Dom Wilson é o novo presidente do Regional Sul IV da CNBB
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Jornal da
Arquidiocese “De graça recebestes, de graça dai”
(Mt 10,8)
Florianópolis, Junho de 2011 Nº 168 - Ano XV
Elizandro é ordenado padre Realizada na Paróquia São Cristóvão, em Cordeiros, Itajaí, esta foi a terceira ordenação presbiteral da paróquia, em 43 anos de existência No dia 21 de maio, a Igreja Matriz estava lotada de parentes, amigos e fiéis, que lá estiveram para participar da celebração de ordenação presbiteral de Elizandro Scarsi. No final da celebração, ele recebeu a provisão como vigário da Paróquia São Judas Tadeu e São João
Batista, na Ponte do Imaruim, em Palhoça. A próxima ordenação presbiteral será a de Pedro Alcido, no dia 18 de junho, às 16h, em Antônio Carlos. Pe. Elizandro concedeu entrevista para o Jornal da Arquidiocese. PÁGINAS 09 e 14
Partir de Jesus Cristo Durante o rito de ordenação, Dom José entregou ao Pe. Elizandro o cálice com Vinho e a patena com o Pão
Mutirão reúne comunicadores Mais de 250 comunicadores de todo o Estado estiveram reunidos nos dias 13 a 15 de maio em Joinville, para participar do Mutirão Regional de Comunicação. A Arquidiocese foi representada por 20 participantes. Durante os três
Santuário de Angelina está na Internet PÁGINA 03
Participe do Jornal da Arquidiocese
dias, eles refletiram sobre o tema “Comunicação na vida da Igreja” e o lema “Investir em comunicação para ganhar na evangelização”. O evento contou com palestra do Pe. Zezinho e a presença da Irmã Élide Fogolare, coordenadora da
Crianças realizam ação motivadas pela CF-2011 PÁGINA 05
Pascom nacional. “O Muticom contribuiu para o desenvolvimento da Pascom no nosso Regional”, avaliou Teresinha de Campos, coordenação da Pascom no Estado. PÁGINA 16
Jovens promovem Pré-Missões em dois municípios PÁGINA 07
As cinco grandes urgências evangelizadoras elencadas pelas diretrizes são: a Igreja em estado permanente de missão; a Igreja como casa da iniciação cristã; a Igreja como o lugar da animação bíblica de toda a vida; a Igreja como comunidade de comunidades; a Igreja a serviço da vida plena para todos. Na primeira e na última dessas urgências, como que uma moldura para as outras
Assembleia da ASA elege nova diretoria PÁGINA 10
três, percebe-se que a Igreja deve estar voltada para fora, para a missão, para a encarnação no mundo, o diálogo com a sociedade, o encontro com as culturas, o serviço dos pobres, a transformação da realidade. Nas outras três, a Igreja deve estar voltada para Deus, para o mistério da graça que lhe é dada, a força que lhe vem da Palavra e dos Sacramentos. PÁGINA 04
Lideranças participam de Assembleia de Pastoral PÁGINA 15
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Opinião
Junho 2011
Palavra do Administrador
Pe. João Francisco Salm
Jornal da Arquidiocese
Administrador Diocesano da Arquidiocese de Florianópolis
Sob o olhar da Mãe do Bom Pastor Perto de completar 60 anos, em 2012, a CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) realizou de 04 a 13 de Maio sua 49ª Assembléia Geral. Desde 1977 estas reuniões eram anuais e quase todas em Itaici, SP. De agora em diante serão em Aparecida, sob o olhar da Mãe do Bom Pastor e em meio ao fervor dos peregrinos que ali vão todos os dias. Segundo os estatutos da CNBB, a Assembléia Geral “é a expressão e a realização maiores do afeto colegial, da comunhão e co-responsabilidade dos Pastores da Igreja no Brasil”. Por sermos um país muito grande, com população católica numerosa, temos o maior episcopado do mundo: em torno de 450 bispos; um terço deles já eméritos. Reunidos ao longo de dez dias, nossos Pastores oram, celebram a
Eucaristia, estudam, ouvem o que Deus lhes tem a dizer; refletem, debatem, tomam decisões; edificam-se mutuamente, partilham alegrias e angústias, sofrimentos e esperanças; cultivam a comunhão, exercitam-se na fraternidade e retomam forças para o cumprimento da missão que lhes foi confiada. Desta vez houve as eleições dos novos Presidente (Dom Raymundo Damasceno Assis), Vice-presidente (Dom José Belisário da Silva) e Secretário Geral (Dom Leonardo Ulrich Steiner). O relatório das atividades da Presidência que encerrava seu mandato, impressionou pelo grande volume de trabalho realizado: atividades relativas à Santa Sé e ao âmbito universal; à América Latina; à vida interna da Igreja; à sociedade civil; ao poder público; notas e declarações. Dom Celso Antônio de
Palavra do Papa
Bento XVI
Bem-aventurado João Paulo II Passaram já seis anos desde o dia em que nos encontrávamos nesta Praça para celebrar o funeral do Papa João Paulo II. Então, se a tristeza pela sua perda era profunda, maior ainda se revelava a sensação de que uma graça imensa envolvia Roma e o mundo inteiro: graça esta, que era como que o fruto da vida inteira do meu amado Predecessor, especialmente do seu testemunho no sofrimento. Já naquele dia sentíamos pairar o perfume da sua santidade, tendo o Povo de Deus manifestado de muitas maneiras a sua veneração por ele. Por isso, quis que a sua Causa de Beatificação pudesse, no devido respeito pelas normas da Igreja, prosseguir com discreta celeridade. E o dia esperado chegou! Chegou depressa, porque assim aprouve ao Senhor: João Paulo II é Beato! Estamos no segundo domingo da Páscoa, que o Beato João Paulo II quis intitular "Domingo da Divina Misericórdia". Por isso, escolheu-se esta data para a presente celebração, porque o meu Predecessor, por um desígnio providencial, entregou o seu espírito a Deus justamente ao anoitecer da vigília de tal ocorrência. Além disso, hoje tem início o mês de Maio, o mês de Maria; e neste dia celebra-se também a memória de São José operário. Todos esses elementos concorrem para enriquecer a nossa oração; servem-nos de ajuda, a
nós que ainda peregrinamos no tempo e no espaço; no Céu, a festa entre os Anjos e os Santos é muito diferente! E todavia Deus é um só, e um só é Cristo Senhor que, como uma ponte, une a terra e o Céu, e neste momento sentimo-lo muito perto, sentimo-nos quase participantes da liturgia celeste. Hoje diante dos nossos olhos brilha, na plena luz de Cristo ressuscitado, a amada e venerada figura de João Paulo II. Sempre me impressionou e edificou o exemplo da sua oração: entranhava-se no encontro com Deus. A sua humildade profunda, enraizada na união íntima com Cristo, permitiu-lhe continuar a guiar a Igreja e a dar ao mundo uma mensagem ainda mais eloquente, justamente no período em que as forças físicas definhavam. Feliz és tu, amado Papa João Paulo II, porque acreditaste! Continua do Céu - nós te pedimos - a sustentar a fé do Povo de Deus. Muitas vezes, do Palácio, tu nos abençoaste nesta Praça! Hoje nós te pedimos: Santo Padre, abençoa-nos! Amém.
“
Hoje, diante dos nossos olhos, brilha, na plena luz de Cristo ressuscitado, a amada e venerada figura de João Paulo II”.
Homilia na Missa da Beatificação, 1º de maio de 2011
Queiroz - Bispo emérito de Catanduva, dizia: “É importante que todos nós nos demos conta da dedicação e do tempo que tudo isso supõe. Em nome de todos os bispos do Brasil quero agradecer à Presidência e a todos os que trabalham na CNBB”. Outro tema central foram as novas “Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil” (2011-2015). Aprovadas, deverão servir de referência e indicar os caminhos para o planejamento das atividades dos Regionais e Dioceses. Também foram aprovadas as Diretrizes para o Diaconato Permanente. Os Bispos manifestaram seu “[...] elogio e apoio à Frente Parlamentar mista contra o aborto, pelo exemplar testemunho humanitário em favor da natalidade da pessoa
humana, cuja dignidade é inviolável [...]”. Também emitiram nota a respeito da decisão do Supremo Tribunal Federal quanto à união entre pessoas do mesmo sexo: “[...] Tais uniões não podem ser equiparadas à família, que se fundamenta no consentimento matrimonial, na complementaridade e na reciprocidade entre um homem e uma mulher, abertos à procriação e educação dos filhos. [...] A instituição familiar corresponde ao desígnio de Deus [...]. Propomo-nos a renovar o nosso empenho por uma Pastoral Familiar intensa e vigorosa [...]”. Ainda foram tratados muitos outros assuntos de uma pauta longa e diversificada. Só nos resta ser gratos a Deus, que na sua Providência e Bondade nos deixa aos cuidados de tais Pastores.
“
Reunidos ao longo de dez dias, nossos Pastores oram, celebram a Eucaristia, estudam, ouvem o que Deus lhes tem a dizer; refletem, debatem, tomam decisões”.
Reflexão
Bem-Aventurada Dulce dos Pobres Maria Rita Pontes – Irmã Dulce - nasceu em Salvador da Bahia em 26 de maio de 1914, e foi ao encontro de Deus em 13 de março de 1992, após 16 meses de sofrimento pacientemente suportado e ofertado. O “Anjo Bom da Bahia”, que andava pelas ruas de Salvador recolhendo pobres e donativos, é a Bem-aventurada Irmã Dulce. Ouvindo o povo que a amou e com ela aprendeu a misericórdia, a Igreja a proclamou Bem-aventurada em 22 de maio de 2011. Seu nome de Santa é Bem-aventurada Dulce dos Pobres, Bemaventurada Irmã Dulce dos Pobres. Em 1932, com 18 anos, ela entrou na Congregação das Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição, em Sergipe. Dois anos depois, retornou à Bahia, onde dedicou toda a sua vida às obras de caridade. Sentindo o chamado a trabalhar com os pobres e doentes, serviu como enfermeira no Sanatório Espanhol. Quis prepararse melhor e fez curso de Prática de Farmácia, aprendendo a manipular receitas. Recebeu licença para abrir um curso noturno para os operários. A Madre Provincial liberou-a das obrigações no Colégio e deixou-a abrir as portas do convento para ganhar as ruas e dar-se aos pobres. Agora dedicava-se a ensinar letras e religião aos operários e seus filhos perto das fábricas e, na tarde dos domingos, visitava os moradores de uma in-
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vasão nos mangues do Caminho de Areia. Seus olhos transfigurados pelo Amor contemplavam a miséria geral, a imundície, as crianças famintas e desnutridas atrás de cada janela. Levava remédios que conseguia nas farmácias, providenciava consultas, procurava postos de emprego. A invasão crescia, era agora a favela dos Alagados, depósito do lixo urbano onde os famintos competiam com os urubus por algum alimento. Irmã Dulce teve clara sua vocação: estar com os pobres.
A missionária da misericórdia Em 1935, além da assistência aos pobres dos Alagados, visitava fábricas, oferecendo aos operários o Posto Médico instalado numa velha oficina. No decorrer de 1939, um fato reorientou sua vida: um pequeno jornaleiro veio a seu encontro pedindo um pouco de amparo, de amor. Irmã Dulce não podia ficar indiferente. Recolheu o menino e o abrigou num galinheiro vizinho ao Convento. Pronto: de um galinheiro nasce um hospital. Limpou o ambiente, procurou lençóis, camas, colchões. Irmã Dulce não esperava os doentes e aflitos: ia procurá-los nas ruas e tocas de Salvador. O pequeno hospital crescia, também as necessidades. Pela manhã Irmã Dulce saía pelo comércio pedindo pão, leite, remédio,
roupa e dinheiro. Irmã Dulce necessitava também de um amigo no céu. Encontrou-o na pessoa de Santo Antônio. O Hospital recebeu o nome do Santo. As obras cresciam. Seu Banco era a Divina Providência; o gerente, Santo Antônio. Em 1983, na alegria de seus 50 anos de vida religiosa, realizou o grande sonho: inaugurar o novo Hospital Santo Antônio, com 800 leitos, conforto, o maior Hospital da Bahia, onde o doente nada paga: basta ser pobre. Um Hospital com conforto: Irmã Dulce dizia que o pobre deve receber o melhor, pois é o preferido de Deus e é bom não ofender a Nosso Senhor! Irmã Dulce, agora famosa e reconhecida, continuava pelas ruas, buscando pobres e socorro. Seu ser era inseparável do Pobre/Cristo e do Cristo/Pobre. A força dessa Irmã era sua fragilidade: somente 40% de um pulmão oxigenava seu corpo frágil e forte, sua magreza quase transparente. Aquela mulher de hábito branco e azul, cabeça coberta com véu azul andando pelas ruas, era a grande missionária vivendo e anunciando as Bem-aventuranças. Nela, Deus tornou-se visível ao povo baiano e brasileiro. Missionária da palavra transfigurada em vida. Como é bom poder invocá-la: Bemaventurada Irmã Dulce dos Pobres, rogai por nós! Pe. José Artulino Besen
Diretor: Pe. Ney Brasil Pereira - Conselho Editorial: Pe. João Francisco Salm, Pe. José Artulino Besen, Pe. Vitor Galdino Feller, Ir. Marlene Bertoldi, Maria Glória da Silva Luz, Leda Cassol Vendrúscolo, Daniel Casas, Carlos Martendal e Fernando Anísio Batista - Jornalista Responsável: Zulmar Faustino - SC 01224 JP - (48) 84056578 - Coor. de Publicidade: Pe. Pedro José Koehler - Revisão: Pe. Ney Brasil Pereira - Editoração e Fotos: Zulmar Faustino - Distribuição: Juarez João Pereira - Impressão: Gráfica GrafiNorte
Jornal da Arquidiocese
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Padres participaram de curso de formação Ministrado por médico psiquiatra, curso mostrou como os padres devem lidar com os seus sentimentos Foto JA
“Afetividade, sexualidade e mística na vida do padre”, este foi o tema do Curso de formação permanente dos presbíteros da Arquidiocese. Realizado nos dias 10 e 11 de maio, na Casa de Retiros do Provincialado das Irmãs da Divina Providência, em Florianópolis, o curso reuniu mais de 40 padres. O evento contou com a assessoria de Roberto Almada, médico psiquiatra e focolarino. Natural de Assunção, no Paraguaí, Almada tem longa experiência em formação para o clero. Trabalhou muitos anos em Roma realizando esse serviço. Durante o curso, ele falou que a maior dificuldade dos padres está em compreender os próprios sentimentos e emoções. Segundo ele, muitas vezes eles tendem a sufocar a vocação na tradicionalidade, e não nos seus próprios sentimentos. “Na conseguindo lidar com os seus sentimentos, os padres também não conseguirão lidar com os sentimentos dos fiéis e aconselhá-los”, disse. Segundo
Jubileu Diaconal
Realizado no Providencialado, curso reuniu 40 padres da Arquidiocese ele, a solução desse problema está em haver uma maior união entre os presbíteros. “Expondo o que sentem aos seus colegas de ministério, trocando experiências, eles encontrarão soluções para as suas dificuldades”, acrescentou Almada. Para o Pe. Vilson Groh, coordenador arquidiocesano da Pastoral Presbiteral, o curso faz parte da formação permanente
do clero e o tema foi escolhido para articular a vida cotidiana e eclesial do presbítero nas suas relações afetivas e na experiência mística da sua corporeidade. “Os padres devem compreender primeiro a si mesmos, acolher e compreender o outro e ser presença e testemunho da sua vida consagrada a serviço da sua própria vida e missão”, disse Pe. Vilson Groh.
