HUBEC - HUB do Empreendedor Criativo

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Universidade Federal da Bahia Faculdade de Arquitetura

HUBEC

HUB DO EMPREENDEDOR CRIATIVO

Trabalho final de graduação Curso Arquitetura e Urbanismo

Cyra Santana Oliveira Orientador: Maurício Felzemburgh

Salvador, Ba Setembro, 2017 3


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Gratidão substantivo feminino 1. de ter um Deus que olha por mim 2. qualidade de ser muito amada e cuidada pelos pais 3. reconhecimento de ter os melhores amigos 4. confiar no poder da gratidão 5. saber aproveitar cada conquista 6. compreender a importância de cada pessoa que passou na vida 5


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RESUMO

Este Trabalho Final de Graduação tem o objetivo de apresentar o Hub, um novo formato de espaço de trabalho que permite aos usuários um ambiente compartilhado que estimula o empreendedorismo. O mundo contemporâneo vem passando por transformações e mudanças ligadas a economia, a ascensão da tecnologia, empreendedorismo e inovação que recaem sobre os projetos arquitetônicos ao ser necessário adaptar as novas necessidades das pessoas. O público alvo são arquitetos, designers e publicitários que estão inclusos no ramo da economia cria-

tiva, que em 2016, ano de recessão no Brasil, teve crescimento de quase 70% no PIB do setor. Um panorama geral é traçado para entender melhor esse processo de mudança que o mundo e o Brasil vem passando e a sua influência no estímulo ao empreendedorismo e a ecoeficiência. O empreendimento segue parâmetros adotadas pela economia compartilhada, como preceitos de durabilidade e flexibilidade que uma construção dever ter, concomitante a soluções ecoeficientes, com o intuito de reduzir o impacto ambiental. Palavras-chave: Hub. Empreendedorismo, Inovação. Economia criativa. Ambiente compartilhado. Soluções ecoeficientes

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SUMÁRIO Agradecimentos Resumo

5. O lugar | pág 33 Pg Pg Pg Pg Pg Pg Pg Pg

33 Mancha 34 Localização e justificativa 36 Imagens do terreno 38 Legislação 40 Mapa de uso do solo 41 Mapa de gabarito 42 Mapa de vegetação 43 Estudo climático

1. Introdução | pág 11 Pg 9 Apresentação Pg 12 Objetivos Pg 13 Justificativa

2. Contextualização | pág 15 Pg 16 Evolução do ambiente de trabalho Pg 18 HUB

3. Ecoeficiência | pág 21 Pg 21 RSE X Sustentabilidade Pg 23 Eficiência energética do edifício

6. O projeto | pág 46 Pg Pg Pg Pg Pg Pg Pg Pg Pg Pg Pg Pg Pg Pg Pg Pg

46 Partido 48 Programa 50 Sistema estrutural 52 Situação 53 Subsolo 54 1º pavimento 55 2º pavimento 56 3º pavimento 57 4º pavimento 58 5º pavimento 59 6º, 7º e 8º pavimento 60 CorteAA 61 Corte BB 62 Detalhe Construtivo 64 Fachadas 66 Esquema de ecoeficiencia

7. Maquete Virtual | pág 70 4. Referências | pág 25 Pg 25 Tecnocentro Pg 27 Walmart Pg 30 Casa FIRJAN

8. Conclusão | pág 81 9. Referências Bibliográficas | pág 82 9


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1. INTRODUÇÃO APRESENTAÇÃO O tema proposto neste trabalho de um Hub vem para suprir necessidades que os ambientes de trabalho contemporâneo requerem associado a um estimulo empreendedor. Atualmente, em Salvador, existe uma demanda crescente por espaços compartilhados, em que coworkings ou empresas que alugam escritórios vem cobrindo, porém os ambientes ainda se limitam ao compartilhamento com o objetivo da redução de custos. Nesses espaços não há em sua maioria uma preocupação com o estimulo criativo e bem estar do indivíduo e só fomentam o empreendedorismo pela possibilidade de conexões entre os profissionais no espaço físico, sem uma perspectiva mais aprofundada. Diante do cenário econômico que o Brasil está passando, na onda de empreender por necessidade, um setor chama atenção para o seu crescimento que é a economia

criativa. Seguindo a tendência do Hub que se volta mais para uma área e considerando a realidade desses profissionais que trabalham muitas vezes na informalidade, com o intuito de valorizá-los no mercado de trabalho ficou definido como público alvo. Entretanto por questão de viabilidade do empreendimento foi necessário ser mais especifico quanto ao público que ficou reduzido as três áreas que mais geram renda no Brasil: arquitetura, design e publicidade. Quanto ao empreendimento, o principal objetivo é trazer um edifício, para a cidade de Salvador, que reúna aspectos contemporâneos na disposição do espaço corporativo. Desde o desenvolvimento projetual é levado em conta atender as premissas do modelo econômico colaborativo em paralelo aos aspectos ecoeficientes das construções.

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OBJETIVOS

A proposta é trazer para Salvador um local de trabalho que esteja mais adequado ao momento que estamos vivendo, sendo que no futuro possa ser adaptável ao modelo vigente de espaço corporativo, e até mesmo a outros usos mais pertinentes. O edifício no seu programa deve atender as necessidades dos profissionais criativos com uma composição física flexível. Objetivos específicos: • Pretende-se soluções arquitetônicas economicamente viáveis e de fácil manutenção. • Projetar um edifício funcional e moderno, onde os usuários disponham de toda estrutura para trabalhar com condições adequadas. • Propor um local que seja confortável para atender público externo que busque áreas de convivência agradáveis. • Mostrar a possibilidade do edifício ter desempenho térmico, acústico, luminoso e eficiência energética. • Criar um espaço que possibilite vários usos

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JUSTIFICATIVA

Capitalismo do século XXI, economia compartilhada, consumo colaborativo e produção colaborativa são alguns dos termos utilizados para denominar o período econômico que está em crescimento há uma década e vem para substituir o capitalismo tradicional. Essa economia é um modelo baseado no compartilhamento seja ele de bens, serviços ou ideias que atinge diversos setores a exemplo da saúde, alimentação, bem-estar e beleza, educação, dinheiro e mobilidade. Esse pensamento contemporâneo de compartilhamento é antigo, pois se configura uma prática que grosseiramente poderia também ser chamada de permuta ou escambo, porém agora acontece sob uma visão inovadora, pois voltou junto a dominância da tecnologia. Atrelado a esse processo de transformação do modelo econômico ocorreram duas crises financeiras relevantes. A primeira em 2008, em escala internacional que chegou disfarçadamente no Brasil, e a segunda em 2015 mais forte e transformadora. A partir do momento que deflagra a crise e consequentemente uma alta taxa de desemprego, se instala um cenário preocupante que causa na popula-

ção uma mudança na mentalidade de que promissor é estar empregado e ver que empreender é a melhor opção ou muitas vezes a única opção, como se vê expressivamente no Brasil. Quando há mudanças nos setores: econômico, social ou político, seja individualmente ou em conjunto, a sociedade acompanha esse processo de alguma forma e o novo formato econômico trás, sobretudo a valorização do “ser” e não mais do “ter”. O olhar passou a ser mais amplo sobre essas questões, saindo da caixa de influência midiática que comanda o capitalismo tradicional. Entretanto os indivíduos estão partindo para o empreendedorismo sem conhecimento na área de negócios e na sua maioria pouco capital de investimento. A partir desse contexto foi realizada uma busca sobre qual contribuição através da arquitetura poderia ser feita e que projeto seria atemporal o suficiente para acompanhar essa mudança. E o modelo do Hub é primordialmente colaborativo no seu formato e trás para os usuários viabilidade financeira por ser um espaço compartilhado, viabilidade educacional por estar voltado para o empreendedorismo em suas atividades e ser um ambiente que valoriza o bem estar dos usuários.

