Jornal da Arquidiocese de Florianópolis Outubro/2012

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Mons. Agostinho: uma vida dedicada a evangelizar pelos meios de comunicação.

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Florianópolis, Outubro de 2012 Nº 183 - Ano XVII

Concentração reúne Apostolado da Oração Mais de quatro mil participantes de 135 associações estiveram reunidas para celebrar a caminhada

Pe. Salm é nomeado o novo bispo de Tubarão

Realizado no Centro de Evangelização Angelino Rosa - CEAR, no dia 30 de setembro, Concentração refletiu sobre o tema “Coração de Jesus, fonte de vida e motivação para viver a Palavra e a Fé”.

Durante o dia, os participantes contaram com momentos de formação e palestra, Adoração ao Santíssimo, oração do Terço encenado e Celebração Eucarística presidida pelo nosso arcebispo Dom Wilson.

O evento é realizado a cada dois anos. Para Tânia Zimmermann, coordenadora do Apostolado, o encontro foi positivo pelas palestras e pela presença das associações. PÁGINA S 0 9 PÁGINAS 09

Em entrevista ele fala como recebeu a notícia e dos seus projetos para a nova missão. PÁGINA 05

Missão permanente Para estar em estado permanente de missão, é preciso que nossas comunidades aprendam que elas mesmas são anúncio. A missão permanente precisa de pessoas e comunidades que dêem testemunho vivo e alegre do encontro com o Cristo ressuscitado. A missão permanente deve levar-nos ao encontro dos grupos humanos que merecem especial atenção: jovens, intelectuais, artistas, políticos, comunica-dores. Através das missões populares, o missionário pode ir às famílias e residências, aos locais de trabalho, moradias de estudantes, favelas e alojamentos de trabalhadores, instituições de saúde e de educação, prisões, albergues e junto aos moradores de rua, numa atitude de Igreja samaritana, levando a todos a alegria da Boa Nova do Reino de Deus instaurado em Cristo. PÁGINA 04

FACASC abre inscrições para PósGraduação

DNJ será paroquial

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Ewerton é o terceiro jovem ordenado presbítero PÁGINA 05

Jovem missionária relata seu trabalho na África PÁGINA 13

Participe do Jornal da Arquidiocese

CEBs e GBFs realizam Encontro Regional Realizado em Florianópolis, encontro reuniu mais de 800 pessoas de nove dioceses

Meia Praia é elevada a paróquia PÁGINA 16

Participantes do encontro realizam caminhada penitencial em morro de Florianópolis com a cidade ao fundo

“Justiça e Profecia a Serviço da Vida”, esse foi o tema do 11º Encontro Regional das Comunidades Eclesiais de Base - CEBs. Rea-

lizado em Florianópolis, dos dias 07 a 09/09, o encontro reuniu representantes de nove dioceses da CNBB - Regional Sul IV. Duran-

te os três dias, os participantes tiveram momentos celebrativos, de reflexão e caminhada penitencial. PÁGINA 11

“Juventude e Vida” esse é o tema do Dia Nacional da Juventude - DNJ, celebrado no dia 21 de outubro. Diferente dos anos anteriores, quando havia uma celebração arquidiocesana, a celebração deste ano será realizada nas paróquias. PÁGINA 0 7 07

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Opinião

Outubro 2012

Palavra do Bispo Ano da Fé –O Papa Bento XVI instituiu o Ano da Fé com início no próximo dia 11 de outubro, celebrando-se seu término na Festa de Cristo Rei do ano que vem, 2013. Dessa forma, quer marcar os 50 anos do início do Concílio Vaticano II. No mesmo dia 11 de outubro terá início o Sínodo dos Bispos sobre a Nova Evangelização. O Papa mostra o desejo que o Jubileu de Ouro do Concílio Vaticano II seja uma revisão e, ao mesmo tempo, uma retomada dos conteúdos do grande evento da história recente da Igreja Católica. Convoca as famílias e todas as comunidades eclesiais a sentirem a exigência de conhecer melhor e transmitir a fé de sempre. Porta da Fé – É o nome da Carta Apostólica com a qual o Papa proclama o Ano da Fé. A expressão é tomada de At 14,27. Paulo e Barnabé tinham voltado da primeira viagem apostólica, reuniram a comunidade de Antioquia e contaram como Deus abrira a “por-

Dom Wilson TTadeu adeu Jönck

Palavra do Papa

Bento XVI

As colunas da Nova Evangelização: a Fé e o Amor" As colunas da Nova Evangelização são a Fé e o Amor, partindo do Evangelho, num caminho que leva ao acendimento da chama do anúncio a ser oferecido à humanidade. Somente Deus é a fonte desse caminho, que em si implica o envolvimento humano. Parte-se, pois, do Evangelho e se retorna à oração, sobre a qual está fundada a cooperação com Deus. Quanto ao próprio Deus, Ele se revela na figura de Jesus, que é o Verbo, a Palavra, com um conteúdo que não se impõe, mas apenas pede para penetrar em nosso coração. À Profissão de Fé pertence também a disponibilidade de sofrer: ela traz em si o conceito do martírio, que exprime a vontade do testemunho até o sacrifício da vida. E é isso que garante a nossa credibilidade. A Fé deve necessariamente se tornar pública, pois deve ser comunicada aos outros, confessada, com a coragem que deriva da sua plena aceitação. De resto, Deus não é só uma essência espiritual. Ele penetra na vida e nos sentidos do ser humano. Assim, na profissão de Fé se empenha a força de todos os nossos sentidos, que se deixam transformar pelo Espírito do Senhor. Assim, o Cristão não pode ser morno,

Arcebispo de Florianópolis

PORTA DA FÉ ta da fé” aos pagãos. Passar pela “porta da fé” é ser introduzido na vida de comunhão com Deus, entrando na Igreja de Cristo. Cruzase o limiar da “porta da fé” quando a Palavra é anunciada, e o coração se deixa plasmar pela graça que transforma. Passar pela “porta da fé” torna-se, assim, um programa de vida. Diz o Papa que, não raro, os cristãos sentem maior preocupação com as consequências culturais, sociais e políticas da fé, do que com a própria fé. Não se pode aceitar que o sal se torne insípido, e a luz fique escondida. Também o homem contemporâneo, como a samaritana, sente desejo de ir ao poço para ouvir Jesus, que convida a crer nele e a beber da fonte que faz jorrar a água viva (cf Jo 4,14). 50 anos do início do Concílio Vaticano II – Foi exatamente no dia 11 de outubro de 1962.

como o adverte o livro do Apocalipse (Ap 3,15-16): é o maior perigo. Segundo a Escritura e os Pais da Igreja, o Espírito é luz, coragem, força. O Espírito de Deus é potência de transformação. E o seu vigor cria o movimento da Caridade, que se torna fundamental para a Evangelização. Por outro lado, a palavra Evangelho significa o anúncio da vitória, do bem e da alegria, que no contexto da evangelização devem se tornar justiça, paz e salvação. O amor de Deus, revelado em seu Filho, é ainda e sempre a base do anúncio, é ainda e sempre a mensagem que a Igreja deve oferecer.

Durou quatro anos. Também durante quatro anos somos convocados a nos debruçar sobre os conteúdos dos documentos conciliares, para conhecê-los melhor. É importante que se consiga fazer uma avaliação da caminhada das comunidades nesse período e perceber o real impacto do Concílio na vida da Igreja. 20 anos do Catecismo da Igreja Católica – O Papa pretende também que a celebração dos 50 anos do Concílio seja uma oportunidade para se valorizar o Catecismo da Igreja Católica. É a síntese do doutrina cristã que é colocada à disposição dos fiéis e das comunidades. É uma preciosidade, nem sempre adequadamente valorizada. É o lugar seguro para buscar as respostas às perguntas que surgem na caminhada pastoral. Sínodo dos Bispos sobre a Nova Evangelização – A princi-

Opinião

O missionário é aquele que testemunha o seu batismo, é perseverante e reza bastante. Também

Bento XVI XVI, síntese da meditação

na XIII Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos, 8-10

Cruza-se o limiar da ‘porta da fé’ quando a Palavra é anunciada, e o coração se deixa plasmar pela graça que transforma”.

Erichson Stueber - leigo consagrado da Comunidade Divino Oleiro e ex-missionário na Bahia e na África

deve partilhar a fé para todas as pessoas. Elas precisam de fé. Mas mais importante de tudo, ter a capacidade de ouvir muito mais que falar. O que nos estimula a ser missionários é ver as igrejas locais organizando missões populares. Isso proporciona às pessoas conhecer o que é a missão e as estimula a serem missionárias tanto aqui como fora.

Quando realizamos um trabalho missionário, devemos deixar as nossas vaidades e nos aproximar da realidade de quem estamos visitando. Devemos ser pacientes, neutros, ecumênicos e inculturados. Ainda assim, devemos levar a nossa crença e nos mostrar como cristãos católicos. Devemos entender, compreender, aceitar, perdoar e amar acima de tudo como Deus nos amou. Colocar o nosso testemunho de vida sem impor. Ter consciência de que a salvação está na fé. Dorli Peixoto Lima Lima, Paróquia São Francisco Xavier, Florianópolis, faz Pastoral Carcerária e realiza missão na Bahia

Domingos Francisco Pereira Paróquia São Judas, São José, e animador missionário há 12 anos

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pal iniciativa na celebração dos 50 anos do Concílio é o Sínodo dos Bispos. O tema “nova evangelização” revela a mesma preocupação que motivou a convocação do Concílio Ecumênico há 50 anos: o desafio de evangelizar, agora, no início do novo milênio. Cada tempo exige novas formas para anunciar o mesmo Evangelho de sempre. O Papa identifica uma crise de fé. Houve um tempo em que a fé fazia parte do tecido cultural partilhado por grande parte da sociedade. Hoje, não é mais assim. Mas o dever de anunciar o Evangelho continua. Acentua o Papa: “Devemos readquirir o gosto de nos alimentarmos da Palavra de Deus, transmitida fielmente pela Igreja, e do Pão da vida, oferecido como sustento de quantos são seus discípulos” ( 3). Como se vê, somos convidados a fazer com que estes conteúdos perpassem os programas das pastorais, movimentos e organismos atuantes em nossas comunidades.

Como ser missionário de hoje diante dos desafios da evangelização?

A missão nos tempos de hoje é muito desafiadora. Por um lado há o pluralismo religioso, onde várias ‘Igrejas’ oferecem soluções espirituais para os problemas da vida e, por outro lado, há também uma grande filosofia ateísta que propaga: ‘Deus não existe!’. Penso que o papel do missionário cristão neste cenário é o da manifestação do Amor de Deus, de sua misericórdia, sem nunca deixar de proclamar e expressar com a vida a verdade do Evangelho de Jesus. Ser missionário hoje é perguntar-se diante de cada situação: como Jesus agiria hoje?

Evangelho significa o anúncio da vitória do bem e da alegria, que no contexto da evangelização devem se tornar justiça, paz e salvação”.

Jornal da Arquidiocese

Dire orial: Dom Wilson Tadeu Jönck, Pe. João Francisco Dirett or: Pe. Ney Brasil Pereira - Conselho Edit Editorial: Salm, Pe. José Artulino Besen, Pe. Vitor Galdino Feller, Ir. Marlene Bertoldi, Leda Cassol Vendrúscolo, Maria Antônia Carsten, Maria Glória da Silva Luz, Carlos Martendal, Felipe Candin - Jornalista R esponsáv el: Zulmar Faustino - SC 01224 JP - (48) 8405-6578 - Coor esponsável: Coor.. de Publicidade: Pe. Pedro José Koehler - Revisão: Pe. Ney Brasil Pereira - Editoração e Fotos: Zulmar Faustino Distribuição: Juarez João Pereira - Impressão: Diário Catarinense


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Geral 3

Outubro 2012

Eventos marcam 40 anos do ITESC Congresso Teológico, encontro dos ex-alunos e fórum são alguns dos eventos que marcam o aniversário Foto JA

Fundado em janeiro de 2013, o ITESC iniciou naquele ano seu curso de teologia. Por isso, estamos no 40º ano de história do ITESC. Pode-se considerá-lo como um dos frutos do Concílio Vaticano II. Nos seus 40 anos, o ITESC matriculou cerca de 1200 alunos, entre seminaristas, religiosas e lideranças leigas. Contribuiu para a formação teológica e pastoral de cerca de 500 presbíteros para as dioceses de Santa Catarina e do sudoeste do Paraná e para ordens e congregações religiosas. Mais de dez de seus professores e alunos foram chamados ao episcopado. Consolidou sua biblioteca, especializada em teologia, com mais de 30 mil volumes. Conta com mais de 25 professores, qualificados com mestrado e doutorado. A Faculdade Católica de Santa Catarina – FACASC –, criada pelo episcopado catarinense em 2009 e credenciada pelo MEC no final de 2011, abriga, desde o início de 2012, o curso de teologia que vinha sendo oferecido pelo ITESC desde 1973. A diferença é que, agora, sendo o bacharelado de teologia reconhecido pelo MEC, os seus estudantes podem concluí-lo com a obtenção de um diploma de graduação com validade civil. O ITESC, porém, continua a existir para dar aos alunos seminaristas a possibilidade de obterem também o bacharelado eclesiástico,

FACASC oferece cursos de pós-graduação

Congresso Teológico foi mais um dos eventos alusivos ao aniversário do ITESC e reuniu professores, alunos e a comunidade reconhecido pela Santa Sé. Para celebrar esses 40 anos, a FACASC promoveu em setemeológico bro um Congresso TTeológico especial, centrado na reflexão dos documentos mais importantes do Concílio Vaticano II. Patrocinou também a apresentação da O Contestado peça teatral “O Contestado”, pelo Grupo Toca de Teatro Universitário, da Universidade do Oeste de Santa Catarina – UNOESC – , de Joaçaba. No próximo dia 15 de outubro, acontece o Encontro dos Ex-Alunos do ITESC ITESC. Da programação constam a conferência do Pe. Dr. Antônio José de Almeida, de Apucarana, sobre o “Concílio

Vaticano II: memórias e perspectivas”, a Missa de Ação de Graças, o almoço festivo, exposição de fotos e a assembleia de criação da Associação dos Ex-Alunos do ITESC. À noite, às 19 horas, na Assembleia Legislativa, haverá a Sessão Parlamentar Solene pela passagem dos 40 anos de fundação do ITESC. No dia 22 de outubro, a FACASC realiza um fórum sobre o Contestado, comemorando os 100 anos do início desse conflito no centro-oeste de nosso Estado. A conferência, sobre “O Contestado: implicações sócio-religiosas”, será proferida pelo Pe. Dr. Gilberto Tomazi, ex-aluno do ITESC, especialista no tema.