Santuário de Angelina agora está na internet O Santuário de Angelina lançou em maio seu website. Por meio do endereço www. santuarioangelina.com.br, os internautas tem acesso a uma página completa com informações da Igreja local, Arquidiocesana, nacional e internacional. O site traz informações para os paroquianos, para os turistas e para o município. Além da agenda paroquial, das notícias e artigos, a página oferece conteúdos para os turistas, através do link “Atendimento ao Turista”. Nesse espaço é possível conhecer alguns hotéis
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e restaurantes da região. Também se encontram informações civis e turísticas das cidades de Angelina e Rancho Queimado, ambas administradas pela Paróquia. O site ainda dispõe de um espaço multimídia com galeria de fotos e vídeos. Nele é possível ler a liturgia diária e fazer o seu pedido de oração. Para o pároco, Frei Rafael Spricigo, OFM, é preciso ocupar todos os espaços no mundo virtual. “Faz-se necessário usar de todos os meios de comunicação para a evangelização e a divulgação da fé em Jesus Cristo. O site
do Santuário tem esse objetivo”, enfatizou. A Paróquia, instituída no dia 8 de abril de 1921, é administrada pelos franciscanos, pertencentes à Ordem dos Frades Menores. A comunidade local já partilhava do carisma de São Francisco, antes mesmo da fundação da Paróquia, pois alguns paroquianos já eram membros da Ordem Franciscana Secular do Brasil. Atualmente, a Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição conta com 18 comunidades, espalhadas pelos municípios de Angelina e Rancho Queimado.
A paróquia São João Evangelista, em Biguaçu, estará em festa no dia cinco de junho. Nesse dia, o diácono Ademiro Antô-nio Kretzer estará celebrando o seu jubileu de ordenação diaconal. A celebração será realizada na comunidade Santa Cruz, na Rússia, interior de Biguaçu, próximo à base da Petrobrás, e será presidida pelo Pe. Valter Maurício Goedert, pre-
sidente da Escola Diaconal São Francisco de Assis. Nascido em 18 de agosto de 1941, Diácono Ademiro sempre teve uma ligação muito próxima com a Igreja. Graças a essa ligação, recebeu do Pe. Lúcio Espíndola, então vigário em Biguaçu, o convite para ser diácono. Recebeu o apoio da esposa, que acompanha o seu trabalho, e dos nove filhos.
Seminário de Comunicação A Coordenação Arquidiocesana do Movimento de Irmãos promove no dia 04 de junho um Seminário de Comunicação. Realizado no instituto Teológico de Santa Catarina, o evento terá início às 08h, e contará com a assessoria do Pe. Domingos Volnei Nandi, professor do ITESC e doutorado em comunicação. O Seminário tem o objetivo de apresentar orientações sobre comunicação nos ambientes eclesiais, com ênfase na orató-
ria. Destina-se aos encontristas do Movimento de Irmãos, cristãos envolvidos nas diversas Pastorais e a quem tem interesse em ser palestrante, ou ainda, aprimorar e/ou reciclar suas habilidades de comunicação. As vagas são limitadas. Mais informações, com a coordenação de área ou paroquial do movimento. Ou com a coordenação Arquidiocesana, pelo email heitorcampos29@ hotmail.com.
Festival de Música Religiosa No dia 31 de julho, será realizado no Ginásio de Esportes Estefano Becker, em Santo Amaro da Imperatriz, o II FESTMUR - Festival de Músicas Inéditas Religiosas. O evento é gratuito e terá início às 14h. São convidados a participar todas as bandas das igrejas e movi-
mentos que animam as celebrações na Arquidiocese de Florianópolis. Serão premiadas as três melhores apresentações. Informações com Nery Artur Eller, pelo fone (48) 99364757, ou pelo e-mail neryae@yahoo.com.br.
Pastoral Carcerária A Pastoral Carcerária convida para o seu 20º Encontro Arquidiocesano, a realizar-se no dia 02 de julho, sábado, das 9h
às 15h, na Paróquia de Tijucas. Informações pelo fone (48) 3879-2168, ou pelo e-mail ney.brasil@itesc.org.br.
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Tema do Mês
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Jornal da Arquidiocese
Partir de Jesus Cristo É preciso voltar sempre de novo a Jesus de Nazaré, à sua pessoa e prática.
UM NOVO JEITO DE SER IGREJA Depois de lembrar que vivemos uma mudança de época, na qual é preciso superar tanto o relativismo frouxo como o fundamentalismo fanático, as novas diretrizes indicam urgências evangelizadoras que mexem com nossa concepção e prática de Igreja. Segundo Dom Raymundo Damasceno Assis, cardeal-arcebispo de Aparecida e presidente da CNBB, as diretrizes apontam para “uma Igreja que se firma no discipulado de Jesus Cristo, voltando-se ainda mais às fontes da fé; uma Igreja que se coloca, de modo inquestionável, ao lado da vida, em especial a vida fragilizada, ameaçada e desrespeitada; uma Igreja samaritana, irmã dos mais pobres e que se quer cada vez mais aberta ao diálogo ecumênico e interreligioso; uma Igreja, em que
Divulgação/JA
Na última Assembleia Nacional da CNBB foram aprovadas as novas Diretrizes Gerais para a Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil, pra o período de 2011 a 2015. É nessas diretrizes que as dioceses, paróquias e comunidades, pastorais, movimentos e organismos eclesiais devem encontrar a inspiração para desenvolver seu planejamento e sua ação pastoral. Bem mais que nas diretrizes anteriores, nestas últimas aparece, de forma clara, o que foi decidido no Documento de Aparecida, isto é, que nossa ação pastoral deve passar da manutenção para a criatividade, deve deixar de ser uma pastoral da conservação e tornar-se uma pastoral decididamente missionária. Para isso, as novas diretrizes sugerem que o ponto de partida seja Jesus Cristo. É preciso voltar sempre de novo a Jesus de Nazaré, à sua pessoa e prática, para sermos seus discípulos e missionários e, com ele, anunciarmos o Reino de Deus nos dias de hoje. As diretrizes sugerem duas atitudes: alteridade e gratuidade. Alteridade se refere à abertura que se deve ter ao outro, ao diferente, na prática do respeito, do encontro, do diálogo e da partilha. Gratuidade se refere à prática de Jesus, que ia ao encontro dos outros sem esperar nada em troca, não entrando na lógica do lucro e do mercado e evitando práticas que geram violência e destruição.
Fiéis participam da celebração de ordenação presbiteral de Elizandro Scarsi, na Paróquia de Cordeiros, Itajaí cada batizado reconhece e assume o valor testemunhal de sua própria vida”. As cinco grandes urgências evangelizadoras elencadas pelas diretrizes são: a Igreja em estado permanente de missão; a Igreja como casa da iniciação cristã; a Igreja como o lugar da animação bíblica de toda a vida; a Igreja como comunidade de comunidades; a Igreja a serviço da vida plena para todos. Na primeira e na última dessas urgências, como que uma moldura para as outras três, percebe-se que a Igreja deve estar voltada para fora, para a missão, para a encarnação no mundo, o diálogo com a sociedade, o encontro com as culturas, o serviço dos pobres, a transformação da realidade. Nas outras três, a Igreja deve estar voltada para Deus, para o mistério da graça que lhe é dada, a força que lhe vem da Palavra e dos Sacramentos.
UMA IGREJA DA MISSÃO A primeira das urgências evangelizadoras é pôr a Igreja em estado permanente de missão. Isso exige uma verdadeira conversão pastoral, implica em ati-
“
Nossa ação pastoral deve passar da manutenção para a criatividade, deve tornar-se uma pastoral decididamente missionária”.
tudes e iniciativas de auto-avaliação, mudança de estruturas pastorais, novos métodos e atitudes, a fim de fazer com que todos os batizados sejam apaixonados por Jesus Cristo, pelo Reino de Deus e pelo anúncio do Evangelho. Outra urgência evangelizadora que aponta para fora é colocar a Igreja a serviço da vida plena para todos, em favor das pessoas e grupos necessitados e da própria natureza. Isso exige capacidade para os gritos proféticos diante dos ataques que a vida sofre da parte da
lógica do mercado. Deve-se defender a vida que, em todos os seus tempos, se vê ameaçada: no seu início, pelas leis pró-aborto; no seu fim natural, pelas leis pró-eutanásia; no seu percurso, pelas carências de subsistência e segurança, condições de saúde e educação. Torna-se necessário retomar a opção pelos pobres que, como disse o papa Bento XVI em Aparecida, “está implícita na fé cristológica naquele Deus que se fez pobre por nós, para nos enriquecer com sua pobreza”. Essa opção faz que os batizados se tornem os samaritanos de hoje e vão em socorro dos últimos, dos indefesos, marginalizados, excluídos.
UMA IGREJA DE DISCÍPULOS As outras urgências evangelizadoras insistem em temas que se fazem presentes entre nós desde o Concílio Vaticano II, mas que ganham agora um realce novo: iniciação cristã, animação bíblica e rede de comunidades. Nossas famílias já não conseguem transmitir a fé como em outros tempos. Então, a comunidade eclesial deve insistir mais
na iniciação cristã. Há muitas pessoas - crianças, jovens e adultos - que recebem os sacramentos da iniciação cristã, mas que não são devidamente evangelizadas. No mundo plural em que vivemos, urge atuar na formação cristã dos batizados, a fim de que sejam verdadeiramente iniciados nos mistérios de Deus, no caminho da santidade, na leitura e na prática da Palavra, no conhecimento das verdades da fé. O recurso ao catecumenato dos primeiros séculos do cristianismo, atualizado para nossos tempos, é um caminho que se abre para a nova evangelização. A animação bíblica deve fazer com que a Palavra de Deus esteja à frente de toda obra evangelizadora. Carecemos de um catolicismo bíblico. O recurso à religiosidade popular e a devoções tradicionais não evangelizam se não estiverem profundamente marcados pela Palavra. Os métodos de leitura orante da Palavra são apontados pelas diretrizes como caminho da verdadeira evangelização. É preciso levar a Bíblia para as mãos do povo, nos grupos bíblicos em família, nas comunidades, nos encontros de catequese, nas pastorais e movimentos, em todo espaço e tempo. Rede de comunidades! No mundo de hoje busca-se trabalhar em rede. Também na Igreja. Para isso, é preciso valorizar a vida comunitária e resgatar as práticas locais. Existem muitas experiências comunitárias nas cidades, nas periferias, no mundo rural. As novas diretrizes valorizam as Comunidades Eclesiais de Base ao lado de novas experiências comunitárias, como os círculos bíblicos, os grupos de família, as novas comunidades. Sugerem que nossas paróquias sejam setorizadas, a fim de que o Evangelho possa chegar em todos os ambientes e realidades, onde vive o povo. Enfim, é preciso considerar que só nos tornaremos verdadeiros discípulos e missionários se anunciarmos a mensagem cristã não em primeiro lugar aos outros, mas a nós mesmos, cumprindo as exigências de Jesus e fazendo dele nosso ponto de partida. Pe. Vitor Galdino Feller Coord. Arquidiocesano de Pastoral, Prof. de Teologia e Diretor do ITESC Email: vitorfeller@arquifln.org.br
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Crianças realizam ação pela CF-2011 Motivadas pela CF-2011, mais de 300 crianças participaram de atividade na Paróquia de Monte Alegre Divulgação/JA
A movimentação era grande, junto às salas de catequese da paróquia Senhor Bom Jesus, em Monte Alegre, Camboriú, no dia sete de maio. Na tarde daquele dia, o aprendizado seria diferente. Eram mais de 300 crianças que colocavam luvas e pegavam sacos de lixo para percorrer, com seus catequistas, as principais vias do bairro. O objetivo era recolher pequenos materiais que são jogados no chão, como papéis e bitucas de cigarro. Segundo Antônio Pedro Souza, coordenador da catequese, a ação foi pensada a partir da Campanha da Fraternidade deste ano, que tem como tema “Fraternidade e a Vida do Planeta”. As crianças mantinham os olhos atentos ao chão. O trabalho deles foi refletido nos inúmeros sacos de lixo cheios. Elijah Coelho Pedroso, 10 anos, era uma das empolgadas crianças que participavam da ação. Ele era um dos catequizandos mais atentos de sua turma e não deixava nenhum papel para trás. “Acredito que vai ter resultado”, disse ele. Além da limpeza em si, Antônio acredita que a ação, pensada com o apoio do pároco, Pe. Celso Marquetti, é também
Escola Diaconal
Crianças limparam as ruas, motivadas pela Campanha da Fraternidade uma forma de conscientizar a população. “Vários grupos da paróquia também contribuíram com o trabalho através da confecção de cartazes de conscientização”, disse. Segundo ele, o resultado do trabalho foram 100 sacos de lixo recolhidos em uma hora de ação.
Problemas auditivos A catequese ainda promove um trabalho inovador para os catequizandos. Há catequese para as crianças e adolescentes com problemas auditivos. Foi criada uma sala especial de catequese em “libras”. Hoje, são quatro
catequizandos, mas os catequistas pensam que muitos outros vão participar dos encontros. Segundo o coordenador Antônio, há procura de pessoas de outros municípios, já que esta é uma iniciativa única na região. Os encontros são ministrados pelas catequistas Sany Regina Sardá Justi, professora de libras, e Charles Faqueti, que têm problemas auditivos. Mensalmente, no 2º e no 4º domingo, às 19h30, a missa é com interpretação de libras. Para mais informações, entre em contato pelos fones (47) 3365-5560, 9919-8420 ou 8464-5990.
