Jornal da Arquidiocese de Florianópolis Maio/2011

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CADEIR prepara Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos

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Jornal da

Arquidiocese “De graça recebestes, de graça dai”

(Mt 10,8)

Florianópolis, Maio de 2011 Nº 167 - Ano XV

Arquidiocese ganha novo padre Com 25 anos, Pe. Pedro Paulo é o mais novo integrante do Clero da Arquidiocese e o primeiro na ordem das três ordenações deste ano A Paróquia Sagrado Coração de Jesus, em Leoberto Leal, esteve em festa no dia 30 de abril. Nesse dia, pela imposição de mãos de Dom José Negri, bispo de Blume-nau, foi realizada a celebração de ordenação presbiteral de Pedro Paulo Alexandre, um filho da comunidade. Esta foi a terceira ordena-

ção presbiteral da paróquia nos seus 76 anos de história e nos últimos 11 anos. Duas outras ordenações presbiterais serão ainda realizadas na Arquidiocese nos próximos meses. Pe. Pedro Paulo concedeu entrevista para o Jornal da Arquidiocese. PÁGINAS 09 e 14

Santidade Cristã Dom José Negri, bispo de Blumenau, presidiu à celebração de ordenação prebiteral de Pedro Paulo Alexandre

A Caminhada do Planejamento Pastoral Em fevereiro de 2009, o Secretariado Arquidiocesano de Pastoral, lembrando a decisão da Assembleia de 2007, de dar início ao planejamento pastoral, em vista de um futuro Plano Arquidiocesano de Pastoral, su-

Antônio Carlos realiza Santas Missões Populares. PÁGINA 03

Participe do Jornal da Arquidiocese

geriu que esse planejamento fosse iniciado com a elaboração de novas diretrizes. Elas foram aprovadas na Assembleia de 2009 e publicadas em seguida, e estão à nossa frente como força motivadora. Essas diretrizes cons-

Grande celebração inicia Novenas do Divino Pai Eterno. PÁGINA 05

tituem o primeiro passo de nosso planejamento pastoral. Acompanhe o que já foi feito e que falta fazer para o Planejamento Pastoral da Arquidiocese.

Alguns batizados não se contentam com a santidade mínima. Buscam o máximo. Abrem-se de modo total à ação de Deus em suas vidas. Deixam transparecer de modo pleno o brilho da santidade e da glória divina em suas vidas. Sabem que, como disse o papa Bento XVI, “uma vida santa não é fruto principal-

mente do nosso esforço, das nossas ações, porque é Deus, o três vezes Santo, que nos faz santos, é a ação do Espírito Santo que nos anima a partir de dentro, é a mesma vida de Cristo Ressuscitado que nos é comunicada e que nos transforma”.

ASA realiza Assembleia Geral Ordinária.

Ribeirão da Ilha encena a Paixão de Cristo.

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Campanha pretende pintar o Seminário de Azambuja. PÁGINA 08

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Opinião

Maio 2011

Palavra do Administrador

Pe. João Francisco Salm

Jornal da Arquidiocese

Administrador Diocesano da Arquidiocese de Florianópolis

A Serviço Na Igreja, qualquer função ou cargo tem o sentido do “serviço”. O ensinamento e testemunho são do próprio Mestre Jesus: “Vim para servir e não para ser servido” (Cfr. Mc 10,45). Maria apresentou-se como “Serva do Senhor” (Cfr. Lc 1,38). Bento XVI, no início do seu pontificado, assumiu ser um “humilde servo da vinha do Senhor”. Frequentemente nos deparamos com irmãos e irmãs que entenderam o “amor-serviço” de Jesus, e que com sua prática promovem a pessoa humana, renovam a comunidade e participam da construção de uma sociedade solidária. No momento em que nossa Arquidiocese aguarda um novo Arcebispo, a eleição de um Administrador Diocesano, conforme dispõem as leis da Igreja, se constitui num chamado para o serviço: “Ide para a vinha” (Cfr. Mt 20,4). A res-

posta só poderá ser dada em comunhão com todas as Forças Vivas que atuam generosamente em nossas Comunidades. Diferente de governar ou administrar uma empresa, aqui se trata de ser um Servidor do Reino. Incluem-se, é verdade, aspectos exigentes e desafiadores de administração temporal que, por sua vez, também devem ser geridos em vista de um objetivo ainda maior, o do Mandato Missionário do Senhor: “Ide pelo mundo e anunciai o Evangelho, batizando...” ( Mt 28,19). A Missão da Igreja, Servidora por natureza, em obediência Àquele que a enviou, é administrar os bens da salvação, colocando-os ao alcance de todos. As Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil nos dizem: “A Igreja, por fidelidade a Cristo e à missão dele recebida, tem a estrita

Palavra do Papa

Bento XVI

responsabilidade de oferecer, em cada época, o acesso à Palavra de Deus, à celebração da Eucaristia e aos demais sacramentos, e de cuidar da caridade fraterna e do serviço dos pobres” (n. 60). Nossa Arquidiocese, para cumprir essa tarefa, formulou assim seu objetivo geral: “Evangelizar, sendo Igreja seguidora de Jesus Cristo, na palavra, no testemunho, na oração, na partilha e na fração do pão, envolvendo as forças vivas da arquidiocese, a serviço da vida plena e da esperança”. Portanto, administrar a Arquidiocese é ajudá-la a ser fiel, e ser fiel com ela, a este objetivo, dia após dia. De modo geral, o Administrador Diocesano possui o poder e as obrigações do bispo diocesano, com algumas exceções derivadas da provisoriedade do cargo e do fato de

É uma luz diferente, divina, que fendeu as trevas da morte e trouxe ao mundo o esplendor de Deus, o esplendor da Verdade e do Bem. (...) Mas, infelizmente, o aleluia pascal contrasta ainda com os lamentos e gritos que provêm de tantas situações dolorosas: miséria, fome, doenças, guerras, violências. E todavia foi por isso mesmo que Cristo morreu e ressuscitou! Ele morreu também por causa dos nossos pecados de hoje, e também para a redenção da nossa história de hoje Ele ressuscitou. Por isso, esta minha mensagem quer chegar a todos e, como anúncio profético, sobretudo aos povos e às comunidades que estão sofrendo uma hora de paixão, para que Cristo Ressuscitado lhes abra o caminho da liberdade, da justiça e da paz. (...) Boa Páscoa a todos!

A ressurreição de Cristo não é fruto de uma especulação, de uma experiência mística: é um acontecimento”.

Bento XVI, 24.04.11

Os méritos do resultado de qualquer trabalho na Igreja devem ser direcionados ao Senhor, e não a nós, “simples servos”

Reflexão

Companheiro - o que come pão conosco

Mensagem Urbi et Orbi A manhã de Páscoa trouxe-nos este anúncio antigo e sempre novo: Cristo ressuscitou! O eco deste acontecimento, que partiu de Jerusalém há vinte séculos, continua a ressoar na Igreja, que traz viva no coração a fé vibrante de Maria, a Mãe de Jesus, a fé de Madalena e das primeiras mulheres que viram o sepulcro vazio, a fé de Pedro e dos outros Apóstolos. Até hoje - mesmo na nossa era de comunicações supertecnológicas - a fé dos cristãos assenta naquele anúncio, no testemunho daquelas irmãs e daqueles irmãos que viram, primeiro, a pedra removida e o túmulo vazio e, depois, os misteriosos mensageiros que atestavam que Jesus, o Crucificado, ressuscitara; em seguida, o Mestre e Senhor em pessoa, vivo e palpável, apareceu a Maria de Mágdala, aos dois discípulos de Emaús e, finalmente, aos onze, reunidos no Cenáculo (cf. Mc 16, 9-14). A ressurreição de Cristo não é fruto de uma especulação, de uma experiência mística: é um acontecimento, que ultrapassa certamente a história, mas verifica-se num momento concreto da história e deixa nela uma marca indelével. A luz, que encandeou os guardas do sepulcro de Jesus, atravessou o tempo e o espaço.

não ser bispo. Exerce um governo interino, passageiro, uma vez que cessa com a posse do novo bispo, em nosso caso, do novo Arcebispo. Uma vez que continuo pároco de Santa Teresinha, em Brusque, conto, agradecido, com a colaboração generosa de Dom vito, nosso Bispo Emérito, e de alguns padres para o cumprimento da agenda que Dom Murilo deixou, especialmente Crismas, nos fins de semana. Aceitei e assumi a tarefa contando com a ajuda próxima do mesmo Colégio que me elegeu e ao qual agradeço a confiança depositada em mim. Conto também com a amizade, as orações e a comunhão de todos os padres, diáconos e demais irmãos e irmãs de fé. Seja bem-vindo aquele que nos será dado “segundo o coração de Deus”!

A essência do pecado consiste no impedimento de olhar o rosto de Deus e, por consequência, o rosto do outro. É a não-comunicação, a não-comunhão. Macário o Grande, Pai do Deserto, demonstra isso com a representação de pessoas de mãos dadas, lado a lado, mas que não podem se olhar no rosto. Estão unidas pelas mãos, mas separadas pela não-comunicação, pois sem contemplar o rosto do outro não temos possibilidade de vida comunitária. Temos muitas ilusões de comunicação: o telefone celular, o MSN, o Orkut. São comunicações eletrônicas, úteis e também símbolos de nossa artificialidade de relações e solidão. Há pessoas que, estando em casa, ligam para vizinhos e amigos para fugir da solidão; mas, estando na rua, ligam para casa, também para vencer a solidão. Falta-lhes contemplar o rosto do outro, do amigo, daquele que reside com eles. Os muitos compromissos nos impedem de olhar ao lado, criar relações, condição necessária para se ter o sentido da vida.

Mesa posta – vida repartida Enzo Bianchi, prior do Mosteiro de Bose, afirma que “no dia em que o homem inventou a mesa – talvez uma pedra – iniciou a cultura, a civilização”. A civilização não é um projeto individual: surge no

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decorrer do tempo com iniciativas originais e que se prestavam à vida comunitária. Gera a linguagem, a solidariedade, a convivência, a arte. Quando deixa a mesa, porém, gera Caim, Babel, a competição destrutiva, as guerras. Então se entra no campo da barbárie, da selvageria, retornando-se à era em que não havia civilização. O pão é o melhor símbolo da civilização: ele é repartido, pois cada um se serve preocupado que não falte ao outro um pedaço. A selvageria confisca o pão, a civilização o distribui. O pão é repartido numa mesa, seja ela uma pedra, um tapete, uma tábua, uma placa de granito. Mas, o pão pode estar na mesa, e os comensais não. Cada um dele se serve no momento que lhe apraz e, assim, se perde o sentido familiar. Nada mais representativo da existência da família do que pais, filhos e amigos em torno da mesa. Tudo na mesa é sinfônico: a toalha, as cadeiras bem postas, iguarias, um arranjo de flores. A mesa posta é uma sinfonia: os sabores formam um acorde, combinam entre si. Quando a cozinheira prepara a refeição, tem em mente essa harmonia de sabores, cores, perfumes. Mesmo nos dias de semana, a mais trivial e humilde refeição é harmônica, e quem dela participa sente o carinho dispendido: é pobre, mas feita com amor, comenta-se. A orquestra, porém, a sinfo-

nia da mesa somente se revelará na sinfonia das pessoas que dela participam. A orquestra da mesa supõe as iguarias e a unidade dos comensais para que a alegria seja completa. Jesus decidiu que seu memorial na história fosse uma mesa, uma Ceia, a Eucaristia. Ele presidiu à Ceia, preparou os comensais lavando-lhes os pés, para que todos se sentissem amados. E, naquela hora decisiva da história humana, comeu com seus amigos e deu-lhes como alimento de vida fraterna seu Corpo e seu Sangue: a harmonia do Pão e do Vinho trouxe-nos a harmonia da comunidade cristã, onde todos são servidores e repartem o pão. Somos companheiros. Companheiro não escolhe ocasião para ser fiel. É companheiro. A origem dessa bela palavra é o pão: companheiro, “com-pão”. Companheiro é o que come pão comigo, é aquele que me convida para comer o pão com ele. Quando alguém definiu Catedral como uma construção que guarda um altar, estava afirmando que o centro da catedral é a Mesa da Comunhão, do “com-pão”, onde, a partir do memorial do gesto do Senhor, nos fortalecemos na fraternidade, na amizade, escrevendo a partitura da sinfonia universal. É o Cristianismo. Pe. José Artulino Besen

Diretor: Pe. Ney Brasil Pereira - Conselho Editorial: Pe. João Francisco Salm, Pe. José Artulino Besen, Pe. Vitor Galdino Feller, Ir. Marlene Bertoldi, Maria Glória da Silva Luz, Leda Cassol Vendrúscolo, Daniel Casas, Carlos Martendal e Fernando Anísio Batista - Jornalista Responsável: Zulmar Faustino - SC 01224 JP - (48) 84056578 - Coor. de Publicidade: Pe. Pedro José Koehler - Revisão: Pe. Ney Brasil Pereira e Irmã Clea Fuck Editoração e Fotos: Zulmar Faustino - Distribuição: Juarez João Pereira - Impressão: Gráfica GrafiNorte


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Maio 2011

Paróquia realiza Santas Missões Populares Foi a primeira vez, em 20 anos, que a Paróquia realizou o evento que envolveu as suas oito comunidades

Espírito de Oração Segundo o Pe. Silvano, “foram

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Vai acontencer...

Semana de Oração No dia 21 de maio, das 13h30 às 18h, será realizado o IV Encontro Arquidiocesano de Representantes Paroquiais para o Ecumensimo e o Diálogo Interreligioso. O evento será na Paróquia Santo Antônio, em Campinas, São José. Promovido pela Comissão Arquidiocesana para o Ecumenismo e o Diálogo Inter-Religioso - CADEIR -, o encontro tem como objetivo princiTodas as comunidades paróquia foram visitadas nos 21 dias do evento dias marcados por muita oração e comprometimento com a Igreja-comunidade. Todos ficaram maravilhados com as Santas Missões, marcadas pela saudação franciscana de “paz e bem”. A Missão anterior foi há quase 20 anos, em 1992, com os Padres Redentoristas. Dessa vez, elas aconteceram graças ao contato do Pe. Silvano, há dois anos, com um dos freis, Frei Marcos, seu colega de Teologia no ITESC.