Catequese conclui Escola de Multiplicadores A Coordenação Arquidiocesana de Catequese promoveu no dia 30 de setembro a última etapa e formatura da Escola Catequética para Multiplicadores. Todas as sete etapas foram realizadas na Paróquia na Santa Inês, em Balneário Camboriú, onde 150 catequistas receberam os certificados. Os participantes eram, sobretudo, das comarcas de Itajaí, Tijucas e Brusque, mas também de Biguaçu e São José. Inaugurada em 1998, esta foi a 15ª edição do evento, e pela primeira vez na região norte da Arquidiocese. Nos anos anteriores a Escola era realizada em Florianópolis e

Vai acontecer...

Durante formatura, participantes receberam certificados de conclusão da etapa Escola

São José. Atendendo ao pedido dos padres daquela região, ela foi realizada em Balneário Camboriú. “Houve uma participação muito positiva e nos estimula a continuar nos próximos anos”, disse Irmã Marlene Bertoldi, coordenadora arquidiocesana de Catequese. A Escola Catequética tem duração de três anos. A cada ano com uma temática diferente, não obedecendo a uma sequência. As inscrições para o próximo ano já estão abertas. Elas podem ser feitas nas secretarias paroquiais através do folder da Escola. Mais informações no site www. cat eq uesefloripa.org.br cateq equesefloripa.org.br uesefloripa.org.br, ou pelo fone (48) 3224-4799.

A Faculdade Católica de Santa Catarina – FACASC – reabriu as inscrições para seus cursos de pós-graduação lato sensu (especialização): “Juventude, religião e cidadania”; “Estudos bíblicos”; “Espaço celebrativo-litúrgico e arte sacra”. Todos os cursos terão início no começo do próximo ano. Mais informações no site www.facasc.edu.br, ou pelo esecretaria@facasc. mail edu.br ou ainda pelo fone (48) 3234-0400. A especialização em “Juventude, religião e cidadania” é direcionada para graduados jovens ou agentes adultos que atuam na evangelização da juventude. O evento da Jornada Mundial da Juventude Juventude, a realizar-se em julho do ano próximo no Rio de Janeiro, é oportunidade para um estímulo especial nesse campo da evangelização. Graças a um auxílio da Adveniat, a FACASC concederá bolsa de estudos parcial a seus alunos. Já a especialização em “Estudos bíblicos” é voltada para graduados em Teologia, Ciên-

cias da Religião, Ciências Humanas ou em outro curso superior, desde que tenham interesse em aprofundar-se no conhecimento da Bíblia. Percebese cada vez mais o interesse de muitos cristãos, católicos ou de outra denominação, pelo estudo da Palavra de Deus, em favor da animação bíblica da vida e da pastoral. A especialização em “Espaço celebrativo-litúrgico e arte sacra” é voltada para graduados em Teologia (Liturgia), ou Ciências da Religião, Arquitetura, Artes Plásticas, Arte Sacra, Engenharia, Bens Culturais e Patrimônio Histórico e áreas afins. A celebração dos 50 anos do Concílio Vaticano II é oportunidade para conhecer os ensinamentos da Igreja a respeito da liturgia e do espaço sagrado. Embora sejam cursos de pós-graduação, é possível que também pessoas não graduadas frequentem todas ou algumas das disciplinas desses cursos. Nesse caso, recebem certificado de frequência como curso de extensão.

Inscrições para o processo seletivo A Faculdade Católica de Santa Catarina está abrindo as inscrições para os interessados em realizar o curso de bacharelado em Teologia. As inscrições iniciam no dia 15 de outubro e vão até o dia 20 de novembro. A seleção será realizada no dia 02 de dezembro. Para participar, o candidato deve apresentar os seguintes documentos exigidos para a inscrição no Processo de Seleção: a) Pagamento da taxa de R$ 70,00 (setenta reais); b) Requerimento de inscrição ao Processo de Seleção a ser preenchido

na hora; c) Cópia autenticada de um dos seguintes documentos, à escolha do candidato: ou Boletim Individual de Resultado do ENEM; ou Histórico Escolar do Ensino Médio; ou Histórico Escolar de Ensino Superior de Graduação concluído, reconhecido pelo MEC. A FACASC foi credenciada pelo Ministério da Educação em 30 de dezembro de 2011. Ela oferece 50 vagas para o turno da manhã. Mais informações também podem ser obtidas no site: www.facasc.edu.br ou pelo fone (48) 3234-0400


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Tema do Mês

Missão permanente A hora da missão é agora! Divulgação/JA

Entre as cinco urgências pastorais das atuais Diretrizes Básicas da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil, temos a seguinte: Igreja em estado permanente de missão. O Documento de Aparecida nos ensina que somos discípulos missionários. Discípulos, porque na escola de Jesus somos aprendizes de sua palavra e de suas obras de salvação. Missionários, porque não podemos ficar com a graça recebida trancada em nossos corações. Quem encontrou Jesus e, com ele, experimentou o amor de Deus-Pai, sentirá o impulso da missão. Foi isso que aconteceu com os discípulos do Senhor. Depois de terem frequentado sua amizade, foram enviados em missão pelo mundo afora, até o fim dos tempos. A vida cristã é marcada pelo duplo movimento de comunhão e missão, para dentro e para fora. Na comunhão, celebramos o mistério pascal e nos alimentamos da Palavra e da Eucaristia. Na missão, partilhamos com todo o mundo a graça que Deus nos deu.

Outubro 2012

Caminhos da missão

Como Jesus foi enviado pelo Pai, ele envia os seus discípulos. Desde então, a Igreja nunca deixou de ser missionária. Fé que não é anunciada é fé que corre o risco de perder-se. Se o cristão não for missionário, deixará de ser cristão. Há muita gente que pensa que a missão é só anúncio, sair pelo mundo a pregar do Evangelho. Mas há muitas formas e caminhos da missão. Os papas Paulo VI e João Paulo II, em documentos sobre a evangelização e a missão, nos ajudam a entender que há diversas formas de missão: o testemunho fiel da vida em Cristo; o anúncio alegre do seguimento do Cristo ressuscitado; a pregação viva; a celebração sóbria da liturgia; a catequese vivaz, fundada na Palavra de Deus; o indispensável contato pessoal; o uso de todos os meios de comunicação; a caridade pastoral; a implantação das igrejas locais; o diálogo com os irmãos de outras igrejas e religiões; o serviço aos pobres. Falando sobre os efeitos da missão em favor da construção de uma sociedade mais justa e fraterna, o papa Bento XVI, na Mensagem para o Dia Mundial das Missões de 2012, escreve: “Através da sua ação, o anúncio do Evangelho torna-se também intervenção a favor do próximo,

Pe. Lúcio Espíndola, da Arquidiocese, representante do Brasil na Guiné-Bissau, África, com crianças locais justiça para com os mais pobres, possibilidade de instrução nas aldeias mais distantes, assistência médica em lugares remotos, emancipação da miséria, reabilitação de quem vive marginalizado, apoio ao desenvolvimento dos povos, superação das divisões étnicas, respeito pela vida em todas as suas fases”. Onde chega o Evangelho, chega também vida, justiça e fraternidade.

Urgência, amplitude, inclusão

As atuais Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil nos dizem que, hoje, a missão adquire pelo menos três características: urgência, amplitude, inclusão. “A missão é urgente em decorrência da oscilação de critérios. É ampla e includente porque reconhece que todas as situações, tempos e locais são seus interlocutores” (Diretrizes, 31). A missão é urgente porque o mundo está carente de receber a Palavra de vida e de paz que vem do Senhor. É ampla, porque o Evangelho não conhece frontei-

O Documento de Aparecida pede ‘que se vá além de uma pastoral de mera conservação para uma pastoral decididamente missionária’”.

ras. É includente, por que na Igreja de Cristo há espaço para todos. “Não se trata, por certo, de estabelecer uma espécie de concorrência religiosa, ingressando na competição por maior número de fiéis. Tampouco se trata de busca de privilégios para a Igreja, que, em todos os tempos, é chamada a ser serva humilde e despojada” (Diretrizes, 32). Não se pode perder tempo. É preciso aprender a “sair” em to-

das as direções e ao encontro de todas as pessoas, para anunciarlhes a vida nova em Cristo. O missionário é o primeiro destinatário de sua própria missão. E, como que em círculos cada vez mais amplos, ele deve estender seu abraço evangélico aos familiares, parentes, vizinhos, amigos, às pessoas com quem trabalha e estuda e se diverte. Mais que quantidade de fiéis, a preocupação da missão permanente é fazer que a semente do Evangelho seja lançada. A Palavra tem uma força própria. Não depende do missionário, mas age a partir de dentro no coração das pessoas que a ouvem. Como na parábola da semente, que é lançada de noite e germina e cresce e se transforma em grande árvore frutífera, sem que o agricultor saiba como isso acontece. O missionário de hoje deve acreditar na força intrínseca da Palavra.

Conversão pastoral

Um dos graves problemas da Igreja de nosso tempo é que fizemos dela uma instituição qual-

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O Documento de Aparecida pede

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quer. Como toda instituição humana, ela entra no jogo da acomodação, da luta pelos cargos, da fixação das agendas, da conservação ideológica do que já foi alcançado, do contar vantagens pelo que foi feito. Mas como a Igreja é de Cristo e de seu Espírito, ela está em constante renovação. O Documento de Aparecida insiste na conversão pastoral de todos os membros da Igreja e pede “que se vá além de uma pastoral de mera conservação para uma pastoral decididamente missionária” (DAp 370). Trata-se de uma conversão de corações e inteligências para podermos entender o mundo em que vivemos, para sermos criativos nas formas atuais de missão. Sobretudo, para firmarmos nossa fé no Espírito Santo, o protagonista da missão. Para estar em estado permanente de missão, é preciso que nossas comunidades aprendam que elas mesmas são anúncio. Não aconteça que, em vez de as pessoas encontrarem comunidades vivazes e unidas no Senhor, encontrem comunidades divididas e preguiçosas. A missão permanente precisa de pessoas e comunidades que dêem testemunho vivo e alegre do encontro com o Cristo ressuscitado. A missão permanente deve levar-nos ao encontro dos grupos humanos que merecem especial atenção: jovens, intelectuais, artistas, políticos, comunicadores. Através das missões populares, o missionário pode ir às famílias e residências, aos locais de trabalho, moradias de estudantes, favelas e alojamentos de trabalhadores, instituições de saúde e de educação, prisões, albergues e junto aos moradores de rua, numa atitude de Igreja samaritana, levando a todos a alegria da Boa Nova do Reino de Deus instaurado em Cristo. Por fim, “uma Igreja em estado permanente de missão nos interpela à missão ad gentes, dando de nossa pobreza”, como nos ensinou o Documento de Puebla. A Arquidiocese não pode esperar a plenitude da maturidade eclesial para, só então, enviar missionários a outros lugares do mundo carentes do Evangelho do Senhor. A hora da missão é agora! Pe. Vitor Galdino Feller Vigário Geral da Arq., Prof. de Teologia e Diretor da FACASC/ITESC Email: vigariogeral@arquifln.org.br


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Geral 5

Outubro 2012

Ewerton é o terceiro jovem ordenado padre Com 25 anos, Pe. Ewerton foi ordenado presbítero na Igreja Matriz da sua paróquia natal Foto JA

Pela imposição de mãos de nosso arcebispo Dom Wilson Tadeu Jönck, o Diácono Ewerton Martins Gerent foi ordenado presbítero para a Arquidiocese de Florianópolis. A Celebração Eucarística foi realizada no dia 15 de setembro, às 15h, na Igreja Matriz da Paróquia de Santo Amaro, em Santo Amaro da Imperatriz. A Missa de Ordenação foi presiadeu dida por Dom Wilson TTadeu Jönck e concelebrada por Dom Vito Schlickmann Schlickmann, bispo auxiliar emérito de Florianópolis, e mais de 60 padres e diáconos.Como lema de ordenação, Pe. Ewerton escolheu “Fortifica-te na graça que está em Cristo Jesus” (2Tm 2,1). Com a ordenação, ele assume como vigário paroquial da Catedral, em Florianópolis, onde já atuava como diácono. A celebração teve início com a acolhida pelo Pe. Frei Carlos Ignácia, OFM, pároco anfitrião. Em seguida, Dom Wilson saudou a todos e falou da alegria em visitar a comunidade num momento em que é ordenado um jovem nascido em paróquia tão rica em vocações presbiterais e diaconais e para a vida religiosa. Começando o rito da ordenação, Pe. Siro Manoel de Oliveira, pároco da Catedral e professor do ITESC, deu o seu testemunho de que acompanhou Ewerton na sua preparação final para o presbi-terado e que, após os devidos escrutínios, o considera-

Arquidiocese terá 23 novos diáconos permanentes

Celebração foi presidida pelo nosso arcebispo Dom Wilson Jönck va digno de ser ordenado. Em sua homilia, Dom Wilson falou das responsabilidades que Ewerton terá com a Igreja e com os fiéis. “Ewerton deverá ser perito nas coisas de Deus. Ele terá que ouvir a Palavra, e isso é um compromisso diário. Deverá também atender aos necessitados. Assim, poderá testemunhar quem é Jesus no seu ministério”, disse.

Ordenação presbiteral

Em seguida, Dom Wilson interrogou o ordenando, que manifestou a sua prontidão para o ministério presbiteral. Enfim, pela imposição das mãos de nosso arcebispo, Ewerton foi consagrado para a mis-

são presbiteral. O ato foi seguido por todos os padres presentes, em sinal de unidade com o novo presbítero. O agora já padre recebeu de seus padrinhos de ordenação a Estola e a Casula. Depois, teve as mãos ungidas com o Óleo do Crisma e as mostrou aos presentes. No final , Pe. Ewerton agradeceu a todos os que de alguma forma contribuíram para a sua formação e firmou o compromisso com o povo fiel. Na sequência, ele convidou os seminaristas presentes a irem até o altar para que fossem conhecidos, e foi rezada a oração vocacional. Ao final, todos os presentes foram convidados a participar de um coquetel no salão paroquial.

