Jornal da Arquidiocese de Florianópolis Novembro/2012

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Pe. Luiz Rebelatto: um carmelita que se encantou pela Arquidiocese

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Florianópolis, Novembro de 2012 Nº 184 - Ano XVII

Eventos abrem o Ano da Fé Exposição Bíblica e Peregrinação são alguns dos muitos eventos que marcaram a abertura do Ano da Fé No dia 12 de outubro, todas as paróquias da Arquidiocese realizaram eventos alusivos à abertura do Ano da Fé. Entre esses eventos, detacam-se uma Exposição Bíbliaca e uma Peregrinação. Na Paróquia da Trindade, foi realizada a EXPOBÍBLIA. Durante sete dias, mais de 1,5 mil pessoas visitaram a exposição.

Já a Legião de Maria realizou peregrinação envolvendo mais de 400 pessoas até a gruta de N.Sra. das Graças em Antônio Carlos. Conheça as indicações pastorais para dinamizar o Ano da Fé nas comunidades, pastorais, movimentos e associações. PÁGINA S 08, 15 e 16 PÁGINAS

Tema do Mês

Iniciação à vida cristã Lideranças ficaram atentas às orientações transmitidas pelos assessores das áreas específicas da Liturgia

Formação em Liturgia para lideranças Durante o encontro, participantes receberam formação sobre a pastoral litúrgica, orientações sobre canto e música, e setor do espaço litúrgico Cerca de 500 lideranças da Arquidiocese estiveram reunidas no dia 21 de oububro, no CEAR, em Governador Celso Ramos, para participar de uma formação de agentes para a Pastoral Litúrgica.

Ordenação episcopal e posse de Pe. Salm em Tubarão PÁGINA 03

Participe do Jornal da Arquidiocese

Durante o dia, as lideranças refletiram sobre os 50 anos do Concílio Vaticano II, no contexto do Ano da Fé. O evento contou ainda com a presença do nosso arcebispo Dom Wilson Tadeu

Jönck, que falou da importância da Liturgia. “É através dela que expressamos o melhor da nossa fé”, disse.

Mons. Agostinho celebra jubileu de diamante

ITESC 40 anos: encontro de ex-alunos e sessão especial

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Na atual situação em que os cristãos vão se tornando minoria, a Igreja começa a voltar às fontes e restaurar o estilo catecumenal de formação. O centro do catecumenato é Jesus Cristo e a proposta de um encontro pessoal e encantador com sua pessoa. É cristão quem faz a experiência real do amor de Deus-Pai através do encontro com Jesus Cristo e da conversão total do coração ao seu Evangelho. A paixão por Je-

Festival de Música Jovem terá final em novembro PÁGINA 07

sus e o entusiasmo pela causa do Evangelho são condições para a recepção dos sacramentos da iniciação. Os adultos, sobretudo os pais e mães, são convidados a entrar num processo catecumenal de conversão pessoal, de experiência de Deus, de encontro com Cristo, de unção no Espírito Santo e de fiel pertença eclesial. Realmente convertidos, os adultos é que transmitirão a fé às novas gerações. PÁGINA 04

Seminário prepara lideranças para a CF-2013 PÁGINA 09

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Opinião

Novembro 2012

Palavra do Bispo No dia 24 de novembro deste mês, acontecerá a Ordenação Episcopal de Dom João Francisco Salm. A cerimônia será realizada na Catedral de Tubarão. No mesmo ato litúrgico, ele estará sendo empossado como 6º bispo daquela diocese. Formação e atividades – Sua vida transcorreu na Arquidiocese de Florianópolis. Nasceu em São Pedro de Alcântara em 1952. Com 12 anos entrou no Pré-seminário de Antônio Carlos. Dois anos depois foi para o Seminário Metropolitano de Azambuja onde completou o curso médio. Também em Brusque fez o Curso de Filosofia. Estudou Teologia no ITESC em Florianópolis. Em 30 de junho de 1979 foi ordenado padre por D. Afonso Niehues. Como presbítero trabalhou no Seminário de Azambuja de 1980 a 1991 – três anos como professor e formador e oito anos como reitor. De 1992 a 2008 foi reitor da Teologia em Florianópolis. De 2009 a 2011 foi pároco em Santa Teresinha, Brusque. Durante a sede vacante exerceu a função de Administrador Diocesano (2011) e em 2012

Dom Wilson TTadeu adeu Jönck

Padre formador – A maior parte da sua vida de padre foi dedicada à formação dos novos sacerdotes. Foram 28 anos dedicados a esta atividade. Tornou-se uma referência no trabalho de formação e na promoção vocacional. Foi um tempo de desafios. Buscavam-se novos rumos para a formação depois da renovação na Igreja provocada pelo Concílio Vaticano II. Foi nesse período que foi lançado o Documento sobre a formação - Pastores Dabo Vobis – do Papa João Paulo II Padre da Arquidiocese de Florianópolis – É um digno re-

Palavra do Papa

Bento XVI

A realidade da nova evangelização

Com a Santa Missa celebrada esta manhã na Basílica de São Pedro, terminou a XIII Assembleia Ordinária do Sínodo dos Bispos. Por três semanas enfrentamos a realidade da nova evangelização para a transmissão da fé cristã: toda a Igreja estava representada e, portanto, envolvida nesse esforço, que não deixará de dar os seus frutos, com a graça do Senhor. Primeiro de tudo, no entanto, o Sínodo é sempre um momento de grande comunhão eclesial, e por isso eu quero agradecer a Deus com todos vocês, pois mais uma vez nos fez experimentar a beleza de ser Igreja, e sê-lo hoje, neste mundo tal qual ele está, no meio desta humanidade com as suas dificuldades e esperanças. Muito significativa foi a coincidência desta Assembleia sinodal com o 50 º aniversário da abertura do Concílio Vaticano II, e portanto com o início do Ano da Fé. Repensar o Beato João XIII, o Servo de Deus Paulo VI, no tempo conciliar, tem sido muito bom, porque nos ajudou a reconhecer que a nova evangelização não é uma invenção nossa, mas é uma dinâmica que se desenvolveu na Igreja especialmente a partir da década de 50 do século passado, quando se tornou evidente que mesmo os Países de antiga tradição cristã tornaram-se, como costuma-

Arcebispo de Florianópolis

DOM JOÃO FRANCISCO SALM foi nomeado Administrador Econômico da Arquidiocese. Em duas ocasiões foi Coordenador de Pastoral da Arquidiocese e, enquanto esteve na atividade de formador, era também o responsável pela Pastoral Vocacional. Participou ainda do Conselho de Presbíteros e do Colégio de Consultores.

mos dizer, “terra de missão”. Assim surgiu a necessidade de um renovado anúncio do Evangelho nas sociedades secularizadas, na dupla certeza de que, por um lado, é só Ele, Jesus Cristo, a verdadeira novidade que responde às expectativas do ser humano de todas as épocas, e por outro, que a sua mensagem pede para ser transmitida de modo adequado nos diferentes contextos sociais e culturais. [...]. Confiamos à Virgem Maria os frutos do trabalho da Assembleia Sinodal apenas concluído. Ela, Estrela da nova evangelização, nos ensine e nos ajude a levar Cristo a todos, com coragem e com alegria.

A nova evangelização não é uma invenção nossa, mas é uma dinâmica que se desenvolveu na Igreja especialmente a partir da década de 50 do século passado”.

presentante da Igreja da Arquidiocese de Florianópolis. Representa um tipo de família e de organização familiar. Como tantos outros, recebeu a educação em uma família de imigrantes alemães que tinham a fé e os valores religiosos como centro da vida. Representa ainda o clero da arquidiocese – cultivo pessoal, zeloso no cumprimento dos seus deveres, obediente ao bispo, disposição para construir a Igreja paroquial. Por estas qualidades pessoais, pela visão da Igreja diocesana e o comprometimento com a caminhada cristã, foi escolhido como Administrador Diocesano durante o período da sede vacante. Como administrador foi sereno e discreto, mas eficiente ao envolver os principais setores da Igreja no caminho da comunhão. A mesma competência demonstrou como Administrador Econômico. Foi apenas um ano, mas deixou um sistema administrativo implantado, tendo organizado o patrimô-

Opinião

A morte é uma coisa natural do ser humano. É uma passagem para a vida eterna. Não algo para se lamentar, sofrer, ficarmos desesperados por aqueles que se

Momento de ação de graças – Para a Arquidiocese de Florianópolis é um momento de grande alegria o fato de que mais um dos seus membros tenha sido chamado ao episcopado. É uma grande honra poder colaborar com a Igreja no ministério episcopal. Temos certeza de que esta doação se reverterá em bênçãos para a Igreja arquidiocesana. Somos agradecidos por tudo que Dom João Francisco Salm foi em nossa arquidiocese, pelo seu testemunho de pessoa humana e de sacerdote. Rendemos graças a Deus por todo trabalho realizado durante os 33 anos de sacerdócio dedicados a Igreja de Florianópolis. Pessoalmente agradeço pela amizade e pela ajuda preciosa durante este tempo em que estivemos juntos na condução da Arquidiocese. Todos agradecemos por sua presença entre nós, pelo bem aqui realizado. E pedimos a Deus que o cubra com suas bênçãos e ilumine o seu novo ministério de Bispo em Tubarão.

Todos agradecemos por sua presença entre nós, pelo bem aqui realizado. E pedimos a Deus que o cubra com suas bênçãos e ilumine o seu novo ministério de Bispo em Tubarão”.

co: “Bendita seja a irmã morte!”. Eder Claudio Celva Celva, seminarista de Teologia e paróquia N.Sra. do Perpétuo Socorro, Guabiruba

foram. Eles cumpriram a sua missão aqui e certamente foram para um lugar muito melhor. Deus fez o mundo com tudo que tem de melhor para nós, e entre essas realidades está a morte. A vida terrena é o espaço que temos para nos purificar e elevar o nosso espírito. Então temos que aproveitar essa oportunidade para realizarmos bons gestos, ajudarmos o próximo e, assim, garantirmos um espaço na vida pós-morte.

Quando nos deparamos com a perda definitiva de alguém próximo é que ficamos mais sensíveis a esse tema. Por mais riqueza, poder ou saúde que possa ter um ser humano, não há como impedir o processo natural de morrer. Contudo, nossa condição humana de subsistência nos impele à negação dessa verdade. A nossa atitude de cristão/ã precisa ser de esperança, de coragem e de superação. O caminho não é fácil e a sustentação da certeza de que a vida continua só poderá ser alcançada se tivermos a compreensão da promessa de Jesus Cristo: “Quem crê em mim, não morre para sempre”. Donizeti Mendes Guimarães Guimarães, Paróquia Nossa Senhora da Boa Viagem, Florianópolis

Genesis Duarte Duarte, Paróquia Nossa Senhora do Rosário, Enseada de Brito, Palhoça

Caso queira compartilhar conosco algo que deseje ser refletido nesse espaço, envie sua sugestão para jornal@ar q uifln.org.br uipe. jornal@arq uifln.org.br.. As sugestões serão analisadas pela eq equipe.

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nio e a economia da Arquidiocese.

Para você o que significa a morte?

A morte na visão cristã tem o sentido da vida. Refletir sobre a morte faz com que amemos com mais intensidade a vida. Percebemos hoje que a morte perdeu muito do seu sentido cristão, ou seja, “nossa vida não é tirada, é transformada”. Há uma tendência de ignorar esta realidade. Ela não é vivenciada como outrora, quando a morte de alguém se fazia sentir de verdade, seja nos que a ele estavam intimamente ligados, seja no ambiente comunitário. Hoje pessoas nos deixam e nem ficamos sabendo. Mesmo amando a vida, possamos dizer com a convicção serena de São Francis-

Bento XVI XVI, 28 de outubro, ao final da Missa celebrada com os Padres Sinodais para a conclusão da XIII Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos

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Dire orial: Dom Wilson Tadeu Jönck, Pe. João Francisco Dirett or: Pe. Ney Brasil Pereira - Conselho Edit Editorial: Salm, Pe. José Artulino Besen, Pe. Vitor Galdino Feller, Ir. Marlene Bertoldi, Leda Cassol Vendrúscolo, Maria Antônia Carsten, Maria Glória da Silva Luz, Carlos Martendal, Felipe Candin - Jornalista R esponsáv el: Zulmar Faustino - SC 01224 JP - (48) 8405-6578 - Coor esponsável: Coor.. de Publicidade: Pe. Pedro José Koehler - Revisão: Pe. Ney Brasil Pereira - Editoração e Fotos: Zulmar Faustino Distribuição: Juarez João Pereira - Impressão: Diário Catarinense


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Lideranças recebem formação em Liturgia Encontro realizado no CEAR reuniu quase 500 participantes de todas as Comarcas da Arquidiocese Foto JA

Mons. Agostinho celebra Jubileu de Diamante

Participantes receberam formação sobre a pastoral litúrgica, orientações sobre canto e música litúrgica e do setor do espaço litúrgico cos e falando da questão formativa. Lembraram as iniciativas já concretizadas no campo da formação, através do Curso de Extensão na Faculdade Católica de Santa Catarina – FACASC, e do próximo curso a ser instituído no próximo ano.”O canto e a música litúrgica devem estar em função da Palavra. Não é um acessório, mas parte integrante da Liturgia”, disse Najla. O evento contou ainda com a presença do nosso Arcebispo, Dom WilsonT adeu Jönck WilsonTadeu Jönck. Em breves palavras, ele falou que a Liturgia é muito importante porque é através dela que expressamos o melhor da nossa fé. Ele ainda falou da necessidade da formação litúrgica. Pe. Ewerton Gerent Gerent, Sidnei Machado Mina e Miriam Reichert chert, do Setor do Espaço Li-

túrgico túrgico, também fizeram sua exposição, falando da importância de voltarmos nossa atenção para o espaço litúrgico, pois ele deve revelar o mistério que cremos e celebramos, bem como da missão desta comissão. Advertiram que para qualquer construção, reforma ou restauro em bens da Mitra Metropolitana de Florianópolis, de acordo com o Regimento da Arquidiocese, é necessária a licença do Arcebispo, o qual, por sua vez, levará em conta o parecer da Comissão. O encontro foi encerrado com o a Celebração Eucarística, presidida pelo Pe. Tarcísio Pedro Vieira e concelebrada por três padres e três diáconos. Segundo Pe. Tarcísio, o encontro já é um reflexo da Assembleia Arquidiocesana de Pastoral, que insistiu na necessidade da formação litúrgica.

