Florianópolis, Abril de 2012 Nº 177 - Ano XVI
Arquidiocese terá três novos padres Ordenação diaconal será realizada no dia 28 de abril, em Itajaí PÁGINA 5
Domingo de Ramos reúne jovens da Arquidiocese Evento serviu como preparativo para a Jornada Mundial da Juventude que será realizada em 2013, no Rio de Janeiro Mais de dois mil jovens estiveram reunidos no Domingo de Ramos (01/04), comemorando o Dia Mundial da Juventude. Realizado em Florianópolis, o evento teve três momentos: a bênção dos ramos, a Celebração Euca-
rística em frente à Catedral e, à tarde, as apresentações dos segmentos da juventude no Colégio Catarinense. Nosso arcebispo, Dom Wilson Tadeu Jönck, presidiu a Eucaristia e ministrou uma catequese para
os jovens. “Este evento mostra o que os jovens podem fazer quando se dá oportunidade, e é o que pretendemos que aconteça mais vezes”, disse Dom Wilson. PÁGINA 0 7 07
Sessão Especial na ALESC reflete sobre a Saúde Pública no Estado
Páscoa e Saúde Ser seguidor de Cristo, seu discípulo e missionário, é ser agente da saúde pública. O Documento de Aparecida ensina: “A saúde é um tema que move grandes interesses no mundo, mas não proporcionam uma finalidade que a transcenda. Na cultura atual a morte não cabe e, diante de sua realidade, trata-se de ocultá-la. Abrindo a sua dimensão espiritual e transcendente, a Pastoral da Saúde se transforma no anúncio da morte e ressurreição do Senhor, única e verdadeira saúde. Ela unifica na economia sacramental de Cristo o amor de muitos bons samaritanos, presbíteros, diáconos, religiosas, leigos e profissionais da saúde” (DAp 419). PÁGINA 04
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GBFs e CEBs preparam o III Interdiocesano
Pe. Vitor Feller assume como Vigário Geral da Arquidiocese PÁGINA 05
Projeto capacita jovens e adultos para o uso da informática PÁGINA 10
Márcia Rila vida dedicada às crianças vítimas do HIV/Aids
Após a Celebração Eucarística em frente à Catedral, os jovens seguiram em procissão levando a Cruz, o ícone de Nossa Senhora e o banner da Beata Albertina até o Colégio Catarinense
Arquidiocese ganha nova paróquia Celebração oficializou a criação da Paróquia de Itaipava, que conta com 13 comunidades, todas de Itajaí
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Nosso arcebispo Dom Wilson presidiu a Celebração Eucarística que criou canonicamente a Paróquia São Pedro Apóstolo, em Itaipava, Itajaí. A nova paróquia compõe-se de 13 comunidades, desmembradas das paróquias Santa Teresinha, em Brusque, e Dom Bosco, em Itajaí. Seu território está inteiramente situado no município de Itajaí.
Panificadora gera trabalho para internos de Comunidade Terapêutica PÁGINA 15
Participe do Jornal da Arquidiocese
Os Grupos Bíblicos em Família (GBF) e as Comunidades Eclesiais de Base (CEBs), estão organizando o III Interdiocesano Interdiocesano, no dia 20 de maio (domingo). O grande encontro acontece em nível regional e reúne as 10 dioceses de Santa Catarina em quatro blocos. A Arquidiocese, juntamente com as dioceses de Criciúma e Tubarão, sediará um dos blocos, que será realizado no Centro de Evangelização Angelino Rosa (CEAR), em Governador Celso Ramos. PÁGINA 11
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Opinião
Abril 2012
Palavra do Bispo A celebração da morte e a ressurreição de Cristo por ocasião da Páscoa dá oportunidade para meditar e acolher a vida nova conquistada pelo nosso Salvador. Tudo pode ser diferente na nossa vida, não precisamos caminhar oprimidos pela morte e pelo mal. Os Evangelhos apresentam várias imagens que possibilitam compreender qual é esta novidade e como acolhê-la. Como se chega à fé no ressuscitado? – As mulheres vão ao sepulcro. Desejam, como nós, ver aquele que só pode ser reconhecido pela fé. Os anjos mostram a elas, e a nós também, como se pode encontrá-lo. “Lembrai-vos do que Ele disse quando ainda estava na Galileia” (Lc 24,6). “Então elas se lembraram das palavras de Jesus” (v.8). É esse o momento em que o coração delas se abre à fé no Ressuscitado. A recordação das palavras do Senhor lança luz sobre os acontecimentos, mesmo aqueles absurdos, que ocorreram a Jesus. Dá também um sentido novo a todas as mortes que acontecem atualmente. Pedra na entrada do túmulo
Dom Wilson TTadeu adeu Jönck
Palavra do Papa
Bento XVI
Homilia em Cuba “Bendito sejais, Senhor, Deus dos nossos pais (...). Bendito o vosso nome glorioso e santo” (Dn 3, 52). Este hino de bênção do livro de Daniel ressoa hoje na nossa liturgia, convidando-nos repetidamente a bendizer e louvar a Deus. Somos parte da multidão daquele coro que celebra o Senhor sem cessar. Unimo-nos a este concerto de ação de graças, oferecendo a nossa voz jubilosa e confiante, que procura fundar no amor e na verdade o caminho da fé. “Bendito seja Deus” que nos reúne nesta praça emblemática, para mergulharmos mais profundamente na sua vida. Sinto uma grande alegria por estar hoje no vosso meio e presidir a Santa Missa no coração deste Ano Jubilar dedicado à Virgem da Caridade do Cobre. Na primeira leitura que foi proclamada, os três jovens, perseguidos pelo soberano babilonense, antes preferem morrer queimados pelo fogo que trair a sua consciência e a sua fé. Eles encontraram a força de «louvar, glorificar e bendizer a Deus» na convicção de que o Senhor do universo e da história não os abandonaria à morte e ao nada. De fato, Deus nunca abandona os seus filhos, nunca os esquece. Está acima de nós e é capaz de nos salvar com o seu poder; ao mesmo tempo, está
Arcebispo de Florianópolis
Vida nova em Cristo – Diz a Escritura que a pedra que colocaram na boca do túmulo era enorme. Parecia que era o fim de tudo. Será que o mal triunfara sobre o bem, a morte sobre a vida, a impiedade sobre a retidão, o ódio sobre o amor? No dia da Páscoa, Deus responde a essa angustiante pergunta. A pedra é rolada e a morte é definitivamente vencida, a vida triunfa. Deus transforma todas as situações de morte provocadas pela maldade dos homens. As forças da morte – a injustiça, a opressão, a calúnia, o ódio, a violência, o pecado – não prevalecerão sobre a vida, mesmo que em determinados tempos pareçam vencer. Dificuldade de reconhecer o Ressuscitado – Maria Madalena viu Jesus, mas achou que era o jardineiro. Foi reconhecê-lo somente quando Jesus falou. Também nós temos dificuldade de reconhecer o Cristo Ressuscitado. O caminho para reconhecê-lo é ouvi-lo. Isto acontece quando se emprega tempo para
perto do seu povo e, por meio do seu Filho Jesus Cristo, quis habitar entre nós. No texto do Evangelho que foi proclamado, Jesus revela-Se como o Filho de Deus Pai, o Salvador, o único que pode mostrar a verdade e dar a verdadeira liberdade. Mas o seu ensinamento gera resistência e inquietação entre os seus interlocutores, e Ele acusa-os de procurarem a sua morte, aludindo ao supremo sacrifício da Cruz, já próximo. Ainda assim, exorta-os a acreditar, a permanecer na sua Palavra para conhecerem a verdade que redime e dignifica (...) Cuba e o mundo precisam de mudanças, mas estas só terão lugar se cada um estiver em condições de se interrogar acerca da verdade e se decidir a enveredar pelo caminho do amor, semeando reconciliação e fraternidade.
“
Bendito seja Deus que nos reúne nesta praça emblemática. Cuba e o mundo precisam de mudanças”.
Bento XVI, 28/03/2012
a oração, para ouvir a sua palavra, para estar com a comunidade. Perseverando nesse modo de proceder se consegue sempre mais reconhecer o Senhor nos excluídos e necessitados. Da mesma forma, se reconhecerá sempre com mais nitidez a presença de Cristo nas palavras do Papa, nos documentos e ensinamentos da Igreja, na vida e testemunho dos padres e religiosos, dos cristãos. O reconhecimento do Cristo vivo e ressuscitado é um processo de vida, é um caminho de fé. Fraternidade e saúde pública – A Campanha da Fraternidade nos convoca a tornar presente o Cristo Ressuscitado na vida dos doentes e de todos os que se empenham no trabalho da saúde – gestores, profissionais e voluntários. Entre as muitas atividades em prol da saúde, gostaria de destacar três . A primeira é o engajamento na coleta de assinaturas, para que por iniciativa popular, se possa fixar com clareza a participação da União no financia-
Reflexão
Rua Esteves Júnior, 447 - Centro - Florianópolis 4-4 799 Cep 88015-130 - Fone/Fax (48) 322 3224-4 4-4799 E-mail: jornal@arquifln.org.br - Site: www.arquifln.org.br 24 mil e plares mensais exx em emplares
mento da saúde. A segunda é colaborar ou mesmo participar dos Conselhos de Saúde, tanto os locais como os municipais e estaduais. É a instância onde se pode dar uma colaboração efetiva ao gestor da saúde em nossas cidades. A terceira diz respeito ao desfile de ambulâncias que trazem doentes do interior para a capital e a todos que formam aquela fila enorme em frente aos hospitais de nossas cidades. A primeira pergunta é se este é o melhor modo para atender o doente. Mas o mais necessário é dar acolhida a essa gente, atender suas necessidades mais urgentes, enquanto esperam pelo atendimento. Creio que o voluntariado organizado pode fazer muito, especialmente dar um tratamento mais digno àqueles que já sofrem pela saúde abalada. Feliz Páscoa – Aproveito a oportunidade para desejar a todas as comunidades, a todas as famílias da A Arquidiocese uma FELIZ E SANT SANTA PÁSCOA PÁSCOA. Que a Vida Nova de Cristo ressuscitado transpareça em nossa vida e em nossas atividades.
“
O reconhecimento do Cristo vivo e ressuscitado é um processo de vida, é um caminho de fé”.
Tudo está consumado - A Eucaristia
“Tudo está consumado” (Jo 19,30): estava completa a criação do mundo ao se revelar o Cordeiro imolado desde a criação do mundo! (Apc 13,8). Horas antes, o Senhor oferecera o pão e o vinho como palavra decisiva, a fim de que a história humana tivesse alimento no caminhar: “Tomai e comei, isto é o meu Corpo; bebei dele todos, este é o cálice da aliança no meu Sangue que é derramado por vós” (cf. Lc 22, 14-20). Quando o Senhor proclamou que tudo estava consumado tornou possível a Eucaristia da Igreja, com o alimento do seu Corpo oferecido como Pão e seu Sangue derramado como Vida, até a Parusia. A Eucaristia é afirmação da dignidade e beleza da criação sintetizada no pão e no vinho, pois tudo ele assumiu em sua encarnação e em tudo penetrou sua divindade, também em nossa humanidade. Pela Eucaristia, o Senhor restaura a integridade da criação, pois o pão e o vinho ofertados são fruto da terra e do trabalho humano, representando toda a realidade e, no Espírito, são transfigurados. A consumação proclamada por Cristo gera a Igreja, Carne e Sangue vivificados pelo Espírito na ressurreição. No Cristo ressuscitado, toda a criação recebeu a semente da ressurreição, não só o ser hu-
Jornal da Arquidiocese de Florianópolis
Jornal da Arquidiocese
mano. Ensina Olivier Clément (1921-2009), convertido, teólogo ortodoxo francês: “A Igreja é o sacramento do Cristo Ressuscitado e o núcleo, o sol dessa sacramentalidade é a Eucaristia. A Eucaristia faz a Igreja, faz da Igreja o Corpo de Cristo do qual jorra a potência da vida, da ressurreição”. A Eucaristia é o sacramento “da” Igreja, não na Igreja. Não é um dos sete sacramentos, mas é “o” Sacramento, pois, sem ela não há ressurreição, não há sinal sacramental, não há a Igreja.
Mistério pascal – Páscoa eterna
Na Liturgia eucarística, após o hino do “Santo”, o presidente da celebração, em nome do povo, pede ao Pai que envie o Espírito Santo para tornar o pão e o vinho Corpo e Sangue de Cristo e, através deles, incluir-nos no Corpo de Cristo. A palavra da epíclese é “tornar-se” Corpo e Sangue, mas, o uso patrístico do verbo “integrar” para o mesmo mistério expressa com muita intensidade a realidade sacramental, pois o pão permanece pão, mas está oculto dentro do Corpo do Senhor, e o Corpo do Senhor se oculta no pão. Ao comermos o Pão e bebermos do Cálice penetramos na vida divina e a vida divina penetra em nós: nasce a Igreja, Corpo de Cristo,
forma-se o Povo “de” Deus. Os fiéis participantes, incorporados a Cristo, se tornam consangüíneos com Cristo, raça divina (cf. At 17,28), participantes da natureza divina (cf. 2Pd 1,4). A Eucaristia é memória da Paixão do Senhor: sua humanidade crucificada inclui também as misérias, os sofrimentos da história humana; nela ressoa o grito na cruz “Meu Deus, meu Deus, por que me abandonaste?” (Mt 27,46) como o clamor da humanidade. Na Eucaristia o fogo do Espírito Santo preenche o abismo do abandono criado pelo pecado, e Jesus pode dizer: “Tudo está consumado”, o Espírito uniu o Filho ao Pai, e nós ao Pai. Com a Ressurreição-Ascensão, a humanidade do Senhor, tecida de nossa carne e de toda a carne da terra, se encontra presente no seio da Trindade, levando consigo as suas/nossas feridas. Dessas feridas luminosas vem-nos a vida. Com o Pentecostes, nossa humanidade divinizada e divinizante se enche do fogo do Espírito, que nos dá a graça da Eucaristia. Sem o Espírito que realiza a Eucaristia, a Igreja é um corpo social, o cristão um agente religioso. Com ela, somos Povo de Deus, existimos em Deus. Pe. José Artulino Besen
Diretor: Pe. Ney Brasil Pereira - Conselho Editorial: Pe. João Francisco Salm, Pe. José Artulino Besen, Pe. Vitor Galdino Feller, Ir. Marlene Bertoldi, Leda Cassol Vendrúscolo, Maria Antônia Carsten, Maria Glória da Silva Luz, Carlos Martendal - Jornalista Responsável: Zulmar Faustino - SC 01224 JP - (48) 8405-6578 e visão: Pe. Ney Brasil Pereira - Edit oração e - Coor Coor.. de Publicidade: Pe. Pedro José Koehler - R Re Editoração Fotos: Zulmar Faustino - Distribuição: Juarez João Pereira - Impressão: Diário Catarinense
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Geral 3
Abril 2012
Alesc promove sessão especial para a CF-2012 Evento propôs refletir sobre a situação da saúde pública no Estado, tema da Campanha da Fraternidade Foto JA
A Assembleia Legislativa de Santa Catarina realizou na noite do dia 19 de março uma Sessão Especial sobre a Campanha da Fraternidade deste ano. O evento foi proposto pelo deputado Pe. Pedro Baldissera Baldissera, e contou com a presença de nosso arcebispo, Dom Wilson TTadeu adeu Jönck Jönck, do secretario adjunto da Saúde do Estado e do secretário executivo da CNBB-Regional Sul IV, além de várias lideranças da Igreja que ocuparam o plenário da Assembleia. Segundo o deputado, a Igreja sempre propõe tema de relevância para a sociedade, mas neste ano merece destaque especial. “A saúde é um direito básico assegurado na Constituição, mas diariamente o povo sofre nas filas, sem atendimento, em todo o país”, disse Pe. Pedro Baldissera. Ele salientou que também se deve investir em prevenção, pois, com isso, reduz-se em até 50% os custos nos tratamentos curativos. Acélio Casagrande Casagrande, secretário adjunto de Saúde, reconheceu a importância da Campanha para um amplo debate com a sociedade. Ele assegurou que o Estado está planejando levar mais humanização ao sistema de saúde. O plano, segundo o Secretário, prevê a instalação de policlínicas para atendimento de especialidades em todas as
Especialização em Espaço Celebrativo
Sessão Especial contou com a participação de lideranças políticas, da secretaria de Saúde do Estado e da Arquidioceese de Florianópolis regiões de Santa Catarina. Ademir Freitas Freitas, secretário executivo da CNBB-Regional Sul IV, falou das ações desenvolvidas pela Igreja para dinamizar a CF2012 no Estado. Também disse que a Campanha deve mobilizar os cidadãos para participar da gestão do SUS, porque ele atende a todos. “Quando bebemos água, que é tratada e fiscalizada, estamos utilizando o SUS”, disse. Em seguida, o deputado, em nome do Poder Legislativo, entregou o Dom Wilson Wilson, uma homenagem especial. No seu pronunciamento, o Arcebispo falou das con-
quistas com o SUS, mas salientou que ele ainda não foi colocado plenamente em prática. “Com a CF-2012, a Igreja quer refletir sobre aquilo que não está funcionando e sobre os caminhos da saúde pública. E quer dar uma contribuição aos que têm a responsabilidade de formular as políticas públicas”, afirmou. A solenidade contou com a participação do Coral Santa Cecília da Catedral, Catedral sob a regência do maestro Padre Ney Brasil Pereira, acompanhado de quarteto de metais da banda da Polícia Militar de Santa Catarina.