Pe. Luiz Rebelato celebra jubileu presbiteral A Paróquia São Judas Tadeu e São João Batista, na Ponte do Imaruim, em Palhoça, estará em festa no dia 11 de outubro para homenagear o seu pároco. Nesse dia, Pe. Luiz Rebelatto estará comemorando seus 25 anos de ordenação presbiteral. A Celebração Eucarística será presidida pelo nosso arcebispo Dom Wilson Tadeu Jönck , às 20h, na Igreja Matriz. Ordenado presbítero em 11 de

Vai acontecer...

outubro de 1987, pela congregação dos padres Carmelitas Descalços, Pe. Luiz Rebelatto foi designado pela Arquidiocese para assumir como pároco na Paróquia Nossa Senhora do Carmo, em Florianópolis. Gostou tanto que solicitou a sua incardinação, o que aconteceu em 1998. Desde então, trabalhou em Garopaba, na Paróquia Santa Terezinha, em Brusque e, há 10 anos, está na Ponte do Imaruim.

As ordenações serão realizadas em quatro etapas, reunindo os candidatos a diácono por região de proximidade. As celebrações serão presididas pelo nosso arcebispo Dom Wilson Tadeu Jönck Jönck. A primeira será no dia 15 de novembro, às 9h, na Igreja Matriz da Paróquia São Francisco de Assis, em Aririú, Palhoça. Lá serão ordenados sete diaconandos de cinco paróquias das comarcas de São José e Santo Amaro. A seguinte será no dia 17 de novembro, às 15h, na Igreja Matriz da Paróquia Santíssimo Sacramento, em Itajaí, quando se-

rão ordenados oito diaconandos, de quatro paróquias da Comarca de Itajaí. Já em dezembro serão realizadas mais duas solenidades. No dia 01 de dezembro, às 15h, cinco diaconandos das comarcas da Ilha, Estreito e São José serão ordenados na Igreja Matriz da Paróquia São Luiz e NSra. de Lourdes, na Agronômica, em Florianópolis. Os três últimos candidatos a diácono serão ordenados no dia 09 de dezembro, às 9h30min, na Igreja Matriz de São João Batista. Eles fazem parte das comarcas de Tijucas e Brusque.

Paróquia da Trindade promove exposição bíblica Entre os dias 11 e 17 de outubro, a Paróquia Santíssima Trindade, em Florianópolis (SC), promoverá um evento inédito na Ilha: a EXPOBÍBLIA. O evento, que acontecerá no salão da Paróquia, é uma iniciativa para reiterar a importância do Livro Sagrado. Seu tema é a afirmação de São Jerônimo: “Desconhecer a Sagrada Escritura é desconhecer Jesus Cristo”. Nos dias do evento, os fiéis terão contato intenso com a Palavra de Deus, de forma dinâmica e criativa. Serão montados nove espaços temáticos para apresentar ao público os diversos livros da Bíblia e fatos marcantes da sua produção,

como o contexto histórico em que foi escrita, quem foram os personagens e um apanhado sobre a situação política e geográfica da época. Além disso, a exposição destinará uma área exclusiva para contar a trajetória do Concílio Vaticano II, cuja abertura completará 50 anos no dia 11 de outubro. A EXPOBÍBLIA será um evento diferenciado. Quem participar, com certeza terá uma forte experiência da Palavra de Deus. Confira a programação completa no site da paróquia www. paroquiadatrindade.com paroquiadatrindade.com. Mais informações pelo fone (48) 3025-6772.


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Bíblia

Outubro 2012

Jornal da Arquidiocese

Conhecendo o livro dos Salmos (53)

Salmo 73 (72): A prosperidade dos maus

Fé e dúvida

1. Deus é bom para Israel, / o Senhor é bom para os puros de coração. 2. Mas eu, por pouco tropeçaram meus pés, / por um nada vacilavam meus passos. 3. Pois comecei a ter inveja dos arrogantes, / vendo a prosperidade dos maus. A introdução do salmo começa com uma afirmação fundamental de fé, “Deus é bom para seu povo, para os bons”... Mas essa afirmação, digamos, essa teoria, é logo questionada pela prática, a partir da experiência pessoal do orante, cuja situação atual de sofrimento desperta nele a dúvida. E a dúvida lhe vem do confronto com a “prosperidade dos maus”, que chega a despertar nele o mesquinho sentimento da inveja. E a dúvida é de tal monta que ele se sente “tropeçar”, e seus passos “vacilam”.

Prosperidade e arrogância dos maus

4. Para eles, sofrimento não existe, / sadio e bem nutrido é seu corpo; 5. Não sofrem as labutas dos mortais, / não são atingidos como os demais. 6. Como um colar os cinge o orgulho, / como veste os envolve a violência. 7. A iniquidade assoma de sua gordura, / transbordam as ambições do seu coração. 8. Zombam, falam com malícia, / com soberba ameaçam de cima. 9. Levantam a boca até o céu / e sua língua percorre a terra.

Divulgação/JA

Típico salmo sapiencial, isto é, de reflexão, que pouco a pouco se transforma em oração. “Sapiencial”, quer dizer, “de sabedoria”, porque reflete sobre o enigma da prosperidade dos maus, contrastando com o sofrimento dos bons. Questiona, portanto, a “teologia da prosperidade”, ou seja, “da retribuição”, como o fazem também os livros de Jó e do Eclesiastes. Depois de quase “escorregar” (v.2), vacilando na fé, chega, após longo caminho, a uma solução pessoal surpreendente. Entre a introdução (vv. 1-3) e a conclusão (vv. 26-28), notamos quatro secções paralelas que se contrapõem: vv. 4-12, vida feliz dos “maus”; vv. 13-17, vida infeliz do salmista; vv. 18-20, destino infeliz dos maus; vv. 21-25, destino feliz do salmista. A propósito, quem são esses “maus”, e quem são os “bons”? Evitando o perigo farisaico de identificar os “maus” com “eles”, os outros, sendo que os “bons” seríamos nós, para o salmista está claro que “maus” são os orgulhosos, violentos, ambiciosos, zombadores, descrentes.

10. Por isso, no alto estão sentados / e a inundação não os atinge. 11. Chegam a dizer: “O que é que Deus sabe? / Acaso o Altíssimo toma conhecimento?” 12. Assim são os maus, sempre tranqüilos, / só fazem aumentar o seu poder. Ao invés de cortar pela raiz o “mau pensamento” da dúvida que o assalta, o orante faz o contrário. Deixa a fantasia projetar em sua mente a imagem dos malvados felizes, contemplando cenas que contradizem a doutrina da retribuição. Assim, os maus são fisicamente fortes, têm saúde, não têm preocupações (vv. 4-5). Em consequência, tornam-se soberbos e violentos (v.6), iníquos e ambiciosos (v.7), gozadores que oprimem (v.8), “donos do mundo” e desprezadores do próprio Deus (vv.10-11). E ainda, cada vez mais poderosos (v.12). Notar as metáforas do orgulho “como um colar” e da violência “como veste” (v.7). No v.9, uma imagem cósmica: não contentes de, com a língua, dominarem a terra, morada dos humanos, pretendem com a boca invadir o céu, domínio de Deus. Ignoram que só a oração humilde, como o incenso, penetra as nuvens (cf Sl 141,2). Instalados “no alto”, sentem-se protegidos contra qualquer “inundação”, qualquer “enchente” (v.10), e chegam ao ponto de escarnecer do próprio Deus, negando que ele possa intervir neste mundo, pois “nada sabe e nada vê” (v.11).

Então, foi em vão?

13. Então foi em vão que conservei puro meu coração / e que na inocência lavei minhas mãos? 14. Sou molestado o dia todo / e castigado cada manhã. 15. Estava quase dizendo: “Vou falar como eles”. / Mas assim estaria traindo teus filhos. 16. Pensei, pois, neste problema, / porém achei difícil demais para meus olhos.

Falando agora consigo mesmo, “molestado o dia todo e castigado cada manhã” (v.14), enquanto os maus parecem estar levando a melhor, o salmista retoma a dúvida já expressa nos vv. 2-3. E questiona: Vale a pena conservar puro o coração (v.13), lutando pela justiça? Não seria melhor proceder como os maus, ou seja, “falar, agir, como eles”, aproveitando a vida? É nesse momento crucial que o orante percebe não estar sozinho, que faz parte da comunidade da Aliança, que não pode “trair” os seus irmãos de fé, “filhos” de Deus, aos quais chama de “teus filhos” (v.15), sinal de que está novamente em oração. E, apesar de considerar “difícil” o “problema”, resolve perseverar.

Entrei, e entendi

17. Até que entrei no santuário de Deus / e entendi qual era o fim deles. 18. Com certeza, tu os pões num chão escorregadio / e assim os fazes cair em ruína. 19. Como ficam reduzidos a escombros num instante! / Caem por terra, destruídos pelo terror. 20. Como um sonho, ao despertar, Senhor, / quando te levantas, desprezas a figura deles. O momento da “virada” é a entrada no santuário de Deus, não necessariamente numa ida ao Templo, mas em todo caso numa percepção mais profunda da presença divina. O salmista não fala aqui de nenhuma revelação, nenhuma manifestação gloriosa do poder de Deus, como se lê no capítulo 38 do livro de Jó. Simplesmente, reconhece que, num momento, de repente, chegou a “entender”. Entender o quê? O “fim” dos malvados, daqueles que pareciam tão seguros, mas “cujo chão é escorregadio” (v.18). O salmista percebe então que basta um instante para que eles fiquem “reduzidos a escombros”, “destruídos pelo terror” (v.19), atingidos por Aquele de cuja atuação debochavam (cf v.11). E tudo aqui-

lo de que se vangloriavam vira um sonho que passou.

Como um animal

21. Quando meu coração se amargurava / e nos meus rins sentia dor aguda, 22. eu era um imbecil, ignorante, / como um animal diante de ti. Encontrada a solução da primeira parte do problema, o salmista revisa a própria reflexão e angústia anterior. E reconhece, à luz da compreensão alcançada, que a sua dúvida não tinha razão de ser. É como se a revelação recebida lhe tivesse conferido uma racionalidade superior. Por isso, agora não se poupa, reconhecendo ter sido “um imbecil, ignorante”, até “um animal”, apesar de estar “diante de ti”, isto é, do próprio Deus.

Mas eu, contigo!

23. No entanto, sempre estou contigo; / tu me tomaste pela mão direita. 24. Com teu conselho me guias / e depois na glória me recebes. 25. A quem tenho eu no céu? / Se estou contigo, não me agrada a terra. Descoberta maior ainda que a revelação do destino dos maus é a percepção, agora clara, da presença divina. Uma presença inclusive constante, que não o abandona, mas se desdobra em três ações concretas, que resumem um êxodo libertador: Deus o toma pela mão, guia-o com seu conselho, recebeo na glória (vv.23-24). É como se Deus o “arrebatasse” à esfera divina, como a Henoc e Elias! Mais ainda. É tão intensa agora, no salmista, a experiência de Deus, que mesmo o céu e a terra se relativizam para ele (v.25). A própria terra, dom fundamental na teologia da Aliança, perde o seu valor. O encontro pessoal com Deus desborda e anula tudo o mais. É como o reconheceu o próprio Jó: “Agora meus olhos te viram!” (Jó 42,5) Estamos aqui, sem dúvida, num dos pontos mais altos, sublimes, de todo o saltério.

Minha “porção”

26. Ainda que desfaleçam carne e coração, / o rochedo do meu coração e minha porção é Deus para sempre! 27. Pois os que se afastam de ti perecem, / tu destróis os que renegam a ti. Plenamente liberto da dúvida e da angústia, expressas no início do salmo, o orante dá largas agora à alegria da fé. Novamente relativizando “carne e coração”, corpo e mente, tão prezados pelos maus, proclama que Deus é o seu “rochedo” e a sua “porção” para sempre

(v.26). A “porção” ou lote era a participação da família no território da Terra prometida, porção limitada ao lado de muitas outras: quando o próprio Deus é a “porção” (cf Sl 16,5), e isto “para sempre”, tudo o mais perde sentido. A seguir, num contraponto à felicidade do orante, a lembrança do fracasso dos maus, agora caracterizados como “os que se afastam de ti”, “os que renegam a ti” (v.27), isto é, os infiéis à Aliança, prostituídos com os ídolos. Estes, os ídolos, em nossos dias secularizados, não seriam os bens de consumo?

A felicidade

28. Para mim, felicidade é estar junto a Deus. / Ponho no Senhor o meu refúgio, / vou proclamar todas as suas obras. Na conclusão, o salmista resume a felicidade, literalmente, “o bem”, na intimidade protetora de Deus: estar junto a Ele, sentir-se protegido por Ele. E isso já nesta vida? Ou só na outra? Certamente “já nesta vida”, pois ele se compromete a “proclamar” as obras do Senhor, evidentemente entre seus contemporâneos. Mas “ainda não” plenamente, porque a certeza da fé não exclui as provações. Portanto, também, e então plenamente, a felicidade se encontra na outra vida, mas a começar daqui, agora. É por isso que o Senhor Jesus nos fala numa “vida eterna” que começa já agora, pela fé: “Esta é a vida eterna: que conheçam a ti, o Deus único e verdadeiro, e a Jesus Cristo, aquele que enviaste” (Jo 17,3). O salmo foi escrito antes do Evangelho. Mas, como outras passagens do Antigo Testamento, também esta é como um daqueles clarões que anunciam a aurora. Pe. Ney Brasil Pereira Professor de Exegese Bíblica na Faculdade de Teologia de SC - FACASC email: ney.brasil@itesc.org.br

Para refletir: 1) Classificado como “sapiencial”, qual é o problema discutido neste salmo? 2) Como devemos fazer, quando nos vêm pensamentos de dúvida? 3) Por que é que o salmista questiona se “valeu a pena” andar no caminho do bem? 4) Qual é o momento da “virada”, nas reflexões do salmista? 5) O que é a felicidade, para você? E para o salmista?


