Mês Vocacional: Pe. Vânio fala dos eventos para o mês e o trabalho vocacional
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Florianópolis, Agosto de 2013 Nº 192 - Ano XVII
FACASC traz conferencistas de renome nacional na Semana Teológica
O Papa e os jovens Mais de 3 milhões de jovens de 178 países reunidos em um mesmo espaço para ver e ouvir o Sumo Pontífice, que os encantou com seu jeito simples Em uma edição especial de quatro páginas, o Jornal da Arquidiocese retrata o encontro do Papa com os Jovens durante a Jornada Mundial da Juventude, no Rio de Janeiro, dos dias 23 a 28 de julho.
Mais de 3,7 milhões de jovens estiveram presentes na Celebração de Envio, em Copacabana. O Estado de Santa Catarina foi representado por cerca de 10 mil hovens, a Arquidiocese
por mais de dois mil. Veja também o trabalho realizado durante a Semana Missionária, evento que antecedeu a JMJ e recebeu os peregrinos estrangeiros.
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ASA e Cáritas promovem formação sobre Participação e Controle Social PÁGINA 08
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Natal, RN, é a sede do 8º Mutirão Brasileiro de Comunicação PÁGINA 12
Participe do Jornal da Arquidiocese
A LUZ DA FÉ A fé nasce do encontro com Deus e nos revela o seu amor, sobre o qual podemos construir solidamente a vida. A fé dá ao cristão uma força capaz de vencer todos os obstáculos. “A luz da fé não nos faz esquecer os sofrimentos do mundo. (…) A fé não é luz que dissipa todas as nossas trevas, mas lâmpada que guia os nossos passos na noite”. Mas é força consoladora “que nos projeta para um futuro certo, que se coloca em uma perspectiva diferente das propostas ilusórias dos ídolos do mundo, que dá um novo impulso e nova força à vida de todos os dias” (LF 57)..
Semana Coral reúne 16 corais da GrandeFlorianópolis
120 lideranças realizarão visita missionária na diocese da Barra, na Bahia
Tema do Mês
Durante todos os momentos da Jornada, Papa Francisco demonstrou carinho e ternura, e emocionou a todos com os seus gestos simples, humildes, de um verdadeiro discípulo e missionário de Jesus Cristo
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Projeto busca dar suporte educacional a crianças da Guiné-Bissau Com 78 euros (R$ 240,00) por ano podemos possibilitar que uma criança estude e tenha uma vida melhor em um dos países mais pobres do mundo Guiné-Bissau, na África, passa por uma grave crise educacional. O governo não mantem a educação como uma prioridade, os professores não recebem e, por conta disso, ficam boa parte do tempo em greve. Como forma de resolver a situa-
ção, muitas escolas adotaram o regime de autogestão, em que cada criança paga para estudar. Mas nem todas tem condições. Uma campanha na Arquidiocese pretende ajudar nesse trabalho. PÁGINA 07
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Opinião
Agosto 2013
Palavra do Bispo
Dom Wilson Tadeu Jönck
Jornal da Arquidiocese
Arcebispo de Florianópolis
Repercutindo a Jornada Mundial da Juventude Estão bem vivas em nossa mente as imagens dos jovens tomando conta das ruas do Rio de Janeiro. O número foi calculado em 3,5 milhões. Vieram dos cinco continentes e estavam por toda parte, sempre com sua alegria e jovialidade. Queriam ver e ouvir o Papa, queriam conhecer o Rio de Janeiro. Testemunho cristão – No dia da chegada do Papa, um grupo de cem pessoas promoveu uma cena de destruição, quebrando vitrines, agredindo pessoas. Deu muito trabalho para a polícia. Os 3,5 milhões de jovens da Jornada Mundial que se espalharam por todo o Rio de Janeiro, não causaram nenhum problema aos polici-
ais. Estes se encarregavam, apenas, de orientar os jovens. Podiam ser vistos muitas vezes tirando fotografia e interagindo com os jovens. Quando se busca viver os valores cristãos, aumenta a qualidade dos relacionamentos e da convivência social. Palavras do Papa – Os gestos e palavras do Papa causaram profunda impressão em todos os que participaram da Jornada Mundial da Juventude. Uma das mensagens foi a de que vivemos em uma cultura que privilegia o acúmulo de bens e gera a globalização da indiferença ante a sorte dos mais necessitados. O Papa insiste em que, para combater essa situação, se deve instaurar a cultura do encontro. Que nin-
Palavra do Papa
Francisco
guém se sinta sozinho ou descartado, que a solidariedade dos cristãos possa incluir a todos. Participação da Arquidiocese – Mais de dois mil jovens da Arquidiocese de Florianópolis estiveram no Rio. Todas as Comarcas Pastorais organizaram caravanas, também os movimentos e congregações religiosas. Por outro lado, estiveram presentes na Arquidiocese mais de 500 jovens argentinos e alemães, para a Semana Missionária que precedeu a Jornada. Foram acolhidos pelas comunidades, visitaram nossas igrejas e obras sociais. Foram muito intensas as celebrações de envio no CEAR e no Santuário de Santa Paulina. Agradecemos às famílias e comunida-
Opinião
Encerramento da JMJ Queridos jovens! “Ide e fazei discípulos entre todas as nações”. Com estas palavras, Jesus se dirige a cada um de vocês, dizendo: “Foi bom participar nesta Jornada Mundial da Juventude, vivenciar a fé junto com jovens vindos dos quatro cantos da terra, mas agora você deve ir e transmitir esta experiência aos demais”. Jesus o chama a ser um discípulo em missão! Hoje, à luz da Palavra de Deus que acabamos de ouvir, o que nos diz o Senhor? Três palavras: Ide, sem medo, para servir. 1. Ide. Durante estes dias, aqui no Rio, vocês puderam fazer a bela experiência de encontrar Jesus e de encontrá-lo juntos, sentindo a alegria da fé. Mas a experiência deste encontro não pode ficar trancafiada na vida de vocês ou no pequeno grupo da paróquia, do movimento, da comunidade de vocês. Seria como cortar o oxigênio a uma chama que arde. A fé é uma chama que se faz tanto mais viva quanto mais é partilhada, transmitida, para que todos possam conhecer, amar e professar que Jesus Cristo é o Senhor da vida e da história (cf. Rm 10,9). De forma especial, queria que este mandato de Cristo - “Ide” ressoasse em vocês, jovens da Igreja na América Latina, comprometidos com a Missão Continental promovida pelos Bispos. 2. Sem medo. Alguém pode-
ria pensar: “Eu não tenho nenhuma preparação especial, como é que posso ir e anunciar o Evangelho”? Esse seu temor não é muito diferente do sentimento que teve Jeremias, quando foi chamado por Deus para ser profeta: “Não tenham medo!” Quando vamos anunciar Cristo, Ele mesmo vai à nossa frente e nos guia. Além disso, Jesus não disse: “Vai”, mas “Ide”: somos enviados em grupo. Queridos jovens, sintam a companhia de toda a Igreja e também a comunhão dos Santos nesta missão. 3. A última palavra: para servir. No início do salmo proclamado, escutamos estas palavras: «Cantai ao Senhor Deus um canto novo» (Sl 95, 1). Qual é este canto novo? Não são palavras, nem uma melodia, mas é o canto da nossa vida, é deixar que a nossa vida se identifique com a vida de Jesus, é ter os seus sentimentos, os seus pensamentos, as suas ações. E a vida de Jesus é uma vida para os demais, a vida de Jesus é uma vida para os outros. É uma vida de serviço. Queridos jovens, Jesus Cristo conta com vocês! A Igreja conta com vocês! O Papa conta com vocês! Que Maria, Mãe de Jesus e nossa Mãe, os acompanhe sempre com a sua ternura: “Ide e fazei discípulos entre todas as nações”. Amém.
Jovem leigo Testemunhando a minha fé e alegria de ouvir e atender o cha-
Ir. Clelione Maria da Silva, das Irmãzinhas da Imaculada Conceição, Santa Paulina, Nova Trento
mado do Senhor. Levando a mensagem de Cristo para onde eu for e aos jovens que ainda não tiveram a oportunidade de conhecêla, e convidando-os a seguir nesse caminho. Também agindo pastoralmente, contribuindo com os trabalhos em minha comunidade paroquial. Além disso, sendo uma liderança atuante em minha comunidade, acompanhando o que está sendo discutido para melhorar e dando a minha contribuição.
Família Vivo na minha Igreja Doméstica em clima de oração. Desde que minha filha nasceu, minha esposa e eu começamos a rezar junto com ela. Dessa forma, quando começou a falar, ela já aprendeu as orações. Também já foi se habituando à vida na Igreja. Além disso, lhe ensinamos os princípios cristãos e ela, assim como nós, buscamos ser evangelizadores nos locais onde estamos inseridos com o nosso testemunho de fé. Temos presença na vida pastoral da Igreja e nossa filha nos acompanha em todos os momentos. Fernando Ventura, Paróquia N.Sra. do Rosário, São José
Luciano Rafael O. de Lima, Paróquia Santo Antônio, Itapema
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Jornal da Arquidiocese de Florianópolis Rua Esteves Júnior, 447 - Centro - Florianópolis Cep 88015-130 - Fone/Fax (48) 3224-4799 E-mail: jornal@arquifln.org.br - Site: www.arquifln.org.br 24 mil exemplares mensais
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A Jornada da Juventude não pode tornar-se apenas um evento que passou. Ela deve repercutir em nossas comunidades com iniciativas bem concretas”.
Como você vive sua vocação?
Religiosa Vivo feliz e contente servindo a Deus por meio da música e seguindo Jesus do jeito simples de Santa Paulina. Sou religiosa há 13 anos e me sinto realizada como mulher religiosa e como jovem neste mundo de hoje, que está sedento de sentir o rosto materno de Deus. O povo precisa ser acolhido, ser ouvido. A correria do dia a dia impede as pessoas de falarem e serem ouvidas. As religiosas se dispõem a ser aquelas que ouvem as aflições de quem as procura.
Copacabana, Rio de Janeiro - Domingo, 28 de Julho de 2013
des que acolheram estes jovens. Cabe um pedido de desculpas aos que se prepararam e não receberam jovens estrangeiros. E depois da Jornada – A Jornada da Juventude não pode tornar-se apenas um evento que passou. Ela deve repercutir em nossas comunidades com iniciativas bem concretas. Convido os jovens para organizarem, nas comunidades, iniciativas que dinamizem a caminhada cristã. É hora de fortalecer o Setor Juventude. No dia 01 de setembro, a coordenação dos jovens da Arquidiocese está convocando todos os jovens que participaram Da Jornada Mundial para um encontro. Este acontecerá na Paróquia de Tijucas.
Diretor: Pe. Ney Brasil Pereira - Conselho Editorial: Dom Wilson Tadeu Jönck, Pe. Leandro Rech, Pe. Revelino Seidler, Pe. José Artulino Besen, Pe. Vitor Galdino Feller, Ir. Marlene Bertoldi, Leda Cassol Vendrúscolo, Maria Antônia Carsten, Maria Glória da Silva Luz, Carlos Martendal, Felipe Candin Jornalista Responsável: Zulmar Faustino - SC 01224 JP - (48) 8405-6578 - Coor. de Publicidade: Pe. Pedro José Koehler - Revisão: Pe. Ney Brasil / Ir. Clea Fuck - Editoração e Fotos: Zulmar Faustino - Distribuição: Juarez João Pereira - Impressão: Diário Catarinense
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Santa Cecília promove “Semana Coral” Evento celebra os 40 anos de regência do Pe. Ney Brasil no Coral Santa Cecília da Catedral Arquivo/JA
O Coral Santa Cecília da Catedral de Florianópolis realizará, nos dias 27 a 30 de agosto, uma Semana Coral. O evento reunirá 16 corais da região da Grande-Florianópolis, cinco por noite, sempre a partir das 20h, apresentando músicas sacras compostas ou em arranjo pelo Pe.Ney. No último dia, o Coral Santa Cecília, acompanhado da Camerata Florianópolis, fará a sua apresentação. Todos são convidados a participar. A entrada é gratuita. A Semana Coral faz parte do “Projeto Pe. Ney Brasil Pereira: 40 anos de produção e execução musical na Catedral Metropolitana de Florianópolis”. Organista, compositor e regente, Pe. Ney nasceu em São Francisco do Sul, e iniciou seus estudos musicais no Seminário de Azambuja, Brusque, onde, de 1957 a 1970, desenvolveu uma intensa atividade de composição e regência coral, além de manter um mini-conservatório com alunos de vários instrumentos musicais.
Orientação Vocacional
Coral Santa Cecília canta há 62 anos, 40 deles regido pelo Pe. Ney Em 1962 e 1963 cursou dois semestres letivos na Faculdade de Música da Universidade de Duquesne, em Pittsburgh, Estados Unidos, retornando para Azambuja. Em 1973, após novos estudos em Roma, veio para Florianópolis, quando assumiu o Coral Santa Cecília da Catedral, do qual é regente até hoje. Várias de suas composições litúrgicas estão gra-
vadas em LPs, K-7s, e CDs. Anualmente o Coral Santa Cecília promove o Concerto Espiritual da Páscoa - CONESPA, este ano em sua 28ª edição, com a presença de vários corais convidados, e o concerto de aniversário do Coral, sempre em novembro, que este ano comemorará 63 anos de existência, com músicos convidados da Camerata Florianópolis.
FACASC oferece cursos de pós-graduação A Faculdade Católica de Santa Catarina – FACASC – reabriu as inscrições para dois cursos de pósgraduação lato sensu (especialização): em Bioética e em Estudos Bíblicos. Os cursos iniciam em outubro, mas antes os interessados devem encaminhar fichas de inscrição para o processo seletivo. As disciplinas serão ministradas por professores da FACASC e por professores convidados. Mais informações no site www. facasc.edu.br, ou pelo email secretaria@facasc.edu.br ou ainda pelo fone (48) 3234-0400. O curso de especialização em Estudos Bíblicos Lato Sensu é
Vai acontecer...
voltado para agentes de pastorais das igrejas cristãs, lideranças comunitárias e pessoas interessadas em cultura bíblica. Para participar, o candidato deverá
comprovar graduação reconhecida pelo MEC em qualquer área do conhecimento. Já o Curso de Pós-Graduação Lato Sensu em Bioética é destinado às pessoas que possuem graduação, em especial em qualquer curso da área da saúde, da área jurídica, da área filosófica, bem como de áreas afins à bioética. Havendo vagas, será também permitida a participação de outros alunos nos distintos módulos, sem a necessidade de frequentar o curso completo. Tais alunos poderão obter certificado dos módulos de que participarem.