Formação da Pastoral Vocacional A Coordenação Arquidiocesana de Pastoral Vocacional promoverá nos próximos meses três encontros de formação para lideranças que já atuam na Pastoral Vocacional e para as pessoas que desejam formar equipes vocacionais em suas Paróquias. Para facilitar a participação, os encontros acontecerão sempre aos sábados, das 13h30 às 17h30, em três diferentes locais:
Vai acontecer...
no dia 21 de abril, na Paróquia São Luiz Gonzaga de Brusque Brusque, para as Comarcas de Itajaí e Brusque; no dia 12 de maio, no Santuário Santa Paulina, em No rent o, para as Comarcas Novva TTrent rento de Tijucas e Biguaçu; e no dia 23 de junho, na Paróquia São Judas Tadeu e São João Batista da Ponte de Imaruim, Palhoça Palhoça, para as Comarcas do Estreito, Ilha, São José e Santo Amaro.
Os encontros são gratuitos e não é preciso inscrever-se antecipadamente. Para maiores informações pode-se entrar em contato com Pe. Vânio da Silva Silva, coordenador da Pastoral Vocacional, pelo e-mail pe.vanio@hotmail.com ou pelo telefone 048 3234-4443. Outras notícias sobre as atividades da PV na Arquidiocese podem ser encontradas no blog http:// pvflorianopolis.blogspot.com
A Faculdade Católica de Santa Catarina – FACASC/ITESC, está abrindo as inscrições para os interessados em participar do Curso de Pós-Graduação Lato Sensu em Espaço CelebrativoLitúrgico e Arte Sacra. As inscrições vão até o dia 11 de maio. São 60 vagas. Para se candidatar, os interessados devem apresentar comprovante de graduação reconhecido pelo MEC em Teologia (Liturgia), ou Ciências da Religião, Arquitetura, Artes Plásticas, Arte Sacra, Engenharia, Bens Culturais e Patrimônio Histórico e áreas
afins. Os candidatos passarão por processo seletivo. O curso é dividido em três etapas: a primeira, de 16 a 28 julho; a segunda, de 18 de fevereiro a 02 de março de 2013; e a terceira, de 15 a 27 de julho de 2013. As disciplinas serão ministradas por professores da FACASC e professores convidados. A inscrição custa R$ 150,00 e a mensalidade será de 18 vezes R$ 250,00. Mais informações no site www .f acasc.edu.br www.f .facasc.edu.br acasc.edu.br, ou pelo e-mail secretaria@facasc. edu.br ou ainda pelo fone (48) 3234-0400.
Encontrão da Pastoral da Saúde A Pastoral da Saúde realizará, no dia 28 de abril, sábado, o Encontrão Arquidiocesano. Com o tema “O fortalecimento das metas da Pastoral da Saúde”, o evento será realizado no salão de Capoeiras, Florianópolis. O horário: das 8h30 às 17h. A assessoria ficará com Marise Ziem, com o tema “Vida + Saudável”, e o deputado Pe. Pedro Baldissera e Dr. Ricardo Baratieri, que falarão sobre “O SUS e as eleições municipais”.
À tarde, os participantes terão a oportunidade de trocar experiências entre os grupos da Pastoral da Saúde das paróquias e comunidades através de uma “Mostra em Saúde”. Cada grupo é convidado a levar amostras das suas experiências em fitoterápicos. Mais informações com Jaci Helena Helena, coordenadora arquidiocesana da Pastoral da Saúde, pelos fones (48) 3225-5032 ou 9991-0753, ou pelo e-mail jacihp@uol.com.br jacihp@uol.com.br.
Corais cantam a Páscoa O Coral Santa Cecília da Catedral realizará, no dia 11 de abril, quarta, às 20h, na Catedral Metropolitana, em Florianópolis, o seu oncer 27º CONESPA - Concer oncertto Espiritual da Páscoa Páscoa. O evento, lançadoem 1986, contará novamente com a presença de mais oito corais da Grande Florianópolis. Durante o concerto, cada coral apresentará três músicas do seu repertório, preferencialmen-
te pascal. No fim, o Grande Coro, acompanhado por um quarteto de metais e regido pelo Pe. Ney Brasil Pereira, regente do coral anfitrião, executará o “Aleluia” de Haendel, precedido do Hino da Campanha da Fraternidade deste ano. As pessoas que não puderem se fazer presentes, podem acompanhar as apresentações através do site www. catedralflorianopolis.com catedralflorianopolis.com.
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Tema do Mês
JESUS DE NAZARÉ E A SAÚDE
Jesus de Nazaré prega o Reino de Deus através de palavras e, sobretudo, de sinais concretos, pelos quais se podia visibilizar sua proposta: um Reino de saúde e vida, em que os doentes eram curados, os cegos passavam a enxergar, os mudos falavam, os surdos ouviam, os aleijados começavam a caminhar (Lc 7,21-23); um Reino de misericórdia e perdão em que os pecadores eram acolhidos (Lc 7,36-50); um Reino de comida que saciava o povo e de banquetes para os quais o povo era convidado (Lc 9,10-17; Mt 22,1-10); um Reino de liberdade em que os endemoninhados eram libertados das forças malignas (Mc 1,21-28); um Reino de
Páscoa e Saúde Lutar pela saúde pessoal e pública é viver a vida pascal.
Divulgação/JA
Na Páscoa celebramos o centro de nossa fé: Jesus morreu, Jesus ressuscitou. Os apóstolos não se cansaram de anunciar a mudança que aconteceu na vida de Jesus. Na pregação na casa de Cornélio, Pedro anuncia: “Vós sabeis o que aconteceu em toda a Judeia, a começar pela Galileia, depois do batismo pregado por João: como Jesus de Nazaré foi ungido por Deus com o Espírito Santo e com poder. Por toda parte, ele andou fazendo o bem e curando a todos os que estavam dominados pelo diabo; pois Deus estava com ele. E nós somos testemunhas de tudo o que Jesus fez na região dos judeus e em Jerusalém. Eles o mataram, suspendendo-o no lenho da cruz. Mas Deus o ressuscitou no terceiro dia e concedeu-lhe que se manifestasse, não a todo povo, mas às testemunhas designadas de antemão por Deus: a nós, que comemos e bebemos com Jesus, depois que ressuscitou dos mortos” (At 10,36-41). O mistério pascal caracteriza duas etapas distintas da vida do Mestre: a etapa de fraqueza, o modo humano e carnal de existir, a vida terrena, o Jesus de Nazaré pré-pascal; e a etapa da plenitude, o modo celestial e espiritual de existência, o Cristo da fé, o Jesus pós-pascal (Rm 1,3-4; 1Tm 3,16; 1Pd 3,18; At 5,31). Mas nesta mudança pascal que aconteceu entre o Jesus da história e o Cristo da fé, o homem de Nazaré e o Deus glorioso, uma realidade permanece: ele quer saúde para todos!
Abril 2012
Jornal da Arquidiocese
Cor 15,54), o mal será vencido pelo poder do amor, o pecado do mundo será coberto e aniquilado pela caridade do próprio Deus. Proclamar a ressurreição de Cristo é anunciar a vitória de Deus sobre todo tipo de mal, também sobre a doença. A saúde, experimentada em todas as dimensões – física, mental, moral e espiritual – é um sinal de ressurreição. Na doença fazemos a experiência do Cristo crucificado, doente e morto, que se identifica, como bom samaritano, com todos os sofredores. Na saúde experimentamos a graça e a alegria do Cristo ressuscitado que, ao abrir-nos o caminho da vida, completa sua obra de redenção.
O CRISTÃO E A SAÚDE
parábolas que encantavam as multidões, as quais podiam, então, experimentar a aproximação de Deus, com sua graça e bondade (Mt 13,1-52), vendo em Jesus um Mestre que fala com autoridade (Mc 1,27). Uma das características do ministério do Jesus pré-pascal no anúncio do Reino foi a cura dos doentes. As curas que Jesus realizava eram de diverso tipo, conforme as doenças e males que se lhe apresentavam. Ao curar os doentes, Jesus estava dando um sinal de sua Páscoa. Pois curar é fazer passagem: da doença para a saúde. Antes de sua própria Páscoa, Jesus já estava realizando páscoas. A ação de Jesus foi centrada na recuperação da saúde, não apenas no aspecto físico e biológico, mas no sentido do resgate do ser humano para a consciência de sua dignidade e para a liberdade de viver no meio da sociedade. Ao curar, Jesus resgatava a pessoa por inteiro, nos aspectos físicos e espirituais, pessoais e sociais. Jesus sabia que viver com saúde é viver numa permanente páscoa.
“
O Reino de Deus, de vida e saúde para todos, se funda na morte e na ressurreição de Cristo. Assim, a morte será tragada pelo poder da vida”.
No seu sofrimento como crucificado, Jesus aproxima-se, solidariza-se e identifica-se com todos os doentes e sofredores. “O sofrimento redentor de Cristo leva o ser humano ao reencontro com seus próprios sofrimentos. Ao reencontrá-los mediante a fé, os reencontra enriquecidos por um novo conteúdo e com um novo significado” (CF 2012, Texto-base, n. 206). O sofrimento vivido em união com Cristo abrese para a perspectiva da ressurreição.
JESUS RESSUSCITADO E A SAÚDE
Aquele que passou fazendo o bem e curando a todos, libertando as pessoas do poder do mal, resgatando-as para a plenitude da vida, é agora, ele mesmo, curado do grande mal que é a morte. “Deus o ressuscitou, libertando-o das angústias da morte, porque não era possível que ela o dominasse” (At 2,24). Aquele que tem a vida em si mesmo (Jo 5,26) e pode dá-la a quem quer (Jo 5,21) não pode permanecer na morte. Aquele que é o caminho, a verdade e a vida (Jo 14,6), a ressurreição e a vida (Jo 11,25), não ficará no domínio da morte. Ele sabe que entrega a sua vida para a vida do mundo, pela salvação da humanidade, pela instauração do Reino. O Reino de Deus, de vida e saúde para todos, se funda na morte e na ressurreição de Cristo. Ao assumir a morte, ele a traz para dentro de seu campo que é a vida, para o terreno onde reina o seu amor. Assim, a morte será tragada pelo poder da vida, será absorvida na vitória do bem (1
A fé cristã se fundamenta em uma morte, no fim trágico de alguém que lutou pela vida, pela saúde plena de todos. O mistério da páscoa-passagem da morte para a vida é centro de nossa fé. O que aconteceu com Jesus deve acontecer também conosco. A vida cristã é passagem: do egoísmo para a solidariedade, da indiferença para a participação, do ódio para o perdão, da divisão para a comunhão, da doença para a saúde. Lutar pela saúde pessoal e pública, buscar recursos para a cura das doenças, empenhar-se para que todos tenham acesso às políticas de saúde, para que o Sistema Único de Saúde realmente funcione… é viver a vida pascal. Ser seguidor de Cristo, seu discípulo e missionário, é ser agente da saúde pública. O Documento de Aparecida ensina: “A saúde é um tema que move grandes interesses no mundo, mas não proporcionam uma finalidade que a transcenda. Na cultura atual a morte não cabe e, diante de sua realidade, trata-se de ocultá-la. Abrindo a sua dimensão espiritual e transcendente, a Pastoral da Saúde se transforma no anúncio da morte e ressurreição do Senhor, única e verdadeira saúde. Ela unifica na economia sacramental de Cristo o amor de muitos bons samaritanos, presbíteros, diáconos, religiosas, leigos e profissionais da saúde” (DAp 419). Pe. Vitor Galdino Feller Vigário Geral da Arq., Prof. de Teologia e Diretor da FACASC e do ITESC Email: vitorfeller@arquifln.org.br
Jornal da Arquidiocese
Geral 5
Abril 2012
Três jovens serão ordenados padres Ordenação diaconal conjunta será no dia 28 de abril, sábado, na Paróquia do Santíssimo, em Itajaí Foto JA
Os três seminaristas da Arquidiocese que concluíram a formação teológica em 2011 serão ordenados diáconos, etapa anterior a ordenação presbiteral. A ordenação conjunta será realizada no dia 28 de abril, às 16h, na Igreja Matriz da Paróquia Santíssimo Sacramento, em Itajaí, presidida pelo nosso arcebispo, Dom Wilson TTadeu adeu Jönck Jönck. Durante a solenidade, serão ordenados diáconos: Kelvin Konz, 23 anos, Ewerton Martins Gerent, 24 anos; e Marcos Decker, 24 anos. A data da ordenação dependia da resposta do escrutínio, pesquisa que o bispo faz com todos os padres da Arquidiocese sobre a conduta dos candidatos ao presbiterato. A ordenação presbiteral ainda não tem data definida, mas será realizada este ano, individual
Durante a celebração, Marcos Decker, Kelvin Konz e Ewerton Martins Gerent serão admitidos ao clero da Arquidocese e nas comunidades de origem de cada um deles. Desde a conclusão do curso de Teologia, os aspirantes ao clero realizam estágio em
paróquias: Everton está na Catedral; Kelvin na Paróquia Santa Cruz, em São José; e Marcos na Paróquia São Joaquim, em Garopaba.