CF-2011 e a Semana do Meio Ambiente Como parte das programações da Semana do Meio Ambiente e considerando a o tema da Campanha da Fraternidade deste ano, a Coordenação Arquidiocesana de Pastoral, em parceria com a Secretaria Municipal de Educação de Florianópolis, realizará, no dia 07 de junho, às 16h, o Seminário sobre “Vida no Planeta”. Realizado no Centro Arqui-
Vai acontecer...
diocesano de Pastoral, o evento debaterá questões ambientais da capital catarinense. São convidados a participar representantes das paróquias, pastorais, movimentos, associações, organismos, colégios ou meios de comunicação. O evento contará com a palestra da Sra. Zena Becker, Presidente da ONG Floripamanhã,
que falará sobre o tema “Floripa 2030”; do Dr. Ivo Sostisso, da Comissão do Plano Diretor de Florianópolis, que refletirá sobre o “Plano Diretor de Florianópolis”; e da Prof. Sayonara Castilho Amaral, da Fundação do Meio Ambiente de Florianópolis, que tratará do tema “Dinâmicas sobre Meio Ambiente – Aspectos Educativos”.
A Escola Diaconal São Francisco de Assis realizará nos dias 17 a 26 a primeira etapa de formação da 15ª turma de candidatos ao diaconato. A formação será realizada no Provincialado das Irmãs da Divina Providência, em Florianópolis. Participarão da nova turma 33 candidatos: 19 da Arquidiocese de Florianópolis; oito de Tubarão; cinco de Joinville e um de Caçador. Eles estiveram reunidos no dia 04 de junho na Paróquia
Santo Antônio, em Campinas, São José. Na oportunidade, foram passadas as comunicações sobre a Escola. O evento contou com a presença das esposas dos candidatos. A primeira etapa da nova turma será realizada em conjunto com a décima etapa da 14ª turma, que ainda terão outras duas etapas até a formatura em janeiro de 2012. Até o momento, há 35 alunos na 14ª Turma da Escola Diaconal.
Mariápolis 2011 O Movimento dos Focolares promoverá nos dias 23 a 26 de junho a Mariápolis 2011. O evento será realizado no Hotel Morro das Pedras, próximo à praia do Campeche, em Florianópolis. Trata-se de um congresso que reunirá grupos paroquiais de jovens, famílias, adultos, sacerdotes, religiosos, leigos ou quem não professa nenhuma religião. O evento oferece a possibilidade de redescobrir e experimentar os valores universais que existem no íntimo de cada ser humano e que abrem caminhos para a realização da fraternidade universal. Este ano, ele aborda-
rá o tema “Uma estrada em direção ao Sol”, que trata do projeto de Deus para o Homem. Durante os quatro dias, serão realizados workshops, jogos, momentos artísticos, troca de experiências, diálogo, aprofundamento de alguns aspectos da espiritualidade do Movimento dos Focolares etc, permitindo uma experiência singular de convivência entre todos aqueles que participam na Mariápolis. Mais informações pelo site www.focolares.org.br/sul/ mariapolis2011_sc, ou pelos fones (48) 3244-4190 e 3244-0970.
Casais em Segunda União A Paróquia São Francisco de Assis, em Aririú, Palhoça, sediará nos dias 11 e 12 de julho, o “Retiro para Casais em Segunda União”. O encontro tem como objetivo acolher os casais nesta situação e trazê-los para a comunidade, para que se sintam Igreja como todo cristão. O evento
contará com a assessoria do Pe. Roberto Arripe (Pe. Chiru), idealizador da metodologia “O Senhor é meu Pastor”, que orienta os casais em segunda união. Os interessados em participar, podem entrar em contato com Neuzeli e Vicente, pelos fones 3242-7629 ou 9962-4751.
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Bíblia
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Jornal da Arquidiocese
Conhecendo o livro dos Salmos (38)
Salmo 52 (51): Por que te glorias do mal? Divulgação/JA
O orante deste salmo começa interpelando uma personagem anônima, mas bem concreta; e termina, dirigindo-se diretamente a Deus. É uma denúncia profética: alguém, ligado aos profetas e cheio da audácia profética, denuncia um injusto, prepotente e caluniador, e lhe anuncia o juízo divino. A cena se passa num ambiente de tribunal, ao qual o injusto é convocado. Os poucos versículos se dividem em três momentos: 3-6, 79, 10-11. O primeiro momento (vv. 3-6) é o da acusação, denunciando toda a atividade criminosa do injusto. O segundo momento (vv. 7-9) é o da sentença, sem apelação, anunciando a ação vingadora de Deus. Por fim, no terceiro momento (vv. 10-11), o salmista se volta para si mesmo e para o Senhor.
O salmista-profeta acusa o injusto de maldade generalizada e consciente: ele, o injusto, se gloria do mal, é prepotente na sua malícia, planeja diariamente ciladas aos mais fracos. Mais ainda: serve-se da língua como de navalha afiada para fabricar fraudes (v. 4), prefere o mal ao bem, a mentira, à sinceridade (v. 5), sente prazer nas palavras corrosivas (v. 6), servindo-se da mentira para enriquecer, à custa dos que não podem defender-se. Este salmo reflete situação semelhante à do Salmo 12. Há terrível conflito entre “o injusto”, que representa grupos ou um tipo de sociedade, e os justos medrosos, que não reagem diante da ação dos poderosos. Isso porque, se reagirem, os injustos os destroem com “palavras corrosivas”, calúnias, fraudes, ciladas e juízes comprados. Por isso, acham que não vale a pena enfrentá-los. Assim, os injustos vão acumulando riquezas mediante a fraude, e ainda se gabam do mal que praticam e da mentira que espalham. A injustiça e a impunidade permitem que os injustos construam um “império”, uma fortaleza con-
Vou louvar-te 11. Para sempre vou louvar-te por que agiste, / e diante dos teus fiéis vou proclamar que teu nome é bom. O drama da injustiça e de suas vítimas, finalmente resolvido, desemboca na oração de louvor, um louvor que não conhecerá interrupção: é “para sempre” (v. 11). Esse louvor, também, não será secreto: pelo contrário, “diante dos teus fiéis, vou proclamar que teu nome é bom”. O “nome” é a maneira indireta de mencionar a pessoa: Ele, o Senhor, pelo fato de agir, de reprimir o injusto, demonstrou que “é bom”.
Como rezar este salmo?
Eu te acuso! 3. Por que te glorias do mal, / ó poderoso na tua malícia? 4. O dia todo planejas ciladas; / tua língua é uma navalha afiada, / uma fábrica de fraudes. 5. Preferes o mal ao bem, / a mentira, à sinceridade; 6. amas as palavras corrosivas, ó língua enganadora.
seiva da oliveira cultivada, não te gabes...” (Rm 11,17)
tra a qual ninguém pode lutar. Mas um profeta não se cala. Num lugar público, talvez o Templo, decide enfrentar os injustos numa espécie de julgamento em nome do Deus da justiça. Acusa, não aceita defesa – pois a injustiça não tem como defender-se – proclama a sentença inapelável e mostra suas conseqüências. Tudo, em nome do Senhor, pois os profetas têm essa ousadia. Hoje, onde se encontra essa profecia, essa coragem de dizer a verdade e denunciar a mentira dos poderosos? Não seria na imprensa, na pena de jornalistas corajosos, que não deixam que a mentira encubra e deforme a verdade?
Deus te abaterá! 7. Mas Deus te abaterá para sempre, / te destruirá, te varrerá da tenda / e te arrancará do solo fértil. De repente, o salmista-profeta salta a um futuro que modifica totalmente a situação presente, descrita nos versículos anteriores (vv. 3-6). É a intervenção, agora, do Deus da Aliança, libertador e promotor da justiça. Agora, quem age é o Senhor. O que irá fazer? Vai abater, destruir, varrer, e arrancar para sempre (v.7). São quatro verbos que recordam de perto a missão confiada a Jeremias (Jr 1,10). As imagens ganham vigor pelos verbos em acumulação. O injusto vive instalado na sua tenda (“tenda” é também a existência do ser hu-
mano na terra: Is 38,12), tem lugar garantido na sociedade, vive contente e protegido com suas posses. De repente, Deus o arranca e arrasta violentamente para a intempérie e o desamparo. O injusto se enraizava em solo fértil – a “terra dos vivos” – como árvore frondosa; apoiado em suas raízes terrenas, crescia desafiante; mas Deus o arranca com suas raízes, para que seque e desapareça.
Os justos verão 8. Os justos verão e temerão, e rirão dele, dizendo: 9. Eis o homem que não punha em Deus o seu refúgio, / mas confiava na sua grande riqueza / e se tornava forte com seus crimes!” Enfim, aparecem os justos. Até aqui, acuados e medrosos diante do poderio e arrogância do injusto. Agora, porém, com a intervenção profética, irão ver, temer, rir e comentar (v. 8). Aquilo que comentam revela, por um lado, a aparente força que possuía a injustiça, destruída pelo Senhor. Por outro, comprovam que o verdadeiro refúgio está em Deus (v. 9) e que é falsa a confiança nas riquezas e que é fraco o império construído com os crimes. Não tinham razão de ser, portanto, a insegurança e o medo dos bons.
Eu, porém 10. Eu, porém, sou como
oliveira verdejante na casa de Deus; / é no amor do Senhor que confio, para sempre e eternamente. Neste último momento, o salmista-profeta dá o seu testemunho, falando de sua própria experiência. Talvez seja alguém ligado ao Templo (v. 10). Sua convicção pessoal proclama o contraste entre a falsa confiança do injusto, nas riquezas, e a serena confiança que anima o salmista, no “amor”, isto é, na fidelidade e misericórdia do Senhor. Essa confiança é a chave de tudo, a síntese do sentido da vida. Confiar nas riquezas, ou em Deus, como o alertará o Senhor Jesus no Sermão da Montanha: não é possível servir a dois senhores (cf Mt 6, 24). A imagem da oliveira verdejante (v.10) contrasta com a da árvore arrancada (v. 7). Há contraste também entre a casa de Deus (v.10), firme e estável, e a tenda do injusto (v. 7), de repente destroçada. O salmista-profeta é o oposto do ímpio. Quanto à oliveira, árvore característica do país e conhecido símbolo de Israel (cf Jr 11,16 e Os 14,7), o apóstolo Paulo vai desenvolver de modo original essa imagem em Rm 11,17-24, para advertir os pagãos convertidos (oliveira silvestre) a reconhecerem a primazia da eleição dos judeus (oliveira cultivada): “Se alguns ramos foram cortados e tu, oliveira silvestre, foste enxertada no lugar deles e, assim, te tornaste participante da raiz e da
Para rezá-lo adequadamente, é preciso estar animado, ou deixar-se animar, pelo espírito de indignação ética que caracterizou os profetas do Antigo Testamento, o próprio Senhor Jesus, e os profetas dos nossos tempos. As desigualdade sociais, a falta de oportunidades iguais para todos vão aumentando o abismo entre ricos e pobres. Os poderosos encobrem suas riquezas com mentiras veiculadas em todos os meios de comunicação. Também hoje, os profetas pagam com a vida as denúncias que fazem. E no entanto é preciso fazê-las. Ai de nós, se faltarem, também dentro da Igreja, os profetas. Pe. Ney Brasil Pereira Professor de Exegese Bíblica no Instituto Teológico de SC - ITESC email: ney.brasil@itesc.org.br
Para refletir: 1) O salmo começa com uma denúncia profética. Contra quem? Por que? 2) Qual a sentença do injusto, segundo o salmistaprofeta? 3) O que faz os justos, antes medrosos, mudarem de atitude? 4) Qual o testemunho pessoal do salmista? 5) Com que espírito devemos rezar este salmo?
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PJ realiza Pré-Missões Jovens Realizado em Angelina e Rancho Queimado, evento foi preparatório para as missões de julho Divulgação/JA
Nos dias 14 e 15 de maio, a Pastoral da Juventude realizou as pré-missões jovens, em preparação para as missões que acontecerão nos dias 15,16 e 17 de julho na Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição, nos municípios de Angelina e Rancho Queimado. O Projeto de missionariedade foi assumido pela PJ na última assembleia em 2009, para oportunizar aos jovens a experiência de Deus em meio ao povo, afim de que se tornem protagonistas da própria história e se comprometam na transformação da sociedade e da Igreja. Isso, além de reafirmarmos o chamamento que nos foi feito na V Conferência Latino Americana e do Caribe em Aparecida, no ano 2007, para “alimentar a fé do povo de Deus”, pois a partir de nosso batismo somos chamados a ser “discípulos e missionários de Jesus Cristo”. As pré-missões iniciaram com a formação dos 21 lideres missionários que atuarão frente aos grupos de visitação. A assessoria foi do Pe. Paulo de Coppi, PIME. Foram trabalhados temas como: missão, atitudes e metodologia do missionário, e espiritualidade missionária. Durante o sábado à
As pré-missões iniciaram com a formação de 21 líderes missionários tarde e domingo o dia todo, os jovens estiveram nas comunidades, fazendo reuniões, conversando, ouvindo e conhecendo um pouco da realidade, para assim entendermos um pouco daquilo que é o dia- a- dia do povo. As pré-missões foram um grande momento de partilha e de ir ao encontro das comunidades. Agradecemos à paróquia pela acolhida carinhosa que tivemos. Nossas missões têm como tema: “Juventude em Missão” e o Lema: “Nesta terra, neste chão... semeando Comunhão”. Segundo João Batista Sartori,
Coordenador das Missões Jovens, “as pré-missões foram muito boas: conseguimos conhecer um pouco mais sobre a realidade da paróquia e partiremos agora para a próxima etapa, que é realizar a formação dos jovens que participarão das missões, e verificar junto às lideranças da paróquia os detalhes da visitação que acontecerá em julho.” Venha fazer parte dessa missão você também! Entre em contato a Secretaria da Pastoral da Juventude pelo fone: (48) 32244799 ou por e-mail pjarquifloripa@yahoo.com.br
Como falar ao jovem sobre...
