Jornal da Arquidiocese de Florianópolis Junho/2012

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Zenir: jovem vai se dedicar à missão em Moçambique, na África.

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Florianópolis, Junho de 2012 Nº 179 - Ano XVI

Interdiocesano reúne GBFs/CEBs Encontro reuniu as dioceses de Tubarão, Criciúma e Florianópolis, que refletiram sobre as cinco urgências na Evangelização Mais de quatro mil pessoas dos Grupos Bíblicos em Família GBFs, e das Comunidades Eclesiais de Base - CEBs, estiveram reunidas para participar do evento realizado no dia 20 de maio, no CEAR. Inspirados pelo tema “Justiça e Profecia no campo e na cidade”, o encontro contou com a presença de nosso arcebispo Dom Wilson Tadeu Jönck

Flach bispo e de Dom Jacinto Flach, de Criciúma. Durante o encontro, os participantes contaram com a assessoria do Pe. Vilson Groh Groh, da Arquidiocese de Florianópolis, e de Sirlei Kroth Gaspareto Gaspareto, assessora dos GBFs/CEBs de Chapecó. PÁGINA 11

Tema do Mês

Jubileu de Ouro do Concílio Vaticano II

Os mais de quatro mil participantes do III Interdiocesano dos Grupos Bíblicos em Família, GBFs, e das Comunidades Eclesiais de Base, CEBs, tiveram momentos de reflexão e descontração durante o encontro

Audiência Pública reflete sobre a APAC Sistema alternativo de ressocialização do condenado foi discutido na Assembleia Legislativa com a presença de representantes do sistema prisional e da justiça Solicitada pela Pastoral Carcerária da Arquidiocese à ALESC, objetivo foi apresentar o método da Associação de Proteção e Assistência aos Condenados (APAC), a fim de torná-lo conhecido e sobre a sua implantação aqui.

Apostolado promove encontros em junho PÁGINA 03

Participe do Jornal da Arquidiocese

Durante o evento, foi apresentada a experiência da Pastoral Carcerária na ressocialização dos presos. Especial foi o testemunho do juiz Marcelo Pereira Pereira, de Minas Gerais, convidado para o evento. Além de um encarcerado, que

São José recebe a imagem do Divino Pai Eterno PÁGINA 05

passou pelo sistema convencional e está no sistema APAC, e de um ex-presidiário que teve a sua ressocialização em projeto da Pastoral Carcerária de Florianópolis. Foi expressivo o número de participantes. PÁGINA 15

Setor promove mapeamento de grupos de jovens PÁGINA 07

A corrente reformística latejava forte demais para continuar sendo reprimida. Por isso, a decisão do papa João XXIII de convocar um Concílio, em 1959, apenas três meses após o início de seu pontificado, foi acolhida com satisfação, não só pelo povo católico, mas pelos cristãos e por todo o mundo. Representando o povo de Deus, o grande número de bispos vindos de todas as partes do mundo marcou posição em termos

Dois militares são ordenados diáconos permanentes PÁGINA 09

de garantir uma verdadeira mudança histórica no jeito de ser Igreja. Nesse sentido, a maioria dos bispos rejeitou os documentos de trabalho que haviam sido preparados pelas comissões preparatórias, vazados ainda no estilo da eclesiologia tridentina, e exigiram o debate e a introdução de novos temas, que devessem levar a Igreja a uma nova maneira de se entender e de se posicionar diante da história. PÁGINA 04

Santuário Santa Paulina celebra 10 anos da canonização PÁGINA 16

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Opinião

Junho 2012

Palavra do Bispo

Dom Wilson TTadeu adeu Jönck

Jornal da Arquidiocese

Arcebispo de Florianópolis

A TÚNICA INCONSÚTIL A túnica de Cristo constitui-se no símbolo da unidade da Igreja. Tratase do manto sem costura que os soldados não se atreveram a dividir, mas lançaram a sorte sobre ela. Pode-se dizer que hoje a túnica de Cristo encontra-se em trapos, dividida em confissões e denominações que pela história, muitas vezes, lutaram entre si em vez de cumprir o mandato do Senhor: “que todos sejam um”. O ecumenismo estava entre as razões que motivaram o Papa João XXIII a convocar o Concílio Ecumênico II que está comemorando 50 anos. Um dos documentos do Concílio contempla o tema do ecumenismo. Logo após o Concílio, aconteceram várias iniciativas que incentivaram o diálogo entre as várias denominações religiosas. Basta lembrar o encontro do Papa Paulo VI com Atenágoras, Patriarca de Constantinopla, em que retiraram as condenações recíprocas

entre a igreja do Ocidente e do Oriente. Houve também muitos encontros entre membros das comunidades protestantes e católicas por todo o mundo. Foram passos decisivos e importantes no rumo da unidade da família cristã. Nestes 50 anos depois do Concílio, houve um grande esforço da Igreja católica na busca do diálogo com as outras igrejas. O que se conseguiu não foi muito mais do que um pacto de boa convivência. Cessaram as críticas e os ataques verbais, que eram relativamente comuns. Hoje os membros das várias igrejas conversam, se ajudam, são amigos. Por outro lado, podese dizer que nos últimos anos o processo ecumênico está estagnado, parou na boa convivência. O diálogo não avançou para a solução das diferenças doutrinárias. Há certo conformismo com os resultados alcançados. O ecumenismo é a cons-

Palavra do Papa

Bento XVI

Dois exemplos de santidade Celebramos hoje a grande festa de Pentecostes, que é a conclusão do Tempo Pascal, cinquenta dias após o Domingo da Ressurreição. Esta solenidade nos faz recordar e reviver a efusão do Espírito Santo sobre os Apóstolos e os outros discípulos, reunidos em oração com a Virgem Maria no Cenáculo (cf At 2,111). Jesus, ressuscitado e ascendido ao céu, envia à Igreja o Seu Espírito, a fim que cada cristão possa participar de sua própria vida divina e tornar válido seu testemunho no mundo. O Espírito Santo, entrando na história, derrota a aridez, abre os corações para a esperança, estimula e favorece em nós o amadurecimento interior no relacionamento com Deus e com o próximo. O Espírito, que “falou por meio dos profetas”, com os dons da sabedoria e da ciência continua a inspirar mulheres e homens que se comprometem na busca da verdade (...). Neste contexto, estou contente por anunciar que no dia 7 de outubro, proclamarei São João D’Ávila e Santa Hildegarda de Bingen doutores da Igreja Igreja. Estas duas grandes testemunhas de fé viveram em períodos históricos e ambientes culturais muito diferentes. Hildegar-da foi monja beneditina no coração da Idade Média alemã, autêntica mestra de teologia e profunda estudiosa das ciências naturais e da música. João, padre diocesano nos anos do renasci-

mento espanhol, participou do processo de renovação cultural e religiosa da Igreja e da estrutura social no alvorecer da modernidade. Mas a santidade de vida e a profundidade da doutrina os tornam perenemente atuais: a graça do Espírito Santo, de fato, os projetou nessa experiência de penetrante compreensão da revelação divina e de inteligente diálogo com o mundo que constituem o horizonte permanente da vida e da ação da Igreja. Sobretudo, à luz do projeto de uma nova evangelização, estas duas figuras de Santos e Doutores são de considerável importância e atualidade.Também nos nossos dias, através dos ensinamentos deles, o Espírito do Senhor ressuscitado continua a fazer ressoar sua voz e a iluminar o caminho que conduz àquela Verdade que unicamente pode tornar-nos livres e dar sentido pleno a nossa vida.

O Espírito, que ‘falou por meio dos profetas’, continua a inspirar mulheres e homens que se comprometem na busca da verdade”.

Bento XVI, 27/05/2012

trução da unidade em torno da verdade. É preciso que juntos encontremos os caminhos que levam à verdade. O diálogo ecumênico na Igreja católica tem duas frentes. Uma é o relacionamento com as igrejas orientais. Com estas igrejas há uma coincidência na estrutura básica fundamental. Ambas concordam com a estrutura sacramental, têm a mesma doutrina sobre a eucaristia e o sacerdócio. A dificuldade maior está na aceitação do papel do Romano Pontífice. A segunda frente é o relacionamento com as igrejas da reforma de Lutero. Com o protestantismo de modo geral há divergência quanto à estrutura sacramental. Há acordo só a respeito do Batismo. As diferenças persistem quando se fala de eucaristia, do sacerdócio, da missão de Maria. Concordam sobre a importância da Palavra de Deus.

Reflexão

O que causa a divisão? São Paulo diz que no interior do ser humano lutam impulsos distintos. Os que provêm da carne geram violência, inimizade, discórdia, invejas, intrigas. São ações que não engrandecem o ser humano nem servem para identificar o cristão. Ao contrário, os frutos do Espírito são paz, bondade, mansidão, autodomínio, paciência, lealdade. Estas virtudes levam à unidade, constroem a Igreja de Cristo. Aqueles impulsos provocam a divisão. São os mesmos efeitos constatados no episódio da torre de Babel. Ao comemorarmos os 50 anos do Concílio Vaticano II, somos chamados a invocar o Espírito Santo que é o Espirito da unidade. Escutando a sua voz haveremos de descobrir os caminhos do ecumenismo. Então apresentaremos ao mundo a Igreja como túnica inconsútil, como diz o Apóstolo, sem rugas e sem divisões.

Ao comemorarmos os 50 anos do Concílio Vaticano II, somos chamados a invocar o Espírito Santo , que é o Espirito da unidade”.

O Amor e a Profundidade dos Sexos para o dia dos namorados

Nossa cultura avalia as coisas e ações pelo prazer ou dor que produzem e, para isso, não rejeita fazer o corpo sofrer para tornar-se uma fábrica de orgasmos: regimes ascéticos, liposucções e lipoaspirações, socorro de Viagra, RU-486, vibradores eletrônicos, a prática de um eros virtual, a pornodependência da internet e tantos outros. Por causa do hedonismo, nossa sociedade é tremendamente mortificadora. O prazer é procurado na quantidade, cumpulsão, o encontro sexual é reduzido ao prazer físico e ao orgasmo: é preciso possuir o outro para fazê-lo instrumento do prazer que é possuí-lo. Reduz-se a riqueza humana a um corpo que se torna objeto, mercadoria e dizse: “o corpo é meu e faço dele o que bem entendo”. É uma pena, pois não tenho um corpo, mas sou um corpo e não posso me destruir fazendo o que bem entendo. Esquecemos que a energia sexual é unificadora se dirigida pelo amor, pela comunicação, pela relação, uma história de amor. Reduzida ao erotismo se fragmenta, divide, dissipa o sujeito (Fabrice Hadjadj: antes, judeu ateu, hoje, cristão católico). O ato carnal não é essencialmente gozo, mas comunhão de duas pessoas. Certa moral cristã insiste tan-

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to no pecado carnal que esquece o pecado espiritual, diabólico, raiz de tudo: o demônio é um espírito. A Bíblia oferece compreensão para o pecado carnal, nunca para a infidelidade. Na genealogia de Jesus encontramos quatro mulheres mal afamadas: Tamar foi explorada por Judá e teve um casal de gêmeos com ele; Raab era prostituta; Betsabéia foi obrigada a ser adúltera com Davi; Ruth era estrangeira pagã. O pensamento bíblico insiste na fidelidade, e nós insistimos na castidade, onde o que é da carne é pecaminoso. A alegria da união do homem e da mulher é tão sagrada que livra o noivo do serviço militar: “Se um homem é recém-casado, não irá à guerra nem lhe será imposto nenhum cargo, mas ficará livre em casa durante um ano, para se alegrar com a mulher que desposou” (Dt 24, 5). Os rabinos não separam a Torá da união carnal de que origina a família e afirmavam: “Não há família sem a Torá, e não há a Torá sem a família”. A união sexual brota da Torá e da Torá brota a união sexual. Atualizando: não há família sem Evangelho, e não há Evangelho sem a família”, porque Deus põe o casal como símbolo de sua Aliança com a humanidade. O amor nupcial se define pela aliança cujo protagonista é Deus: a co-

munhão de vida e de amor vivida no matrimônio é um sinal do amor fiel de Deus pela Humanidade.

