Note Bem 99 - Vacina contra a Dor

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Publicação do Centro Espírita Dr. Bezerra de Menezes | Santo André - SP - Ed. 99 - Jan/Fev/Mar - 2021

Vacina contra a dor

O desamparo e a indiferença são irmãs gêmeas, doenças pandêmicas que assolam a humanidade. Desde eras incontáveis carregadas de injustiça, elas driblam todos os esforços e se instalaram na modernidade. A ciência atual com toda sua sabedoria ainda não conseguiu compreender como tratar aquelas viroses amparadas pela competição e luta de poderes que geram agressividade, resultando notarse em todo lugar e em quaisquer ideologias os atritos que conseguem separar corações amigos, que, ainda não con rmados pelo amor, sobrepõem-se aos sentimentos para xar-se em desejos de curta duração e que geram o vazio existencial. Só a terapêutica mais simples, de um homem simples artesão do amor, que foi Jesus, oferece a pauta do roteiro para encontrar a vacina que vai prevenir males diversos e dores in nitas. A Dra. Candace Pert esclareceu em seu livro “Molecules of Emotion” que as emoções estão interligadas com as moléculas e vice-versa, daí a importância de codi car as emoções reprimidas e libertar a alma do sofrimento que, em continuação, será uma dor física. No nal, o que faz sofrer mais, uma dor física ou a separação afetuosa daqueles corações queridos que nos iluminam com sua presença?

A vacina ideal para esta e as épocas vindouras terá que possuir uma boa dosagem de gentileza que espalhe sorrisos, que traga leveza às mentes atormentadas pelo materialismo que ainda não permite pensar-se que somos seres metafísicos, estelares e lhos de Deus.

A vacina do amor tem que ser tomada em várias doses, que devem ser contínuas, a m de que ofereçam a imunidade necessária e assim vencer o sofrimento.

A nossa vacinação consistirá em várias doses de perseverança para que o bem se imponha, para que os bons não quem calados e que sejamos todos uma família disposta a compartilharmos nossos problemas, con itos e juntos vivenciarmos a solução do amor.

A culpa como sintoma fala incessantemente de nossa indiferença perante a vida, porque isola a dor e recusa viver, portanto, predispondo para sofrer as consequências do abandono da ética e moral.

O remédio perfeito abrirá os olhos de todos para discernirmos que as verdadeiras lideranças estão nos lares, nos afetos legítimos, responsáveis pela superação das paixões.

Hoje, quando se tem tantas dúvidas sobre vacinas, para conseguirmos a sua real efetividade, deveremos primeiro re etir se estamos dispostos a tomar a do amor para engrandecer nossos corações. Na tradição evangélica o coração, como nascente de bênçãos e de emoções, deve ser cultivado pelo bem, pelo devotamento à vida em todas as suas expressões. Quando conseguirmos viver as expressões do bem, teremos tomado a vacina contra o mal e teremos saúde integral.

Por Divaldo Franco, Professor, médium e conferencista. Artigo publicado no Jornal A Tarde (Bahia), coluna Opinião, 5 de fevereiro de 2021.


Editorial

A nova geração Em 20 de dezembro de 2020, foi postado pela jornalista Neyara Pinheiro, em seu Canal do YouTube, um emocionante vídeo sobre a menina Érica, de 12 anos de idade, moradora da cidade de Coelho Neto, Maranhão, que viralizou Brasil afora. Érica, de família pobre, mesmo vivendo em condições muito precárias, assumiu para si a tarefa de ensinar crianças de sua localidade que estavam sem acesso às aulas, por causa da pandemia do Coronavírus. Partindo do nada, com a ajuda de sua irmã mais velha e de sua mãe, ambas catadoras de lixo reciclável, a “professora” Érica montou uma pequena sala de aula, utilizando materiais encontrados no lixão, além de livros usados, cadernos e lápis por doação de vizinhos. Questionada sobre os seus sonhos para o futuro, essa pequena professora declarou com notável determinação que planeja se tornar advogada para defender os mais fracos que perderam a fé na Justiça. Ao longo de toda a entrevista à jornalista, Érica demonstrou um fantástico amadurecimento e profunda sensibilidade para com a carência educacional às crianças de seu meio, falando com grande desembaraço e segurança, empregando um rico e corretíssimo vocabulário, incomum a