Durante esses 21 dias, em cada comunidade houve confissões somando um total de mais de quatro mil -, encontros com as crianças, jovens e adultos, formação para as lideranças e para os Grupos Bíblicos em Família, Celebração Eucarística todos os dias. Os idosos e doentes, que não podiam participar, foram visitados em suas casas. Mais fotos no site da Arquidiocese (www.arquifln.org.br), clicar em Álbum de Fotos.

Seminário sobre a Exortação Apostólica Verbum Domini O Instituto Teológico de Santa Catarina - ITESC, promoverá, nos dias 30 e 31 de maio e 01 de junho, o Tríduo Bíblico. O evento será dividido em seminários e contará com a assessoria dos professores do ITESC e refletirá sobre a Exortação Apostólica PósSinodal Verbum Domini. O documento, resultante do Sínodo dos Bispos realizado no Vaticano em outubro de 2008, foi lançado em 2010. Trata da Palavra de Deus na Vida e na Missão da Igreja. Ele traz reflexões preciosas que nos incentivam à medita-

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A Paróquia do Sagrado Coração de Jesus, em Antônio Carlos, realizou na manhã do dia 10 de abril a celebração de encerramento das Santas Missões Populares. Promovida em parceria com os Freis Franciscanos Capuchinhos, dos dias 19 de março a 08 de abril, todas as oito comunidades foram visitadas. A Igreja Matriz estava completamente lotada para a celebração de encerramento. A ideia inicial era que a missa fosse realizada na rua, mas, em virtude da chuva, os planos foram alterados. Durante a celebração foram apresentados os cinco freis que participaram da Missão. Um dos freis falou em nome dos demais sobre como foram recebidos e o que achou dos frutos do trabalho. “É um povo religioso, preocupado com a Igreja e que vive a sua fé. Creio que nosso trabalho contribuiu para incrementar a vivência religiosa desse povo”, disse o frei.

ção e ao estudo da Bíblia como fonte e alimento para a vida cristã. O evento será realizado pela manhã nos dias 30 e 31 de maio e 1 de junho, das 8h às 11h30; e à tarde nos dias 30 e 31, das 14h às 16h. Os Seminários serão sobre: 1. Verbum Domini e a Exegese Bíblica dos Pais (orientado por Pe. Edinei da Rosa Cândido) 2. Verbum Domini: Palavra de Deus e Liturgia (orientado por Pe. Valter Goedert) 3. Verbum Domini: Palavra de Deus na Formação Presbiteral (orientado por Pe. Paulo das

Neves) 4. Verbum Domini: a Palavra de Deus como alma da Vida Pastoral (orientado por Pe. Vitor Feller) 5. Verbum Domini: a Palavra de Deus, Religiões e Ecumenismo (orientado por Pe. Elias Wolff). No dia 30, das 19h30 às 22h, o evento será voltado para os leigos e leigas participantes dos Cursos de Extensão. Todas as pessoas interessadas podem participar em qualquer período. Para os Seminários são necessárias inscrições prévias. Mais informações pelo fone (48) 3234-0400.

pal a preparação da Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos – SOUC, que acontecerá nos dias 05 a 11 de junho (ver na página 12). Por isso, a partir deste ano, não mais será realizado em agosto, como nos anos anteriores. A decisão foi tomada no III Encontro Arquidiocesano de Representantes Paroquiais, acontecido em 28 de agosto de 2010, também em Campinas.

Site Vocacional A Pastoral Vocacional da Arquidiocese realizará no dia 15 de maio o lançamento de site vocacional. Através do endereço www.vocacaosacerdotal. org.br, os jovens terão acesso a informações sobre a vocação sacerdotal e ajuda da Pastoral

Vocacional para o discernimento vocacional. “A iniciativa foi motivada pelo dinamismo espiritual do Ano Sacerdotal”, disse Pe. Vânio da Silva, coordenador da Pastoral Vocacio-nal. A data foi escolhida por ser o Dia Mundial de Oração pelas Vocações.

Religiões e Meio Ambiente Dando continuidade ao tema da Campanha da Fraternidade, o Instituto Teológico de Santa Catarina - ITESC -, estará promovendo no dia 12 de maio, às 19h30min, a noite de debates “Religiões e Meio Ambiente”. O conferencista será um líder religioso indígena, dos po-

vos Guaranis, que apresentará o modo de convivência cultural e religiosa dos povos guaranis com a natureza. A entrada é franca. O evento será realizado na sede do ITESC, na Av. Dep. Antônio Edu Vieira - 1524 - Pantanal. Mais informações pelo fone (48) 3234-0400.

Encontro das esposas dos diáconos Nos dias 13 e 14 de maio, as esposas e viúvas dos diáconos da Arquidiocese estarão reunidas, na Casa de Encontros e Retiros Divina Providência, em Florianópolis, para participar do seu encontro anual. Será um momento de formação, reflexão, meditação, momento penitencial, confraternização e descontração. O evento contará com a assessoria do Pe. Hélio da Cunha, pároco

de Santo Antônio, em Campinas, São José, que tratará do tema “Conquistados por Cristo”. No domingo pela manhã, os diáconos se juntam às suas esposas para a formação conjunta. Na oportunidade, será realizada a Assembleia Extraordinária dos Diáconos, em que será eleita a nova diretoria da Comissão Arquidiocesana do Diaconato Permanente - CADIP.


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Tema do Mês

Santidade Cristã “O Brasil precisa de santos, muitos santos”, disse-nos João Paulo II

O QUE É SER SANTO? Semanas atrás, concluindo a apresentação de diversos santos e santas nas audiências gerais dos últimos dois anos, o papa Bento XVI disse: “Aprendemos a conhecê-los mais de perto e a entendermos que toda a história da Igreja é marcada por estes homens e mulheres que com a fé deles, com a caridade deles, com a vida deles, foram faróis para tantas gerações e também para nós. Os santos manifestam, em diversos modos, a presença potente e transformadora do Ressuscitado; eles deixaram que Cristo envolvesse plenamente a vida deles ao ponto de poderem afirmar como São Paulo: ‘Não sou eu que vivo, é Cristo que vive em mim’ (Gal 2,20). Seguir o exemplo deles, recorrer à intercessão deles, entrar em comunhão com eles, nos une a Cristo, do qual emana toda a graça e toda a vida para o mesmo povo de Deus”. Na verdade, só Deus é santo. Como cantamos na missa, ecoando o profeta Isaías (6,3), Deus é três vezes santo. Uma força de expressão para insistir na única e suma santidade de Deus. É a santidade de Deus que refulge na vida dos batizados. Cada cristão reflete em seu rosto, em suas palavras e obras, um aspecto da soberana santidade de Deus. Nesse sentido, todos nós somos santos, porque criados por Deus, salvos em Cristo, possuídos pelo Espírito Santo, santificados pelos sacramentos da Igreja, pela Palavra, pela caridade cristã. Para ser santo, diz o papa Bento XVI, bastam três atitudes: participar da missa dominical, orar a Deus no começo e no fim do dia e praticar a vontade de Deus em todos os aspectos da vida. É a santidade mínima de todos nós. O Concílio Vaticano II, na Constituição Lumen Gentium sobre a Igreja, fala com clareza sobre o chamado universal à santidade, afirmando que ninguém está excluído dessa vocação: “Nos vários gêneros e ocupações da vida, é sempre a mesma santidade que é cultivada por aqueles que são conduzidos pelo Espírito de Deus e, obedientes à voz do Pai, seguem Cristo pobre, humilde, que carrega a cruz, para merecerem ser participantes da sua glória. Cada um, segundo os

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é necessário um milagre para a beatificação, como foi o caso de diversos beatos brasileiros, como foi o caso da catarinense Albertina Berkenbrock e da baiana Ir. Lindalva Justo de Oliveira.

A SANTIDADE DE JOÃO PAULO II Divulgação/JA

Neste mês de maio celebramos a beatificação de duas pessoas conhecidas, nossas contemporâneas: o papa João Paulo II e a brasileira Ir. Dulce, o “anjo bom da Bahia”. Os dois têm em comum o fato de serem beatificados de modo rápido e de terem vivido características dos santos atuais: vigor missionário, paciência no sofrimento e opção pelos pobres.

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O postulador da causa de beatificação de Karol Wojtyla (nome de batismo do papa polonês), padre Slawomir Oder, resumiu assim a santidade do papa. “O que caracteriza a figura de João Paulo II, como emerge das cartas do processo de beatificação, são essencialmente duas dimensões. A sua dimensão de homem de oração, de homem de Deus, e a dimensão da sua ânsia apostólica, o seu ser missionário de Cristo. De fato, urgia nele aquela caridade de Cristo que o incentivava a levar o Senhor a todos os lugares”. Não se pode esquecer também o fato de ele ter sido grande defensor do Terceiro Mundo, dos países pobres, promotor da paz entre as nações, homem incansável no anúncio do Evangelho neste tempo marcado pelo relativismo e laicismo.

A SANTIDADE DE IR. DULCE

João Paulo II visitou Irmã Dulce, na Bahia, em 20 de outubro de 1991, quando ela já se encontrava enferma próprios dons e funções, deve progredir sem desfalecimentos pelo caminho da fé viva, que estimula a esperança e que atua pela caridade” (n. 41). Mas, é claro, alguns batizados não se contentam com a santidade mínima. Buscam o máximo. Abrem-se de modo total à ação de Deus em suas vidas. Deixam transparecer de modo pleno o brilho da santidade e da glória divina em suas vidas. Sabem que, como disse o papa Bento XVI, “uma vida santa não é fruto principalmente do nosso esforço, das nossas ações, porque é Deus, o três vezes Santo, que nos faz santos, é a ação do Espírito Santo que nos anima a partir de dentro, é a mesma vida de Cristo Ressuscitado que nos é comunicada e que nos transforma”.

BEATIFICAÇÃO E CANONIZAÇÃO Não é a beatificação ou a

Alguns batizados não se contentam com a santidade mínima. Buscam o máximo. Abrem-se de modo total à ação de Deus em suas vidas”.

canonização que torna a pessoa santa. De fato, há muitos santos que nunca foram declarados beatos e santos. O que acontece na beatificação ou canonização é um reconhecimento das virtudes e do poder de intercessão de alguma pessoa que viveu a fé cristã na Igreja Católica. Pri-

meiro é preciso verificar se a pessoa viveu e morreu em fama de santidade em vida. Depois se faz um estudo rigoroso de sua vida para comprovar a prática das virtudes em grau heróico, tendo por base as virtudes teologais da fé, esperança e caridade, e as virtudes cardeais da justiça, prudência, temperança e fortaleza. Aprovado esse passo, a pessoa é declarada venerável. Após um milagre realizado pela sua intercessão, vem a beatificação. Com a beatificação, a Igreja permite que a essa pessoa se preste culto público (missas e orações em igrejas e oratórios, veneração de relíquias etc.) somente em algumas regiões, normalmente onde ela viveu. Para a canonização, é necessário outro milagre. Com a canonização, o nome da pessoa é colocado no cânone, isto é, na lista dos santos a quem se pode prestar culto público em todo o mundo. Em caso de martírio não

Maria Rita Lopes Pontes, a religiosa baiana conhecida como Irmã Dulce, já tinha fama de santidade em vida. Era capaz de tudo para acolher o doente e o pobre dando-lhes a cura e o pão. Deixou uma grande obra dirigida ao cuidado dos necessitados. Viveu ao pé da letra a palavra de Jesus que disse: “Eu estava com fome e me destes de comer; estava com sede e me destes de beber; eu era forasteiro e me recebestes em casa; estava nu e me vestistes; doente, e cuidastes de mim; na prisão, e fostes visitarme” (Mt 25,35-36). Segundo Dom Demétrio Valentini, bispo de Jales e presidente da Cáritas Brasileira, a santidade de Ir. Dulce é resposta aos anseios de uma sociedade corrompida pelo individualismo. Diz ele: “Ela nos interpela e nos faz redescobrir a beleza do esquecimento de si próprio, da busca da própria glória para buscar o bem dos irmãos, a prática da caridade e ver no próximo a presença de Cristo”. Lembremo-nos do que o papa João Paulo II disse em Florianópolis, em outubro de 1991, por ocasião da beatificação de Santa Paulina: “O Brasil precisa de santos, muitos santos”. Pe. Vitor Galdino Feller Coord. Arquidiocesano de Pastoral, Prof. de Teologia e Diretor do ITESC Email: vitorfeller@arquifln.org.br


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Ingleses terá celebração do Divino Pai Eterno Celebração contará com a presença do Padre Robson, que popularizou a devoção, e sua equipe Para iniciar a “Novena do Divino Pai Eterno” no Santuário Sagrado Coração de Jesus, em Ingleses, Florianópolis, a comunidade trará a Florianópolis o Pe. Robson de Oliveira, que popularizou a devoção, e sua equipe, para uma Celebração Eucarística no dia 08 de maio, domingo. Ela marca o início da Novena na Paróquia Sagrado Coração de Jesus em Ingleses (Norte da Ilha), ritual que passará a acontecer todas as terças-feiras, às 15h. A missa será campal e realizada na Rua do Futuro, próxima à entrada do bairro. O evento terá início às 16h, com louvor, e às 17h30min inicia a Celebração Eucarística, com transmissão ao vivo pela Rede Vida de Televisão. Estima-se a participação de mais de 20 mil pessoas. Toda a celebração é acompanhada de uma réplica da imagem do Divino Pai Eterno, que permanecerá no Santuário dos Ingleses, para a devoção dos fiéis e para a novena das terças-feiras. O evento é uma promoção da Paróquia Sagrado Coração de Jesus, com o apoio cultural da Prefeitura de Florianópolis. “Sabemos que, todos os anos, milhares de fiéis de todo o Estado realizam caravanas até Goiás, para participar da Novena. Nosso objetivo é proporcionar as graças do Santuário do Divino Pai Eterno mais perto de nós”, disse Pe. Mário José Raimondi, pároco dos Ingleses e idealizador da vinda da devoção para Florianópolis.