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Juventude 7

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DNJ será realizado nas paróquias Neste ano, em virtude dos vários evento, Dia Nacional da Juventude será celebrado nas comunidades Divulgação/JA

No dia 21 de outubro, a Igreja no Brasil celebra o Dia Nacional da Juventude Juventude. Neste ano, o evento terá como tema “Juventude e Vida” e o lema “Que vida vale a pena ser vivida?”. Na Arquidiocese, diferente de em anos anteriores, o evento será celebrado nas paróquias, em vez de um encontro arquidiocesano. A decisão foi tomada em virtude dos eventos que ainda serão realizados neste ano e aos preparativos para a Jornada Mundial da Juventude, como o “Bote Fé” Floripa. “O DNJ é um Sinal Vivo de esperança, mudança de mentalidade e opção afetiva e efetiva pelos jovens, em especial os mais pobres. Neste ano de 2012, temos uma oportunidade ainda maior, pois estamos caminhando rumo à Jornada Mundial da Juventude (JMJ) que acontecerá no Rio de Janeiro em julho de 2013. A peregrinação dos ícones da JMJ têm sido um verdadeiro Kairós que abre portas importantes para todos voltarem o olhar para a Vida dos jovens e lhes assegurarem o direito de Viver”, disse Pe. Antonio Ramos do

Prado,sdb, Assessor da Comissão Episcopal Pastoral para a Juventude da CNBB.

Mais informações no site arquifln.org.br/juventude,, www. arquifln.org.br/juventude ou pelo ffone one (48) 322 4-4 799 3224-4 4-4799 799..

Iniciam etapas comarcais do Festival de Música Jovem Florianópolis e Brusque foram sede das duas primeiras etapas comarcais do Festival de Música Jovem. Em Florianópolis, o evento foi realizado no dia 23 de setembro, no Centro Arquidiocesano de Pastoral, e contou com a participação de sete bandas, que realizam o trabalho de animação litúrgica nas paróquias e comunidades. Equipes da Comarca de São José participaram também dessa etapa. Elas concorreram com dez músicas, cinco delas foram classificadas para a etapa arquidiocesana: Ministério Ressoar em Deus (duas músicas), Rodrigo Souza, Joaquim Dias Satelis e Cantores do Movimento de Emaús.. O evento contou com a presença do Pe. Paulo De Coppi Coppi, idealizador do Festival. Já a etapa da Comarca de Brusque foi realizada na noite do dia 29 de setembro. O evento foi realizado no auditório da Igreja Matriz da Paróquia São Luiz Gonzaga, em Brusque. O evento contou com a presença do nosso adeu arcebispo Dom Wilson TTadeu Jönck Jönck, que abençoou os presen-

Divulgação/JA

PJ realiza etapa da Escola da Juventude Nos dias 06, 07, 08 e 09 de setembro, 22 jovens da Pastoral da Juventude da Arquidiocese de Florianópolis se reuniram, em Enseada de Brito, Palhoça, para a realização da terceira e última etapa da Escola da Juventude desse ano. Esses jovens representavam 8 paróquias dos municípios de Florianópolis, São José, Biguaçu e Palhoça. Os temas abordados nesta etapa foram o Planejamento do Grupo de Jovem e Etapas vividas por um Grupo da Pastoral da Juventude, desde a iniciação até a morte, a partir da qual muitos jovens se motivam a partir para a militância e maior atuação não apenas na comunidade, mas nos diferentes âmbitos sociais, sem perder seus princípios cristãos. O assessor metodológico nesta etapa foi Antônio Frutuoso que conduziu estes momentos de estudo sem deixar de lado um espaço para a partilha e troca de expe-

riências entre os jovens. Também se deu continuidade ao trabalho com o Projeto Pessoal de Vida, iniciado na primeira etapa da EDJ, onde os jovens aprenderam a planejar a sua caminhada, dentro e fora da Pastoral da Juventude. Foram marcantes nesta etapa também os momentos em que rezamos o Ofício Divino da Juventude, preparado com carinho e dedicação pelos próprios jovens escoleiros que se dividiram em pequenos grupos e tornaram possíveis momentos de oração e mística, refletindo sempre sobre o momento que vivenciamos e os desejos para a nossa caminhada, após passarmos por essa formação. A Missa de sábado à noite, celebrada em Romaria pelo Pe. Josemar Silva Silva, que sempre acompanha a nossa juventude, foi outro momento marcante em que os jovens tiveram a chance de refletir a respeito do caminho que deseja-

mos seguir como jovens cristãos e ativos nas nossas comunidades. Finalizando a etapa, realizou-se a Formatura dos escoleiros, onde foram entregues os certificados e foram feitas as devidas homenagens para os jovens, comissão e toda organização dessa atividade. No final da noite, para comemorar a conclusão dessa importante etapa do constante processo de formação da Pastoral da Juventude, aconteceu uma festa à fantasia com muita música e animação. É importante ressaltar que, após todo estudo e trocas de experiências durante a EDJ 2012, o trabalho desses jovens dentro da Pastoral da Juventude e na construção da sociedade com a qual sonhamos realmente começa aqui fora. E dentro das nossas comunidades e grupos de jovens, que temos a chance de pôr em prática o aprendizado e então conhecer os resultados de todo esse trabalho.

tes e falou sobre a Jornada Mundial da Juventude. Seis músicas concorreram e três foram classificadas para a próxima etapa: Comunidade Porta do Céu e Grupo Renascendo em Cristo (duas músicas). A próximas etapas comarcais serão realizadas nas seguintes datas: Comarca do Estreito - 13/ 10; Comarca de Tijucas - 20/10; e Comarca de Itajaí - 20. As etapas são pré-requisito para a etapa final, que será realizada no dia 25 de novembro, no Centro de Evangelização Angelino Rosa - CEAR, em Governador Celso Ramos. O Festival de Música Jovem é uma promoção do Setor Juventude da Arquidiocese em parceria com o Jornal Missão Jovem. Os grupos interessados, devem fazer as inscrições pelo site www.festi valdemusicajovem.blogspot.com valdemusicajovem.blogspot.com. Para participar, cada pessoa ou grupo pode inscrever duas músicas. As letras devem ser pautadas na CF-2013 ou na Jornada Mundial da Juventude 2013 - tema “Enraizados e edificados em Cristo, firmes na fé”.

Platéia participou animada da etapa da Comarca da Ilha do Festival

Juventude ganha site!

No site você vai encontrar as novidades sobre a juventude da arquidiocese, vai poder buscar subsídios e materiais para o seu grupo de jovens, tirar dúvidas e ficar por dentro de temas como o Bote Fé Floripa, Festival de Música Jovem, DNJ, JAJ, Campanha

da fraternidade, Semana missionária, JMJ Rio 2013. Além de tudo isso você pode conhecer os segmentos que trabalham com juventude em nossa diocese. O que você está esperando? Acesse www.arquifln.org.br/ juventude e fique por dentro!


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Geral

Outubro 2012

Jornal da Arquidiocese

Pe. Salm é o novo bispo de Tubarão Ordenação e posse será no dia 24 de novembro, sábado, em celebração realizada na Catedral de Tubarão Foto JA

O Papa Bento XVI anunciou no dia 26 de setembro, às 8h, a nomeação do Pe. João Francisco Salm como novo bispo da Diocese de Tubarão. A ordenação e posse foi definida no dia seguinte. Será no dia 24 de novembro, sábado, às 9h, na Catedral de Tubarão. A Diocese estava sem bispo desde o dia 28 de setembro de 2011, adeu quando Dom Wilson TTadeu Jönck Jönck, seu Bispo anterior, foi nomeado Arcebispo de Florianópolis. Nesse período, Pe. Sérgio Geremias de Souza assumiu a função de Administrador diocesano. Em mensagem oficial, Pe. João Francisco falou sobre a missão que passará a assumir. “Na minha oração da manhã (...), procurei apresentar a Jesus Cristo todas as pessoas que Ele me está confiando (...). Diante de toda essa realidade, senti grande alegria e agradeci a Deus por tudo o que se realiza nas comunidades das 28 paróquias da Diocese que se estende por 18 municípios”, disse. Para o Dom Wilson, a Arquidiocese dá uma grande colaboração para a Igreja em Tubarão. “É um padre que fazia um grande trabalho aqui e tenho certeza que a Dio-

Com 59 anos de idade e 33 de presbítero, a maior parte deles dedicados à formação, Pe. Salm assume a partir de novembro uma nova missão cese de Tubarão terá um grande bispo”, disse. Pe. João Francisco tem 59 anos e é padre há 33 anos. A maior parte do seu ministério presbiteral foi dedicada à formação de novos presbíteros, atuando nos seminários da Arquidiocese como professor, orientador e reitor. Mas também foi coordenador de Pastoral e pároco. Em 2011, com a nomeação de Dom Murilo Krieger para arcebispo de Salvador, assumiu como foi Ad-

ministrador arquidiocesano de nossa Arquidiocese, função que desempenhou por oito meses. Desde novembro de 2011, é ecônomo arquidiocesano e coordenador da Cúria Metropolitana . Tubarão é uma das dez dioceses do Estado. Foi criada pelo Papa Pio XII em 1955, desmembrada da Arquidiocese de Florianópolis e abrangia todo o sul do Estado de Santa Catarina. Em 1998 cedeu parte do seu território para a criação da Diocese de Criciúma.

Pe. Leandro é o novo administrador

Pe. Leandro José Rech é novo ecônomo e administrador da Arquidiocese de Florianópolis. O anúncio foi realizado na manhã do dia 04 de outubro. Ele assume a função no lugar do Pe. João Francisco Salm, que foi nomeado bispo da Diocese de Tubarão. Pároco na Paróquia Santa Cruz, em Areias, São José, até o fim do mês Pe. Leandro ainda dividirá suas atenções nas duas funções. Depois se dedicará integralmente à administração. Pe. Kelvin Konz assumirá a paróquia como administrador paroquial. O convite foi feito pelo nosso arcebispo Dom Wilson Tadeu Jönck e aceito pelo Pe. Leandro, que deu a resposta nesta manhã. No dia 27 de outubro o Colégio de Consultores, formado por sete padres que aconselham o arcebispo quando convocado, esteve reunido e indicou alguns nomes. “Pe. Leandro foi

escolhido por possuir condições pessoais. Demonstra capacidade administrativa, organização, capacidade de unir e congregar as forças”, disse Dom Wilson. Pe. Leandro tem 37 anos e é padre há seis anos. Seu despertar para a vida religiosa ocorreu em 1994, quando começou a participar da Paróquia de Campinas, em São José. Lá ingressou no Grupo de Jovens, foi ministro da Eucaristia e da Liturgia. Em 1998,

após um período de discernimento, entrou para o seminário propedêutico. Sua ordenação foi realizada no dia 02 de setembro, na Igreja Matriz da Paróquia Santo Antônio, em Capinas, presidida pelo então arcebispo Dom Murilo Krieger. Nesses seis anos, Pe. Leandro assumiu como administrador paroquial da Paróquia Santa Cruz, em Areias, São José, e mais tarde como pároco. Nesse período, ainda assumiu como assistente eclesiástico da Renovação Carismática Católica na Arquidiocese, é conselheiro espiritual de uma Equipe de Nossa Senhora e coordena a equipe de estrutura do “Bote Fé”. Ele já assumiu suas funções como ecônomo e administrador da Arquidiocese, já tendo reuniões com o Pe. Salm para obter informações sobre o andamento dos trabalhos.

“Quero ser a resposta de Deus aos apelos do povo da Diocese de Tubarão” Jornal da Arquidiocese Como o senhor recebeu a sua nomeação? Pe. Salm - Primeiro, a notícia me foi dada por telefone, pelo Sr. Núncio Apostólico no Brasil, Dom Giovani D’Aniello; depois, também por carta. Não saberia dizer agora tudo o que passou pela minha mente naquela hora e nos instantes seguintes. De qualquer forma, compreendi logo que eu estava numa situação que me pedia obediência e que deveria usar de docilidade. Aos poucos consegui assumir uma atitude de fé, o que me devolveu a paz: eu estava sendo a “resposta de Deus a uma diocese que rezava muito pela chegada do seu novo bispo”. Portanto, só me resta colaborar com Deus para que essa resposta se torne aquilo que Ele planejou. JA - O que o senhor conhece da Diocese de TTubarão? ubarão? Pe. Salm - Será um mundo cheio de novidades para mim. Mas lá estão alguns padres que eu conheço há mais tempo. Entre eles, colegas dos tempos de Seminário de Teologia. Tenho procurado me informar por meio de leituras, servindo-me principalmente do novo Plano Diocesano de Pastoral, aprovado no ano passado. Ali há muitas informações importantes. JA - O senhor pretende realizar uma visita à Diocese? Pe. Salm - Sim, quero ir lá. Será muito importante eu me integrar o quanto antes naquele Povo, ao qual eu agora já pertenço. Incluo de forma especial os seminários de Filosofia (em Brusque) e de Teologia (em Florianópolis) porque estão aqui mais perto e fora do território da Diocese. JA - Em sua trajetória como padre, o senhor foi prof essor or de essor,, orientador orientador,, reit reitor seminário, pároco, coordenador de pastoral, administrador arquidiocesano e ecônomo. De que forma essas fun-

ções contribuirão para a missão que vai assumir? A vida é uma escola. As experiências, se bem aproveitadas, nos ensinam bastante. Aprendi muito quando exercia essas e outras diferentes funções. Mas uma coisa particularmente importante que aprendi, é reconhecer que sei muito pouco. Isso vai me ajudar a praticar a humildade, o diálogo, o saber ouvir, a trabalhar em equipe; também me diz que devo continuar estudando e me atualizando incansavelmente. Aprendi ainda, que estou comprometido com uma obra que não é minha, mas de Deus; e que essa obra é o espaço onde fui chamado a servir. Por isso, a necessidade de cultivar sempre uma profunda amizade com Jesus Cristo. JA - O senhor é padre há 33 anos. O que leva desse tempo que passou aqui na Arquidiocese? Pe. Salm - De certa forma, devo levar nada: devo ir vazio para saber acolher a novidade de Deus que me está reservada. Por outro lado, levo tudo e, de alguma forma, a todos: entre outras riquezas, levo a fé, um grande aprendizado, uma bela experiência de Igreja, a vida comunitária do seminário e o que aprendi dos seminaristas; a fraternidade dos colegas padres e seu testemunho, a amizade e o carinho do povo. Ainda levo muito mais! JA - Que mensagem para o po ubarão? povvo da Diocese de TTubarão? Pe. Salm - Acabo de ler que é tarefa de cada Bispo anunciar ao mundo a esperança, partindo da pregação do Evangelho de Jesus Cristo; que a esperança é apoio para a fé e incentivo para a caridade; que a esperança é como uma âncora firme e segura que penetra o céu (cf. Pastores Gregis, João Paulo II). Portanto, esperança! Muita esperança! Cristo Senhor, o Emanuel, está sempre conosco, até o fim do mundo (cf. Mt 28,20), agindo em nosso favor, para nos salvar!