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2. CONTEXTUALIZAÇÃO

Inegavelmente o Brasil passa por tempos difíceis. Diante desse fato o questionamento principal é como a população vai regir diante de demissões em massa e a alta nos preços do insumo básicos. Supreendentemente os brasileiros se inseriram no empreendedorismo, mesmo sem experiência ou conhecimento de gestão, com produtos e soluções inovadoras. Assim estão conquistando seu espaço sob uma nova ótica do mercado e contribuindo para o processo de mudança na mentalidade da sociedade sobre o significado de trabalho. A inovação está diretamente ligado a criatividade, porque é necessário pensar “fora da caixa” para se alcançar um produto ou serviço que seja um diferencial diante de tanta diversidade. Esse setor da criação envolve diferentes modalidades de trabalho, como cultura, tecnologia, de-

sign e mídias, que historicamente são vetores no Brasil pouco valorizados enquanto a nível mundial sempre teve potencial.. Nesse contexto o destaque vai para o setor criativo que aumentou consideravelmente o número de profissionais e de transições financeiras. De acordo com dados da Federação da Indústria Criativa do Brasil em 2015 o PIB estimado da área criativa foi de R$155,6 bilhões para a economia brasileira, equivalente aos valores de mercado da Zara, Facebook e L’oreal juntas. E entre 2013-2015, período de alto desemprego com redução de 1,8% de trabalhadores formais, aumento 0.1% os profissionais criativos. Enxergando o potencial desse setor da economia, o público alvo escolhido para o Hub foram as três áreas mais numerosas: publicidade, arquitetura e design. São ramos que não demandam muito espaço físico por trabalharem a maior parte do tempo em computadores.

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EVOLUÇÃO ESPACIAL DO AMBIENTE DE TRABALHO As grandes transformações socioeconômicas aliadas as inovações tecnológicas afetaram as estruturas da organização do trabalho e consequentemente o espaço físico. “Ao longo da história vários sistemas de escritórios foram desenvolvidos, cada qual consonante à realidade e às necessidades de seu tempo. Por essa razão, vários foram os padrões de arranjo físico (layout), mobiliário e condições ambientais adotadas” (FONSECA,2003). Para entender melhor, foi feito um panorama histórico com a evolução dos principais modelos de organização desses ambientes. A começar pelo período da Revolução Industrial, meados do século XVIII onde surgiu a composição de escritório, mais próxima do que se tem atualmente, com o objetivo de ser um espaço para desenvolver atividades administrativas.

REVOLUÇÃO INDUSTRIAL

ESCRITÓRIO

ESCRITÓRIO

PLANTA INDUSTRIAL

TAYLORISTA

PANORÂMICO

FIGURA 1 - Estações de trabalho como extensão da planta industrial. http://www.pavablog.com/2011/01/10/quem-precisa-de-escritorio/

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A organização espacial apresentava um arranjo muito semelhante a planta industrial com as mesas enfileiradas em um grande salão, geralmente voltados para a direção do supervisor fazendo referência com a lógica de produção em série. Com uma mudança na escala de produção e com a chegada da concorrência o modelo de gestão passou a ser mais rígido e controlado. Surge aí final do século XIX e início do XX a primeira teoria fundamentada, chamada de Taylorismo que tinha “a segregação espacial como meio de reafirmar as diferenças hierárquicas, visando o incentivo a competição interna e estimulo das performances individuais” (FONSECA, 2004). A configuração espacial passa a ter os funcionários em posição inferior, exemplo da imagem (FIGURA X) que os funcionários estão em um

FIGURA 2 - Vista do espaço central do Larking Building (1906). https://arqteoria.wordpress.com/2013/11/20/aula-2-evolucao-do-desenho-dos-espacos-de-trabalho/

FIGURA 3 - Vista do interior do Edifício Osram(1962). https://arqteoria.wordpress.com/2013/11/20/aula-2-evolucao-do-desenho-dos-espacos-de-trabalho/


átrio central enquanto os diretores nos pavimentos superiores. No início dos anos 50 surge um conceito chamado Bullpen que tinha preceitos mais humanistas permitindo maior flexibilidade que levou ao que chamaram de escritório panorâmico que era um ambiente sem divisórias e o layout era definido de forma aleatória, chegando a ser bagunçado. Em evolução a esse modelo surge o Open Plan (Planta Livre) com divisórias baixas ou biombos, corredores bem definidos e delimitados formando estações de trabalho em forma de “cubículos”, porém o modelo ainda tinha hierarquização no conjunto com salas privativas para os diretores. As empresas na década de 80 continuavam com evolução de processos de gestão, então surge os escritórios

territoriais que tem como princípio uma estação de trabalho para cada funcionário. São classificados em três categorias, chamadas escritório aberto, fechado e aberto/fechado, definidas pela proporção de suas aberturas. Com o desenvolvimento da tecnologia, nos anos 90, muda bastante a dinâmica do trabalho e chega ao que conhecemos hoje como espaço compartilhado, onde não há determinação de espaço dando independência ao funcionário que passa a poder realizar as suas atividades fora do escritório. Esse escritórios são chamado de não territoriais e se dividem em várias categorias, como home office, hotelliings, escritório virtual e coworking, O Hub se encaixa nesse modelo, porém não entra nas pesquisas históricas porque é um formato bem recente e tem em sua composição um coworking inserido que corresponde comumente a área das mesas de trabalho.

PLANTA

ESCRITÓRIO

ESCRITÓRIO

LIVRE

TERRITORIAL

NÃO TERRITORIAL

FIGURA 4 - Estações de trabalho em “cubículos” no edíficio Willis Faber (1971). https://arqteoria.wordpress.com/2013/11/20/ aula-2-evolucao-do-desenho-dos-espacos-de-trabalho/

FIGURA 5 - Exemplo de escritório territorial abertp/fechado http://franquiaempresa.com/2014/01/como-eram-os-escritorios-antigos-e-como-serao-em-2014.html

FIGURA 6 - Espaço de trabalho de escritório compartilhado http://miriangasparin.com.br/2014/07/curitiba-ganha-o-maior-espaco-de-trabalho-compartilhado-do-brasil/

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HUB O conceito de Hub é apresentado, pelas empresas que adotam essa classificação, de diversas formas, pelo fato de ainda ser um formato contemporâneo que não possui registros oficiais, como artigos e livros estabelecendo os parâmetros para ser considerado um Hub. Contudo, esse novo modelo de espaço compartilhado vem sendo disseminado no mundo e no Brasil de maneira acelerada e para compreender melhor do que se trata e alcançar uma definição, foram realizadas pesquisas a partir das referências existentes no mercado.

“Um laboratório de inovação. Uma rede de negócios. Uma incubadora de empresas. Um centro comunitário de empreendedores sociais. Nós oferecemos um ecossistema único de recursos, inspiração e oportunidades de colaboração para aumentar o seu impacto. Nossa comunidade diversificada irá inspirar, conectar e permitir-lhe desenvolver o seu melhor trabalho em cada passo do caminho.” (Retirado do site Impact Hub São Paulo) “HUB é palavra inglesa que significa local de conexões. Um Hub de Inovação consiste de um centro ou polo onde ideias são concebidas, transformadas, transmitidas e implementadas visando a transformação de uma realidade O Hub de Inovação do Nordeste – Hubine é o ambiente que estamos construindo. Um espaço de apoio a iniciativas inovadoras, que criem produtos, serviços e soluções capazes de contribuir com a dinamização da economia regional.” (Retirado do site HUBINE) “O Coworking é um modelo de trabalho em que o espaço é compartilhado por profissionais que realizam diferentes atividades. Hub é um espaço propício ao encontro de pessoas que empreendem, interagem, criam e trabalham 18

juntas. Por isso o Impact Hub é muito mais que um espaço de trabalho compartilhado.[...] Há sempre diversos eventos voltados para o aperfeiçoamento e aprendizado dos membros. A multidisciplinaridade presente no ambiente, junto ao âmbito colaborativo do espaço, torna o ambiente propício para o surgimento e desenvolvimento de novos projeto e ideias, propício à inovação.” (Retirado do site Impact Hub Curitiba)