A missão do Vigário Geral No início do ano, Pe. Vitor Galdino Feller foi nomeado Vigário Geral da Arquidiocese de Floria-nópolis. Segundo o cânon 475 do Código de Direito Canônico (CDC), todo bispo diocesano deve ter um “vigário geral”, alguém que o auxilie diretamente na administração da diocese. Quando houver bispo auxiliar, a este é que cabe essa missão. O Vigário Geral participa do poder executivo ordinário do bispo, para ajudá-lo no governo da diocese. O cânon 478 do CDC prevê que o Vigário Geral deve ser um padre com pelo menos trinta anos de idade, doutor ou mestre em teologia ou direito canônico, recomendado pela sã doutrina, probidade, prudência e experiência no trato das questões. Sempre em comunhão com o bispo e nunca contra sua vontade, o
Vigário Geral pratica todos os atos administrativos, exceto os que requerem competência do bispo. O Vigário Geral participa do Conselho dos Presbíteros, do Colégio
Pe.Vitor Feller assume a função de auxiliar direto do bispo
dos Consultores e do Conselho Econômico da diocese, e outros que o bispo designar. No caso do Pe. Vitor, Dom Wilson pediu-lhe que acompanhe e apoie a Coordenação Arqui-diocesana de Pastoral, sobretudo no processo de planejamento pastoral em andamento. Por fim, o Vigário Geral concede licenças e dispensas canônicas referentes a processos matrimoniais. A jurisdição do Vigário Geral, segundo o cânon 481 do CDC, expira por término do tempo de mandato, por renúncia, por remoção feita pelo bispo ou pela vacância da sé episcopal. O cargo de Vigário Geral só existe quando há bispo diocesano. Quando este deixa o cargo – por renúncia ou transferência –, termina também o mandato do Vigário Geral.
A caminhada do planejamento de pastoral Desde 2009, nossa Arquidiocese está em processo de planejamento de pastoral. As Diretrizes Arquidiocesanas da Ação Evangelizadora aprovadas em junho daquele ano têm servido como referência para o andamento da caminhada. Em 2010 foram encaminhadas pesquisas para o conhecimento de nossa realidade. O Instituto Mapa realizou-as junto a católicos assíduos e não assíduos à missa dominical e junto a pessoas que deixaram de ser católicas, para averiguar motivações, avaliações, conceitos e comportamentos no campo religioso. A Coordenação de Pastoral encaminhou questionários às paróquias, aos padres e diáconos e aos coordenadores das forças vivas, para coletar dados estatísticos e valorativos a respeito da vida pastoral de nossas instâncias eclesiais. Na Assembleia Arquidiocesana de Pas-
toral de 2011 foram trabalhados o diagnóstico social e o diagnóstico eclesial-pastoral da Arquidiocese, que passaram a constituir o capítulo do VER do futuro Plano Arquidiocesano de Pastoral. No começo deste ano, o capítulo do JULGAR, juntamente com o do VER, começa a ser estudado nas mais diversas instâncias pastorais: reuniões de padres e diáconos, das forças vivas, dos conselhos comar-cais e dos representantes dos CPPs. Esse estudo visa também apontar as primeiras indicações para o capítulo do AGIR, que estará centrado nas cinco urgências da ação evangelizadora, propostas pelas atuais Diretrizes da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil. Prevê-se que na Assembleia Arquidiocesana de Pastoral Pastoral, a realizar-se nos dias 24 e 25 de agosto próximo, se estude e aprove o Plano Arquidiocesano de Pastoral.
Vai acontecer...
Formação para casais em Segunda União O setor Casos Especiais da Pastoral Familiar estará realizando nos dias 14 e 15 de abril formação para casais em segunda união. Programado para a paróquia São Vicente de Paulo, em Itajaí, o evento contará novamente com a assessoria do Pe. Roberto Aripe (Padre Chiru), da diocese de São Leopoldo, RS, e sua equipe. Ele é o criador da metodologia “O Senhor é o meu Pastor”, que orienta os casais em segunda união. O evento é feito há 11 anos na paróquia e tem por objetivo acolher os casais nessa situa-
ção e trazê-los para a Igreja, para que se sintam membros da comunidade como todo cristão. Todos os casais da Arquidiocese são convidados a participar. Os filhos, independente da idade, também podem ir. Os participantes de outras cidades serão acolhidos para pernoitar em casas de família. Os interessados entrar em contato com a paróquia pelo fone (47) 3241-2742 ou com o casal referencial Lieje e Rogério, pelos fones (47) 3241-2455 ou 9983-2556, ou ainda pelo e-mail liejeg@hotmail.com liejeg@hotmail.com.
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Bíblia
Abril 2012
Jornal da Arquidiocese
Conhecendo o livro dos Salmos (47)
Salmos 64 e 65 (63 e 64) SALMO 64(63):
ímpios, / do tumulto dos maus.
ABISMO IMPENETRÁVEL
O salmo começa imediatamente com o pedido de que Deus escute o “clamor” do orante aterrorizado, que pede para ser preservado e protegido, quem sabe, até escondido, para que “o inimigo” não possa encontrá-lo. Ele não se anima, portanto, a lutar, a enfrentar “a conjura dos ímpios, o tumulto dos maus” (v.3).
Temos aqui uma súplica individual muito intensa, que se demora na descrição da maldade dos acusadores do salmista, cuja língua fere como espada afiada. As acusações são tão gratuitas e perversas, que suscitam no orante o espanto expresso na segunda metade do v. 7: impenetrável é o ser humano, seu coração é um abismo. No entanto, a justiça divina, atenta, intervém, e o salmista pode, enfim, cantar vitória e louvar.
Ouve, ó Deus!
2. Ouve, ó Deus, o clamor do meu lamento, / do terror do inimigo preserva a minha vida. 3. Protege-me da conjura dos
Afiam sua língua
4. Afiam sua língua como espada, / lançam como flechas palavras venenosas, 5. para ferir, às ocultas, o inocente; / atacam de surpresa, sem nada temer. 6. Obstinam-se em seus planos perversos, / entram em acor-
O ponto alto deste salmo, seu final, uma estrofe tão refrescante e irreprimível como a própria fertilidade que descreve, enchenos de entusiasmo. Quase ouvimos o tamborilar das chuvas e sentimos a irrupção do crescimento das plantas na terra. Notese a concisão e beleza com que o autor do hino, extraordinário poeta, convida a louvar a Deus nos átrios do seu Templo (vv.25), estendendo-se depois às vastas dimensões do seu domínio cósmico (vv. 6-9) e, concentrando-se, enfim, no milagre agrícola dos “vales que se vestem de espigas” e dos “campos que se cobrem de rebanhos” (v.14).
5. Feliz de quem escolhes e chamas para perto de ti, / para morar em teus átrios. Queremos saciar-nos com os bens da tua casa, / com a santidade do teu Templo.
À ação de Deus responde uma reação de temor e júbilo da humanidade e do cosmo. “Temor e júbilo”, diante do mistério “fascinante e tremendo” de Deus. O cosmo é audazmente personificado pelas “portas da aurora e do poente”, que “gritam de alegria”.
Deus agricultor 10. Visitas a terra e a regas, / enchendo-a com tuas riquezas. O canal de Deus está cheio de água; /assim, fazes crescer o trigo. /Eis como preparas a terra: 11. irrigas seus sulcos, aplanas seus torrões, / molhas a terra com as chuvas / e abençoas seus germes.
A ti, o louvor em Sião!
Feliz de quem chamas!
De repente, comparado a um guerreiro, Deus atinge os inimigos com as próprias armas deles, fazendo valer a “lei do talião”: fere-os com suas flechas, e a língua deles lhes causa a ruína. Deus intervém em favor da justiça, restabelecendo o equilíbrio desfeito pela ação dos malvados. As pessoas que vêm isso “balançam a cabeça”: ao mesmo tempo que aplaudem a justiça divina, caçoam da estulta maldade humana.
Divulgação/JA
DEUS MARAVILHOSO!
O monte Sião é centro de atração. Atrai o louvor e a súplica, atrai todos os mortais, todos os pecadores que ali recebem o perdão. Aí se cumprem as promessas, e a razão é que, na “Casa” que lhe está dedicada, Deus escuta e outorga, e o ser humano agradece e exulta.
8. Mas Deus os fere com suas flechas: / de repente são atingidos, 9. sua própria língua é a causa da sua ruína; / todos, ao vê-los, menearão a cabeça.
O orante recorre a comparações bélicas. Se os soldados afiam a espada para a batalha e atiram flechas, os inimigos “afiam a língua” e atiram as flechas das “palavras venenosas” (v.4). Os soldados se escondem para atacar; os malfeitores preparam armadilhas, às escondidas, contra o justo. Seguros de que “ninguém poderá ver” (v.6), planejam conscientemente, maldosamente, suas tramas. A tal ponto, que o salmista confessa não entender “o abismo” do coração humano.
SALMO 65(64):
2. A ti se deve o louvor, ó Deus, em Sião, / a ti se cumpram as promessas em Jerusalém. 3. A ti, que escutas a oração, / vem todo mortal por causa do seu pecado. 4. Nossas culpas pesam sobre nós, / mas tu as perdoas.
Mas Deus os detém
do para esconder armadilhas,/ dizendo: “Quem as poderá ver?” 7. Meditam a iniquidade, / escondem o que tramaram; / impenetrável é o ser humano / seu coração é um abismo.
Temos aqui a bem-aventurança dos que não precisam ir ao Templo, porque moram nele. E moram, não por mérito próprio, mas por graça, porque para isso foram chamados, porque Deus os aproxima de si (v.5). Mas o salmista, pelo fato de vir em peregrinação, sente-se participante dos “bens”, da “santidade” do Templo.
Senhor do universo! 6. Com prodígios de justiça nos respondes, ó Deus, nossa salvação, / esperança dos confins da terra e dos mares distantes. 7. Tu firmas os montes com tua força, / cingido de poder. 8. Fazes calar o mar e o estrondo de suas ondas; / acabas com o tumulto dos povos.
No Êxodo, Deus escutou os clamores de um povo escravo e respondeu “com prodígios” que fizeram resplandecer sua Justiça (v.6). O Deus do Êxodo continua aliado do seu povo, e estende a sua generosidade aos “confins da terra”. Como construtor gigantesco, Ele “ajusta o cinto do seu poder”, removendo e firmando as montanhas. De nada adianta a rebeldia do mar ou o tumulto dos povos: Deus os reduz à submissão e os mantém no seu devido lugar.
Ecos universais 9. Os habitantes dos extremos confins tremem diante dos teus prodígios; / fazes gritar de alegria as portas da aurora e do poente.
Numa repentina mudança de cena, o Deus cósmico dos versículos anteriores se abaixa, se aproxima, interessa-se pelos detalhes, assume a faina do agricultor. Antes de tudo, “visita a terra” com as chuvas de inverno, que transformam o deserto em jardim. E assim, “cresce o trigo”, após a devida preparação do terreno: torrões aplanados, sulcos irrigados, germes abençoados. Do “canal” ou “rio” de Deus, das “águas superiores”, desce a chuva benfazeja.
Goteja a fartura! 12. Coroas o ano com teus benefícios, / à tua passagem goteja a fartura. 13. Gotejam os pastos do deserto / e as colinas se cingem de júbilo. 14. Os prados se cobrem de rebanhos, / com o trigo se douram os vales,/ tudo canta e grita de alegria.
Temor e louvor 10. Então, serão todos dominados pelo temor, / anunciarão as obras de Deus e entenderão o que Ele fez. 11. O justo se alegrará no Senhor / e nele colocará sua esperança. / Disso vão gloriarse os retos de coração. Agora, “todos”, antes calados e amedrontados pelo poder dos maus, sentem-se tomados pelo temor reverencial de Deus e põem-se a louvá-lo. Agora, “entendem o que Ele fez” (v.10). E o desfecho é individual e coral: um “justo”, reconhecido inocente, “se alegra no Senhor”, enquanto os “retos de coração” o acompanham em seu louvor. De certo modo, o salmo todo gravita rumo a este final singelo e suculento, um dos fragmentos descritivos mais notáveis da poesia bíblica. O salmo 136(135) realiza algo parecido, mas em estilo diferente: em forma antifônica, louva a ação do Deus criador, do Deus salvador, do Deus que a cada dia nos dá o pão. Aqui, os pastos gotejam, os prados se cobrem de rebanhos, os vales se douram. São os dons de Deus, fruto também do trabalho humano abençoado, que nos levam, na Eucaristia, a pronunciar a “bênção”: “Bendito sejais, Senhor, Deus do universo, pelo pão e pelo vinho, que para nós se tornam “pão da vida e vinho de salvação” . Assim, não há como não concordar com o salmista: “Tudo canta e grita de alegria!” Pe. Ney Brasil Pereira Professor de Exegese Bíblica na Faculdade de Teologia de SC - FACASC email: ney.brasil@itesc.org.br
Para refletir: 1) De quê, ou de quem, queixa-se o autor do Sl 64(63)? 2) Como é descrita a intervenção divina em seu favor? 3) Quais os três níveis da ação divina exaltados no Sl 65(64)? 4) Como participar da bemaventurança dos que servem no Templo (v. 5)? 5) Que diz do sentido eucarístico de todo o salmo 65, especialmente do seu final?