A fecundidade divina na fecundidade humana

O ato sexual é uma santificação: há o sacramento do matrimônio, de modo que a união do homem e da mulher é sinal vivo da união de Deus com a humanidade, de Cristo com a Igreja. Assim, o ato carnal não é somente abençoado, é também imagem da união na Trindade e início imediato da Redenção. O casal se une como fruto de uma história de amor, na experiência do amor plural: um só amor em dois amores. A presença de Deus no ato sexual tem como fruto a capacidade de o ser humano se relacionar com o Absoluto. Deus se abre a nós e nós nos abrimos a ele, como na Eucaristia: recebemos Cristo encarnado e por ele somos recebidos. É no relacionamento humano dos sexos - pois todo encontro é sexual, sempre acontece entre homem e mulher - que cada um se revela ou como aproveitador destrutivo ou como voltado para a comunhão, capaz da amizade, da doação e do heroísmo. Pe. José Artulino Besen

Dire orial: Dom Wilson Tadeu Jönck, Pe. João Francisco Dirett or: Pe. Ney Brasil Pereira - Conselho Edit Editorial: Salm, Pe. José Artulino Besen, Pe. Vitor Galdino Feller, Ir. Marlene Bertoldi, Leda Cassol Vendrúscolo, Maria Antônia Carsten, Maria Glória da Silva Luz, Carlos Martendal, Felipe Candin - Jornalista R esponsáv el: Zulmar Faustino - SC 01224 JP - (48) 8405-6578 - Coor esponsável: Coor.. de Publicidade: Pe. Pedro José Koehler - Revisão: Pe. Ney Brasil Pereira - Editoração e Fotos: Zulmar Faustino Distribuição: Juarez João Pereira - Impressão: Diário Catarinense


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Café-debate reflete sobre o Ecumenismo Conduzido por Dom Wilson, evento reuniu católicos e representantes de outras igrejas Foto JA

A Livraria Paulus de Florianópolis promoveu, na noite do dia 17 de maio, um Café Debate. “A Dimensão Ecumênica da Evangelização” foi o tema do evento, com palestra adeu do arcebispo Dom Wilson TTadeu Jönck. A motivação para o tema foi a Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos, realizada nos dias 20 a 27 de maio. Antes do início da apresentação do tema, o Prof. Celso Loraschi, da Comissão Arquidiocesana para o Diálogo Ecumênico e Inter-Religioso – CADEIR, falou do tema e da programação para a Semana de Oração e convidou a todos a participarem do evento. Ele também falou dos subsídios que a Paulus oferece para os interessados em se aprofundar no Ecumenismo. Durante sua palestra, Dom Wilson falou da necessidade de haver maior diálogo entre as igrejas cristãs. “Quando dialogamos, produzimos comunhão, construímos unidade e formamos redes de solidariedade”, disse. Ele acredita que o caminho para o Ecumenismo parte do diálogo e do perdão. Pois, foi exatamente por falta de diálogo e perdão que as coisas “desandaram”. Dom Wilson citou momentos em que as Igrejas se unem, sobretudo em situações de catástrofes, quando não há preocupação quanto ao credo, apenas se bus-

Coroinhas participam de encontros

Durante sua palestra, Dom Wilson falou da necessidade de haver maior diálogo entre as igrejas. “Temos mais que une, do que nos distancia” ca ajudar quem precisa. Ele ainda falou que reconhecer os bons serviços realizados pelas igrejas é uma atitude ecumênica. Dom Wilson lembrou que os cristãos têm um único pastor: Jesus Cristo; e que é possível manter a unidade na pluralidade. “Os cristãos tem mais valores que os unem do que os que os distanciam. Quando se acentuam as diferenças, costuma-se acentuar coisas que não são relevantes”. “Temos que exercitar o perdão. Perdoar quem nos ofendeu. Pedir perdão quando agimos de forma errada. Assim conseguiremos nos

aproximar ainda mais”, acrescentou Dom Wilson. Ele ainda respondeu a questionamentos dos presentes. O Café Debate é promovido pela Livraria Paulus de Florianópolis, uma vez por mês. Algumas vezes na sede da livraria, outras, nas paróquias. A intenção é promover debates sobre temas da atualidade ou com autores de livros oferecidos pela livraria. “Nosso objetivo é aproximar o leitor dos autores ou proporcionar debates em que as pessoas possam se aprofundar nos temas propostos e buscar os subsídios que oferecemos”, disse Tailor César Nunes, gerente da livraria.

Apostolado da Oração promove eventos no mês do Sagrado Coração de Jesus Em junho, mês dedicado ao Coração de Jesus, o Apostolado da Oração promove uma série de eventos. A programação inicia já no segundo fim de semana. Nos dias 09 e 10 junho, o Apostolado participará da Romaria Anual ao Santuário de Aparecida, em São Paulo. Já estão confirmadas 29 caravanas das oito comarcas da Arquidiocese. Ainda há vagas para os interessados.

Vai acontecer...

O dia 15 de junho é a data da Solenidade do Sagrado Coração de Jesus. Todas as associações do Apostolado são convidadas a realizar eventos paroquiais pela data. Ainda no mês de junho, no dia 17, domingo, será promovida a Concentração Interdiocesana do Apostolado da Oração. Realizado no Santuário do Sagrado Coração de Jesus, em Gravatal, o evento reunirá

membros do Apostolado de todo o Estado. O evento terá como tema “Vinde a mim e eu vos aliviarei de todos os males”, em consonância com a CF-2012. Caravanas estão sendo organizadas para participar. Mais informações com Tânia Meurer Meurer, membro da equipe de coordenação, pelos fones (48) 32452208 ou 9912-5870, ou pelo e-mail taniarzmeurer@ hotmail.com hotmail.com.

A Pastoral dos Coroinhas da Arquidiocese estará promovendo, a partir de junho, os encontros comarcais. Diferente dos últimos anos, em que os encontros estavam sendo realizados em Azambuja como motivação vocacional, neste ano os encontros serão realizados nas comunidades próximas às Comarcas, ou em Santuários (veja a programação abaixo). A programação para o ano já havia sido iniciada com o Encontro de Coordenadores (as), realizado dos dias 09 a 11 de março, no Provincialado, em Florianópolis. “As outras datas tiveram que ser revistas em virtude dos muitos eventos arquidiocesanos simultâneos”, Fuck coordedisse Irmã Clea Fuck, nadora arquidiocesana da Pastoral dos Coroinhas da Arquidiocese (veja a programação completa abaixo).

Vocações Femininas

Pelo quarto ano seguido, a Pastoral dos Coroinhas promoverá o Encontro Vocacional com as adolescentes e jovens,

coroinhas e outras, que queiram conhecer um pouco a vida das religiosas. O evento será realizado no dia 28 de julho, novamente em Florianópolis, no Provincialado das Irmãs da Divina Providência. A cada ano o evento traz mais jovens para conhecer a vida das Irmãs da Divina Providência. Após o encontro, aquelas que sentem o chamado, são acompanhadas por uma equipe vocacional.

Cronograma

02/06 - Comarca de Biguaçu – Biguaçu/Fundos 23/06 - Comarca de Brusque – Azambuja/Cedrinho 7 - Comarca da Ilha – Trin07/0 7/07 dade 26/08 - Comarca de Tijucas – Vígolo 01/09 - Comarca do Estreito – Angelina 29/09 - Comarca de Santo Amaro – S. Amaro/Sul do Rio 27/1 0 - Comarca de Itajaí – An7/10 tônio Carlos/Louro 28/0 7 - Encontro Vocacional de 28/07 coroinhas meninas / adolescentes / jovens – Provincialado

Shalom promove formação para casais A Comunidade Católica Shalom promoverá nos dias 23 e 24 de junho o PLAFAM – Curso de Planejamento Familiar. Realizado no Hotel Tropicanas, o evento tem como objetivos habilitar os casais a viverem o planejamento natural da família de maneira responsável, segundo a

orientação da Igreja com a utilização do método Billings. O evento é destinado a grupos de casais independente de participar ou não de grupos de casais. Mais informações pelos fones 3223-7801 ou 84545184, ou ainda pelo e-mail plafamfloripa@gmail.com plafamfloripa@gmail.com.


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Tema do Mês

Jubileu de Ouro do Concílio Vaticano II

Um novo modo de se entender e de se posicionar diante do mundo Divulgação/JA

Nos próximos anos celebraremos o jubileu de ouro do Concílio Vaticano II (1962-1965). Para a comemoração, o papa Bento XVI instituiu o Ano da Fé, que se inicia no próximo dia 11 de outubro, data do cinquentenário da abertura do Concílio e terminará na solenidade de Cristo Rei, em 24 de novembro de 2013. O Concílio promoveu uma grande virada no modo de a Igreja se ver a si mesma e em sua relação com o mundo, com as outras igrejas e com as religiões, na celebração da liturgia e na leitura da Bíblia. Para entender a virada promovida pelo Concílio Vaticano II, sobretudo por meio de suas duas grandes constituições – a Lumen Gentium, sobre a identidade da Igreja, e a Gaudium et Spes, sobre a presença da Igreja no mundo –, convém situar sociológicamente este grande evento, que marca hoje a nossa história.

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RELAÇÃO CONFLITIVA COM O MUNDO O Concílio Vaticano II foi a primeira ocasião, no longo período de seus 2000 anos, em que a Igreja parou para refletir sobre si mesma e para se enxergar através dos olhos do mundo. Desde o século IV, quando o cristianismo foi assumido como religião oficial do Império Romano, a Igreja havia assumido uma postura conflitiva na sua relação com o mundo. Para efeito didático, esta relação poderia ser assim apresentada: Na segunda metade do primeiro milênio, dos anos 400 a 1000, houve supremacia do Império sobre a Igreja, os reis e imperadores interferindo nas coisas eclesiásticas, na escolha de bispos, na criação de dioceses, nas decisões de concílios e sínodos etc., com graves prejuízos para a liberdade da Igreja e o anúncio do Evangelho. A primeira metade do segundo milênio, dos anos 1000 a 1500, foi caracterizada como a época da cristandade medieval, com a supremacia da Igreja sobre a sociedade, com o Papa interferindo sobre as coisas civis e temporais. Nessa época, aconteceram as duas grandes divisões da Igreja: em 1054, o cisma entre Oriente e Ocidente; no século XVI, a separação das igrejas da Reforma. A imposição da verdade e a preocupação com o poder fizeram com que a Igreja se tornasse protagonista de fatos cla-

Bispos do mundo inteiro, reunidos para o Concílio Vaticano II, em 1962, na Basílica de São Pedro ramente anti-evangélicos, como a inquisição e o genocídio de culturas e povos indígenas. Na segunda metade do segundo milênio, dos anos 1500 até o Concílio Vaticano II, houve um movimento progressivo de fechamento da Igreja, de distanciamento com relação ao mundo, de oposição entre Igreja e mundo, com a Igreja se afirmando como sociedade perfeita, com leis, estruturas e quadros próprios, em competição ou oposição com o mundo.

NECESSIDADE DE REFORMA Em todo esse tempo, foi intenso e persistente o desejo de reformas. Por trás de toda essa movimentação reformística estava a certeza de que a Igreja não pode viver sem o mundo. Ela é, por sua própria constituição, fermento na massa, semente no campo, sal na comida, grão lançado à terra. Fora do mundo, a Igreja se perde, o grão apodrece sem poder germinar. Fora do mundo, a Igreja não tem salvação. Eis uma breve resenha dos

O grande número de bispos, vindos de todo o mundo, marcou posição em termos de garantir uma verdadeira mudança histórica no jeito de ser Igreja”.

principais anseios de reforma: No século XI, com o papa Gregório VII, a Igreja que vivia sob a influência de reis e imperadores, promove grande reforma, em busca da liberdade diante do poder civil, para poder escolher seus papas e bispos, criar suas instituições etc. Problema foi terem as coisas se invertido: a Igreja, com o fortalecimento do papado, passa a dominar o poder civil e a interferir nos domínios dos estados e da sociedade.

O século XIII foi marcado pelos movimentos pauperistas ou mendicantes, que queriam uma Igreja mais pobre e simples, despojada da pompa e do poder. Alguns desses movimentos (franciscanos e dominicanos) foram integrados na estrutura eclesial, enquanto outros (cátaros, albigenses) enveredaram pelo caminho da heresia. Os grandes reformadores do século XVI (Lutero, Calvino, Zwinglio) reagiram ao poder papal, ao materialismo da Igreja romana, ao apego às estruturas de poder; pretendiam uma Igreja mais bíblica e espiritual, que se reconhecesse toda inteira como povo sacerdotal. A resposta proporcionada pelo Concílio de Trento (1545-1563), seja na área da doutrina (relação entre graça divina e liberdade humana, o realismo do pecado original, a sacramentalidade da fé etc.), seja na disciplina (obrigatoriedade de residência para os bispos, o cuidado na formação do clero etc.), foi fecunda e fez surgir muitas congregações de corte missionário. Mas, o apego ao poder levou ao surgimento

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de uma eclesiologia da “sociedade perfeita”, visível, jurídica, em que a Igreja é comparada a uma instituição puramente visível. Durante o século XIX, a Escola de Tübingen, na Alemanha, vinha apresentando algumas propostas de reformas, em termos de maior realce à presença do Espírito Santo na vida da Igreja, ideias que foram abortadas pelo Concílio Vaticano I, em 1870, que fortaleceu o primado romano com a definição da infalibilidade papal. Diversos movimentos (litúrgico, bíblico-catequético, ecumênico, missionário etc.), o estudo da Patrística, a Ação Católica, a nova teologia, movimentos leigos de apostolado e de espiritualidade, prepararam, no decorrer do século XX, o caminho que daria no Concílio Vaticano II. É necessário frisar que o ambiente cultural marcado pelo existencialismo, a experiência dramática das duas Grandes Guerras Mundiais, o surgimento da ONU e o valor sempre crescente atribuído aos Direitos Humanos também contribuíram para a realização do Concílio Vaticano II, acontecimento de enorme repercussão dentro e fora da Igreja.

A EXPECTATIVA DO CONCÍLIO Essa corrente reformística, que percorria o subterrâneo da Igreja, produzindo tanto santos quanto hereges, latejava forte demais para continuar sendo reprimida. Por isso, a decisão do papa João XXIII de convocar um Concílio, apenas três meses após o início de seu pontificado, foi acolhida com satisfação, não só pelo povo católico, mas pelos cristãos e por todo o mundo. Representando o povo de Deus, o grande número de bispos vindos de todas as partes do mundo marcou posição em termos de garantir uma verdadeira mudança histórica no jeito de ser Igreja. Nesse sentido, a maioria dos bispos rejeitou os documentos de trabalho que haviam sido preparados pelas comissões preparatórias, vazados ainda no estilo da eclesiologia tridentina, e exigiram o debate e a introdução de novos temas, que devessem levar a Igreja a uma nova maneira de se entender e de posicionar diante da história. Pe. Vitor Galdino Feller Vigário Geral da Arq., Prof. de Teologia e Diretor da FACASC/ITESC Email: vitorfeller@arquifln.org.br


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Pastoral da Saúde promove curso de formação Lideres da pastoral receberam formação para atuar nos Conselhos de Saúde, atendendo ao apelo da CF-2012 Divulgação/JA

A Pastoral da Criança da Arquidiocese promoveu dos dias 25 a 27 de maio, uma capacitação para articuladores de saúde. Realizado na Casa de Retiros Vila Fátima, no Morro das Pedras, em Florianópolis, o evento teve como objetivo ampliar a participação da Pastoral da Criança nos conselhos locais, municipais e estadual de saúde. O encontro reuniu 21 participantes: 16 da Arquidiocese, e cinco da Diocese de Tubarão. Durante os três dias, eles contaram com a assessoria de Gilberto Antônio Scussiato Scussiato, da Diocese de Lages, capacitador Estadual de Articula-dores de Saúde, que insistiu sobre a importância da presença da Igreja nos conselhos de saúde. Segundo Jane Bitencourt Neto Neto, coordenadora da Pastoral da Criança na Arquidiocese, todas as pastorais devem estar presentes nos conselhos de saúde e a Pastoral da Criança tem apenas dois representantes nesses con-

Encontro de formação reuniu 21 participantes: 16 da Arquidiocese e 05 de Tubarão. Eles serão repassadores dos conhecimentos para outros líderes selhos. “Queremos ampliar os representantes da Pastoral, pois só assim poderemos cobrar do governo melhor qualidade na saúde”, disse Jane. A formação atendeu ao apelo da Campanha da Fraternidade de 2012, que tem como tema

“Fraternidade e Saúde Pública”, e pede a participação da Igreja nos conselhos de saúde. Segundo Jane, a partir da formação, serão criados capacitadores para ampliar a participação tanto da Pastoral da Criança quanto de outras pastorais nos conselhos.

