Pe. Miron: dedicado ao jornalismo, à educação e ao sacerdócio
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Jornal da
Arquidiocese
“De graça recebestes, de graça dai” (Mt 10,8)
Florianópolis, Abril 2010 Nº 155 - Ano XIV
Dom Murilo celebra 25 anos de bispo No dia 28 de abril, nosso arcebispo Dom Murilo celebrará jubileu de episcopado. Toda a Arquidiocese é convidada a participar da celebração na Igreja Matriz da Paróquia São Luiz Gonzaga, em Brusque A celebração marca o dia em que a 28 de abril de 1985, pela imposição de mãos de Dom Afonso Niehues, Pe. Murilo Krieger foi sagrado bispo, assumindo como nosso auxiliar. Após
seis anos, ele seguiu para Ponta Grossa, em seguida para Maringá, e em 2002 retornou para a Arquidiocese, desta vez, como nosso arcebispo. PÁGINA 03
PÁSCOA E LITURGIA Catedral ficou lotada de jovens que participaram da celebração pelo Dia Mundial da Juventude
Florianópolis celebra o Dia mundial da Juventude Foi a primeira vez que o DMJ foi celebrado na Arquidiocese, desde que João Paulo II o instituíu em 1986 O “25º Dia Mundial da Juventude” reuniu as várias expressões da juventude da Comarca da Ilha. Durante a celebração, presidida pelo nosso Arcebispo Dom Murilo Krieger, jovens levaram até o altar o ícone de Maria, além de também tra-
Seminaristas são ordenados diáconos PÁGINA 03
Participe do Jornal da Arquidiocese
zerem a cruz dos jovens. Ela vai peregrinar pelas paróquias da Arquidiocese, servido como preparação para o Encontro Mundial da Juventude com o Papa, a se realizar em Madrid, em agosto de 2011. PÁGINA 08
Encontro reúne coroinhas de Brusque PÁGINA 05
A vida cristã é vida pascal, porque no Batismo sepultamos nossos pecados e ganhamos nova vida. De fato, é isso que nos lembra o presidente da assembleia, na Vigília Pascal, antes da renovação das promessas do Batismo. Esta vida pascal é a vida do próprio Cristo ressuscitado. Tornamo-nos outros Cristos. Na verdade, todos juntos, nos tornamos um só Cristo, um só Corpo de Cristo. Passamos a viver
como ele: sofremos as cruzes de cada dia e experimentamos as soluções e alegrias que nos vêm da graça do Evangelho vivido na comunidade. Esta vida em Cristo e com Cristo, é ainda, neste mundo, uma vida escondida. Conhecida só pela fé, fortalecida só pela esperança e vivificada só pelo Espírito Santo, que é o amor do Pai que nos foi dado em Cristo. PÁGINA 04
Pascom oferece formação para padres e comunicadores paroquiais A Pastoral da Comunicação da Arquidiocese estará realizando, nos dias 30 de abril e 01 de maio, formação para os padres e os comunicadores católicos. Os dois eventos contarão com a assessoria da Irmã
Campanha combate ações de violência contra os jovens PÁGINA 07
Élide Fogolare, coordenadora nacional da Pastoral da Comunicação e assessora da CNBB. As formações marcam a retomada das atividades da Pascom na Arquidiocese.
Seminário apresenta diferentes modelos de economia PÁGINA 10
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Programa da Rádio Cultura é um dos melhores do Brasil PÁGINA 16
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Opinião
Abril 2010
Palavra do Bispo
Dom Murilo S. R. Krieger, SCJ
Jornal da Arquidiocese
Arcebispo de Florianópolis
Deus é amor! Em janeiro de 1956, deixei minha casa, em Brusque, para ir para o Seminário de Corupá, da Congregação dos Padres do Sagrado Coração de Jesus. A partir daí, fui me identificando cada vez mais com o carisma dehoniano. Era meu projeto viver e trabalhar a vida toda dentro das estruturas dessa Congregação. Em 1985, porém, o Papa João Paulo II me escolheu para o episcopado. Passaria a viver o carisma de Pe. Dehon de outra forma. Naquela ocasião, devia fazer duas escolhas: Que Bispo me ordenaria? Onde seria minha ordenação episcopal? Quanto ao Bispo, não havia dúvidas: seria Dom Afonso Niehues, Arcebispo de Florianópolis, que, em 1969, havia me ordenado sacerdote. Quanto ao lugar, também não havia muito que
pensar: seria em Brusque, na Matriz S. Luiz Gonzaga, onde, criança ainda, havia servido como coroinha e, aos 27 anos, fora ordenado sacerdote. Além disso, era a Paróquia de meus pais e de minha família. Passados vinte e cinco anos, continuam vivas, em minha memória, as cenas da celebração daquela tarde de domingo, dia 28 de abril de 1985. No final da Missa, expliquei a todos a razão da escolha de meu lema episcopal: “Deus é amor” (1Jo 4,16). Essa expressão, que nasceu da experiência de fé do evangelista S. João, havia marcado profundamente minha vida até então; como bispo, dispunha-me a proclamá-la com atos e palavras. Hoje, ao olhar para o início de minhas atividades episcopais, agradeço a Deus pela experiência
Palavra do Papa
adquirida ao longo dos seis anos em que fui Bispo Auxiliar de Florianópolis. Dom Afonso foi para mim um mestre, um pai e um amigo. Em 1991, fui nomeado Bispo Diocesano de Ponta Grossa. Sabia que seria uma experiência diferente, pois passaria a ser o responsável por uma Diocese. Nada conhecia daquela região. Mas a acolhida que aquele povo me deu ajudoume a superar qualquer dificuldade, desde os primeiros momentos. Em 1997 - portanto, seis anos depois -, fui nomeado Arcebispo de Maringá. Encantei-me com o jeito alegre daquela gente, com sua criatividade e espírito de iniciativa. Quando pensava que ali ficaria para sempre, recebi a nomeação para a Arquidiocese de Florianó-polis. Era o ano de 2002. Aqui estou, por-
Bento XVI
Santo Antônio de Pádua Gostaria de falar de outro santo pertencente à primeira geração dos Frades Menores: Antônio de Pádua ou, como é também chamado, de Lisboa, referindo-se à sua cidade natal. Trata-se de um dos santos mais populares de toda a Igreja Católica, venerado não só em Pádua, onde foi construída uma maravilhosa Basílica que conserva seus despojos mortais, mas em todo o mundo.(...) Antônio contribuiu de modo significativo para o desenvolvimento da espiritualidade franciscana, com os seus salientes dotes de inteligência, equilíbrio, zelo apostólico e, principalmente, fervor místico. (...) Em seus Sermões, Santo Antônio fala da oração como de uma relação de amor, que estimula o homem a dialogar docilmente com o Senhor, criando uma alegria inefável, que suavemente envolve a alma. Antônio nos recorda que a oração precisa de uma atmosfera de silêncio, que não coincide com o desapego do rumor externo, mas é experiência interior, que tem por finalidade remover as distrações causadas pelas preocupações da alma, criando o silêncio na própria alma. Segundo o ensinamento deste insigne Doutor franciscano, a oração é articulada em quatro atitudes indispensáveis, que... poderíamos traduzir do seguinte modo: abrir com confiança o próprio co-
ração a Deus; é este o primeiro passo da oração...; depois, dialogar afetuosamente com Ele, vendo-o presente comigo; depois, é muito natural apresentar-lhe nossas necessidades; por fim, louválo e agradecer-lhe. Dos ensinamentos de Santo Antônio sobre a oração, captamos uma das características específicas da teologia franciscana, da qual ele foi o iniciador, isto é, o papel atribuído ao amor divino, que entra na esfera dos afetos, da vontade, do coração, e que é também a fonte da qual brota uma consciência espiritual, que supera qualquer conhecimento. De fato, amando, conhecemos. Escreveu Antônio: “A caridade é a alma da fé, torna-a viva; sem o amor, a fé esmorece”.
“
De fato, amando, conhecemos. Escreveu Santo Antônio: “A caridade é a alma da fé, torna-a viva; sem o amor, a fé esmorece”.
Bento XVI, 10.02.10
tanto, há oito anos. O que mais tem chamado minha atenção nesses oito anos, é o rápido crescimento populacional de nossa região. Em dez anos, nossa Arquidiocese, formada por trinta municípios, cresceu quatrocentos mil habitantes. Por isso, por mais que cada qual trabalhe, corra e se multiplique, fica sempre muito para ser feito. No próximo dia 28 de abril, voltarei à Igreja Matriz S. Luiz Gonzaga, dessa vez para agradecer a Deus. A certeza mais forte que fica da vivência desses vinte e cinco anos de bispo está muito bem sintetizada na frase de S. João: "Deus é amor". Por isso, agradeço antecipadamente a todos aqueles que, naquele dia, se unirem a mim para cantar os louvores de Deus.
“
Essa expressão havia marcado profundamente minha vida até então; como bispo, dispunha-me a proclamá-la com atos e palavras.”
Reflexão
Nós, Padres, perdoamos e pedimos perdão As palavras do Papa foram contundentes: “crimes hediondos”, “confiança traída”, “dignidade violada”, “dano imenso”, “ultraje”, “indignação”, “tristeza”, “lágrimas”. Declarando-se “profundamente desolado” ante os sofrimentos das vítimas de abusos cometidos por padres, em 20 de março pp. Bento XVI dirigiu Carta à Igreja irlandesa e a toda a Igreja, tocando nesse drama cujos sinais se alastram como tsunami de país a país. Numa passagem, ficou grafado: “Em nome da Igreja exprimo abertamente a vergonha e o remorso que todos sentimos”. O Papa também critica a “preocupação descabida” em manter o bom nome da Igreja para evitar escândalos, o que levou à impunidade sob o pretexto de preservar a dignidade de cada pessoa, atitude essa tomada por diversos bispos e que está na raiz do drama atual. A tragédia da pedofilia e do abuso sexual de jovens é a mais dolorosa das violências, a mais perturbadora invasão na afetividade de uma criança ou jovem. O Papa João Paulo II manifestava sua profunda dor diante daqueles que detêm a primeira responsabilidade de defender os mais frágeis da sociedade e dão-se o direito de profaná-los sacrilegamente. “Nós perdoamos e pedimos perdão” foi a palavra repetida na Celebração do Perdão, em março de 2000, corajosamente presidida e conduzida pelo Papa Wojtila. Nós perdoamos a todos os que nos
ofenderam, e pedimos perdão aos que nós ofendemos: as minorias, a violência da Inquisição, das Cruzadas, do Colonialismo, o anti-semitismo, a mulher, o negro escravizado. Os filhos não pagam pelo pecado dos pais, mas somente viverão a verdadeira filiação pedindo perdão por seus pais. Reconciliarse com a História diante do Deus misericordioso é ato de humildade cristã, de santificação em praça pública na confissão dos pecados. Assim nós, padres, perdoamos e pedimos perdão. Nada justifica a chaga da pedofilia, do sexo a pagamento, do escândalo de padres e religiosos. Num tempo se usava o argumento de que se atacava a Igreja para calar-lhe a boca. Não serve mais: nossa boca será livre para proclamar o Evangelho da Graça se ela mesma for purificada pela graça e - dolorosamente - pela humilhação em praça pública. Tantas vezes erguemos nossas mãos no gesto divino de absolver o penitente dos pecados, e o fazemos com imensa alegria. É também a vez dos cristãos erguerem as mãos para nos perdoarem em nome das comunidades, das famílias, das vítimas da violência sexual.
Maturidade afetiva, condição para o celibato As acusações que nos levam à confissão dos pecados também devem ser purificadas. O ato de uma pessoa não é o ato de uma comunidade. Os pecados de alguns - ou mais - sacerdotes, não
são pecados da Igreja de tal País. É injusto acusar a Igreja dos Estados Unidos de pedófila, pois se estará negando a dedicação heróica, fiel, de dezenas de milhares de padres frente ao pecado de um pequeno número. Agora é a vez da Igreja na Alemanha, e as acusações têm um endereço cruel: a todo custo quer-se atingir a pessoa do Papa Bento XVI. Responde-se à tragédia da pedofilia com a crueldade do ataque à Igreja Católica, que não é abstrata, tem um rosto definido: o Papa. Quer-se atacar a Igreja e os católicos. Aproveita-se para atacar a disciplina do celibato católico afirmando: existe pedofilia na Igreja porque os padres não se casam. As estatísticas não o comprovam. Segundo a ONG Cecria, dedicada à proteção dos menores, de 291 casos de abuso sexual no Brasil em 2009, as crianças foram vítimas: 33% do pai ou mãe, 14% do padrasto ou madrasta, 13% do vizinho, 10% do tio, 9% de conhecido, 6% do avô, 5% do professor, sendo 4% de desconhecidos. A santidade da Igreja cresce nos grandes tempos de reconciliação, de humilhação. É tempo de Páscoa, é tempo de ressurreição. Nós, padres, perdoamos e pedimos perdão. Nós, que tanto anunciamos o Senhor das misericórdias, cremos firmemente que também seremos lavados pela misericórdia do Senhor. Pe. José Artulino Besen pejabesen.wordpress.com
Jornal da Arquidiocese de Florianópolis
Diretor: Pe. Ney Brasil Pereira - Conselho Editorial: Dom Murilo S. R. Krieger, Pe. José Artulino Besen, Pe.
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Vitor Galdino Feller, Ir. Marlene Bertoldi, Maria Glória da Silva Luz, Leda Cassol Vendrúsculo, Guilherme Pontes, Carlos Martendal e Fernando Anísio Batista - Jornalista Responsável: Zulmar Faustino - SC 01224 Editoração e Fotos: Zulmar Faustino - Distribuição: Juarez João Pereira - Impressão: Gráfica Rio Sul
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Dom Murilo celebra 25 anos de bispo Nascido em Brusque, Dom Murilo foi nosso bispo auxiliar e, desde 2002, é nosso arcebispo Arquivo/JA
A Paróquia São Luiz Gonzaga receberá fiéis de toda a Arquidiocese no dia 28 de abril, quando será realizada a celebração pelo Jubileu de prata Episcopal de nosso arcebispo Dom Murilo. A celebração terá início às 19h e todos estão convidados. A celebração marca os 25 anos desde que, em 1985, pela imposição de mãos de Dom Afonso Niehues, Dom Murilo foi ordenado bispo, assumindo a função de bispo auxiliar da Arquidiocese de Florianópolis. Dezesseis anos antes, o mesmo Dom Afonso o havia ordenado sacerdote. As duas celebrações foram realizadas no mesmo local: Paróquia São Luiz Gonzaga, em Brusque, sua terra natal. Nascido a 19 de setembro de 1943, Dom Murilo é o 6º filho de uma família de 9 irmãos. Em janeiro de 1956, aos 12 anos, ingressou no Seminário de Corupá, da Congregação dos Padres do Sagrado Coração de Jesus, localizado na região norte do Estado. Sua ordenação presbiteral foi realizada 13 anos depois, no dia 7 de dezembro de 1969. Como padre, Dom Murilo assumiu várias funções na Congregação. Trabalhou na Paróquia Sagrado Coração de Jesus e foi reitor do Instituto Teológico S.C.J.,
Pela imposição de mãos de Dom Afonso, em 1985 Dom Murilo foi ordenado bispo assumindo como auxiliar de Florianópolis ambos em Taubaté. Em 1981, passou a ser o Superior Provincial da Congregação, até ser nomeado, em 1985, bispo auxiliar da Arquidiocese de Florianópolis.
