O Miguel e o Portal dos Mistérios

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O Miguel E o Portal dos Mistérios

Capítulo I A LENDA DO PORTAL Era uma tempestuosa e fria noite de inverno. O Sr. João estava deitado na maca do quarto 113 do centro hospitalar da Cova da Beira, pois já tinha 102 anos e tinha cancro do pulmão. Mandou chamar o neto. Quando o Miguel chegou, deu-lhe um papel escrito em código Morse e disse: - O meu sonho era encontrar e controlar o Portal dos Mistérios da Vida. Após dizer isto, fechou os olhos como se fosse dormir. Mas na verdade, o Sr. João estava morto, com Miguel veio a descobrir mais tarde.


Capítulo II Escola Nova

O Miguel era um menino de 13 anos que vivia com os seus pais. Esta era a sua rotina diária: Acordar Fazer a sua higiene Tomar o pequeno-almoço Ir para a escola Estudar Almoçar Ir para casa Fazer os T.P.C. Visitar o avô ao hospital Divertir-se Jantar Estar com os pais Dormir O Miguel tinha uma doença, era intolerante ao glúten. Portanto, era um rapaz magrinho. Tinha caracóis louros e era muito bonito. Estava uma manhã quente de Junho e era o penúltimo dia de aulas. O Miguel estava no 8º ano escolar, pois tinha saltado um ano. O Miguel era muito inteligente. Nesse dia, que era uma quinta-feira, foi ter com os seus amigos, o Pedro, a Maria, a Catarina e o José. Brincou com eles às apanhadas e às escondidas nos 20 minutos em que


estiveram à espera da professora. A primeira aula do dia foi Matemática, a disciplina preferida do Miguel, pois era muito bom e rápido a fazer contas de cabeça. A aula correu muito bem. Fizeram revisões na primeira metade do tempo e na segunda, a professora deixou-os brincar. A aula de Matemática foi seguida pela de Português, que por sua vez foi seguida pela de Ciências Naturais. Tiveram ainda nesse dia um tempo de Geografia. Nesse dia não foram marcados trabalhos de casa, portanto, assim que chegou a casa, foram logo visitar o avô João. O Sr. João gostava muito de contar histórias ao neto e, nesse dia, foi a vez da fábula "A Viúva e o Papagaio". Quando chegou a casa, verificou o correio. Vinha uma carta das contas da luz, outra da água e outra... outra para si! Era da escola de Hoxgrof, a melhor escola do mundo, situada em Lisboa. Este era o conteúdo da carta: Excelentíssimo senhor Miguel Oliveira, Vimos informar por este meio que está matriculado na nossa escola. O ano letivo começará dia 1 de setembro. Esperamos por si! David Manso, o diretor. O Miguel ficou horrorizado, pois iria perder os seus amigos. Assim que pôde, ligou aos amigos. A primeira a atender foi a Catarina. Depois foi o Pedro e, logo a seguir, ao mesmo tempo, a Maria e o José. Contou-lhes e eles escutaram atentamente. Depois de ele terminar, os amigos consolaram-no, dizendo que seriam amigos para sempre e que teria outros amigos na nova escola. O Miguel sossegou e pensou que ainda teria as férias inteiras com os amigos. Portanto, falou com os pais e combinou com os amigos para irem lá a casa quase todos os dias. Só às terças e aos domingos é que não se encontravam. As férias, para o Miguel, passaram muito mais rápido do que ele queria. Dia 28 de agosto, começou a fazer as malas. Os pais informaram-no que iria de autocarro numa mesa para cinco pessoas. No dia 1 de setembro, foi para a estação de autocarro, despediu-se dos pais e dos amigos que foram com ele e entrou para o autocarro. O autocarro era vermelho e tinha 3 andares. Foi dos últimos a entrar, portanto só encontrou uma mesa e só havia um lugar. Chegou mais perto e perguntou: - Posso me sentar? - Claro! - respondeu o rapaz mais perto - Como te chamas? - Miguel. E vocês? - Eu sou o Lupus. - respondeu o rapaz - Esta é a Maria - apontou para a menina que estava a seu lado, que acenou a Miguel, o qual devolveu -, aquele é ...


