilmente o autoperdão. Semeemos a paz, o otimismo, em meio ao negativismo viciante dos dias atuais, e colheremos tranquilidade em meio ao caos, silêncio em meio à balbúrdia ensurdecedora. É dando que se recebe. É dando-nos, doando-nos que receberemos a recompensa da consciência paci cada, cumpridora de todos os deveres para com Deus, o próximo e a nós mesmos. Amemos e nos estaremos amando. Perdoemos e estaremos nos perdoando. Doemos e já estaremos recebendo. Experimentemos a doce exortação de Francisco de Assis e nos sintamos em paz, desde agora. Redação do Momento Espírita, livro A carta magna da paz (Espírito Camilo), psicogra a de Raul Teixeira, ed. Fráter.


O Dízimo e a Casa Espírita O dízimo já era praticado antes da vinda de Jesus. Encontra-se muito claro no Antigo Testamento e signi cava a décima parte consagrada a Deus. A Lei requeria que a décima parte do grão, do vinho, do azeite produzido a cada ano, assim como os primogênitos dos rebanhos e das manadas, e de tudo mais que se produzisse, fosse entregue aos levitas e sacerdotes, com o objetivo de manterem os templos em funcionamento. Podemos constatar essa prática no Pentateuco: terceiro livro (Levítico, 27:30-32), no quinto livro (Deuteronômio, 14:22), e ainda em Neemias, 10:32, nos livros históricos. O interessante, ao abordarmos essa questão, é percebermos que Jesus não o condenou, mas foi além ao dizer: “Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas! Pois que pagais o dízimo da hortelã, do endro e do cominho, e desprezais o mais importante da lei: a justiça, a misericórdia e a fé; devíeis, porém, fazer estas sem omitir aquelas”. (Mateus, 23:23.) O que podemos aferir dessa advertência de Jesus é que Ele, em momento algum, criticou ou proibiu a ajuda monetária à manutenção dos templos, mas cobrava, sim, o cumprimento da Lei de Amor, convidando todos ao exercício da bene cência, da indulgência e do perdão. Vivendo em um mundo material, não ignorava as necessidades básicas para a sobrevivência do que quer que fosse material – templo ou corpo físico. E se isso era verdadeiro na época de Jesus, muito mais o é hoje. Assim, se transportarmos tudo isso para a Casa Espírita, independentemente de sua dimensão ou complexidade de funcionamento, perceberemos, sem qualquer sombra de dúvida, que os recursos nanceiros são fundamentais para que ela se mantenha de portas abertas. Cada Casa Espírita possui uma dinâmica de trabalho e sabe do que necessita para atender às suas necessidades. Por essa razão, cabe a cada um de nós que frequentamos o grupo, contribuir espontaneamente, no limite de nossas posses ( nanceiramente ou tempo disponível) – o óbolo da

viúva é o mais claro exemplo –, para a manutenção desses prontos-socorros em funcionamento, voltados para o atendimento aos necessitados do corpo e da alma, como já estivemos um dia. Todavia, é de suma importância não confundirmos atividades destinadas à manutenção física da instituição com a cobrança pela assistência espiritual, envolvendo o passe magnético, as reuniões mediúnicas de desobsessão ou a venda de água magnetizada, por exemplo. Qualquer atividade de assistência espiritual que envolva o concurso dos Espíritos deve ser totalmente gratuita, lembrando a assertiva de Jesus aos discípulos: “Curai os enfermos, expeli os demônios; dai de graça o que de graça recebestes”. Mas, também, é que a venda de quadros, elaborados nas reuniões de pintura mediúnica e a de livros psicografados são sempre revertidas – independentemente dos custos materiais que eles envolvam para suas elaborações – para as obras de assistência social que a instituição desenvolve. É difícil imaginar uma casa espírita sem seu braço social, porque contraria um dos pilares da Doutrina Espírita: Fora da caridade não há salvação. Ambas as formas de

assistência devem seguir paralelas em atendimento à saúde integral do homem: pão para o corpo, pão para o Espírito. Com a a rmação que faz e o preceito que estabelece, o Mestre determina que não se deve cobrar por aquilo por que nada se pagou. O dom de curar, de evangelizar os Espíritos equivocados, de levar alívio aos que sofrem, tudo isso foi dado de graça por Deus. Como colocar preço no sorriso que recebe o assistido na casa de Jesus? A entrevista que orienta e alivia, a palestra que consola, esclarece e reconforta, o passe que acalma, minimiza e cura a dor, como cobrar por isso? Não se pode, porque não se pode colocar preço no que emana do coração. Mas, diferentemente do dízimo obrigatório, o espírita não deveria se furtar a colaborar materialmente com a Casa que o acolhe e lhe proporciona as oportunidades de trabalho para sua elevação espiritual, doando um pouco do muito que recebe todos os dias – em atendimento ao convite de Jesus – e ajudar, pois toda colaboração é muito bem-vinda se vier em nome do Mestre de todos nós. Por Leda Maria Flaborea, Pedagoga, expositora da área de Assistência Espiritual da Federação Espírita do Estado de São Paulo (Feesp) Fonte: O Semeador Internacional – janeiro/2016

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Requisitos para o médium seguro A m de colimar êxito no empreendimento das comunicações espirituais inteligentes, deve o médium que se candidata ao ministério socorrista preencher, no mínimo, as seguintes condições:

valorização do serviço em plena sintonia com o ideal espírita, compreensivelmente, torna-se improvável a colheita de resultados satisfatórios no intercâmbio medianímico.