Seminaristas são ordenados diáconos transitórios A Paróquia São Vicente de Paulo, em Itajaí, sediará, no dia 10 de abril, às 18h, a ordenação diaconal de Leandro José de Souza e Silvio José Kremer. A celebração será presidida pelo nosso arcebispo Dom Murilo Krieger. A ordenação presbiteral de ambos será no dia 05 de junho, às 15h, em Biguaçu. Naturais da Paróquia São João Evangelista, em Biguaçu, os dois seminaristas realizarão a ordenação em conjunto. O local, São Vicente, foi escolhido, porque é lá que Leandro realiza seu estágio pastoral. O lema de ordenação dos dois é “Tudo
No dia 7 de maio de 1997 foi nomeado arcebispo de Maringá, também no Paraná. Cinco anos depois, no dia 20 de fevereiro de 2002, Dom Murilo foi nomeado arcebispo de Florianópolis. Ele sucedeu a Dom Eusébio Oscar Scheid, transferido para a Arquidiocese do Rio de Janeiro. A posse foi realizada no dia 27 de abril no Ginásio de Esportes do Colégio Catarinense, em Florianópolis.
Bispo de Florianópolis Tendo tomado posse no cargo de Bispo Auxiliar, aqui permaneceu até o dia 8 de maio de 1991, quando foi nomeado bispo de Ponta Grossa, no Paraná.
Leandro José de Souza
Silvio José Kremer
ITESC reinicia cursos de Teologia para leigos Mais de 190 alunos participam de um dos seis cursos oferecidos O Instituto Teológico de Santa Catarina - ITESC, reiniciou no dia 01 de março seus cursos noturnos de teologia para leigos. São cerca de 190 alunos que, todas as noites de segunda-fei-
ra, participam de um dos seis cursos oferecidos pelo ITESC. Os cursos são: Teologia Sistemática, Bíblia - Primeiro Testamento, Teologia Bíblica - Pastoral, Aprofundamento Bíblico, TeoloFoto JA
Pe. Vitor Feller, diretor do ITESC, leciona para uma das turmas
gia Litúrgica - Fundamental e Teologia Cate-quética - Pastoral. Os cursos têm duração de um ano e vão até novembro. As aulas são ministradas por professores do ITESC, professores convidados e por alunos (monitorados) das últimas fases do Curso de Bacharelado em Teologia. Esses cursos de formação para lideranças leigas são oferecidos pelo ITESC desde a sua fundação, em 1973. De 2005 a 2009, foram mantidos em convênio com o “Centro Loyola Amar e Servir”. Neste ano, o ITESC reassumiu a administração dos cursos. Além desses cursos noturnos, os leigos/as são encorajados a se matricular no curso matutino de graduação em Teologia, pelo menos em algumas disciplinas, junto com os seminaristas.
posso Naquele que me fortalece” (Fl 4,13). Nascido em 14 de agosto de 1977, Leandro teve sua vocação para a vida presbiteral despertada na adolescência, mas só aos 21 anos ingressou no Seminário Propedêutico, em Azambuja, Brusque. Teve como formador o Pe. Revelino Seidler, atual pároco de Porto Belo.
Silvio José Kremer nasceu em 04 de fevereiro de 1984. Aos 15 anos, ainda adolescente, entrou no Seminário Menor de Azambuja. É o filho caçula da casa, com duas irmãs já casadas.
ORDENAÇÃO PRESBITERAL A ordenação presbiteral dos dois também será conjunta e realizada na paróquia de origem de ambos: São João Evangelista, em Biguaçu. A celebração será
no dia 05 de junho, às 15h, presidida pelo nosso arcebispo Dom Murilo, e sendo realizada como encerramento e coroação do “Ano Sacerdotal”.
Padres realizam Peregrinação a Santuário em Caçador Os Presbíteros do Regional Sul 4 da CNBB (Santa Catarina) realizarão uma peregrinação ao Santuário Nossa Sra. de Fátima, em Fraiburgo, Diocese de Caçador. O evento é alusivo ao “Ano Sacerdotal”, que está sendo celebrado em toda a Igreja desde junho de 2009. O evento é uma promoção da Comissão Presbiteral do Regional.
A Arquidiocese será representada por cerca de 25 padres. Um microônibus sairá da Cúria Metropolitana no dia 21, às 4h da madrugada. “O local para a peregrinação foi escolhido por ser um ponto mais central para o clero de todo o Estado”, disse Pe. Vilson Groh, coordenador da Pastoral Presbiteral na Arquidiocese.
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Tema do Mês
A liturgia cristã teve início nas primeiras comunidades seguidoras do movimento de Jesus, quando quiseram celebrar a Páscoa do seu Senhor. Por isso, toda a liturgia tem uma marca pascal. A reforma da liturgia, proposta pelo Concílio Vaticano II, começou pelas celebrações da Páscoa que, antes dele, estava reduzida a um amontoado de ritos secundários que encobriam o principal, exaltando mais a morte do que a ressurreição do Senhor.
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PÁSCOA E LITURGIA Nossa vida pascal é a vida do próprio Cristo ressuscitado em nós.
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Eucaristia dominical e ao próprio domingo” (NMI 35). Citando sua própria carta apostólica Dies Domini sobre o domingo, propôs “que a participação na Eucaristia seja verdadeiramente, para cada batizado, o coração do domingo” (NMI 36) e que a Igreja continue a indicar a cada geração a celebração dominical da Páscoa de Cristo como “o eixo fundamental da história, ao qual fazem referência o mistério das origens e o do destino final do mundo” (DD 2; NMI 35).
A SOLENIDADE PASCAL
VIDA PASCAL
O Tríduo Pascal passou ao centro da liturgia cristã. Ele não é preparação para a Páscoa, como infelizmente muita gente pensa, mas é já a celebração da Páscoa do Cristo crucificado, sepultado e ressuscitado. Todas as celebrações do Tríduo Pascal - a missa da ceia do Senhor da quinta-feira santa, a ação litúrgica da paixão do Senhor da sexta-feira santa, e a vigília pascal no sábado santo são como se fossem uma só celebração. Tanto que se faz o sinal da cruz inicial na missa da ceia e só se vai fazer o sinal da cruz final na bênção solene final da vigília. Não há bênção final na missa da ceia, não há sinal da cruz nem bênção final na celebração da paixão, não há sinal da cruz inicial no sábado santo. Convém, portanto, participar de todas essas celebrações, como se fossem uma só, um verdadeiro retiro espiritual litúrgico, para se poder celebrar devidamente e de modo pleno o mistério pascal. A celebração anual da Páscoa nos leva a olhar de novo, como se fosse a primeira vez, para o mistério de Cristo, de sua morte e ressurreição. Páscoa é primeiramente uma festa judaica, que, em cada ano, celebra o acontecimento fundamental da história do povo de Deus do Antigo Testamento: o êxodo, a libertação do Egito, onde os hebreus viviam reduzidos à escravidão, e a sua passagem para a Terra prometida por Deus. Páscoa passou a ser o nome do cordeiro pascal, como nos diz São Paulo: “Cristo, nossa Páscoa, foi imolado” (2Cor 5,7). Para nós, cristãos, o Sangue de Cristo é a garantia da libertação para todas as pessoas, como o sangue do cordeiro o tinha sido para os hebreus na saída do Egito. Na sua entrega na cruz, até ao sangue, Cristo realiza a passagem libertadora do pecado e da morte para a vida em Deus, como se lê em São João: “Sabendo Jesus que era chegada a hora
A vida cristã é vida pascal, porque no Batismo sepultamos nossos pecados e ganhamos nova vida. De fato, é isso que nos lembra o presidente da assembleia, na Vigília Pascal, antes da renovação das promessas do Batismo. Esta vida pascal é a vida do próprio Cristo ressuscitado. Tornamonos outros Cristos. Na verdade, todos juntos, nos tornamos um só Cristo, um só Corpo de Cristo. Passamos a viver como ele: sofremos as cruzes de cada dia e experimentamos as soluções e alegrias que nos vêm da graça do Evangelho vivido na comunidade. Esta vida em Cristo e com Cristo, é ainda, neste mundo, uma vida escondida. Conhecida só pela fé, fortalecida só pela esperança, e vivificada só pelo Espírito Santo, que é o amor do Pai que nos foi dado em Cristo. Essa vida pascal, vivida diariamente no encontro com Cristo e celebrada todo domingo na comunidade, é motivo de grande alegria. Assim proclama o Documento de Aparecida: “Neste encontro com Cristo, queremos expressar a alegria de sermos discípulos do Senhor e de termos sido enviados com o tesouro do Evangelho. Ser cristão não é uma carga, mas um dom: Deus Pai nos abençoou em Jesus Cristo seu Filho, Salvador do mundo” (DAp 28). A vida pascal, a vida nova em Cristo, é simbolizada de muitos modos. Nos sacramentos da iniciação cristã - Batismo, Crisma e Eucaristia - nascemos como novos filhos de Deus. Somos a humanidade nova. Purificados do fermento velho, nos tornamos uma nova massa, para celebrarmos a festa pascal. Somos renovados pelo Espírito Santo e ressuscitamos para a luz da vida.
de passar deste mundo para o Pai..." (Jo 13,1). Portanto, Páscoa veio a significar passagem. Quando, então, pomos a Páscoa no centro da liturgia, o mistério de Cristo passa a ser o centro donde tudo o mais irradia e recebe o impulso vital. A vida, a paixão e a ressurreição do Senhor Jesus passam a ganhar nova dimensão na vida cristã. A solenidade da Páscoa volta a fazer-se presente na vida e na consciência da comunidade cristã, como nos primeiros tempos do cristianismo. Com isso, ganham seu verdadeiro significado e vigor os textos bíblicos que lemos em cada celebração, uma vez que todos foram escritos à luz da Páscoa. Os do Antigo Testamento foram escritos à luz do êxodo, celebrado na Páscoa judaica como saída do Egito rumo à terra da liberdade e à constituição do povo de Deus. Os textos do Novo Testamento - evangelhos, cartas e apocalipse - foram escritos à luz do novo êxodo, do mistério pascal
“
Essa vida pascal, vivida diariamente no encontro com Cristo e celebrada todo domingo na comunidade, é motivo de grande alegria”.
de Cristo, de sua passagem da morte à ressurreição e da constituição da Igreja, o novo povo, o povo messiânico.
A PASTORAL DO DOMINGO Na luz da Páscoa, ganha vigor também o domingo, Dia do Senhor, dia em que renovamos nossa própria páscoa no seguimento de Cristo. Como diz o Do-
cumento de Aparecida, fazendo referência ao discurso inaugural do papa Bento XVI: “Entende-se, assim, a grande importância do preceito dominical de ‘viver segundo o domingo’, com uma necessidade interior do cristão, da família cristã, da comunidade paroquial. Sem uma participação ativa na celebração eucarística dominical e nas festas de preceito, não existirá um discípulo missionário maduro. Cada grande reforma na Igreja está vinculada ao redescobrimento da fé na Eucaristia. Por causa disso, é importante promover a ‘pastoral do domingo’ e dar a ela ‘prioridade nos programas pastorais’ para um novo impulso na evangelização do povo de Deus no Continente latino-americano” (DAp 252). Já o papa João Paulo II chamava a atenção à importância do domingo. Na carta apostólica Novo Millenio Ineunte, pediu que no milênio que se iniciava se pusesse “o máximo empenho na liturgia”, “dando particular relevo à
Pe. Vitor Galdino Feller Coord. Arquidiocesano de Pastoral, Prof. de Teologia e Diretor do ITESC Email: vitorfeller@arquifln.org.br
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Sessão Solene na ALESC tratou da CFE-2010 Evento contou com a presença das quatro Igrejas Cristãs que participam do Ecumenismo no Estado Foto JA
A Assembléia Legislativa de Santa Catarina realizou, na noite do dia 08 de março, uma Sessão Solene alusiva à Campanha da Fraternidade deste ano, ecumênica. O evento, já tradicional, foi promovido pelo Deputado Padre Pedro Baldissera. Com o tema “Economia e Vida” e o lema “Vocês não podem servir a Deus e ao dinheiro” (Mt 6,24), esta Campanha da Fraternidade pretende unir as Igrejas Cristãs, e toda a nossa sociedade, na promoção de uma economia a serviço da vida, sem exclusões, criando uma cultura de solidariedade e trazendo paz. Participaram da solenidade: Dom Clovis Ely Rodrigues, bispo emérito da Igreja Episcopal Anglicana do Brasil; Padre Francisco de Assis Wloch, sub-secretário do Regional Sul IV da CNBB e reitor da Catedral, representando o nosso arcebispo, Dom Murilo Krieger; Pastor Inácio Lemke, vice presidente do Conselho de Igrejas para o Estudo e Reflexão e pastor da Igreja Evangélica de Confissão Luterana; Deputado Padre Pedro Baldissera, propositor da Sessão Solene, e Deputado Pedro Uczai. Além deles, o evento foi prestigiado por várias autoridades ecle-
Participantes compuseram a mesa e puderam falaram sobre a CFE-2010 siásticas e agentes pastorais que trouxeram bandeiras e lotaram a plenária da Assembléia. O destaque especial ficou para o Movimento de Irmãos, que participou com uma grande equipe. Pe. Pedro Baldissera, propo-sitor da sessão solene, iniciou seu discurso justificando a Sessão. Ele faou da proposta da CFE de investir na Economia Solidária. “Uma economia popular e solidária deve ocupar as lacunas deixadas pelo modo de produção capitalista, que o poder público não tem conseguido solucionar: desemprego, exclusão so-
cial, insegurança alimentar e falta de acesso à educação e saúde”. Pe. Francisco de Assis Wloch, nosso representante no evento, esclareceu que as Campanhas ecumênicas têm-se voltado para a valorização das pessoas, o cuidado da natureza e os grandes direitos dos seres humanos. "Foi nesse espírito que se pensou a CFE-2010, no contexto da economia como um instrumento a serviço das pessoas e não o contrário”, disse. Mais fotos, no site da Arquidiocese: www.arquifln. org.br, clique em “Galerias”, no alto da página.