Usualmente o Hub se configura como um espaço de trabalho voltado para uma área de interesse comum, misturando vários setores que compartilham do mesmo tema, como exemplo: tecnologia, criatividade e empreendedorismo social. Em uma visão geral, são compostos espacialmente por um programa semelhante, que será detalhado no decorrer do trabalho, contendo na sua essência, coworking, laboratórios, incubadora e aceleradora. Pelo menos três dos quatros elementos apontadas se repetem nas referências estudadas, sendo que há ajustes para atender as especificidades do público alvo, inserindo novos elementos nesse contexto. A conclusão chegada neste trabalho é o que o Hub, consiste em um espaço físico inovador que promove conexões de ideias e experiências entre pessoas com interesses em comum, e em especial um suporte empreendedor as empresas ali instaladas, a partir do momento que abrange no local, incubadora, aceleradora, consultoria, fab labs, coworking e em alguns casos escolas. FAB LAB Ao pé da letra Fab Lab é uma abreviação do termo em inglês fabrication laboratory, e no seu conceito compreende como um formato de laboratório que permite a materialização do projeto 2D de forma rápida Apesar de ser um termo ainda pouco conhecido no Bra-


sil, internacionalmente já é um modelo familiar que surgiu em 2001 através de uma disciplina no MIT (Massachussets Institute of Technology) que montou o primeiro Fab Lab. Entretanto para usar o termo Fab Lab é necessário seguir uma carta de princípios, chamada Fab Charter, elaborada pelos primeiros laboratórios que tem o propósito de manter a essência.

Incubadora Período mais longo (até 3 anos)

Visa estabilidade e crescimento da empresa

Aceita todos os tipos de projetos de acordo com o objetivo de cada instituição.

Foca na infraestrutura e desenvolvimento

Ligados a instituições como universidades

Meio menos competido O sucesso depende exclusivamente de você

COWORKING Em uma definição simples é um espaço de trabalho compartilhado, com estrutura física completa, visando diminuir os custos de manutenção e promover networking, que nada mais é que a interação entre profissionais da mesma área ou não. Inicialmente o coworking era um espaço independente voltado principalmente para autônomos ou pequenas empresas, e hoje já alcança empresas grandes como Google e Apple que aderiram esse modelo nas suas instalações privativas, liberando acesso até mesmo para o público. A estrutura física por ser bem semelhante à de um Hub elas acabam se confundindo, porém, a principal diferença é que o coworking se atribui a um espaço físico compartilhado para as atividades rotineiras de trabalho, enquanto o Hub oferece além do espaço físico incentivo ao empreendedorismo através dos programas de suporte e de atividades semanais ou mensais. EMPRESAS INCUBADAS E ACELERADAS Ambas organizações se referem a empresas que estão começando a se estruturar com o foco na inovação, e que possuem um alto poder de crescimento, entretanto tem diferenças no modelo do negócio que define em qual tipo mais se encaixa cada modelo de empresa inicialmente.

Aceleradora Período curto (em média 6 meses)

Foca em networking e gestão do negócio

Podem ser privadas ou programas do governo

Meio mais competido

Busca o faturamento e lucro da empresa

Priorizam projetos escaláveis O sucesso depende do seu empreendedor

Legenda: Tabela gerada pela autora com base em: http://www.beestart.com.br/ blog/principais-diferencas-entre-incubadoras-e-aceleradoras/.

Os programas de aceleração e incubação tem o objetivo de auxiliar os novos empreendedores a desenvolverem habilidades voltadas para o negócio como, gestão empresarial e conhecimentos técnicos, além de oferecer consultoria. No final do processo, os empreendedores estão com uma boa base de negócios e as empresas estruturadas quanto a viabilidade financeira e ao mercado de atuação. 19


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3. ECOEFICIÊNCIA Atualmente, quando se fala de recursos naturais e meio ambiente dois termos têm sido utilizados: sustentabilidade e ecoeficiência. Entretanto apesar de ambos defenderem o meio ambiente são conceitos diferentes, em que a sustentabilidade se refere a uma metodologia que visa o desenvolvimento econômico e material com o mínimo possível de prejuízo para o meio ambiente, enquanto a ecoeficiência faz uma relação da viabilidade econômica com o uso dos recursos naturais de forma inteligente. Há uma relação importante a se fazer que é considerar a ecoeficiência um grande passo para alcançar o desenvolvimento sustentável na prática. Logo, neste trabalho a nível metodológico será usado o termo sustentabilidade, porém quanto as soluções tratam-se de ecoeficiência.

defesa do patrimônio material e humano e melhor distribuição de renda e com um viés ambiental, em 2000 com o Pacto Global, uma iniciativa da ONU que teve no Brasil o Instituto Ethos, fundado em 1998, como o condutor das empresas brasileiras para esse processo de adaptação a valores básicos nas áreas dos direitos humanos e meio ambiente, dentre outras. Tradicionalmente as empresas eram avaliadas exclusivamente por seus aspectos econômicos, porém com as significativas mudanças desde a década de 90 a população passou a considerar a responsabilidade social, sendo colocado em questão o valor dos produtos e serviços e não mais o preço, ou seja, interesse pela gestão como um todo. O Instituto Ethos, desde 2000, em parceria com o Instituto Akatu produz relatórios com base em dados coletados, a nível nacional, com uma série de pesquisas voltada para o entendimento do perfil do consumidor brasileiro e um dos temas abordados no relatório de 2012, foi a relação do interesse por RSE e sustentabilidade fazendo um comparativo com 2010.

RSE x SUSTENTABILIDADE No mundo empresarial há uma característica que vem crescendo de maneira significativa, chamada Responsabilidade Social Empresarial (RSE). Ela consiste na contribuição voluntária das empresas visando diminuir os impactos negativos na sociedade e no meio ambiente. Porém, o crescimento econômico ainda é obtido por meio do uso intenso de recursos naturais e com baixos índices de qualidade de vida, logo o desafio é inverter essa equação. De acordo com Camargo (2009) o termo responsabilidade social começou a ser mencionado em âmbito internacional desde a década de 1900 e a ser documentado através de livros e artigos a partir da década de 60. No Brasil há indícios que esse processo se iniciou por volta dos ano 70 e década de 80, com duas iniciativas em destaque: a criação do PNBE (Pensamento Nacional das Bases Empresariais), em 1987, com um viés mais social defendendo questões como

FIGURA 7 - Interesse pelo tema RSE e sustentabilidade Fonte:https://www.akatu.org.br/wp-content/uploads/2017/04/PESQUISAAKATU.pdf. Acesso em: Junho/2017

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Com base nos dados é expressivo o crescente interesse do consumidor nos pontos da Responsabilidade Social Empresarial e a Sustentabilidade. Ambos fatores estavam com menor porcentagem em 2010 e passaram para o patamar de temas tradicionais. Em suas considerações a pesquisa apontou que o decréscimo de interesse nos temas Ecologia/Meio Ambiente, no gráfico 19A (FIGURA 1) considera a relação direta com o tema Sustentabilidade e o maior uso desta nomenclatura atualmente e no grau de interesse no tema Responsabilidade Social Empresarial (Gráfico19B) pode consistir na descrença da população em relação as ações e uma questão de terminologia, pois no gráfico 20 há constatação do interesse do consumidor pelo tema Responsabilidade Social e Ambiental que tem relação direta com RES, só que não de forma específica.