A Pastoral Vocacional da Arquidiocese promove no mês de agosto mais uma etapa dos encontros do Grupo de Orientação Vocacional - GOV. Dessa vez, o encontro do GOV João Paulo II (masculino) e o do Madre Teresa de Calcutá (feminino) serão realizados em locais diferentes. O encontro dos garotos será realizado nos dias 31 de agosto e 01 de setembro no Seminário de Azambuja, em Brusque. Nesse encontro, os garotos de 12 e 13 anos participarão somente
no dia 31, e os mais adiantados ficarão também para o dia 01, para fazerem uma experiência mais forte da vida do seminário. Já as meninas participarão do encontro no dia 31 na Paróquia dos Sagrados Corações, Barreiros, São José, com formação específica sobre a vida religiosa feminina. Ambos os encontros iniciarão às 08h30 e são gratuitos. Mais informações com o Pe. Vânio, pelo e-mail pe.vanio@ig.com.br ou pelo fone (48) 3234-4443.
A Mulher na Antiguidade Cristã Associação Brasileira de Estudos Patrísticos, em parceria com a Faculdade Católica de Santa Catarina e a Revista Cadernos Patrísticos, com o apoio da AIS Brasil, promovem congresso sobre a Mulher na Antiguidade Cristã. O evento acontecerá entre os dias 16 a 19 de setembro, em Florianópolis, nas dependências da FACASC, Rua Deputado Antônio Edu Vieira, n.º 1524, Pantanal. Estão previstas conferências, mesas redondas e um seminá-
rio aberto para a discussão de gênero em geral. Nesse mesmo período acontece na UFSC a 10ª edição do Seminário Internacional Fazendo Gênero, estendendo-se até o dia 20 de setembro. Para que os interessados no Congresso Patrístico possam acompanhar a preparação desse evento, os dados e informações referentes a ele serão disponibilizados mensalmente com chamadas nos sites: www. facasc. edu.br e http://patristicasc. blogspot.com
Retiro do Apostolado da Oração O Apostolado da Oração da Arquidiocese promove no dias 30 e 31 de agosto e 01 de setembro o seu retiro arquidiocesano. A ser realizado na Casa de Encontros e Retiros Divina Providência, em Florianópolis, o retiro terá como tema “Coração de Jesus, porta da fé”. Ele pretende refletir sobre os 50 anos do início do Concílio Vaticano II e a celebração do Ano da Fé.
A assessoria ficará com o Pe. Sereno Boesing SJ, diretor espiritual da Região Sul do Apostolado da Oração, e Pe. Clovis de Melo Cavalheiro SJ, diretor espiritual arquidiocesano. A taxa de participação/diárias terá um custo de R$ 190,00. As vagas são limitadas, as inscrições já estão abertas e podem ser feitas pelos fones (48) 3245-2208, ou 99125870 (TIM) ou 8402-8358 (OI).
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Tema do Mês
A Luz da Fé A fé nasce do encontro com Deus e nos revela o seu amor, sobre o qual podemos construir solidamente a vida.
Jornal da Arquidiocese
da vida humana: “o corpo e o espírito, a interioridade da pessoa e sua abertura ao mundo e aos outros, a inteligência, a vontade, a afetividade” (LF 26). Na fé cristã, verdade e amor se interdependem. “Sem a verdade, o amor não pode oferecer um vínculo sólido, não consegue arrancar o ‘eu’ para fora de seu isolamento, nem libertá-lo do instante fugidio para edificar a vida e produzir fruto (…) Sem o amor, a verdade torna-se fria, impessoal, pesada para a vida concreta da pessoa” (LF 27).
Força Consoladora
Luz Divina A fé não é uma luz enganadora. Não é “ópio do povo”, suspiro de gente oprimida, caminho de alienação e fuga dos sofrimentos deste mundo. Ao contrário, é uma luz que provém do próprio Deus, como dom sobrenatural, que nos dá o fundamento sobre o qual se pode enfrentar o desafio da vida. “A fé nasce do encontro com o Deus vivo, que nos chama e revela o seu amor: um amor que nos precede e sobre o qual podemos apoiar-nos para construir solidamente a vida” (LF 4). A fé não é obra humana. Vem de Deus, juntamente com a Palavra. São Paulo pergunta: “Como invocarão aquele em quem não creram? Como crerão naquele de quem não ouviram falar? Como ouvirão, se não há quem pregue?” E depois responde: “A fé vem pelo ouvir a Palavra de Cristo” (Rm 10,14-17). A fé entra pelo ouvido, no mesmo instante em que se ouve a Palavra de Deus. Sendo a Palavra de salvação dirigida a todos, o dom da fé também é dado a todos. Só que, no respeito pela liberdade humana, a fé que vem de Deus precisa brotar de dentro do coração humano. Assim o povo de Israel, em sua longa história de quase dois mil anos, de Abraão a Jesus de Nazaré, viveu pela fé, deixou-se guiar por Deus, num jogo entre graça divina e liberdade humana. A Palavra vinda de Deus foi sempre experimentada como provocação ao ser humano para sair de seu mundo fechado e lançar-se na aventura de fazer história. Buscar novos caminhos para a organiza-
Divulgação/JA
No Ano da Fé fomos agraciados com a primeira encíclica do papa Francisco, Lumen fidei, a luz da fé. Lembrando as encíclicas de Bento XVI sobre a caridade (Deus caritas est) e a esperança (Spe salvi), Francisco reconhece: “Ele (o papa Bento) já tinha quase concluído um primeiro esboço desta encíclica sobre a fé. Estou-lhe profundamente agradecido e, na fraternidade de Cristo, assumo o seu precioso trabalho, limitandome a acrescentar ao texto qualquer nova contribuição” (LF 7). Humildade, tanto do papa Bento, que cede o texto ao sucessor, como do papa Francisco, que reconhece a autoria do antecessor. Fecha-se, assim, a trilogia de encíclicas sobre as três virtudes teologais: a fé, a esperança e a caridade.
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ção do povo, julgar atitudes egoístas presas às riquezas do mundo, condenar a idolatria, construir a civilização do amor e da solidariedade… foram as grandes propostas de Deus ao povo de Israel. Nesse caminho, o povo serviu-se sempre de mediadores e viveu a fé em comunhão e na comunidade. Algo difícil de compreender e viver nos tempos de hoje, marcados pelo individualismo. “A partir de uma concepção individualista e limitada do conhecimento, é impossível de compreender o sentido da mediação” e a dimensão comunitária da fé (LF 14).
A Plenitude da Fé Ninguém vive sem fé. Há três dimensões da fé: humana, religiosa e cristã. A fé humana é a confiança básica que temos nas pessoas, para podermos viver com tranquilidade. Seríamos paranoicos se vivêssemos desconfiados de tudo e de todos. Fundamentando-se nesta fé humana, a fé religiosa aponta para algo ou alguém mais, para a dimensão do sagrado, do transcendente. É preciso deixar o co-
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A fé cristã nos coloca diante de um Deus que veio ao nosso encontro, para responder às nossas dúvidas e nos lançar na dimensão do Absoluto”
ração e a razão em aberto para aquilo que não se consegue abarcar com os limites de nossa condição material e mortal. Apoiando-se na fé humana e na fé religiosa, a fé cristã nos coloca diante de um Deus que veio ao nosso encontro, para responder às nossas dúvidas e nos lançar na dimensão do Absoluto, na entrega aos braços e abraços do eterno Pai. Essa foi a atitude do próprio Senhor Jesus, “autor e consumador de nossa fé” (Hb
12,2), que viveu para fazer a vontade do Pai (Jo 6,38) e morreu entregando ao Pai o seu espírito (Lc 23,46). “A nova lógica da fé centra-se em Cristo. A fé em Cristo salva-nos, porque é nele que a vida se abre radicalmente a um Amor que nos precede e transforma a partir de dentro, que age em nós e conosco” (LF 20). Esta é a fé que vivemos na Igreja. É fé pessoal, que cada qual deve assumir na inteira liberdade. Mas é também fé comunitária. Através dos pais e dos antepassados até chegar aos apóstolos, nossa fé é a mesma fé que Cristo teve em DeusPai. Nossa fé em Jesus se fundamenta na fé de Jesus. Em Cristo, não podemos separar a verdade e o amor. Na cultura contemporânea, a verdade tornou-se muito relativa. Só é verdade o que é científico, técnico, funcional. Só é verdade o que agrada aos indivíduos em sua busca de prazer imediato e passageiro. A fé cristã, centrada no coração, “lugar onde nos abrimos à verdade e ao amor”, consegue entrecruzar todas as dimensões
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A fé dá ao cristão uma força capaz de vencer todos os obstáculos. “A luz da fé não nos faz esquecer os sofrimentos do mundo. (…) A fé não é luz que dissipa todas as nossas trevas, mas lâmpada que guia os nossos passos na noite”. Mas é força consoladora “que nos projeta para um futuro certo, que se coloca em uma perspectiva diferente das propostas ilusórias dos ídolos do mundo, que dá um novo impulso e nova força à vida de todos os dias” (LF 57). No seu discurso no Hospital São Francisco, no Rio de Janeiro, o papa Francisco citou sua própria encíclica ao lembrar o início da trajetória do santo de Assis: “talvez seja menos conhecido o momento em que tudo isto se tornou concreto na sua vida: foi quando abraçou um leproso. Aquele irmão sofredor foi ‘mediador de luz’ (LF 57), porque, em cada irmão e irmã em dificuldade, nós abraçamos a carne sofredora de Cristo. Hoje, neste lugar de luta contra a dependência química, quero abraçar a cada um e cada uma de vocês – vocês que são a carne de Cristo – e pedir a Deus que encha de sentido e de esperança segura o caminho de vocês e também o meu”. Com isso o papa mostra que a fé cristã é operosa, não nos fecha em devaneios sobre o mundo sobrenatural, mas faz com que o mistério divino, entrando em nossos corações e dinamizando nossa liberdade, transforme nossa vida, já, aqui e agora, e nos estimule para novas disposições de amor e defesa da vida. Pe. Vitor Galdino Feller Vigário Geral da Arq., Prof. de Teologia e Diretor da FACASC/ITESC Email: vigariogeral@arquifln.org.br
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Pe. Márcio Vignoli lança livro Obra é resultado da vivência do carisma da Comunidade Divino Oleiro, com 12 anos de existência Divulgação/JA
“O Preciosíssimo Sange de Jesus”. Esse é o título do primeiro livro do Pe. Márcio Alexandre Vignolli, da Arquidiocese de Florianópolis, em parceria com Jacira Mourão, do Rio de Janeiro, que costuma realizar pregações nos eventos da Comunidade Divino Oleiro. Nos dois primeiros eventos de lançamento, já se esgotou a primeira edição. A obra é fruto da vivência do carisma da Comunidade Católica Divino Oleiro: “Tudo Ser e Fazer por Amor a Deus, e em Favor dos Irmãos”. O prefácio foi escrito pelo nosso arcebispo Dom Wilson Tadeu Jönck. “O livro nos leva a mergulhar na Palavra de Deus. Perpassando o Antigo e Novo Testamento, traz à tona a devoção ao
Nos dois primeiros eventos de lançamento já se esgotou a primeira edição Preciosíssimo Sangue de Jesus, que remonta à Igreja nascente, sobretudo em reverência ao Sangue de Jesus derramado na cruz
“Momentos de Inspiração” É o novo livro de Mons. Agostinho Staëhelin. Em 86 páginas, o opúsculo traz a memória privilegiada desse padre de 89 anos, com escritos da última década anotados com surpreendente detalhes. Num colorido e dinamismo atual, retrata as histórias vividas em São Pedro de Alcântara, as passagens marcantes dos Evangelhos, e a importância dos valores da família na cons-
trução de uma sociedade harmônica e justa. [...] É também conhecer os pensamentos do autor que sonha em chegar aos 100 anos (!) para ter tempo de disseminar suas ideias de pás e solidariedade, e revelar a VIDA que traz dentro de si. O livro pode ser adquirido na Coordenação de Pastoral da Arquidiocese, pelo fone (48) 3224-4799, ou na APAZ, pelo fone 3246-3015.
e também em alusão ao Sangue sacramental na Eucaristia”, disse. A comunidade realiza a evangelização com os meios de comunicação: Rádio Cultura 1110 AM, em Florianópolis; Rádio Católica 1500 AM, de Camboriú; BandSC, sábados às 7h; além da presença em outras rádios, da revista mensal Divino Oleiro e do site www.divinooleiro.com.br. O livro custa R$ 15,00 e pode ser adquirido na livraria Divino Oleiro; na Igreja Nossa Senhora do Parto, em Florianópolis; no Centro de Evangelização Angelino Rosa - CEAR; e nas fraternidades Divino Oleiro; ou ainda pelo e-mail projeto@divinooleiro.com.br, ou pelo fone (48) 3224-6476.
Avaliação sobre a comunicação A Arquidiocese está realizando uma avaliação sobre os seus meios de comunicação. A avaliação, por meio de um questionário, foi lançada em parceria com a equipe editorial do Jornal da Arquidiocese, a Coordenação de Pastoral e a Pastoral da Comunicação. O 13º Plano Pastoral, aprovado na Assembleia Arquidiocesana de Pastoral de 2012, propõe as
seguintes ações na comunicação: Fortalecer e ampliar a Pastoral da Comunicação; Promover jornadas formativas de comunicação para os agentes de pastoral; Promover cursos de formação sobre comunicação em parceria com a Faculdade Católica de Santa Catarina (FACASC); Assessorar a Pastoral da Comunicação em nível comarcal e paroquial.
A pesquisa pretende conhecer melhor a realidade sobre os meios de comunicação da Arquidiocese e alcançar as metas propostas. Sua colaboração é muito importante. Responda o questionário e colabore! Ele pode ser acessado no site da Arquidiocese (www.arquifln.org.br) ou no link www.arquifln.org.br/ questionariomeios
Vai acontecer...