Coroinhas de Brusque participam de encontro Realizado em Azambuja, esse foi o primeiro dos oito previstos para este ano Realizado no Seminário de Azambuja, em Brusque, no dia 13 de março, o encontro reuniu mais de 300 coroinhas da Comarca. As sete paróquias estiveram representadas e contaram com a presença de seus padres. Este foi o primeiro encontro
comarcal dos coroinhas realizado neste ano. Dos oito encontros previstos no ano, quatro serão realizados em Azambuja. Isso para que, além de se confraternizarem, os coroinhas conheçam um pouco da vida do nosso Seminário Menor e do Santuário de Azambuja. Divulgação/JA
Os e as coroinhas tiveram momentos de formação, confraternização e encenações teatrais com passagens bíblicas. Eles contaram com o total apoio dos seminaristas e padres de Azambuja, que auxiliaram na organização do evento. Como aconteceu nos últimos anos, os e as coroinhas foram convidados a doar R$ 1,00 para ajudar na formação dos futuros padres.
Próximos Encontros
A Paróquia de São José, em Botuverá, foi uma das representadas
A Comarca da Ilha e do Estreito serão as próximas a realizar os encontros comarcais. Os dois encontros serão realizados em Azambuja. No dia 18 de abril, os coroinhas da Comarca da Ilha. Na semana seguinte, dia 24, será a vez da Comarca do Estreito. Os encontros iniciam a partir das 8h e vão até às 17h, encerrando com a Celebração Eucarística.
Nove Corais cantam a Páscoa O Coral Santa Cecília da Catedral convida a todos para participar do 25º Concerto Espiritual da Páscoa. Realizado no dia 07 de abril, a partir das 20h, na Catedral Metropolitana de Florianópolis, o evento reunirá nove corais de Florianópolis, São José e Palhoça, que mais uma vez estarão reunidos para cantarem a Páscoa do Senhor. Além do Coral Santa Cecília, o Conespa contará com as apresentações da Associação Coro Lírico da OSSCA, o Coral da ALESC, o Coral da Associação dos Magistrados, a Associação Coral Hospital Florianópolis, a Associação Coral Ítalo-Brasileira, o Coral Encantos, a Associação Coral de
Florianópolis, todos de Florianópolis, e também a Associação Coral Cidade de São José, e o Coral Bom Jesus de Nazaré, de Palhoça. Cada Coral se apresentará individualmente, unindo-se todos no final para o canto do Aleluia de Haendel, com acompanhamento de um quarteto de metais, e regidos pelo Pe. Ney Brasil Pereira, regente do coral anfitrião e organizador do evento. O evento marca o jubileu de prata do evento, que neste ano celebra 25 anos de sua primeira realização. Será homenageado especialmente Dom Murilo Krieger, nosso Arcebispo, pelo seu Jubileu de Prata episcopal, que ocorre no dia 28 de abril.
Formação para os casais O Movimento Familiar Cristão (MFC) estará promovendo, no dia 18 de abril, o Encontro de Formação Conjugal e Familiar. O encontro será realizado no Centro Arquidiocesano de Pastoral e é destinado a todos os casais, sejam eles casados, em segunda união e não legalizados. A formação é realizada a cada seis meses e destinada para até 25 casais. Pela manhã,
o encontro terá a assessoria do Professor Carlos Martendal, com o tema “O Relacionamento Conjugal”. A tarde, a assessoria ficará por conta do Pe. Waldemar Groh, que falará sobre “Jesus na vida da família”. Mais informações com o casal coordenador, pelos fones (48) 3304-7803 ou 91064018/9164-3013, ou pelo email rosa.tristao@hotmail.com.
Assembléia do Cursilhos No dia 18 de abril, a partir das 9h, cerca de 80 lideranças dos três setores do Movimento (Florianópolis, Itajaí e Brusque) estarão reunidas na Paróquia Santo Antônio, no Centro, em Florianópolis para participar da Assembleia Diocesana do Movimento de Cursilhos de Cristandade. O evento terá como tema “Relacionamento do Cursilho à luz do Documento de
Aparecida” e lema “Todos juntos unidos na mesma fé”. Durante a assembleia, também será dado início à preparação dos 50 anos do Movimento de Cursilhos no Brasil, a ser celebrado em 2012. Mais informações, pelos fones (47) 33663773 ou 9136-1060, ou pelo email ternes@redel.com.br, com Dulce Maria Fontelles Ternes, coordenadora do movimento.
XII Congresso Estadual da RCC A Renovação Carismática Católica realizará no dia 23 de abril, em Blumenau, o seu XII Congresso Estadual. Realizado no Ginásio de Esportes Galegão, ao lado da Vila Germânica, o evento reunirá lideranças da RCC de todo o Estado. O evento contará com a celebração de abertura presidida pelo Pe. João Backmann, grande incentivador da RCC na Dio-
cese de Blumenau. A assessoria estará a cargo de Vicente e Roberto Tannus, de Goiania (GO), e de Umberto Sell, Coordenador Estadual do Ministério da Pregação da RCC. A animação ficará com a Banda Bom Pastor, do Rio de Janeiro. Mais informações pelo site www.rccsc.com.br ou pelo fone (48) 3045-1426, no Escritório Estadual da RCC.
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Bíblia
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Jornal da Arquidiocese
Conhecendo o livro dos Salmos (25)
Salmo 37 (36): Quem vai possuir a terra?
Não te irrites 1. Não te exasperes por causa dos maus / nem invejes os malfeitores. 2. Pois como o capim vão ser logo cortados, / e como o mato verde vão secar. 3. Espera no Senhor e faze o bem: / assim permanecerás na terra e terás segurança. 4. Põe no Senhor tuas delícias / e Ele te dará o que teu coração pede. 5. Entrega ao Senhor o teu futuro, / espera nele, que Ele vai agir. 6. Fará brilhar como luz tua justiça / e o teu direito como o meio-dia. 7. Descansa no Senhor e nele espera. / Não te irrites por causa dos que prosperam, / por causa do intrigante. 8. Desiste da ira, depõe o furor, / não te irrites, pois só iria piorar. Este salmo, em si, não é “oração”, porque não se dirige diretamente a Deus, embora esteja continuamente falando dele. É, antes, uma reflexão sapiencial, que o autor, ancião experiente e de muita fé (cf v. 25!), propõe a algum amigo ou discípulo que está no limite da fé. Por quê? Por causa do instigante enigma da prosperidade dos maus e do sofrimento dos bons. O salmista começa pedindo calma, resistência, perseverança: “Não te exasperes” (v. 1) ... “de-
Arquivo/JA
A resposta, quem no-la dá é o Senhor Jesus, tanto pelo seu exemplo, como pela proclamação da terceira bem-aventurança, no evangelho segundo Mateus: “Os mansos herdarão a terra” (Mt 5,5), isto é, são eles que vão “possuí-la”. Mas de que “mansos” e de que “terra” se trata? “Mansos” são os humildes, não-violentos, à semelhança daquele que disse: “Aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração” (Mt 11,28). E a “terra”? Nas bem-aventuranças equivale, de certo modo, ao “reino de Deus”, que Mateus chama “reino dos céus” (cf 5,3 e 5,10), mas que não é apenas o “céu” após a morte: começa já aqui, embora “ainda não” em plenitude. No Salmo, porém, a “terra” é a “terra prometida”, o grande alvo da promessa aos Patriarcas, e termo final do êxodo do Egito: Israel sai da “terra da escravidão” e, através do mar e do deserto, chega à “terra onde corre leite e mel”. Para nós, concretamente, a “terra” é o lugar, a cidade onde moramos, o solo onde plantamos, e onde esperamos/queremos viver em segurança.
afirma e reafirma sua convicção de que “o pouco com Deus é muito”, pois esse “pouco” vale mais do que “a abundância dos ímpios” (v.16), cujos “braços se quebrarão”, isto é, Deus lhes abaterá o poder. Em contraste, Ele “sustenta os justos”, “conhece o dia a dia dos ‘inocentes’ e os socorrerá no tempo da calamidade” (cf vv. 18-19). Depois de contrapor a “mão fechada” do “ímpio” à “mão aberta” do “justo” (v. 21), o salmista reitera que a “posse da terra” ficará com “quem tem a bênção de Deus” (v.22)
Nunca vi um justo abandonado
siste da ira” (v. 8)... “espera no Senhor e faze o bem: assim permanecerás na terra” (v.3)
Os humildes herdarão a terra 9. Quem faz o mal será exterminado, / mas quem espera no Senhor possuirá a terra. 10. Daqui a pouco não existirá o ímpio; / se olhares para o seu lugar, não o encontrarás. 11. Mas os humildes herdarão a terra, / e desfrutarão de grande prosperidade. Por duas vezes o salmista exprime sua certeza inabalável: quem afinal possuirá a terra (v. 9 e v. 11) não são os “maus” nem os “ímpios”, mas os que “esperam no Senhor”, os “humildes”. Quanto aos “maus” e “ímpios”, daqui a pouco não mais existirão: “se olhares para o lugar onde estavam, não os encontrarás” (v.10)
Conflito entre ímpios e humildes 12. O ímpio trama contra o justo / e range os dentes contra ele, 13. mas o Senhor se ri do ímpio, / pois sabe que está chegando o seu dia. 14. Os maus empunham a espada e retesam o arco, / para atingir o humilde e o pobre, / para matar os retos de coração. 15. Sua espada vai penetrar no seu próprio coração, / seu arco será quebrado. Por que esse conflito? Se a ter-
Mais vale o pouco
23. O Senhor firma os passos do ser humano, / sustenta aquele cujo caminho lhe agrada. 24. Se ele cair, não ficará prostrado, / pois o Senhor segura sua mão. 25. Fui criança e agora estou velho: / nunca vi um justo abandonado / nem um descendente seu pedindo pão. 26. Ele sempre se compadece e empresta, / e sua posteridade vive abençoada. A fé do salmista, a sua certeza inabalável de que Deus “não abandona o justo” (v.25), certeza comprovada por sua longa experiência, de fato contrasta com o triste espetáculo de tanto sofrimento inocente no mundo, que os meios de comunicação trazem para dentro de nossas casas. Mas é também a certeza do sábio Sirácida, logo no início do seu livro: “Considerai, filhos, as gerações passadas e vede: quem confiou no Senhor e ficou desiludido? Quem permaneceu nos seus mandamentos, e foi abandonado?” (Eclo 2,11-12)
16. Mais vale o pouco que tem o justo / do que a abundância dos ímpios. 17. Pois os braços dos ímpios se quebrarão, / e o Senhor é quem sustenta os justos. 18. O Senhor conhece os dias dos inocentes, / eterna será sua herança. 19. No tempo da calamidade não serão confundidos, / nos dias de fome serão saciados. 20. Os ímpios morrerão, / os inimigos do Senhor, como as flores do campo vão murchar, / e desaparecer como fumaça. 21. O ímpio toma emprestado e não devolve, / mas o justo tem piedade e reparte. 22. Pois quem tem a bênção de Deus possuirá a terra, / quem é por Ele maldito será exterminado. De várias maneiras o salmista
27. Foge do mal e faze o bem, / a fim de viveres para sempre. 28. Pois o Senhor ama a justiça, / e não abandona seus fiéis. 29. Os justos possuirão a terra, / e nela para sempre vão morar. 30. A boca do justo profere a sabedoria, / sua língua fala justiça. 31. A lei do seu Deus está no seu coração, / seus pés não vacilam. 32. O malvado espreita o justo, / busca um modo de o matar. 33. O Senhor não abandona o justo na mão do ímpio, / não deixará que ele seja condenado no julgamento. Não basta que “a lei de Deus” esteja “no coração”, mas é preciso que “os pés não vacilem” (v.
ra prometida era para ser partilhada por todos, e nela “não haveria pobres” (cf Dt 15,4), como é que “o ímpio trama contra o justo” e o pobre? Evidentemente, por causa da cobiça, para aumentar sua propriedade, como o fez Jezabel com a vinha de Nabot (1Rs 21,1-16), ou os proprietários denunciados por Isaías: “ajuntam casa a casa, campo a campo, até serem eles os únicos moradores da terra” (cf Is 5,8). Com esse objetivo, não hesitam em “empunhar a espada” e “retesar o arco”... mas a espada acabará voltando-se contra eles (vv. 14-15).
Foge do mal
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30). Mais ainda: não basta “fugir do mal”, mas, positivamente, é necessário “fazer o bem, a fim de viver para sempre” (v. 27). Nessas condições, o justo, mesmo acusado com perfídia, “não será condenado” (v. 33). Pelo contrário, será confirmado na “posse da terra” (v. 29).
Espera no Senhor 34. Espera no Senhor e observa seu caminho. / Ele te exaltará, para herdares a terra / e assistires triunfante a expulsão dos malvados. 35. Eu vi o ímpio em sua arrogância, / crescendo como um cedro frondoso. 36. Passei depois e não estava mais lá, / procurei-o e não o encontrei. Novo apelo a “esperar no Senhor e guardar seu caminho” (v. 34), isto é, seus mandamentos (v. 34), com reiteradas motivações. Inclusive com o fato de que o justo, reintegrado na “herança da terra”, verá, “triunfante, a expulsão dos malvados” (v. 34.
A bem-aventurança da paz 37. Observa o justo e vê o homem reto, / quem promove a paz viverá. 38. Mas os rebeldes todos serão destruídos, / a posteridade dos maus será exterminada. 39. A salvação dos justos vem do Senhor, / é Ele seu refúgio no tempo da desgraça. 40. O Senhor os ajuda e os liberta, / livra-os dos ímpios e os salva, / pois nele buscaram refúgio. Sempre em contraste com os “rebeldes”, “os maus” (v. 38) e “os ímpios” (v.40), o salmista termina reafirmando “a salvação dos justos” (v. 39), não sem antes ter proclamado a “bemaventurança da paz” (cf Mt 5,9): “quem promove a paz viverá” (v. 37), ou seja, “possuirá a terra” (vv. 3, 9, 11, 22, 29, 34). Pe. Ney Brasil Pereira Professor de Exegese Bíblica no ITESC email: ney.brasil@itesc.org.br
Para refletir: 1) De que “terra” se trata? É a terra dos “sem-terra”? 2) Este salmo é “oração”, ou, antes, reflexão, exortação? 3) Se a terra é de todos, por que os conflitos por causa da terra? 4) Você, como o salmista ou o Sirácida, nunca viu um justo abandonado? 5) Como entender a “bemaventurança da paz”?