A Missa Certas vezes percebo a reação de alguns jovens na missa e me pergunto o que se passa em suas cabeças? E aí lembro um livro que li recentemente: “A missa me dá tédio”. Será que esses jovens estão entediados durante as missas? Creio que este é o primeiro passo, se você quiser falar aos jovens sobre a missa: entender o que se passa com eles. E a melhor forma de descobrir, é perguntando. Talvez você não tenha como responder o porquê de a missa ser tão monótona (na visão daquele jovem), por que ele não se agrada daquilo. Oouvir é muito importante, antes de querer falar. Talvez a melhor forma, seja concordar com o sentimento, mas tentar explicar o significado
e a profundidade da missa. Como contestar um sentimento? Se ele “se entedia”, não são palavras que vão mudar o sentimento dele. Mas, as palavras de você podem fazer com que a missa adquira significado para aquele jovem, embora entediado. “Fazei isto em memória de mim”(Lc 22,19): a missa não é uma invenção do padre, do bispo ou do papa. Deus enviou seu Filho e este, antes de partir, quis deixar um elo que continuasse a nos ligar. Ele o fez através de um pedaço de pão e de um pouco de vinho. Jesus disse que, para mantermos a comunhão com Ele, seus discípulos deveriam repetir o que Ele fez. É simples: é um pedido de Deus, através de seu Filho. A mis-
sa é esta memória, esta lembrança, este momento de fazermos o que Ele pediu (Cf CIC 1341). Dessa forma, buscando encontrar junto com o jovem um significado para a missa e especialmente a Eucaristia, fica mais fácil de ajudá-lo a entender, até que ele encontre, na missa, um significado maior. Mesmo que eu ficasse entediado em algumas partes da missa, começaria a querer ficar ali por causa de Cristo e porque quero estar na sua presença. Pois Ele afirmou que, através daquela memória, teríamos parte com Ele, gozaríamos da presença d’Ele. Guilherme Pontes Seminarista da Arquidiocese
Marcha contra a Violência A Pastoral da Juventude da CNBB - Regional Sul IV (SC), estará promovendo no dia 26 de junho, em Navegantes, a Marcha Estadual contra a Violência e o Extermínio de Jovens. A organização pretende reunir mais de cinco mil jovens. A marcha inicia às 9h30, e os jovens caminharão até a frente da Prefeitura, onde haverá show musical com o grupo “Mensageiros de Cristo”, de Araranguá. A Marcha faz parte da Campanha Nacional contra a Violência e o Extermínio de Jovens, que desde 2009 tem sido trabalhada pela PJ junto aos jovens, ao poder público e a sociedade civil. Ela será realizada junto com a 4ª Caminhada pela Vida, evento promovido pela Pastoral da Sobriedade de Navegantes.
Todos os anos, mais de 1.200 jovens, entre 15 e 24 anos, morrem em Santa Catarina vítimas de causas violentas (homicídios, suicídios e acidentes de trânsito). No Brasil, são mais de 42 mil por ano. No Estado, 51% das vítimas de homicídios são jovens. A Marcha trará presente realidades de violência sofridas pela juventude, bem como sinais de esperança presentes na organização dos jovens. Tudo isso com muita animação, música, teatro e todo o dinamismo da juventude. Todas as pessoas são convidadas a participar e fortalecer a esperança. Organize seu grupo e participe deste momento histórico! Mais informações pelo site: www.missaojovem.pjsul4.org.br/ marcha
Noite da Juventude Realizada em Angelina, evento reuniu mais de 150 jovens da Comarca de Santo Amaro No dia 14 de maio aconteceu na Paróquia de Angelina a primeira “Noite da Juventude” da Comarca de Santo Amaro, reunindo cerca de 150 jovens. Essa noite foi organizada pela Pastoral da Juventude e demais apoiadores da Paróquia local. Durante toda a noite foi visível a alegria de cada pessoa que estava prestigiando o evento. A noite foi animada pela Banda AUJ (Ami-
gos Unidos por Jesus), que mais uma vez aceitaram o convite de colaborar com a Paróquia. Trouxeram, através da música, momentos de louvor, animação e emoção. Além de crianças, jovens e adultos da comarca, participaram dessa noite também líderes missionários da Arquidiocese, que estavam realizando as Pré-Missões Jovens durante aquele final de semana. Divulgação/JA
Através da música, jovens tiveram momentos de louvor e animação
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Jornal da Arquidiocese
Dom Wilson assume o Regional Sul IV Natural do Estado, Dom Wilson, bispo de Tubarão, assume o Regional pelos próximos quatro anos dezembro de 1977 pela Congregação do Sagrado Coração de Jesus. A sagração episcopal foi no dia 16 de agosto de 2003, quando assumiu como bispo auxiliar da Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro. Em 26 de maio de 2010, foi nomeado bispo de Tubarão, tomando posse no dia 18 de julho do mesmo ano. Durante a 49º Assembleia dos Bispos, o cardeal Dom Raymundo Damasceno Assis, arcebispo de Aparecida (SP), foi eleito o novo presidente da CNBB. Ele sucede a Dom Geraldo Lyrio Rocha, arcebispo de Mariana, MG, que esteve à frente da instituição nos últimos quatro anos. Em entrevista, Dom Wilson fala dos seus projetos para o Regional durante o seu mandato. Jornal da Arquidiocese O senhor é natural de Santa Catarina. Isso ajuda no trabalho que pretende realizar? Dom Wilson - Nasci em Vidal Ramos, que hoje pertence à Diocese de Rio do Sul, fui ordenado pres-bítero em 1977 e a maior parte de minha missão como presbítero foi realizada no Estado. Dez deles foi nesta Arquidiocese,
Seminário Arquidiocesano de Pastorais Sociais No próximo dia 11 de junho, sábado de manhã, das 08h às 12h, em Biguaçu, estará acontecendo o Seminário Arquidiocesano de Pastorais Sociais. Com assessoria da ASA-Cáritas, será trabalhado o tema: “Um olhar sobre a realidade social arquidiocesana”. O seminário tem como objetivo: refletir e aprofundar a missão e atuação das Pastorais Sociais na Arquidiocese, a partir dos gritos da realidade diocesana. Pretende-se também definir o diagnóstico social da Arquidiocese, para ser apresentado e estudado na próxima Assembleia Arquidiocesana de Pastoral, em vista do “ver” de nosso
futuro Plano Arquidiocesano de Pastoral. Participarão do seminário quinze pessoas de cada pastoral social existente na Arquidiocese (Carcerária, Criança, Enfermos, Juventude, Migrante, Pessoa Idosa, Saúde, Sobriedade e Universitária) e duas pessoas de cada Ação Social Paroquial. A Coordenação Arquidiocesana de Pastoral conta com a colaboração de todos, em vista do sucesso deste Seminário, que se revela importante para o diagnóstico social de nosso Plano de Pastoral. Pe. Vitor Galdino Feller Coordenador Arquid. de Pastoral
Foto JA
Nos dias 04 a 13 de maio, mais de 300 bispos de todo o Brasil estiveram reunidos em Aparecida, São Paulo, para participarem da 49ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Durante a assembleia, os bispos de Santa Catarina elegeram Dom Wilson Tadeu Jönck, 59 anos, bispo de Tubarão, como o novo presidente do Regional Sul IV (SC). A diretoria ainda ficou composta por Dom Frei Mário Marquez, 52, recém-empossado em Joaçaba, que assume a vice-presidência, e por Dom Augustinho Petry, 72, de Rio do Sul. Dom Vilson sucede a Dom Murilo Krieger, que foi eleito arcebispo de Salvador, Bahia, e lá tomou posse em 25 de março. Pe. Francisco de Assis Wloch, secretário executivo do Regional no último mandato, foi mantido no cargo. “Para nós é muito importante a sua permanência pela experiência no Regional e na CNBB, e já conhece muito bem a mecânica do trabalho, disse Dom Wilson. Natural de Vidal Ramos, em Santa Catarina, Dom Wilson nasceu no dia 10 de julho de 1951. Foi ordenado presbítero em 17 de
Dom Wilson diante da sede do Regional Sul IV, em Florianópolis onde trabalhei por dez anos em Brusque. Trabalhei como padre em três dioceses do Estado. Isso me permitiu conhecer bastante coisa de Santa Catarina. Estava em Jaraguá do Sul, Diocese de Joinville, quando em 2003 fui nomeado bispo-auxiliar do Rio de Janeiro. JA - Há oito anos o senhor é bispo e há dez meses está de volta ao Estado. Já deu para se inteirar da realidade do nosso Regional? Dom Wilson - Participei de algumas reuniões de âmbito regio-
nal, onde pude reencontrar padres que já conhecia e entrei em contato com a pastoral de Santa Catarina. O resto vamos aprender agora. Estou chegando, disposto a aprender e contribuir para tornar sempre melhor o nosso Regional. JA - Quais os maiores desafios que o senhor terá que enfrentar na presidência do Regional? Dom Wilson - Os desafios são os do nosso tempo. São os mesmos que encontramos em todo o Brasil, depois particularizados em
cada diocese. A questão da indiferença religiosa, a família que está se esfacelando, a questão da juventude... O viver a fé de uma forma intensa no nosso tempo, esse é o maior desafio geral. JA - Quais são as suas propostas de trabalho para os quatro anos de mandato? Dom Wilson - A primeira coisa que gostaria de fazer é promover uma maior união entre nós bispos: que possamos nos conhecer e troquemos experiências e vivências em nossas dioceses. Quase todos somos bispos novos em Santa Catarina. Depois, ver os projetos que estão sendo desenvolvidos no Estado. Conheço alguns, mas não em profundidade. A formação dos seminaristas, que é de âmbito regional, e a própria questão vocacional, que pede uma atividade e atitude nossa como dioceses, de bispos e de promotores de pastoral, receberão atenção especial. A atividade do Regional é fazer acontecer aquelas atividades que são gerais, mas que as dioceses confiam ao Regional para que haja unidade em todo o Estado. Vamos nos empenhar para que isso aconteça.
COMIDI realiza Retiro para Missionários O Conselho Missionário Diocesano – COMIDI, estará promovendo nos dias 17, 18 e 19 de junho um Retiro de Formação para os interessados em realizar trabalho missionários na Diocese de Barra, na Bahia. O retiro será realizado na Comunidade Nova Esperança, em Tijucas. Há mais de 20 anos, a Arquidiocese encaminha missionários leigos para realizar missão na Diocese de Barra, na qual é desenvolvido o projeto “Diocese Irmã”, com a manutenção de um padre. Desde 2000, o trabalho tem sido realizado mais sistematicamente, encaminhando mais missionários leigos. Todos os anos era enviado um ônibus. Mas de 2007 a 2009, com
o aumento da demanda, foram encaminhados dois ônibus e em 2010, três ônibus. “Isso mostra que o trabalho de animação missionária que é realizado na Arqui-
diocese tem surtido efeito e as pessoas estão despertando a consciência missionária”, disse Pe. Darcísio Schappo, coordenador do COMIDI. Durante o retiro, os missionários receberão formação para o trabalho missionário que realizarão nos dias 15 a 28 de julho, em Mor Pará, na Diocese de Barra, na Bahia. O retiro tem como tema “Por Jesus Cristo somos chamados e enviados para a Missão”, com a pregação do Pe. João Panazzolo, da Diocese de Caxias do Sul, RS, e assessor da Dimensão Missionária da CNBB regional e nacional. Os interessados devem entrar em contato com o Sr. Domingos pelos telefones: 9619-9244 e 8477-3552.
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Elizandro é o novo padre da Arquidiocese Realizada na paróquia de Cordeiros, em Itajaí, ordenação presbiteral foi a segunda deste ano Foto JA
A Igreja Matriz da Paróquia São Cristóvão, em Cordeiros, Itajaí, foi pequena para acolher as centenas de fiéis que lá estiveram na tarde do dia 21 de maio. Nesse dia, às 15h, foi realizada a celebração de ordenação presbiteral de Elizandro Scarsi, 30 anos. A celebração foi presidida por Dom José Negri, bispo de Blumenau, e concelebrada por padres e diáconos da Arquidiocese. A igreja ainda contou com a presença de familiares, amigos, fiéis da comunidade local, da de origem do ordenando, e das comunidades por onde Elizandro realizou atividade pastoral. No início da celebração, Pe. Nelson Tachini, SCJ, o pároco, fez a saudação inicial. Em seguida, Dom José Negri agradeceu o convite para presidir a ordenação. Com a saída de Dom Murilo Krieger, Dom José foi convidado para a solenidade. No dia 30 de abril ele já presidira a ordenação do Pe. Pedro Paulo Alexandre, em Leoberto Leal. Ele foi nosso bispo auxiliar de 2005 a 2009. Pe. Valter Maurício Goedert, diretor da Escola Diaconal e Professor de Liturgia do ITESC, fez o pedido de ordenação presbiteral e deu o seu testemunho de que Elizandro era considerado digno da ordenação.
Durante o rito de ordenação, as mãos de Elizandro são ungidas pelo Óleo do Crisma por Dom José Negri, que presidiu a cerimônia
Vida em Oração Em sua homilia, Dom José falou da importância da oração na vida do presbítero. “O sacerdote é o especialista na oração, é aquele que se assemelhou tanto ao Cristo, que vive a sua vida constantemente em comunhão com Deus. (...) Um padre que vive a sua vida sem rezar é como uma árvore frutífera viçosa, bonita, mas sem frutos, que só serve para ocupar espaço”, disse Dom José. Em seguida, o ordenando manifestou o seu propósito para a ordenação presbiteral. Depois, foi cantada a ladainha. Após, pela imposição de mãos de Dom José,
Próxima Ordenação:
Pedro Alcido Arquivo/JA
A Paróquia Sagrado Coração de Jesus, em Antônio Carlos, estará em festa no dia 18 de junho para receber a celebração de ordenação presbiteral do diácono Pedro Alcido Philippe. A celebração será realizada na Igreja Matriz, às 16h, e presidida por Dom Wilson Jönck, Bispo de Tubarão e recém empossado presidente do Regional Sul IV da CNBB. Com 34 anos, Pedro Alcido é de família bastante religiosa e foi a vida em oração que determinou o seu despertar vocacional. A caminhada como catequista e a participação no
Ordenação será em Antônio Carlos Grupo de Jovens também contribuiu para seu discernimento. Em 2000 ingressou no Seminário Menor de Azambuja.
Elizandro foi ordenado presbítero. O ato foi seguido por todos os padres presentes à celebração. Ao final da celebração, um grupo de jovens da comunidade realizou uma encenação artística vocacional. Pe. João Francisco Salm, administrador diocesano, em nome da Arquidiocese agradeceu a Dom José Negri pela presença e por ter realizado a celebração.