Semana Teológica na FACASC Para repercutir o tema do último sínodo em diversas dimensões da vida cristã, a Faculdade Católica de Santa Catarina (FACASC) realizará sua Semana Teológica de 2013, nos dias 2 a 6 de setembro, de segunda a sexta-feira, com o tema “Nova evangelização e teologia, em diálogo com o mundo moderno”. O evento contará com as ilustres presenças de Dom Leonardo Steiner, secretário da CNBB e bispo auxiliar de Brasília; Pe. Johan Konings, jesuíta, especialista em teologia bíblica e coordenador da tradução da Bíblia da CNBB; Pe. Leo Pessini, camiliano, especialista em bioética e diretor da Faculdade São Camilo; Pe. Carlos Gustavo Haas, diocesano, especialista em liturgia e professor da PUCRS; e Pe. Inácio Neuztling, jesuíta, especialista em questões sociais à luz do evangelho e coordenador do Instituto Humanitas da UNISINOS, de São Leopoldo. Todos esses especialistas são (ou foram) assessores da CNBB para os respectivos assuntos. Após a apresentação de ecos do Sínodo (acentos, limites, desafios, perspectivas), apresenta-
dos por Dom Leonardo, haverá duas conferências sobre a evangelização e o múnus da Palavra, com o prof. Konings. Em seguida, duas conferências sobre evangelização e bioética, um tema interessante e polêmico em nossos dias, com o Prof. Pessini. O prof. Haas tratará, em duas conferências, sobre a evangelização e o múnus da Liturgia. Por fim, haverá duas conferências sobre a evangelização e o múnus da Caridade, com o prof. Neutzling. Assim, a evangelização será tratada em relação com os três múnus de Cristo e da Igreja - a Palavra, a Liturgia e a Caridade - e com o atualíssimo tema da Bioética. Cada conferência será acompanhada de debates com um professor da FACASC e o público. Durante a semana, haverá também a reunião da Associação Paulo Bratti, que reúne os ex e atuais alunos e professores do ITESC e da FACASC. Haverá também a apresentação das monografias dos alunos bacharelandos do quarto ano de teologia. A programação completa está disponível no site da instituição (www. facasc.edu.br).
Vocação feminina A Pastoral dos Coroinhas da Arquidiocese promove, no dia 24 de agosto, um Dia de Encontro Vocacional. Realizado pelo quinto ano consecutivo, na casa de encontros Divina Providência, em Florianópolis, o evento é voltado para as meninas e moças que sentem o despertar vocacional e tem como objetivo apresentar a elas a vocação religiosa
feminina. A cada edição, o encontro de formação reúne mais jovens interessadas em conhecer a vida das religiosas.. Durante o dia, elas conhecerão um pouco do que é ser Irmã Religiosa. As interessadas devem entrar em contato até o dia 20 de agosto pelo fone (48) 32630979 ou 3212-4800, ou ainda pelo e-mail ir.clea@gmail.com.
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Bíblia
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Jornal da Arquidiocese
Conhecendo o livro dos Salmos (62)
Salmos 84 e 85 (83 e 84) SALMO 84(83): QUE BELA A TUA CASA! Um peregrino, ao aproximar-se de Jerusalém, abre o coração para manifestar o íntimo desejo que o impeliu a vir até o Templo. Proclama a bem-aventurança dos que, como os sacerdotes e levitas, e até os passarinhos, moram na Casa do Senhor. Reconhece também a felicidade dos que, como ele, empreendem a “santa caminhada”, cujas etapas vão atraindo as primeiras chuvas. E estas, por sua vez, cobrem de bênçãos a terra. Notar as três bemaventuranças, que são proclamações de felicidade, nos vv. 5, 6, e 13.
Cântico de amor 2. Como são amáveis tuas moradas, / Senhor dos exércitos! 3. Minha alma desfalece e suspira pelos átrios do Senhor./ Meu coração e minha carne exultam no Deus vivo! A exclamação inicial, no v. 2, com as efusivas expressões do v. 3, caracterizam um verdadeiro cântico de amor, de alguém literalmente enamorado da casa de Deus, de suas “moradas”, de seus “átrios”. O entusiasmo é tanto que o salmista, enquanto não chega,
sente que sua alma desfalece e suspira de saudade, embora o seu corpo, seu coração e sua carne, já exultem de alegria. Como não lembrar aqui o início do cântico de Maria (Lc 1,47)?
Até o pardal e a andorinha! 4. Até o pardal encontra casa / e a andorinha, o ninho onde pôr os filhotes, / junto a teus altares, / Senhor dos exércitos, meu Rei e meu Deus! A imagem das aves, o pardal e a andorinha, soa como imagem do próprio salmista, à semelhança da corça do Sl 42,2. Lá, a corça ansiando pelas águas correntes; aqui, os passarinhos entrando e saindo livremente, e até morando, aninhando-se, junto aos altares do “Senhor dos exércitos”. Que contraste entre a grandeza desse Deus e Rei, “Senhor dos exércitos”, e a bondade com que Ele acolhe pardais e andorinhas.
Feliz quem mora, feliz quem caminha! 5. Feliz quem mora em tua casa: sempre canta teus louvores. 6. Feliz, quem encontra em
ti a sua força / e decide no seu coração a santa viagem. As duas bem-aventuranças, juntas, convidam-nos a comparar ambas as categorias: moradores, e peregrinos. O Sl 65,5 prefere os que habitam de modo permanente no Templo: “Feliz aquele que escolhes para viver em teus átrios...” No entanto, o salmista dedica mais espaço à segunda bemaventurança, nos vv. 7 e 8 a seguir, valorizando a decisão de pôrse a caminho, como Abraão: “Sai da tua terra...” (Gn 12,1) O peregrino sente que não vai sozinho, pois leva consigo a “força” do Senhor, que o chama de modo irresistível.
Prece pelo Ungido 9. Senhor, Deus dos exércitos, ouve minha prece, / presta atenção, Deus de Jacó! 10. Vê, ó Deus, o nosso Escudo, / olha o rosto do teu Ungido. Estes dois versículos interrompem o tema dominante do salmo, que é o amor da “casa de Deus”. Aduzindo uma série de títulos divinos – “Deus dos exércitos”, “Deus de Jacó”, “nosso Escudo” - o salmista faz um solene pedido para que o Senhor olhe para “o nosso Escudo”, para “o rosto do seu Ungido”. Quem é esse personagem, identificado de maneira tão solene? Seria o rei, ou o sumo Sacerdote da época? Ou antes, para nós, numa leitura cristológica, o próprio Senhor Jesus?
Passos fecundos 7. Passando pelo vale do pranto, transforma-o numa fonte / e a primeira chuva o cobre de bênçãos. 8. Cresce o seu vigor ao longo do caminho, / e Deus lhe aparece em Sião. Enquanto percorre o trajeto, os passos do peregrino coincidem com as primeiras chuvas. E o vale ressequido se transforma em manancial, cobrindo-se a terra de bênçãos: são as sementes que
Um dia, mais que mil! 11. Para mim, um dia nos teus átrios / vale mais que mil
Divulgação/JA
SALMO 85(84): A DANÇA DA VIDA Grande tinha sido a alegria dos exilados, quando voltaram da Babilônia para a sua terra (vv. 2-4). Mas, logo, a decepção: secas, más colheitas, discórdias (cf Ag 1,6 e todo o capítulo 5º de Neemias), fazendo mudar a ação de graças em pedidos e brados de socorro (vv. 58). De repente, no meio da assembleia, alguém, inspirado, profetiza o que Deus lhe fala ao coração para seu povo: em breve, em breve, a paz voltará, a “dança da vida” recomeçará (vv. 9-14).
Foste bom, Senhor! 2. Senhor, foste bom com tua terra, / fizeste voltar os exilados de Jacó. 3. Perdoaste a iniquidade do teu povo, / cancelaste todos os seus pecados. 4. Renunciaste a todo o teu furor / e fizeste cessar tua grande ira. O salmo começa com a constatação da bondade de Deus para com a “sua” terra, a terra prometida, agora reduzida à pequena província de Judá. Deus foi “bom”, bondoso, para com sua terra, fazendo voltar os exilados. E isso porque Ele perdoou a “iniquidade do seu povo”, cancelou a lembrança de “todos os seus
germinam e darão fruto. “Cresce o vigor”, ao invés de diminuir, ao se avizinhar o termo feliz da peregrinação: a visão de Deus, da sua glória, em Sião. Como escreveu Isaías, quem espera no Senhor “corre sem cansar-se, prossegue sem fatigar-se...” (Is 40,31)
pecados”. Para tanto, renunciou ao seu “furor”, mais que justificado, fez cessar a sua “grande ira”...
Restaura-nos, ó Deus! 5. Restaura-nos, ó Deus, nossa salvação / e acalma tua ira contra nós. 6. Acaso estarás sempre irado conosco, / de idade em idade estenderás teu furor? 7. Acaso não tornarás a darnos vida, / para que em ti se alegre o teu povo? 8. Mostra-nos, Senhor, a tua misericórdia / e dá-nos a tua salvação. De repente, depois de terem reconhecido a bondade de um
Deus que perdoa, que “renuncia ao seu furor” (v.4), os orantes se vêem agora necessitados novamente do perdão divino. E clamam: “Restaura-nos, acalma tua ira contra nós!” Chama a atenção de que não há, aqui, confissão de pecados. Pelo contrário, após o pedido de que o Senhor “restaure” a salvação, eles questionam se a ira divina vai continuar “sempre”, se o seu furor vai se estender “de idade em idade”... Questionam ainda se Deus “não tornará” a “dar a vida”, para que nEle se alegre o seu povo... Enfim, depois do pedido para que o Senhor “mostre” a sua misericórdia, novamente suplicam a “salvação”.
A voz da profecia 9. Estou ouvindo o que diz o Senhor Deus: ele anuncia paz para seu povo, para seus fiéis, / para quem volta a Ele de todo o coração. 10. Sua salvação está próxima de quem o teme / e sua glória habitará em nossa terra. É sabido que os profetas, muitas vezes, denunciando os pecados do seu povo, ameaçavam-no com o “furor” da justiça de Deus. Outras vezes, anunciavam-lhe sua misericórdia. É o caso deste profeta anônimo do salmo, alguém do meio da assembleia, que recebe a inspiração de falar! E por meio dele, é o próprio Deus que “anuncia a paz a seu povo”, aos “fiéis” à Aliança, aos que se voltam para Ele, convertendo-se “de todo o coração”. Por isso, como cantamos no tempo do Advento, “sua salvação está próxima”, aguentemos mais um pouco, “e sua glória habitará em nossa terra!”
Os pares da dança 11. Misericórdia e fidelidade se encontram, / justiça e paz se abraçam. 12. A fidelidade brota da terra / e a justiça se inclina do céu. 13. Quando o Senhor conceder os seus bens, / a nossa terra dará o seu fruto. 14. Diante dele caminhará
em outro lugar; / estar na porta da casa do meu Deus / é melhor que morar nas tendas dos ímpios. Retorna o tema do amor da casa de Deus, cujo valor é encarecido no tempo e no espaço. “Um dia” aí, mais que mil dias longe... E abrigar-se no limiar, “à porta” do Templo, vale mais que estar instalado “nas tendas dos ímpios”, especialmente se suntuosas, porque frutos da injustiça (cf Am 6,4 e Mq 2,2).
Feliz quem confia! 12. Porque sol e escudo é o Senhor Deus; / o Senhor concede graça e glória, / não recusa o bem a quem caminha com retidão. 13. Senhor dos exércitos, feliz quem confia em ti. O salmo termina com a bemaventurança de quem confia, tem fé, se apoia, em Deus, novamente invocado como “Senhor dos exércitos”. Mas Ele é também reconhecido como “sol” que ilumina e “escudo” que protege o seu povo. É Ele que “concede graça e glória”, e “não recusa o bem” aos que “caminham”, procedem, com retidão.
a justiça / e porá no caminho os seus passos. O entusiasmo inspirado do profeta dá asas à sua imaginação, encantada com a coreografia divino-humana: “misericórdia e fidelidade se encontram, justiça e paz se abraçam”. E a terra, fecundada pela justiça restaurativa do Senhor, “dará o seu fruto”, abundante colheita. Em clima de Advento e Natal, como não ver aqui alusão ao ventre de Maria, fecundado pelo Espírito e dando ao mundo a salvação, personificada no seu Filho? Pe. Ney Brasil Pereira Professor de Exegese Bíblica na Faculdade de Teologia de SC - FACASC email: ney.brasil@itesc.org.br
Para refletir: 1) Como conciliar o amor da Igreja “de pedra e tijolo” com o da Igreja viva? 2) Como entender as duas bem-aventuranças dos vv. 5 e 6, no Sl 84? 3) Como entender a prece pelo Ungido, nos vv. 9 e 10, do Sl 84? 4) Como entender a palavra profética do v. 9, no Sl 85? 5) Você percebe o “clima de Advento e Natal”, nos versículos finais do Sl 85?
Caderno Especial Jornada Mundial da Juventude
O encontro do Papa com os jovens 3,7 milhões de jovens de 178 países reunidos no mesmo espaço em clima de paz e fraternidade 3,7 milhões de jovens de 178 países, esse foi o resultado da Jornada Mundial da Juventude realizada no Rio de Janeiro. Foi o segundo maior público das 28 edições da JMJ. Todos com o único propósito de estar com o Papa Francisco nos vários eventos programados para o encontro com ele. Muitos enfrentando sérios desafios e até sofrimento para estar ali, mas contentes com os poucos segundos que estiveram diante do Sumo Pontífice. Desde sua chegada ao Brasil e nos vários eventos de que participou, por exemplo, na visita ao Santuário de Aparecida, quando prometeu que retornará em 2017, para os 300 anos de descoberta da imagem; na ida à comunidade da Varginha, e nos quatro momentos em que esteve com os jovens em Copacabana, mostrou seu jeito simples e humilde, nas palavras e nos gestos, terno e sincero, cativando a todos. Muitos ficaram horas parados em um dos pontos de passagem para que pudessem vê-lo por apenas alguns segundos. E valeu a pena. A cada passagem fazia questão de ficar com as janelas do carro abertas para acenar aos jovens, ou no papa móvel para ver e ser visto pelos peregrinos, sempre com um sorriso estampado no olhar. “Foi uma viagem bonita; espiritualmente, fez-me bem”, disse o Papa na sua viagem de volta a Roma. “O coração do povo brasileiro é grande; é um povo tão amável, um povo que, mesmo no sofrimento, encontra sempre uma maneira para procurar o bem de
todos os lados. E isto faz bem: é um povo alegre”, acrescentou. Buscar doar-se aos outros e evangelizar sem medo, foi a missão que o Papa Francisco entregou a todos os jovens durante a homilia da Missa de Envio da JMJ. De acordo com o Santo Padre, o Senhor convida os jovens a serem discípulos em missão. Segundo ele, o melhor instrumento para evangelizar os jovens, é outro jovem. “Este é o caminho a ser percorrido por vocês!”, afirmou.
Avaliação Segundo Dom Orani Tempesta, arcebispo do Rio de Janeiro, a renovação da fé e da esperança é o principal legado que a JMJ deixa no coração dos jovens. “Os jovens levaram consigo uma experiência de fé, e de esperança muito grande. Tenho certeza de que jamais esqueceremos. Os jovens já são protagonistas hoje. O meu coração está muito agradecido”, destacou. Para nosso arcebispo Dom Wilson Tadeu Jönck, a Jornada mostrou a força que a juventude e a Igreja tem. “Vimos a capacidade que os jovens têm, de testemunhar Jesus Cristo. Enquanto pequenos grupos realizam verdadeiras arruaças, milhões de jovens mostraram que são ordeiros e participaram da Jornada sem maiores problemas para a comunidade local”, disse. Ele ainda lembrou que houve um grande efetivo policial, mas o único trabalho que os guardas tiveram foi o de orientar as pessoas e posar para fotos.