A empresa adotar um modelo que está interessada no tema sustentabilidade proporciona uma melhor reputação social, por conta dos bancos, instituições de fomento e pesquisa além de serem fontes confiáveis da população passaram a incluir questões socioambientais em suas análises de crédito e parceria. Logo, estamos diante de um processo em rápido crescimento que obriga as empresas a se dedicarem em atender aos aspectos apresentados. Dentre as iniciativas das empresas a fim de diminuir os impactos ambientais há um aspecto pertinente a arquitetura, que Gansky (2011) dentro do seu conceito Mesh*(NOTA DE RODAPÉ), declara: “[...] Os empreiteiros constroem novas casas com materiais frágeis que reduzem seu custo inicial de construção, mas elevam os custos a longo prazo para manutenção, energia e meio ambiente. A chegada da Mesh assinala uma nova dinâmica no design e um retorno aos primeiros princípios. A participação com sucesso na Mesh exige um produto que tenha durabilidade para usos repetidos. Que seja altamente funcional, engraçado e de fácil utilização. Destinado a ser consertado aprimorado e passar por upcycling² ao final de sua vida. Essa dinâmica já havia encontrado adesão no chamado design verde e na reforma gradual dos incentivos econômicos e políticos que encorajam a obsolescência e desperdícios. A Mesh irá aprofundar e acelerar essa tendência para um design que é mais durável, funcional e adaptável, bem como mais luvcrativo.”(GANSKY, 2011, p.52) ²N.T.: Upcycling é o processo de transformar resíduos ou produtos inúteis e descartáveis em novos materiais ou produtos de maior valor, uso ou qualidade. O termo em português que mais se aproxima é “reutilização”.

FIGURA 8 - Interesse pelo tema RSE e sustentabilidade Fonte:https://www.akatu.org.br/wp-content/uploads/2017/04/PESQUISAAKATU.pdf. Acesso em: Junho/2017

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A nova dinâmica do design explicada pela autora, pode ser chamada também de design sustentável que é a filosofia de projetar produtos, serviços e ambientes construídos que levem em conta os aspectos ambientais e sociais em todas as etapas de seu sistema, já pensando na reciclagem pós uso, maior durabilidade, baixa utilização de recursos naturais e reutilização dos materiais em sua concepção.


EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DO EDÍFICIO Quando se trata do poder sustentável de uma construção o fator que chama mais atenção, que atinge em larga escala o meio ambiente, é o consumo energético que ela tem na construção em si e nos anos de utilização. Nesse contexto foi identificado que o consumo gerado durante os anos de utilização é muito alto, logo seguindo a teoria da ecoeficiência é mais viável viabilizar um projeto o mais eficiente energeticamente possível de acordo com as condicionantes de local, terreno, programa e etc. O que pode gerar um custo alto inicialmente para adotar medidas de construção limpa, porém nos custos totais sai mais em conta. O consumo de energia é um problema em todo o mundo, e tem duas variantes como determinantes do aumento: o desenvolvimento econômico do país e o aumento da população. Estatísticas apontam que os países mais desenvolvidos consomem cerca de 6x mais energia do que os países em desenvolvimento, entretanto têm apresentado um recuo. Em contrapartida os países em desenvolvimento tiveram aumento superior a 100% no consumo.

O Brasil é um exemplo de país em desenvolvimento que usou de forma indevida os recursos naturais por muitos anos e hoje precisa adotar campanhas e medidas como o regime de consumo nacional de energia elétrica. Porém, a forma mais eficiente e mais utilizada no mundo é conter o consumo a partir do uso eficiente da energia. Quando se fala em edificações de escritório o que mais consome energia é a climatização, principalmente por resistência dos usuários em adotar o sistema de ventilação natural relacionado a uma questão de status. Ao nível da arquitetura é possível reduzir esse consumo até em edifícios de escritório tradicionais.

Tomando como referência um clima mais quente e úmido do que os das cidades do Reino Unido, Vieira(2001) identificou por meio de estudos analíticos, a possibilidade de reduzir até 75% da demanda energética para a climatização artificial em um edifício de escritórios no Rio de Janeiro. Isso corresponderia a 42 kWh/m² por ano, contra os 167 kWh/m² usados por um edifício modelo convencional da produção arquitetônica local. Tamanha redução se deve, principalmente, ao efeito combinado do sombreamento externo, da ventilação natural em parte do ano, da massa térmica exposta nos espaços interno e da configuração retangular do pavimento ripo, que facilita a ventilação cruzada. (Gonçalves, 2015)

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FIGURA 9 - Entrada principal ao fundo jardim interno. Fotomontagem realizada pela autora utilizando modelagem 3D.

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4. REFERÊNCIAS TECNOCENTRO

Projeto: Sotero Arquitetos Localização: Salvador, Bahia Ano do projeto: 2012 Área : 24.500 m² O tecnocentro é o edifício principal no campus do Parque Tecnológico da Bahia, que funciona como um local de convergência composto por uma infraestrutura completa para atividades e eventos. Ele abriga instituições, centro de pesquisas, empresas de base tecnológica e incubadoras. O ponto principal de análise foi identificar o programa que as empresas incubadas requerem, sendo constatado: áreas comuns de alimentação, lazer e descanso, sala individual, áreas de apoio (banheiro e copa) e uma coordenação exclusiva. Entretanto, durante a visita foi possível perceber que as empresas de base tecnológica têm papel importante no Tecnocentro, pois contribui na manutenção financeira ao alugar salas e através da interação com as empresas incubadas promovendo conexões de ideias e até mesmo parcerias profissionais. Na distribuição dos espaços há uma separação clara entre a área pública localizada no térreo com restaurante, auditório, salão de jogos e pátio de convivência e a área privada - controlada por uma recepção com acesso por catraca - nos pisos superiores que abrigam empresas, incubadoras, coordenação e laboratórios, O edifício foi projetado com diretrizes sustentáveis que agregam ao conforto térmico e ao uso racional dos recursos. As soluções adotadas permearam desde a fase projetual até os elementos de eficiência energética como implantação

baseada na carta solar com orientação das maiores fachadas no sentido norte/sul (FIGURA 1); definição de um layout com espaços abertos em áreas de circulação e uso comum (FIGURA 02); aberturas em toda a extensão das fachadas possibilitando a iluminação e a ventilação no interior das salas (FIGURA 03); utilização de brises metálicos para controlar a incidência solar nas fachadas leste e oeste (FIGURA 03) e a valorização das áreas verdes com preservação da vegetação local (FIGURA 04).

FIGURA 10 - Implantação baseada na Carta Solar de Salvador. Fonte: http://www.archdaily.com.br/br/01-89494/tecnocentro-slash-sotero-arquitetura-e-urbanismo. Acesso em: Maio/2017

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FIGURA 11 - Aberturas nas fachadas e utilização de brises metálicos. Fonte: http://www.archdaily.com.br/br/01-89494/tecnocentro-slash-sotero-arquitetura-e-urbanismo. Acesso em: Maio/2017

FIGURA 12 - Preservação da vegetação local Fonte: http://www.galeriadaarquitetura.com.br/projeto/sotero-arquitetos_/tecnocentro26 -parque-tecnologico-da-bahia/88. Acesso em: Maio/2017

FIGURA 13 - Áreas de circulação e uso comum abertas. Fonte: http://www.archdaily.com.br/br/01-89494/tecnocentro-slash-sotero-arquitetura-e-urbanismo. Acesso em: Maio/2017


SEDE WALMART.COM Projeto: Estudio Guto Requena Localização: São Paulo, SP. Ano do projeto: 2013 Área: 6.400 m²