Comunidade Shalom recebe aprovação definitiva do Papa Nos dias 9 a 16 de maio, membros da Comunidade Católica Shalom se reuniram em Roma para celebrar seus 30 anos de fundação e o Reconhecimento obtido em 2007 como Associação Privada Internacional de Fiéis. O evento reuniu 1.500 membros da comunidade espalhados pelo mundo, nove deles da Arquidiocese de Florianópolis. A solenidade foi realizada na Basílica de São João de Latrão, com pregação do frei Raniero Cantalamessa ,ofm, pregador da Casa Pontifícia, e solene Celebra-

ção Eucarística presidida na mesma basílica pelo Cardeal Cláudio Hummes, Prefeito emérito da Congregação para o Clero. Um dos momentos mais marcantes da programação foi uma peregrinação a Assis, no dia 10 de maio e, nos dias 12 e 13, um Congresso Internacional, no decorrer do qual foram apresentados os Estatutos definitivos da Associação. O Congresso foi aberto com uma Missa presidida pelo Cardeal Stanislaw Rylko, Presidente do Pontifício Conselho para os Leigos. A semana de celebrações foi con-

cluída na quarta-feira, 16 de maio, quando os membros da Comunidade Shalom tiveram um encontro com o Papa Bento XVI na Praça São Pedro. A Comunidade Shalom nasceu no Brasil em 1982, por iniciativa de um grupo de jovens universitários, guiados por Moysés Louro de Azevedo Filho, Filho e com o encora-jamento do então Arcebispo de Fortaleza, Cardeal Aloísio Lorscheider. Hoje, conta com mais de dois mil membros espalhados em 10 países, entre América, África, Europa e Oriente Médio.

Vai acontecer...

Pastoral promove a Semana Nacional do Migrante Dos dias 17 a 24 de junho, a Igreja celebra a Semana Nacional do Migrante. Para dinamizar o evento na Arquidiocese, a Pastoral do Migrante estará visitando e celebrando em diversas paróquias, divulgando e criando consciência sobre o fenômeno migratório. O evento será encerrado no dia 24 de junho, com a Celebração Eucarística transmitida ao vivo pela TV BandSC, de Florianópolis. No mesmo dia, às 18h, haverá uma Celebração Eucarística na Catedral, presidida pelos padres Dirceu Bortolotti Donetti e Joaquim Roque Filippin Filippin, da congregação dos padres scalabrinianos, que se dedicam a atender os migrantes.

A Pastoral do Migrante atua na Arquidiocese de Florianó-polis a partir da Catedral, durante os horários de expediente. Ela tem a finalidade de acolher, orientar e acompanhar os migrantes na inserção e integração cultural, social e religiosa. Também celebrar e festejar as datas importantes de cada coletividade. Ainda assessorar na tramitação para a documentação dos migrantes junto às autoridades locais, Policia Federal e Consulados. Além de visitar as famílias dos migrantes e suas comunidades. Mais informações pelo fone (48) 3224-4799, ou pelo dirceubortolotti@ e-mail hotmail.com hotmail.com.

São José recebe a imagem do Divino Pai Eterno A Paróquia Santo Antônio, em Campinas, São José, receberá no dia 10 de junho a imagem peregrina do Divino Pai Eterno. A visita será conduzida pelo Missionário Redentorista, Pe. Robson de Oliveira Oliveira, reitor do Santuário Basílica do Divino Pai Eterno. O evento será realizado no pátio da igreja e a programação está marcada para começar às 15h, com um show. Em seguida, às 17h30, Pe. Robson presidirá a Celebração Eucarística, que será transmitida ao vivo pela Rede Vida de Televisão. A celebração marca o Ano Eucarístico Paroquial que está sendo vivenciado na paróquia, com o tema: “Eucaristia, alimento de vida

para a Igreja paroquial”. Esta é segunda vez que o evento é realizado na Arquidiocese. O primeiro foi no dia 08 de maio de 2011, na Paróquia Sagrados Corações, em Ingleses, e reuniu mais de 25 mil participantes de todo o Estado.


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Bíblia

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Jornal da Arquidiocese

Conhecendo o livro dos Salmos (49)

Salmos 68 (67): Do Sinai a Sião Divulgação/JA

Salmo grandioso, um dos mais impetuosos e eufóricos do saltério, não é um cântico único, mas antes uma coletânea de hinos. São hinos que se costumavam cantar nas procissões com a arca da aliança, retomando as etapas da caminhada pelo deserto. O início reproduz as palavras de Moisés em Nm 10,35, quando era dado o sinal de partida da arca. Na releitura cristã, algumas passagens evocam a ascensão/exaltação do Senhor, como o faz Paulo na carta aos efésios (Ef 4,8), e outras iluminam a festa do Pentecostes.

O cortejo do Rei

Deus se levanta 2. Deus se levanta! Seus inimigos se dispersam, / fogem diante dele os que o odeiam. 3. Como se dissipa a fumaça, tu os dispersas; / como se derrete a cera diante do fogo, / perecem os ímpios diante de Deus. 4. Os justos, porém, se alegram, / exultam diante de Deus e cantam de alegria. 5. Cantai a Deus, cantai hinos a seu nome, / aplanai a estrada para o que cavalga as nuvens; / “Senhor” é o seu nome, alegrai-vos diante dele! 6. Pai dos órfãos e defensor das viúvas, / assim é Deus na sua santa morada. 7. Aos desprezados Deus dá uma casa para morar, / faz sair com alegria os prisioneiros; / mas os rebeldes ele deixa em terra seca. O ponto de partida é o “levantar-se” de Deus, o anúncio de que Ele “sai” do lugar onde repousa ou habita, e dispõe-se a agir, nada nem ninguém impedindo-lhe a trajetória. Fogem diante dele os que O odeiam (v.2), enquanto os justos se alegram (v.4). Entre esses “justos” encontram-se os órfãos, as viúvas, os desprezados, os prisioneiros (vv. 6-7)

Saíste à frente do teu povo 8. Ó Deus, quando saíste à frente do teu povo, / quando atravessaste o deserto, 9. a terra tremeu, o céu dissolveu-se diante do Deus do Sinai, / diante de Deus, o Deus de Israel. 10. Derramaste uma chuva

“Deus que salva” os humildes e o que “esmaga a cabeça” dos rebeldes... “esmagamento” descrito com violência ainda mais veemente nos vv. 23-24. É claro que esse “esmagamento no sangue” não se coaduna, absolutamente, com o messianismo misericordioso do Senhor Jesus.

torrencial, ó Deus,/ fortaleceste a tua herança exausta. 11. E teu povo habitou a terra / que, no teu amor, ó Deus, preparaste para o pobre. 12. O Senhor anuncia uma notícia, / as mensageiras da vitória são numerosas: 13. “Fogem os reis, fogem os exércitos, / até as mulheres repartem os despojos. 14. Enquanto dormis entre os rebanhos, / brilham como a prata as asas da pomba, / suas penas têm reflexos dourados.” 15. Quando o Onipotente expulsava os reis, caía neve sobre o Salmon. Agora, o louvor dirige-se diretamente a Deus, recordando e descrevendo seus prodígios: o tremor de terra, a dissolução do céu, a chuva torrencial, as vitórias na guerra... e até a nevasca sobre o monte Salmon, o monte “sombrio”, aliás não identificado. Quanto às “asas da pomba” que “brilham como a prata e têm reflexos dourados” (v.14), é uma bela imagem, de simbolismo discutido. Provavelmente, a referência é a Israel despreocupado, mesmo em contexto de guerra, “dormindo entre os rebanhos”(v.14) e gozando, agora, de prosperidade.

Deus chega a Sião 16. Monte de Deus é o monte de Basã, monte elevado é o monte de Basã. 17. Por que tendes inveja, montes elevados, / do monte que Deus escolheu para mo-

rar? / O Senhor vai morar nele para sempre. 18. Os carros de Deus são milhares e milhares; / o Senhor vem do Sinai para o Santuário. 19. Subiste às alturas conduzindo prisioneiros, / recebeste homens como tributo; / mesmo os rebeldes habitarão junto ao Senhor Deus. 20. Bendito é o Senhor dia por dia, / cuida de nós o Deus salvador. 21. Nosso Deus é um Deus que salva, / é Deus, o Senhor, que livra da morte. 22. Sim, Deus esmaga a cabeça de seus inimigos, / a cabeça soberba de quem segue o caminho do crime. 23. Disse o Senhor: “De Basã vou trazê-los de volta, / vou trazê-los de volta dos abismos do mar, 24. para que laves no sangue o teu pé / e a língua de teus cães receba sua parte entre os inimigos Tendo saído da montanha do Sinai, Deus escolhe nova morada: não os elevados montes de Basã, a leste do Jordão (vv.16-17), mas a colina humilde de Sião. Esse é “o monte” que Deus escolheu para morar (v.17) e para onde se encaminha em magnífico cortejo, dispensando salvação aos seus, submetendo os rebeldes e, por fim, esmagando os inimigos. No v. 19, a apóstrofe na segunda pessoa: “Subiste às alturas”, aplicada a Cristo em sua ascensão (cf Ef 4,8). Nos vv. 21-22, o contraste entre o

25. Surge o teu cortejo, ó Deus, / o cortejo do meu Deus, do meu Rei, ao santuário: 26. na frente os cantores, / por último os que tocam cítaras, / no meio, as moças batendo címbalos. 27. “Bendizei a Deus nas vossas assembléias, / bendizei ao Senhor, vós da estirpe de Israel.” 28. Benjamim, o mais novo, guia os chefes de Judá nas suas fileiras, / os chefes de Zabulon, os chefes de Neftali. Numa visão de paz, a vitória é celebrada com solene cortejo. Encabeça a procissão a última tribo, a de Benjamim, talvez aludindo ao rei Saul, o iniciador da monarquia. Segue a tribo de Judá, que é a de Davi. São duas tribos do Sul e duas do Norte, expressando talvez a totalidade do povo.

Confirma, ó Deus! 29. Manifesta, ó Deus, o teu poder, / confirma, ó Deus, o que realizaste por nós, 30. desde o teu templo, que está em Jerusalém. / A ti os reis vão trazer ofertas. 31. Ameaça a fera dos caniços, / o rebanho de touros com os bezerros dos povos: / prostrem-se, levando lingotes de prata. / Dispersa os povos que recorrem à guerra! 32. Virão os nobres do Egito, / a Etiópia estenderá as mãos para Deus! A súplica do v.29, retomada na liturgia da dedicação das igrejas, pede que Deus “confirme” a vitória alcançada, as bênçãos realizadas. E logo se abre, em dimensões universais, como em Isaías 60: “os reis vão trazer ofertas” (v.30), “virão os nobres do Egito” e, de mais longe ainda, a própria Etiópia, numa atitude de submissão, “estenderá as

mãos para Deus” (v.32). Isso não se fará, contudo, sem o emprego da força: “a fera dos caniços”, o crocodilo, símbolo do Faraó, deverá ser contida, e os povos que recorrem à guerra, dispersados (v.31).

Reinos da terra, cantai! 33. Reinos da terra, cantai a Deus, / cantai hinos ao Senhor: 34. Ele cavalga os céus, os céus eternos, / eis que troveja com voz forte. 35. Reconhecei o poder de Deus, / a sua majestade sobre Israel, / seu poder sobre as nuvens. 36. No seu santuário Deus é temível, / o Deus de Israel dá força e vigor a seu povo, / bendito seja Deus! Se o começo do salmo, partindo do Êxodo, tinha o horizonte restrito do povo de Israel (vv. 2-7), este final se alarga para os “reinos da terra”, convidando-os a associarem-se ao grande louvor de Deus. É um Deus cósmico, sim, que “cavalga os céus”, “troveja com voz forte” e “manifesta seu poder sobre as nuvens” (vv.3435). Mas Ele quis também ser o “Deus de Israel”, “temível em seu santuário”, Aquele que “dá força e vigor a seu povo”. No final, a “bênção”, isto é, o louvor, conclusivo: Bendito seja Deus! (v.36) Pe. Ney Brasil Pereira Professor de Exegese Bíblica na Faculdade de Teologia de SC - FACASC email: ney.brasil@itesc.org.br

Para refletir: 1) Em que sentido este salmo não é propriamente um hino, mas uma coletânea de hinos? 2) Qual o ponto de partida, e o ponto de chegada, deste salmo? 3) Ler a passagem de Ef 4,716, para ver como São Paulo se inspirou neste salmo. 4) Que dizer da violência dos vv. 22-24? 5) Que sentido tem o pedido do v.29: “Confirma, ó Deus, o que realizaste por nós”?