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Apostolado realiza Concentração Arquidiocesana Mais de 130 associações do Apostolado da Oração lotaram o CEAR durante o evento celebrativo Foto JA

Mais de 4 mil pessoas estiveram reunidas no dia 30 de setembro, no Centro de Evangelização Angelino Rosa - CEAR, em Governador Celso Ramos, para participar da IV Concentração Arquidiocesana do Apostolado da Oração. O evento reuniu 135 associações do Apostolado de todas as comarcas da Arquidiocese e duas da Diocese de Joinville. Tendo por tema “Coração de Jesus, fonte de vida e motivação para viver a Palavra e a Fé!”, o evento teve início às 8h30min com a acolhida dos participantes, conduzida pelo Movimento Evangelístico Jovem – MEJ, ala jovem do Apostolado, e animação do Grupo de Canto São Sebastião, da paróquia de Santo Amaro. Em seguida, houve a entrada solene da imagem do Sagrado Coração de Jesus, seguida da entrada das bandeiras dos Apostolados participantes. Depois, Pe. Revelino Seidler dler, coordenador de Pastoral da Arquidiocese, dirigiu breve mensagem aos participantes. Pe. Sereno Boesing, SJ SJ, diretor espiritual do Apostolado na Arquidiocese, conduziu a primeira palestra. Ele refletiu sobre o tema do encontro. “Jesus é o caminho, a verdade e a vida. Como ter as coisas da vida se não for através dele, que é o autor de tudo que vemos?”, disse. Depois, tomou a palavra Pe. Otmar Schwengher SJ SJ, secretário nacional da Associação. Ele falou sobre a importância de investir na participação dos jovens e na formação dos líderes do Apostolado, guiados pela espiritualidade inaciana. Também explicou a funcionalidade e estrutura do AO, e falou dos oito pontos da espiritualidade inaciana. Após a pausa para o almoço, foi realizada a Oração do Terço Encenado. Com criatividade e beleza, cada uma das oito comarcas

Os mais de quatro mil associados do Apostolado de todas as comarcas da Arquidiocese, que participaram bastante animados de todo dia da realização da Concentração Arquidiocesana apresentou uma parte da oração. Na sequência, houve a adoração e bênção do Santíssimo, conduzida pelo Pe. Marcio Alexandre Vignoli Vignoli, responsável pelo CEAR. Nesse momento, todos os jovens foram convidados a ficar diante do palco. Mais de cem atenderam ao pedido.

Celebração Eucarística

Depois, foi realizada a Celebração Eucarística, presidida pelo nosso arcebispo Dom Wilson Tadeu Jönck e concelebrada por 12 padres e três diáconos. Em sua homilia, Dom Wilson falou da força e da importância da presença do Apostolado na Arquidiocese. “A centralidade do Coração de Jesus resume todo o amor do Pai

do Céu, e o Apostolado é convidado a expandir esse divino amor”, disse. Ao final da celebração, Dom Wilson informou que o Pe. Sereno Boesing, SJ, diretor espiritual do Apostolado, não estará mais na Arquidiocese no próximo ano. Ele vai assumir a coordenação do Apostolado da Região Sul do Brasil, com sede no Rio Grande do Sul. “Mas a Arquidiocese de Florianópolis vai sempre ocupar um lugar especial no meu coração, pela acolhida que recebi aqui e pelas pessoas que contribuíram para meu trabalho”, disse Pe. Sereno.

Pedro Paulo, coordena o Apostolado na Arquidiocese, o evento foi muito bonito pela presença de tantas associações e de todas as comarcas da Arquidiocese. “Sentimos a felicidade no semblante de cada participante do encontro. Eles saíram renovados e confirmou a força do Apostolado”, disse. Segundo o Pe. Sereno o encontro foi muito marcante e rico em conteúdos, e destacou a presença dos jovens. “O Movimento Evangelístico Jovem é um desejo nosso e aos poucos vem se tornando uma realidade. Aqui percebemos que isso é possível”, disse.

Avaliação

Mais fotos no site www. ar q uifln.org.br arq uifln.org.br,, clicar no link “Galerias” no alto da página.

Para Tânia Zimmermann Meurer Meurer, que com seu esposo

Encontro reuniu Pastoral dos Surdos do Estado A Paróquia Bom Jesus, em Camboriú, promoveu nos dias 22 e 23 de setembro, o II Encontro da Pastoral dos Surdos de Santa Catarina. O evento reuniu pessoas surdas, intérpretes e familiares. O tema refletido foi “Jovens Surdos: ser cristão transformador na sociedade”. Esteve presente o Pe. Loir Antônio de Oliveira Oliveira, Assessor Nacional dos Intérpretes Católicos do Brasil, que realizou palestra enfatizando a missão do intérprete dentro da Pastoral dos Surdos, colocando em primeiro lugar o amor à missão e a pessoa surda. Na noite de sábado, Pe. Loir, celebrando a Santa Missa, além da linguagem falada também utilizou a LIBRAS (Língua Brasileira de Sinais). Ele foi assessorado por intérpretes e também pela Irmã Luzia da Congregação da Pequena Missão para Surdos. Seu fundador é o Pe. José Gualandi Gualandi, que pronunciou uma frase muito bonita e verdadeira: “Coração de Surdo é Terra de Missão”.


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Ação Social

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Jornal da Arquidiocese

Atuação na Gestão de Risco e Desastre Os Núcleos comunitários de Defesa Civil e o fortalecimento das comunidades na Gestão de Risco e desastre Divulgação/JA

Através do Projeto Gestão de Risco e Desastre, a ASA vem atuando nessa área desde 2011. Por meio de mobilizações e capacitações, busca a implementação dos Núcleos Comunitários de Defesa Civil - NUDECs, em alguns municípios da Arquidiocese. Além de serem a primeira resposta em situação de desastre, também, durante o período de normalidade, discutem e programam medidas preventivas na comunidade. Os NUDEC´s formados reúnem-se nas comunidades onde atuam, sendo um grupo em Botuverá, um grupo em Guabiruba, dois grupos em Brusque (Dom Joaquim e Águas Claras). Pode-se perceber, nas comunidades em que o projeto de Gestão de Risco se faz presente, a melhora na percepção de risco e, também, o olhar e controle social sobre as políticas públicas estabelecidas nos municípios com as comunidades. As capacitações continuam na perspectiva de unir e fortalecer ainda mais as comunidades no sentimento de pertença e proteção de seus locais de moradia. Acreditamos que é lá que está a força e o poder de transformação rumo à resiliência (recuperação) e à construção de comunidades seguras.

Projeto Social de Música movimenta crianças e adolescentes de Anitápolis

Membros do NUDEC de Dom Joaquim, Brusque, em visita de campo Com o olhar voltado para o bem estar da comunidade, os NUDEC´s também mobilizam para ações práticas relacionadas à prevenção, como: a separação de reciclados, fabricação de sabão a partir do óleo recolhido na comunidade, reflorestamento com mata ciliar nas encostas dos rios, visitas de campo, além de capacitações continuas em Gestão de Risco e Desastre. O Projeto Gestão de Risco e Desastre é uma prioridade para a ASA. Data 20/10

A parceria firmada com o Instituto HSBC vem potencializando essa ação. Ainda para este ano de 2012 prevê-se a implantação de mais um núcleo na comunidade do Limoeiro, já em fase de capacitação. Nesse sentido, caminhamos para a construção de comunidades mais seguras na Arquidiocese. pastoral@ Informações: ar quifln.org.br quifln. arq uifln.org.br,, carla@ar carla@arq org.br org.br, ou pelos fones: (48) 32244799 ou 3224-8776 (ASA /Carla)

Local Par. São João Evangelista – Biguaçu

Hora 08h às 12h

Seminário Arquidiocesano das Pastorais Sociais 5ª Semana Social Brasileira: O Estado que temos e o Estado que queremos! A 5.ª Semana Social Brasileira, realizada em todo o país, é uma ação da Igreja que tem como proposta provocar a reflexão e o debate sobre questões sociais pertinentes à nossa realidade, e propor ações concretas. No Brasil, a Semana Social está em sua quinta edição, e nos convoca à discussão sobre “o Estado que temos e o Estado que queremos”. Diante do cenário desigual que nosso país apresenta, seja nos aspectos sociais, políticos, econômicos, culturais ou ambientais, que respostas a nossa Igreja tem a oferecer? Como podemos contribuir com mudanças significativas? Recentemente, nossa Igreja Arquidiocesana aprovou o Plano Arquidiocesano de Pastoral Pastoral, que, à luz

Pequenos Encantos

da realidade social e eclesia,l apontou metas e pistas para os próximos dez anos. É necessário fortalecer a dimensão social de nossa Igreja e as pastorais sociais existentes, criando meios e condições para que suas ações sejam promotoras de mudanças e paz, que ao invés de manter a pobreza e a exclusão com ações meramente assistencialistas, realize ações libertadoras geradoras de vida. Porém, é importante que tenhamos claro o nosso papel enquanto Igreja/ sociedade organizada, e compreender melhor o Estado e as suas competências, para a construção do Estado democrático de direitos. A realidade que nos cerca não reflete o país que queremos e

que sonhamos para nossos filhos e netos. Diante disso, perguntamos: Que Estado temos? Que Estado queremos? Para construir melhor as respostas e participar desse processo, a Coordenação Arquidiocesana de Pastoral e o Fórum das Pastorais Sociais convidam a todos e todas para o Seminário Arquidiocesano das Pastorais Sociais ciais, no dia 20/10, sábado, das 8h às 12h, na Paróquia Sagrados Corações, em Barreiros, São José. A presença de todas as forças vivas de nossa Arquidiocese é muito importante, para que juntos possamos dar passos para uma sociedade melhor e poder testemunhar a promessa de Deus: “Eu vou criar um novo céu e uma nova terra...” (Is 65,17a)

Há 05 anos a Paróquia São Sebastião de Anitápolis e Ação Social e Cultural Afonso Stahëlin (ASCAS) desenvolvem o projeto de Música com crianças e Adolescentes. São três corais que encantam e cantam nas missas, festas, celebrações e eventos realizados no município. O Coral está organizado em três grupos por faixa etária: Crianças de Jesus (3 – 9 anos) com 22 crianças; Vozes Angelicais (9 – 13 anos) com a participação de 24 crianças e Grupo Amanhecer (13 – 14 anos) com 4 adolescentes. A iniciativa partiu da Sra. Ruth Fernandes Machado que coordena os trabalhos e é regente do coral, onde se diverte a cada semana nos encontros, juntamente com outras mães que auxiliam o trabalho. O projeto, além de trabalhar com música, oferece também teatros, passeios e pinturas. Anualmente, durante o período do advento, os três corais realizam apresentações de músicas natalinas na cidade e também na Unidade Ambulatorial do CEPON. Ao opinar sobre a importância do Coral, as mudanças que este projeto realizou, para as crianças beneficiadas, Daniel Rosar Back (13 anos) relatou: “É interessante trazer um Coral para a cidade, pois assim as crianças tem oportunidade de fazer algo interessante ao invés de estarem nas ruas”. Já Ana Maria da Silva (13 anos de idade) respondeu

que: “O Coral é muito bom e eu gosto de participar”. Para o Padre Leandro Schwinden Schwinden, o Coral é um Projeto que deu certo. Iniciou com poucas crianças e, com o passar do tempo, outras crianças e adolescentes foram se agregando ao projeto. Crianças que entraram no Projeto no seu inicio, hoje são adolescentes que continuam no Coral. O Fundo Arquidiocesano de Solidariedade – FAS apoiou em 2012 um projeto para aquisição de pastas, uniformes e materiais didáticos que auxiliam no desenvolvimento dos trabalhos.

Participantes do Coral, Daniel e Ana Maria destacaram a importância do projeto Divulgação/JA

Crianças e Adolescentes do Projeto Pequenos Encantos


Jornal da Arquidiocese

GBF 11

Outubro 2012

11º Encontro Regional reúne as CEBs Realizado em Florianópolis, encontro reuniu representantes de nove dioceses do Estado Mais de 800 lideranças de nove dioceses da CNBB - Regional Sul IV (SC), estiveram reunidas, dos dias 07 a 09 de setembro, em Florianópolis, para participar do 11º Encontro Estadual das CEBs. Todos os participantes foram hospedados em residências das comunidades de Florianópolis, São José e Biguaçu. Durante os três dias, os participantes refletiram sobre o tema “Justiça e Profecia a Serviço da Vida”, e lema “Eu ponho minhas palavras na tua boca” (Jr 1,9b). O encontro contou com a participação de Dom Manoel João Francisco, bispo de Chapecó, e de Dom Severino Clasen, OFM, bispo de Caçador. Além de padres e diáconos, e de outras denominações religiosas que vivem as Comunidades Eclesiais de Base. O encontro teve início com a Celebração Eucarística realizada na escadaria da Catedral de Florianópolis. Presidida pelo arcebispo de Florianópolis Dom Wilson Tadeu Jönck Jönck, e concelebrada por vários padres e diáconos. Em sua homilia, ele refletiu sobre o tema do encontro. “Para se encontrar a Justiça e a Profecia, devemos estar dispostos a sair de onde estamos. Sair do conforto e dar um passo a diante”, disse. Após a celebração, todos os participantes foram acomodados nas residências das comunidades. No dia seguinte, o encontro iniciou às 8h, no ginásio de esportes do Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC). Lá, houve a pa-

lestra do Pe. Benedito Ferraro Ferraro, assessor nacional das CEBs. Ele fez uma explanação sobre o tema do encontro e conduziu todos a uma instigante reflexão.