O arquiteto e designer Guto Requena conta que o projeto nasceu da combinação do DNA do Walmart.com com a cultura brasileira. “Criamos lounges e espaços informais em todos os andares, mas de forma estratégica, com soluções criativas e de forte impacto visual”. Um dos desafios foi humanizar o ambiente de trabalho. “Para isso imprimimos uma identidade nos espaços aconchegantes e confortáveis que passaram a ser mais agradáveis e informais, sem deixar de ser extremamente profissionais e práticos”, revela. (VICTORIANO, Gabrielle, 2013) A evidente preocupação dos arquitetos com o bem-estar dos usuários, desde o desenvolvimento inicial do projeto, se reflete principalmente no aspecto da valorização dos ambientes de convívio tanto nas áreas internas (FIGURA 1) como externas (FIGURA 2) e na abordagem conceitual de varanda urbana que remete aos quintais e varandas tradicionais na arquitetura brasileira, mantendo a essência do hábito brasileiro. A organização espacial das áreas internas partiu da premissa que o local deveria estimular o convívio e troca de ideias entre os funcionários, logo definiram que não haveria desmembramento por setores, ou seja funcionários de diferentes áreas ocupariam o mesmo pavimento. No intuito de atender aos usuários igualmente, o programa de necessidade se repete em todos pavimentos, contemplando de forma geral: espaço de trabalho compartilhado e semi-compartilhado, área de apoio (sanitários, copa e acesso vertical), espaço de descompressão e espaço informal. A distribuição do programa em cada pavimento seguiu

a mesma lógica, em que, as áreas de trabalho ficaram próximas as fachadas envidraçadas por conta da iluminação e ventilação natural e os ambientes de menor permanência no centro delimitado por módulos. (FIGURA 3) A composição estética dos pavimentos chama atenção por suas cores e texturas, porém o principal fator são os módulos, em formato orgânico revestidos de madeira, no centro do pavimento que quebra a ortogonalidade da planta e proporciona aconchego aos usuários, além de gerar diferentes fluxos por conta da composição feita. (FIGURA 4)

FIGURA 14 - Copa/Café. Fonte: http://www.archdaily.com.br/br/01-161920/sede-walmart-dot-com-sao-paulo-slash-estudio-guto-requena. Acesso em: Junho/2017

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FIGURA 15 - Área de convívio no terraço. Fonte: http://www.archdaily.com.br/br/01-161920/sede-walmart-dot-com-sao-paulo-slash-estudio-guto-requena. Acesso em: Junho/2017

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FIGURA 16 - Distribuição da área de trabalho na periferia e módulos no centro. Fonte: http://www.archdaily.com.br/br/01-161920/sede-walmart-dot-com-sao-paulo-slash-estudio-guto-requena. Acesso em: Junho/2017

FIGURA 17 - Composição dos módulos e revestimento de parede e piso. Fonte: http://www.archdaily.com.br/br/01-161920/sede-walmart-dot-com-sao-paulo-slash-estudio-guto-requena. Acesso em: Junho/2017

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CASA FIRJAN

Projeto: Lompreta Nolte Arquitetos Localização: Rio de Janeiro, RJ. Ano do projeto: 2012 Área: 8.000 m² A Casa Firjan da Indústria Criativa para este trabalho pode ser considerada a referência principal por sua proposta ser no formato de um Hub, levando em conta o programa e as soluções projetuais adotadas. Considerada uma plataforma da Indústria Criativa a Casa vai conectar todos os agentes criativos e funcionar como equipamento educativo e cultural que gera interação e estimulo aos negócios. O projeto da Lompreta Arquitetos, vencedor

FIGURA 18 - Área de convívio no terraço. Fonte: http://www.archdaily.com.br/br/01-161920/ sede-walmart-dot-com-sao-paulo-slash-estudio-guto-requena. Acesso em: Junho/2017

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do concurso promovido pela própria Federação da Industrias, é o edifício que vai compor a Casa Firjan junto ao Palacete Lineu de Paula Machado e as Casas Geminadas, já inseridos no terreno. Há uma interação importante entre essas construções conquistada através de uma praça interna arborizada, a qual proporciona também interação com o exterior de um bairro movimentado. O edifício é composto por dois blocos, dimensionados em propor-

FIGURA 19 - Área de convívio no terraço. Fonte: http://www.archdaily.com.br/br/01-161920/sede-walmart-dot-com-sao-paulo-slash-estudio-guto-requena. Acesso em: Junho/2017


ção com o Palacete existente, posicionados em L com uma praça interna (FIGURA 18). A praça é elemento central que gera distância entre as fachadas dos dois edifícios mantendo a legibilidade de cada, cria uma relação com o exterior por entre a fachada e pelo acesso principal que se abre para área pública dando maior visibilidade e contrapondo com a agitação do exterior (FIGURA 19). O fluxo entre os blocos

foi pensado para que acontecesse internamente de forma continua conectando todos os setores, sendo pensada a circulação vertical entre o primeiro pavimento e o último que passa por todos os ambientes: cultural, educativo e corporativo. Além da praça central outro elemento importante é a praça elevada que fica no encontro entre os blocos no primeiro pavimento e mezanino, proporcionando um espaço coberto para atividades diversas (FIGURA 20). FIGURA 20 - Área de convívio no terraço. Fonte: http://www.archdaily.com.br/br/01-161920/ sede-walmart-dot-com-sao-paulo-slash-estudio-guto-requena. Acesso em: Junho/2017

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esse público trabalha. Pois consegue atender de forma mais eficiente a demanda de usuários e a conexão com parcerias ou empresas do ramo na escala da cidade, em questão de proximidade.

5. O LUGAR MANCHA URBANA A região para instalar o projeto foi definida a partir de uma pesquisa macro na cidade Salvador, pautada nas três principais áreas dos profissionais criativos que serão o público alvo do projeto. Estas são: publicidade, arquitetura e design. Através da sobreposição do mapeamento de cada área se configurou uma mancha, designada neste trabalho como mancha urbana, da região em potencial. O resultado obtido demarca que os profissionais criativos das áreas estudadas estão em sua maioria na região do centro comercial da cidade, que abriga no entorno uma grande quantidade de empreendimentos públicos e privados de usos diversos. E mais especificamente instalados próximos as margens das avenidas principais, circundando as mesmas. A definição da mancha tem o objetivo de apontar a região que atenda melhor a necessidade do público alvo. O HUB é caracterizado pelo intercâmbio de ideias, logo é de suma importância para o sucesso do projeto entender onde

Imagens produzidas pela autora

ARQUITETURA

DESIGN

PUBLICIDADE 33


LOCALIZAÇÃO E JUSTIFICATIVA

A partir do diagnóstico urbano o terreno foi selecionado com base nos parâmetros da área estudada, a exemplo, estar inserido contíguo a uma das avenidas principais da região comercial provida de acesso a diferentes meios de transporte -bicicleta, ônibus e carro -, infraestrutura no entorno imediato com a análise dos empreendimentos indutores como Petrobrás, shoppings centers e centros médico. Além destes fatores foi considerado os levantamentos feitos através de mapas com um panorama mais específico.

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Dentre os parâmetros, o terreno escolhido ocupa uma área de aproximadamente 1.808m², situado no bairro da Pituba, região integrante da área do estudo, sendo delimitado em suas extremidades pela Av. Antônio Carlos Magalhães na sua extensão de ligação com a Av. Otávio Mangabeira e pela Alameda Carrara na outra extremidade, constituindo dois níveis diferentes de acesso. No que se refere ao relevo o terreno tem declividade de 14.70m ao todo, sendo a sua parte mais alta voltada para a Alameda Carrara o terreno natural e no nível mais baixo planificado por intervenção do uso anterior do local como estacionamento.


Imagem produzida pela autora

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IMAGENS DO TERRENO

FIGURA 21 - Foto com vista frontal da árvores existentes no passeio da Av. ACM Fonte: Acervo pessoal, 2017

FIGURA 23 - Foto com a visão frontal da Alameda Carrara para a Av. ACM Fonte: Acervo pessoal, 2017

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FIGURA 22 - Foto com vista frontal da Av. ACM Fonte: Acervo pessoal, 2017

FIGURA 24 - Foto com vista frontal da Av. ACM mostrando as construções vizinhas à esquerda. Fonte: Acervo pessoal, 2017


FIGURA 25 - Foto com vista frontal da Av. ACM mostrando as construções vizinhas à direita. Fonte: Acervo pessoal, 2017

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LEGISLAÇÃO

A viabilidade do projeto depende da verificação da legislação vigente, mesmo se tratando de um trabalho acadêmico. Logo foi utilizada a LOUOS de 2016, o PDDU de 2016, Código de Obras de 1988 e normas de circulação, acessibilidade e emergência, dentre outras. O primeiro parâmetro básico de estudo foi reconhecer a zona que o terreno está inserido, constituída da ZPR 3, Zona Predominantemente Residencial, porém com permissão para o grupo que se encaixa ao uso do edifício proposto: grupo nR2-11 que enquadra áreas acima de 1250m² para atividade de Escritório (inclusive virtual), sede de empresa, grupo de salas, centro empresarial.