crianças de sua idade. (Assista ao vídeo no canal do YouTube de Neyara Pinheiro: A emocionante história da professora Érica) A Visão Espírita A Nova Geração está chegando. Conforme está no livro “A Gênese”, de Allan Kardec, capítulos XVII e XVIII, corroborado pelo espírito Manoel Philomeno de Miranda, em seu novo livro “No Rumo do Mundo de Regeneração”, psicografado por Divaldo Franco, estamos no início de grandes transformações e fenômenos próprios demonstram ser chegados os tempos anunciados pelas Escrituras e con rmado pelos imortais, através da mediunidade responsável. Tragédias de todos os tipos sacodem o mundo físico, agora atormentado pela pandemia da Covid-19, demonstrando a fragilidade do ser humano no pedestal de suas ilusões ante o vírus devastador e fatal, ao mesmo tempo, facultam a necessidade do amor e da solidariedade entre as criaturas para a sobrevivência ao caos. Mais cruel do que uma guerra, a pandemia em tela ceifará centenas de milhares de vidas, umas em razão do natural processo de mudança moral do planeta para um Mundo de Regeneração, outras que deverão

partir para o exílio, após o período de convalescência nas respectivas comunidades às quais se vinculam. Devendo o Bem reinar sobre a Terra, será preciso dela excluir os espíritos endurecidos no mal, e que poderiam acarretar perturbações. A Lei Divina já os deixou pelo tempo necessário à sua melhoria; mas no momento que o mundo deva ser elevado na hierarquia dos mundos, mediante o progresso moral de seus habitantes, tendo chegado tal tempo, este lugar será interditado àqueles que não hajam aproveitado as instruções que vieram receber; e tal interdição se aplicará não só aos encarnados como aos desencarnados de tal grupo. Serão exilados para mundos inferiores, como antes da raça adâmica. Ao mesmo tempo, serão substituídos por espíritos mais adiantados. Esta é a separação que Jesus presidirá, o que é gurado por estas palavras do julgamento nal: “Os bons passarão à minha direita, e os maus à minha esquerda.”

Miguel Sardano: 2º Vice-Presidente |Fonte: “A Gênese”, de Allan Kardec; “No Rumo do Mundo de Regeneração”, de Manoel Philomeno de Miranda, psicogra a de Divaldo Franco.

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Publicação do Centro Espírita Dr. Bezerra de Menezes | Santo André - SP

Publicação Centro Espírita Dr. Bezerra de Menezes (Santo André) Presidente: Terezinha Sardano 1º Vice-Presidente: Baldir Padilha 2º Vice-Presidente: Miguel Sardano Rua Bela Vista, 125 – Jd Bela Vista Santo André – SP - CEP: 09041-360 Tel: (11) 4994.9664 - www.cebezerra.org.br Revisão: Miguel Sardano e Rosemarie Giudilli Jornalista Voluntária: Suzete Botasso Projeto Gráfico e Diagramação: Marco Beller – (11) 4438.8834 Impressão: Lis Gráfica e Editora - (11) 3382.0777 Tiragem Gratuita: 500 exemplares Copyright Centro Espírita Dr. Bezerra de Menezes. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo deste informativo em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da entidade.