Mons. Salm assume a Diocese de Tubarão Foto JA

No dia 24 de novembro, sábado, será realizada a Celebração Eucarística de ordenação episcopal e posse de Pe. João Francisco Salm na Diocese de Tubarão. A celebração terá início na Catedral Nossa Senhora da Piedade, às 9h, presidida pelo nosso arcebispo Dom Wilson Tadeu Jönck. O lema de ordenação episcopal é “Ide para a vinha” (Mt 20,4-7), o mesmo do falecido Arcebispo Afonso Niehues. Muitas paróquias estão organizando excursões para participar da solenidade. Os interessados devem entrar em contato com a se-

Vai acontecer...

Pe. Salm assumirá sua nova missão pastoral na Diocese de Tubarão

cretaria da sua paróquia e buscar informações. Antes da posse dele em Tubarão, haverá uma celebração de despedida no Santuário de Azambuja, em Brusque.Será no dia 19 de novembro, segunda, às 19h., no mesmo local onde Pe. Salm estudou, foi ordenado padre, foi formador, professor e reitor do Seminário. Já os padres e diáconos da Arquidiocese terão a oportunidade de se despedir dele durante a Reunião Geral do Clero, no dia 20, terça, pela manhã, na Paróquia Santo Antônio, em Campinas, São José.

A Paróquia de São Pedro de Alcântara estará em festa no dia 25 de novembro. Nesse dia, Mons. Agostinho Staehelin Staehelin, um dos seus maisilustres filhos, estará celebrando Jubileu de Diamante de ordenação presbiteral. A Celebração Eucarística será realizada às 10h, na Igreja Matriz,presidida pelo nosso arcebispo Dom Wilson Tadeu Jönck, com a presença de bispos, padres, diáconos, comunidade local e familiares. Essa será a única celebração alusiva ao jubileu de Mons. Agostinho. Segundo ele, as suas con-

Foto JA

A Comissão Arquidiocesana de Liturgia promoveu, no dia 21 de outubro, um encontro de formação para todos os agentes da Pastoral Litúrgica. Realizado no Centro de Evangelização Angelino Rosa - CEAR, o evento reuniu quase 500 participantes, de todas as Comarcas. Durante o dia, eles refletiram sobre os 50 anos do Concílio Vaticano II, no contexto do Ano da Fé. O encontro teve início às 8h, com a acolhida aos participantes e oração inicial. Em seguida, Pe. Tar císio P edr o Vieira arcísio Pedr edro Vieira, Coordenador Geral da Comissão Arquidiocesana de Liturgia, conduziu a conferência “50 anos da Constituição Sacrosanctum Concilium”. Ele falou sobre o Concílio Vaticano II, seus antecedentes históricos, sua realização e significado para a Igreja. Em seguida, tomou a palavra Pe. Domingos Volnei Nandi Nandi, doutor em comunicação e professor da FACASC, tratando do tema “Pastoral Litúrgica”, um dos setores da Comissão Arquidiocesana de Liturgia. Pe. Kelvin Konz e Karla Colombi Colombi, deste Setor, trataram das questões práticas relativas à organização e dinamização da Pastoral Litúrgica na Arquidiocese de Florianópolis. À tarde, foi realizado um ensaio com novos cantos litúrgicos, próprios do ordinário da Missa. Depois do ensaio, os responsáveis pelo Setor de Canto e Música Litúrgica Litúrgica, Najla Santos, Ricardo Marques e Murilo Guesser, falaram sobre a importância da música e do canto litúrgico, apresentando alguns princípios teológi-

dições de saúde impedem que ele atenda aos pedidos de celebrar nos locais por onde trabalhou e deixou marcas de sua dedicada ação pastoral.

50 anos do Cursilho de Cristandade O Movimento de Cursilhos de Cristandade está celebrando 50 anos de presença no Brasil. Para comemorar a data, no dia 20 de novembro, às 19h, haverá uma sessão especial na Assembleia Legislativa de Santa Catarina – Alesc. A solenidade contará com a presença de nosso arcebispo Dom Wilson Tadeu Jönck. Na Arquidiocese, o Movi-

mento está presente desde 1970. Aqui ele está dividido em três setores: Florianópolis, Brusque e Itajaí. Todos os anos são realizados 12 cursilhos (encontros de formação) específicos para homens e mulheres, dois deles voltados para jovens. Nesses 42 anos, foram realizados 440 cursilhos, que formaram mais de 20 mil cursilhistas.

300 anos da Catedral Uma Celebração Eucarística às 19h30 do dia 25 de novembro, domingo de Cristo rei e Dia de Santa Catarina, marcará a abertura das comemorações dos 300 anos de criação da Paróquia da Catedral de Florianópolis. Presidida pelo nosso arcebispo Dom Wilson TTadeu adeu Jönck Jönck, a celebração também marcará a reabertura das capelas do Santíssimo Sacramento e de N.Sra. das Dores, fechadas para restauração há mais de três anos. Após a celebração, será realizada a abertura e inauguração da Exposição de Arte Sacra Ca-

tarinense, nos Espaço Museal, e o lançamento de um livro sobre a história da Catedral, redigido pela escritora Sara Regina Poyares dosReis dosReis. No decorrer deste e do próximo ano vários outros eventos ainda serão programados em comemoração aos 300 anos da Igreja Mãe do Estado.


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Tema do Mês

Minoria criativa

O papa Bento XVI adverte aos católicos de que não devemos temer essa nova realidade. Na sua história de 2.000 anos a Igreja já passou por muitas situações críticas. No início do cristianismo, os poucos cristãos se mantiveram firmes e fiéis em Cristo em meio a muita perseguição. Dias atrás, um bispo da Ásia, onde o catolicismo é minoritário, disse: “somos minoria, mas somos uma Igreja feliz”. Essa condição de minoria não deve nos assustar. Ao contrário, nos ajuda a redescobrir o essencial da fé cristã. Uma grande graça a experimentar agora é que a fé cristã não é um peso, uma obrigação. Ninguém mais é obrigado a fazer isso e aquilo: missa dominical, confissão anual, casamento na igreja, batismo dos filhos etc. Redes-cobrimos a liberdade da fé. Não só: podemos até mesmo dizer que a religião, mais do que necessária, é gratuita. De fato, há muita gente sem fé que vive bem a sua vida,

Iniciação à vida cristã Como é bom e belo ser seguidor de Jesus Cristo! Divulgação/JA

Durante muito tempo a Igreja Católica manteve uma relação intensa com a sociedade. As crianças eram batizadas logo que nascidas e bebiam no leite materno a fé cristã, que era vivida de modo natural no cotidiano da vida. Faz uns 50 anos, houve uma grande revolução cultural no mundo que popularizou o secularismo, um estilo de vida marcado pela exclusão de Deus dos campos da vida humana. Muita gente continuou sendo cristã, mas na prática foi assumindo posturas não condizentes com a fé. Foram entregando-se a outros deuses: o mercado, a moda, a mídia, o status, o prazer sexual. Começou-se a admitir a importância de Jesus Cristo e de sua mensagem de amor, mas sem a necessidade de uma pertença à instituição eclesial: “Jesus Cristo, sim; Igreja, não”. Hoje, há muita gente que diz ter fé em Deus, mas sem a necessidade de Jesus Cristo, que é visto como mais um entre tantos mensageiros de Deus, como Maomé, Buda, Confúcio etc.: “Deus, sim; Jesus Cristo, não”. E cresce o número dos que afirmam a não necessidade de Deus e da religião para a organização da vida pessoal e social. Fato é que vivemos numa sociedade em que as pessoas são cada vez menos cristãs. Estamos nos tornando uma minoria.

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na família, no trabalho, com ética e senso de justiça. Enquanto há muita que se diz religiosa, mas na prática vive a injustiça, a corrupção e a indiferença com relação aos grandes problemas do próximo e do mundo. Como minoria criativa, somos levados a descobrir a gratuidade da fé cristã. Como é bom e belo ser seguidor de Jesus Cristo! A prática da fé nos dá um sentido que abre o horizonte do coração e da razão para ver melhor as pessoas e os acontecimentos.

Nova evangelização

Nessa situação de minoria, aparece o desafio da nova evangelização. Dizia o papa João Paulo II: “nova no ardor, nas expressões, no método, no estilo”. É a evangelização de sempre, mas com novas perguntas e com a exigência de novo estilo de resposta. A resposta será a mesma: “Jesus Cristo é o Filho eterno de Deus que se fez homem para nos ensinar a ser divinos”. Mas os novos desafios nos fazem descobrir no imenso tesouro da fé

Na atual situação em que os cristãos vão se tornando minoria, a Igreja começa a voltar às fontes e restaurar o estilo catecumenal de formação ”.

novas expressões da verdade. Trata-se de voltar às fontes. Daí o grande interesse pela Palavra de Deus, pela leitura orante da Bíblia, pela oração espontânea, pela concepção da Igreja como povo santo de Deus, pela dimensão carismática e ministerial de toda a Igreja. Não dá mais pra contar que todos os católicos o sejam de fato. Cresce o número dos que receberam os sacramentos da iniciação – batismo, crisma e eu-

caristia – na infância, mas depois foram se desligando da Igreja. Há também muitos que receberam só um ou dois desses sacramentos. Há uma infinidade de católicos que têm pouca ou nenhuma formação bíblica e doutrinal, que não distingue o próprio da fé cristã e católica diante das colocações doutrinais de outras igrejas e religiões, que não consegue articular as exigências de sua fé com a vida familiar e profissional, que não conhece o mínimo das orientações morais da fé no campo da sexualidade, da política, da ecologia, que não percebe a ligação de todas as coisas em Deus, por meio de Cristo. Ser cristão, ser católico, não é mais algo que se deve dar por descontado. Essa situação exige nova postura de evangelização.

Estilo catecumenal

Nos primeiros séculos do cristianismo, quando se assumia a fé na vida adulta, a catequese era dada no decorrer de um bom tempo, que levava meses e até alguns anos. O novo seguidor de Cristo

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era convidado a deixar comportamentos indignos da fé cristã e entrar, num processo consciente, num novo modo de vida. Essa aprendizagem processual contemplava uma formação integral, querigmática e permanente e era chamada de catecumenato. Uma catequese que integrava teoria e prática, a recepção do Credo, do Pai Nosso, dos mandamentos e a tomada de consciência da inserção numa comunidade eclesial, o conhecimento da doutrina cristã e a inserção na celebração litúrgica, a leitura orante da Bíblia e a mudança de vida através de novas atitudes. O centro de tudo era Jesus Cristo e a proposta de um encontro pessoal e encantador com sua pessoa. Tornava-se cristão quem fazia a experiência real do amor de Deus-Pai através do encontro com Jesus Cristo e da conversão total do coração ao seu Evangelho. A paixão por Jesus e o entusiasmo pela causa do Evangelho eram condições para a recepção dos sacramentos da iniciação. Ninguém entrava na comunidade se não fosse plenamente convertido. Na atual situação em que os cristãos vão se tornando minoria, a Igreja começa a voltar às fontes e restaurar o estilo catecumenal de formação. Em muitas dioceses já não se dá catequese para crianças e adolescentes, em vista da primeira comunhão e da crisma. Chamam-se os pais e mães, que são convidados a entrar num processo catecumenal de conversão pessoal, de experiência de Deus, de encontro com Cristo, de unção no Espírito Santo, de pertença eclesial, de fidelidade aos mandamentos. Serão os pais e mães, realmente convertidos, acompanhados por catequistas introdutores, a darem catequese a seus filhos. Nas Diretrizes Básicas da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil, entre as cinco urgências pastorais, temos: Igreja, lugar da iniciação à vida cristã. Trata-se de uma escolha feita pelo episcopado brasileiro no sentido de reconhecer a mudança de época que estamos vivendo e de propor o anúncio do Evangelho em novos moldes. Pe. Vitor Galdino Feller Vigário Geral da Arq., Prof. de Teologia e Diretor da FACASC/ITESC Email: vigariogeral@arquifln.org.br


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Encontro reúne ex-alunos do ITESC Evento foi mais uma das solenidades alusivas aos 40 anos do início da primeira turma da instituição Foto JA

Para celebrar seus 40 anos de atividade, o ITESC já havia realizado no início de setembro um Congresso Teológico com a presença de renomados teólogos como Dom Demétrio Valentini, Maria Clara Bingemer, João Batista Libânio e Daniel Ramada, e promovido a apresentação teatral da peça O Contestado. Dando continuidade às comemorações, no último dia 15 de outubro o ITESC acolheu grande número de ex-alunos provenientes de diversas dioceses catarinenses e de outros Estados, bem como seus atuais alunos e professores e um bom número de benfeitores e amigos. Sede do evento foi inicialmente a Paróquia de Nossa Senhora da Boa Viagem, no Saco dos Limões. Ali houve uma conferência sobre o Concílio Vaticano II. Memórias e perspectivas, proferida por Pe. Antônio José de Almeida da, teólogo especialista em eclesiologia e professor da PUCPR, de Curitiba. Em seguida, foi celebrada a missa de ação de graças pelos muitos frutos concedidos por Deus à Igreja catarinense através do ITESC, sobretudo a formação teológico-pastoral de mais de 500 padres. Na homilia, refletindo sobre o evangelho, que falava sobre o sinal de Jonas, Dom Wilson TTadeu adeu Jönck Jönck, presidente da celebração, lembrou que o ITESC tem sido um sinal de Cristo e de seu Evangelho para a Igreja e para a sociedade catarinense.

Sessão Especial na ALESC homenageou pessoas que marcaram o ITESC Após o almoço comemorativo, os ex-alunos foram convidados a dirigir-se à sede do ITESC, onde se realizou a assembleia de fundação da Associação Paulo Bratti (homenagem ao primeiro diretor), que reúne ex e atuais alunos e professores do ITESC e da FACASC. Foram aprovados os estatutos e foi feita a escolha da primeira diretoria da associação, tendo à frente, como presidente, o Pe. Raul Kestring Kestring, de Blumenau, da primeira turma de alunos do ITESC. Um coquetel festivo acolheu a exposição fotográfica de imagens significativas desses 40 anos.