Missão Pastoral Pe. Salm entregou ao Pe. Elizandro a provisão de sua nomeação como vigário paroquial de São Judas Tadeu e São João Batista, na Ponte do Imaruim, em Palhoça. Ele já realiza atividades pastorais na paróquia desde o dia 12 de fevereiro, quando foi ordenado diácono. Pe. Luiz Rebelatto, o pároco, recebeu uma cópia do documento. Ao final, já ordenado presbítero, Elizandro agradeceu a todos que de alguma forma contribuíram para a sua formação. Antes da bênção final, Dom José ainda disse que estava muito feliz por presidir a celebração de um padre que vai exercer seu ministério na mesma paróquia em que ele havia iniciado o seu trabalho na Arquidiocese. Ao final da celebração, todos foram convidados a participar de um coquetel no salão paroquial. Assista o vídeo da ordenação no site da Arquidiocese (www.arquifln.org.br) e mais fotos clicando em “Álbum de fotos”.
Encontro prepara para a Semana de Oração A Comissão Arquidiocesana para o Ecumenismo e o Diálogo Inter-Religioso (CADEIR) promoveu no dia 21 de maio, um encontro de preparação para a Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos (SOUC-2011). Realizado na Igreja Matriz da Paróquia Santo Antônio, em Campinas, São José, o encontro reuniu 22 participantes, representando 12 paróquias. Realizado à tarde, o encontro teve quatro momentos fortes: 1. uma celebração ecumênica inicial, tendo em vista que “a oração é a alma do ecumenismo”; 2. histórico das Semanas de Oração pela Unidade dos Cristãos com a exposição de Márcio Murilo Martins; 3. apresentação por Celso Loraschi sobre o tema da SOUC/2011 na perspectiva da obra de Lucas; 4. partilha de experiências ecumênicas e esclarecimentos sobre o papel das Comissões Paroquiais para o Ecumenismo, bem como a partilha de idéias sobre o que cada comunidade pode fazer durante a SOUC. “O que foi enfatizado no encontro é que em cada celebração não esqueçamos de rezar pela unidade dos cristãos, atualizando o que as comunidades de Jerusalém viveram
nos primeiros tempos da Igreja, conforme indica o lema: ‘Unidos no ensinamento dos Apóstolos, na comunhão fraterna, na fração do pão e nas orações’ (At 2,42)”, disse Celso Loraschi, delegado arquidiocesano da CADEIR, Realizada entre nos dias 05 a 12 de junho, a Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos é um projeto ecumênico promovido pelo Conselho Mundial de Igrejas e pelo Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos, da Igreja Católica Apostólica Romana, desde 1968. No Brasil o Conselho Nacional de Igrejas Cristãs (CONIC) é o promotor do evento ecumênico desde 1983. Na Arquidiocese, a promotora é a CADEIR. Neste ano, a SOUC-2011 tem como lema “Unidos no ensinamento dos apóstolos, na comunhão fraterna, na fração do pão e nas orações” (cf. At 2,42). Portanto, o evento faz um apelo a todos os cristãos para a redescoberta conjunta dos valores que mantinham unida a comunidade primitiva em Jerusalém, quando os fiéis se uniam no ensina-mento dos apóstolos, na comunhão fraterna, no partir do pão e nas orações.
Retiro para Cursilhistas O Movimento de Cursilho convida os Jovens de 18 a 28 anos, que não são casados, a participar de um retiro espiritual. O evento é dividido em dois momentos, um para as mulheres e outro para os homens. O feminino será nos dias 30 de junho e de 01 a 03 de julho. O masculino no dias 07 a 10 de julho. Ambos serão realizados na Casa de Retiro Vila Fátima, no Morro
das Pedras, em Florianópolis. O evento tem como objetivo recuperar pessoas afastadas da Igreja e despertar lideranças para que sejam agentes de evangelização nos seus ambientes de convivência. Os interessados devem entrar em contato pelos fones (48) 3035-2923 ou 99464201 ou pelo e-mail acad_reciclagem@ superig.com.br.
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Ação Social
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Jornal da Arquidiocese
ASA realiza 39ª Assembleia Geral Ordinária Durante a Assembleia foi eleita a nova diretoria que coordenará a instituição nos próximos três anos Divulgação/JA
Aconteceu no dia 14 de maio, na Paróquia São João Evangelista em Biguaçu, a 39.ª Assembleia Geral da ASA. Com a presença das Entidades-Membro, a Assembleia deliberou sobre vários pontos importantes para o fortalecimento da caminhada da rede ASA na Arquidiocese de Florianópolis.
Somos Solidariedade, somos Cáritas Num primeiro momento da manhã, Pe. Roque Favarin, secretário regional da Cáritas Brasileira em Santa Catarina, apresentou a história da organização dos trabalhos sociais da Igreja Católica E sua consolidação ao longo do tempo, sobretudo a partir das Cáritas Paroquiais, Diocesanas e Regionais. A ASA desde 2005 é entidade filiada à Cáritas Brasileira e é sua a missão de espalhar para a sua rede a mística e o jeito “Cáritas”, junto às ações sociais paroquiais.
Gestão 2011-2014 A Assembleia também deliberou sobre a alteração estatutária, onde redefiniu sua missão, visão e valores, filiação e desfiliação de entidades-membro, tendo a Ação Social e Cultural Nossa Senhora da Glória - ASCUNSEG como a mais nova entidade-membro; aprovação dos relatórios de atividades e financeiros do período de 2009 e 2010, e a escolha da nova
Nova diretoria eleita para a Ação Social Arquidiocese para 2011-2014
Nova Diretoria 2011-2014 Presidente: Pe. Mario Sérgio do Nascimento Vice-presidente: Sandra Schilichting 1º Secretária: Leda Cassol Vendrúsculo 2ª Secretária: Maria Inês Clasen 1º Tesoureiro: Diácono Rena-
to Ghellere 2.º Tesoureiro: Djalma Lemes Conselho Fiscal: Pe. Siro Manoel de Oliveira, Sr. Antonio José de Souza e Sr. Paulo Schmidt. Suplentes: Maria Elisabeth da Silva, João Carlos da Costa e Sra. Ivone Martins.
Paróquia de Biguaçu promove ação sobre a CF-2011 Motivados pela Campanha da Fraternidade deste ano, a Ação Social São João Evangelista promoveu no dia 28/04, no auditório da Igreja Matriz, a realização de Diálogo com o tema “Fraternidade e Vida em Biguaçu”. O objetivo do encontro foi aprofundar o conhecimento da comunidade sobre a situação do meio ambiente no Planeta e em Biguaçu, bem como identificar propostas de ações que ajudem a superar os problemas ambientais. O encontro contou a participação de representantes de todas as comunidades do Município e membros de organizações sociais locais. Após a abertura Irmã Eunice Berry fez uma apresentação do conteúdo do texto base da CF-2011. Depois Henrique Azevedo, Superintendente da Fundação Municipal do Meio Ambiente de Biguaçu – FAMABI, apresentou por
meio de fotografias as riquezas e os problemas ambientais de Biguaçu, bem como as ações que estão sendo tomadas e as que ainda precisam ser implementadas para desenvolvermos a cidade de forma sustentável. Em seguida a Associação Biguaçuense de Catadores de Materiais Recicláveis fez uma fala sobre o trabalho da organização na área da reciclagem de resíduos sólidos (lixo). No último momento do encontro algumas perguntas foram feitas pelos presentes ao representante da FAMABI. Assuntos como relação agricultura e meio ambiente, pedreira e aterro sanitário foram abordados. Como proposta de ação a Paróquia apoiará o programa de coleta seletiva e triagem de resíduos sólidos que está em fase inicial de implantação no município, em especial através da divulgação e sensibilização nas comunidades. Divulgação/JA
diretoria e conselho fiscal da ASA. Com o voto unânime de todos os delegados presentes, foi eleita para o triênio de 2011-2014 a nova diretoria e conselho fiscal: “A Assembleia foi muito positiva e animadora, pois ela possibilitou a participação das entida-
des filiadas no processo de gestão e funcionamento da ASA, assim como fortaleceu ainda mais a caminhada e o sentimento de pertença a uma grande rede de Ações Sociais”, disse Pe. Mário Sérgio do Nacimento, novo presidente da ASA.
Participação e Controle Social:
Como efetivar esse direito? Desde a Constituição de 1988, os cidadãos têm o direito assegurado de não só participar da formulação das políticas públicas, mas de fiscalizar a aplicação e a gestão dos recursos públicos e cobrar resultados. Essa fiscalização pode ser feita individual ou coletivamente, através dos conselhos gestores de políticas públicas. Muitas Ações Sociais Paroquiais participam ativamente desses espaços, compondo com outras entidades os Conselhos de seus municípios. Em março de 2011, a ASA iniciou o Curso de Formação de Conselheiros e no próximo dia 29 de junho trabalhará a temática “Participação e Controle Social”, em parceria com a Controladoria Geral da União. Esta, a CGU, é o órgão de controle interno competente para fiscalizar a correta aplicação dos recursos federais, além de ser responsá-
vel pelas ações de capacitação e fomento à participação social, através da Secretaria de Prevenção à Corrupção – SPCI. No próData
Hora
29/06 08h30
ximo encontro serão trabalhados pela CGU: conceito, formas e mecanismos do controle social. E um dos principais assuntos será a 1ª Consocial (Conferência Nacional sobre Transparência e Controle Social), que ocorrerá de junho/2011 até maio/2012 em nível municipal, estadual e nacional, e cuja participação dos conselheiros de políticas públicas é fundamental. Dada a importância do papel desenvolvido pelos conselheiros, e de sua capacitação continuada, serão abertas vagas para participação de membros dos Conselhos Municipais da Grande Florianópolis. Participe!!
Local
Tema e Assessoria
Salão Paroquial São João Evangelista Biguaçu
Participação e Controle Social - Representante da CGU
Contato para inscrições: 3224-8776 com Inês
Evento reuniu dezenas de pessoas que debateram sobre o meio ambiente
A intervenção da ASA em gestão de riscos e desastres A rede Cáritas Brasileira vem desenvolvendo sua atuação nesse campo há muitos anos, e a cada nova intervenção direta vem manifestando a necessidade de aprimorar-se nessa área, haja vista que todo evento traz consigo novas conseqüências e compreensões da realidade social. A partir do último grande evento em 2008, no Vale do Itajaí, a ASA percebeu a necessidade de ampliar sua atuação nessa perspectiva. Para tanto, o objetivo da ASA com o Projeto de Gestão de Risco e Desastres é capacitar as entidades-membro e líderes comunitários, por ela identificados para estarem atuando nessas situações, além
da emergência em si, mas com ações de prevenção, preparação, resposta e reconstrução. Serão realizadas capacitações técnicas com as entidades membro em administração de desastres, articulação e fortalecimento dos vínculos com a Defesa Civil, Plano de Contingência e um Seminário para socialização dos conhecimentos adquiridos pelos capacitados envolvendo toda a sociedade civil e governamental no debate. O Inicio das atividades acontecerá durante os encontros das Redes Municipais: Palhoça – 09/06; Brusque – 13/06; Florianópolis – 15/06; São José – 17/06; e Itajaí – 28/06.
Jornal da Arquidiocese
GBF 11
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Justiça e Profecia a serviço da vida Este é o tema do novo livrete dos GBFs para o Tempo Comum, elaborado pela equipe de coordenação Os Grupos Bíblicos em Família caminham em unidade com a Igreja em Santa Catarina rumo ao 11º Encontro Estadual das Comunidades Eclesiais de Base (CEBs). Assim sendo, o nosso Livreto dos Grupos Bíblicos em Família para o Tempo Comum deste ano apresenta alguns aspectos diferentes, desde a capa até os conteúdos de alguns encontros. Para melhor compreensão, vão aqui algumas informações e explicações gerais a respeito de diversas referências que aparecem ao longo dos 18 encontros do livreto e das celebrações: inicial e final. 1. Toda a Igreja no Brasil é representada pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), e está dividida em 17 Regionais: Norte 1; Norte 2; Noroeste; Nordeste 1; Nordeste 2; Nordeste 3; Nordeste 4; Nordeste 5; Oeste 1; Oeste 2; Centro Oeste; Leste 1; Leste 2; Sul 1; Sul 2; Sul 3; Sul 4. As dez dioceses do nosso Estado formam o Regional Sul 4 da CNBB. Daí, o mapa do Estado na capa do nosso livreto para o Tempo Comum. 2. Todas as dioceses do Regional Sul 4 têm como prioridade pastoral os Grupos de Reflexão/ Família, com nomes e siglas diferentes: Grupos Bíblicos em Família (GBF); Grupos de Reflexão Bíblicos(GRB); Grupos de Reflexão
(GR); Grupos de Reflexão/Família (GR/F); Grupos de Família (GF). 3. Anteriores a esses grupos de evangelização existiam no Brasil - e continuam a existir - as Comunidades Eclesiais de Base (CEBs), as quais têm a prática de celebrar, a cada quatro anos, um grande Encontro Estadual, sempre em outra diocese, e um Encontro Intereclesial, em um dos Regionais da CNBB. 4. Em abril de 2012, acontecerá em nossa Arquidiocese o 11º. Encontro Estadual das CEBs, com o tema: Justiça e Profecia a Serviço da Vida; e em 2014, na cidade de Juazeiro do Norte, no Ceará, o 13º Intereclesial, com o mesmo tema, e o lema: “CEBs romeiras do Reino no campo e na cidade”. 5. Em preparação ao evento em nossa arquidiocese, e como expressão de comunhão eclesial no nosso Regional, surgiu a proposta de cada diocese contribuir este ano com um tema para o livreto dos Grupos das demais dioceses. 6. Assim, no presente livreto, após a Celebração Inicial para o Tempo Comum, teremos um 1º. Bloco de encontros com o tema geral: Rumo ao 11º. Encontro Estadual das CEBs em 2012, constando de 08 encontros com temas elaborados pelas dioceses de Criciúma, Blumenau, Chapecó,
Encontro dos GBFs Paróquia da Coloninha
Florianópolis, Tubarão, Rio do Sul, Joinville e Lages; e um 2º. Bloco, com temas inspirados pelas novas Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora (DGAE) aprovadas na última assembleia da CNBB,
concluindo com uma Celebração Final do Tempo Comum. Ir. Clea Fuck Membro da equipe de redação e revisão dos livretos dos GBF
Encontro dos GBFs/CEBs na Comarca da Ilha nha da Fraternidade deste ano e nossas ações sobre o meio ambiente. À tarde, após o almoço, a formação foi conduzida por Carla Cristiani de Oliveira Guimarães, animadora de Grupos Bíblicos em Família. Ela falou sobre a dimensão social dos GBFs/CEBs a partir dos documentos das conferências de Puebla e Aparecida. E aplicá-los em nossa ação pastoral, não apenas em palavras, mas em ações concretas que mudem a sociedade em que vivemos. O encontro foi encerrado com um momento celebrativo conduzido pelos três diácono e pelo Pe. Pedro Paulo Alexandre, presentes ao encontro. Para o Diácono Roberto, coordenador comarcal
Foto JA
Os Grupos Bíblicos em Família e as Comunidades Eclesiais de Base da Comarca da Ilha estiveram reunidos no dia 29 de maio para participar de um encontro de formação. Realizado no salão da Paróquia da Imaculada Conceição da Lagoa, em Florianópolis, o encontro reuniu mais de 130 participantes de seis paróquias da comarca. Durante o dia, os participantes tiveram dois temas de formação. Pela manhã, após a saudação, às 9h, todos foram conduzidos pároco, Pe. Valdeci Cardoso Vieira, por uma caminhada em uma trilha no meio da Mata Atlântica. Nos 1,5km da trilha localizada nos fundos da Igreja Matriz, eles refletiram sobre a Campa-
Comunicado Mais de 130 lideranças estiveram reunidas na Paróquia da Lagoa dos GBFs, o encontro foi muito positivo. “Foi muito bom pela participação e pelas assessorias,
que contribuíram para o crescimento dos GBFs e CEBs da Comarca”, disse o diácono.