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Quanto aos índices zonais foi considerado todos os pontos, a exemplo, CAB (Coeficiente de aproveitamento básico) e CAM (Coeficiente de aproveitamento máximo) que representam a área construída dividida pela área do terreno no seu parâmetro básico e máximo de construção. Os recuos foram definidos pela fórmula de recuo progressivo, encontrada no corpo da Lei, que leva em conta a altura da edificação para determinar o recuo mais apropriado não comprometendo ventilação e iluminação. Com relação ao gabarito permitido constata-se que não há restrição, porém por conta do baixo poder construtivo, levando em conta o coeficiente máximo ser pequeno, não permite muita verticalização.


FIGURA 27 - Gabarito - Recorte do Mapa 03 Gabarito da LOUOS. Fonte: http://www.sucom.ba.gov.br/category/legislacoes/leis/. Acesso em: Abril/2017

FIGURA 26 - Zona - Recorte do Mapa 01A de zonemanento da LOUOS. Fonte: http://www.sucom.ba.gov.br/category/legislacoes/leis/. Acesso em: Abril/2017

FIGURA 28 - CAB e CAM e recuos - Recorte do Quadro 7 da LOUOS 2016. Fonte: http://www.sucom.ba.gov.br/category/legislacoes/leis/. Acesso em: Abril/2017

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MAPA DE USO DO SOLO Mapa elaborado pela autora

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MAPA DE GABARITO Mapa elaborado pela autora

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MAPA DE VEGETAÇÃO

Mapa elaborado pela autora

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ESTUDO CLIMÁTICO

INSOLEJAMENTO

VENTOS

A avaliação da incidência solar foi realizada através do estudo de sombras por modelagem 3D e com a utilização da Carta Solar. Por uma questão de inviabilidade do terreno que tem um tamanho reduzido e laterais com construções altas foi identificado que a orientação do edifício ficaria voltado para a fachada nordeste, no acesso pela Av. Antônio Carlos Magalhães, e sudoeste, no acesso pela Alameda Carrara. Desta forma, no período da manhã o sol pegaria em duas fachadas ao mesmo tempo e a tarde nas outras duas. Apesar de ser considerado a variação da inclinação e que alguns pontos têm sombreamento na maior parte do dia, por conta das edificações vizinhas, foi necessário que todas as aberturas tivessem um controle da luz e de transferência de calor, com o intuito de potencializar o conforto térmico natural. A escolha das vedações foram esquadrias de vidro com alto desempenho em todo o edifício e no bloco que recebe mais incidência por estar em cota mais alta o uso também de brises metálicos verticais móveis e de chapas perfuradas.

Com base nos estudos do vento disponíveis no site Projeteee, desenvolvido pela Universidade Federal de Santa Catarina em parceria com a PROCEL, foi feito o estudo do comportamento do vento em Salvador. Há predominância dos ventos Sul e Sudeste em todo o ano nos períodos da manhã e tarde, com mais frequência do Sudeste. Entretanto esses dados não podem ser considerados por si só, porque o edifício está inserido em uma área adensada onde as construções só tem o afastamento mínimo zonal entre elas. Portanto, a solução encontrada para aproveitar os ventos foi usar a ventilação cruzada que é a melhor forma de promover a circulação do ar interno. O formato em “L” do edifício, escolhido no partido, relacionado com o afastamento um pouco maior que o definido pela legislação e a abertura central do jardim interno permitem que todos os ambientes recebam a ventilação adequada.

FIGURA 31: Percurso do sol Imagem produzida pela autora com montagem do 3D

FIGURA 29 - LEGENDA NA FOTO Retirado do site Projeteeee

FIGURA 30 - LEGENDA NA FOTO Retirado do site Projeteeee

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FIGURA 32 - Na imagem destaque para a integração entre os espçaos abertos com o bloco corporativo. Fotomontagem realizada pela autora utilizando modelagem 3D.

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6. O PROJETO PARTIDO

A nova dinâmica do design sustentável aborda alguns pontos como importantes na fabricação desde de um produto a construção de edifícios, a partir deles que foi pensado o projeto desde a implantação até as escolhas de revestimentos. Durabilidade – produtos ou construções devem ser seguros e bem feitos para que tenham longa duração. Flexibilidade - produtos ou construções precisam atender as necessidades de diferentes usuários usando um design atemporal, que seja facilmente adaptado. Passível de conserto – peças padronizadas que tenham possibilidade de serem recicladas, reutilizadas ou consertadas, incentivando o uso responsável dos materiais e não gerando desperdício. Ecoeficientes - produtos que tenham procedência de usar os recursos naturais de forma inteligente e construções que reduzam desperdícios de recursos naturais e destruições.

[01] – Terreno tem sua configuração de relevo encontrada já com intervenção anterior, ladeado por muros alto e construções vizinhas e três árvores existentes mantidas no projeto.

[02] – Extrusão do volume a partir dos recuos zonais, respeitando a proporção às edificações vizinhas.

[03] – Volume fragmentado, no nível 14,70 (corresponde a Alameda Carrara), em dois blocos: funcional (rosa) e corporativo (azul), com a adição de um nível subterrâneo.

[04] – Acesso vertical único foi posicionado ligando os dois blocos.

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[05] – Suspensão do bloco de apoio para criar área comum no pavimento de acesso a Av. Antônio Carlos Magalhães

[06] – Criação de um espaço livre no fundo do terreno que gera distância da fachada do edifício vizinho e permite ventilação cruzada na maior face do bloco funcional que está envolto por muros altos.

[07] – Instalada uma parede verde na contenção com o edifício de fundo para melhorar o clima externo, proteger possível ilha de calor nessa área e ajuda na redução dos ruídos externos

[08] – O bloco corporativo recebe uma pele de dois tipos de brises, possibilitando uma dinâmica com a abertura e fechamento para proteção solar e o funcional uma pele de vidro e terraço.

[09] – Áreas livres, achadas transparentes, circulações principais e ambientes de convivência formam um conjunto que entram em diálogo, criam conexões visuais, estimulam atividades e encontros.

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PROGRAMA

O programa de necessidades do HUBEC foi traçado a partir dos estudos de caso feito com alguns HUB e pelas necessidades do público alvo. O dimensionamento de cada espaço foi feito com base no livro “Como planejar os espaços de escritórios” e no caso do laboratório a partir de referências de algumas Fab Lab do Brasil. O programa é pensado para um universo máximo na área de trabalho de 204 pessoas no coworking, 9 empresas privadas e 5 pequenas empresas no Fab Lab. Além disto, no nível do acesso principal (Av. Antônio Carlos Magalhães) conta com uma loja colaborativa e uma jardim interno e no outro nível (Alameda Carrara)

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um grande deck parcialmente coberto para receber eventos e palestras com proposta mais informal e um bistrô. Vale ressaltar que os níveis de acesso são liberados para o público, sendo controlado o acesso para os outros ambientes por catraca. Visando o bem-estar dos usuários, todos os pavimentos, além do programa básico de acesso vertical e sanitários, possuem área de convivência que pode funcionar como descanso e variam em salas fechadas com climatização, estar com ventilação natural, terraço e jardim interno o que diversifica as opções e dá maior dinâmica ao edifício.