Foto JA

Manifestação artística

Ainda pela manhã e durante a tarde, os participantes foram divididos em quatro blocos, chamados de “ranchos”, que simbolizavam a missão realizada por Jesus: Galiléia (trabalho com os pobres), Samaria (saúde e gênero), Deserto (intimidade com Deus) e Jerusalém (questão dos poderes). Cada grupo refletiu como Jesus lidava com cada uma dessas realidades. A partir dessa reflexão, os Ranchos foram divididos em quatro barcos para que expressassem artisticamente através de poesia, música, teatro e pintura, o que o grupo refletiu. A noite, todos voltaram para as comunidades e cada uma delas se encarregou de organizar um momento de troca de experiências, chamado de “sabores e saberes”.

Pe. Benedito Ferraro, assessor nacional das CEBs, conduziu a reflexão sobre o tema do encontro, no Ginásio do IFSC, diante da atenta platéia de mais de 800 participantes de todo o Estado. encontro serve de preparação para o 13º Encontro Nacional das CEBs, que será realizado dos dias 07 a 11 de janeiro de 2014, na Diocese de Crato, Ceará. A equipe de coordenação do evento fez a leitura da carta oficial do 11º Encontro Estadual. O documento traz uma síntese do que foram os três dias e apontou cinco compromissos a serem assumidos pelos participantes.

Carta do Encontro

No domingo, o encontro reiniciou às 8h, no IFSC. Os grupos realizaram as apresentações artísticas. Em seguida, houve uma apresentação teatral do Movimento dos Moradores de Rua. Eles encenaram a dura realidade que vivem de falta de oportunidade, preconceito e dependência química. Em seguida, tomou a palavra o assessor do encontro Pe. Benedito Ferraro. Ele informou que o

Caminhada penitencial Foto JA

A Celebração Eucarística, realizada no dia 07, em frente à Catedral, presidida por Dom Wilson, deu início ao encontro

Após o almoço, foi dado início a uma caminhada até a comunidade Monte Serrat, um morro próximo ao local. Os participantes se revezaram carregando a Cruz de Cedro, a imagem da padroeira da comunidade e fotos dos mártires da fé de cada diocese. A caminhada foi realizada em forma de celebração, presidida por Dom Wilson. A cada momento, havia uma parada para a leitura da história dos mártires. A todo momento a comunidade local se juntava aos caminhantes. O encerramento foi realizado na parte mais elevada do morro, na igreja N.Sra. Aparecida, na comunidade do Alto da Caieira. Lá houve a consagração e entrega dos quadros

dos mártires, que ficarão na comunidade. “A ideia é que todos os anos realizemos uma caminhada até o local para lembrar o que vivemos nesses dias”, disse Pe. Vilson Groh Groh, animador do encontro. Nesse mesmo local ficou definido que a Diocese de Chapecó sediará a próxima edição em 2016. Para Edson Luiz Mendes, membro da equipe de coordena-

ção arquidiocesana das CEBs, o encontro foi produtivo, participativo, com tema bem aprofundado pelos assessores. “Veio reforçar e fortalecer o trabalho de todo o Estado”, disse. Mais fotos, acesse o site da Arquidiocese ((www. www. arquifln.org.br arquifln.org.br)) e clique em “Álbum de fotos”.

Programa de Rádio “Igreja nas Casas” em novo horário O Programa “Igreja nas Casas” dos Grupos Bíblicos em Família ( GBFs) e das Comunidades Eclesiais de Base ( CEBs), está com novo horário de apresentação aos sábados, ás 14h30min, na Rádio Cultura 1110 - Mais Feliz com Jesus. O programa “Igreja nas Casas” tem a finalidade de ‘evangelizar’ aprofundando e transmitindo o anúncio da Palavra de Deus, levando as pessoas a participarem dos GBF e das CEBs. Esses são os lugares onde as pessoas tem oportunidade de conhecer os ensina-

mentos de Jesus e a partir daí fazer a experiência do encontro com Ele junto aos irmãos e irmãs. Através da Palavra de Deus, de reflexões e testemunhos, o programa anima e fortalece a vivência das CEBs e dos GBF nas comunidades. O programa “Igreja nas Casas” completou no mês de agosto o seu segundo ano. Deixe sua mensagem sobre o temas refletidos e faça contato pelo email: programa igrejanascasas@gmail.com com o coordenador do programa Volmar de Souza Netto Netto.


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Geral

Outubro 2012

Jornal da Arquidiocese

Paróquia de Botuverá: 100 anos de história Divulgação/JA

Uma Celebração Eucarística realizada na manhã do dia 30 de setembro marcou as comemorações do centenário da Paróquia São José, em Botuverá. Presidida pelo nosso arcebispo Dom Wilson TTadeu adeu Jönck Jönck, o evento contou com a presença de 22 padres concelebrantes, 12 deles filhos da terra, e do superior provincial da Congregação do Sagrado Coração de Jesus (dehonianos). A celebração foi precedida pelo descerramento de uma placa comemorativa ao centenário. O evento contou com a presença de lideranças de todas as 10 comunidades, que fizeram a entrada na igreja trazendo o padroeiro de cada uma delas. A Paróquia, desmembrada da matriz de Brusque, é uma das primeiras dehonianas do Brasil. “Foi uma linda e muito participativa celebração”, disse Pe. Osvaldo Rech Rech, SCJ, administrador paroquial. A data deveria ter sido celebrada no dia 28 de agosto, mas por vários motivos, optou-se por celebrar em uma data posterior que fosse mais propícia à participação da comunidade. Localizada a 150 km de Florianópolis, Botuverá faz divisa com Brusque. Colonizada por italianos, conta com uma população próxima de 5 mil habitantes, a menor da Arquidiocese, mas com maior porcentagem de católicos,

Celebração Eucarística, presidida pelo nosso arcebispo Dom Wilson, contou com a presença das 10 comunidades da Paróquia com cerca 99,8% dos habitantes. Desde sua criação ela está aos cuidados dos padres da Congregação do Sagrado Coração de Jesus (Dehonianos). Num passado, a principal fonte de renda das famílias vinha da agricultura, apesar de o município ter um relevo bastante acidentado. Atualmente, boa parte da economia vem da extração do calcário. Mas, essa cultura perdeu espaço para as indústrias têxteis e move-leiras. A atividade só não cresce mais pela carência de material humano para dar conta do trabalho. O turismo é também uma promessa. O relevo que dificulta a agri-

cultura cria belos cenários e, aliando a abundante água com o calcário, favoreceu a criação de várias grutas. Elas fazem parte do Parque Municipal das Grutas de Botuverá. Uma delas tem mais de 250 metros de profundidade e é tida como “a mais bonita da América do Sul”. O acesso até as belezas naturais é difícil. Boa parte é feita ainda em chão batido. Isso dificulta o desenvolvimento do turismo, como também traz dificuldades ao campo pastoral. Pe. Osvaldo Rech Rech, Administrador Paroquial local, diz que há comunidades distantes entre 25 a 30 km da Matriz e que são visitadas 2 (duas) vezes por mês.

Dialeto é a “língua oficial” do município Os primeiros imigrantes italianos, vindos por volta de 1876, vieram da província de Bergamo, região norte da Itália. Com eles, veio o dialeto falado naquela região. Passados tantos anos, a comunidade continua cultivando os costumes e a cultura herdados. Mas o que mais chama a atenção é a língua. Nas casas, no comércio e até mesmo no banco, a língua oficial para a maioria da população é o dialeto ítalo-bergamasco.

Para manter viva a memória e cultura dos primeiros imigrantes, há 21 anos, sempre em junho, se realiza a Festa Bergamasca Bergamasca. O evento chega a reunir cerca de sete mil pessoas, em três dias, com abundância de vinho, queijo, polenta e outras comidas típicas italianas, danças folclóricas e atrações artísticas e musicais. O ponto forte é a missa em bergamasco. Os padres naturais de Botuverá são convidados a presidirem a celebração.

Paróquia vocacional

Nos 100 anos de presença na comunidade, o trabalho dos padres dehonianos sempre esteve voltado para o despertar de novas vocações. Ao longo desses 100 anos foram despertadas 21 vocações presbiterais, 1 Irmão Religioso e 24 vocações religiosas femininas. Atualmente 5 seminaristas estão se preparando no Seminário Sagrado Coração de Jesus, para se ordenarem presbíteros.

História do município mais católico da Arquidiocese Não se sabe ao certo o ano em que foi construída a primeira igreja dos imigrantes italianos, em Botuverá. Sabe-se que era uma simples construção de madeira, onde se reuniam os fiéis, dominicalmente. De tempos em tempos eram servidos por um padre vindo da Paróquia de Brusque. A atual Igreja Matriz foi construída em 1899; sendo mais tarde reformada e ampliada. A Paróquia São José de “Porto Franco” (como era denominada), foi criada por Decreto de Dom João Becker, primeiro bispo de Florianópolis, no dia 28 de agosto de 1912, com território totalmente desmembrado da Paróquia São Luís Gonzaga. O primeiro Pároco nomeado foi o Pe. João Stolte SCJ, que fixou residên-

Selo comemorativo ao centenário cia em Botuverá, em meados de setembro de 1912. De 1920 a 1939, a Paróquia ficou sem pároco residente, sendo assistida pelos padres da Paróquia de Brusque. Em 18 de março de 1949, o então Vigário de

Botuverá, Pe. Bernardo Köewner SCJ, transferiu sua residência para Vidal Ramos, de onde passou a atender a Paróquia. Em janeiro de 1951 foram desmembradas de Botuverá algumas Capelas, que passaram a integrar a Paróquia de Vidal Ramos, hoje pertencente à Diocese de Rio do Sul. Em 6 de agosto de 1961, após a bênção da pedra fundamental, por Dom Joaquim Domingues de Oliveira, foi iniciada a construção da nova Casa Paroquial. Sua inauguração foi realizada em 1962, por ocasião dos festejos comemorativos do cinqüentenário de criação da Paróquia. No mesmo ano, aos 7 de maio de 1962, Botuverá era desmembrada de Brusque e elevada à categoria de Município.

A imagem da roda nos escritos de Hildegarda Os escritos de Santa Hildegarda de Bingen são ricos de imagens e metáforas de rico valor simbólico e alusivo. Um dos apelos alegóricos mais recorrentes nas suas visões é sem dúvida o da Roda, imagem que ocupa um lugar de destaque nas suas obras e nas suas teorias cosmológicas. O termo é utilizado para destacar a perfeição da Trindade e a harmonia entre microcosmo e macrocosmo, isto é, entre o homem e a criação, e tem dois valores principais: Deus e a criatura. O Liber divinorum operum, último trabalho da Santa, concluído exatamente pouco antes da sua morte, é, sem dúvida, a summa do seu pensamento, e nele a imagem da roda encontra o seu mais perfeito cumprimento. No episto-lário, que recolhe suas cartas, o recurso ao termo roda é, por vezes, usado para falar do homem, mas sobretudo para falar de Deus, principalmente para definir Sua eternidade e Seu poder. Na primeira das obras da trilogia profética, o Scívias, Hildegarda usa a roda sobretudo na visão X da parte III, onde descreve um homem colocado no seu centro. A figura está voltada contra o vento Aquilão e traz na mão um ramo, mantendo-se parada enquanto a roda se move. No comentário à visão, Hilde-garda explica a roda como a misericórdia de Deus que envolve o homem e o confirma nas tentações. O centro da roda, também no Scívias, está relacionado a uma manifestação da imagem de Cristo representada com círculos concêntricos, em cujo interior aparece uma figura humana de cor azulada, Cristo, verdadeiro Deus e verdadeiro homem (livro II, visão V). É esta a imagem trinitária, tirada das miniaturas do Scívias, que hoje está representada também sobre o altar da Igreja de Rüdesheim, onde se encontra a urna contendo os restos mortais da Abadessa. Quem conseguiu acolher a profundidade do Verbo, segundo Hildegarda, se move como uma roda, porque o homem que vive na graça de Deus entra na cadência divina seguindo o exemplo de Cristo, primeiro e verdadeiro centro da roda trinitária, segundo um conceito muito caro ao pensamento hildegardiano.

A imagem da roda continua muito presente na segunda obra da trilogia profética, o Liber vitae meritorum, onde Hildegarda descreve alegoricamente um vício ao qual contrapõe a virtude correlata, apresentada somente em forma de voz. Em seguida, para cada um desses aspectos são expostos os castigos relativos e os prêmios do além. No início da obra, Hildegarda vê um Vir (homem), que indica Deus, ou seja Cristo, Deus feito homem. Esse homem tem uma altura tal que toca as nuvens, chegando a alcançar o abismo com os pés, estendendo-se, assim, por todo o universo. O seu vulto é resplendente de luz. O homem, nas primeiras quatro partes da obra, olha na direção de cada um dos pontos cardeais. Na quinta parte, contempla todo o mundo e, na última, se move com os quatro cantos da terra. Em cada uma dessas ações, para Hildegarda, apresentam-se as visões dos vícios e das virtudes e uma voz celeste lhe explica o significado correto das alegorias que vê. Na sexta e última parte, Hildegarda vê os homens que, depois do Juízo Universal, estarão nas fileiras dos bem-aventurados. Esses, pelo seu ardor de santidade, são comparados ao aro dourado de uma roda. Do mesmo modo, as almas santas, que servem a Deus na vida monástica, avançam em rodas de ouro. Finalmente é Cristo que fala, definindo a sua encarnação como uma roda onde são renovados os seres humanos. No centro dela, Ele põe o povo espiritual que vence as tentações do mundo. Annarita Zazzaroni Universidade de Bolonha Trad. Pe. Edinei da Rosa Cândido


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Missão 13

Outubro 2012

Missionária relata seu trabalho na África A jovem missionária leiga Zenir fala do trabalho missionário que realiza em Moçambique

Desde 08 de junho encontrome em Moçambique, na África. Estou na Diocese de Téte, onde moro em Boroma, juntamente com duas Irmãs Catequistas Franciscanas que são muito simples e acolhedoras. Aprendo com elas a cada dia. Aqui está situada a primeira Missão de Moçambique (1885, Jesuítas): é uma paróquia com 19 comunidades, algumas muito distantes. A diocese completou 50 anos e, mesmo com a falta de sacerdotes, as religiosas(os) e missionários (as) os que aqui estão, juntamente com Dom Inácio Saure, bispo desta Diocese, trabalham sem medir esforços. Estou me adaptando ao clima, aos costumes, tradições e à língua local. Mesmo sendo o português a língua oficial, a maioria do povo fala a língua materna. Aqui

sobrevive-se com pouco, e o dia começa muito cedo, antes do raiar do sol. O povo caminha distâncias para pegar água, seja no poço ou no rio. O tempo das chuvas inicia este mês e vai até março, mas no último ano pouca chuva caiu... Esta é também a época do plantio , para colher depois e armazenar para o decorrer de todo o ano e até as outras chuvas. A educação deficiente, a Sida/ AIDS com as doenças subse-quentes, a malária e a tuberculose, o tráfico de órgãos humanos, a falta de emprego, o êxodo, as grandes empresas com seus mega-projetos, entre elas algumas brasileiras... Elas vêm trazer investimentos e desenvolvimento de um lado, mas também outras consequências no meio ambiente como também na história e cultura do povo. Esses, uns dos tantos desafios do estado de Téte. Alguns dos movimentos e pastorais existentes na paróquia: Legião de Maria, Infância e Adolescência Missionária, Catequese, Juventude. Tenho visitado doentes e levado a Sagrada Comunhão, e também ministro aula de reforço para crianças. Estamos também trabalhando na formação das lide-

Divulgação/JA

Desde maio deste ano, a Arquidiocese conta com uma jovem missionária leiga em Moçambique, na África. Ela acompanha as irmãs Catequistas Franciscanas na Missão inaugurada este ano. Após quatro meses no país, onde ainda permanecerá por pelo menos dois anos, ela fala das suas impressões o do trabalho que realiza.