Ação concreta dos GBFs - Comarca de Itajaí Em uma das reuniões comarcais dos coordenadores(as) paroquiais dos GBFs, antes de iniciar a quaresma, foi lançada a proposta, por uma coordenadora paroquial, de mobilizar as comunidades na reciclagem de lixo: “Que tal! Se conseguirmos fazer uma campanha de recolhimento para reciclagem de latinhas de
alumínio, e o valor arrecadado seria doado na Coleta da Solidariedade de cada Paróquia. Nós na Paróquia Divino Espírito Santo em Camboriú sugerimos que não apenas latinhas, mas todo material fosse recolhido, e então veio a surpresa com a quantidade e o desejo do povo em não colocar no lixo esse material. Resultado
No dia 14 de maio realizouse na paróquia Santo Antônio e Santa Maria Goretti Coloninha, o encontro de formação dos GBF com os animadores e animadores. O Encontro foi organizado pela equipe paroquial e conduzido no primeiro momento pelo pároco Pe. Siro Manuel de Oliveira, que falou sobre importância da Palavra de Deus na vida e na missão da Igreja. Na sua fala, ressaltou que Maria é a discípula perfeita na escuta da Palavra de Deus. Maria escuta a anun-ciação do anjo (Lc 1,26ss) e diz sim ao grande anúncio da Boa-Notícia, a revelação Deus à humanidade. Ela se coloca totalmente disponível à vontade de Deus. Assim, também nós, precisamos saber escutar Deus, para anunciar ao mundo com convicção e fidelidade a Boa-Notícia do seu Reino de amor, justiça e paz. O encontro finalizou com a Leitura Orante da Palavra de Deus com o texto bíblico de Lc 24, 35ss “Os discípulos de Emaús”, conduzida com simplicidade e sabedoria pelo diácono Wilson Castro, da comunidade São Cristovão, paróquia do Rosário. Percebeu-se que os animadores e animadoras voltaram alegres para suas comunidades, entusiasmados e convictos da missão à qual Jesus os envia (Lc 4,18).
do recolhimento apenas no tempo da quaresma: Papelão 332 Kg; Alumínio 62 Kg; Ferro 325 Kg; Plástico (Pet) 228 Kg; Misto (papel e Sacos de Plástico 331 Kg; Litros de vidro, 22 unidades; Vidros de conserva, 37 unidades. O rendimento foi de quase quinhentos reais. Grupos Bíblicos de oito comunidades participaram
(Rio do Meio, Santa Regina, Areias, Vila da Pedra, Vila Conceição, Cedro, Braço e Matriz. O melhor de tudo é que não paramos, estamos arrecadando fundos agora para as Missões na Bahia. Infelizmente, nossa cidade não possui a coleta seletiva de lixo, portanto a grande maioria vai mesmo para o aterro sanitário.
Comarca de Santo Amaro Convidamos todos os animadores e animadoras dos GBFs, os senhores padres e diáconos das 06 Paróquias que compõem a comarca, para o encontro de formação sob os GBF no dia 18 de junho das 14horas as 17horas, na comunidade da Igreja Imaculado Coração de Maria em Rancho Queimado. Organizem-se nas paróquias para participar.
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Artigos
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C entenário
Padre Huberto Rohden – um longo caminho que sua vocação não era a pastoral direta com o povo, mas a vida acadêmica. Obtendo licença de Dom Joaquim, bispo diocesano, foi recebido na Companhia de Jesus. Em 1924 ingressou no Noviciado dos Jesuítas em Pareci Novo, RS. Na condição ainda de noviço, foi enviado, já em abril de 1924, para a Europa, onde esteve em diferentes casas da Ordem, complementando seus estudos, com o título de Doutor em Filosofia. Em 15 de maio de 1931 retornou à Arquidiocese, sendo nomeado vigário paroquial de Urussanga e encarregado de Cocal, pequena colônia de polacos. Com a grande bagagem intelectual já adquirida, sentiu-se desvalorizado. Esse era, porém, o costume de Dom Joaquim: não era humilhar, mas provar a obediência. Em 14 de novembro de 1931 recebe Cartas Demissórias para deixar a arquidiocese de Florianópolis e ir para a diocese de Santa Maria,RS. Ali foi nomeado Inspetor das escolas ferroviárias, com centro em Santa Maria.
A Liga da Boa Imprensa Numa época de poucas obras católicas ao alcance do povo, Pe. Rohden teve o apoio firme e amigo do Cardeal Dom Sebastião Leme, do Rio de Janeiro e empenhou-se na Cruzada da Boa Imprensa: lançar, a preços acessíveis, obras de formação católica.
Divulgação/JA
Filho de João Rohden e de Ana Locks, Huberto nasceu em São Ludgero em 31 de dezembro de 1893. Sentindo o chamado ao sacerdócio, iniciou os estudos aí mesmo, no seminário fundado na própria casa paroquial pelo Pe. Kloecker. Seguiu para o Rio Grande do Sul, onde percorreu o caminho escolar nos seminários dos padres jesuítas. Retornou a Santa Catarina em fins de 1919, sendo ordenado padre em 1º de janeiro de 1920, em cerimônia realizada na Catedral. Na mesma oportunidade também eram ordenados Jaime de Barros Câmara, futuramente bispo de Mossoró, arcebispo de Belém e Cardeal do Rio de Janeiro, e José Locks, depois Monsenhor. Era tio de dois outros eclesiásticos de grande envergadura: Dom Afonso Niehues, que foi arcebispo de Florianópolis, e Mons. Huberto Brüning, missionário em Mossoró por uma vida. Em 5 de janeiro de 1920 foi nomeado vigário paroquial da Catedral de Florianópolis e vigário encarregado da Santíssima Trindade, um trabalho de muito cansaço e privação através das comunidades pobres da Ilha de SC. O trabalho excessivo prejudicou-lhe a saúde. Em 1921 foi provisionado vigário paroquial de Braço do Norte e, em 1922, pároco da Laguna. Aluno de jesuítas, amante dos estudos, Pe. Huberto percebeu
neiro, Dom Jaime de Barros Câmara, seu colega de estudo e de ordenação. Deixa a Igreja católica e o Cristianismo como religião revelada. Profundas mágoas marcaram para sempre essa decisão.
Nos Estados Unidos
Pe. Huberto Rohden: de padre diocesano a filósofo e cientista da natureza O sucesso foi imenso e sua pessoa conheceu fama rápida em todo o cenário nacional. Em São Paulo, de onde saem muitas publicações para o restante do país, diversos eclesiásticos ofereceram sutis objeções a algumas afirmativas de Rohden. Depois da morte do Cardeal Leme, em outubro de 1942, consolidou-se a oposição, agora clara e pública. Pe. Rohden, atingido tão fortemente em sua integridade intelectual e cristã, sentiu o baque. Viveu, de 1943 a 1945, num sítio do Estado do Rio de Janeiro. Decidiu abandonar o ministério sacerdotal em 1943. Entregou a sua carta de desistência do uso as ordens eclesiásticas em janeiro de 1945, ao arcebispo do Rio de Ja-
Tendo clareza de mudança de vida e de convicções, de 1945 a 1946 recebe uma Bolsa de estudos para Pesquisas Científicas, na Universidade de Princeton, New Jersey (Estados Unidos), onde conheceu Albert Einstein. Ali lançou os alicerces para o movimento de âmbito mundial da Filosofia Univérsica, tomando por base do pensamento e da vida humana a constituição do próprio Universo, evidenciando a afinidade entre Matemática, Metafísica e Mística.
Um homem e sua obra Publicou quase 100 livros de Religião, Filosofia e Ciência. Ao longo da vida revisou, atualizou e reescreveu o conjunto de seus escritos, hoje editados pela Fundação Alvorada e por ele condensados em 65 obras. Importante para conhecê-lo a partir de si mesmo e de seu ponto de vista: POR UM IDEAL – o que por ele vivi e sofri em meio século (2 volumes – 1962): é a autobiografia de Rohden. É onde transpira seu ressentimento contra a Igreja (em praticamente todos os capítulos). Todas as suas
memórias são lembradas sob este enfoque.
Morte – o fim de um longo caminho Huberto Rohden teve uma vida agitada por muitas conferências pelo Brasil afora, normalmente freqüentadas por piedosos católicos que gostavam de ouvi-lo e permaneciam católicos. Sua figura, postura e comunicação atraíam. Nos últimos anos levou vida de meditação, contato com a natureza, trabalho na horta, revisão de suas obras. Escrevia para seus amigos e parentes (Dom Afonso Niehues, Mons. José Locks, Mons. Huberto Brüning e outros): cartas de um homem sereno e seguro, mas que sentia saudades de um mundo que lhe estava definitivamente distante. À zero hora do dia 7 de outubro de 1981, após longa internação em uma clínica naturista de S. Paulo, aos 87 anos de vida e 61 de ordenação sacerdotal, o professor Huberto Rohden partiu deste mundo e do convívio de seus amigos e discípulos. Suas ultimas palavras, em estado consciente, foram: “Eu vim para servir a humanidade”. Hoje seus restos mortais repousam no túmulo de seus pais, em São Ludgero. Pe. José Artulino Besen (acesse o texto na íntegra no blog: pebesen.wordpress.com)
Ecumenismo
Homossexualidade, Catolicismo e Liberdade Nos últimos dias temos presenciado uma série de manifestações ligadas à temática homossexual, associadas à decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de reconhecer a união estável de casais homossexuais, bem como ao projeto de lei sobre a chamada "homofobia", ou ainda, em relação às opiniões polêmicas do deputado Bolsonaro. Em meio a toda essa confusão, tentemos aclarar um pouco as ideias. Creio que, em primeiro lugar, devemos dar um basta às ideologias e à falta de racionalidade - da parte de todos. Do lado católico que nem sempre tem-se comportado como deveria - a Igreja deixa claríssimo que a atitude em relação a uma pessoa com tendências homossexuais é a de acolher com respeito, compaixão e delicadeza, evitando, em relação a eles, qualquer sinal de discriminação (Catecismo da Igreja Católi-
ca, n.2358). Por outro lado, da parte dos que defendem a homossexualidade, não pode existir uma ditadura que condene de imediato as opiniões contrárias àquelas que eles defendem. Deixando claro esse ponto e respeitando quem defende opiniões contrárias - ainda que racionalmente acredite que essas opiniões estejam equivocadas racionalmente defendo que a atividade homossexual é contrária ao modo próprio de ser da natureza humana. Insisto no termo "racional" porque não defendo essa posição devido à minha fé, mas porque a minha razão me permite ver que é algo contrário ao amor. Sem nenhuma intenção de ofender as pessoas que tenham essa tendência, parece-me claro que o que sentem é uma atração sexual - quase sempre reduzida apenas a essa dimensão. Acaso o amor não é mais que
a mera sexualidade? Uma prova do que disse antes, é que existem apenas 60 mil pessoas no Brasil que se "casaram" com pessoas do seu mesmo sexo. Não chega a 0,04% da população brasileira. Para que legislar para um grupo de 0,04%? Não me interpretem mal - ainda acreditando que seja um erro, não pretendo de nenhum modo que se proíba ou se tire a liberdade de as pessoas viverem a sexualidade como queiram. Porém criar leis - que moldam uma sociedade defendendo a homossexualidade e a união homossexual como família, que poderia inclusive adotar filhos, parece-me uma ofensa à democracia e à educação da nossa sociedade. Querer, através de uma lei, proibir qualquer tipo de manifestação de quem tem uma opinião contrária à "politicamente correta" é uma ofensa não ao catolicismo ou à religião, mas
à liberdade de pensar, à liberdade de expressão. Trata-se, como disse Reinaldo Azevedo em seu blog, de uma ditadura do politicamente correto. É democrático que, enquanto 62% da população brasileira seja contrária à união homossexual, essa seja imposta pelo Supremo Tribunal Federal de modo claramente contrário ao artigo 226 da Constituição Federal? Não só não é democrático, como é inconstitucional - mas a quem nos queixaremos, se é o STF quem decide a constitucionalidade? Sem prolongar mais, concluo dizendo que como católicos não somos e não devemos ser "homofóbicos". O que defendemos é que não mudem inconstitucionalmente o modelo de família, base de toda a sociedade e que não inculquem em nossos filhos uma educação pró-homossexual. Como católicos, não somos e ja-
mais seremos contrários à liberdade de pessoas homossexuais viverem de um modo com o qual não estamos de acordo, mas o que queremos é também a liberdade de poder dizer claramente o que pensamos, sem que isso seja considerado crime. Onde fica a nossa liberdade? Pe. Dr. Helio Luciano graduado em Odontologia pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), em Filosofia Eclesiástica e Teologia pela Universidade de Navarra (UN); Mestre em Bioética pela Faculdade de Medicina da Universidade de Navarra (UN) - Espanha; Mestrando em Teologia Moral pela Pontifícia Universidade da Santa Cruz (PUSC); Doutorando em Bioética pela Faculdade de Medicina do Campus Biomedico di Roma (UNICAMPUS); Membro da Comissão de Bioética da CNBB.