Jornal da Arquidiocese
Juventude 7
Abril 2012
Jovens se reúnem no domingo de Ramos “Dia Mundial da Juventude” reuniu as diferentes espiritualidades juvenis presentes na Arquidiocese Inspirados pelo tema “Ide e fazei discípulos todos os povos” (Mt 28,19), mais de dois mil jovens de toda a Arquidiocese estiveram reunidos no Domingo de Ramos (01/ 04), em Florianópolis, para participar da celebração do Dia Mundial da Juventude Juventude, DMJ, idealizado e lançado por João Paulo II em 1985: era, portanto, o 27º DMJ, celebrado pela primeira vez na Arquidiocese. O evento serviu como preparação para a Jornada Mundial da Juventude de 2013, que será realizada no Rio de Janeiro. A celebração do “Dia”, chamado também “II Jornada Arquidiocesana da Juventude” (JAJ) (JAJ), teve início às 9h, com a concentração dos jovens na Praça Fernando Machado, junto ao aterro da Baía Sul. Lá, os ramos foram abençoados adeu Jönck por Dom Wilson TTadeu Jönck, nosso arcebispo, acompanhado por vários padres. Em seguida, acompanhados por um carro de som, todos seguiram em procissão até a Catedral, diante da qual foi realizada a Celebração Eucarística. Durante a missa, jovens levaram ao altar símbolos de suas atividades. A homilia de Dom Wilson foi realizada de forma diferente. Ele respondeu a perguntas previamente elaboradas pelos jovens. Uma delas foi acerca da Jornada. Dom Wilson falou que, nesse mesmo dia, os jovens do mundo inteiro estão reunidos com o mesmo propósito. “Somos convidados desde agora a participar da Jornada Mundial da Juventude. É a Jornada da nossa vida. A Jornada é o momento para tomarmos consci-
ência plenamente de como viver melhor, o que colocar na nossa vida, que valores queremos seguir para nós e para todos, e seguir com decisão “, disse. Após a Eucaristia, os jovens seguiram pelas ruas do centro da Capital, em procissão, até o Colégio Catarinense. Eles conduziam a cruz e o ícone de Nossa Senho Senho-ra ra, réplicas dos que acompanham a Jornada Mundial da Juventude, e um cartaz da beata Albertina Berkenbrock Berkenbrock, jovem catarinense mártir da fé, que deve ser uma das padroeiras da JMJ-2013. À tarde, após uma pausa para o almoço, segmentos da juventude da Arquidiocese realizaram apresentações artísticas, com música e dança, e apresentaram o carisma da denominação da juventude que representam. Foi o momento propício para os jovens se confraternizarem, se divertirem e conhecerem um pouco das diferentes espiritualidades juvenis. Por volta das 15h30, Dom Wilson ministrou uma catequese sobre o sentido da Quaresma. Ele disse que devemos voltar o nosso olhar e concentrar-nos na contemplação de Jesus crucificado. “É o que somos convidados a fazer sobretudo na Semana Santa. Nesta Semana Santa possamos nos dedicar a Ele e, assim, descobrir a verdadeira alegria que vem de Deus, que vem da nossa união com seu Filho, Jesus Cristo, nosso Senhor e nosso Irmão”, disse Dom Wilson.
Esquenta para a JMJ-2013
Além de comemorar o DMJ
Foto JA
Jovens de toda a Arquidiocese lotaram o largo da Catedral, onde Dom Wilson presidiu a Celebração Eucarística
Foto JA
2012, o evento também serviu como preparativo para a Jornada Mundial Mundial, que será realizada em julho do próximo ano, 2013, no Rio de Janeiro. Dom Wilson aproveitou a oportunidade para falar do que está sendo preparado na Arquidiocese. Ele salientou que a JMJ tem um “antes”, um “durante” e um “depois”. O antes já começou, com a visita da Cruz e do Ícone de Nossa Senhora, que já passou por metade do Brasil e estará em Santa Catarina de 01 a 31 de janeiro. A permanência em Florianópolis será de 10 a 13 de janeiro ao meio dia. Nos dias de permanência, serão realizadas vigílias, com confissões, celebrações, via sacra e visitas a hospitais, presídios... Haverá momentos de celebração, mas também de gestos concretos. Es-
tão sendo aceitas sugestões para dinamizar a sua permanência da cruz e do ícone na Arquidiocese. Dom Wilson ainda falou sobre a Pré-Jornada (JMJ), que se realizará de 17 a 20 de julho de 2013, em todas as dioceses do Brasil, e será chamada de Semana Missionária Missionária. Nela, os jovens de outros países que vierem ao Rio de Janeiro, são convidados a vir uma semana antes para participar de eventos organizados em algumas dioceses escolhidas. Estimase que cerca de dez mil jovens venham a Florianópolis nesses dias. O Arcebispo motivou os presentes a procurar formas de acolher esses jovens e depois encaminhá-los até o Rio de Janeiro.
Protagonismo Juvenil
Para Dom Wilson temos mui-
to que comemorar pelo sucesso do evento. “Primeiro pela presença dos vários agrupamentos da nossa juventude. Segundo, pelo clima muito alegre que foi criado. Isso mostra o que os jovens podem fazer quando se dá oportunidade, e é o que pretendemos fazer mais vezes”, disse. Para o Pe. Josemar Silva Silva, referencial do Setor Juventude na Arquidiocese, o evento foi um momento forte de união da juventude, e motivação para que trabalhemos juntos. O “Dia” serviu para unir ainda mais as diferentes expressões da juventude e fortalecer o Setor na Arquidiocese”, disse. Mais fotos da JJAJ AJ,, no site AJ da Arquidiocese ((www.arquifln. www.arquifln. org.br ), clicar no link “Álbum org.br), de fotos” no alto da tela.
Pastoral da Juventude promove formação
Jovens: diferentes espiritualidades, mas unidos no propósito de seguir Jesus
A Pastoral da Juventude da Arquidiocese realizará dos dias 20 a 22 de abril (sexta a domingo), a primeira etapa da Escola da Juventude e do Curso de Assessores de 2012. Será na Casa de Retiros Santa Maria, em São José. A Escola da Juventude é voltada para os jovens dos grupos de base que queiram se aprofundar na caminhada. Já o Curso de Assessores é destinado aos jovens que já possuem
uma experiência mais longa nos grupos e tenham interesse em assessorar os que estão iniciando. Para a inscrição, o único requisito é participar de grupos de jovens. As inscrições já estão abertas e powww.arquifln. dem ser feitas no site da Arquidiocese (www.arquifln. org.br org.br) ou pelo Facebook, no endereço: www. facebook.com/pjarquifloripa facebook.com/pjarquifloripa. Mais informações com Verônica, pelo fone (48) 9635-6353.
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Geral
Abril 2012
Jornal da Arquidiocese
Retiro reúne Coordenadores de Coroinhas Essa foi a primeira vez que os coordenadores participaram de uma formação específica Foto JA
A Pastoral dos Coroinhas da Arquidiocese realizou, nos dias 09, 10 e 11 de março, o Retiro para Coordenadores de Coroinhas. O evento, na Casa de Encontros e Retiros Divina Providência, em Florianópolis, reuniu 48 coordenadores comarcais, paroquiais e de comunidades, representando 22 paróquias e as oito comarcas. Assessorado pelo Pe. Josemar Silva Silva, reitor do Seminário Propedêutico, o retiro teve como tema “O Caminho de Emaús”. Esta foi a primeira vez que o retiro foi realizado. Deise Zonta, Zonta 23 anos, é coordenadora dos coroinhas da Comarca de Brusque. Ela foi coroinha por seis anos e há dois anos trabalha na coordenação, e nunca havia participado de um retiro para coordenadores. “O retiro trouxe bastante conhecimento e motivou para realizarmos coisas novas com os nossos coroinhas”, disse. André Augusto Manoel Manoel, 15 anos, é coroinha há cinco anos e coordena o grupo de coroinhas da comunidade de Fundos, em Biguaçu. Com ele, são 27 jovens. Nunca havia participado de um retiro voltado aos coroinhas. “O retiro conscientizou para a missão e responsabilidade que temos nas mãos. Lidamos com crianças que
Evento reuniu mais de 48 coordenadores comarcais, paroquiais e de comunidades, representando 22 paróquias e as oito comarcas auxiliam no Altar, servindo a Cristo na Eucaristia”, disse. Para Irmã Clea Fuck Fuck, coordenadora Arquidiocesana da Pastoral dos Coroinhas, o retiro foi uma experiência nova para os participantes, já que é a primeira vez que acontece. “O resultado foi tão positivo, que já está prevista a realização de um próximo encontro no ano que vem”, disse. Ela agradeceu aos párocos que colaboraram para que seus coordenadores pudessem participar. Segundo Irmã Clea, a Pasto-
ral dos Coroinhas é um celeiro de vocações, uma vez que muitos dos jovens que decidem seguir a vida religiosa, seja como padre ou freira, já serviram o altar. Então, os coordenadores acabam sendo agentes vocacionais. “Embora a Pastoral não seja um clube vocacional, mas através dela são despertadas vocações para a vida religiosa. Mais fotos da celebração, acesse o site da Arquidiocese ( www.arquifln.org.br www.arquifln.org.br)) e clique em “Álbum de fotos”.
Diáconos ganham novo site Os diáconos da Arquidiocese ganharam um novo portal na internet. desde o dia 13 de março. Através do endereço www. diaconos.com.br diaconos.com.br, os diáconos permanentes contam com uma página mais limpa, dinâmica, organizada e com nova organização. O portal foi reconstruído pela empresa “Dominus Comunicação”. O conteúdo manteve-se o mesmo, mas a disposição dos assuntos e as ilustrações deram um ar mais moderno e de fácil acesso aos conteúdos. O redesign é o grande diferencial. Logo no início, o usuário já visualiza os principais destaques do site.
São Lourenço, padroeiro dos diáconos, ganhou lugar especial na primeira página do site. A “horizontalização” de sites (mais longos, diminuindo a necessidade de cliques) é uma tendência seguida em diversas páginas e portais, como o ClicRBS, G1 e CNBB. O novo site é constituído com algumas técnicas de HTML5, o conceito mais moderno aplicado atualmente na programação de sites. Também utiliza URL amigável, ou seja, na barra de endereços no navegador de internet, o endereço de cada página aparece de maneira legível para o usuário (em vez de códigos e números).
Encontro para Animadores Vocacionais A Pastoral Vocacional da Arquidiocese realizará no dia 05 de maio, sábado, o Encontro de Animadores Vocacionais. Será na Paróquia São Sebastião, em Tijucas, e o encontro pretende promover integração dos animadores/as que atuam na arquidiocese, partilhar experiências de animação vocacional e preparar o Mês Vocacional de 2012. O encontro iniciará às 09h, com término previsto para às
17h. Todos os consagrados e consagradas das Ordens, congregações, institutos, associações de vida apostólica e comunidades de vida que trabalham com o serviço vocacional de suas comunidades religiosas, são convidados a participar. O encontro será gratuito, inclusive as refeições. Pede-se apenas confirmar a participação através dos e-mails pe.vanio@hotmail.com ou edercelva@ gmail.com
Encontro Regional de Coordenadores de Catequese Representantes das dez dioceses de Santa Catarina estiveram presentes ao encontro Divulgação/JA
A Coordenação Regional de Catequese realizou um Encontro importante para a caminhada catequética de todo o Regional Sul 4. Foi no Centro de Formação Católica, em Lages, nos dias 11 e 12 de fevereiro, e reuniu representantes das dez dioceses. Durante o encontro, eles avaliaram as atividades do ano anterior e organizaram a programação de 2012. As atividades foram coordenadas pela Ir Ir.. Marlene Ber Ber-toldi toldi, que está à frente da Coordenação do Regional, e contaram ainda com a presença de Dom
Jacinto Inácio Flach Flach, bispo referencial para a catequese em nosso regional. Compondo a agenda para 2012, os assuntos foram diversos: a revisão das cartas formativas para catequistas iniciantes, a partilha das atividades de cada diocese, o projeto da catequese em assumir as prioridades de nosso regional: família, juventude e ação social, a Campanha da Fraternidade com refleEncontro contou com a presença de Dom Jacinto Flach, referencial da Catequese no Regional
xões e propostas para os encontros catequéticos, a 10ª Escola de Formação e Animação de Catequistas, o Ano da fé, como também as propostas assumidas em cada diocese sobre a Animação Bíblica da Pastoral. Esses encontros do Regional sempre proporcionam a convivência dinâmica de cada diocese, em vista do trabalho catequético. É momento rico da partilha de experiências e desafios que aparecem na caminhada de cada catequista. Sem jamais desanimar, nossa meta será sempre seguir Jesus Cristo, conhecendo-o e amando-o!
Jornal da Arquidiocese
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Arquidiocese ganha nova paróquia Celebração Eucarística criou oficialmente a Paróquia de São Pedro Apóstolo, em Itaipava, Itajaí
Foto JA
No início da celebração, representantes das comunidades trouxeram ao altar faixas e cartazes com o nome das 13 comunidades que compõem a nova paróquia. Em seguida, Dom Wilson declarou criada a paróquia e empossou Pe Pe. José Rufino Filho como o seu primeiro pároco. Pe. João Francisco Salm, Ecônomo da Arquidiocese, fez a leitura da ata de criação da paróquia. Pe. Revelino Seidler, Coordenador Arquidiocesano de Pastoral, leu a provisão de Pe. Rufino como o pároco. E Pe. Pedro Schlichting, reitor do Seminário de Azambuja, leu a provisão do Diácono Auri Braz Cardoso para a nova paróquia. Em sua homilia, Dom Wilson falou que a criação de uma nova paróquia objetiva tornar a vida da comunidade mais intensa. Ele falou que o Pe. Rufino está ali para coordenar e orientar, Nova paróquia conta com 13 comunimas depende da presença dades desmembradas de duas paróquias e apoio dos fiéis.
Foto JA
No dia 17 de março, sábado, foi criada canonicamente a Paróquia São Pedro Apóstolo, em Itaipava, Itajaí. A Celebração foi presidida pelo nosso arcebispo Dom Wilson TTadeu adeu Jönck Jönck, e contou com a presença de padres e diáconos, além de centenas de fiéis que lotaram a nova Igreja Matriz.
Dom Wilson (centro), apresentou Pe. Rufino (dir.) e o diácono Auri, que assumem o pastoreio da mais nova paróquia da Arquidiocese Dom Wilson ainda falou da importância dos Conselhos, da oferta do Dízimo e da criação dos Grupos Bíblicos em Família. “Quero cumprimentar a comunidade pelo dia de hoje, mas também sempre quero ouvir que aqui se vive uma fé intensa”, acrescentou. Ao final da celebração, Pe. Rufino agradeceu a presença de Dom Wilson, dos padres, diáconos
e da comunidade no ato solene e histórico. Na sequência, houve queima de fogos e, depois, todos foram convidados a participar de um coquetel no salão paroquial. História - Criada em 1927, a comunidade de Itaipava é pequena, mas em expansão, acolhendo aqueles que vêm para tentar uma vida melhor no litoral do Vale do Itajaí.
Pastoral Familiar realiza encontro regional de formação Realizado no CEAR, encontro reuniu representantes de sete dioceses do Estado trabalhos em grupo. As lideranças conheceram com detalhes o Plano Regional da Pastoral Familiar para 2012, apresentado pelo formador da Comissão Regional de Pastoral Familiar do Regional Sul avares ares. 4, Felipe Neri TTa Dom Severino Clasen, bispo de Caçador, elogiou os trabalhos e as apresentações e enfatizou que
cada agente deve olhar a Pastoral Familiar com esperança e otimismo. “Devemos trabalhar olhando para as boas ações das nossas comunidades e paróquias, pois há muita gente boa para nos ajudar. O pessimismo e as críticas nos paralisam. É preciso ter um novo olhar para as nossas famílias e trabalhar para ajudá-las”.