Muitos jovens aguardaram por horas a passagem do Papa, mas ficaram satisfeitos quando o viram alguns segundos
Cracóvia será a sede da próxima JMJ A próxima Jornada Mundial da Juventude (JMJ) será sediada pela Cracóvia, Polônia, em 2016, cidade em cujos arredores nasceu João Paulo II. O anúncio foi feito pelo Papa Francisco na manhã do dia 28, durante a Missa de Envio da Jornada. A vida espiritual da cidade iniciou muito antes de Karol Wojtyla. Já no ano 1000, a diocese de Cracóvia foi criada, e a cidade tor-
nou-se um destino popular para peregrinações. Entre os anos de 1320 e 1596, a cidade foi a capital da Polônia. Também lá Karol Wojtyla foi bispo auxiliar (19581964) e arcebispo (1964-1978), e de onde saiu para ser Papa. O país encontra-se no centro do continente europeu. Perto de Varsóvia é onde se localiza o centro geométrico da Europa. Pela Polônia passa também a frontei-
ra continental entre a Europa Ocidental e a Europa Oriental. “É com grande alegria que eu recebi o anúncio, pelo Papa Francisco, de que a próxima JMJ vai ser realizada em Cracóvia, na Polônia. É uma alegria, uma honra e um grande responsabilidade para nós receber os jovens do mundo inteiro”, disse o Cardeal Stanislaw Dziwisz, arcebispo de Cracóvia e por muitos anos secretário de João Paulo II.
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JMJ
Jornal da Arquidiocese
Jovens da Arquidiocese que estiveram na Jornada avaliam a importância do evento para a evangelização dos jovens vamos tarde, e quando retornávamos sempre encontrávamos os jovens na rua e eles nos perguntavam se tínhamos visto o Papa e pediam para que rezássemos por eles. Acredito que ali está o impacto causado pela JMJ, a contribuição para a evangelização. De alguma forma, contribuímos para a evangelização daqueles jovens. Gabriela Fernandes, Paróquia Santa Cruz - São José
Para mim, a JMJ foi um grande sinal de esperança para o nosso mundo e a nossa juventude. Ela mostra a força da fé da Igreja e o quanto o jovem se sente atraído por esta fé, desde que seja anunciada contando com o Espírito Santo de Deus e com toda a coragem, sem medo,
com o desejo de comunicar o amor de Deus que se manifesta em serviço, como o Papa nos disse. A JMJ mostrou também a força da própria juventude cristã e do seu testemunho de fé. Pe. André Gonzaga, Paróquia Senhor Bom Jesus de Nazaré – Palhoça
A grande contribuição foi mostrar ao mundo que a força não acabou nem diminuiu, mas que a juventude é sim o grande motor que moveu a Igreja. Uma experiência boa no Rio foi ouvir funcionários do Metrô que estavam impressionados com tantas pessoas e muitas filas, um verdadeiro caos. Em meio a tudo isso, a
galera cantando e brincando, e os próprios jovens organizavam as filas. Mais do que evangelizar jovens, creio que a JMJ evangelizou muitos trabalhadores que viram na alegria dos jovens a força da fé que em meio a tantas línguas era uma só. Chandi Salvador, Balneário Camboriú
estiveram. O mais significativo foi a acolhida que receberam dos cariocas, a proximidade com o Papa Francisco, enfim, os momentos vividos na companhia dos jovens do mundo inteiro. Essa foi a impressão que tiveram aqueles que representaram a Arquidiocese na Jornada Mundial da Juventude. Foram mais de dois mil jovens que se organizaram com
meses de antecedência, realizaram campanhas para arrecadar recursos e partiram. Boa parte deles de ônibus, outros de avião, mas todos com o mesmo propósito: reunir-se com outros jovens do mundo inteiro, e ver o Papa. Confira nestas duas páginas o relato das experiências que eles tiveram no encontro com o Papa Francisco.
Reunião com os jovens que participaram da JMJ pretende definir as linhas de ação na Arquidiocese Terminada a Jornada Mundial da Juventude, não termina o compromisso e a mobilização que foi criada em torno dela. Para encaminhar o que será feito a partir da JMJ, será realizado um encontro com os jovens no dia 01 de setembro, domingo, a partir da 9h, na Igreja Matriz de São Sebastião, em Tijucas. O encontro contará com a presença do nosso arcebispo Dom Wilson Tadeu Jönck, que presidirá a Celebração Eucarística. “Precisamos realizar esse encon-
Dom Wilson ministrou Catequese Um dos momentos marcantes, da Jornada Mundial da Juventude, foi a catequese. Nas manhãs dos dias 24, 25 e 26 (quarta, quinta e sexta-feiras), 270 bispos, de diferentes países, em diferentes locais, ministraram a catequese para os jovens, em 25 idiomas. Nosso arcebispo Dom Wilson Tadeu Jönck foi um dos ministrantes. No primeiro dia, ele ministrou a Catequese na Catedral do Rio de Janeiro, e abordou o tema “Sede de Deus, sede de Esperança”; no segundo dia o tema foi “Ser Discípulos”, ministrada na quadra da Escola de Samba Caprichosos de Pilares; já no último dia a Catequese foi em São João de
Dom Wilson ministrou a catequese, no primeiro dia, na Catedral
Meriti, em Duque de Caxias, com o tema “Ide e sede missionários”. Esta foi a primeira vez que ele participou da Jornada Mundial da Juventude. “Foi uma experiência fabulosa. Uma partilha da fé. Percebemos a capacidade que os jovens têm, de testemunhar Jesus. O grande número de jovens deu a visibilidade do testemunho cristão dos jovens do mundo todo”, disse. Segundo ele, a importância da Catequese esteve na reunião dos jovens e no fato de eles poderem levar alguma lição para as suas vidas, repensando o que vivem ou mesmo buscando algo que nunca escutaram, seja dos Bispos, seja dos outros jovens participantes.
Arquidiocese também teve voluntários na JMJ Durante a Jornada Mundial da Juventude, mais de 60.000 voluntários auxiliaram nos serviços de orientação aos peregrinos, de segurança ao Papa e aos jovens, e nos demais trabalhos de estrutura do evento. A Arquidiocese de Florianópolis também esteve representada com 55 jovens voluntários, de 12 municípios. O trabalho dos voluntários foi reconhecido pelo Papa. Tanto que o último compromisso de Francisco na JMJ foi o seu encontro com eles. Na tarde do dia 28, cerca de 15 mil deles estiveram reunidos no pavilhão quatro do Riocentro. “Não se esqueçam de nada do que vocês viveram aqui. Podem contar sempre com as minhas orações e sei que posso contar com as orações de vocês”, disse o pontífice.
Marcel Gutia, da Paróquia São Francisco de Assis, em Aririú, Palhoça, foi um dos nossos voluntários. Desde o dia 15 de julho ele já estava no Rio de Janeiro. Lá, Marcel trabalhou no setor de música no Cristo Redentor, um local privilegiado. Mas por conta da chuva e do mal tempo foi realocado para outros espaços. Em vários momentos esteve bem próximo ao Papa. Essa foi a primeira vez que ele participou da Jornada Mundial da Juventude,
Marcel com o Cristo Redentor ao fundo, local onde foi alocado para realizar o trabalho como voluntário na JMJ
mas não a primeira em que se voluntariou para algum evento da Igreja. “É uma alegria muito grande estar participando de um evento desse tamanho e também poder dar a nossa contribuição”, disse.
Encontro Pós-Jornada
Mobilização comarcal dos jovens
Cada pequeno espaço da Praia de Copacabana foi ocupado pelos jovens do mundo todo para ver e ouvir o Papa
Quatro comarcas da Arquidiocese se mobilizaram para participar da Jornada Mundial da Juventude. É o caso da Comarca do Estreito. Os jovens se organizaram e realizaram campanhas para arrecadar fundos. Dos mais de 100 jovens que participaram da JMJ, 28 deles foram acolhidos na Comunidade Santa Terezinha do Menino Jesus, em Campo Grande, no Rio de Janeiro. Embora fosse distante de Copacabana, local que concentrou os principais eventos da Jornada, não se abateram com as dificuldades de deslocamento e as longas
Sacrifícios para estar na Jornada Noites sem dormir e 18 horas dirigindo só para encontrar o Papa Para participar do encontro do Papa com os jovens, todos de alguma forma tiveram que enfrentar algum tipo de desafio. Mas encontramos dois grupos que enfrentaram desafios especiais. Telçon Pedro Vieira não participaria da JMJ porque tinha compromissos profissionais em Florianópolis até a tarde de sexta-feira (dia 28/ 07). Mas um amigo fez a proposta de ir para o Rio de carro, saindo na noite daquele dia. Não pensou duas vezes. Por volta das 21h30 saíram em quatro de São José. Foram 18 horas de direção ininterruptas para chegar até Copacabana, onde foram acolhidos por uma família. “Valeu muito a pena ver essa unidade entre pessoas que não se conhecem, de diferentes nações, mas com o mesmo objetivo. Também pelo que o Papa representa para a Igreja e o testemunho que ele fala e mostra”, disse Telçon. O casal Karina e Jean Passos também enfrentaram desafios para estar na Jornada. Eles também tinham compromissos em
Itajaí e não poderiam ir para a JMJ antes. Com um grupo de oito pessoas embarcaram na noite de sexta-feira, chegaram no Rio na madrugada de sábado, foram para a casa de uma amiga, onde tomaram um café e, mesmo sem dormir, já seguiram para participar da peregrinação entre a Central do Brasil e Copacabana, cerca de 9km. Depois, o grupo participou da
tro para encaminhar os passos que serão dados como resultado da Jornada”, disse. Todos os jovens que participaram da JMJ, seja no Rio de Janeiro ou em suas comunidades, são convidados a participar. “Pretendemos, a partir do encontro dos jovens com o Papa e de toda mobilização criada em torno disso, fortalecer o Setor Juventude na Arquidiocese”, disse Pe. Josemar Silva, assessor eclesiástico do Setor Juventude.
vigília e pernoitou em Copacabana para ficar em um local melhor para participar da missa de encerramento. “Todo o início de nossa caminhada de Igreja foi em grupo de jovens, e não poderíamos perder essa oportunidade”, disse Karina. “Os sacrifícios são poucos diante da graça de estar em um evento que reuniu tantos jovens do mundo inteiro”, completou Jean.
distâncias. “A receptividade do povo foi ótima. Poderia ser melhor organizado, mas a acolhida superou muito as dificuldades”, disse Michele Paiva de Oliveira. Segundo ela, a partir da mobilização para a Jornada Mundial da Juventude, a intenção era formar um grupo de jovens na Paróquia N.Sra. Aparecida na Procasa. Para Bruno Mariot o contato com diferentes culturas e povos diferentes deu mais motivação e alegria. “Inspirou-nos mais força, um impulso a mais e alimentou a fé. Nos sentimos mais estimulados para seguir na caminhada”, disse.
Foto JA
nos dá a verdadeira felicidade. É lindo poder testemunhar a fé e a esperança que todos os peregrinos da JMJ têm em Jesus Cristo, nosso Salvador e Redentor. Participar da JMJ revigorou minha fé e motivou-me mais a praticar o lema da jornada: ‘Ide e fazei discípulos entre as nações’. Tatiane da Silva Nunes, Catedral, Florianópolis
Chuva, frio, longas caminhadas (muitas vezes carregando mochilas pesadas), transporte deficitário, hospedagem distante, poucas horas de sono, filas intermináveis para tudo... Esses foram alguns dos desafios enfrentados pelos jovens que participaram da Jornada Mundial da Juventude. Porém nada disso é o que ficou marcado na memória dos que lá
Divulgação/JA
A Jornada mostrou que a nossa Igreja não é uma Igreja ‘velha’, mas sim uma Igreja que busca a união de todas as idades que professam a mesma fé no Cristo Ressuscitado. A JMJ permite que jovens do mundo inteiro se conheçam e a alegria expressa em suas faces desperta em outros jovens a curiosidade de conhecer o Cristo que
Mais de dois mil jovens da Arquidiocese estiveram presentes no encontro com o Papa. Acompanhe o testemunho de alguns deles
Divulgação/JA
Fui para a JMJ com um grupo de 50 pessoas da Paróquia Santa Cruz de São José. Fomos acolhidos em casas de família da Paróquia São Francisco, no bairro Senador Camará. Uma comunidade empobrecida, sem o apoio da prefeitura e não pacificada. Inicialmente ficamos com medo, mas depois, com o sorriso e abraços do povo acolhedor, o local se tornou o nosso lar durante a Jornada. Saíamos cedo e voltá-
Jovens da Arquidiocese testemunham a experiência do encontro com o Papa Foto JA
Que contribuições a JMJ e a visita do papa vão trazer para a evangelização da juventude?
JMJ 9
Janeiro/Fevereiro 2013
Seminaristas estiveram presentes
Telçon Vieira, Bruno Lacerda, Jean Severino e André Broering enfrentaram uma viagem de 18h, pela madrugada, para participar da JMJ
Os seminaristas da Arquidiocese também estiveram presentes na JMJ. Os seminaristas do Menor, do Propedêutico e da Filosofia, no total de 23, ficaram no mesmo local. Eles foram hospedados em casas de família da Paróquia N.Sra. da Conceição, no Bairro de Ramos. No mesmo local estavam outros 22 seminaristas de outros Estados. “É um povo muito acolhedor. Nos receberam muito bem desde que desembarcamos no aeropor-
to e ainda mais em suas casas”, disse Diogo Cesar da Rocha, seminarista da Filosofia. Para Saymon Alves Meyer, terceiro ano do Seminário Menor, os acolhedores sempre demonstraram muita preocupação em recebê-los bem. “Não fomos preparados para o frio intenso daqueles dias, e a comunidade se mobilizou e conseguiu cobertas para nós. Fomos recebidos com carinho e afeto”, disse.