Sessão Solene

À noite, na Sessão Solene Comemorativa dos 40 Anos do ITESC, após os discursos laudatórios de Dom Wilson, do Pe. João Francis-

co Salm, recém eleito bispo de Tubarão, e de Pe. Vitor Galdino Feller, diretor do ITESC, o deputado estadual Pe. Pedro Baldissera Baldissera, em nome da Assembleia Legislativa, homenageou alunos representantes da primeira turma: Pe. Nilo Buss, de Tubarão, Pe. Raul Kestring, de Blumenau, e Pe. Francisco de Assis Wloch, de Florianópolis. O Coral Santa Cecília abrilhantou o evento, regido por Pe. Ney Brasil Pereira, também homenageado, como representante do corpo de professores, juntamente com Pe. Valter Maurício Goedert. Mons. Afonso Emmendoerfer recebeu placa comemorativa em homenagem póstuma ao fundador do ITESC, Dom Afonso Niehues, e familiares a receberam em homenagem ao primeiro diretor, Pe. Paulo Bratti.

Processo seletivo

Pós-Graduação

Continuam abertas e vão até o dia 20 de novembro as inscrições para o processo celetivo para os interessados em realizar o curso de bacharelado em Teologia na Faculdade Católica de Santa Catarina FACASC. São oferecidas 50 vagas. As informações quanto a documentação necessária e outros dados, estão disponíveis no site: www.facasc.edu.br ou pelo fone (48) 3234-0400.

A FACASC reabriu as inscrições para seus cursos de pós-graduação lato sensu (especialização) em “Juventude, religião e cidadania”, “Estudos bíblicos”, “Espaço celebrativo-litúrgico e arte sacra”. Todos os cursos terão início no começo do próximo ano. Mais .f acasc.edu.br informações no site www www.f .facasc.edu.br acasc.edu.br, ou pelo e-mail secretaria@facasc.edu.br ou ainda pelo fone (48) 3234-0400.

ITESC 40 anos - Dados históricos Até o final de 1972, os semina- memória. Após seu falecimento ristas de teologia de Santa (15.05.1982), sucederam-lhe no Catarina estudavam em Curitiba, cargo: Pe. Orlando Brandes (1982no Paraná. Em outros tempos ha- 1984), Pe. Hélcion Ribeiro (1985viam estudado em São Leopoldo 1986), Pe. Ney Brasil Pereira e em Viamão, no Rio Grande do (1987), Prof. Daniel E. Ramada Sul. Diversos fatores, entre outros, Piendibene (1988-1o semestre de levaram o episcopado catarinen- 1989), Pe. Vitor Galdino Feller (2o se a decidir por um instituto de te- semestre de 1989-1993), Pe. ologia em nossas terras: o cresci- Manoel João Francisco (1994mento populacional do Estado, o 1998), Pe. Vilmar Adelino Vicente aumento do número das dioceses, (1999-2002), Pe. Agenor Brighenti a elevação do número de semina- (2003-2005) e, novamente, desde or Galdino FFeller eller Vitor eller. ristas do curso de teologia, a cria- 2006, Pe. Vit Através de convênio com a fação do Regional Sul IV da CNBB, o desejo de maior proximidade físi- culdade dos jesuítas, primeiramenca dos seminaristas junto a suas te em São Leopoldo e, depois, em Igrejas Particulares, o anseio por Belo Horizonte, o ITESC concede, uma teologia catarinense, a adap- desde o início, a seus alunos semitação da teologia do Concílio naristas o título eclesiástico de baVaticano II e do Documento de Me- charel em Teologia. Essa afiliação, confirmada a cada dez anos, foi dellín à realidade de nosso povo. O ITESC foi concebido pelo ratificada pela Congregação da episcopado catarinense em 25 de Educação Católica, da Santa Sé, agosto de 1971, quando os bis- em Roma, em 04/11/2009. Além dos seminaristas diocepos traçaram os parâmetros do currículo teológico do instituto a sanos catarinenses, em seus 40 ser criado. Como mantenedora do anos o ITESC tem acolhido semiITESC foi criada, em 16 de agosto naristas de diversas congregações de 1972, a Fundação Dom Jaime religiosas e também das dioceses de Barros Câmara, cujo primeiro paranaenses de Apucarana, Campresidente foi o arcebispo metro- po Mourão, Palmas-Francisco politano de Florianópolis, Dom Beltrão e Foz do Iguaçu e, ainda, Afonso Niehues Niehues. Finalmente em religiosas de várias congregações 10 de janeiro de 1973, foi criado o e fiéis leigos e leigas. Arquivo/JA ITESC, que iniciou seu curso de teologia em março desse mesmo ano, motivo pelo qual celebra-se neste ano de 2012 o seu 40º. ano letivo. Seu primeiro diretor foi o Pe. Paulo Bratti (1973-1982), de veneranda Primeira turma de alunos do ITESC em 1973


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Bíblia

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Conhecendo o livro dos Salmos (54)

Salmo 74 (73): No meio das ruínas

Por que nos rejeitaste? 1.Ó Deus, por que nos rejeitaste definitivamente? / por que arde tua ira contra as ovelhas do teu rebanho? A pergunta, dirigida a Deus, como se toda a responsabilidade fosse dele, é de espanto, e até censura, embora humilde, contra Ele. Inclusive, porque o salmista não fará menção de nenhum pecado do seu povo. E então, por que é que Deus rejeita assim, sem mais, o parceiro antigo da sua Aliança, “as ovelhas do seu rebanho”? Não se entende esse “ardor” da ira divina: toca a Deus explicá-lo.

Lembra-te do teu povo! 2. Lembra-te do povo que adquiriste desde o início, / que resgataste como tribo de tua posse, / do monte Sião, que escolheste para morar. Deus deve recordar, não pode esquecer-se, dos fatos fundacionais da Aliança com este povo. Pois Ele o “adquiriu” “com mão poderosa e braço estendido” (Dt 5,15), resgatando-o da escravidão do Egito e tornando-o “tribo de sua posse”, “ovelhas do seu rebanho” (v.1). Não pode esquecer-se também de que Sião, a colina do Templo, é o lugar que Ele próprio escolheu para sua morada (Sl 132,13). Como é que agora a abandona e a deixa ser profanada?

Divulgação/JA

Este é um dos poucos salmos cujo contexto de composição está bem claro. É uma lamentação pungente sobre a destruição de Jerusalém pelos babilônios, no ano 586 antes de Cristo, escrita algum tempo depois desse acontecimento. Essa destruição é um fato histórico, mencionado também em outros documentos não bíblicos da época. Jerusalém já fora cercada pelos assírios, em 701 aC, mas não tomada nem muito menos destruída. Ela será cercada, tomada e destruída, mais uma vez, no ano 70 depois de Cristo, mas o livro dos Salmos já estava desde muito tempo completo. Este salmo refere-se, portanto, à mencionada invasão dos babilônios. O título que propomos – “no meio das ruínas” – procura sintetizar as circunstâncias dramáticas vividas pelo salmista, que não sabemos quem é, mas que é o porta-voz do seu povo. No conjunto do texto podemos distinguir três momentos: o primeiro, dos vv.1-9, dominado pela pergunta espontânea diante de uma desgraça: “Por que?”; o segundo, dos vv. 10-17, começa com outra pergunta: “Até quando”?; e finalmente, a parte final, dos vv. 18-23, é caracterizada pelos pedidos, insistentemente multiplicados.

ra”. Chama-o de “meu rei”, certamente não só a titulo pessoal, mas também em nome do seu povo.

O poder de Deus 13. Com poder tu dividiste o mar; / quebraste a cabeça dos dragões nas águas. 14. Ao Leviatã esmagaste as cabeças; deste-o como pasto aos monstros do mar. 15. Tu fizeste brotar fontes e torrentes, / secaste rios perenes. 16. Teu é o dia e tua é a noite, / tu criaste a lua e o sol. 17. Tu marcaste todos os limites da terra, / tu ordenaste o verão e o inverno.

Volta teus passos! 3. Volta teus passos a estas ruínas sem fim: / o inimigo tudo devastou no teu santuário. Como se Deus não tivesse percebido ou estivesse distraído, o salmista o suplica a vir em pessoa inspecionar, percorrer “com seus passos”, o Templo e a cidade em ruínas. A destruição já aconteceu, e é como se Deus não se tivesse dado conta das proporções da desgraça que caíra sobre o seu povo. O inimigo destruiu tudo... portanto, nada escapou. E Deus não interveio, e continua insensível!

O que eles fizeram 4. Rugiram teus adversários no teu Templo, / ergueram seus estandartes como emblema. 5. Como quem brande o machado no meio de uma densa floresta, 6. com martelo e machado quebraram as tuas portas. 7. Entregaram às chamas o teu Santuário, / profanaram e demoliram a morada do teu Nome. 8. Pensavam: “Vamos destruí-los todos!”, enquanto queimavam todos os santuários de Deus no país. A memória do salmista, visual e auditiva, revive agora, diante de Deus, as horas ou dias terríveis da destruição. Os “adversários” não eram humanos: eram feras selvagens que rugiam, eram como lenhadores deitando abaixo a floresta, eram como carpinteiros e ferreiros às avessas, que quebraram, queimaram, demoliram e profanaram o próprio Santuário, a “morada do Nome” do Senhor, construída com tanto carinho na época de Salomão (cf 1Rs 7). Não contentes com destruírem a capital, queimaram também “todos os santuários de Deus no país”. E ainda, como prova do seu orgulho insensato, “ergueram seus estandartes” em meio às ruínas.

Nem sinais, nem profetas 9. Não vemos mais sinais para nós, / não há mais profetas, / e ninguém sabe até quando. Apesar de tudo, o silêncio de Deus! Nenhum sinal do céu, nenhuma amostra dos “sinais e prodígios” (cf Dt 6,22) que marcaram o Êxodo, a saída do Egito... Pelo contrário, em vez dos “sinais de Deus”, são agora escandalosamente visíveis as insígnias, os “estandartes” do inimigo (v.4). Mais: cessou a voz dos profetas, aqueles que, segundo a promessa divina a Moisés, não poderiam faltar a seu povo (cf Dt 18,18)! Pior ainda: “e ninguém sabe até quando”, isto é, não há esperança!

Até quando? 10. Até quando, ó Deus, o adversário proferirá insultos? e o inimigo desprezará o teu Nome até o fim? 11. Por que retiras tua mão? e reténs escondida no seio tua mão direita? Com estes versículos, o salmista retoma as perguntas do início, acrescentando novos elementos. Não se trata “apenas” do povo rejeitado, do Templo e da Cidade destruídos, mas é o próprio Nome do Senhor que está em causa, é Deus mesmo quem está sendo insultado... Ele “retira sua mão”, não age, inibe-se; mantém escondida a mão que em outras ocasiões “estendera” para agir (cf Ex 7,5)...

No entanto, Deus é rei! 12. No entanto, Deus é o meu rei desde os tempos antigos, / foi Ele que realizou a salvação no meio da terra! Numa contraposição ao desalento, e em contraste com a aparente inação divina no momento, o salmista agora se reanima com a lembrança da soberania de Deus e de sua ação cósmica e histórica “desde os tempos antigos” e “no meio da ter-

Temos aqui cinco breves versículos em forma de hino, dirigido diretamente, em segunda pessoa, ao próprio Deus. A “divisão do mar” lembra a passagem pelo mar Vermelho. Os monstros mitológicos, como os “dragões” e o “Leviatã”, são aqui demitizados, porque submetidos ao poder de Deus, lembrando batalhas e vitórias sobrehumanas. Outros sinais da onipotência criadora são as “fontes que brotam” e os “rios que secam”, a alternância entre o dia e a noite, o verão e o inverno.

De que lado estarás? 18. Lembra-te; o inimigo insultou o Senhor, / um povo insensato desprezou o teu nome. 19. Não entregues ao abutre a vida da tua rola, / não esqueças para sempre a vida dos teus pobres. Voltando à situação aflitiva, “no meio das ruínas”, o salmista faz aqui, diante de Deus, o confronto entre “o inimigo que insultou o Senhor”, “o povo insensato que desprezou o teu Nome”, e “a vida da tua rola”, “a vida dos teus pobres”. É notável a metáfora da “rola”, como expressão de carinho e compaixão, aqui à mercê do “abutre”. É evidente que essa contraposição é para mover o Senhor a tomar partido, como é do seu feitio, pelos fracos, humildes, contra os fortes, orgulhosos.

Sê fiel à Aliança 20. Sê fiel à tua aliança; / os recantos da terra estão cheios de violência. 21. Que o humilde não volte confuso; / que o aflito e o pobre louvem o teu Nome. Outros salmos falam da infidelidade do povo, por isso merecedor de castigo (cf Sl 78,8). Neste salmo, porém, como já observamos acima, não se menciona nenhum pecado. É como se a “conversão” devesse ser de Deus, não do seu povo! O próprio pedido de que Ele “seja fiel” não supõe acusá-lo de “infidelidade”? Mas isso

absolutamente não condiz com a essência dAquele que não pode não ser fiel (cf 1Cor 10,13)! Em todo caso, o salmista justifica seu pedido fazendo que o Senhor alargue seu olhar misericordioso por todos os “recantos da terra, cheios de violência”. E pede que os humildes não sejam decepcionados mas, pelo contrário, possam “louvar o teu Nome”.