AMBIENTES

SALAS DE REUNIÃO LABORATÓRIO

ESTACIONAMENTO – 23 VAGAS

SUBSOLO

FOYER E CIRCULAÇÃO

DEPÓSITO GERAL CASA DE BOMBAS RESERVATÓRIO INFERIOR

4° PAVIMENTO

SANITÁRIOS ÁREA TÉCNICA

1° PAVIMENTO

TERRAÇO COBERTO E DESCOBERTO

SALA DE SEGURANÇA RECEPÇÃO LOJA COLABORATIVA JARDIM INTERNO

5° PAVIMENTO

ÁREA INFORMAL

2° PAVIMENTO

ÁREA TÉCNICA SALA DE REUNIÃO DIRETORIA SALAS DE CONSULTORIA CIRCULAÇÃO E ESTAR

6° PAVIMENTO 7º PAVIMENTO 8º PAVIMENTO

ADMINISTRATIVO

3° PAVIMENTO

HALL E EXPOSIÇÃO FAB LAB CIRCULAÇÃO E ESTAR COPA COWORKING SANITÁRIOS ÁREA TÉCNICA

SANITÁRIOS ÁREA TÉCNICA HALL BISTRÔ VAGA CARGA E DESCARGA PARACICLOS

HALL ADMINISTRATIVO COPA SANITÁRIOS

SANITÁRIOS ÁREA TÉCNICA SALAS MULTIUSO AUDITÓRIO – 116 LUGARES

SALAS PARA EMPRESAS PARCEIRAS SANITÁRIOS ÁREA TÉCNICA SALA DE DESCANSO COPA ESTAR IMPRESSÃO COWORKING SALAS DE REUNIÃO CASA DE MÁQUINAS SALA DE EQUIPAMENTOS

COBERTURA

RESERVATÓRIO SUPERIOR PLACAS FOTOVOLTAICAS

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SISTEMA ESTRUTURAL O sistema estrutural do edifício é constituído por uma estrutura mista com pilares de concreto armado moldado in loco e vigas metálicas. A combinação de dois materiais faz parte de um processo de transição da construção, pois tardiamente o Brasil está saindo do método convencional com o uso só de concreto para estruturas totalmente metálicas.

FIGURA 33 - Planta baixa estrutural do bloco corporativo. Imagem produzida pela autora.

FIGURA 34 - Planta baixa estrutural do bloco funcional. Imagem produzida pela autora.

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Laje alveolar: A opção foi por laje alveolar protendida fabricada com concreto de alto desempenho, com resistência superior a 40 Mpa. Constituída por vários alvéolos em todo o seu comprimento, eles são responsáveis por diminuir o peso próprio das placas, consequentemente em toda estrutura. Segundo informações dos fabricantes, entre as lajes pré fabricadas esta é mais adequada para construções que precisa vencer vãos de no máximo 20, pelas seguintes vantagens: - Produto industrializado: possui alto controle de qualidade no processo de fabricação - Facilidade de transporte e armazenamento: elemento único que vai chegar na obra pronto, e não demanda muito espaço de estocagem. Além de poder ser associado a entrega ao andamento da obra não sendo necessário estocagem. - Economia: reduz significativamente o prazo de execução, o que é vantagem para canteiros pequenos e obras de curto prazo. - Redução de serviços: a montagem desse modelo de laje é simplificada não exigindo maior especialização dos profissionais, pois basicamente possui apenas serviços de acabamento.

Vigas: foi escolhido as vigas “I” em aço para conseguir vencer grandes vãos e ao mesmo tempo deixar a estrutura mais esbelta. A proximidade com o mar demanda que elas recebam pintura galvanizada para proteger da corrosão. Conforme o cálculo de pré dimensionamento será usado dois tipos de viga: 0.60m (h) x 0.30m (l) e 0.50m (h) x 0.25m (l) que vão variar no seu comprimento em 6 medidas.

Pilares: Foi escolhido utilizar pilares de concreto armado para diminuir os custos e viabilidade na montagem comas vigas metálicas. Para o cálculo do pré dimensionamento foi considerado um carregamento de 12 kN/m² por pavimento, o coeficiente de segurança de 1.5 e fck do concreto de 30Mpa. As dimensões utilizadas foram: pilares centrais que ligam os dois blocos com seção de 40cm x 170cm, pilares das extremidades que ligam os dois blocos e da face com a laje em balanço com seção de 80cm x 40c e os demais seção de 40cm x 50cm.


FIGURA 35 - Vista geral da estrutura do edifĂ­cio Imagem produzida pela autora modelagem 3D

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SITUAÇÃO

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SUBSOLO

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1ยบ PAVIMENTO

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2ยบ PAVIMENTO

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3ยบ PAVIMENTO

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4ยบ PAVIMENTO

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5ยบ PAVIMENTO

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6ยบ, 7ยบ e 8ยบ PAVIMENTO

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CORTES AA

CORTE AA - Corte produzido pela autora

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CORTES BB

CORTE BB - Corte produzido pela autora

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DETALHE CONSTRUTIVO

Detalhe construtivo produzido pela autora

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FACHADAS FACHADA NOROESTE

Fachada realizada pela autora utilizando texturas da modelagem 3D

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FACHADA NORDESTE

Fachada realizada pela autora utilizando texturas da modelagem 3D

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ECOEFICIÊNCIA DO EDIFÍCIO Na execução do projeto foi levado em conta soluções acessíveis que permitam diminuir o impacto ao meio ambiente, uma das estratégias foi na construção e a outra são medidas que vão perdurar no edifício em uso. Três principais pontos foram considerados: 1. Implantação do sítio 2. Eficiência energética 3. Qualidade do ambiente interno 1.Implanação do sítio: Já no projeto deve ser levado em conta as condicionantes ambientais existentes no local como, orientação solar, ventilação natural predominante e ruídos externos para que o edifício seja implantado pensando no programa e a distribuição dos ambientes nas fachadas. E na fase construtiva é essencial planejamento da obra para que se produza o menor resíduo possível e os que forem produzidos sejam destinados ao local adequado, desde a demolição até a execução. 2. Eficiência energética e energia sustentável: O Hub foi projetado pensando na forma de minimizar o uso de iluminação artificial e de climatização. Por estarmos em fase de transição de hábitos da sociedade e por conta do clima muito quente em Salvador foi planejado a instalação de ar condicionado central para situações adversas. Porém a solução predominante continua sendo a ventilação natural, pois os blocos foram dimensionados na

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proporção entre o pé direito dos pavimentos e as distâncias entre as esquadrias paralelas que permita a eficiência da ventilação. Quanto a iluminação todas as fachadas que possuem ambiente de média e longa duração são revestidas com vidro de alta performance que permitem a entrada da luz com reduzida transferência de calor do exterior. E no bloco corporativo que se encontra aproximadamente na altura das construções vizinhas foi instalado brises em todas as fachadas que conferem uma melhor regulação dessa luz por estar mais exposto a radiação direta. Além das medidas de projetuais foram utilizadas algumas soluções, como sistema de iluminação artificial com lâmpadas e luminárias de baixo consumo e alto desempenho organizadas em circuitos para adaptar melhor a cada necessidade; placas fotovoltaicas para gerar energia da iluminação funcional e das áreas comuns. 3. Qualidade do ambiente interno: A conexão do ambiente interno com as áreas abertas foi primordial na fase de projeto, principalmente os ambientes de convivência e descanso que estão voltados para o jardim interno. As medidas de valorização da iluminação e ventilação já afetam diretamente na qualidade desses ambientes. Entretanto foi considerado também a distribuição dos ambientes considerando a acústica, ao distribuir as salas fechadas voltadas para a avenida mais movimentada e ruidosa e os ambientes abertos para o jardim interno com parede verde, que ajuda a reduzir os ruídos, e para a alameda mais calma.


Proteção acústica: piso elevado com carpete oferece proteção ao reduzir a propagação de ruído por impacto entre os pavimentos; forro acústico em todos os ambiente de longa permanência confere redução da propagação principalmente da voz.

Ventilação natural: Os dois blocos foram pensados para ter ventilação cruzada com esquadrias de correr que abertas possibilitam 100% de passagem do vento.