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JMJ
Jornal da Arquidiocese
Jovens da Arquidiocese que estiveram na Jornada avaliam a importância do evento para a evangelização dos jovens vamos tarde, e quando retornávamos sempre encontrávamos os jovens na rua e eles nos perguntavam se tínhamos visto o Papa e pediam para que rezássemos por eles. Acredito que ali está o impacto causado pela JMJ, a contribuição para a evangelização. De alguma forma, contribuímos para a evangelização daqueles jovens. Gabriela Fernandes, Paróquia Santa Cruz - São José
Para mim, a JMJ foi um grande sinal de esperança para o nosso mundo e a nossa juventude. Ela mostra a força da fé da Igreja e o quanto o jovem se sente atraído por esta fé, desde que seja anunciada contando com o Espírito Santo de Deus e com toda a coragem, sem medo,
com o desejo de comunicar o amor de Deus que se manifesta em serviço, como o Papa nos disse. A JMJ mostrou também a força da própria juventude cristã e do seu testemunho de fé. Pe. André Gonzaga, Paróquia Senhor Bom Jesus de Nazaré – Palhoça
A grande contribuição foi mostrar ao mundo que a força não acabou nem diminuiu, mas que a juventude é sim o grande motor que moveu a Igreja. Uma experiência boa no Rio foi ouvir funcionários do Metrô que estavam impressionados com tantas pessoas e muitas filas, um verdadeiro caos. Em meio a tudo isso, a
galera cantando e brincando, e os próprios jovens organizavam as filas. Mais do que evangelizar jovens, creio que a JMJ evangelizou muitos trabalhadores que viram na alegria dos jovens a força da fé que em meio a tantas línguas era uma só. Chandi Salvador, Balneário Camboriú
estiveram. O mais significativo foi a acolhida que receberam dos cariocas, a proximidade com o Papa Francisco, enfim, os momentos vividos na companhia dos jovens do mundo inteiro. Essa foi a impressão que tiveram aqueles que representaram a Arquidiocese na Jornada Mundial da Juventude. Foram mais de dois mil jovens que se organizaram com
meses de antecedência, realizaram campanhas para arrecadar recursos e partiram. Boa parte deles de ônibus, outros de avião, mas todos com o mesmo propósito: reunir-se com outros jovens do mundo inteiro, e ver o Papa. Confira nestas duas páginas o relato das experiências que eles tiveram no encontro com o Papa Francisco.
Reunião com os jovens que participaram da JMJ pretende definir as linhas de ação na Arquidiocese Terminada a Jornada Mundial da Juventude, não termina o compromisso e a mobilização que foi criada em torno dela. Para encaminhar o que será feito a partir da JMJ, será realizado um encontro com os jovens no dia 01 de setembro, domingo, a partir da 9h, na Igreja Matriz de São Sebastião, em Tijucas. O encontro contará com a presença do nosso arcebispo Dom Wilson Tadeu Jönck, que presidirá a Celebração Eucarística. “Precisamos realizar esse encon-
Dom Wilson ministrou Catequese Um dos momentos marcantes, da Jornada Mundial da Juventude, foi a catequese. Nas manhãs dos dias 24, 25 e 26 (quarta, quinta e sexta-feiras), 270 bispos, de diferentes países, em diferentes locais, ministraram a catequese para os jovens, em 25 idiomas. Nosso arcebispo Dom Wilson Tadeu Jönck foi um dos ministrantes. No primeiro dia, ele ministrou a Catequese na Catedral do Rio de Janeiro, e abordou o tema “Sede de Deus, sede de Esperança”; no segundo dia o tema foi “Ser Discípulos”, ministrada na quadra da Escola de Samba Caprichosos de Pilares; já no último dia a Catequese foi em São João de
Dom Wilson ministrou a catequese, no primeiro dia, na Catedral
Meriti, em Duque de Caxias, com o tema “Ide e sede missionários”. Esta foi a primeira vez que ele participou da Jornada Mundial da Juventude. “Foi uma experiência fabulosa. Uma partilha da fé. Percebemos a capacidade que os jovens têm, de testemunhar Jesus. O grande número de jovens deu a visibilidade do testemunho cristão dos jovens do mundo todo”, disse. Segundo ele, a importância da Catequese esteve na reunião dos jovens e no fato de eles poderem levar alguma lição para as suas vidas, repensando o que vivem ou mesmo buscando algo que nunca escutaram, seja dos Bispos, seja dos outros jovens participantes.
Arquidiocese também teve voluntários na JMJ Durante a Jornada Mundial da Juventude, mais de 60.000 voluntários auxiliaram nos serviços de orientação aos peregrinos, de segurança ao Papa e aos jovens, e nos demais trabalhos de estrutura do evento. A Arquidiocese de Florianópolis também esteve representada com 55 jovens voluntários, de 12 municípios. O trabalho dos voluntários foi reconhecido pelo Papa. Tanto que o último compromisso de Francisco na JMJ foi o seu encontro com eles. Na tarde do dia 28, cerca de 15 mil deles estiveram reunidos no pavilhão quatro do Riocentro. “Não se esqueçam de nada do que vocês viveram aqui. Podem contar sempre com as minhas orações e sei que posso contar com as orações de vocês”, disse o pontífice.
Marcel Gutia, da Paróquia São Francisco de Assis, em Aririú, Palhoça, foi um dos nossos voluntários. Desde o dia 15 de julho ele já estava no Rio de Janeiro. Lá, Marcel trabalhou no setor de música no Cristo Redentor, um local privilegiado. Mas por conta da chuva e do mal tempo foi realocado para outros espaços. Em vários momentos esteve bem próximo ao Papa. Essa foi a primeira vez que ele participou da Jornada Mundial da Juventude,
Marcel com o Cristo Redentor ao fundo, local onde foi alocado para realizar o trabalho como voluntário na JMJ
mas não a primeira em que se voluntariou para algum evento da Igreja. “É uma alegria muito grande estar participando de um evento desse tamanho e também poder dar a nossa contribuição”, disse.
Encontro Pós-Jornada
Mobilização comarcal dos jovens
Cada pequeno espaço da Praia de Copacabana foi ocupado pelos jovens do mundo todo para ver e ouvir o Papa
Quatro comarcas da Arquidiocese se mobilizaram para participar da Jornada Mundial da Juventude. É o caso da Comarca do Estreito. Os jovens se organizaram e realizaram campanhas para arrecadar fundos. Dos mais de 100 jovens que participaram da JMJ, 28 deles foram acolhidos na Comunidade Santa Terezinha do Menino Jesus, em Campo Grande, no Rio de Janeiro. Embora fosse distante de Copacabana, local que concentrou os principais eventos da Jornada, não se abateram com as dificuldades de deslocamento e as longas
Sacrifícios para estar na Jornada Noites sem dormir e 18 horas dirigindo só para encontrar o Papa Para participar do encontro do Papa com os jovens, todos de alguma forma tiveram que enfrentar algum tipo de desafio. Mas encontramos dois grupos que enfrentaram desafios especiais. Telçon Pedro Vieira não participaria da JMJ porque tinha compromissos profissionais em Florianópolis até a tarde de sexta-feira (dia 28/ 07). Mas um amigo fez a proposta de ir para o Rio de carro, saindo na noite daquele dia. Não pensou duas vezes. Por volta das 21h30 saíram em quatro de São José. Foram 18 horas de direção ininterruptas para chegar até Copacabana, onde foram acolhidos por uma família. “Valeu muito a pena ver essa unidade entre pessoas que não se conhecem, de diferentes nações, mas com o mesmo objetivo. Também pelo que o Papa representa para a Igreja e o testemunho que ele fala e mostra”, disse Telçon. O casal Karina e Jean Passos também enfrentaram desafios para estar na Jornada. Eles também tinham compromissos em
Itajaí e não poderiam ir para a JMJ antes. Com um grupo de oito pessoas embarcaram na noite de sexta-feira, chegaram no Rio na madrugada de sábado, foram para a casa de uma amiga, onde tomaram um café e, mesmo sem dormir, já seguiram para participar da peregrinação entre a Central do Brasil e Copacabana, cerca de 9km. Depois, o grupo participou da
tro para encaminhar os passos que serão dados como resultado da Jornada”, disse. Todos os jovens que participaram da JMJ, seja no Rio de Janeiro ou em suas comunidades, são convidados a participar. “Pretendemos, a partir do encontro dos jovens com o Papa e de toda mobilização criada em torno disso, fortalecer o Setor Juventude na Arquidiocese”, disse Pe. Josemar Silva, assessor eclesiástico do Setor Juventude.
vigília e pernoitou em Copacabana para ficar em um local melhor para participar da missa de encerramento. “Todo o início de nossa caminhada de Igreja foi em grupo de jovens, e não poderíamos perder essa oportunidade”, disse Karina. “Os sacrifícios são poucos diante da graça de estar em um evento que reuniu tantos jovens do mundo inteiro”, completou Jean.
distâncias. “A receptividade do povo foi ótima. Poderia ser melhor organizado, mas a acolhida superou muito as dificuldades”, disse Michele Paiva de Oliveira. Segundo ela, a partir da mobilização para a Jornada Mundial da Juventude, a intenção era formar um grupo de jovens na Paróquia N.Sra. Aparecida na Procasa. Para Bruno Mariot o contato com diferentes culturas e povos diferentes deu mais motivação e alegria. “Inspirou-nos mais força, um impulso a mais e alimentou a fé. Nos sentimos mais estimulados para seguir na caminhada”, disse.
Foto JA
nos dá a verdadeira felicidade. É lindo poder testemunhar a fé e a esperança que todos os peregrinos da JMJ têm em Jesus Cristo, nosso Salvador e Redentor. Participar da JMJ revigorou minha fé e motivou-me mais a praticar o lema da jornada: ‘Ide e fazei discípulos entre as nações’. Tatiane da Silva Nunes, Catedral, Florianópolis
Chuva, frio, longas caminhadas (muitas vezes carregando mochilas pesadas), transporte deficitário, hospedagem distante, poucas horas de sono, filas intermináveis para tudo... Esses foram alguns dos desafios enfrentados pelos jovens que participaram da Jornada Mundial da Juventude. Porém nada disso é o que ficou marcado na memória dos que lá
Divulgação/JA
A Jornada mostrou que a nossa Igreja não é uma Igreja ‘velha’, mas sim uma Igreja que busca a união de todas as idades que professam a mesma fé no Cristo Ressuscitado. A JMJ permite que jovens do mundo inteiro se conheçam e a alegria expressa em suas faces desperta em outros jovens a curiosidade de conhecer o Cristo que
Mais de dois mil jovens da Arquidiocese estiveram presentes no encontro com o Papa. Acompanhe o testemunho de alguns deles
Divulgação/JA
Fui para a JMJ com um grupo de 50 pessoas da Paróquia Santa Cruz de São José. Fomos acolhidos em casas de família da Paróquia São Francisco, no bairro Senador Camará. Uma comunidade empobrecida, sem o apoio da prefeitura e não pacificada. Inicialmente ficamos com medo, mas depois, com o sorriso e abraços do povo acolhedor, o local se tornou o nosso lar durante a Jornada. Saíamos cedo e voltá-
Jovens da Arquidiocese testemunham a experiência do encontro com o Papa Foto JA
Que contribuições a JMJ e a visita do papa vão trazer para a evangelização da juventude?
JMJ 9
Janeiro/Fevereiro 2013
Seminaristas estiveram presentes
Telçon Vieira, Bruno Lacerda, Jean Severino e André Broering enfrentaram uma viagem de 18h, pela madrugada, para participar da JMJ
Os seminaristas da Arquidiocese também estiveram presentes na JMJ. Os seminaristas do Menor, do Propedêutico e da Filosofia, no total de 23, ficaram no mesmo local. Eles foram hospedados em casas de família da Paróquia N.Sra. da Conceição, no Bairro de Ramos. No mesmo local estavam outros 22 seminaristas de outros Estados. “É um povo muito acolhedor. Nos receberam muito bem desde que desembarcamos no aeropor-
to e ainda mais em suas casas”, disse Diogo Cesar da Rocha, seminarista da Filosofia. Para Saymon Alves Meyer, terceiro ano do Seminário Menor, os acolhedores sempre demonstraram muita preocupação em recebê-los bem. “Não fomos preparados para o frio intenso daqueles dias, e a comunidade se mobilizou e conseguiu cobertas para nós. Fomos recebidos com carinho e afeto”, disse.
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JMJ
Agosto 2013
Jornal da Arquidiocese
Semana Missionária acolheu peregrinos estrangeiros da Argentina e Alemanha Mais de 500 estrangeiros puderam conhecer a nossa cultura e se engajar em projetos sociais A Semana Missionária, evento que antecedeu a Jornada Mundial da Juventude, reuniu cerca de 530 estrangeiros da Argentina e da Alemanha na Arquidiocese. As paróquias da Arquidiocese abriram o evento com uma Celebração Eucarística realizada no dia 14 de julho, ainda sem a presença dos estrangeiros. Em algumas comunidades, eles chegaram antes e puderam conhecer obras sociais e dar a sua contribuição. Foi o caso de 47 alemães que chegaram a Florianópolis na noite do dia 17 de julho. Eles foram acolhidos por famílias das paróquias Santo Antônio e Catedral, no Centro. A programação já iniciou na manhã no dia 18. Às 9h, houve a Oração da Manhã, na Catedral. Depois, eles puderam conhecer um pouco do centro da Capital. Em seguida, foram caminhando até a Prainha, onde conheceram a Associação “Amigos do Morro do Mocotó”, um dos projetos sociais que fazem parte do Instituto Vilson Groh - IVG.
Eles foram recebidos pela Irmã Edwirges, coordenadora do projeto, que falou com eles em alemão, e por um grupo de crianças que fazem aulas de violino e percussão, que tocaram para eles. Lá eles almoçaram, conheceram um pouco mais do projeto e, à noite, participaram de Celebração Eucarística na Paróquia de Santa Teresinha. No dia seguinte, conheceram o Centro de Evangelização e Educação Popular - CEDEP, na região continental de Florianópolis. Segundo Pe. Vilson Groh, a intenção de mostrar os projetos é estabelecer uma parceria. “Eles podem vir para cá, conhecer com mais profundidade os nossos projetos e estabelecer um laço de cooperação mútua”, disse. A previsão era que os quase 500 argentinos chegassem à Arquidiocese na noite de quinta-feira, mas eles só chegaram um dia depois. Tiveram problemas na fronteira. Dessa forma, a programação ficou comprometida. Ainda assim, foram distribuídos em sete cidades
aplicado na Associação “Amigos do Morro do Mocotó”. A associação atende mais de 200 crianças de 5 a 15 anos em atividades recreativas e educacionais. Ela tem um custo de R$ 500 mil por ano e são investidos cerca de R$ 286,00 por criança ao mês.
Alegria de acolher e ser acolhido
Jovens alemães conheceram e fizeram doação financeira para projeto social (Biguaçu, Bombinhas, Brusque, Florianópolis, Itajaí, Palhoça e São José) e acolhidos pelas famílias cadastradas. Para o Frei Günther Max Walzer, coordenador da Semana Missionária, o evento foi muito positivo. “Conseguimos executar um programa muito bonito na solidariedade e estabelecer vínculos com entidades da ação social.
Também muito bonito foi o engajamento de todos aqueles que acolheram e ajudaram na organização das atividades”, disse.