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Juventude 7
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Inicia Campanha pela vida dos Jovens Seminário, com a presença de mais de 50 jovens das 10 dioceses do Estado, deu início à Campanha Divulgação/JA
Nos dias 13 e 14 de março, cerca de 50 jovens das 10 dioceses de Santa Catarina participaram do Seminário Estadual da Campanha contra a Violência e o Extermínio de jovens. O evento foi promovido pelas Pastorais da Juventude de Santa Catarina, com a participação do Projeto Aroeira "Procurando Caminho", e o apoio do Centro Cultural "Escrava Anastácia" e do Centro Social Marista Monte Serrat. Sob a assessoria metodológica de Lourival Rodrigues da Silva, da Casa da Juventude Pe. Bournier, de Goiânia, o evento foi realizado na comunidade de Monte Serrat, no Centro de Florianópolis. Por ser no morro e com grandes riscos sociais, mas com a forte presença da Igreja, isso possibilitou aos participantes mergulhar na realidade empobrecida da comunidade. Este Seminário Estadual se liga à Campanha Nacional contra
a Violência e o Extermínio de Jovens, promovida pelas Pastorais da Juventude do Brasil, com o objetivo de lançar o debate na sociedade civil sobre a violência que vem abreviando cada vez mais a vida da juventude. Durante o Seminário, o tema da violência foi debatido a partir de três eixos principais: violência urbana; violência no campo e violência no trânsito. Para cada um deles, houve uma pessoa falando dessa realidade.
Propostas para o Estado e para as dioceses O dia de domingo foi o momento de planejar a Campanha no Estado, desencadeando ações em âmbito local, diocesano e estadual. Em âmbito diocesano, diversas ações foram pensadas. Com base nisso, cada diocese fará posteriormente seu planejamento, a partir da realidade local. Para dar suporte afim de que
Realizado em Florianópolis, Seminário deu início à Campanha no Estado a Campanha aconteça nas dioceses e no Estado, foi constituída uma Equipe Estadual, formada
por alguns dos jovens presentes. A partir das ações de formação, conscientização e debates nas
Coordenadores Comarcas da PJ são Provisionados
Coordenadores paroquiais participam de Retiro Este foi o primeiro retiro dos coordenadores paroquiais da PJ Foto JA
Participantes tiveram momentos de reflexão bíblica em pequenos grupos mentos para trocas de experiências”, disse Irmã Silvia. Pe. Josemar Silva, novo orientador espiritual da PJ, esteve presente todo o tempo e presidiu a celebração eucarística. Segundo ele, “o encontro permitiu orientar os jovens, conhecer a realidade da PJ na Arquidiocese e também ser conhecido por eles”. Este foi o primeiro retiro destinado aos coordenadores paroquiais da PJ. Segundo Guilherme Pontes, coordenador da PJ na Arqui-
diocese, a proposta foi aprovada na última Assembleia da PJ. “A idéia surgiu porque os coordenadores organizam retiros para os seus grupos, mas não os vivenciam porque estão muito ocupados na organização. Esse é o espaço para que fiquem despreocupados e possam viver o seu momento de espiritualidade”, disse Guilherme. Mais fotos, no site da Arquidiocese (www.arquifln.org.br), no link “Galeria” no alto da página.
A Pastoral da Juventude da Arquidiocese de Florianópolis iniciou neste ano a sua nova organização, a par tir das comarcas. No mês de março, foram eleitos jovens coordenadores comarcais, posteriormente provisionados pelo Bispo Dom Murilo. Foram eles: Comarca de Itajaí: Daniel Schmidt Casas, Natália Demartino e Fernando Marquetti. Comarca de Brusque: Maiara Cristina Nascimento e Elisangela Dãobroski Dutra. Comarca do Estreito: Eduarda Bosoni e Luiz Henrique Schimidtt. Comarca de São José: Jean Ricardo e Narrimam Conte Cruz. Comarca de Santo Amaro: Regiane Schappo e Géssica Bernardo. Comarca de Tijucas:
Letícia Espíndola e Wilian Voss. Comarca de Biguaçu: Gisleyne Maria Anacleto, Gilmar Schmitz e João Batista Sartori. Comarca da Ilha: Anayara Soares Rovaris e Jonatan Felipe Schtz. No domingo, 28 de março, foi celebrada a Missa de Ramos na Paróquia São Francisco Xavier, no Monte Verde, com a leitura da provisão. Posteriormente, os coordenadores comarcais se reuniram e traçaram planos e metas para a Pastoral da Juventude nas Comarcas. Divulgação/JA
O Retiro ocorreu nos dias 19 a 21 de março, na Casa de Retiros “Caminho de Nazaré”, em Enseada do Brito, Palhoça, reunindo 45 participantes. Pregadora foi a Irmã Silvia Aparecida da Silva, que tratou do tema “A pessoa de Jesus Cristo e a espiritualidade do coordenador”, e lema “Jesus Cristo, Bom Pastor”. Irmã Silvia é assessora nacional da Pastoral da Juventude. Além disso, é administradora da Associação Promenor Padre Jacó, que atende 250 crianças e adolescentes de 6 a 17 anos, no contraturno escolar, oferecendo oficinas por interesse, apoio pedagógico, psicológico e formação espiritual. O retiro teve como foco a pessoa do coordenador dos grupos de jovem: “Quem sou e o que quero fazer da minha vida à luz da pessoa e da missão de Jesus Cristo”. Os participantes contaram com momentos de dinâmicas, orações e reflexões, e seus compromissos respectivos. Houve momentos de ‘deserto’ e reflexão pessoal. “Como o encontro envolve jovens de toda a Arquidiocese, que têm poucas oportunidades de se encontrar, também proporcionamos mo-
dioceses, grupos, paróquias e comunidades, esta Campanha quer juntar-se às muitas vozes presentes no Brasil, dizendo em todos os cantos de Santa Catarina: “Chega de Violência e Extermínio de Jovens!”. Para Rodrigo da Silva, secretário Regional das PJ´s de Santa Catarina e um dos organizadores do evento, o Seminário foi muito bom no sentido de dar um passo inicial para a Campanha Nacional contra a Violência e Extermínio da Juventude. “O local proporcionou um ambiente místico que motivou para que os jovens voltem com força para as suas dioceses, grupos, paróquias e comunidades, refletindo sobre o que foi discutido e para que façam com que a Campanha aconteça nesses locais”, disse Rodrigo da Silva. Mais informações sobre o zevento, no site www.cnbbsul4 .org.br/pjs
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Parque Dom Bosco celebra 49 anos Obra social da Congregação dos Padres Salesianos de Itajaí atende mais de mil crianças Divulgação/JA
Crianças, adolescentes, jovens e adultos participaram das comemorações do aniversário de 49 anos do Parque Dom Bosco em Itajaí. O evento, que ocorreu no dia 25 de março, reuniu educandos e colaboradores da obra social. A programação, elaborada pela comunidade salesiana e comunidade educativo-pastoral, incluiu, além da celebração eucarística, diversas atividades esportivas e recreativas para os mais de 1.300 mil alunos que diariamente recebem os serviços da instituição. Durante o almoço comemorativo, várias autoridades participaram da confraternização com os educandos, além de representantes de outros segmentos da sociedade civil, como o Conselho Tutelar de Itajaí, Instituto Beto Carrero, Companhia de Dança
Millennium e Associação Empresarial de Itajaí.
TRAJETÓRIA O Instituto Lar da Juventude de Assistência e Educação, também identificado como Parque Dom Bosco, tem como missão acolher, educar e evangelizar, crianças, adolescentes e jovens em situação de vulnerabilidade social. É objetivo da instituição profissionalizar e encaminhar adolescentes e jovens para o mercado de trabalho. Sediado em Itajaí, SC, o Parque é uma Obra Salesiana de promoção humana e assistência social. Fundado há 49 anos, atende em torno de mil educandos, de 6 a 18 anos, que freqüentam diariamente os programas de evangelização, educação, e profissionalização, recebendo
Crianças, adolescentes e jovens, atendidos pela Parque Dom Bosco, participam da celebração festiva alusiva aos 49 anos de fundação gratuitamente diversas refeições: café da manhã, almoço e lanche da tarde, tudo gratuitamente. São servidas aproximadamente mil e
seiscentas refeições diárias. Mais informações, no site www.parquedombosco.org, ou pelo fone (47) 3344-9100.
Comarca da Ilha comemora Dia mundial da Juventude Desde que foi instituído em 1986, é a primeira vez que a Arquidiocese o celebra As várias expressões da juventude da Comarca da Ilha estiveram reunidas à noite do dia 27
de março, vigília do domingo de Ramos, na Catedral Metropolitana, para celebrar o “25º Dia MunDivulgação/JA
Participantes trazem a Cruz dos Jovens, que percorrerá as paróquias em preparação para o Encontro Mundial em Madrid, em agosto de 2011
dial da Juventude”. A celebração, presidida pelo nosso arcebispo Dom Murilo, foi vibrante. Os vários grupos de jovens, ao entrarem na Catedral, receberam ramos de palmeira e tecidos coloridos, que eles agitavam alegremente ao ritmo dos cantos. Um momento marcante foi a entrada da Cruz dos jovens, que depois percorrerá as paróquias da Arquidiocese, em preparação para o Encontro Mundial da Juventude com o Papa, a se realizar em Madrid, em agosto do próximo ano. Outro elemento da celebração foi a entrada do ícone de Maria, que é também uma das características dessas Jornadas. Durante a celebração, quatro jovens fizeram perguntas ao arcebispo, dentro do tema do DMJ, sobre a
vocação, como o jovem dar testemunho de sua fé... As perguntas foram carinhosamente respondidas por Dom Murilo. A organização do evento esteve a cargo do Pe. Vânio da Silva, Coordenador da Pastoral Vocacio-nal e Reitor do Seminário Teológico da Arquidiocese. Essa foi a primeira vez que o DMJ, instituído pelo papa João Paulo II em 1986, foi celebrado na Arquidiocese. Sobre esse dia, o papa Bento XVI, em sua Mensagem, disse que “essa iniciativa profética de seu antecessor tem produzido frutos abundantes, permitindo às novas gerações encontrar-se na fé, pôrse à escuta da Palavra de Deus, descobrir a beleza da Igreja e viver experiências fortes que as levam a doar-se a Cristo”.
Encontro anual reúne diáconos e esposas Nos dias 23 e 24 de abril, as esposas e viúvas dos diáconos da Arquidiocese estarão reunidas, participando do seu encontro anual, na Casa de Encontros e Retiros Divina Providência, em Florianópolis. Será um momento de confraternização, descontração, troca de experiências e formação. A expectativa é reunir mais de 70 participantes. Durante o encontro, elas refletirão sobre “O relacionamento familiar do diácono com sua esposa e filhos”. O evento terá a assessoria do Pe. Adenir José Ronchi, Reitor do Seminário Filosófico de Santa Catarina - SEFISC, que acompanha os diáconos de Brusque e da Diocese de Joinville. No dia seguinte, 25, os diáconos se juntam a suas esposas e terão um momento de formação conjunta. Em seguida, será realizada a Assembleia Extraordinária dos Diáconos. Entre os assuntos, a alteração do regimento da Comissão Arquidiocesana do Diaconato Permanente CADIP. “No regimento, os diáconos estão divididos em sete áreas pastorais, que estão relacionadas com os municípios. Queremos alterar para uma divisão por comarcas, em sintonia com a configuração da Arquidiocese”, disse o Diácono Avelino Trentin, presidente da CADIP.
Encontro reuniu padres que representaram 38 paróquias
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Catequese inicia formação para Multiplicadores Neste ano, as nove etapas da Escola têm como temática a iniciação à vida cristã Foto JA
Mais de 160 catequistas das oito comarcas da Arquidiocese estiveram reunidos, no dia 28 de março, para participar da primeira etapa da Escola de Multiplicadores de Catequese de 2010. A formação foi realizada na Paróquia São Francisco de Assis, em Aririú, Palhoça. Com a assessoria do Pe. Osmar Debatin, reitor do Seminário Teológico da Diocese de Rio do Sul e assessor da Dimensão Vocacional do Regional Sul IV, os participantes refletiram sobre o tema “Mística e Espiritualidade do catequista a partir da Bíblia”. Este foi o primeiro de nove encontros de formação que serão realizados neste ano, todos tendo como base a “Iniciação à Vida Cristã”. Foi um pedido dos bispos durante a 47° Assembleia Geral da CNBB, realizada em 2009. “Eles refletiram que é preciso dar um novo rumo à Catequese, levando mais em conta os jovens”, disse Irmã Marlene Bertoldi, coordenadora arquidiocesana de Catequese. Segundo ela, a intenção de trabalhar a iniciação a vida cristã du-
Pascom promove formação para o clero e lideranças Evento marca a retomada dos trabalhos da Pastoral da Comunicação na Arquidiocese
Assessorado pelo Pe. Osmar Debatin, formação reuniu em Aririú, Palhoça, mais de 160 catequistas das oito comarcas da Arquidiocese rante este ano é para que os cristãos batizados realmente assumam a sua fé com uma identidade cristã. Muitos foram batizados, mas não evangelizados. Apenas receberam os sacramentos. “Queremos conscientizar os catequistas disso, para que eles sejam os evangelizadores”, acrescentou Irmã Marlene. A Escola de Multiplicadores é
destinada a todos os cristãos batizados, não apenas aos catequistas. Mesmo quem não participou da primeira etapa, pode participar das demais. A próxima será no dia 25 de abril, a partir das 8h, na Paróquia Santo Antônio, em Campinas, São José. O tema será “Iniciação à Vida Cristã”, com a assessoria da Irmã Marlene Bertoldi.