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Juventude 7

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Jovens realizam manifestação pela saúde Evento realizado em Barreiros, São José, foi motivado pela Campanha da Fraternidade de 2012 A Pastoral da Juventude da Paróquia Sagrados Corações, em São José, promoveu na manhã do dia 19 de maio uma manifestação contra as precárias condições de saúde no município. O evento teve como inspiração o tema da Campanha da Fraternidade de 2012, “Fraternidade e Saúde Pública”, e seu lema “Que a saúde de difunda sobre a terra”. O evento foi apoiado com recursos do Fundo Arquidiocesano de Solidariedade - FAS. Mais de 70 jovens, representando cinco grupos de jovens da Matriz e da comunidade de São Francisco, participaram da manifestação. Eles se concentraram, a partir das 9h, em frente à Igreja Matriz. Em seguida, com cartazes mostrando a problemática da saúde e acompanhados de carro de som, com o qual passavam informações sobre a saúde pública, saíram em caminhada pelas ruas próximas, escoltados pela Guarda Municipal. A caminhada seguiu pela movimentada Avenida Leoberto Leal. Durante o trajeto, os jovens entregavam folders informando os motivos da manifestação e com testemunho de pessoas que sofrem com a crise na saúde pública, e receberam o apoio dos transeuntes. A primeira parada foi na Praça de Barreiros, onde está sendo construída uma Unidade de Pronto Atendimento. No ano de 2011, foram destinados R$ 58

milhões para a saúde, mas apenas R$ 40,5 milhões foram aplicados. “O que foi feito com os R$ 17 milhões restantes? Será que a saúde de São José está tão bem assim que não é necessário aplicar todos os recursos destinados para este fim?”, questionou João Sartori Sartori, assessor da comissão organizadora. Em seguida, os jovens continuaram a caminhada com destino à Prefeitura de São José. Lá chegando, foi realizada uma rodada de debates sobre a questão da saúde e a importância da manifestação. Segundo Adriana Silveira Ruiz Diaz Diaz, coordenadora da PJ paroquial e motivadora do evento, durante a assembleia paroquial da PJ,realizada no final de 2011, foi proposta a realização de um evento alusivo à CF-2012. “Conversamos com a equipe e decidimos realizar a manifestação, que foi preparada já a partir de março”, disse. Ela informou que será redigido um manifesto cobrando maiores investimento na saúde do município, condições de trabalho, melhor remuneração e contratação de profissionais. O documento será encaminhado ao Prefeito, ao Secretário de Saúde e aos vereadores. Mais fotos no site da Arquidiocese (www.arquifln.org.br),, clicar em “Ál(www.arquifln.org.br) bum de fotos”.

SETOR JUVENTUDE

espaço de comunhão e partilha O que é o Setor Juventude Arquidiocesano? O Setor Juventude Arquidiocesano é um espaço de comunhão e participação para unir e articular todos os segmentos juvenis, presentes na arquidiocese, num trabalho conjunt o. A função do Setor, nesse sentido, junto. é favorecer a integração e o diálogo, além

de propor algumas diretrizes comuns para a evangelização da juventude, considerando as especificidades de cada segmento juvenil (cf. CNBB, Doc. 85, 195). Há um assessor e um coordenador responsáveis pelo Setor, Pe. Josemar Silva e Felipe Candin.

Quem participa deste espaço? Junto ao assessor e ao coordenador, há uma equipe colegiada de assessores e jovens, composta pelas experiências de evangelização juvenil existentes na Arquidiocese: Pastoral da Juventude, Movimentos Eclesiais, Novas Comunidades,

Congregações Religiosas que trabalham com juventude, Catequese Crismal, Pastoral Vocacional, e outros segmentos eclesiais envolvidos com evangelização juvenil (cf. CNBB, Doc. 85, 193 e anexo 5 gráfico C ).

Por que um Setor Juventude Arquidiocesano? O Setor Juventude Arquidiocesano favorece o diálogo entre os segmentos, a partir de reuniões e reflexão conjunta, além de outras atividades, assumidas coletivamente, em especial os eventos com caráter de

massa, como a Jornada Arquidiocesana da Juventude (cf. CNBB, Doc. 85, 196). O Setor, como espaço de diálogo, buscará entender e respeitar a pluralidade que constitui a realidade juvenil da arquidiocese.

Foto/JA

Objetivos do Setor Arquidiocesano da Juventude: Garantir um espaço de reflexão, discernimento, tomada de posição e celebração conjunta dos diversos segmentos da arquidiocese frente à realidade juvenil e à nossa missão de evangelização; Resgatar, no coração de todos, a paixão pela juventude; Ser expressão eclesial e social da diversidade juvenil;

Fortalecer e ampliar a ação evangelizadora da Igreja; Favorecer a integração e o diálogo entre os segmentos juvenis da arquidiocese; Propor algumas diretrizes, metas, prioridades e atividades comuns para a evangelização, considerando a realidade arquidiocesana e as especificidades de cada segmento juvenil.

Desafios do Setor Juventude Arquidiocesano:

Manifestação seguiu pelas principais ruas do município, e foi escoltada pela Guarda Municipal

Mapeamento dos Grupos de Jovens O Setor Juventude da Arquidiocese promove um mapeamento para os grupos de jovens presentes na Arquidiocese. O cadastro é destinado a qualquer segmento, independente da espiritualidade que cultivam. Segundo Felipe Candin Candin, secretárioexecutivo do Setor Juventude, a ação tem como objetivo conhecer a realidade juvenil na Arquidiocese. “Com isso queremos aplicar as orientações do documento 85 que

nos pede para mapear a realidade juvenil. Assim, poderemos saber onde e como devemos trabalhar na evangelização da juventude”, disse Felipe. O Cadastro pode ser feito clicando no link da tela inicial do site da Arquidiocese (www.arquifln.org.br), e preenchendo os campos do formulário. Mais informações pelo fone (48) 3224-4799, ou pelo e-mail felipecandin@gmail.com felipecandin@gmail.com.

Para que o Setor seja expressão da pluralidade juvenil, é necessário superar alguns limites e dificuldades: Falta de clareza quanto à proposta posta.. O Setor não substitui a organização própria de cada segmento, nem unifica a metodologia, espirituali espirituali-dade, história... Cada experiência de evangelização juvenil, mesmo participando do Setor, mantém sua organização e atividades próprias, com a novidade de projetos e eventos assumidos e realizados coletivamente. Inclusive a diversidade é considerada uma riqueza e precisa cada vez mais ser conhecida, acolhida e valorizada (cf. CNBB, Doc. 85, 194-195). O Setor como tentativa de criar um “marco zero” na evangelização juvenil da arquidiocese arquidiocese.. É necessário considerar a história local de evangelização da juventude. O Setor como espaço de co-

munhão, precisa considerar o que já existe de trabalho juvenil na arquidiocese, sem buscar a homogeneização das diversas experiências, mesmo que essas experiências apresentem limites e problemas, mas respeitar sua história e identidade. Diferentes modelos de organização juvenil juvenil.. Os segmentos juvenis não adotam uma forma única de se organizar; as instâncias de representação são diversas. O Setor não é uma mega-estrutura organizativa, nem pretende substituir a organização própria dos segmentos juvenis, sejam eles pastorais, movimentos ou outras expressões. Diferentes concepções de evan evan-gelização gelização.. O Setor Juventude não deve existir para uniformizar as experiências nem suprimir as diferenças. Deve, sim, reforçar que o essencial na evangelização é o discipulado e seguimento de Jesus.

Princípios fundamentais do Setor Juventude Arquidiocesano: Motivação, ao invés de imposição. Abertura à diferença. Respeito ao específico de cada experiência.

Postura dialógica em todo o processo. Protagonismo juvenil. Eclesiologia de comunhão e participação.

“O jovem é evangelizador privilegiado de outros jovens” (CNBB, Doc. 85, 62) e, por isso, Jesus Cristo deve ser apresentado como aquele que “caminha com o jovem, como caminhava com os discípulos de Emaús, escutando, dialogando e orientando” (CNBB, Doc. 85, 54).


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Geral

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Jornal da Arquidiocese

Comunidade recebe o Sábado da Cidadania Viabilizado pela Pastoral da Criança, evento disponibilizou vários serviços à comunidade empobrecida Foto JA

A Pastoral da Criança, em parceria com a OAB Cidadã e a Associação Cultural Nova Acrópole, e outras entidades locais, promoveu no dia 26 de maio, a quarta edição do Sábado da Cidadania. Realizado no Grupo Escolar Francisca Raimunda da Costa, no bairro Pontal, em Palhoça, das 8h às 15h, a comunidade recebeu vários serviços que normalmente não tem acesso facilitado pelo orgãos governamentais. Durante o dia, foram mais de 400 pessoas atendidas. Elas receberam atendimento médico, odontológico, medida da pressão, assessoria jurídica, INSS, corte de cabelo, vacinação para a gripe, fisioterapia, quiropraxia, massagem, doação de roupas e atividades para as crianças. Esses, alguns dos serviços oferecidos pelos cerca de 100 voluntários durante o evento. A ideia da realização do evento foi da Pastoral da Criança. A partir da visitação às crianças e famílias, em que realizam os serviços de pesagem das crianças, orientações às famílias quanto à saúde e aos seus direitos, as voluntárias perceberam as carências da comunidade. Entraram em contato com a OAB Cidadã, que

Conselho Local de Saúde Caminho para buscar os direitos do cidadão

Durante o dia, mais de 400 pessoas receberam atendimento médico e odontológico, assessoria jurídica e outros serviços, a que não teriam acesso viabilizou o programa. Segundo Genesis Duarte Duarte, coordenadora paroquial da Pastoral da Criança, a comunidade é uma das mais empobrecidas da Paróquia NSra. do Rosário, em Enseada do Brito, Palhoça. Ela conta com cerca de 300 famílias, cerca de 70 delas são atendidas pela Pastoral. “A comunidade não possui os serviços de saúde. O atendimento é feito em um posto distante”, informou. Esse tipo de serviço é ofereci-

do pela Ordem dos Advogados do Brasil, através do OAB Cidadã, há dez anos. Segundo Júlio dos Santos Neto Neto, o projeto prioriza o atendimento a comunidades empobrecidas. “Buscamos entidades parceiras para realizar os atendimentos, que de outra forma a comunidade não teria com facilidade”, informou. Mais fotos no site da Arqui Arqui-www.arquifln.org.br www.arquifln.org.br)) diocese ((www.arquifln.org.br clicar em “Álbum de Fotos”

A Campanha da Fraternidade de 2012, que tem como tema “Fraternidade e Saúde Pública”, em seu texto-base sugere a participação nos conselhos municipal, estadual e federal de saúde. Mas esqueceu-se de outro importante meio de reivindicar melhorias no sistema de saúde: os conselhos locais de saúde saúde. Embora sejam pouco conhecidos e divulgados, é nos conselhos locais que são identificadas as carências mais próximas da comunidade na área de saúde. Ele pode ser criado em cada unidade de saúde presente no município e é formado pelo cidadãos ou representantes de entidades presentes na comunidade. Os conselhos locais têm a finalidade de fiscalizar e cobrar melhorias. A população pode levar ao conselho as suas reclamações, e ele tem a função de encaminhá-las ao Conselho Municipal, que tem função deliberativa, ou à Secretaria de Saúde. Em Florianópolis, das 49 unidades de saúde, 38 delas possuem Conselhos Locais. Isso porque o município criou um setor para dinamizar a prática. Segundo Marcos

César Pinar, um dos responsáveis pelo trabalho, eles trazem resultados significativos para a comunidade. “Os serviços oferecidos nas unidades de saúde melhoram significativamente”, informou. Um dos conselhos locais mais antigos e atuantes é o do centro de Florianópolis. Vanda Renata da Silva participa há oito anos e é a coordenadora. Segundo ela, nesse tempo foram muitas as conquistas. “A partir da verificação das necessidades, conseguimos aumentar o número de especialidades médicas, enfermeiros e pessoas para o atendimento”, alegra-se. A equipe mantém um espaço na unidade de saúde, onde na manhã das segundas-feiras uma pessoa acolhe as reivindicações, presta orientações e encaminha as pessoas para onde podem ser atendidas. O Conselho se reúne sempre na última sexta-feira do mês para discutir as ações a serem realizadas quanto aos problemas identificados. Há uma equipe disposta a prestar assessoria sobre esse trabalho. Informações pelos fones (48) 32123908 ou 8436-3383, ou pelo e-mail cmsaude.floripa@y ahoo.com.br cmsaude.floripa@yahoo.com.br ahoo.com.br. Foto JA

Dom Wilson receberá o pálio arquiepiscopal “Colar” de lã representa a missão do metropolita Na festividade de São Pedro e São Paulo, 29 de junho, nosso aradeu cebispo Dom Wilson TTadeu Jönck estará em Roma. Na ocasião ele receberá das mãos do papa Bento XVI o pálio arquiepiscopal, espécie de colar de lã branca, que representa a missão do metropolita, isto é, o bispo que preside a um conjunto de mais dioceses. O pálio é recebido pelo bispo

sempre que assume uma arquidiocese. Esta é a primeira vez que Dom Wilson o receberá. O pálio tem cerca de 5 cm de largura e dois apêndices – um na frente e outro nas costas, com 6 cruzes bordadas ao seu longo, expressando a unidade com o sucessor de Pedro. Confeccionados com lã de cordeiros ofertados por jovens romanas ao papa no dia 21 de janeiro, festa de

Santa Inês, o pálio é produzido pelas monjas beneditinas do Mosteiro de Santa Cecília, em Roma. Os pálios novos, antes de serem entregues aos bispos são abençoados pelo papa e guardados numa arca junto às relíquias, no túmulo do Apóstolo São Pedro. No dia 29 de junho seguem para a celebração Eucarística e são colocados nos ombros dos novos arcebispos.

Equipe se reúne para discutir sobre a situação na unidade local de saúde


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Militares são ordenados diáconos Os dois diáconos fazem parte da Força Aérea e são os primeiros dos 35 formados na Escola Diaconal Divulgação/JA

Em uma belíssima celebração, dois novos diáconos permanentes foram ordenados no dia 13 de maio. Realizada na Igreja Santa Teresinha do Menino Jesus, na Prainha, às 9h, a celebração foi presidida por Dom Osvino José Both Both, Arcebispo do Ordinariado Militar do Brasil. Os neo-diáconos são militares da Força Aérea Brasileira e se prepararam para o Diaconato na Escola Diaconal da Arquidiocese. O primeiro sargento Domingos Sávio da Silva Sena e o capitão Joel Belo Belo, ligados à Paróquia Militar Nossa Senhora do Loreto da Base Aérea de Florianópolis - BAFL, a partir de agora irão servir à Igreja na Capelania Militar Nossa Senhora de Loreto, em Florianópolis, nos diferentes serviços da Igreja Católica, como na realização de batizados e casamentos. “Fortalecidos com o Dom do sacramento da Ordem, servem ao povo de Deus no serviço da Liturgia,

Arquidiocese terá três novos padres Diáconos serão ordenados presbíteros

Os dois militares vão atuar na Paróquia N.Sra. do Loreto na BAFL da Palavra e da Caridade, em comunhão com a Igreja”, disse o Pe. Itamar Bof Bofff , Primeiro-Tenente Capelão da Paróquia Militar da BAFL, sobre a ordenação dos diáconos permanentes. Os dois diáconos militares fazem parte dos 35 candidatos a diáconos

da 14ª Turma da Escola Diaconal São Francisco de Assis que foram formados no dia 28 de janeiro deste ano. Desses, 25 são da Arquidiocese. Da turma, eles foram os primeiros a serem ordenados. Outros receberão o sacramento ainda este ano.