Doação financeira Antes de virem para o Brasil, os peregrinos alemães fizeram uma campanha financeira e arrecadaram 5.320 euros (equivalente a 15 mil reais). O dinheiro será
As famílias receberam orientações para a acolhida e sobre os objetivos da Semana Missionária. Alessandra Fülgraf foi uma das acolhedoras. Ela pretendia participar da JMJ como voluntária, mas semanas antes foi chamada para um emprego. “Creio que acolhendo é uma forma de eu contribuir e também participar da JMJ”, disse. Para Annemarie Baumenister, uma das peregrinas alemãs, a Semana Missionária foi uma experiência enriquecedora. “Fomos muito bem acolhidos e tivemos a oportunidade de conhecer um projeto social que dá ótimos resultados para a comunidade. Deveriam criar mais projetos assim”, disse.
Celebrações marcaram o envio para a JMJ No sábado, dia 20, duas Celebrações Eucarísticas marcaram o envio missionário dos jovens para a Jornada Mundial da Juventude. As duas foram presididas pelo nosso arcebispo Dom Wilson Ta-
Jovens preparados para participar da JMJ posam para foto após a Celebração Eucarística de envio realizada no CEAR
deu Jönck e concelebradas por padres e diáconos. Pela manhã, às 9h, a celebração foi realizada no Centro de Evangelização Angelino Rosa, em Governador Celso Ramos, reunindo os jovens das comarcas da região sul da Arquidiocese. Mais de duas mil pessoas estiveram presentes, entre peregrinos estrangeiros, alemães, famílias acolhedoras e jovens da Arquidiocese que iam
para a Jornada. À tarde, às 14h, a celebração de envio foi realizada no Santuário Santa Paulina, em Nova Trento. Também um grande número de padres e diáconos das comarcas da região norte da Arquidiocese concelebrou com o nosso arcebispo. Mais de duas mil pessoas, entre peregrinos, jovens e fiéis visitantes, acompanharam a celebração.
Jornal da Arquidiocese
GBF 7
Agosto 2013
Nova etapa – Tempo Comum “ANO DA FÉ” Livreto do Tempo Comum reflete sobre o Ano da Fé e busca suscitar o anseio de confessar a fé com renovada convicção Ao longo deste semestre, os animadores e animadoras espalharão a boa notícia da fé: “Creio em Deus Pai... em Jesus Cristo... no Espírito Santo... na Igreja Católica...”, celebrada no livreto “Ano da Fé” como também em retiros, encontros paroquiais,
comarcais e arquidiocesanos, dos GBF e das CEBs. As reflexões que faremos, em todos esses momentos, suscitarão em cada um/a o anseio de confessar a fé com renovada convicção, confiança e esperança no dia a dia.
Retiro paroquial
No mês de julho, foram muitos os momentos celebrativos que marcaram o início do Tempo Comum, como a celebração inicial do livreto “Ano da Fé” em nossos Grupos Bíblicos em Família. Entre esses momentos, queremos destacar:
Celebração inicial do livreto na Paróquia São Vicente, em Itajaí Divulgação/JA
Os GBF da Paróquia de São João Bosco, em Itajaí, reuniram-se para celebrar o primeiro encontro do novo livreto, com o tema: “Creio, Senhor, mas aumentai minha fé”. Os Animadores/as trouxeram a Bíblia como inspiradora da fé, as casinhas como símbolo da “Igreja nas casas”, e os outros símbolos que acompanham os encontros dos livretos. Os membros dos grupos rezaram, trocaram testemunhos e refletiram sobre o Evangelho segundo Lucas, que nos relembra o valor do agradecimento pelo dom da fé: “Levanta-te e vai! Tua fé te salvou”(Lc 17, 11-19). Ao acenderem as velas, rezando passo a passo a profissão de fé, reafirmaram e reforçaram o desejo de serem luzes na comunidade e na Igreja. Saíram renovados para cumprir com êxito esta
Animadores da Paróquia se reuniram para celebrar o primeiro encontro do novo livreto, rezar e trocar testemunhos nova etapa de evangelização nas casas, nos condomínios, nas famílias e nas comunidades. Deus abençoe e multiplique os Grupos
Bíblicos em Família! Alvacir Bork Coord. Paroquial dos GBF
Neste ano da fé, animadores e animadoras dos GBF da paróquia de São Vicente - Itajaí ficaram em retiro nos dias 05 a 07 de julho, em Zimbros. Foram dias de oração e silêncio, ouvindo e refletindo sobre a caminhada e o agir de Jesus. A assessora Ir. Mari Luzia Hammes conduziu os momentos do retiro abordando o tema: discípulo-missionário à luz da vida de Jesus de Nazaré, e também trazendo presente a espiritualidade e o testemunho de São Francisco e de Santa Clara. Ser discípula/o missionário de Jesus é colocar-se a caminho, gerar novas relações, é humanizarse para humanizar, configurar-se a Jesus. Esses foram os pontos aprofundados à luz da Palavra de Deus. Com Jesus, aprendemos que a vida necessita ser vivida com esperança e sonhos, com respeito e justiça, com horizontes pela frente. Analisando seus gestos e palavras, percebemos que Ele acolhe e ama, respeita os sentimentos, as emoções, os sonhos de cada um/ a de nós. Com ternura toca o coração, provocando mudanças nas relações familiares, comunitárias e com toda a criação. Como discípulos, reconhecemos que Jesus é o primeiro e maior evangelizador, o único Mestre e Senhor. Com a alegria da fé somos seus missionários, para proclamar a boa nova da Vida na família, no trabalho, na solidariedade, em busca de uma sociedade justa e fraterna. Jesus faz de nós seus discípulos missionários, porque compartilha conosco a mesma vida que pro-
cede do Pai. Ele ensina-nos uma relação íntima e obediente à sua Palavra, para serem produzidos frutos de vida em abundância (cf. Jo 15, 12-13) no mundo. O autêntico seguimento de Jesus restabelece um novo olhar, novo sentir e novo agir, removendo as cegueiras e os obstáculos que se apresentam no caminho da nossa ação evangelizadora em nossos GBF e na Igreja. Louvamos a Deus pelos homens e mulheres como São Francisco e Santa Clara que, movidos pela fé, deixaram-se levar à entrega total no testemunho do amor de Cristo e na defesa da vida, especialmente dos pobres. Nos dias de hoje, “é urgente e necessário descobrir a alegria, a beleza, o encanto do ser cristão/ ã. Seguir Jesus Cristo é uma graça. Transmitir este tesouro aos demais é uma missão que ele nos confiou ao nos chamar e escolher (cf. Doc.Ap). O Pai nos chama através de Jesus Cristo, e o anúncio do Evangelho se faz pela atuação do Espírito Santo em nós. Assim, nesses dias, reacendeu-se em nós a chama do discipulado e um novo entusiasmo em nossa missão. Tivemos a graça da visita do Pe. José Jacob Archer, pároco de Bombinhas e a presença alegre do Pe. Revelino Seidler, Coordenador Arquidiocesano de Pastoral, no domingo motivando-nos no fortalecimento dos GBF nas comunidades. Pe Revelino ficou conosco e presidiu a celebração de encerramento do retiro. Coordenação Paroquial Divulgação/JA
Atenção - Participem! Convidamos e lembramos todos os animadores e animadoras dos GBF para o momento de formação que acontecerá no mês de agosto. No dia 03 de agosto, sábado, na Igreja do Kobrasol (Santa Rita de Cassia e São Francisco) às 14horas. No dia 17 de agosto, sábado, na Igreja Matriz Sagrados Corações em Barrei-
ros, às 14horas. Quando professamos a nossa fé, começamos por dizer: “Creio” ou “Cremos”. Estudaremos a introdução do Catecismo. A redescoberta dos conteúdos da fé professada, celebrada, vivida e rezada, como também refletir sobre o próprio ato com que se “crê”, é um compromisso que cada um de nós deve assumir no caminhar deste Tempo Co-
mum, no “Ano da Fé”. Senhores Párocos, Vigários, Diáconos e coordenações dos GBF, motivem os animadores/ as das comunidades ou da paróquia, para participarem desta formação arquidiocesana. O lanche será partilhado. Maria Gloria da Silva Coordenadora arquidiocesana dos GBF
Lideranças da Paróquia Dom Bosco tiveram dois dias de oração e silêncio, ouvindo e refletindo sobre a caminhada e o agir de Jesus
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Ação Social
Agosto 2013
Jornal da Arquidiocese
Seminário sobre a Política de Assistência Social ASA apresentou sua experiência na área de Assessoramento e Defesa e Garantia de Direitos Divulgação/JA
O Seminário realizado nos dias 04 a 06 de julho contou com a participação de representantes Cáritas de todo Brasil. Seu objetivo: estruturar um fluxo de informações na rede que permita o desenvolvimento de ações transformadoras em sintonia local, estadual e nacional, junto à Política da Assistência Social. Representando a Cáritas Regional de Santa Catarina, participou a assistente social Maria Antonia Carioni Carsten da Equipe Executiva da ASA e Conselheira do Conselho Estadual de Assistência Social. Durante os três dias, os participantes refletiram sobre experiências diferenciadas na área da Assistência social, realizadas pelas Cáritas Diocesanas, entre as quais, o trabalho desenvolvido pela Ação Social Arquidiocesana – ASA, no campo do Assessoramento e Defesa e Garantia de Direitos. A participação ativa nos Fóruns de Políticas Públicas de Florianópolis e São José, no Fórum Estadual Permanente de Assistência Social e no Conselho Estadual de Assistência Social, foram destaques, pois são espaços
Tema será trabalhado em dois momentos na Arquidiocese
Participantes do Seminário com a Presidente do Conselho Nacional de Assistência Social, Luziele Tapajós importantes de mobilização e discussão da sociedade civil que busca a efetivação das políticas. Como entidade que compõe o Conselho Nacional de Assistência Social – CNAS, a Cáritas Brasileira reafirma sua atuação na área da Assistência Social, como entidade mobilizadora: pois atua para rearticulação do Fórum Nacional de Assistência Social. O CNAS esteve presente no Seminário através de sua presidenta Luziele Tapajós, que apresentou a temática das Conferências de Assistência Soci-
al: “Gestão e Financiamento do Sistema Único de Assistência Social”, e a importância desses momentos para conferirmos realmente o que está sendo feito no Sistema Único de Assistência Social e quais são os seus reais avanços. No final do Seminário foi reafirmado o compromisso da Rede Cáritas com a articulação e participação nos Conselhos, Fóruns de Políticas Públicas e outros espaços de participação e controle social, buscando mobilizar a sociedade civil para uma atuação efetiva.
ASA forma 1º NUDEC de Florianópolis Foi realizado na noite do dia 25 de julho a formatura do 1º Núcleo Comunitário de Defesa Civil (NUDEC) de Florianópolis, no Morro da Mariquinha. Ao todo foram formadas 23 lideranças comunitárias, que realizaram o curso ministrado pela Defesa Civil Municipal, Ação Social Arquidiocesana (ASA) e com o apoio do Instituto HSBC de Solidariedade.
ASA e Cáritas promovem formação sobre Participação e Controle Social
O evento ocorreu no Teatro da UBRO e contou com a participação de várias autoridades e familiares dos formandos. O NUDEC da comunidade foi batizado de Claudete Andrade Ferreira, vítima do deslizamento que assolou o Morro da Mariquinha, em dezembro de 2011. O diretor da Defesa Civil de Florianópolis, José Cordeiro Neto, enfatizou o trabalho metódico do Divulgação/JA
23 lideranças comunitárias compõem o primeiro NUDEC de Florianópolis
Corpo Técnico do órgão, em especial aos agentes Marcos Roberto Leal e Luiz Machado. Além deles, o geólogo Rodrigo Sato, Simone de Jesus, em nome da ASA. Os voluntários mais antigos da comunidade do Morro da Mariquinha também receberam citação. “Hoje, a cidade está mais segura. Florianópolis tem o primeiro Núcleo de Defesa Civil da capital. E o Morro da Mariquinha é o exemplo da comunidade unida em torno do objetivo comum’’, afirmou o secretário de Segurança, Raffael de Bona Dutra, representando o prefeito de Florianópolis. Para Fernando Anísio Batista, coordenador da ASA, a formação do 1ª NUDEC de Florianópolis é um sonho que está sendo realizado. “Sonho que busca ter comunidades mais seguras, em que os moradores da comunidade estão capacitados para agir na prevenção e no auxílio dos órgãos competentes em situações de emergências sócio-ambientais”.
A Ação Social Arquidiocesana – ASA e a Cáritas de Santa Catarina buscam, em suas atividades, oferecer encontros formativoS para as lideranças das comunidades, Ações Sociais, pastorais sociais e demais atores sociais. Para o segundo semestre de 2013 está prevista a realização de Formação sobre Participação e Controle Social, com o seguinte objetivo: aprofundar e ampliar o conhecimento sobre as Políticas Públicas, buscando qualificar a representação da sociedade civil nos espaços de participação e controle social, os Conselhos paritários. De fato, os Conselhos
têm por competência deliberar sobre as políticas públicas, normatizar e regular a prestação de serviços de natureza pública e privada, apreciar e aprovar propostas orçamentárias, entre outras. Isso, além de outros espaços de participação como os Fóruns de Políticas Públicas e Conselhos locais. A formação prevê a discussão de temas como: Estado e Governo, Democracia, Direitos e Cidadania; Movimentos Sociais, Sociedade Civil e Políticas Públicas; Controle Social e Conselhos Sociais. Serão oferecidas 30 vagas por região, sendo:
Região Data Hora Local Sul 31/08,Sáb. 08h30 – 17h Salão paroquial da Paróquia Sagrados Corações, São José Norte 28/09,quar. 08h30 – 17h Salão paroquial da Paróquia São Luis Gonzaga, Brusque Inscrições pelo fone (48) 3224-8776 ou e-mail asa@arquifln.org.br. Esperamos contar com a participação da Rede ASA e contribuir efetivamente com o fortalecimento da sociedade civil.
CNBB de SC realizará Seminário Estadual Fraiburgo sediará Seminário Estadual sobre a 5ª SSB A 5ª Semana Social Brasileira (SSB) tem como proposta a reflexão sobre o papel do Estado na vida dos brasileiros, em uma perspectiva crítica e propositiva. Durante seu processo de realização, entre os anos de 2011 e 2013, várias atividades foram realizadas nas paróquias, dioceses, regionais e no nacional. Entre os dias 06 e 08 de setembro, acontecerá o Seminário Estadual da 5ª SSB, na Diocese de caçador, Paróquia de Fraiburgo, Comunidade de Taquaraçu, terra da Guerra do Contestado. Este se-
minário marcará o encerramento do Centenário da Guerra do Contestado. O seminário terá a participação de aproximadamente 500 pessoas, sendo que 200 pessoas representarão as dioceses e pastorais sociais, 100 representantes da juventude e 200 representantes dos movimentos sociais. As inscrições deverão ser feitas até o dia 10 de agosto diretamente na Coordenação Arquidiocesana de Pastoral, pelo fone: 3224-4799 ou pelo e-mail pastoral@arquifln.org.br.