Levanta-te, ó Deus! 22. Levanta-te, ó Deus, e defende a tua causa; / recorda que o insensato te insulta o dia todo. 23. Não esqueças o rumor dos teus inimigos; / o tumulto dos teus adversários aumenta sem fim. O Sl 43, que já comentamos, começa com o pedido para que Deus defenda a causa do salmista: “Defende a minha causa”. Aqui, o salmista pede que Deus defenda a sua própria causa, porque é Ele quem está sendo insultado, “o dia todo”, por gente insensata, ruidosa e barulhenta. O salmo termina assim com um estrondo crescente e hostil, um fragor que parece encobrir as vozes suplicantes, as quais, porém, o Senhor não pode deixar de ouvir. Transpondo agora esse final para o nosso tempo, constatamos que o “tumulto dos que se levantam contra Deus” continua ressoando na história, pois “o inimigo” persiste em hastear seus estandartes e alardear suas pretensas conquistas. Tantas vezes, o povo cristão tem dificuldade em descobrir os sinais da presença de Deus, não ouve a voz do Profeta e pergunta: “até quando?” Felizes de nós, se não nos esquecermos de que “a vitória que vence o mundo é a nossa fé” (1Jo 5,4). Pe. Ney Brasil Pereira Professor de Exegese Bíblica na Faculdade de Teologia de SC - FACASC email: ney.brasil@itesc.org.br

Para refletir: 1) Em situações de sofrimento, temos o direito de fazer a pergunta do salmista: “Porque nos rejeitaste”? 2) Quando sentimos o silêncio de Deus, é porque “não há mais profetas”? 3) De que lado Deus está: dos fortes, orgulhosos, ou dos fracos, humildes? 4) Tem sentido pedirmos que “Deus seja fiel à Aliança”? 5) Cresce, ainda hoje, o “tumulto dos inimigos, dos insensatos”? Quem são eles?


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Festival de Música Jovem chega à final Nas cinco etapas comarcais, 19 músicas foram classificadas para a final no dia 25 de novembro Divulgação/JA

Estreito, Tijucas e Itajaí foram as três últimas comarcas a realizar o Festival. No total, foram cinco etapas, com a inscrição de 35 músicas. Dessas, 19 foram classificadas para a grande final, no dia 25 de novembro, a partir das 14h, no Centro de Evangelização Angelino Rosa – CEAR, em Governador Celso Ramos. Na Comarca do Estreito, o evento foi realizado na noite do dia 13, a partir das 20h30, no Santuário de Fátima, com ampla participação e cuidadosa organização da comunidade. Participaram sete músicas e três delas foram classificadas para a final. Também na Comarca de Tijucas, as apresentações contaram com excelente participação. Mais de 300 pessoas prestigiaram as 15 músicas concorrentes. Delas, cinco foram classificadas. O evento foi realizado na Igreja Matriz da Paróquia São Sebastião, em Tijucas. A última etapa foi a da Comarca de Itajaí. Realizado na Paróquia Nossa Senhora de Lourdes, na Fazenda, Itajaí, o evento contou com a apresentação de oito músicas, três delas classificadas para a final. As duas últimas etapas contaram com a presença do Pe. Paulo De Coppi Coppi, PIME, idealizador do Festival.

Os três eventos alusivos à Jornada Mundial da Juventude estão com a organização definida

Na Comarca do Estreito, organização contou com o apoio dos jovens da paróquia. Comunidade prestigiou as dez músicas concorrentes Foram 10 meses, entre a concepção da ideia, pelo Pe. Paulo, e a realização das cinco etapas comarcais. “O trabalho foi árduo, centenas de reuniões e, aos poucos, as equipes nasciam e as etapas foram tomando corpo”, avaliou Olga Terezinha Oliveira, coordenadora do Festival.Ela lembra que o Festival cumpriu suas metas. Fez formação técnica musical, com a presença de mais de 80 participantes, representando as várias comarcas. Segundo ela, a expectativa é grande para a final na tarde do dia 25 de novembro. Além da apresentação das músicas classifica-

das, haverá várias atrações como Stanpup Católico, com Fábio Borges do Rio de Janeiro eda Banda Kathólicos de São Paulo, premio para melhor torcida, e o primeiro colocado vai cantar no “Boté Fé” em janeiro. Para a divulgação do evento foi criado o blog http://festival musicajovem.blogspot.com.br/ , que concentra todas as informações do evento, e que já teve mais de quatro mil acessos, e desenvolvido um aplicativo para o celular, que pode ser acessado através do link http://universo. mobi/jornadamusical

Pastoral da Juventude celebra 30 anos A Pastoral da Juventude de Santa Catarina está celebrando 30 anos. Para comemorar a data, nos dias 15 a 18 de novembro será realizado um acampamento formativo e Celebração Eucarística na cidade de Ouro, pertencente à Diocese de Joaçaba. Durante os dias 15 a 17, haverá várias oficinas, momentos de for-

Equipe dá novos passos rumo a JMJ

mação e espiritualidade, que contemplarão os temas comuns da vida dos grupos, membros e coordenações, bem como será refletido sobre a identidade e missão da PJ e o seguimento de Jesus Cristo. O grande momento Celebrativo será a missa realizada às 10h do 18 de novembro, domingo. A tarde, a partir das 13h30, haverá show com a banda “Mensageiros de Cristo”. Os 30 anos de história da PJ, de luta e de caminhada em defesa da vida da juventude, farão memória dos inúmeros grupos de jovens presentes nos mais diversos cantos e encantos do nosso Estado. A celebração será

realizada em sintonia com a preparação para a Campanha da Fraternidade 2013 e com a Jornada Mundial da Juventude. Presente em todas as 10 dioceses catarinenses, a Pastoral da Juventude (PJ) é considerada a maior organização juvenil do país, articulada junto à Comissão Episcopal Pastoral para a Juventude da CNBB, sendo assim a ação organizada de jovens católicos que se encontram nos grupos de jovens para viver e celebrar a vida, testemunhar e anunciar a pessoa e o projeto de Jesus Cristo e viver a sua fé na vida em comunidade. Mais informações pelo site www .30anos.pjsul4.org.br www.30anos.pjsul4.org.br .30anos.pjsul4.org.br, ou pelo e-mail pjs.sul4@gmail. com com, ou ainda pelos fones (48) 3207-7033/3234-7033.

A equipe arquidiocesana responsável pela coordenação da Jornada Mundial da Juventude na Arquidiocese esteve reunida na manhã do dia 24 de outubro. Durante o encontro, os participantes refletiram sobre a peregrinação da Cruz e do Ícone de Nossa Senhora pela Arquidiocese, sobre o “Bote Fé” Floripa e sobre a Semana Missionária. Realizado no auditório da Cúria Metropolitana, o encontro reuniu o nosso arcebispo Dom Wilson TTadeu adeu Jönck Jönck, P e. Leandro Rech, Rech responsável pelo “Bote Fé” Floripa, Pe. Frei Gunther Max W alzer Walzer alzer, organizador da Semana Missionária, Pe. Josemar Silva e Pe. Revelino Seidler Seidler, responsável por organizar a peregrinação da Cruz e do Ícone de Nossa Senhora, e de Felipe Candin Candin, secretário do Setor Juventude da Arquidiocese. Durante o encontro, os participantes falaram sobre o que está sendo feito em cada uma das atividades sob sua responsabilidade. A visitação da Cruz e do Ícone já está com a programação definida em todas as paróquias, co-

munidades e outros locais por onde vai passar. Sobre o “Bote Fé” Floripa, que será realizado no dia 12 de janeiro, já está sendo elaborado o material de divulgação, as bandas que vão animar e a programação. Apenas o local da realização do evento é que está precisando de uma confirmação definitiva. Já a Semana Missionária Missionária, que será realizada dos dias 17 a 20 de julho de 2013, na semana que antecede a Jornada Mundial da Juventude, nossa Arquidiocese acolherá até cinco mil jovens vindos do Exterior. A programação ainda não está definida, mas já se está estabelecendo quantas pessoas serão acolhidas por paróquia. Segundo Pe. Josemar Josemar, a caminhada da organização dos eventos está indo bem e tendo o respaldo das demais dioceses. “Estamos procurando envolver os jovens em todos os eventos. Afinal, eles são a razão de estarmos preparando tudo isso”, disse. Mais informação sobre os eventos alusivos a JMJ, no site www .bo efloripa.com.br www.bo .bott ef efefloripa.com.br efloripa.com.br. Foto JA

Realizado no auditório da Cúria Metropolitana, em Florianópolis, encontro reuniu responsáveis pelos três grandes eventos da JMJ


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Jornal da Arquidiocese

Exposição bíblica marca início do Ano da Fé Mais de 1,5 mil pessoas visitaram a EXPOBÍBLIA nos sete dias da realização do evento Foto JA

A Paróquia da Santíssima Trindade, em Florianópolis, promoveu dos dias 11 a 17 de novembro a Expobíblia. A exposição é um caminho que narra os livros bíblicos, que começam com Gênesis até o Livro do Apocalipse. Durante os sete dias do evento, cerca de 1,5 mil pessoas visitaram a exposição. Um curso de bíblia em pouco mais de uma hora de visita. Em nove espaços temáticos, foi possível visualizar mais de cem peças entre Bíblias centenárias, figurinos e objetos que lembram o período histórico narrado. “As pessoas ficaram encantadas com o clima de museu que conseguimos criar. Cada época é bem decorada. Todos se sentiram estar num verdadeiro ambiente bíblico”, ressaltou Frei Cácio Rober etek ov, OFMCap, páobertto P Pe eko roco da Trindade. A exposição foi organizada por uma equipe da paróquia em setembro como forma de celebrar o início do Ano da Fé. Todo o material foi desenvolvido pela equipe, que contou com assessoria de teólogos. “Tivemos pouco mais de um mês para reunir os elementos e organizar a exposição”, disse

Pessoas acompanham a visita guiada que encerrou a EXPOBÍBLIA. A intenção é retomá-la no próximo ano durante toda a Quaresma Anderson dos Santos Santos, um dos idealizadores do projeto. Pe. Ney Brasil Pereira Pereira, especialista em Bíblia e professor da FACASC, foi um dos visitantes da exposição e acompanhou a visita guiada por Anderson. Ele a qualificou como esplendida. “Foi uma apresentação muito segura e fundamentada, da origem da Bíblia, da origem da fé, chegando até a história da Igreja”, avaliou Pe. Ney. Segundo Frei Cácio, a exposição foi muito positiva. Todas as

visitas foram guiadas. “As pessoas diziam que parecia que estavam dentro do mundo bíblico”, disse. Ele afirmou que no próximo ano a exposição será retomada, mas dessa vez preparada com mais antecedência, ampliada e ficará disponível durante todo o período da Quaresma. “A intenção é que todos os paroquianos visitem pelo menos três vezes a exposição e sejam multiplicadores, guiando seus parentes e amigos na exposição”, acrescentou.

Pastoral da Saúde orienta para a participação nos conselhos municipais A convite da Secretaria da Saúde e Serviço Social de Antônio Carlos, Elsita Andrade Andrade, voluntária da Pastoral da Saúde e Presidente do Conselho de Municipal de Saúde de Garopaba, proporcionou no dia 10 de outubro uma palestra com o tema “Motivação para participação nos Conselhos do Município”. O evento reuniu cerca de 20 participantes do município. Entre

eles, conselheiros da Saúde, Assistência Social, Agricultura, e demais usuários e secretários do município,e a Coordenadora da Pastoral da Saúde da Arquidiocese de Florianópolis. Destacou-se a presença do prefeito eleito Sr. Paulo Remor, que se mostrou sensibilizado em relação à participação dos conselhos na sua futura gestão. Durante a formação, Elsita fa-

lou sobre a atuação dos conselhos no controle social, da sua importância para a fiscalização das ações e na busca dos direitos dos cidadãos. “É a participação da Pastoral da Saúde da Arquidiocese dando continuidade ao tema da Campanha da Fraternidade de 2012: ‘Fraternidade e Saúde Pública’”, disse Jaci Helena Perottoni Perottoni, coordenadora arquidiocesana da Pastoral da Saúde.

NSra Aparecida visita o Santuário Santa Paulina A imagem de Nossa Senhora Aparecida estará visitando o Vale do Rio Tijucas dos dias 16 a 19 de novembro. A visita atende a um pedido do Santuário de Santa Paulina. O objetivo, segundo a Diretora Geral do Santuário, Irmã Maria Adelina da Cunha Cunha, é desenvolver a devoção a Nossa Senhora Aparecida, Padroeira do Brasil. A imagem chega no dia 16, sexta,através do aeroporto de Navegantes. Depois segue em peregrinação pelas paróquias de Tijucas, São João Batista, Major Gercino, Paróquia São Virgílio, em Nova Trento, até chegar ao Santuário de Santa Paulina, às 8h do dia 18 de novembro, domingo. No Santuário, haverá uma programação especial de acolhida à Imagem, com recepção calorosa por parte do povo neotrentino, devotos e peregrinos. Entre elas, a missa das

10h, com transmissão ao vivo pela TV Século XXI. No horário das 19h às 22h, ocorre uma vigília mariana no Santuário. No dia seguinte, 19 de novembro, serácelebrada a missa de despedida, às 8h. E, às 9h30min, a imagem retorna para o Santuário Nacional de Aparecida. Segundo Irmã Adelina, a vinda da imagem atende a um pedido do próprio Santuário, mas como as paróquias próximas também solicitaram a sua presença, elas foram incluídas na programação. “Foi formada uma comissão, e todos estão se empenhando para fazer uma bela acolhida à mãe da Igreja no Brasil”, disse. Veja a programação completa no www.arquifln. site da Arquidiocese (www.arquifln. org.br org.br) ou no site do Santuário Santa www.santuariosanta Paulina (www.santuariosanta paulina.org.br paulina.org.br). Mais informações pelo fone (48) 3267-3043.

Pastoral reúne vocacionados A Pastoral Vocacional da Arquidiocese promove, nos dias 15 a 18 de novembro, a quarta etapa do Grupo de Orientação Vocacional (GOV) João Paulo II para rapazes. Localizado no Seminário de Azambuja, terá o estilo de encontrão, dividido em dois momentos. No dia 15, das 8h às 17h,será destinado aos jovens e adolescentes a partir de 12 anos de idade. Já nos demais dias, o evento será destinado aos jovens a partir de 14 anos. A formação será ministrada pela equipe de animação vocacional da Arquidiocese. O GOV é destinado a adolescentes e jovens que buscam fazer um caminho de discernimento vocacional e uma experiência de aprofundamento com a pessoa de

Jesus Cristo. O objetivo é ajudar no discernimento vocacional no âmbito das diversas vocações (laical, matrimonial, presbiteral, diaconal e religiosa). Este será o quarto encontro. O último foi realizado nos dias 20 e 21 de outubro, com a participação de cerca de 40 jovens. Eles refletiram sobre a dimensão da espiritualidade e realizaram uma gincana de integração. Nas três etapas realizadas neste ano, já participaram dos encontros 146 jovens. Todos eles recebem acompanhamento da Pastoral Vocacionalpor correspondência. Mais informações pelo site www. pvflorianopolis.org.br pvflorianopolis.org.br, ou pelo eanio@ig.com.br mail pe.v pe.vanio@ig.com.br anio@ig.com.br, ou ainda pelo fone (48) 3234-4443.