Zenir realiza serviço de reforço escolar para crianças de Moçambique. Ela está lá desde maio deste ano, e deve permanecer por dois anos ranças nas comunidades. Neste mês das Missões, quero convidar todo o Povo de Deus a assumir e renovar sua missão, a partir do batismo, pelo qual Deus mesmo nos envia a dar frutos na vida quotidiana, nas mais diversas circunstâncias. Onde é necessário estar, o que é necessário fazer, o que precisa de mais atenção para acontecer? Esta deve ser a nossa pergunta, porque é lá que todo batizado e

batizada deve se colocar, essa é a missão, e a missão é de todos nós. Devemos estar sempre a serviço da vida, atentos como Maria de Nazaré que nas Bodas de Caná logo percebeu a necessidade surgida e não se calou. Ela não ficou quieta deduzindo que Jesus, sendo Deus, iria perceber o que estava prestes a acontecer e, como num passe de mágica, do nada faria surgir vinho. Não, ela foi e colocou o problema, fez a sua parte. Foi preciso que car-

regassem bastante água, muitas foram as viagens, quantos baldes e bidões para tantas talhas, e só então é que o milagre aconteceu. Assim é no nosso dia a dia. Como Maria, precisamos fazer toda a nossa parte. Depois, o que irá acontecer já pertence a Deus. Oxalá em toda a terra se multiplicassem as Marias! Bendita Maria de Nazaré, a primeira missionária, mulher atenta que está sempre a serviço! Se ela estivesse entre os convidados sentados lá na mesa, que fariam os noivos naquela noite? Mesmo quando parecer que Jesus não nos ouve, não desanimemos. Simplesmente, como recomendou Maria aos empregados, façamos “tudo o que Ele nos disser”. E então, também para nós, Jesus vai manifestar sua Glória, e muitos novos discípulos nele crerão. Se você fizer a sua parte, algo bom acontecerá, ainda que você não chegue a ver. A Eucaristia é o elo que nos une, e então já não haverá distância entre nós. Conto com as orações de vocês. Um abraço a todos. Com estima, Zenir Gelsleichter contatos: zenirg@gmail.com

Congresso Arquidiocesano reuniu pequenos missionários ordenadora do Conselho Missionário Regional - COMIRE. A Celebração Eucarística foi realizada às 11h, presidida pelo Pe. Paulo De Coppi, grande incentivador do tra-

balho missionário na Arquidiocese, que agora reside em São Paulo, e concelebrada pelo Pe. Marcelo Fraga Fraga, o pároco, e pelo Pe. Angelo, do Amapá. Foto JA

Mais de 150 crianças e adolescentes, representando sete paróquias da Arquidiocese, estiveram reunidos no dia 23 de setembro na Igreja Matriz da Paróquia São Francisco de Assis, em Aririú, Palhoça, para participar do Congresso da Infância e Adolescência Missionária - IAM. Com o tema “O coração da infância e adolescência missionária é da cor dos cinco continentes” e lema “De todas as crianças do mundo sempre amigas”, o evento foi promovido pelo Conselho Missionário Diocesano – COMIDI, e a coordenação Arquidiocesana da Infância e Adolescência Missionária. Durante a manhã, os participantes contaram com gincana bíblica e dos continentes, e atividades de recreação com premiações, animada por Leka Paim Paim, co-

Animado pela missionária Leka, evento reuniu mais de 150 participantes

Em sua homilia, Pe. Paulo falou do trabalho da infância e adolescência missionária, da importância e da sua missão. “A Infância e a Adolescência Missionária têm o coração aberto a receber, sem preconceitos e distinções”, disse. Depois, concedeu a palavra ao Pe. Angelo, que falou do trabalho realizado no Amapá, um dos estados amazônicos. À tarde, os participantes tiveram mais momentos de lazer, descontração, assistiram e participaram do Boi de Mamão da comunidade N.Sra. dos Navegantes, pertencente à paróquia. Durante todo o dia, o evento contou com a animação da banda “Auge”, da paróquia anfitriã. Esta foi a terceira vez que a Paróquia sediou o evento. Ela conta com a Infância e Adolescência

Missionária há mais de 15 anos, em cinco comunidades, com mais de 80 participantes. “Eles atuam na Liturgia, auxiliam na Festa do Divino e são presença forte na Paróquia”, disse Fernanda da Silva Silva, coordenadora paroquial da IAM. Segundo Leka, a Infância e Adolescência Missionária estão presentes em cerca de 25 comunidades da Arquidiocese. “Em algumas, o trabalho caminha bem; em outras, ainda depende muito do incentivo dos padres”, disse. Para ela, a dificuldade na dinamização do trabalho é que muitos o encaram como mais uma atividade paroquial, quando a IAM deve ser um auxílio para a própria catequese. Mais informações pelo f one (48) 3222-95 72 com 3222-9572 Leka, ou pelo e-mail leka@ missaojovem.com.br


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Geral

Outubro 2012

Foto JA

Mons. Agostinho Uma vida e ação pastoral dedicada aos meios de comunicação Após dedicar sua vida e ação pastoral à evangelização através dos meios de comunicação, Mons. Agostinho Staëhelin decidiu “pendurar as chuteiras”. No último mês ele deixou a coordenação da Missa na TV, trabalho que realizava desde fevereiro de 1983, há quase 30 anos. Em entrevista ele explica porquê tomou essa decisão, como vai ficar o programa a partir de agora, lembra os outros serviços que já realizou através dos meios de comunicação e fala do uso das novas tecnologias na evangelização. Jornal da Arquidiocese - O senhor comunicou que não mais coordenaria a Missa na T V, q ue é transmitida ttodos odos que os domingos pela BandSC. Por que tomou essa decisão? Mons. Agostinho - Eu tomei essa decisão porque estou doente, com dificuldades para escrever o script, não posso mais dirigir, não posso mais acompanhar a equipe de liturgia e orientar o pessoal da técnica. Assim, optei por deixar o programa que fazia há 29 anos. Meu trabalho era de coordenar as equipes de Liturgia, ver os padres para celebrar, orientar a equipe técnica quanto às mudanças de câmera e coisas assim. JA - Como vai ficar a missa a partir de agora? Mons. Agostinho - Há alguns meses, com a consciência das minhas limitações, havia solicitado que Dom Wilson nomeasse outro padre

para assumir esse serviço. Dessa forma, assumiu o trabalho o Pe. Waldemar Groh, que já há algum tempo acompanhava a Missa na TV. Ele vai manter a mesma equipe e a mesma estrutura. Tudo vai permanecer como estava, só não mais com a minha coordenação. Também vai continuar com a Associação Mensageiros do Evangelho - AME, que com seus quase 200 associados ajuda a manter o programa. JA - Que avaliação o senhor faz desse trabalho? Mons. Agostinho - A Missa na TV atinge uma média de 80 mil pessoas de cerca de 90% do Estado, onde a BandSC alcança. É o programa de maior audiência na TV naquele horário, e o programa há mais tempo no ar hoje em Santa Catarina. A maioria dos telespectadores são pessoas adultas e que não poderiam ir a missa por estarem com algum tipo de impossibilidade. Antes ela funcionou por alguns anos na CNT, até ser comprada pela Record. No dia seguinte já fechamos com a BandSC e lá estamos há cerca de 20 anos. Que igreja consegue reunir 80 mil pessoas todos os domingos? Nenhuma aqui. Então, a Missa na TV é muito importante. Sempre ouço pessoas dizendo que acompanharam a missa num período em que estavam doentes, ou com algum outro problema. Então ela também cumpre o seu papel evangelizador. JA - A Arquidiocese tem hoje duas rádios a seu servi-

Mons. Agostinho, 88 anos, prestes a completar 60 anos de padre, dedicou boa parte de sua ação pastoral a evangelizar pelos meios de comunicação

É fantástico o uso que alguns padres fazem das novas mídias na evangelização. Elas devem ser exploradas ainda mais”.

ço. Mas por duas vezes tivemos a oportunidade de ter uma rádio há bem mais tempo. Conte essa história. Mons. Agostinho - Eu entrei duas vezes com pedido de concessão de rádio e perdi por influências políticas. Isso, na década de 70. Também, na época, a Arquidiocese não demonstrou interesse. Tinham receio de assumir. Hoje temos duas rádios (Cultura 1.110 AM, de Florianópolis, e Católica AM 1.500, de Balneário Camboriú) e tantas rádios comunitárias com a coordenação ou presença da Igreja. JA- Além do trabalho na Missa na TV e as tentativas na rádio, o senhor também se aventurou pelo meio impresso. Mons. Agostinho - Na década de 60, Pe. Quinto Davide Baldessar, pároco do Santuário de Fátima, criou “A Voz do Estreito”.

Retalhos do Cotidiano

Depois, o jornal parou. Quando assumi a paróquia em 1982, ressuscitei o jornal. Era um informativo mensal voltado à comunidade, com artigos de todos os assuntos. Não tínhamos publicidade e imprimíamos o jornal na Impressa Oficial gratuitamente. Foi através dele que foi criado o Jornal “Missão Jovem”. Pe. Paulo viu o trabalho e se interessou em publicar um jornal missionário, mas não tinha estrutura. Recomendei publicarmos como encarte. Hoje o Missão Jovem está no mundo todo. Quando em 1996 foi criado o Jornal da Arquidiocese, encerrei “A Voz do Estreito”. Achava que não precisávamos de dois jornais na paróquia. Ele funcionou por uns 10 anos. JA - O Jornal da Arquidiocese é também fruto do seu trabalho de evangelização pelos meios de comunicação. Mons. Agostinho - Lembro de

ouvir Dom Afonso comentar: “Uma paróquia tem um jornal e a Arquidiocese não tem”. Na época, a Arquidiocese tinha apenas a “Revista Pastoral de Conjunto”, que era feita pelo Mons. Affonso Emmendoerfer e distribuída apenas para os padres e algumas lideranças. Funcionou por mais de 20 anos. Quando em 1996 pensou-se em criar o Jornal da Arquidiocese, participei de todo o processo de criação. Apoiei muito a ideia, dando coragem. Como já tinha a Missa na TV e tinha a Associação Mensageiros do Evangelho, fiquei encarregado da publicidade para manter o Jornal. JA - Hoje há muitos padres utilizando as mídias. Como o senhor vê esse maior interesse dos padres pelos meios de comunicação? Mons. Agostinho - Acho fantásticas as novas mídias e o uso que alguns padres fazem dela. Recebo por e-mail mensagens lindíssimas que são repassadas a tantas outras pessoas. O e-mail, sites, blogs, Facebook e Twitter são ferramentas ótimas e que devem ser exploradas ainda mais pelos padres. A Igreja precisa aderir a essas novas ferramentas na evangelização. Se não, fica pesada, sempre com a mesma forma de passar a mensagem. Ainda bem que hoje os padres estão mais abertos a utilizá-las. Também acho importante os jornais e boletins informativos paroquiais, mas lamento que muitos padres desvalorizem o Jornal da Arquidiocese diocese. Uma mídia não substitui a outra. Temos que fortalecer o que temos. Hoje temos quase dois milhões de habitantes, e o Jornal da Arquidiocese só tem 24 mil exemplares, e em muitas paróquias ele é mal aproveitado.

Carlos Martendal

Preguiça

Amor A força do amor: loucura para o mundo, mas sabedoria de Deus para quem procura segui-lo, servindo-o nos irmãos. E que irmão mais e melhor se pode servir senão a mulher, o marido, o pai, a mãe, o filho, a filha?

Amor 2 O amor percebe aquilo de que o outro tem necessidade e, quando vai ao encontro, encontra o verdadeiro sentido da vida.

Aparências Ela parecia tonta: ia pra lá e pra cá, parava e andava, andava e parava. E levava, nas costas, a sua carga. Mas tinha endereço certo: a casa, o formigueiro. É bom imitá-la: embora pareça que vamos ziguezagueando, estamos com o fardo às costas, indo pelo caminho certo para a casa do Pai!

Jornal da Arquidiocese

Paralelepípedo O paralelepípedo conhece meus passos e sabe qual é o meu peso. Sou chamado a imitá-lo:

Mãos

conhecer os passos dos que caminham comigo, suportar seu peso, ajudar a carregar seu fardo.

O cristão é aquele que dá a mão. E, porque dá a mão ao irmão, é aquele que se candidata a chegar ao céu de mãos vazias, porque, o que tinha, foi dando a quem precisava.

Quanto perdem, os que ficam deitados no caminho! Revolvemse no pó, quando foram criados para inebriar-se com as estrelas... Vestem-se de trapos, quando poderiam estar trajados com finas vestes... Contentam-se com a ferrugem, quando poderiam reves-

tir-se de ouro. O preguiçoso perde o que o trabalhador ganha, desperdiça o que o trabalhador ajunta. E nunca está contente, porque a preguiça corrói a alegria que Deus coloca no coração como dom aos que se fatigam para servir e amar.