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Missão 13
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Bem-Aventurado Clemente Vismara Desta vez trata-se de um missionário do PIME, que passou 65 anos na missão da Birmânia
O novo Bem-Aventurado é um missionário do Pontifício Instituto das Missões - PIME, uma família missionária, hoje sesquicentenária, pois nasceu em 1850, do clero diocesano da Lombardia, região da Itália cuja capital é Milão. Dois anos depois, o PIME já enviava seus primeiros missionários para a Papua Nova Guiné. Poucos anos depois, em 1868, o PIME enviava outro grupo de missionários, dessa vez para a Birmânia. Pe. Clemente Vismara foi enviado logo após a sua ordenação. Naquele país, o missionário viveu 65 anos, voltando para a Itália somente uma vez, em 1957, por motivo de saúde.
em 6 de setembro de 1897. Com sete anos ficou órfão de pai e mãe. Em 1913, com 16 anos, entrou no Seminário de Milão, mas três anos depois teve que interromper os estudos para prestar o serviço militar na 1ª Guerra Mundial. Foi durante essa guerra que surgiu nele o ideal da vocação missionária. Clemente entendeu que somente a Deus valia a pena doar totalmente a vida. Foi assim que, em 1919, estando novamente no Seminário de Milão, fez a opção radical de ser missionário além fronteiras. Em vista disso, entrou no Seminário Missionário do PIME, na mesma cidade e, em 1923, foi ordenado presbítero. O seu entusiasmo e a sua vontade de doar-se a Deus e às missões era tão grande que, logo em seguida, partiu para a Birmânia, numa região paupérrima situada entre a China, o Laos e a Tailândia. Naquela região não havia ainda nenhum cristão. Brincando sobre essa situação, o Pe. Clemente escreveu: “Numa distancia de 100 km, se quisesse ver um outro cristão deveria me olhar no espelho!”. “O começo, testemunha o Pe. Clemente a um seu amigo, foi muito difícil! Sempre que chegava numa aldeia, as pessoas fugiam e se escondiam nas choupanas. Era a primeira vez que um homem branco aparecia para visitá-los. Contudo, apesar disso, posso lhe afirmar que, raramente, senti tristeza ou abatimento”.
Quem foi Pe. Clemente Vismara
As virtudes de Pe. Clemente
Pe. Clemente nasceu em Agrate Brianza, perto de Milão,
Desde o começo do seu apostolado, Pe. Clemente visitava
O PIME na Birmânia (atual Myanmar)
Pe. Clemente Vismara, em 1923, logo que foi enviado para a Birmânia, e já idoso, aos 91 anos, depois de passar 65 anos naquele país.
Divulgação/JA
Nos dias de hoje, falar ou escrever sobre santidade parece algo fora de moda, pois a nossa sociedade consumista e materialista enaltece o “culto do corpo”, o “ter notoriedade”, possuir “bens materiais” ou impor ainda a “religião do pegue e pague”, isto é, quanto maior a bênção, maior deve ser a oferta. A Igreja, porém, propõe e testemunha os valores eternos que, de fato, dão sentido à vida. Enquanto a beatificação do Papa João Paulo II e da Ir. Dulce ainda ecoa nos nossos ouvidos e corações, apresento aos nossos leitores a figura do venerável Pe. Clemente Vismara que, no dia 26 de junho, será declarado Bem-Aventurado, na Catedral (Duomo) de Milão.
róico em praticar as virtudes evangélicas. Após mais dois anos, a Comissão Médica aprovou o milagre atribuído à sua intercessão e, no dia 2 de abril de 2011, o Papa assinou o decreto que reconhecia o milagre, declarando assim o Pe. Clemente Bem-Aventurado. A celebração da beatificação será realizada no dia 26 de junho de 2011, na Catedral de Milão.
Devoção ao BemAventurado Clemente
Pelo amor que tinha pelas crianças, sobretudo os órfãos e pobres, Pe. Clemente é considerado o “Protetor das crianças” no pequeno, mas bastante populoso, país asiático. fama de sua santidade e foi chamado carinhosamente de “Patriarca da Birmânia”. De suas exéquias participaram também muitos budistas e muçulmanos.
todas as aldeias daquela enorme região. Até onde podia, ia a cavalo e depois chegava a pé, pois era uma área muito montanhosa. Entre as suas virtudes destacamos: seu espírito de fé, o amor às crianças e aos pobres, espírito de sacrifício, serenidade diante das dificuldades, otimismo, humildade, paciência, bom senso e equilíbrio, desapego dos bens materiais, e confiança absoluta na Providencia Divina. No seu modo de agir e falar, mesmo diante das situações mais dramáticas, transmitia sempre, e a todos, o amor à vida e a alegria de viver. Por isso, o povo gostava de dizer: “Clemente é o padre que está sempre sorrindo e brincando”. Pe. Clemente morreu no dia 15 de junho de 1988, em Mong Ping, com 91 anos, rodeado pelo povo que o amava e que o reconhecia como um pai. Ele foi sepultado ao lado da gruta de Nossa Senhora de Lourdes, que ele mesmo tinha construído. Após a sua morte, logo se difundiu a
Caminho rumo à beatificação Um mês depois da morte do Pe. Clemente, o grupo missionário da sua paróquia de origem, escreveu ao Superior Geral do PIME, pedindo que se iniciasse a Causa da sua beatificação. Isso aconteceu somente em 1996, pelo Cardeal Carlo Martini, de Milão. No dia 15 de março de 2008, o Papa Bento XVI reconhecia o Pe. Clemente como “Servo de Deus”, devido ao seu modo he-
O Bem-Aventurado Clemente já é invocado como o “Protetor das crianças”, devido ao amor que ele tinha pelas crianças, sobretudo os órfãos e pobres. Inúmeras graças foram recebidas, pela intercessão do Pe. Clemente, também por casais sem filhos e em vias de separação. Ao Pe. Clemente, já no final de sua vida, alguém pediu que deixasse uma mensagem para os jovens. Eis a sua mensagem: “Queridos jovens, baseado na minha longa experiência, digo a vocês que, para ser missionário, é necessário doar a vida com generosidade, simplicidade, entusiasmo e amor. Não guardem nada para si. Sejam livres para amar a Deus e ao próximo por toda a vida. Se o missionário não é capaz de tamanha doação, não vale nada. Acreditem: Só Deus basta!” Que o Bem-Aventurado Clemente suscite muitas vocações missionárias entre nós. Pe. Toninho Nunes – PIME
Atividades Missionárias Nos dias 25 e 26 de junho será realizado o Retiro de formação para assessores da Infância e adolescência Missionária. Os interessados em participar, devem entrar em contato com Dalva, (48) 84113896, ou Maria Aparecida Campos, 3342-1886, ou pelo e-mail: leka@missaojovem. com.br.
Nos dias 18 a 20 de junho, O Conselho Missionário Diocesano estará promovendo, em Tijucas, o Retiro para as pessoas que desejam realizar missão na Bahia. Os interessados devem entrar em contato com o Pe. Darcísio Schappo, pelo fone (48) (48) 32731103 ou pelo e-mail pdschappo@hotmail.com
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Geral
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Foto JA
Pe. Elizandro Scarsi Vocação despertada no trabalho como catequista e membro de grupo de jovens A Paróquia São Cristóvão, em Cordeiros, Itajaí, recebeu os fiéis no dia 21 de maiopara a celebração de ordenação presbiteral de Elizandro Scarsi. Em 43 anos de criação da paróquia, esta foi a terceira ordenação. A primeira foi do Pe. Vitor Galdino Feller, ordenado no dia 23 de fevereiro de 1980. Depois, do Frei Fábio Cesar Gomes, no dia 09 de junho de 2001. Filho de João Augusto Scarsi e Lúcia Guimarães Scarsi, Elizandro nasceu no dia 02 de fevereiro de 1980, em Laranjeiras, no Paraná. Segundo filho de três irmãos, aos 14 anos Elizandro se mudou com a família para Itajaí, passando a residir na comunidade de Cordeiros. Lá passou a participar dos grupos de jovens e foi catequista. Graças a isso, sentiu cada vez mais forte o desejo de seguir a vida religiosa ordenada. Conversou com o seu então pároco, Pe. João Elias Antero, e recebeu todo o apoio. Participou dos encontros vocacionais em Azambuja e em 1999 entrou para o Seminário. Em entrevista, Pe. Elizandro fala influência da participação nos grupos de jovens e da catequese no seu despertar vocacional, do apoio recebido da sua família, da escolha do lema de ordenação e seu significado, da necessidade de os padres motivarem os jovens no seguimento de Jesus e o que esses devem fazer caso sintam o
desejo de seguir a vocação p0resbiteral. Jornal da Arquidiocese - O senhor participou de grupo de jovens e foi catequista. De que forma essas experiências contribuíram para o seu despertar vocacional? Pe. Elizandro - O fato de ter sido catequista e também de ter participado de grupo de jovens só ajudou a reforçar a fé que herdei de minha família. Ser catequista e membro do grupo de jovens fez com que eu participasse de forma mais direta da vida da comunidade e, com isso, acentuou-se em mim o desejo de ser sacerdote. Por que a vocação sempre nasce da comunidade e para a comunidade. JA - Durante a sua ordenação presbiteral, era nítido o orgulho do seu pai em estar entregando um filho para a Igreja. Qual a importância da família na sua vocação? Pe. Elizandro - Minha família foi muito importante na minha vocação, por que foi dela que eu recebi a fé, que me possibilitou trilhar esta caminhada vocacional. Por isso sou muito grato a eles por tudo que aconteceu comigo, especialmente esta graça de hoje ser um sacerdote para a Igreja de Jesus Cristo. Louvo a Deus pela família maravilhosa que tenho: foram sempre mui-
Emocionado em um dos momentos da celebração de sua ordenação presbiteral, Pe. Elizandro mostra as mãos ungidas com o Crisma
Devemos motivar os jovens a seguir a vida religiosa ordenada através de nosso testemunho como padres”
“
to próximos de mim e me acompanharam em tudo com muita alegria, dando-me muita força para enfrentar esta missão tão sublime e tão grande. JA - Seu lema de ordenação presbiteral é “Aqui estou, Senhor; que devo fazer? Envia-me para onde for do teu agrado”, de São Francisco Xavier. O que ele representa? Pe. Elizandro - Para mim. representa a missão que assumi a partir de minha ordenação perante a Igreja. Vou procurar colocá-lo em prática todos os dias da minha vida como sacerdote, e que Deus me ajude a vivenciá-lo bem todos os dias de minha vida. Por que o lema de ordenação sacerdotal é o programa de vida do Padre.
Retalhos do Cotidiano Meu pensamento pode ser meu dono: isso seria muito ruim, pois devo domá-lo. Ele está sempre comigo e, no entanto, pode não ser meu: pode ser um pensamento bom, que vem de Deus, mas também pode vir do Maligno. Está escondido, mas posso revelá-lo; é silencioso, mas pode transformar-se em palavra e, até, em ação.
Também devemos convidar mais os nossos jovens para fazerem a experiência em nossos Seminários, para com isso poderem dar uma resposta ao Senhor. JA - O que o senhor tem a dizer aos jovens que sentem o desejo de seguir a vida religiosa, mas ainda não deram o passo decisivo? Pe. Elizandro - Vocação é a aptidão natural e a expressão concreta, revelada nos trabalhos, no modo de vida e ações, que está contida em toda pessoa. A Igreja tem uma atenção especial para com as vocações, reconhecendo seu valor na vida das pessoas e atuando em prol do crescimento dos “trabalhadores da messe”. É preciso estar atento ao chamado. Hoje, são muitas as vozes que confundem e abafam o verdadeiro sentido do chamado de Deus. É preciso saber o momento certo em que Ele chama, e acima de tudo aderir a esse chamado. A Igreja necessita cada dia mais da disposição dos cristãos para o desenvolvimento dos trabalhos que a “missão” nos interpela a assumirmos. A exigência é grande, a disponibilidade também, porque o chamado exige um compromisso, radicalidade evangélica, regra de vida, uma vida despojada para o Senhor, inteiramente disponível para Ele. É viver inteiramente disponível para o serviço à Igreja, aos marginalizados, aos pobres, feliz sempre. Responder a isso requer um discernimento maduro, sincero, coerente e responsável. E isso é para toda vida, o chamado é para todos, embora nem todos sejam sensíveis a ele.
Carlos Martendal Divulgação/JA
Pensamento
JA - A Arquidiocese de Florianópolis possui quase dois milhões de habitantes, mas possui apenas 50 seminaristas nas quatro esferas de formação. O que é preciso para despertar nos jovens o ardor vocacional? Pe. Elizandro - Devemos, como padres, procurar motivar mais os nossos jovens para este seguimento através do nosso testemunho pessoal. Além disso, devemos investir mais na pastoral vocacional de nossas paróquias. Sabemos que muitas paróquias da Arquidiocese não têm um trabalho direcionado às vocações, ou sejas, uma pastoral vocacional organizada. Devemos como sacerdotes motivar mais nossas lideranças para nos ajudarem neste trabalho de motivação vocacional.
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Orquídeas Gosto das orquídeas, gosto de ver surgir os brotos, de acompanhar o seu desabrochar, de contemplar as flores que surgem. Perco tempo admirando a beleza de sua forma e das cores com que o Pintor as pinta. Ele as faz com dedos de artista, mostrando a firmeza de sua mão ao nelas fixar traços tão bonitos, dispondo-os ora de um mesmo comprimento e largura, ora bem diferentes. O Amor se dá todo em tudo.
Pensamento 2
Orquídeas 2
Eu e meu pensamento: dois companheiros, mas nem sempre bons companheiros. Ele nunca me deixa só, mas existem vezes em que devo deixá-lo sozinho, isto é, não dar chance para que se prolongue, porque poderá prejudicar-me e a outros. Com ele posso santificar-me, mas também posso pecar. Poderá ser um aliado de valor, mas também um perigoso adversário.
Gosto de ir percebendo o envelhecimento das flores, que se mantêm belas até cair. Que lição preciosa! Gosto de sempre de novo fazer-me presente quando,
Casal Um homem e uma mulher que se amam, dois santos que se amam, com o amor mais puro e verdadeiro que já uniu dois seres humanos: o amor de Maria e José! Pensados desde toda a eternidade pelo Pai, foram criados para cuidar do Criador. Ela, a Virgem Mãe, amamentará com seu seio o Pão da vida; ele, o homem justo, cuidará desse Filho com o amor que vem do próprio Deus!
parecendo feia e morta, fica lentamente desenvolvendo as novas flores com que, ano após ano, se oferece ao observador atento. Nós trazemos o tesouro em vasos de barro e somos como as orquídeas. Nos períodos de aridez, o Amor vai tecendo novas flores com que nos daremos ao mundo.