Devoção centenária A devoção ao Divino Pai Eterno iniciou em 1840, quando um casal de agricultores encontrou um medalhão de barro, representando a Santíssima Trindade, enquanto trabalhavam na lavoura. O casal e sua família iniciaram a reza do terço. A partir disso, vários milagres passaram a aconte-

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Música erudita ao alcance de todos Em dez apresentações, Orquestra leva música clássica à população

Acima a imagem devocional, cuja réplica ficará em Florianópolis, ao lado Pe. Robson, que presidirá a celebração

cer. Os moradores locais souberam e passaram a rezar juntos. A residência do casal já não comportava todos. Foi construída uma casa para servir como Santuário, em terreno cedido pelo casal. Em pouco tempo já eram milhares de pessoas que vinham ao local em busca de graças. Logo foi construída uma capela para

servir de Santuário. Hoje, a devoção recebe milhares de fiéis de todo o Brasil e do mundo. São caravanas que seguem para Trindade, município vizinho a Goiânia, capital de Goiás. De Santa Catarina são dezenas de ônibus que todos os anos partem para lá, sobretudo no primeiro domingo do mês de julho. Mais informações na paróquia Sagrado Coração de Jesus, em Ingleses, pelo fone (48) 3269-1909. Informações sobre a devoção ao Divino Pai Eterno, no site www.pscj.org.br

CARAVANAS Uma equipe já está organizando as caravanas que virão de todo o Estado para Ingleses. Os interessados devem entrar em contato com sr. Gilberto: (48) 9134-7016/3371-7016; sra. Teresinha (48) 8818-9215/3369-0947. Se possível, ligue comunicando o nome e o responsável pela caravana.

A Orquestra Unisul está realizando mais uma edição dos “Concertos nas Comunidades”. Nos meses de março a dezembro de 2011, os músicos, sob a regência do Maestro Patrick Cavalheiro, estarão levando música erudita a dez comunidades de Florianópolis. As apresentações acontecem nas Igrejas da Grande Florianópolis, sempre às 20hs e com entrada franca. As duas primeiras apresentações da temporada 2011 já foram realizadas na Paróquia de Capoeiras e na Paróquia da Trindade, nos dias 30 de março e 28 de abril. A próxima será no dia 25 de maio, às 20h, na Igreja Matriz da Paróquia N.Sra do Carmo, em Coqueiros (veja programação completa no quadro). Criada em 2009, a Orquestra é formada por 15 músicos. Ela tem como objetivo levar a música erudita, através de atividades sociais e educativas, que proporcionem retor-

no cultural, aproximando a população deste universo musical. O repertório é formado por obras de compositores como Mozart, Villa-Lobos, Borodin, entre outros nomes da música erudita, conhecidos mundialmente. “Teremos peças bem variadas, buscando levar até as comunidades os mais diversos estilos musicais, contando em alguns concertos com a participação especial do Coral Ítalo-Brasileiro”, disse o maestro Patrick Cavalheiro. Segundo ele, é necessário quebrar os paradigmas de que música erudita é inacessível. “Precisamos mostrar o quão belo e encantador é este estilo musical e levá-lo ao maior número de pessoas possível”, disse.

25 de maio, às 20h - Paróquia N.Sra. do Carmo, Coqueiros 09 de junho, às 20h - Paróquia Santo Antônio, Centro 06 de julho, às 20h - Igreja São Francisco de Paula, Canasvieiras 03 de agosto, às 20h - Paróquia N.Sra. da Lapa - Ribeirão da Ilha

08 de setembro, às 20h - Igreja São Franc. Xavier, Monte Verde 19 de outubro, às 20h - Paróquia N.Sra. de Fátima, Estreito 03 de novembro, às 20h - Paróquia N.Sra. da Boa Viagem, Saco dos Limões 15 de dezembro, às 20h - Santuário N.Sra. da Conceição, Lagoa


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Bíblia

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Jornal da Arquidiocese

Conhecendo o livro dos Salmos (37)

Salmo 51 (50): Misere, Piedade, Senhor!

Apaga o meu pecado 3. Ó Deus, tem piedade de mim, conforme a tua misericórdia; / por tua imensa compaixão, apaga o meu pecado. 4. Lava-me de toda a minha culpa, / e purifica-me do meu pecado. 5. Reconheço a minha iniqüidade / e meu pecado está sempre diante de mim. O salmo começa com um veemente pedido de compaixão. O salmista tem plena consciência da gravidade da sua culpa, com a qual quebrou a Aliança com Deus. Por isso, suplica insistentemente. São muitos os pedidos, mas todos se concentram no primeiro: tem piedade de mim, apaga o meu pecado (v. 3). Nesses três versículos há três menções do “pecado”, além do reconhecimento da “culpa” (v.4) e da “iniqüidade” (v.5).

Pequei contra ti 6. Contra ti, só contra ti eu pequei, / eu fiz o que é mau a

Divulgação/JA

De todas as súplicas do Saltério, o “Miserere” é, sem dúvida, uma das mais profundas, e merece plenamente a predileção dos que pecaram, isto é, de todos nós que, sentindo-nos pecadores, percebemos nesta súplica milenar a perfeita expressão do arrependimento e da esperança. Os versículos finais, 20 e 21, são adição claramente posterior, de certo modo contradizendo a tese deste salmo e do anterior, de que Deus “não quer o sacrifício de animais”, mas sim o do coração arrependido. O salmista está sofrendo muito. Mas ele não destaca o sofrimento corporal. O que muito mais o preocupa, sim, é o pecado, os pecados que lhe mancham o coração e desagradam a Deus. Por isso, o objetivo focal do seu anelo é o perdão divino. A consciência da sua humana miséria tanto mais o faz clamar pela divina misericórdia. A tradição, consignada na própria introdução do salmo, atribui-o ao rei Davi, adúltero e assassino, “quando o profeta Natã veio ao seu encontro, depois do adultério com Betsabeia” (v. 2). Veja-se, a propósito, o detalhado relato do episódio no 2º livro de Samuel, cap. 11,1—12.15. O salmo, excluindo os dois versículos finais, já mencionados, está claramente dividido em duas partes: os versículos 3 a 11 situam-se “no reino do pecado”, e os versículos 12 a 19, “no reino da graça”.

14. Devolve-me a alegria de ser salvo, / que me sustente um espírito generoso. Por isso, o verbo “criar” soa com toda a força (v. 12), no começo desses três versículos que parecem uma “epíclese”, uma tríplice invocação do Espírito Santo criador, “que renova todas as coisas” (cf Sl 104,30). Notar os adjetivos ligados ao “espírito”: um “espírito resoluto”, que vença a fraqueza da carne (cf Mt 26,41). Depois, “o teu santo espírito”, que é o Espírito da “santidade de Deus”, à qual, porém, como povo da Aliança, somos todos chamados: “Sede santos, como Eu, o Senhor vosso Deus, sou santo” (Lv 19,24). O salmista teme ser dele privado (v. 13) Enfim, o “espírito generoso”, impulsionando a agir de dentro, sem necessidade de imposições externas, disposto a cumprir não o mínimo, mas o máximo. Essa generosidade devolverá ao salmista “a alegria de ser salvo” (v.14).

teus olhos; / pois és justo quando falas, / e reto no teu julgamento. 7. Vê, na culpa fui gerado, / minha mãe me concebeu pecador. A consciência do pecado “só contra Deus” não quer absolutamente dizer que não seja contra o próximo. Pelo contrário, o que o pecador fez de mal ao próximo – no caso de Davi, adultério e homicídio – ofende o próprio Deus, que ordenou claramente, no decálogo da Aliança: Não matarás, não cometerás adultério (Ex 20,13-14). Além disso, o salmista reconhece que Deus é “justo” e “reto” “no seu julgamento”, enquanto ele, pecador, é injusto e falso, “gerado na culpa”, “desde o ventre da mãe concebido pecador” (v.7)! Essa maldade fundamental, visceral, do ser humano, constitui aquilo que a tradição posterior consubstanciou no “pecado original”, remontando à “origem” da pessoa e da condição humana. Esse reconhecimento é fonte de perdão, como diz Santo Agostinho: “Tu reconheces, e Ele perdoa”.

Lava-me, purifica-me! 8. Mas tu queres a sinceridade do coração / e no íntimo me ensinas a sabedoria. 9. Purifica-me com o hissopo e ficarei puro; / lavame, e ficarei mais branco do que a neve. 10. Faze-me ouvir a alegria e o júbilo, / exultem os ossos que trituraste.

11. Esconde a tua face para não veres meus pecados, / e apaga toda a minha culpa. No entanto, como é vontade de Deus que o coração humano seja sincero, Ele “no íntimo ensina a sabedoria” (v. 8), ou, como nos dirá Ezequiel, é Ele quem “arrancará do nosso peito o coração de pedra, e nos dará um coração de carne” (Ez 37,26). Por isso, os pedidos insistentes: “Purifica-me com o hissopo” (v. 9) da tua misericórdia, não com o impotente hissopo que borrifa o sangue dos animais imolados em expiação. É só o hissopo divino que deixará puro o ser humano, que o tornará “mais branco do que a neve”. O Novo Testamento verá esse hissopo purificador no “sangue do Cordeiro”, no qual os mártires são lavados e branqueados (cf Ap 7,14). Só então o salmista poderá “ouvir a alegria e o júbilo”, só então poderão “exultar os seus ossos triturados” (v. 10). No entanto, logo após esse relampejo de luz, retorna a obsessão do pecado: “Esconde a tua face, para não veres meus pecados”. Sim, “apaga, cancela toda a minha culpa!” (v. 11). E é só Deus quem o pode fazer.

Uma nova criação pelo Espírito 12. Cria em mim, ó Deus, um coração puro, / renova em mim um espírito resoluto. 13. Não me rejeites da tua presença / e não me prives do teu santo espírito.

Então, ensinarei teus caminhos 15. Então ensinarei teus caminhos aos que erram / e a ti voltarão os pecadores. 16. Livra-me da pena do sangue, ó Deus, Deus e salvador meu, / e minha língua aclamará tua justiça. 17. Meu Senhor, abre meus lábios, / e minha boca proclame o teu louvor. Já transformado, o orante se compromete em “ensinar os caminhos do Senhor aos que erram”, assumindo, em gratidão, diríamos hoje, a dimensão missionária e evangelizadora. Quanto aos “pecadores”, não invoca contra eles o castigo e a destruição, mas sim a sua conversão. No entanto, ainda uma vez, reaparece a sombra do mal cometido: o salmista pede para ser poupado da “pena do sangue” (v.16), isto é, do castigo de talião pelo assassinato cometido. E então, ele proclamará incansavelmente a justiça misericordiosa do Senhor. Por isso, pede que o próprio Senhor lhe abra os lábios, e capacite sua boca para o louvor.

O sacrifício que Deus quer 18. Pois não te agradam os sacrifícios rituais / e, se ofereço holocaustos, não os aceitas. 19.Sacrifício para Deus é o espírito quebrantado; / um coração contrito e humilhado, ó meu Deus, não o desprezas.

Estes dois versículos finais retomam a tese afirmada com força no salmo anterior, Sl 50(49): o que Deus quer não são sacrifícios rituais, nem mesmo na sua forma extrema, a de “holocausto”, quando a vítima era inteiramente oferecida e, por isso, totalmente queimada. O sacrifício que agrada a Deus é “o espírito quebrantado” pelo arrependimento, o “coração contrito e humilhado” (v.19) de quem se reconhece pecador, se arrepende e pede perdão.

A restauração 20. No teu amor, sê propício a Sião, / reconstrói os muros de Jerusalém. 21. Então, vão te agradar os sacrifícios legítimos, as oferendas e holocaustos. / Então, se imolarão novilhos sobre o teu altar. Surpreendentemente, estes versículos, acrescentados no período do Exílio ou no imediato pósExílio, contrastam com a conclusão original (vv. 18-19). De fato, admitem e, mesmo, pedem, com a reconstrução dos “muros de Jerusalém”, a restauração da liturgia sacrificial, com todos os “sacrifícios legítimos, as oferendas e holocaustos”, explicitando-se inclusive a “imolação de novilhos sobre o teu altar” (v. 21). A carta aos hebreus insistirá na superação de todo esse aparato sacrificial, com o único sacrifício plenamente aceito, o da entrega da vida do nosso sumo-sacerdote, o Senhor Jesus (cf, p. ex., Hb 9,11-14). Concluamos com o Discípulo Amado: “Se Ele deu a vida por nós, também nós devemos dar a nossa vida pelos irmãos” (cf 1Jo 3,16). Aí está o amor. Aí está também o perdão. Pe. Ney Brasil Pereira Professor de Exegese Bíblica no ITESC email: ney.brasil@itesc.org.br

Para refletir: 1) O que mais impressiona você neste salmo? 2) Mostre por que são claras as duas partes do salmo. 3) Que significa a palavra do salmista: “Contra ti, só contra ti eu pequei” (v.6)? 4) Como o salmo expressa o que nós chamamos de “pecado original”? 5) Como o salmista expressa a ação do “Espírito criador”?


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Encontro de Formação para os Jovens Escola da Juventude objetivou a formação de coordenadores e futuros líderes da Pastoral da Juventude tes em nossa sociedade. No sábado pela manhã, tarde e domingo pela manhã, os escoleiros foram assessorados pelo jovem Juliano Carrer, levados assim a conhecer um pouco mais sobre a PJ e suas linhas de trabalho. “Ver nos rostos destes jovens o rosto de Jesus... Jovens que, mesmo numa época em que imperam o individualismo e a realização pessoal, buscam um mundo mais justo... Jovens que ousam se preocupar uns com os outros... Que trazem no coração os anseios de outros jovens... Que vivem uma experiência de fé linda... e que por vezes precisam apenas de alguém que os acompanhe mais de perto. Que o Deus que gera a Vida sempre os acompanhe!”, falou Carrer.