Kelvin Borges Konz, Marcos Decker e Ewerton Martins Gerent Gerent, foram ordenados diáconos transitórios no dia 28 de abril, em Celebração Eucarística presidida pelo nosso arcebispo Dom Wilson TTadeu adeu Jönck Jönck, na Paróquia Santíssimo Sacramento, em Itajaí. A definição das datas foi acertada em reunião com Dom Wilson, que presidirá as três ordenações, assim definidas: Kelvin Borges Konz, será ordenado no dia 04 de agosto, sábado, às 15h, na Igreja Matriz da Paróquia N.Sra. de Lourdes, na Fazenda, Itajaí.

Já Marcos Decker será ordenado na semana seguinte, no dia 11 de agosto, também sábado, às 15h, na Igreja Matriz da Paróquia Sagrado Coração de Jesus, em Antônio Carlos. A Paróquia de Santo Amaro da Imperatriz, por sua vez, se prepara para a ordenação presiberal de Ewerton Martins Gerent, no dia 15 de setembro, sábado, às 15h. As ordenações serão realizadas nas comunidades de origem dos ordenandos. Eles concluíram a Faculdade de Teologia, no Instituto Teológico de Santa Catarina - ITESC, em dezembro de 2011. Arquivo/JA

Carmelita faz Profissão de Primeiros Votos os da Irmã Luciana Maria de oR edent or Cristo Redent edentor or. Com 29 anos, Crist ela é natural de Agudos do Sul, PR. A celebração foi presidida por Frei Evandro Bernat, Bernat da Ordem dos Carmelitas Descalços (OCD), vigário na Paróquia N.Sra. do Carmo, em Florianópolis, e promotor vocacional. Em sua homilia, ele ressaltou a importância desse momento para a Irmã e para a Igreja. Segundo ele, pensamos que quando uma Irmã entra para o Carmelo, ela se isola do mundo. “Muito pelo contrário. Ela está presente no mundo como um coração cheio da presença de Deus. Ela conhece as realidades e reza por elas. Sua vocação consiste em seguir radicalCom 29 anos, Irmã Luciana deu o seu mente a Cristo”, disse. “sim” à vida religiosa A Profissão dos Votos Na Celebração Eucarística realizada às 8h, do dia 13 de maio, no Carmelo Cristo Redentor das Monjas Carmelitas Descalças, em Picadas do Sul, São José, marcou a Profissão dos Votos Temporári-

Foto JA

Temporários (castidade, pobreza e obediência) é uma etapa da formação das Carmelitas Descalças. Quando entra para o Carmelo, a Irmã inicia como postulante, depois de cerca de um ano, segue para o noviciado com a recepção do Hábito, faz dois anos de noviciado (ou mais) e então, a profissão dos votos temporários, que são renovados a cada ano, por um período de três a seis anos. Por último faz a Profissão dos votos perpétuos solenes. O Carmelo Cristo Redentor conta com oito Monjas: cinco com votos perpétuos solenes, uma de votos temporários, uma noviça e uma postulante. Na Arquidiocese há dois Mosteiros das Carmelitas Descalças: o Carmelo Cristo Redentor, em São José, e o Carmelo Santa Teresa, em Itajaí, ambos de vida claustral.

Diáconos Marcos, Kelvin e Ewerton serão ordenados em agosto e setembro

Votos Solenes de Irmãs Carmelitas As irmãs do Carmelo Santa Teresa, em Cabeçudas, Itajaí, convidam todos a participarem da sa dos votos cerimônia religiosa solenes das irmãs Verônica da Sagrada Face, e Lúcia rindaMaria da Santíssima TTrindade de. A celebração será presidida pelo nosso arcebispo Dom Wil-

son Tadeu Jönck. A solenidade será realizada no dia 15 de julho, às 9h, na Capela do Carmelo. O Carmelo está localizado na Rua Benjamin Constant, 425, em Cabeçudas, Itajaí. Mais informações pelo fone (47) 33487343 ou pelo e-mail: carmelo santat eresa@y ahoo.com.br santateresa@y eresa@yahoo.com.br ahoo.com.br..

Centenário da Paróquia São Vicente de Paulo (1912-2012) NOVENA PREPARATÓRIA, 18 a 27 de julho, às 19h. MISSA DO CENTENÁRIO, 29 de julho (domingo), 9h. IGREJA MATRIZ. PARTICIPE.


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Ação Social

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Rede ASA discute Plano de Pastoral Evento reuniu representantes de 17 entidades-membro da ASA, que refletiram sobre o Planejamento Divulgação/JA

A 40ª Assembleia Ordinária da ASA realizada em 26 de maio contou com a participação de 17 entidades-membro que motivadas pela mística centrada no Espírito Santo puderam compartilhar as conquista de 2011 e elencar questões para o Plano Arquidiocesano de Pastoral. Entre os pontos de discussão da assembleia estavam: a apresentação do Relatório de Atividades de 2011, que descreve também as ações realizadas pelas Ações Sociais; a socialização do Parecer do Conselho Fiscal aprovando as contas do exercício anterior; o Planejamento de 2012; e a filiação de 3 novas entidades que passam a fazer parte da Rede, sendo elas: Ação Social Cristo Rei, Centro Social São Sebastião e Ação Social Monte Alegre; e o lançamento do site da ASA, que tem o seguinte endereço: www .asafloripa.org.br www.asafloripa.org.br .asafloripa.org.br. Além disso, e como ponto principal, a discussão do Plano Arquidiocesano de Pastoral com a Rede proporcionou o debate sobre a dimensão social na

ASA lança seu site Ferramenta virtual ajudará na divulgação dos trabalhos sociais

Dom Wilson falou da importância de fortalecer o trabalho social Arquidiocese e a necessidade de aprimoramento desse trabalho envolvendo todas as comunidades e demais pastorais. A Assembleia contou com a participação do nosso Arcebispo, Dom Wilson TTadeu adeu Jönk Jönk, que chamou a atenção para a importância de fortalecer o trabalho social na Arquidiocese e lamentou a ausência de tantas ações

sociais. O Coordenador de Pastoral, Pe. Rivelino Seidler participou de toda a assembleia. Na avaliação do Pe. Mário Sérgio do Nascimento, Presidente da ASA, a assembleia atingiu seu objetivo principal, pois reuniu as ações sociais para elencarem propostas de ação consistentes para o novo Plano Arquidiocesano de Pastoral.

A partir do mês de maio, a Arquidiocese de Florianópolis conta com mais um meio de divulgação dos trabalhos no campo social, com a criação do site da Ação Social Arquidiocesana: www. asafloripa.org.br asafloripa.org.br.. Na busca de ampliar os meios de divulgação da entidade, foi proposta a criação de um site próprio, onde se conta com espaço próprio para as ações sociais paroquiais divulgarem suas ações, interação e integração com as redes sociais, postagens de vídeos, fotos e notícias das ações desenvolvidas pela Rede ASA/Cáritas. Para Pe. Mário Sérgio do Nascimento, Presi-

dente da ASA, “a criação do site supre a necessidade que todas as entidades têm na atualidade, que é a divulgação de seus trabalhos nos meios virtuais”. Segundo ele, com o site da ASA será possível conhecer melhor as ações que a Igreja realiza no campo social.

5ª Semana Social Brasileira Parte 1 - Histórico das Semanas Sociais Divulgação/JA

As Semanas Sociais são parte da ação evangelizadora da Igreja em muitos países. Por exemplo, a França já celebrou 100 semanas sociais e a Itália encerrou sua 46ª Semana Social em outubro de 2010. Mesmo com formatos diferenciados, as semanas sociais articulam as forças populares e intelectuais para debater questões sócio-políticas relevantes, buscando traçar perspectivas para seu país, baseadas no Ensino Social da Igreja. No Brasil a 1ª Semana Social foi realizada em 1991, com a finalidade de celebrar o centenário da Rerum Novarum, com o tema central “Mundo do Trabalho, Desafios e Perspectivas”. A 2ª Semana Social iniciou seu processo de organização em 1992, com a avaliação da primeira semana, e teve desdobramentos até julho de 1994, quando ocorreu seu seminário nacional,

que teve como tema: Brasil – Alternativas e Protagonistas. A 3ª Semana Social Brasileira assumiu o tríduo em preparação para o Jubileu 1998 a 2000 e teve como tema central o Resgate das Dividas Sociais – Justiça e Solida-

riedade na construção de uma sociedade democrática. A 4ª Semana Social ocorreu entre 2004 e 2006, com o tema “Mutirão por um Novo Brasil”, e teve a realização de 268 semanas sociais em todo o país. A 5ª Semana Social iniciou em 2011 e terá sua atividade final em junho de 2013, período em que serão realizados momentos diocesanos e regionais que debaterão a temática proposta, que é a Participação da sociedade no processo de democratização do Estado Brasileiro. O tema da 5ª Semana Social nos convida a refletir sobre o Estado que temos e o Estado que queremos, refletindo sobre práticas sociais que levam para a construção de uma nova sociedade e um novo Estado. Fernando Anísio Batista Sociólogo/Coordenador Ação Social Arquidiocesana

FAS oferece formação em Gestão de Projetos Sociais O Fundo Arquidiocesano de Solidariedade - FAS, presente em nossa Arquidiocese desde 1999, procura através do apoio a projetos sociais e de geração de renda fortalecer as iniciativas sociais comunitárias. Por tratar-se de um fundo solidário, o FAS deseja não apenas financiar monetariamente tais ações, mas, sobretudo oportunizar o aprimoramento dessas ações nas comunidades. Diante disso, o Fun-

do Arquidiocesano de Solidariedade estará promovendo um dia de formação em Gestão Administrativa e Financeira de Projetos Sociais, o que envolverá o debate sobre captação de recursos, prestação de contas, desenvolvimento e monitoramento de projetos, convênios públicos, entre outros assuntos afins. Convidamos todas as lideranças de nossas paróquias para participar, diretores e voluntários das Ações Sociais, administradores econômicos e padres. A inscrição poderá ser pelo email: asa@ arquifln.org.br ou pelo fone: (48) 3224-8776 com Luciano da ASA. Dia: 07 de julho de 2012 Horário: 08h30m às 16h Local: Paróquia Santo Antônio Rua: Irmãos Vieira, 04 – Campinas São José/SC - (48) 3241-0637


Jornal da Arquidiocese

GBF 11

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III Interdiocesano reúne três dioceses Realizado no CEAR, evento reuniu milhares das dioceses de Tubarão, Criciúma e Florianópolis Foto JA

Aproximadamente quatro mil pessoas das dioceses de Criciúma, Florianópolis e Tubarão estiveram reunidos durante todo o dia 20 de maio, no Centro de Evangelização Angelino Rosa CEAR, em Governador Celso Ramos, para participar do III Interdiocesano. No mesmo dia e horário, o evento acontecia em três outros locais do Estado, envolvendo todas as dez dioceses. Inspirados pelo tema “Justiça e Profecia no campo e na cidade” e lema “Ide pelo mundo inteiro e anunciai a Boa-Notícia todos os povos! (Mc 16,15), na Arquidiocese, o evento teve inicio às 8h, com a acolhida aos participantes. Apresentação da coordenação das três dioceses e da coordenação regional dos GRF e CEBs que leram a carta de acolhida da Ampliada regional. Na sequência, Dom Wilson Tadeu Jönck Jönck, arcebispo de Florianópolis, e de Dom Jacinto Flach Flach, bispo de Criciúma, fizeram a saudação aos participantes do evento. Todo o encontro foi desenvolvido na metodologia VER, JULGAR e AGIR. Na oração inicial, a cargo da diocese de Criciúma, foi introduzido um VER da nossa realidade no contexto social, ecológico cultural e religioso. Depois, a assessora Sirlei A. Kroth Gaspareto Gaspareto, da Diocese de Chapecó, fez a introdução do tema: Justiça e Profecia no campo e na cidade. Pe. Vilson Groh também assessor do encontro, da Arquidiocese, relacionou o ver da oração inicial e a fala de Sirlei com as cinco urgências na evangelização, dando ênfase às três urgências que foram apresentadas no momento do JULGAR, com encenações artísticas, pelas dioceses. Nos momentos de motivação do encontro, Pe. Vilson Groh falou que os GBF são o espaço aonde se pode fazer interpessoalmente

Participantes ficaram atentos às reflexões, entre elas a do Pe. Vilson Groh (foto), expondo as cinco urgências da Evangelização a experiência de Jesus Cristo e recuperar a sua presença na comunidade. Evangelizar na cidade construindo redes de comunidade na concretização da justiça do Reino de Deus. “O nosso desafio é fazer a experiência entre o centro e a periferia através da conectividade aonde vivemos juntos a experiência de reconhecer quem está à margem como ser humano”, disse Pe. Vilson. Em sua reflexão, Sirlei tratou do tema do Interdiocesano. Segundo ela, o tema vem no momento em que a sociedade vive em crise e desafios. Para os cristãos, é uma crise de valores, em que Deus é trocado por outros interesses, contrárias ao projeto de vida de Jesus Cristo para o bem comum. À tarde, após o almoço, Ademir Freitas, subsecretário do Regional Sul IV da CNBB, leu a carta de Dom Agostinho P etr Pe tryy, bispo referencial dos Grupos de Reflexão/Família e das Comunidades Eclesiais de Base do Regional. No texto, ele fez uma saudação a todos os participantes dos quatro encontros realizados no Regional e fala da importância dos GBF e das CEBs. Foto JA

Interdiocesano reuniu mais de quatro mil participantes, que contaram com momentos formativos pela equipe de assessoria e de descontração