Orquídeas 3 Ah, Divino Jardineiro, teu amor nunca excede a medida porque é sem medida: és Mestre que ensina sem falar porque fazes falar as criaturas que crias. Francisco me ajude a te dizer: “Louvado sejas, meu Senhor, pela irmã orquídea: ela é bela e sempre de novo, ao morrer, nasce, porque para isto é que a criaste”!
Alegria A alegria interior nem sempre coincide com a alegria exterior, e aquela é mais importante que esta, porque sempre verdadeira. Mas, normalmente, a alegria interior manifesta-se no exterior, o que nem sempre acontece quando a situação é inversa. Deus está em mim, Ele está no meio de nós: esta certeza deveria encher-nos de alegria, da perfeita alegria cristã.
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Junho 2011
26ª Assembleia Arquidiocesana de Pastoral Realizada em Campinas, São José, evento definirá o nosso Plano Arquidiocesano de Pastoral Arquivo/JA
No próximo dia 25 de junho de 2011, sábado, na Paróquia Santo Antônio, em Campinas, São José, estaremos realizando a 26ª Assembleia Arquidiocesana de Pastoral. Em carta convocatória enviada no último dia 20 de maio a todos os membros da Assembleia – natos, representativos e convidados – Pe. João Francisco Salm, nosso Administrador Arquidiocesano lembra os objetivos gerais que nortearão os trabalhos: a) fortalecer a comunhão na caminhada da ação pastoral e evangelizadora da Igreja na Arquidiocese; b) celebrar o mistério da Igreja, povo de Deus em comunhão e missão; c) unir todas as forças vivas (paróquias e comunidades, congregações religiosas e institutos seculares, pastorais e organismos, movimentos e novas comunidades, colégios e meios de comunicação etc.) na mística e na prática da vida eclesial. Além dos objetivos gerais, há também os seguintes objetivos específicos: a) dar continuidade ao processo do planejamento arquidiocesano de pastoral, iniciado em junho de 2009 com a aprovação e publicação das Diretrizes da Ação Evangelizadora da Arquidiocese; b) estudar os pré-textos do diagnóstico pastoral e do diagnóstico social do planejamento arquidiocesano de pastoral; c) concluir a etapa do “ver” do processo do planejamento arquidiocesano de pastoral; d) preparar a Igreja da Arquidiocese para chegada de nosso novo Pastor, a fim de que ele encontre nossa Igreja em plena caminhada e nela se insira melhor, através do conhecimento dos di-
Apostolado da Oração
Lideranças, divididas em grupos, vão estudar os documentos já elaborados e definirão o Plano Arquidiocesano de Pastoral agnósticos pastoral e social. Segundo o regimento, são membros da Assembleia Arquidiocesana de Pastoral: a) natos: o Arcebispo Metropolitano e o Bispo Auxiliar; os membros da Coordenação Arquidiocesana de Pastoral; os membros do Conselho Arquidiocesano de Pastoral; os Padres e Diáconos da Arquidiocese; b) representativos: os coordenadores arquidiocesanos das pastorais, serviços e movimentos; um/a religioso/a por congregação presente na Arquidiocese; dois leigos/as por Paróquia, eleitos pela Assembleia Paroquial; seis seminaristas de Teologia e três seminaristas de Filosofia da Arquidiocese; c) convidados: Bispos Eméritos da Arquidiocese; assessores, peritos, estudiosos e outros; Presidente da CNBB – Regional Sul IV; Subsecretário da CNBB – Regional Sul IV. Conta-se com uma presença aproximada de
400 participantes. Depois da apresentação dos textos-base do “Diagnóstico Pastoral”, que está sendo preparado pela Agência Dominus de Comunicação, e do “Diagnóstico Social”, que está sendo elaborado pela ASA – Cáritas, haverá trabalhos de grupos com o objetivo de melhorar esses diagnósticos, a fim de que possam constituir, depois, a parte do “ver” de nosso futuro Plano Arquidiocesano de Pastoral. A Coordenação Arquidiocesana de Pastoral pede orações dos leitores do Jornal da Arquidiocese e de todos os membros de nossa Igreja pelo bom êxito da Assembleia, recordando nosso compromisso comum em fazer acontecer entre nós a Igreja de Jesus Cristo e, através dela, o Reino de Deus-Pai. Pe. Vitor Galdino Feller Coord. Arquidiocesano de Pastoral
Escola de Relacionamento Abbá Pai Depois de manter-se por mais de sete anos, mensalmente, na Paróquia N.Sra. do Rosário, em São José, a Escola de Relacionamento Familiar Abbá Pai agora chega, pela primeira vez, a Florianópolis. Iniciada em 19 de maio, a Escola abraça novos participantes a cada módulo, além de dar continuidade aos trabalhos com os que perseveram. Nesta primeira experiência em Florianópolis, ela acontecerá com encontros mensais até
Conhecendo as Forças Vivas da Arquidiocese
agosto. O próximo será dia 16 de junho, no auditório do Educandário Imaculada Conceição, em Florianópolis, a partir das 18h30min. À frente da condução da Escola está a terapeuta familiar, com especialização e mestrado na área, Sandra Ribeiro de Abreu, consagrada da Abbá Pai. Segundo ela, a Escola prioriza as mães e pais, mas acolhe qualquer integrante familiar que queira aprender e ajudar sua família. Para Simone Pereira, funda-
dora da Abbá Pai, a manutenção da Escola realiza uma parte significativa da missão da obra Abbá Pai. “O trabalho da terapeuta Sandra, tem-nos ajudado a cumprir o carisma de ‘proclamar o amor, a misericórdia do Pai, pela santificação dos relacionamentos familiares’, na Igreja e no mundo”, disse Simone. As inscrições podem ser feitas pelo fone (48) 32223025 ou pelo e-mail com.abbapai@gmail. com. Mais informações no site www.abbapai.org.
Nos idos de 1844, em Vals, na França, nasceu o Apostolado da Oração como hoje o conhecemos. No Brasil, a cidade de Recife-PE, acolheu o primeiro núcleo. Mas foi a partir de ItuSP, que a “semente lançada” tornou-se grande árvore. Em pouco tempo alcançou o Brasil todo. Estima-se que, atualmente, represente em torno de cinco milhões de associados. A Missão Pontifícia de coordenar e animar o Apostolado da Oração no mundo, há muito tempo, é confiada à Companhia de Jesus (Jesuítas). Em virtude dessa Missão Pontifícia, o Superior Geral da Companhia de Jesus é o Coordenador Mundial, Auxiliado por um Conselho e Secretário Mundiais. Em cada
país atua um secretário Nacional. No Brasil o trabalho é assumido por Pe. Otmar Schwengber Sj, auxiliado por três coordenadores regionais: Norte/Nordeste; Centro/Centro Leste; Sudoeste e Sul. Este ultimo coordenado pelo Pe. Sereno Boesing Sj que coordena o AO na Arquidiocese. Em todas as Dioceses há Diretores Espirituais, nomeados pelos Bispos. A maioria absoluta, são do clero Diocesano. Aqui na Arquidiocese de Florianópolis Pe. Sereno assumiu o trabalho neste ano. Já as coordenações Diocesanas são formadas pelos leigos. São pessoas generosas que levam a Igreja para o coração do mundo e o mundo para o coração da Igreja, diga-se, para o Coração de Cristo. Arquivo/JA
Mais de 4,5 mil associados participaram da sua Concentração em 2010
Fontes fortificantes do Apostolado Para todos se fortificarem nas lides apostólicas, importantes são as energias espirituais provenientes de seis fontes, também chamadas de alicerces do Apostolado da Oração: 1 - A devoção ao Sagrado Coração de Jesus; 2 - A inesgotável riqueza de inspirações que vêm da Escuta e vivência da Palavra de Deus; 3 - A Eucaristia: cume, ápice, cerne da vida da Igreja, logo, do Apostolado da Oração também. 4 -A devoção ao Espírito Santo. É tão necessária sua Luz, Verdade e Vida, nas atitudes apostólicas; 5 - A devoção a Nossa Senhora, que tanta participação teve na formação do Coração do Filho
Jesus; 6 - A comunhão com a Igreja. O Apostolado da Oração atinge a missão na proporção em que estiver em comunhão com a Igreja. O servir é a sua identidade. É só rezar e meditar a Ladainha do Sagrado Coração de Jesus, aprovada pelo Papa Leão XIII, em 1899, para se certificar desta verdade. Pe. Sereno Boesing Sj Coor. Brasil Meridional e Diretor Esp. Arquidiocesano do AO
Mais informações pelo fone (48) 3245-2208 e 9912-5870, ou pelo e-mail ao@ colegiocatarinense.g12.br
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Junho 2011
Jornal da Arquidiocese
Muticom reúne comunicadores do Estado 250 comunicadores de seis dioceses participaram do primeiro Muticom. O próximo já está previsto Foto JA
O Regional Sul IV da CNBB promoveu nos dias 13 a 15 de maio o primeiro Mutirão de Comunicação. Realizado em Joinville, o evento reuniu mais de 250 comunicadores católicos de todo o Estado, que refletiram sobre o tema “Comunicação na vida da Igreja” e o lema “Investir em comunicação para ganhar na evangelização”. A Arquidiocese esteve representada por 20 participantes. Todo o evento foi transmitido ao vivo via WebTV pelo site do Muticom (www. muticomsc.com). A abertura do evento foi realizada na noite de sexta-feira no Centro Diocesano de Pastoral, e contou com palestra proferida por Pe. Zezinho. Ele falou sobre a importância de a Igreja investir em comunicação, mas, sobretudo, na formação dos comunicadores. Ele acredita que isso já esteja acontecendo. “Demorou, mas a Igreja está investindo seriamente nos meios de comunicação e comunicadores”, disse. O evento também contou com a presença da Irmã Élide Fogolare, coordenadora nacional da Pascom. No dia seguinte, sábado, os comunicadores se reuniram na Faculdade Cenecista de Join-ville. Lá, pela manhã, puderam escolher entre quatro seminários. À tarde, no mesmo local, foram realizadas as oficinas. Os participantes puderam escolher entre sete opções. Tanto os seminários quanto as oficinas foram ministrados por especialistas nos temas abordados e por pessoas com longa caminhada na Igreja. No domingo, pela manhã, o evento foi aberto às 8h, com a Santa Missa, presidida pelo Pe. Francisco de Assis Wloch, secretário executivo do Regional Sul IV da CNBB, e concelebrada por outros três padres. A celebração foi tam-
Pe. Zezinho proferiu palestra de abertura do evento realizado em Joinville
Compromissos assumidos no Muticom Continuar oferecendo oportunidade de formação aos agentes da Pastoral da Comunicação da CNBB - Regional Sul IV; Motivar a articulação da Pascom nas instâncias diocesana, comarcal e paroquial; Construir um coletivo de jovens comunicadores, com o objetivo de
bém transmitida ao vivo pela WebTV Catedral de Florianópolis (www.catedralflorianopolis. com). Após a celebração, os participantes das oficinas apresentaram os resultados dos seus trabalhos. A cada uma das sete oficinas, foi destinado um tempo para utilizarem como quisessem.
Carta do Muticom Ao final do encontro, foi lida a Carta do Muticom. Escrita pela equipe de coordenação, o documento faz um panorama geral do evento e fala dos compromissos que os participantes assumem juntos a partir da realização do Muticom. “Acreditamos que o Muticom
motivar a evangelização da juventude e do próprio jovem como protagonista; Estabelecer entre as prioridades das dioceses o investimento em recursos para a comunicação; Fortalecer a ação evangelizadora da Igreja através do uso moderno dos meios de comunicação;
contribuiu para o desenvolvimento da Pascom no nosso Regional”, avaliou Maria Teresinha de Campos, coordenadora da Pascom no Estado. O próximo Muticom está previsto para 2013 e será realizado na Diocese de Tubarão. A equipe já havia conversado com Dom Wilson Tadeu Jönck, bispo de Tubarão e recém eleito presidente do Regional Sul IV. Ele aceitou a proposta e a recebeu com alegria. Assista aos vídeos do Muticom no site da Arquidiocese (www.arquifln. org.br) no final da página e mais fotos clicando em “Álbum de fotos”.
45º Dia Mundial das Comunicações Sociais No dia 05 de junho, a Igreja celebrará o 45º Dia Mundial das Comunicações Sociais. Neste ano, o texto, redigido pelo Papa Bento XVI, tem como tema “Verdade, anúncio e autenticidade de vida, na era digital”. Nele, o Papa fala das mudanças que o uso da Internet tem provocado na sociedade, da preocupação em fazer o bom uso desse meio e suas potencialidades na evangelização. “Somos chamados a anunciar, neste campo também, a nossa fé: que Cristo é Deus, o Salvador do homem e da história, Aquele em quem todas as coisas alcançam a sua perfeição”, disse o Papa. Para celebrar o Dia Mundial das Comunicações Sociais, todos os comunicadores da Arquidiocese são convidados a participar das celebrações na Catedral de Florianópolis. Nesse dia, as quatro celebrações (7h30,
9h30, 18h e 19h30) serão voltadas para o tema. Promovido pela Pastoral da Comunicação da Arquidiocese, o evento pretende reunir os comunicadores que atuam nos meios de comunicação da Igreja, nos meios comerciais, os agentes da Pastoral da Comunicação e todos aqueles que acreditam na comunicação como meio de evangelização. Após a celebração das 9h30, todos são convidados a participar de um coquetel. Nele, Pe. Francisco de Assis Wloch, pároco da Catedral, falará sobre o texto do Papa para o 45º DMCS, comentando também o trabalho da Pastoral da Comunicação na Arquidiocese, e a experiência da Catedral na utilização das novas mídias. Mais informações pelo email pascom_arquifloripa@ yahoogrupos.com.br.
Muticom Nacional Nos dias 17 a 22 de julho, a Arquidiocese do Rio de Janeiro sediará o 7º Mutirão Brasileiro de Comunicação. O evento tem como tema “Comunicação e Vida: diversidade e mobilidade”, e busta motivar as comunidades brasileiras a refletirem sobre a comunicação relacionada com a vida cotidiana e suas expressões que acolhem a diversidade que somos e as mobilidades que experimentamos na cultura contemporânea. O evento contará com es-
pecialistas e pensadores da Igreja e dos meios de comunicação, em painéis matinais. Também serão oferecidas oficinas de formação que vão auxiliar os comunicadores a dominar as ferramentas para evangelizar através dos meios de comunicação. Lideranças da Pastoral da Comunicação da Arquidiocese estão se mobilizando para participar do evento. Mais informações sobre o Muticom no site www.muticom.com.