"Um Mundo, Várias Histórias"

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– “Lenda de S. Jorge”----------- 5

– ”As Tranças de Bintou” -------11

– “Lenda do Monstro Nian do Ano Novo Chinês”- ----------------------------16

– “Lenda da Primavera”------------21

– “A Lenda de Drácula”------------- 25

– “A História de Olga” ---------------30

– “Edelweiss – A Flor do Amor”--------34



CONTINENTES E PAÍSES DE ORIGEM DOS ALUNOS

Europa Moldávia – Campos floridos

África Cabo-Verde – Cidade da Praia

Roménia – Trajes Tradicionais

Guiné-Conacri – Mulheres “Fula”

Ucrânia – Túnel do Amor

Ásia China – Grande Muralha

Rússia - Moscovo


APRESENTAÇÃO DE TRABALHOS – BIBLIOTECA ESCOLAR – 2º PERÍODO


Cabo Verde – “Lenda de São Jorge” Cabo Verde – “Lenda de Sao Jorge” Trabalho realizado pelo aluno Helton Alves – 9º B

Início da história em crioulo Lenda di Son Gorge Era um bez país gobernado pu un rei sábio qui é ta vivia feliz cu si mucher e si famosa fia e també é tinha ses súbditos e é tinha animais e terras pa es cultiva ses dia a ta correba muto bem na país e un dia de má memória parce un Dragon cu asa di morcego qui tinha pele mas dura qui pedra. O Dragon enfiou o pescoço na muraja e quanto os súbditos di Rei es oja eres sais es tudo di rua e es corre pa ses casa e algun soldado es bai es bá conta pa Rei qui é bai é bá pergunta a Dragon cusé qui é cré un podi cume bus súbditos todo ao piqueno almoço e dexa qerloto pa janta e un deta fogu na bu cidade Rei fla a Dragon si bu popa nos vida ca ta faitou cumida pa bu cume dipos Dragon fla qui é tem qui dai tudo dia quato baça, sais carnero e dós galinha dipos quê fla é da meia volta e é bai pa montanha qui e é fica ta tremi terra cu cada passo qui é ta dá. Em Português: Era uma vez um país, governado por um rei sábio, que vivia feliz, com a esposa e a sua formosa filha.

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Também os súbditos do rei viviam felizes e tinham animais e terras para cultivar. Os dias corriam alegres no pequeno país mas, num dia de má memória, apareceu um Dragão com asas de morcego e pele mais dura do que a pedra. Este, enfiou o pescoço nas muralhas e, quando os súbditos do Rei o viram, abandonaram as ruas, tropeçando uns nos outros, fugindo para as suas casas. Alguns soldados foram avisar o Rei, que perguntou ao Dragão o que queria. - Eu quero comer todos os teus súbditos: uns pela manhã,

outros ao jantar, ou

deitar fogo à tua cidade. – respondeu este. O Rei propôs-lhe: – Se poupares as nossas vidas, não te faltará de comer. O Dragão exigiu que lhe entregassem, diariamente, quatro vacas, seis ovelhas e duas galinhas. Dito isto, deu meia volta e fugiu para a montanha, fazendo tremer a terra com cada passo que dava. Continuação da história… A partir daí, todos se fecharam em casa; ninguém se atrevia a sair para trabalhar nos campos. Só os pastores transportavam à montanha, onde vivia o Dragão, o que este tinha pedido. Entretanto, os galinheiros, os estábulos e os currais ficaram vazios. O Rei pensou, então, que podia alimentar o Dragão com sementes e legumes mas a sua a sua reacção foi terrível: exigiu que, até à Primavera, uma rapariga lhe fosse oferecida em casamento. Chegada a altura, nenhuma família se dispôs a entregar-lhe uma das suas filhas. Então, a princesa apareceu à porta do castelo e correu para se oferecer ao animal. O Rei e a Rainha choravam quando, de repente, se ouviu um galope de um cavalo vindo das nuvens. Todos olharam para o céu: um cavaleiro de armadura dirigia-se à cidade, num belo cavalo branco. – É São Jorge!- gritaram.

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Surpreendido e contrariado, abrindo a sua grande boca, o Dragão lançou um jacto de fogo aos pés de São Jorge mas este fugiu, fazendo o cavalo recuar. Depois, com a sua lança em riste, foi contra o terrível animal e matou-o. A fera morreu e, naquele país, já nada havia a recear. São Jorge voltou para o céu e toda a gente recuperou a felicidade.