Ajuda, meu Filho Não passes distraídos, diante da dor. Nesses semblantes que o sofrimento descoloriu e nessas vozes fatigadas em que a tortura plasmou a escala de todos os gemidos, Jesus, o nosso Mestre Cruci cado, continua incompreendido e desfalecente. Nessas longas multidões de a itos e infortunados, encontrarás a nossa própria família. Quantos deles albergaram esperanças iguais àquelas que nos alimentam os sonhos, sem qualquer oportunidade de realização? Quantos tentaram atingir a presença da luz, incapazes de vencer a opressão das trevas? Essas crianças caídas no berço da angústia, esses enrugados velhinhos sem ninguém, essas criaturas que a ignorância e a provação mergulharam no poço da enfermidade ou no espinheiro do crime, são nossos irmãos, à frente do Eterno Pai. Estende-lhes tua alma na dádiva que possas oferecer, guardando a certeza de que amanhã, provavelmente, estarás também suspirando pelo bálsamo do socorro na bênção de um pão ou na luz de uma prece amiga. Recorda que as mãos hoje por ti liber-

tadas dos grilhões do infortúnio podem ser aquelas que, amanhã, chegarão livres e luminosas, em teu auxílio.

Compadece-te de teus pais, de teus lhos, de teus irmãos, de teus amigos e adversários.

Ao pé de cada coração desventurado, Jesus nos espera em silêncio.

Os golpes sublimes da vontade superior sobre os nossos desejos serão recursos do máximo proveito para o nosso próprio futuro.

Auxilia, meu lho e, na doce melodia do bem, ainda mesmo que di culdades e sombras te ameacem a luta, ouvirás, no imo do coração, a voz do Divino Mestre a encorajar-te, paciente e amoroso: “Tem bom ânimo! Eu estou aqui”.

Mensagem do Livro – “Sentinelas da Alma” – pelo Médium Francisco Cândido Xavier – pelo Espírito – Meimei

Dispõe-te a compreender, a m de que possas auxiliar.

CUIDE de VOCE CUIDE da GENTE Doe e ajude-nos a mantermos o trabalho com as crianças da Instituição Amelia Rodrigues Bradesco - Ag: 2816-9 C/C: 1423-0 Itaú - Ag: 0020 - C/C: 82717-6 (11) 94000.1952 Note Bem|03


Trabalhar é Preciso O poeta português Fernando Pessoa certa vez disse que “navegar é preciso”. Kardec através da obra “O Livro dos Espíritos” nos explica no capítulo 3, referente às Leis Morais, que em nosso trilhar evolutivo “trabalhar é preciso”. Apresenta a “Lei do Trabalho” como um caminho ao progresso na contínua busca do nosso desenvolvimento espiritual, que, apesar de parecer um percurso lógico para lapidarmos nossas habilidades e potencialidades, a história demonstra que o entendimento da necessidade da labuta foi absorvido de diversas formas e em determinados momentos muito diferente à apresentada pela doutrina espírita. A palavra trabalho vem do latim “tripalium”, composta por “tri” (três) e “palum” (madeira) traduzida como três paus, um instrumento de tortura utilizado pelo império romano. Deste conceito podemos entender que a palavra apresenta uma carga de punição, de castigo para quem necessita passar por determinado sofrimento. Deste conceito, analisamos que o trabalho é visto como um fardo a ser carregado pelos menos privilegiados e agraciados de Deus. Neste contexto de punição divina o trabalho também é identi cado como uma maldição, oriunda do pensamento que fomos punidos pelo “pecado original”, quando Adão e Eva, expulsos do paraíso, tiveram de se alimentar com o suor do próprio corpo. A re exão que o casal estava aproveitando todos os privilégios e benefícios do jardim do Éden e pela falha de suas condutas foram destinados ao trabalho árduo na busca do alimento, na construção de moradia e no enfrentamento das intempéries de um planeta hostil, leva ao pensamento que trabalhamos porque pagamos pelo erro cometido. A maioria das sociedades foi estruturada sob o conceito que os mais fortes, militarmente, nanceiramente ou intelectualmente, direcionam as regras e criam diretrizes às quais os mais fracos cam submetidos. Deste sentimento de servidão do mais fraco deu origem aos sistemas escravocratas que veri camos ao longo de toda a história da humanidade. Desde tempos remotos, como nos rela-