Adoção

Capacidade

Disse alguém: “O nosso filho nós amamos porque é nosso; o filho adotivo é nosso porque nós o amamos”.

Apego

Que Deus nos livre do apego às coisas que passam, mas façanos apegados àquilo que constrói para a vida eterna: o amor, o amor que se solidariza, que acode, que socorre, que dá vida.

Quanto bem fazem os que têm a capacidade de servir, de não ouvir falar mal do próximo, de elogiar as virtudes do irmão, de “alegrar-se com os que se alegram e chorar com os que choram” (Rm 12,15). E os que são incapazes de promover a discórdia, de semear desconfiança, espalhar indiferença. São pessoas-dons que renovam a face da terra!


Jornal da Arquidiocese

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Outubro 2012

Arquidiocese terá sua primeira APAC

C onhecendo as Forças Vivas da Arquidiocese

Colégio Catarinense

107 anos trabalhando pela educação

Representante nacional da entidade esteve em Florianópolis, conheceu o trabalho realizado e orientou as próximas ações Foto JA

A Associação de Proteção e Assistência aos Condenados - APAC, de Florianópolis, promoveu na tarde do dia 26 de setembro um encontro de formação. Realizado no Tribunal de Justiça de Santa Catarina, o evento contou com a assessoria de Roberto Donizetti de Carvalho Carvalho, gerente de metodologia da Fraternidade Brasileira de Assistência aos Condenados - FBAC. Estavam presentes associados da APAC, voluntários da Pastoral Carcerária, representantes do Ministério Público, do poder judiciário, do Governo do Estado e do Sistema Prisional. Durante sua palestra, Roberto falou sobre o sistema APAC, seu funcionamento e resultados para a sociedade. Também apresentou vídeos mostrando as diferenças entre o sistema atual e a metodologia da APAC, que simplesmente cumpre a LEP, Lei de execução Penal. Roberto também conheceu o trabalho desenvolvido pela Pastoral Carcerária e analisou as ideias da equipe para a criação do trabalho em Florianópolis. “Vocês estão no caminho certo. Têm uma equipe bem organizada, disposta ao trabalho e seguindo os caminhos adequados. A FBAC está sempre à disposição de vocês”, disse. Desde 2006, a Pastoral ad-

Roberto representou a FBAC, entidade que orienta os trabalhos nas APACS, e avaliou como bastante positivo o trabalho realizado até aqui ministra a oficina de serigrafia chamada “Estampa Livre”, junto à capela São Dimas. Na continuidade da oficina, está a Galeria B. Roberto propõe readequar o espaço dessa galeria, instalando aí uma APAC. A ideia é aproveitar três salas construídas pela Pastoral para as atividades de laborterapia. O local tem capacidade para acolher 40 presos. “Essa readequação poderia servir como referência para levar a APAC para todo o Estado”, disse Roberto. Evidentemente, para que o projeto possa ser colocado em prática, precisa-se da aprovação

do Governo do Estado. “Todos os custos com as obras serão arcados pela Pastoral. Mas ainda dependemos da liberação do Estado, que é o responsável pelos presos”, disse Leila Pivatto Pivatto, presidente da APAC. Carolina Moreira Suzin, Promotora e coordenadora do Centro de Apoio Operacional dos Direitos Humanos, foi uma das presentes ao encontro. Ela participou, para conhecer. “O sistema APAC parece trazer bons resultados na ressocialização dos presos. O Ministério Público se coloca à disposição para avançar nesse ideal”, disse.

Congresso Regional da Pastoral Familiar A cidade de Lages sediou nos dias 28, 29 e 30 de setembro o VII Congresso Regional da Pastoral Familiar. O evento reuniu mais de 100 participantes. A Arquidiocese esteve representada por oito casais. O evento teve como tema “Família: pessoa e sociedade no trabalho e na festa” e lema: “Somos cidadãos da Família de Deus”. O Congresso teve como objetivo a partilha de experiências, dando ao Congressista subsídios para melhor alicerçar o seu trabalho de Pastoral nas Dioceses catarinenses e assim poderem contribuir para fortalecer a instituição familiar. A condução do Congresso ficou

por conta do Pe. Dorli Ribeiro e com a presença de várias autoridades eclesiais e palestrantes já bastante conhecidos na área da família: Dom Severino Clasen, bispo de Caçador, Padre Evaristo de Biasi , a terapeuta familiar Cleusa Thewes, Bosco e Eunides, o Padre José Roberto Moreira, Sirlei Kroth, Marivone e Volnei. Além da presença de Dom Irineu Andreassa, bispo de Lages. Festas e apresentações culturais sulistas, além da apresentação de uma peça teatral enfatizando a figura jurídica da “Alienação Parental”, culminando com a 2ª Caminhada das Famílias, desde o local do Congresso até a Ca-

tedral de Lages, deram ao Congresso o brilho condizente com a própria organização. Durante o encontro foi definido que o próximo congresso será realizado em Joaçaba, em 2015. Vilma FFe e tt er tter er, que com seu esposo Nestor coordenam a Pastoral Familiar na Arquidiocese, avaliou o congresso como muito positivo. “Vivenciamos momentos fortes e desafiadores que nos são propostos como casais cristãos à serviço da evangelização”, disse. Segundo ela, a partir do congresso, a equipe se sente desafiada a realizar um Congresso Arquidiocesano em 2013.

O Colégio Catarinense, como centro educativo da Companhia de Jesus em Florianópolis, participa de um legado de mais de quatro séculos dedicados à educação. Desde o primeiro colégio, fundado em Messina, na Itália, em 1548, os jesuítas têm prezado por uma formação acadêmica consistente, almejando a excelência acadêmica e humana. Atualmente, existem cerca de 200 centros jesuítas de ensino superior no mundo. Só na América Latina, são 95 colégios jesuítas, que atendem a mais de 90 mil estudantes, dos quais em torno de 3000 estudam no Catarinense. O Colégio beneficia-se dessa sólida tradição, e, como obra da Companhia de Jesus, conta para isso com um corpo docente qualificado e em contínua atualização. No intuito de proporcionar aos estudantes um rico espaço de aprendizagem, a proposta formativa transcende o mero aprender a ler, a escrever e a calcular, e também vai além do passar de ano ou ser aprovado no vestibular. Contribui para que os alunos alarguem seus horizontes, encontrando formas criativas e consistentes de enfrentar os vestibulares da vida. Isso requer uma educação ampla e integral, com o pressuposto de que seus alunos, mais que pessoas de sucesso, devem ser homens e mulheres de valores, capazes de enfrentar os desafios atuais, imprimindo marcas positivas por onde passarem. Uma educação preocupada em desenvolver valores prepara o aluno para enfrentar os diferentes desafios inerentes a uma sociedade marcada pela competição, autossuficiência, consumismo, na qual rareiam os elementos éticos e evangélicos. O Colégio Catarinense não

descuida da identidade cristã, oferecendo momentos de cultivo espiritual, preparação catequética e celebrações eucarísticas. Num cenário complexo de educação, muitos desafios permeiam nossos processos educativos. Dentre eles, destacamos o desafio ecológico, ao qual queremos responder de forma transverLixo sal apostando no Projeto “Lixo Zero Zero”. Cientes de que o cuidado com o planeta é imprescindível para viabilizar a vida na Terra e o futuro dos alunos, esperamos educar a Comunidade Educativa para uma maior consciência ecológica. Como promotor de uma educação para a solidariedade, o Colégio participa da campanha Inacianos pelo Haiti “Inacianos Haiti”, organizada pela Federação Latino Americana dos Colégios Jesuítas, que trabalha pela construção e reconstrução de escolas e a formação de professores no Haiti, auxiliando a reestruturação da rede escolar. Para isso, o projeto conta com Fé e Alegria o Movimento “Fé Alegria”, que já atua há seis anos no país. O Colégio Catarinense abre as portas para que todos possam encontrar formas criativas, alegres, lúdicas, responsáveis e organizadas de educação, que promovam e construam um mundo mais justo, fraterno e solidário. Para muitos professores, funcionários e alunos, o Colégio Catarinense assemelha-se à segunda casa, um lugar de convívio e partilha, de encontros e aprendizagens, afetos, organização e autonomia, liberdade e compromisso. Mais informações no site www.colegiocatarinense.g12.br ou pelo ffone one (48) 325 1-1 500. 3251-1 1-1500.

Estudantes diante do Colégio tendo o prédio principal ao fundo


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Geral

Outubro 2012

Jornal da Arquidiocese

Meia Praia é a nova paróquia da Arquidiocese Pe. Francisco Guesser foi nomeado pároco da primeira paróquia criada por Dom Wilson Foto JA

Encontro regional reúne catequistas e liturgistas Lideranças de nove dioceses do Regional refletiram sobre a Sacrosanctum Concilium

Durante celebração, Pe. Francisco disse que assume a nova paróquia como quem vem para servir e que dará continuidade aos trabalhos falou sobre a missão que assume. “Vim para dar continuidade ao trabalho dos padres que por aqui passaram. Venho para coordenar o que existe e buscar avançar. Assumo vocês como minha família e estarei sempre presente para servir”, disse. Ao final da celebração, em entrevista, ele falou sobre os seus projetos para essa sua nova missão. O primeiro desafio, segundo ele, é a inculturação, conhecer as comunidades e começar a trabalhar. Conhecido por ser construtor, já tem a ideia de ampliar a atual igreja ou construir uma mais ampla. Durante a temporada de verão, a igreja

fica completamente lotada, não abrigado adequadamente os fiéis. O diácono Nilvo Jacob Sens, 81 anos e diácono há 23 anos, embora esteja afastado por motivos de doença, era um dos que acompanharam a celebração. Morador da comunidade há 31 anos, estava feliz com a elevação a paróquia. “É a concretização de um sonho que por muito tempo lutamos para conseguir. A Igreja tem muito a ganhar com a criação da Paróquia”, disse. Mais fotos no site da Arquiwww.arquifln.org.br ), www.arquifln.org.br), diocese ((www.arquifln.org.br clicar em “Álbum de fotos”.

Lideranças da CNBB - Regional Sul IV (SC) estiveram reunidas dos dias 14 a 16 de setembro para participar do Seminário de Liturgia e Catequese. Realizado no Centro de Encontros Imaculada Conceição, em Nova Trento, o evento contou com a participação de 82 lideranças, representando nove dioceses do Regional. O encontro é realizado anualmente, a cada vez alternando a diocese. Durante os três dias, os participantes refletiram sobre a “Sacrosanctum Concilium”, em comemoração aos 50 anos do documento. A assessoria ficou por conta do Pe. Marcelino Sivinski, escritor e liturgista. Ele utilizou a edição didática popular do documento. Em sua reflexão, ele falou que é preciso promover a participação ativa dos fiéis. Levar em conta o caráter didático e pastoral da

Sacrosanctum Concilium para provocar um entendimento melhor da Liturgia. Ainda disse que, a partir do batismo, todos os fiéis são os responsáveis pela liturgia. O encontro contou com a presença de Dom Manoel João Francisco Francisco, bispo de Chapecó e referencial da Liturgia no Regional. Também contou com a partiar císio P edr o cipação do Pe. TTar arcísio Pedr edro Vieira Vieira, coordenador da comissão Arquidiocesana de Liturgia, e de Irmã Marlene Bertoldi Bertoldi, coordenadora arquidiocesana e Regional de Catequese. “O encontro foi muito bom porque proporcionou que entendêssemos corretamente os ritos, símbolos, sinais e gestos da Liturgia. Também pelo compromisso dos participantes em viver uma verdadeira Liturgia nas dioceses, paróquias e comunidades”, disse Irmã Marlene. Divulgação/JA

Sagrado Coração de Jesus, em Meia Praia, Itapema é a mais nova paróquia da Arquidiocese. A Celebração Eucarística que oficializou a criação da paróquia foi realizada no dia 16 de setembro, às 9h30min, presidida pelo nosso arcebispo Dom Wilson TTadeu adeu Jönck Jönck. Durante a solenidade, Pe. Francisco José Guesser foi empossado como o seu primeiro pároco. A Igreja Matriz estava lotada de fiéis que vieram das cinco comunidades que compõem a Paróquia. O evento contou com a presença do Pe. Mário Sérgio do Nascimento mento, pároco da paróquia de Santo Antônio, que cedeu o território para a nova paróquia. Durante a solenidade, uma pessoa da comunidade leu uma breve biografia do pároco, que tem 59 anos e 23 de vida presbiteral. Nesse tempo, sempre trabalhou em paróquia: Governador Celso Ramos, Biguaçu e Sagrados Corações, em Barreiros, São José. Diácono Rinaldo Poggetti dos Santos leu a provisão de criação da paróquia e do pároco. Em seguida, pessoas da comunidade trouxeram a estola, o Evangelho, as chaves da igreja, o óleo dos catecúmenos e a chave do sacrário. Para cada um deles, Dom Wilson explicou o significado litúrgico. Pe. Francisco tomou a palavra e

Pastoral forma novas líderes paroquiais A Pastoral da Pessoa Idosa concluiu no dia 29 de setembro a última etapa de capacitação de líderes para a Paróquia São Joaquim, em Garopaba. A capacitação envolveu oito voluntárias, representando cinco comunidades da paróquia. Elas agora estão preparadas para realizar visitas e acompanhamentos domiciliares as pessoas

idosas de sua comunidade. Para a realização da capacitação, contamos com a articulação da coordenadora paroquial Marinês e as líderes Cleci, Tereza, Adelaide e Yara e o total apoio do Pe. Mar cos Deck er Marcos Decker er, administrador paroquial de Garopaba. e alguns seminaristas. Contamos também com a pre-

sença da coordenadora arquidiocesana Carmen Mary de Souza Souto Souto. O encerramento o correu com a celebração da missa de envio presidida pelo Pe. Marcos. Para mais informações sobre a Pastoral da Pessoa Idosa, entre em contato com Carmen, pelo fone (48) 9119-8029, ou pelo e-mail: carmensout o58@y ahoo.com.br carmensouto58@y o58@yahoo.com.br ahoo.com.br.

Assessorado pelo Pe. Marcelino Sivinski, encontro reuniu 82 pessoas


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