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Conto da Tribo Fula “As Tranças de Bintou “

Trabalho realizado pelo aluno Mamadou Dialló – 5º F

O meu nome é Bintou e o meu sonho é ter tranças. O meu cabelo é curto e crespo. O meu cabelo não tem graça. Tudo o que tenho são quatro totós na cabeça. Às vezes, sonho que os passarinhos fazem ninhos na minha cabeça. Aí podiam ser felizes. Mas, aquilo que eu queria mesmo, era ter tranças compridas e enfeitadas com pedras coloridas e conchinhas. A minha irmã Fatou usa tranças e é muito bonita. Eu choro e ela pergunta-me porquê. Respondo que queria ser linda como ela. Mas ela diz que meninas não usam tranças; só usam totós. Esta manhã chega a minha avó, Soukeye e eu vou buscá-la. Veio para o batizado do meu irmão que hoje faz oito dias. A avó sabe tudo, diz a minha mãe. Ela explica que os mais velhos sabem mais porque viveram mais e, por isso, aprenderam mais. Pergunto por que é que as meninas não usam tranças. Conta-me a história de uma menina, muito vaidosa e egoísta. As mães decidiram, então, que as crianças só podiam usar totós. Assim, tinham mais tempo para fazer amigos, brincar e aprender. A avó diz que, quando for mais velha, poderei ter tranças . 11


Nessa noite, sonho que já tenho dezasseis anos, que uso tranças com conchinhas e pedras coloridas, que brilham ao sol. Mas, quando acordo, vejo que só tenho quatro totós na cabeça.

Hoje há festa, com muitos convidados. Os meus pais revelaram, baixinho, a Serigne Mansour, o

mais velho, o

nome do bebé. Então, depois de rezar, este disse, em voz alta: “O nome da criança é Abdou”. Comemos de tudo: peixe, arroz, carneiro. Mas eu só como bolinhos fritos com açúcar e papaias. Vejo os penteados das mulheres: tranças brilhantes com óleo perfumado, franjas trançadas com moedas de ouro na ponta, que demoraram vários dias a fazer. Mariana, amiga da Fatou, que é brasileira, tem umas tranças lindas. Conta que, na terra dela, muitas meninas usam tranças. Eu eu, que só tenho quatro totós na cabeça… Passeio pela praia. De repente, ouço gritos. São dois rapazes que pedem socorro pois a canoa deles virou-se. Eu corro por um atalho com as urtigas a picarem-me e as pedras a aleijarem os meus pés. Chego à aldeia e grito que os rapazes se estão a afogar. Os pescadores correm para a praia e conseguem salvá-los. 12


Na vila, todos me dão os parabéns: eu salvei os rapazes. Querem saber o que mais desejo. Fatou diz que eu queria ter tranças. Então, a minha mãe promete que as terei. Nessa noite, sonho que uso tranças com lindos passarinhos azuis e amarelos aninhados no meu cabelo. De manhã, a minha avó chama-me. Passa-me um óleo perfumado pelo cabelo e começa a pentear-me. Diz-me: “O teu cabelo será tão especial como tu”. Quando termina, pede que abra os olhos e me veja ao espelho. De repente, vejo pássaros azuis e amarelos no meu penteado. E aparece uma menina com um lindo cabelo a olhar para mim. Eu sou a Bintou. O meu cabelo é negro e brilhante, macio e bonito. Sou a menina dos pássaros no cabelo. O sol segue-me e eu sou feliz.

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China – “Lenda do monstro Nian do Ano Novo Chinês” Trabalho realizado pelo aluno He Benkai – 5º F

传说中的怪物年中国农历新年

中国古代传说中的故事讲述一种掠夺性的召唤兽的年食人者是非常激烈的,长在他的头上,锋利的 角。年全年,但生活在海,来到地球的每个新的一年的前夕,,吞食牲畜和危害人类在附近的一个 村庄。因此,每一个除夕,所有的村民把他们的古老而又年轻的山上隐藏年。

在除夕,一位头发花白的男子出现在村子里。问获准在港逗留过夜,向大家保证,他会追逐的野兽 。没有人相信他的话。而村民逃进森林,留在村里的老人。

O que significa? Quer dizer o seguinte: Uma antiga lenda chinesa conta a história de uma besta

predatória, devoradora

de homens, chamada Nian. Era muito feroz, com um chifre longo e afiado na cabeça. Nian morava no fundo do mar durante todo o ano mas, na véspera de cada novo ano, vinha à terra para devorar animais e prejudicar os seres humanos, numa aldeia próxima.