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Seminário Regional prepara para a CF-2013 Evento apresentou o texto-base da campanha e deu as linhas mestras para a sua dinamização nas dioceses Divulgação/JA

Nos dias 12 a 14 de outubro, a Diocese de Lages sediou o Seminário de Preparação para a Campanha da Fraternidade de 2013, que terá como tema “Fraternidade e Juventude”, e lema “Eis-me aqui, enviame!” (Is 6,8). Realizado no Centro de Formação Católica da diocese, o evento reuniu mais de 50 participantes, 14 deles da Arquidiocese. O Seminário contou com a assessoria do Pe. Luiz Carlos Dias Dias, secretário executivo da CF, e de Donizetti (Dodo), doutorando em Educação.Durante o encontro, foi apresentado o texto-base da CF 2013,provocando debates e críticas quanto ao trabalho a ser realizado no próximo ano junto à juventude. “O intuito é motivar a Igreja e a sociedade em geral a movimentar os jovens, e a proporcionar espaços de ação, em âmbito social e eclesial”, disse Pe. Luiz Carlos. A CF de 2013 tem como objetivo “acolher os jovens no contexto de mudança de época, proporcionando caminhos para seu protagonismo”. O assunto principal foi a “mudança de época” que vem ocorrendo, sendo todos afetados por tudo, nesta “transição de uma cultura estável para outra”. Nesse contexto, o jovem tem perspectivas sombrias quanto a seu futuro, pois tudo o que é apresentado hoje, é vulnerável demais

Arquidiocese foi representada por 14 participantes no Seminário para a construção de um futuro. Sob essa perspectiva, o seminário abriuse em debates sobre a importância de o jovem ser ouvido e principalmente entendido nas suas limitações. Ele precisa ser aceito pela sociedade, vivendo a sua condição humana, sem ser desvalorizado pela sua idade cronológica. A frase que ressoou forte no encontro e também esperançosa quanto aos jovens foi: “Ojovem é sinal de mudança, e ele é capaz de vestir a camisa dessa mudança”. As dioceses reunidas trouxeram suas vivências para um diálogo aberto e transparente sobre o que o jovem vem vivenciando no contexto cultural. As relações afetivas descompromissadas, em que tudo é passageiro e descartável, e a perda da valorização da

condição humana, tudo isso precisa da atenção emergencial da Igreja e da sociedade, para que o protagonismo juvenil aconteça. O jovem precisa ser sinal de esperança, apartir de um encontro pessoal com Cristo, que o prepare às conquistas a serem alcançadas. A atenção crescente aos jovens ficará ainda mais forte com a realização da Campanha da Fraternidade e a Jornada Mundial da Juventude (2013). Para o Pe. Josemar Silva Silva, coordenador do Setor Juventude da Arquidiocese, e um dos nossos representantes no evento, a formação foi importante porque começamos a viver a Campanha. “Foi um encontro motivador e nos deu base para a dinamizar a CF 2013 na Arquidiocese”, disse.

Encontro busca articular a Pastoral Universitária A Coordenação Arquidiocesana de Pastoral promoveu na manha do dia 27 de outubro, um encontro em vista da articulação da Pastoral Universitária na Arquidiocese. Conduevelino Seidler zido pelo Pe. R Re Seidler, coordenador de Pastoral, o evento contou com a presença de 25 participantes representando várias pastorais, sobretudo com atuação nos jovens e nos meios universitários. O encontro teve inicio as 9h com a fala do Pe. Revelino, que apresentou o Curso Alfa.Em seguida, tomou a palavra o Frei Luiz Antonio Frigo Frigo, referencial da Pastoral Universitária na Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC, em Florianópolis. Ele falou sobre o 2º Encontro Brasileiro de Universitário Cristãos, realizado dos dias 12 a 14 de outubro, em Curitiba, PR. Frei Frigo disse que apenas 8% dos jovens brasileiros vão para a universidade. “É um numero pequeno diante do montante, mas ao qual precisamos dar maior

atenção”, disse. Ele ainda falou dos desafios na evangelização da juventude no meio universitário. Pe. William Viana, Viana professor da UFSC, informou que cerca de 45 mil pessoas circulam diariamente por aquele espaço. “É uma terra de missão, mas não especifica de uma paroquia determinada, mas de toda a Igreja”, disse. Ele já realiza um trabalho de evangelização e quer organizar um atendimento mais sistemático. Durante o encontro foi proposto um rodízio de padres para atender os jovens da UFSC em dias determinados e celebrações em diferentes horários, para melhor atender os alunos. Haverá uma reunião entre alguns participantes do encontro para acertar os detalhes. A ideia é que o trabalho seja aplicado a partir do próximo ano. “Em princípio apenas com a UFSC, mas com a ideia é estender o trabalho as outras universidade”, lembrou Pe. Revelino. Divulgação/JA

Seminário Arquidiocesano da CF-2013 O seminário da Campanha da Fraternidade 2013 na Arquidiocese será realizado no dia 01 de dezembro, sábado, das 08h às 11h30 na paróquia São João Evangelista em Biguaçu. Será organizado e assesso-

rado pela coordenação de pastoral e os representantes das comarcas e da arquidiocese que participaram do Seminário Regional em Lages de 12 a 14 de outubro. Dom Wilson também deverá estar presente.

Encontro reuniu 25 participantes de pastorais com atuação nos jovens e nos meios universitários. Eles definiram uma maior presença da Igreja na UFSC


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Ação Social

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Jornal da Arquidiocese

Pastorais refletem sobre a 5ª Semana Social Brasileira Encontro sugeriu a ampliação da equipe de coordenação e dinamização da 5ª SSB, que se reunirá em 07/11 Foto JA

Aconteceu no ultimo dia 20 de outubro, nas dependências da Paróquia Sagrados Corações em Barreiros, o Seminário Arquidiocesano da 5ª Semana Social Brasileira. O tema foi organizado e debatido em duas partes. Na primeira, o assessor Lucidio Bicalho, que é cientista político do Instituto de Estudos Sócio Econômico (INESC), trouxe uma breve reflexão sobre o Estado que temos. Ressaltou sobre a política econômica e social do país, os avanços alcançados e os desafios ainda presentes. Destacou-se a política tributária vigente regressiva, as campanhas eleitorais e o financiamento destas pela iniciativa privada, e a necessidade de uma reforma política. O segundo momento da discussão do tema, foi sobre a participação popular no processo de construção de um novo estado. Mar cos Pinar Marcos Pinar, da Secretaria Municipal de Saúde de Florianópolis, trouxe a experiência dos conselhos locais de saúde enquanto ferramenta de participação e de proposição de políticas públicas. Destacou o papel político desses espaços e os ganhos obtidos da comunidade com a criação dos conselhos locais, quanto às melhorias

Semana da Solidariedade reflete tema da 5ª Semana Social Brasileira ASA incentiva a realização das atividades nas paróquias e comunidades da Arquidiocese Durante encontro, participantes receberam formação sobre a 5ª SSB nos postos de saúde, aumento do número de médicos e especialidades nas unidades de saúde. A segunda experiência foi apresentada pelo Coordenador Arquidiocesano das CEBs Edson Mendes Mendes. Ele abordou o processo histórico de organização da Comunidade Nossa Senhora do Monte Serrat, situada no maciço do morro da cruz em Florianópolis. Destacou a metodologia de organização que possibilita Fé e Vida. A comunidade que, de maneira organizada, reza e celebra a vida, e ao mesmo tempo identifica as questões sociais locais e dialoga

com o Poder Público para a busca de soluções. Apresentou os projetos sociais presentes na comunidade, as relações de interface que acontecem com as demais denominações religiosas e culturais, como as Igrejas Evangélicas e a Escola de Samba Copa Lord. O seminário proporcionou um rico debate entre os participantes, definindo como indicativo a ampliação da equipe de coordenação e dinamização da 5.ª Semana Social Brasileira, que no dia 07 de novembro se reunirá para construir o Plano de Ação para 2013.

ASA promove V Feira de Economia Solidária Evento envolveu 26 empreendimentos da Rede de Economia Solidária da Arquidiocese A Ação Social Arquidiocesana, em parceria com a Cáritas Regional de SC, promoveu nos dias 13 e 14 de outubro, a quinta edição da Feira Arquidiocesana de Economia Solidária, que é uma ação do Projeto Fortalecendo a Rede Catarinense de Economia Solidária, do programa Desenvolvimento e Cidadania da Petrobrás.

Na manhã do dia 13 houve a abertura da feira com a apresentação do Coral Vozes do Coração, de Nova Trento. Em seguida, os organizadores e apoiadores do evento tomaram a palavra abrindo oficialmente o evento. A solenidade contou ainda com a presença de José Magalhães Sousa Sousa, representante da Cáritas Brasileira. Foto JA

Feira reuniu 20 empreendimentos de Economia Solidária da Arquidiocese

Os visitantes da feira tiveram a oportunidade de conhecer diversos empreendimentos acompanhados pela Ação Social Arquidiocesana e que participam dos Fóruns de Economia Solidária. Entre eles: aldeias indígenas, cooperativas de agricultores, grupos de reciclagem, grupos agoecologicos, associação de artesãos, entre outros. Durante a Feira, os empreendimentos participantes puderam comercializar os produtos e de participarem de oficinas temáticas. Para Fernando Anísio Batista tista, Coordenador da Ação Social Arquidiocesana, a realização desta feira reafirma o nosso compromisso na construção de uma economia voltada para atender as necessidades das pessoas, sem entrar na lógica do consumismo, repeitando o meio ambiente. O Santuário de Santa Paulina foi escolhido, porque ela, a Santa, passou sua vida dedicando-se à construção de uma sociedade fraterna, justa e solidária.

Anualmente a ASA, em comunhão com toda a rede Cáritas Brasileira, realiza a Semana da Solidariedade. Todos os anos, um tema diferente é proposto para a reflexão, estudo e proposição de ações concretas. A temática nacional proposta para este ano está voltada para a juventude, porém na Arquidiocese de Florianópolis a ASA optou por debater o tema da Semana Social Brasileira:: “Estado para que e para quem? Um novo Estado, caminho para uma nova sociedade do bem viver”. A escolha se deu por causa da sua importância no contexto social e político atual do país. Em 2013, em comunhão com toda a Igreja do Brasil, fortaleceremos a Campanha da Fraternidade sobre a Juventude. Para bem realizarmos a Semana da Solidariedade, que será nos dias 19 a 25 de novembro novembro, a

ASA está construindo alguns momentos especiais conjuntamente com as Ações Sociais Paroquiais. Serão realizados encontros municipais em Florianópolis, São José, Palhoça, Itajaí e Brusque, entre os dias 12 e 23 de novembro; Celebrações próprias para serem feitas durante a semana da solidariedade nas comunidades e paróquias; e o Encontro Arquidiocesano da Rede de Ações Sociais no dia 21 de novembro novembro. É importante que todas as Ações Sociais, Pastorais Sociais e demais serviços da Igreja se comprometam e participem da Semana da Solidariedade, fortalecendo a reflexão quanto à ação do Estado frente à garantia dos direitos inerentes à pessoa humana. Informações pelo email asa@arquifln.org.br ou pelo fone: (48) 3224-8776

Cartaz do evento que será realizado dos dias 19 a 25 de novembro


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GBF 11

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Viver o tempo do Advento Advento é um tempo em que a esperança se renova e a vida se volta para o Natal em família

Equipe avalia 11º Encontro Estadual das CEBs Durante reunião ficaram definidas as datas e locais dos cinco encontros para o próximo ano

Essa pergunta também cabe a cada um de nós hoje: “O que devemos fazer” para acolher Jesus como centro da nossa vida? Queremos, com o olhar da fé e a alegria no coração, redescobrir neste advento o verdadeiro sentido do Natal, para podermos exclamar: Que alegria! O Natal é o nosso encontro com Deus, o Deusconosco, que veio morar no meio de nós, em nossa terra: “Alegraivos, o Senhor está perto”. Nada mais belo do que encontrar, no início desta caminhada para o Natal, a festa da Imaculada Conceição. Maria, a mulher que Deus escolheu para Mãe do seu Filho, o Salvador. Com o seu sim, ela tornou-se mãe da humanidade. Bendito seja Deus para sempre! Os Grupos Bíblicos em Família e as Comunidades Eclesiais de Base se reúnem para rezar, refletir a vida

à luz da Palavra de Deus e assumir seu compromisso. Qual? Fazer um mutirão pela comunidade, visitando e convidando todas as famílias para participarem da Missa na Noite de Natal, a grande celebração do “Natal em Família”, do nascimento de Jesus de Nazaré, na igreja de sua comunidade. A capa do livreto dos GBF do Tempo de Advento/Natal quer expressar a realidade do nascimento de Jesus em cada família de nossas comunidades da Arquidiocese. Senhor, ilumina e abençoa os teus discípulos e discípulas missionários que vão sair de porta em porta, levando tua Palavra às famílias de nossas comunidades, fazendo em cada lar a tua Igreja doméstica. Senhor, envia-nos! Maria Gloria da Silva Coord. arquidiocesana dos GBF

A equipe da Arquidiocese que participou da organização do 11º Encontro Estadual das CEBs, realizado de 07 a 09 de setembro, em Florianópolis, esteve reunida na tarde do dia 27 de outubro. Realizado na igreja N.Sra. Aparecida, na comunidade do Alto da Caieira, local de destino da “Caminhada dos Mártires”, o encontro reuniu 26 participantes. Começamos com um momento de espiritualidade, gerado da própria carta conclusiva do 11º CEBs. Em seguida, todos os participantes se apresentaram. Na sequência, houve a divisão dos presentes em sete grupos temáticos para a avaliação. Os grupos foram assim divididos: Comunicação e hospedagem; Canto, animação e liturgia; seguranca, transporte e acolhida; Ornamentação e saúde; participação dos delegados e equipe logística; Alimentação e limpeza; Assessoria e compromissos dos grupos. A cada um deles, os grupos avaliaram que Foto JA

