Andar, ver, ouvir, ler... Estas são necessidades vitais do ser humano para viver e se comunicar e, sem elas, seria impossível nos entendermos. Ao escrever a matéria sobre acessibilidade pude perceber o quão deficientes somos quando se trata em promover um mundo melhor e acessível a todos. Pequenos gestos e construções adaptadas fazem com que a vida de pessoas portadoras de algum tipo de deficiência física ou com mobilidade reduzida, seja satisfatória e com maior independência, algo que todos nós buscamos.
Acessoé direito de todos Entender e criar possibilidades de explorar o mundo para que todos possam desfrutá-lo é um dever de todos e com medidas simples conseguiremos acabar com a falta de acesso e com o preconceito, que insiste em fazer parte de nossa sociedade. O preconceito com o ‘diferente’ aliás, é um total absurdo para o mundo moderno em que dizemos viver. Nossa proposta é demonstrar o quanto o portador de algum tipo de deficiência ou com mobilidade reduzida, é capaz de fazer à sociedade e aos que lhe rodeiam. Testemunhos de vida e de superação nos levam a perceber que a vida sempre vai valer à pena e que nada pode servir de empecilho para seguirmos nossa caminhada. Demonstraremos ainda idéias e sugestão de imóveis que oferecem todo conforto e acessibilidade que atende a crianças, idosos e portadores de algum tipo de deficiência.
Também nesta edição fomos ao bairro Veneza e descobrimos o porquê que a Avenida Macapá se transformou em um reduto para comerciantes de móveis que atrai consumidores de todo Vale do Aço e de cidades como Governador Valadares e Caratinga. Espero que você se delicie com nossas informações e dicas que selecionamos e que cada uma possa tornar sua casa ainda mais confortável e com a cara que você quer. Boa Leitura! Elizaine Guimarães
FOTO NATAN
JS IMOVEIS
Quem já teve seu estabelecimento invadido por vândalos ou ladrões, sabe bem o prejuízo que sofreu. Mas o pior que acontece na maioria dos locais onde não há vigilância, é que geralmente não tem como identificar e provar quem são os criminosos, e assim, continuarão impunes. No entanto, um modo encontrado para vigiar casas, lojas e até áreas públicas, tem sido as instalações de câmeras de segurança, que servem para auxiliar e dar maior segurança aos frequentadores do local. O motivo de se sentirem mais seguros é simples: quando um local está sendo filmado, as possibilidades de ocorrer violência, furtos, desrespeito, dentre tantos outros fatores, são diminuidos significativamente. Renato Coura, da Conecteh, que oferece este serviço, explica como funciona: “As câmeras são posicionadas de acordo com a necessidade do local que são ligadas a um servidor DVR (gravador de vídeo), onde armazena as imagens em um banco de dados”. Renato adverte ainda que o servidor deve ser instalado em um ponto estratégico, para que terceiros não tenham acesso. Além do servidor, o cliente também pode ter acesso às imagens via internet, através do acesso remoto. “Onde estiver é possível ver o que está acontecendo”, garantiu Renato, “uma imagem vale mais que mil palavras”, completou. Um exemplo disso é um furto que ocorreu em um estacionamento de uma empresa onde a Conecteh instalou câmeras de segurança. “Três motos foram roubadas no estacionamento, mas graças às imagens gravadas, pouco tempo depois localizaram os ladrões e as motos no mu-
nicípio de Manhuaçu”, comemora. “É uma aliada também para evitar enrolos de funcionários no horário de trabalho”, aponta Renato. Luciano José de Araújo, dono da Provest, decidiu instalar câmeras de segurança em sua fábrica e ao buscar pelo serviço, viu na Conecteh a melhor opção. “Além da qualidade de seus equipamentos, a Conecteh nos deu todo suporte e assessoria que precisávamos. Isso foi um grande diferencial que me levou a sua escolha”, contou Luciano. “O monitoramento das câmeras nos trouxe mais segurança. Qualquer problema que eventualmente ocorrer, as imagens vão mostrar o que aconteceu realmente”, completou. Garantia de Qualidade Alem de imagens coloridas, alta qualidade e em tempo real, a CONECTEH da garantia de um ano em todo sistema. A empresa elabora seu projeto, executa e tem uma assistência técnica da melhor qualidade. Há mais mais de 22 anos no mercado, atendendo com qualidade e compromisso.