O assessor da CNBB, Padre Wladimir, participou de todo o encontro. Destacou para todos os casais que é um adepto da catequese familiar. “Nós temos que devolver às famílias o que é próprio dela. Precisamos retomar o modelo de catequese familiar, onde pai, mãe e filhos trabalham juntos na evangelização dos filhos”, enfatizou. Foto JA
Mais de 60 agentes da Pastoral Familiar do Regional Sul 4 se reuniram nos dias 2 a 4 de março, no Centro de Evangelização Angelino Rosa (Cear), em Governador Celso Ramos. Os participantes representaram sete dioceses do Regional. Durante o encontro, tiveram palestras e apresentações que abordaram temas atuais e relevantes para a família cristã. O evento contou com a presença do bispo referencial da Pastoral Familiar do Regional, Dom Frei Severino Clasen, Clasen e o assessor da Comissão Episcopal Pastoral para a Vida e Família da CNBB, padre Wladimir Porreca, do assessor Regional da Pastoral Familiar , Pe. Dorli Gonzaga Ribeiro, e do Casal Coordenador, Volnei e Mariv one Ext er k oe tt er Marivone Exter erk oett tter er. Durante o evento, os participantes puderam atualizar as diversas realidades da Pastoral Familiar de Santa Catarina com dinâmicas e
Mais de 60 agentes participaram do encontro e refletiram sobre temas atuais e relevantes para a família cristã
A nova paróquia passa a ter 13 comunidades: cinco delas vindas da Paróquia Santa Terezinha, de Brusque, e oito da Paróquia Dom Bosco, em Itajaí. Toda a sua extensão territorial fica localizada no município de Itajaí, passando, assim, a ser a sétima paróquia do município. A criação da paróquia foi um trabalho que começou em 2010, com o Pe. Rufino. Nesse período, foi estruturada a comunidade onde fica a matriz da paróquia, com a construção da residência e secretaria paroquial. Ela já estava funcionando civilmente desde o início de 2011, mas dependia da solenidade canônica, agora realizada. Para o Diácono Auri Braz Cardoso Cardoso, nascido, educado e ainda vivendo na comunidade, a criação da paróquia é fruto do empenho e interesse de todos os itaipavenses. Mais fotos da celebração, acesse o site da Arquidiocese ( www.arquifln.org.br www.arquifln.org.br)) e clique em “Álbum de fotos”.
Fortalecimento dos Conselhos de Pastoral A Coordenação Arquidiocesana de Pastoral realizará, no dia 21 de abril, sábado, o encontro dos coordenadores de Conselhos de Pastoral Paroquial da Arquidiocese com os representantes paroquiais para o Planejamento de Pastoral. Será pela manhã, das 8h30 às 11h30, na Paróquia Santo Antônio, em Itapema, buscando fortalecer os Conselhos e dar andamento ao estudo do Plano Arquidiocesano de Pastoral. Mais informações pelo fone (48) 3224-4799, ou pelo e-mail pastoral@arquifln. org.br org.br.
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Ação Social
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Jornal da Arquidiocese
Projeto capacita para a informática Com recursos do FAS, curso de informática abre novos caminhos para jovens e adultos Foto JA
Sr. Ely Agrepino dos Santos, 76 anos, parou de estudar há muito tempo. Aposentado e com tempo livre, quis se aventurar pelo mundo da informática. Há dois anos comprou um computador, mas não mexia por não saber. Ele é um dos 20 alunos do Curso de Informática oferecido pela Ação Social da Paróquia Santo Antônio, em Campinas São José. Em três semanas, Sr. Ely já mostra desenvoltura com as novas tecnologias. “Estou engatinhando, mas já aprendi alguma coisa e estou gostando”, disse. O curso de informática para adultos é oferecido às segundas e terças-feiras da semana, a partir das 20h, totalmente gratuito. É um projeto da Paróquia, que cedeu o espaço e parte da estrutura, e paga a professora, em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial – Senac, que cedeu os 21 computadores, todos interligados e conectados à internet. O projeto foi um dos que em 2011 receberam recursos do Fundo Arquidiocesano de Solidariedade, FAS. No total, foram R$ 5 mil, que contribuíram para a adequação do espaço, compra do mobiliário e climatização da sala. No ano passado, foram aprovados 28 projetos de geração de trabalho e ren-
Pessoas de mais idade alargam os horizontes com o curso de informática da, um investimento de R$ 112.202,76.
Qualificação profissional
Além de abrir os horizontes da informática aos de mais idade, o projeto também busca qualificar a mão de obra jovem. No ano passado, na estreia do projeto, 12 jovens concluíram o curso de seis meses. Nesse período, eles tiveram curso avançado do Windows e Office. A próxima etapa inicia em abril e as inscrições já estão abertas. Para participar, os jovens devem ter entre 16 e 20 anos, e es-
tar estudando ou ter concluído o segundo grau. Segundo o diácono Djalma Lemes Lemes, responsável pelo projeto, a ideia de criar o laboratório de informática surgiu a partir de uma pesquisa realizada pela paróquia. “Percebemos que nas comunidades adjacentes da paróquia as pessoas são empobrecidas e não têm condições de pagar um curso de informática. Decidimos criar esse projeto que vai abrir novos horizontes aos mais velhos e qualificar os mais jovens para o mercado de trabalho”, disse.
Projeto FORTEES caminhando na Arquidiocese O projeto FORTEES – Fortalecendo Experiências de Economia Solidária em Santa Catarina, que está sendo executado na Arquidiocese pela Ação Social Arquidiocesana, coordenado pela Cáritas Brasileira Regional Santa Catarina e patrocinado pela Petro-brás, realizou a Oficina de Hortas Comunitárias, dia 29 de fevereiro e a 5ª etapa do Curso de Gestão e Viabilidade Econômi-
Divulgação/JA
ca dia 06 e março deste ano. O primeiro foi acolhido na Paróquia Santo Antônio, em Campinas, no período matutino e no vespertino. Todos foram direcionados para a comunidade Chico Mendes, comunidade periférica de Florianópolis, onde se executa o projeto “Revolução dos Baldinhos”. A oficina contou com a assessoria de Marcos José de Abreu Abreu, agrônomo do CEPAGRO, que trabalhou pela manhã questões teóricas, sensibilizando-os a optarem por produtos orgânicos. Após o almoço, como uma marcha, todos se dirigiram à comunidade, Participantes conhecendo as experiências na Comunidade Chico Mendes
onde foram acolhidos pelos participantes do projeto “Revolução dos Baldinhos”, que tem como Coordenadora a Rose Helena Helena. Na comunidade foi realizada uma caminhada conhecendo as experiências de hortas e do trabalho de conscientização para recolhimento de lixo orgânico que será transformado em composto. Outra atividade realizada em março foi a 5ª etapa do Curso de Gestão e Viabilidade Econômica, na Paróquia Sagrados Corações, em Barreiros Barreiros, e reuniu os grupos de Economia Solidária acompanhados pelo projeto. O curso tem como objetivo qualificar os empreendimentos para construírem o Plano de Negócios. As próximas atividades a serem organizados pelo projeto serão a Oficina de Comunicação, em parceria com a Pastoral da Juventude, e a Feira de Economia Solidária.
ASA realiza Conferência Livre sobre a Iª CONSOCIAL A Ação Social Arquidiocesana, ASA, participou da Comissão de Organização da Iª Conferência Es tadual de TTransparência ransparência e Estadual Controle Social (CONSOCIAL) realizada em 02, 03 e 04 de abril de 2012. Para ampliar o debate com sua Rede de Ações Sociais, organizou momentos de Conferências Livres Livres. A 1ª CONSOCIAL tem por objetivo principal promover a transparência pública e estimular a participação da sociedade no acompanhamento e controle da gestão pública, contribuindo para um controle social mais efetivo e democrático que garanta o uso correto e eficiente do dinheiro público. Nas conferências livres já realizadas, foram discutidos os Eixos Temáticos “Mecanismos de controle social, engajamento e capacitação da sociedade para o controle social da gestão pública” e “A atuação dos conselhos de políticas públicas como instância de controle”. As entidades participantes elegeram 10 propostas que serão encaminhadas diretamente para a Conferência Nacional e que irão à elaboração de um Plano Nacional sobre Transparência e Controle Social. Foram realizadas 4 Conferências Livres, envolvendo 70 pessoas: - Rede Municipal de Florianópolis: ocorrida no dia 20 de março, no auditório do CRESS, contou com a participação de representantes das Ações Sociais, conselheiros de políticas públicas
e também entidades de assistência social do município; - Rede Municipal de Brus Brus-que: atividade ampliada, realizada no dia 26/03, incluindo os municípios de Nova Trento e Guabiruba, contou com a participação de lideranças que atuam nas ações sociais e nos conselhos de assistência social, criança e adolescente e idosos. - Rede Municipal de São José José: ocorrida no dia 28/03, contou com a participação da Ação Social de Biguaçu e representantes do poder público. - Rede Municipal de Palhoça: teve a presença das ações sociais do município, de entidades de assistência social que compõem a rede socioassistencial e representantes do poder público. A partir dos Eixos trabalhados, as Conferências Livres da Rede ASA destacaram como pontos principais para elaboração de suas propostas: a utilização dos espaços de mídia para formação e informação; a implementação dos espaços de participação constituídos (fóruns, conselhos, conferências etc); a capaci-tação continuada para os conselheiros (controle e participação social); a efetivação dos conselhos (recursos humanos e materiais); acompanhamento dos processos licitatórios antes, durante e depois; e a fiscalização da aplicação de recursos públicos; punições mais rigorosas com devolução de recursos aos cofres públicos, entre outras. Divulgação/JA
Encontro com as Ações Sociais discutiu transparência e controle social
Jornal da Arquidiocese
GBF 11
Abril 2012
Grupos Bíblicos em Família em Sintonia Bíblica Lideranças criam programa de rádio para as pessoas que não podem participar de GBF na sua comunidade Divulgação/JA
Neste mês de abril, os Grupos Bíblicos em Família da Comarca de Itajaí celebram a realização do programa “Sintonia Bíblica”, de nº 100, que vai ao ar todas as segundas-feiras, no horário das 20 às 21h, pela rádio Conceição FM. O primeiro programa foi transmitido no dia 14/12/2009, uma semana após a trágica morte de Pe. Alvino Broering Broering. Ele motivou a realização de um programa que oportunizasse a participação às famílias e às pessoas que não têm a oportunidade de acompanhar um Grupo Bíblico em Família na sua rua ou condomínio. Com sua costumeira alegria, Padre Alvino daria a abertura ao primeiro programa. Assim, aquele primeiro programa aconteceu movido pela lacuna deixada pelo grande e querido sacerdote, um comunicador em potencial que nos atribuiu a missão de realizar um dos seus últimos projetos: levar a Igreja nas casas pela Rádio Conceição Conceição. Foi no curso de Teologia, quando tivemos o privilégio de tê-lo como palestrante e de conviver com ele em suas últimas semanas, que ele lançou a semente da realização de um programa que atingisse a proposta da Ação Evangelizadora da Arquidiocese, os Grupos Bíblicos em Família, a evangelização nas casas, como prioridade pastoral. Aceitamos o desafio e, pela graça do Espírito Santo, celebramos neste mês o
Equipe responsável por colocar o programa todas as segundas-feiras. Programa iniciado em 2009, comemora sua centésima edição centésimo (100º) Programa. Por que “Sintonia Bíblica”? O próprio nome sugere algo de extraordinário, porque sua dinâmica se desenvolve na partilha e meditação da Palavra em interação com o ouvinte através do telefone e internet. Os livretos são a fonte da dinâmica do Programa, um instrumento rico, que apresenta um roteiro prático e adaptável à interação com o ouvinte. É como se o GBF estivesse ali reunido em grande sintonia, entrando na casa das pessoas. O programa ainda apresenta a cada semana informações pastorais e reflexões sobre diversos temas, com o objetivo de ajudar a caminhada da vida cristã; é tam-
bém motivação para os animadores e animadoras dos GBF se fortalecerem na missão que Jesus lhes confiou como protagonistas da sua mensagem: “Eis que estou à porta e bato” (Ap 3,20). Os comunicadores responsáveis pela apresentação são membros dos GBF que participam ativa e diretamente todas as semanas, sob a coordenação de Glória Maria Dal Castel, com a presença permanente de Zoraide Mello, Maria de Fátima Demartino e Ricardo Demartino. Gloria Maria Dal Castel Coordenadora do GBF e do programa Sintonia Bíblica
Seminário Regional dos GBF e das CEBs Nos dias 9 a 11 de março de 2012, a coordenação regional dos GB/F e CEBs, assessores/as, participantes que representaram as dez dioceses da CNBB Regional Sul 4, do nosso Estado, reuniramse no Centro de Formação Mons. Sebastião Scarzello, na Diocese de Joinville, num Seminário de estudo e preparação para o III Interdiocesano dos GR/F. A nossa Arquidiocese foi representada por 13 animadores e animadoras dos GBF e CEBs. Animados e iluminados pela Palavra de Deus, fomos provocados pelos assessores/as com a análise sobre os
reflexos da nossa realidade, à luz do tema: Justiça e Profecia no campo e na cidade, com a pergunta: Justiça e profecia a serviço de que vida? Hoje vivemos várias crises: crise generalizada, crise religiosa, crise ética, crises da economia, crise das grandes teorias..., perdemos a referência da nossa vida em sociedade. A origem dessa crise nasce da inversão teológica: o mundo, o Estado, coloca-se no lugar de Deus, a serviço do mercado, como diz Mahatma Gandhi: ‘o Estado tem seu fundamento nos sete pecados capitais: riqueza sem trabalho, prazer sem escrúpulos, comércio sem ética, ciênDivulgação/JA
Participantes do Seminário Regional realizado em Joinville
cia sem humanidade, conhecimento sem sabedoria, política sem idealismo, religião sem sacrifício’. Olhando para o nosso chão eclesial, vivemos a Igreja que Deus quer? As provocações abriram o espaço para as discussões, reflexões e interpelações, buscando o resgate da Igreja profética em meio a tantos desafios. Nas falas apareceu o resgate da Igreja Povo de Deus, do Concilio Vaticano II, no qual lembramos Medellín, com saudade e esperança na busca de um novo começo. Na 5ª Semana Social Brasileira (SSB), a Igreja, em parceria com os movimentos sociais e organizações populares, quer refletir sobre a proposta de democratização do Estado brasileiro a partir do Bem Viver como caminho para uma sociedade mais justa e solidaria. Agindo assim, poderemos dizer que ‘justiça e profecia estão a serviço da vida no campo e na cidade’, e que somos fortalecidos pelo Espírito de Deus que nos move e envia em missão: “Ide pelo mundo inteiro e anunciai a Boa Notícia a todos os povos” (Mc 16,15). Maria Glória da Silva Coord. arquid. dos GBF
Encontro da Comarca de Brusque A coordenação comarcal dos GBF da Comarca de Brusque, com a colaboração das paróquias, promoveu no dia 03 de março uma tarde de espiritualidade para os amimadores(as) e membros dos ereza do GBFs. A assessora, Ir Ir.. TTereza Nascimento Nascimento, levou os participantes a fazerem uma experiência de encontro pessoal e comunitário com Deus, a partir da Leitura Orante da Palavra. O tema central “vocação e missão” foi refletido a partir do livro do Êxodo, de modo pessoal e em grupo, alimentando a nossa espiritualidade vivenciada na comunidade. O itinerário vocacional e missionário dos profetas e profetisas da Bíblia e de Jesus é para nós um processo de descoberta da nossa identidade de cristão/ã e da nossa missão na comunidade e na sociedade. Nos caminhos tortuosos da história vamos descobrindo a própria identidade e missão: “Eis que suscitarei para eles, do meio dos irmãos, um profeta semelhante a ti.