É um novo tempo litúrgico na Igreja, que vem trazer mais alegria e esperança. Possamos todos abrir melhor o nosso coração para celebrar a chegada do Emanuel, o Deusconosco, ontem, hoje e sempre. Advento, um tempo em que a esperança se renova e a vida se volta para o Natal em família, celebrando o nascimento de Jesus. Queridos leitores/as, chamo a atenção para a letra deste canto de José A. Santana Santana. São palavras que nos trazem uma boa reflexão sobre o Natal do nosso tempo. Leiam, cantem, e reflitam: “O tempo vai passando sutilmente. De repente, a gente lembra que o Natal já vai chegar. É preciso parar. É preciso lembrar que Cristo veio para nos salvar. A praça apareceu iluminada; na calçada, o povo pensa que em pacotes compra a paz. Só de Deus vem a paz, é só ele quem traz felicidade para todos nós. O meu Natal seria uma prece, se eu pudesse em alegria todo pranto transformar. Ele veio salvar, todo pranto enxugar. Tornouse gente para humanizar”. Neste tempo em que a Igreja nos chama a testemunhar, com mais intensidade e convicção, de que Jesus é o sentido para a vida e o centro da fé cristã, os Grupos Bíblicos em Família trazem, a partir do novo livreto, uma proposta de preparação para o Natal do Senhor. Os Evangelhos que vamos refletir neste Tempo nos mostram a importância da conversão interior, do verdadeiro sentido da nossa festa de Natal. Que seja vivida com os valores cristãos: o amor, a paz, a justiça, a solidariedade... Precisamos urgentemente ouvir a palavra do Batista: “Preparai os caminhos do Senhor, endireitai as veredas para ele” (Lc 3,4). Quando João Batista pregava o batismo, junto ao rio Jordão, os que vinham a ele perguntavam: “Que devemos fazer?” (Lc 3,10).

bom (positivo), que tal (pode melhorar) e que pena (falhou). Esse grupo é o mesmo que há cerca de dois anos se encontrava para refletir e preparar o 11º Encontro Estadual. Ainda durante o evento, foram definidas as datas, locais e horários dos próximos encontros (ver tabela abaixo). Segundo Edson Luiz Mendes Mendes, coordenador arquidiocesano das CEBs, a avaliação geral é que o encontro foi muito bem organizado, com riqueza na participação de vários segmentos da Igreja. “O destaque especial ficou com a participação dos jovens em todos os momentos e da equipe de acolhida em todas as comunidades”, lembrou Edson.

Próximos encontros 23/02 - Mont Serrat - 14h30 25/05 - Procasa - 14h30 24/08 - Carianos - 14h30 09/11 - Campeche - 09h Caminhada dos Martires em data a ser definida.


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Geral

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Jornal da Arquidiocese

Paróquia de Fátima: 25 anos de Santuário Divulgação/JA

A Paróquia N.Sra. de Fátima e Santa Terezinha do Menino Jesus, localizada na região continental de Florianópolis, celebrou, no dia 12 de outubro, 25 anos de sua elevação a Santuário. A celebração solene foi presidida pelo Pe. Sérgio José de Souza Souza, filho da comunidade, e foi abrilhantada pela animação de seis corais da região. No dia seguinte, as festividades continuaram com a celebração da sexta aparição de N.Senhora aos três pastorinhos. A paróquia do Santuário enfrenta os desafios de uma realidade urbana em que avultam os edifícios de apartamentos e os estabelecimentos comerciais. Essa realidade tem influência na participação nas celebrações, no contato comunitário e no dízimo. Embora as celebrações sejam sempre cheias, boa parte não são paroquianos, moram em outras comunidades, mas vão às celebrações no Santuário. Por ser uma comunidade vertical (de prédios), o contato com os paroquianos fica prejudicado. Eles se fecham nos apartamentos e muitas vezes sequer conhecem seu vizinho. Isso dificulta a ação pastoral. Apesar de tudo, a paróquia conta com mais de 30 pastorais, organismos, serviços e associações. À frente desses trabalhos, está Pe. Nildo Dubiella Dubiella, pároco, que conta com o auxílio do Pe.

Crianças simbolizaram os Pastorinhos durante as comemorações João Cardoso e do Diác. João Flávio Vendrúscolo Vendrúscolo. Eles atuam na Igreja Matriz e na comunidade Senhor Bom Jesus dos Aflitos, única pertencente à paróquia. Veja alguns trabalhos que merecem destaque: GBF – A formação de Grupos Bíblicos em Família é um desafio. Há apenas nove grupos constituídos, que se reúnem às segundasfeiras, dia estabelecido para os encontros. A realidade urbana di-

ficulta a reunião em família. Juventude – Um dos grandes desafios está envolver os jovens com a paróquia. Esse desafio, com muito trabalho e dedicação, tem sido superado aos poucos. Há dois meses foi formado um grupo com 15 jovens, que se reúnem nas tardes de domingo. Eles estão empenhados na divulgação da Jornada Mundial da Juventude e foram os responsáveis por organizar a etapa da Comarca do Estreito no Festival de Música Jovem.

Pastoral Social auxilia pessoas das comunidades próximas Por ser uma comunidade central, as pessoas necessitadas não são tantas como em comunidades menos urbanizadas. Mas enganase quem pensa que por isso o trabalho social é reduzido. São várias as iniciativas que buscam dar melhor condição de vida aos necessitados. O trabalho é voltado a pessoas das paróquias próximas. São realizadas doações de remédios, confecção de agasalhos, doações de cestas-básicas, e atendimentos a gestantes (há o Clube de Mães Gestantes), com orientação e cur-

sos para que confeccionem o enxoval para o bebê. Todo o material é doado pelas próprias voluntárias. As gestantes também recebem orientações de cuidados na gravidez e com o bebê. Mensalmente a Pastoral Social faz a entrega de 94 cestas-básicas. Todas as famílias atendidas são cadastradas e boa parte das cestas são entregues na casa do necessitado. Farmácia Santa Paulina – Todos os dias, dezenas de pessoas procuram o Santuário de Fáti-

ma em busca de medicamentos. O trabalho da farmácia popular, que passou a ser chamado pelo nome da santa catarinense, existe há mais de 60 anos e chega a atender seis mil pessoas. São pessoas empobrecidas de comunidades próximas e mesmo de cidades distantes, que não encontram os remédios nos órgãos públicos e os buscam na Farmácia Comunitária. O trabalho é coordenado por Maria Zélia Lorenzetti Lorenzetti, técnica em enfermagem aposentada, que há 25 anos atua como voluntária.

HISTÓRICO HISTÓRICO: O local hoje conhecido como “Estreito”, na região continental de Florianópolis, nasceu depois da Vila do Desterro, que se erguia em frente. Em 1902, os moradores, já numerosos, iniciaram a construção de uma ermida, benta em 3 de maio de 1904, sob a invocação do Senhor Bom Jesus dos Aflitos, em substituição a um grande cruzeiro que desde os fins do século anterior se erguia naquele lugar, ampliada em 1919. A construção da Ponte Hercílio Luz, inaugurada em 13 de maio de 1926, deslanchou o desenvolvimento do Estreito. Em 1936 já se pensava em, novamente, aumentar a Capela. Nessa época, a Cúria Metropolitana recomendou que já se começasse a pensar na cons-

trução de uma Igreja maior. Por Decreto arquiepiscopal de 25 de novembro de 1944, era criada a nova Paróquia, com território desmembrado da Paróquia de São José. A nova Igreja Matriz foi inaugurada em 14 de janeiro de 1945, dedicada a Nossa Senhora de Fátima e Santa Teresinha do Menino Jesus. O território inicial da Paróquia do Estreito foi sucessivamente desmembrado, dando origem a 6 novas Paróquias. Todas as outras cinco, na região continental de Florianópolis, mais a de Sagrados Corações, em Barreiros, São José. Desde a criação da Paróquia, em diversas ocasiões, encontrase no Livro de Tombo a denominação de “Santuário” “Santuário”, ao refe-

rir-se à Igreja. Esta aspiração da Comunidade foi concretizada ao se comemorar o 70º aniversário das aparições de Nossa Senhora, em Fátima, Portugal. Atendendo a um pedido expresso, devidamente fundamentado, feito pelos Padres da Comarca do Estreito, no dia 12 de outubro de 1987, em solene Missa Campal presidida onso pelo Sr. Arcebispo Dom Af Afonso Niehues Niehues, foi solenemente assinado o Decreto que conferiu à Igreja Matriz de Nossa Senhora de Fátima a dignidade de Santuário. Comemorando o evento, foi substituída a cruz que encimava a torre da Igreja, por uma imagem de Nossa Senhora de Fátima, toda em concreto, medindo 4,5 metros de altura e pesando 1,2 toneladas.

Morte: a porta da eternidade (…) Linda tinha morrido (…) o Selvagem caiu de joelhos junto à cama e soluçou irreprimivelmente. A enfermeira permaneceu indecisa (…) ante aquela explosão asquerosa de dor, como se alguém pudesse importar tanto! “Admirável Mundo Novo” (Aldous Huxley). Em 1932 Huxley escrevia este romance no qual todos nasciam em úteros artificiais – sem pai nem mãe – em que a sexualidade tinha sido desprovida de qualquer sentido transcendente e a morte já não devia ser chorada, pois ninguém era considerado importante. O “Selvagem” é um menino criado longe desta civilização, que se surpreende com este mundo novo e choca à sociedade por ser e querer viver verdadeiramente como humano. Era o único que ainda possuía mãe no mundo – Linda – e escandaliza a enfermeira por chorar a morte e a perda de sua própria mãe. Esta passagem nos faz lembrar algo que também estamos esquecendo – a morte com todas as suas dualidades. Morte representada por uma dor que, às vezes, queremos distanciar da nossa vida, negando uma realidade da qual jamais escaparemos – a única certeza que temos é de que um dia morreremos. Será que não estamos esquecendo que sofremos com a morte justamente porque amamos? Amamos aquelas pessoas queridas que nos fazem falta neste mundo e por isso choramos. Amamos aqueles que aqui deixamos e por isso sofremos com a nossa própria partida. Sem nenhuma dúvida a morte é uma humilhação, derivada da nossa desobediência. Mas com Cristo a morte deixa de ser o fim e se reveste de um sentido novo. Dizia um sacerdote muito santo e já falecido – a morte é apenas a porta. Porta que nos leva a uma realidade maravilhosa ‘que nem olhos viram e nem ouvidos ouviram’. Às vezes nos fixamos muito na ‘porta’ e nos esquecemos da realidade para a qual ela nos dá passagem. Será que também não estamos nos esquecendo de ver a morte como passagem? Será que nosso sentido sobrenatural se esvaziou tanto que as frases “o vovô foi morar no

céu” se tornaram meras explicações às crianças? Devemos resgatar este sentido da morte – não a entendendo como uma derrota, mas como passagem para uma nova vida. Morte não como fim, mas como despedida e oportunidade de reconhecer em nós o amor ao próximo – choro a tua morte porque te amei. Esta realidade está impregnada em nosso ser – todos temos o desejo de “algo mais”...todos temos anseio de eternidade. Tal desejo não pertence meramente a nós católicos, mas faz parte de todos os seres humanos – todas as culturas de todos os tempos desejaram a eternidade. Mera coincidência? Não. O homem está feito para ser eterno, para perdurar, e no mais profundo do seu ser sabe disso.

Sem nenhuma dúvida a morte é uma humilhação, derivada da nossa desobediência. Mas com Cristo a morte deixa de ser o fim e se reveste de um sentido novo”.

Neste mês de novembro lembramos os nossos seres queridos que já partiram desta vida, rezamos por eles. Somos brindados com a oportunidade de poder continuar amando àqueles que já amávamos em vida. Já não contamos mais com a presença física, mas contamos ainda com o amor deles por nós e podemos dar o nosso amor a eles. A Igreja nos dá também a oportunidade de lembrar que um dia morreremos, mas que nossa morte tem um sabor de vida. Que aprendamos, através dessas lembranças, a amar a vida...a amar a Vida. O céu começa nesta terra e a morte é apenas uma passagem para que possamos continuar amando – de um modo mais pleno – na vida eterna. P e. Hélio TTadeu adeu L. Oliv Pe. Oliveira eira Mestre em Moral e Bioética, e doutorando em Bioética


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Missão 13

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Concílio Vaticano II: nova época missionária O Espírito Renovador suscitou espíritos proféticos que proporcionaram a grande virada

Decreto “ad gentes” Entre os 16 documentos conciliares, queremos destacar o decreto “Ad Gentes” (Aos Povos), que fala expressamente da atividade missionária da Igreja. As comissões encarregadas da redação desse documento tiveram, para inspirá-las, os seguintes dados: O desenvolvimento do mundo missionário. Os graves problemas que variavam de continente para continente. A busca de independência de muitos povos.

Divulgação/JA

O Concílio Ecumênico Vaticano II (1962-1965) foi, sem dúvida, o maior acontecimento eclesial do século XX. Sentia-se a necessidade de uma renovação autêntica da Igreja. Quase dois mil anos de história haviam depositado em seu rosto tantas camadas, que estava bastante difícil contemplar sua feição original. Mas o Espírito renovador, que sopra onde, quando e como quer, suscitou espíritos proféticos que proporcionaram a grande virada. Dentre eles se destaca o papa João XXIII, o homem escolhido por Deus para encaminhar na Igreja a renovação que hoje contemplamos em todos os níveis e continentes. Com a presença de 2.500 bispos de todas as partes do mundo e uma notável participação de observadores não-católicos, no dia 11 de outubro de 1962 foi aberto o Concílio. A presença de bispos do Terceiro Mundo foi muito grande, acabando, em parte, com o predomínio das igrejas antigas e ricas da Europa e da América. Especialmente os bispos da América Latina trouxeram para o Concílio o clamor dos pobres.