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tos da história do povo hebreu retirado do Antigo Testamento ou nas páginas de nossa história onde povos africanos foram submetidos a trabalhos forçados, veri camos na imposição do trabalho uma carga de castigo, de imposição da tarefa a ser realizada pela opressão. Percebemos, desta forma, o desenvolvimento do pensamento ao longo dos tempos que trabalhar signi ca a perda da liberdade. Patrícios no império romano, a nobreza da Europa medieval e posteriormente a burguesia que se fortalece no renascimento comercial, se utilizavam de escravos e proletários que entendem o trabalho a que são submetidos na sua essência morfológica, isto é, o tripalium que caracteriza a tortura e o castigo de perder a liberdade. Desde a sua origem, a palavra traz a noção de ser um martírio baseado na posição de uma condição de inferioridade diante do próximo que sempre o oprimirá. No entanto, ao veri carmos outra de nição trazida pelos precursores da Doutrina, pois Platão em suas obras “O Banquete” e “A República” apresenta a palavra poiesis como signi cado de “criação”, de “ação”. Neste pensamento associado à criação, o trabalhador se entende construtor, produtor, no qual ao criar se recria a cada momento que desempenha no trabalho sua potencialidade de construção de seus valores intelectuais e morais. Nesse entendimento sobre o trabalho não estão associados valores nanceiros, cargos hierárquicos, tempo ou espaço, mas apenas a vontade de criar e se recriar. No poema, citado no início deste artigo, Fernando Pessoa complementa seu pensamento de que navegar é preciso com a frase “viver não é preciso, não é necessário, mas a necessidade está em criar”. Podemos entender este pensamento do ato da criação relacionada ao trabalho em sua mais sublime essência, encontrada na loso a de vida dos grandes Espíritos. Jesus foi o próprio exemplo vivo e prático da Lei do Trabalho, pois viveu para o serviço ao próximo. Condenou a lei mosaica que obriga não trabalhar aos sábados (Lucas 13:14 e 15), demons-

trando que o Pai trabalha (cria) constantemente. Bezerra de Menezes, o Médico dos Pobres, entendia a poiesis de ser médico, dedicando sua vida aos necessitados, independentemente dos recursos de que dispunha, e demonstra o desapontamento com colegas de serviço que trabalhavam focados no objetivo da conquista material, mencionando que esses não são médicos, mas negociantes de medicina. A Doutrina Espírita nos demonstra que trabalhar não é uma exclusividade de nosso plano terrestre e que em orbes superiores a espiritualidade trabalha incessantemente à harmonia do Universo. Em oposição ao pensamento da punição do pecado original, no qual se assume que os punidos foram expulsos do paraíso e tiveram de ser submetidos


à necessidade do trabalho, Kardec explica que mesmo nos planos mais aperfeiçoados existe a necessidade do trabalho, nos quais este assume natureza diversa e relativa ao seu grau de desenvolvimento alcançado, e que nas esferas mais evoluídas, a ociosidade seria um suplício (LE q.678). Neste contexto podemos entender o trabalho como caminho para lapidarmos nossas virtudes, pois não basta apenas vivermos as nossas vidas baseadas nos prazeres e na busca de nossos desejos, mas é necessário criarmos, produzirmos, isto é, trabalharmos. O trabalho, portanto, não deve ser entendido somente como meio para obtermos sustento ou ampliarmos os bens materiais, mas fundamentalmente à construção de valores morais obtidos no relaciona-

mento com o próximo. É no desenvolvimento da “Educação Moral”, que consiste a arte de formar os caracteres, criando hábitos. Kardec, educador por pro ssão, explica que a “educação é o conjunto de hábitos adquiridos e somente uma educação bem entendida pode curar as chagas sociais da ‘desordem’ e da ‘imprevidência’ ”. É o trabalho analisado como processo educacional no aprendizado do amar ao próximo como a si mesmo. Semelhante ao exemplo do Rabi da Galileia que veio à carne para servir e não para ser servido, a Doutrina explica, ao contrário do que os livros de História demonstram, que o forte deve trabalhar pelo fraco, com o pensamento do dever associado ao serviço da sociedade, exercitando a lei da caridade (LE q.685a).

