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3.1 O SILÊNCIO E O SINTOMA A troca do silêncio pela palavra pode representar o aniquilamento do sintoma, porque a realidade verbal e sua ação se integram plenamente nos processos reais onde o sujeito tem lugar. Compreender a estrutura do discurso é o modo mais seguro de compreender o latente, posto que a palavra é o latente manifesto. Numa carta a Fliess, datada de 1897, Freud comunica a confirmação da sua hipótese, no que concerne à neurose obsessiva, de que o reprimido irrompe nas representações verbais e não nos conceitos a elas vinculados. É evidente que se afirme, tendo em vista a leitura dos textos de Freud, que a palavra, mesmo através da sua negação, se põe a serviço da espionagem do recalcado. É o que anos mais tarde vai constituir o tema de um pequeno artigo onde se afirma que os processos de negação constituem os primeiros modos de liberdade do que está submetido 48
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