Projeto de Vida Nesta primeira etapa contamos também com a assessoria de Gislene Maria Saad Henriques, que apresentou aos jovens a proposta do Projeto Pessoal de Vida

Divulgação/JA

Teve início no último final de semana, 29-30/04 e 01/05, na casa de Retiros Rosa Mística, no Ribeirão da Ilha/ Florianópolis, a VIII edição da Escola da Juventude. Essa Escola tem por objetivo a formação e amadurecimento de coordenadores e futuros líderes de grupos de jovens, coordenações paroquiais e comarcais em trabalho por uma PJ mais atuante em todos os níveis da Igreja e da sociedade brasileira. Organizada pela equipe de coordenação e assessoria da Pastoral da Juventude da Arquidiocese de Florianópolis, a primeira etapa da Escola reuniu 38 escoleiros de diferentes paróquias de nossa Arquidiocese. Os jovens foram acolhidos em clima de alegria e descontração, na sexta-feira, e em seguida participaram de uma oração embasada no Oficio Divino da Juventude. Neste clima de oração, os jovens foram levados a refletir sobre sua caminhada, seus sonhos e planos enquanto jovens atuan-

Jovens se encontraram na Casa de Retiros “Caminho de Nazaré” (PPV), a ser trabalhado durante as três etapas da Escola da Juventude 2011. A jovem Thamiriz, membro do grupo de jovens JASC da paróquia Dom Bosco, em Itajai, diz que está sendo uma oportunidade única participar da Escola da Juventude, pois nunca havia participado de um evento em nível de arquidiocese. E tudo que está

aprendendo será de muita utilidade, pois são assuntos que nunca foram trabalhados tão detalhadamente no grupo e na paróquia. A jovem salienta que a Escola está sendo muito bem preparada e que está valendo cada minuto. Outro jovem que também manifestou sua opinião foi Cleber, secretário da PJ na Paróquia São Judas Tadeu, em

Barreiros, São José. “A escola é uma oportunidade esperada há muito tempo. Desde que o grupo do qual faço parte completou um ano, eu ouvia falar da Escola. Ela possibilita o conhecimento de novas pessoas. Permite a evolução como pessoa e como membro de grupo. É uma experiência muito enriquecedora”, disse. A próxima etapa da Escola da Juventude 2011 acontecerá de 23 a 26 de junho, durante o feriado de Corpus Christi, na casa de retiros Caminho de Nazaré, Enseada do Brito, Palhoça. A última etapa será realizada de 26 a 28 de agosto, na casa de retiros Rosa Mística. Com todas as experiências vividas nesta primeira etapa, com o amor e a alegria estampados nos olhos de cada jovem, todos aguardamos as próximas etapas e o resultado de mais este belo trabalho realizado pela juventude de nossa Arquidiocese. Gisleyne Anacleto

PJ tem novos coordenadores comarcais Reunião ampliada do Regional Evento reuniu representantes de seis comarcas da Arquidiocese Divulgação/JA

A Pastoral da Juventude de nossa Arquidiocese agora conta com uma nova equipe de coordenação nas comarcas. A escolha das mesmas foi realizada durante os encontros de coordenadores que acontecem em todas as comarcas de três em três meses. O primeiro encontro arquidiocesano de coordenadores comarcais deste ano aconteceu no dia três de abril na Paróquia São Judas Tadeu, em Barreiros, São José. O encontro contou com a presença de seis das oito comarcas de nossa Arquidiocese. Os coordenadores são jovens que assumiram a missão de auxiliar e articular os trabalhos da Pastoral da Juventude nas comarcas. Sabem que não terão uma tarefa fácil pela frente, mas estão muito dispostos a fazer com que este trabalho pas-

Os jovens terão a missão de auxiliar na articulação dos trabalhos da PJ nas comarcas em que atuarão toral ganhe corpo ao longo deste ano, através de um projeto em comunhão com os coordenadores de base. Este encontro foi importante para definirmos alguns eventos

que faremos em nível de arquidiocese durante todo este ano. Desta forma, o encontro terminou com a esperança de um futuro melhor para a juventude em nossas cidades.

Nos dias 16 e 17 de abril de 2011, a Pastoral da Juventude do Regional Sul 4 da CNBB, que compreende as dioceses do Estado de Santa Catarina, se reuniu no município de Taió/SC, diocese de Rio do Sul. A reunião contou com a presença de 30 jovens, representantes da PJ nas 10 dioceses do Estado, bem como de membros da Comissão Regional de Assessores. Durante os dois dias em que aconteceu a reunião, foi possível refletir a caminhada da Pastoral da Juventude no Estado, a partir dos projetos que o Plano de Ação Trienal orienta. Dentre eles, o acontecimento da Celebração Estadual dos 30 anos das PJs de Santa Catarina, previsto para novembro de 2012, e a 3ª Missão Jovem Regional, que vai acontecer na Diocese de Blumenau, na cidade de Navegantes, de 23 a 26 de junho deste ano, devendo culminar com a Marcha Estadual da Campanha Contra a Violência e o Extermínio de Jovens . Além destes assuntos, o gru-

po discutiu e deu indicativos para o processo de preparação da 11ª Assembleia Regional da PJ, que acontecerá de 16 a 18 de setembro deste ano, na cidade de Curitibanos. Os participantes puderam também partilhar informações sobre os acontecimentos da Escola Regional de Liturgia para Jovens, que aconteceu na cidade de Joaçaba, e a Ampliada Nacional da Pastoral da Juventude, que aconteceu na cidade de Imperatriz/MA, ambos nos meses de janeiro deste ano. A reunião também foi espaço de partilha de vida e da caminhada de cada um(a) dos(as) presentes, iluminados pela mística e espiritualidade que permeou os vários momentos do encontro. A Ampliada encerrou na tarde do domingo (17). Com alegria e esperança, os jovens retornaram para as dioceses, reafirmando o compromisso com a vida da juventude, alicerçado no exemplo do caminho de Jesus, o jovem de Nazaré.


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Geral

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Missa do Crisma é realizada na Catedral A Eucaristia, presidida por Dom Vito, contou com a presença de mais de 160 Padres e Diáconos Foto JA

Bela, mais uma vez, a celebração, que teve início às 9h da Quinta-Feira Santa, 21 de abril. Estando vacante a Arquidiocese, a missa foi presidida pelo bispo-auxiliar emérito, Dom Vito Schlickmann, e concelebrada pelo Pe. João Francisco Salm, administrador arquidiocesano, Pe. Vitor Feller, coordenador de Pastoral, e Pe. Francisco de Assis Wloch, pároco da Catedral. Durante a celebração, em sua homilia, Dom Vito ressaltou a importância de o clero se manter unido. “O que o Senhor mais pede de nós é que ‘sejamos um’ (Jo 17,21) O melhor testemunho e a melhor ação que podemos exercer junto aos nossos fiéis é o testemunho da nossa unidade. Procuremos sempre, e em qualquer situação, formar uma verdadeira família, onde todos nos amemos e sejamos capazes de nos doar mutuamente”, conclamou. Os diáconos transitórios Elisandro e Pedro Alcindo, que serão ordenados presbíteros em maio e junho, respectivamente, levaram até o altar o vinho e as hóstias que fo-

Celebração foi presidida por Dom Vito, nosso bispo auxiliar emérito ram consagradas. Ao final da celebração, Pe. Francisco Wloch, o pároco, informou que toda a celebração foi transmitida ao vivo pela webtv catedral, com grande número de pessoal acompanhando. Falou que a celebração também estava sendo transmitida pela Rádio Cultura AM e pela WEB TV Catedral. Pe. João Francisco Salm, administrador Arquidiocesano, falou da missão confiada a ele e do

apoio para enfrentá-la. “Aproveito para agradecer aos membros do Colégio de Consultores a confiança depositada em mim. Assim, conto também com a amizade, as orações e comunhão de todos os padres, diáconos e demais irmãos e irmãs de fé”. Mais fotos no site da Arquidiocese (www.arquifln.org.br), clicar em Álbum de fotos”.

Campanha para pintura do Seminário de Azambuja Ex-alunos de Azambuja lançam campanha para a sua pintura externa O Seminário de Azambuja, em Brusque, recebeu, nos dias 01 a 03 de abril, os seus ex-alunos para participarem da 16ª edição do seu encontro. Promovido pela Associação dos Ex-Alunos do Seminário de Azambuja – AESA -, o evento reuniu 132 participantes, entre bispos, padres, diáconos e leigos, todos que passaram pelo Seminário em seus 84 anos de história. Durante o evento, que se realiza a cada dois anos, foi lançada a campanha para a pintura externa do seminário. A intenção é conseguir R$ 50 mil para a realização da obra. Além disso, também houve a inauguração da piscina, construída pela associação, o lançamento do novo site do seminário, de livro e assembleia geral da associação. O encontro contou com Celebração Eucarística presidida por Dom Tito Buss, bispo emérito de Rio do Sul, e ex-aluno, e foi encerrado com almoço de confraternização.

Desde que foi criado, em 1927, o Seminário de Azambuja já teve 2.650 alunos. A relação de todos eles, com nome e data em que lá estiveram, está no livro que foi lançado durante o encontro. Além disso, houve a Assembleia geral ordinária, em que foram aprovadas a prestação de contas de 2010, e foi eleita a nova diretoria, que manteve a maior parte dos integrantes da anterior. A equipe assumiu no dia 01 de maio de 2011 e permanecerá no cargo pelos próximos quatro anos. A AESA foi criada em 1975. Além de proporcionar encontros de confraternização, ela tem como objetivo dar respaldo logístico e financeiro ao Seminário de Azambuja, aos seminaristas e ex-alunos. “Realizamos campanhas entre os associados para ajudar financeiramente os alunos e os que saem do seminário a conseguir um emprego”,

disse Ernesto José de Souza, presidente reeleito da AESA e aluno de 1959 a 1964. Para o Pe. Pedro Schlichting, reitor do Seminário de Azambuja, a presença da associação é muito útil tanto para o seminário quanto para a formação dos seminaristas. “O primeiro objetivo do seminário não é formar padres, mas formar seres humanos para a sociedade. Quando vemos os ex-alunos com famílias sólidas e bons profissionais nas áreas que escolheram, vemos que nosso trabalho valeu a pena”, disse. Os interessados em contribuir com a campanha para a pintura externa do seminário podem entrar em contato com o Seminário de Azambuja, pelo fone (47) (47) 3396-6276, ou com Ernesto, pelos fones (48) 3228-4649/ 9915-4132, ou ainda pelo e-mail aesa-1975@hotmail.com.

Formação para os casais em Segunda União O Setor Casos Especiais da Pastoral Familiar da Arquidiocese promoveu nos dias 09 e 10 de abril, na Paróquia São Vicente de Paulo, em Itajaí, o encontro para casais em segunda união. O evento reuniu 35 casais em segunda união, além de 32 jovens e mais 85 pessoas que ajudaram na organização. Esta foi a 10ª edição do evento realizado na paróquia, que é a pioneira na Arquidiocese. Durante os dois dias, os participantes contaram com a assessoria do Pe. Roberto Agripe, mais conhecido como Pe. Chiru, da diocese de São Leopoldo, RS, e sua equipe. Ele é o criador da metodologia “O Senhor é o meu Pastor”. O objetivo é acolher os casais em segunda união e trazê-los de volta à vida na Igreja, para que se

sintam participantes como todo cristão. Todos os casais da Arquidiocese são convidados a participar. “Nós também orientamos os casais a buscarem a nulidade matrimonial do primeiro casamento”, disse Rogério Carlos, que com sua esposa organizaram o evento. Segundo ele, nos dez encontros realizados em Itajaí, a nulidade já foi concedida em três casos e há mais oito em andamento no Tribunal Eclesiástico.

Próxima formação Nos dias 11 e 12 de junho de 2011 será realizada a mesma formação em Palhoça. Os interessados devem entrar em contato com Neuzeli e Vicente – pelos fones 3242-7629 e 9971-4927

Via-Sacra Ecológica A Paróquia São Joaquim, em Garopaba, realizou na Sexta-Feira Santa, dia 22 de abril, a ViaSacra Ecológica. Mais de 150 pessoas, entre crianças, jovens, adultos, casais e idosos, se reuniram às 7h da manhã, na igreja São José Operário, em Serraria, Garopaba, em direção ao Morro da Pedra Branca. A caminhada foi motivada pela Campanha da Fraternidade, que este ano tem como tema “Fraternidade e a vida no planeta”. Eles percorreram os mais de

2,5 km por um caminho em meio a uma bela paisagem rodeada de flores, mata, cascatas... ouvindo os sons dos pássaros, da água.... e rezando a Via-Sacra elaborada pelos GBF da Arquidiocese. “Foi uma experiência espetacular de fé, solidariedade e de grande amor aos irmãos e a toda criação. Muito obrigado a todos e todas que participaram e aos que prepararam este belo evento religioso de nossa Paróquia e de todo o Planeta”, disse Pe. Alceoni Berkenbrock, pároco de Garopaba. Divulgação/JA

Peregrinação reuniu 150 pessoas e teve como motivação a CF-2011


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Pe. Pedro Paulo é o nosso novo padre Com apenas 25 anos de idade, ele é o mais jovem membro do clero da Arquidiocese Foto JA

Frei Hugolino e Diácono Manoel de Borba faleceram no mês de abril

Pe. Pedro Paulo (centro), tendo ao lado Pe. Revelino e Pe. Pedro (dir.), as três vocações presbiterais do mesmo município, Leoberto Leal falou da importância da solenidade. “A ordenação sacerdotal é uma celebração entre as mais solenes na Igreja, porque manifesta a alegria de toda a Igreja Diocesana, o agradecimento a Deus por ter chamado um entre os seus filhos para realizar a mesma missão de Jesus, o sumo e eterno Sacerdote”, disse. No início do rito de ordenação, Pe. Pedro Schlichting, reitor de Azambuja, Brusque, o mesmo que há oito anos convidou Pedro Paulo para entrar no seminário, fez a apresentação e deu o seu testemunho em favor do candidato ao presbiterado.

Arquivo/JA

Elias Antero. Em 1999 entrou para o Seminário Menor.

Ao final da celebração, o agora já Pe. Pedro Paulo, fazendo imenso esforço para conter a emoção, agradeceu a todos os presentes e aqueles que de alguma forma contribuíram para o seu processo formativo. Em especial ao Pe. Pedro Schlichting. Pe. João Francisco Salm, administrador diocesano, em nome da Arquidiocese agradeceu a Dom José Negri pela presença e por ter realizado a celebração. Ele lembrou que uma vocação é fruto do trabalho que começa na catequese e de toda a continuidade que isso tem na paróquia.

Tudo parte do convite Para o Pe. Pedro Schlichting, o convite pessoal é muito importante no trabalho vocacional. “A vocação é fruto do trabalho forte que o padre faz na paróquia, através do seu testemunho e do incentivo que realiza. Mas tudo deve culminar no convite pessoal ao jovem, após a atenta observação. Não se deve temer fazer esse convite”, disse. Mais fotos no site da Arquidiocese (www.arquifln.org.br), clicar em “Álbum de fotos”.