Por meio da análise dos conceitos apresentados pelo Espiritismo com relação à importância do trabalho como processo evolutivo do Espírito, podemos assumir a necessidade de entendermos a labuta semelhante à conclusão da poesia de Fernando Pessoa quando nos diz que “Cada vez mais ponho da essência anímica do meu sangue o propósito impessoal de engrandecer a pátria e contribuir para a evolução da humanidade.” A essência da alma, isto é, do Espírito encarnado que anima um corpo, dá-se através do trabalho, neste plano, na lapidação de nós mesmos, pela extinção do egoísmo e na construção de um planeta regenerado. Por Marcelo Ferreira, Expositor da Federação Espírita do Estado de São Paulo (FEESP)

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Dicas Dinâmicas para uso do Zoom em Estudos Espíritas

As reuniões online são importantes para que continuemos conectados e estudando a Doutrina Espírita. Contudo, algumas pessoas ainda encontram di culdade em se concentrar nas aulas online. Por isso, é preciso entender como podemos nos envolver mais com o conteúdo apresentado pelos expositores bem como aproveitar bem mais os encontros com os colegas usando a tecnologia com sabedoria no auxílio do nosso equilíbrio e saúde mental durante o período de isolamento social.

a comunicação humana”. Assim, decidi compartilhar com o Movimento Espírita alguns mecanismos que tenho empregado para me manter em sintonia e que talvez possam auxiliar a outras pessoas.

Tive di culdades no início da pandemia. Era comum me sentir estranhamente exausto após as aulas com meu grupo de estudo. Ao terminar a reunião, dedicava um bom tempo à oração para me sentir mais tranquilo.

3. Escolha um ambiente onde possa manter a porta trancada e no qual não haja a presença de outras pessoas, ou elementos promotores de distrações como TV ligada, ou redes sociais sendo acessadas.

A Fadiga do Zoom é uma realidade e como o próprio nome indica, é um cansaço que o cérebro se vê submetido após longas reuniões online. Isso acontece pelo excesso de esforço que nosso cérebro faz em prestar atenção a mais de um interlocutor simultaneamente. Mesmo ciente de que nem todo mundo está falando ao mesmo tempo, a parcela verbal da comunicação humana é pequena e, como a rma o lósofo ByungChul Han “as formas não verbais de expressão como gestos, expressões faciais ou linguagem corporal, constituem 06|Note Bem

4. Proteja-se da fadiga do zoom con gurando a tela para mostrar apenas quem está falando e mantenha outras janelas do seu computador fechadas.

1. Antes do início da chamada, procure se acomodar tranquilamente. Relaxe, respire e prepare-se. 2. Aproveite alguns momentos antes da reunião para falar amenidades com os colegas. Esse é um importante instrumento no auxílio ao relaxamento.

5. Desligue o seu celular. Não responda às mensagens durante a reunião. 6. Resista a fazer outro tipo de atividade como olhar e-mail ou sites de notícias no momento do encontro. Mantenha o foco. 7. Quando participar de transmissões online ou lives, evite interações exces-

sivas no chat. Elas nos tiram o foco, nos distraem e acabamos perdendo parte do que está sendo dito. 8. Faça anotações em blocos de notas ou cadernos para evitar digitar e distrair os outros, caso se esqueça de colocar o microfone no mudo. 9. Interaja, faça perguntas. Isso proporciona dinamismo à reunião e motiva os expositores no aprimoramento do conteúdo. Aprendemos ao longo do isolamento social que apesar do avanço da tecnologia e da conveniência dos encontros e reuniões online, o contato humano ainda continuará a ser a melhor forma de interação entre nós. Contudo, sabemos que mesmo quando pudermos nos encontrar presencialmente, as reuniões virtuais permanecerão como uma opção a mais e como parte de um modelo híbrido de estudo da Doutrina Espírita. Se esse modelo é uma realidade que chegou para car, que possamos aprender com ele a nos conectar de forma harmoniosa para que aproveitemos as oportunidades de progresso que ele pode nos proporcionar. Por Jaime Ribeiro. Fonte: Federação Espírita Brasileira - www.febnet.org.br