Jornal da Arquidiocese
Geral
Agosto 2013
Conhecendo as Forças Vivas da Arquidiocese
Missionários visitarão comunidade na Bahia
Conferência dos Religiosos do Brasil
120 lideranças realizarão visita missionária à Diocese de Barra neste ano em que ela celebra o seu centenário Foto JA
O Conselho Missionário Diocesano – COMIDI, promoveu nos dias 03 e 04 de agosto, formação para os missionários da Arquidiocese que partirão em missão para a Diocese de Barra, na Bahia. Realizado em Tijucas, o evento reuniu os 120 participantes que dos dias 18 a 24 de agosto realizarão missão no município de Barra. A Missão celebra os 100 anos da Diocese. Durante o encontro, os missionários receberam orientações sobre o trabalho que vão realizar. O encontro iniciou na manhã de sábado, quando a equipe de coordenação, todos já experientes na missão, falaram sobre a sua experiência e deram orientações sobre o que realizarão. À noite, nosso arcebispo Dom Wilson Tadeu Jönck, presidiu a Celebração Eucarística. Em sua homilia, ele falou da importância do trabalho que será feito. “A ida de vocês se torna importante pelo testemunho que deixarão de Jesus Cristo. Ser missionário é acreditar que todos têm o direito de conhecer Cristo. Que a visita de vocês renda frutos, e que também os fortaleça na fé”, disse. No domingo, os participantes receberam formação sobre a Espiritualidade Missionária, ministrada pela Irmã Elisângela Salles de Alencar, da Diocese de Tubarão. Ela foi missionária na Bolívia, já participou da missão na Bahia com o grupo e costuma prestar for-
Dom Wilson presidiu a celebração durante a formação dos missionários mação para os missionários. Segundo Domingos Francisco Pereira, coordenador da missão, a escolha do local foi feita pelo bispo da diocese de Barra, Dom Luiz Cappio. “Dessa vez iremos com um grupo maior de missionários, porque a paróquia possui 96 comunidades e, como fica na região central, tem estrutura melhor para receber os missionários”, informou. Dos 120 missionários, 40 estão indo pela primeira vez. É o caso de Lúcia Custódio. Há seis anos tem o desejo de realizar a missão, mas havia algum tipo de impedimento. Viúva e mãe de duas filhas casadas, agora chegou a sua vez. “Estou indo para evangelizar e, dependendo de como for, pretendo ficar para um período maior. E
quem sabe no futuro vou para a África”, empolgou-se.
Diocese Irmã A Arquidiocese de Florianópolis mantém com a Diocese de Barra, na Bahia, o projeto Igrejas Irmãs. De acordo com o projeto, há 40 anos a Arquidiocese mantém um padre na Bahia. Há três anos está lá o nosso Pe. Iseldo Scherer, na Paróquia Nossa Senhora da Oliveira, em Oliveira dos Brejinhos. Além dele, a Comunidade Divino Oleiro mantém desde 2007 a Fraternidade São Francisco de Assis, em Muquém de São Francisco. Lá estão quatro jovens que realizam trabalhos missionários de evangelização.
Em 57 anos de existência, a Conferência dos Religiosos do Brasil viveu um processo de desenvolvimento, triênio a triênio, marcado por importantes acentos históricos que, ao longo dos anos, foram pontuando as linhas de ação orientadoras de sua missão específica: animar a Vida Religiosa Consagrada no país. O contexto eclesial dos anos 50 do séc. XX, e todo o processo de renovação desencadeado pelos vários movimentos eclesiais, exerceram influência na evolução da Vida Religiosa Consagrada e no seu processo de organização. No dia 11 de fevereiro de 1954, os superiores e superioras maiores de ordens e congregações religiosas e de sociedades apostólicas, presentes em Congresso, fundaram a CRB como instituição a serviço da Vida Religiosa Consagrada no Brasil, com estas finalidades: animar a VR e promover a comunhão entre Religiosos/as; Coordenar atividades que visem estes objetivos; articular forças, serviços e programas intercongregacionais; atender a coletividade e colaborar com outros organismos; promover o diálogo e fomentar oportuna colaboração com a CNBB, Igrejas Locais, CLAR e outros Organismos. A CRB Nacional coordena, anima, assessora e articula a VR do Brasil através de suas 20 Secções Regionais distribuídas em cinco regiões: Região Sul: Porto Alegre, Florianópolis, Curitiba; Região Sudeste: S. Paulo, Rio de Janeiro, Vitória e Belo Horizonte; Região Centro Oeste:
C. Grande, Goiânia, Brasília, Cuiabá e Palmas; Região Nordeste: Salvador, Recife, Teresina, Fortaleza e S. Luiz; Região Norte: Manaus, Porto Velho e Belém. Presença da CRB na CNBB - Regional Sul IV (SC) A Vida Religiosa no Regional Sul 4, conta com 89 Congregações entre femininas e masculinas, somando um total de 1.639 Religiosas e religiosos. Atuam nas Paróquias, na Educação, Saúde, Pastoral Paroquial, Pastoral da Criança, da Pessoa Idosa, Grupos de jovens, Coordenação de Catequese, Liturgia, Ministras/os da Eucaristia, Projetos de inclusão solidários, CEBs, Cáritas, Orientação de Retiros, assessorias de Encontros; Casas de Formação; de encontros; de saúde para idosas/os e enfermas/os. Comunidades contemplativas. Presença na Arquidiocese: Paróquias, Educação (Colégios), Saúde (Hospitais), Catequese, grupos de jovens, pastoral paroquial, Casas de retiro, Casas de formação, Casas de idosos/as e doentes, Assessorias diversas, CEBs, Pastoral Vocacional, Orientação de retiro, Inseridas em periferias, Comunidades contemplativas, Coordenações Provinciais. Irmã Maria Aroni Rauen – cf Assessora Executiva da CRB Regional/Florianópolis Mais informações no site www.crbnacional.org.br, ou pelo e-mail crb-scfpolis@brturbo. com.br, ou ainda pelo fone (48) 3223-5134. Arquivo/JA
Pastoral da Pessoa Idosa realiza assembleia eletiva A Pastoral da Pessoa Idosa promoverá dos dias 22 a 24 de agosto (sexta a domingo), um encontro de formação e assembleia eletiva. Realizado na Casa de Encontros Vila Fátima, no Morro das Pedras, Florianópolis, o encontro terá inicio no dia 22 (sexta-feira), às 18h, e até o fim da manhã do dia 24 (domingo). Os participantes realizarão estudo do Cader-
no Comunitário, que sofreu alterações em relação aos indicadores de fragilidade. A formação será ministrada pela equipe de assessoria da CNBB - Regional Sul IV (SC). Na tarde do dia 24 (domigo), será realizada a assembleia eletiva da nova equipe de coordenação da Pastoral. São convidados a participar os/as coordena-
dores/as e vice-coordenadores/ as da Pastoral. “Contaremos com a presença de lideranças das dioceses de Rio do Sul, Caçador e Lages, que estão iniciando o processo de formação da Pastoral”, disse Carmen Mary de Souza Souto, coordenadora da Pastoral na Arquidiocese. Mais informações pelos fones (48) 3207-6200 ou 9119-8029.
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Membros da CRB reunidos em Lages para a Assembleia de 2012
Geral Agosto - Mês Vocacional
Foto/Montagem JA
“Vocação acertada, vida feliz”, esta é a frase que costuma ser dita pelo Pe. Vânio da Silva, coordenador arquidiocesano da Pastoral Vocacional O mês de agosto é destinado a celebrar e refletir sobre as vocações. As comunidades são estimuladas a celebrar uma das vocações a cada semana do mês (ministros ordenados, família, vida consagrada, leigos, catequistas). Neste ano, o tema de reflexão escolhido é “Eis-me aqui, enviame”, em sintonia com a Campanha da Fraternidade de 2013 e a Jornada Mundial da Juventude. Para falar sobre o Mês Vocacional, convidamos Pe. Vânio da Silva, coordenador arquidiocesano da Pastoral Vocacional. Em entrevista, ele explica os objetivos da escolha do tema, dos eventos celebrativos na Arquidiocese, dos encontros dos Grupos de Orientação Vocacional João Paulo II e Madre Teresa de Calcutá, dos reflexos da JMJ nas vocações e explica como podemos fazer para encontrar e/ou viver a nossa real vocação. Jornal da Arquidiocese Agosto é o mês vocacional. O tema deste ano é “Eis-me aqui, envia-me”. Qual o propósito da escolha desse tema? Pe. Vânio da Silva - Sim, desde 1981, todas as dioceses do Brasil celebram, em agosto, o Mês Vocacional. As primeiras experiências do Mês Vocacional surgiram já em 1970, na Diocese de Santo Ângelo (RS), então pastoreada pelo grande Dom Aloísio Lorscheider. Este ano o tema escolhido é o mesmo da Campanha da Fraternidade, que por sua vez estava em sintonia com
a Jornada Mundial da Juventude que acabamos de acontecer no Rio de Janeiro. Está claro que a Igreja deseja empenhar todas as suas forças na evangelização da juventude, que, como nos ensinou o Papa Francisco, é “a janela pela qual o futuro entra no mundo”. O Mês Vocacional vai ajudar as comunidades a viverem o tempo da pós-jornada, porque um jovem que realmente se encontra com Jesus, encontrase também com sua vocação. No trabalho de evangelização juvenil nunca pode faltar uma boa catequese vocacional, pois, durante o período da juventude é que tomamos as grandes decisões que marcam o rumo da nossa vida. JA - Que eventos serão realizados na Arquidiocese, neste Mês Vocacional? Pe. Vânio - As paróquias, movimentos e comunidades são criativas e elaboram muitas atividades para o Mês Vocacional. Entre os tantos eventos que serão realizados destaco os seguintes: Abertura Arquidiocesana do Mês Vocacional e o Jubileu das Vocações que acontecerá em Biguaçu no dia 01; a Missa Vocacional na TVBV no dia 25; o encerramento Arquidiocesano do Mês Vocacional que acontecerá também no dia 25, com feira vocacional, encontros juvenis e celebrações no Santuário de Santa Paulina, e os encontros dos Grupos de Orientação Vocacional João Paulo II e Madre Tereza, que acontecerão no dia 31 no Seminário de
Pe. Vânio tendo ao fundo os jovens participantes do Grupo de Orientação Vocacional - GOV, na escadaria do Santuário de Azambuja
“
A grande vocação para a qual Deus nos chama é à santidade, e não existe santo infeliz”.
Azambuja e na Paróquia dos Sagrados Corações.
JA - A Arquidiocese é grande, mas possui um número reduzido de vocações. O que falta para despertar nos jovens o desejo de seguir Jesus de forma mais intensa? Pe. Vânio - Graças a Deus temos muitas vocações para o ministério diaconal e para os serviços exercidos pelos leigos e leigas em nossas comunidades. Precisaríamos de mais vocacionados para o ministério sacerdotal e a vida religiosa consagrada. Não sei dizer exatamente o que falta para despertar entre os jovens mais vocações. Contudo, acredito que se nós, padres e religiosas, nos aproximássemos mais dos jo-
vens e gastássemos mais tempo para estar com eles, dando testemunho alegre da nossa vocação, ajudaria muito. Penso também que é indispensável que cada paróquia forme uma boa equipe de Pastoral Vocacional, para dinamizar este trabalho durante todo o ano. JA - O fato de o Brasil ter sediado a Jornada Mundial da Juventude, toda a preparação para esse grande evento e as atividades realizadas nas paróquias, comarcas e na Arquidiocese, isso pode suscitar novas vocações? Pe. Vânio - Acredito que sim. Em todos os outros países nos quais a JMJ foi celebrada, o número de ingressos nos seminários e conventos aumentou. Queira Deus que seja assim também no Brasil. JA - O senhor costuma utilizar a frase: “vocação acertada, vida feliz”. Como fazemos para de fato saber qual é a nossa vocação? Pe. Vânio - A grande vocação para a qual Deus nos chama é à santidade, e todos os santos foram felizes; não existe santo infeliz. O matrimônio, o sacerdócio ministerial, o diaconato e a vida consagrada são diferentes caminhos que levam, se bem vividos, a um mesmo lugar: a nossa santificação. Para saber qual é a nossa vocação, acredito que devemos rezar, escutar a Palavra de Deus, participar de uma comunidade de fé, servir os que necessitam e deixar-se acompanhar por alguém mais experiente na vida espiritual. Quando temos a coragem de perguntar a Jesus: “Senhor, o que queres que eu faça?”, Ele não nos deixa sem resposta.
Carlos Martendal Foto JA
Cansaço O cansaço é fruto do trabalho como a lágrima é fruto do coração: tanto um como outra podem ser amargos, mas o fruto é sempre doce, porque doces são o amor e a paz de espírito dos que entregam suas vidas para servir com amor.
Melhor Por que pensar no pior, se o melhor pode acontecer?
Aprendizado Jesus manda olhar os pássaros do céu (cf. Mt 6,26). Estive contemplando o relacionamento entre os passarinhos. As saíras, tão bonitas nas suas sete cores, vinham em bando, cantando, e pousavam na mesma árvore para se alimentar. Um relacionamento festivo, coletivo, amoroso se se pode dizer: um relacionamento em que se podia notar vida, alegria.
Desprendimento Quanto mais desprendida a pessoa, mais bem consegue fazer, e quanto mais bem faz, mais bem recebe em troca. Se não aqui, lá no céu!
Na escola de Jesus, a matemática é diferente: quem divide, multiplica; todo aquele que diminui - e se diminui – soma! Dá um pouco e recebe muito; divide o que tem e vê multiplicado até o que não tem!
pela escuta da Palavra de Deus e pela vida de comunhão na Igreja. Tenho certeza que, nesses encontros, os participantes se aproximam mais de Jesus e pouco a pouco descobrem sua vocação.
JA - A Pastoral Vocacional da Arquidiocese está promovendo os Grupos de Orientação Vocacional - GOVs, para adolescentes e jovens de ambos os sexos. Qual o objetivo desses encontros e já houve algum resultado? Pe. Vânio - Sim, desde o ano passado estamos promovendo os Grupos de Orientação Vocacional João Paulo II (para garotos) e Madre Tereza de Calcutá (para garotas). Nos encontros de 2013 já tivemos a participação de 253 adolescentes e jovens. O objetivo dos encontros é acompanhar os adolescentes e jovens no seu processo de discernimento vocacional. Penso que o resultado é o próprio caminho que fazemos juntos. Um caminho marcado pela oração,
Retalhos do Cotidiano
Matemática
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Conquistador A honestidade encanta, a simplicidade atrai, a humildade conquista, o sorriso abre portas e corações, a verdade liberta, Deus conquista. Sim, Deus é um Conquistador, um Conquistador de vidas, de corações; é um Conquis-
tador que se vale de alguém “do fim do mundo” para falar ao mundo, para dizer ao mundo que, sim, é possível ser feliz de verdade. Se se tem Cristo, se se caminha com Ele, se, com a vida, se dá Ele a quem está na periferia da vida.