Dois membros do clero da Arquidiocese celebraram a Páscoa antecipadamente. Foram eles o e Frei Hugolino Bach, aos 84 anos, falecido no dia 19 de abril, e o diácono Antônio Manoel de Borba, 74 anos, falecido no dia 22 de abril, Sexta-Feira Santa. Frei Hugolino estava internado no Hospital de Caridade, em Florianópolis, havia uma semana, tendo de submeter-se a uma cirurgia, e não resistiu. A missa de corpo presente foi no dia 20, às 14h, na Igreja paroquial de Santo Amaro da Imperatriz. Conhecido pela técnica da cura pela Imposição das Mãos, Frei Hugolino recebia pessoas do mundo inteiro na modesta “Capela do Conventinho”, próximo à Igreja de Santo Amaro. Eram centenas de pessoas, muitas vezes mais de 300, que diariamente o procuravam para o atendimento. E nenhuma delas saía sem receber sua atenção. Todo o trabalho era realiza-

Diácono Antônio de Borba

do gratuitamente, mas aceitava colaborações para a manutenção do espaço e pagamento do salário dos funcionários. Há seis meses descobriu a doença, câncer, e iniciou o tratamento. Mesmo doente, continuava atendendo. Mesmo no Hospital de Caridade, não parou. Diácono Antônio Manoel de Borba, estava internado no Hospital Celso Ramos, em Florianópolis, há 17 dias. Ele sofria de câncer, doença descoberta há cerca de oito meses. Desde então, parou com as atividades diaconais na Paróquia São João Batista, em Itajaí. Era diácono permanente há 25 anos. O jubileu foi celebrado em novembro. Era viúvo há três anos, após 48 anos de casamento. Teve oito filhos (três Mesmo enfermo e hospitalizado, Frei Hufalecidos) 12 netos e golino atendia a todos que o procuravam quatro bisnetos. Arquivo/JA

Próxima Ordenação Prebiteral A próxima ordenação presbiteral será do diácono Elisandro Scarsi, no dia 21 de maio, sábado, às 15h, na Paróquia São Cristóvão, em Itajaí, presidida também por Dom José Negri. Com 30 anos, Elisandro participou de grupos de jovens e era catequista. Com a caminhada, sentiu o desejo de seguir a vida religiosa ordenada e recebeu o apoio do seu então pároco Pe. João

Arquidiocese perde dois membros do clero Arquivo/JA

Pela imposição das mãos de Dom José Negri, bispo de Blumenau, foi ordenado padre Pedro Paulo Alexandre. A ordenação foi realizada no dia 30 de abril, às 9h30min, na Paróquia Sagrado Coração de Jesus, em Leoberto Leal, cidade natal do ordenando. Esta foi a terceira ordenação presbiteral acontecida na paróquia em 11 anos. Antes dele, foram ordenados Pe. Pedro Schlichting, em 1999, e Pe. Revelino Seidler, em 2001 A Igreja Matriz estava lotada. Ela reuniu fiéis da comunidade local, das comunidades em que Pedro Paulo realizou pastoral e da Catedral de Florianópolis, onde desde a sua ordenação diaconal, em 12 de fevereiro, realizava o seu ministério diaconal e onde permanecerá como presbítero. Agora ele permanecerá na Catedral como vigário paroquial. No início da celebração, Pe. Gercino Atílio Piazza, pároco local, fez a saudação inicial a todos os presentes. Em seguida, Dom José Negri agradeceu o convite para presidir à ordenação. Com a saída de Dom Murilo Krieger, Dom José foi convidado para a solenidade. Ele foi nosso bispo auxiliar de 2005 a 2009. Em sua homilia, Dom José


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Ação Social

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Projeto de Apoio à Economia Solidária Sessenta empreendimentos serão acompanhados nos próximos dois anos num trabalho de parcerias Divulgação/JA

Começou, em janeiro de 2011, o Projeto “Fortalecendo Experiências de Economia Solidária em Santa Catarina”, uma parceria entre a Cáritas Regional de Santa Catarina e a Empresa Petrobrás. Desse modo, 60 empreendimentos de economia solidária serão acompanhados nos próximos dois anos. A iniciativa buscará fortalecer esses grupos, oportunizando a sua autogestão, a inserção no mercado de trabalho e a qualificação do produto, tudo isso com vistas à melhoria da renda e consequentemente das condições de vida das pessoas envolvidas. Em nossa Arquidiocese, a ASA será a entidade-membro da Cáritas responsável pela Execução, e uma articuladora local já foi contratada. Dos dez grupos mapeados, oito grupos já receberam a visita da ASA e s dois estão para serem visitados ainda no mês de abril. O projeto conta ainda com a realização de oficinas temáticas:

Iniciativa vai fortalecer os grupos, inseri-los no mercado e qualificá-los economia solidária, catadores, plantas medicinais, hortas comunitárias, sementes crioulas e comunicação. Este último, específico para a juventude. E ainda, o surgimento de 15 novos grupos de economia solidária, que ao longo destes dois anos serão fomentados junto às Cáritas Diocesanas.

O projeto surge como uma possibilidade viável de fortalecimento desses empreendimentos. Apostar nos pequenos grupos locais, e nas experiências sustentáveis, sempre foi prioridade para a Rede ASA/Cáritas, prioridade que será fortalecida ainda mais a partir desse projeto.

Estado, Democracia, Direitos e Cidadania Formação para Conselheiros Em março de 2011 iniciou a formação para agentes das Ações Sociais que atuam nos espaços de participação e controle social, na região da Arquidiocese. A formação conta com 21 cursistas e em seu primeiro módulo teve assessoria da Assistente Social Kathia Muller, que discorreu sobre Estado e Governo, Democracia, Direitos e Cidadania. Seu objetivo principal foi levar à compreensão do processo de construção do Estado brasileiro, resgatando as formas de governo, democracia, conquistas de direitos e cidadania. Nesse módulo, os participantes puderam aprofundar seu conhe-

cimento sobre Direitos civis, políticos e sociais, os conceitos e a concepção de cidadania, e as formas e implicações da democracia na sociedade. O segundo módulo aconteceu no mês de abril, sobre o tema: Movimentos Sociais, Sociedade Civil e Políticas Públicas. Nesse módulo apresentou-se o protagonismo dos movimentos sociais e a participação da sociedade civil na gestão das políticas públicas. Destacamos que ainda há vagas e as Ações Sociais e Pastorais interessadas poderão inscrever-se através do telefone (48) 3224-8776.

Grupo “Tecendo Relações” O grupo “Tecendo Relações” surgiu no dia 17 de junho de 2009, num contexto de pós-enchente, marcado pela tristeza, sensação de inutilidade, mas também de muita solidariedade e entreajuda. Ele atua no espaço da comunidade Nossa Senhora de Fátima (pertencente à paróquia São Vicente), bairro Cidade Nova, Itajaí. Nasceu após algumas visitas realizadas no primeiro semestre de 2009, dentro do Projeto de Desenvolvimento Comunitário desenvolvido na região, com a Campanha “Fui atingido pelas enchentes e me socorrestes”. A Campanha foi lançada pela Arquidiocese. A ASA, juntamente com a formação de uma equipe e com a ajuda de várias lideranças, acompanhou o processo até janeiro de 2010. Desde seu nascimento, vem contando

com a parceria das Irmãzinhas da Imaculada Conceição e das Irmãs Catequistas Franciscanas, além da própria comunidade que assumiu junto esse compromisso. O que queremos enquanto grupo? Temos perseguido os seguintes objetivos: possibilitar um espaço de amizade, convivência, troca, socialização, entreajuda; gerar trabalho e renda; organizar e participar de feiras; realizar intercâmbios e trocas; priorizar a formação – uma vez por mês – através de conteúdos ligados à economia solidária, cidadania, direitos, saúde e outros que o próprio grupo sugerir. As mulheres trabalham com pintura, artesanato, costura. A proposta foi sendo construída conjuntamente, e assim o grupo foi criando autonomia e conquistando seu espaço. Sua história é Divulgação/JA

As enchentes de 2008 foi o que impulsionou a criação do grupo

marcada pela perseverança e teimosia das mulheres, que foram tecendo novas relações, recuperando a auto-estima, descobrindo talentos e discutindo uma economia diferente, ou seja, marcada pela solidariedade, sustentabilidade, participação. Organizaram três feiras na comunidade, bem como participaram de feiras de economia solidária em Itajaí e também em Florianópolis. O grupo vem mantendo a formação, como espaço de reflexão, planejamento, participação. No ano de 2010, organizou um bingo e, ainda, com a venda dos produtos e organização de feira, conseguiu caminhar “com as próprias pernas” no decorrer daquele ano. Também vem contando com assessoria da ASA e, neste ano, teve uma ajuda do Fundo Arquidiocesano de Solidariedade. Umbelina (conhecida como Lina) disse: “As águas baixaram e nós ressurgimos”. De fato, as mulheres ressurgem como protagonistas de sua história, que, tecida por muitos fios coloridos e diferentes, são misturadas com os panos, as tintas, os risos, as máquinas, as tristezas, as fitas, os chinelos... Hoje o grupo caminha com autonomia, realizando seu planejamento, firmando suas parcerias, bem como definindo melhor seus objetivos enquanto grupo de geração de trabalho e renda, segundo os princípios da economia solidária.

EDITAL DE CONVOCAÇÃO O presidente da Ação Social Arquidiocesana, no uso de suas atribuições, vem, através do presente Edital, convocar as entidades-membro, associados, conselho fiscal, para participarem da sua 39ª Assembleia-Geral Ordinária. Data: 14 de maio de 2011 Local: Paróquia São João Evangelista - Avenida Rio Branco, 54 Centro – Biguaçu Horário: 08 às 12 horas

Pauta da Assembleia: Filiação e desfiliação das entidades-membro; ASA e as ASPs filiadas - Gestão/Papel das entidades-membro e relação com a Cáritas Brasileira; Apresentação e aprovação do relatório de atividades e da prestação de contas; Alteração Estatutária; Eleição da nova diretoria e conselho fiscal para o triênio 20112014. A Assembleia se reunirá em primeira convocação com a maioria absoluta dos associados presentes e, em segunda convocação, meia hora depois, com qualquer número de associados. Suas deliberações serão válidas, se aprovadas pela maioria simples dos associados presentes (art. 9º do Estatuto). Cada Entidademembro terá direito a um voto, independente do número de representantes presentes na Assembleia. Havendo impossibilidade de participar da Assembleia, o presidente da ação social filiada à ASA deverá indicar o seu delegado através de ofício, que será apresentado no ato do credenciamento no início da assembleia. Diac. JOSÉ NERI DE SOUZA Presidente da Ação Social Arquidiocesana


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Encontro das Comunidades Eclesiais de Base Participantes refletiram sobre o tema do 11º Estadual “Justiça e Profecia a Serviço da Igreja” Divulgação/JA

Realizou-se na comunidade do Monte Serrat, no dia 17 de abril, mais um importante encontro dos articuladores(as) das CEBs. Tendo em vista o 11º Estadual, que acontecerá em 2012 em Florianópolis, as reflexões dos nossos encontros vêm acontecendo sempre sobre a temática, e a cada momento de formação aprofundamos mais o tema: “Justiça e Profecia a Serviço da Vida”. Pela manhã, após a belíssima oração iluminada pelo texto bíblico de Isaías 42, 1-9 e uma reflexão inicial, partimos para o café partilhado. Durante este intervalo fizemos o exercício de conversarmos dois a dois, com o propósito de nos conhecermos melhor, para que, na volta do café, fizéssemos a apresentação do amigo ou amiga de caminhada. Voltamos para a sala, partilhamos as apresentações, sempre motivados com introduções e cantos pelo jovem casal, Priscila e Rodrigo. O encontro continuou muito animado, conduzido pela coordenação do casal Edson e Éden, com assessorias de Pe. Vilson e Pe. Franco, (italiano prestando voluntariado nas comunidades de periferia), levando-nos a compreender a dimensão do nosso compromisso rumo ao 11º Estadual em 2012. Pe. Vilson começa sua parte, dizendo que somos frutos de uma

caminhada e fazemos nossa história. Hoje, como profetas e profetizas, é preciso continuar a caminhada, levando esperança, não apenas com palavras, mas com atitudes concretas. Descobrir em nosso meio quais os sonhos e os desafios dentro da justiça e profecia. Ele traz presente a liturgia do dia, Domingo de Ramos: Jesus experimentou na prática toda a força do seu trabalho profético. Já no final de sua missão foi insultado, preso, maltratado. Mesmo sabendo de tudo que iria acontecer, fez a Última Ceia, lavou os pés dos discípulos, partilhou o pão e nos deixou o compromisso de segui-lo e fazer o mesmo. Pe. Vilson lembrounos aí os moradores de rua: o alimento que lá é partilhado é a “Eucaristia que sai da mesa do altar para a mesa do povo”. Trabalhar a justiça e a profecia é recuperar o Reino de Deus (Mt 25,34-40), e esse caminho passa pelas bemaventuranças (Mt 5, 1 a 12).

Justiça e Profecia Pe. Franco contribuiu com a reflexão, usando o texto de Mt 6, 25-34, e dizia: Falar de justiça e profecia é estar confiante - “não fiqueis preocupados” -; é confiar na Providencia Divina. A preocupação nos leva à desconcentração, mas

Encontro foi em preparação para o 11º Estadual das CEBs, que acontecerá em 2012 em Florianópolis precisamos estar, aqui e agora, centrados na nossa realidade para agir e não ficarmos preocupados com o futuro, em acumular riqueza. Buscar em primeiro lugar o Reino de Deus e sua justiça. Terminamos o encontro com os encaminhamentos para a organização do 11º Estadual, com a proposta de abrir uma dimensão de colaboração fraterna, convidando os párocos e lideranças das paróquias vizinhas onde exis-

te a realidade de periferias e de Comunidades Eclesiais de Base, e também convidar outras denominações religiosas e movimentos sociais, no dia 28 de junho às 19h na Catedral, para juntos traçarmos o planejamento rumo ao 11º Encontro Estadual em 2012. A partir do tema do Encontro Estadual: Justiça e Profecia a Serviço da Vida, “queremos reafirmar que as Comunidades Eclesiais de base continuam sendo um sinal

da vitalidade da Igreja, congregando as pessoas na fé, no aprofundamento da Palavra de Deus, na participação da Eucaristia, na comunhão com toda a Igreja e na comunhão universal, buscando relações fraternas para juntos assumirem o compromisso de transformação da sociedade” (cf. Doc. CNBB, 92). Jupira Costa da Silva Membro da equipe das CEBs

Grupos Bíblicos em Família - Caminhando com Maria Neste mês queremos com carinho lembrar a grande evangelizadora, Maria, a mãe de Jesus e nossa Os membros participantes dos Grupos Bíblicos em Família (GBF) têm muito presente na caminhada a devoção mariana, tanto que muitos grupos têm seus padroeiros e padroeiras, e Nossa Senhora na maioria deles com vários títulos. Maria recebe do anjo de Deus sua vocação e missão. Ela é a Mulher do sim a Deus, que gerou em seu ventre aquele que é fonte de vida, Jesus Cristo. Maria é sinal da presença divina e das maravilhas de Deus no mundo. “A minha alma engrandece o Senhor. Exulta meu espírito em Deus, meu Salvador” (Lc 1,46-47). Maria fez a profunda experiência de Deus, do seu poder e do seu amor. Respondendo a esse amor, ela assume com coragem o projeto de Deus e se entrega cheia de coragem e confiança, exatamente como verdadeira “Serva do Senhor”. O fundamento da nossa devoção a Maria encontra-se nos

próprios Evangelhos. Ao lê-los com atenção, vemos que é bastante explicito o papel de Maria, a Virgem de Nazaré, que está continuamente presente na história da nossa Igreja. O Concílio Vaticano II afirma a importância da devoção popular a Maria, mãe de Jesus. Ela é modelo para nos conduzir ao encontro de Cristo. Entre tantos títulos dedicados a Maria Santíssima, o mais sugestivo é o de Mãe. A nossa devoção a Maria não depende de um simples sentimentalismo, mas sim de um verdadeiro amor filial para com a Mãe de Jesus, que ele mesmo, do alto da cruz, nos deu a nós também por mãe. Esse sentimento filial suscita no cristão, observa o papa João Paulo II, “a firme decisão de imitar as suas virtudes”. Como mãe e intercessora, Maria nos pede para fazermos a vontade de seu

de seguimento, de fé e de oração. Nós a chamamos de “Nossa Senhora”, título que a coloca pertinho de Jesus. No Brasil, o título mais conhecido é Nossa Senhora Aparecida, essa mãe que caminha conosco nas tribulações e nos desafios do nosso cotidiano. A devoção mariana está enraizada na nossa fé, sustentada pela esperança em Jesus Ressuscitado.