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Portanto, em cada véspera de ano novo, todos os aldeões levavam os seus jovens e velhos para as montanhas para se esconderem de Nian. Numa ocasião dessas, um homem de cabelos cinzentos apareceu na aldeia. Pediu permissão para permanecer durante a noite e assegurou que iria afugentar a besta. Ninguém acreditava nele. Então, enquanto todos fugiam para a floresta, o velho permaneceu na aldeia. Continuação da história… Quando o animal chegou, foi recebido com uma súbita explosão de fogo de artifício. Assustado pelo ruído, os flashes de luz e as bandeiras vermelhas que esvoaçavam, apressadamente, virou-se e fugiu. No dia seguinte, quando o povo regressou à aldeia, encontrou-a intacta e segura. O velho tinha partido, mas encontraram os restos dos materiais que tinha usado para perseguir a besta. Todos concordaram que o ancião devia ser uma divindade que tinha vindo para ajudar a libertá-los. A partir daí, as famílias começaram a pendurar bandeiras vermelhas e a acender as suas lâmpadas, esperando o novo ano. O costume espalhou-se e tornou-se a grande festa tradicional do "passando de Nian" ("Nian" em chinês significa "ano").

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Moldávia – Lenda da Primavera - Lenda do “Mărţişor” (Martichor) Trabalho realizado pelo aluno Dinu Bologan – 5ºF

O dia 1 de Março, na Moldávia, é o primeiro dia da Primavera. Este mês também coincide com uma festa muita conhecida e apreciada por todos os moldavos e romenos: Mărţişor. Uma tradição antiga diz que todas as Primaveras e Verões serão como o primeiro dia da Primavera: se, no dia 1 de Março, houver bom tempo, assim serão essas estações. Neste dia, as pessoas oferecem, umas às outras, amuletos feitos de fio branco e fio vermelho, chamados “martisor”. Estes simbolizam as duas estações do ano (o Inverno - branco - e a primavera - Vermelho). Representam, também, a luta entre o Bem e o Mal. Ao longo do tempo nasceram diferentes lendas sobre a origem do Martisor. Esta é uma das mais conhecidas. Lenda do “Mărţişor”

Diz-se que, há muito, muito tempo atrás, o Sol, aborrecido por ficar sempre no céu e resignado porque a Lua nunca seria a sua noiva, se transformou num homem 21


bonito. Então, encheu-se de amor pelos outros seres terrestres e começou a dançar bonitas danças moldavas. Um velho Dragão, do outro lado da terra, seguiu o Sol. Vendo que este estava tão feliz, enraiveceu-se por não sentir igual felicidade. Para se vingar, raptou-o e escondeu-o nas caves mais profundas do seu castelo. Sem luz e sem calor, os homens ficaram muito tristes, as crianças deixaram de rir, os pássaros deixaram de cantar, toda a Natureza se afundou numa hibernação terrível. Como todas as lendas têm um herói, esta também o tem. Um homem corajoso decidiu ir procurar o Sol, lutar contra o Dragão e libertar o seu prisioneiro. A viagem foi longa, cansativa e demorou três estações do ano (Verão, Outono, Inverno). Quando, finalmente, chegou ao castelo do Dragão, lutou com ele três dias e três noites até o derrubar. Depois, libertou o Sol e restituiu a Luz à Terra. A Natureza reanimou-se, os homens voltaram a sorrir e os pássaros recomeçaram a cantar. Viera a Primavera!!!

Mas ela não chegou para o homem corajoso que tinha

libertado o Sol. Este morreu na neve e, no lugar onde caiu o seu sangue, cresceram flores, as primeiras flores da Primavera, chamadas Campânulas brancas. A partir daí, os homens costumam oferecer, nos primeiros dias de Primavera, um amuleto feito dum fio branco e um fio vermelho às pessoas de quem gostam. A cor vermelha representa o amor por tudo o que é bom, e é o símbolo do sangue daquele homem valente. A cor branca simboliza a Pureza, a Saúde e a Campânula branca – a primeira flor da Primavera!