Nos dias 30 de abril e 01 de maio, a Pastoral da Comunicação - PASCOM, estará realizando formação para o clero e para as lideranças da Arquidiocese. Os dois eventos contarão com a assessoria da Irmã Élide Fogolari, coordenadora nacional da Pascom, pela CNBB. O primeiro momento será destinado aos bispos, padres e diáconos. O evento será na manhã do dia 30 de abril, a partir das 8h, no auditório do ITESC, com o tema: "A Comunicação e os meios: como utilizá-los na evangelização". A assessora abordará, de forma prática, a urgência de alguns documentos da Igreja que tratam da comunicação e a carta do Papa para o 44º Dia Mundial das Comunicações, neste ano. No dia seguinte, também a
partir das 8h, a formação será destinada aos leigos que trabalham ou têm interesse em trabalhar com os meios de comunicação. O encontro será no Centro Arquidiocesano de Pastoral - CAP, Largo São Sebastião, no Centro, em Florianópolis. Irmã Elide explicará "O uso dos meios de comunicação na Evangelização". Na oportunidade, a equipe de coordenação da Pastoral da Comunicação falará dos seus projetos e apresentará um histórico da trajetória da PASCOM, com as notícias publicadas no Jornal da Arquidiocese. Mais informações com Sedemir Melo, coordenador Arquidiocesano da Pastoral da Comunicação, pelo e-mail: sedemirusj@hotmail.com ou pelo fone (48) 8822-3787.
Irmã Élide Maria Fogolari
O Movimento de Emaús realizará nos dias 29 de abril a 02 de maio o 86º Retiro Feminino. Como sempre, o retiro será realizado na Casa de Encontros Vila Fátima, no Morro das Pedras, em Florianópolis. O retiro terá a assessoria do Pe. Vitor Galdino Feller, orientador espiritual do Movimento. “O Retiro abordará temas relacionados aos valores humanos e cristãos, estimulando os jovens a se tornarem lideranças mais participativas na sua comunidade, trabalho, faculdade e, especialmente, na sua própria família”,
disse Fernando Wendhausen, coordenador do movimento. Para participar, os jovens devem ter entre 18 e 29 anos, e preencher a ficha de inscrição que está no site do Emaús (www.emaus.org.br/florianopolis) ou obter informações pelo telefone (48) 9980-8021 ou pelo email fernandotbw@yahoo.com.br, com Fernando. Após preencher a ficha, as candidatas passam por uma entrevista, que acontecerá nos dias 15 e 19 de abril das 20h às 22h horas e no dia 17 de abril das 9h
às 12h, no Centro Arquidiocesano de Pastoral (CAP), Largo São Sebastião, na Beira-Mar, em Florianópolis.
Retiro Masculino Nos dias 13 a 16 de maio, o Emaús promoverá o Retiro Masculino. O local e as regras são as mesmas. As entrevistas serão realizadas nos dias 29 de abril e 03 de maio das 20h às 22 h e no dia 01º de maio das 09h às 12h no CAP. As inscrições também já podem ser feitas no site do movimento.
Divulgação/JA
Emaús promove retiros para jovens
Pertence à Congregação das Irmãs Paulinas. É formada em jornalismo pela Universidade Católica de Pernambuco, especialista em Educação pela Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo, e mestra em Ciências da Comunicação. Atualmente é coordenadora Nacional da Pastoral da Comunicação e assessora do Setor de Comunicação da CNBB. Por conta disso, ministra diversos cursos na área de Pastoral da Comunicação por todo o Brasil.
Irmã Élide vai assessorar as duas formações oferecidas pela PASCOM
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Ação Social
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Jornal da Arquidiocese
Seminário mostra situações concretas da CFE Durante o evento, foram apresentadas as experiências em Economia Solidária e Economia de Comunhão A Comissão de preparação da Campanha da Fraternidade Ecumênica (CFE-2010) promoveu na manhã do dia 6 de março, a partir das 8h, o Seminário Economia e Vida. Realizado no auditório do Centro Sócio Econômico da UFSC, o evento teve como tema “Economia Solidária e Economia de Comunhão”. Durante o Seminário, representantes das duas modalidades de economia relataram as suas experiências, que são situações concretas dentro do que pede a Campanha da Fraternidade. O Seminário foi uma parceria com a Ação Social Arquidiocesana, contando com o apoio do Fundo Arquidiocesano de Solidariedade, e a coordenação da Campanha da Fraternidade. A abertura foi realizada pelo Dr. Armando Lisboa, professor de Economia da UFSC. Ele falou da existência do Núcleo de Estudos e Práticas da Sócio-Economia Solidária, que já conseguiu concretizar os projetos da Feira de Economia Solidária, na UFSC, além do grupo de compras coletivas e apoio a empreendimentos de economia solidária. No modelo de Economia Solidária, a empresária Idalina Boni
falou sobre o empreendimento que representa. Situado em Itajaí, o “Justa Trama” está presente em vários estados do Brasil. O grupo trabalha com roupas. O diferencial é que eles realizam o ciclo completo da produção: desde o plantio do algodão, até a confecção da roupa e a comercialização da produção.
Abaixo-Assinado “Pelo direito à Economia Solidária”
Economia de Comunhão Já a Economia de Comunhão contou com duas experiências. Sérgio Pina apresentou a empresa de turismo “Encanta Brasil”, onde a ética é um princípio de trabalho. Situada em Palhoça, a empresa promove viagens educativas e culturais nas escolas e colégios da região. Milena de Cordova falou da confeitaria “Casa das Cucas” e da empresa que comercializa materiais para festas e aviamentos “Faça Festa”, a qual representa. Para serem consideradas Economia de Comunhão, as empresas precisam seguir algumas normas, entre as quais, gerar novos empregos e dividir os lucros em três partes: uma, destinada ao crescimento da própria empresa;
Realizado na UFSC, Seminário foi importante por proporcionar conhecer outros modelos de economia, dentro do que pede a CFE-2010 outra, para a formação da equipe de trabalho quanto à cultura da fraternidade; e uma terceira, para doações aos pobres. A Campanha da Fraternidade Ecumênica deste ano pretende contribuir para uma melhor relação entre economia, vida humana e conservação do meio ambiente vital, visando uma economia de justiça e solidariedade. “Foi pensando
FAS lança edital para recebimento de projetos O Conselho do Fundo Arquidiocesano de Solidariedade lançou o edital para recebimento de projetos sociais e de geração de trabalho e renda relativos à temática da Campanha da Fraternidade Ecumênica de 2010, sobre Economia e Vida. As propostas de projetos deverão contemplar iniciativas previstas no texto-base da CFE
nisso, que decidimos mostrar as experiências concretas nessa linha da Economia que gera a vida”, disse Fernando Anísio Batista, sociólogo da Ação Social Arquidiocesana e coordenador do Seminário. Segundo ele, o Seminário foi uma ótima iniciativa da comissão de organização da CFE, pois mostrou na prática que é possível viver uma nova forma de economia.
Economia Solidária terá sua II Conferência “Pelo Direito de Produzir e Viver em Cooperação de Maneira Sustentável” é o lema da II Conferência Nacional de Economia Solidária, que acontecerá entre os dias 16 a 18 de junho de 2010 em Brasília DF. A referida conferência foi convocada pelo Conselho Nacional de Economia Solidária em dezembro de 2009, e será antecedida por Conferências territoriais ou regionais e estaduais. A Conferência regional de Economia Solidária de Florianópolis acontecerá na Assembléia Legislativa do Estado de Santa Catarina,
2010, ou ações de acordo com suas motivações. O prazo para recebimento de projetos se encerra no dia 14 de maio de 2010. Os grupos, pastorais, movimentos e associações, interessados em participar desse edital, poderão acessá-lo através do site da Arquidiocese de Florianópolis, no link Ação Social.
no dia 08 de abril de 2010 das 8:30 às 18 horas. Poderão participar da conferência como delegados: os representantes de empreendimentos econômicos solidários, representantes de organizações da sociedade civil e representantes do poder público municipal, estadual ou federal, bem como representantes dos poderes legislativo e judiciário. Além desses, a conferência é aberta para a participação de qualquer cidadã/o na qualidade de observador/a. Mais informações: www.fbes. org.br ou fernando@arquifln.org.br
Política de Emergência e a Reconstrução da Vida A partir das enchentes ocorridas em novembro/2008, e outros acontecimentos ocorridos no Estado (enchentes, vendavais, tufões, desmoronamentos, etc), a ASA ini-
ciou o processo de discussão sobre o seu papel diante dessas situações e viu-se a necessidade de se construir um Plano de Emergência para nossa Arquidiocese, senArquivo/JA
Em novembro de 2008, várias regiões da Arquidiocese sofreram com a enxurrada, mas campanhas amenizaram o sofrimento das pessoas
do este um compromisso assumido pelas dioceses que compõem a Rede Cáritas Santa Catarina. A premissa uma ação que busque a reconstrução da vida e não mero assistencialismo. Observa-se que esses acontecimentos, quase sempre, agravam situações de risco já existentes, as chamadas emergências sociais, onde parte da população já vive situação de abandono, pobreza e miséria, e os fenômenos climáticos deixam mais evidente a marca do desrespeito e agressão aos direitos humanos. Sendo uma das marcas de trabalho da Cáritas Brasileira, a Política de Emergência atua considerando cinco frentes: 1. Prevenção de Desastres; 2. Preparação para Emergências e Desastres; 3. Res-
postas imediatas aos desastres/ emergências; 4. Reconstrução e Recuperação das Condições de Vida; e 5. Articulação e Parcerias. Para o desenvolvimento desse Plano é necessário uma atuação ampla e o envolvimento nos debates realizados pela sociedade e órgãos ligados à Defesa Civil. Neste ano, 2010, realiza-se a 1ª Conferência Nacional de Defesa Civil, destacando-se a participação da ASA nas Conferências Municipais e na Conferência Estadual, realizada em 03 de março. Essa mobilização possibilitará ampliar o debate e fazer crescer a consciência coletiva sobre a necessidade de novas iniciativas de transformação das áreas de risco, e a criação de condições de vida melhores e mais seguras para as pessoas.
Participe da coleta de assinaturas! A cada dia cresce a quantidade de pessoas no Brasil que decidem unir-se para praticar a Economia Solidária. Elas encontram, entretanto, enormes dificuldades, se compararmos às empresas convencionais, por não haver um reconhecimento, por parte do Estado, do direito ao trabalho associado e a formas organizativas baseadas na Economia Solidária Por isso, o Conselho Nacional de Economia Solidária, com participação de representantes de vários setores da sociedade civil e do governo, elaborou uma proposta de Lei que cria a Política Nacional de Economia Solidária, além do Sistema e o Fundo Nacionais de Economia Solidária.
Projeto de Lei A sociedade civil tomou a iniciativa, então, de lançar a campanha de coleta de assinaturas para conseguir aprovar essa proposta como um Projeto de Lei de Iniciativa Popular. Para isso, é necessário toda a mobilização possível em cada bairro, comunidade e cidade, para se conseguir a assinatura de 1% do eleitorado brasileiro, o que significa uma meta de aproximadamente um milhão e 300 mil assinaturas! A meta de assinaturas por Estado é de 1% do eleitorado estadual. Cada folha deve ter assinaturas apenas de um município ou microrregião. Os formulários do abaixo-assinado e as principais orientações podem ser encontrados no site do Fórum Brasileiro de Economia Solidária (www. fbes.org.br).
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GBF - Prioridade pastoral da Arquidiocese Igreja nas casas! A Arquidiocese nos chama e convida a evangelizar. Os grupos refletem o rosto da Igreja, que é graça presente em todo lugar.
características marcam nossa identidade: oração, reflexão e ação. Esse tripé, centrado na Palavra de Deus, visa aprofundar a vivência cristã no dia a dia, ao longo de todo o ano.