Nossa ação como cristãos No momento do AGIR, os assessores deram prosseguimento aos trabalhos. Pe Vilson refletiu sobre a nossa ação como cristãos, provocando os participantes. Alguns deles, motivados, falaram das dificuldades da evangelização através dos GBFs/CEBs e da pouca participação das pastorais. Também testemunharam como os GBFs transformam as suas vidas e das pessoas na comunidade. Sirlei continuou a reflexão do AGIR apresentando pistas de ações de como podemos transformar os nossos momentos de reflexão em ação concreta. Disse que os jovens devem ser inseridos na caminhada, tornando-se protagonistas das ações. “Os cristãos devem ser sinal vivo da presença de Jesus Cristo na comunidade”, disse. O encontro finalizou com a Celebração Eucarística Eucarística, presidida por Dom Wilson Tadeu Jönck, arcebispo de Florianópolis, concelebrada por Dom Jacinto Inácio Flach, bispo de Criciúma, e Pe. Sérgio Jeremias de Souza, administrador da Diocese de Tubarão, e mais de 35 padres e diáconos. Em sua homilia, Dom Wilson falou sobre nossa obrigação e privilégio de anunciar ao mundo a nossa fé, convictos de que Jesus é a salvação. “Pela nossa fé, pelo testemunho de que somos de Cristo, pela capacidade de transformar essa Palavra em atitudes de vida, demonstraremos que o Evangelho não é utopia. É o que fazemos através dos Grupos Bíblicos e das Comunidades Eclesiais de Base”, disse Dom Wilson. Text o com ple oxto comple pletto e mais ffotos no site da Arquidiocese ( www.arquifln.org.br www.arquifln.org.br))

GBF e CEBs - A missão continua Alegres, e motivados pelo grandioso Interdiocesano, continuaremos nossa missão. Com o entusiasmo em propagar a Palavra de Deus e com ardor missionário apresentamos a todos os animadores e animadoras o novo livreto E vós, q uem do Tempo Comum: “E quem dizeis que Eu sou ?” (Mc 8, 29). sou? Neste ano litúrgico, Ano B, a Igreja nos convida a refletir sobre o Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos. Com uma celebração inicial introduzindo os 17 encontros, apresentaremos Jesus Cristo, o Filho de Deus, a partir do Evangelho segundo Marcos. A fé é essencial para termos um encontro pessoal e comunitário com Jesus Cristo e para anunciá-lo com alegria ao mundo, não só com palavras, mas, principalmente, com o testemunho de nossa vida. Vendo hoje tantas maneiras de se expressar a fé em Jesus Cristo, podemos perguntar-nos: Como reconhecer Jesus no cotidiano da vida, e anunciá-lo à humanidade? Neste livreto

do Tempo Comum teremos a oportunidade de conhecer o modo como Marcos apresenta Jesus e o seu Reino. E então teremos a nossa resposta, quando ouvirmos dentro de nós, hoje dirigida a nós, a pergunta de Jesus aos discípulos: “E vós, quem dizeis que Eu sou?” (Mc 8, 29). Com esperança renovada, convidamos e animamos os grupos, as comunidades e todo o Povo de Deus a assumir com alegria esta nova jornada de trabalho, a missão profética e missionária que Jesus nos confiou, como Igreja comprometida com o seu Reino de vida em plenitude: “Ide pelo mundo inteiro e anunciai a Boa-Notícia a todos os povos” (Mc 16, 15).

Em 17 encontros, livreto apresenta Jesus Cristo a partir do Evangelho de Marcos

Igreja e Profetismo no Campo e na Cidade A coordenação paroquial dos Grupos Bíblicos em Família da Paróquia Nossa Senhora da Lapa Ilha proLapa, do Ribeirão da Ilha, moveu no dia 29 de abril uma tarde de formação para 50 animadores e animadoras, representantes das comunidades. A assessora Carla C. de Oliveira Guimarães, da Paróquia Nossa Senhora da Boa Viagem, trabalhou com o grupo o tema do Interdiocesano dos Grupos de Reflexão e Comunidades Eclesiais de Base, realizado agora no último dia 20 de maio: “Justiça e Profecia a Serviço da Vida no Campo e na Cidade”. Na oportunidade, foi discutido um pouco mais sobre o conceito de justiça,

confrontando com a nossa realidade. Da mesma forma, vimos a prática de Jesus frente às injustiças da época, a nossa prática enquanto Igreja, e de que forma podemos estar fortalecendo o profetismo em nossa caminhada. O grupo foi bem participativo, contribuindo com os debates, em especial com as questões que assolam a realidade do mundo urbano, as complexidades e contradições da cidade e do sul da Ilha. O encontro foi um momento preparatório para o Encontro Interdiocesano dos Grupos de Reflexão, e igualmente para o Encontro Estadual das CEBs, que acontecerá nos dias 07 a 09 de setembro de 2012 em Florianópolis.


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Artigos

Junho 2012

Jornal da Arquidiocese

C entenário

Padre Tarcísio Marchiori – Palavra e Silêncio

Primeiros anos de ministério sacerdotal

Com grande alegria sua e da família, foi ordenado padre em 4 de dezembro de 1949. Sua primeira provisão foi para Professor e Prefeito de Disciplina no Seminário de Azambuja. Não era seu carisma, conforme veremos depois. Em 25 de janeiro de 1951 foi nomeado Capelão do Imperial

Hospital de Caridade de Florianópolis. Preocupado com a situação dos enfermeiros e funcionários, passou a conscientizá-los sobre seus direitos, gerando conflitos. Em 8 de outubro, o Desembargador Medeiros Filho, Provedor da Irmandade do Senhor dos Passos, encaminha ao Arcebispo uma carta “revolucionária” do Pe. Tarcísio aos funcionários, assinada em 6 de outubro. Convicto de seu trabalho, Pe. Tarcísio não cedeu, e por isso foi demitido de suas funções de Capelão do Hospital.

Divulgação/JA

Tarcísio Marchiori nasceu em Nova Trento em 30 de janeiro de 1920, filho de José Marchiori e de Maria Boratti, e foi batizado pelo santo missionário jesuíta Pe. João Maria Cybeo. Transcorreu sua infância e juventude numa família religiosa, numa comunidade marcada ainda pela lembrança e mensagem de Santa Paulina, que ali tinha residido até 1909, antes de se mudar para São Paulo. Madre Paulina quis criar um ramo masculino de sua Congregação e deu-lhe início em Nova Trento, tendo como primeiro vocacionado Roberto Fachini. O sonho de Madre Paulina retornou em São Paulo e a Congregação pagou os estudos de alguns meninos, entre os quais, Tarcísio Marchiori. Ele começou sua formação com os maristas, chegando ao noviciado em Mendes, RJ, de onde foi aconselhado a desistir. Viveu quatro anos com os pais, em Nova Trento, e depois foi trabalhar no Hospital Santa Beatriz, em Itajaí, por 7 meses. Era vocacionado, mas para o sacerdócio. Assim, com 20 anos matriculou-se no Seminário de Azambuja em 16 de setembro de 1940 e passou os inícios de 1943 no Seminário Central de São Leopoldo, RS. Teve dificuldades de conviver com a disciplina germânica dos jesuítas, e pesava nele o passado marista. Compreensivo e intuitivo nessas situações, o arcebispo Dom Joaquim Domingues de Oliveira permitiu-lhe que estudasse filosofia e teologia no Seminário do Ipiranga, em São Paulo.

Secretário particular do Arcebispo metropolitano

Dom Joaquim, já conhecendo as qualidades morais e intelectuais de Pe. Tarcísio, teve-o como Secretário particular entre 1953 e 1957. Pe. Tarcísio se alegrou no novo ministério. Ao mesmo tempo ministrava aulas de religião no Colégio Coração de Jesus e era Capelão do Hospital Nereu Ramos, Florianópolis. Por sua inteligência e conhecimento de Filosofia, no período de 1953-1957 foi um dos fundadores e professores da Faculdade Catarinense de Filosofia, embrião da Universidade Federal de Santa Catarina-UFSC.

Professor e formador de seminaristas

Concluída sua missão junto a Dom Joaquim, em 27 de fevereiro de 1958 foi nomeado vigário paroquial de Nossa Senhora de Fátima, no Estreito. Pe. Tarcísio privava da amizade do bispo de Joinville, Dom Gregório Warmeling, que o compreendia em sua personalidade poética, filosófica, e distraída. Foi por ele acolhido em fevereiro de 1960, com duas missões: professor e diretor espiritual no Seminário Diocesano de Joinville, em Salete e vigário paroquial de Nossa Senhora da Salete. Transferido o Se-

te pouco: não largava uma frase ou parágrafo enquanto não estivessem formalmente claros. A poesia e a filosofia foram suas grandes paixões. Cultivou sempre e somente a filosofia escolástica, fascinado pelo pensamento lógico. Tendo pobre o dom da palavra falada, era rico no dom da escrita: cada frase, cada verso era estudado, trabalhado, limado até atingir a perfeição, isso significando, às vezes, alguns anos ou a entrega ao lixo. Em 1964, em Azambuja, publicou o primeiro livro de poesias: VERGOT. Alegrou-se com os elogios de Dom Joaquim em 22 de setembro de 1964: “... onde os versos deslizam mansos, tranqüilos, na pureza de água da fonte”. Foram 12 os livros, pouco volumosos, publicados entre 1964 e 2004, enfocando poesia, espiritualidade, filosofia e romance histórico.

Últimos anos – silêncio e piedade

Padre Tarcísio Marchiori professor, formador, poeta e filósofo minário para Taió no ano seguinte, Pe. Tarcísio segue para lá, sendo professor no Seminário Nossa Senhora de Fátima e vigário paroquial. Até 1968 os seminaristas diocesanos de Joinville cursavam o Curso Clássico (Ensino Médio) em Azambuja e a condição era ceder um padre para lecionar e ajudar no Seminário. Desse modo, entre 1963-1965 Pe Tarcísio Marchiori voltou a ser professor em Azambuja.

Artista da palavra e da sabedoria

Já referimos o magistério exercido por Pe. Tarcísio na recém fundada Faculdade Catarinense de Filosofia (1953-1957). Era um filósofo no sentido pleno da palavra, jamais cedendo na exigência lógica, o que contribuiu para que escrevesse relativamen-

Em outubro de 1976 tem início nova etapa em sua vida sacerdotal: foi nomeado vigário paroquial de Nossa Senhora da Glória, bairro Garcia, em Blumenau. A diocese de Joinville estava praticamente sem Seminário desde 1969, pois, no ano anterior, o Papa Paulo VI criara a Diocese de Rio do Sul, onde se localizava o Seminário de Taió, e o Seminário de Campo Alegre revelara-se inadequado. Em 1980, Dom Gregório dava início ao Seminário Diocesano Divino Espírito Santo. E Pe. Tarcísio foi provisionado professor, residindo no Seminário. Deus o chamou no dia 26 de outubro de 2007, aos 87 anos de vida e 57 de presbiterato. Seus restos mortais estão depositados em sua terra natal, Nova Trento. Pe. José Artulino Besen (acesse o texto na íntegra no blog: pebesen.wordpress.com pebesen.wordpress.com)

Hildegarda de Bingen: a última parte da sua vida A fama de Hildegarda, a profetisa do Reno, difundia-se cada vez mais, e, assim, a abadessa prosseguiu com ardor a sua atividade de pregação, única para uma mulher do final do século XII. Depois de uma visita ao mosteiro de Kircheim, o abade lhe pede para enviar por escrito as palavras que ela pronunciara durante a visita, em relação ao descuido dos sacerdotes na celebração da santa missa. Esta passagem da carta de Hildegarda é um exemplo das catequeses que a profetisa dava nas praças das cidades: “Enquanto doente e acamada, no ano da encarnação de 1170, vi, ao despertar no corpo e na alma, uma imagem belíssima, que tinha o aspecto de uma mulher singularíssima na sua doçura e amabilíssima pelos seus modos graciosos, tão bonita que a mente humana não conseguia compreendê-la. A sua altura ia da terra até o

céu. O seu vulto resplandecia de grande esplendor, e os seus olhos estavam voltados para o céu. Trajava um vestido alvíssimo de seda branca e estava envolvida num manto adornado de pedras preciosíssimas, quais esmeraldas, safiras, pedras redondas e ovais, e trazia aos pés sandálias rosadas. Mas o seu vulto era coberto de poeira e a sua veste fora arrancada do lado direito; o manto estava esfarrapdo e as sandálias enegrecidas. E com voz forte e rouca gritava no alto dos céus, dizendo: Ouve-me, ó céu, porque o meu vulto foi manchado; e tu, ó terra, chora porque a minha veste foi arrancada; e tu, abismo, teme porque as minhas sandálias foram enegrecidas. ‘As raposas têm suas tocas e os pássaros do céu têm o seus ninhos’, mas eu não tenho quem me ajude, nem um bastão sobre o qual apoiar-me.”

Hildegarda reforça a característica da sua visão: estar acordada com os sentidos vigilantes, como já vimos precedentemente. A imagem que Hildegarda descreve é a figura da Igreja ultrajada internamente; é a mesma que recordou o Papa Bento XVI, associando-a ao escândalo da pedofilia do clero. O caráter dessa profecia é próximo das temáticas e do estilo descritivo da última obra profética, o Liber divinorum operum (o “Livro das obras divinas”), escrito entre 1163 e 1174. Nessa obra são tratados os aspectos da criação e da relação entre Criador e criatura, incluindo a rebelião de Lúcifer e suas conseqüências, bem como a reconstrução das fases da história da humanidade, muitas vezes vistas em chave profética. Em 1165, Hildegarda funda um outro mosteiro à margem oposta do lugar onde surge São Rupertsberg:

trata-se do convento de Eibingen, o único a continuar presente e ativo ainda hoje sobre a colina acima da cidade renana de Rüdesheim am Rhein, em cuja igreja paroquial encontra-se a sepultura de Hildegarda. Hildegarda já está idosa, mas incansável na sua atividade. Nesse momento final da vida, deve superar duas difíceis provações de caráter espiritual e humano: a primeira consiste em ter de acolher no seu mosteiro, entre suas co-irmãs, uma mulher exorcizada, Sigewize de Colônia. Obtida a cura, Sigewize começa, ela também, a atividade de pregadora. A outra e mais dura prova, Hildegarda deve enfrentar um ano antes de deixar esta vida. Por um equívoco, Hildegarda e as suas comunidades são submetidas, pelo clero de mogúncia, ao interdito eclesiástico, proibidas de celebrar os sacramentos e de cantar os hinos

litúrgicos. Essa disposição atinge profundamente Hildegarda, sobretudo pela altíssima importância que ela atribuía à música como meio capaz de restabelecer a harmonia primeva, unindo a alma ao corpo. Por esse motivo, ela tinha se dedicado também à composição musical. Somente poucos meses antes da morte, Hildegarda receberá a suspensão do interdito. Hildegarda morre em 17 de setembro (dia da sua festa litúrgica) de 1179. Ela já tinha predito o seu passamento às irmãs, como lhe fora anunciado por Deus. A sua morte é acompanhada de sinais celestes, como o suave perfume que emana do seu corpo. Em 1324, o Papa João XXII aprova seu culto público. Annarita Zazzaroni Universidade de Bolonha Trad. Pe. Edinei da Rosa Cândido


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Missão 13

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Cinco pães e dois peixes Cardeal Van Thuan apresenta sua experiência como prisioneiro, mantidas suas forças na Eucaristia

Minha única força, a Eucaristia.