Porei as minhas palavras em sua boca, e ele lhes comunicará tudo o que eu lhe ordenar” (Dt 18,18). Deus se revela a cada um de nós no dia a dia; como pastor, mostra-nos o caminho por onde devemos seguir, enche-se de compaixão diante das nossas limitações e fraquezas, revigora nossa força e nos dá coragem e a certeza de que caminha conosco: “Ide, pois, fazer discípulos entre todas as nações... Ensinai-lhes a observar tudo o que vos tenho ordenado. Eis que estarei convosco todos os dias até o fim dos tempos” (Mt 28,19-20). Ir. Tereza nos provocou com várias perguntas muito pertinentes, como: retomando nossa caminhada pessoal na família, na comunidade, no campo profissional..., a partir desta experiência, como Deus foi-se revelando a você? Que luzes, que apelos surgiram para nos ajudar a crescer na fé, no ardor e entusiasmo pela missão? Coordenação comarcal dos GBF
III Interdiocesano dos Grupos Bíblicos em Família e CEBs Os Grupos Bíblicos em Família (GBF) e as Comunidades Eclesiais de Base (CEBs), pela força do Ressuscitado e pelas luzes do Espírito Santo, fazem um valioso trabalho de evangelização na nossa Arquidiocese, levando as pessoas a fazerem a experiência do encontro com Jesus Cristo. Estamos nos aproximando do grande encontro do III Interdiocesano em nível regional. Essa atividade reúne as 10 dioceses de Santa Catarina em quatro blocos, com o objetivo de refletir sobre Justiça e Profecia a serviço da vida e celebrar a caminhada dos GR/F e das CEBs como Igreja em missão permanente. A Arquidiocese, juntamente com as dioceses de Criciúma e Tubarão, promove o III Interdiocesano no dia 20 de maio (domingo), com início às 8horas, no Centro de Evangelização Angelino Rosa (CEAR), em Governador Celso Ramos. A Coordenação Arquidiocesana dos GBF e das CEBs, juntamente com a Coordenação Arquidiocesana de Pastoral, convidam todos os animadores(as) e membros dos GBF e CEBs, os senhores Párocos, Vigários, Diáconos, Religiosos e Religiosas e outras lideranças, para participar. Sintam-se bem motivados e convocados para mobiliza-
rem caravanas com um número expressivo de nossos animadores (as), que possam acolher bem os participantes das Dioceses de Tubarão e Criciúma. Para que essa acolhida seja bem organizada, é necessário termos uma estimativa aproximada do número de ônibus e de participantes (animadores/animadoras, membros dos GBF e das CEBs), por paróquia. Pessoa de contato: Maria Gloria da Silva, 48 3224 4799. Os participantes deverão trazer seu lanche para o almoço, para fazerem um momento de partilha. Maria Glória da Silva Coord. arquid. dos GBF
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Artigos
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Jornal da Arquidiocese
C entenário
Padre José Alberto Gonçalves Espíndola Urubici – seu campo de apostolado
Em 16 de janeiro de 1946 foi nomeado vigário coope-rador de Nossa Senhora Mãe dos Homens de Urubici, SC, onde era pároco, desde 1944, o enérgico Pe. João W enceslau Zelezn Wenceslau Zeleznyy. Em 15 de janeiro de 1950 recebeu a provisão de pároco, e nesse ministério permaneceu até seu último dia. A paróquia incluía 31 comunidades (hoje os municípios de Urubici e Rio Rufino), e nelas dirigiu a construção de diversas capelas e salões paroquiais. Pe. Espíndola, como era chamado, tinha o carisma de conselheiro de jovens e, especialmente, de casais. Restaurou muitas famílias. Os casais que o procuravam acatavam seus conselhos, sempre afetuosos. Apaziguava os conflitos. Assumiu a renovação do Concílio Vaticano II. Foi entusiasta promotor vocacional, fazendo de Urubici terra de religiosas e padres.
Espírito comunitário
Pe. José Espíndola era personalidade marcante: muito comunicativo, diplomata, administrador, brilhante orador. Atraía as pessoas no primeiro contato. Usou seus dons a serviço da Igreja e da comunidade civil. Urubici, com estradas precárias, ficava longe de hospitais. A solução encontrada foi o Hospital e Maternidade São José, cuja construção foi iniciada em 1º de dezembro de 1948 e inaugurada em 29 de maio de 1955. O padre teve a grande graça da vinda das
tos professores de 1ª à 4ª séries do Ensino Fundamental. Pe. Espíndola era político, com opção partidária, envolvendo-se nos interesses do município e região. Declarava apoio ou rejeição a determinados candidatos, o que lhe valeu também oposição e calúnias. As opções partidárias sempre despertam paixões e ódios. Ele foi membro do Diretório da ARENA, partido criado pelos militares após o Golpe de 1964. Encontrava abertas as portas do Palácio do Governo e aproveitava o bom trânsito para pedir recursos para obras religiosas e sociais. Com entusiasmo incentivou a criação do município de Urubici, tornado realidade em 3 de fevereiro de 1957. Liderou a abertura da estrada da Serra do Corvo Branco facilitando as comunicações com o litoral, desembocando em Grão Pará. Saindo de Urubici, são 30km de estrada até o alto da serra, a quase 1.500 metros de altitude, onde foi feito impressionante corte de 90 metros de profundidade, na rocha. Divulgação/JA
José Alberto nasceu em Itajaí, SC em 15 de março de 1920, filho de José Espíndola e de Maria Gonçalves Espíndola. Itajaí, com uma sucessão de grandes vigários, foi escola fecunda de cristãos e de vocações. Assim aconteceu com José Alberto. Sentindo a vocação sacerdotal, ingressou no Seminário de Azambuja, Brusque, onde concluiu os estudos ginasiais e clássicos. A teologia e filosofia foram realizadas no Seminário Central de São Leopoldo, RS, dirigido pelos padres jesuítas. Ao final dos estudos teológicos, José passou pela experiência da cruz. Em fevereiro de 1942 foi atingido por grave enfermidade pulmonar, sendo proibido pelo médico de estudar por um ano. Internado no Hospital de Ibirama, ficou acamado quatro meses. Julgando que o clima de São Leopoldo não lhe fazia bem, solicitou ao arcebispo de Florianópolis, Dom Joaquim Domingues de Oliveira, permissão para continuar os estudos em Mariana, MG, o que lhe foi negado. José Espíndola, então, dirigiuse a Dom Daniel Hostin, OFM, bispo de Lages, que aceitou recebê-lo. Continuou os estudos de teologia em Curitiba, no Convento dos Padres Capuchinhos, nas Mercês. Foi ordenado padre por Dom Daniel, na catedral de Lages, em 16 de dezembro de 1945. A Primeira Missa Solene celebrou-a na histórica igreja de Nossa Senhora da Conceição, em sua terra natal.
Padre José Espíndola de Itajaí para os altos de Urubici Irmãs Franciscanas de Dillingen, em 1955. Congregação fundada na Baviera em 1241, em plena Idade Média, e ainda florescente. As Irmãs, chegando a Urubici, assumiram o Hospital. A presença das Irmãs trouxe a chegada de muitas jovens que queriam ingressar na vida religiosa. Assim, em 1956, Ir. Christolda Hubler (coordenadora da comunidade do Hospital), iniciou a construção de um prédio, em frente ao Hospital, que serviria de casa de formação para as jovens candidatas à vida religiosa e abrigaria, ao mesmo tempo, um Curso de Educação para o Lar. A então “Escola Doméstica Santa Clara”, hoje Colégio Santa Clara, foi inaugurada por Ir. Christholda, sua primeira diretora, em 17 de outubro de 1961. O Curso de Magistério funcionou no Colégio Santa Clara durante 25 anos, ininterruptamente, formando mui-
Urubici perde um pai
Pe. Espíndola, forte na liderança e nos relacionamentos, sonhou e fez realidade a grandiosa igreja matriz de Nossa Senhora Mãe dos Homens. A construção foi iniciada em 4 de julho de 1965 e inaugurada em 11 de novembro de 1973. Mobilizou a comunidade que doava dinheiro, produtos agrícolas ou dias de trabalho, e também colocou carnês de con-
tribuição mensal. Um plano ousado, para 1.100 pessoas sentadas. era uma das maiores e mais modernas igrejas do Estado. Com quatro entradas e cúpula central, forma uma cruz. Belos vitrais vindos de São Paulo. É atração turística para o visitante de Urubici. Pe. José Espíndola era muito ligado ao espírito familiar. Isso se manifestou ao abrigar um casal jovem na Casa paroquial. Do casal nasceu um casal de filhos. Pouco depois, com a separação do pai, Pe. Espíndola assumiu essa função, apresentando-se, inclusive, como pai. A residência paroquial era uma casa de família, dando-lhe muita alegria e incentivo no trabalho. No dia 1º de maio de 1977, sentiu-se mal na festa do Colégio Santa Clara. Retirou-se à casa paroquial e poucos instantes depois estava morto, por infarto do miocárdio. O sino da igreja foi tocado uma hora, sem parar, e Urubici chorou. Por exigência da família, foi sepultado em Itajaí, no dia seguinte. Anos depois, o povo de Urubici veio buscar seus restos mortais, que descansam dentro da Igreja Nossa Senhora Mãe dos Homens. A memória de sua vida, ceifada aos 57 anos de idade, está gravada no povo de Urubici a quem serviu por 31 anos. Seu túmulo é lugar de peregrinação, onde os fiéis deixam flores, placas e cartas de pedidos e agradecimentos por graças alcançadas. Pe. José Artulino Besen (acesse o texto na íntegra no blog: pebesen.wordpress.com pebesen.wordpress.com)
Opinião
Que a saúde se difunda sobre a terra A Campanha da Fraternidade nos dá o tema “Fraternidade e Saúde Pública” com o objetivo de sensibilizar a comunidade cristã diante dos problemas que enfrenta a saúde pública em nosso país. Para melhor compreendermos os direitos e deveres nesse processo, faz-se necessário conhecermos a organização do SUS – Sistema Único de Saúde. Cabe à sociedade o Direito e o Dever de participar das ações de saúde, e para tanto é necessária a efetiva participação no “Controle Social”. A Lei 8.080/90 e 8.142/90 prevê a existência dos Conselhos de Saúde nos três níveis de governo – municipal, estadual e federal – como exigência para que o
repasse dos recursos financeiros seja aplicado pelos gestores e fiscalizado pela população. Especificando os objetivos traçados pela Lei, cabe aos Conselhos a formulação de estratégias de ações e serviços do SUS, o controle, a cobrança para solução dos problemas que a população encontra nas áreas de saúde, a execução e deliberação das políticas públicas e, o que é muito importante, a determinação dos gastos. Cabe ao chefe do executivo (Prefeito, Secretário de Saúde, Ministro, Presidente da República) a homologação das decisões do Conselho, sempre antecedidas da opinião da sociedade organizada. O SUS vem-se adaptando à realidade social em sua aplica-
ção. Assim, a Resolução nº 333/ 2003 determinou a formação paritária dos Conselhos: 50% de Entidades Civis, que representam os cidadãos usuários do SUS, 25% de Entidades dos Trabalhadores de Saúde, 25% de representantes do Governo e Prestadores de Serviços conveniados. A instalação e regulamentação se dão através da Lei homologada pelos chefes do Executivo. Após a nomeação dos membros do Conselho, por eleição democrática, é constituída a mesa diretora, que, junto com os demais representantes, atua apoiada pelo Regimento Interno estabelecido em conformidade com a Lei do SUS. As reuniões têm a participação da comunidade em geral,
cabendo ao conselheiro ou suplente a decisão pelo voto. A saúde pública depende da perfeita harmonia entre o Executivo, que detém o poder, e a pressão da comunidade, que sente as necessidades para o seu bem viver. É necessário um grande trabalho em todos os níveis e grupos da sociedade para despertar e conhecer os direitos e deveres do cidadão e consolidar este nosso Sistema Único de Saúde, para conseguirmos sua instalação plena. Aqui cabe a pergunta: Como instalar um sistema socialista num país capitalista? Eis o grande confronto. A Igreja, através da Pastoral da Saúde, em nosso Estado, vem desenvolvendo ações contínuas para o fortalecimento, esclarecimento e
CF-2012
funcionamento do SUS. Isto, através de cursos para seus voluntários e a população em geral, ampliando essa rede de multiplicadores constantemente. Em Garopaba, o Conselho Municipal de Saúde foi estabelecido pela Lei 571/96. Vem atuando com forte desempenho, como todo processo que se adapta, recebeu modificações, e a Lei de sua criação foi alterada em 2003. A Paróquia São Joaquim vem participando comprometidamente através da Pastoral da Criança e da Saúde, articulando a contínua implantação desse processo em nossa comunidade. Elsita TT.. Andrade Conselheira – Pastoral da Saúde / Garopaba
Jornal da Arquidiocese
Missão 13
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Pe. Paulo Manna - Uma vida pela missão Dedicado à animação missionária, fundou a Pontifícia União Missionária. Foi beatificado em 2001
Sinto-me todo e somente missionário
Quando, por motivos de saúde, teve que renunciar à sua missão na antiga Birmânia, e ficar na Itália, sentiu-se um missionário fracassado. Mas, não desanimou. Pelo contrário, deu este testemunho: Sinto-me todo e somente missionário. Não tenho outros interesses, outras atividades. Qual é a nossa tradição de espírito apostólico? É a de ser essencial e exclusivamente missionários: missionários no sentido mais verdadeiro, mais alto e
são, fazendo do Evangelho seu principal ponto de referência.
to, revestido de suas virtudes, penetrado pelos seus sentimentos, animado por seu zelo, devorado por seu amor... O missionário deve ser um homem de altíssima perfeição evangélica, não inferior àquela que esperamos de um monge. O missionário deve ser aquele que representa, de maneira visível, a pessoa de Cristo. É de Cristo, primeiro evangelizador, que ele tira não somente a força, como também a própria estrutura de sua vida pessoal e de sua ação apostólica. O missionário obedece ao Pai, a cujo serviço se coloca, até o ponto de pôr sua vida à disposição do Reino, até o completo sacrifício dele mesmo. Foi Jesus crucificado que fez cada um de nós missionário, portanto, é o crucifixo que deve alimentar em nós o amor para com os irmãos.