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Roménia – “A Lenda de Drácula” Trabalho realizado pela aluna Alexandra Lucaciu – 5º F

O Castelo de Bran, chamado Castelo de Drácula, foi construído no século XIV. Situa-se à beira de um penhasco, por entre florestas e campos, nos Montes Cárpatos, com altitudes de mais de 2.000 metros. É a atração turística mais popular na Roménia, pois nele viveu Drácula, um homem mau, conhecido pelos seus métodos de tortura. Atualmente, o castelo é um museu impressionante.

A Vida do Conde

Esta lenda nasceu numa região que hoje pertence à Roménia e que foi invadida, ao longo do tempo, por várias tribos como os godos, ávaros, húngaros, eslavos, tártaros, magiares. No século XIV, formaram-se dois estados governados por príncipes: o da Valáquia e o da Moldávia. No século XV, os turcos invadiram aqueles territórios dando início a guerras violentas.

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Foi nesta altura que, por volta de 1430, nasceu o primeiro Drácula, príncipe da Valáquia. O seu nome era Vlad, chamado Drakul – que significa dragão ou demónio – pela figura mitológica que decorava o seu brasão de família. Vlad levou uma vida de guerreiro bárbaro. Ainda jovem, foi mantido prisioneiro pelos turcos e, com eles, observou e aprendeu métodos de tortura e a terrível execução por empalamento (antigo suplício que consistia em espetar o condenado pelo ânus, numa estaca muito aguçada, ficando nela exposto até morrer ). Aos dezoito anos, conseguiu tornar-se príncipe da Valáquia. Com a desculpa de unificar o país e expulsar os turcos, Vlad deu início a um reinado de batalhas, cheias de matanças sangrentas e torturas. A morte coletiva dos prisioneiros, por empalamento, tornou-se comum, o que valeu ao soberano o apelido de Tepes ou "Empalador". Além disso, os seus castigos preferidos eram cozinhar pessoas, queimá-las em fogueiras, o esfolamento ou as mutilações. O Conde foi derrotado pelo rei Matias da Hungria e pela população revoltada e maltratada. Esteve preso durante doze anos. Conta a lenda que, mesmo preso, Vlad Drácula se divertia empalando pequenos animais que os guardas lhe forneciam. Em 1474, recuperou a liberdade e voltou a ocupar o trono da Valáquia. Dois meses depois, morreu, aos quarenta e cinco anos, ferido, durante mais uma batalha contra os turcos. A sua cabeça foi cortada, conservada em mel e enviada ao sultão como troféu. O seu corpo desapareceu numa sepultura anónima.

A lenda do Vampiro O povo romeno juntou, à imagem de guerreiro malvado, as suas tradições e as suas crenças, as quais revelam os seus medos. O Conde Drácula passou, então, a ser visto como um vampiro nobre, habitante de um castelo nos Montes Cárpatos. Começou, também, a acreditar-se que, ali, pessoas excomungadas, malditas pela Igreja Ortodoxa Oriental, que domina a região, depois de mortas, se transformavam em cadáveres ambulantes, os “moroi”. Seriam também condenadas ao vampirismo as crianças fruto de relações proibidas, as crianças pagãs – não batizadas – e o sétimo filho de um sétimo filho. A fantasia romena criou ainda os “strigoi”, demónios em forma de pássaro que saem à noite em busca de carne e sangue humanos. 26


A imagem de Drácula que Hoje temos é o símbolo do poder de tudo aquilo que, apesar de apavorante, é muito encantador.27




Rússia – Rússia Medieval -“A História de Olga” Trabalho realizado pelo aluno Vladislav Sinitari – 8º B

Início da história em russo: История Ольги Ольга родилась в Пскове (ныне город на северо-западе России) в семье Варяг. Они были известны как викинги, которые пришли на территорию современной России, Украины и Беларуси в возрасте 8 и 9. Ее отец отдал ее замуж за князя Игоря, сына Рюрика князь Новгородский, основатель династии Рюриковичей царях русские. После смерти в 912 году Олег, Игорь стал господином Киевской Руси. В 945 г. Игорь пошел на славянское племя древлян на получение дани. После просил переплаты древляне убили его. Как и его сына Святослава было всего 3 года, Ольга захвата власти. Он имел полную поддержку русской армии, которая демонстрирует большое уважение у него среди людей. Tradução para português: A Lenda de Olga Olga nasceu em Pskov (atualmente uma cidade no noroeste da Rússia), no seio de uma família de origem Varyag. Estes eram conhecidos como vikings que vieram para o território da atual Rússia, Ucrânia e Bielorrúsia durante os séculos VIII e IX. O seu pai ofereceu-a em casamento ao príncipe Igor, filho do príncipe Rurik, fundador da dinastia Rurik dos czares russos. Após a morte de Oleg, em 912, Igor tornou-se senhor da “Kievan Rus”. Em 945, Igor dirigiu-se ao território onde vivia a tribo eslava dos Drevlyans para receber tributos. Depois de ter pedido um pagamento excessivo, os Drevlyans mataram-no. Como o seu filho, Svyatoslav apenas tinha três anos, foi Olga quem assumiu o poder. Tinha apoio total do exército russo, o que comprova o grande respeito de que gozava entre o povo. Continuação da história… Depois de terem assassinado Igor, os Drevlyans enviaram negociadores para propor a Olga que casasse com o seu príncipe, Mal. A princesa vingou-se da morte do marido, matando todos os embaixadores. 30