Papas que administraram a Igreja nesses 50 anos do Concílio Vaticano II O dinamismo mostrado pelas religiões tradicionais e os novos sincretismos. A difícil presença no mundo comunista e muçulmano. O surgimento rápido das igrejas jovens nos chamados “territórios de missão”, com seus próprios bispos, características, exigências, expressões e ritos. A exigência de uma nova fisionomia de missionário, não mais dono da situação, mas servo, assessor… Trabalhar para fundar uma igreja ou para construir o Reino? Tudo isso foi discutido com muito calor, em particular pelos bispos dos povos emergentes, que mais sentiam na própria pele as problemáticas missionárias. Cresceu a consciência de que a Igreja deveria abrir-se para o mundo inteiro (geográfica e culturalmente), a exemplo do Concílio de Jerusalém, no qual, de judaica que era, a Igreja primitiva abriu-se para os países do Mediterrâneo.

Exigências As sessões para a aprovação do documento “Ad Gentes” estiveram entre as mais acaloradas do Concílio. As várias redações eram taxadas de abstratas, sem vigor, sem teologia, paternalistas… A maioria absoluta dos Padres conciliares exigia: que fosse tratado mais profundamente o tema da inculturação; que os missionários não anunciassem um Cristo pré-fabricado;

que suprimissem qualquer colonialismo religioso; que estimulassem o diálogo com os não-cristãos; que a vocação “ad gentes” fosse mais valorizada na Igreja; que fosse valorizada a participação dos leigos, como protagonistas, na atividade missionária. Em resumo, sentiam a necessidade de dar um forte impulso missionário à Igreja toda, já que, como seria definido, “ela é por sua natureza missionária”. Pe. Paulo De Coppi - PIME

Para dialogar e agir 1. Quais são os documentos do Concílio que mais interessam as Missões além fronteiras? 2. Quais foram as preocupações dos Padres conciliares na elaboração do decreto “Ad Gentes”? 3. Houve resposta a essas preocupações até o dia de hoje? Quais?

Missões em Palhoça: uma nova experiência

A paróquia Senhor Bom Jesus de Nazaré, que fica bem no centro de Palhoça, nos últimos anos, tem priorizado atualizar a sua estrutura pastoral, buscando organizar melhor as suas atividades, os seus serviços, na tentativa de atingir um maior número de pessoas, respondendo cada vez melhor ás reais necessidades dos paroquianos. As assembleias paroquiais dos últimos anos deixavam bem clara a necessidade de provocar nos paroquianos um reencantamento por Jesus. Assim, a ideia de fazer acontecer as “Santas Missões” ia tomando forma e se definindo como a melhor opção par alcançar esse objetivo, o que de fato ficou definido que iria acontecer no ano de 2012.

Novidade no processo

No primeiro semestre do ano passado, o pároco, Pe. Francisco Rohling Rohling, começou a viabilizar o projeto. Contatos iniciais foram feitos com os padres missionários Capuchinhos Capuchinhos, tentando agendar algumas datas. Quando souberam que a cidade tem mais outras paróquias, eles fizeram uma proposta nova e muito interessante. Com a sua grande experiência, sugeriram que não só a paróquia do “centro” da cidade realizasse as missões, mas também as outras duas, mais próximas geograficamente. Dessa forma, quase toda a cidade de Palhoça estaria num clima missionário e numa realidade pastoral bem mais abrangente, que poderia tomar conta de muito mais pessoas. Este novo projeto foi analisado pelos três párocos e concluíram que era mesmo o mais viável e interessante.

A primeira visita dos padres missionários

Em abril deste ano, os padres Capuchinhos visitaram as três paróquias que vão fazer conjuntamente as “Santas Missões”: Senhor Bom Jesus de Nazaré, São Francisco de Assis, e São Judas Tadeu e São João Batista, respectivamente no centro de Palhoça, no bairro do Aririú e no bairro da Ponte do Imaruim. Eles trouxeram um vídeo, com um interessante resumo de toda a semana missionária que

acontece em todas as comunidades, um modelo de questionário para ser aplicado junto às famílias, algumas ideias sobre os eventos e as celebrações nas “Santas Missões” e, acima de tudo, procuraram gerar uma viva expectativa em todos sobre o valor, a importância, e necessidade das “Santas Missões”. Tudo isso foi mostrado num breve encontro deles com as lideranças de cada uma das paróquias.

As missões já começaram

Isso mesmo! Desde julho até o final de outubro, as famílias estão missionásendo visitadas pelos “missionários visitadores visitadores”, para responder ao questionário deixado pelos padres Capuchinhos. Tal questionário é como uma fotografia da realidade humana, familiar, social, cultural, econômica, política e mesmo dos valores de cada comunidade paroquial. Quem são os “missionários visitadores”? São principalmente os agentes de pastoral das paróquias. Mas também há voluntários que responderam positivamente ao convite feito nas missas ou em encontros de pastoral de que participaram. Eles visitaram as famílias das ruas onde residem, facilitando o contato por serem conhecidos e, também a data e o momento do encontro. Todos eles foram preparados em uma reunião realizada após a missa, em cada comunidade.

Os primeiros resultados já chegaram

O tempo para o levantamento da realidade paroquial já está chegando ao fim. Muitos questionários já estão sendo devolvidos às coordenações em cada comunidade, e já se pode perceber muita coisa, que é como que um fruto da ação missionária. Tudo isso faz antever que as “Santas Missões”, que irão se realizar no segundo semestre de 2013, serão um momento forte, mesmo privilegiado, de uma alegre, real e comprometida experiência de conversão, marcando decisivamente este “Ano da Fé”. Pe. Mário Sérgio S S.. Baptistim Baptistim, vigário na Paróquia Senhor Bom Jesus de Nazaré, em Palhoça


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Geral

Novembro 2012

Foto JA

Pe. Luiz Rebelatto Um carmelita gaúcho que se encantou pelas belezas da Arquidiocese No dia 11 de outubro, a Paróquia São Judas Tadeu e São João Batista, na Ponte do Imaruim, em Palhoça, comemorou os 25 anos de ordenação presbiteral do seu pároco, Pe. Luiz Rebelatto, que está há dez anos na comunidade. Natural do município de Anta Gorda, no Rio Grande do Sul, segundo filho de 11, Pe. Luiz teve a sua vocação presbiteral despertada ainda bem jovem. Decidiu ingressar na Ordem dos Carmelitas Descalços. Foi ordenado presbítero no dia 11 de outubro de 1987. Como primeiro trabalho, foi designado para a Paróquia Nossa Senhora do Carmo, em Florianópolis. Encantou-se pela Arquidiocese e solicitou a sua incardinação no nosso presbitério em 1998. Aqui, atuou na paróquia de Garopaba, na Paróquia Santa Terezinha, em Brusque e, há 10 anos, está na Ponte do Imaruim, em Palhoça. Eis a sua entrevista ao nosso Jornal. JA - Como foi despertada a sua vocação para a vida religiosa? Pe. Luiz Rebelatto - Minha família é muito religiosa. A Missa sempre foi muito importante para nós. Meus pais rezavam sempre pelas vocações. Minha mãe era da Legião de Maria e do Apostolado da Oração. Criou com as amigas um grupo de oração. Com este grupo ia rezar nas casas dos doentes e idosos, na comunidade onde mora, e chegaram a rezar até em municípios vizinhos. Além de meus pais, tive outros incentivos para a

vida religiosa. Tanto na família do pai como da mãe, tive tias que se consagraram à vida religiosa. JA - Por que escolheu a Ordem dos Carmelitas Descalços? Pe. Luiz - Na época um promotor vocacional passou pela nossa comunidade e perguntou quem queria ser padre. Eu disse que queria. O padre falou com os meus pais, e no ano seguinte eu entrei no seminário dos carmelitas em Passo Fundo, RS. Na época não tinha muita noção e nem sabia diferenciar uma congregação da outra. O que eu sentia era o desejo de ser padre. Apareceu a oportunidade e fui. JA - Após a sua ordenação, o senhor foi designado para Florianópolis, para trabalhar na Paróquia N.Sra. do Carmo. Aqui decidiu se incardinar na Arquidiocese. Por que tomou essa decisão? Pe. Luiz - Fui ordenado Padre em Anta Gorda onde mora a minha família. E trabalhei dois anos como vigário paroquial na Paróquia do Senhor do Bom Fim, em Santa Maria/RS. Depois vim trabalhar em Coqueiros, também como vigário paroquial. Ali permaneci por seis anos. Por motivo de saúde, pedi um tempo para a Congregação. Depois, quis fazer uma experiência na Arquidiocese, e falei na época com Dom Eusébio, que imediatamente me acolheu e me encaminhou para a paróquia de Garopaba, como vigário.

Pe. Luiz Rebelatto: dos 25 anos de vida presbiteral, 23 deles foram na Arquidiocese e 14 anos como membro do nosso clero

Agradeço a acolhida e apoio que recebi aqui. Em meus trabalhos sempre contei com o apoio de muitas lideranças”.

JA - O senhor trabalhou em três paróquias da Arquidiocese. Fale-nos um pouco sobre esse trabalho. Pe. LLuiz uiz - Tenho muito que agradecer a Deus. Sempre senti a Sua presença em minha vida. O meu trabalho como padre sempre foi revelar a grandeza do Amor de Deus. Procurei sempre trabalhar em comunhão com a Arquidiocese e em sintonia com os colegas padres. Tenho ainda muito que agradecer à Arquidiocese pela acolhida e apoio que recebi. Muitos trabalhos foram realizados com muitas parcerias, pois contei sempre com muitas e boas lideranças. JA - Os GBFs são tratados como verdadeira prioridade Pastoral na Paróquia. Como é organizado esse trabalho e que resultados foram obtidos? Pe. Luiz - Procuramos valori-

Retalhos do Cotidiano Quantas omissões no uso da TV: nem se aplaude o que é bom nem se manifesta a discordância com relação ao que é ruim. Se nos manifestássemos, isso se tornaria como que pendular, movimentando o relógio das suas atrações. Ela pode ser um bem mas, também, um mal, tornando-se sequestradora das riquezas da família.

Jovens Sem que o fruto esteja maduro, sem que o amor os enlace, tantos deles se dão e se entregam. Deus amou-nos até o fim e só no fim é que nos deu seu Corpo...

Amor O amor supera a dor, porque nunca pensa em si mesmo, mas se dá. Ele não morre, mas floresce mesmo no meio dos espinhos, tornando-se esperança onde tudo o mais fracassa.

Vinho Há momentos na vida em que vivemos só com água, e Maria, com Jesus, quer nos dar o vinho! Entreguemos-lhe nossas preocupações, a angústia que nos opri-

Exemplo Mais do que de palavras e métodos, a família vive do exemplo do pai e da mãe. Palavra sem testemunho, dizia o Pe. Vieira, é tiro sem bala.

JA - Comunidade de Frei Damião, uma das mais empobrecidas da região, está localizada na região da paróquia. Como lida com essa realidade? Pe. Luiz - Quando cheguei aqui, a comunidade estava em formação, mas pastoralmente não havia nada. Aos poucos fomos mantendo contatos e celebrando algumas missas, fazendo batizados, aí veio a catequese. Tudo começou num corredor do colégio, depois conseguimos a garagem de uma casa, e daí passamos para

Grande Só existe uma maneira de se tornar grande: é fazer-se pe-

Percurso

um supermercado desativado. Depois, tudo foi-se encaminhando. Compramos um terreno onde hoje temos um salão. Lá fazemos as missas e usamos também para os eventos da comunidade. A comunidade sofreu neste período várias enchentes, e a paróquia sempre se prontificou a ajudar com alimentos e roupas. JA - A Paróquia foi das primeiras da Arquidiocese a adequar o espaço celebrativo às orientações litúrgicas, seguindo as orientações da Comissão Arquidiocesana de Liturgia. Qual a importância disso? Pe. Luiz - A liturgia é o centro da vida cristã. É a partir do encontro com Cristo que devem desenvolver-se todas as nossas ações. E o espaço litúrgico deve favorecer este encontro da comunidade com Cristo na Eucaristia. A equipe arquidiocesana de Arte Sacra nos ajudou muito nesse processo. JA - No dia 11 de outubro, o senhor comemorou 25 anos de vida religiosa. Quais foram as alegrias e os desafios superados nesse tempo dedicado à evangelização? Pe. Luiz - Muitas foram as alegrias. Fiquei muito contente no meu Jubileu, com a presença dos meus familiares, também com a presença da comunidade que veio comigo agradecer a Deus. Sou feliz por ser instrumento de Deus na vida das pessoas e da comunidade. Os desafios também são tantos: comunidade grande, nem sempre se consegue atingir a todos: falta de liderança, muita pobreza... Mas estou feliz pelo trabalho que realizamos e pela colaboração que recebemos de tantos que seguem conosco nesta caminhada.

Carlos Martendal Divulgação/JA

Sequestros

zar os grupos Bíblicos em Família. Realizamos reunião com os animadores, com celebração e Missas nas casas das famílias, motivando os coordenadores a participar das reuniões de comarca ou Arquidiocese. Um dos resultados mais expressivos é a comunhão das famílias e o icrescimento da fé.

Jornal da Arquidiocese

queno e servir: assim como se é e com o que se tem.

Há, na vida, dois percursos importantíssimos: são curtos, mas difíceis. Um é o caminho da mente até o coração; outro, o que parte do eu para chegar ao tu.

me, nossas dores, tudo o que nos machuca, que não nos está deixando ser o que gostaríamos de ser. Não ficaremos desamparados. E a festa acontecerá!

Lâmpada Quando vejo uma lâmpada acesa, lembro-me dos dons em ação; quando a noto apagada, lembro-me dos dons passivos, aqueles que não produzem frutos. A energia é levada pelos fios como os dons são derramados pelo Espírito: deixemo-nos acender!

Fé Um corpo estragado contamina outros corpos; uma alma sem fé não deveria poder atingir outras; pelo contrário, os corações que têm fé devem ir ao encontro dos que não a têm, ou dos que a perderam ou estão perdendo. Em nós próprios, e nos

irmãos, talvez seja preciso soprar as cinzas que estão sobre o carvão que ainda fumega, que ainda tem um pouco de calor, para que, estimulado, se converta em brasa ardente, em vida que brota ou rebrota para tornar o mundo melhor.