- Sou o Tomlariariano. Mas trata-me por Tom. - Exatamente. E aquele é o Noah. - disse, por fim, o Lupus. O Miguel sentou-se no lugar vago e começou a conversar. Nem passados 5 minutos, já era amigo de todos eles. Após ouvirem o sinal de que faltavam 10 minutos para a viagem terminar, a Maria informou os restantes que os uniformes da escola estavam no andar de cima. Portanto, o Miguel, o Noah, o Tom e o Lupus foram buscar os respetivos uniformes e vestiram-se. Era uma capa preta com o símbolo da escola. Tinha 3 botões, mais ou menos no meio. O autocarro parou e eles saíram todos juntos. Havia um grande edifício à sua frente. Era a escola de Hoxgrof.


Capítulo III

A escola parecia um castelo. Havia um pequeno lago ao lado. Lá dentro viam-se das mais variadas espécies de peixes. Havia um fosso à volta da escola com alguns crocodilos. Estava sobre o fosso uma ponte que ia a dar a dois grandes portões, que eram a entrada. O Miguel e os seus novos amigos entraram com mais uma data de estudantes naqueles portões. Quando entrou, ficaram maravilhados com a escola. Havia várias estátuas e os enfeites eram magníficos. Como já era tarde, foram jantar. Enquanto jantavam, a professora Ayla, a professora de astronomia, distribuía horários aos novos alunos. Na mesa do Miguel estavam mais alguns colegas, que passaram a ser amigos do Miguel apenas naquele jantar. - Olá! Chamo-me Miguel. Como é que vocês se chamam? - Boa noite. Sou o Lucas. - Eu sou o Arthur. Quem és tu? - perguntou, acenando para o Pedro. - Sou o Pedro. - Olá. Eu sou a Aurora. - Eu sou o Gabriel - disse outro rapaz. Quando o Miguel olhou para ele, um brilho, apenas visível para o Miguel, saiu de Gabriel. - Eu - disse outro rapaz - sou o Theofaleniae. Mas trata-me por Theo. O brilho que tinha saído de Gabriel, saiu com mais intensidade do Theo. O último rapaz disse: - Chamo-me Leonardo, mas prefiro Leo. - Quem é o Miguel? - perguntou a professora Ayla, chegando ao pé da mesa deles. - Sou eu, professora - respondeu o Miguel - Toma o teu horário - disse, estendendo-lhe um papel. Fez o mesmo para os outros todos.


Quando se foi embora, o grupo de amigos comparou os horários e verificou que tinham as mesmas aulas. - Amanhã de manhã começamos com Matemática e depois temos Geologia. Temos ainda Biologia antes de almoço. - comentou a Maria. Depois, foram para os dormitórios, vestiram-se e deitaram-se. Como disse a Maria, depois de acordarem e de tomarem o pequeno-almoço foram para a aula de Matemática. O professor Paulo, o professor mais baixo do corpo docente, já lá estava, escrevendo no quadro Professor Paulo - professor de Matemática Raiz quadrada Acabando de escrever, virou-se para os alunos e apresentou-se: - Eu sou o professor Paulo, o vosso professor de matemática. Na aula de hoje apenas iremos recordar como calcular a raiz quadrada de um número. O Miguel ficou ansioso pois era uma matéria de que gostava muito. Quando o professor Paulo perguntou em que consistia determinar a raiz quadrada de um número, já Miguel estava com o braço no ar. Quando o professor lhe deu a palavra, o Miguel disse: - Determinar a raiz quadrada de um número consiste em calcular um número que elevado ao quadrado concebe o valor pretendido. - Não explicaria melhor! Diz-me qual a raiz quadrada de 25 e como lá chegaste, por favor - É 5 porque 5 elevado ao quadrado - o professor escreveu no quadro “52” - é 25. - Exatamente. Vão calcular, com a técnica que aprenderam anteriormente, a raiz quadrada de 12. Agora, quero que representem a raiz quadrada de 25 com o símbolo. Miguel só foi ultrapassado em velocidade por um menino sentado no fundo da sala, vestido como um rei.


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