No livro, Francisco Xavier Van Thuan narra a sua história: “Você pôde celebrar a missa na prisão?”, é a pergunta que muitos me fazem na maioria das vezes. E têm razão: a Eucaristia é a mais bela oração, é a culminância da vida de Jesus. Quando respondo: “sim”, logo surge a pergunta seguinte: “Como pôde encontrar o pão e o vinho?” Quando fui preso, tive de viajar logo, de mãos vazias. No dia seguinte me foi permitido escrever para arranjar as coisas mais necessárias: roupas, dentifrício... Escrevi a meu destinatário: “Por favor, mande-me um pouco de vinho, como remédio contra o mal de estômago”. Os fiéis compreendem o que significa: mandam-me uma pequena garrafa de vinho de missa, com o rótulo “remédio contra o

mal de estômago”, e hóstias escondidas em um frasco contra a umidade. A polícia me perguntou: Você tem mal de estômago? - Sim. - Aqui está um pouco de remédio para você. Não poderei nunca expressar a minha grande alegria: todos os dias, com três gotas de vinho e uma gota de água na palma da mão, celebrava a minha missa. De qualquer maneira, dependia da situação. No navio que nos levava para o norte, celebrei durante a noite e, avisados, os presos estavam em torno de mim. Às vezes tinho de celebrar quando todos iam tomar banho depois da ginástica. No campo de reeducação estávamos divididos em grupos de 50 pessoas: dormíamos em cama comum, cada um com direito a 50 centímetros. Havia cinco católicos comigo. Às 2lh30min era preciso apagar a luz e todos deviam dormir. Inclino-me sobre a cama para celebrar a missa, de cor, e distribuo a comunhão, passando a mão debaixo do mosquiteiro. Fabricávamos saquinhos com o papel dos maços de cigarros, para conservar o Santíssimo Sacramento. Jesus eucarístico esteve sempre comigo no bolso da camisa. Lembro-me de que escrevi: “Crê em uma só força: a Eucaristia, o Corpo e o Sangue do Senhor, que te dará a vida. ‘Vim para que tenham a vida e a tenham em abundância’ (Jo 10,10). Como o maná alimentou os israelitas em sua viagem para a Terra Prometida, assim a Eucaristia te alimentará no caminho da esperança” (cfJo 6,50). Toda semana há uma sessão de doutrinação, da qual todo o campo

Divulgação/JA

Olá, amigos e amigas do Jornal Arquidiocesano. Neste mês em que festejamos a Solenidade de Corpus Christi, quero partilhar com vocês a comovente história do vietnamita Francisco Van Thuan, que tive a alegria de conhecer pessoalmente durante a minha estadia em Roma. Dom Francisco foi um grande servo de Deus. Toda a sua espiritualidade missionária estava fundamentada na Eucaristia. Todos nós lembramos o milagre da multiplicação dos pães e dos peixes, narrada em todos os Evangelhos (cfJo 6,1-15). O Cardeal Van Thuan resumiu a sua experiência em sete pontos: 5 pães e dois peixes. Neste artigo apresentaremos somente o Quarto Pão: a Eucaristia.

to. Durante esse período celebrei a missa todos os dias pelas três horas da tarde: a hora de Jesus agonizante na cruz. Estou só, posso cantar a minha missa como quero, em latim, francês, vietnamita... Levo comigo o saquinho que contém o Santíssimo Sacramento: “Tu em mim e eu em Ti”. Foram as mais belas missas de minha vida.

Da Eucaristia nasce a missão...

Falecido em Roma, em 16/09/2002 aos 74 anos,Van Thuan teve como lema de vida a esperança que enche de amor o momento presente. Mantido prisioneiro pelo regime comunista durante 13 anos, 9 dos quais em total isolamento, não ficou de “braços cruzados” esperando a libertação; pelo contrário, com a criatividade própria do amor, fez-se amigo dos carcereiros, confeccionou para si um crucifixo, celebrou a Eucaristia clandestinamente e escreveu três livros. deve participar. No momento do intervalo, com os meus companheiros católicos, aproveitamos para passar um pacotinho a cada um dos quatro grupos de prisioneiros: todos sabem que Jesus está no meio deles, é Ele quem cuida dos sofrimentos físicos e mentais. À noite, os prisioneiros se revezam em turnos de adoração. Jesus Eucarístico ajuda

de modo tremendo com a sua presença silenciosa. Naqueles dias, muitos cristãos retomaram o fervor da fé. Até os budistas e outros nãocristãos se converteram. A força do amor de Jesus é irreversíve1. A obscuridade do cárcere se iluminou, a semente germinou na terra durante a tempestade. Passei nove anos no isolamen-

A Eucaristia é o centro da fé cristã. Junto com o Batismo e a Crisma, a Eucaristia faz parte dos sacramentos de Iniciação Cristã. A Eucaristia é o sacramento instituído por Jesus, na Última Ceia. Este Sacramento está intimamente unido à celebração Eucarística. Queremos entendê-lo como atualização do sacrifício, morte e ressurreição de Jesus. Pão e Vinho, elementos essenciais na Eucaristia, são símbolos de vida. Símbolos simples, humildes, mas carregados de significado. O pão e o vinho são “frutos da terra e do trabalho humano”. A terra e o trabalho humano, duas realidades fortes e expressivas, ficam assim integradas na Eucaristia. Mas, nos perguntamos: por que será que Jesus utilizou o pão como forma de ficar entre nós? Jesus, conhecendo a realidade humana, não poderia senão usar um dos elementos mais antigos e necessários para a sobrevivência das pessoas: o pão pão. Que Maria, modelo e força dos que abraçam a missão do seu Filho, nos acompanhe neste caminho de paz, amor e santidade. Pe. Francisco Gomes, PIME gomesjf@yahoo.com

Festival promove formação para músicos O Setor Juventude e o Jornal Missão Jovem, dando continuidade aos trabalhos de preparação do Festival de Música, convidam todos os músicos da arquidiocese para uma formação com o tema: Compondo e Ministrando Música, nodia 24 de Junho, domingo, no auditório da Catedral, das 14h as 18h. No encontro serão ministradas

palestras de Noções Básicas de Teoria Musical para compor: Letra, Melodia, Campo Harmônico, Exemplos. Noções deTécnica Vocal. A formação será ministrada pelas musicistas Patrícia Lemes e Simone Medeiros. Outras informações acesse: www.festivaldemusicajovem. blogspot.com


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Geral

Junho 2012

Foto JA

Zenir Gelsleichter Jovem, recém formada e bonita, que resolve doar parte de sua vida à missão em Moçambique

Uma jovem bonita, recém formada na faculdade, com muitas possibilidades diante dela, resolveu dedicar parte de sua vida a ajudar o próxima em terras estrangeiras. Esta er é Zenir Gelsleicht Gelsleichter er. No dia 05 de maio, em uma celebração realizada na Paróquia Nossa Senhora do Carmo, em Coqueiros, ela recebeu o envio missionário de nosso arcebispo Dom Wilson Tadeu Jönck. Nos próximos dois anos (no mínimo), Zenir dedicará sua vida a atender as crianças e jovens, e o que mais lhe for pedido, em Moçambique, na África. Lá, ajudará as irmãs Catequistas Franciscanas, que este ano iniciaram trabalho missionário no país. Com a experiência de quem já participou de seis visitas missionárias na Bahia, Zenir será a nossa representante nessas terras longínquas. Na entrevista que segue, ela fala das missões na Bahia, de como surgiu a oportunidade de ir para Moçambique, sobre o trabalho que realizará e como é para ela largar tudo no melhor de sua vida. Jornal da Arquidiocese Fale-nos sobre a sua vida. Zenir - Nasci em Angelina, na comunidade da Terceira Linha, há 33 anos. Somos em 10 irmãos, cinco homens e cinco mulheres. Sou a penúltima. Fui criada na Igreja. Embora seja uma comunidade distante, sempre participei das celebrações dominicais. Com 10 anos vim para Florianópolis, para morar com uma irmã. Quando nos mudamos

para Coqueiros, comecei a participar mais ativamente da Igreja. Tive experiência de formação litúrgica e catequese, e participei de várias pastorais. Fiz oficina de oração e me tornei ministra da Eucaristia. Fiz o curso de extensão de Ciências Religiosas, que estou concluindo. JA - Você já participou das missões na Bahia. Como surgiu esse despertar vocacional? Zenir - Aos 5 anos, quando os padres franciscanos realizaram missões populares em minha comunidade. Um dos padres disse ao meu pai que eu iria com ele para ser missionária. Todas as experiências e coisas que ouvia acresceramse a esse despertar. Os nove anos em que trabalhei na Livraria Paulus, em Florianópolis, foram muito fortes. Ela disponibiliza todo o seu acervo para os funcionários. O filme “Bakhita - a Santa” me ajudou bastante. É a história de uma menina do Sudão, África, que foi raptada aos sete anos para ser escrava. Ali eu decidi ir para a África. A espiritualidade carmelita também somou. Em 2005, fiquei sabendo das visitas missionárias que os leigos da Arquidiocese faziam à Bahia. Procurei a equipe responsável e me engajei. Fiz a formação e participei da missão por seis anos seguidos. Também me ajudou saber da experiência que a Comunidade Divino Oleiro teve na Guiné-Bissau. JA - De que forma essas experiências missionarias

Zenir, diante do cartaz comemorativo dos 25 anos da presença das Irmãs em Angola, com a cruz missionária e o manto sagrado para Moçambique

Devemos pegar um tempo do melhor de cada um para entregar para Deus. Não esperar ficar mais velhos para isso”

contribuíram para o seu desejo de ir mais além? Zenir - A experiência na Bahia é completa enquanto missão. Ela é linda e única. Passamos a ver a vida com outro olhar. Não saímos como fomos. Passamos a dar valor realmente ao que interessa na vida, as referências e necessidades. Dentro de mim, já havia algo que me levava a ir mais além. Nas visitas à Bahia, consegui realizar a experiência concreta de missionária. Não poderia dizer que isso me impulsionou a ir mais além. Já tinha isso em mim. JA - Como surgiu a ideia da missão em Moçambique? Zenir - Em uma das missões para a Bahia, falei sobre o meu sonho com a África. Tive contato com as Irmãs Catequistas Franciscanas e conheci o trabalho que realizavam em Angola. Elas me convidaram para estreitar as relações com a Congre-

Retalhos do Cotidiano Casal Quanto mais o amor de Cristo estiver entranhado no casal, tanto mais o casal se amará, mesmo em meio às dificuldades. E os dois poderão dizer-se o que escreveu Pe. Caffarel, um sacerdote que amava os casais: “No teu amor por mim, vejo o amor de Deus que vem ao meu encontro; no meu amor por ti, uno-me ao amor de Deus, que pede o meu coração emprestado para te amar”.

Olhar 2 O olhar de Jesus quer encontrar-nos para estabelecer uma profunda amizade, quer encontrar a cada um de nós para nos tratar como amigos: aceitemos! Coloquemos também nós o nosso olhar em Jesus e Ele colocará, em nosso coração, tudo o de que necessitamos!

gação. Assim, passei a participar de um grupo de simpatizantes, que são leigos que se reúnem para conhecer o carisma francisclareano. Com isso, surgiu a possibilidade de eu ir para Moçambique. Primeiro concluí a Faculdade de Pedagogia, onde formei-me no ano passado. Há alguns meses pedi demissão do meu emprego, participei de formações e já no início de junho parto para a África. É um trabalho desafiante, por ser a primeira vez que farei missão em terra distante e por ficar mais tempo em missão do que estava acostumada. Mas estarei com as irmãs, que são mais experientes. JA - Para onde irá e o que vai fazer? Zenir - Estou indo para a Diocese de Téte e ficarei na localidade de Boroma, Moçambique. A Congregação está em Angola, na África, há 25 anos. Mas em Moçambique

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o trabalho foi iniciado em março deste ano. Há a presença de várias outras congregações católicas no país. Ainda não sei exatamente o que farei. Creio que trabalharei com catequese e juventude. Também se poderá utilizar minha formação em pedagogia. Mas isso veremos quando chegar lá. Estou à disposição no que for útil. A expectativa é que eu permaneça por dois ou três anos. Claro que, dependendo do trabalho, poderei ficar mais tempo ou ir para outra missão. JA - O que sua família pensa disso? Zenir - Minha família sempre soube do meu amor pela missão e do meu desejo de realizar essa experiência em terra estrangeira. Quando surgiu a oportunidade, comuniquei e todos me apoiaram. Com minha mãe foi um pouco mais difícil. Mas ela sabe que é para um bem maior. JA - Nessa missão há a possibilidade de seguir a vocação religiosa? Zenir - Penso que cada pessoa recebe de Deus uma vocação específica. Acho linda a vida religiosa e o carisma das Irmãs Catequistas Franciscanas. Estou indo pelo desejo de seguir a missão. Só Deus sabe o que pode acontecer depois. JA - Você é jovem e bonita. Como é deixar tudo para enfrentar esse desafio? Zenir - Certa vez ouvi de um padre que as pessoas costumam se doar para Deus quando estão mais velhas. Penso que devemos pegar um tempo do melhor de cada um para entregar para Deus. Sou jovem e posso me dedicar à missão. Penso que só poderei definir os rumos da minha vida depois que passar por essa experiência.