Magnificat Filho Jesus: “Fazei tudo o que ele vos disser” (Jo 2,5). Maria, a mãe de Jesus, ao longo dos séculos, pela fé e religiosidade popular, recebeu diversos títulos, que a aproximam das pessoas como nossa intercessora junto à Santíssima Trindade. Maria, a discípula perfeita, é para nós, católicos, um exemplo

Lembrando a sua grande missão na história da salvação, o povo cristão gosta de rezar e meditar as palavras do Magnificat, recitado por Maria na sua visita a Isabel, quando por ela foi reconhecida como a “a mãe do meu Senhor” (Lc 1,43). Com Maria podemos também hoje glorificar o Senhor pelas coisas maravilhosas que faz também em nossa vida.

“A minha alma engrandece o Senhor, e meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador, porque ele olhou para a humildade de sua serva. Todas as gerações, de agora em diante, me chamarão feliz, porque o Poderoso fez para mim coisas grandiosas. O seu nome é santo, e sua misericórdia se estende de geração em geração sobre aqueles que o temem. Ele mostrou a força de seu braço: dispersou os que têm planos orgulhosos no coração. Derrubou os poderosos de seus tronos e exaltou os humildes. Encheu de bens os famintos, e mandou embora os ricos de mãos vazias. Acolheu Israel, seu servo, lembrando-se de sua misericórdia, conforme prometera a nossos pais, em favor de Abraão e de sua descendência, para sempre” (Lc 1, 47-55). Maria Glória da Silva Coordenadora Arquid. dos GBF


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Artigos

Maio 2011

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C entenário

Dom Gregório Warmeling - Padre da Igreja

Bispo diocesano de Joinville - Viver o Cristo No dia 3 de abril de 1957, com apenas 39 anos de idade, foi eleito bispo de Joinville. Como lema

episcopal escolheu: “Mihi vivere Christus” - Para mim, viver é Cristo (Fl 1,21). Seu longo episcopado foi uma busca séria, pessoal e eclesial, da centralidade de Jesus Cristo. Em Joinville, Dom Gregório deparou-se com a difícil situação criada pela renúncia, por motivo de saúde, do primeiro bispo, o santo Dom Pio de Freitas, CM, e pela experiência tumultuada de dois bispos administradores apostólicos que dividiram o clero. Dom Gregório foi recebido com muito entusiasmo e esperança. Um ponto que marcou a unidade diocesana foi a construção da nova Catedral, iniciada em 1960 e inaugurada em 1977, moderna, com vitrais inspirados na teologia de Teillard de Chardin. Acompanhando a expansão demográfica dos polos Joinville e Blumenau, Dom Gregório criou 32 paróquias. Devido ao forte crescimento populacional da diocese e à sua grande extensão geográfica, em 1968 teve parte desmembrada para a criação da Diocese de Rio do Sul.

A formação de padres num tempo de transformações O Concílio Vaticano II (19621965) despertou em Dom Gregório um entusiasmo incontido. Pode-se resumir isso numa frase pronunciada por ele já no final da existência: “Incendeiem a Diocese!”. Como ficaria o Seminário? Dom Gregório não tinha medo de experiências. Com a criação da diocese de Rio do Sul, Joinville ficou sem Seminário. Os seminaristas deixaram Azambuja e foram

Divulgação/JA

Externamente, Dom Gregório Warmeling poderia ser descrito como “uma imagem e uma voz”: com seu 1,85 de altura e média de 120 kg causava profunda impressão. E essa era aumentada quando soltava a voz: dicção impecável, belo timbre com inflexões seguras que iam do profundo grave ao agudo. Um comunicador nato. Maior, porém, era sua grandeza interior. Nasceu em São Ludgero, SC em 17 de abril de 1918. Ingressou no Seminário de Azambuja em 1929 e foi ordenado presbítero em 5 de setembro de 1943. De 1944 a 1946 foi professor no Seminário de Azambuja, em 1944 prefeito de disciplina, de 1945 a 1946 diretor espiritual. Ao mesmo tempo, foi mestre de canto na Schola musical do Seminário: era regente e tinha habilidade para arranjos e composições musicais. Criou a Banda de Música em Azambuja. Em 1947 foi vigário paroquial em Criciúma, e em 1948 recebeu a provisão de pároco de Santo Antônio da Laguna, onde, por seus dotes humanos e sacerdotais, tornou-se um verdadeiro mito. Foi o responsável pela colocação da grande imagem de Nossa Senhora da Glória no Morro Pau-do-Sinai, hoje Morro da Glória. Durante muitos anos, Laguna viveu da lembrança desse grande pároco, de sua oratória, zelo e simpatia.

Dom Gregório Warmeling residir numa casa em Joinville, simbolicamente denominada Casa João XXIII. A experiência durou dois anos. Em 1970 colocou os seminaristas a residirem em casas de família, “para que não perdessem o espírito familiar”. Também não deu certo, mas Dom Gregório concluiu: “Valeu a experiência”. Houve então uma lacuna severa na formação do clero diocesano. Dom Gregório buscava caminhos que não os tradicionais. Mas, em 1979, contando com o auxílio de dois padres italianos, fundou o Seminário diocesano dedicado ao “Divino Espírito Santo”, que continua até hoje.

Amor e caridade para com os pobres Era um bispo que amava e respeitava os pobres. Viveu a Igreja pobre do Vaticano II, o compromisso com os pobres de Medellín e Puebla. Promoveu um Sínodo diocesano, pelo qual lu-

tou, se entusiasmou, pintou faixas no asfalto da BR 101, esperava milagrosas transformações, mas frustrou-se. O Sínodo começou e não terminou. Era sensível às críticas, incompreensões, chegando às lágrimas. Apoiou o Pe. Luiz Facchini em seu compromisso com as crianças famintas de Joinville, trabalho esse que assumiu caráter institucional em 1994 com a Fundação Pauli-Madi Pró-Solidariedade e Vida, cujas Cozinhas Comunitárias hoje servem 3.500 refeições diárias e que estende o raio de ação para as populações indígenas. Acreditava na solidariedade da população para as obras da Igreja e campanhas beneficentes, costumando dizer que “Joinville não falha”.

O ecumenismo Pulsava em Dom Gregório a preocupação ecumênica, tão afirmada no Concílio. Sempre manteve um relacionamento fraterno com os pastores evangélicos, fugindo a qualquer tipo de agressão confessional. Unido com os bispos e pastores evangélicos, e contando especialmente com o discernimento e a amizade de Dom Afonso Niehues, trabalhou com empolgação no projeto de educação religiosa ecumênica: as crianças e jovens seriam formados num espírito novo, de unidade cristã. Fruto disso foi o CIER - Conselho de Igrejas para a Educação Religiosa, que fez história entre 1970 e 1997. Devido à Constituição de 1988, que previa a educação religiosa, mas não ecumênica, foi substituído pelo CONER -

Conselho do Ensino Religioso no Estado de Santa Catarina.

A Cruz de quem vive o Cristo Dom Gregório foi um homem amado pelo povo cristão, mas também muito criticado pelas elites e certas esferas religiosas e clericais. Sua atitude aberta, sua palavra nem sempre refinada e que lembrava um colono de São Ludgero, foram motivos de incompreensão e geraram calúnias diabólicas. Foi acusado de ser rico, proprietário de fazendas, empresa de ônibus etc. O que mais lhe doeu foi a carta que recebeu do Vaticano, em 1984: o Prefeito da Sagrada Congregação dos Bispos pedia-lhe a renúncia ao ministério episcopal, sem direito de defesa. Dom Gregório era efusivo, afetuoso com todos. Daí a caluniá-lo o caminho era curto.

Na paz dos justos Completados os 75 anos de idade, apresentou o pedido de renúncia em 17 de abril de 1993. No dia 9 de março de 1994 foi publicada a nomeação de seu sucessor, o Pe. Orlando Brandes, professor de Teologia Moral no ITESC, atualmente Arcebispo de Londrina. Pouco depois, foi surpreendido por um câncer maligno de efeitos devastadores. Faleceu em 3 de janeiro de 1997. Seus restos mortais repousam na Catedral diocesana de Joinville. Pe. José Artulino Besen (acesse o texto na íntegra no blog: pebesen.wordpress.com)

Ecumenismo A Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos (SOUC) será comemorada no próximo mês de junho, no hemisfério sul, entre os dias 5 (Ascensão do Senhor) e 12 (Pentecostes). A SOUC é um projeto ecumênico promovido pelo Conselho Mundial de Igrejas e pelo Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos, da Igreja Católica Apostólica Romana, desde 1968. A Igreja Católica, no decreto Unitatis Redintegratio (Vaticano II, 1964), orienta que “A oração é a alma de todo o movimento ecumênico”. Portanto, é necessário que os cristãos, nas diversas Igrejas, dediquem seu tempo para realizarem oração e celebração em comum. Eis uma das finalidades da Semana de Oração: "Suplicar ao Senhor que apresse o dia da reunião num só rebanho”. No Brasil, o Conselho Nacional de Igrejas Cristãs (CONIC), desde 1983, é o promotor deste magnífico evento ecumênico. Em San-

A unidade dos cristãos: apelo apostólico ta Catarina, o Conselho de Igrejas para Estudo e Reflexão (CIER), representante estadual do CONIC, está estimulando as Igrejas Cristãs e suas comunidades para a articulação de celebrações ecumênicas. Em nossa Arquidiocese de Florianópolis, a Comissão Arquidiocesana para o Diálogo Ecumênico e Inter-religioso (CADEIR) incentiva as paróquias, pastorais, movimentos, associações, serviços, organismos, enfim, todos os fiéis, a se comprometerem com a causa ecumênica. “Durante essa Semana, não só os indivíduos, mas as Igrejas como um todo, procuram reunir-se na oração, na certeza de que serão escutadas no seu pedido de unidade” (Estudos da CNBB n. 21, Guia Ecumênico). O lema da SOUC-2011 é: “Unidos no ensinamento dos apóstolos, na comunhão fraterna, na fra-

ção do pão e nas orações” (cf. At 2,42). Este ano, o chamado à unidade, para as Igrejas do mundo inteiro, vem de Jerusalém, a Igreja mãe. Conscientes de suas próprias divisões e de sua própria necessidade de fazer mais pela unidade do Corpo de Cristo, as Igrejas presentes em Jerusalém fazem um apelo a todos os cristãos para a redescoberta conjunta dos valores que mantinham unida a comunidade primitiva em Jerusa-

lém, quando os fiéis se uniam no ensinamento dos apóstolos, na comunhão fraterna, no partir do pão e nas orações. Esse é o desafio que está diante de nós. Os cristãos de Jerusalém convocam seus irmãos e irmãs para fazerem desta SOUC uma ocasião de renovar o compromisso de trabalho por um genuíno ecumenismo, enraizado na experiência da Igreja dos primeiros tempos. Mostram-nos que o chamado à unidade pode ser mais do que meras palavras e que, de fato, ele pode nos orientar para um futuro em que antecipamos e ajudamos a construir a Jerusalém celeste. A SOUC-2011 apresenta quatro elementos que eram marcos da primeira comunidade cristã e que são essenciais à vida da comunidade cristã, onde quer que ela exista: 1. A palavra comunicada pelos apóstolos; 2. A comunhão

fraterna como um sinal importante entre os primeiros fiéis sempre que se reuniam; 3. A fração do pão (celebração da Eucaristia), lembrando a Nova Aliança que Jesus realizou através de seu sofrimento, morte e ressurreição; 4. A atitude constante de oração. Esses quatro elementos são os pilares da vida da Igreja e de sua unidade. Como os cristãos de Jerusalém, aqui em nossa Arquidiocese precisamos dar importância a esses elementos essenciais básicos do cristianismo, ao elevar a Deus nossas preces pela unidade e pela vitalidade da Igreja no mundo. Os cristãos de Jerusalém convidam suas irmãs e irmãos do mundo inteiro a se unir a eles em oração, enquanto trabalham pela justiça, paz e prosperidade para todos os povos da terra. Marcio Murilo Membro da Comissão Arquid. para o Ecumenismo e o Diálogo InterReligioso - CADEIR


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Missão 13

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O Mundo Espera pelo Evangelho Devemos reanimar os cristãos para que reassumam o ardor missionário os primeiros cristãos Esta é missão inadiável não só de cada Instituto Missionário, mas também de cada comunidade eclesial e de cada cristão: “receber de Deus e oferecer ao mundo Cristo ressuscitado, para que todas as situações de quedas e morte se transformem, pelo Espírito, em ocasiões de crescimento e vida”, diz o Papa. É mais que urgente a Missão “ad gentes”. O Papa afirmou que a humanidade tem experimentado grandes mudanças, às quais é necessária uma resposta: “Hoje a Igreja é chamada a enfrentar desafios novos e está pronta a dialogar com culturas e religiões diversas, procurando construir, juntamente com cada pessoa de boa vontade, a pacífica convivência dos povos.” Um dia, meu amigo japonês Akira-san me surpreendeu, ao dizer-me: “Pe. Francisco, estou lendo sobre a fé cristã, o que está fazendo nascer dentro de mim uma esperança: saber que existe uma vida eterna. Eu pensava que a vida termina aqui sobre a terra”.