Eficiência energética: Devido as grandes aberturas do edifício durante o dia em boa parte dos ambientes tem luz natural; uso de lâmpadas com baixo consumo de energia.

Iluminação natural: A envoltória do edifício por ser transparente favorece a iluminação natural em maior parte do dia; as áreas de longa permanência foram situadas nas extremidades próximo as janelas e a abertura do jardim interno deu amplitude para iluminação entrar.

Otimização do uso da água: Uso de torneiras automáticas nos banheiros; sanitários com duas opções de descarga; reuso de água da chuva e sistema de reaproveitamento da águas cinzas.

Arborização: um jardim vertical com mais de 400m² na área do jardim interno outro na área externa do bistrô; piso dos níveis de acesso com paginação de grama e jardim nos recuos, no nível da Alameda Carrara.

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7. MAQUETE VIRTUAL

FIGURA 36 - Vista áerea da inserção do projeto com o entorno voltada para Av. Antônio Carlos Magalhães. Fotomontagem realizada pela autora utilizando modelagem 3D

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FIGURA 37 - Vista åerea da inserção do projeto com o entorno voltada para Alameda Carrara. Fotomontagem realizada pela autora utilizando modelagem 3D.

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FIGURA 38 - Acesso pela Av. AntĂ´nio Carlos MagalhĂŁes. Fotomontagem realizada pela autora utilizando modelagem 3D.

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FIGURA 39 - Acesso pela Alameda Carrara. Fotomontagem realizada pela autora utilizando modelagem 3D.

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FIGURA 40 - Vista do jardim interno para a rua de acesso. à esquerda a loja colaborativa e a direita a recepção. Fotomontagem realizada pela autora utilizando modelagem 3D

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FIGURA 41 - Terraço amplo para possíveis eventos e para receber público externo. Fotomontagem realizada pela autora utilizando modelagem 3D.

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FIGURA 42 - Vista do estar do bloco colaborativo e ao fundo o coworking. Fotomontagem realizada pela autora utilizando modelagem 3D.

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FIGURA 43 - Vista do auditรณrio e ao fundo o jardim vertical. Fotomontagem realizada pela autora utilizando modelagem 3D.

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FIGURA 44 - Salão do bistrô que se abre para área externa. Fotomontagem realizada pela autora utilizando modelagem 3D.

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FIGURA 45 - Vista do coworking do bloco corporativo com mĂłdulos centrais de reuniĂŁo. Fotomontagem realizada pela autora utilizando modelagem 3D.

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8. CONCLUSÃO

O desafio de trabalhar com um tema ainda pouco conhecido foi uma medida um tanto quanto ousada para essa etapa final. Porém muito construtiva porque não ficou, apenas, na esfera de aplicar os conhecimentos obtidos no ambiente acadêmico, mas de trazer para perto a realidade diária do arquiteto que se depara com questões novas a todo o momento. A minha decisão por ter sido pautada no atual cenário sócio, político e econômico do Brasil contribuiu muito para entender sobre o mercado de trabalho, as tendências na área de arquitetura e os nichos que ainda não foram explorados. Espera-se que este trabalho chegue às pessoas e possibilite o surgimento de novas abordagens do tema. E aos que ainda não conhecem que possam abrir um pouco a visão, principalmente de uma futura economia transformada e consequentemente uma arquitetura transformada.

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9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS SITES: Tecnocentro / Sotero Arquitetura e Urbanismo. Disponível em: <http://www.archdaily.com.br/br/01-89494/tecnocentro-slash-sotero-arquitetura-e-urbanismo>. Acesso em: 16 maio. 2017. TECNOCENTRO | Parque Tecnológico da Bahia. Disponível em: <http://www2.secti.ba.gov.br/parque/institucional/tecnocentro/>. Acesso em: 16 maio. 2017. Revista aU | Sotero Arquitetos privilegia o conforto ambiental no prédio do Tecnocentro, em Salvador | Arquitetura e Urbanismo. Disponível em: <http://www.au.pini.com.br/arquitetura-urbanismo/218/sotero-arquitetos-salvador-ba-258105-1.aspx>. Acesso em: 16 maio. 2017. Incubadora de Empresas de Biotecnologia Biopôle / PERIPHERIQUES Architectes. Disponível em: <http://www.archdaily.com.br/ br/764985/incubadora-de-empresas-de-biotecnologia-biopole-peripheriques-architectes>. Acesso em: 17 maio. 2017. Estudo de impacto econômico: segmento de incubadoras de empresas do Brasil / Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores. – Brasília, DF: ANPROTEC : SEBRAE, 2016. Disponível em: <http://www.anprotec.org.br/Relata/18072016%20Estudo_ANPROTEC_v6.pdf.>Acesso em: 17 maio, 2017. Revista aU | INTERNACIONAL - O projeto de eficiência energética da Assembléia Nacional do País de Gales | Arquitetura e Urbanismo. Disponível em: <http://www.au.pini.com.br/arquitetura-urbanismo/155/artigo42682-1.aspx>. Acesso em: 19 maio, 2017. A Eficiência Energética em Edifícios. Disponível em: <http://cenergel.com.br/post.aspx?id=89&nome=a-eficiencia-energetica-em-edificios>. Acesso em: 20 maio, 2017. Rory Stott. “O foco de equilíbrio de trabalho bem sucedido e a colaboração, estudo de Gensler descobre” 12 de agosto de 2013. ArchDaily . Acessado em 16 de junho de 2017 . <Http://www.archdaily.com/414747/successful-workplaces-balance-focus-and-collaboration-gensler-study-finds/> Sede Walmart.com São Paulo / Estudio Guto Requena” 18 Dez 2013. ArchDaily Brasil. Acessado 30 Jun 2017. http://www.archdaily. com.br/161920/sede-walmart-dot-com-sao-paulo-slash-estudio-guto-requena 82


Entenda o que é ecoeficiência e suas soluções para o meio ambiente. Acessado 02 Jul 2017. http://www.pensamentoverde. com.br/meio-ambiente/entenda-ecoeficiencia-solucoes-meio-ambiente/ PRINCIPAIS DIFERENÇAS ENTRE INCUBADORAS E ACELERADORAS. Acessado 02 Jul 2017. http://www.beestart.com.br/ blog/principais-diferencas-entre-incubadoras-e-aceleradoras/ Incubadora ou aceleradora? Acessado 03 Jul 2017. http://www.beestart.com.br/blog/principais-diferencas-entre-incubadoras-e-aceleradoras/

LIVROS: Gonçalves, J.; Bode, K. Edifício ambiental. 1. ed. São Paulo: Oficina de textos; 2015. Capítulo 2. Ventilação natural em edifícios de escritórios: mito ou realidade?; p. 57-78. Gansky, Lisa. O Design Mesh. In: Mesh: Porque o Futuro dos Negócios é Compartilhar.1. ed. Rio de Janeiro: Alta Books; 2011. Capítulo 3, O Design Mesh; p. 51-60

TESE: Análise de regressão do consumo de energia elétrica frente a variáveis arquitetônicas para edifícios comerciais climatizados em 14 capitais brasileiras. Pós graduação—[s.l.] Universidade Federal de Santa Catarina, 1999.

PALESTRA: FORTUNA, Danilo. Acústica de ambientes de ensino: Escolas e universidades. Palestra. AUDIUM, Salvador, Bahia. 25 maio, 2017. PAIM, Felipe. Conforto acústico em bares, restaurantes e praças de alimentação. Palestra. AUDIUM, Salvador, Bahia. 01 junho, 2017.

PESQUISA: Pesquisa Akatu 2012 Rumo à Sociedade do Bem-Estar: Assimilação e Perspectivas do Consumo Consciente no Brasil – Percepção da Responsabilidade Social Empresarial pelo Consumidor Brasileiro Textos de Aron Belinky e Helio Mattar. São Paulo: Instituto Akatu, 2013. 83


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