Missão Comum Quando Moisés premiu em pedra os valores a ele revelados em dez mandamentos, orientado em sua missão pela Espiritualidade Superior, esboçava os primeiros passos na direção da construção das condições que nos permitiria receber, em tempo oportuno, as orientações que nos conduziriam ao Reino dos Céus. Quando a nós foi ofertada a palavra do Mestre Jesus, materializando seu Evangelho em livro sagrado, nos foram reconhecidas as possibilidades, ainda que embrionárias, de perceber a potência do amor operante. Quando nos foi con ada a Terceira Revelação, codi cada pelas mãos disciplinadas do cientista lionês, a Espiritualidade reconhecia em nós as competências iniciais para restabelecer os princípios do Cristianismo Redivivo. Na percepção da Coordenação Maior, já teríamos então possibilidades de comprovar a superioridade do roteiro moral de Jesus por meio dos testemunhos daqueles que outrora viveram na carne. Mesmo reconhecendo o percurso histórico que nos possibilitou acessar as verdades superiores, espíritas que somos, inúmeras vezes nos colocamos em

posição sectária a pretexto de trazer à tona outras verdades. Encontramo-nos hoje, espíritas e cristãos, revolvendo-nos em busca de realidades outras que não trazem benefícios senão à consciência ilusionada de missões graduadas. A ambicionada verdade, no entanto, foinos resumida pela lucidez do apóstolo João há mais de dois mil anos. “Esta é a mensagem que vocês ouviram desde o princípio: que nos amemos uns aos outros”.[1] Não há caminho senão o da solidariedade fraternal. Pensamento esse que foi generosamente perscrutado por Emmanuel no livro “Pão Nosso”: “Ama sempre. Faze todo bem. Começa estimando os que não te compreendem, convicto de que esses, mais que depressa, te farão melhor.” [2] Se somos incitados à re exão valiosa, façamos respeitando a marcha do irmão que nos acompanha, a exemplo de Jesus que não impôs, mas ensinou. Se somos perturbados por provocações alheias, reconheçamos a presteza desse serviço que nos lembra de nossas fragilidades e pede por mais vigilância. Se Cristo não nos in ige tormentos, a não ser o de nos revelar a perturbação de

nossa própria consciência [3], quem somos nós para provocarmos o colega de jornada? “Que esperam, entretanto, os companheiros esclarecidos para serem efetivamente irmãos uns dos outros?” [4] A vivência evangélica, meus irmãos, é o verdadeiro testemunho para o qual temos sido convocados em missão. Não nos esquivemos de valioso convite a pretexto de justi cativas escusas. Recolhamos nossos esforços e boa vontade naquilo para o qual temos sido reclamados, desde tempos imemoriáveis: na edi cação da verdadeira fraternidade. [1]I João, 3:11 [2] XAVIER, Francisco Cândido. Pelo Espírito Emmanuel. “Pão Nosso”. Capítulo 95: Esta é a mensagem. 1. ed. Brasília: FEB, 2014. [3] XAVIER, Francisco Cândido. Pelo Espírito Emmanuel. “Pão Nosso”. Capítulo 19: Falsas alegações. 1. ed. Brasília: FEB, 2014. [4] XAVIER, Francisco Cândido. Pelo Espírito Emmanuel. “Pão Nosso”. Capítulo 10: Sentimentos Fraternos. 1. ed. Brasília: FEB, 2014.

Por Camila Louise Fonte: www.febnet.org.br

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