Divulgação/JA

Este mês temos a graça de nos alegrar com a beatificação de dois grandes Servos de Deus: Papa João Paulo II e Ir. Dulce. Ambos foram apaixonados por Jesus, pela Igreja, pelo povo, pelos jovens e pelos pobres. Partindo da paixão pelo evangelho destes dois grandes bem-aventurados, gostaria de partilhar com vocês alguns sentimentos que sempre me animaram para seguir em frente como missionário. Anunciar o Evangelho é a missão de todo cristão, que por natureza é missionário. Sem impor, mas sem deixar de propor, nós cristãos devemos responder com urgência à necessidade de evangelizar. O Papa Bento XVI, ao falar da “Nova Evangelização” nas sociedades e culturas secularizadas, assim se expressou recentemente em Portugal: “O cristão é, na Igreja e com a Igreja, um missionário de Cristo enviado ao mundo... Se não fordes vós as suas testemunhas no próprio ambiente, quem o será em vosso lugar?”

João Paulo II e Irmã Dulce foram dois grandes anunciadores do Evangelho Realmente, amigos, muitos povos aguardam por nós, testemunhas de Cristo ressuscitado, não apenas os povos não-cristãos e as terras distantes, mas também os âmbitos socioculturais e, sobretudo, os corações, que são os verdadeiros destinatários da atividade missionária do Povo de Deus. O mundo espera pelo Evangelho. Seja você também missioná-

rio da Boa Nova que Jesus nos trouxe. Bento XVI afirma que “é por Jesus que todos esperam. De fato, as expectativas mais profundas do mundo e as grandes certezas do Evangelho cruzam-se na irrecusável Missão que nos compete”. Pois, “sem Deus, o ser humano não sabe para onde ir”. Portanto, nós, cristãos, “somos chamados a servir a humanidade do

nosso tempo, confiando unicamente em Jesus, deixando-nos iluminar pela sua Palavra”. Quero concluir este artigo, deixando uma mensagem cheia de ardor missionário do Pe. Paulo De Coppi, fundador do Jornal Missão Jovem: “Não podemos calar o que vimos e ouvimos” (At. 4,20). A vocação missionária nos desafia a avançar para águas mais profundas. Inquieta-me ver muitos cristãos, e até consagrados, fecharem-se sobre “sua vida privada” e não viverem sua catolicidade. Reanimemos os nossos cristãos e as comunidades para que reassumam aquele ardor missionário que impulsionou os primeiros cristãos. Não se trata de fanatismo, mas daquele entusiasmo que prova a existência de uma fé viva, consciente de sua responsabilidade de passar adiante a Boa Nova do Salvador. Muitos e muitas esperam por nós. Pe. Francisco Gomes - PIME

Beato João Paulo II - profeta da justiça, do amor e da paz Se hoje sou missionário, o sou graças também ao Papa João Paulo II, que marcou profundamente minha vida com o seu testemunho e com a Carta Encíclica Redemptoris Missio, onde ele reflete sobre a missão de Cristo e da Igreja no mundo. Acredito que não só a Igreja, mas o mundo todo se alegrou pela beatificação do nosso amado Papa João Paulo II. Como não lembrar as vozes da multidão que gritava na Praça São Pedro: “Santo súbito!”. A beatificação de João Paulo II, no dia 1º de maio, foi uma ocasião para agradecer e acolher a bondade de Deus, que suscita pessoas disponíveis a indicar Jesus Cristo como caminho seguro que nos leva ao Pai (Cf. Jo 14, 1-14). Numa Carta Pastoral, os bispos de Portugal convidam todos os fiéis a alegrarem-se pela beatificação do nosso amado João Paulo II. Muitos são os traços de santidade do “João de Deus”, nome com o qual nós brasileiros

costumávamos carinhosamente chamá-lo. Quero comentar aqui alguns traços apresentados pelos bispos de Portugal. João Paulo II foi, sem dúvida, um homem de intensa vida interior. Quem não se lembra do modo intenso e profundo como celebrava a Eucaristia? Tive várias oportunidades de vê-lo em Roma, durante o Jubileu do Ano 2000, quando eu ainda era diácono. Lembro como ele se recolhia em oração, e a paixão com que falava de Jesus Cristo e de Nossa Senhora. Gesto esse que atraía milhares de pessoas, na maioria jovens, entre os quais muitos que afirmavam estar distantes da Igreja. Papa Wojtyla foi um profeta de corajosas intervenções em nome da justiça e da paz. Nas primeiras palavras que disse ao povo reunido na Praça de São Pedro, logo depois de ser eleito Papa, assim nos exortou a todos: “Não tenhais medo!”. E ele foi um homem sem medo, ao enfrentar

muitas e difíceis situações políticas, sociais e morais, agindo sem medo de se queimar. Para não ter medo, Wojtyla tinha no seu íntimo a garantia da promessa de alguém maior que ele, Jesus Cristo: “Eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos” (Mt 28,20). Deus, quando promete, promete como Deus! Como um verdadeiro missionário, ele viajou pelo mundo in-

teiro, correndo todos os riscos, para levar ao planeta uma mensagem de paz e amor. “João de Deus”, o papa de nossas gerações, foi realmente servidor do amor pelos mais fracos e do perdão aos inimigos. Quando foi ferido gravemente na Praça São Pedro, perdoou de coração o seu agressor. Ele, João Paulo II, manifestou sempre uma particular atenção e carinho para com as crianças, os mais pobres e frágeis. Era comovente quando, cheio de alegria e seriedade, ultrapassava o protocolo, tocava e abençoava crianças e doentes. Como testemunha da alegria na saúde e na doença, com máximo respeito pela vida, ele encarou sua doença de modo humilde e sereno; aceitou sua imagem desfigurada, e a própria incapacidade de falar, sem vergonha de apresentar-se em público. Lutou até ao fim sem desistir de estar presente para comunicar a fé, a certeza do amor de Deus,

em todas as circunstâncias, mesmo naquelas que o mundo já não quer ver. Mesmo já gravemente doente e na despedida deste mundo, deu-nos eloquentes lições, como mestre e pastor até ao fim. Ao comentar o testemunho de vida de João Paulo II, os bispos portugueses destacam que a santidade “não está reservada a um grupo restrito de gênios e heróis da virtude. Com a graça de Deus, está ao alcance de todos dar alta qualidade de amor à vida comum”. A Beatificação do Papa João Paulo II é um chamado que a Igreja faz a todos os cristãos e aos homens e mulheres de boa vontade. Que Maria, Mãe de Deus e Mãe da Igreja, nos inspire a progredir nos caminhos da santidade, a que Deus nos chama na vida comum do nosso quotidiano. Todos são chamados à santidade! “Sede santos, assim como o vosso Pai celeste é santo”, disse Jesus (Mt 5,48). Pe. Francisco Gomes - PIME


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Geral

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Foto JA

Pe. Pedro Paulo Um jovem que abraçou a vida religiosa mesmo com todos os atrativos do mundo No dia 30 de abril, o Presbitério da Arquidiocese acolheu um novo membro. Novo em dois sentidos, por ter sido a nossa mais recente ordenação, e por ter apenas 25 anos de idade. Natural de Leoberto Leal, onde nasceu no dia 31 de agosto de 1985. Ainda quando concluía o primeiro grau, sentiu o chamado vocacional, mas, ponderado, resolveu aguardar. Passou a receber acompanhamento vocacional por correspondência. Mais tarde, aos 17 anos, entrou no seminário propedêutico. Em entrevista, ele fala do seu despertar vocacional, da tendência de vocações amadurecidas, do desafio de trabalhar em uma realidade urbana, da escolha do lema de ordenação presbiteral, dos desafios para evangelizar no mundo moderno e como um jovem pode discernir se tem vocação para o ministério eclesial. Jornal da Arquidiocese Como foi despertada a sua vocação? Pe. Pedro Paulo - Participando da comunidade. Desde criança sempre gostei de participar da Igreja. Na minha comunidade tínhamos missa uma vez por mês, procurava sempre estar presente. Quando eu estava na sétima série, comecei a fazer um cursinho vocacional por correspondência. Este foi muito importante, pois me ajudou a conhecer a diversidade de vocações na Igreja. Outro fator fundamental, foi quando comecei

a dar catequese na minha comunidade: comecei a me maravilhar pelo Senhor Jesus e pelo seu evangelho. Senti que Ele me chamava para uma vocação diferente: ser padre. Por isso, estou me doando totalmente ao anúncio da Boa Nova da Salvação. JA - O senhor é uma vocação amadurecida. Por que hoje é crescente o número de vocações adultas? Pe. Pedro Paulo - Acredito que isso se deva à riqueza espiritual de nossa Igreja. Hoje, temos na Igreja uma diversidade de movimentos e grupos. Estes, têm levado muitos jovens a fazer um encontro profundo e impactante com o Senhor Jesus. Esses jovens, com o tempo, vão percebendo as necessidades da Igreja e o apelo de Jesus por mais operários para a messe (Mt 9,36-38). Assim, eles se sentem chamados a colaborar nesta bonita obra de Deus. Para mim foi ótimo poder entrar mais tarde no seminário. Entrei mais maduro e com mais certeza. JA - O senhor é natural de uma comunidade rural e agora está na Catedral. Como está sendo trabalhar nesta realidade urbana? Pe. Pedro Paulo - Está sendo uma experiência enriquecedora. Durante o tempo de seminário, desenvolvi trabalhos pastorais em diversas paróquias, muitas das quais estavam urbanizadas. Por isso, embora a

Pe. Pedro Paulo, vigário da Catedral, tendo ao fundo a imagem do Sagrado Coração de Jesus, padroeiro de sua paróquia de origem

Devemos utilizar os moderno meios de comunicação para evangelizar”

Catedral seja uma realidade bem diferente, estou conseguindo me adaptar com facilidade. JA - Você escolheu como lema de ordenação presbiteral “Que todos sejam um, para que o mundo creia” (Jo 17, 21). O que ele representa? Pe. Pedro Paulo - Durante o curso de teologia, fiquei maravilhado com muitas coisas, mas por duas me apaixonei: a Bíblia (por isso, eu e os meus dois colegas escolhemos como lema de ordenação diaconal aquela palavra do apóstolo Pedro a Jesus, em João 6, 68: “A quem iremos, Senhor? Tu tens Palavra de vida eterna!”) e o ecumenismo. Hoje, fico escandalizado quando vejo tantos cristãos, tantas igrejas, se digladiando. Como o mundo acreditará no Evangelho, se estamos tão divididos? A unidade é desejo de Jesus, desejo esse revelado na Sua oração ao

Retalhos do Cotidiano

Vejo essa criança tão pequena, de fraldas, e sinto a alegria de seu pai e de sua mãe. Faz calor. Mesmo assim, ela está tranquila e seus pais estão felizes. Penso no Pai: se aquele bebê não pode compreender a alegria dos pais, como poderemos nós compreender a alegria da qual um dia Ele nos quer fazer participar?

Corpo e sangue São Tomás de Aquino era padre e teólogo. Certo dia, ele disse: “Aquilo que consagramos é o corpo que nasceu da Virgem... Corpo que nasceu e nos foi dado pela Virgem Maria; sangue precioso, fruto do seio generoso da Mãe, derramado pelo Rei das nações.”

Otimista

Lutar Lutar aqui, oferecer nossos sofrimentos e problemas Àquele que é o Senhor dos impossíveis, Àquele para quem nada é difícil. Oferecer-Lhe as adversidades que nos encontram, fazendo delas ocasião de encontro com Ele. ‘Perder-nos’ nAquele que sempre nos acha para, então, acharmonos de verdade nEle e viver a vida em abundância.

JA - Hoje há menos vocações que no passado. Os atra-

tivos do mundo moderno são empecilhos para o despertar dos vocacionados? Pe. Pedro Paulo - Não. Hoje vivemos um outro mundo, outra realidade, outra mentalidade. O evangelho também precisa ser apresentado de forma nova. É interessante notar como, hoje, é grande o número de pessoas que têm o seu primeiro contato com a fé cristã por meio destes novos meios modernos de que o nosso mundo dispõe. Um exemplo disso é o trabalho que a Pascom (pastoral da comunicação) tem desenvolvido em nossa Igreja Catedral: temos uma equipe que trabalha durante todo o dia, evangelizando através de diversos meios modernos (sites, vídeos, webtv catedral, etc.). Enfim, tenho um olhar muito positivo sobre a modernidade. Quanto mais acreditarmos e usarmos esses meios a nosso favor, mais longe chegará o evangelho e o convite de Jesus: “Segui-me, eu vos farei pescadores de homens” (cf. Mt 4,19). JA - O que um jovem precisa fazer para discernir sua vocação? Pe. Pedro Paulo - Primeiramente, ore a Deus perguntando qual a vocação que Ele sonhou para você, qual é a vontade Dele para a sua vida. Em segundo lugar, tenha um coração aberto e disponível para servir a Deus e aos irmãos. Por fim, converse com o seu Pároco, compartilhando seu desejo de fazer a vontade de Deus. O seu Pároco pode ser o sinal de Deus que você busca para dar o passo definitivo. Não tenha medo de dar o seu sim e embarcar em uma fascinante e inesquecível história de amor com o Senhor, nosso Deus.

Carlos Martendal

Divulgação/JA

Alegria

Pai “Que todos sejam um, para que o mundo creia” (cf. Jo 17,21). Eu acredito na unidade. Hoje, é impossível ser padre sem essa abertura ao diálogo. O diálogo entre as igrejas gera o respeito, a quebra de preconceitos, enfim, gera a comunhão tão desejada e sonhada pelo Senhor Jesus. Na metade do ano passado participei, no Rio de Janeiro, de um encontro entre católicos e pentecostais. Fiquei impressionado como existem pessoas sérias e comprometidas com a causa da unidade nas igrejas pentecostais. Acho que estamos vivendo um tempo especial, de tantos avanços nesta área. Muitos sonharam em viver o que estamos vivendo. Sinto que isto é só o começo. Realmente os planos de Deus são sempre maiores do que podemos imaginar.