O missionário deve se revestir do espírito de Cristo
O missionário: líder e santo
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Para o Pe. Paulo Manna, uma verdade fundamental não podia ser posta em discussão: a salvação da humanidade concretiza-se através da pregação e da aceitação do Evangelho de Jesus Cristo. A partir dessa convicção, a missão foi a chama que devorou toda sua vida. Mas, poderíamos nos perguntar: por que ele se preocupava tanto com isso? Ele mesmo responde: “O assunto missão foi a paixão de toda a minha vida. Durante trinta e cinco anos não estudei, não me preocupei com outra coisa”. Ele admirava a obra das missões, mas queria que se fizesse mais, mudando até o método de evangelização, “para que se tornasse fácil para todas as pessoas o ingresso no Reino de Nosso Senhor, que é a única luz, a única salvação de todo homem que vem ao mundo”.
Beatificado em novembro de 2001, é sempre viva a memória daquele que, impedido de permanecer na missão, dedicou-se à animação missionária completo da palavra. Quem entra no PIME deve saber que o Instituto não tem outra finalidade a não ser a missão entre os que ainda não são cristãos e que nós somos todos e somente missionários. Pe. Manna era simplesmente um missionário do campo, a quem a doença tinha impossibilitado de continuar seu ministério na Birmânia. Apesar disso, era inflamado pela paixão de pôr-se a serviço dos missionários, de dedicarse inteiramente à propagação da Fé. Cristo evangelizador era o principal modelo para ele. Observava tudo e refletia profundamente sobre tudo o que dizia respeito à mis-
Para Pe. Manna, o zelo apostólico, sem o qual, como missionários, não somos nada, existe somente num coração inflamado pelo amor de Deus. Isto somente é possível através do contato vivo com Deus, que o missionário consegue estabelecer através da oração e da contemplação. Ele é um homem que baseia o sucesso de sua vida e de sua ação apostólica na intensidade de sua vida interior. O missionário deve possuir o espírito de Cris-
O missionário deve ser e viver pobre, deve ser livre de todos os afetos que possam diminuir sua liberdade apostólica; deve reproduzir em si e em sua ação o amor e a humanidade de Cristo, deixando rastros de bem em qualquer lugar por onde passar; deve ser obediente ao projeto de Cristo, que se concretiza na ação da Igreja que é comunhão. Do missionário exige-se a máxima perfeição evangélica. Em poucas palavras,
para Pe. Manna, o missionário deve ser um santo.
Beato Paulo Manna
Fundador da Pontifícia União Missionária
O Beato Padre Paulo Manna nasceu em Avelino (Itália), no dia 16 de janeiro de 1872. Depois dos estudos filosóficos e teológicos, foi ordenado presbítero no dia 19 de maio de 1894, na Catedral de Milão. Em 27 de setembro de 1895 partiu para a Missão de Toungoo, na Birmânia Oriental, onde trabalhou em três períodos durante uma década até que, após uma grave enfermidade, em 1907 voltou definitivamente para a Itália. Aí dedicou-se inteiramente à evangelização e à animação missionária. Com o seu trabalho apostólico fundou a Pontifícia União Missionária e várias revistas e jornais missionários. Paulo Manna foi beatificado, na Praça São Pedro, pelo Papa João Paulo II, no dia 4 de Novembro de 2001. Ao beatificá-lo, João Paulo II resumiu a sua vida nestas palavras: “Deu toda a sua existência pela causa missionária. Em todas as páginas dos seus escritos ressalta muito viva a pessoa de Jesus, como centro da vida e razão da sua missão”. Pe. Francisco Gomes, PIME Diretor do “Missão Jovem”
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África também é missionária No último Anuário Pontifício 2012, que foi apresentado ao Papa Bento XVI, uma das coisas que mais chama a atenção é que a África é o continente onde mais cresce o número de cristãos. A nossa Arquidiocese tem um grande afeto pelo continente africano, particularmente pela Guiné Bissau, país onde hoje Pe. Lúcio trabalha como missionário Fidei Donum, entre outros leigos da nossa diocese. Daqui a alguns dias, outros quatro jovens missionários, que foram acompanhados e formados pelo Pe. Márcio, para lá partirão, atendendo ao mandato de Jesus ressuscitado: “Ide pelo mundo inteiro e proclamai o evangelho a toda criatura” (Mc 16,15). A história da evangeliza evangeliza-ção na África não foi muito diferente da das Américas, no momento da chegada dos europeus naquelas terras. Quando se fala da evangelização na África, dificilmente se consegue separá-la do processo de colonização, como aconteceu exatamente com os portugueses na Guiné-Bissau. Vamos conhecer um
pouco mais deste país. Um tempo tempo, durante o período da colonização e da evangelização, ensinaram que o africano só poderia conseguir a sua salvação fora do seu próprio continente. Só mais tarde, depois de muito tempo procurar a salvação nas terras longínquas e alheias, é que falaram que o africano poderia conseguir a sua salvação sem precisar sair do seu meio, físico e social. A Guiné-Bissau fica situada na costa ocidental da África, banhada pelo Oceano Atlântico, com muitos braços do mar penetrando no seu interior, o que facilitou a chegada dos colonialistas portugueses e dos missionários que, durante cinco séculos, não fizeram o que tem sido feito nos últimos vinte e cinco anos. O ano de 1446 foi a data da chegada dos portugueses. Só 51 anos depois chegaram os missionários, lá encontrando um povo diferente pela língua, religião, cultura... que, na lógica do tempo, deveria ser ocidentalizado. Só assim os povos nativos se tornariam
também “civilizados”. Ser civilizado, naquela época, significava ter a mentalidade e a cultura europeia. A Igreja Igreja, após a independência do país em 1974, tornou-se mais independente e a própria ação evangelizadora seguiu novos rumos, renovando a ação missionária e inculturando a Boa Nova nas culturas locais. Depois de três anos de independência surgiu a primeira diocese e, com a chegada de diversas congregações, a ação missionária foi-se expandindo pelo interior do país. A jovem Igreja sentiu cada vez mais a necessidade de investir na formação de padres, religiosos(as) e catequistas locais, como também na fundação de novas comunidades. E a Igreja da Guiné-Bissau já apresenta frutos relevantes: 24 presbíteros e 16 religiosas guineenses. Quero recordar a todos vocês o nosso Dom Pedro C. Zilli, ex-aluno do ITESC, que já acolheu vários leigos da nossa diocese. Com muito esforço e entusiasmo, ele está con-
Dom Câmnate (Bispo de Bissau), Pe. Davide (Superior Regional do PIME), Pe. Gaudêncio (PIME), enviado para a missão de Papua Nova Guiné e Dom Zilli duzindo a nova Diocese de Bafatá. Dom Pedro é o primeiro bispo missionário brasileiro além fronteiras, e sua sede episcopal é a mesma casa paroquial de Bafatá, onde já morou como missionário do PIME. Sem dúvida, ele é uma presença muito significativa da Igreja do Brasil em terras africanas. O Senhor Jesus Jesus, mediante o seu Espírito, continua chamando homens e mulheres para que se consagrem à causa do Evangelho, a fim de serem, quem sabe,
enviados à África. O mais novo padre africano, da Guiné Bissau, é Pe. Gaudêncio, PIME, enviado para a Papua Nova Guiné. Com o SIM dele ao chamado de Deus, se mostra que toda Igreja Particular, embora jovem e pobre, têm a responsabilidade de investir suas melhores energias no anúncio do Evangelho a todas as gentes. Nós torcemos para que a África, que já recebeu muito de outros continentes, se torne cada vez mais missionária.
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Foto JA
Márcia Lange Rila Uma vida dedicada ao atendimento das crianças vítimas do HIV/Aids Na década de 90 o HIV/Aids era uma epidemia que se alastrava rapidamente e muito pouco se sabia dela. Em 1987, foi criado em Florianópolis o Grupo de Apoio e Prevenção ao HIV/Aids – GAPA. Na época, começou-se a perceber que as mães estavam morrendo e os filhos ficando desamparados. Um pequeno grupo de voluntárias, lideradas por Márcia Lange Rila, decidiram criar o Lar Recanto do Carinho, com a função de atender as crianças vítimas do HIV/ Aids, sendo elas soropositivas ou não. O projeto foi colocado em prática em 1992, com a construção de um espaço próximo ao Hospital Infantil, em Florianópolis, na época, o único hospital referência no tratamento no Estado. Márcia, mãe de três jovens, considera-se mãe de cada uma das 300 crianças que passaram pelo Lar. Nesses 20 anos, dedicados às crianças vítimas do HIV/Aids, muitas foram as conquistas, mas ainda há muitas batalhas. É disso que Márcia fala na entrevista que segue. Jornal da Arquidiocese - O que é o Lar Recanto do Carinho? Márcia - É uma casa que foi criada para abrigar as crianças soropositivas, de 0 a 6 anos, de todo o Estado. Em 1992, o único hospital de referência em tratamento de Aids no Estado era o Hospital Infantil de Florianópolis. As crianças do interior precisavam vir para cá. Os pais ou familiares não tinham
como cuidar delas por dificuldades financeiras. Então, assumimos esse trabalho. Aqui, realizamos acompanhamento médico, odontológico, apoio psicológico e atendimento pedagógico. Além disso, temos uma escola infantil, mantida pelo Colégio Menino Jesus, e quando elas ficam maiores, recebem bolsa para estudar no Colégio. Hoje, o Lar atende apenas as crianças de Florianópolis. Com o avanço da epidemia, também houve os avanços na medicação e a saúde foi-se adequando a isso. Os postos de saúde e os hospitais hoje fornecem a medicação a quem necessita: não há mais, portanto, a necessidade de as crianças serem encaminhadas para Florianópolis. O tratamento é realizado nos seus próprios municípios. Já chegamos a atender até 70 crianças residentes. Hoje temos 30 no atendimento dia, equivalente a uma creche. E temos 18 residentes encaminhadas pelo Conselho Tutelar. Estamos no limite. JA - Sabe-se que, se uma gestante com Aids tomar a medicação o vírus não passa para o ffilho. ilho. TTambém ambém q ue a crique ança tem uma grande chance de negativar até os dois anos. Há muitos casos assim? Márcia - Nestes últimos anos há uma conscientização das gestantes, de fazerem o exame de HIV. Se começarem o tratamento desde o início da gestação, o vírus não passa para a criança. Por causa desses testes, e de todo o trabalho
Márcia em frente à instituição que há 20 anos ajudou a fundar. Em 20 anos de existência, atendeu mais de 300 crianças vítimas do HIV/Aids
“
O HIV/Aids é uma questão de saúde pública e a Igreja está de parabéns por levantar a questão na CF-2012”
que é feito, poucas crianças nascem com o HIV. Das que nascem com HIV, a expectativa é muito grande de que seja negativado até os dois anos, isto é, que o vírus suma do corpo delas. Nesses 20 anos do Lar, foram em torno de 100 crianças que negativaram. Mas isso só ocorre se forem seguidas todas as normas, e é o que fazemos aqui.
JA - Neste ano, o Lar comemora 20 anos de fundação. Quais são as conquistas e o que ainda falta? Márcia - Conquistas são as crianças que negativaram. E também as adoções. Muitas crianças foram adotadas ao longo dos anos, graças a um programa que criamos que permite aos voluntários levarem as crianças para o fim de semana em casa. Outra conquista são
Retalhos do Cotidiano
JA - Neste ano, a Campanha da Fraternidade é sobre Saúde Pública. A Aids é hoje ainda uma questão de saúde pública? Márcia - Com certeza. A Igreja está de parabéns por levantar essa discussão. Muito já foi conquistado através do SUS, mas muito ainda falta ser conquistado. Temos aqui uma criança que tem pro-
blemas para se locomover. Com tratamento adequado, essa criança teria outra condição. Mas só conseguimos fisioterapia duas vezes por mês. Ela está correndo o risco de nunca andar, por causa disso. Então está na hora de realmente refletir sobre o nosso sistema público de saúde e buscar alternativas para melhorá-lo. JA - A senhora é voluntária da instituição há 20 anos. Como é o seu sentimento em relação às crianças? Márcia - Sinto-me mãe de todas elas. O Lar sempre foi a extensão de minha casa. Tenho três filhos e, desde que comecei, meus filhos participam de tudo. Eles ainda eram adolescentes e nos ajudavam nos afazeres diários. Muitas crianças chegaram a morar com a gente. Temos muitas situações de crianças que tiveram um início triste, mas se reergueram. JA - Como sobrevive o Lar Recanto do Carinho e de que forma as pessoas podem colaborar? Már cia - Temos convênio com Márcia a Prefeitura de Florianópolis, mas só o que vem dela não é suficiente. Recebemos os medicamentos para o HIV, mas quem tem o vírus sempre tem alguma doença associada, e temos de comprar esses medicamentos. Além disso, temos crianças com deficiências. Para conseguir recursos, realizamos bazares com roupas doadas. As pessoas também podem fazer doações em dinheiro, depositando na Caixa Econômica Federal, agência 1348, conta corrente 488-0, em nome do GAPA, ou entrando em contato com o Lar Recanto do Carinho pelo fone (48) 3228-0024.
Carlos Martendal Divulgação/JA
Sofrimento Os que sofrem com amor são os que ficam junto à cruz de Jesus. Vou com o coração ao Calvário e contemplo a cena da crucifixão. O Cordeiro inocente é imolado. Não reclama, não se ofende: Ele veio para tirar a ofensa do mundo, o pecado, que nos tornava inimigos do Pai. Em sua dor, terrível, o amor: imenso, infinito! A única criatura pela qual não precisava morrer foi aquela que lhe deu a vida e que Ele via junto à sua cruz, de pé! Ó Mãe, na tua dor, tão imensa, tu te tornas Corredentora. Tu, que amaste tanto o teu Jesus, recebes, agora, no sofrimento, o amor dEle como nunca o havias experimentado. Quem ama de verdade chega a amar a dor. Que belo mistério, o amor; que grande mistério, a dor! Amor que se faz oferta, que se esquece de si, que na cruz encontra seu trono, sua vitória, sua glória!
os jovens que agora estão fazendo faculdade. Quando abrimos o Lar, dizia-se que uma criança soro-positiva não chegaria aos cinco anos de idade. Hoje, vemos esses jovens cursando universidade, trabalhando e constituindo família. No entanto, há casos de jovens que estão adoecendo. Acreditamos que é consequência do coquetel. Então teremos que adequar o espaço para receber essa nova realidade.