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O capítulo I, art. 2º, da lei 10.098, de 19 de dezembro de 2000, estabelece as seguintes definições para a acessibilidade de pessoa portadora de deficiência ou com mobilidade reduzida: “Possibilidade e condição de alcance para utilização, com segurança e autonomia, dos espaços, mobiliários e equipamentos urbanos, das edificações, dos transportes e dos sistemas e meios de comunicação”.
Prédios que não possuem elevadores, rampas ou corrimão nas escadas, ruas esburacadas, calçadas sem rampas, ônibus sem elevadores, falta de telefones públicos menores e sinais de trânsito sonoros, tornam o dia a dia de pessoas portadores de deficiência ou com mobilidade reduzida, muito mais difícil. Em Ipatinga, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, IBGE, 14,5% da população possui algum tipo de deficiência física e para Eustáquio J. Oliveira, “é uma questão de atitude e de ter vontade de fazer os acessos especiais nas construções”. Preconceito De acordo com os membros da ADEFI, um dos maiores problemas enfrentados pelos deficientes físicos tem sido o preconceito e a discriminação. Filas preferenciais principalmente dos bancos e supermecados são onde mais ocorrem os atritos. “Quando as pessoas não veem nossa deficiência, elas reclamam e acaba gerando uma situação incômoda. Tenho que levantar a calça e
mostrar que uso próteses para veem que tenho o direito de estar nesta fila”, contou Cláudio Santana, que usa prótese nas duas pernas. “Certa vez estava na praia e um rapaz reclamou que minha presença o incomodava e dizia que eu não tinha o direito de estar alí, pois dava trabalho aos meus pais. Será que minha deficiência iria prejudicá-lo?”, contestou Paulo Henrique, que faz o uso de amuletas para se locomover devido à atrofiação em suas pernas. O que todos concordam é que um dos motivos do preconceito seja talvez a falta de informação. A novela Viver a Vida, da Rede Globo, através da Luciana, personagem vivida pela atriz Aline Moraes, demonstrou o que um deficiente físico é capaz de fazer, suas superações e dificuldades. “A novela contribuiu para demonstrar a população que um deficiente pode desfrutar dessa vida maravilhosa que Deus nos deu e que não somos inúteis”, alertou Rita de Cássia, que tem uma das pernas atrofiadas.
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Superação Alifon Moura Soares, 23, sofreu um acidente de carro em outubro de 2007 que o deixou paraplégico e garante nunca ter se revoltado com o fato de não poder andar mais. “Estou feliz em estar vivo, meu laudo médico constata que morri três vezes e fui reanimado. Graças a Deus estou vivo”, comemorou. Apesar da superação, Alifon enfrenta outros problemas como disputar o asfalto com os carros, já que as calçadas são desniveladas ou esburacadas, além de não haver rampas. “O cadeirante anda na contramão para ver o que vem em sua direção e consegue se desviar a tempo. Quando de costas para o trânsito, corre o risco de ser atropelado”, contou. Os ônibus também, mesmo com elevador, pouco conseguem atender aos usuários. A reclamação é pelo mau funcionamento do equipamento e falta de preparo de alguns motoristas e trocadores. “Tive um exame no Hospital Márcio Cunha marcado às 10h30, para não perder hora fui para o ponto de ônibus às 7h50, mesmo assim não consegui um ônibus adaptado que
A Associação A ADEFI atende cerca de 2,5 mil pessoas que pagam cerca de R$ 5,00 e desfrutam de aulas de violão, informática, pintura e ainda consultas com psicólogos, fonoaudiólogos, assistente social e terapia ocupacional e são inseridos no mercado de trabalho através da administração dos banheiros públicos do centro da cidade, que é feita pela ADEFI. Projetos da ADEFI O clube paradesportivo Vale do Aço está
funcionasse e quando já eram 10h desisti e pedi carona a uma tia”, lamentou Alifon que acrescentou já ter levado mais de 15 minutos para conseguir entrar em um ônibus. “Não me sinto constrangido quando o elevador demora a funcionar e acaba atrasando a todos no ônibus, isso não é um problema meu, é problema da empresa de
transporte que deveria resolver isso o mais rápido possível”, completou. A empresa de transportes públicos, Autotrans, não se pronunciou sobre o problema, já a Prefeitura Municipal de Ipatinga, devido a troca de prefeito e secretariados também não se manifestou.