Carlos Martendal

Melhor

Jesus Jesus sempre se fez fraco com os fracos, e nunca deixou de ser forte com os fortes. Ele sabe de que barro somos feitos, conhece nossas fraquezas, mas também nos capacita e fortalece para toda boa obra. Sentir-se forte sem na força perceber o dom do Senhor é ser como aquele burrinho que carregava no lombo as relíquias de um santo. Por onde passava, o povo batia muitas palmas. E ele, um burrinho burro, balançava agradecido a cabeça pensando

dirigir-se a si as palmas que eram destinadas ao santo...

Força Quando a força só crê na força, quão fraca é! Mas quando a força crê em si e, ao mesmo tempo, se reconhece fraca, en-

tão pode ser forte, porque saberá buscar Aquele que é a verdadeira força e nEle e com Ele agirá.

Cada dia de novo, preciso esforçar-me para ser melhor. Se eu for melhor, vou ser capaz de recolher o melhor que está no coração do meu irmão. Já não ve-

rei seus defeitos, mas me surpreenderei com suas qualidades. E nisso, ensina Santa Teresinha, consiste a verdadeira caridade!

Fraqueza

Olhar

Em si, um paradoxo: “quando sou fraco, então sou forte” (cf. 2Cor 12,10); e, no entanto, a constatação que sempre de novo se faz na vida: quando me sinto forte, estou mais propenso ao orgulho, à autossuficiência, e então o Senhor perde espaço, pois penso bastar-me a mim mesmo; e quando sou fraco, Ele pode agir com sua força e restaurar-me.

Hoje, como ontem, há um olhar amoroso só para você. E nesse olhar estão a luz, a simplicidade, o perdão, a força para prosseguir. Esse olhar transforma a pessoa sem esperança em uma pessoa esperançosa, uma situação impossível em algo possível, um cego em alguém que enxerga, um paralítico em alguém que anda, um surdo em alguém que ouve...

Encontro O amor verdadeiro sempre vai ao encontro do outro para encontrar o Outro. E, então, termina em festa, mesmo que tenha que passar pelo calvário.


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Audiência Pública apresenta sistema APAC Realizado na ALESC, evento apresentou forma alternativa de ressocialização do condenado Foto JA

Discutir a instalação e divulgação da Associação de Proteção e Assistência aos Condenados (APAC), em Florianópolis, foi o que motivou a presença de várias autoridades do sistema prisional e judiciário na audiência pública realizada na tarde do dia 15 de maio. O evento foi realizado na Assembleia Legislativa de Santa Catarina. A audiência foi uma solicitação da Pastoral Carcerária da Arquidiocese de Florianópolis à Comissão de Direitos e Garantias Fundamentais, de Amparo à Família e à Mulher, que foi representada pelo deputado Daniel Tozzo. O objetivo foi apresentar o método a fim de torná-lo conhecido e mostrar que pode ser implantado aqui. Durante a solenidade, Luiz Carlos Pires Senna Senna, voluntário, apresentou falou sobre o trabalho que a Pastoral Carcerária realiza no presídio de Florianópolis. Foi apresentado um vídeo mostrando esse trabalho. Ele foi um dos responsáveis pela criação e coordenação do Projeto Estampa Livre, uma oficina de estamparia gerida pela Pastoral no presídio masculino de Florianópolis e que ‘emprega’ 16 presidiários. “Embora só tenhamos conhecido o sistema há pouco, sem saber já o aplicamos aqui há mais tempo”, disse Luiz Senna. A apresentação também contou com o testemunho de Nilton Antonio Almeida Almeida. Ele é ex-detento e quando preso foi acolhido pelo Projeto Estampa Livre, o que mudou a sua vida. “Muitos, se tivessem a oportunidade que eu tive, aproveitariam para usar este espaço de capacitação e ressocialização para mudar o rumo da sua história”, depôs sobre a importância do trabalho e da ocupação das horas livres.

C onhecendo as Forças Vivas da Arquidiocese

Comunidades de Vida Cristã - CVX

Audiência pública reuniu representantes do sistema prisional e do poder judiciário, que apoiam a proposta e serão parceiros no projeto

Resultados do sistema APAC

Em seguida, o juiz Marcelo Pereira Pereira, da comarca de Lagoa da Prata, em Minas Gerais, especialmente convidado para o evento, falou dos benefícios do sistema APAC. Ele acompanha o sistema há anos e sabe dos resultados para a sociedade. Ele apresentou os projetos de recuperação desenvolvidos em Minas, Estado onde o sistema vingou. Segundo ele, no sistema APAC não há policiais, agentes penitenciários, armas, algemas e os detentos ficam responsáveis pelas chaves das celas. Além disso, oficinas, arte laboral, tratamento psicológico e ressocialização são as apostas para mudar um sistema atual. “Cerca de 80% dos quem passam pelo sistema prisional, voltam. Na APAC é diferente. Os detidos não costumam voltar, o que diminui custos e transforma a realidade”, informou o juiz. Leandro Mendes Aparecido do, presidiário de Lagoa da Prata (MG), acompanhou o juiz e fez um relato emocionante. Ele foi conFoto JA

Plenarinho ficou lotado de pessoas que puderam conhecer o sistema

denado a 20 anos e está preso há cinco anos. Cumpriu um ano no sistema normal, de onde fugiu, e está há quatro anos na APAC. Sua intenção era também fugir, mas diante da diferença que há é entre os dois sistemas, permaneceu. “Estou tentando fugir há quatro anos e não consigo. Ninguém foge de onde é amado”, disse. Na avaliação de Leila Pivatto Pivatto, presidente da APAC de Florianópolis, a audiência foi muito boa, tanto pelas representatividade, quanto pelas apresentações realizadas. “O poder judiciário está de acordo com a APAC e acredita nesse método. Isso garante que teremos o apoio necessário para a sua implantação. Dando oportunidade e respeitando o preso, ele vai mostrar que pode ser recuperado e voltar para a sociedade como uma pessoa nova”, disse.

APAC em Florianópolis

A Associação de Proteção e Assistência ao Condenado – APAC, foi criada em Florianópolis no dia 09 de abril, mas ainda depende do sistema penitenciário e judicial, e de um local para ser implantado. A ideia é encontrar um local onde será construído ou adaptado um espaço para receber os recuperandos. A ideia inicial é utilizar a experiência que a Pastoral Carcerária já realiza em sua sede própria no presídio masculino de Florianópolis, e adaptá-la em um espaço fora dos muros. A intenção é que o sistema seja implantado já para o próximo ano. Vai depender de conseguirmos um local. Estamos buscando um sítio na Grande-Florianópolis onde ela possa ser implantada”, disse Leila.

As Comunidades de Vida Cristã (CVX) são formadas mundialmente por pequenos grupos - em geral, abaixo de 12 membros comprometidos a respeitar um modo de vida e a fazer a integração do grupo com a espiritualidade inaciana. O impulso vem da devoção a Nossa Senhora como modelo de virtude, numa linha cristocêntrica: Jesus é o centro. As raízes históricas da CVX são de 1540, data em que o Papa Paulo III aprovou a Companhia de Jesus. Santo Inácio, já desde o princípio, convidava leigos para cooperar no apostolado e até mesmo a assumir a responsabilidade de alguns de seus projetos apostólicos, formando grupos, partilhando a espiritualidade e introduzindo-os na experiência dos Exercícios Espirituais. No Brasil, a Comunidade teve início em 1975, com Pe. Justo Gonzáles Tarrio, SJ, assistente eclesiástico da CVX Latinoamericana. Em visita ao Rio de Janeiro, ele falou com Pe. César Augusto dos Santos, SJ, assessor do grupo “Juventude de Ação Mariana” - JAM, sobre a possibilidade de ele adotar a metodologia da CVX. Percebeuse que a JAM, como a CVX, eram formas atualizadas das antigas

e tão florescentes “Congregações Marianas”. Em Florianópolis o movimento foi fundado em 1990. Aqui seus membros estão presentes na Pastoral dos Enfermos, na Catequese, na Liturgia, e como Ministros da Eucaristia. Há três comunidades: Coração Imaculado de Maria, com 8 membros; Beato Anchieta, com seis membros; Nova Aliança, com 7 membros. Nos dias 26 e 27 de maio, sábado e domingo, será oferecida a segunda etapa do Curso Inaciano de Formação - CIF, em Florianó-polis. Ele busca contribuir de maneira substancial para formação humana de jovens e adultos, que tenham interesse em aprofundar a sua fé cristã a partir da experiência e da vivência que a espiritualidade inaciana pode proporcionar. Mais informações pelo site www .cvx.org.br www.cvx.org.br .cvx.org.br, ou com Maria Elena Bonaldo Ondrusek Ondrusek, vice coordenadora do Regional Sul, pelo telefone: (48) 3222-6914 e 8815-0543, ou Irmão Luiz Carlos Campos Campos, S.J., pelo fone: 9646-1952. Maria Elena B. Ondrusek Coordenadora arquidiocesana e vice coord. regional da CVX Divulgação/JA

Membros da CVX participam de retiro no Rio Grande do Sul


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Jornal da Arquidiocese

Santa Paulina celebra 10 anos de canonização Uma grande festa em Nova Trento marcou os 10 anos da canonização da primeira santa do Brasil Fotos: Elias Facchini

Fieis de todo o Brasil enfrentaram a chuva e o frio e fizeram questão de participar das celebrações em comemoração aos 10 anos de Canonização de Santa Paulina, no dia 20 de maio. Na missa das 10 horas, mais de 4 mil fieis participaram da missa presidida por Dom Orlando Brandes Brandes,Arcebispo de Londrina (PR). A missa foi transmitida ao vivo pela TV Século 21 e pela a Rádio Cultura 1.110 AM, de Florianópolis. A solenidade foi precedida por uma procissão, que teve início em frente ao casebre – símbolo do início da Congregação das Irmãzinhas, fundada por Santa Paulina. A chuva não desanimou os devotos e as religiosas, que cantavam músicas dedicadas à Santa. “Santa Paulina nos ensina que devemos permanecer firmes na fé em Jesus, caminhando passo a passo, sempre em frente, nunca desanimando, mesmo que venham ventos contrários”, frisou Dom Orlando. Durante a missa, religiosas e jovens do bairro de Vígolo, fizeram uma encenação enaltecendo as virtudes heroicas de Santa Paulina – serviço, obediência, fé, esperança, pobreza, justiça, fortaleza, hu-

Centenário da Paróquia de Luís Alves Comunidade pertenceu a Arquidiocese e ainda temos muitos padres oriundos da paróquia

Fieis participaram da missa segurando lenços com as cores de todos os países em que a Congregação criada por Santa Paulina está presente mildade, caridade e castidade, além de todos os países em que a Congregação está presente: Brasil, Chile, Camarões, Argentina, Moçambique, Chade, Bolívia, Nicarágua, Itália e Guatemala. Grandes manifestações de fé ocorreram durante todo o fim de semana. No dia anterior, 19 de maio, uma peregrinação da cidade de Piçarras, que partiu de Brusque rumo ao Santuário, emocionou os devotos. Já no dia 20 de maio, uma peregrinação da cidade de Brusque, Fotos: Elias Facchini

Encenação por jovens locais enalteceu as virtudes de Santa Paulina

com quase mil pessoas, chegou ao Santuário por volta das 10 horas. A fé em Santa Paulina foi o que motivou os devotos a enfrentarem a chuva e o frio, que perdurou durante todo o trajeto.

Graças alcançadas Devotos de todo o Brasil, especialmente do sul do país, participaram de excursões ou deslocaram-se com seus automóveis até o Santuário de Santa Paulina. Muitos em busca de graças, outros querendo agradecer por graças alcançadas por intercessão de Santa Paulina. Foi o caso da senhora Julia Novasqui, que saiu às 23 horas de Ipiranga, no Paraná, para chegar cedinho ao Santuário. Durante o trajeto de 400 quilômetros, feito de ônibus, ela veio rezando e pedindo uma graça a Santa Paulina. “Pedi a Ela para viajar tranquila e que não sentisse mais dores nas pernas, pois sofro de uma doença nos ossos. Eu dormi a viagem toda – coisa que nunca aconteceu e, quando cheguei ao Santuário, não tinha mais nada nas pernas. Uma graça alcançada”, conta a devota.

A Paróquia São Vicente de Paulo, em Luís Alves, estará celebrando em julho 100 anos de fundação. Para comemorar a data, vários eventos estão sendo programados. Dos dias 18 a 27 de julho está sendo preparada uma intensa programação com novena preparatória. A cada dia, será adotada uma temática. Nos primeiros quatro dias, a temática abordará as culturas que se instalaram na região do vale do rio Luís Alves. A abertura será presidida por Dom José Negri Negri, bispo de Blumenau, diocese da qual a paróquia faz parte. Nos dias seguintes, padres nascidos na paróquia presidirão as celebrações. Do dia 21 ao dia 27, a temática abordará as várias vocações. No dia 28, às 17h, haverá a Celebração da Véspera, sob a presidência de Dom Bonifácio Piccinini Piccinini, arcebispo emérito de Cuiabá e nascido na paróquia. E o grande momento será o dia 29, domingo, quando às 9h, será realizada a grande celebra-

Igreja Matriz da Paróquia de São Vicente de Paulo, em Luís Alves, uma das mais ricas em vocações do Estado

ção jubilar sob a presidência de Dom José Negri. A Paróquia de Luiz Alves pertenceu à Arquidiocese de Florianópolis até 2000, quando foi cedida para a então nova diocese de Blumenau, mas ainda vários padres de lá permanecem na Arquidiocese , enriquecendo o nosso clero. A Paróquia é uma das mais generosas do Estado em número de vocações. Ao longo de sua história, foram quatro bispos, 61 padres, 15 diáconos permanentes, 19 religiosos e 149 religiosas, que ajudaram a construir a Igreja no Brasil e no Mundo. Mais informações com o Pe. Antônio Bohn, pelo e-mail antoniobohn@hotmail.com antoniobohn@hotmail.com,, ou com o P e. P edr o K ohler Pe. Pedr edro Kohler ohler,, pelo ffone one (48) 99 15-3460. 991


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