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Geral 15 Indicações pastorais para o Ano da Fé

Novembro 2012

Encontro reúne os Coordenadores dos Conselhos Paroquiais de Pastoral Durante encontro, participantes refletiram sobre o Plano de Pastoral e a importância dos conselhos e assembleias pastoral Divulgação/JA

No dia 06 de outubro, os coordenadores dos Conselhos Paroquiais de Pastoral – CPPs, juntamente com alguns padres, diáconos e religiosos/as da Arquidiocese estiveram reunidos na paróquia de Santo Antônio, em Itapema para refletir sobre o Plano de Pastoral aprovado durante a assembléia de pastoral realizada nos dias 24 e 25 de agosto. Durante o encontro destacouse a importância dos conselhos e das assembléias de Pastoral, nos seus diversos níveis como espaços privilegiados para pensar e realizar a ação missionária e pastoral da Igreja, em vista de uma evangelização adequada aos desafios do mundo e da cultura moderna. Ressaltou-se também que o objetivo principal da Igreja é Evangelizar e promover a comunhão e a participação de todos através da pastoral de conjunto. “Os espaços de comunhão devem ser aproveitados e promovidos dia-adia em todos os níveis, no tecido

Realizado na Paróquia Santo Antônio, em Itapema, encontro também orientou para que todas as paróquias façam o seu planejamento pastoral da vida de cada Igreja. Nesta, a comunhão deve resplandecer nas relações entre bispos, presbíteros e diáconos, entre pastores e o conjunto do povo de Deus, entre clero e religiosos, entre associações e movimentos eclesiais. Para isso, devem-se valorizar cada vez mais os organismos de participação previstos pelo Direito Canônico, tais

como os Conselhos Presbiterais e Pastorais”, conforme disse o papa João Paulo II, em sua carta para o início do novo milênio (NMI 45). Finalmente encaminhou-se o material e as orientações para que todas as paróquias façam o planejamento pastoral para o ano de 2013 a partir do Plano de Pastoral da Arquidiocese.

Pastoral Carcerária da Paróquia de Garopaba Desde 06 de julho de 2011, iniciamos uma equipe que hoje conta com 20 pessoas,com o propósito de levar uma palavra de conforto, uma esperança de dias melhores à aqueles que estão encarcerados e também à aqueles que aqui fora sofrem com a situação em que seus parentes se encontram.Desde então nos colocamos à disposição dessas famílias que tanto sofrem e precisam de apoio. Assim pensamos e logo veio a ideia, por parte de nosso pároco, o Pe. Alceoni Berckembrok Berckembrok, de iniciar o “encontro com as famílias”. Deu muito certo, e até hoje realizamos pelo menos um encontro ao mês. Temos pouca participação ainda, mas de um grande valor para a nossa pastoral, que prepara com carinho essa troca que acontece com as famílias. Sabemos que um dos grandes trabalhos que uma pastoral carcerária realiza é a visita ao

presídio:levar a palavra de Deus aos encarcerados. Como nossa cidade não possui um, fomos até a cidade mais próxima, Imbituba, mesmo sendo aí outra Diocese – de Tubarão. Lá demos início às visitas nas alas feminina e masculina. Pouco depois houve uma mudança, e as presas de lá foram transferidas para Tubarão, ficando assim somente os homens na de Imbituba. Não medimos esforços e, com o apoio do nosso assessor, Pe. Alceoni, fomos também a Tubarão fazer visitas às presas.As visitas nos presídios acontecem duas vezes no mês: uma vez em Imbituba e uma vez em Tubarão. Em agosto deste ano,Pe. Alceoni foi transferido de paróquia e então nosso trabalho tem o apoio do nosso atual administrador paroquial, Pe. Marcos Deck er Decker er,, que está dando um apoio importantíssimo para que a nossa pastoral continue, e cada

vez mais forte. Vendo as necessidades dos reeducandos e também das suas famílias,resolvemos fazer eventos como café com bazar, que neste ano é o segundo que acontece, sempre dia 12 de outubro. Tambémpedimos doações aos CPCs das comunidades, arrecadamos materiais de limpeza e higiene pessoal e assim levamos para os presídios. Neste ano fizemos doações de cobertores e camisetas para os reeducandos. Como em nossa equipe há vários integrantes que são cursilhistas, surgiu a ideia de constituir o grupo “São Francisco de Assis”: assim, este nosso trabalho é a ação que o movimento do Cursilho pede que façamos, e que nos ajuda a melhorar como pessoas. Coordenadora: Rosa Maria Botelho de Oliveira Oliveira. Assessor: Pe. Marcos Decker, Administrador Paroquial. Total dos participantes: 19.

No dia 12 de outubro celebramos em todas as paróquias da arquidiocese de Florianópolis a abertura do Ano da Fé. Agora precisamos juntos aproveitar esse tempo de graça e produzir os frutos esperados. Para ajudar nesse caminho apresentamos a seguir as indicações pastorais sugeridas pela Congregação para a Doutrina da Fé para as paróquias, comunidades, pastorais, movimentos e associações celebrarem com entusiasmo e êxito o Ano da Fé. 1. Em preparação para o Ano da Fé, todos os fiéis são convidados a ler e meditar atentamente a Carta apostólica Porta fidei do Santo Padre Bento XVI. 2. O Ano da Fé “será uma ocasião propícia também para intensificar a celebração da fé na liturgia, particularmente na Eucaristia”. Na Eucaristia, mistério da fé e fonte da nova evangelização, a fé da Igreja é proclamada, celebrada e fortalecida. Todos os fiéis são convidados a participar dela conscientemente, ativamente e frutuosamente, a fim de serem testemunhas autênticas do Senhor. 3. Os padres poderão dedicar maior atenção ao estudo dos Documentos do Concílio Vaticano II e do Catecismo da Igreja Católica, tirando daí fruto para a pastoral paroquial – a catequese, a pregação, a preparação aos sacramentos – e propondo ciclos de homilias sobre a fé ou sobre alguns dos seus aspectos específicos, como por exemplo “o encontro com Cristo”, “os conteúdos fundamentais do Credo”, “a fé e a Igreja”. 4. Os catequistas poderão haurir sobremaneira da riqueza doutrinal do Catecismo da Igreja Católica e guiar, sob a responsabilidade dos respectivos párocos, grupos de fiéis à leitura e ao aprofundamento deste precioso instrumento, a fim de criar pequenas comunidades de fé e de testemunho do Senhor Jesus. 5. Deseja-se que nas paróquias haja um empenho renovado na difusão e na distribuição do Catecismo da Igreja Católica ou de outros subsídios adequados às famílias, que são autênticas igrejas domésticas e primeiro lugar da transmissão da fé, como por exemplo no contexto das bênçãos das casas, dos Batismos dos adul-

tos, das Crismas, dos Matrimônios. Isto poderá contribuir para a confissão e aprofundamento da doutrina católica “nas nossas casas e no meio das nossas famílias, para que cada um sinta fortemente a exigência de conhecer melhor e de transmitir às gerações futuras a fé de sempre”. 6. Será oportuno promover missões populares e outras iniciativas nas paróquias e nos lugares de trabalho para ajudar os fiéis a redescobrir o dom da fé batismal e a responsabilidade do seu testemunho, na consciência de que a vocação cristã “é também, por sua própria natureza, vocação ao apostolado”. 7. Neste tempo, os membros dos Institutos de Vida Consagrada e das Sociedades de Vida Apostólica são solicitados a se empenhar na nova evangelização evangelização, com uma adesão renovada ao Senhor Jesus, pela contribuição dos próprios carismas e na fidelidade ao Santo Padre e à sã doutrina. 8. As Comunidades contemplativas durante o Ano da Fé dedicarão uma intenção de oração especial para a renovação da fé no Povo de Deus e para um novo impulso na sua transmissão às jovens gerações. 9. As Associações e os Movimentos eclesiais são convidados a serem promotores de iniciativas específicas, as quais, pela contribuição do próprio carisma e em colaboração com os Pastores locais, sejam inseridas no grande evento do Ano da Fé. As novas Comunidades e os Movimentos eclesiais, de modo criativo e generoso, saberão encontrar os modos mais adequados para oferecer o próprio testemunho de fé ao serviço da Igreja. iéis 10. Todos os ffiéis iéis, chamados a reavivar o dom da fé, tentarão comunicar a própria experiência de fé e de caridade dialogando com os seus irmãos e irmãs, também com os das outras confissões cristãs, com os seguidores de outras religiões e com aqueles que não crêem ou são indiferentes. Deste modo se deseja que todo o povo cristão comece uma espécie de missão endereçada àqueles com os quais vive e trabalha, com consciência de ter recebido “a mensagem da salvação para a comunicar a todos”.


16

Geral

Novembro 2012

Jornal da Arquidiocese

Peregrinação marca abertura do Ano da Fé Mais de 400 membros da Legião de Maria de cinco paróquias participaram do evento em Antônio Carlos Divulgação/JA

A Legião de Maria - Comitium “Immaculata”, Florianópolis, realizou no dia 16 de outubro de 2012 uma peregrinação à Gruta Nossa Senhora das Graças, em Santa Maria, Antônio Carlos, SC. O evento marcou a abertura do Ano da Fé, o Mês das Missões e do Rosário. Mais de 400 legionários(as) de cinco paróquias da Grande-Florianópolis participaram da Peregrinação. Com eles, estavam presentes Pe. Pedro Martendal Martendal, Diretor Espiritual do Comitium “Immaculata”, os Diretores Espirituais das Curiae, Padre Valdir Staëhelim, Pe. Valdir Prim, Pe. João Cardoso, Diácono João Flávio Vendrúscolo e Diácono Hélio Pinheiro. O evento teve início às 14h30, com a concentração dos participantes na Gruta, onde rezaram. Em seguida, houve um lanche partilhado. Depois, todos seguiram em peregrinação até a igreja Santa Maria. Durante o trajeto, os participantes rezaram o Terço, conduzidos pelo Pe. Martendal. Na igreja, foi celebrada a Eucaristia, presidida pelo Pe. Valdir Prim, natural da comunidade. A homilia foi proferida pelo Pe. Martendal.

Peregrinação até a Gruta de N.Sra. das Graças, em Antônio Carlos, marcou a abertura do Ano da Fé e se pretende que se realize nos próximos anos Ele falou que Nossa Senhora não quer nada para Si. “Ela encaminha todos os seus filhos para Jesus. No casamento de Caná ela aconselhou os discípulos, e continua a dizer-nos:‘Façam tudo oque Ele vos disser’ (João 2,5). A peregrinação representa um resgate desse tipo de atividade que era constante em tempos passados. Ele foi realizado a pedido do

Pe. PedroMartendal como forma de celebrar as datas significativas para a Igreja neste mês. “Encerramos nossa peregrinação, felizes, fortalecidos e comprometidos em seguir na missão que Deus nos confiou”,disse Valdete Januária da Rocha Rocha, vice coordenadora do Comitium”Immaculata”. Segundo ela, a intenção é que a iniciativa se repita nos próximos anos.

A Pastoral da Comunicação da CNBB – Regional Sul IV (SC), promove dos dias 30 de novembro a 02 de dezembro a 1ª Feira de Pastorais. Realizada em Florianópolis, na

praça em frente a Catedral, o evento contará com feira de exposições e comercialização dos trabalhos desenvolvidos pelas pastorais. Durante o encontro, haverá a

palestra do Pe. Clóvis Andrade Andrade, que faz parte da comunidade Canção Nova, que ministrará a palestra de abertura. Os participantes ainda contarão com oficinas de media training, rádio, fotografia, jornal e blog/hot site, ministrado por profissionais da área que experiência em ministrar essas oficinas. As inscrições tem um custo de R$ 25,00 e podem ser feitas acessando o site www.primeiro p a s c o m . b l o g s p o t . c o m . b rr.. Mais informações pelo fone (48) 9616-4475 ou pelo e-mail 1pascomcnbb4@gmail.com 1pascomcnbb4@gmail.com.

A Pastoral da Comunicação da Arquidiocese promoveu no dia 13 de outubro uma tarde de formação na Paróquia Santo Antônio, em Itapema. Realizada na Igreja Matriz, a formação reuniu 11 membros da equipe da Pascom paroquial. A formação foi ministrada por Zulmar Faustino Faustino, jornalista e membro da equipe arquidiocesana da Pascom. Durante o encontro, ele falou sobre o que é, finalidade e objetivos da Pastoral, e como organizá-la na paróquia. O encontro teve início com a oração conduzida pelo Pe. Mário Sérgio do Nascimento Nascimento, o pároco. Ele ainda falou sobre a origem e o trabalho que é realizado pela equipe. “Iniciamos o trabalho há cerca de um ano e, nesse período, procuramos seguir as orientações da CNBB”, disse. Na avaliação de Flávia Raquel Rech, coordenadora da Pascom paroquial, a formação foi muito positiva. “Ela mostrou que o trabalho que realizamos está no caminho certo e nos deu pistas so-

bre como podemos ampliar o que já fazemos, principalmente buscando unir as atividades realizadas na paróquia”, disse. Segundo Zulmar Faustino, o trabalho realizado pela paróquia é muito bom e estão seguindo os passos adequadamente. “É uma equipe jovem, interessada em aprender, com um bom número de participantes, que quer se aprimorar e contam com o total apoio do padre. Tem tudo para dar certo”, disse.

Outras formações

Além da Oficina de Pastoral da Comunicação, a Pascom da Arquidiocese também ministra as oficinas de Fotografia, Texto Jornalístico, blog, planejamento em comunicação e blog/hot site. Todas as oficinas são gratuitas e ministradas um período, manhã ou tarde Os interessados em obter formação para a Pastoral da Comunicação, podem entrar em contato pelo fone (48) 8405-6578 ou pelo e-mail jornal@ar q uifln.org.br jornal@arq uifln.org.br. Foto JA

Pascom promove Feira Estadual

Pascom ministra formação em Itapema

Formação reuniu as jovens lideranças da Pascom paroquial


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