Os grupos constituem como que um forte elo de comunhão eclesial, fazendo da Arquidiocese uma grande Igreja nas Casas. O Manual dos GBF “Igreja nas Casas” diz: “Nada impede que os outros grupos (Apostolado da Oração, Movimento de Irmãos, RCC, Cursilho, capelinhas de Nossa Senhora...) também entrem na caminhada da Arquidiocese, seguindo os roteiros dos Grupos Bíblicos em Família. Com isso, não perderão o seu carisma, mas o enriquecerão com sua inserção na caminhada evangelizadora da Igreja arquidiocesana” (p. 11). Acolhemos com alegria a palavra de motivação de nosso Arcebispo D. Murilo Sebastião R. Krieger na Apresentação do Manual “Igreja nas casas”:
Lideranças de varias comunidades participaram do encontro de formação, que aconteceu no dia 28 de março organizado pela equipe de articulação das Comunidades Eclesiais de Base - CEBs, que será sediado em Florianópolis em 2012. O primeiro encontro de formação deste ano realizado na Igreja N.Sra. do Monte Serrat, no Centro, reuniu 33 participantes varias comunidades da grande Florianópolis. Durante toda a tarde, foi refletido o tema “Identidade, Espiritualidade e Missão das CEBs”, com a assessoria do Pe. Vilson Groh e Moacir Albuquerque. Depois de uma pausa para o café, os participantes partilharam o que entenderam da reflexão. Desde o último encontro estadual das CEBs em Lages a equipe de articulação vem se en-
contrando em reuniões mensais com a finalidade de articular e reavivar as comunidades, a fim de prepará-las para acolher os participantes que vierem das 10 dioceses para o grande evento. Foi traçado neste ano um cronograma de reuniões e mais três encontros de formação. O próximo encontro será no dia 25 de julho, na Igreja N.Sra. de Guadalupe, no Morro do Quilombo, em Itacorubi. O tema será “CEBs - fé e política”, com a assessoria do Pe. Vitor Galdino Feller, coordenador arquidiocesano de Pastoral, e do Pe. Vilson Groh. Mais informações, pelo fone (48) 3733-5327 ou 9901-9316, ou pelo e-mail mendesedlu@ hotmail.com, com Edson Luiz Mendes, coordenador arquidiocesano e estadual das CEBs. Foto JA
É fé e vida na partilha. É Grupo Bíblico em Família. Desde 2005, os Grupos Bíblicos em Família (GBF), antes chamados Grupos de Reflexão, são a prioridade pastoral em nossa Igreja arquidiocesana. Em resposta a esse apelo de evangelização, centenas, milhares de pessoas reúnem-se semanalmente, em pequenos grupos, em todos os quadrantes da Arquidiocese, concretizando o objetivo dos GBF: fazer acontecer a Igreja nas casas, nas bases, no chão da vida; garantir a presença do Evangelho na vida do povo; favorecer ao povo católico a participação em um grupo de vivência da fé e do amor cristão; ajudar a pessoa a fazer a experiência do encontro com Jesus Cristo; promover uma aproximação cada vez mais explícita entre a Igreja de hoje e a Igreja das primeiras comunidades cristãs. A identidade dos GBF e sua inspiração se expressam no tema: Igreja nas Casas; e no lema: “Eis que estou à porta e bato” (Ap 3,20). Três
CEBs rumo ao encontro Estadual
Uma Espiritualidade de Comunhão Aplica-se aos Grupos Bíblicos em Família de nossa Arquidiocese a observação feita pelo Documento de Aparecida a respeito das pequenas comunidades eclesiais: "Constata-se que nos últimos anos está crescendo a espiritualidade de comunhão e que, com diversas metodologias, não poucos esforços têm sido feitos para levar os leigos a se integrar nas pequenas comunidades eclesiais, que vão mostrando frutos abundantes. Nas pequenas comunidades eclesiais temos um meio privilegiado para a Nova Evangelização e para chegar a que os batizados vivam como autênticos discípulos e missionários de Cristo" (DAp 308). Essas comunidades - por exemplo, nossos GBF - "são um ambiente propício para se escutar a Palavra de Deus, para se viver a fraternidade, para se animar na oração, para aprofundar
FIQUEMOS ATENTOS:
processos de formação na fé e para fortalecer o exigente compromisso de ser apóstolos na sociedade de hoje. São lugares de experiência cristã e evangelização que, em meio à situação cultural que nos afeta, secularizada e hostil à Igreja, se fazem muito mais necessários” (DAp 308). Para muitos fiéis, os GBF são um lugar privilegiado para uma experiência concreta de Cristo e uma experiência de comunhão. Afinal, quem não gosta de ser acolhido fraternalmente, de se sentir valorizado, de se sentir realmente membro de uma comunidade eclesial e coresponsável pelo seu desenvolvimento? Claro que essa experiência não é suficiente para nossa fé. Há necessidade de um passo além isto é, de participar da vida paroquial, que é uma comunidade de comunidades, que tem como centro
a Eucaristia e como farol a Palavra de Deus. Pertencemos, também, a uma Igreja Particular - isto é, a uma Diocese, “na qual está e opera verdadeiramente a Igreja de Cristo, una, santa, católica e apostólica” (Concílio Vaticano II, Decreto Christus Dominus, 11). Nossa comunhão é, também, com o Papa, sucessor de Pedro, “perpétuo e visível princípio e fundamento da unidade de fé e comunhão” (Concílio Vaticano II, Constituição Dogmática Lumen Gentium, 18). Como, pois, não agradecer ao Senhor pelo dom dos Grupos Bíblicos em Família? Como não lhe agradecer pelas pessoas que trabalham para que esses grupos cresçam e beneficiem um número sempre maior de pessoas?... Dom Murilo Krieger Arcebispo Metropolitano
Neste ano, os Grupos Bíblicos em Família promovem uma grande Concentração Arquidiocesana, para a qual são convidados não só todos os/as participantes dos inúmeros grupos GBF de toda a Arquidiocese, mas também lideranças e membros dos demais setores pastorais, pois, como prioridade pastoral, abarcaria, virtualmente, todas as forças vivas da nossa Igreja. O evento terá lugar no Ginásio de Esportes em Camboriú, no dia 29 de agosto. Fiquemos atentos à publicidade e preparemos a nossa participação numa grande caravana paroquial.
Encontro de formação foi o primeiro do ano e reuniu 33 participantes
Seminário reúne GR/F e CEBs do Regional Os animadores(a) dos Grupos de Reflexão/Famílias e das Comunidades Eclesiais de Base da Igreja de Santa Catarina, Regional Sul 4, se reuniram de 12 a 14 de março, em Joinville, para o Seminário Regional de Formação, com a presença de 82 pessoas das 10 dioceses do Estado. Durante o encontro, refletiram sobre a caminhada e a experiência de vida dos GR/F e das CEBs, à luz das diretrizes de nossa ação evangelizadora (nº 34). O documento diz: "... são louváveis os esforços de multiplicação de grupos de famílias, de reflexão e círculos bíblicos, em torno da palavra de Deus, da vida de oração e do serviço na Igreja e na sociedade. Esses grupos se constituem em me-
diações privilegiadas para comunidades eclesiais de tamanho humano a exemplo das CEBs”. Maria Glória da Silva Luz, articuladora arquidiocesana dos Grupos Bíblicos em Família, foi uma das representantes da Arquidiocese de Florianópolis no evento. “Sentimo-nos motivados em fortalecer em nível Regional sul 4, o rosto e o jeito de ser igreja dos Grupos de Reflexão/Famílias e das Comunidades Eclesiais de Base, diante dos desafios decorrentes de uma sociedade que impõe o individualismo, o consumismo e o comodismo", disse. Na próxima edição do Jornal da Arquidiocese estaremos relatando com mais detalhes o conteúdo do Seminário.
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Artigos
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Centenário
Padre João Batista Steiner uma vida longa e sofrida Pe. João Batista Steiner: um padre que os arquivos demonstram limitado, mas que no esforço de uma longa vida adquiriu méritos pelo trabalho na Igreja em Santa Catarina. Como penitência por alguns erros, aceitou ser isolado pelos padres e pouco valorizado pelo povo. Nasceu em Lustigen, Alemanha, em 17 de julho de 1844. Foi ordenado presbítero na catedral de Rottenburg em 10 de agosto de 1869. Após diversas capelanias, em 1882 foi nomeado pároco em Stockheim. Chegou ao Brasil em 1884, em 4 de junho, recebendo jurisdição em Santa Catarina, conferida pelo Bispo do Rio de Janeiro, Dom Pedro Maria de Lacerda, a quem estava sujeito o território catarinense. De 08 de abril de 1888 a 1º. de fevereiro de 1902 foi vigário na tradicional paróquia alemã de São Pedro de Alcântara. Aproveitando as leis de naturalização e decidido a não mais retornar à Alemanha, em 12 de junho de 1888 recebeu Carta de Naturalização. Devido a incêndio doloso no arquivo paroquial de São Pedro, nada se tem de sua passagem por ali. Em 06 de maio de 1902 foi nomeado coadjutor de Itajaí, Penha e Camboriú. Em 08 de setembro de 1903, coadjutor de São José, com residência em Palhoça. Devido à presença, ali, de três
Pe. João Batista Steiner, em uma foto histórica e inédita de 1905, quando participava da Reunião Geral do Clero
padres franciscanos, sua presença não era mais tão necessária, motivo pelo qual pediu para ser coadjutor de Santo Amaro com residência em Teresópolis, o que lhe foi consentido em 04 de outubro de 1904. Foi provisionado como coadjutor do Curato de Teresópolis (incluindo o Alto Capivari-São Bonifácio), que era administrado pelos franciscanos de Santo Amaro. Por problemas pessoais de comportamento, no início de 1907 foi obrigado a fazer um retiro com os jesuítas de Nova Trento. Após isso, sob condições informadas ao pároco em 20 de março de 1907, trabalhou como coadjutor de Tijucas, São João Batista e Porto Belo.
Primeiro Capelão-Cura de Vargem do Cedro De 12 de outubro de 1907 a 15 de abril de 1909 exerceu o ministério de vigário de São João Batista, Imaruí. Devido a doenças que mataram muitos moradores, Pe. Steiner, com receio do contágio, pediu para se deslocar a Vargem do Cedro em 27 de junho de 1910. Desta data a 1920 foi o primeiro Capelão-Cura de Vargem do Cedro que, em 15 de dezembro de 1911 teve anexadas as capelas de São Martinho e São João. Em 20 de novembro de
1920, Pe. Othmar Baumeister, dehoniano que trabalhava em Tubarão, escreveu a Dom Joaquim Domingues de Oliveira a respeito de pais de Rio Fortuna que vieram se queixar do compor tamento afetivo de Pe. Steiner, algo muito sério. Dom Joaquim o encarregou de investigações que confirmaram as denúncias. Assim, em 05 de fevereiro de 1921, Pe. Steiner foi suspenso de todas as suas ordens, declarado infame, e privado de qualquer ofício, benefício ou função, e obrigado à residência em Imaruí. A pedido do Pe. Antônio Mathias, vigário de Imaruí, em 15 outubro de 1921
recebeu licença de celebrar. Em 6 de abril de 1922, vivendo em extrema penúria, pediu socorro ao bispo diocesano: “O suplicante está sofrendo, de modo terrível, de melancolia proveniente de arrependimento e contrição, e violentas e contínuas tentações para desesperação”. Depressão em estado puro. Compassivo, Dom Joaquim em 21 de dezembro de 1923 o nomeia coadjutor do Curato de Teresópolis e, em 03 de março de 1924, recebe autorização para atender às capelas nova e velha de Santa Maria de Loeffelscheidt, no Alto Capivari. Em 26 de novembro de 1924 escreve a Dom Joaquim, pedindo para ser provisionado Cura de São Bonifácio. Está com 79 anos.
Um padre velho e doente Em 1927, o velho Pe. Steiner cai do cavalo e desloca a coxa, ficando impedido de celebrar. Em 08 de março de 1930, pede para ser liberado de Teresópolis e nomeado coadjutor de São Bonifácio. Tem 85 anos e não consegue mais visitar os doentes. Está com catarata e sofre dos rins. Em 28 de abril de 1932, Dom Joaquim autoriza Pe. Steiner a deixar Teresópolis e ir residir com o Pe. Nebel em Braço do Norte. Em 6 de junho de 1935 recebeu, em testamento, de Gertrudes Schmitz, uma doação que estava depositada na Caixa Econômica de Laguna. Era tarde, infelizmente. Pe. João Batista Steiner faleceu em Teresópolis aos 13 de junho de 1935 às 17h, sendo sepultado no dia seguinte às 15h. Viveu 91 anos, dos quais 66 como padre e 51 no Brasil. Humilde, limitado, pobre, nada deixou a não ser a memória de sua dedicação e as dores por que passou para ter um pouco de pão à mesa. Em 29 de novembro de 1969, no centenário de sua ordenação presbiteral, por iniciativa de Frei Raul Bunn, OFM, seus restos mortais foram trasladados para dentro da igreja de Teresópolis. Pe. José Artulino Besen pejabesen.wordpress.com
Ecumenismo Nós, cristãos e cristãs, participamos durante a Semana Santa, das celebrações em memória de Jesus Cristo em sua paixão, morte e ressurreição. Nossa fé nos dá a certeza de que, com sua morte na cruz, Ele trouxe a salvação para toda a humanidade. A cruz tornou-se o caminho, por excelência, do seguimento de Jesus e o meio pelo qual penetramos no mistério da encarnação do Filho de Deus. Através da contemplação de Jesus Cristo Crucificado, São Paulo desenvolve a sua "Teologia da Cruz", demonstrando, junto às comunidades cristãs primitivas, que passamos para a vida nova na medida em que crucificamos o egoísmo com todas as suas expressões. Nisto reside o verdadeiro significado do Batismo, conforme ele escreve aos Romanos: “Vocês não sabem que todos nós, que fomos batizados em Jesus Cristo, fomos batizados na sua morte? Pelo Ba-
A Cruz, o Batismo e a Liberdade tismo fomos sepultados com ele na morte, para que, assim como Cristo foi ressuscitado dos mortos por meio da glória do Pai, assim também nós possamos caminhar numa vida nova. Se permanecermos completamente unidos a Cristo, com morte semelhante à dele, também permaneceremos com ressurreição semelhante à dele” (Rm 6,2-5). Como podemos perceber no texto de Paulo, viver “completamente unidos a Cristo” é assumir a “morte semelhante à dele”. Seguindo a leitura da carta aos Romanos, Paulo reitera que é o nosso “velho homem” que deve ser crucificado com Jesus, a fim de que morramos para o pecado e nos tornemos pessoas livres. Escrevendo aos Gálatas, complementa essa convicção: “Irmãos,
vocês foram chamados para serem livres... Coloquem-se a serviço uns dos outros através do amor. Pois toda a Lei encontra a sua plenitude num só mandamento: ‘Ame o seu próximo como a si mesmo’. Mas se vocês se mordem e se devoram uns aos outros, tomem cuidado! Vocês vão acabar destruindo-se mutuamente” (Gl 5,13-15). Há um clamor que emerge do coração da humanidade: Amor, Liberdade, Justiça! Há uma necessidade urgente: a unidade entre todos os povos, em torno do projeto de uma vida de dignidade no planeta terra, a nossa casa comum. Esse projeto, sem dúvida, é viável. Aos cristãos foi-nos oferecido um caminho: a cruz. Em outras palavras, acolher-nos mutuamente na fraternidade implica em
crucificar o “homem velho” do individualismo, do corporativismo, da competição, da ganância, do dogmatismo e, enfim, de todas as formas que nos separam, impedem o diálogo e impelem às divisões (também entre cristãos). Essas divisões contradizem o mandamento do amor mútuo, com tristes consequências. São Paulo chama as atitudes egoístas de “obras da carne”, contrapondo-as às “obras do Espírito” que são “amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, autodomínio... pois os que são de Cristo Jesus crucificaram a carne com suas paixões e seus desejos” (Gl 5,22-24). A identificação com Cristo na cruz, longe de caracterizarse como derrotismo ou glorificação do sofrimento, é o modo de
viver do novo homem e da nova mulher. Ao ser crucificado, Jesus levou consigo a natureza velha de cada um de nós. Esta verdade da fé cristã pode transformar-se em “programa de vida”, sempre renovado no empenho cotidiano de amar incondicionalmente. Cada expressão de egoísmo, por menor que pareça ser, pode ser imediatamente “crucificada” na cruz de Jesus, para dela emergirmos como seres cada vez mais livres. É o “batismo na morte de Jesus”, como afirma São Paulo: é o mergulho na graça que nos proporciona vida nova. Nessa condição de “crucificados” para egoísmo, tornamo-nos capazes de promover relações verdadeiramente ecumênicas. Celso Loraschi Professor no ITESC e Coordenador da Comissão Arquidiocesana para o Ecumenismo e o Diálogo Inter-Religioso - CADEIR
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Missão 13
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Hino celebra a Anunciação do Senhor O Akáthistos celebra a anunciação do Senhor e é cantado pelo Coral Santa Cecília desde 1988 Foto JA
A Catedral Metropolitana de Florianópolis, juntamente com o Coral Santa Cecília, realizou dia 25 de março, às 20h, a tradicional Celebração Mariana da Solenidade da Anunciação do Senhor, com o hino “AKÁTHISTOS”, em honra da Mãe de Deus. A celebração foi presidida pelo nosso arcebispo Dom Murilo Krieger, e reuniu mais de 200 pessoas na Catedral de Florianópolis. Em sua homilia, Dom Murilo enalteceu a beleza do hino e falou da importância de se celebrar essa data. “Maria é Virgem e escolhida para Esposa - uma Esposa que continuará Virgem. Foi na liberdade que Maria tornou-se Mãe; foi livremente que disse: Faça-se em mim...”. “O Akáthistos vem nos lembrar que a História da Salvação não é só uma contemplação do passado, mas também uma abertura às surpresas de Deus. Em nós, a História da Salvação continua”, completou Dom Murilo. Na sequência, o Coral Santa Cecília da Catedral cantou o Hino “AKÁTHISTOS”, que foi acompanhado por todos os presentes. Akáthistos é uma palavra grega que significa “não sentado”, indicando a forma como o Hino deve ser cantado: de pé. Ele salienta o momento em que Maria recebeu
Em 1987, quis João Paulo II, por ocasião do Ano Mariano, que o hino fosse cantado no dia 25/03, desde então o Coral Santa Cecília o tem cantado o anúncio de que fora escolhida para gerar o Salvador, permanecendo Virgem. A data, 25 de março, ocorre exatamente nove meses antes do nascimento de Jesus Cristo, no Natal, 25 de dezembro.