Jornal da Arquidiocese
Cruz
Cruz 2
Se nós ficássemos mais tempo com os olhos fixos na Cruz, seríamos melhores do que somos, bem melhores. Que riqueza de significados naquele Homem-Deus pregado na cruz, no Amor crucificado que dá o sangue todo, que verte do corpo sacrossanto até a última gota do líquido mais precioso que o universo inteiro, mudo, estarrecido, recolhe no solo terrestre, que se torna sagrado!
Às vezes, nós podemos ser a cruz que nosso irmão carrega; outras vezes, nosso irmão é o peso que o Senhor nos dá para carregar: na família, no serviço, no Movimento a que pertencemos, na comunidade. Em poesia curta e preciosa, Dom Helder Câmara aconselha: “As pessoas que pesam não as carregues nos ombros. Leva-as no coração”!
Mãos Se estás triste, minha mão na tua dirá da minha tristeza; se a alegria te visita, minha mão na tua dirá da minha alegria; se estás doente, minha mão na tua dirá que adoeci contigo; se a saúde é tua companheira, minha mão na tua dirá que sou saudável contigo. Nossas mãos são uma só mão, minha amada, meu amado, porque nós dois somos um, dizem-se os casados; nossas mãos são uma só mão, dizem-se o pai e o filho, a mãe e a filha; dizem-se os irmãos, dizem-se os que fazem a mesma caminhada para a casa do Pai.
Mãos 2 Quando nossas mãos se vestem de amor, dele não querem mais despir-se, porque quem encontrou o amor, descobriu a ale-
gria de servir, de amar e ser amado. Descobriu a felicidade de viver, e com vida em abundância, porque sente que suas mãos são usadas pelo Senhor para Ele mesmo dar-se a todo aquele que precisa.
Mãos 3 Se a minha mão lava a tua, porque tu mesmo já não consegues lavá-la, estou sendo instrumento. Do amor: que não permitirá que caias, que te erguerá se tiveres caído, que te acariciará se o desamor e a ingratidão povoarem tua vida. Confiarás em mim, confiaremos em Deus, e caminharemos pelas estradas da vida sem temer tropeços. Eu te devolverei a confiança se a tiveres perdido, te levarei a Deus se dEle tiveres te desviado, te mostrarei que vale a pena viver quando se tem o Senhor que é bondade e misericórdia.
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Comunidade terapêutica firma convênio Fábrica de pães vai criar gerar renda e ensinar uma profissão para os dependentes químicos Foto JA
Comunidade TTerapêutica erapêutica “Recanto Silvestre” promoveu na manhã do dia 29 de março, uma solenidade de lançamento do projeto “Pão para a Vida”. Realizado na sede da comunidade, o evento contou com a presença de voluntários e colaboradores da instituição, de representantes da Eletrosul, apoiadora do projeto, e do prefeito de Biguaçu. O projeto pretende criar uma panificadora na instituição para consumo interno e para comercialização. A Eletrosul foi convidada como parceira e destinou R$ 15 mil para a panificadora. Com ele, foram adquiridos um cilindro elétrico, uma amassadora espiral e um forno com dez esteiras. A intenção é que sejam fabricados até 1.500 pães de 50g e 150 pães de 800 gramas por dia. Todo o trabalho será realizado pelos internos e está dentro dos seus propósitos, de laborterapia (terapia pelo trabalho). Eles serão divididos de quatro com revezamentos e receberão treinamento de um profissional. Além de contribuir no processo de recuperação dos internos e do retorno financeiro, a panificadora terá outros dois grandes benefícios: ensinará uma profissão e, com o dinheiro, será criado um fundo de ressocialização. “O ramo da panificação é um dos que mais procuram mão de obra. E o fundo servirá para que eles aprendam a gerenciar o seu próprio dinheiro”, disse Pe. Luiz Prim Prim, responsável pela comunidade terapêutica. Renato Bunn, chefe de gabinete da presidência da Eletrosul, já conhecia o trabalho sério e dedicado da instituição. “Quando surgiu a parceria, encaminhamos ao setor de responsabilidade social e ficamos muito felizes de poder participar”, disse. Segundo ele, a instituição está disposta a sempre
Hildegarda de Bingen Os anos da juventude da nova Doutora da Igreja e a natureza das suas visões
Pe. Luiz Prim, responsável pela instituição, apresenta as instalações da fábrica de pães aos visitantes e apoiadores da comunidade terapêutica apoiar projetos como esses. Para José Castelo Deschamps, prefeito de Biguaçu e grande apoiador da comunidade terapêutica, a credibilidade da instituição e de que a dirige é o motivo de entidades públicas darem o apoio aos seus projetos. “É um trabalho social, filantrópico e traz grandes benefícios à comunidade. Orgulhamos-nos de ter esta entidade em nosso munícipio”, disse.
Futura ampliação O Recanto Silvestre foi criado em 1998, em Major Gercino. Em 2000, quando a família Silvestri ofertou o espaço, fez-se a transferência para Biguaçu. Nesses dez anos, o local passou por inúmeras transformações entre reformas e ampliações. Nesse tempo, mais de 1.500 pessoas foram atendidas no local. A base do tratamento se faz sobre o tripé: Espiritualidade, Disciplina e Trabalho. O Recanto tem capacidade para 25 residentes, mas há um projeto para ampliar o espaço para 60 pessoas e a cria-
ção de outra casa, na mesma propriedade, para atendimento de mulheres. Além do trabalho com panificação, o Recanto ainda conta com dois outros projetos. Trata-se do trabalho de reciclagem de aparas de plástico e de bijuterias de pele, uma espécie de adesivo colocado na pele. Todas as duas, em parceria com entidades do ramo. O Recanto Silvestre faz parte do Instituto Kairós de Estudos, Prevenção e Recuperação em Dependência Química, entidade mantenedora do projeto. Além dele o Instituto também cuida do Centro de Tratamento “Recanto Paz e Bem”, que fica em Maciam-bu, Palhoça. Mais informações soerabre a Comunidade TTerapêutica “Recanto Silvestre”, entre em contato pelos ffones ones (48) 32 43-34 14 3243-34 43-341 ou 9982-4843. Mais fotos da celebração, acesse o site da Arquidiocese ( www.arquifln.org.br www.arquifln.org.br)) e clique em “Álbum de fotos”.
Em 1098, em Bermersheim, na Renânia, sob a sede episcopal de Mogúncia, nasceu Hildegarda, última de doze filhos. Muito cedo, Hildeberto e Matilde, seus pais, percebem que a filha tem qualidades pouco comuns e logo a encaminham à vida monástica. Com efeito, em 1106, com oito anos, Hildegarda entra como oblata no mosteiro beneditino de Disibodenberg, onde é posta sob os cuidados de Jutta, mestra das monjas. Jutta responsabiliza-se pela instrução de Hildegarda, ensina-lhe a cantar os salmos acompanhados com o saltério de dez cordas (elemento importante à futura atividade de composição musical de Hildegarda) e sobretudo acompanha a sua vida espiritual. Jutta percebe também a excepcionalidade dessa menina que, crescendo, revela sempre mais a presença de um diálogo pessoal e profundo com Deus, que se lhe manifesta e fala em visão. Hildegarda, na Vita da qual restam fragmentos escritos em um tardo latim medieval, tão difícil quanto expressivo, conta que tinha o dom da visão desde a infância, e de tê-lo narrado somente mediante exortação do Espírito Santo: Na minha primeira formação, quando Deus me deu origem no ventre de minha mãe com o sopro de vida, me infundiu na alma esta visão. No terceiro ano da minha vida vi uma luz tão forte que a minha alma estremeceu; visto, porém, que era pequena, não pude contar o fato. Até o meu décimo quinto ano vi muitas coisas e falei de muitas delas simplesmente, de modo que quem me escutava se maravilhava e se perguntava
de onde viessem ou de quem fossem as coisas que eu dizia. Por causa do temor que tinha das pessoas, não ousava dizer a ninguém como via. Mas uma certa senhora de nobre estirpe, à qual era confiada minha instrução, notou isso e confidenciou-o a um monge que ela conhecia. A passagem citada, interessante porque reporta as palavras da própria Hildegarda sobre a manifestação da sua predestinação divina, põe o acento sobre uma constante, uma característica das suas visões: a sua visão do futuro num estado de vigília dos sentidos. A alma de Hildegarda é sequestrada por Deus e vê coisas inexplicáveis à mente e à vista humanas, mas os seus olhos e os seus sentidos permanecem vigilantes e presentes. A sua interpretação é explicada diretamente pela voz do Espírito Santo, que Hildegarda sente durante as visões e que lhe diz o modo como tais imagens devem ser entendidas e explicadas. Jutta morre em 1136 e Hildegarda, com o consenso unânime de todas as monjas da comunidade, assume-lhe o papel e torna-se assim magistra sponsarum Christi (mestra das esposas de Cristo). Dois anos depois, aos quarenta anos, sente a urgência de comunicar exteriormente aquilo que vê. Depois de ter-se consultado com Wolmar, seu guia espiritual, Hildegarda começa assim a sua vida pública de profetisa, que coincide com a composição de suas obras proféticas. Annarita Zazzaroni Universidade de Bolonha Trad. Pe. Edinei da Rosa Cândido
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Paróquia realiza debate sobre a saúde pública 13 entidades comunitárias participaram do evento que refletiu sobre o serviço público na comunidade Foto JA
A Paróquia Santo Antônio e Santa Maria Goretti, Coloninha, em Florianópolis, realizou na tarde do dia 29 de março, um debate sobre a saúde pública na comunidade. O evento teve sede o salão paroquial e reuniu 14 autoridades políticas, do setor da saúde e comunitárias, e mais de 80 lideranças da paróquia. Essa foi a primeira vez que o evento foi realizado. A motivação foi a Campanha da Fraternidade de 2012, que tem como tema “Fraternidade e Saúde Pública”, e lema “Que a saúde se difunda sobre a terra” (cf. Eclo 38,8). “A intenção era conhecer a realidade do atendimento em saúde em nossa comunidade e saber como podemos contribuir para melhorar”, disse Alcir Rogério do Amaral Amaral, um organizadores do debate. O deputado estadual, Volnei Morastone Morastone, que é médico, falou que o Brasil investe muito pouco em saúde. Ele criticou as mudanças feitas pelo Congresso Nacional no texto da Emenda Constitucional 29, que fixava um mínimo de 10% em investimentos em saúde por parte do governo federal. “Estamos criando um projeto de lei para fixar um mínimo de 10% em investimentos em saúde”, disse. O vereador de Florianópolis,
Pascom promove formação A Pastoral da Comunicação da Arquidiocese - Pascom, promove na manhã do dia 21 de abril, sábado, um encontro de formação. Realizado na Paróquia São João Evangelista, em Biguaçu, o encontro terá início às 8h30 e término previsto para às 11h30. Todos os comunicadores da Arquidiocese são convidados a participar. Durante o evento, a equipe de coordenação da Pascom falará das suas propostas e dos eventos programados, e do En-
contro Nacional da Pastoral, que será realizado dos dias 19 a 22 de julho, em Aparecida, São Paulo, com o tema “Identidade e Missão”. O encontro ainda contará com palestra do Pe. Domingo goss Nandi Nandi, doutor em comunicação e professor da Facasc. Ele apresentará o Documento 101 da CNBB – “A Comunicação na Vida e Missão da Igreja”. Mais informações pelo email jornal@arquifln.org.br 78 ou (48) 8 405-65 405-6578 78.
Comunidade refletiu sobre a situação da saúde, receberam dicas de saúde e assumiram compromisso de acompanhar a situação do hospital local Renato Geske Geske, farmacêutico, levantou a questão da privatização do Sistema Único de Saúde pelas organizações sociais. Lembrou que o Hospital Florianópolis, localizado no bairro e em reformas, passará a ser administrado por uma organização social. O encontro também contou com a presença de representantes do Sindicato dos Trabalhadores em estabelecimentos de Saúde Público Estadual e Privado de Florianópolis. Eles buscaram informar a população sobre os seus direitos.
Gesto Concreto
Para o Pe. Flávio FFeller eller, o páeller roco, o debate foi positivo pela presença das autoridades e da comunidade. “Ele trouxe uma consciência da situação da saúde pública na comunidade e dos nossos direitos. Além de orientações de como proceder para ter uma vida saudável”, disse. Ele também salientou que, a partir do debate, a comunidade terá uma participação mais efetiva no processo de transferência da administração do Hospital Florianópolis, localizado na comunidade.
Divino Oleiro abre nova Fraternidade A Comunidade Divino Oleiro, atenta aos apelos de evange-lização nos meios populares e em comunhão com a Arquidiocese, abriu uma casa de missão no M orro do Horácio Horácio, uma das comunidades mais empobrecidas do Maciço do Morro da Cruz, na capital. Quatro leigos consagrados fazem parte da fraternidade: Patrícia Neves, Eduardo Senna, Cristina Chaoui Santos e Arilson Lino. Eles já estão residindo no Morro, inseridos naquela realidade, junto à igreja da Santa Cruz. Desen-
volverão atividades evangelizadoras e ainda coordenarão iniciativas de promoção humana e assistência social. A casa dos missionários quer ser um lugar de paz e sinal amoroso das mãos de Deus, que com ternura e vigor forma seu povo. Esta é já a sexta “fraternidade” da “Divino Oleiro”, que procura “tudo ser e fazer por amor a Deus e em favor dos irmãos”. Você pode colaborar com esta obra missionária, ligando para a fraternidade: (48) 8805-1301, para ver como colaborar.
Divulgação/JA
CNBB promove seminário para jovens comunicadores Com o objetivo de contribuir para a formação de jovens profissionais de comunicação, a partir de valores cristãos, as comissões para a Juventude e da Comunicação, da CNBB, realizarão, de 18 a 20 de maio, em Brasília (DF), o Seminário Nacional para Jovens Comunicadores. As inscrições poderão ser feitas de até o dia 15 de abril, no site www.jovens conectados.org.br conectados.org.br. As vagas são limitadas.
Com o tema “Jovens católicos: comunicação que transforma vidas”, o encontro contará com uma programação diversificada: debates com profissionais de comunicação, bispos e padres, além de atividades musicais, teatro, painéis e rodas de conversa. Todas as informações do evento já estão disponíveis no site. Além do Seminário para Jovens Comunicadores, outros dois estão marcados para este ano: o
Seminário Nacional de Juventude e Bioética (de 13 a 15 de julho) e o de Juventude e Missão (de 28 a 29 de setembro). O primeiro tem a finalidade de aproximar jovens envolvidos em questões bioéticas, para refletir, à luz da fé e razão, sobre os valores e princípios éticos. Já o segundo, busca impulsionar a juventude para a missão permanente de testemunho e transformação social. Aguarde mais informações no site.
Celebração enviou os jovens para a nova missão da comunidade