Documentos antigos descrevem quatro tipos de vinganças organizadas por Olga. Primeiro, ordenou a captura dos vinte embaixadores que tinham vindo a Kiev e enterrouos vivos. Depois, pediu aos Drevlyans para enviarem melhores negociadores mas, assim que chegaram, mandou queimá-los numa casa de banho. Depois disso, visitou o território deste povo, supostamente para assistir a uma festa de funeral, em memória do seu marido assassinado. Embriagando os seus inimigos durante a festa, mandou assassinar toda a gente, ao todo quinhentas pessoas. . A última vingança teve lugar em 946, quando viajou pelos domínios dos Drevlyans para receber tributos. Dirigiu-se à cidade de Iskorosten que recusou pagar-lhe. De acordo com a lenda, pediu a cada proprietário que lhe oferecesse uma pomba como prenda. Depois, atou papéis a arder às suas patas e deixou-as voar, de regresso a casa. Como resultado, toda a cidade foi destruida pelo fogo, pois era construída em madeira. Olga governou “Kievan Rus” até o seu filho atingir a idade adulta. Tendo crescido, Svyatloslav preferiu passar mais tempo fora, organizando campanhas militares, no sentido de alargar e fortalecer as fronteiras do seu Estado. Olga ficou responsável pela política interna de “Kievan Rus” e tornou-se conhecida por estabelecer o primeiro sistema de taxas na Europa de Este. As terras subjugadas a Kiev foram divididas em unidades administrativas, controladas pelos representantes da princesa. Definiu montantes fixos de tributagem, com um calendário detalhado para a sua recolha.

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Lenda da Ucrânia – “Edelweiss – a Flor do Amor” Trabalho realizado pelo aluno Anton Chernikov – 6º B

Uma vez, em tempos antigos, uma linda e bela menina chamada Marichka ouviu os sons da trembita (instrumento popular ucraniano). Este estava a ser tocado, num vale da montanha, por um jovem pastor, Olexa. A menina ouviu a música mágica durante um longo tempo, escondendo-se na mata. Quando a trembita parou, saiu do seu esconderijo. Vendo a menina e a beleza da floresta, o pastor recomeçou a tocar e as montanhas começaram a cantar e a dançar. Desde então, os seus corações juntaram-se num só e o seu amor tornou-se um para ambos. Como a aldeia de Olexa se situava no vale,distante, este não regressou porque não podia deixar as ovelhas. Assim, todos os dias falava com Marichka. Ainda o sol não tinha nascido, já Olexa tocava a trembita, chamando a sua amada. Marichka ouvia o som, alegrava-se e esperava pelo outono e, com isso, por um casamento feliz. Um dia, não ouviu os sons familiares do instrumento, nem encontrou, na montanha, o seu amado. Não sabia que, naquela noite, tinha sido morto pelos seus ferozes inimigos. Então, o vento soprou e espalhou-se, ao longo dos Cárpatos, uma voz feminina: " Olexa! Meu querido! Onde estás? Estou à tua procura, meu amado”. Não houve resposta.

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Através do mato, passando por riachos, Marichka correu até ao alto das montanhas. Chorou lágrimas amargas mas límpidas e tão puras quanto o seu sentimento. E onde uma lágrima caiu, surgiu uma flor branca, de neve, um símbolo do verdadeiro amor. Diz-se, então, a partir daí, que, quem for honesto e corajoso e encontrar a flor, conhecerá uma menina que amará para sempre! Mas a flor já não se encontra nas montanhas. O famoso Edelweiss, tema de lendas e canções, tornou-se uma raridade, quase em extinção.

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