História Em 1987, Ano Mariano, quis o Papa João Paulo II, que esse “poderoso e dulcíssimo hino” fosse cantado em todas as catedrais do mundo. Assim, pela primeira vez, graças ao Coral Santa Cecília, e a pedido de Dom Murilo, nosso bis-
po auxiliar na época, o Akáthistos foi cantado em nossa Catedral, estando também gravado em CD. Em 2002, quando Dom Murilo retornou à Arquidiocese, assumindo como nosso arcebispo, solicitou ao Coral Santa Cecília retomasse o canto do Akáthistos, o que tem sido feito anualmente desde 2003, sempre no dia da Anunciação do Senhor, 25 de março. Mais fotos, no site da www. arquifln. org.br, clicar em “Galerias”, no alto da página.
Encontro propõe a criação do Setor Juventude mos, serviços, colégios e congregações que atuam no campo da juventude. O encontro foi uma proposição do nosso arcebispo Dom Murilo Krueger e do Pe. Vitor Galdino Feller, coordenador arquidiocesano de Pastoral, de acordo com o que pede a CNBB. Divulgação/JA
Segmentos que atuam com a juventude participaram da reunião
"O Setor não foi criado porque é preciso unir todos que atuam no campo da juventude. A criação será feita a partir deles", argumentou Pe. Vitor. No início do encontro, Dom Murilo e Pe. Vitor argumentaram sobre a importância e necessidade da criação do Setor da Juventude. Em seguida, foi estudado o livro “Setor Diocesano da Juventude”, da CNBB, que traz subsídios para a realização do trabalho. A proposta foi aceita e aprovada pelos participantes. Durante o encontro foi constituída uma equipe formada por membros representativos dos segmentos juvenis, para encaminhar os próximos passos para a formação do Setor Juventude. A equipe é encabeçada pelo Pe. Josemar Silva, orientador espiritual da Pastoral da Juventude da Arquidiocese.
A população carcerária em Santa Catarina cresceu 187% de 1998 a 2008. No mesmo período, o crescimento populacional foi bem menor, de 21%. Em 1998, o Estado tinha 3,5 mil presos e uma população de 5,02 milhões de habitantes. Neste ano, até fevereiro, Santa Catarina somava 12.900 presos e uma população estimada em 6,06 milhões de habitantes. O sistema prisional do Estado, analisado a partir da Lei de Execução Penal (LEP), não atinge 5 mil vagas para uma população carcerária de 12.900 presos, considerando que 8506 são condenados (dados de junho de 2009). Os números podem ser explicados pelo descaso público com a questão prisional e a segurança pública. Blumenau, p.ex., tem 761 presos ocupando um presídio que dizem ter "capacidade para 400", caso deixemos de lado a lei. A maioria das unidades prisionais foram edificadas no improviso, sem planejamento. Cadeias publicas recebem a denominação de “Presídios” (Ambiente para presos provisórios, aqueles que ainda não foram condenados), ignorando a urgência de "Penitenciárias" (Ambiente para presos condenados), mas na realidade são autênticos “depósitos” de presos. A já mencionada Lei de Execução Penal 7210/84 é praticamente deixada de lado. Os agentes prisionais sofrem com os baixos salários e o perigo constante.
Sistema Prisional Arcaico Alguns dizem que a polícia trabalha muito, mesmo com o baixo efetivo. Mas num Estado que tem polícia forte e um sistema prisional arcaico e improvisado, o resultado será a eterna insegurança pública. O endurecimento das leis tem levado mais gente à cadeia, geralmente po-
bres, mas não inibe a violência. O que pode inibir a violência são ações como a geração de empregos, educação, moradia, política agrária e um envolvimento maior das Igrejas e demais entidades que trabalham pela paz no âmbito social. Todavia, o problema maior tem sido a vida do povo nas cidades. O meio urbano tem gerado conflitos e conflitos podem levar à prisão. Hoje, 78% da população de Santa Catarina vive nas cidades, que nem sempre comportam ou têm estruturas para o contingente populacional existente. O drama é ainda maior nas cidades litorâneas e do Vale do Itajaí. Enfim, não se faz segurança pública utilizando somente o verbo reprimir. O problema é mais amplo. Atualmente somos desafiados a pensar políticas públicas de segurança. É conhecida a expressão "governo que não constrói escolas, é obrigado a construir presídios", mas em nossos dias me parece que nem uma e nem outra coisa vem sendo projetada. Logo, ou continuamos maquiando a realidade ou começamos a dar passos na direção do tão sonhado Estado democrático de Direito e com Direitos Humanos! Pe. Célio Ribeiro Coordenador estadual da Pastoral Carcerária, Regional Sul IV da CNBB Célio.furb@terra.com.br Divulgação/JA
A Arquidiocese realizou na manhã no dia 20 de março o encontro para a geração do Setor Juventude. Realizado no Centro Arquidiocesano de Pastoral - CAP, no Centro de Florianópolis, o evento contou com a participação de 20 jovens representando as pastorais, movimentos, organis-
Insegurança pública!
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Foto JA
Pe. Miron Stoffels Padre, jornalista e educador Apesar de tão diferentes entre si, essas são as três atividades que resumem o apostolado do Pe. Miron Alexius Stoffels, SJ, e que ainda hoje, aos 76 anos de idade, procura cultivar. Natural de Alto Feliz, um pequeno município do interior do Rio Grande do Sul, próximo a São Leopoldo, ingressou na vida religiosa por influência da mãe, coordenadora paroquial do Aposto-lado da Oração. O pai, importante comerciante da região, deu todo apoio, mas não levava fé de que o filho chegasse a padre. Em entrevista, ele fala do seu despertar vocacional, da opção pelos padres jesuítas, os estudos nos Estados Unidos, sua dedicação à educação, os trabalhos que realiza na Arquidiocese e a atividade com jornalista e escritor. Jornal da Arquidiocese - Como nasceu sua vocação religiosa? Pe. Miron - Do binômio família & paróquia (Igreja). A mãe, profundamente religiosa (era coordenadora do Apostolado da Oração), convidava seguidamente os padres da região para almoçar em casa. Como havia muitos filhos na casa, a atenção do pároco era para os dois mais jovens (eu e meu irmão). No mais, era costume de família, enviar um filho (ou uma filha) para o seminário ou convento. Fui o escolhido pelo pároco (jesuíta), com a aprovação do pai e da mãe. O pai não acreditou que eu aguentaria a vida dura de seminário, sobretudo no que se referia à alimentação, e falou: “se não ficar padre, o estudo não está perdido”. JA - Por que optou pelos jesuítas?
Pe. Miron - Os filhos de S. Inácio dominavam a região. Ir para o seminário significava internar-se no Colégio S. Inácio de Salvador do Sul. A região (Bom Princípio, Feliz, Alto Feliz, Vale Real) era um verdadeiro celeiro de vocações, tanto assim que o Cardeal D. Vicente Scherer nunca se mostrou muito favorável à desmembração da arquidiocese, porque não queria perder esta região, mais ainda, o seminário menor S. João Maria Vianey, localizado na área. Além de dezenas de sacerdotes, vieram daí figuras exponenciais da hierarquia eclesiástica: Dom Vicente Scherer, Cardeal de Porto Alegre; e D. Ivo Lorscheiter, presidente da CNBB. JA - Enquanto estudante nos Estados Unidos, o senhor trabalhou numa paróquia. Que tal esta experiência? Pe. Miron - Após minha ordenação (1964), fui destinado para terminar meu currículo religioso nos Estados Unidos. Éramos 21, de 18 países diferentes. Eu era o único da América do Sul. Após esse período, iniciei os estudos de pós-graduação em Comunicação Social (Mestrado) na New York University (na época com 47 mil alunos). Ao deixar o Brasil, na despedida, o Provincial me deixou um recado: “não mande recibo e, não volte com vícios” (Ora, o estudo é caríssimo nos States). Por isto, para cumprir o preceito do superior, deveria ‘encardinar-me’ numa paróquia. Não era nada estranho, as paróquias de Nova York contarem com a presença de padres estrangeiros. Fui para a paróquia no Bronx, comunidade com forte presença de imigrantes italia-
Pe. Miron diante da Igreja Santa Catarina, no Colégio Catarinense.
Após vinte anos dedicados ao mundo acadêmico, substituí parcialmente os compromissos escolares por atividades pastorais”
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nos. Os fins de semana eram atarefados, com três missas no sábado e sete missas no domingo. Como não havia Ministros da Eucaristia, nem diáconos, os padres tinham de distribuir a comunhão nas missas. Éramos cinco padres na casa, três idosos e dois jovens. Entre nós dois cresceu uma profunda amizade até o fim da vida. Dois detalhes: para ser pároco no EUA, o padre deve ter 25 anos de ordenação, portanto não há párocos novos; outra é que os padres são “colados”, quer dizer, ficam numa paróquia por toda a vida. Só saem se pedirem. JA - O senhor passou 32 anos na UNISINOS. Como conciliou os afazeres acadêmicos com o ministério sacerdotal? Pe. Miron - Assim que voltei do exterior, assumi, em S. Leopoldo, na UNISINOS, a direção do curso de Comunicação Social, recém-criado: Jornalismo, Publicidade e Pro-
Retalhos do Cotidiano Estás com os Doze. Teus amigos mais próximos. E tu, Senhor e Mestre, os deixas estupefatos, surpresos. O impacto é grande. Lavas os pés deles e os enxugas. Não te constranges em abaixar-te, em fazer o serviço de um escravo. E lavas, não com menor amor, os pés de Judas, aquele que te vai trair. Quantas vezes, bom Jesus, esse traidor infame sou eu. E, como a ele, também a mim chamas de amigo. E vais morrer por mim, para me salvar. Tu, sim, és amigo; eu, um profanador dessa amizade sagrada. E, sabendo que vais morrer por mim, que te ofendo tanto, e que vais morrer por esses que estão lendo o que escrevi, e pelos homens e mulheres de todos os tempos e lugares, dirás, antes de seres entregue aos carrascos no monte das Oliveiras: “Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a sua vida por seus amigos” (Jo 15,13). Tu, Senhor, és este que dá a vida; eu, o teu amigo! A misericórdia morre pela misé-
ria, o três vezes santo morre pelo pecador, o todo-poderoso morre por aquele que é só fraqueza! Que mistério de amor!
MULHERES-ESPOSAS Quantas! Uma multidão inumerável, mulheres que santificam suas famílias, que tornam o mundo melhor! Nelas a doação é companheira constante, o sacrifício é hóspede permanente, o zelo é irmão da dedicação cotidiana. Analfabetas ou doutoras, sábias ou ignorantes, pobres ou ricas de bens materiais, fecundam a terra em que vivem com o amor que as habita e as faz se darem sem medida, porque esta é a medida do amor.
JA - Aqui, o senhor atua no Colégio Catarinense, onde é reitor da igreja Santa Catarina de Alexandria e diretor diocesano do Apostolado da Oração. Qual a importância do “Apostolado”? Pe. Miron - No Encontro Arquidiocesano do Apostolado da Ora-
Deu-se tanto, o sapato, que se acabou. E, no entanto, foi quando já estava para ser descar tado que começou a mais bela etapa da vida: a de dar flores!
JA - O senhor publicou muito. Ainda tem tempo para esta atividade? Pe. Miron - Continuo colaborando em revistas internas, embora num ritmo mais cadenciado. Quando jovem, meus afazeres me obrigavam a escrever: fui por anos, secretário e redator de uma revista colegial - “O Eco”, com uma tiragem de 45 mil. Na época havia duas revistas colegiais no RS: “O Eco” e “Ideal”, esta, editada pelos maristas. Ao tempo que secretariava a revista, fiz o curso do Jornalismo na Universidade Federal do RS e, depois, também concluí o curso de Letras. Na universidade a gente é forçado a escrever muito. A saudade que o campus deixa, são as infinitas oportunidades de você alargar e enriquecer seus conhecimentos, pois, todos os dias há encontros, painéis, conferências de personalidades sobre os mais diversos mundos da ciência, artes e letras. Essa riqueza só se vive no seio de uma universidade.
BONDADE Será que a bondade me habita? Será que os outros veem bondade em mim? O que ouviríamos dos que nos conhecem um pouco melhor se, como diz meu querido neto Artur, neles falasse o que está em sua 'testa', isto é, em seu pensamento?
CHORO
BUSCADOR O que temos buscado em nossa vida? Temos sido "buscadores de Deus"? Perdido é todo o tempo que não utilizamos para buscar Deus, para encontrá-lo nos que Ele põe em nossas vidas. Semeemos o amor, plantemos o serviço!
ção (AO), em Antônio Carlos, agosto de 2008, compareceram 3.500 pessoas, originando um problema na cidade, porque não havia estacionamento para tantos ônibus. No fim da missa, quando Dom Murilo presenciou a retirada de 140 bandeiras que escoltavam o altar, durante a celebração, ele não se conteve e comentou: “Eis aí, quiçá, a maior força da nossa igreja”. O “Catecismo do AO” foi publicado em 11 capítulos, enfocando a história, espiritualidade, devoção ao Coração de Jesus, estrutura... Visa dar um conhecimento correto e global aos associados do AO. A prova de que a iniciativa foi oportuna é a aceitação por parte da comunidade: em três meses esgotaram duas edições: 4 mil exemplares. São 200 perguntas, ao longo de 90 páginas.