Jornal da Arquidiocese

Pão Cinco anos atrás, o 15º Congresso Eucarístico Nacional em Florianópolis. Tantos dias depois, continuam a ressoar fortes em nossos corações as palavras de Santo Agostinho: “A Eucaristia é o pão de cada dia, que se toma como remédio para a nossa fraqueza de cada dia”!

O pessimista acha tudo difícil, o otimista vê na dificuldade uma possibilidade de vitória. O pessimista nunca está satisfeito, o otimista acha um jeito de descobrir beleza até nas nuvens escuras e no mar bravio...

Otimista 2 Deus é otimista. Ele acredita em nós, sabendo quem somos e como somos. O amor acredita no bem que está no outro e é capaz de esperar muito tempo para esse bem aflorar!

Inimigo O Inimigo tem vencido muita gente através do desânimo: ele quer que desanimemos. Mas Jesus nos incentiva: “Coragem. Não tenhais medo. Sou eu.” E o vento se acalma, e o mar se acalma, e o coração se acalma, e a vida se anima...

Rosa e espinho Quando descobrimos a utilidade dos espinhos que enfeiam a rosa, passamos a amar a rosa e os espinhos, pois ela não existe sem que eles a completem. Vida sem sofrimento é rosa sem espinho. Sem espinho a rosa não é rosa, sem sofrimento a vida não é vida!


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A Caminhada do Planejamento Pastoral Iniciado em 2007, com a Assembleia de Pastoral, trabalho prossegue com várias etapas já cumpridas e paciência. Nesse sentido, essas diretrizes constituem o primeiro passo de nosso planejamento pastoral. Já em 2009, no segundo semestre, foi elaborado o cronograma desse planejamento. No primeiro semestre de 2010 foram elaborados e entregues os questionários para coleta de dados junto às paróquias, aos padres e diáconos e às lideranças das forças vivas da Arquidiocese - pastorais, movimentos, organismos, serviços, colégios e meios de comunicação. Para avaliar elementos motivadores e inibidores de frequência à Igreja Católica no território da Arquidiocese de Florianópolis, também foi feita pesquisa científica, através do Instituto MAPA, junto a católicos assíduos e não assíduos à missa dominical e junto a pessoas que deixaram a Igreja Católica. O resultado de todas essas pesquisas começou a ser apre-

Arquivo/JA

As celebrações do centenário de criação da Diocese de Florianópolis, em 2008, nos levaram a agradecer a Deus a graça da fé recebida e a missão que ele hoje nos confia: “De graça recebestes, de graça dai” (Mt 10,8). Em fevereiro de 2009, o Secretariado Arquidiocesano de Pastoral, lembrando a decisão da Assembleia de 2007, de dar início ao planejamento pastoral, em vista de um futuro Plano Arquidiocesano de Pastoral, sugeriu que esse planejamento fosse iniciado com a elaboração de novas diretrizes. Aprovadas na Assembleia de 2009 e publicadas em seguida, essas Diretrizes da Ação Evangelizadora da Arquidiocese de Florianópolis, estão à nossa frente como força motivadora: seja da continuidade da ação evangelizadora - que, em verdade, nunca pode parar - seja do processo de planejamento, o qual exige disposição, sacrifício

Lideranças votam nas propostas levantadas na Assembleia de Pastoral sentado e estudado em diversas instâncias de nossa vida pastoral: Secretariado e Conselho Arquidio-cesano de Pastoral, clero, conselhos comarcais de pastoral, conselho das forças vivas etc. Também está sendo feita coleta de dados do Censo Demográfico 2010, que possam

ser interessantes e úteis para nosso planejamento. No momento, a Coordenação Arquidiocesana de Pastoral detém-se nesses resultados, em vista da elaboração de um diagnóstico - social e pastoral - que se constituirá na primeira parte do futuro Plano de Pastoral. Esse

diagnóstico (o “ver”), que seguirá a metodologia FOFA (forças, oportunidades, fraquezas e ameaças), será estudado e, possivelmente, aprovado, na Assembleia Arquidiocesana de Pastoral, a realizar-se no dia 25 de junho próximo. A partir de então, começa-se a pensar nas perspectivas para o “julgar” e o “agir” do Plano de Pastoral. Mesmo na vacância do governo da Arquidiocese, à espera de nosso novo pastor, o processo de planejamento pastoral continua. Porém, a passos mais lentos, de modo que o novo bispo, assim que chegar, possa inserir-se serenamente na caminhada de nossa Igreja diocesana. Entrementes, cabe-nos suplicar ao Espírito Santo que nos dê um pastor amigo, que nos conduza a todos pelos caminhos de Cristo. Pe. Vitor Galdino Feller Coordenador Arquid. de Pastoral

Conselho das Forças Vivas da Arquidiocese A Assembleia Arquidiocesana de Pastoral de novembro de 1998, em Santo Amaro da Imperatriz, decidiu que houvesse uma organização mais articulada das Pastorais, Movimentos, Associações, Organismos e Serviços da Arquidiocese. Ao proporcionar troca de experiências entre esses grupos, surgiu um forte desejo de continuidade desses encontros. Assim, já no Cronograma da Arquidiocese de 1999, apareceram as datas em que os representantes desses segmentos pastorais iriam reunir-se para concretizar esse anseio. O primeiro encontro, convocado e dirigido pelo então Coordenador Arquidiocesano de Pastoral, Pe. Alvino Milani, aconteceu no dia 27 de fevereiro de 1999, no salão paroquial de Nossa Senhora de Fátima, no Estreito, com início às 8h30min, estendendo-se até a tarde. Objetivos dessa reunião: a) promover a integração entre as coordenações das diversas pastorais, movimentos, organismos, associa-

ções e serviços; b) colocar em comum os projetos, atividades, organização e funcionamento dos mesmos; c) promover ou possibilitar uma caminhada conjunta da Pastoral Arquidiocesana; d) articular-se com o “Projeto Rumo ao Novo Milênio” na Igreja Arquidiocesana. Na reunião, todos os representantes tiveram a oportunidade de partilhar seus carismas,

ações e forma de organização. Foi um momento de comunhão e de muita riqueza. Dentre os encaminhamentos, ficou marcado o próximo encontro para o dia 15 de maio do mesmo ano, 1999, no mesmo local e horário. Esses encontros continuaram a acontecer quatro vezes por ano. Na reunião do Conselho Arquidiocesano de Pastoral de março de 2003, um dos itens da Arquivo/JA

Representantes das Forças Vivas participam de um dos seus encontros

agenda foi sobre o nome, estatuto ou regimento para esse tipo de encontro. As sugestões foram: preservar e garantir esse espaço; dar o nome genérico de “Forças Vivas”; clarear os objetivos; ampliar o número de representantes para todas as forças vivas da Arquidiocese. Pe. Vitor Galdino Feller, novo Coordenador Arquidiocesano de Pastoral, diz que os objetivos dos encontros têm uma dimensão horizontal (as forças vivas conhecerem-se entre si) e vertical (a Coordenação Arquidiocesana de Pastoral poder passar as linhas, orientações e cronogramas da Arquidiocese e também ouvir as colocações de todos). Logo a seguir, na reunião das Forças Vivas daquele mês, essas decisões foram acolhidas, acrescentando-se a necessidade de ampliar o número de representantes. Desde então, os encontros continuam acontecendo, sempre aos sábados, das 8h30min às 11h30min, no Santuário Nossa Senhora de Fátima, Estreito, nos meses de março, junho, setembro

e novembro. Todo ano, no último encontro, faz-se avaliação, concluindo com celebração eucarística e confraternização. A cada encontro, duas Forças Vivas apresentam seu histórico, carismas, compromissos, agendas. Agora, esse encontro se chama de “Conselho das Forças Vivas”, uma vez que tem servido para espaço de reflexão e partilha e tomada de decisões, em unidade com a Coordenação Arquidiocesana de Pastoral. A partir do próximo mês, o Jornal da Arquidiocese apresentará, a cada edição, uma das “forças vivas” – pastoral, movimento, associação, organismo, serviço, colégio ou meio de comunicação – com seus objetivos, carismas, projetos e ações. Assim, as riquezas de todas elas vão sendo partilhadas com nossos leitores e o povo de Deus da Arquidiocese. Leda Cassol Vendrúscolo e Pe. Vitor Galdino Feller Coordenação Arquid. de Pastoral


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Geral

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Jornal da Arquidiocese

Ribeirão da Ilha encena a Paixão de Cristo Evento realizado há 20 anos, desta vez foi contextualizado com o tema da Campanha da Fraternidade Foto JA

A praça em frente à Igreja Matriz de Nossa Senhora da Lapa, no Ribeirão da Ilha, em Florianópolis, foi o palco para a encenação da Paixão e Morte do Senhor. Realizado na noite da Sexta-Feira Santa (22/04), e repetido há 20 anos, o evento reuniu milhares de fiéis e curiosos. Composto por 130 integrantes, o grupo teatral conta com 110 atores, de três a 90 anos de idade. Todos, voluntários das comunidades da paróquia, que se dedicam por cerca de dois meses para ensaios, preparação de cenários, elaboração do roteiro e toda a parte técnica. O grande diferencial das outras encenações é que ela é toda contextualizada. Desde 1998, a encenação busca trazer elementos da Campanha da Fraternidade, fazendo uma crítica social e buscando a reflexão. O tema da CF deste ano foi “Fraternidade e Meio Ambiente”, e a encenação refletiu como o nosso consumo afeta a natureza. Nos primeiro seis anos, foram apresentadas apenas cenas bíblicas, realizadas nas ruas próximas à Igreja Matriz, como a ViaSacra. “Com os anos, muitas pessoas passaram a acompanhar as

Pe. Vitor assume programa de rádio de Dom Murilo

130 pessoas, entre crianças, jovens e adultos, participam da celebração encenações, mas não conseguiam ver a apresentação”, disse Marilei Maria da Silva, coordenadora do projeto desde a sua criação.

Equipe dedicada Toda a equipe é voluntária. Dedicam o tempo disponível e seus talentos para realizar o trabalho. Henrique Bonatelli é um dos responsáveis. Técnico em informática, ele coordena a iluminação e a transmissão via TV de LED, uma novidade neste ano. “Emprestamos nossos talentos e buscamos novos co-

nhecimentos para aplicar e melhorar as apresentações”, disse. Embora todo o trabalho seja voluntário, a apresentação tem um custo aproximado de R$ 35 mil. Isso para o figurino, que é confeccionado pelos integrantes, iluminação, filmagem, som e cenários. O dinheiro vem através de promoções bingos e rifas - realizadas pela equipe, contribuições do comércio local e da Prefeitura de Florianópolis. Mais fotos no site da Arquidiocese (www.arquifln.org.br), clicar no link “Álbum de fotos”.

Mutirão Regional de Comunicação A Diocese de Joinville estará promovendo nos dias 13 a 15 de maio o 1º Mutirão de Comunicação Regional (Muticom/SC). Com o tema “Comunicação na vida da Igreja”, o evento tem como objetivo ajudar os agentes de Pastoral no uso adequado dos meios de comunicação, para fortalecer a ação evangelizadora da Igreja em Santa Catarina. A noite de abertura, na sextafeira (13/05), contará com a parti-

Um Novo Céu e Uma Nova Terra

cipação do Pe. Zezinho, que dará a palestra “Comunicação na vida da Igreja”. O Muticom oferecerá quatro seminários: Comunicação e Novas Tecnologias, Pastoral da Comunicação, Comunicação na Liturgia e Comunicação na Catequese; e sete oficinas: Comunicação na Catequese, oratória, rádio, fotografia, jornal impresso, dança sacra e comunicação na liturgia. A Arquidiocese de Florianópolis, através da Pastoral da Co-

municação, está organizando o transporte dos participantes através de um ônibus. Temos direito a 70 vagas. Os interessados devem entrar em contato pelo fone (48) 8405-6578, ou pelo e-mail: pascom_arquifloripa@ yahoogrupos.com.br. Mais informações sobre o evento e inscrições pelo site www.muticomsc.com, onde há mais informações sobre o evento e pode-se fazer a inscrição.

Desde que Dom Murilo deixou nossa Arquidiocese, o seu programa de rádio foi assumido pelo Pe. Vitor Galdino Feller, coordenador arquidiocesano de Pastoral, professor e diretor do ITESC e orientador espiritual do Movimento de Emaús. O programa “Um novo céu e uma nova terra”, de meia hora, consiste na leitura e comentário do Evangelho do domingo, breve estudo de um tema do catecismo e comunicados da vida pastoral da Arquidiocese. No quadro abaixo, você encontra as rádios e webrádios que transmitem o programa, com seu respecti-

vo horário. Além deste programa, Pe. Vitor também apresenta o “Creio, Senhor” na Rádio Cultura AM 1110, às segundas-feiras, das 17 às 18 horas. Em quatro anos, de 2006 a 2009, ele leu e comentou, item por item, o Catecismo da Igreja Católica. Em 2010, o Documento de Aparecida. E, agora, em 2011, está apresentando a Exortação Apostólica Verbum Domini, sobre a Palavra de Deus na vida e na missão da Igreja, documento que o papa Bento XVI publicou para divulgar as sugestões do Sínodo dos Bispos de 2008.

Rádio

Município

Programação

Horário

Araguaia, AM 970

Brusque

Sábado

18h30

Sábado 10h - 19h30 Domingo 15h Segunda-feira 10h

Arauto, FM 24,9

Rancho Queimado

Cidade, AM 850

Brusque

Domingo

8h

Clube, AM 1.190

São João Batista

Domingo

6h30

Comunitária, FM 98,3

Paulo Lopes

Quinta-feira

13h

Comunitária, FM 98,3

Garopaba

Sábado Domingo

8h 8h

Conceição, FM 105,9

Itajaí

Domingo

12h30

Cultura, AM 1.110

Florianópolis

Sábado Domingo

11h30 15h

São Francisco, FM 98,3

Palhoça

Sábado Domingo

11h30 7h

Vale, AM 950

Tijucas

Domingo

7h30

Vale das Graças, FM 104,9

Angelina

Sábado

12h

Sábado

12h

Web Rádio Hosana

Itajaí

Web Rádio Santíssima Trindade

Trindade

Web Rádio Canelinha

Canelinha

Web Rádio Missão Jovem

Florianópolis


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