saindo do papel e começa a virar realidade graças a uma parceria que está sendo concluída com a Usipa, que vai oferecer quadras e suporte para a formação de uma equipe de basquete para cadeirantes, as APAES de Ipatinga, Coronel Fabriciano e Timóteo vão treinar atletismo e ainda o futebol de cinco (para cegos). “Essa parceria será um marco para todos nós que somos portadores de algum tipo de deficiência física, pois teremos a oportunidade de demonstrar nossa força de vontade e superação também na área esportiva”, acredita Eustáquio J. Oliveira. “Serão trabalhados dois princípios nes-
te clube: o esportivo - que vai trabalhar o aspecto competitivo e o participativo - e o sócio educativo, com reuniões uma vez por mês para debater assuntos de seus interesses”, explicou. Serviço: Interessados pelo clube paradesportivo Vale do Aço deverão procurar a entidade a qual faz parte ou entrar em contato com a ADEF. Rua Turmalina, 215, bairro Iguaçu Telefone: (31) 3821-4358
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Requinte, beleza, qualidade, diversidade, praticidade e preços que se ajustam dentro de cada tipo de bolso. Essa é a realidade do comércio de móveis do bairro Veneza, na Av. Macapá onde abriga o maior pólo de venda de móveis de Ipatinga e talvez uma das maiores de todo o Vale do Aço, por atender clientes de cidades como Nanuque, Caratinga, Teófilo Otoni, Inhapim, dentre outras. A grande variedade de lojas e estilos que atendem a diferente tipo de personalidade fez da Av. Macapá o ponto de referência no comércio de móveis. São diversas lojas que oferecem desde objetos de decoração, adornos, móveis usados à móveis finos e requintados, linha infantil, adulto, escritó-
rios e todo tipo de ambiente Toda essa procura começou há cerca de 40 anos atrás com a instalação da primeira loja do ramo, a Minas Loja, que começou com a venda de confecções em 1963. A mudan-
ça para a venda de móveis, em 1970, foi graças à poeira provocada pelos carros (a avenida nesta época não era asfaltada). A instalação da Minas Loja acabou impulsionando o mercado de móveis no bairro. “Não digo que somos referência, mas foi a partir do momento em que viram que nossa loja crescia as outras lojas começaram a se instalar aqui na avenida”, afirmou Sr. Nor, dono e fundador da Minas Loja. No começo Nor contava com a ajuda da esposa e um funcionário, hoje já são 40 pessoas trabalhando na loja. Nor acredita que o fato de estar há 40 anos no mercado e ainda ser referência, é o bom atendimento dedicado aos clientes. “A lealdade, educação e o bom atendimento são essenciais no convívio do ser humano e isso é nossa prioridade”, constatou.
21 produtos de qualidade com bons preços e condições de pagamentos”, ensinou Eliseu, que fundou a Ipatinga Móveis há 19 anos. “Além de bom para trabalhar, o Veneza é um bairro bom e seguro para viver”, completou.