Equilíbrio – Sem uma perfeita harmonia entre a mente e as emoções, di cilmente conseguem, os ltros psíquicos, coar a mensagem que provém do Mundo Maior.

Humildade – Escasseando o autoconhecimento, bem poucas possibilidades o médium disporá para uma completa assimilação do ditado espiritual, porquanto, nos temperamentos rebeldes e irascíveis a supremacia da vontade do próprio instrumento anula a interferência das mentes nobres desencarnadas.

Conduta – Não fundamentada a vida em uma conduta de austeridades morais, só mui raramente logra, o intermediário dos Espíritos, uma sintonia com os Mentores Elevados. Concentração – Após aprender a técnica de isolar-se do mundo externo para ouvir interiormente, e sentir a mensagem que ui através das suas faculdades mediúnicas, poderá conseguir, o trabalhador honesto, registrá-la com delidade. Oração – Não exercitando o cultivo da prece como clima de serenidade interior, ser-lhe-á difícil abandonar o círculo vicioso das comunicações vulgares, para ascender e alcançar uma perfeita identi cação com os Instrutores da Vida Maior. Disposição – Não se afeiçoando à 06|Note Bem

Amor – Não estando o Espírito encarnado aclimatado à compreensão dos deveres fraternos em nome do amor que desculpa, do amor que ajuda, do amor que perdoa, do amor que edi ca, torna-se, invariavelmente, medianeiro de Entidades perniciosas com as quais se compraz a nar. O ministério do intercâmbio mediúnico é, sobretudo, um labor de autoburilamento, no qual o encarnado mais se bene cia. Quem não se recusa ascender por esta ou aquela razão, na teimosia das paixões em que se demora, sincroniza mentalmente com os espíritos rebela-

dos que o martirizam e cuja companhia se lhe torna habitual. Mediunidade é faculdade psíquica que se pode considerar meio, instrumento, ponte que faculta o intercâmbio entre duas situações vibratórias. Aquele que não prepara este meio convenientemente, jamais logra sair de si mesmo, tão vencido se encontra pela predominância da personalidade em desalinho. Ofertamos as nossas disposições a Jesus Cristo, o Amigo Operante, que soube transformar-se no excelente Médium de Deus, deixando que a suprema vontade do Pai se lhe zesse a própria vontade, até o momento do holocausto por amor de todos nós. Se não formos capazes de manter o nosso concurso mediúnico em forma de testemunho de amor pelo nosso próximo, na esfera física, não teremos condição de abrir a alma em or ao sol da misericórdia divina, em benefício dos nossos irmãos infelizes do mundo espiritual, que esperam por nós. Intercâmbio mediúnico (Ed. Leal) Divaldo Franco (Espírito João Cleófas)


JESUS E A ARTE DE VENCER DESAFIOS

CONSTRUINDO UM CAMINHO

O EVANGELHO POR EMMANUEL

SERRA DA BOA ESPERANÇA

Eliana Machado Coelho / Esp.: Schellida Gênero: Romance

Chico Xavier / Espírito: Emmanuel

Álvaro Basile Portughesi / Esp.: Euzébio

Gênero: Doutrinário

Gênero: Romance

William Sanches / Gênero: Autoajuda

Editora: LÚMEN

Editora: FEB

Editora: CLAREON

Editora: PETIT

QUANDO É PRECISO VOLTAR

VIVENDO A DOUTRINA ESPÍRITA

OS SENHORES DO MUNDO

Antônio Baduy Filho / Esp.: André Luiz Gênero: Doutrinário

Hermínio C. Miranda Gênero: Espiritismo

VIVA A SUA MISSÃO

Zibia Gaspareto / Esp.: Lucius Gênero: Romance Editora: VIDA & CONSCIÊNCIA

Editora: IDE

Editora: LACHÂTRE

ACORDE PRA A VIDA!

FONTE VIVA

CAMINHO, VERDADE E VIDA

PÃO NOSSO

Marcelo Cesar / André K. Gênero: Autoajuda

Chico Xavier / Espírito: Emmanuel Gênero: Espiritismo

Chico Xavier / Espírito: Emmanuel Gênero: Espiritismo

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Editora: VIDA & CONSCIÊNCIA

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Bruno J. Gimenes Gênero: Autoajuda

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