Carlos Martendal Divulgação/JA
LAVA-PÉS
paganda, Relações Públicas. Três anos depois, fui promovido a Diretor do Centro (Letras e Comunicação Social) e, depois, a Vice-Reitor Acadêmico. Sem dúvida, meu maior desafio. Recebi uma universidade com nove mil alunos e, após oito anos, entreguei-a a meu sucessor, com 24 mil alunos. Após vinte anos dedicados ao mundo acadêmico, dei uma guinada na vida, substituindo parcialmente meus compromissos escolares por atividades pastorais: missas na capela universitária, aconselhamento espiritual, promoção de retiros universitários (quatro por ano).
Jornal da Arquidiocese
PÁSCOA Jesus ressuscitou! Podemos cantar “Vitória! Tu reinarás, ó Cruz, tu nos salvarás”! Podemos cantar o Aleluia! Houve a noite das trevas, o dia se tornou escuro, mas o Sol sem ocaso, que a terra escondeu por brevíssimo tempo, sempre será a Luz de nossa vida! Feliz Páscoa!
Se Jesus, o Filho do Altíssimo, chorou (cf. Jo 11,35), por que eu, tão fraco e pecador, não posso chorar? Chora o fraco e chora o forte, chora o pai e chora a mãe, choram os filhos e choram as filhas, chora o rico e chora o pobre, chora o santo e o pecador, chora o são e o doente. Não choram os que têm coração duro, coração de pedra, necessitados, com urgência, de um transplante que lhes dê um coração de carne. Então se alegrarão com os que se alegram e chorarão com os que choram (cf. Rm 12,15).
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Clero realiza sua primeira reunião do ano Mais de 150 clérigos, entre bispos, padres e diáconos, participaram do encontro realizado em Palhoça dia a um boato de que a Igreja estaria aceitando essa entidade, pois o Código de Direito Canônico não a menciona. “A maçonaria não mudou, assim não cabe à Igreja mudar sua posição”, disse Dom Murilo. Em outro momento, foi ainda mais enfático: “Deve-se perguntar claramente quem é maçom, e recordar essa incompatibilidade”, acrescentou. Outro assunto que chamou a atenção foi a carta do Conselho Permanente da CNBB, que solicitou seja realizada uma coleta em todas as paróquias em favor do 16° Congresso Eucarístico Nacional, a ser realizado de 13 a 16 de maio deste ano em Brasília. Dom Murilo apelou para que as paróquias sejam generosas.
Comunicados da Coordenação Entre os temas abordados, Sedemir Valmor de Melo, coordenador da Pastoral da Comunicação, convidou os padres para uma manhã de formação no dia 30 de abril. Na sequência, Pe. Vilson Groh incentivou a partici-
Comunidade N.Sra. da Esperança
Encontro Matrimonial Em 1952, pelo Padre Gabriel Garcia Calvo, na Espanha, percebeu que quando os casais estavam bem, os filhos iam bem na escola. Se estavam mal, acontecia o contrário. Assim, decidiu criar um encontro para os casais, que se chamou “Encontro Matrimonial”. Em 1971, começou a expansão mundial. No Brasil chegou em 1975. Ele tem como missão fortalecer a renovação permanente do sacramento do matrimônio. Alguns participantes do Encontro das Forças Vivas testemunharam a mudança que causou em suas vidas. Mais informações pelo fone (48) 3343-3198 ou pelo e-mail ivonidjalma@terra.com
OVISA realiza formação para casais O Movimento Familiar OVISA - Orientação Vivencial Sacramental, estará oferecendo no dia 17 de abril, a partir das 16h, formação para os casais que participam do movimento e aqueles que o queiram conhecer. Com o tema “A oração em nossa vida”, o evento será realizado na Igreja NSra. de Fátima, no Jardim Maluche, pertencente à Paróquia São Luiz Gonzaga, em Brusque.
Membros do Clero da Arquidiocese estiveram em grande número pação na Romaria dos padres do Regional ao Santuário Nossa Senhora de Fátima, em Fraiburgo, Diocese de Caçador. Foi sugerido que o encerramento das celebrações do Ano Sacerdotal seja realizado no dia 05 de junho, quando acontece a ordenação presbiteral de Leandro José de Souza e Silvio José Kremer, na Paróquia São João
Evangelista, em Biguaçu. A proposta foi aceita. Em seguida, houve a "Fila do Clero", em que alguns dos presentes deram a sua contribuição. Após a bênção de encerramento, de Dom Murilo, todos os participantes almoçaram no salão paroquial. Mais fotos no site www. arquifln.org.br, clicar em “Galerias” no alto da página.
Coordenação Nacional Nos dias 23 e 24 de abril será realizada, em Corumbá (MS), a primeira reunião da nova presidência nacional do OVISA. Ivete e Gilmar S. Machado, coordenadores do Movimento na Arquidiocese e membros da diretoria nacional como casal coordenador regional, nos representarão no evento. Informações pelo e-mail: gilmar.serafim@hotmail.com; ou no site www.ovisa.org.br.
“Forças Vivas” participam de encontro A Coordenação Arquidiocesana de Pastoral promoveu, na manhã do dia 27 de março, o encontro das Forças Vivas da Arquidiocese. Realizado no Salão da Paróquia N.Sra. de Fátima, em Florianópolis, o encontro reuniu 47 participantes representando as pastorais, organismos, serviços, colégios e meios de comunicação da Arquidiocese. No encontro, Pe. Vitor Feller, coordenador Arquidiocesano de Pastoral, refletiu sobre o texto “A Eclesiologia do Documento de Aparecida”, redigido pelo Pe. Mário
de França Miranda, que participou como perito da Conferência de Aparecida. Antes, Pe. Vitor solicitou que os participantes fizessem anotações no texto para contribuir no Planejamento Arquidiocesano. Após a reflexão, os participantes apontaram sugestões. Entre elas, foi sugerida a realização de um grande mutirão missionário arquidiocesano. Completando essa idéia, foi sugerido que se fizesse continuamente visitas nas casas, tendo como base o que foi realizado em preparação para o 15º Congresso Eucarístico Nacional, realizado em 2006, em Florianópolis. Na sequência, foi dado espaço para que duas forças vivas se apresentassem. Cada uma teve 15 minutos. Apresentaram-se a “Comunidade N.Sra. da Esperança” e o Encontro Matrimonial. A proposta foi levantada no ano passado. Os próximos a se apresentaParticipantes fizeram sugestões para o Plano de Pastoral rem serão a Pastoral Foto JA
A "Comunidade Nossa Senhora da Esperança" é um serviço do Movimento das Equipes de Nossa Senhora. O trabalho destina-se a atender os viúvos, viúvas e pessoas sós. A iniciativa foi de Nancy Moncau, responsável por trazer o Movimento ao Brasil. Tendo sido viúva, sempre era solicitada que se fizesse um trabalho destinado às pessoas nesse estado da vida. Mas só conseguiu organizá-lo em 2003, começando a funcionar no ano seguinte. Aqui, na Arquidiocese, o trabalho começou com um pequeno grupo e hoje já conta com sete. Mais informações pelo fone (48) 3225-0372.
Foto JA
Os bispos, padres e diáconos da Arquidiocese estiveram reunidos na manhã do dia 23 de março para participar da Reunião Geral do Clero. Realizado no salão da Igreja Matriz da Paróquia São Francisco de Assis, em Aririú, Palhoça, o evento contou a participação de mais de 150 membros do nosso clero. A reunião iniciou com a apresentação dos que pela primeira vez participavam do encontro. Em seguida, Pe. Vitor Feller, coordenador arquidiocesano de Pastoral, expôs os pontos mais importantes do texto "A Eclesio-logia do Documento de Aparecida". A seguir, os participantes foram divididos em grupos por comarcas. O objetivo era que levantassem pistas para o desenvolvimento do Plano de Pastoral Arquidiocesano. As sugestões dos grupos foram anotadas e repassadas à Coordenação de Pastoral. Após a pausa para o café, nosso arcebispo Dom Murilo tomou a palavra e fez algumas comunicações. Entre outros temas, falou da “inconciliabilidade entre fé cristã e maçonaria”. Ele respon-
da Comunicação e a Pastoral Militar. Na sequência, Irmã Marlene Betoldi, coordenadora arquidiocesana de Catequese, apresentou um síntese do livro “Iniciação à Vida Cristã”, que faz parte da coleção Estudos da CNBB, com o número 97. Ela falou que esse será o foco das formações da Catequese para este ano. Depois, Pe. Vitor fez uma retrospectiva do Planejamento Arquidiocesano de Pastoral. Disse que o trabalho iniciou em junho de 2009 e uma equipe de 14 participantes têm-se reunido mensalmente. Eles elaboraram um questionário voltado às lideranças e outro voltado aos párocos. Há um terceiro, está sendo elaborado por uma empresa voltado às pessoas que freqüentam as missas e aquelas que não participam mais. “Eles apontarão a realidade dos nossos católicos”, disse Pe. Vitor. Em seguida, houve um momento com as notícias da Coordenação. Depois, cada participante teve um breve momento para falar dos eventos que estão programados para os meses seguintes. O encontro foi encerrado com a oração do XVI Congresso Eucarístico Nacional, que será realizado de 13 a 16 de maio, em Brasília. Mais fotos no site www.arquifln.org.br, clicar em “Galerias” no alto da página.
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Rádio Cultura ganha prêmio nacional Programa “Super Tarde” foi eleito o terceiro melhor, entre as rádios católicas de todo o país Foto/JA
A Rádio Cultura 1.110 AM foi a vencedora do Prêmio “Microfone de Prata”. O programa “Super Tarde”, comandado pelo locutor Xande Souza, foi considerado como o terceiro melhor programa radiofônico católico do Brasil. Instituído pela CNBB, o prêmio é oferecido pela União Nacional de Radiodifusão Católica - UNDA, e seleciona as melhores produções radiofônicas do país. Para Sedemir Melo, diretor da Rádio Cultura, ganhar esse prêmio significa o reconhecimento ao trabalho que vem sendo realizado ao longo destes 9 anos. “Sempre na intenção de levar o melhor ao nosso ouvinte, anunciar o Evangelho com toda a qualidade que Ele merece”, disse Sedemir. Este é o segundo prêmio que o projeto de evangelização através da ondas sonoras ganhou. O outro foi em 2002, ainda na Rádio Santa Catarina. Na época, receberam o prêmio “Destaque do Ano 2002 no segmento Radio AM”, conferido pelo instituto de pesquisa “The Best”, quando estava há apenas um ano no ar.
Sucesso Compartilhado Xande é o responsável pelo programa vencedor do prêmio, mas todos os voluntários e comunicadores da Rádio Cultura estão de parabéns. É o que ele revela na entrevista que segue.
Programação diversificada e de qualidade conquistou o coração dos ouvintes
Evangelização pelas ondas do rádio A Rádio Cultura de Florianópolis está completando seis anos (desde 2004) de programação Católica. Mas o trabalho de evangelização pelo rádio iniciou em 2001. Ao todo são nove anos, completados no dia dez de março. O trabalho teve início com o aluguel da Rádio Santa Catarina. A Rádio Cultura AM 1.110 “Mais Feliz Com Jesus” conta
com 34 programas locais, diários ou semanais, ao vivo ou gravados. Ela atinge 24 municípios, com uma população estimada em pouco mais de um milhão, e está também na internet, no portal www.divinooleiro.com.br. Ela é mantida por um Clube de Ouvintes, conhecidos como “Arautos”, que com os funcionários, voluntários e cada um dos ouvintes, fomam a família “Mais Feliz Com Jesus”.
Jornal da Arquidiocese Fale um pouco de como é o seu programa. Xande - O programa Super Tarde está no ar há quatro anos, trazendo notícias, espiritualidade, músicas e, é claro, a participação do ouvinte com brincadeiras, oferecimentos musicais, muita alegria e descontração. É um programa de entretenimento mesmo.
pois saí e trabalhei em outras seis emissoras na grande Florianópolis, retornando em 2006. JA - O que representa pessoalmente para você ter ganhado este prêmio? Xande - Reconhecimento profissional. Estou muito feliz, um prêmio nacional é super importante para a carreira de qualquer um. Ainda mais num meio de comunicação que tem muitos profissionais competentes. Não é uma questão de ego e sim reconhecimento mesmo.
JA - Há quanto tempo você realiza esse trabalho de evangelização através da Rádio? Xande - Sou locutor (radialista) há quase 9 anos. Comecei em 2002 na Rádio Santa Catarina 890 AM. Pe. Márcio me convidou para fazer parte da equipe. Trabalhei durante um período, de-
Encontro fortalece integração entre jornalistas e organismos da CNBB Foto JA
Participantes pousam para a foto oficial após a celebração presidida por Dom Dimas, secretário Geral da CNBB, que também participou da foto
A CNBB realizou nos dias 12 a 14 de março, em Brasília, o 3º Encontro de Jornalistas das dioceses, regionais e organismos vinculados à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Estiveram presentes também jornalistas que atuam em TVs e Rádios católicas. O evento reuniu 45 jornalistas de 12 estados, totalizando 28 dioceses, e foi coordenado pela Assessoria de Imprensa e pelo Setor de Comunicação da CNBB. A Arquidiocese de Florianópolis esteve representada pelo jornalista Zulmar Faustino, responsável pelo Jornal da Arquidiocese. O secretário geral da CNBB, Dom Dimas Lara Barbosa, visitou
os participantes e celebrou com eles a missa no domingo. Ele reconheceu a importância do trabalho dos jornalistas e apresentou alguns projetos na área da comunicação, que a CNBB está desenvolvendo. “Uma das ações que estamos implementando é a Rede de Informática da Igreja no Brasil, denominada RIIBRA”, explicou. Cada momento do encontro contou com uma assessoria, que tratou de temas discutidos na atualidade pela imprensa no Brasil.
Encaminhamentos O momento de maior interação no evento foi no domingo, quando os participantes sugeriram pistas
para melhorar o próximo encontro, favorecer a aproximação dos jornalistas. Uma das sugestões é que a CNBB, através de seus departamentos de comunicação, elabore um manual de redação e estilo que sirva de referência para os jornalistas. O grupo nomeou uma equipe de cinco pessoas para a produção do Manual. Outra sugestão é a formação de uma rede entre os jornalistas que faça circular as notícias das dioceses, na perspectiva de se formar, com o tempo, uma agência de notícias para a Igreja do Brasil. Para ver fotos do encontro, acesse: http://www.flickr.com/ jornalarquidiocese.