Artigos de decoração Além de mobiliar o ambiente, encontramos na Av. Macapá lojas que oferecem artigos de decoração que dão o ‘toque final’, o deta-
Tradição e Crescimento Seguindo a linha do bom atendimento, outra loja ganha destaque na Av. Macapá, a Ipatinga Móveis. Eliseu Oliveira, dono da loja, conta com o apoio do filho caçula, Eliseu O. Júnior, na administração, seguindo a tradição do pai, de “sempre oferecer nosso melhor para o cliente”, conta Eliseu. Eliseu Oliveira acredita que o fato do bairro Veneza ser destaque na venda de móveis é o da avenida oferecer espaço para estacionamento, grande circulação, lotes maiores e ser caminho para o centro da cidade, mas acredita que a instalação da Minas Loja acabou ‘puxando as outras’. Quem acaba levando vantagem com a variedade de lojas, de acordo com Eliseu Oliveira, é o cliente, que ganha com a disputa das lojas. “Para vencer a concorrência, têm que trabalhar muito, oferecer bom atendimento,
lhe que dá todo o charme que o ambiente pede. Um exemplo é a Casa & Decoração, há 10 anos no mercado. A loja oferece os chamados móveis de acabamentos, como aparadores, mesa de canto, adornos, cortinas, papel de parede, etc. “Esses móveis traduzem a personalidade do dono da casa e realça o ambiente”, disse Elisa Silva, dona da
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loja. Quando começou, a loja vendia apenas cortina e persianas, dois anos depois, ao assumir o comando, Elisa Silva observou que as lojas convencionais vendiam apenas os móveis ‘cru’. “Foi então que renovei a loja e passamos a oferecer peças de acabamentos que dão requinte ao ambiente”, explicou. Para quem pensa que ter elegância custa muito caro, Elisa Silva derruba esta ideia e garante que o preço pago para ter beleza e qualidade vale cada centavo. “As pessoas estão acostumadas a enfeites de R$ 1,99 e quando vêem um adorno mais caro acreditam que não vale à pena, mas esquecem da qualidade inferior que os ‘enfeitizinhos’ oferecem, enquanto que nossas peças, se bem cuidadas, duram anos”, comparou. Elisa Silva apontou ainda que “o adorno deve ser comprado com calma, o cliente pode testá-lo no ambiente para ver se a peça se ‘encaixa’. É uma tendência que não vai acabar e sua procura tende aumentar cada dia mais”.
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“O arquiteto era considerado artigo de luxo, mas hoje este tabu já foi quebrado, pois vemos que ele é necessário em qualquer construção”, afirmou Danielly Garcia, coordenadora do curso de Arquitetura e Urbanismo do Centro Universitário do Leste de Minas Gerais, Unileste-MG, oferecido desde o ano 2000 e tem duração de cinco anos. As funções do arquiteto são diversas, atuando desde em um ambiente macro como no planejamento urbano, como nos desenhos imobiliários, paisagismos, restauração... ”O bom arquiteto consegue detectar problemas de uma determinada área e oferece soluções para sua melhoria. A
consciência ambiental e construções sustentáveis estão cada vez mais em nossas prioridades também. Com essas qualidades, o arquiteto sempre terá trabalho garantido”, declarou Danielly. Apesar de decoração e arquitetura andarem juntas, além de decorar, o arquiteto lida com a infraestrutura do imóvel, “o decorador deixa o ambiente bonito e aconchegante, enquanto o arquiteto além de fazer isto, tem autonomia para quebrar paredes, etc.”, comparou Danielly.
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Investimento e mercado Apartir do segundo semestre deste ano, além de diurno, o Unileste vai oferecer o curso de Arquitetura e Urbanismo também no período noturno e o investimento é de R$ 740 por mês para quem optar estudar todas as matérias da grade do período. De acordo com Danielly, as turmas começam com cerca de 30 alunos e durante o curso, apenas 10 abandonam ou trocam de curso. As oportunidades de estágio surgem logo no 2º período e os principais a contratarem são prefeituras e escritórios de arquitetura.
“Eu digo que nossa profissão não tem emprego, mas muito trabalho para quem corre atrás”, constata a coordenadora que explica o motivo: “As empresas não costumam ter arquitetos, quando precisam é que contratam, aí quem estiver atento consegue o contrato”. Ainda de acordo com Danielly, o salário de um arquiteto varia bastante, mas no geral seu ganho fica em torno de 5% do valor total da obra. “O trabalho mais comum em nossa região para o arquiteto é o de planejamento urbano. Acho que é por sermos uma região metropolitana que apesar de estarmos longe dos grandes centros urbanos, estamos em constante crescimento”, acredita Danielly Garcia.