Aprendizado 2 O gavião, não: ele sempre estava sozinho, buscando não as frutinhas nas árvores, mas o pinti-
nho que a galinha deixava para trás, ou a própria, se ela não se cuidasse: relacionamento egoísta, cheirando morte.
Aprendizado 3 Quanto a aprender com os passarinhos: aprender a viver com alegria, como as saíras, começar o dia cantando, como elas, sem se preocupar com o amanhã: Deus é Pai, Ele provê. O que aprender com o gavião? Aprender a não querer viver sozinho, mas para o outro; a não fazer da vida uma oportunidade para matar o outro com meus voos rasantes e rasteiros que, como flechas, machucam o coração.
Costas É uma escolha: ou viver de costas voltadas ou com o coração escancarado. Prisioneiro de si mesmo, ou livremente aberto à vida e aos irmãos.
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Palhoça terá Pastoral da Pessoa de Rua A Paróquia Senhor Bom Jesus de Nazaré, em Palhoça, está em processo de criação da Pastoral da Pessoa de Rua. No mês de julho foram realizadas três encontros em vista da criação da Pastoral. O primeiro foi realizado no dia 02 de julho, contando com a com a presença significativa de 30 pessoas de várias instâncias: CREAS, Igreja Luterana, Pastoral da Criança, Pastoral da Saúde, Irmãs da Fraternidade e Esperança, Associação João Paulo II, representantes das paróquias do Aririú e da Ponte do Imaruim e outras lideranças. A reunião foi conduzida pelo Pe. Vilson Groh e por Daniel Paz Santos, coordenador do Movimento População de Rua. A proposta foi de unir forças para realizar um trabalho junto aos moradores de rua de Palhoça, um público que vem crescendo bastan-
te na cidade. No dia 09 de julho foi realizado o segundo encontro. Esta reunião foi mais restrita às lideranças das três paróquias já mencionadas. Dessa vez, o encontro foi conduzido por Ivone Perassa, do Centro Cultural Escrava Anastácia – CCEA, que apresentou pistas para a formação de uma Pastoral da Pessoa de Rua em Palhoça. O compromisso assumido pelas pessoas presentes foi de se organizar como Igreja para, assim, dar o primeiro passo para este projeto, que consiste em criar vínculos com as pessoas que estão em situação de rua. No dia 23 de julho, houve o terceiro encontro com a presença de vários membros e lideranças das três paróquias. Foi decidido que se encontrariam todas as terças numa das salas da Paróquia
do Senhor Bom Jesus de Nazaré, para estabelecer com os moradores de rua um diálogo fraterno e um momento oportuno para criarmos vínculos mais estreitos. “O objetivo primeiro é o de disponibilizar um lugar de encontro, de celebração, de conversa e de partilha com estas pessoas. Para tanto, todos os presentes ficaram responsáveis de ir ao encontro dos moradores de rua e convidá-los a participar destes encontros que ocorrerão todas às terças às 14 horas”, disse o Diácono Wellington Cristiano da Silva. Segundo ele, Coordenadores de diversas pastorais se dispuseram a colaborar neste processo de aproximação e acolhimento. “Este é o primeiro passo que estamos tomando. Sabemos que, com o tempo, outras iniciativas serão necessárias”, acrescentou.
Encontro de formação sobre a vocação, identidade e missão dos leigos(as) na Igreja “Estamos vivendo, nestes anos de 2012 a 2015, o jubileu do Concílio Vaticano II. Inspirado pelo Espírito Santo, este Concílio preparou a Igreja para o novo milênio. Propôs que a Igreja se definisse como comunhão do Povo de Deus e se inserisse no mundo como fermento na massa. Ela deve responder para si mesma, para a humanidade e para Deus, à pergunta: ‘Quem és tu, Igreja?’ Ela é a comunhão dos fiéis que celebram a fé, se educam na fé, se amam como irmãos e, assim, se fortalecem na santidade para poderem viver a alegria de filhos de Deus. Sendo mistério de comunhão, ela tem uma dimensão interior, voltada para sua essência, sua identidade. Mas, sendo comunidade missionária, ela tem dimensão
pública, voltada para o agir, para sua importância e relevância no mundo. A pergunta, agora, é outra: ‘Qual é a tua missão, igreja?’ Sua missão é o anúncio do Evangelho, o serviço ao mundo, o diálogo com as culturas, sendo germe, sinal e instrumento do Reino de Deus. Em nossa caminhada pastoral queremos deixar-nos iluminar pela eclesiologia da comunhão e da missão proposta pelo Concílio Vaticano II” (13º Plano de Pastoral, 259). Portanto, ao celebrarmos o Ano da Fé, fazendo a memória dos 50 anos do Concílio Ecumênico Vaticano II e os 20 anos da publicação do Catecismo da Igreja Católica, temos a alegria de convidar os leigos(as), agentes de pastorais, movimentos, serviços, organismos,
ministérios, novas comunidades, para participar do Encontro Arquidiocesano de formação, conforme a seguinte programação: Data: 17 de agosto, sábado. Horário: 14h00 as 17h30. Local: Paróquia Sagrados Corações, em Barreiros – São José. Tema: Vocação, identidade e missão dos leigos e leigas à luz do Concílio Ecumênico Vaticano II Assessor: Sr. Laudelino Augusto dos Santos Azevedo, presidente do Conselho Nacional de Leigos. Programe-se, motive as pessoas do seu grupo e participe! Pe. Revelino Seidler Coordenação Arquid. de Pastoral
PLANO DE PASTORAL
Trabalho iniciado há 30 anos O planejamento pastoral da Paróquia Santo Antônio, em Campinas, teve seu começo há quase 30 anos, em 1986. No ano seguinte foi criado o Conselho Paroquial de Pastoral (CPP) e elaborou-se o primeiro Plano Paroquial de Pastoral. Desde então, o planejamento pastoral tem evoluído: de uma agenda de atividades e telefones, para um documento com objetivos e planos de ações que a paróquia planeja desenvolver com suas pastorais durante o ano. Nessa caminhada, os planos pastorais indicaram prioridades, apontaram diretrizes e propuseram ações a serem desenvolvidas pelas pastorais. Em 2008, a paróquia instituiu o modelo de Projetos Paroquiais, em que as pastorais planejam suas atividades do ano seguinte a partir de temas escolhidos na Assembleia Paroquial de Pastoral. Para escolher os temas, o CPP sempre procurou observar as necessidades da paróquia, mas também estar em sintonia com as ações da Arquidiocese e da Igreja toda. Esse modelo surgiu de uma experiência realizada em 2007, quando o CPP elegeu 14 desafios para a paróquia, a partir da análise de 36 desafios apresentados na Assembleia Arquidiocesana. Posteriormente, a Assembleia Paroquial definiu 7 temas para 2008 e as pastorais elaboraram, em conjunto, seus planos de ações. No ano seguinte a paróquia repetiu o modelo, mas a partir de 2010 o CPP decidiu eleger um único tema de trabalho, com o objetivo Lideranças da paróquia participam da Assembleia Paroquial que definiu as prioridades para o ano
de unir as pastorais em torno do mesmo projeto paroquial. Em 2011, a paróquia instituiu o Ano da Palavra, fixando a ideia de se ter um tema de trabalho para o ano. No ano passado, a paróquia viveu o Ano da Eucaristia, mas as pastorais, além das atividades para esse tema, também elaboraram planos de ação para as urgências pastorais indicadas nas Diretrizes da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil. Neste ano, em sintonia com a Igreja no mundo, a paróquia viveu o Ano da Fé, mas também elaborou projetos relacionados ao Plano Arquidiocesano de Pastoral. Seguindo orientação da Coordenação Arquidiocesana de Pastoral, a Assembleia Paroquial escolheu 5 pistas de ação, entre as aprovadas na Assembleia Arquidiocesana de 2012, e elaborou planos de ação para 2013. Cada projeto é coordenado pela pastoral mais identificada com o tema, e o andamento das ações é apresentado e avaliado nas reuniões do CPP. Alguns dos projetos paroquiais transformaram-se em ações permanentes. Por conta desta experiência, a paróquia conseguiu acolher o Plano Arquidiocesano de Pastoral com tranqüilidade, incorporando suas diretrizes e propostas no planejamento paroquial. Paulo Elias de Souza Coordenador do CPP Divulgação/JA
Arquivo/JA
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Cooperação com estudantes da Guiné-Bissau Projeto visa dar apoio educacional para crianças empobrecidas nesse país da África Divulgação/JA
Com R$ 240 (78 euros) por ano, uma criança de GuinnéBissau tem garantida a sua educação. Para auxiliar nesse serviço, está sendo criada uma campanha de arrecadação de recursos. Outro projeto é a Colônia de Férias, que desenvolve ações educacionais e recreativas com as crianças no período de férias que vai de julho a setembro. Em Guinné-Bissau, na África, o governo não assume a educação como uma real prioridade, os professores são mal remunerados e muitas vezes ficam meses sem receber os salários. Assim, as greves são constantes. Para minimizar esse problema, em algumas instituições de ensino governamentais criaram o método de ensino de autogestão, que consiste em cada família pagar 78 euros por ano, para manter as aulas sem greves. O dinheiro paga o uniforme, o material escolar e os professores. As famílias que tem condições
Crianças se divertem em atividades recreativas na Guinné-Bissau financeiras, pagam para os filhos estudarem. Mas a maioria não tem dinheiro. Dessa forma, está sendo criada a campanha de colaboração aqui na Arquidiocese. A intenção é que cada pessoa contribua com 78 euros (equivalente a R$ 230,00) por ano, o que vai garantir a educação da criança por um ano no Liceu, que equivale ao segundo grau, etapa
Natal, RN, sediará o 8º MUTICOM A Arquidiocese de Natal, no Rio Grande do Norte, sediará dos dias 27 de outubro a 01 de novembro, o 8º Mutirão Brasileiro de Comunicação – Muticom. Essa é a primeira vez que Natal, RN, sedia o encontro nacional de comunicadores cristãos, que pretende reunir jornalistas, estudantes de comunicação, pesquisadores, professores, agentes da Pastoral da Comunicação e comunicadores populares de todo o Brasil. O encontro deste ano terá como tema “Comunicação e participação cidadã: meios e processos”, e é uma promoção da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB, Signis Brasil, Arqui-
diocese de Natal, em parceria com as unidades acadêmicas da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN): Superintendência de Comunicação, Departamento de Comunicação, Centro Acadêmico Berilo Wanderley e Mestrado em Estudos da Mídia. Os Mutirões são promovidos pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB, juntamente com outras instituições. No caso específico da oitava edição, o Muticom funcionará como um projeto de extensão do Curso de Comunicação Social, da UFRN. As inscrições já estão abertas e devem ser feitas pelo site www.muticom.com.br
anterior à faculdade. Essa contribuição também pode ser feita mensalmente, com 8 euros (R$ 24,00). “Mas é um compromisso que deve ser assumido. Pois, cada criança será adotada pelos apoiadores. Caso parem de contribuir a educação dela será comprometida”, disse Pe. Maio da Silva, da GuinéBissau, que está em visita à Arqui-
diocese a pedido do Pe. Vilson Groh. Segundo ele, a pessoa que apoiar, terá a foto da criança que vai ajudar e poderá acompanhar o desenvolvimento da criança. Colônia de Férias – outro projeto que está sendo desenvolvido é a Colônia de Férias. Nos meses de julho a setembro, os jovens não têm aula, nem alguma alternativa de lazer. Para dar esse suporte, foi criado esse projeto. Para ele, não há um valor fixo. Cada um pode doar o quanto puder. Atualmente, 200 crianças de Empada são atendidas no projeto. Com mais recursos, poderiam receber mais pessoas. Durante a Colônia de Férias, as crianças aprendem a fazer artesanatos, bordado, rendas, e outros trabalhos. É uma forma de elas ficarem ocupadas e aprenderem algo útil. A ideia de buscar apoiadores para os dois projetos surgiu a partir de duas visitas do Pe. Vilson à Guiné-Bissau. Na segunda vez, ele
levou quatro pessoas e elas assumiram a educação de algumas crianças. Assim, teve-se a ideia de levar a proposta para outras pessoas da Arquidiocese. Desde 2008 está na GuinéBissau o Pe. Lúcio Espíndola. Ele trabalha na paróquia de Empada com o Pe. Maio. Também estão no país três jovens da Comunidade Divino Oleiro, da Arquidiocese. Eles realizam sua missão em Tite, outra região da Diocese de Bafatá. Os interessados em colaborar com os projetos podem obter mais informações com Willian Narzetti, do Instituto Padre Vilson Groh, pelo fone (48) 3039 1828, ou pelo email willian@ivg.net.br. As doações poderão ser depositadas na conta Banco do Brasil – 001, Agência 4236-6, CC 57.543-7, CNPJ: 13.188.828/ 0001-67, Instituto Padre Vilson Groh.
Papa Francisco avalia JMJ e agradece Queridos irmãos e irmãs! No domingo passado eu estava no Rio de Janeiro. Concluía-se a Santa Missa e a Jornada Mundial da Juventude. Acho que todos juntos temos que agradecer ao Senhor pelo grande dom que foi este evento para o Brasil, para a América Latina e para o mundo inteiro. Foi uma nova etapa na peregrinação dos jovens em todos os continentes com a Cruz de Cristo. Nunca devemos esquecer que as Jornadas Mundiais da Juventude não são “fogos de artifício”, momentos de entusiasmo fins em si mesmos; são etapas de um longo caminho, começado em 1985, por iniciativa do Papa João Paulo
II. Ele confiou ao jovens a Cruz e disse: Ide, e eu irei convosco! E assim foi feito; e esta peregrina-
ção dos jovens continuou com o Papa Bento XVI, e graças a Deus também eu pude viver esta maravilhosa etapa no Brasil. Lembremo-nos sempre: os jovens não seguem o Papa, seguem Jesus Cristo, carregando a sua Cruz. E o Papa os orienta e os acompanha neste caminho de fé e de esperança. Agradeço por isso a todos os jovens que participaram, mesmo à custa de sacrifícios. E agradeço ao Senhor também pelos outros encontros que tive com os Pastores e o povo daquele grande País que é o Brasil, como também com as autoridades e os voluntários. 04 de agosto, Ângelus